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ÍNDICE

INTRODUÇÃO..................................................................................................3

OBJETIVOS.......................................................................................................4

OBJETIVO GERAL...........................................................................................4

OBJETIVO ESPECÍFICO..................................................................................4

DESTILAÇÃO...................................................................................................5

DESTILAÇÃO AZEOTRÓPICA.......................................................................7

DESTILAÇÃO EXTRATIVA............................................................................8

ABSORÇÃO.......................................................................................................9

ADSORÇÃO....................................................................................................11

CRISTALIZAÇÃO...........................................................................................13

MÉTODOS QUÍMICOS DE SEPARAÇÃO DE HIDROCARBONETOS E


SEUS DERIVADOS...................................................................................................14

CRAQUEAMENTOS TÉRMICO E CATALÍTICO DO PETRÓLEO............14

HIDROCRAQUEAMENTO.............................................................................15

REFORMAÇÃO CATALÍTICA......................................................................16

REAÇÕES DE REFORMA..............................................................................16

ISOMERIZAÇÃO DA NAFTA LEVE............................................................17

REAÇÕES DE ISOMERIZAÇÃO...................................................................18

ALQUILAÇÃO................................................................................................18

REAÇÕES DE ALQUILAÇÃO.......................................................................19

VISCORREDUÇÃO.........................................................................................20

MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS DE SEPARAÇÃO E ANÁLISE DE


PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS...........................................................................21

MÉTODO CROMATOGRÁFICO...................................................................21
CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIENCIA( HPLC)................21

CROMATOGRAFIA GASOSA.......................................................................22

CROMATOGRAFIA GASOSA ACOPLADA A ESPETROMETRIA DE


MASSA (GC/MS).......................................................................................................22

MÉTODOS ESPECTROSCÓPICOS................................................................23

ESPECTROSCOPIA ULTRA VIOLETA (UV)...............................................24

ESPECTROSCOPIA INFRAVERMELHA (IV OU IR)..................................26

ESPECTROSCOPIA DE MASSA....................................................................28

CONCLUSÃO..................................................................................................29

BIBLIOGRAFIA..............................................................................................30

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INTRODUÇÃO

O petróleo, no estado em que é extraído do solo, tem pouquíssimas aplicações. É uma


complexa mistura de moléculas, compostas principalmente de carbono e hidrogênio, os
hidrocarbonetos, além de algumas impurezas eventualmente presentes. Para um
aproveitamento energético adequado do petróleo, deve-se submetê-lo a processos de
separação, conversão e tratamentos. O presente trabalho apresenta uma breve e desenvolvida
discussão e ideias sólidas sobre como são realizados alguns métodos se separação do PB, de
uma matéria-prima de menos valor para os derivados de maior valor ou custo comercial, no
caso os métodos de separação do PB e seus derivados.

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OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL
O presente trabalho tem como objetivo descrever os métodos de separação dos
constituintes do petróleo e seus derivados, bem como os processos físicos-químicos presentes
nos mesmos.

OBJETIVO ESPECÍFICO
Descrever a importância dos métodos de separação dos constituintes do Petróleo,
assim como as suas aplicações, e quais a vantagens e desvantagens de utilizarmos estes
métodos em uma refinaria ou na indústria petroquímica.

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DESTILAÇÃO

A destilação é o método de separação baseado no fenómeno de equilíbrio líquido-


vapor de misturas. Em termos práticos, quando temos duas ou mais substâncias formando
uma mistura líquida, a destilação pode ser o método adequado para purificá-las, basta que
tenham volatilidades razoavelmente diferentes entre si. Consiste na separação, mediante
vaporização, de misturas líquidas de substâncias voláteis miscíveis nos seus componentes
individuais, ou em grupo de componentes.

A destilação é o processo no qual duas substâncias são separadas através de um


processo de aquecimento, ebulição e condensação seletiva.
O petróleo é um exemplo moderno de mistura que deve passar por várias etapas de
destilação antes de resultar em produtos realmente úteis ao homem. O uso da destilação como
método de separação disseminou-se pela indústria química moderna. Pode-se encontrar em
quase todos os processos químicos industriais em fase líquida onde for necessária uma
purificação.

O método mais básico para realizar a separação dos componentes do petróleo é a


destilação fracionada. Ela é utilizada porque possui como princípio básico a diferença no
ponto de ebulição dos líquidos presentes em uma mistura homogénea.

