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LICENCIATURA EM QUÍMICA

JULIA SANTOS FERREIRA MAINI

DRE: 120028532

ORGÂNICA EXPERIMENTAL 1:

RELATÓRIO DE LÍQUIDOS

Rio de Janeiro

1° semestre de 2023
 AULA 1: Ponto de ebulição

(i) Introdução:

Dentre as propriedades físicas utilizadas na química orgânica, o ponto de


fusão e ebulição são critérios básicos usados dentro de um laboratório para
verificar a pureza de substâncias orgânicas. Uma definição simplificada do
ponto de ebulição seria a temperatura no qual uma substância passa do estado
líquido para o estado gasoso.

Entretanto, conceitos como forças intermoleculares e pressão podem ser


associados a estes parâmetros. Os diferentes estados da matéria se diferem,
pois apresentam como principal característica as interações intermoleculares
que agem nas moléculas, por exemplo, interações fortes levem ao estado
sólido enquanto que interações menos fortes levem ao estado líquido e as
interações mais fracas ao estado gasoso. Para que a passagem de um estado
para outro ocorra é necessário fornecer energia em forma de calor para que
essas interações enfraqueçam.

Em um recipiente contendo um líquido é importante destacar que as


moléculas que estão no meio se comportam diferente das moléculas que estão
na superfície. As moléculas que ocupam o espaço do meio podem realizar
interações intermoleculares em todas as direções, em contrapartida, as
moléculas da superfície não possuem essa capacidade, pois estão limitadas.
Dessa forma, as primeiras moléculas a romperem suas interações e passarem
ao estado gasoso são as da superfície. A temperatura em que ocorre a
passagem do estado líquido para o gasoso também se relaciona com a
pressão exercida sobre a amostra. Quanto menor for a pressão exercida sobre
o sistema, menor será o ponto de ebulição de uma substância.

A determinação do ponto de ebulição utilizando poucas quantidades de


amostra é geralmente feita utilizando o método de Siwolobof. Esse método
pode ser feito com um tubo de Thiele ou em beckér com auxílio de termômetro,
tubo capilar, tubo de ensaio, placa de aquecimento e suportes.

A temperatura do banho de óleo é elevada vagarosamente até que seja


possível observar um fluxo de bolhas sair do capilar. Diante disso, diminui-se o
aquecimento e registra-se a temperatura em que a última bolha sai e o líquido
entra no capilar. Nesse momento é determinada a temperatura de ebulição da
amostra, que é a temperatura na qual a pressão de vapor do líquido se iguala a
pressão atmosférica.

Esse método de Siwolobof é amplamente usado nas instituições de ensino,


por envolver a medida da temperatura do fluido e não da amostra, o que
geralmente fornece erros sistemáticos. Já existem outros métodos como o da
utilização de um percolador para análise mais precisa do ponto de ebulição.
Figura 1: Esquema teórico das vidrarias utilizadas para o método Siwolobof

Figura 2: Esquema prático de determinação do ponto de ebulição pelo


método Siwolobof

(ii) Atividades realizadas e discussão:

 AULA 2: Destilação simples


(iii) Introdução:

A destilação simples é um método comumente utilizado para separar


mistura homogênea de uma mistura líquido - sólido, mas também pode ser
utilizado para separar misturas homogêneas entre dois ou mais líquidos.

Basicamente consiste na vaporização de uma substância seguida de um


resfriamento e a coleta da amostra condensada. Sendo uma técnica comum na
purificação e separação de líquidos, deve-se prestar atenção que a destilação
simples não se encaixa em qualquer tipo de mistura, é necessário que seja
aplicada na purificação de misturas líquidas onde apenas um dos compostos
seja volátil, ou a diferença entre os pontos de ebulição das substâncias seja
maior que 30°C.

O ponto de ebulição de um líquido pode ser definido como a temperatura na


qual sua pressão de vapor é igual à pressão externa, exercida em
qualquer ponto, sobre sua superfície. Se o líquido tiver pontos de ebulição
muito próximos, o destilado será uma mistura destes líquidos, contendo um
excesso do componente mais volátil no final da separação.

Existem quatro métodos comuns de destilação: simples, fracionada, à


vácuo e destilação à vapor. A destilação simples, como o nome já diz, é a mais
simples de todas, porém não possui maior eficiência se comprada com as
outras destilações, por esse motivo, a destilação fracionada servirá de
comparação.

Na destilação de uma substância pura, o vapor sobe do balão e entra em


contato com um termômetro que tem a função de registrar a temperatura. O
vapor passa, por um condensador e é transformado em líquido que escorre
para o balão coletor da amostra. A temperatura observada durante a
destilação de uma substância pura permanece constante, durante o
processo, enquanto vapor e líquido estiverem presentes no sistema.
Entretanto, quando uma mistura líquida é destilada, a temperatura não
permanece constante. Ela aumenta durante a destilação porque a composição
do vapor varia continuamente durante a destilação. (PAVIA, et al., 2009).
Figura 3: Sistema clássico de montagem da destilação simples

(iv) Atividades realizadas e discussão

 AULA 3: Destilação Fracionada

(v) Introdução:

A destilação fracionada é outro método de destilação utilizado para


separação de misturas líquidas que possuem ponto de ebulição distinto, sendo
um pouco mais eficaz visto que, possui uma vidraria específica, chamada de
coluna de fracionamento, que é inserida no sistema e reflete em mais eficiência
para o processo de separação.

A coluna de fracionamento é empacotada (com pratos teóricos), permitindo


que a mistura a ser destilada esteja sujeita continuamente a muitos ciclos de
vaporização-condensação na medida em que material sobe pela coluna. Em
cada ciclo, a composição do vapor é alterada, aumentando a concentração do
componente de menor ponto de ebulição. A destilação deve ser lenta para que
numerosos ciclos de vaporização-condensação possam ocorrer. Ao final, o
vapor é condensado e recuperado em um recipiente diferente.
Figura 4: Esquema clássico de uma destilação fracionada

(vi) Atividades realizadas e discussão:

 Considerações finais

 Referências bibliográficas

https://www.scielo.br/j/qn/a/xc6JDQPppSYPNmqJSjD9qSD/

MARQUES, Jacqueline A.; BORGES, Christiane P. F. Práticas de Química Orgânica. 2


ed. São Paulo; Átomo, 2012.

VOGEL, Arthur. Química orgânica: análise orgânica qualitativa. 3 ed. Rio de Janeiro,
Ao Livro Técnico, A.A. 1981, v. 3.

Extração ácido-base. In: Wikipedia. Acesso em: 31 maio 2023. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Extra%C3%A7%C3%A3o_%C3%A1cido-base

PAVIA, D. L., LAMPMAN, G. M., KRIZ, G. S., ENGEL, R. G. Química Orgânica


Experimental: Técnicas de escala pequena. 2ª. Ed., Porto Alegre, Bookman, 2009.

A.R.M. Oliveira, F. Simonelli, F.A. Marquers, Química Nova na Escola 1998, 7, 38.

R. Morrison, R. Boyd, Química Orgânica, Fundação Calouste Gulbenkian, 13ª Edição,


Lisboa, 1996.
H.G.O. Becker et al., ORGANIKUM Química Orgânica Experimental, Fundação
Calouste Gulbenkian, 2ª Edição, Lisboa, 1997.

https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-de-
janeiro/quimica-organica-experimental-i/relatorio-destilacao-simples-e-
fracionada/3316389

https://www.studocu.com/pt-br/document/centro-federal-de-educacao-
tecnologica-de-minas-gerais/laboratorio-de-quimica-organica/relatorio-da-
pratica-de-destilacao-simples/7396810

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