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N-2511 REV. D 08 / 2013

Inspeção em Serviço de
Trocadores de Calor

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 23 CONTEC - Subcomissão Autora.

Inspeção de Sistemas e As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Equipamentos em Operação Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 15 páginas, Índice de Revisões e GT


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Sumário
1 Escopo................................................................................................................................................. 4

2 Referências Normativas ...................................................................................................................... 4

3 Termos e Definições............................................................................................................................ 5

4 Condições Gerais ................................................................................................................................ 6

4.1 Periodicidade de Inspeção..................................................................................................... 6

4.1.1 Inspeção Geral (Externa e Interna)................................................................................ 6

4.1.2 Inspeção de Válvulas de Segurança (Pressure Safety Valves - PSVs) ........................ 6

4.2 Preparação para Inspeção..................................................................................................... 6

4.3 Requisitos de Segurança e Ambientais ................................................................................. 6

5 Condições Específicas ........................................................................................................................ 7

5.1 Roteiro de Inspeção Externa - Inspeção Visual..................................................................... 7

5.1.1 Pintura do Equipamento................................................................................................. 7

5.1.2 Isolamento Térmico........................................................................................................ 7

5.1.3 Dispositivo de Aterramento............................................................................................ 7

5.1.4 Casco ............................................................................................................................. 7

5.2 Roteiro de Inspeção Interna................................................................................................... 7

5.2.1 Inspeção na Abertura do Trocador de Calor ................................................................. 8

5.2.2 Tubos (Após a Limpeza) ................................................................................................ 8

5.2.3 Espelhos Fixo e Flutuante ............................................................................................. 8

5.2.4 Chicanas ........................................................................................................................ 8

5.2.5 Tirantes, Espaçadores, Anel Bipartido, Anel Espaçador e Quebra-Jato....................... 8

5.2.6 Casco, Carretel e Tampas ............................................................................................. 9

6 Ensaios Não Destrutivos (ENDS)........................................................................................................ 9

6.1 Medição de Espessura........................................................................................................... 9

6.2 Partículas Magnéticas............................................................................................................ 9

6.3 Ultrassom (US)....................................................................................................................... 9

6.4 Outros Ensaios..................................................................................................................... 10

7 Reparos ............................................................................................................................................. 10

8 Testes ................................................................................................................................................ 10

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8.1 Teste Hidrostático ................................................................................................................ 10

8.2 Teste de Estanqueidade ...................................................................................................... 11

9 Critérios de Aceitação ....................................................................................................................... 11

9.1 Espessura Mínima................................................................................................................ 11

9.1.1 Tubos ........................................................................................................................... 11

9.1.2 Casco, Carretel, Tampo e Conexões........................................................................... 11

9.2 Ensaios Não Destrutivos...................................................................................................... 11

9.3 Recalque .............................................................................................................................. 11

9.4 Pintura .................................................................................................................................. 11

9.5 Determinação da Quantidade de Filetes Roscados nas Conexões .................................... 11

9.6 Vida Remanescente ............................................................................................................. 12

9.7 Teste Hidrostático ................................................................................................................ 12

9.8 Quantidade Máxima de Tubos Plugueados......................................................................... 12

10 Registro de Resultados ................................................................................................................... 12

Anexo A - Equipamentos, Instrumentos e Materiais de Inspeção (Mínimo) ......................................... 13

Anexo B - Remoção de Tubos para Inspeção ...................................................................................... 14

B.1 Vida Remanescente do feixe ......................................................................................................... 14

B.1.1 Dados históricos.......................................................................................................................... 14

B.1.2 Cálculo da Taxa de Corrosão dos Tubos ................................................................................... 14

B.2 Remoção e Preparação de Tubos para Inspeção ......................................................................... 14

B.2.1 Escolha dos Tubos ........................................................................................................... 14

B.2.2 Preparação e Identificação dos Tubos ............................................................................. 14

B.2.2.1 Remover amostras de, pelo menos, 3 regiões de cada tubo sacado: 2 nas
extremidades e 1 no centro, com comprimento de aproximadamente 400 mm cada............... 14

B.2.2.2 Identificar as amostras com as seguintes informações:................................................ 14

Tabela

Tabela 1 - Espessura Mínima de Segurança ........................................................................................ 11

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1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis e as práticas recomendadas para a inspeção em serviço
de trocadores de calor não sujeitos à chama.