Durante a destilação fracionada o petróleo é submetido a aquecimento e a diferentes


pressões, o que faz com que seus componentes passem para o estado gasoso. Cada substância
no estado gasoso apresenta uma densidade diferente (em virtude do ponto de ebulição
diferente) e, á medida que os gases vão passando pelos obstáculos presentes na torre de
destilação, eles ocupam áreas específicas dessa torre. Quando o gás entra em uma dessas
áreas, começa a ser resfriado e volta para o estado líquido.

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Figura 01. Torre de fraccionamento do petróleo bruto

A imagem acima ilustra como ocorre a destilação do petróleo. Na parte superior da


torre, ficam as frações com menor ponto de ebulição, e na parte inferior, estão as frações com
maior ponto de ebulição. Isso ocorre porque as substâncias com menor ponto de ebulição
conseguem atravessar os obstáculos da torre de fracionamento com mais facilidade, ocupando
regiões mais altas.
Inicialmente o petróleo é aquecido a uma temperatura de 400ºC em uma fornalha e
produz uma mistura de vapores e líquidos que entram na torre de destilação com pressão
atmosférica. como os componentes do petróleo são apolares, os pontos de ebulição aumentam
de acordo com a cadeia carbónica. Por isso, as substâncias com baixo ponto de ebulição se
transformam em vapor e as moléculas maiores continuam líquidas.

A torre de destilação trata-se de uma coluna de aço preenchida com bandejas que
possuem obstáculos nos espaços reservados para passagem do petróleo. As substâncias de
menor ponto de ebulição vaporizam e conseguem chegar até o topo da coluna, onde são
retiradas.Nesta etapa são recolhidos, principalmente, gás, gasolina, nafta e querosene. As
frações mais pesadas são recolhidas na parte inferior da coluna.

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DESTILAÇÃO AZEOTRÓPICA

Um azeotrópico é uma mistura líquida que, para uma determinada pressão apresenta
um ponto de ebulição constante que não varia com o grau de vaporização (tais como acontece
as substâncias puras). Como tal, a composição do líquido e vapor em equilíbrio permanecem
também constantes.
Um exemplo comum é o da mistura etanol/água. Esta mistura apresenta um azeótropo
para a composição de 96% de etanol e 4% de água (percentagens molares) á pressão
atmosférica.
É uma mistura que entra em ebulição a uma temperatura constante como se fosse uma
substância pura. Nesta destilação, um componente externo é usado para modificar a
volatilidade relativa dos componentes de carga, facilitando assim sua separação.
Na destilação azeotrópica adiciona-se um componente volátil, que forma azeótropos
de baixo ponto de ebulição com um ou mais componentes da mistura, aumentando a
volatilidade relativa dos componentes.
Um terceiro componente é adicionado de modo a possibilitar a separação. A extração
líquido-líquido também é uma possibilidade, no entanto, a viabilidade econômica deste
processo está intimamente ligada ao grau de diluição.

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DESTILAÇÃO EXTRATIVA

A total separação dos componentes requer a adição de uma terceira substância na


coluna de destilação, capaz de alterar o comportamento do equilíbrio líquido vapor da
mistura. Normalmente, a substância adicionada é um solvente e este tipo de destilação é
denominado destilação extrativa. Alguns sais também podem modificar o equilíbrio líquido-
vapor de misturas, pela formação de complexos com os elementos a serem separados.
Diferentemente dos solventes, os sais não são vaporizados no processo de destilação e, por
isso, diminuem o consumo de energia na destilação, motivando seu uso em substituição aos
solventes.

A viabilidade de executar uma destilação extrativa salina tem sido criticada pela
possibilidade do sal entupir a coluna, o que não está correto. O sal é normalmente mais
solúvel no componente menos volátil do que no mais volátil. Como o componente menos
volátil está numa concentração mínima no refluxo de topo e aumenta progressivamente em
direção ao fundo da coluna, a concentração do sal contido no líquido descendente decresce da
saturação para níveis cada vez menores e, por isso, tenderia fortemente a pemanecer na
solução.
A concentração do sal dissolvido na fase líquida permaneça relativamente constante
em cada estágio, sua solubilidade aumenta regularmente, diminuindo seu grau de saturação
gradativamente até o fundo da coluna.

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ABSORÇÃO

Processos de absorção são facilmente encontrados nas indústrias, e são considerados


operações de separação de um composto presente em uma mistura gasosa, por um líquido,
através da solubilidade entre os dois. Esse processo ocorre dentro de uma torre/coluna de
absorção, e geralmente, acontece em contracorrente.

