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Autores:
Ana Maria de Fátima Santos Marino
Maria Teresa Vianna Van Acker
Ricardo Vianna Van Acker
Orientacao_C3_6o_Ano_Historia_Tony_2016_PROF 08/04/16 10:06 Página III
Caderno do Professor
Unidade 3 – A cidade antiga e o poder
No módulo 4 da unidade anterior, apresentamos as cidades antigas. Nesta unidade, abordaremos com
mais profundidade os aspectos sociais, políticos e culturais que nelas se desenvolveram, associados às
atividades econômicas e à divisão social do trabalho.
Conhecemos, na Antiguidade, duas formas básicas de poder político associadas ao governo das cidades:
as cidades governadas por um grupo de pessoas (os melhores/aristocracia; os mais ricos/oligarquia; e os
cidadãos/democracia), cujos melhores exemplos são encontrados na Grécia Antiga; e, convivendo com esse
primeiro modelo, cidades e reinos governados por uma família cujo poder se legitimava na crença de seu
vínculo com os deuses (são as teocracias).
Nosso objetivo é que o aluno distinga cada uma dessas formas e perceba a possibilidade de existência
de formas de organização política e de crenças diferentes na mesma época, em locais distintos. Mantivemos
a abordagem cronológica e linear de cada um dos módulos, o que facilita a compreensão dos alunos; porém,
desvinculamo-nos da linearidade que embasa a noção de progresso ao mostrar que as transformações na
história estão relacionadas a processos sociais e culturais e que não são fruto de uma evolução das
sociedades na direção de fases melhores ou mais adiantadas.
histórico da cultura grega antiga, cujas características marcantes foram o resultado de um processo de
transformações que envolveram migrações, conflitos, dominação de um povo por outro, crenças e
desenvolvimento comercial e tecnológico. Para isso, os alunos explorarão textos, mapas e imagens a partir
de roteiros guiados, de comparações orientadas, de produções coletivas mediadas pelo professor e da
elaboração de uma cronologia das transformações estudadas.
Ao final dessa etapa, o aluno estará pronto para iniciar uma produção Criando com a História e para
explorar a terceira etapa do módulo.
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Orientações didáticas
As orientações didáticas a seguir são observações que explicitam a indicação dos objetivos de certas
atividades e abordagens, com a finalidade de auxiliar a compreensão do professores. Lembramos que os dois
módulos trazem propostas de atividades em sala e atividades de casa. As atividades em sala têm a finalidade
de produzir algumas dinâmicas diferenciadas. São elas: as produções coletivas, elaboradas e redigidas pela
classe (professor em conjunto com os alunos), tomando o lugar da mera exposição e/ou resumo do professor
na lousa; as atividades em grupo; e a correção das tarefas de casa na aula imediatamente posterior, como
parte importante do diálogo entre o professor, o aluno e o conteúdo. Os alunos têm, nesse bimestre, uma
produção de criação que se refere a um trabalho bimestral (p. 17). Como exercícios de fixação, os alunos têm
à sua disposição, no final do caderno, as Tarefanet, que podem realizar a qualquer momento e cuja correção
está à disposição no portal.
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1 – Ao investigar o conhecimento prévio dos alunos, o professor deve estimular que falem sobre as 5
palavras indicadas. O professor pode dividir a lousa em 5 colunas e ir anotando os significados mencionados
pelos alunos. Deve estipular 5 minutos para essa atividade, pois o propósito é apenas levantar o conhecimento
já sedimentado por eles.
No momento seguinte, da produção coletiva e da organização das informações, deve, com a colaboração
dos alunos, sintetizar o significados que apareceram para preencher a tabela da página 3. Nessa etapa, o
tempo de 10 minutos deve ser suficiente, pois o propósito é que os alunos ouçam uns aos outros, e não que
repitam as mesmas ideias. É interessante também saber se todas as palavras eram igualmente conhecidas.
A produção coletiva deve ser avaliada por todos, no final, segundo os critérios: foco, atenção, colaboração,
texto final. O tempo para a realização desta última parte pode ser de 2 a 5 minutos.
Página 3
2 – Ao término da troca de informações sobre as palavras propostas, podem ter surgido outros
conhecimentos que os alunos quiseram compartilhar. Os professor e a classe vão considerar se é importante
registrar isso e deixar em uma cartolina ou simplesmente mencionar. O objetivo desse exercício é verificar a
ampliação desse conhecimento após o estudo desse módulo e, para isso, é importante que o professor
mantenha essas informações em seus registros pessoais.
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3 – Um dos objetivos do módulo é apontar diferentes bases econômicas e de organização política e social
ao longo dos períodos da história da Grécia Antiga. A produção coletiva da página 7 não pretende esgotar o
tema, que será trabalhado ao longo do módulo. Aqui é importante que o professor verifique o que os alunos
responderam na TAREFA 19 e também aproveite para recordar o que aprenderam sobre o Egito. Sugere-se
a utilização de 10 minutos para essa tarefa.
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4 – A produção coletiva foi proposta nesse espaço tendo em vista ser um recurso interessante para o
professor seguir a leitura do mapa com os alunos e produzir em conjunto anotações importantes para a leitura
do texto sobre os aqueus e a civilização micênica. Caso a classe já tenha muita familiaridade em ler e extrair
informações dos mapas, essa atividade pode ser realizada individualmente ou em grupo, a critério do
professor.
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5 – A atividade de anotações deve ser uma tarefa de casa, para que o aluno retome sozinho a leitura do
texto das páginas 8 e 9 e tente responder antes da síntese a ser apresentada pelo professor na aula seguinte.
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6 – Essa atividade de produção coletiva tem a função de mostrar como cada texto explicativo contém uma
parcela da informação necessária para a elaboração do narrativa histórica, que depende de diferentes fontes
de informação. Ao mesmo tempo, permite que o aluno retome o texto lido.
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7 – O objetivo da introdução dos trechos da Ilíada é apresentar um texto da literatura clássica aos alunos.
Sugerimos que o professor leia com eles, com entonação, para tornar o texto mais interessante e também
para resgatar a sua oralidade original.
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8 – O objetivo dessa tarefa de casa é que o aluno retome o conteúdo da atividade da página 11 e amplie
seu conhecimento, relacionando-o com o texto da Ilíada lido em sala e comentado pelos professor, e que
depois faça uma pequena pesquisa sobre os deuses.
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9 – A partir da tarefa de casa, que inclui uma pequena pesquisa sobre o poder de alguns deuses, o professor
orientará alguma forma de representação coletiva sobre o tema. Pode ser um painel, com a pesquisa dos
alunos, ou uma dramatização-relâmpago.
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10 – Ver atividade complementar na página VIII. O objetivo dessa tarefa de leitura, seguida por anotações
a partir de um roteiro, é conduzir a organização das informações do aluno sobre o oikos – a propriedade da
terra – e a comunidade que o habita (genos). O aluno fará a leitura em casa para desenvolver sua autonomia;
na aula, o professor vai partir do que foi realizado pelos alunos e, durante a correção, apontar o que ficou
faltando. Será o momento de investigar como os alunos leem e se deixam de dar importância aos agentes
sociais envolvidos ou os diferenciam.
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11 – Nessa produção coletiva da linha do tempo, os alunos poderão aplicar o modelo que já viram no
módulo 4 e o farão coletivamente, segundo as orientações da página 17. O papel do professor é muito
importante como mediador dessa atividade, e ele não deve deixá-la se estender por muito tempo. Sugerimos
de 10 a 25 minutos. Para facilitar, pode-se pedir que as informações já sejam trazidas de casa, para serem
partilhadas. Trata-se de uma retomada do conteúdo que introduz o módulo seguinte e, se possível, é
recomendável que a linha do tempo fique disponível para os alunos a observarem por alguns dias. Alguns
suportes são mais adequados do que outros, dependendo das condições concretas de cada escola e de cada
sala de aula. O uso de lousa, papel kraft ou cartolina pode resultar em trabalhos bastante interessantes. Se
for usada a lousa, os alunos podem fotografá-la e depois imprimir as fotos. Lembramos que o uso da lousa
pode ser mais eficiente se houver menos tempo disponível.
