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SIMULADO GERAL – 1ª E 2ª ETAPA – LP

PROFª LAIANA LEITE

Orientações:

• Essa atividade deve ser realizada como forma de revisão e de


sistematização de alguns conceitos, portanto, você deve fazer com calma,
revisando e pesquisando os conceitos aqui apresentados, para, então,
responder às questões.
• Cada questão valerá 1 ponto.
Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 2.

Conceito: figuras de linguagem

Triste, louca ou má

01 Triste louca ou má 20 Desatou nós


02 Será qualificada 21 Vai viver só
03 Ela quem recusar 22 Ela desatinou
04 Seguir receita tal 23 Desatou nós
05 A receita cultural 24 Vai viver só
06 Do marido, da família 25 Eu não me vejo na palavra
07 Cuida, cuida da rotina 26 Fêmea: Alvo de caça
08 Só mesmo rejeita 27 Conformada vítima
09 Bem conhecida receita 28 Prefiro queimar o mapa
10 Quem não sem dores 29 Traçar de novo a estrada
11 Aceita que tudo deve mudar 30 Ver cores nas cinzas
12 Que um homem não te define 31 E a vida reinventar
13 Sua casa não te define 32 E um homem não me define
14 Sua carne não te define 33 Minha casa não me define
15 Você é seu próprio lar 34 Minha carne não me define
16 Um homem não te define 35 Eu sou meu próprio lar
17 Sua casa não te define 36 Ela desatinou
18 Sua carne não te define 37 Desatou nós
19 Ela desatinou 38 Vai viver só
https://www.vagalume.com.br/francisco-el-hombre/triste-louca-ou-ma.html. Acesso em: 22/08/2018.

1. Assinale a alternativa que melhor interpreta a música “Triste, louca ou má”, escrita por
Juliana Strassacapa, compositora e vocalista da banda “Francisco, El Hombre”.
a) “Triste”, “louca” e “má” são qualificações usualmente atribuídas a mulheres que não se inserem
em famílias tradicionais e rompem com preceitos sociais atuais.
b) A “receita cultural”, por ser “do marido, da família”, está no âmbito do familiar, portanto, não
se refere à sociedade. Dessa forma, romper com essa receita é algo indolor, como afirmam os
versos “Quem não sem dores / Aceita que tudo deve mudar”.
c) Nos versos 13 e 14 (repetidos em 17 e 18), os termos “casa” e “carne” são metáforas que
representam os papéis sociais atribuídos às mulheres.
d) Nos versos 19, 22 e 36, a construção “ela desatinou” é paradoxal em relação à música, já que
o eu lírico critica a mulher que rompe com essa “receita” por perder o juízo.
e) A expressão “Desatou nós” é polissêmica, assim como a expressão “queimar o mapa”, e
ambas podem ser lidas, inclusive, de modo denotativo na música.

Conceito: classes gramaticais


2. Sobre o primeiro verso da música, “Triste, louca ou má”, pode-se afirmar
que:
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a) é composto por três advérbios de modo e por uma conjunção
coordenativa aditiva e sintetiza o modo como as mulheres são
caracterizadas quando decidem romper com os enquadramentos sociais
a que estão submetidas.
b) é composto por três substantivos e por uma conjunção coordenativa aditiva e sintetiza a
nominação que a sociedade contemporânea dá aos sujeitos que decidem romper com os
enquadramentos sociais a que estão submetidos.
c) é composto por três adjetivos e por uma conjunção coordenativa alternativa e sintetiza a forma
como as mulheres são caracterizadas quando decidem romper com os enquadramentos sociais
a que estão submetidas.
d) é composto por três advérbios de modo e por uma conjunção coordenativa alternativa e
sintetiza o modo como as mulheres são caracterizadas quando decidem romper com os
enquadramentos sociais a que estão submetidas.
e) é composto por três adjetivos e por uma conjunção coordenativa alternativa e sintetiza a forma
como as famílias contemporâneas são caracterizadas quando decidem romper com os
enquadramentos sociais a que estão submetidas.

