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CONTABILIDADE E AUDITORIA
1º Ano
INSSUPERIORDE INSTITUTO
Beira - Moçambique
Telefone: 23323501
Cel: +258 823055839
Fax: 23323501
E-mail: direcção@isced.ac.mz
Website: www.isced.ac.mz
i
Agradecimentos
Elaborado Por:
Dr. Mateus Vasco Sengueranhe – Licenciado em Planificação, Administração e Gestão da
Educação, pela Universidade Pedagógica – Delegação da Beira e Mestrando em Recursos
Humanos e Gestão do Conhecimento, pela Universidade Internacional do México
ii
Índice
Visão geral 9
Bem-vindo ao Módulo de Fundamentos de Administração............................................. 9
Objectivos do Módulo....................................................................................................... 9
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 9
Como está estruturado este módulo .............................................................................. 10
Ícones de actividade ....................................................................................................... 11
Habilidades de estudo .................................................................................................... 11
Precisa de apoio? ............................................................................................................ 13
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .............................................................................. 14
Avaliação ......................................................................................................................... 14
TEMA – I: Bases Históricas 17
Unidade Temática 1.1. Antecedentes Históricos da Administração .............................. 17
Introdução....................................................................................................................... 17
1.1.1. Antecedentes históricos da Administração ................................................. 17
Sumário ........................................................................................................................... 22
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 22
Exercícios ........................................................................................................................ 23
TEMA –II: Evolução Histórica da Administração 24
Unidade Temática 2.1. As abordagens clássicas............................................................. 24
Introdução....................................................................................................................... 24
2.1.2.A abordagem clássica da administração ...................................................... 25
2.1.2.1. A Teoria de administração Cientifica ................................................... 25
2.1. Administração como Ciência 27
2.2. Organização Racional do Trabalho (ORT): 28
2.3. Princípios da Administração Científica de Taylor: 28
2.4. Outras ideias de Taylor: 29
2.1.2.1.3.Princípios Básicos de Ford: 31
2.1.2.2 A Teoria Clássica da Administração........................................................... 33
Sumário ........................................................................................................................... 38
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 39
Exercícios ........................................................................................................................ 40
Unidade Temática 2.2. As abordagens humanista, neoclássica e estruturalista ........... 41
Introdução....................................................................................................................... 41
2.2.1. A abordagem humanista da administração ................................................ 41
2.2.1.1. A teoria das Relações Humanas ............................................................... 41
2.2.1.2. A abordagem neoclássica ......................................................................... 43
2.2.1.3. A abordagem estruturalista ..................................................................... 44
2.2.1.3.2. A Teoria Estruturalista ........................................................................... 46
iii
Sumário ........................................................................................................................... 47
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 48
Exercícios ........................................................................................................................ 49
Unidade Temática 2.3. As abordagens organizacional e contemporâneas ................... 49
Introdução....................................................................................................................... 49
2.3.1. A abordagem comportamental ................................................................... 49
2.3.2. A Teoria comportamental da administração .............................................. 49
2.3.3. A Teoria do Desenvolvimento Organizacional ............................................ 50
2.3.4. A abordagem sistémica da administração .................................................. 50
2.3.4.1. A Teoria dos Sistemas............................................................................... 51
2.3.5. A abordagem contingencial ................................................................. 53
2.3.6. Novas abordagens da Administração .................................................. 54
Sumário ........................................................................................................................... 55
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 56
Exercícios ........................................................................................................................ 58
Unidade Temática 2.4. Exercícios do Tema .................................................................... 58
TEMA –III: Estudo da Administração 59
Unidade Temática 3.1. Conceitualização de Administração .......................................... 59
Introdução....................................................................................................................... 59
3.1.1. Conceito de Administração ................................................................................... 60
3.1.3. Funções da Administração .......................................................................... 61
3.1.4. Níveis de Administração .............................................................................. 62
3.1.5. Importância da Administração .................................................................... 63
Sumário ........................................................................................................................... 65
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 66
Exercícios ........................................................................................................................ 66
Unidade Temática 3.2. Conceitualização de Administrador .......................................... 67
Introdução....................................................................................................................... 67
3.2.1. Conceito de Administrador ................................................................................... 67
3.2.2. Níveis do Administrador .............................................................................. 68
3.2.3. Habilidades do Administrador ..................................................................... 69
3.2.4. Papeis desempenhados pelo Administrador .............................................. 70
Sumário ........................................................................................................................... 71
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 71
Exercícios ........................................................................................................................ 72
Unidade Temática 3.3. Conceitualização de Organização .............................................. 73
Introdução....................................................................................................................... 73
3.3.1. Conceito de organização....................................................................................... 73
3.3.2.Razões que explicam a existência das organizações .................................... 74
3.3.3.Objectivos organizacionais ........................................................................... 74
3.3. 4.Características das organizações ................................................................. 75
3.3.5. Os recursos organizacionais ........................................................................ 75
3.3.6.Tipos de organizações .................................................................................. 76
3.3.7.Estrutura do funcionamento da organização .............................................. 76
iv
Sumário ........................................................................................................................... 77
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 77
Exercícios ........................................................................................................................ 79
UNIDADE Temática 3.4. Exercícios do tema III ............................................................... 79
TEMA – IV: Ambiente das Organizações 79
UNIDADE Temática 4.1. Ambiente Contextual e de tarefa ............................................ 80
Introdução....................................................................................................................... 80
4.1.1. Conceito de ambiente........................................................................................... 80
4.1.2. Ambiente contextual (Geral) ....................................................................... 80
4.1.3. Ambiente de tarefa ou transaccional .......................................................... 81
6.1.4. Tipologias ambientais .......................................................................... 82
Sumário ........................................................................................................................... 83
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 83
Exercícios ........................................................................................................................ 84
Unidade temática 3.3. Exercícios do tema ......................... Erro! Marcador não definido.
TEMA – V: Funções da Administração 87
Unidade Temática 5.1. Função de Planeamento ............................................................ 87
Introdução....................................................................................................................... 87
5.1.1 Conceito de Planeamento............................................................................ 87
5.1.2. Missão e objectivos ............................................................................. 88
5.1.2.1. A Missão ................................................................................................... 88
5.1.2.2. Os Objectivos ............................................................................................ 89
Características dos objectivos ...................................................................... 89
5.1.3. Princípios do planeamento ................................................................................... 90
5.1.4. Níveis de planeamento................................................................................ 90
5.1.5. O Plano ........................................................................................................ 91
5.1.5.1. Tipos de planos ......................................................................................... 91
5.1.6. O planeamento estratégico ......................................................................... 92
5.1.6.1. Etapas do planeamento estratégico ........................................................ 92
5.1.6.2. Análise SWOT ........................................................................................... 93
5.1.7. O plano estratégico ..................................................................................... 94
Sumário ........................................................................................................................... 94
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 95
Exercícios ........................................................................................................................ 96
UNIDADE Temática 5.2. Função Organização ................................................................. 97
Introdução....................................................................................................................... 97
5.2.1.Conceito de Organização ....................................................................................... 97
5.2.2. Princípios de organização, como função administrativa ............................ 98
5.2.3.1. Funções..................................................................................................... 99
5.2.3.1. Departamentalização ............................................................................... 99
5.2.3.3. A diferenciação ....................................................................................... 102
5.2.4. Responsabilidade, Autoridade e Delegação .............................................. 103
5.2.4.1. A responsabilidade ................................................................................. 103
5.2.4.2. A autoridade ........................................................................................... 103
5.2.4.3. Delegação ............................................................................................... 104
5.2.5. A autoridade de linha, staff e funcional .................................................... 104
5.2.5.1. A autoridade de linha ............................................................................. 104
v
5.2.5.1. A autoridade de staff .............................................................................. 105
5.2.5.3. A autoridade funcional ........................................................................... 106
5.2.6. Centralização e descentralização .............................................................. 107
5.2.6.1. Centralização .......................................................................................... 107
5.2.6.2. Descentralização .................................................................................... 107
5.2.7. Estruturas organizacionais ........................................................................ 108
5.2.8. Tipos de estruturas .................................................................................... 109
Sumário ......................................................................................................................... 111
Exercícios de Auto-Avaliação ........................................................................................ 112
Exercícios ...................................................................................................................... 113
UNIDADE Temática 5.3. Função Direcção..................................................................... 114
Introdução..................................................................................................................... 114