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12 – Criando com a história – Você é um divulgador de conhecimentos sobre a Grécia Antiga
A atividade Criando com a história desta unidade, como todas as outras, deve ter um aspecto lúdico, de
participação e comunicação entre os alunos da classe e, se possível, da comunidade escolar. Trata-se de um
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momento em que o trabalho escolar pode ter um significado para além da relação de um aluno e da classe
com seu professor, em troca apenas da nota. Por isso, é bom que o trabalho seja pensado para ser
compartilhado com outras classes, com as famílias também, se possível. Para isso, o professor deve levar em
conta o espaço da escola e os interesses dos demais educadores, fazendo-se a pergunta: há espaço e
interesse para compartilhamento em corredores, salões ou salas? Se a resposta for sim, mãos à obra!
Do contrário, o professor pode criar oportunidades de troca da produção entre os diferentes grupos de uma
classe, ou de mais classes nas quais ministre a disciplina. Após analisar as possibilidades reais da escola, é
hora de pensar o que é possível produzir. Muitas são as possibilidades, a partir do conteúdo do caderno de
atividades e ampliando-o, dentre as quais destacamos:
a) jogos que explorem temas como a mitologia, os períodos da história da Grécia e o funcionamento da
democracia ateniense podem ser muito bons. Sua avaliação deve ser realizada durante uma sessão de
jogo. Essa é uma atividade que permite que os jogos sejam experimentados pelos colegas e até avaliados
nos quesitos regras claras e objetivas, apresentação e utilização pertinente dos conteúdos;
b) dramatizações também podem ser uma solução, se houver tempo para sua apresentação;
c) elaboração de um livro por um trio ou um quarteto, em que os alunos expliquem algum aspecto da história
da Grécia para alunos mais novos do que eles. Esse trabalho pode ser apresentado a outra classe;
d) elaboração de apresentações em PowerPoint, por meio das quais os alunos podem se valer de recursos
tecnológicos e apresentar o que mais lhes interessou sobre o conteúdo estudado, justificando seu
interesse em uma introdução.
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13 – Essa atividade de produção coletiva tem a finalidade de apresentar elementos da cultura grega clássica,
como o teatro, de forma acessível ao aluno do 6.° ano, por meio da comédia. Para que todos possam ter mais
prazer na leitura dramática do texto, o professor pode pedir que os alunos leiam em casa e que, na classe,
façam uma leitura como se fosse um ensaio de teatro. O trecho escolhido se presta a demonstrar a
preocupação de um pai ateniense com questões relativas à educação de seu filho e à ética e também a
exemplificar que o teatro grego era uma atividade cultural, artística e de reflexão política e social. Com esse
intuito, orientamos a condução do professor para a elaboração de texto coletivo em classe.
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14 – Essa atividade é dedicada ao levantamento dos conhecimentos prévios do aluno pelo professor. A
primeira das atividades retoma um conteúdo estudado no módulo 4 e diz respeito a anotações individuais, a
partir das quais o professor poderá saber o que os alunos retiveram sobre o assunto.
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15 – A segunda atividade é uma produção coletiva para que o professor possa analisar as habilidades dos
alunos com a leitura de mapas e, ao mesmo tempo, ir introduzindo algumas informações sobre a América.
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Tarefas Complementares
Apresentamos a seguir a tarefa complementar para que o professor utilize quando julgar necessário.
Ela está acessível no portal Objetivo (www.objetivo.br), na seção para educadores em “Material
Complementar”.
Tarefa 1
A nova sociedade constituía-se de pequenas comunidades, de origem micênica, denominadas oikos (termo grego para
designar casa), que compreendiam um senhor, seus familiares, seus escravos, pessoas comuns que de alguma forma
trabalhavam para ele, seus aliados, parentes e hóspedes. Esse agrupamento social é denominado genos e se assemelha à
família extensiva e patriarcal.
Todos viviam em função do oikos. Os produtos fabricados ou colhidos para o consumo eram armazenados e depois
distribuídos pelo chefe (senhor), de acordo com as necessidades. Os artesãos eram chamados demiurgos, o que em grego
significa “aquele que exerce um trabalho público”. Diferentemente do que acontece em nossa sociedade, o domínio técnico
de cada uma dessas atividades possuía um caráter religioso. O conhecimento provinha de um iniciação, relacionada com
alguma divindade (...) e a execução de um ofício incluía uma série de rituais, que conferiam poderes aos objetos fabricados,
ou seja, apenas um ferreiro iniciado poderia forjar armas realmente eficazes.
Os demiurgos eram principalmente carpinteiros, ferreiros, adivinhos, aedos (poetas trovadores), médicos, ceramistas,
tocadores de flauta, acrobatas.
Os produtos artesanais não eram comercializados; os demiurgos retiravam seu sustento das terras que lhes eram doadas
e que eram cultivadas por trabalhadores comuns. Eventualmente também recebiam presentes, forma muito comum de
retribuir favores, selar relações entre pessoas e estabelecer contratos. Entre reis ou chefes, os presentes eram considerados
tesouros. Costumeiramente, eram objetos feitos em metal – bronze, ferro e ouro – e cavalos raros e úteis.
O comércio era escasso e se resumia a adquirir objetos não produzidos pela comunidade. Não havia uma moeda, e as
trocas realizadas não continham em si a ideia de lucro, tão comum às sociedades que viviam do comércio. O ganho sobre
outra pessoa só era permitido na guerra, quando se praticava o saque. As regras de repartição do botim (o produto do saque)
seguiam o princípio da igualdade, e os guerreiros sorteavam partes iguais para cada um, embora privilegiassem o rei, que
chefiava a expedição. Este recebia duas partes, podendo escolhê-las previamente.
O oikos era, então, uma propriedade comum a um genos. Além disso, seus membros tinham mútuo direito de herança,
obrigação de prestar socorro, defender e apoiar contra a violência, direito e dever de casar-se dentro do genos com órfãs e
herdeiras, um local comum para enterrar os mortos, um deus comum para o qual se realizavam cerimônias.
Essa sociedade foi se transformando, à medida que a população crescia e a produção das comunidades se tornava
insuficiente. As trocas comerciais intensificaram-se, as antigas unidades autossuficientes (oikos) deram lugar, no século VIII
a.C., às cidades, ou pólis.
(Teresa Van Acker. Grécia: a vida cotidiana na cidade-Estado. 8.ª ed. São Paulo: Atual, 2011, p. 6 e 7. Adaptado.)
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Referências Bibliográficas
ARISTÓFANES. Pluto ou um deus chamado dinheiro. Texto integral, adaptado para jovens por Anna Flora.
São Paulo: 34, 2007.
BERCITO, Sonia e MARINO, Ana Maria. Objetivo Júnior. Ensino Fundamental, 6.o ano, 3.o bimestre. São
Paulo: Sol, 2011.
CLARE, John D. Eu estive lá, pirâmides do Antigo Egito. São Paulo: Manole, 1994.
DIACOV, V. e COVALEV, S. História da Antiguidade: Grécia, 2.o volume. São Paulo: Fulgor, 1965.
GUARINELLO, Norberto. A cidade na Antiguidade Clássica. São Paulo: Atual, 2006.
HAMMOND. Past Worlds: The Times Atlas of Archaelogy. 1988.
História em Revista 1500-600 a.C.: marés bárbaras. Rio de Janeiro: Abril Livros / Time Life Livros, 1991.
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HOMERO. Ilíada. Lisboa: Publicações Europa-América, s/d.
