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Estudante: __________________________________________________________________________________________________________________________________ 6º_______

Professora Géssica Peniche Costa e Silva Língua Portuguesa 1º Trimestre


Cuidado! O amor tem andado mascarado
Mas logo poderá mostrar a sua face e seus braços.
O sorriso ficará escondido atrás das máscaras.
O abraço estará escondido atrás do cuidado.
A amizade não conseguirá se esconder e
se revelará no brilho do olhar pela alegria do reencontro.
Olhar que, talvez, revele frustração ou medo.
A paciência é a melhor amiga do tempo.
A distância é a melhor amiga da prudência.
O tempo ensina que tudo passa.
Passa como um passarinho brincando no vento
no final da tarde.
Em tempos de pandemia, distanciar-se é um ato de amor.
Profe Gé

Os pesos e notas, assim como as


aprendizagens esperadas,
estarão descritas no
Planejamento Trimestral
postado no curso do
componente lá no Moodle, na
aba Planejamento, qualquer
dúvida, comunique!

Pergunte, questione, estamos


juntos, não se esqueça disso!
Juntos!
ORIENTAÇÕES IMPORTANTES: CADERNO, ATIVIDADE, ESCRITA E REESCRITA.

Orientações para a organização do caderno e correções

REGISTROS NO CADERNO:
 No caderno, aquilo que copiamos do quadro (conteúdo, enunciados, explicações, esquemas,
correções) deve estar copiado com caneta esferográfica azul escura ou preta, utilizando caneta de outras
cores, conforme a orientação da professora.
 Os títulos, as datas e os tópicos de estudos do dia, podem ser copiados com caneta colorida.
 Usamos o lápis somente para resolução de atividades e realizamos a correção com caneta verde.
 Se durante a correção você perceber que a sua resposta está:

▪ INCORRETA, você deverá apagá-la e reescrevê-la com caneta verde (de acordo com o gabarito).

▪ INCOMPLETA, você deverá complementar a sua resposta com caneta verde também.

▪ CORRETA, você deverá usar este sinal:

Orientações para a organização dos estudos

O caderno organizado é um grande aliado para que você organize os seus estudos. Vamos resgatá-
lo para a nossa rotina de estudos, quando estiver em casa, não o deixe de lado!

RESUMOS E ESQUEMAS
 Ao longo do trimestre aprenderemos a produzir esses esquemas e aos poucos você verá o quanto
esse método potencializa a sua aprendizagem.
 Além das tarefas solicitadas, você pode utilizar seu caderno para outras anotações, sem que seja
algo solicitado previamente pela professora.

REESCRITAS
Reescreva com qualidade e respeitando os critérios que serão constantemente retomados nas
correções. Utilize os códigos de correção, releia o que escfreveu, compare com a correção coletiva, reflita
sobre suas dificuldades (metacognição) na hora da reelaboração do texto.
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CÓDIGOS DE CORREÇÃO

Os códigos de correção
mostram que a reescrita vai
muito além da correção
gramatical. Na reelaboração
de um texto desenvolvem-
se habilidades linguísticas,
de raciocínio, de leitura, de
autoavaliação e, claro, de
competência escrita.

Sempre que você tiver


alguma dúvida, pergunte,
questione! Não se omita,
não deixe passar a
oportunidade de esclarecer
algo que você não
entendeu.

GRIFOS

No decorrer das aulas, outras orientações serão realizadas para os estudos de Língua Portuguesa.
Por exemplo, como escolher as palavras/ expressões mais importantes do texto para grifá-las; como
retomar algum conceito para compreender melhor um texto, entre outras estratégias relacionadas ao
que está sendo trabalhado.

DIGITAÇÃO

Apesar de todo o resgate do uso do caderno ao longo do ano, nós teremos muitas atividades para
realizar via Moodle, isso significa que você digitará textos no computador/celular.
Tenha muita atenção na hora de digitar os seus textos também! Teremos muitos momentos de
realização de tarefas lá no Moodle, mas os cuidados devem ser os mesmos que você tem com a escrita à
mão. Fique atento(a)! Releia tudo o que você escreve! Reler é o melhor caminho para a autocorreção e o
aprimoramento da nossa escrita, digitando um texto ou escrevendo à mão.
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Orientações para a resolução das atividades e reescritas

Em sexto ano, continuamos utilizando o conceito de resposta-texto para a realização das tarefas.
Para quem não se lembra ou não sabe, a resposta-texto é a maneira mais completa de elaborar as
respostas. Lembre-se de que as aulas de correção e orientação para a reescrita são muito importantes
para você aprimorar os seus textos. A escrita é um “trabalho formiguinha”, que dá muito trabalho, mas o
resultado é maravilhoso, afinal de contas, quem não quer escrever melhor? Conseguir expressar uma
ideia, pensamento, conhecimento e criatividade por meio do texto, seja escrito ou falado?
Em alguns momentos irei desafiá-los a elaborar resposta-texto oralmente, serão exercícios bem
desafiadores, preparem-se! Colocaremos os nossos conhecimentos em prática, falando ou escrevendo,
quanto mais praticarmos, mais confiantes ficaremos!

RESPOSTA-TEXTO

Tudo aquilo que escrevemos é um texto e, como tal, precisa ser sempre claro ao leitor. Ou seja, o
leitor precisa entender sempre do que estamos falando e quais são as referências para aquilo que
escrevemos. Por isso,

 uma resposta-texto deve ser encarada como um texto normal, com começo, meio e fim.

 uma resposta-texto deve ser completa e bem articulada, portanto, uma boa resposta deve “ter em
mente” que quem está lendo o seu texto não teve acesso ao texto que formulou a pergunta, por isso, sua
resposta deve estar sempre bem contextualizada.

 uma resposta-texto nunca deve ser iniciada com “sim”, “não” ou com pronomes, por exemplo, “ele”,

“ela”, “que”.

 não há problemas em retomar elementos da pergunta para introduzir o texto da interpretação,

contextualizando melhor a sua resposta, mas não deve ser realizado cópias do enunciado na produção
do seu texto de resposta. ESCREVER COM AUTORIA É ESCREVER COM AS SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS,
CUIDADO COM AS CÓPIAS E OS PLÁGIOS!