Figura 02. Torre de Absorção


Fonte: Santos, 2013

As indústrias utilizam esse processo para obter/recuperar um composto gasoso, em


alguns casos para reaproveitá-lo dentro do processo, ou, quando o composto tem alto valor
agregado, comercializá-lo, assim também evitando o seu descarte na atmosfera. Em outros
casos podem utilizar também dentro de uma operação de purificação para um produto final.

A absorção acontece devido à transferência de massa entre os componentes utilizados.


Sendo assim, para compreender o processo ou realizar o dimensionamento de uma torre de
absorção, é importante ter conhecimento sobre esse fenômeno e as propriedades dos materiais
empregados, avaliando então a capacidade de absorção, e técnicas para otimização do
processo.

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Descrição do processo

A vazão de alimentação da mistura gasosa encontra-se na parte inferior da coluna de


absorção, e o líquido puro é alimentado no topo da coluna, passando por um distribuidor de
líquido para sua distribuição regular dentro da torre. Sendo assim, as correntes escoam pelo
equipamento em contracorrente, o que promove uma melhor eficiência na troca de massa
devido à maior interação.

Figura 03. Processo de Absorção

Fonte: Santos,2013

Nesse processo o componente solúvel gasoso se transfere para o componente líquido


absorvente – passando da fase gasosa para a fase líquida -, sendo a saída dessa corrente
líquida no fundo da coluna.
Se desejado, a corrente líquida poderá passar por uma seguinte etapa, como a
destilação, para separar o soluto do líquido, que foi utilizado para absorvê-lo.
Nessa operação unitária, dentro das colunas encontra-se o que é chamado de recheio –
podendo ser conhecido como pratos, anéis, etc, dependendo de sua aparência física. Esse

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recheio tem a função de auxiliar na transferência de massa entre o líquido-gás, aumentando a
superfície de contato e melhorando o rendimento do processo.
No dimensionamento da coluna de absorção, são previamente estabelecidas a vazão de
alimentação, a composição e as condições operacionais, para então determinar o número de
estágios (a fim de estabelecer equilíbrio entre as fases), e também qual o melhor recheio. Em
seguida o diâmetro, rendimento (capacidade de transferência de massa) e a altura, são
determinados.
Um dos pontos críticos é na escolha do solvente, por precisar ter uma boa capacidade
em absorver o composto gasoso (possuir boa solubilidade com o soluto), e além disso ter
estabilidade química, não ser corrosivo, e se possível, ter um baixo custo.
Exemplos de processos que utilizam absorção: remoção de SO2 do ar, tratamento de
gases fósseis e recuperação de benzeno utilizando hidrocarboneto não volátil.

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ADSORÇÃO

A adsorção é um processo espontâneo de transferência que ocorre sempre que uma


superfície de um sólido é exposta a um gás ou um líquido. Na adsorção à substância que sofre
o processo dá-se o nome de adsorvato é àquela que o promove dá-se o nome de absorvente.

No processo de adsorção é a posição dos grupos funcionais do adsorvato sobre a


superficie do absorvente que determina o tipo de ligação entre adsorvato e absorvente e assim
determina-se se o processo é físico ou químico.

O processo de adsorção surge devido à presença de forças desequilibradas ou resíduos


na superfície de fase líquida e sólido. Estás forças residuais desequilibradas têm tendência
para atrair reter as espécies moleculares com as quais entra em contacto com a superfície, a
adsorção é essencialmente um fenômeno superficial.

As torres de recheio são mais utilizadas em processos de adsorção, pois nesta operação
as razões de líquido e vapor geralmente, não sofrem muita alteração ao longo do processo. Na
operação correta a torre permanece cheia de gás e o líquido desce atraves da coluna.
O recheio, desta forma está sempre coberto por uma camada de líquido
permanentemente em contacto com o gás. A razão do líquido não pode ser muito pequena
caso contrário o recheio não ficará molhado de maneira uniforme. A razão de vapor não pode
ser excessivamente alta, pois dificultaria a descida do líquido na torre. As forças que atraem o
adsorvato podem ser químicas e físicas.

Adsorção Química: é a específica empregada na separação de misturas. Nela as


moléculas unem-se a superfície do absorvente através da formação de ligações químicas
(geralmente covalentes).

