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Português 9.

º Ano
2012 /2013

“Tempestade e Chegada à Índia” - Os Lusíadas (VI, 70-93) CORREÇÃO


1. Faz corresponder à seguinte explicação do episódio «Tempestade e Chegada à Índia» as estrofes e, por vezes, os
versos adequados d'Os Lusíadas de Luís de Camões.
APROXIMAÇÃO DA TEMPESTADE
O mestre apercebe-se da mudança do tempo e alerta os marinheiros que estavam atentos
à narrativa de Fernão Veloso. Estrofe 70
A primeira ordem do mestre é para tomar as velas mais altas - os traquetes das gáveas. Verso 6

DESCRIÇÃO DA TEMPESTADE Estrofes 71 a 79


DESCRIÇÃO DA AZÁFAMA DENTRO DA NAU SÃO GABRIEL DE VASCO DA GAMA Estrofes 71 a 73
O mestre manda amainar a vela grande, mas a manobra não é executada a tempo de evitar
que o vento a desfaça. Estrofe 71
Com a destruição da vela grande, a água do mar invade a nau e o mestre ordena aos
marinheiros, medrosos e confusos, que deem à bomba para se livrarem dela. Estrofe 72
Os marinheiros correm para dar à bomba, mas a agitação do mar, que sacode as naus,
fá-los cair. A violência da tempestade é tal que a força de três homens não chega para segurar
o leme e têm de segurá-lo com cordas. Estrofe 73
DESCRIÇÃO DA TEMPESTADE VISTA DO EXTERIOR Estrofes 74 a 79
A força dos ventos é tal que poderia derrubar a Torre de Babel. As ondas crescem de tal forma
que custa a crer como a nau ainda não se afundou. Estrofe 74
Antítese: «altíssimos mares» / «pequena grandura dum batel» Versos 5 e 6
Ouvem-se os gritos e orações dos marinheiros da nau de Paulo da Gama, que está alagada e
cuja mastro quebrou, e da nau de Nicolau Coelho. Estrofe 75
Descrição da agitação das ondas e da violência dos ventos. Estrofe 76
Reação dos animais marinhos: as aves cantam tristemente e os golfinhos escondem-se no
no fundo do mar. Estrofe 77
Descrição da violência dos raios e relâmpagos, comparados ao maior dilúvio da mitologia. Estrofe 78
Consequências da tempestade: os montes são derrubados pelas ondas, as árvores arrancadas
pelos ventos e as areias revolvidas pela força do mar. Estrofe 79
Personificação das «forçosas raízes» e das «fundas areias» Versos 5 a 8

SÚPLICA DE VASCO DA GAMA Estrofes 80 a 83


Vasco da Gama, vendo-se já perto do fim da viagem e receando pela vida... Estrofe 80
... reza à «Divina Guarda», Estrofe 81
argumentando que aquela é uma viagem ao serviço de Deus. Estrofe 82
Termina a sua oração comparando a sua sorte, se morrer, à dos Portugueses que morreram a
lutar contra os Mouros, mas «de quem feitos ilustres se souberam». Estrofe 83

CONTINUAÇÃO DA DESCRIÇÃO DA TEMPESTADE Estrofe 84

INTERVENÇÃO DE VÉNUS Estrofes 85 a 91


No céu, Vénus apercebe-se da tempestade que ameaça os seus amados Portugueses e
sente-se dominada pelo «medo» e pela «ira» (raiva). Estrofe 85
Convencida de que a tempestade é obra de Baco, desce até ao mar, enquanto manda as
Ninfas enfeitarem-se com grinaldas de rosas. Estrofe 86
A sua intenção é abrandar a fúria dos ventos, seduzindo-os com a visão das «Ninfas belas /
«Que mais fermosas vinham que as estrelas». Estrofe 87
A estratégia de Vénus surte efeito: mal veem os cabelos, mais luminosos que os raios, das
Ninfas, os ventos perdem as forças com que lutavam. Estrofe 88
Uma das ninfas, Oritia, dirige-se a Bóreas, o vento Norte, que por ela estava apaixonado,
dizendo-lhe que a sua fúria fará com que ela o receie em vez de o amar. Estrofe 89
A mesma estratégia de sedução é usada por uma das Nereidas, Galateia, que sabe agradar
a Noto, o vento Sul. Este, ao ver a sua amada, esquece-se de imediato da sua fúria. Estrofe 90
Do mesmo modo, todas as Ninfas acalmaram «as iras e os furores» dos ventos e logo voltaram
para junto de Vénus que lhes prometeu a sua eterna gratidão. Estrofe 91
A CHEGADA À ÍNDIA Estrofes 92 a 93
Amainada a tempestade e superado o último obstáculo da viagem, na manhã seguinte, os
marinheiros avistam terra e ouvem do piloto que haviam trazido de Melinde as palavras tão
desejadas: «Terra é de Calecu, se não me engano (...)... Estrofe 92
... Vosso trabalho longo aqui fenece.». Feliz, Vasco da Gama ajoelha-se e levanta as mãos ao
Céu, agradecendo a Deus pelo fim bem sucedido da viagem. Estrofe 93

2. Exercícios de Funcionamento da Língua:


C. indireto C. direto
2.1. O mestre disse aos marinheiros que o tempo tinha mudado.
Reescreve, em cada alínea, a frase anterior, substituindo, em cada caso, o complemento indicado na alínea pela
forma adequada do pronome pessoal. Procede às alterações necessárias.
A) Complemento indireto. O mestre disse-lhes que o tempo tinha mudado.
B) Complemento direto. O mestre disse-o aos marinheiros.
C) Complemento direto e complemento indireto. O mestre disse-lho.

2.2. Vasco da Gama agradeceu a Deus o fim da tempestade e a chegada à Índia.


2.2.1. Indica as funções sintáticas que as expressões sublinhadas desempenham na frase:
A) «Vasco da Gama» Sujeito
B) «a Deus» Complemento indireto
C) «o fim da tempestade e a chegada à Índia» Complemento direto
2.2.2. Transcreve o predicado da frase. «agradeceu a Deus o fim da tempestade e a chegada à Índia»
2.2.3. Quando é que, nesta frase, a palavra «a» é um determinante e quando é uma preposição?
Na expressão «a Deus», «a» é uma preposição e, em «a chegada», «a» é um determinante.

2.3. Noto, o apaixonado de Galateia, foi seduzido pela bela ninfa.


Identifica na frase transcrita o atributo, o aposto e complemento agente da passiva.
Atributo - «bela» Aposto - «o apaixonado de Galateia» Complemento agente da passiva - «pela bela ninfa»

2.4. Reescreve no discurso indireto:


Vénus disse: «Estas obras, por certo, são de Baco».
Vénus disse que aquelas obras, por certo, eram de Baco.

2.5. Reescreve na forma ativa as frases seguintes:


A) A súplica tinha sido dirigida por Vasco da Gama à Divina Guarda.
B) Os ventos foram seduzidos pelas Ninfas a mando de Vénus.
A) Vasco da Gama tinha dirigido a súplica à Divina Guarda.
B) As Ninfas seduziram os ventos a mando de Vénus.

Bom Trabalho! 

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