MUSSET, Alain e MARTIN, Annie-Claude. A América pré-colombiana, os maias e os astecas. São Paulo:
Augustus, 1994.
PINSKY, Jaime. 100 textos de história antiga. São Paulo: Contexto, 1988.
VAN ACKER, Maria Teresa Vianna. Grécia: a vida cotidiana na cidade-Estado. 8.a ed. São Paulo: Atual, 2011.
Site consultado:
– <http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/hamurabi.htm>. Acesso em: 29 mai. 2015.
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Anotações
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Sumário
Autores:
Ana Maria de Fátima Santos Marino
Maria Teresa Vianna Van Acker
Ricardo Vianna Van Acker
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A 33 DATA: _____/_____/_____
Módulo
A cultura grega que floresceu na península Balcânica, na Idade Antiga, há muitos séculos, tem sido
considerada uma das bases culturais dos povos europeus. Sua importância está relacionada ao
pensamento, à organização social e política das cidades-Estado da região. Estas se diferenciaram bastante
daquelas que já estudamos na unidade 2, quando tratamos dos reinos do Egito e da Mesopotâmia.
5.1. Exploração de seus conhecimentos sobre a herança que recebemos dos gregos
antigos
Há muitas formas de entrarmos em contato com a herança cultural que os gregos antigos nos
deixaram. Uma delas é percebermos que há vários aspectos da cultura desenvolvida por eles ainda
presentes em diálogos que fazem parte das nossas vidas.
Vamos conferir se você usa, já usou ou ouviu alguma dessas palavras e se conhece seu significado:
Olimpíadas, Democracia, Zeus, Afrodite, Minotauro.
Qual dessas palavras você já conhece? Qual significado você dá a elas?
1 – Vide orientações didáticas (página V).
1. Agora é hora de compartilhar o que cada um já sabe. Para isso, em conjunto, a classe
vai preencher a lista abaixo com o significado de cada uma dessas palavras e anotar o
número de pessoas que já a conheciam.
Número de alunos
Palavra Significado
que já conhecem
Olimpíadas
Democracia
Zeus
Hércules
Mapa-múndi
4
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O território grego situa-se ao sul da Península Balcânica. Está cortado ao meio pelo Golfo de
Corinto. Ao norte, fica a porção continental da Grécia e, ao sul, a Península do Peloponeso.
Seu solo montanhoso dificulta a comunicação. As chuvas são escassas, e o solo, pedregoso. Nas
encostas das montanhas e nos vales, cultivavam-se oliveiras, vinhas, trigo e cevada, com dificuldades
devidas ao relevo e à falta de terras de boa qualidade. No entanto, as atividades marítimas eram mais
fáceis, por causa do grande número de baías, golfos, penínsulas e ilhas.
Isso explica por que os gregos tiveram um ativo comércio marítimo e nos ajuda a compreender que
expandiram sua ocupação para áreas da Ásia Menor e para alguns pontos na Bacia do Mediterrâneo, por
meio da fundação de diversas cidades independentes entre si, as cidades-Estado.
É fácil encontrar pessoas que tenham informações sobre a Grécia Antiga, seus heróis, deuses, suas
práticas esportivas e até outras curiosidades. Algumas sabem também um pouco sobre sua democracia.
Isso ocorre porque, na Europa, desde os séculos XIV e XV até hoje, houve pessoas interessadas em
conhecer e explorar os mitos gregos, suas ideias e soluções políticas.
Nesta parte do nosso estudo, vamos procurar conhecer como essa sociedade se formou a partir do
contato de diferentes povos e se transformou em várias etapas: suas origens ligadas às cidades de Creta
e Micenas; a transformação da civilização micênica provocada pela invasão dos dórios; a expansão
comercial e o aumento da população a partir do século VIII a.C.; e, finalmente, a consolidação do modelo
de cidade-Estado seguido por Atenas e Esparta.
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Creta
Figura 2
6
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A descrição do palácio cretense mostra que, assim como na Mesopotâmia e no Egito, os governantes recebiam alimentos como pagamento
de impostos e que deviam armazená-los e cuidar deles para usá-los nos momentos de crise. Além disso, na administração usavam a escrita.
A diferença a considerar é que a base econômica não era a agricultura da ilha, mas as atividades comerciais.
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Observe o mapa para responder às perguntas abaixo; faça suas anotações para depois ler
o texto.
4 – Vide orientações didáticas (página V).
1. Os aqueus chegaram à Grécia por volta de 2000 a.C. De onde vieram?
Os aqueus vieram do Norte.
2. Onde se concentraram? Indique as três importantes cidades a partir das quais se espalharam.
Concentraram-se na Grécia, na região do Peloponeso, em três cidades, Micenas, Tirinto e Argos, a partir das quais se espalharam.
Figura 3
Através da navegação, entraram em contato com
a civilização da ilha de Creta, da qual absorveram
conhecimentos que levaram para a Grécia continental.
Fortaleceram-se militarmente e dominaram importan-
tes cidades cretenses, como Cnossos.
O tipo de civilização que os aqueus desenvolveram
chamou-se micênica, e seus vestígios foram encon-
trados em vários lugares: na Grécia continental, nas
ilhas e até na Ásia Menor, onde construíram cidades
no alto de colinas, as cidades altas ou acrópoles.
Nessas cidades, o edifício mais importante era a
habitação do chefe daquele domínio, o megaron. Era
uma casa simples, diferente dos palácios cretenses,
construída em dois andares: embaixo, uma sala para o
Vista da acrópole de Micenas.
fogo, onde o chefe recebia outros senhores e as
pessoas que dependiam dele, bem como onde realizava reuniões e banquetes; no andar de cima, ficavam os quartos das
mulheres.
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Figura 4
A partir do século XIII a.C., segundo a datação
dos arqueólogos, essas cidades passaram a ser
fortificadas por muralhas altas e espessas.
Imagem de Micenas. (Hammond. Past Worlds: The Times Atlas of Archaeology, 1988, p. 144.)
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O megaron era muito diferente do palácio cretense, pois na casa do chefe micênico não havia funcionários, nem local para coletar os
impostos recebidos.
Compare os dois trechos a seguir, extraídos dos textos já lidos sobre Micenas.
I. Com o objetivo de se expandir rumo ao Mar Negro, os povos micênicos uniram-se para combater a
cidade de Troia. (Domínio militar e comércio.)
II. O poema Ilíada relata um fato – a guerra de Troia – que indica a existência de uma aliança ou
coligação entre as cidades micênicas, isto é, que viviam sob a influência de Micenas. (Aqueus e a
civilização micênica.)
micênicos ao combater Troia era conseguir se expandir até o Mar Negro. O trecho II informa que as cidades micênicas, independentes,
As informações de cada um dos trechos são diferentes, mas não se excluem. A primeira informa seu objetivo econômico, e a segunda relata
e define a organização dos povos micênicos: diferentes cidades e governos unidos para atingir um objetivo comum.
Trecho da Ilíada e sua relação com os deuses nos relatos – guerra de Troia
Um dos primeiros relatos escritos de que se tem notícia sobre a guerra de Troia, ou seja, sobre o
conflito dos reinos micênicos com os troianos, foi escrito por Homero, no século VIII a.C.: é o poema épico
denominado Ilíada. No poema, a guerra de Troia é apresentada como consequência de um conflito
provocado por um caso de amor. Helena, esposa do rei de Esparta, Menelau, foi raptada pelo troiano
Páris. Para resgatá-la, Agamenon, que era irmão de Menelau e rei de Micenas e Argos, reuniu outros reis
e em conjunto invadiram Troia.
Vamos ler dois trechos do poema Ilíada para podermos comparar o relato de Homero com o dos
historiadores atuais e para saber um pouco mais sobre o papel dos deuses na compreensão que os gregos
do tempo de Homero tinham da História. (Os nomes dos deuses estão grafados em negrito.)