Conceito: Interpretação de texto


3. Sobre a tirinha de Laerte a seguir e a letra da música “Triste, louca ou má”, é possível
afirmar que:

a) ambos os textos possuem uma relação temática ao problematizarem a ideia de normatização


de certos comportamentos sociais.
b) ambos os textos possuem uma relação temática ao afirmarem a necessidade de superação
do conceito tradicional de família.
c) os textos se relacionam de modo contrastivo ao problematizarem a noção de família na
sociedade moderna.
d) os textos se relacionam de modo contrastivo, pois a tirinha de Laerte está centrada na
afirmação do estereótipo da família contemporânea, enquanto a música “Triste, louca ou má”
concentra-se na superação do papel atribuído à mulher na sociedade moderna.
e) os textos se relacionam de modo contrastivo, pois a tirinha de Laerte está centrada na
superação do estereótipo da família contemporânea, enquanto a música “Triste, louca ou má”
concentra-se na afirmação do papel atribuído à mulher na sociedade moderna.
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Conceito: Figuras de linguagem

4- Assinale a alternativa que melhor analisa o post da página do Facebook “Caneta


Desmanipuladora”.
a) Na versão original da manchete, ao usar a prosopopeia para atribuir um sentimento humano
à Av. Roberto Marinho, o jornalista conduz a atenção do leitor para ela. Desse modo, o “SEM
TETO” é objetificado e apresentado como um sintoma da "doença" que aflige a Avenida.
b) Na versão original da manchete, ao usar a metáfora para atribuir um sentimento humano à
Av. Roberto Marinho, o jornalista conduz a atenção do leitor para ela. Desse modo, o “SEM
TETO” é marginalizado e apresentado como um invasor do espaço público.
c) Na versão original da manchete, ao usar a metonímia para gerar uma relação de causa e
efeito, o jornalista conduz a atenção do leitor para a ocupação da Av. Roberto Marinho e para a
degradação social do espaço público.
d) Ao reescrever a manchete, a Caneta Desmanipuladora inverte a ideia original, de forma que
o “SEM TETO” torna-se o causador da “doença” que aflige a Avenida.
e) Ao reescrever a manchete, a Caneta Desmanipuladora mantém a ideia original, transmitindo
preocupação com a questão econômica que aflige todos os moradores da Av. Roberto Marinho.
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Leia o texto abaixo.


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Conceito: relação de causa e consequência


5- Qual das alternativas abaixo apresenta orações que expressam uma relação de causa
e consequência?
a) “Claro que sim. Faz três dias que não para de chover. Por que ia parar justo agora?” (3º
quadrinho)
b) “A gente vai precisar de umas férias depois destas férias.” (4º quadrinho)
c) “Não acredito que o papai saiu para pescar.” (5º quadrinho)
d) “Ou ele pesca algo ou a comida enlatada acaba. E aí morreremos de fome aqui no meio do
nada.” (6º quadrinho)
e) “Ei, Calvin! Quer aprender a limpar um peixe?” (8º quadrinho)

Conceito: interpretação de texto


6- Uma possível interpretação da tirinha está representada corretamente em qual das
alternativas abaixo?
a) As crianças da atualidade não gostam de fazer atividades ao ar livre e preferem ficar dentro
de ambientes fechados.
b) Pais e filhos não têm interesses em comum, portanto, não conseguem se divertir juntos.
c) É importante se preparar para eventualidades e levar mais comida do que julga necessário.
d) É sempre bom levar livros durante as viagens, pois pode haver imprevistos e eles são sempre
úteis.
e) Pais e filhos possuem perspectivas diferentes dos acontecimentos por terem experiências de
vida diferentes.

Conceito: linguagem formal e informal

7- Por se tratar de uma história em quadrinhos, elementos da variedade coloquial


aparecem nas falas das personagens. Assinale a alternativa que apresenta corretamente
o elemento de coloquialidade que diverge da forma escrita padrão.
a) “tá” – (3º quadrinho)
b) “a gente” – (4º e 7º quadrinhos)
c) “dá” – (4º quadrinho)
d) “até que” – ( 7º quadrinho)
e) “obcecado” – (5º quadrinho)
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Leia a resenha para responder às questões abaixo.