5.3.1.Conceito da função Direcção ............................................................................... 114
5.3.2. Questões de poder e autoridade .............................................................. 115
5.3.2.1. Conceitos de poder, autoridade e influência ......................................... 115
5.3.2.2. Formas de Autoridade ............................................................................ 115
5.3.2.3. Fontes e diferentes tipos de poder ........................................................ 116
5.3.2.4. O uso do poder nas instituições ............................................................. 117
5.3.3. Teorias e Estilos de Liderança ................................................................... 118
5.3.3.1. Conceitos de Líder e Liderança............................................................... 118
5.3.3.2. Tipos de Líderes ...................................................................................... 119
5.3.3.3. Teorias de Liderança .............................................................................. 119
5.3.3.4. Estilos de Liderança ................................................................................ 120
5.3.4. Comunicação em Administração............................................................... 121
5.3.4.2. Processo de Comunicação ...................................................................... 122
5.3.4.3. Formas e Canais de Comunicação .......................................................... 123
5.3.4.4 Barreiras à Comunicação ......................................................................... 124
5.3.5. A Motivação ....................................................................................... 125
5.3.5.2. O ciclo motivacional ............................................................................... 126
5.3.5.3. A teoria das Necessidades Humanas ..................................................... 127
5.3.5.4. A teoria dos dois factores ....................................................................... 129
5.3.5.5. O modelo contingencial ......................................................................... 130
5.3.5.6. A teoria de Expectativa .......................................................................... 131
5.3.6. Gestão de Conflitos ................................................................................... 132
5.3.6.1. Conceito de conflito ............................................................................... 132
5.3.6.2. Causas antecedentes desencadeantes do conflito ................................ 132
5.3.6.3. Tipos de conflitos ................................................................................... 133
5.3.6.4. Níveis de gravidade do conflito .............................................................. 134
5.3.6.5. Técnicas para gerir conflitos................................................................... 134
5.3.6.6. Estratégias para a resolução de conflitos............................................... 135
5.3.6.7. O valor do conflito .................................................................................. 136
5.3.7.O processo de tomada de decisão ............................................................. 137
5.3.7.1. Conceito de decisão ............................................................................... 137
5.3.7.2 Áreas de decisão...................................................................................... 138
5.3.7.3. Tipos de decisões ................................................................................... 138
5.3.7.4. Modelos de tomada de decisão ............................................................. 138
5.3.7.5. Certeza, incerteza e risco associado à decisão ...................................... 140
vi
5.3.7.6. Factores condicionantes da tomada de decisões .................................. 141
5.3.7.7. Tomada de decisões em grupo .............................................................. 141
5.3.7.8. Técnicas de tomada de decisões em grupo ........................................... 142
Sumário ......................................................................................................................... 144
Exercícios de Auto-Avaliação ........................................................................................ 145
Exercícios ...................................................................................................................... 148
UNIDADE Temática 5.4. Função Controlo..................................................................... 149
Introdução..................................................................................................................... 149
5.4.1. Conceito de Controlo .......................................................................................... 149
5.4.2. Processo de controlo ................................................................................. 151
5.4.3. Meios de controlo ..................................................................................... 152
5.4.4. Tipos de controlo ....................................................................................... 152
5.4.5. Reacções negativas ao controlo ................................................................ 154
5.4.6. Acção disciplinar ........................................................................................ 155
Sumário ......................................................................................................................... 156
Exercícios de Auto-Avaliação ........................................................................................ 156
Exercícios ...................................................................................................................... 157
TEMA – VI: Sistemas de Informação 159
Unidade Temática 6.1. Sistemas de Informação .......................................................... 159
Introdução ........................................................................................................... 159
Sumário ......................................................................................................................... 168
Exercícios de Auto-Avaliação ........................................................................................ 169
Exercícios ...................................................................................................................... 170
Unidade Temática 6.2.Exercícios do tema ................................................................... 171
TEMA – VII: Gestão Funcional da Empresa 172
Unidade Temática 7.1. Gestão de funcional da empresa ............................................. 172
Introdução ........................................................................................................... 172
7.1.1.As áreas funcionais da empresa ................................................................. 172
7.1.2. A Gestão do Marketing.............................................................................. 173
7.1.2.1.As actividades que integram o Marketing .............................................. 174
7.1.2.2.Marketing Mix ......................................................................................... 174
7.1.2.Gestão de produção e de stocks ................................................................ 175
7.1.2.1.A organização dos sistemas produtivos .................................................. 175
7.1.2.2. A Gestão dos stocks ................................................................................ 175
Sumário ......................................................................................................................... 177
Exercícios de Auto-Avaliação ........................................................................................ 178
Exercícios ...................................................................................................................... 179
Exercícios do final do módulo ....................................................................................... 180
Bibliografia .................................................................................................................... 182
vii
Visão geral
Objectivos do Módulo
Conceituar Administração.
9
Como está estruturado este módulo
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo,
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta
secção com atenção antes de começar o seu estudo, como
componente de habilidades de estudos.
Conteúdo desta Disciplina / módulo
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez
comporta certo número de unidades temáticas visualizadas por
um sumário. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma
introdução, objectivos, conteúdos. No final de cada unidade
temática ou do próprio tema, são incorporados antes exercícios de
auto-avaliação, só depois é que aparecem os de avaliação. Os
exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros
exercícios teóricos, Problemas não resolvidos e actividades
práticas, algumas incluindo estudo de casos.
Outros recursos
10
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação
Comentários e sugestões
Ícones de actividade
Habilidades de estudo
11
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de
leitura.
12
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo,
estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área
em que está a se formar.
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis
erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas
trocadas ou invertidas, etc.). Nestes casos, contacte os serviços de
atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR),
via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta
participando a preocupação.
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor,
estudante – CR, etc.
As sessões presenciais são um momento em que você caro
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff
do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED
indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza
pedagógica e/ou administrativa.
13
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30%
do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida
em que permite-lhe situar, em termos do grau de aprendizagem
com relação aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se
precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver
hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos
programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade
temática, no módulo.
Avaliação
1
Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária,
propriedade intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização.
14
avaliação do estudante consta detalhada do regulamentado de
avaliação.
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de
frequência para ir aos exames.
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência,
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da
cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois)
trabalhos e 1 (um) (exame).
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados
como ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as
recomendações, a identificação das referências bibliográficas
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de
Avaliação.
15
TEMA – I: Bases Históricas
Introdução
Vai-se iniciar o estudo da 1ª unidade da disciplina de Fundamentos de
Administração. Nesta, conhecerá as bases históricas que marcaram o
surgimento da administração. Os primeiros passos e influência que
sofreu no seu percurso de formação.
17
O pensamento administrativo foi fortemente influenciado pelos
filósofos gregos, como Platão (429 a. C. – 347 a. C.) discípulo de
Sócrates, e Aristóteles (384 a. C. – 322 a. C.), discípulo de Platão.
(CHIAVENATO, 2003)
18
pensamento administrativo. Os principais serão relatados logo abaixo:
Francis Bacon (1561 – 1626): filósofo e estadista inglês, considerado
um dos pioneiros do pensamento científico moderno, fundador da
Lógica Moderna baseado no método experimental e indutivo (do
específico para o geral) CHIAVENATO (2003).
19
Um outro importante teórico que tratou do tema é Jean-Jacques
Rosseau (1927-1778), que, ao desenvolver a teoria do contrato social
afirma: o Estado surge de um acordo de vontades.
20
Nicolau Maquiavel (1469 – 1527): historiador e filósofo político
italiano, no seu livro mais famoso, “O Príncipe” (escrito em 1513 e
publicado em 1532) refere-se à forma de como um governante deve
se comportar. Maquiavel pode ser entendido “como um analista do
poder e do comportamento dos dirigentes em organizações
complexas”. Certos princípios simplificados que sofreram
popularização estão associados a Maquiavel (observe-se o adjectivo
maquiavélico).
Sumário
Exercícios de Auto-Avaliação
22
Resposta: Sócrates, Platão e Aristóteles.
2. Explique, como foi a contribuição de Platão em a república
para o pensamento Administrativo.
Resposta: Na sua obra “a Republica”, Platão propõe um
movimento de democracia administrativa, inclusive das contas e
impostos públicos.
3. Identifique os conceitos ligados a organização para o advento
da administração.
Resposta: organização formal, Organização linear, Princípio da
centralização e descentralização, Staff, responsabilidade de linha;
Princípio da direcção e disciplina, pensamento estratégico,
incertezas.
4. Explique as mudanças provocadas como resultado da eclosão
da Revolução Industrial.
Resposta:
O crescimento acelerado e desorganizado das
empresas, que exigiu uma Administração científica,
capaz de substituir o empirismo e a improvisação; e
A necessidade de maior eficiência e produtividade das
empresas para fazer face à concorrência e competição
no mercado.
5. Diferencie o método dedutivo do indutivo.
Resposta: indutivo – as suas conclusões partem do específico para
o geral, enquanto o método dedutivo tem inferências que partem
do geral ao específico.
6. Aristóteles diferenciou 3 formas de administração pública.
Enuncie-as.
Respostas: As três formas de administração pública: Monarquia,
Aristocracia e Democracia.
Exercícios
23
TEMA –II: Evolução Histórica da Administração
Introdução
Vai-se iniciar o estudo da 2ª unidade do tema II, onde irá conhecer
todo o pacote da evolução história da administração e as principais
abordagens de administração, desde os tempos mais recuados.
24
objectivos. Encontramos a teoria Neoclássica da
Administração.
Abordagem estruturalista: preocupa-se com os aspectos
internos da organização e, recentemente, também com os
aspectos externos. Encontramos nesta abordagem as teorias
da burocracia e estruturalista;
Abordagem comportamental: preocupa-se com o
comportamento global da empresa. Encontramos nesta
abordagem a teoria comportamental da Administração e a
teoria do desenvolvimento organizacional (DO).
Abordagem sistémica: aborda a empresa como um sistema
aberto, em contínua interacção com o meio ambiente.
Encontramos nesta abordagem a teoria Matemática da
Administração, a tecnologia e Administração e a teoria dos
sistemas.
Abordagem contingencial: aborda a empresa e a sua
administração como variáveis dependentes do que ocorre no
meio externo. Encontramos a teoria contingencial da
administração.
25
Foto 1. Frederick Winslow Taylor (1856-1915), o criador da Teoria
Cientifica de Administração, considerado pai da Administração.