7 – Vide orientações didáticas (página VI).
Os deuses e a guerra de Troia
I–
Todos os deuses estavam reunidos; brindavam com as taças de ouro enquanto contemplavam a cidade dos troianos.
Zeus disse: – Duas deusas protegem Menelau, Hera e Palas Atena. Ao adversário de Menelau, Eneas, Afrodite ajuda;
ainda hoje livrou-o da morte. Todavia, a vitória cabe a Menelau, amado de Ares. Vamos decidir sobre o desfecho desse
caso: incentivaremos a guerra terrível ou lançaremos a paz sobre os dois povos? Hera, furiosa, disse: – Queres então
anular os meus esforços? Faz como entenderdes, mas nem todos nós, os outros deuses, te aprovaremos. [...] Foi então
que Palas Atena deu um ardor e audácia ao filho de Tideu, Diomedes [...]. e empurrou-o para o meio, para o ponto mais
cerrado do tumulto. [...]
Ora, Diomedes perseguia Afrodite. Sabia que ela era um deusa sem bravura [...] quando a alcançou, feriu-a na mão.
Correu então o sangue divino da deusa [...] e ela soltou um grande grito [...] Diomedes gritou-lhe: – Filha de Zeus,
abandona a guerra e o morticínio. Não basta que seduzas mulheres sem valor? Se voltares à guerra, penso que a guerra
te fará arrepiar, mesmo que te limites a assistir. [...]
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II –
[...]
Zeus, do alto do Olimpo, ordenou a Temis que chamasse os deuses à Assembleia. [...] Não faltou sequer um dos rios,
sequer uma das ninfas que habitam as florestas e as nascentes dos rios; Poseidon, aquele que sacode a Terra, também
veio, e perguntou: – Por que, ó Fulminante, chamas de novo os deuses à Assembleia? Será por causa dos troianos e dos
aqueus? Zeus respondeu: Sim, foi por isso; preocupo-me com esses homens. Vou ficar sentado no Olimpo, e assistir à
batalha como a um espetáculo; vão vocês, os outros deuses, ajudar um dos dois partidos, cada um conforme sua ideia
[...]
Vocabulário
Épico: é a qualidade de uma narrativa que relata um conjunto de ações heroicas.
2. Qual a diferença entre essa visão da guerra de Troia transmitida no poema Ilíada e os textos
estudados anteriormente sobre o mesmo tema?
Na Ilíada, a guerra de Troia é fruto de um caso de amor, no qual um troiano apaixonado pela esposa do rei Menelau a rapta, provocando
a vingança de Menelau e dos micênicos. Os outros textos falam do interesse micênico pelo domínio do comércio na região do Mar Negro e
4. Você observou que os deuses abaixo interferiram de algum modo na guerra de Troia, segundo a
Ilíada. Faça um pequena pesquisa sobre o poder de cada um desses deuses da mitologia grega.
Figura – Mídia Objetivo
Registre aqui todos os fatos que marcaram as diferentes etapas da história da Grécia Antiga, localizando-os no tempo.
Espera-se que os alunos identifiquem a transformação ocorrida em Creta com a invasão dos aqueus e o predomínio dos micênicos. A essa
transformação seguiu-se outra invasão: a dos dórios, com a mudança da organização social. Os reinos micênicos se transformaram em
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Os fenícios
Os fenícios fixaram-se numa estreita faixa de terra comprimida entre o Mar Mediterrâneo e uma cadeia de
montanhas, onde hoje está localizado o Líbano. Por volta do final do III milênio a.C., já há notícias de seu aparecimento
na região. O apogeu da civilização fenícia ocorreu entre os séculos XII a.C. e VIII a.C. e sua contribuição para sua época
e para os povos vizinhos foi o conhecimento de navegação e a criação de um alfabeto mais prático.
Figura 5
Moeda com representação de
barco de guerra.
O alfabeto fenício
Costuma-se destacar a criação do alfabeto como a grande contribuição dos fenícios para o desenvolvimento da
civilização humana. Eles criaram um sistema de 20 sinais para atender às suas necessidades de registro das atividades
mercantis com outros povos, que também os adotaram. Os gregos acrescentaram outros símbolos e criaram seu próprio
alfabeto. Nesse processo, construíram-se as bases do alfabeto contemporâneo.
Figura – Mídia Objetivo
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite HIST6F301.
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Os navios fenícios
Figura 6
Os navios fenícios foram fundamentais para o desenvolvi-
mento da navegação de todos os povos que viviam às margens
do Mar Mediterrâneo. Havia duas formas de embarcação, cada
uma com um propósito distinto.
O navio de guerra tinha duas ou três fileiras de remadores.
Essa foi a solução encontrada para que o barco não ficasse
parado no meio do mar por ausência de vento.
Já o navio mercante foi concebido de forma a aproveitar o
espaço para armazenar a maior quantidade possível de
mercadorias a serem transportadas. Por esse motivo, tinha
menos remadores, como pode ser observado nas figuras 7 e 8.
Armada de birremes.
Figura 7
Figura 8
Interior de um navio mercante fenício.
Após a leitura dos textos sobre os fenícios, do mapa e das imagens, responda:
Qual a relação entre o comércio e os conhecimentos produzidos pelos fenícios?
A invenção do novo alfabeto, a construção de navios próprios para o comércio e a moeda mostram que o comércio era motivador de
invenções, que os conhecimentos e as invenções alimentavam a atividade comercial e que a atividade militar era necessária também para
Com base no exemplo dos fenícios, podemos dizer que a atividade econômica e os conhecimentos produzidos por um povo estão interligados
DATA: _____/_____/_____
Agora vamos estudar sobre como as cidades-Estado se organizaram do século IX ao século V a.C.
(época que ficou conhecida como período arcaico na periodização mais divulgada) e se expandiram a
partir do século V, no chamado período clássico.
A partir do século X a.C., a história da Grécia foi marcada pelo contato com os fenícios e com o
aumento da atividade marítima, o que coincidiu com o aumento da população e com o crescimento das
cidades a partir do século VIII a.C.
Esses dois acontecimentos podem explicar um outro: a ocupação mais intensa das terras agrícolas;
e a multiplicação de aldeias que se transformavam em cidades. A partir do século VIII, houve grandes
transformações, os gregos, como os outros povos, que vivem no Mediterrâneo expandiram-se, navegando
e formando novas cidades ou colônias, com o objetivo de ampliar suas ações comerciais e desafogar o
excesso de população das cidades-Estado.
16
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A partir do século VIII a.C., a pólis correspondia à região da acrópole, ao antigo palácio dos reis da época micênica,
e também à parte das estradas, ao campo, aos locais de produção artesanal, enfim a toda a região sob a autoridade
de um chefe, escolhido entre as famílias importantes, ou aristocráticas. Era uma região pequena em área e população
que se governava a si mesma e que há muito tempo os historiadores, por convenção, chamam de cidade-Estado.
Atenas, por exemplo, tinha 1.500 km².
Os gregos consideravam uma virtude para a cidade ter um território e uma população diminuta. A pólis não era
apenas um território definido. Era isso e além disso, eram as pessoas que, reunidas e em comum acordo, tratavam
dos problemas que afetavam a comunidade e decidiam sobre eles.
Os gregos navegaram em direção à Ásia Menor, à Europa (litoral da Sicília, ao sul da França e leste da Espanha)
e ao norte da África e fundaram outras cidades, ou pólis, para resolverem um problema: o crescimento de população,
que trazia dificuldades para as cidades, que não tinham condições de produzir mais riquezas em territórios de solo
pouco fértil, pedregoso e montanhoso. A solução para esse problema e para a expansão do comércio foi fundar
outras pólis, que mantinham com sua cidade-mãe (metrópole) vínculos sentimentais e religiosos. O resultado disso
foi a criação de cidades que mostram que os gregos tinham um pensamento de organização urbana e também uma
autoridade coletiva bastante forte para comandar o deslocamento da população. Para o modo dos gregos antigos
pensarem, era fundamental que cada cidade tivesse a proteção de um deus, o que incluía ter sinais de sua presença,
como o fogo sagrado e os oráculos, instrumentos que garantiam a comunicação entre a divindade e os humanos.