1.2 Esta Norma se aplica a trocadores de calor e condensadores de superfície não se aplicando a
trocador de placas e “air coolers”.

1.3 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

Portaria no 23, 27/12/94 - Norma Regulamentadora no 13 (NR-13) - Caldeiras e Vasos de


Pressão;

PETROBRAS N-13 - Requisitos Técnicos para Serviços de Pintura;

PETROBRAS N-269 - Montagem de Vaso de Pressão;

PETROBRAS N-1593 - Ensaio Não-Destrutivo - Estanqueidade;

PETROBRAS N-1595 - Ensaio Não-Destrutivo - Radiografia;

PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquido Penetrante;

PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não-Destrutivo - Partículas Magnéticas;

PETROBRAS N-1807 - Medição de Recalque de Fundações no Teste Hidrostático de


Equipamentos;

PETROBRAS N-2162 - Permissão para Trabalho;

PETROBRAS N-2368 - Inspeção, Manutenção, Calibração e Teste de Válvulas de


Segurança e/ou Alívio;

PETROBRAS N-2472 - Ensaio Não Destrutivo - Termografia;

PETROBRAS N-2484 - Ensaio Não-Destrutivo Metalografia de Campo;

PETROBRAS N-2688 - Teste de Pressão em Serviços de Vasos de Pressão e Caldeiras;

ABENDI-DC-001 - Qualificação, Certificação de Pessoal em Ensaios Não-Destrutivos e


Inspeção;

ABENDI-NA-001 - Qualificação, Certificação de Pessoal em Ensaios Não-Destrutivos e


Inspeção;

ABNT NBR 15824 - Ensaios Não Destrutivos - Ultrassom - Medição de Espessura;

ASME B 1.1 - Unified Screw Threads;

TEMA - Exchange Manufacture Association.

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3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
trocadores de calor
equipamento tipo casco e tubo destinado a trocar calor entre 2 fluidos sem que estes se misturem

3.2
periodicidade de inspeção
maior intervalo permitido entre 2 inspeções sucessivas, em conformidade com o histórico das
condições físicas do equipamento, a legislação vigente no país e a condição potencial de risco

3.3
plano de inspeção
documento que contém os procedimentos necessários à inspeção do equipamento

3.4
plugueamento de tubos
tamponamento de tubos pela inserção de plugues cônicos em suas extremidades, ficando os tubos
sem função

3.5
espessura mínima dos tubos
menor espessura que os tubos devem ter para suportar a campanha prevista considerando a taxa de
corrosão estimada

3.6
inspeção em serviço
inspeção realizada no equipamento em atividade, podendo ser externa ou geral.

3.7
inspeção externa
inspeção de todos os componentes que podem ser verificados com o trocador de calor em operação

3.8
inspeção geral
inspeções interna e externa de todos os componentes que podem ser verificados com o trocador de
calor fora de operação

3.9
mandrilagem dos tubos
operação de expansão mecânica dos tubos na região dos espelhos a fim de promover a vedação
entre o lado do casco e o lado dos tubos

3.10
profissional habilitado
conforme definido na Norma Regulamentadora no 13 (NR-13).

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3.11
SNQC-END
sistema Nacional de Qualificação e Certificação em Ensaios Não-Destrutivos, regidos pelas ABENDI
NA-001 e ABENDI DC-001

4 Condições Gerais

4.1 Periodicidade de Inspeção

4.1.1 Inspeção Geral (Externa e Interna)

Os trocadores de calor, enquadrados na Norma Regulamentadora no 13 (NR-13), devem ser


submetidos à inspeções de segurança conforme prescrito na Norma Regulamentadora no 13 (NR-13)
ou em prazos menores a critério do profissional habilitado. Os demais trocadores de calor objetos
desta Norma devem ter o prazo de inspeção definido pelo profissional habilitado.

4.1.2 Inspeção de Válvulas de Segurança (Pressure Safety Valves - PSVs)

Deve ser efetuada conforme descrito na PETROBRAS N-2368.

4.2 Preparação para Inspeção

4.2.1 Recomenda-se verificar os seguintes itens a fim de que possa ser elaborada a programação de
inspeção: [Prática Recomendada]

a) relatórios de inspeções anteriores;


b) periodicidade de inspeção conforme 4.1;
c) recomendações de inspeção efetuadas durante a operação;
d) modificações operacionais e de projeto;
e) normas de construção do equipamento;
f) materiais e equipamentos de inspeção conforme Anexo A;
g) relatórios de não-conformidades da fase de construção e montagem;
h) histórico de anormalidades operacionais;
i) desenhos do equipamento;
j) elaboração do plano de inspeção.