Adsorção Física: É empregada em máscaras contra gases e na purificação e


descoloração de líquidos.

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CRISTALIZAÇÃO

A cristalização é o processo em que átomos ou moléculas se organizam em estrutura


de cristais rígida e bem definida para minimizar seu estado energético.

A cristalização ocorre quando a solubilidade de um sólido em solução é reduzida de


um soluto, em solução é reduzida através de alguns métodos. Métodos comuns para reduzir a
solubilidade incluem:
1- Resfriamento
2- Adição de anti-solvente
3- Evaporação
4-Reação (precipitação)

A cristalização é um problema operacional crítico na indústria petrolífera em todo


mundo provoca grandes perdas econômicas na recuperação do óleo.
São muitos os estudos que têm sido realizados para desenvolver modelos
termodinâmicos de predição de precipitação de parafinas, sendo que boa parte deles utilizam
a ressonância magnética nuclear (RMN) em alto ou baixo campo magnético juntamente com
outras técnicas como calorimetria exploratória diferencial formada a partir do petróleo.

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MÉTODOS QUÍMICOS DE SEPARAÇÃO DE
HIDROCARBONETOS E SEUS DERIVADOS

Visam a transformação de uma fracção em outra ou alterar profundamente a


constituição molecular de uma determinada fracção petrolífera, sendo caracterizados por
reações de quebra, reagrupamento ou reestruturação molecular. Os processos que compõem
este grupo são: craqueamentos térmico e catalítico, hidrocraqueamento, reformação,
isomerização, alquilação, viscorredução.

CRAQUEAMENTOS TÉRMICO E CATALÍTICO DO


PETRÓLEO

Esse termo “craqueamento catalítico” vem do ingles to crack, que sgnifica “ quebrar “,
pois é exatamente isso que acontece: quebram-se moléculas mais longas em moléculas
menores. Desse modo, transformando determinadas fracções de menor interesse comercial em
fracções de maior interesse. Por exemplo, o craqueamento permite transformar uma fracção
de querosene em uma fracção de gasolina:

C12H26 → C8H18 + 2C2H4

Onde, o dodecano (C12H26) é a fracção de querosene, o eteno (C2H4), e o octano


(C8H18) representam a fracção de gasolina, ou seja o querosene foi transformado em gasolina.
O craqueamento térmico é feito através de temperaturas e pressões elevadas. Por exemplo,
para transformar moléculas de querosene em oléo disel ou oléo lubrificante em gasolina são
usadas temperaturas, entre os 450º C e 700ºC. Já o craqueamento catalítico usa apenas
catalisadores, tornando o processo mais económico e seguro. O craqueamento é muito
importante para aumentar o aproveitamento do petróleo e para obter subprodutos que são
usados como matérias primas na produção de plásticos e borrachas.

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HIDROCRAQUEAMENTO

Hidrocraqueamento é um processo de hidrogenação catalítica no qual matérias-primas


de alto peso molecular são convertidas e hidrogenadas em produtos de pesos moleculares
menores. O catalisador utilizado no hidrocraqueamento é bifuncional e composto por uma
parte metálica, que promove a hidrogenação, e uma parte ácida, que promove o
craqueamento. A hidrogenação remove as impurezas da carga, tais como enxofre, nitrogênio
e metais; o craqueamento quebra ligações, e os produtos insaturados resultantes são,
consequentemente, hidrogenados em compostos estáveis.

Reações do hidrocraqueamento

Figura 02. Hidrocraqueamento de Alcanos


Fonte: : Introdução ao refino de petróleo, Mohammed A.Fahim, Taher Al-Sahhaf

A equação acima, representa a reação do decano com o hidrogenio formando o isohexano e o


butano.

Figura 03. Hidrocraqueamento de Aromáticos


Fonte: Introdução ao refino de petróleo, Mohammed A.Fahim, Taher Al-Sahhaf

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A equação acima, representa a a reação do metilbenzeno com o hidrogenio, formando metano
mais benzeno.

REFORMAÇÃO CATALÍTICA

Reformação catalítica, reformação de hidrogênio ou oxidação catalítica, é um método


de produzir hidrogênio a partir de hidrocarbonetos. Em uma escala industrial, é o método
dominante para produzir o elemento.

Seu objetivo é aumentar a octanagem da nafta pesada obtida na destilação atmosférica


do petróleo cru. Isto se consegue mediante a transformação de hidrocarbonetos parafínicos e
naftênicos em isoparafínicos e aromáticos. É produzido o hidrogênio como um subproduto
valioso que se aproveita em outros processos de refino.

