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1.2 - Não incluimos um estudo bíblico completo sobre o papel da mulher na Bíblia, isso
pode ser feito por meio de diversos livros existentes.
1.4 - Não foi possível consultar toda literatura disponível alistada no final destas notas.
Procuramos utilizar as mais específicas sobre o assunto em pauta.
1.5 - Pelo tempo e espaço disponível não será possível alocar lado a lado as diversas
interpretações a respeito do assunto. Quando as interpretações não se contradizem não há
menção. Quando há posição diferente, geralmente alocamos a que mais julgamos correta, isto
é, a que melhor representaria uma solução para o texto em seu contexto literário e externo
(histórico e cultural).
1.6 - Pela sua natureza controvertida do assunto, não podemos manter uma linha de
interpretação fechada e galvanizada. Precisamos ouvir ...
2.1 - Uma das tendências que se tem acentuado na sociedade é a autonomia feminina.
2.2 - Não se pode negar que a história humana tem sido, em geral, marcada por um
machismo.
2.3 - Aliás, uma das conseqüências da queda é a fato de que o desejo da mulher será
sujeito ao do homem. Então, a tensão machismo/feminismo já fôra prevista desde a queda.
2.4 - No decorrer da história da igreja, a função (título, cargo ou ofício) pastoral sofreu a
agregação/desagregação de diversos elementos e parece ter sido descaracterizada. Em outras
palavras, é bem provável que não consigamos chegar a alguma conclusão sobre o assunto se
pensarmos sobre o pastor à luz de seu perfil hoje.
1
Este documento foi feito a pedido do GT – Ordenação de Mulheres ao Pastorado. O documento foi aprovado
pelo GT e publicado como documento integrante de seu parecer, no livro do mensageiro da CBB, das
Assembléias de Salvador, BA (1997); de Goiania, GO (1999); e, de Serra Negra, SP (1999). No texto original
não constam esta nota de rodapé, nem o item 2.6.
2
O autor é Bacharel em Teologia, Mestre em Teologia (especialização em Ética), pós-graduado em Análise de
Sistemas, Licenciando em Filosofia, Mestre em Educação (especialização em Historia da Educação) e Doutor
em Ciências da Religião. Foi Deão da Faculdade Teológica Batista de São Paulo. Foi Ministro de Educação
Cristã na Igreja Batista da Praia do Canto, Vitória, ES. É Diretor e professor de Ética e Bioética da Faculdade
Teológica Batista de São Paulo e ex-Presidente da Associação Brasileira de Instituições de Ensino Teológico
(ABIBET). Foi membro do Grupo de Trabalho “Ordenação Feminina” da Convenção Batista Brasileira.
Ordenação de mulheres ao pastorado – Notas teológicas e exegéticas aprovadas pelo GT Ordenação de Mulheres 1
ao Pastorado, da CBB
a. Espera-se hoje do pastor que ele seja: profeta, evangelista, diácono (serviçal),
conselheiro, administrador, etc.
b. Em geral, pastor oficia ceia e batiza. Isto não pode ser defendido com textos provas
do Novo Testamento.
2.5 - Segue-se o fato de que, em geral, a Bíblia foi escrita através de um povo com
profunda ênfase no homem. Há até estudiosos que afirmam ser o povo bíblico machista.
2.6 - Neste caso, temos de enfrentar uma séria pergunta: como separar o que é cultural do
que é revelação de Deus? E pior ainda, como nos despirmos de nossa influência histórica e
também contextual contemporânea e eclesiástica para buscarmos a verdade no texto bíblico?
Aqui há três alternativas:3
a. A Bíblia é a única fonte de toda verdade teológica/doutrinal. Neste caso não é aceito
qualquer dado que as ciências ou cultura poderão nos fornecer.
