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Introdução:
Do que depende o sucesso ou o fracasso de uma pregação? O que faz um sermão velejar ou afundar
em águas turvas? Os especialistas na arte da homilética nos apresentariam diversos fatores
determinantes de uma boa ou má pregação.
Não existe uma formula mágica para um bom desempenho no púlpito. Fujamos das receitas prontas.
Além de todos os requisitos homiléticos que lhes apresentei até agora, estou certo que há alguns
passos importantes que podem ajudar pregadores iniciantes/ou não, no exercício da pregação.
Humildemente compartilho aqui alguns conselhos práticos desse jovem pregador (não tão jovem
assim), que pela Graça divina o chamou para o ministério da pregação ainda muito jovem, aos 15
anos, e que acumulou um pouco de experiência, não pela perspicácia, mas pela vivência e por
intermédio de muitos erros dos quais Deus permitiu que, através deles, muitas lições fossem
aprendidas e compartilhadas com outros.
1. ANTES DO PÚLPITO
2. AO ASSOMAR O PÚLPITO
3. APÓS O PÚLPITO
I – ANTES DO PÚLPITO
Essa deve ser a consciência primeira e essencial de todo pregador. O pregador precisa ser, antes de
tudo, alguém que se percebe chamado por Deus assim como o apóstolo Paulo (Rm.1.1)
Não pode haver dúvidas quanto a isso, os maiores pregadores de que temos notícia na historia do
Cristianismo foram homens que agonizavam em oração: João Crisostomo, Agostinho, Jonh Wesley,
Jonh Knox, Jonh Hus, Grandes esforços são dedicados na horizontalidade do nosso ministério:
cursos, leituras, graduações, pós-graduações, técnicas, aperfeiçoamentos etc. No entanto, pouco ou
CURSO A ARTE E O OFÍCIO DA PREGAÇÃO/PROF. IRANILDO ELOI/ AD VALO VELHO 2001
quase nada de nosso tempo e recursos são concentrados na verticalidade ministerial – uma vida de
oração.
Para Jesus, está a sós com o Pai era mais importante que o sucesso de seu ministério – Lc. 5.15-17
Os apóstolos entenderam que oração e o ministério da palavra eram duas realidades inseparáveis –
At. 6.4, sendo que a oração é tarefa primeira.
É comum encontrarmos pregadores vivendo duas realidades bem distintas uma da outra. De um lado
um ministério público bem sucedido e conhecido, por outro uma vida familiar e afetiva fragmentada e
desestruturada. Por trás de pregadores admirados e requisitados, aplaudidos e ovacionados, sofrem
esposas mal-amadas e filhos carentes.
É comum olharmos para tais pregadores com performances admiráveis na tribuna, olhamos somente
o desempenho e os resultados do ministério e nos distanciamos dos vínculos, da intimidade, dos
afetos e da relacionalidade desses pregadores. Muitos deles a fim de galgar carreira ministerial
deixam para trás um rastro de destruição no cônjuge e nos filhos. Nem um sucesso justifica o fracasso
da família.
O pregador, para ser um eficiente canal da mensagem de Deus, deve dar atenção cuidadosa para si
mesmo. Paulo recomendava a Timóteo – 1 Tm. 4.16
Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás,
tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.
Cuidar da saúde, emoções etc. A boa saúde está intimamente relacionada a boa disposição, a
perspectiva otimista, ao raciocínio claro, e à vitalidade física.
6. Cuide da profundidade de sua espiritualidade, e deixe que Deus cuide da extensão de seu ministério.
Vejo pregadores desesperados por ver seus ministérios acontecer a qualquer custo. Investem em
marketing, publicidade, relações públicas. Tudo pra verem sua “carreira ministerial deslancharem”.
Almejam serem conhecidos. Querem o tão esperado sucesso ministerial.
Esquecem que visibilidade ministerial não é sinônimo de sucesso; e nem anonimato sinônimo de
fracasso. Nossa prioridade deveria ser cuidar da profundidade de nossa espiritualidade, e se Deus
desejar, ele fará o nosso ministério extenso.
CURSO A ARTE E O OFÍCIO DA PREGAÇÃO/PROF. IRANILDO ELOI/ AD VALO VELHO 2001
Falo do Livro de Deus escrito aos homens ( a Bíblia) e falo de todos os bons livros escritos pelos
homens aos homens
Não dar pra viver sem livros. Paulo também pensava assim (2Tm. 4.13). Portanto, invista em boa
leitura, gaste tempo de qualidade lendo. Desconfio de pregadores que afirmam não gostar de livros.
O pregador que adquiriu habilidades homiléticas e prática no exercício da pregação ao longo dos anos
corre o risco de pensar que pode prescindir do Espírito Santo. É a tragédia do prossionalismo
É o Espírito que dar vida, calor e unção às palavras que são pronunciadas no púlpito. Sem o Espírito
Santo, nossos sermões , por mais bem elaborados que sejam, serão mortos. E. M. Bounds escreveu
que homens mortos tiram de si sermões mortos, e sermões mortos matam”.
Atenção com a higiene pessoal e vestuário. Evitar roupas espalhafatosas que distraia a atenção do
ouvinte.
Agradecimentos exagerados
Contar testemunhos
Cantar hino
Vá direto ao assunto
Nossa pregação nasce do texto. O texto á a fonte e autoridade do pregador. Se não houver
compreensão do texto, certamente não haver compreensão da mensagem a ser comunicada. Isso
significa lê-lo dando atenção às acentuações e pontuações.
Alguns pregadores optaram por pregar sem o uso de esboço. Esta é a forma ideal quando o esboço está estiver
preparado e, de tão estudado, esteja memorizado, dispensando assim seu uso no púlpito.
Outros pregam sem esboço porque não pesquisaram ou porque não tem qualquer esboço. Usando o esboço, é
ideal que o pregador o domine
Quanto tempo terei? Essa é uma questão relativa. O tempo de um sermão é relativo por
algumas razões:
3. Depende do Espírito.
8. Evite comparar-se com outros pregadores, nem pra mais, nem pra menos – Rm.12.3
9. Seja autêntico - sendo você mesmo – 1 Sm.17.31
10. Livre-se da tentação de ser agradável a todos, Jesus não conseguiu (Jo.6.60) (a parábola do
velho e do jumento)
11. Lembre-se que nem todos os dias serão brilhantes –Lc. 5.1-11
12. Não dependa de resultados – A parábola do semeador -Mt. 13.3-9
I. APÓS O PÚLPITO
Maturidade para lidar com os elogios e críticas. Não dependa dos elogios e nem se desmotive por causa das
críticas