Atente-se às correções realizadas de forma coletiva e os exemplos de respostas completas, bem contextualizadas e compare
com o que você escreveu, refletir sobre a escrita é fundamental para aprimorá-la!
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Histórias para o rei1

Nunca podia imaginar que fosse tão agradável a função de contar histórias, para a qual fui
nomeado por decreto do Rei. A nomeação colheu-me de surpresa, pois jamais exercitara dotes de
imaginação, e até me exprimo com certa dificuldade verbal. Mas bastou que o Rei confiasse em mim para
que as histórias me jorrassem da boca à maneira de água corrente. Nem carecia inventá-las. Inventavam-
se a si mesmas.
Este prazer durou seis meses. Um dia, a Rainha foi falar ao Rei que eu estava exagerando. Contava
tantas histórias que não havia tempo para apreciá-las, e mesmo para ouvi-las. O Rei, que julgava minha
facúndia uma qualidade, passou a considerá-la defeito, e ordenou que eu só contasse meia história por
dia, e descansasse aos domingos. Fiquei triste, pois não sabia inventar meia história. Minha insuficiência
desagradou, e fui substituído por um mudo, que narra por meio de sinais, e arranca os maiores aplausos.

Carlos Drummond de Andrade, em Contos Plausíveis, p. 90.

ESPAÇO PARA ANOTAÇÕES:

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1O texto de Carlos Drummond de Andrade nos remete à famosa lenda Persa da Princesa Sherazade que ao narrar histórias fantásticas ao Rei
Shariar, salvou sua própria vida. Pesquise mais sobre essa lenda na internet! ☺
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 EXEMPLOS DE RESPOSTAS:

a) O texto conta uma breve história, cheia de mudanças. No início, o narrador se mostrou confiante
com o seu novo emprego?

 Não. O narrador não se mostrou confiante em seu novo emprego.

 No início o narrador não se mostrou confiante em seu novo emprego de contador de histórias,
pois não se achava capaz para exercer o cargo e porque tinha dificuldades para se expressar
oralmente.

Entenderam a diferença entre as respostas? É o caminho que construiremos ao longo do ano,


com muitas retomadas e aprendendo novas estratégias para melhorar a nossa escrita.

 OS 4 C´s: COERÊNCIA – COESÃO – CONCISÃO – CLAREZA.

Ao escrever, atente-se a algumas questões muito


importantes na elaboração de um texto: clareza, coerência,
coesão e concisão. O leitor não tem que adivinhar o “que se quis
dizer”. Quando um texto fica difícil de compreender é porque
há dois PROBLEMAS básicos em sua escrita:

COERÊNCIA COESÃO
Falta sentido no que foi escrito ou a Quando em um determinado trecho a
mensagem não está clara. ausência de palavras ou expressões
prejudicam o sentido do texto.

E quem disse que escrever bastante é suficiente para elaborar uma boa resposta? Tão importante
quanto escrever com clareza, coerência e coesão é preciso aprender a escrever de forma concisa. Você
vai ouvir muito sobre essa palavra! Não é fácil escrever o necessário em poucas palavras, mas vamos
exercitar muito o nosso poder de CONCISÃO!
Como eu posso saber se o meu texto está CLARO para quem for lê-lo? Ou seja, é um texto cujas
ideias são apresentadas sem deixar o leitor confuso? Releia, pense sobre o que escreveu!
Construir um bom texto demanda muito cuidado e é um trabalho constante, mas com certeza o
primeiro passo é você ser o primeiro leitor do seu texto. Releia e revise o que escreve e seja um leitor
criterioso do seu próprio texto.
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 A FALA, A ESCRITA E O INTERNETÊS.

Outro aspecto importante que devemos ter muita atenção na


hora de elaborar um texto é refletir um pouco sobre as diferenças
entre a fala (oralidade) e a escrita e os CONTEXTOS DE USO (formais e
informais).
Como a escrita é diferente da fala é preciso eliminar expressões
como: “aí”, “daí”, “então” do seu texto escrito.
Muito dos problemas de repetição de palavras em um texto escrito tem relação com a oralidade.
Observe uma conversa entre duas pessoas e veja como à medida em que elas conversam, vão tirando as
dúvidas, perguntando, esclarecendo o que o ouvinte não entendeu direito e, principalmente, repetindo
as informações. Já a escrita não pode ser repetitiva, precisamos variar o vocabulário, articular as ideias
para que o leitor do nosso texto não se canse e compreenda melhor o texto.
Cuidado com a PONTUAÇÃO, porque ela organiza o texto escrito, fazendo com que as
informações não fiquem amontoadas. Ao longo das aulas faremos exercícios de pontuação, revisitando
alguns conceitos que você já estudou nos anos anteriores.

 CUIDADOS COM A DIGITAÇÃO.

“Pq”, “Tbm”, “Vc”, “tbm”, “Kkkkkkk”, “ ”, “ ”...

Realizar uma resposta-texto é diferente de responder a alguém nas redes sociais (contextos
diferentes), por isso, não digite as palavras de forma abreviada, emojis, memes, ou utilizando expressões
próprias dos CONTEXTOS INFORMAIS da internet.
Por mais que você esteja em um contexto virtual, realizando ou entregando as tarefas via Moodle,
você deverá ter todos os cuidados com a sua escrita (mencionados anteriormente). RELEIA SEMPRE,
RELER É O MELHOR CAMINHO!

 CUIDADOS COM A ESCRITA À MÃO.

Você já conheceu os códigos para correção que te dará um norte de como realizar a REESCRITA.
Tão importante quanto escrever de acordo com as orientações do enunciado, é ter cuidado com a
aparência dada ao texto, seja no caderno ou nas atividades realizadas em folhas separadas. Portanto, ao
elaborar os textos (e isso inclui a resposta-texto), verifique se está tomando cuidado com a sua aparência.
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 ITEM 1. Ao iniciar o seu texto, verifique se está respeitando o espaçamento necessário para
marcar o início de um parágrafo (ou famoso “dedinho”) e se você está diferenciando adequadamente as
letras maiúsculas e minúsculas. Claro que também você deve escrever da forma mais legível possível.

 ITEM 2. É importante respeitar as margens, não ultrapassando e nem deixando de utilizá-las,


fazendo, se necessário, a separação silábica das palavras. Início de parágrafo é sempre letra maiúscula!

