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Resenha crítica: uma professora muito maluquinha.

A obra “Uma professora muito maluquinha” foi publicada em 1995 pelo autor Ziraldo. Em
2011 a obra foi transformada em um filme que se passa na década de 40, em uma cidade do interior
de Minas Gerais. Na produção, a atriz Paolla Oliveira tem como personagem a professora Catarina
Roque, carinhosamente chamada de Cate, uma educadora que utiliza formas de ensino muito além
daquela época. Apesar de ter muito sucesso entre os alunos de sua classe e com os homens de sua
cidade, Cate enfrentará duras críticas de suas colegas de trabalho que não concordam com a sua
metodologia de ensino.
No filme, Catarina é mostrada como uma professora disposta a fazer a diferença na vida de
seus alunos, inovando a forma de ensinar, levando para dentro de sala de aula conteúdos relevantes
de acordo com a faixa etária de sua turma. A docente inicia a maioria de suas aulas escrevendo no
quadro “premiado” algumas frases, onde o primeiro aluno a ler leva um prêmio, fazendo com que
os seus alunos se interessem pela leitura. Outra situação interessante é quando Cate passa um filme
para sua turma, o que não era muito comum na escola, essa atitude levou os alunos a realizarem
uma peça feita por eles mesmos e despertou interesse neles de conhecerem melhor o Egito, país em
que se passa o filme "Cleópatra''.
Como sabemos, muitas pessoas se privam da mudança, vivendo dentro de uma caixa
isolada do mundo, de novos conhecimentos. Foram essas pessoas que tornaram a vida da professora
difícil, até porque não é fácil viver em um local que não aceita ou não está disposto a passar por um
processo de melhorias, de sair da zona de conforto.
Ao longo do filme vemos como as crianças se dispõe aos novos conhecimentos, sempre
dispostas a buscarem novos saberes, entram e saem da sala de aula sorrindo, diferentemente dos
demais alunos de outras turmas. Isso fez com que as outras professoras se sentissem incomodadas
com a forma se ensino de Catarina, já que essas usam métodos de ensino ultrapassados, pois não
despertam a vontade de saber em seus alunos. Tal situação chamou também os olhares da Diretora,
que por sua vez, interrompeu a aula, pois ao olhar dela as crianças deveriam parar com tanta
felicidade. Pouco tempo depois, Cate acaba sendo afastada do ambiente escolar.
Com isso, vemos o modelo de escola padronizada, onde o aluno deve sentar na cadeira e
agir como um robô, a professora Catarina foi contra esse comportamento, e nós, como futuros
profissionais da educação devemos agir do mesmo modo, pois a sala de aula deve ser um ambiente
acolhedor, não só no processo de aprendizagem escolar, mas também no amor, na amizade e na
liberdade de expressão. Ah, e vale lembrar: a vida pessoal de um professor não deve ser questionada
diante seu ambiente de trabalho. A personagem nos mostrou isso muito bem, pois mesmo com
vários homens estando encantados por sua beleza e simpatia, Cate nunca deixou de ensinar de
forma correta aos seus alunos.

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