TEOLOGIA - DOUTRINA
BÍBLIA
b. A Bíblia é apenas um referencial auxiliar que deverá ser considerado através das
ciências, tais como a Biologia, a Psicologia, etc. Estas ciências aliadas aos fenômenos culturais
é que são a fonte direta da verdade. Veja no desenho que há ligação direta das ciências e da
cultura com a Teologia/Doutrina. A ligação da via é através da ciência e da cultura.
TEOLOGIA - DOUTRINA
C
Biolo- U
gia L
BIBLIA T
Psico- U
logia R
A
3
Veja uma atualização e um desenvolvimento desta parte no livro, Lourenço Stelio Rega, Dando um jeito no
jeitinho – como ser ético sem deixar de ser brasileiro, São Paulo : Mundo Cristão, 2000, pgs. 210-215.
Ordenação de mulheres ao pastorado – Notas teológicas e exegéticas aprovadas pelo GT Ordenação de Mulheres 2
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c. Outra alternativa é considerar que a Bíblia é a fonte direta das verdades teológicas e
doutrinais, sem desconsiderar os dados fornecidos pelas ciências e pela cultura. Neste caso,
estes dados, quando se referir a situações ético-teológicas, deverão ser “filtrados” pelos dados
das Escrituras. Mas há a possibilidade de as ciências e/ou cultura nos fornecer diretamente os
dados, quando sua natureza for científica ou técnica.
TEOLOGIA - DOUTRINA
Biologia
BÍBLIA Cultura
Psicol.
Ordenação de mulheres ao pastorado – Notas teológicas e exegéticas aprovadas pelo GT Ordenação de Mulheres 3
ao Pastorado, da CBB
e. Ministério do Espírito (2 Co 3.8)
3.2 - Os diferentes ministérios aparecem muito cedo, durante a própria vida dos apóstolos,
tanto em Jerusalém quanto no desenrolar dos primeiros passos da igreja em sua expansão
principalmente entre os gentios.
a. Segundo o livro de Atos, em Jerusalém os Doze são assistidos pelos sete a fim de
que eles possam se consagrar à oração e ao ministério da palavra (At 6.1-6).
3.3 - É curioso notar que em diversas ocasiões Paulo expõe uma eclesiologia sem oficiais
como hoje ensinamos.
Ordenação de mulheres ao pastorado – Notas teológicas e exegéticas aprovadas pelo GT Ordenação de Mulheres 4
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g. Tt 1.5-9: presbíteros.
(b) Já vimos que os termos presbítero, bispo e pastor se referem a uma só função
(At 20,28).
(e) As datas prováveis destes escritos estão incluídas num período bem curto - cerca
de 55 a 63 dC.
(c) Será que as diversas tabelas paulinas de dons e/ou funções são fechadas ou
apenas representativas? Poderemos ter outros dons hoje?
Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas,
e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o
desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,
Ordenação de mulheres ao pastorado – Notas teológicas e exegéticas aprovadas pelo GT Ordenação de Mulheres 5
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c. E assim, ocorra o crescimento da igreja (eis oikodomen toy somatos).
d. Pelo que vimos, há um grupo que cuida de equipar e há um outro que, depois de
equipado, cuida de cumprir o ministério.
(b) pleno conhecimento (epignosis de epignosko ### epi + ginosko, conhecer por
experiência);
(c) maturidade cristã (meninos: nepios; veja 1 Co 3.1-3; Hb 5.12,13) (v. 14);
(e) integração comunitária e operacional (v. 16). Aqui fecha-se o círculo voltando-se
ao crescimento da igreja mencionado no item c acima.
3.6 - Neste ponto, é preciso lembrar que cedo na história a igreja se institucionalizou e a
autoridade crescente foi concedida a algumas funções, especialmente a dos bispos e o
ministério ordenado, que ministrava os sacramentos que acabou sendo considerados como os
canais da graça de Deus aos fiéis.