 ITEM 3. Em caso de erro no caderno, você poderá riscar a palavra como no exemplo. Nada de
rasuras e borrões! Em algumas ocasiões será permitido o uso do corretivo.

 ITENS 4 e 5. Se na produção textual for solicitado que você coloque um título, deixe-o bem
centralizado e pule uma linha antes de dar início ao texto.
 ITEM 6. Se o texto apresentar mais de um parágrafo, atente-se ao alinhamento deles.

4
5

 LEGIBILIDADE: Ao escrever um texto você deve se lembrar ao escrever para alguém, a LETRA
LEGÍVEL É FUNDAMENTAL! Letra bonita é diferente de letra legível. É preciso diferenciar o “m” de “n” e
“n” de “u”, bem como, “r” de “s”, entre outras letras.
Parece difícil seguir essas orientações, mas não é! Escrita exige treino, leitura, observação, mas
é uma atividade extremamente prazerosa e até mesmo, libertadora. No decorrer das aulas você vai ver!
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ATIVIDADE DE INTERPRETAÇÃO
ATIVIDADE DIAGNÓSTICA

Ilustração: Daisy Sartori

UMA LIÇÃO INESPERADA


No último dia de férias, Lilico nem dormiu direito. Não via a hora de voltar à escola e rever os
amigos. Acordou feliz da vida tomou o café da manhã às pressas, pegou sua mochila e foi ao encontro
deles. Abraçou-os à entrada da escola, mostrou o relógio que ganhara no Natal, contou sua viagem
ao litoral. Depois ouviu as histórias dos amigos e divertiu-se com eles, o coração latejando de alegria.
Aos poucos foi matando a saudade das descobertas que fazia ali, das meninas ruidosas, do
azul e branco dos uniformes, daquele burburinho à beira do portão. Sentia-se como um peixe de volta
ao mar. Mas, quando o sino anunciou o início das aulas, Lilico descobriu que caíra numa classe onde
não havia nenhum de seus amigos.
Encontrou lá só gente estranha, que o observava dos pés à cabeça, em silêncio. Viu-se
perdido, e o sorriso que iluminava o seu rosto se apagou. Antes de começar, a professora pediu a
cada aluno que se apresentasse. Aborrecido, Lilico estudava seus novos companheiros.
Tinha um japonês de cabelos espetados com jeito de nerd. Uma garota de olhos azuis, vinda
do Sul, pareceu-lhe fria e arrogante. Um menino alto, que quase bateu no teto quando se ergueu,
tinha toda a pinta de ser um bobo. E a menina que morava no sítio? A coitada comia palavras, olhava-
os assustado, igual um bicho-do-mato. O mulato, filho de pescador, falava arrastado, estalando a
língua, com sotaque de malandro. E havia uns garotos com tatuagens, umas meninas usando óculos
de lentes grossas, todos esquisitos aos olhos de Lilico. A professora? Tão diferente das que ele
conhecera...
Logo que soou o sinal para o recreio, Lilico saiu a mil por hora, à procura de seus antigos
colegas. Surpreendeu-se ao vê-los em roda, animados, junto aos estudantes que haviam conhecido
horas antes. De volta à sala de aula, a professora passou uma tarefa em grupo. Lilico caiu com o
japonês, a menina gaúcha, o mulato e o grandalhão. Começaram a conversar cheios de cautela, mas
paulatinamente foram se soltando, a ponto de, ao fim do exercício, parecia que se conheciam a anos.
Lilico descobriu que o japonês não era nerd não: era ótimo em matemática, mas tinha
dificuldade em português. A gaúcha, que lhe parecia metida, era gentil e o mirava ternamente com
seus lindos olhos azuis. O mulato era um caiçara responsável, ajudava o pai desde criança e prometeu
ensinar a todos os segredos de uma boa pescaria. O grandalhão não tinha nada de bobo. Raciocinava
rapidamente e, com aquele tamanho, seria legal jogar basquete no time dele. Lilico descobriu
inclusive que o haviam achado mal-humorado quando ele se apresentara, mas já não pensavam
assim. Então, mirou a menina do sítio e pensou no quanto seria bom conhecê-la. Devia saber tudo
de passarinhos. Sim, justamente porque eram diferentes, havia encanto nas pessoas.
Se ele descobrira aquilo no primeiro dia de aula, quantas descobertas não haveriam de fazer
no ano inteiro? E, como um lápis deslizando numa folha de papel, um sorriso se desenhou novamente
no rosto de Lilico.
Conto de João Anzanello Carrascoza,
Histórias para sonhar acordado, Scipione, 2011.
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GLOSSÁRIO
Caiçara - pescador que vive na praia.
Latejando - pulsando.
Nerd - inteligente, estudioso, porém com tendência a um isolamento social
Paulatinamente - aos poucos.
Mulato: expressão informal própria da oralidade e que significa “cabra esperto”.

ARMANDINHO

 RESPONDA:

1) Indique e explique que tipo de narrador o conto apresenta?

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2) De que fala o texto? Elabore um resumo do conto (escreva com as próprias palavras e não copie
nenhum trecho!).

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3) Analise a tirinha do Armandinho a seguir e responda:


a) Na tirinha podemos observar que há um adulto explicando ao Armandinho a importância da humildade.
Em sua opinião, que mensagem há na tirinha que se relaciona com a história lida?

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b) Explique qual foi a “lição inesperada” que Lilico aprendeu em seu primeiro dia de aula?

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Você sabe o que as palavras abaixo significam? Vamos pensar a respeito do sentido delas! Após a nossa
discussão coletiva, resuma com as suas palavras o que cada uma delas representa (NO CADERNO).

▪ ESTEREÓTIPO.
▪ PRECONCEITO.
▪ DISCRIMINAÇÃO.

 PREPARE A PIPOCA!

QUEM DISSE QUE LITERATURA E CINEMA FORMAM PAR?

Após pesquisar sobre estereótipo, preconceito e discriminação, que tal dar um tempo e
assistir a um filme? A minha sugestão é a animação ZOOTOPIA. Observe como o enredo do
filme é construído e como as relações entre os personagens se estabelece e analise a relação
entre a história e a as relações sociais que se estabelecem em nossa sociedade.

