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MAIO 2021
Trabalho Técnico desenvolvido pelos Membros GMEC
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INTRODUÇÃO
Os motores diesel de quaisquer máquinas agrícolas, especificamente das Colhedoras de
Cana, são considerados componentes nobres, quer sejam pelo desembolso de CRM
Não são os maiores custos de manutenção das colhedoras de cana se analisarmos com uma
visão de LCC – Life Cycle Cost, mas podem representar até 12% do CRM acumulado da vida
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INTRODUÇÃO
A resolução do Conama 433/2011 veio normatizar para os fabricantes o limite máximo de
Um dos grandes requisitos da norma era reduzir fortemente a emissão de NOX – Óxidos de
sistema EGR – Exhaust Gas Recirculation (Recirculação dos Gases de Escape) ou SCR
ARLA32 no escapamento).
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OBJETIVO DO ESTUDO
O objetivo desse estudo foi comparar o desgaste dos metais através das análises de óleos
lubrificantes nos motores das colhedoras de cana e tratores nos dois cenários, ou seja,
motores produzidos até 2016 que não satisfaziam a Norma de emissão MAR1 com os motores
redução de poluentes.
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OBJETIVO DO ESTUDO
Analisar desde as primeiras horas de trabalho em ambos cenários e, ao longo da vida útil
pane no sistema de recirculação de gases, incluindo o resfriador de ar, para comprovar por
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ENTENDENDO A NORMA NA FASE MAR1
MÁQUINAS AGRÍCOLAS & RODOVIÁRIAS – FASE 1
A resolução Conama 433/2011 aplicou-se a todas as máquinas agrícolas e de construção,
nacionais ou não, e versava que motores construídos e montados pelos OEM no Brasil,
deveriam atender os Níveis de Emissões de poluentes dessa norma, especialmente os NOx –
Óxido de Nitrogênio.
Essa norma entrou em vigor em 2017 (Janeiro) para todos os motores com potência acima de
101cv e em Janeiro de 2019 para todos os motores dessa categoria com potência acima de
25cv.
Essa norma é similar a Tier 3 nos Estados Unidos e Stage IIIA na Europa.
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TECNOLOGIA DO SISTEMA EGR
COMO FUNCIONA!
SISTEMA DE RECIRCULAÇÃO DE GASES DE ESCAPE NOS MOTORES JOHN DEERE
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SISTEMA DE RECIRCULAÇÃO DE GASES DE ESCAPE COM RESFRIAMENTO DOS GASES
Com os gases de escape sendo adicionado na mistura ar+combustível do sistema de admissão, o sistema
EGR faz com que diminua a temperatura de combustão, reduzindo as emissões de NOx, tornando a
combustão menos eficiente. Em adicional, o sistema de admissão estará sujeito a incrustação de fuligem,
combustível e vapor de óleo não queimado, que tem pouco efeito no fluxo de ar. No entanto, quando
combinado com o vapor de óleo de um sistema de ventilação positiva do cárter, pode causar o acúmulo
de borra no coletor de admissão e nas válvulas. O sistema EGR também aumenta a produção de fuligem,
Os sistemas EGR também podem trazer contaminantes abrasivos e aumentar a acidez do óleo do motor, o
que, por sua vez, pode reduzir a longevidade do motor.
Fonte: Traduzido do Wikipedia
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PREMISSAS BÁSICAS
PREMISSAS BÁSICAS DO ESTUDO
1. Todos os dados resultados das análises de óleos lubrificantes foram fornecidos pelas duas
usinas onde foram conduzidos os estudos, sendo a Ferrari Agroindústria e a Energética Santa
Helena.
2. O perfil da frota dessas duas empresas em sua totalidade é 100% Colhedoras de Cana John
Deere e entre 70 a 95% de tratores também John Deere.
