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UNIVERSIDADE SÃO TOMÁS DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE ÉTICA E CIÊNCIAS HUMANAS

Turma: 01

Curso:
Saúde Pública

Disciplina:
Ética e Deontologia profissional

Tema:
Surgimento e implementação da ética empresarial – Resumo

Discente: Docente:
Adelaide Prezelina Foquice Msc. Celson Bahule

Maputo, Maio 2020


Surgimento e implementação da ética empresarial

SURGIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DA ÉTICA EMPRESARIAL

A ética é tida como um conjunto de princípios morais ou valores das pessoas/sociedade, que
indica o que é certo ou errado, bom ou mau, influenciando a forma de agir dos indivíduos. É
ainda conceitualizado como o estudo da consciência moral individual e colectiva, do julgamento,
do carácter e da conduta. Não obstante o supramencionado, o conceito de ética, aplicado à
actividade empresarial é o estudo de todas as situações, actividades e decisões no âmbito da
actividade empresarial onde o binómio certo e errado é questionado. Levando o homem a
compreender o conceito de consciência moral, pois a consciência moral mostra a postura ética do
ser humano através de um juízo racional que é capaz de discernir aquilo que é bom do que não é.
Do ponto de vista social, a consciência moral mostra a importância do respeito ao próximo.

A evolução histórica do conceito e da prática da ética empresarial é extremamente recente, tendo


se estabelecido principalmente durante o século XX. Dentro desse período, as maiores mudanças
foram acontecendo especialmente a partir dos anos 1950.

Até a década de 1950 alguns acontecimentos como o estabelecimento de leis trabalhistas em


vários países, com a observância dos direitos elementares dos trabalhadores (salário mínimo,
férias, descanso semanal remunerado, alimentação, saúde, entre outros) e lutas em prol dos
direitos civis e um tímido início de actividades em prol da defesa do meio-ambiente podem ser
considerados os grandes avanços no tema ética.

A década de 1960, influenciada pela religião (de distintas origens), pregava a moralidade nos
negócios, a ampliação e respeito aos direitos dos trabalhadores, os valores humanistas e a luta
contra a pobreza. A presença da religião na ética não apenas influenciou o mundo empresarial,
também se fez presente nas questões da política, da vida familiar e das questões pessoais
inerentes a cada indivíduo.

A década de 1970 presenciou o crescimento do interesse público nas questões organizacionais.


Esforços académicos surgem no intuito de melhor definir esse fenómeno. Filósofos, sociólogos e
estudiosos de outras áreas iniciaram estudos que visavam relacionar a teoria ética ao campo
empresarial. As grandes empresas aderem aos conceitos e à necessidade de plenamente vivenciar
a ética empresarial somente a partir dos anos 1980.

Elaborado por: Adelaide Prezelina Foquice 2


Surgimento e implementação da ética empresarial

As organizações empresariais existem há milhares de anos, mas apenas em 1903 foi registado
cientificamente o primeiro modelo. Esse modelo é conhecido como administração clássica, e tem
seus fundamentos elaborados por Taylor e Ford. Nessa época a demanda por produtos era maior
do que a capacidade produtiva das organizações. Diante disso, o Modelo Clássico se preocupava
com a execução criteriosa da tarefa, com forte aderência a regras e padrões. Como o trabalho era
de natureza essencialmente operacional, o gestor se preocupava em supervisionar os operários na
execução da tarefa, que deveria ser realizada da forma previamente estabelecida e com a melhor
produtividade possível.

Por volta de 1970 um novo conceito surge: o de que as organizações se comportam como
sistemas. Esse conceito, deu origem ao primeiro modelo moderno, o Modelo sistémico
(estratégico), no qual a organização é composta de diversos subsistemas que interagem entre si,
se influenciam e se potencializam. No Modelo sistémico, as organizações interagem com o
ambiente externo, influenciando e sofrendo sua influência. Esse novo conceito revolucionou os
modelos de organização, e todas as classificações a partir de então passam a se basear nesse
conceito.

Nos modelos anteriores, o foco de gestão se voltava principalmente para aspectos internos,
como a preocupação com tarefas, a satisfação dos funcionários, a melhoria dos processos e da
estrutura hierárquica. O cliente exercia pouca influência na confecção dos produtos ofertados
pelas empresas e, por conseguinte, no funcionamento da própria empresa. No modelo sistémico
de gestão, que surge na década de 90, os clientes passam a exercer um papel mais activo em
relação às organizações.

A globalização traz um novo patamar de concorrência no mercado. As organizações, que antes


se preocupavam apenas com os concorrentes locais, agora se preocupam com empresas virtuais,
que atingem seus mercados. Por outro lado, os próprios clientes, diante de tantas ofertas e de
tamanha concorrência, tornam-se mais exigentes e percebem o poder que tem de influenciar
produtos e serviços. Nesse cenário de alta pressão externa, surge um novo modelo de gestão de
pessoas, conhecido como modelo Contingencial ou competitivo. Nesse modelo o foco da
organização é na sua capacidade de adaptação a esse ambiente de constantes mudanças e
demandas dos clientes.

Elaborado por: Adelaide Prezelina Foquice 3

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