Judy Hopps é a pequena coelha de uma fazenda isolada, filha de


agricultores que plantam cenouras há décadas. Mas ela tem sonhos
maiores: pretende se mudar para a cidade grande, Zootopia, onde
todas as espécies de animais convivem em harmonia, na intenção de
se tornar a primeira coelha policial. Judy enfrenta o preconceito e as
manipulações dos outros animais, mas conta com a ajuda inesperada
da raposa Nick Wilde, conhecida por sua malícia e suas infrações. A
inesperada dupla se dedica à busca de um animal desaparecido,
descobrindo uma conspiração que afeta toda a cidade.

Fonte: Adoro Cinema (site).


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ATIVIDADE 1 – ACOMPANHAMENTO PROCESSUAL - AC1

LEITURA, INTERPRETAÇÃO E PESQUISA:


▪ ETAPA 1 – Leitura e grifo no material de apoio.

▪ ETAPA 2 – Leitura e discussão coletiva após a leitura do


texto narrativo “Amplexo”.

▪ ETAPA 3 – Produção de esquema e resumo.

▪ ETAPA 3 – Atividade de leitura e intepretação.

▪ ETAPA 4 – Atividade de pesquisa e produção de mapa


conceitual.

▪ CRITÉRIOS DA DIMENSÃO ORGANIZACIONAL:


▪ Organização dos materiais e pontualidade para o início da atividade.

▪ Silêncio e concentração para a realização da leitura individual e realização da atividade.

▪ Grifos e anotações coerentes.

▪ CRITÉRIOS DA DIMENSÃO COGNITIVA:


▪ Leitura, compreensão e interpretação do texto.

▪ Aprofundamento do conceito de resposta-texto.

▪ Leitura, compreensão e seleção de informação para a produção textual (resumo).

▪ Relação do texto com o contexto e percepção da intencionalidade do texto.

▪ Ressignificação de conceitos próprios da disciplina (classes das palavras).

▪ Uso adequado da ortografia, acentuação e pontuação.

ATENÇÃO!

Algumas atividades de acompanhamento (AC´s) serão realizadas em


material impresso, no decorrer das aulas presenciais, outras serão
realizadas via Moodle e serão avisadas com antecedência via agenda.
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 Grifos, esquemas e anotações:


“Um texto em branco é um texto que não foi lido ou estudado
com profundidade”, você já deve estar cansado(a) de escutar essa frase
desde o nosso primeiro contato com os materiais.
Grifar um texto não é sair “pintando” os tópicos ou parágrafos
lidos só para dizer que leu. É preciso grifar palavras ou frases que
tenham sentido para, em outro momento, retomar aquilo que
destacou para realizar esquemas e pequenos resumos que poderão te
auxiliar nos momentos de revisão do conteúdo.
Um exemplo de esquema simples são as anotações que se faz ao longo dos textos. Ao ler um
texto narrativo, por exemplo, por que não anotar que tipo de narrador o conto apresenta (quem
conta a história)? Em qual parágrafo o conflito inicial da história é estabelecido? Quais palavras ou
expressões sinônimas surgem na construção do texto? Entre outras informações que podem auxiliá-
lo a retomar conceitos já aprendidos e melhorar a sua rotina de estudos.

ATENÇÃO: GRIFAR OU REALIZAR AS ANOTAÇÕES FARÁ PARTE DA ORGANIZAÇÃO DOS SEUS


ESTUDOS AO LONGO DO ANO E DE TODA A SUA VIDA ACADÊMICA.

 EXEMPLO DE ESQUEMA DE ESTUDO SOBRE OS ELEMENTOS DA NARRATIVA EM FORMA DE


MAPA CONCEITUAL

Fonte do mapa conceitual: Site descomplica.


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AMPLEXO
- Mãe, me dá um amplexo?
A pergunta pega Cinira desprevenida. Antes
que possa retrucar, ela nota o dicionário na
mão do filho, que completa o pedido:
- E um ósculo também.
Ainda surpresa, a mulher procura no livro a
definição das duas estranhas palavras. E encontra.
Mateus quer apenas um abraço e um beijo.
Conversa vai, conversa vem, Cinira finalmente se dá conta de que o garoto, recém-apresentado
às classes gramaticais nas aulas de Português, brinca com os sinônimos. "O que vai ser de mim quando
esse tiquinho de gente cismar com parônimos, homônimos, heterônimos e pseudônimos?", pensa ela,
misturando as estações. "Valha-me, Santo Antônimo!" E emenda:
- Para com essa bobagem, menino!
- Ah, mãe, o que é que tem? Você nunca chamou cachorro de cão? E casa de residência? E carro
de automóvel?
- É verdade, mas...
Mas a verdade é que Cinira não tem uma boa resposta.
- E meu nome é Mateus - continua o rapaz. - Só que você me chama de Matusquela.
- Ei, isso não vale. Matusquela é apelido carinhoso.
- Sei, sei. Tudo bem se eu usar nosocômio e cogitabundo em vez de hospital e pensativo?
E criptobrânquio no lugar de mutabílio?
- Mutabílio? O que é que é isso?
- O mesmo que derotremado, ora. Está aqui no Aurélio.
Está mesmo. É um bichinho. Mas pouco importa. A mãe questiona a opção do menino por
vocábulos incomuns. Mateus sai-se com esta:
- A professora disse que aprender palavras é como ganhar roupas e guardar numa gaveta.
Quando a gente precisa delas, tira de lá e usa. Cada uma serve para uma ocasião, por mais esquisita
que pareça. Igual à querê-querê roxa que você me deu no último aniversário. Lembra?
Como esquecer? Cinira nem se dá ao trabalho de consultar o dicionário. Sabe que a explicação
para essa última provocação está no verbete camiseta.

Marcelo Alencar, autor deste conto, já trabalhou como cartunista e editor de histórias em quadrinhos
e atualmente é editor da NOVA ESCOLA (revista da qual foi extraída a narrativa).
DATA:__________/__________/__________ 16

EXEMPLOS DE ESQUEMAS DE ESTUDO DO TEXTO:

ESQUEMA PARA RESUMO


Exemplo de esquema que ajuda na hora de elaborar o resumo de um texto lido. Faremos
muitos resumos ao longo do ano!