26
de operários;
O sistema defeituoso de Administração que força os
operários à ociosidade no trabalho;
Os métodos ineficientes utilizados nas empresas, com os
quais o operário desperdiça grande parte de seu tempo e
esforço.
2. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do
tempo necessário para sua realização;
3. Falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho.
Para sanar esses problemas, Taylor idealizou a organização racional do
trabalho (ORT) como uma primeira tentativa de aplicar métodos
científicos à administração.
27
O principal objectivo da Administração é assegurar o máximo de
prosperidade ao padrão e, ao mesmo tempo, o máximo de
prosperidade ao empregado. O princípio da máxima prosperidade
para o patrão acompanhada da máxima prosperidade para o
empregado deve ser os dois fins principais da Administração. Assim,
deve haver uma identidade de interesses entre empregados e
empregadores.
28
trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e
treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o
método planejado. Preparar também máquinas e
equipamentos através do arranjo físico e disposição
racional das ferramentas e materiais;
3. Princípio do controle: Controlar o trabalho para se certificar
de que este está sendo executado de acordo com os
métodos estabelecidos e segundo o plano previsto. A
gerência deve cooperar com os trabalhadores para que a
execução seja a melhor possível;
4. Princípio da execução: Distribuir distintamente atribuições
e responsabilidades para que a execução do trabalho seja
disciplinada.
Com estes princípios, Taylor introduziu as 4 funções da administração,
a saber: o planeamento, a organização, a direcção e o controlo.
Além dos quatro princípios explícitos que vimos agora, Taylor divulgou
e defendeu diversas outras ideias muito importantes, e muitas
praticadas até hoje:
1. Estudar o trabalho dos operários, decompondo em seus
movimentos elementares e cronometrando para, após uma
análise cuidadosa, eliminar ou reduzir os movimentos
inúteis e racionalizar os movimentos úteis;
2. Estudar cada trabalho antes de fixar o modo como deverá
ser executado;
3. Seleccionar cientificamente os trabalhadores de acordo
com as tarefas que serão atribuídas;
4. Dar aos trabalhadores instruções técnicas sobre o modo de
trabalhar, ou seja, treiná-los adequadamente;
5. Separar as funções de preparo e as de execução, com
atribuições precisas e delimitadas;
6. Especializar e treinar os trabalhadores, tanto no preparo e
no controle do trabalho quanto em sua execução;
7. Preparar a produção, ou seja, planeá-la e estabelecer
prémios e incentivos para quando forem atingidos os
padrões estabelecidos e prémios e incentivos maiores para
quando os padrões forem ultrapassados;
8. Padronizar utensílios, materiais, maquinário, equipamento
e métodos e processos de trabalho a serem utilizados;
9. Dividir proporcionalmente (entre a empresa, accionistas,
29
trabalhadores e consumidores) as vantagens resultantes do
aumento da produção proporcionado pela racionalização;
10. Controlar a execução do trabalho, para manté-lo nos níveis
desejados, aperfeiçoá-lo, corrigi-lo e premiá-lo;
11. Classificar de forma prática e simples os equipamentos,
processos e materiais a serem empregados ou produzidos,
de forma a facilitar seu uso.
30
2.1.2.1.3.Princípios Básicos de Ford:
31
equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do
produto no mercado.
2. Princípio de economicidade: Consiste em reduzir ao mínimo o
volume do stock da matéria-prima em transformação, fazendo
com que o automóvel fosse pago à empresa antes de vencido o
prazo de pagamento da matéria-prima adquirida e dos salários.
A velocidade de produção deve ser rápida: “o minério sai da
mina no sábado e é entregue sob a forma de um carro, ao
consumidor, na terça-feira, à tarde”.
3. Princípio de produtividade: Aumentar a capacidade de
produção do homem no mesmo período (produtividade) por
meio da especialização e da linha de montagem. O operário
ganha mais e o empresário tem maior produção.
32
científica para comprovara as suas teses;
33
de Administração no livro Administration Industrielle et Générale,
publicado em 1916. Seu trabalho, antes da tradução para inglês, foi
divulgado por Urwick e Gulick, dois autores clássicos.
34
Fayol salienta que toda empresa apresenta seis funções, a saber:
a) Funções técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de
serviços da empresa.
b) Funções comerciais: relacionadas com a compra, venda e
permutação.
c) Funções financeiras: relacionadas com a procura e gerência de
capitais.
d) Funções de segurança: relacionadas com a protecção e preservação
dos bens e das pessoas.
e) Funções contábeis: relacionadas com inventários, registos,
balanços, custos e estatísticas.
f) Funções administrativas: relacionadas com a integração de cúpula
das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam e
sincronizam as demais funções da empresa, pairando sempre acima
delas.
Com o anúncio destas funções, Fayol pretende mostrar que de todas
as seis funções, as administrativas devem ter um tratamento especial,
pois são elas que fazem que as demais funções sejam viabilizadas.
35
Centralização: Refere-se à concentração da autoridade no topo
da hierarquia da organização.
Cadeia escalar: É a linha de autoridade que vai do escalão mais
alto ao mais baixo em função do princípio do comando.
Ordem: Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a
ordem material e humana.
Equidade: Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do
pessoal.
Estabilidade dos funcionários: A rotatividade do pessoal é
prejudicial para a eficiência da organização. Quanto mais
tempo uma pessoa permanecer no cargo, tanto melhor para a
empresa.
Iniciativa: A capacidade de visualizar um plano e assegurar
pessoalmente o seu sucesso.
Espírito de equipa: A harmonia e união entre as pessoas são
grandes forças para a organização.
36
A divisão do trabalho no sentido horizontal que assegura união e
equilíbrio é chamada departamentalização: refere-se à especialização
horizontal da organização. A homogeneidade na organização é obtida
quando são reunidos, na mesma unidade, todos os que estiverem
executando o mesmo trabalho, pelo mesmo processo, para a mesma
clientela, no mesmo lugar.
Qualquer um desses quatro factores – função, processo, clientela,
localização – proporciona respectivamente departamentalização por
função, por processo, por clientela ou por localização geográfica.
37
g) Orçamento (budgeting): é a função relacionada à
elaboração, execução e fiscalização orçamentárias, ou
seja, o plano fiscal, a contabilidade e o controle.
Limitações:
- Abordagem da organização formal de forma simplificada, sem
considerar o seu conteúdo psicológico;
- Ausência da experimentação;
- Insistiu na divisão mecanicista do trabalho
-Abordagem incompleta da organização
-Abordagem de sistema fechado.
Sumário
Exercícios de Auto-Avaliação
39
os seguintes: mecanicismo da administração científica,
super especialização do operário, visão microscópica do
homem, ausência de comprovação científica, abordagem
incompleta da organização, a limitação do campo de
aplicação, abordagem prescritiva e normativa, e
abordagem de sistema fechado.
Exercícios
40
6. Enumere os méritos da teoria clássica da administração.
7. Quais as limitações da teoria clássica da Administração?
Introdução
Esta unidade tem como finalidade desenvolver a visão humanista da
evolução histórica da Administração, da qual desenvolveremos
pensamento dos pensadores da época.
41
A necessidade de humanizar a Administração, libertando-a dos
conceitos rígidos e mecanicistas das Teorias Clássicas;
O Desenvolvimento das ciências humanas, com destaque para
a Psicologia e a Sociologia;
As ideias pragmáticas de John Dewey e da Psicologia de
Dinâmica de Kurt Lewis; e
As conclusões da experiência de Howthorne desenvolvida por
Elton Mayo e seus colaboradores.
É daí que:
Surgem as teorias motivacionais (hierarquia das necessidades
de Maslow e teoria dos dois factores de Hezberg);
Surgem as teorias sobre a liderança (dos traços, estilos de
liderança, etc.);
42
A comunicação passa a ser tida como actividade administrativa
que proporciona informação e promove a motivação, a
cooperação e a satisfação nos cargos;
A organização informal é tida como a mais importante que a
formal; e
A Dinâmica do grupo, que é resultado da interacção dinâmica
entre pessoas que se percebem psicologicamente como
membros de um grupo é enfatizada
Aspectos negativos:
Inadequada visualização dos problemas de relações industriais;
Concepção ingénua e romântica do operário (imaginar o
trabalhador feliz, produtivo e integrado no ambiente de
trabalho);
Limitação do campo experimental, apenas à fábrica;
Parcialidade das suas conclusões, restringindo-se à organização
informal.
43
4. Diversidade das organizações: pequenas, médias e grandes;
públicas e privadas; empresas de diversos tipos, como
indústrias, prestação de serviços, instituições religiosas,
partidos, etc.
5. Análise inter-organizacional: relacionamento entre a
organização e o seu ambiente.
A abordagem neoclássica também se preocupa com o ambiente
organizacional, autoridade, responsabilidade, delegação,
centralização e descentralização; estratégia e conflitos
organizacionais.