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b. neste caso, há princípios ministeriais, em vez uma teologia descritiva;
d. Embora não havia uma estrutura definida e uniforme de ministério, havia um núcleo
básico de princípios. Simpson afirma que o Novo Testamento
... é normativo não em detalhe, mas em princípio ...A consideração importante não é
reproduzir o modelo exato da organização primitiva, mas antes preservar a natureza
espiritual essencial da igreja como o povo de Deus, o corpo de Cristo e o Senhor e o
5
Espírito Santo exerce o ministério real e contínuo.
4. O ato da ordenação
4.2 - No Novo Testamento parece não haver indícios claros a ponto de termos de afirmar
que alguém deva ser ordenado para algum ofício. Colin BROWN (1983, vol. III, p. 228) afirma
que o NT também nada diz a respeito da ordenação dos homens, no sentido de revesti-los
de uma posição e autoridade que perdurem durante toda a vida. Ao falar do ministério o
NT ressalta os dons e as funções, que não se exercem necessariamente em toda situação
eclesiástica específica (cf. 1 Co 12.4-3; Rm 12.4-8; Ef 4.11ss).
4.3 - Como vimos, no Novo Testamento a ênfase parece ser em dons e funções e não em
ordenação e ofício. A pessoa tem o dom, então exerce-o.
4.4 - No Novo Testamento parece não haver qualquer ligação do dom com o fato de a
pessoa ser homem ou mulher. Em outras palavras o dom é para ambos os sexos.
a. As características para o bispo envolvem apenas itens masculinos, mas também não
era de se esperar diferente em vista da colocação do homem na sociedade da época.
4
KASCHEL, apud B. H. Streeter, The primitive church studied with special reference to the origin of the christian
ministry. New York : MacMillan, 1992, capítulos III e IV.
5
id., E. P. Y. Simpson, Ordination and christian unity. Valley Forge : Judson, 1966. p. 58, 155, 162.
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b. Não se esperava ter uma mulher como líder religiosa, principalmente entre os
judeus-cristãos.
a. Em geral a palavra kefale é traduzida como cabeça sendo interpretada neste texto no
sentido de dominação, de autoridade superior. Colin BROWN (1983, vol III, p. 224) afirma
que kefale, no entanto, também pode significar “origem”, e.g., a fonte de um rio.
c. EVANS (1986, p. 74) afirma que Paulo está considerando a supremacia de Cristo
sobre a igreja em termos de seu total sacrifício por ela, sua salvação, e não em termos de
seu governo e autoridade.
d. Se estas abordagens estiverem corretas, então cabeça aqui poderá significar origem,
fonte de alimento, cuidado e serviço, em vez de autoridade e hierarquia.
6
apud Gilbert Bilezikian, Beyond sex roles. Grand Rapids : Baker, 1986. p. 137.
7
apud id., “A critical examination of Wayne Gruden’s treatment of kephale in ancient greek texts, in : Women and
Men in Minitry-Colecte Readings, Pasadena : Fuller Tehological Seminary, 1988, p. 141.
8
apud Hery George Liddell e Robert Scott. A Greek-English lexicon. Oxford : Clarendon, 1940. p. 945.
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(a) BROWN (1983, p. 740) afirma que é um substantivo utilizado 20 (ou 21) vezes
no Antigo Testamento e significa socorro, ajuda, amparo ou aquele que ajuda, ajudador. É
utilizado 2 vezes para Eva (Gn 2.18,20), 15 vezes para Deus e 3 ou 4 vezes para homens.
em nenhum lugar estes dois substantivos (‘ezer e ‘ezrah), significam auxílio prestado por um
assistente, empregado, secretário. Certamente não indicam inferioridade ... ‘ezer é
geralmente usado se referindo a Deus e muitas vezes o ser humano enfatiza sua fraqueza e
necessidade da ajuda de alguém mais forte que ele ... sugerimos, então, que em Gênesis 2.18
Deus quer fazer para Adão um aliado, companheiro, amigo leal com quem ele entraria em
aliança de casamento ... por isso os homens renunciam o compromisso com os pais e
assumem um novo pacto com a esposa.