ESQUEMA DE REFERENCIAÇÃO:
Exemplo de esquema para melhorar a coesão textual (eliminar repetições, melhorar a
progressão...)
DATA:__________/__________/__________ 17

RESUMINDO
O resumo é um texto que parte de outro texto, ou seja, para você elaborar um resumo você
precisa apresentar a ideia principal de outro texto e requer duas habilidades fundamentais: a síntese
e a objetividade. Resumir é escrever o essencial em poucas palavras! Não é preciso detalhar cada fato,
mas é preciso selecionar o que é principal e estruturar o texto em começo, meio e fim (por enquanto
vamos usar essas nomenclaturas). A pergunta que vai guiar a escrito do seu resumo, quando o texto
a ser resumido for narrativo, será: de que fala a história?

CARACTERÍSTICAS DO RESUMO DO TEXTO NARRATIVO EM SEXTO ANO:


Após a leitura de um texto em sexto ano, seja narrativo ou informativo, sempre será solicitada a
produção de um resumo. Se o texto-fonte for narrativo, haverá uma estrutura padrão com uma
referência ao texto original, como você pode perceber no exemplo, antes do texto apresentar a síntese
de que fala a história, há uma introdução que cita o título do texto, o autor e o tipo de narrador que a
história apresenta. Já quando for um texto informativo, você deverá apresentar outras informações na
introdução do resumo.

 EXERCITANDO O OLHAR CRÍTICO:

Analise o resumo do conto a seguir:


▪ Para pensar e analisar: o resumo apresenta problemas de coesão ou coerência? Ou ambos?
▪ Circule as palavras que se repetem e elabore outras anotações que achar pertinente.
DATA:__________/__________/__________ 18

ATIVIDADE DE INTERPRETAÇÃO E PESQUISA


ACOMPANHAMENTO PROCESSUAL
Com base na leitura e estudo do conto “Amplexo”, responda às questões:

O dicionário, além de auxiliar na compreensão do significado dos vocábulos, também ajuda


a ampliar o vocabulário, pois nos permite consultar o sinônimo das palavras, evitando assim a
repetição de termos em uma produção textual. Tanto que Mateus chega da escola ansioso para
colocar em prática aquilo que aprendera na aula. Sobre essa mudança no comportamento do
menino, responda:

1) Qual é a intenção do menino ao utilizar novas palavras no diálogo com a sua mãe? (1,0)

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2) Por que, em sua opinião, o narrador diz no último parágrafo que a Dona Cinira nem se dá ao
trabalho de procurar o significado da palavra “querê-querê” no dicionário? (1,0)

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Com o desenrolar da história conseguimos decifrar o significado de algumas palavras que não
fazem parte do vocabulário do cotidiano da maioria das pessoas. Mas ainda assim há algumas
palavras cujas definições não estão explícitas no texto.

3) À qual classe gramatical (classe de palavras) pertence a palavra nosocômio? (1,0)

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4) As palavras manicômio e nosocômio podem ser consideradas palavras sinônimas? Justifique a sua
resposta. (1,0)

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5) Vamos realizar uma pesquisa conceitual? Para realizar a atividade proposta tenham em mãos o
seu livro didático de Português – 5º ano – “Escrever bem com gramática”.

Homônimos Parônimos Sinônimos Antônimos

Substantivos Adjetivos Verbos Advérbios

Como os dicionários são feitos?

Você viu quantas palavras apareceram no conto que não fazem parte do nosso dia-a-dia?
Pois é, isso porque a nossa Língua está sempre em movimento, ou seja, a língua que falamos hoje
pode ser um pouco diferente no futuro e é com base nessas mudanças que o dicionário acaba
trazendo definições de palavras relacionadas à língua corrente.
O dicionário é preparado com base em um levantamento de palavras, utilizando como
materiais obras literárias, jornais, revistas, manuais técnicos e até mesmo bulas de remédio. É claro
que o levantamento não começa do zero, pois dicionários antigos também são utilizados para
abastecer o gigantesco arquivo. As milhões de palavras que aparecem nesse material são então
cadastradas em um computador e as vezes que cada vocábulo surge, descobrem-se quais são os
mais frequentes na língua e que efetivamente serão publicados no dicionário.
"Uma língua tem milhões de palavras, das quais apenas uma parte fará parte do
dicionário", diz o lexicógrafo (autor de dicionários) Mauro de Salles Villar. Após serem definidas
as palavras que entrarão na obra, é hora de preparar o texto dos seus significados, além de
pesquisar outras informações que podem complementar os verbetes, como a origem do vocábulo
e a data em que ele passou a ser usado na língua. Todo esse trabalho pode levar anos ou até décadas
e, invariavelmente, envolve uma grande equipe de pesquisadores.
Considerada a palavra do ano de 2013, a palavra SELFIE foi dicionarizada com a seguinte
definição: “imagem de alguém, feita pela própria pessoa, com câmera digital, com o objetivo de ser
postada em redes sociais”.
(Fonte: Mundo Estranho – Adaptado).
DATA:__________/__________/__________ 20

 Complete o MAPA CONCEITUAL sobre as classes das palavras (resuma os conceitos


utilizando palavras-chave como foi realizada nos substantivos. Para realizar esta
atividade, usaremos o livro didático do quinto ano para consulta. (4,0)
DATA:__________/__________/__________ 21

O TEXTO NARRATIVO E O TEXTO INFORMATIVO

Os textos que circulam na sociedade podem ser divididos em dois grandes grupos: textos
ficcionais e não ficcionais. Diferentemente dos textos literários (ficcionais), cuja linguagem é mais
criativa e as palavras ganham um sentido mais conotativo, os textos informativos (não-ficcionais)
baseiam-se na realidade e a linguagem desses tipos de textos é mais objetiva.
A produção de um texto e as escolhas que o autor faz dependem da sua intenção. Da linguagem
ao tipo de texto, há sempre um objetivo por trás da mensagem.
De modo geral, as principais diferenças entre os textos informativos são:
TEXTO INFORMATIVO TEXTO LITERÁRIO

Linguagem objetiva e direta. Linguagem conotativa/criativa.

Relação de correspondência com o real. Relação de verossimilhança com o real.

Predomínio da função informativa. Predomínio da função poética.