Para isto se utilizam altas temperaturas (490-530 °C), pressões moderadas (10-25 bar)
e catalisadores sólidos de platina e outros metais nobres apoiados sobre alumina. Este
processo é levado a cabo em unidades projetadas para este efeito.

REAÇÕES DE REFORMA

Essas reações são altamente endotérmicas e requerem uma grande quantidade de calor
para se manter. Por esse motivo, geralmente são usados três reatores no processo de reforma
com o aquecimento do produto de cada reator antes de entrar no outro.

Figua 04. Desidrogenação parafiníca


Fonte: Google imagens
A equação acima, representa a reação de remoção de hidogenios no etano em presença de
calor, formando eteno mais hidrogenio.
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Figura 05. Desidrogenação de Nafténicos
Fonte: Introdução ao refino de petróleo, Mohammed A.Fahim, Taher Al-Sahhaf

A primeira equação acima, representa a reação do metilciclohexano, em que foram


removidos seis átomos de hidrogenio na molécula formando assim o metilbenzeno(tolueno).
A segunda equação representa a reação de desidrogenação do dimetilciclopentano, em
que foram removidos seis hidrogenios na molécula, formando o metilbenzeno(tolueno).

ISOMERIZAÇÃO DA NAFTA LEVE

Isomerização é o processo no qual uma corrente de parafinas leve de baixo RON (C6,
C5 e C4) é transformada com o catalisador apropriado em correntes ramificadas com o
mesmo número de carbonos e alto índice de octanagem. A nafta hidrotratada (NT) é
fracionada em nafta pesada entre 90-190 ºC, que é usada como carga para a unidade de
reforma. A nafta leve C5 – 80 ºC é usada como carga para a unidade de isomerização.

Há dois motivos para esse fracionamento: o primeiro é que os hidrocarbonetos leves


tendem ahidrocraquear no reformador e a segunda é que hidrocarbonetos C6 tendem a formar
benzeno no reformador. Especificações da gasolina requerem um valor muito baixo de
benzeno por causa de seu efeito cancerígeno.

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REAÇÕES DE ISOMERIZAÇÃO

Figura 06. Obtenção do metilciclohexeno por isomerização


Fonte: Google imagens
A equação acima, representa uma reação de isomerização e
Ou seja, o composto reagente e o produto são diferentes mas apresentam igual numero
de átomos de carbono e hidrogénio por tanto, a mesma fórmula molecular, C7H12.

ALQUILAÇÃO

Alquilação é a transferência de um grupo alquila de uma molécula para outra. O


grupo alquila pode ser transferido como um carbocátion alquídico, um radical livre, um
carbânion ou um carbeno (ou seus equivalentes).

No contexto do refino de petróleo, alquilação refere-se a particular alquilação de


isobutano com olefinas. É um aspecto principal do tratamento do petróleo para obtenção de
moléculas maiores (mais complexas) específicas.

Alquilações industriais são, na maioria das vezes, do tipo ácido catalisada


(Friedel-Crafts), portanto somente estes processos serão considerados. Processos parcialmente
reversíveis, o equilíbrio nas reações de alquilação, muitas vezes são difíceis de se precisar.
Proporções de reagentes em excesso e determinação do ponto onde a separação dos produtos
é desejável são dados que muitas vezes são difíceis de se determinarem.

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REAÇÕES DE ALQUILAÇÃO

Figura 07. Alquilação do benzeno


Fonte: Google imagens
A equação acima, representa a reação de alquilação do benzeno com o clorometano,
em presença do cloreto de alumínio, formando o metilbenzeno (tolueno) mais cloreto de
hidrogenio.

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Figura.10 Reação do isobutano com o metilpropeno
Fonte: Google imagens

VISCORREDUÇÃO

Este é um processo leve de craqueamento térmico brando (logo as reções são as


mesmas) para reduzir a alta viscosidade e os pontos de fluidez do resíduo de vácuo de modo
que possam ser usados em outros processos a jusante. Nesse caso, o resíduo é craqueado no
forno de serpentina (viscorredutor de serpentina) ou mergulhado em um reator durante alguns
minutos (viscorredutor por imersão), e os produtos são gases, gasolina, gasóleo e o resíduo
não convertido.