4.2.2 Recomenda-se ser providenciado um resumo de todas as informações pertinentes coletadas


durante a vida do equipamento (pontos críticos, intervenções relevantes, valores de espessura
medidos e espessura mínima do equipamento). [Prática Recomendada]

4.3 Requisitos de Segurança e Ambientais

4.3.1 Verificar se foi emitida a permissão de trabalho conforme a PETROBRAS N-2162. Em caso de
não-conformidades, comunicar ao órgão de Segurança Industrial.

4.3.2 Recomenda-se serem considerados os aspectos de riscos e impactos ambientais, causados


por essa atividade. [Prática Recomendada]

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4.3.3 Utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários para execução dos serviços
de inspeção.

4.3.4 Verificar se os acessos, andaimes e iluminação são suficientes e adequados.

4.3.5 Verificar se os trabalhos de manutenção em paralelo aos trabalhos de inspeção oferecem


riscos à segurança.

5 Condições Específicas

5.1 Roteiro de Inspeção Externa - Inspeção Visual

Observar as condições físicas e a visibilidade de identificação do equipamento e sua categoria, além


dos 5.1.1 a 5.1.4.

5.1.1 Pintura do Equipamento

Verificar a aderência e a existência de empolamento, descascamento, arranhões, fendilhamentos,


impregnação de impurezas e presença de corrosão.

5.1.2 Isolamento Térmico

Verificar a integridade do isolamento térmico do equipamento.

NOTA Recomenda-se, para equipamentos que operem a uma temperatura inferior a 140 ºC, ou em
serviços de operação cíclica, realizar uma inspeção específica para avaliação da corrosão
sob o isolamento. [Prática Recomendada]

5.1.3 Dispositivo de Aterramento

Verificar os dispositivos de aterramento, observando as condições físicas das ligações.

5.1.4 Casco

a) verificar a liberdade de dilatação do casco;


b) verificar a possibilidade de cargas atuando indevidamente sobre o trocador (exemplo:
falha em suportação de linhas, dilatações anormais de linhas, vibrações);
c) verificar sinais de avarias na fundação, berços e suportes;
d) verificar parafusos e porcas soltos ou deteriorados (inspeção visual e teste de martelo);
e) verificar vazamentos e possíveis danos decorrentes;
f) juntas de expansão do casco (se existente) - verificar quanto a possíveis deformações e
vazamentos.

5.2 Roteiro de Inspeção Interna

Antes da parada do equipamento para inspeção interna pode ser realizada inspeção preliminar
externa e emitir recomendação prévia. A inspeção externa preliminar deve ser efetuada conforme o
roteiro descrito em 5.1, podendo ser acrescida de radiografia digital nas conexões de pequeno
diâmetro.

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5.2.1 Inspeção na Abertura do Trocador de Calor

Avaliar os resíduos ou incrustações encontrados quanto à natureza e quantidade, se necessário.


Colher amostras dos resíduos e, quando se caracterizar processos corrosivos acentuado e
imprevisto, ou no caso de surgimento de depósitos estranhos, solicitar análise química do material. A
inspeção na abertura pode ser acrescida do teste de martelo, o teste de martelo não é necessário nas
conexões de pequeno diâmetro radiografadas.

5.2.2 Tubos (Após a Limpeza)

Inspecionar visualmente (se aplicável) os tubos quanto a:

a) empenos;
b) mandrilamento excessivo;
c) corrosão;
d) erosão na região das chicanas e junto ao espelho;
e) corrosão galvânica próxima ao espelho;
f) erosão de tubos próximo às conexões de entrada e saída de produto do casco;
g desgaste por atrito com as chicanas;
h) existência de trincas;
i) perda de mandrilagem.

NOTA 1 Quando se considerar necessário, os tubos podem ser inspecionados interna e


externamente através de ensaios não-destrutivos.
NOTA 2 Recomenda-se que, em substituição aos ensaios não-destrutivos, ou para sua
complementação podem ser removidos tubos por amostragem. Neste caso, seguir o roteiro
descrito no Anexo B. [Prática Recomendada]

5.2.3 Espelhos Fixo e Flutuante

Inspecionar visualmente os espelhos fixo e flutuante quanto a:

a) corrosão e/ou erosão;


b) estado das sedes das juntas;
c) estado da pintura (quando aplicável);
d) estado do “clad” (quando aplicável);
e) estado das ranhuras, onde foram sacados os tubos (quando aplicável);
f) estado das soldas de selagem (quando aplicável).