'Estou Pensando em Acabar com Tudo' flerta com terror, mas tensão fica no campo
psicológico
Filme dirigido por Charlie Kaufman na Netflix é adaptado de um romance homônimo do
canadense Iain Reid

Luiz Zanin Oricchio

O título em si já é um tanto perturbador. Estou Pensando em Acabar com Tudo pode soar

como o pensamento de um suicida. Talvez algo também sofrido, mas mais ameno: terminar um

relacionamento. Parece nessa segunda possibilidade que pensa a personagem principal do filme do mesmo

nome, dirigido por Charlie Kaufman, adaptado de um romance homônimo do canadense Iain Reid, aqui

editado pela Fábrica 231. Kaufman é autor oscarizado do roteiro de Brilho Eterno de uma Mente sem

Lembranças, e diretor cult de Anomalisa e Sinédoque New York, entre outros filmes-cabeça. Sua nova

obra está disponível na Netflix, e sua estranheza e possíveis significados e simbologias vêm bombando nos

sites de cinema e nas redes sociais.

A aparente protagonista (vivida por Jessie Buckley) atende por vários nomes ao longo da trama,

Lucy, Louisa, Lucia ou Ames. Ela está a bordo de um carro com o namorado recente, Jake (Jesse Plemons),

na estrada em direção à casa dos pais do rapaz. Neva. Aliás, desaba uma nevasca incessante ao longo da

história. Então, coisas bizarras começam a acontecer. Em especial quando chegam à casa do pai (David

Thewlis) e da mãe (Toni Collette) de Jake, perdida no meio rural. Casa antiga, isolada pela neve, presta-se

a todas as condições amedrontadoras já concebidas pelo cinema, incluindo um (talvez) tétrico porão.

Em certo sentido, Estou Pensando... é um filme de suspense psicológico. Flerta, no entanto, com

o gênero terror. Mas é pista falsa: não se trata do terror convencional, com sustos ou aparições

sobrenaturais. Essas são substituídas por um deslocamento da trama em relação às ligações lógicas entre

acontecimentos e personagens. Por exemplo, os pais de Jake, no começo, formam um casal de meia-idade,

ainda relativamente jovem. Sem mais, viram um par de anciãos, ao passo que Jake e sua namorada

permanecem com a idade que tinham desde o início. Como se houvesse um deslocamento no tempo, um

"vento" que permitisse ir para a frente e para trás, possibilidade imaginada pela própria personagem da

moça. Essa também é um personagem paradoxal, que parece estar no presente e em algum outro lugar do

tempo. Não se pode descartar que seja imaginada por alguém, ou faça parte do sonho de

outro personagem. Estamos num mundo de sombras.


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O talento de Kaufman aparece na composição da atmosfera. O filme não é assustador por alguma

coisa que acontece, mas por aquilo que o espectador é levado a supor que pode acontecer. O suspense, a

perturbação das expectativas residem mais no "clima", desenhado pela imagem e pela banda sonora, que

nos fatos propriamente ditos.

É também um filme em camadas, adensado por uma vaga incessante de referências e citações.

Durante a viagem, Jake cita o escritor William Wordsworth e faz um trocadilho intraduzível sobre o valor

das palavras, expressão embutida no sobrenome do poeta. Visitando o porão da casa, a moça vê uma pilha

de livros encimada por um grosso volume de Pauline Kael, crítica da revista New Yorker durante muito

tempo e figura icônica da intelligentsia nova-iorquina. Mais tarde, o casal discute longamente o filme Uma

Mulher sob Influência e logo se descobre que seus argumentos são uma citação ipsis litteris de um texto

de Pauline sobre a obra de John Cassavetes.

As aproximações cinematográficas também são bastante evidentes. O personagem Jake remete

a Jack Nicholson, intérprete de Jack Torrance em O Iluminado, de Stanley Kubrick. Quando Torrance está

enlouquecendo no Hotel Overlook, isolado pela neve, repete a frase obsessiva em sua máquina de

escrever: "All work and no play makes Jack a dull boy". Em mais de um sentido, Jake pode ser esse rapaz

bobalhão, mas que parece às vezes perigoso. Ou, pelo menos, o espectador imagina que sim.