Estes deviam ser originários de um centro mais antigo. E isso conferiu às cidades gregas um sentimento de identidade
comum.
17
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Figura 9
inimigos, foram substituídos. Houve uma verdadeira revolução. Eles foram
substituídos por batalhões ou falanges de hoplitas. Estes utilizavam um
grande escudo, chamado hóplon, e por isso foram denominados hoplitas.
Nas guerras, combatiam em conjunto, formando uma espécie de parede
de proteção com os escudos, o que denominamos falange.
Essa transformação militar acompanhou o declínio do poder dos aristo-
cratas, pois mais pessoas de origem não aristocrática passaram a fazer parte
Figura 10
do grupo de guerreiros e a formar o exército das cidades-Estado.
As cidades gregas ou pólis assumiram outro modo de se organizar
politicamente, que seguia um padrão semelhante. Alguns homens eram
considerados cidadãos. Geralmente, eram proprietários de um lote de terra,
de barcos ou de uma oficina artesanal, que podiam custear seu armamento
militar. Esses homens, reunidos, defendiam-se militarmente e resolviam
conflitos seguindo leis definidas por legisladores (homens que fazem leis) e
aceitas de comum acordo por todos os cidadãos, reunidos em assembleias.
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As assembleias
Atenas e Esparta foram cidades gregas muito importantes, por terem influenciado politicamente
muitas outras. Foram inimigas, cada qual liderava um grupo de cidades, e chegaram a entrar em guerra.
Entretanto, ambas se organizaram com base em assembleias, conforme era o padrão das cidades gregas.
O que variava entre elas era o modo como eram distinguidos os ricos e os pobres.
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A democracia ateniense
Todos os cidadãos, ou seja, homens livres, maiores de 21 anos, filhos de atenienses, tinham direitos políticos e
podiam participar diretamente da Assembleia ou ser sorteados para ocupar um cargo no governo. Mulheres, estrangeiros
e escravos adquiridos ficavam de fora.
A democracia ateniense era exercida por 45.000 cidadãos, do total de uma população de 450.000 habitantes. Cada
cidadão deveria estar inscrito em um demos, daí o nome democracia. No total, em Atenas, havia 30 demos.
Havia a Assembleia de Cidadãos (Eclésia), da qual todos participavam, e o Conselho dos 500 (Bulé) que formulava
as leis que seriam votadas pela Eclésia.
Havia a Heliaia, que era composta de doze tribunais para ministrar a justiça comum, e o Areópago, que julgava os
atos públicos.
O poder executivo era exercido por 10 estrategos escolhidos anualmente pela Eclésia.
Além dessas instituições, representadas no quadro a seguir, havia a ágora, ou praça pública, local de negociações
comerciais e discussão dos problemas da cidade. Verifique a planta da cidade de Atenas.
Você já leu sobre Atenas e Esparta e pôde perceber que há muitas semelhanças em suas pirâmides sociais. Observe
as pirâmides sociais das duas cidades-Estado.
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Os escravos
A escravidão, ou seja, o trabalho obrigatório de pessoas que perdiam sua liberdade por dívidas ou por terem sido
vendidas, era conhecida na Grécia Antiga. Tornou-se mais comum nas pólis. Os escravos eram considerados “coisas”,
instrumentos de trabalho. E podiam realizar diferentes tarefas: serviço pesado nas minas, na agricultura, atividades
artesanais, serviço doméstico. Podiam ainda ser secretários de governantes ou de comerciantes e professores.
Eram sempre propriedade de alguém e nunca considerados cidadãos.
O comércio de escravos era bastante lucrativo. Estrangeiros, como sírios, trácios, citas e ilírios, eram vendidos em
leilões públicos, onde os comprava quem oferecesse o maior preço.
No princípio, podiam ser escravizados os prisioneiros de guerra e os endividados. Depois, em Atenas, a escravidão
por dívidas tornou-se proibida.
A cidade-Estado e a educação
A disciplina e a participação em Assembleias e no governo exigiam que as crianças fossem educadas
para cumprirem suas obrigações de cidadãos. Como Esparta e Atenas são consideradas dois modelos de
organização da pólis grega, vamos ver como cuidavam da educação das crianças.
A educação espartana
Quando uma criança nascia, o pai não tinha direito de criá-la: devia levá-la a um lugar chamado lesche. Lá se
assentavam os Anciãos da tribo. Eles examinavam o bebê. Se o achavam bem encorpado e robusto, eles o deixavam. Se
era mal nascido e defeituoso, jogavam-no no que se chama os Apotetos, um abismo ao pé do Taigeto. Julgavam que era
melhor, para ele mesmo e para a cidade, não deixar viver um ente que, desde o nascimento, não estava destinado a ser
forte e saudável…
Os filhos dos espartanos não tinham por domésticos escravos ou assalariados. Licurgo proibira-o. Ninguém tinha
permissão para criar e educar o filho a seu gosto. Quando os meninos completavam sete anos, ele próprio os tomava sob
sua direção, arregimentava-os em tropas, submetia-os a um regulamento e a um regime comunitário para acostumá-los
a brincar e trabalhar juntos. Na chefia, a tropa punha aquele cuja inteligência sobressaía e que se batia com mais arrojo.
Este era seguido com os olhos, suas ordens eram ouvidas e punia sem contestação. Assim sendo, a educação era um
aprendizado da obediência. Os anciãos vigiavam os jogos das crianças. Não perdiam uma ocasião para suscitar entre eles
brigas e rivalidades. Tinham assim meios de estudar, em cada um, as disposições naturais para a audácia e a intrepidez
na luta. Ensinavam a ler e escrever apenas o estritamente necessário. O resto da educação visava acostumá-los à
obediência, torná-los duros à adversidade e fazê-los vencer no combate. Do mesmo modo, quando cresciam, eles recebiam
um treinamento mais severo: raspavam a cabeça, andavam descalços, brincavam nus a maior parte do tempo. Tais eram
seus hábitos. Quando completavam doze anos, não usavam mais camisa. Só recebiam um agasalho por ano.
Negligenciavam o asseio, não conheciam mais banhos nem fricções, a não ser em raros dias do ano, quando tinham
direito a essas “boas maneiras”. (…)
(…) Nessa idade, encontravam amantes entre jovens de boa família. Então, crescia ainda mais o zelo dos Anciãos:
assistiam aos seus exercícios, olhavam-nos lutar ou brincar entre si. Não negligenciavam nada, considerando-se, de certa
forma, todos para todos, pais, mestres e chefes. Não davam oportunidade nem refúgio ao culpado para escapar à
reprovação ou ao castigo. (…)
(…) O irene, que tem vinte anos, comanda seus subordinados nos exercícios militares e, no quartel, encarrega-os das
tarefas domésticas, nas refeições. Manda os mais fortes trazerem lenha e, os menores, legumes. Para tanto, eles devem
roubar. Uns penetram nos jardins, outros nos alojamentos dos homens, e devem usar muita destreza e precaução: quem
for apanhado, é chicoteado sob pretexto de que não passa de um ladrão preguiçoso e inábil. Eles roubam toda a comida
possível e adquirem prática para ludibriar quem dorme ou os guardas preguiçosos. Aquele que for apanhado, está sujeito
a chicotadas e jejum. Com efeito, sua alimentação é escassa. Obrigam-nos a defenderem-se por si mesmos contra as
restrições e recorrer à audácia e à destreza…
As crianças tomam tanto cuidado em não serem apanhadas quando roubam, que uma delas, conforme se conta,
depois de roubar uma raposa que tinha enrolado no seu agasalho, se deixou arrancar o ventre pela fera que lhe cravou
os dentes e as garras. Para não ser descoberta, resistiu até a morte.