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MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS DE SEPARAÇÃO E
ANÁLISE DE PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS

MÉTODO CROMATOGRÁFICO

Segundo a IUPAC, a cromatografia é um método fisico de separação, no qual os


componentes a serem separados estão distribuidos entre duas fases, uma sendo a fase
estacionária e a outra a fase móvel.
A cromatografia está fundamentada na migração diferencial dos analitos entre as fases
movél e estacionária. As diferentes interacções entre as duas fases (distribuição, exclusão,
partição, ou adsorção seletiva) é um processo de equilibrio dinamico, no qual os analitos
podem estar retidos em uma das fases, proporcionando a separação.

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CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIENCIA
(HPLC)

Este tipo, é uma ferramenta importante que consegue separar misturas com compostos
similares. Apresenta como vantagens a alta velocidade, pressão, desempenho, resolução,
eficiência e detetabilidade.
A HPLC utiliza coluna recheada com material especialmente preparado e uma fase
móvel. Essa técnica possui uma excelente capacidade analítica, com separação de até 100
componentes em uma amostra.
A separação de amostras de petroléo utilisando HPLC é simples e eficaz, apresentando
resultados comparáveis a técnica tradicional de cromatografia líquida em coluna aberta.

CROMATOGRAFIA GASOSA

É um método fisico-químico, de separação dos componentes de uma mistura através


de uma fase gasosa móvel por uma fase estacionária solvente, que pode ser líquida ou sólida.
Deve ser utilizada para separar compostos que se volatilizam, ou seja, misturas cujos
compostos tenham ponto de ebulição de aproximadamente até 300ºC e que sejam
termicamente estáveis nesta condição. Existem dois tipos de cromatografia gasosa, a
cromatografia gás-solido na qual a separação basea-se em um mecanismo de adsorção e a
cromatografia gás-líquido que se basea em mecanismo de partição das substâncias entre a fase
líquida e a fase estacionária.
Um dos trabalhos mais completos sobre cromatografia aplicada ao petróleo foi
realizado por Wang, em 1997, que publicou uma revisão com 132 referencias de aplicações
da cromatografia gasosa para caracterização de hidrocarbonetos em petróleo.

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CROMATOGRAFIA GASOSA ACOPLADA A
ESPETROMETRIA DE MASSA (GC/MS)

É uma ferramenta muito utilizada para identificar centenas de componentes em


misturas orgânicas ou bioquímicas complexas.
O espectrometro de massas usado como detector na cromatografia gasosa, faz a
caracterização dos compostos organicos atraves dos fragmentos ionicos produzidos pelo
bombardeio das moléculas na fase vapor com um feixe de eletrons de energia. Este modo de
ionização é denominado impacto eletronico cuja energia de bombardeamento pode variar de
12 a 100 v (voltes).

Wang e colaboradores em 1995, utilizaram a técnica de GC/MS para identificar e


quantificar hidrocarbonetos em amostras de petróleo bruto, de óleo biodegrável, amostra
ambientais de de derramamento de petróleo, com diferentes concentrações, composições e
natureza.

Os compostos analisados incluem alcanos, normais, isoprenóides, BTEX (benzeno,


tolueno, etilbenzeno, exileno), alquilbenzeno, HPAs (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos)
E os seus homólogos alquilados, e biomarcadores triterpanos e esteranos. O autor relata que a
GC/MS é a técnica mais apropriada para estudo de intemperismo, acompanhamento das
mudanças da composição química do óleo derramado. Aplicada também á identificação da
fonte do petróleo para um conhecimento detalhado da composição ´, uma vez que cada tipo de
petóleo apresenta uma distribuição diferente de componentes.

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MÉTODOS ESPECTROSCÓPICOS

A espectroscopia é o estudo da luz à medida que ela se divide em suas cores


constituintes.

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Examinando estas cores diferentes, pode-se determinar qualquer número de
propriedades do objeto que está sendo estudado, como as cores da luz refletem os estados de
energia.
Mais tecnicamente, a espectroscopia analisa a interação entre qualquer matéria e
radiação.
É usada para analisar compostos em química, para determinar quais elementos
diferentes compõem algo, e também é usado em astronomia para obter percepções sobre a
composição e velocidades de corpos astronômicos.