e
b. A palavra k neghdô: SIDDAWAY indica que nghd, no hebraico, significa “em
e
frente”. Então parece que k neghdô significa em “frente dele, correspondente a ele, seu
confrontante ou para complementá-lo”, indicando um relacionamento face a face, de
reciprocidade e mutualidade. Ela sugere que a tradução melhor seria correspondente, mas
podemos também traduzir como aliada.
c. Se isso está correto então a mulher foi formada para completar não o homem como
macho, mas a humanidade, que para ser completa precisaria de macho e fêmea.
5.4 - SOBERAL (1989, p. 171) nos lembra que na época de Paulo, os escravos serviam a
seus amos e a mulher era considerada um objeto, igual a um escravo que se comprava e
vendia.
5.5 - A idéia de Soberal é que do mesmo modo que havia tolerância à escravidão (Ef 6.5;
Cl 3.22; 1 Co 7.21-23; Rm 6.15-17; Tt 2.9-10; 1 Pe 2.18) ainda que ela não estivesse dentro do
cerne do cristianismo, tolerava-se os preconceitos contra a mulher e isso acabou passando
como um dado cultural aos textos bíblicos. Ele afirma (id. ib.) que a lista de textos bíblicos
onde os autores recomendam a obediência e submissão a seus amose senhores pode ser
ampliada, mas, a partir desses textos, não concluímos que é legítima a escravidão.
A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o o marido; e também,
semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher. (1 Co
7.4)
Destarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem
mulher; porque todos vós sois um em Cristo. (Gl 3.28)
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5.7 - Ainda é preciso reconhecer que, às vezes, Paulo ensinava uma ética particular
segundo sua opinião e confessava isso. Veja 1 Coríntios 7.25,40 contraste com o v. 10 e 12.
Neste texto de 1 Co 7 ora Paulo diz que o ensino é dele, ora é do Senhor.
5.8 - Ou aceitamos o caráter retórico e circunstancial de Paulo ou temos de afirmar que ele
se contradisse e colocamos em risco a unidade e integridade das Escrituras.
6.1 - Textos: 1 Co 14.33-35 e 1 Tm 2.11-14 (este texto foi tratado no item anterior)
6.4 - O primeiro detalhe que deve ser ressaltado aqui é que o contexto de 1 Co 14.33-35 é
de ordem no culto. Veja o versículo que antecede a colocação de Paulo sobre a mulher:
porque Deus não é de confusão e sim de paz. Como em toda igreja dos santos (v. 33). Neste
trecho Paulo está demonstrando isto com ensinos a respeito do uso do dom da profecia e de
línguas e, a partir deste texto até o versículo 35, ele volta a sua atenção para a mulher e a sua
participação no culto. Neste sentido Soberal (1989, p. 169) afirma que
Paulo diz o porquê de a mulher não fazer uso da palavra na assembléia: Não é conveniente
... (1 Co 14.35). Desta forma, Paulo nos leva ao campo comportamental e à ordem na
assembléia. Ele não se refere a temas ou motivos teológicos. As perguntas subseqüentes que
aparecem no mesmo texto revelam o tom sagaz e disciplinar. “Porventura, a palavra de Deus
tem seu ponto de partida em vós? Ou fostes vós os únicos que a recebestes? (1 Co 14.36). O
próprio Paulo termina o capítulo apresentando argumentos disciplinares sociológicos e não
teológicos: “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (1 Co 14.40).
6.5 - Certamente Paulo tinha uma forte influência rabínica. Neste caso a atitude Paulo
talvez seja comparável com a de Pedro na questão da circuncisão, onde Pedro não tinha
completamente calculado as implicações dos evangelhos para a sua tomada de posição (cf.