(Jaime Pinsky. 100 textos de História Antiga. São Paulo, Contexto, 1998, pp. 108-109-110. Adaptado.)
A educação ateniense
A educação e a instrução dos jovens desempenhavam um grande papel na vida cultural dos gregos. Em Atenas e nas
outras pólis democráticas, os meninos eram educados em casa até a idade de 7 anos; para os meninos de 7 a 14 anos
havia numerosas escolas privadas onde recebiam a instrução primária mediante módico pagamento: nelas, aprendiam a
ler, a escrever, a contar, recitavam de cor trechos literários, geralmente tirados de Homero, iniciavam-se na música. A
instrução primária era largamente difundida. Manuais da época, quadros de sílabas para o exercício de leitura, conservam-se
até hoje. No século V antes da nossa era, quase todos os cidadãos atenienses sabiam ler e escrever.
Os adolescentes de 15 a 18 anos faziam seus estudos nas palestras, escolas subvencionadas pelos particulares e pelo
Estado. Praticavam os esportes e a ginástica. Nos ginásios, os jovens (efebos) recebiam um treinamento militar para que,
ao atingirem a maioridade, pudessem ocupar um lugar entre os cidadãos-hoplitas. Mas não era a preparação militar que
predominava em sua educação, sobretudo na época de Péricles. Sem contar que os ginásios e as palestras cuidavam do
desenvolvimento espiritual, literário e artístico dos seus pupilos, toda a vida dos cidadãos atenienses recebia a influência
de atividades educativas devidamente organizadas.
(V. Diacov e S. Covalev. História da Antiguidade: Grécia, 2.o volume. São Paulo: Fulgor, 1965, p. 521.)
A reflexão era muito encorajada na formação do cidadão ateniense. Pensar sobre os temas importantes da vida e
defender ideias com argumentos eram práticas tão ou mais necessárias para o funcionamento das assembleias do que
os exercícios militares. Afinal, para alguns filósofos atuais, os gregos inventaram a política. Eles foram os criadores do
primeiro governo democrático e, por isso, também foram oradores, debatedores, argumentadores.
O teatro foi fundamental para o desenvolvimento dessas práticas. Em toda pólis, havia um teatro, onde eram
representadas anualmente comédias e tragédias, todas com temas que tocavam a vida cotidiana das pessoas, e eram
objeto de conversas na ágora, a praça pública. O teatro, pelo riso ou pela dor, fazia as pessoas pensarem sobre a vida e
formarem um espírito crítico.
Além do teatro, havia escolas, ou locais de discussão, onde se reuniam os filósofos, que procuravam explicar as
questões que afetavam a humanidade: desde a origem do universo, os conflitos políticos, os costumes, até os sentimentos
e os temores dos homens e das mulheres. Eram exercícios de investigação da verdade.
Figura – Mídia Objetivo
Teatro Epidauro.
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CÁRION (dirigindo-se à plateia): Ai, Zeus, como é duro ser escravo de um patrão que perdeu o juízo! Estamos voltando
do templo de Apolo. O deus ordenou para seguirmos este velho.
Não sei por quê.
Olha nós aqui andando atrás do ceguinho desde que saímos de Delfos!
Eu acho até que os deuses estão meio doidos, nós é que devíamos guiar o cego!
CÁRION (dirigindo-se a CRÊMILO): Sabe de uma coisa? Não vou ficar quieto enquanto o senhor não me explicar por que
estamos seguindo este cego.
E o senhor não pode me bater, por causa da minha coroa.
CRÊMILO: Se você me amola, eu arranco a sua coroa e aí vamos ver se não lhe dou uns tapas!
CÁRION: Pois eu não me calo enquanto o senhor não me disser quem é esse velho.
CRÊMILO: Está bem, você é meu escravo predileto, vou contar tudo!
Durante a minha vida sempre fui um homem justo e bom. No entanto, nunca consegui ficar rico.
CRÊMILO: No entanto, os pilantras, os comerciantes, os demagogos estão cada vez mais ricos.
CRÊMILO: Então, resolvi consultar Apolo em busca de conselhos. Não pra mim, que já estou muito velho, mas pra meu
filho.
Sempre eduquei o menino para que ele fosse íntegro. No entanto, do jeito que as coisas estão, não seria melhor eu
“deseducá-lo” de acordo com os costumes atuais?
CRÊMILO: Ele me ordenou seguir a primeira pessoa que eu visse sair do templo.
Além disso, devo pedir a esse sujeito que entre na minha casa.
CÁRION: Eu acho que meu amo não entendeu a profecia. Apolo disse para o senhor educar seu filho de acordo com os
tempos atuais.
CÁRION: Até um cego percebe que só os pilantras ficam ricos hoje em dia.
CRÊMILO: Duvido que Apolo tenha dito isso! Se esse cego revelasse logo sua identidade, a gente saberia qual é a
mensagem do oráculo. (...)
(Aristófanes. Pluto ou um deus chamado dinheiro. Texto integral adaptado para jovens
por Anna Flora. São Paulo: 34, 2007, p. 73-79.)
*O oráculo de Delfos era um santuário onde perguntas eram feitas a uma sacerdotisa (chamada pitonisa) que respondia
como intermediária entre deuses e o mundo; quem viajava em peregrinação carregava uma coroa de louros na cabeça
e não podia ser molestado nas estradas.
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figuras da sociedade ateniense. A cena do escravo com seu senhor indica como a escravidão era comum e até pessoas pouco ricas podiam
ter um escravo doméstico. Também mostra a importância da escolha da educação dos filhos. Crêmilo está muito preso a valores antigos
da sociedade grega, como o temor aos deuses e ao oráculo. Seu escravo Cárion mostra como ele não vê como a sociedade ateniense se
transformou. Qual a questão ética, ou seja, sobre como se conduzir na sociedade, que está envolvida nessa peça? A partir daí, retomando a
leitura do texto sobre a educação ateniense, sobre a formação do guerreiro, é possível levantar as informações para responder coletivamente
à pergunta.
A preocupação com a construção de uma sociedade com base em valores como justiça e virtude
estava presente na vida de alguns atenienses. Textos importantes a esse respeito são encontrados nas
obras dos filósofos gregos como Platão.
O tema da educação e dos hábitos moderados e éticos esteve presente na vida cotidiana, no teatro
e entre os pensadores das cidades-Estado democráticas, para quem a discussão e a arte de convencer a
maioria era ferramenta de governo. Tal concepção de formação estava bastante vinculada ao bom
funcionamento do sistema que privilegiou as decisões coletivas, ainda que de um grupo diminuto:
homens maiores, livres e nascidos nas cidades-Estado. Ainda que não atingisse a todos, a democracia
ateniense significou uma ampliação do poder da aristocracia de cidades como Esparta, que também
tinha como base as assembleias, mas de um grupo mais reduzido – os 60 mais velhos representantes das
famílias poderosas.
Concluindo:
Podemos dizer que as cidades-Estado que chamamos de gregas foram fruto de uma grande transformação, que manteve
elementos cretenses, como a economia naval e comercial, e adquiriu os elementos militares dos aqueus e micênicos,
mas somente se constituíram como um modelo no século VIII a.C., no qual o governante era escolhido por parte da
população e não tinha relação direta com deuses. Eram chamadas de democráticas (no caso de Atenas, depois da
constituição de Sólon e suas colônias), de oligárquicas e aristocráticas (Atenas, antes da constituição de Sólon e Esparta).