As técnicas espetroscópicas podem fornecer, em tempo real, dados valiosos na


determinação de parâmetros como pressão, volume, temperatura (PVT) nos diagramas de
fase, a vazão gás-oil (GOR), percentagem de alfaltenos, viscosidade e API e informações
básicas do petróleo cru. Maximizar a recuperação de hidrocarbonetos e aceleração da
produção é apenas duas das vantagens do uso correto das técnicas em linha, aplicadas no
momento certo.
É assim que as técnicas espetroscópicas têm sido utilizadas com grande sucesso para
determinar a vazão e a pressão de comunicação em reservatórios, arquitetura de reservatórios,
determinação GOR, fotodegradação de petróleo cru, durabilidade da engenharia de
lubrificação e adulteração de combustíveis, entre outros.

ESPECTROSCOPIA ULTRA VIOLETA (UV)

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A espetroscopia de ultra-violeta/visível (UV/VI) se baseia no princípio de que
moléculas são capazes de absorver energia de uma fonte em uma faixa de comprimentos de
onda, atenuando a potência radiante da fonte de incidente e transmitindo a radiação não
absorvida. A relação entre a potência radiante transmitida pela soçução e a inicial se relaciona
(não diretamente) com a concentração da espécie absorvente.

Na química do petróleo é utilizada para determinar a concentração de determinados


analitos e para caracterizar o espetro absorvido de determinadas substâncias, principalmente
compostos heteroatômicos aromáticos de maneira quantitativa. O espectrômetro é composto
de uma fonte de radiação eletromagnética, um monocromador, uma cela para a amostra, o
detetor e o sistema de aquisição de dados. O padrão e a resolução dos aspestros não é
suficientemente distinto para reconhecer ou distinguir compostos em misturas complexas, mas
é útil na identificação de frações quanto utilizado detetores de arranjo de fotodiodos em
HPLC

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ESPECTROSCOPIA INFRAVERMELHA (IV OU IR)

Os espectros no infravermelho tem a capacidade de armazenar um grande número de


informações sobre a amostra, logo podem ser empregados nos mais diversos tipos de análises
químicas e/ou físicas. A espectroscopia no infravermelho restringe-se a aplicações qualitativas
ou para reforçar hipóteses propostas sobre a estrutura química das espécies, porque até duas
décadas atrás era quase impossível extrair informações quantitativas a partir dos espectros no
infravermelho.

Uma melhora significativa surgiu com a utilização do algoritmo da transformada de


Fourier aplicando-o na espectroscopia no infravermelho, juntamente com o desenvolvimento
de equipamentos modernos como espectrofotômetros e computadores e métodos matemáticos
que permitem calibrações multivariadas de elevada complexidade, possibilitando a geração de
dados efetivos para o fornecimento de metodologias de analises em misturas complexa
descartando a necessidade da separação previa de seus componentes.

Algumas de suas vantagens são: possibilidade de ensaio sem preparação de amostra


(ou com mínima preparação de amostra); utilização de pouca amostra; possibilidade de
aplicações para líquidos, sólidos ou pastas; capacidade de detetar alterações ou impurezas no
produto, não percebidas por métodos analíticos convencionais; rapidez, exatidão e
simplicidade na aquisição do espectro. A faixa de comprimento de radiação do infravermelho
próximo situa-se entre 780 e 2500 nm (14000 – 4000 cm-1), as interações provem
principalmente de sobretons e combinações de transições fundamentais associadas a níveis
energéticos vibracionais de grupos de átomos. A interpretação das características dos
espectros, no petróleo e derivados, são baseada nas vibrações das ligações C-H devido aos
diferentes grupos funcionais e ambientes moleculares originando diferentes transições de
absorção e resultando em contribuições únicas de picos de absorção no infravermelho
próximo dos hidrocarbonetos.

A espectroscopia é utilizada para quantificação do teor e determinação da composição


de hidrocarbonetos saturados e aromáticos como resinas e asfaltenos. A espectroscopia NIR
tem sido utilizada para a análise de diversos produtos acabados e correntes intermediárias no
refino de petróleo. Por exemplo, para a análise de destilados médios, foram desenvolvidas
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calibrações para o índice de refração, massa específica, percentagem de carbono aromático,
percentagem em massa de hidrogênio, percentagem em massa de aromáticos. Muitas
aplicações foram desenvolvidas através da espectroscopia de infravermelho têm sido
utilizadas para a otimização de algumas operações de refino. Através da previsão das
propriedades do produto após mistura, por meio de um analisador NIR, utilizando um sistema
de controle adequado, é possível ajustar a vazão de cada corrente de forma otimizada,
aumentando significativamente a rentabilidade do processo. Por exemplo, por meio da
previsão de propriedades como octanagem, teor de aromáticos e teor de olefinas, é possível
produzir gasolina dentro das especificações requeridas, otimizando a rentabilidade, utilizando
as proporções adequadas de nafta de destilação, nafta craqueada, nafta de reforma ou outras
correntes.