Podem ser considerados textos informativos: verbetes de dicionários, notícias, reportagens,


textos didáticos, receitas, entre outros tipos de textos cuja linguagem empregada seja objetiva e direta.
Um texto de pesquisa, por exemplo, que faremos em breve é um exemplo de texto informativo.

Aliás, a maior parte dos textos que compõem a coletânea do Caderno de Curitiba são exemplos de textos

informativos.

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Elementos da Narrativa

Uma das particularidades do ser humano é o fato de que ele é capaz de contar histórias. Sejam
histórias reais, dos acontecimentos do dia, sejam histórias fictícias, inventadas, que são passadas de pai
para filho. Os povos antigos, quando a escrita ainda não era muito popular, mantinham e perpetuavam
as tradições, por exemplo, através de relatos orais, que passavam de geração para geração.
Hoje em dia, esse hábito de reunir a família para contar histórias é cada vez mais raro. Mas,
mesmo assim, as narrativas existem nas mais variadas formas ainda hoje, sejam histórias orais, escritas,
visuais (como quadrinhos e desenhos) ou ainda encenadas (como filmes e peças teatrais).
Não existe quem não goste de ler ou ouvir uma boa história! Até mesmo muitos games possuem
um enredo ou nos convidam a desenvolver uma narrativa. O fato é que a narrativa é o gênero textual com
a presença mais marcante em nossas vidas, desde a infância, e por isso é essencial que dominemos os
elementos que o compõem. Os elementos primordiais de um texto narrativo são: enredo, personagem,
narrador (ou foco narrativo), tempo e espaço.
Mas, antes de estudarmos esses elementos, como definir o texto narrativo? O que é uma
narrativa? Vamos revisar?
Texto narrativo é aquele tipo de texto em que fatos (reais ou fictícios) são contados/escritos em
uma sequência lógica. Esses fatos são vividos por personagens (que também podem ser reais ou fictícios),
contados por um narrador (que pode ou não participar da história) e ocorrem em um determinado tempo
e um espaço.

 Sobre os elementos da narrativa:

 Narrador: é quem conta a história.


 Enredo: é conjunto de acontecimentos que constituem a história.
 Personagens: são os seres que atuam e vivenciam os acontecimentos.
 Espaço: é o local onde acontece a história e onde se desenrolam os acontecimentos.
 Tempo: é o momento em que os fatos acontecem.

Foco narrativo (narrador)

Toda história é narrada por alguém. Esse alguém pode ser um personagem, que participa da
história que ele narra, e é pelo ponto de vista desse personagem específico que sabemos dos fatos. Ou
essa história pode ser narrada por uma “voz narrativa” que não participa da história e é, portanto,
somente narrador dela.
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Se o narrador for também personagem da história, temos então um foco narrativo em primeira
pessoa, com um narrador-personagem.
Se o narrador somente conta a história, sem participar dela, temos um foco narrativo em terceira
pessoa, com um narrador-observador. Esse narrador (que não é o autor do texto, mas uma criação desse
autor) pode ser ainda onisciente e saber de tudo que passa pela cabeça e pelos sentimentos dos
personagens.
A palavra onisciente é formada da seguinte forma: oni + sciente, ou seja, "o que tem ciência de
tudo", "o que sabe de tudo". Repare que o narrador onisciente "lê" os sentimentos, os desejos mais
íntimos da personagem (aliás, o narrador vê o que ninguém tem condições de ver: o mundo interior do
personagem).

Enredo

O enredo é o esqueleto de uma narrativa, ou seja, é o conjunto de acontecimentos que


constituem a história. O enredo presenta algumas fases e por isso se divide em quatro partes distintas:
introdução, conflito (complicação) , clímax e desfecho.
A introdução é o início, quando se apresentam os personagens preparando o leitor para o conflito.
É na introdução que apresentam-se os fatos iniciais para situar o leitor para o que acontecerá.
O conflito é quando se desenha aquilo que vai complicar a vida dos personagens. Quando esse
conflito chega ao seu ápice, temos o clímax, que é o ponto máximo de tensão da narrativa. O desfecho é
o final, com a resolução, ou não, do conflito.
Quando eu pedir para que vocês resumam o enredo de uma história, o texto deverá apresentar:
o foco narrativo, o início da história, os principais acontecimentos e o desfecho.

Personagem – Caracterização física/ psicológica

Os seres que participam do desenrolar dos acontecimentos, isto é, aqueles que vivem o enredo,
são os personagens. O personagem bem construído representa uma individualidade, apresentando traços
psicológicos próprios. Há também personagens que representam tipos humanos, identificados pela
profissão, pelo comportamento, pela classe social, enfim, por algum traço distintivo comum a todos os
indivíduos dessa categoria. Normalmente, é possível identificar na narrativa traços físicos e/ou
psicológicos dos personagens, seja por descrições do narrador ou pelas ações que eles executam ao longo
da história.
Ao longo das aulas vamos retomar esses elementos, analisando como eles aparecem ao longo das
narrativas que vamos ler juntos. Também vamos nos aprofundar nos elementos: tempo e espaço.

Tempo

As histórias acontecem em determinado tempo. Essa noção que temos do tempo é marcada por
uma sequência cronológica: manhã, tarde e noite. Sentimos o tempo como uma sucessão de fatos que se
desenvolvem uns após os outros. O tempo em uma história é o “quando”. Para que uma narrativa
aconteça é necessário que ocorra a passagem do tempo.
O tempo pode ser classificado como cronológico/linear quando o narrador conta a história
seguindo de um ponto no tempo ao futuro sem saltos (começo, meio e fim). Pode ser também não-linear,
quando vai e volta no tempo, utilizando flashbacks.
O narrador pode ainda condicionar o desenrolar da ação em função do sentimento do
personagem. Aí temos o tempo psicológico.

Espaço

Espaço é o cenário por onde circulam personagens e onde se desenrola o enredo. Se e algumas
histórias ele é apenas o cenário onde se desenrola a ação, em algumas histórias o espaço é tão importante que
em alguns casos, ele se transforma em personagem. Por exemplo: Alice no país das maravilhas, de Lewis
Carroll, O Sítio do Pica-pau Amarelo, de Monteiro Lobato ou, ainda, Viagem ao centro da terra, de Júlio Verne.
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ATIVIDADE DE INTERPRETAÇÃO E PESQUISA


ACOMPANHAMENTO PROCESSUAL
LEITURA E INTERPRETAÇÃO

 ETAPA 1 – Leitura e discussão coletiva dos textos.