3. Todas análises de óleos estudadas e compiladas, foram feitas por um único laboratório, neste
caso, a ALS que é uma empresa global com Headquarter na Austrália e laboratórios no Brasil,
nesse caso específico, em Contagem na Grande BH, em Minas Gerais. A ALS também realiza
todas análises de óleos para a fabricante em seus processos de monitoramento de ativos
agrícolas de seus clientes.
4. O perfil da frota, as análises realizadas, a quantidade das amostras estão demonstradas nas
lâminas adiante desse estudo.
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PREMISSAS BÁSICAS DO ESTUDO
5. No geral, foram analisados dados de 13 colhedoras sem EGR e de 14 com EGR e também 2
tratores sem EGR e 3 com EGR. No caso dos tratores, a população da amostragem foi menor,
visto que o objetivo principal do estudo era os motores de colhedoras, mas todas as tendências
apresentadas nos motores das colhedoras, também foram percebidas nos tratores.
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PERFIL DA FROTA ESTUDADA
PREMISSAS BÁSICAS DO ESTUDO
1 - 3520
Sem EGR: 5 - CH570 Sem EGR: 7 - CH570
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ANÁLISE DE DESGASTES NOS MOTORES
COLHEDORA DE CANA CH 570
ENERGÉTICA SANTA HELENA
RESULTADOS ANÁLISE DE ÓLEO
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RESULTADOS ANÁLISE DE ÓLEO
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Modelo Ano Fabricação Ano Modelo Chassi
COLHEDORA 6245941 275 JD CH570 2016 2016 1NWC570HCGT160309
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ANÁLISE DE DESGASTES NOS MOTORES
COLHEDORA DE CANA CH 570
FERRARI AGROINDÚSTRIA
RESULTADOS ANÁLISE DE ÓLEO
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RESULTADOS ANÁLISE DE ÓLEO
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ANÁLISE DA DISPERSÃO DE DADOS DA CURVA DE DESGASTE
METALOGRÁFICA NOS MOTORES
COLHEDORA DE CANA CH 570
FERRARI AGROINDUSTRIAL
50
20
25
(H2O)
30
RESULTADOS ANÁLISES DE ÓLEO - COMPARATIVO
Para Colhedoras sem Válvula EGR: 55,77% das análises apresentam resultados normais e
44,23% apresentam resultados fora dos aceitáveis.
Dos 18 parâmetros analisados, 13 apresentaram alterações dentre todos os equipamentos
deste grupo, num total de 2.808 observações possíveis, foram constatadas 134, representando
4,77% do total.
Para Colhedoras com Válvula EGR: 16,85% das análises apresentaram resultados normais e
83,15% apresentaram resultados fora dos aceitáveis.
Dos 18 parâmetros analisados, 14 apresentaram alterações dentre todos os equipamentos
deste grupo, num total de 1.602 observações possíveis, foram constatadas 200, representando
12,48% do total.
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ANÁLISE DE DESGASTES NOS MOTORES
TRATORES 7J
ENERGÉTICA SANTA HELENA
RESULTADOS ANÁLISE DE ÓLEO
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RESULTADOS ANÁLISE DE ÓLEO
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ANÁLISE DA DISPERSÃO DE DADOS DA CURVA DE DESGASTE
METALOGRÁFICA NOS MOTORES
TRATORES 7J
ENERGÉTICA SANTA HELENA
5
RESULTADOS ANÁLISES DE ÓLEO - COMPARATIVO
Para Tratores sem Válvula EGR: 88,57% das análises apresentam resultados normais e 11,43%
apresentam resultados fora dos aceitáveis.
Dos 18 parâmetros analisados, 5 apresentaram alterações dentre todos os equipamentos
deste grupo, num total de 630 observações possíveis, foram constatadas 7, representando 1,11%
do total.
Para Tratores com Válvula EGR: 7,96% das análises apresentaram resultados normais e 92,04%
apresentaram resultados fora dos aceitáveis.
