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Universidade Estadual de Ponta Grossa

TESTE DA CHAMA
Bruno César do Espírito Santo
Lorena K. Becher
Nauana Hay Paiva

Ponta Grossa
Março/2009
Objetivo

Identificar diferentes cátions através da emissão de luz.


Introdução

Para entender a emissão luminosa dos cátions (metais).


Quando fornecemos energia para determinados átomos essa
energia excita os elétrons de suas camadas e com o recebimento
de energia esses elétrons saltam de uma camada para outra, se
distanciando cada vez mais do núcleo atômico. A cada salto, a
recebimento de energia, essa energia é proveniente de uma fonte
energética, que no nosso caso foi a chama. Após os elétrons
retornarem a sua posição original, a energia que havia sido
recebida tende a ser eliminada, é como se a camada de origem do
elétron não comporte o nível energético em que ele até então se
encontrar. Segundo o principio de conservação de cargas, a
energia a ser eliminada pelo elétron deve ser transformada, e
nesse caso ela transforma-se em energia luminosa, que recebe
nesse caso o nome de “fóton”. A partir disso entendemos o
porque da emissão luminosa após o aquecimento de nossos
metais. Mas por que as diferentes colorações? Por que cada átomo
emite sua luz com determinado comprimento de onda, logo
entendemos que em alguns casos, a luz emitida não esta dentro do
espectro de luz visível, e assim, não podemos identificá-los, assim
como que em alguns casos a observação de diferentes colorações
de luz, por que o comprimento de onda emitido esta dentro do
espectro de luz visível, foi segundo isso que desenvolvemos
nossos experimentos no laboratório.
Procedimento Experimental

Primeiramente acionamos o bico de Bunse e aquecemos a haste


metálica para identificarmos qual seria a cor padrão da chama.
Logo após mergulhamos a haste metálica na solução de acido
clorídrico seis molar (CM), tendo que essa operação foi repetida a
cada aquecimento.
Com o objetivo de observar as diferentes emissões luminosas que
cada elemento proporcionaria ao ser aquecido, emitimos a haste
com cada representante de elemento químico, o aquecemos ,
observamos a cor emitida por cada um e após esses
procedimentos, mergulhamos a haste metálica em solução de
ácido clorídrico, para que qualquer resíduo que atrapalhasse nosso
experimento fosse então eliminado. Esse procedimento, acima
descrito, foi repetido a cada exemplar de elemento químico.
Observamos que Cálcio (Ca), Lítio (Li) e o Estrôncio (Sr) após
aquecidos emitiram luz de coloração vermelha. O Potássio (K) o
Ferro (Fe) e o Manganês emitiram luz de coloração lilás.
Enquanto que o Cobre (Cu) apresentou uma leve transição entre
rosa e roxo. Em relação ao Sódio (Na) e ao Cobalto (Co), ambos
apresentaram coloração amarela e o Níquel (Ni) demonstrou
coloração alaranjada, e o verde ficou com o Bário (Ba).
A exceção da aula ficou com o Magnésio, que por apresentar
cautela aos acadêmicos foi manipulado pelo professor, o
Magnésio não emitiu luz visível, logo observamos uma chama
branca.
Resultado

Comparando o observado com a literatura houve algumas


incompatibilidades as quais serão citadas dentro da tabela abaixo.
ELEMENTO LITERATURA OBSERVADO COMPARAÇÃO
CÁLCIO VERMELHO VERMELHO OK
POTÁSSIO LILAS LILAS OK
BÁRIO VERDE VERDE OK
MANGANÊS LILAS LILAS OK
LÍTIO VERMELHO VERMELHO OK
COBALTO VERDE - AMARELO AMARELO X
FERRO LILAS LILAS OK
COBRE LILAS TRANSIÇÃO DE ROSA P/ ROXO X
ESTRÔNCIO LARANJA- VERMELHO VERMELHO X
SÓDIO AMARELO AMARELO OK
NÍQUEL VERDE- AMARELO ALARANJADO X
MAGNÉSIO NÃO EMITE LUZ VISIVEL NÃO EMITIU LUZ VISIVEL OK
TOTAL DE COMPARAÇÕES 12
TOTAL DE ACERTOS 8
TOTAL DE ERROS 4
Conclusão