44
2.2.1.3.1. A Teoria da Burocracia
Características da burocracia:
Carácter legal: legislação (normas e regulamentos);
Carácter formal da comunicação: existência de linhas formais
de comunicação, que deve ser feita por escrito;
Carácter racional e divisão do trabalho: atribuição de papéis de
cada participante;
Impessoalidade nas relações: distribuição de tarefas em termos
de cargos e não de pessoas envolvidas;
Hierarquia de autoridade: os cargos são estabelecidos segundo
o princípio da hierarquia;
Rotinas e procedimentos padronizados: fixação de regras e
normas técnicas;
Competência técnica e meritocracia: a escolha das pessoas é
baseada no mérito e na competência;
Especialização da Administração: separação entre a
propriedade e Administração;
Profissionalização dos participantes: tornar os trabalhadores
em especialistas, assalariados, de acordo com a função;
45
Completa previsibilidade do funcionamento: o comportamento
dos membros é perfeitamente previsível, de acordo com as
normas e regulamentos.
Disfunções da burocracia
Disfunções da burocracia são anomalias e imperfeições de
funcionamento da burocracia decorrentes do desvio exagerado de
cada uma das características do modelo burocrático.
São seguintes, as disfunções da burocracia:
Internalização das regras e apego aos regulamentos;
Excesso de formalismo e de papelório;
Resistência às mudanças;
Despersonalização do relacionamento: conhecer pelo cargo e
não pelo nome;
Categorização como base do processo decisório;
Super conformidade às rotinas e aos procedimentos;
Exibição de sinais de autoridade (uniforme, localização da sala,
etc.); e
Dificuldades no atendimento aos clientes e conflitos com o
público devido às rotinas.
46
Tipos de organização (organização formal e informal);
Recompensas materiais (salário) e sociais (símbolos da
posição);
Níveis da organização: defendem os níveis institucional,
gerencial e técnico;
Diversificação das organizações: pequenas, médias e
grandes; públicas e privadas; indústrias, prestação de
serviço, filantrópicas, etc;
Análise inter-organizacional: relacionamento entre a
organização e o seu meio ambiente.
Sumário
47
burocracia são, de entre tantas, carácter legal, carácter formal da
comunicação, carácter racional e divisão do trabalho, impessoalidade
nas relações, hierarquia de autoridade, rotinas e procedimentos
padronizados, competência técnica e meritocracia, especialização da
administração, profissionalização dos participantes e completa
previsibilidade do funcionamento.
Exercícios de Auto-Avaliação
48
Exercícios
Introdução
Esta unidade tem como finalidade desenvolver a visão organizacional e
contemporânea da evolução histórica da Administração, da qual
desenvolveremos pensamento dos pensadores da época.
49
A Teoria comportamental da Administração aborda as ciências do
comportamento. No lugar das posições normativas e prescritivas das
Teorias Clássicas, das relações humanas e da burocracia, adopta uma
posição prescritiva e descritiva que enfatiza as pessoas dentro de um
contexto organizacional mais amplo.
2
Cultura organizacional é o sistema de crenças e valores compartilhados que se
desenvolve dentro de uma organização ou dentro de uma subunidade. Ela guia e
orienta o comportamento dos seus membros (Chiavenato, 2003)
3
Clima organizacional é o ambiente psicológico existente na organização em
resultado do estado motivacional das pessoas (Chiavenato, 2003)
50
Na óptica de Chiavenato (2003), a abordagem sistémica surgiu com os
estudos do Biólogo Alemão Ludwig V. Bertalanffy por volta da década
de 50.
4
Entropia significa desagregação do sistema devido à falta de amarração das partes
que o compõe.
5
Sinergia significa uma forma de combinação das partes que provoca e produz um
resultado multiplicador e potenciador.
51
Ambiente.
Entradas (Inputs):
Processamento Saidas (outputs)
Materias-primas
(transformação): Produto/service
Rec. humanos
Actividade dos Resultados
Rec. Financeiros
trabalhadores Informações
Tecnologia
Actividades de gestão Resultados
Informação
Tecnologia e métodos de humanos
Retroacção (feedback)
produção
Principais enfoques:
i. Características da Administração sistémica:
Importância que é dada às redes de comunicação entre os
órgãos ou as pessoas da organização.
Visão total e integrada da organização e dos seus objectivos
globais.
A estrutura organizacional, os níveis hierárquicos e os limites
entre os diferentes órgãos da organização tornam-se
secundários.
Importância que é dada à informação e aos meios de
processamento de dados e informações dentro da organização.
Pode ser aplicada a qualquer tipo ou tamanho da organização.
Quanto à natureza:
Abertos: interagem com o meio ambiente por meio de
entradas e saídas. Mudam com o tempo e adaptam-se
ao ambiente;
Fechados: não interagem com o meio ambiente.
53
Por isso, as empresas, segundo essa teoria devem ser geridas num
contexto do sistema orgânico de gestão, que se caracteriza por ser
muito flexível, menos estruturado, permitindo uma maior influência
dos trabalhadores na tomada de decisões.
54
gestão como outsourcing, reengenharia e donwsizing.
b) Quanto aos trabalhadores: maior responsabilização aos
trabalhadores em relação ao seu empenho e a sua contribuição
para o desempenho da organização como um todo; maior nível
de participação dos trabalhadores nas decisões de gestão, e
desenvolvimento do conhecimento e competências dos
recursos humanos e com a promoção da sua capacidade de
aprendizagem como verdadeiras fontes de vantagem
competitiva.
Outsourcing (terciarização)
Acontece quando uma operação interna da empresa é transferida para
outra empresa que consiga faze-la melhor e mais barato. Trata-se da
simplificação da estrutura e do processo decisório da empresa.
Reengenharia
Redesenho radical dos processos empresariais para cortar despesas,
reduzir custos, melhorar a qualidade e os serviços, e maximizar
benefícios da tecnologia de informação.
Downsizing (enxugamento)
Redução de níveis hierárquicos de uma organização para manter o
essencial e a aproximação da base em relação à cúpula. Geralmente é
acompanhada da descentralização.
Sumário
Exercícios de Auto-Avaliação
56
Resposta – teoria comportamental e teoria do
desenvolvimento organizacional.
5. O que é um sistema?
Resposta – um sistema é um conjunto de partes relacionadas entre si
para atingir determinado objectivo.
6. Mencione as teorias que se desenvolveram na abordagem
sistémica.
Resposta – A abordagem sistémica é desenvolvida em três teorias, a
saber: tecnologia e administração, teoria Matemática da
Administração e teoria dos Sistemas.
7. O que defende a teoria contingencial?
Resposta - a teoria contingencial defende que a organização e a
sua administração são variáveis dependentes do que ocorre no
meio ambiente externo. À medida que o meio ambiente muda,
também ocorrem mudanças na empresa e na sua administração.
8. O que enfatiza a teoria contingencial?
Resposta - A Teoria da Contingência enfatiza que não há nada de
absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é
relativo. Tudo depende, concordando com todas as teorias
anteriormente formuladas.
9. Mencione os factores que estão na origem de constantes
mudanças no ambiente.
Resposta - os factores que estão na origem de constantes
mudanças no ambiente são: globalização dos mercados (extensão
de uma organização para outros ambientes gradativamente mais
amplos); concorrência transnacional; aumento do rendimento;
aumento da instrução; desregulamentação e harmonização
legislativa; e aceleração de inovação.
57
10. Quando ocorre o outsourcing?
Resposta – o outsourcing ocorre quando uma operação interna da
empresa é transferida para outra empresa que consiga faze-la
melhor mais barato.
Exercícios
58
Caso 3 - O problema de Waldemar Lemos
Diante dos problemas existentes na sua indústria, Waldemar Lemos
solicitou a assessoria de um consultor de empresas. Depois de um
cuidadoso diagnóstico da situação da indústria, o consultor elaborou
um longo relatório no qual mencionava, entre outras coisas, que a
empresa somente se preocupava com a sua área industrial, que a
visão predominante na empresa era tipicamente mecanicista, com
uma abordagem de sistema fechado, que os operários eram super
especializados, os gerentes tinham uma visão microscópica dos seus
subordinados. Os gerentes, ainda se preocupavam mais em como
fazer as coisas do que com o que fazer. (texto extraído de Chiavenato,
2003, p.73).
a) Identifique a teoria administrativa que a gerência estava a
usar na empresa de Waldemar Lopes. Justifique.
b) Em que abordagem se enquadra essa teoria? Que outras
teorias se enquadram nessa abordagem?
c) O que recomendaria ao senhor Waldemar Lopes, se
entendesse que deveria gerir a sua empresa no espírito da
abordagem humanista?
d) O que recomendaria ao senhor Waldemar, para que a
empresa fosse abordada numa visão de sistema aberto?
e) Diante das situações que são descritas pela assessoria,
consta que a empresa do senhor Waldemar deve efectuar
mudanças. Identifique a teoria que o orientaria nesse
sentido.
f) Que soluções emergentes sugeriria ao senhor Waldemar
para reduzir os custos e obter mais rendimentos, de forma
a manter-se no mercado?
59
Definir a administração;
Identificar os objectivos da administração;
Objectivos Conhecer as funções da administração;
Entender os níveis de administração;
Analisar a importância da administração.
60
Figura 2: Eficiência e eficácia
Meios Fins
EFICIÊNCIA EFICÁCIA
ALCANCE
Baixo Alto
D AS
desperdício alcance
METAS
Fonte: ROBBINS e DECENZO (2004)
61
cumpridos os objectivos planificados.
Direcção: é o processo de determinar ou afectar, influenciar
o comportamento dos outros.
Controlo: é o processo de comparação do actual
desempenho da organização com padrões previamente
estabelecidos, apontando as eventuais acções correctivas.
62
actividade dos gestores traduz-se fundamentalmente na
execução de rotinas e procedimentos.
