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a) Que técnicas laboratoriais você poderia utilizar para verificar se o

probiótico inibiu o crescimento in vitro de G. vaginalis?


As técnicas que podem verificar se o probiótico inibiu o crescimento in
vitro de G. vaginalis são baseadas em um antibiograma, também conhecido por
Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA).
Para realizá-lo, a G. vaginalis é cultivada em meios de cultura específicos, a fim
de favorecer o seu crescimento. Após esse crescimento, o microrganismo é
isolado e o antibiograma é realizado para que se saiba o perfil de sensibilidade
e resistência da G. vaginalis. O antibiograma pode ocorrer de duas maneiras:

1) Antibiograma por difusão em ágar: Neste procedimento são


colocados pequenos discos de papel que contêm o probiótico em uma
placa com meio de cultura apropriado para crescimento da G. vaginalis.
Após passar um tempo determinado na estufa, é possível observar se
houve ou não crescimento em volta do disco. Na ausência de
crescimento, diz-se que o microrganismo é sensível àquele probiótico,
sendo considerado o mais indicado para o tratamento da infecção.

2) Antibiograma baseado em diluição: Neste procedimento existe um


recipiente com várias diluições dos probióticos, com doses diferentes,
onde são colocados os microrganismos patógenos e é determinada a
Concentração Mínima Inibitória (CMI) do probiótico. O recipiente em que
não foi observado crescimento microbiano corresponde à dose do
probiótico que deve ser utilizada no tratamento, já que impediu o
desenvolvimento da G. vaginallis.

O resultado do antibiograma demora alguns dias e é obtido através da análise


do efeito dos probiótico no crescimento da G. vaginallis.
No método por difusão em ágar, após incubação por cerca de 24 horas, é
possível perceber a presença ou não de halos de inibição. A partir da
mensuração do diâmetro dos halos é possível verificar se a G. vaginalis é não-
suscetível, suscetível, intermediária ou resistente ao probiótico.

Já no método baseado em diluição, os valores de CMI e/ou o diâmetro do halo


de inibição são observados, dependendo do teste que foi realizado. A CMI
corresponde à concentração mínima de probiótico que é capaz de inibir o
crescimento do patógeno.

b) Considerando os resultados encontrados, quais são as conclusões que


você obteve sobre o probiótico?
Tendo como base o antibiograma “baseado em diluição” e os dados fornecidos
no desafio, verifica-se:
Controle negativo: Meio contendo apenas 2ml do probiótico:
Controle positivo: Meio contendo 5 x 108 CFU/ml de G. vaginalis semeada.
Relação entre os tratamentos 1 e 2: Percebe-se que no cultivo de G.
vaginalis onde foram adicionados 4ml do probiótico (tratamento 2) obteve-se
sucesso em inibir o crescimento total do patógeno, em detrimento do
tratamento 1, em que foram adicionados apenas 2ml do probiótico.

PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO


a) Poderiam ser utilizados métodos diretos ou indiretos de contagem do
crescimento bacteriano, como: contagens microscópicas das células, contagem
em placas, espectrofotometria, filtração, método do número mais provável (MNP)
ou turbidimetria.
b) Após 24h de incubação, foram obtidos os seguintes resultados:
- No tratamento 1, em que foram aplicados 2ml do probiótico, houve redução em
10.000 vezes (104) do número de G. vaginalis em relação ao tratamento controle
positivo.
- No tratamento 2, em que foram aplicados 4ml do probiótico, não houve
crescimento de G. vaginalis.
Assim, pode-se concluir que, nas condições testadas, o uso de 4ml do probiótico
em desenvolvimento foi capaz de inibir o crescimento bacteriano in vitro de G.
vaginalis, sugerindo que o probiótico pode ser eficaz no tratamento de vaginose
bacteriana causada por G. vaginalis.

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