Diante do trabalho realizado, onde foi feito o experimento dos


elementos químicos em laboratório e comparando com o que diz a
literatura, pode ser observado que do total de experimentos (12)
em praticamente 67% o objetivo foi atingido, ou seja, a cor vista
foi a mesma citada na literatura.
Dentro dos 33% restantes do experimento, pode se observar que o
visualizado não coincidiu com o descrito, apenas na questão de
tonalidade, o que pode ter ocorrido por sobra de resíduos dos
experimentos anteriores ou por motivo da influência da luz
ambiente na hora da observação.
Questões

1) Discutir as diferenças entre os tipos possíveis de chama


produzidas num bico de gás considerando as proporções
relativas dos gases.

Basicamente existem dois tipos de chama; a chama


amarela,mais fria, e a azul, mais quente. Essas
diferenças estão relacionadas a administração do
oxigênio. No caso da chama “fria”, o anel de
regulagem do ar encontra-se fechado e não há entrada
de oxigênio por esse compartimento.Como a chama
depende do oxigênio, quanto menos oxigênio existir,
menos intensa será a chama. Ao contrário de quando o
anel de regulagem de ar está aberto, porque maior é a
demanda de oxigênio e mais intensa será a chama,
temos então a chama “quente”.

2) Você estudou o Bico de Bunsen. Como são os bicos de


Meker e de Tirril? Especifique as principais diferenças deles
em relação ao de Bunsen.

Bico de Meker: pode chegar a temperaturas


ligeiramente mais elevadas, nesse caso há admissão de
um pouco mais de ar do que o necessário para produzir
uma chama não luminosa, porém,essa chama se torna
mais instável.
Bico de Tirril: podendo também chegar a temperaturas
elevadas rapidamente. É um instrumento muito
parecido com o bico de Bunsen e a temperatura da sua
chama pode chegar a 1500ºC.

3) Associar a cada parte da chama não luminosa a composição,


ou seja, a mistura dos gases. Quais são as regiões fria e
quente, redutora e oxidante? Justifique.

Região Fria: é região da chama menos intensa, de cor


amarela, a chamada zona redutora.
Região Quente: emite chama mais intensa, de cor azul,
chamada zona oxidante.

4) No que consiste o depósito formado na cápsula de


porcelana?

O depósito no fundo do béquer eram os resíduos dos


sais que ficavam na ponta da haste metálica, que após
cada verificação foram se acumulando.

5) Porque utilizamos ácido clorídrico nos testes com amostras


sólidas?

Para retirar todos os resíduos acumulados na haste de


metal, que iriam consequentemente alterar o resultado
final da coloração da chama.
6)Observe os resultados obtidos e responda. Pra um mesmo cátion
e diferente ânion, a coloração da chama mudou ou se manteve a
mesma? Portanto, o responsável pela coloração da chama é o
ânion(não metal) ou o cátion(metal)?

O ânion não altera o procedimento, pois não há


desprendimento de elétrons tão facilmente como
acontece nos cátions, já que a luminosidade está
relacionada aos saltos que os elétrons estabelecem e o
procedimento não será alterado.

7)Descreva o que ocorreu aos compostos químicos quando são


levados a chama não luminosa durante execução do teste da
chama.

Cada composto ao ser colocado na chama não


luminosa, apresenta uma coloração devido ao
comprimento de onda que cada composto produz.
Referências

VOGEL, AI. Química Analítica Quantitativa. São Paulo, editora


Mestre Jou.

FERNANDES, J. Química Analítica Quantitativa. São Paulo,


editora Hermus.

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