Figura 4: Níveis de Administração
Nível institucional
Nível intermédio
Nível operacional
tra (2005)
Fonte: TEIXEIRA
64
organização jamais será ignorada pelos outros: consumidores,
fornecedores, imprensa, sindicatos, governo, etc., e isso
influenciará seu comportamento.
Sumário
65
Exercícios de Auto-Avaliação
66
importância da administração.
5. Ao seu ver, qual o maior desafio para o Administrador em seu
futuro? Comente sobre isso.
6. Fale da sofisticação tecnológica como um desafio futuro da
Administração
Introdução
Conceituar administrador;
Objectivos Localizar os administradores nos respectivos níveis;
Identificar as habilidades do administrador;
Entender os diferentes papéis desempenhados pelos
administradores.
67
(administradores ou gerentes) desempenham um mandato, ou seja,
têm autoridade e responsabilidade durante um período. Ou seja, os
administradores também podem ser designados de gerentes.
68
Figura 5. Níveis dos administradores
Gestores de topo
Gestores intermédios
Gestores de 1ª linha
Trabalhadores em geral
Fonte: tra
SANTOS (2008)
6
Alguns autores chamam de aptidões e outros de competências. Os significados são
praticamente iguais.
69
de construir uma base de poder e de estabelecer as conexões
certas.
70
Figura 6: Papeis desempenhados pelos administradores
Sumário
Exercícios de Auto-Avaliação
71
linha.
3. Caracterize os administradores de topo.
Resposta – Os administradores de topo: são os gestores
encarregues de tomar as decisões de âmbito mais geral e que
definem as politicas e estratégias que afectam toda a
organização. Localizam-se no nível institucional, onde
predomina a componente estratégica.
4. Caracterize os administradores intermédios.
Resposta – Os administradores intermédios: conhecidos por
gestores departamentais ou funcionais, são gestores que
planeiam, organizam, lideram e controlam outros gestores e
que, eles próprios são objecto de supervisão. Localizam-se no
nível intermédio, onde predomina a componente táctica.
5. Caracterize os administradores de 3ª linha.
Resposta - os administradores de 1ª linha: também designados
por supervisores ou capatazes, integram o nível hierárquico mais
baixo da administração (operacional).
6. Quais são as habilidade que são requeridas aos
administradores?
Resposta – As habilidades que são requeridas aos administradores
são: conceituais, humanas e técnicas.
7. Mencione os papéis desempenhados pelos administradores no
grupo interpessoal.
Resposta – no grupo interpessoal, os administradores
desempenham os papéis de figurativo ou figura de proa; líder; e
ligação.
8. Mencione os papéis desempenhados pelos administradores no
grupo informacional.
Resposta – no grupo informacional, os administradores
desempenham os papéis de monitor; disseminador; e
transmissor ou porta-voz.
9. Mencione os papéis desempenhados pelos administradores no
grupo decisorial.
Respostas – no grupo decisorial, os administradores
desempenham os papéis de empreendedor; solucionador de
distúrbios; Administrador de recursos; e Negociador.
Exercícios
1. Relacione os níveis dos administradores com as habilidades dos
administradores, predominantes em cada um dos níveis.
2. Pesquise na sua faculdade e desenhe uma pirâmide, onde
localize os administradores nos respectivos níveis.
3. Pesquise sobre os papéis que os administradores de cada nível
desempenham.
4. Concorda com a posição de Robbins e Decenzo quando se
referem de habilidades
72
políticas? Discuta com o seu grupo e justifique a posição que
tiver obtido.
5. Concorda com a posição de Mintziberg, quando afirma que
actualmente os administradores não mais realizam as suas
funções tradicionais de planificar, organizar, dirigir e controlo,
mas sim, desempenham um conjunto de 10 papéis, que
acabamos de analisar? Justifique, tendo em conta a sua
experiencia no local onde trabalhas ou experiencia pessoal
exercendo as funções de administrador.
6. Explique o conteúdo de cada um dos papéis desempenhados
pelos administradores.
Introdução
Nesta unidade, Vamos estudar o palco onde se desenvolvem as
actividades de administração – as organizações. Nesta, conhecerá a
organização como instituição, nos seus diversos aspectos, que lhe
configuram como locais de concentração de pessoas que estão para
cumprir objectivos.
73
da organização” (MEGGINSON, ET ALL, 1988).
3.3.3.Objectivos organizacionais
74
CHIAVENATO (2004) afirma que um objectivo é uma situação desejada
que uma organização deseja alcançar, por isso, a sua razão de ser é
servir esses objectivos. Para esse autor, os objectivos de qualquer
organização, geralmente são:
Proporcionar satisfação das necessidades de bens e serviços da
sociedade.
Proporcionar emprego produtivo para todos os factores de
produção (natureza, capital e trabalho).
Aumentar o bem-estar da sociedade através do uso económico
dos factores de produção e de recursos.
Proporcionar um retorno justo aos factores de entrada.
Proporcionar um clima em que as pessoas possam satisfazer
uma variedade de necessidades humanas normais.
75
3.3.6.Tipos de organizações
b) Públicas e privadas:
i. As organizações públicas são criadas e geridas pelo Estado e
existem para satisfazer as necessidades colectivas da
sociedade. São criadas por lei e são de responsabilidade do
Estado.
ii. As organizações privadas são de propriedade particular, ou
seja, de indivíduos (pessoas físicas) ou de grupos (pessoas
jurídicas). O seu objectivo é produzir bens e serviços para obter
lucro.
c) Simples e complexas:
i. As organizações simples são de dimensão reduzida, com uma
estrutura linear, onde normalmente o dono assume a chefia da
empresa.
ii. As organizações complexas são as que, pela sua dimensão,
possuem uma estrutura complexa e vários níveis hierárquicos,
resultante do número elevado dos seus membros e da própria
complexidade das instalações, que em alguns casos se
localizam em áreas geográficas diferentes.
76
Figura 1: organograma de uma organização
Director de Produção
Operários
Sumário
Exercícios de Auto-Avaliação
77
alcançar os objectivos da organização
2. Explique as razões que explicam a existência das organizações.
Resposta: As razoõs que explicam a existência das organizações
são:
i) Razões sociais: as pessoas como seres gregários, organizam-se
pela necessidade de relacionamento com outras pessoas.
ii) Razões materiais: as pessoas se organizam para alcançar três
coisas, que isoladamente jamais conseguiriam,
nomeadamente, o aumento de habilidades, a redução de
tempo e a acumulação de conhecimento.
iii) Efeito de sinergia: as organizações apresentam um efeito
multiplicador das actividades dos seus membros, por isso,
o resultado da tarefa organizacional é mais do que a
simples soma das tarefas individuais.
3. Mencione as características das organizações.
Resposta: As características das organizações são: Toda a
organização tem um propósito e é composta por pessoas
agrupadas de determinada maneira; nenhum propósito ou meta
pode ser alcançado sem pessoas tomando decisões para
estabelecer o propósito e desempenhar várias actividades a fim de
transformar a meta em realidade; e todas as organizações
desenvolvem uma estrutura sistemática que define e limita o
comportamento dos seus membros.
4. Quais são os recursos básicos que as organizações utilizam para
operarem?
Resposta: Os recursos básicos que as organizações utilizam para
operar são materiais, financeiros e humanos.
5. Refira-te dos vários tipos de organizações que estudou.
Resposta: As organizações podem ser classificadas em
Organizações formais e informais; organizações públicas e
privadas; e simples e complexas.
6. O que é uma estrutura? Como se representa?
Resposta: A estrutura organizacional é a maneira pela qual os
órgãos e os cargos estão distribuídos nos diversos níveis
hierárquicos e nos diversos departamentos. Ela é representada
graficamente por meio de um organograma ou organigrama.
78
Exercícios
1. Descreva as razões materiais que explicam a existência das
organizações.
2. Dos recursos organizacionais que aprendeu, qual deles é o mais
importante? Discuta com os seus colegas do grupo.
3. Qual é o tipo de organização a que pertence a sua faculdade?
Por quê?
4. Desenhe a estrutura organizacional do seu instituto e compare
um cargo de um órgão.
5. O que é uma estrutura? Como se representa?
6. Diferencie organização formal da informal
1. Conceitua a Administração?
2. Explique os objectivos da administração.
3. Mencione e explique as funções da administração.
4. Qual é a importância da administração?
5. Diferencie a eficiência da eficácia.
6. Quais são as habilidade que são requeridas aos
administradores?
7. Indique os 10 papéis desempenhados pelos administradores.
8. Relacione os níveis dos administradores com as habilidades dos
administradores predominantes em cada um dos níveis.
9. Pesquise na sua faculdade e desenhe uma pirâmide, onde
localize os administradores nos respectivos níveis.
10. Defina organização.
11. Enuncie os objectivos organizacionais.
12. Mencione as características das organizações.
13. Diferencie organização formal da informal
79
UNIDADE Temática 4.1. Ambiente Contextual e de tarefa
Introdução
Definir ambiente;
Objectivos Identificar as condições comuns que afectam o ambiente
contextual ou Geral;
Explicar os elementos constituintes do ambiente de tarefa ou
transaccional;
Entender as diferentes tipologias de ambiente;
80
maneira). Ele é constituído por um conjunto de condições comuns
para todas as organizações, a saber:
Condições tecnológicas: invenções técnicas;
Condições legais: legislação diversa (económica, tributária,
laboral, da concorrência, comércio externo, ambiental, de
consumo, etc.);
Condições políticas: clima político e ideológico geral,
estabilidade ou instabilidade política, económica, fiscal, de
emprego, saúde pública, educação, etc.