 ETAPA 2 – Atividade de leitura e intepretação.

CRITÉRIOS DA DIMENSÃO ORGANIZACIONAL:


 Organização dos materiais e pontualidade para o início e término da atividade.

 Silêncio e concentração para a realização da leitura individual e realização da atividade.

CRITÉRIOS DA DIMENSÃO COGNITIVA:


 Leitura, compreensão e interpretação do texto.
 Aprofundamento do conceito de resposta-texto.
 Leitura, compreensão e seleção de informações adequadas para produção textual
(resumo).
 Relação entre textos de gêneros diferentes.
 Relação do texto com o contexto e percepção da intencionalidade do texto.
 Ressignificação de conceitos próprios da disciplina.
 Uso adequado da ortografia, acentuação e pontuação.

TEXTO 1 – CONTO

Bruxas não existem

Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, mulheres malvadas que passavam o tempo todo
maquinando coisas perversas. Os meus amigos também acreditavam nisso. A prova para nós era uma
mulher muito velha, uma solteirona que morava numa casinha caindo aos pedaços no fim de nossa rua.
Seu nome era Ana Custódio, mas nós só a chamávamos de "bruxa".
Era muito feia, ela; gorda, enorme, os cabelos pareciam palha, o nariz era comprido, ela tinha uma
enorme verruga no queixo. E estava sempre falando sozinha. Nunca tínhamos entrado na casa, mas
tínhamos a certeza de que, se fizéssemos isso, nós a encontraríamos preparando venenos num grande
caldeirão. Nossa diversão predileta era incomodá-la. Volta e meia invadíamos o pequeno pátio para dali
roubar frutas e quando, por acaso, a velha saía à rua para fazer compras no pequeno armazém ali perto,
corríamos atrás dela gritando "bruxa, bruxa!".
Um dia encontramos, no meio da rua, um bode morto. A quem pertencera esse animal nós não
sabíamos, mas logo descobrimos o que fazer com ele: jogá-lo na casa da bruxa. O que seria fácil. Ao
contrário do que sempre acontecia, naquela manhã, e talvez por esquecimento, ela deixara aberta a
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janela da frente. Sob comando do João Pedro, que era o nosso líder, levantamos o bicho, que era grande
e pesava bastante, e com muito esforço nós o levamos até a janela. Tentamos empurrá-lo para dentro,
mas aí os chifres ficaram presos na cortina.
- Vamos logo - gritava o João Pedro -, antes que a bruxa apareça. E ela apareceu.
No momento exato em que, finalmente, conseguíamos introduzir o bode pela janela, a porta se
abriu e ali estava ela, a bruxa, empunhando um cabo de vassoura. Rindo, saímos correndo. Eu, gordinho,
era o último. E então aconteceu. De repente, enfiei o pé num buraco e caí. De imediato senti uma dor
terrível na perna e não tive dúvida: estava quebrada. Gemendo, tentei me levantar, mas não consegui. E
a bruxa, caminhando com dificuldade, mas com o cabo de vassoura na mão, aproximava-se. Àquela altura
a turma estava longe, ninguém poderia me ajudar. E a mulher sem dúvida descarregaria em mim sua fúria.
Em um momento, ela estava junto a mim, transtornada de raiva. Mas aí viu a minha perna, e
instantaneamente mudou. Agachou-se junto a mim e começou a examiná-la com uma habilidade
surpreendente.
- Está quebrada - disse por fim. - Mas podemos dar um jeito. Não se preocupe, sei fazer isso. Fui
enfermeira muitos anos, trabalhei em hospital. Confie em mim.
Dividiu o cabo de vassoura em três pedaços e com eles, e com seu cinto de pano, improvisou uma
tala, imobilizando-me a perna. A dor diminuiu muito e, amparado nela, fui até minha casa. "Chame uma
ambulância", disse a mulher à minha mãe. Sorriu.
Tudo ficou bem. Levaram-me para o hospital, o médico engessou minha perna e em poucas
semanas eu estava recuperado. Desde então, deixei de acreditar em bruxas. E tornei-me grande amigo
de uma senhora que morava em minha rua, uma senhora muito boa que se chamava Ana Custódio.

Moacyr Scliar – In “Vem que eu te conto” – Nova Escola.

TEXTO 2 - TIRINHA
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 Responda:

1. EXPLIQUE a relação entre o conteúdo da tirinha com o enredo do conto “Bruxas não existem”.
(2,0)

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2. Indique e explique quem é o narrador da história “Bruxas não existem”. EXTRAIA um trecho
do texto que justifique a sua resposta.

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3. Explique o que motivou a mudança na forma em que o narrador faz referência à “bruxa” ao
final da narrativa. (1,0)

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4. Em determinado momento da história, o narrador diz: “passavam o tempo todo maquinando


coisas perversas”. (1,0)
a) Qual outra palavra sinônima poderia substituir a palavra “maquinar” no contexto em que ela

foi usada: ___________________________________________________________________.


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b) Indique sua classe gramatical: __________________________________________________.

5. ASSINALE o provérbio que melhor se aplica à situação relatada no texto: (1,0)

a) “Não há rosas sem espinhos.”


b) “Quem vê cara não vê coração.”
c) “Gato escaldado tem medo de água fria.”
d) “Quando a esmola é muita, o santo desconfia.”

6. Elabore um resumo do enredo. (Não se esqueça de fazer uma introdução). (2,0)

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Assim como no filme “Zootopia”, no conto “Uma lição inesperada” e no conto “Bruxas não
existem” traz uma personagem que representa um estereótipo, ou seja, que representa uma
imagem com base no SENSO COMUM (conforme pesquisamos durante a aula no Dicio Online).