5.2.4 Chicanas

Inspecionar visualmente as chicanas quanto a:

a) corrosão e/ou erosão;


b) folga excessiva dos furos causando desgaste dos tubos;
c) empeno excessivo provocado pela movimentação do feixe no casco; verificar a
ocorrência de danos nos tubos.

5.2.5 Tirantes, Espaçadores, Anel Bipartido, Anel Espaçador e Quebra-Jato

Inspecionar visualmente quanto a:

a) corrosão e/ou erosão;


b) empenamento;
c) fixação das porcas (teste de martelo).

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5.2.6 Casco, Carretel e Tampas

a) verificar avarias devido à remoção do feixe;


b) avaliar corrosão; ;
c) verificar a ocorrência de empolamento e fissuração pelo hidrogênio (quando aplicável);
d) verificar os drenos e “vents” quanto à obstrução;
e) verificar o estado da sede das juntas;
f) verificar corrosão, erosão e deformação dos defletores, e ocorrência de defeitos nas
soldas;
g) verificar o estado das conexões roscadas, estojos e porcas, quanto à corrosão ou
avarias mecânicas nos filetes de rosca; verificando também a quantidade de filetes
roscadas para as conexões;
h) verificar o estado de conexões quanto à corrosão;
i) verificar estado do revestimento interno (pintura, “clad”, metalização ou “lining”);
j) certificar-se quanto à substituição das juntas.

6 Ensaios Não Destrutivos (ENDS)

Todos os ensaios não-destrutivos devem ser executados por profissionais qualificados pelo
SNQC-END ou equivalente.

6.1 Medição de Espessura

6.1.1 A medição de espessura deve ser efetuada conforme as prescrições da ABNT NBR 15824.

6.1.2 A medição de espessura deve ser efetuada durante a execução da inspeção de segurança,
podendo ser efetuada na inspeção externa ou geral.

6.1.3 Todo trocador de calor deve ser medido nos pontos de Controle do Registro de Medição. A
localização dos pontos deve ficar a critério do profissional habilitado. Se uma perda excessiva de
espessura for detectada (taxa de corrosão elevada ou trocador de calor com espessura próxima da
espessura mínima), novos pontos devem ser acrescentados a pesquisa.

6.2 Partículas Magnéticas

Recomenda-se efetuar o ensaio por Partículas Magnéticas (PM) por amostragens nas juntas
soldadas do casco e conexões de equipamentos com histórico de ocorrências ou que operem em
condições com potencial de indução de defeitos. O ensaio por PM deve ser efetuado conforme a
PETROBRAS N-1598. [Prática Recomendada]

NOTA 1 Caso sejam encontradas indicações relevantes, a critério do profissional habilitado, realizar
ensaio por Ultrassom (US) conforme descrito em 6.3.
NOTA 2 Caso não seja possível efetuar o ensaio por PM deve ser realizado o ensaio por Líquido
Penetrante (LP) conforme prescrições da PETROBRAS N-1596.

6.3 Ultrassom (US)

6.3.1 Recomenda-se efetuar o ensaio por Ultrassom (US), por amostragem, no casco e conexões de
trocadores de calor, sujeitos a danos pelo hidrogênio, que operam com H2S úmido, ou meios que
gerem Corrosão Sob Tensão (CST). [Prática Recomendada]

6.3.2 O ensaio por Ultrassom (US) deve ser efetuado conforme a ABNT NBR 15824.

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6.4 Outros Ensaios

O profissional habilitado, considerando o mecanismo de dano, pode solicitar outros ensaios, tais
como: [Prática Recomendada]

a) radiografia (conforme a PETROBRAS N-1595);


b) réplica metalográfica (conforme a PETROBRAS N-2484);
c) dureza;
d) dimensional e termografia (conforme a PETROBRAS N-2472);
e) IRIS; correntes parasitas.

7 Reparos

7.1 Todos os reparos devem ser realizados conforme recomendações de inspeção específicas,
devendo obedecer ao código de projeto do equipamento ou Práticas Recomendadas ou a critério do
profissional habilitado podem ser utilizadas tecnologias de cálculo ou procedimentos alternativos mais
avançados em substituição aos previstos pelo código de projeto.