Claro, há um tanto de Luis Buñuel, o clássico bruxo espanhol da estética surrealista, imprimindo

novos sentidos e direções a narrativas lineares. Quebrando-as, por assim dizer, e deixando o inconsciente

fazer seu trabalho e fazendo emergir novas possibilidades. Por fim, alusões ao mestre contemporâneo da

estranheza aplicada às imagens em movimento, David Lynch, de Twin Peaks e O Império dos Sonhos.

Tudo junto ao diálogo com cultura pop, uma das obsessões de Kaufman, citando marcas populares, filmes

de Robert Zemeckis, jingles e imagens publicitárias imiscuídas no belo registro fotográfico da obra.

Quem quiser passar por cima, ou por baixo, dessas camadas de citações e referências pode fazê-

lo sem peso na consciência e sem prejuízo para a fruição da obra. Apenas fique atento a personagens que

entram na parte final e podem mudar o significado do conjunto da trama. No mais, deve deixar-se levar pelo

sonho (ou pesadelo) e sentir naquele fluxo visual associativo as alusões a alguns pontos cruciais da

condição
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humana. A saber, a sempre problemática relação com o outro, o temor da solidão,

mas também da perda de identidade, a complexidade do funcionamento da

mente, a sanidade e a loucura, a angústia da morte, a busca por um sentido para a vida, idealização que

pode muito bem não existir.

O fluxo contínuo de situações bizarras, bastante carregado a partir de certo ponto, pode entorpecer

a experiência de perturbação do espectador. Em boa dosagem, o estranho estimula a imaginação. Em

demasia, pode desandar a receita. Kaufman fica no limite.

8- Indique a tese:
a) “e sua estranheza e possíveis significados e simbologias vêm bombando nos sites de cinema e
nas redes sociais.”
b) “É também um filme em camadas, adensado por uma vaga incessante de referências e citações.”
c) “O fluxo contínuo de situações bizarras, bastante carregado a partir de certo ponto, pode
entorpecer a experiência de perturbação do espectador.”
d) “Claro, há um tanto de Luis Buñuel, o clássico bruxo espanhol da estética surrealista, imprimindo
novos sentidos e direções a narrativas lineares.”

9- Indique a contextualização:

a) “Parece nessa segunda possibilidade que pensa a personagem principal do filme do mesmo nome,
dirigido por Charlie Kaufman, adaptado de um romance homônimo do canadense Iain Reid, aqui
editado pela Fábrica 231.”

b) “A saber, a sempre problemática relação com o outro, o temor da solidão, mas também da perda
de identidade, a complexidade do funcionamento da mente, a sanidade e a loucura, a angústia da
morte, a busca por um sentido para a vida, idealização que pode muito bem não existir.”
c) As aproximações cinematográficas também são bastante evidentes. O personagem Jake remete
a Jack Nicholson, intérprete de Jack Torrance em O Iluminado, de Stanley Kubrick.
d) “O talento de Kaufman aparece na composição da atmosfera. O filme não é assustador por alguma
coisa que acontece, mas por aquilo que o espectador é levado a supor que pode acontecer”.

10- Indique o argumento:

a) “Quando Torrance está enlouquecendo no Hotel Overlook, isolado pela neve, repete a frase
obsessiva em sua máquina de escrever: "All work and no play makes Jack a dull boy".”
b) “O talento de Kaufman aparece na composição da atmosfera. O filme não é assustador por alguma
coisa que acontece, mas por aquilo que o espectador é levado a supor que pode acontecer.”
c) “A aparente protagonista (vivida por Jessie Buckley) atende por vários nomes ao longo da trama,
Lucy, Louisa, Lucia ou Ames. Ela está a bordo de um carro com o namorado recente, Jake (Jesse
Plemons), na estrada em direção à casa dos pais do rapaz. Neva.”
d) “Em especial quando chegam à casa do pai (David Thewlis) e da mãe (Toni Collette) de Jake,
perdida no meio rural.”

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