7. Em sua opinião, por que o protagonista do conto e seus amigos chamavam a Ana Custódio
de “bruxa”? (2,0)

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O USO DO DICIONÁRIO

Quanto mais você lê, mais conhecimentos você adquire sobre o mundo, sobre outras culturas e
que quanto mais você lê, mais rico o seu vocabulário se torna. Além disso, o seu domínio sobre a ortografia
e acentuação também melhoram. Porém, esses processos só acontecem se, quando estamos lendo,
vamos ao dicionário cada vez que surge uma palavra que até então não conhecíamos.
Diferentemente de um livro de histórias, o dicionário é um livro de consulta, não é possível
“terminar de ler até o final”, como sugere a Mafalda na tirinha. Este livro nos ajuda a:
• Tirar as nossas dúvidas sobre a ORTOGRAFIA, ou seja, sobre a forma como se escreve uma
determinada palavra;
• Lembrar à qual classe gramatical a palavra pertence;
• Compreender as situações mais comuns em que a palavra é empregada;
• Compreender, por meio dos VERBETES, o campo de conhecimento em que a palavra está
relacionada e os contextos mais típicos de uso do vocábulo;
• Ampliar o vocabulário, pois compreendendo as palavras sinônimas, você evitará a repetição de
um mesmo termo em uma produção textual, tornando o texto mais claro e objetivo.

O VERBETE

No dicionário, o verbete é a sequência de informações sobre a palavra. Com o tempo veremos que
uma palavra pode apresentar mais de um significado em seu verbete.

AS ABREVIATURAS

Além dos significados da palavra, há no início do verbete informações sobre a classe e o gênero
do vocábulo de forma ABREVIADA:

LISTA DE ABREVIATURAS:
adj. adjetivo
adv. advérbio
s. substantivo
v. Verbo
f./fem. feminino
m./masc. masculino Fonte: Mini Houaiss Dicionário da Língua Portuguesa.
pron. pronome
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 USANDO O DICIONÁRIO VIRTUAL


Além do livro físico, nós vamos usar o site Dicio – Dicionário Online de Português em diversas
pesquisas ao longo do ano. Além de usar o site, você também pode baixar o aplicativo no seu celular,
se quiser! Além de prático, no site podemos assistir a vídeos sobre as Dúvidas mais comuns de
Português. O aplicativo todo dia apresenta uma palavra surpresa diferente para você ampliar o seu
vocabulário.

DICIONÁRIOS CRIATIVOS – INDICAÇÃO DE LEITURA.

O LIVRO DOS RESSIGNIFICADOS

Releituras poéticas em que experiências pessoais com substantivos, adjetivos e verbos


pesam mais do que a objetividade dos dicionários. Antes aprisionadas na formalidade dos
dicionários, palavras como “girassol”, “Deus”, “sonho”, “tatuagem”, “cafuné” e muitas outras
são libertadas por João Doederlein — que assina com o pseudônimo AKA Poeta — neste seu
primeiro livro. Elas são repensadas a partir das experiências pessoais do autor, de vinte anos,
e de sua geração, mesclando romantismo bem resolvido, paixão, isolamento e um dia a dia
que respira tecnologia e cultura pop.

DICIONÁRIO ILUSTRADO DE SENTIMENTOS

O Dicionário Ilustrado de Sentimentos da escritora Fernanda Salgueiro envolveu crianças em


diferentes cidades, proporcionando aos meninos e meninas o acesso à arte e a possibilidade de
participação na primeira etapa de produção e concepção de um livro. O livro infantil conta com
uma ilustração para cada sentimento e elas se complementam em um fio condutor para que os
pequenos leitores percebam como os sentimentos estão presentes no dia a dia. Assim cada
verbete passa a ser também um momento de descoberta e observação. Estão presentes novas
palavras ditas pelas crianças como ‘bugado’, ‘jururu’ e ‘zoado’, e novas interpretações para
sentimentos como nada e alívio. Palavras que significassem sentimentos e que começassem com
letras como Q e X foram garimpadas e também estão na obra. A distribuição do livro aconteceu na
Biblioteca Pública do Paraná no ano passado, para ter acesso ao material você terá que ir até lá
emprestar o livro, mas só para consulta no local.

CASA DAS ESTRELAS

Durante mais de dez anos o professor Javier Naranjo guardou as definições que seus alunos
do curso primário (entre 3 e 10 anos) davam para palavras, objetos, pessoas e, principalmente
sentimentos, em suas aulas de espanhol. Algumas centenas destas definições estão reunidas em
'Casa das Estrelas'. São poéticas, engraçadas, muitas vezes melancólicas.
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ATIVIDADE DE INTERPRETAÇÃO, PESQUISA E


CRIATIVIDADE - ACOMPANHAMENTO PROCESSUAL

1) Com base na leitura da tirinha do Armandinho, pesquise o verbete da palavra corrupção e


elabore, em seu caderno, um NOVO VERBETE, com base na sua visão de mundo. E para você,
o que significa CORRUPÇÃO?

▪ O novo verbete pode ser poético, crítico, mas precisa ser original, criativo e ser elaborado com base
na sua visão de mundo.

CORRUPÇÃO – s.f.

2) Na tirinha “Bichinhos de jardim”, a Joaninha geniosa (sim, este é o nome da personagem) procura o
verbete de algumas palavras em um dicionário fora do comum. Vamos analisar!
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A tirinha traz uma crítica ao governo e à TV ao trazer o verbete da palavra “IGNORÂNCIA”.


Segundo o “dicionário realista”, a ignorância é uma “Epidemia fomentada pelo governo e
difundida através da TV”. Pensando em uma palavra bastante atual que é epidemia o no seu
significado, pesquise e indique:

a) Indique três palavras que são antônimas de ignorância.

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b) A palavra desconhecimento pode ser considerada sinônima de ignorância? Justifique a sua


resposta. RT

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c) Explique por que, no último quadrinho, o “dicionário realista” diz que a ESPERANÇA é apenas para
usuários premium? Pense na crítica que está presente na tirinha, nas nossas discussões em sala
sobre as tirinhas lidas em sala de aula e nas opiniões dos colegas.

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Observando o mundo, podemos afirmar que muitas pessoas perderam a esperança em
nosso país por causa dos escândalos de corrupção noticiados pela mídia. Mas nós não podemos
perdê-la, deixar de acreditar em um amanhã melhor e crescer achando que “tudo está
perdido”, pois é preciso ter esperança e trabalhar, fazer a diferença!

Você se considera uma pessoa gentil?

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