Condições económicas: nível de actividades económicas do
país ou região, distribuição de rendimento per-capita,
tendência inflacionista, PIB, taxa de juro, taxa de desemprego,
mercado de capitais, etc.
Condições demográficas: densidade populacional, mobilidade
interna, taxa de crescimento demográfico, taxa de natalidade,
esperança média de vida, composição etária, distribuição
geográfica da população, distribuição da população por sexo,
idade, religião, etc.
Condições sociais: segmentos sociais e económicos, condições
de vida, comportamentos de consumo, características
ideológicas, estilos de vida, nível de conflituosidade social,
associativismo, etc.
Condições ecológicas: condições físicas e geográficas, como o
clima, o relevo, terreno, a vegetação, etc.
Condições culturais: taxa de alfabetização, níveis educacionais,
meios de comunicação, crenças e valores, costumes e
tradições, etc.
Sumário
Exercícios de Auto-Avaliação
83
2. Diferencie o ambiente geral do ambiente de tarefa.
Resposta – o ambiente geral é o ambiente genérico e comum a
todas as organizações. Tudo o que nele acontece, afecta directa ou
indirectamente todas as organizações de maneira genérica,
enquanto o ambiente de tarefa é o ambiente composto pelos
elementos que mais de perto se envolvem em transacções directas
com a organização, ou com o sector em que esta desenvolve a sua
actividade.
3. Explique as condições que influenciam o ambiente geral.
Resposta – as condições que influenciam o ambiente geral são:
condições tecnológicas, condições políticas, condições económicas,
condições demográficas, condições sociais, condições ecológicas, e
condições culturais.
4. Nomeie os elementos do ambiente de tarefa.
Resposta – os elementos do ambiente de tarefa são: clientes, os
concorrentes, os fornecedores, e grupos de interesse
(stakeholders).
5. Classifique o ambiente de acordo com a sua estrutura.
Resposta - de acordo com a sua estrutura, o ambiente pode ser
homogéneo ou heterogéneo. É homogéneo quando há pouca
mistura de mercados; e é heterogéneo quando existe
diferenciamento múltiplo nos mercados.
6. Classifique o ambiente de acordo com a sua dinâmica.
Resposta - De acordo com sua dinâmica o ambiente pode ser
estável ou instável. É estável quando quase não ocorrem
mudanças e, quando ocorrem são previsíveis e é instável quando
há mudanças o tempo inteiro, que geram a incerteza. (Inovação e
Criatividade, ênfase na eficácia, reacções variadas e inovadoras,
etc.).
Exercícios
Caso prático 4
O NOVO ADMINISTRADOR DA FERTEX
O Dr. Júlio Dias acaba de ingressar no conselho de administração da
FERTEX, uma indústria têxtil de média dimensão que se dedica ao
fabrico de tecidos em lã e algodão na região do Vale do Ave. Como
nenhum dos outros administradores se considera vocacionado para
conduzir estudos de planeamento e análise estratégica, conseguiram
convence-lo a responsabilizar-se pela análise do ambiente e dos
recursos da empresa com vista ao lançamento de um programa de
definição de objectivos a longo prazo. Júlio começou por argumentar
que a sua experiência de gestão tinha sido adquirida no sector
hospitalar, onde tinha sido administrador de três hospitais em
pequenas cidades da província. Mas acabou por aceitar, depois de um
dos novos colegas ter insistido, referindo que ainda recentemente,
num seminário de gestão, o formador
84
tinha defendido que basicamente os problemas fundamentais do
planeamento são semelhantes, quer se trate de uma empresa, quer de
uma organização sem fins lucrativos. O que é importante é verificar
quais são as variáveis ambientais com maior impacto na evolução da
empresa. (Extraído de TEIXEIRA, 2005)
Questões:
1. Concorda com o colega do Dr. Júlio Dias? Justifique.
2. Em que é que o ambiente de um hospital público da província é
diferente ou semelhante de uma empresa têxtil no vale do
Ave? Justifique, tendo como base os ambientes geral e de
tarefa.
3. No ambiente de tarefa defina cliente.
4. Diferencie ambiente estável do instável.
5. Fale do ambiente contextual da organização.
6. Fale do ambiente transaccional da organização
Caso 4
O NOVO ADMINISTRADOR DA FERTEX
O Dr. Júlio Dias acaba de ingressar no conselho de administração da
FERTEX, uma indústria têxtil de média dimensão que se dedica ao
fabrico de tecidos em lã e algodão na região do Vale do Ave. Como
nenhum dos outros administradores se considera vocacionado para
conduzir estudos de planeamento e análise estratégica, conseguiram
convence-lo a responsabilizar-se pela análise do ambiente e dos
recursos da empresa com vista ao lançamento de um programa de
definição de objectivos a longo prazo. Júlio começou por argumentar
que a sua experiência de gestão tinha sido adquirida no sector
hospitalar, onde tinha sido administrador de três hospitais em
pequenas cidades da província. Mas acabou por aceitar, depois de um
dos novos colegas ter insistido, referindo que ainda recentemente,
num seminário de gestão, o formador tinha defendido que
basicamente os problemas fundamentais do planeamento são
semelhantes, quer se trate de uma empresa, quer de uma organização
sem fins lucrativos. O que é importante é verificar quais são as
variáveis ambientais com maior impacto na evolução da empresa.
85
(Extraído de Teixeira, 2005, p. 31)
Questões:
7. Concorda com o colega do Dr. Júlio Dias? Justifique.
8. Em que é que o ambiente de um hospital público da província é
diferente ou semelhante de uma empresa têxtil no vale do
Ave? Justifique.
9. Caracterize o ambiente geral em que a empresa está inserida.
Justifique.
10. Identifique as condições comuns que envolviam a Fertex.
11. Simule os clientes, os fornecedores, os concorrentes e os
grupos de interesse que poderiam impactar na administração
da empresa Fertex.
12. Classifique o ambiente que opera a Fertex e o ambiente em
que operavam os hospitais onde o Dr. Júlio já havia sido
administrador.
86
TEMA – V: Funções da Administração
UNIDADE Temática 5.1. Função de Planeamento
UNIDADE Temática 5.2. Função de Organização
UNIDADE Temática 5.3. Função de Direcção
UNIDADE Temática 5.4. Função de Controlo
UNIDADE Temática 5.5. EXERCÍCIOS deste tema
Unidade Temática 5.1. Função de Planeamento
Introdução
Vai-se iniciar o estudo da 1ª unidade do tema V. Nesta, ficará a saber
que as empresas não funcionam ao acaso e muito menos na base de
improviso. Tudo nelas é planeado, o que significa que elas precisam de
decidir antecipadamente o que pretendem e o que deve ser feito para
atingir as suas pretensões e alcançar os seus objectivos. Tudo isso é
parte de um pacote que se enquadra dentro do primeiro processo
administrativo, que é o planeamento, cuja análise vai nos ocupar
agora.
5.1.1 Conceito de
Planeamento
87
A importância do planeamento reside na racionalidade7 que imprime
às decisões.
5.1.2.1. A Missão
Basicamente, a missão:
Define os fins estratégicos da empresa;
Enuncia os propósitos gerais da empresa;
Enuncia a intenção fundamental da gestão global;
Traduz a filosofia básica da actuação da empresa;
É ponto de partida para a definição dos objectivos.
7
Racionalidade significa a escolha dos meios adequados para atingir determinados
objectivos (CHIAVENATO, 2000)
88
Em suma, a missão de uma empresa traduz-se na explícita declaração
ou num implícito entendimento de qual é a razão de ser, da sua
existência. Quando explicita, deve ser breve e simples para ser
entendida facilmente, e flexível para durar mais tempo para a
diferenciar das outras organizações similares.
5.1.2.2. Os Objectivos
90
5.1.5. O Plano
91
Uma outra classificação indica que os planos também podem ser
rígidos e flexíveis.
Os planos rígidos são dificilmente alterados. Ex: construções.
Os planos flexíveis admitem ser alterados durante a sua
execução, podendo, inclusivamente, prever desde logo a forma
de o fazer. Permitem o ajustamento permanente para os
períodos futuros, à medida que se vão conhecendo os desvios
dos períodos recentes (planeamento deslizante).
8
O método SWOT compreende a análise dos pontos fortes e fracos no ambiente
interno e a análise das oportunidades e ameaças no ambiente externo
92
das componentes que constituem a zona do ambiente de tarefa
(clientes, fornecedores, força laboral e os concorrentes).
93
d) As ameaças constituem a força ambiental incontrolável pela
empresa, que cria obstáculos à sua estratégia, mas que poderá
ou não ser evitada, desde que conhecida em tempo útil.
