“Tempestade e Chegada à Índia” - Os Lusíadas (VI, 70-93) CORREÇÃO
1. Faz corresponder à seguinte explicação do episódio «Tempestade e Chegada à Índia» as estrofes e, por vezes, os versos adequados d'Os Lusíadas de Luís de Camões. APROXIMAÇÃO DA TEMPESTADE O mestre apercebe-se da mudança do tempo e alerta os marinheiros que estavam atentos à narrativa de Fernão Veloso. Estrofe 70 A primeira ordem do mestre é para tomar as velas mais altas - os traquetes das gáveas. Verso 6
DESCRIÇÃO DA TEMPESTADE Estrofes 71 a 79
DESCRIÇÃO DA AZÁFAMA DENTRO DA NAU SÃO GABRIEL DE VASCO DA GAMA Estrofes 71 a 73 O mestre manda amainar a vela grande, mas a manobra não é executada a tempo de evitar que o vento a desfaça. Estrofe 71 Com a destruição da vela grande, a água do mar invade a nau e o mestre ordena aos marinheiros, medrosos e confusos, que deem à bomba para se livrarem dela. Estrofe 72 Os marinheiros correm para dar à bomba, mas a agitação do mar, que sacode as naus, fá-los cair. A violência da tempestade é tal que a força de três homens não chega para segurar o leme e têm de segurá-lo com cordas. Estrofe 73 DESCRIÇÃO DA TEMPESTADE VISTA DO EXTERIOR Estrofes 74 a 79 A força dos ventos é tal que poderia derrubar a Torre de Babel. As ondas crescem de tal forma que custa a crer como a nau ainda não se afundou. Estrofe 74 Antítese: «altíssimos mares» / «pequena grandura dum batel» Versos 5 e 6 Ouvem-se os gritos e orações dos marinheiros da nau de Paulo da Gama, que está alagada e cuja mastro quebrou, e da nau de Nicolau Coelho. Estrofe 75 Descrição da agitação das ondas e da violência dos ventos. Estrofe 76 Reação dos animais marinhos: as aves cantam tristemente e os golfinhos escondem-se no no fundo do mar. Estrofe 77 Descrição da violência dos raios e relâmpagos, comparados ao maior dilúvio da mitologia. Estrofe 78 Consequências da tempestade: os montes são derrubados pelas ondas, as árvores arrancadas pelos ventos e as areias revolvidas pela força do mar. Estrofe 79 Personificação das «forçosas raízes» e das «fundas areias» Versos 5 a 8
SÚPLICA DE VASCO DA GAMA Estrofes 80 a 83
Vasco da Gama, vendo-se já perto do fim da viagem e receando pela vida... Estrofe 80 ... reza à «Divina Guarda», Estrofe 81 argumentando que aquela é uma viagem ao serviço de Deus. Estrofe 82 Termina a sua oração comparando a sua sorte, se morrer, à dos Portugueses que morreram a lutar contra os Mouros, mas «de quem feitos ilustres se souberam». Estrofe 83
CONTINUAÇÃO DA DESCRIÇÃO DA TEMPESTADE Estrofe 84
INTERVENÇÃO DE VÉNUS Estrofes 85 a 91
No céu, Vénus apercebe-se da tempestade que ameaça os seus amados Portugueses e sente-se dominada pelo «medo» e pela «ira» (raiva). Estrofe 85 Convencida de que a tempestade é obra de Baco, desce até ao mar, enquanto manda as Ninfas enfeitarem-se com grinaldas de rosas. Estrofe 86 A sua intenção é abrandar a fúria dos ventos, seduzindo-os com a visão das «Ninfas belas / «Que mais fermosas vinham que as estrelas». Estrofe 87 A estratégia de Vénus surte efeito: mal veem os cabelos, mais luminosos que os raios, das Ninfas, os ventos perdem as forças com que lutavam. Estrofe 88 Uma das ninfas, Oritia, dirige-se a Bóreas, o vento Norte, que por ela estava apaixonado, dizendo-lhe que a sua fúria fará com que ela o receie em vez de o amar. Estrofe 89 A mesma estratégia de sedução é usada por uma das Nereidas, Galateia, que sabe agradar a Noto, o vento Sul. Este, ao ver a sua amada, esquece-se de imediato da sua fúria. Estrofe 90 Do mesmo modo, todas as Ninfas acalmaram «as iras e os furores» dos ventos e logo voltaram para junto de Vénus que lhes prometeu a sua eterna gratidão. Estrofe 91 A CHEGADA À ÍNDIA Estrofes 92 a 93 Amainada a tempestade e superado o último obstáculo da viagem, na manhã seguinte, os marinheiros avistam terra e ouvem do piloto que haviam trazido de Melinde as palavras tão desejadas: «Terra é de Calecu, se não me engano (...)... Estrofe 92 ... Vosso trabalho longo aqui fenece.». Feliz, Vasco da Gama ajoelha-se e levanta as mãos ao Céu, agradecendo a Deus pelo fim bem sucedido da viagem. Estrofe 93
2. Exercícios de Funcionamento da Língua:
C. indireto C. direto 2.1. O mestre disse aos marinheiros que o tempo tinha mudado. Reescreve, em cada alínea, a frase anterior, substituindo, em cada caso, o complemento indicado na alínea pela forma adequada do pronome pessoal. Procede às alterações necessárias. A) Complemento indireto. O mestre disse-lhes que o tempo tinha mudado. B) Complemento direto. O mestre disse-o aos marinheiros. C) Complemento direto e complemento indireto. O mestre disse-lho.
2.2. Vasco da Gama agradeceu a Deus o fim da tempestade e a chegada à Índia.
2.2.1. Indica as funções sintáticas que as expressões sublinhadas desempenham na frase: A) «Vasco da Gama» Sujeito B) «a Deus» Complemento indireto C) «o fim da tempestade e a chegada à Índia» Complemento direto 2.2.2. Transcreve o predicado da frase. «agradeceu a Deus o fim da tempestade e a chegada à Índia» 2.2.3. Quando é que, nesta frase, a palavra «a» é um determinante e quando é uma preposição? Na expressão «a Deus», «a» é uma preposição e, em «a chegada», «a» é um determinante.
2.3. Noto, o apaixonado de Galateia, foi seduzido pela bela ninfa.
Identifica na frase transcrita o atributo, o aposto e complemento agente da passiva. Atributo - «bela» Aposto - «o apaixonado de Galateia» Complemento agente da passiva - «pela bela ninfa»
2.4. Reescreve no discurso indireto:
Vénus disse: «Estas obras, por certo, são de Baco». Vénus disse que aquelas obras, por certo, eram de Baco.
2.5. Reescreve na forma ativa as frases seguintes:
A) A súplica tinha sido dirigida por Vasco da Gama à Divina Guarda. B) Os ventos foram seduzidos pelas Ninfas a mando de Vénus. A) Vasco da Gama tinha dirigido a súplica à Divina Guarda. B) As Ninfas seduziram os ventos a mando de Vénus.