Gl 2.11 ss). (Colin BROWN, 1983, vol. III, p. 227).
outros vêem na atitude de Paulo o resíduo de um ponto de vista rabínico, judaíco, que não
está a altura das instrospecções de Paulo quanto à posição das mulheres em Cristo ... neste
caso, a atitude de Paulo talvez seja comparável com a de Pedro na questão da circuncisão,
onde Pedro não tinha completamente calculado as implicações dos evangelhos para a sua
tomada de posição (cf. Gl 2.11ss). Por outro lado, o pronunciamento de Paulo pode ser
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encarado como regra que era válida no ambiente social, cultural, educacional e eclesiástico
dos dias dele, mas que já não se aplica mais hoje. Neste caso as suas recomendações sejam
comparáveis com seus pontos de vista que, em outra passagem, considera como sendo
opinião dele (1 Co 7.25).
6.10 - Uma pergunta inquietante é por que Paulo não condenou às mulheres que
profetizavam quando discute o assunto em 1 Co 11.5?
6.11 - Enfim, cabe aqui uma observação de CHAMPLIM (s.d., vol 5, p. 304). O Novo
Testamento não foi escrito em um vácuo, e é natural esperar que alguns ensinamentos de
natureza estritamente ‘local e cultural’ tenham sido incluídos, mas que não podem ser
obrigatórios para todos os lugares e para todas as épocas.
6.12 - Neste sentido pode-se fazer um quadro comparativo com outro texto nesta carta
que utiliza eventos concretos vividos pelos coríntios para transmistir princípios. É preciso
separar esses eventos dos princípios, uma vez que estes são permanentes e aqueles temporais.
O evento ou fato funciona como que um veículo para que o princípio possa nos ser conduzido
até hoje.
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6.13 - Outra pergunta inquietante é, por que mesmo tendo estes textos (1 Co e 1 Tm)
temos permitido que a mulher fale nas reuniões da igreja? Ou aceitamos a interpretação literal
e a praticamos ou entendemos essas passagens à luz de seu sentido cultural e aceitemos as
suas conseqüências.
6.14 - Se os fatos até aqui apresentados forem corretos temos que concluir que a
finalidade de Paulo é apresentar normas e orientações para que a participação na liturgia
seja viva e que tudo seja feito com ordem e decoro (SOBERAL, 1989, p. 170).
7.1 - Em primeiro lugar vimos que é preciso diferenciar entre o conceito de PASTOR
conforme o Novo Testamento e o que foi agregado a ele no decorrer da história.
7.2 - É preciso também considerar até que ponto está correta a diferença entre oficiais da
igreja e os membros, com o conceito neotestamentário de dons que o Espírito Santo distribui
a todos os crentes e não a apenas a alguns.
7.3 - É preciso considerar que se a indagação anterior está correta, se os dons são para
ambos os sexos, se PASTOR é um dom (Ef 4.11) e se os dons são distribuídos a todos os
crentes indistintamente, então, é possível que no corpo de Cristo haja mulheres com esse
dom.
7.4 - Considerando que não é possível comprovar seguramente que o Novo Testamento
preserva a figura veterotestamentária da ordenação a uma vocação específica, creio que a
pergunta Pode a mulher ser ordenada ao pastorado? não é pertinente.
7.5 - Apesar disso é preciso também considerar que diversas mulheres cristãs têm
afirmado que, em geral, uma mulher não teria condições pessoais - devido a sua condição de
esposa, de mãe e mesmo de mulher - para assumir um pastorado (como hoje é compreendido)
em sua inteireza de implicações.
7.6 - Enfim, outro detalhe a considerar, é que talvez as mulheres cristãs não estejam
pleiteando o lugar do homem, mas uma oportunidade mais ampla de servir a Cristo.
Ordenação de mulheres ao pastorado – Notas teológicas e exegéticas aprovadas pelo GT Ordenação de Mulheres 12
ao Pastorado, da CBB
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