Sumário
94
Nesta unidade discutimos sobre a função planeamento. Vimos que o
planeamento é a primeira função do processo administrativo e ele
começa com a elaboração da missão e dos objectivos. Este processo
pode ser efectuado nos três níveis de gestão, nomeadamente, o
estratégico, o intermédio e o operacional. O processo termina com a
elaboração de um documento chamado plano e que existem vários
tipos de planos - politicas, procedimentos, programas, regulamentos,
projectos, etc. Também discutimos sobre o planeamento estratégico
que é um processo de gestão dinâmico e contínuo que, partindo da
reflexão estratégica dos membros da organização, formula a
estratégia, fixa os objectivos, e define a forma como aquela deve ser
executada e controlada. Ele processa-se em quatro fases, a saber: a
definição da missão e visão da empresa; o diagnóstico usando o
método SWOT; definição dos objectivos específicos; e formulação das
estratégias. Finalmente, aprendemos que a análise SWOT (FOFA em
português), consiste em analisar os pontos fortes e fracos no ambiente
interno da empresa e as oportunidades e as ameaças no ambiente
externo.
Exercícios de Auto-Avaliação
Exercícios
2. O que é plano?
3. Nomeie e explique os tipos de planos
4. O que é planeamento estratégico?
96
5. Explique as etapas do planeamento estratégico
6. Descreva as três componentes da reflexão estratégica.
7. Relacione os níveis de planeamento com os níveis de
administração e dos administradores.
8. Qual é a diferença entre o plano normal e o plano
estratégico?
9. Voltando ao caso da administração da FERTEX resolvido
no tema anterior, ajude o Dr. Júlio Dias a elaborar o
diagnóstico estratégico, usando a metodologia SWOT.
Deve, pelo menos apresentar 3 pontos fortes, 3 pontos
fracos, 3 oportunidades e 3 ameaças.
Introdução
Vai-se iniciar o estudo da 2ª unidade do tema V. Nesta, interessa
abordar a organização como a segunda função administrativa, que lida
com a forma como o administrador inter-relaciona as pessoas e os
outros recursos da empresa com vista á obtenção dos resultados
desejados. Dito de outra forma, o papel da organização é exactamente
de alocar, arranjar, agrupar, reunir, dividir o trabalho, especializar,
para que as actividades sejam executadas da melhor maneira possível.
5.2.1.Conceito de Organização
97
LIBÂNEO (2005) diz que o termo organização pode ser abordado em
duas vertentes, nomeadamente:
Organização significando uma instituição. É o caso das
empresas; e
Organização significando uma das funções de gestão,
relacionada com a forma como o gestor inter-relaciona as
pessoas e os outros recursos da empresa com vista ao alcance
dos resultados desejados.
98
5.2.3. Funções, Departamentalização e Diferenciação
5.2.3.1. Funções
5.2.3.1. Departamentalização
99
Tipos de departamentalização
100
Departamentalização por cliente: encontra-se naquelas
empresas que comercializam produtos ou serviços em que as
relações com determinados grupos de clientes implicam
preocupações diferentes.
101
Figura 13: Departamentalização matricial
5.2.3.3. A diferenciação
5.2.4.1. A responsabilidade
5.2.4.2. A autoridade
Todo e qualquer gestor, em qualquer que seja o seu nível, tem de ter
alguma autoridade para que possa organizar e dirigir o uso dos
recursos à sua disposição. São as relações de autoridade que tornam
possível o funcionamento da organização, facilitando as actividades
dos diversos departamentos e proporcionando a coordenação da
empresa.
103
Figura 14: Terminais de autoridade e responsabilidade
Responsabilidade
Cargo ou
órgão
Autoridade
5.2.4.3. Delegação
President e
105
Desvantagens da autoridade staff:
Possibilidade de confusão de funções
Redução do poder dos especialistas
Tendência para a centralização
Figura: 16. Autoridade linha-staff
Presidente
Presidente
5.2.6.1. Centralização
Vantagens da centralização:
Contribui para a uniformidade de políticas e de acções;
Reduz riscos de erro pelos subordinados;
Melhora a realização das capacidades de peritos afectos `a
gestão de topo
Permite um controlo apertado das operações
5.2.6.2. Descentralização
107
subordinados, o que significa que o estatuto de gestor desaparece e,
por consequente, não é necessária qualquer estrutura organizacional.
Vantagens da descentralização:
Conduz à tomada de decisões e acções mais rápidas, uma vez
que não é necessário consultar tantas vezes aos gestores de
nível superior;
Proporciona decisões mais adaptadas às condições locais;
Desperta um maior interesse e entusiasmo por parte dos
subordinados;
Permite que os gestores do primeiro nível tenham mais tempo
disponível para o estudo e consideração dos objectivos gerais,
planos e politicas da empresa.
108
organização: a mecanicista e a orgânica.
Administrador
Empregados
b) Estrutura funcional
É uma estrutura baseada na divisão do trabalho e delegação de
autoridade e responsabilidade. Cada um dos departamentos é
chefiado por um especialista funcional na respectiva área; a
coordenação dos diferentes departamentos funcionais é uma das
tarefas mais importantes dos gestores de topo. É uma estrutura que
geralmente se encontra em empresas de dimensão relativamente
reduzidas (médias) que operam em
109
ambientes estáveis. Ai, as pessoas agrupam-se por funções, como
marketing, recursos humanos, produção, vendas, administração, etc.
Presidente
c) Estrutura divisionária
É uma estrutura assente na divisão das tarefas baseada na diversidade
de produtos, serviços, mercados ou processos da empresa. Cada
divisão tem os seus próprios especialistas funcionais, organizados em
departamentos; as divisões, cada uma com os seus produtos ou
mercados, são relativamente independentes; os gestores de divisão
desempenham um papel fundamental na definição dos objectivos da
sua divisão e na colaboração que devem prestar para o desempenho
da organização como um todo; é aconselhável em empresas com uma
estratégia de diversificação (com negócios, produtos ou serviços
diferenciados).
Presidente
110
d) Estrutura e matricial e por projectos
Acontecendo que diversos departamentos tenham simultaneamente
necessidade de especialistas e técnicos nas diferentes funções e de
coordenação através das linhas de produtos, a solução pode ser uma
estrutura matricial, que combina as vantagens da estrutura funcional
com a divisionária, aumentando a capacidade da organização para a
recolha e circulação das informações e tomada de decisões,
estabelecendo formalmente canais de comunicação laterais que
complementam os canais hierárquicos verticais. Portanto, combina
duas linhas de autoridade: vertical (relativa aos objectivos funcionais)
e horizontal (relativa aos gestores dos projectos, programas, áreas
geográficas ou linhas de produtos).
Actividade
A
Actividade
B
Sumário
111
administrativa que se incumbe do agrupamento dos órgãos e das
actividades necessárias para atingir os objectivos da empresa. O
conjunto de funções origina a Departamentalização e, à medida que a
empresa vai crescendo, vai acontecendo a Diferenciação, o que vai
fazer crescer o organograma. No relacionamento entre as pessoas que
se visualiza no organograma, está presente a autoridade, a
responsabilidade e a delegação. A autoridade pode ser de linha, de
staff e funcional. A centralização e a descentralização são decorrentes
da forma como o administrador quer que as decisões sejam tomadas,
se pela cúpula ou pelos níveis mais baixos da organização. Os tipos de
estruturas organizacionais são: simples, funcional, divisionária,
matricial e por projectos.
Exercícios de Auto-Avaliação
Exercícios
113
UNIDADE Temática 5.3. Função Direcção
Introdução
114
5.3.2. Questões de poder e autoridade
115
onde as pessoas aceitam, por isso, obedecem.
Autoridade carismática: dá-se devido as características
pessoais carismáticas do líder, tendo ou não tendo o poder
formal.
Autoridade burocrática: fundamenta-se nas leis e nas normas
escritas, orientando a vida da instituição, como por exemplo,
os funcionários aceitem as ordens do superior hierárquico
assim como estão determinadas nas leis e normas da empresa.
116
chefe. Aqui, eles admiram, respeitam o chefe e servem se dele
como modelo. A fonte deste poder é a personalidade
extraordinária do chefe ou indivíduo.
TEIXEIRA (1998) nos diz que, o ideal é que o poder que é usado
quotidianamente tem que ser um poder total de um gestor, que não é
mais do que a soma algébrica dos diferentes tipos de poder, e que ele
exerce cada um, ou conjuga alguns de acordo com as circunstâncias,
tal como se mostra a seguir:
117
Fonte: TEIXEIRA (2008)
118
iii) Processo de comunicação como meio de liderança; e
119
também que detectam falhas e erros em primeiro plano como
oportunidade de aprendizagem;
Sempre encontram caminhos e significados para implementar
mudanças na sua organização, e também porque concebem
mudanças como um mecanismo de aprendizagem
organizacional;
São capazes de criar um clima organizacional e ambiente
interno que estimulam os seus trabalhadores para melhor
desempenho porque só considerados o centro do sucesso.
120
Tabela 1. Estilos de liderança e suas variáveis
Participação O líder é pessoal e O líder não faz nenhuma O líder procura ser um
do líder dominador nos tentativa de avaliar ou membro normal do
elogios e nas críticas regular o curso das grupo, em espírito,
ao trabalho de cada coisas. Somente faz sem se encarregar
membro comentários irregulares muito pelas tarefas. É
sobre as actividades, objectivo e limita-se os
quando perguntado factos em seus elogios
e críticas
121
5.3.4.1. Conceito de Comunicação
122
CHIAVENATO (2000) indica que o processo de comunicação nunca é
perfeito, pois na sequência das suas etapas sempre ocorrem
perturbações que prejudicam o processo, denominadas por ruídos.