7.2 Na execução de reparos deve ser atendido o requisito contido na Norma Regulamentadora no 13
(NR-13).

8 Testes

8.1 Teste Hidrostático

8.1.1 Caso o permutador seja aberto o teste hidrostático pode ser efetuado, a realização do teste e a
pressão a ser utilizada deve ser definida por profissional habilitado. O teste deve seguir os requisitos
da PETROBRAS N-2688 e os requisitos complementares para teste de Trocador de Calor conforme a
PETROBRAS N-269.

8.1.2 A pressão de teste deve ser definida pelo profissional habilitado considerando o estado do
equipamento quanto à corrosão.

8.1.3 Os seguintes itens devem ser verificados durante a execução do teste hidrostático:

a) a pressão de teste:
— a velocidade máxima de pressurização deve ser igual a:

Pteste
(em kgf cm2/min);
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b) se a iluminação é adequada;
c) se a mangueira de pressurização está desconectada;
d) se a válvula a montante do manômetro está aberta;
e) se foi completamente eliminado o ar do trocador;
f) se o “vent” foi aberto para a operação de despressurização e drenagem.

8.1.4 Durante a execução do teste hidrostático, podem vir a ser constatados vazamentos pelos tubos ou
mandrilagem. A critério do profissional habilitado os tubos com vazamentos podem ser remandrilados,
substituídos ou plugueados. Os tubos plugueados devem ser furados ou degolados, de modo a evitar
pressurização dos tubos. A quantidade máxima dos tubos plugueados deve atender o 9.8.

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8.2 Teste de Estanqueidade

Adicionalmente ao teste hidrostático, pode ser utilizado teste para avaliação de estanqueidade de
acordo com as prescrições da PETROBRAS N-1593.

9 Critérios de Aceitação

9.1 Espessura Mínima

A espessura mínima dos tubos deve ser estabelecida levando em consideração as condições
operacionais e de teste hidrostático (pressão interna e externa).

9.1.1 Tubos

Pode-se adotar uma espessura mínima de segurança conforme Tabela 1. [Prática Recomendada]

Tabela 1 - Espessura Mínima de Segurança

Espessura mínima calculada Espessura mínima arbitrária

t < 0,5 mm tmin = 0,5 mm

0,5  t  0,7 mm tmin = 0,7 mm

1,0  t  0,7 mm tmin = 1,0 mm

NOTA A espessura mínima (t) deve ser calculada de acordo com o código de projeto do
equipamento. A critério do profissional habilitado podem ser utilizadas técnicas alternativas
de cálculo.

9.1.2 Casco, Carretel, Tampo e Conexões

Quando necessário calcular a espessura mínima conforme norma de projeto do trocador de calor ou
a critério do profissional habilitado baseado em critérios consolidados.

9.2 Ensaios Não Destrutivos

Conforme prescrições do código de projeto do trocador de calor, ou Práticas Recomendadas, a


critério do profissional habilitado.

9.3 Recalque

Como definido na PETROBRAS N-1807.

9.4 Pintura

Devem ser verificadas aderência, continuidade e espessura de película, conforme os critérios da


PETROBRAS N-13.

9.5 Determinação da Quantidade de Filetes Roscados nas Conexões

Conforme os requisitos do código ASME B1.1.

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9.6 Vida Remanescente

A vida remanescente do equipamento deve ser calculada de acordo com o código de projeto ou
utilizando critérios alternativos definidos pelo profissional habilitado.

9.7 Teste Hidrostático

O teste hidrostático é considerado aceitável quando decorrido o período mínimo de 30 min, não se
observar indícios de vazamentos e queda de pressão nos manômetros de teste.

9.8 Quantidade Máxima de Tubos Plugueados

Como parâmetro inicial pode ser adotado um valor máximo de 10 % de tubos plugueados
por passe, entretanto recomenda-se que a quantidade máxima de tubos plugueados seja
determinada considerando os seguintes aspectos:

a) condições operacionais;
b) eficiência de troca térmica;
c) campanha futura.

10 Registro de Resultados

10.1 Todos os itens inspecionados, defeitos encontrados, reparos e testes efetuados devem ter sua
localização e identificação registrados de forma precisa em Relatório de Inspeção conforme requisitos
mínimos contidos na Norma Regulamentadora no 13 (NR-13).