A técnica também é utilizada para a otimização das condições operacionais de cada


unidade em tempo real. Um exemplo de aplicação é o controle da severidade do
hidrotratamento de óleo diesel, através da previsão em linha de parâmetros como, teor de
enxofre e teor de aromáticos. A severidade da unidade de reforma catalítica 38 também pode
ser controlada em tempo real, através da previsão da octanagem da gasolina produzida. Por
meio da previsão dos teores de aromáticos e olefinas, é possível avaliar as condições do
catalisador e as taxas de conversão da unidade de reforma.

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ESPECTROSCOPIA DE MASSA

A espectrometria de massas é aplicada na identificação de compostos desconhecidos,


determinação da composição isotópica, determinação estrutural, quantificação de compostos.
É uma técnica analítica que faz a medição de massas moleculares de átomos e compostos
individualmente, convertendo-as em íons carregados.

Essa técnica permite um estudo de reações dinâmicas e químicas dos íons para
fornecer dados de propriedades físicas como afinidades de prótons e íons, energia de
ionização e entalpia da reação. Fornece também informações sobre a quantitativa de um
analito (parte da amostra) fazendo a dedução da estrutura de uma molécula.

As medições realizam-se através dos íons, pois ao contrário das espécies neutras, a
detecção experimental e a manipulação do movimento e da direção dos íons são mais fáceis.
A análise por espectrometria consiste em três passos básicos e importantes:

1. Ionização: é responsável pela conversão das moléculas ou átomos do analito em


espécies iônicas em fase gasosa, onde requer a remoção ou adição de elétron (s) ou próton (s).
O excesso de energia transferida durante a ionização deve quebrar a molécula em fragmentos
característicos;

2. Analisador de massa: é responsável pela separação e análise dos íons das


moléculas e seus fragmentos carregados de acordo com seu sinal m/z (massa/carga);

3. Detecção: a corrente iônica gerada pelos íons separados por massa e medida,
amplificada e mostrada em forma de um espectro de massas. Os passos de ionização e do
analisador de massa acontecem sob alto vácuo, permitindo que os íons se movimentem
livremente no espaço sem colidirem ou interagirem com outras espécies.

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Já que certas colisões poderiam fragmentar os íons moleculares e produzir diferentes
espécies através de reações íon-molécula. Esses processos reduzem a sensibilidade e
aumentam a ambiguidade da análise, reduzindo a resolução.

CONCLUSÃO

Para melhor aproveitamento do potencial energético do petróleo bruto e seus


derivados, são aplicados os métodos descritos neste trabalho, essas técnicas processoais
devem ser aplicadas de modo a obter-se derivados da melhor qualidade possível, e estes
métodos involvem processos físicos e químicos, associados a váriaveis termodinamicas tais
como: volume, pressão e temperatura, em que as mesmas são reguladas em função da
natureza de cada processo.

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BIBLIOGRAFIA

Introduçao ao refino de petróleo,Mohammed A. Fahim, Taher A . Al-Sahhaf, Amal


S.Elkilani, 2012, Elsevier Editora Ltda.
m.mundoeducacao.uol.com.br
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SANTOS, I. Absorção de gases da queima de combustíveis fósseis em torre de recheio


estruturado utilizando lama vermelha. UFPA. Belém. 2013
NASCIMENTO R. F. et al. Adsorção: aspectos teóricos e aplicações ambientais.
Universidade Federal do Ceará. Fortaleza. 2014.

LEONARDO HENRIQUE GOMES ESTUDO DO PETRÓLEO E SUAS


PRINCIPAIS TÉCNICAS ANALÍTICAS, páginas 36 á 40

CLÉCIO FERNANDO KLITZKE: APLICAÇÕES DA ESPECTROMETRIA DE


MASSAS DE ALTÍSSIMAS RESOLUÇÃO E DA MONILIDADE IÔNICA ACOPLADA A
ESPESTROMETRIA DE MASSAS EM ESTUDOS DE GEOQUÍMICA ORGÂNICA:
PÁGINA 48

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