Surgiram e floresceram do século IX a.C. ao III a.C. e conviveram com outras cidades-Estado, localizadas na região do Mar
Mediterrâneo e que seguiam padrão semelhante, como as cidades-Estado da Etruria, que transformaram sua forma de
governo substituindo, ao longo de alguns séculos, um governante, que era um sacerdote, por uma república oligárquica,
ou seja, um governo com base na influência de membros de algumas famílias com mais poder.
Entretanto, no Oriente, havia uma alternância de povos que dominavam uns aos outros. Entre os mais importantes,
estavam os diferentes povos que habitavam a região dos rios Tigre e Eufrates, os mesopotâmios, os egípcios e os persas.
Seus governantes eram considerados deuses ou escolhidos por deuses. E exerciam um poder que chamamos de
“teocracia” (teo = deus + cracia = poder). No próximo módulo, vamos ver que, além das regiões já estudadas, na América
Central, sem nenhuma relação direta com os povos orientais que estudamos no módulo 4, nem com os gregos, surgiram
as primeiras cidades-Estado de que temos notícia no continente americano. Esse será o nosso assunto no módulo 6.
24
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A 42 DATA: _____/_____/_____
Módulo
5
6 Cidades e Reinos Teocráticos
1. Registre aqui algumas de suas lembranças sobre o que estudou no módulo 4 a respeito das
cidades dessas civilizações em relação ao poder dos governantes.
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4. Essas civilizações são também denominadas de pré-colombianas. Por quê? Qual é a sua hipótese?
Porque são povos que viviam na América antes da chegada de Cristovão Colombo em 1492, portanto no século XV. Alguns estudiosos
também empregam o termo civilizações pré-hispânicas, que significa antes da chegada dos espanhóis.
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Figura 11
Você estudou anteriormente que o rei, no Egito e na
Mesopotâmia, tinha um grande poder relacionado à religião e ao
controle das águas. Para realizar essa função, ele contava com o
grupo militar e com os escribas, como é possível observar nas
figuras a seguir.
Vocabulário
Estela: palavra grega que significa “pedra erguida”. A designação é usada na
arquitetura e na arqueologia para designar objetos de pedra individual,
monólitos, nos quais eram feitas esculturas ou textos.
Diorito: rocha formada pelo lento resfriamento no interior da crosta terrestre.
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Vocabulário
Água copiosa: em abundância. Folgar o coração: deixar o coração alegre.
Epílogo: final de uma obra literária, desfecho.
2. Por que o poder de Hamurabi deve ser considerado bom e legítimo pelos seus governados?
Em razão de Hamurabi apresentar-se como governante guardião. O governante que controla o povo das terras de Sumer e Acad, para que
o forte não oprima o fraco e para que seja feita justiça à viúva e ao órfão.
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O Código de Hamurabi
O Código de Hamurabi regulamentava as relações entre o governo e os súditos, tratando de
questões como disputas comerciais, relações de trabalho, roubos e furtos, erros médicos, disputa de
terras e também questões familiares. Nele se estabeleciam punições (muitas vezes de morte) para
situações consideradas ilegais (delitos ou crimes).
O poder do faraó
O faraó exercia seu poder com autoridade divina. Era considerado o dono de todas as riquezas, das
terras e da água do Egito, devendo zelar para que houvesse harmonia e prosperidade em seu império.
Era também o chefe do exército, cuja função era afastar nômades e proteger expedições mineiras e
comerciais.
Aos faraós estão relacionadas as construções monumentais que denominamos pirâmides. Observe
as imagens seguintes:
Figura 13
Pirâmides de Gizé.
Pirâmides construídas pelos faraós Quéops, Quéfren
e Miquerinos (pai, filho e neto) a partir de 2550 a.C.
Da esquerda para a direita, vemos a de Miquerinos
(66 m de altura), depois a de Quéfren (144 m de
altura) e a de Quéops (147 m de altura).
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Consideradas uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e celebradas como as obras arquitetônicas
mais importantes do Egito, as pirâmides nada mais são que os túmulos dos faraós. No seu interior, eram
enterrados os faraós embalsamados, junto a vários objetos de luxo. As três pequenas pirâmides em
degraus, no primeiro plano, eram em homenagem à esposa de Miquerinos. Essas não foram as primeiras
pirâmides; cem anos antes, foi construída a Pirâmide de Sacara, erigida em forma de degraus. O Egito
Antigo, em dez séculos, produziu cerca de noventa pirâmides.
Leia sobre alguns significados dessas construções, tal como os apresenta o professor John D.
Clare.
A Grande Pirâmide de Quéops é a maior construção de pedra do mundo. As catedrais de Florença, Milão, São Pedro
em Roma, São Paulo e a Abadia de Westminster em Londres poderiam ser reunidas na área de sua base. Ela foi tão
firmemente construída que os primeiros arqueólogos conseguiram explorar o interior explodindo túneis com pólvora sem
causar seu desmoronamento. Até mesmo na época dos faraós, egípcios ricos faziam viagens turísticas para vê-la. Cada
pirâmide fazia parte de um complexo maior, incluindo dois templos e, algumas vezes, pirâmides menores (tumbas de
tijolo comuns) de nobres importantes. Uma pirâmide era um monumento religioso. Para os egípcios, seus lados inclinados
representavam os raios do deus do Sol, Rá. Eles acreditavam que o faraó morto subiria por esse caminho para o céu. A
construção de uma pirâmide consumiu muito da riqueza do Egito e do trabalho de milhares de pessoas durante um
período de 20 a 30 anos. É incrível o fato de os egípcios despenderem tanto esforço para conduzir apenas um ser humano
ao céu. A pirâmide foi construída com enorme precisão. A diferença entre o lado maior e menor é de menos de 20
centímetros. Os cantos são ângulos retos quase perfeitos (0,09% de erro), e a base é quase perfeitamente plana (0,004%
de erro). As pedras de revestimento no exterior da pirâmide estão posicionadas de maneira tão precisa que é impossível
colocar até mesmo um fio de cabelo entre suas emendas.
(John D. Clare. Eu estive lá, pirâmides do Antigo Egito. São Paulo: Manole, 1994, p. 8-9. Adaptado.)
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Você agora lerá sobre uma das importantes cidades olmecas: San Lorenzo. Leia atentamente e
observe as imagens a seguir, para fazer suas anotações.
Vocabulário
Cristas: cume, partes mais altas de uma elevação.
Ravinas: barranco, acidente geográfico produzido pela ação da erosão de córregos e enxurradas.
Grande artefato
religioso, com a
parte posterior
esculpida na forma
de um deus com
feições de bebê,
caracterizado por
uma boca
rosnando, fenda
em forma de
V na cabeça e
sobrancelhas
serrilhadas,
indicando um ser
sobrenatural.
Olmeca – 800 a
300 a.C., jade,
altura: 31 cm.
(Hammond, op.
cit., p. 215.)
32
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Você deve ler os textos e as imagens com muita atenção. Em seguida, realize essa
atividade em casa.
2. Como podem ser descritas as cabeças colossais olmecas encontradas na cidade de San Lorenzo?
Grandes cabeças representando governantes, com quase 3 metros de altura, apresentando adereços de cabeça e altares, provavelmente
tronos.
com a representação do “jaguaromem”, um poderoso espírito da floresta capaz de mudar à vontade da forma humana para a felina.
5. Escavações feitas na cidade de San Lorenzo indicam que seus habitantes incluíam o consumo de
carne em sua dieta. Indique quais tipos de carnes eram consumidas.
Peixes, cachorros domesticados, cervos e porcos selvagens. Indícios demonstram também que, ocasionalmente, a carne humana poderia
ser consumida.
6. O que você considerou mais curioso ou interessante sobre essa civilização? Por quê?
Resposta pessoal do aluno. O professor deve ouvir algumas para fazer um balanço das opiniões da classe.
produção do texto, que deve conter o papel dos governantes no direcionamento das atividades agrícolas; a existência de grandes obras em
pedra que celebram o poder do rei (zigurates e estela da lei – Mesopotâmia; pirâmides – Egito; grandes cabeças – Olmecas) etc.