Dos 18 parâmetros analisados, 8 apresentaram alterações dentre todos os equipamentos
deste grupo, num total de 1.584 observações possíveis, foram constatadas 157, representando
9,91% do total.
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CONCLUSÃO
Entendendo os Resultados
Acúmulo de borras no
coletor de admissão
Contaminantes abrasivos
no coletor de admissão
Tribology
53
Entendendo os Resultados
Tribology
54
CONCLUSÃO
Não temos dúvida nenhuma de que os gases de escape recirculados , no retorno aos
sistemas de admissão e no motor, aumentam consideravelmente o desgaste , a medida que
nesses gases, com partículas abrasivas, passam pelos componentes do motor;
O que constatamos é que nos coletores de admissão dos motores anteriores ao MAR 1,
sempre estavam limpos e secos, sem borras e materiais em forma pastosa;
Nos motores atuais, todos estão incrustados com fuligem, combustível não queimado e
resíduos de HC e esses contaminantes podem ser observados nos coletores de admissão, nas
válvulas e outros componentes dos motores; além de provocar falhas na faixa acima de 5 mil
horas em média, tanto no intercambiador de calor, quanto nos componentes internos.
Esses contaminantes altamente abrasivos aumentam o desgaste e reduzem assim, a
durabilidade dos motores;
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CONCLUSÃO
• Para comprovar que independente das marcas dos fluídos utilizados, desde que dentro das
especificações dos fabricantes, em frotas novas recém-adquiridas, mesmo com a utilização
de óleo lubrificante motor Plus 50 e aditivo de sistema de resfriamento Cool-Gard, as máquinas
apresentam os mesmos problemas de contaminação, como uma colhedora JD CH570, ano
fabricação 2020 da ESH, onde os níveis de desgaste de metais estão muito altos, inclusive com
níveis alto de “K” que indicam problemas de mistura de água no óleo lubrificante e níveis de
“Al” maiores que “Si” que associados aos níveis de “Fe, Cu e Cr” indicam que esse motor terá
sua vida útil reduzida exponencialmente a essa taxa de desgaste;
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CONCLUSÃO
O intervalo de troca de óleo lubrificante do motor na ESH é com 375 horas trabalhadas, tanto para as
colhedoras de cana, quanto aos tratores. São utilizados óleo lubrificante dentro da especificação da
John Deere, na classe API CI4. No caso da Ferrari, o intervalo de troca era de 600 horas em 2020, sendo
que no final da safra passou a 500 horas e nesta safra reduzimos ainda mais para 375 horas trabalhadas,
Uma tese levantada é que em intervalos prolongados atualmente utilizados em algumas empresas do
setor, esse período estendido, embora as condições do óleo permanecia dentro dos padrões, os filtros
não estariam suportando o nível de contaminação e com isso, abrindo a válvula by pass, entretanto, isso
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CONCLUSÃO
O trocador de calor dos gases de escapamento, tem apresentado falhas em diversos
motores, exigindo sua substituição, que é item caro e sem opções de restaurações no
momento.
prematuros nos componentes dos motores, provavelmente pelo projeto do sistema EGR
admitido nesses motores, que de forma prematura, iniciam um desgaste mais acelerado que
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CONCLUSÃO
Para comprovar essa tese, de maneira experimental, na ESH desabilitamos o sistema de
recirculação dos gases em quatro motores de colhedoras e tratores, com “jump” no sistema
para ECU. O resultado foi que nas sequenciais análises de óleos lubrificantes, todos metais
projeto do sistema.
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CONCLUSÃO
Obviamente que esses testes foram feitos experimentalmente, visto que o setor tem uma
conclui-se definitivamente todo trabalho feito ao longo desses anos nesse projeto.
Estritamente essa não é uma recomendação técnica dos profissionais que conduziram esse
trabalho, tampouco do GMEC, que entende essa ação como uma comprovação da tese e
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OBRIGADO