10.2 Deve ser emitido um Registro de Segurança como estabelecido na Norma Regulamentadora
no 13 (NR-13).

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Anexo A - Equipamentos, Instrumentos e Materiais de Inspeção (Mínimo)

a) lanterna;
b) martelo (aço ou bronze) de 300 g;
c) pano, lixas-ferros, escova manual e espátula;
d) marcador industrial;
e) medidor de espessura de película de tinta;
f) estiletes;
g) medidor de espessura de campo;
h) medidor de espessura por US;
i) conjunto de LP;
j) conjunto de PM;
k) trena de 2 m;
l) prancheta com formulários, esquemas das chapas e juntas soldadas e cadernetas de
campo;
m) sacos plásticos para amostragem;
n) aparelho ultra-sônico;
o) “kit” de réplica metalográfica.

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Anexo B - Remoção de Tubos para Inspeção

B.1 Vida Remanescente do feixe

Podem ser seguidos os critérios para estabelecer a vida residual do feixe e para remoção e
preparação de tubos para inspeção. [Prática Recomendada]

B.1.1 Dados históricos

B.1.1.2 Levantar dados históricos sobre o feixe verificando:

a) freqüência de retubulagens anteriores;


b) freqüência de ocorrência de furos e plugueamentos;
c) estado geral do espelho (número de retubulagens anteriores, avaliação da região dos
furos e ranhuras para mandrilagem).

B.1.2 Cálculo da Taxa de Corrosão dos Tubos

B.1.2.1 Medir a espessura por amostragem de tubos através de ensaios não-destrutivos, ou por
medição direta em tubos removidos (conforme B.2).

Espessura Nominal - Espessura Medida


Taxa Corrosão 
Tempo Total de Operação

B.2 Remoção e Preparação de Tubos para Inspeção

B.2.1 Escolha dos Tubos

B.2.1.1 Escolher tubos para remoção procurando obter uma visão geral da deterioração do feixe.

B.2.1.2 Estabelecer a quantidade de tubos a serem removidos de acordo com a criticidade e/ou
histórico do feixe.

B.2.1.3 Escolher, pelo menos, 1 tubo em cada passe.

B.2.1.4 Definir a posição dos tubos a serem removidos de acordo com o histórico anterior, evidências
de deterioração externa, próximo a tubos já plugueados ou locais com a temperatura mais elevada.

B.2.1.5 Registrar os locais de remoção no mapa do espelho arbitrando uma numeração para cada
tubo.

B.2.2 Preparação e Identificação dos Tubos

B.2.2.1 Remover amostras de, pelo menos, 3 regiões de cada tubo sacado: 2 nas extremidades e
1 no centro, com comprimento de aproximadamente 400 mm cada.

B.2.2.2 Identificar as amostras com as seguintes informações:

a) número do trocador de calor;

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-PÚBLICO-

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b) número do tubo;
c) lado do espelho fixo ou lado do espelho flutuante ou centro.

B.2.2.3 Serrar as amostras removidas ao meio longitudinalmente para inspeção interna do tubo,
identificando a numeração do trocador e o número arbitrado para o tubo.

B.2.2.4 Efetuar limpeza com jateamento abrasivo grau Sa 2 1/2 conforme norma TEMA.

B.2.2.5 Efetuar inspeção das amostras determinando:

a) tipo de corrosão externa/interna;


b) espessura mínima medida;
c) taxa de corrosão;
d) vida residual.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A e B
Não existe índice de revisões.

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Revalidação

REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração
1.3 Removido

2, 3.11, 4.1.1, 4.1.2 Revisados

4.3.1, 5.1 Revisado

5.1.2 (NOTA) Revisado

5.2 e 5.2.1 Removidos

5.2.2 Revisado e Renumerado para 5.2

5.2.2.1 Revisado e incorporado no 5.2

5.2.2.2, 5.2.2.3, 5.2.3 Removidos

5.2.3.1 Renumerado para 5.2.1

5.2.3.2 Revisado letra c) e renumerado para 5.2.2

5.2.3.3 Renumerado para 5.2.3

5.2.3.4 Renumerado para 5.2.4

5.2.3.5 Renumerado para 5.2.5

5.2.3.6 Revisado letra b) e renumerada para 5.2.6

6.1.3, 6.2, 6.3.2 Revisados

6.4, 8, 8.1, 8.1.1, 8.1.3 Revisados

8.1.4 Revisado

8.2, 9.4, 9.6, 9.8 Revisados

10.2 Removido

10.3 Renumerado para 10.2

Anexo B Revisado B.1

Anexo C Removido

IR 1/1

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