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A 45 e 46
6.3. Ampliação de seus conhecimentos: os olmecas e os maias
DATA: _____/_____/_____
Certamente, você já estudou que antes, da chegada dos europeus, a América já era habitada. A
diversidade de culturas existentes em nosso continente era muito grande. Havia sociedades em diferentes
estágios culturais. As primeiras grandes civilizações americanas foram os olmecas e os maias.
Observe o gráfico abaixo e visualize algumas das datas dessas civilizações, para uma melhor
localização no tempo.
34
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35
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Em seu Caderno de Atividades do primeiro bimestre, você estudou sobre mitos de origem, lembra-se?
Pois bem, há um mito de origem maia que relata que o primeiro homem dessa civilização teria
surgido do milho. Há outras lendas maias sobre o milho, considerado um alimento sagrado nessa
civilização. Conheça mais lendo o texto e a imagem a seguir:
Cabeça de Pakal
As origens lendárias do milho
Vocabulário
Chamuscado: ligeiramente queimado.
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2. Quais os indícios, ou evidências, de que essa era uma sociedade fortemente hierarquizada?
Nas esculturas maias, apenas os governantes e pessoas consideradas da elite guerreira, religiosa e econômica eram representadas com
toucados na cabeça. Os camponeses viviam nos arredores das cidades e pagavam pesados impostos aos governantes.
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1. O texto relaciona as características físicas do território grego a seu modo de se organizar. Quais
informações você pode retirar do texto sobre os itens abaixo?
b) A qualidade do solo
O solo é pedregoso e seco, pois as chuvas são escassas; por isso, havia falta de terras de boa qualidade.
c) A agricultura
A agricultura era difícil devido ao relevo e à falta de boas terras. Cultivavam-se oliveiras, vinhas, trigo e cevada.
d) O comércio
A navegação era favorável por causa do extenso litoral e do grande número de ilhas, penínsulas e golfos. Isso também favorecia o comércio.
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TAREFA 19 Creta
Leia todas as informações sobre Creta nas páginas 5, 6 e 7 e observe o mapa para responder às
perguntas a seguir.
cortante.
Quanto ao comércio, o marítimo era bastante desenvolvido; mantinham relações comerciais com o Egito e com as ilhas Cíclades.
3. Os palácios tinham importantes funções nas cidades cretenses. Quais eram elas?
Os palácios serviam como sede do governo. Todas as atividades pelas quais os governantes eram responsáveis eram realizadas lá. Além
disso, havia depósitos para recolher os tributos recebidos na forma de cereais, óleo e vinho, que serviam como reservas para ocasiões de
crise.
Havia também locais próprios para os funcionários que cuidavam das riquezas da cidade e, nessa tarefa, faziam uso da escrita.
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Os deuses mencionados no texto sobre a guerra de Troia são: Zeus, Hera, Palas Atena, Afrodite,
Ares, Temis e Poseidon.
1. Zeus está reunido com outros deuses e lança uma pergunta. Qual foi essa pergunta?
Incentivaremos a guerra ou lançaremos a paz sobre os dois povos?
2. Zeus anuncia que havia deuses apoiando Menelau. Quem eram eles?
Os deuses que apoiavam Menelau eram Hera e Palas Atena.
3. Zeus anuncia que havia uma deusa apoiando Eneias, adversário de Menelau? Quem era ela?
A deusa que apoiava Eneias era Afrodite.
vitória a Menelau.
6. No segundo trecho, Zeus dá uma ordem aos deuses, reunidos em assembleia. Qual foi essa ordem?
A ordem de Zeus foi que cada deus ajudasse um dos dois partidos (troianos ou aqueus), conforme sua própria ideia. Ele ficaria apenas
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TAREFA 22 Aristocracia
1. O que é aristocracia?
Aristocracia é um modo de organização no qual um pequeno grupo de pessoas detém o poder por se considerar melhor do que os outros,
2. Como se deu a transformação da organização do poder do oikos, que era baseado nas famílias
extensivas, genos, para cidades com organização aristocrática? Copie do texto um trecho que explique isso.
Os filhos passaram a herdar os bens dos pais, facilitando a acumulação de riquezas por algumas famílias extensivas e criando poder contrário
ao genos, promovendo o surgimento de uma nobreza hereditária, que buscava conquistar terras e bens.
aos locais de produção artesanal. Uma região pequena em área e população, governada por um chefe com origem na aristocracia local.
Criaram colônias para resolver um problema: suas cidades não tinham condições de produzir mais riquezas em territórios de solo pouco
que cada cidade tivesse a proteção de um deus, o que incluía ser escolhido, ter sinais de sua presença, como o fogo sagrado e os oráculos,
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Leia os textos sobre a educação em Esparta e em Atenas (páginas 21 e 22) para responder às
questões a seguir.
3. De que modo podemos dizer que a educação espartana era uma espécie de treino militar? Leia com
atenção e retire do texto o maior número possível de informações.
Além do treino da obediência, eles aprendiam a suportar a punição sem contestação. As brigas e rivalidades eram incentivadas, para verificar
a disposição de cada um para a luta. Quando ficavam mais velhos, deviam andar descalços, sem camisa, só recebiam um agasalho por ano
e só tomavam banho em alguns dias. Quando chegavam aos vinte anos, começavam a comandar pequenos grupos em exercícios militares.
5. O que os meninos aprendiam nas escolas privadas? Procure o maior número possível de informações
do texto para construir sua resposta.
Os meninos eram enviados a escolas privadas, nas quais aprendiam a ler, escrever e contar, até os 14 anos. Dos 15 aos 18 anos, praticavam
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Vocabulário
Concubina: diz-se da mulher que vive com um homem, Usufruto: direito de usar e desfrutar de um bem que
sem ser casada com ele. pertence a outra pessoa.
4. O rei tinha o direito de tirar a vida de seus súditos, de acordo com o código?
Sim, era um código que estabelecia punições muito rigorosas, inclusive com a morte, para situações consideradas ilegais, como delitos e
crimes. O Código de Hamurabi costuma ser resumido na seguinte frase: “Dente por dente, olho por olho”.
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Figura 2 Figura 9
Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:KnossosSemune.jpg>. Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Squatting_warrior_
Acesso em: 12 jun. 2015. Staatliche_Antikensammlungen_8966.jpg>. Acesso em: 12 jun. 2015.
Figura 3 Figura 10
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Micenas#mediaviewer/File:Mycenae_ Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Globular_aryballos_Louvre_
ruins_dsc06390.jpg>. Acesso em: 12 jun. 2015. Ele357.jpg>. Acesso em: 12 jun. 2015.
Figura 4 Figura 11
David Moniaux, La porte dês lions à Mycenes, 2004: Disponível em: Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gudea_of_Lagash_Girsu.jpg>.
<http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mycenae_lion_gate_dsc06382.jpg>. Acesso Acesso em: 12 jun. 2015.
em: 12 jun. 2015.
Figura 12
Figura 5 Disponível em: <http://istorianasveta.eu/pages/posts/kodeks-na-car-xamurapi-
Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:PhoenicianCoin2A.png>. 119.php>. Acesso em: 12 jun. 2015.
Acesso em: 12 jun. 2015.
Figura 13
Figura 6 Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Great_Sphinx_of_Giza_-_2008
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Birreme#mediaviewer/File:Greek_ 0716a.jpg>. Acesso em: 16 dez. 2014.
Galleys.jpg>. Acesso em: 12 jun. 2015.
Figura 14
Figura 7 Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:All_Gizah_Pyramids.jpg>.
Disponível em: <https://classconnection.s3.amazonaws.com/822/flashcards/556822/ Acesso em: 16 dez. 2014.
jpg/801306984492212.jpg>. Acesso em: 17 jun. 2015.
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