Normalmente, o ruído é uma perturbação que ocorre dentro do
próprio processo de comunicação, todavia, ocorrem outras
perturbações de origem externa ao processo provocando distorções
ou distúrbios.
a) A comunicação formal
É a comunicação endereçada por meio de canais de comunicação
existentes no organograma da organização. A mensagem é transmitida
e recebida dentro dos canais de comunicação formalmente
estabelecidos pela organização na sua estrutura organizacional.
Maioritariamente, a comunicação formal é feita por escrito e
devidamente documentada por meio de correspondência interna ou
de formulários específicos.
123
Figura 23. Canais de comunicação
Descendentes
Verticais
Ascendentes
Canais de
comunicação
Horizontais Laterais
b) A comunicação informal
É a comunicação desenvolvida espontaneamente pela estrutura
informal da organização e fora dos canais de comunicação
estabelecidos pelo organograma da organização. Geralmente são
veiculadas mensagens oralmente, mas não se descuram que em algum
momento também sejam escritas, que dizem respeito à organização
ou não.
124
pretendida transmissão das ideias ou do conhecimento.
5.3.5. A Motivação
125
5.3.5.1.Conceito de Motivação
126
Por via psicológica (agressividade, descontentamento, tensão
emocional, apatia, indiferença, etc.)
Por via fisiológica (tensão nervosa, insónia, repercussões
cardíacas ou digestivas, etc.).
3) Compensada: quando a satisfação é transferida.
127
relativamente satisfeitas e, estão também relacionadas com a
sobrevivência da pessoa. Levam a pessoa a proteger-se de
qualquer perigo real ou imaginário, físico ou abstracto. Nas
organizações, se as acções e decisões gerenciais reflectem
discriminação, favoritismo ou alguma prática imprevisível,
podem-se tornar poderosos activadores da insegurança entre
as pessoas.
3) Necessidades sociais: surgem quando as necessidades de
segurança são satisfeitas. São necessidades relacionadas com a
vida associativa do indivíduo com outras pessoas, como o
associativismo, a participação, aceitação por parte dos colegas,
de troca de amizade, de afecto e amor. Quando não estiverem
suficientemente satisfeitas, a pessoa se torna resistente,
antagónica e hostil com relação às outras pessoas que a
cercam. A frustração dessas necessidades conduz geralmente à
falta de adaptação social e à solidão.
4) Necessidades de estima: estão relacionadas com a maneira
pela qual a pessoa se vê e se avalia, isto é, com a auto-
avaliação e auto-estima. Envolvem a auto-apreciação,
autoconfiança, a aprovação social, reconhecimento, status,
prestígio, etc. A sua frustração pode produzir sentimento de
inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo, os quais
por sua vez, podem levar ao desânimo ou actividades
compensatórias.
5) Necessidades de auto-realização: são as mais elevadas e
encontram-se no topo da hierarquia. São as necessidades que
levam cada pessoa a realizar o seu próprio potencial e de se
desenvolver continuamente ao longo da vida. Esta tendência se
expressa através do impulso da pessoa em tornar-se mais do
que é e de vir a ser tudo a o que pode ser. Estão relacionadas
com a plena realização daquilo que cada pessoa tem de
potencial e de virtual, da utilização plena de talentos
individuais.
Auto-realização
Estima
Sociais
Segurança
Fisiológicas
128
Fonte: CHIAVENATO (1994)
É por isso que para Lawler III, desde que as pessoas creiam
haver ligação entre diferenças de remuneração e de
desempenho, o dinheiro poderá ser um excelente motivador.
131
5.3.6. Gestão de Conflitos
132
1. Diferenciação de grupos ou de actividades: o crescimento da
empresa leva a que cada grupo se especialize cada vez mais na
busca da eficiência. Como resultado, cada grupo realiza tarefas
diferentes; relaciona-se com diferentes partes do ambiente; e
começa a desenvolver formas diferentes de pensar e agir, com
um uma linguagem própria, modo de trabalhar em equipa e
objectivos a atingir. Surge deste modo a diferenciação, que se
caracteriza pela existência de objectivos e interesses diferentes
e, talvez incompatíveis dos demais grupos na empresa;
2. Recursos compartilhados: os recursos empresariais (salários,
espaço, máquinas, equipamentos, etc.) são geralmente
escassos ou limitados. Se um grupo pretende aumentar a
quantidade dos seus recursos, um outro grupo terá de perde-
los, ou abrir mão de uma parcela dos seus. Isso contribui para a
percepção de que alguns grupos têm objectivos e interesses
diferentes e talvez incompatíveis;
3. Actividades interdependentes: surge quando um grupo, para
desempenhar as suas actividades depende de outro grupo.
Todos os grupos duma organização são interdependentes de
alguma maneira, mesmo que levemente. Nesse contexto,
surgem as oportunidades para que um grupo auxilie ou
prejudique o trabalho dos demais.
9
Taxa de Rotatividade é a relação percentual entre as admissões e os desligamentos
num certo período. Quanto mais alta for, assinala uma situação não favorável no que
tange a gestão do pessoal. (CHIAVENATO, 2004)
10
Absentismo refere-se a faltas ou ausências dos empregados nos momentos em
que deveriam estar a trabalhar normalmente. (Idem)
133
3. Conflito individuo-grupo: revela-se pelo isolamento do
indivíduo face ao grupo, falta de sintonia com o grupo e
relacionamento à margem do grupo.
4. Conflito individuo-organização: exprime-se na indiferença face
aos objectivos organizacionais ou através de greve.
5. Conflito individuo-ambiente: revela-se no absentismo,
alheamento e apatia do indivíduo e no distanciamento.
6. Conflito função-função: revela-se na existência de conflitos
entre serviços ou pessoas, comunicação deficiente ou na não
realização do trabalho.
7. Conflito função-grupo: revela-se através da incompatibilidade
pessoa-equipa ou do estilo de chefia.
8. Conflito função-organização: revela-se por sinais de
desorientação e de incompetência por parte das pessoas no
desempenho das actividades ou pela elevada independência
das pessoas de algo para realizarem o seu trabalho
9. Conflito função-ambiente: expressa-se pela ineficácia do
resultado do trabalho ou pelo desinteresse e apatia no
trabalho.
10. Conflito grupo-grupo: pode exteriorizar-se através de falta de
cooperação, disputa intergrupal, atrasos na execução de
tarefas interdependentes, no “empurrar” o serviço.
136
Nesta perspectiva, todo o conflito tem efeitos positivos e negativos.
De entre os seus efeitos positivos, destacam-se:
Desperta sentimentos e energia dos membros do grupo. Essa
energia estimula interesse em descobrir meios eficazes de
realizar as tarefas, bem como soluções criativas e inovadoras;
Estimula sentimentos de identidade dentro do grupo,
aumentando a coesão grupal;
É um modo de chamar atenção para os problemas existentes e
serve para evitar problemas mais sérios, actuando como
mecanismo de correcção.
140
Uma situação de incerteza é a condição para a tomada de
decisão na qual os gestores enfrentam situações externas
imprevisíveis, ou não têm informações necessárias para
estabelecer a probabilidade de determinados eventos.
141
Vantagens:
Conferem maior precisão nas deliberações;
Permitem a transmissão e partilha das informações;
Garante o aumento da motivação;
Permite uma maior e melhor coordenação e controlo das
acções subsequentes `a decisão.
Desvantagens:
O tempo gasto, que muitas vezes é excessivo, se traduz em
custos para a empresa;
A indecisão prolongada;
A tendência para a pulverização das responsabilidades, com
consequências negativas para as chefias.
Sumário
144
conviver com eles e, mais do que nunca, saber geri-los. O conflito é um
desacordo aberto entre duas pessoas ou grupos de pessoas que têm
valores e objectivos diferentes. As causas antecedentes do conflito
são: diferenciação de grupos ou de actividades, recursos
compartilhados e actividades interdependentes. Os tipos de conflitos
são catorze, que são interfaces dos seguintes níveis: individual, grupal,
funcional, organizacional e ambiental.
Exercícios de Auto-Avaliação
145
personalidade, comportamentais e estilo, e contingenciais.
5. Descreva os estilos de liderança e diga, qual é o melhor estilo.
Resposta – estilo autocrático, estilo democrático e estilo liberal
(laissez-faire). Nenhum deles é melhor que o outro porque as
teorias contingenciais partem do princípio de que o
comportamento mais adequado para um líder depende das
circunstâncias concretas em que o líder se encontra, apesar de ao
longo de muitos anos, se defender que a o estilo democrático é o
melhor.
6. Defina comunicação segundo Chiavenato.
Resposta - a comunicação é o processo de transmissão de
informação e compreensão de uma pessoa para outra.
7. Explique o processo de comunicação
Resposta - O processo de comunicação é composta de cinco
etapas distintas, a saber: 1) emissor: é a pessoa que pretende
comunicar uma mensagem; 2) Transmissor: etapa que codifica a
mensagem e a transmite para que o emissor possa enviá-la ao
destinatário; 3) Canal: espaço situado entre o emissor e o
destinatário; 4) Receptor: é a etapa que recebe a mensagem e a
decodifica para que o destinatário a compreenda; 5) Destinatário:
é a pessoa a quem a mensagem é destinada. Constitui o ponto
final do processo de comunicação, ou seja, o ponto de chegada da
mensagem.
8. Conceitue motivação.
Resposta - Motivação é o desejo de adoptar elevados níveis de
esforço com vista a alcançar objectivos organizacionais, na
condição de tais esforços conduzirem à satisfação de alguma
necessidade individual.
9. Explique o ciclo motivacional.
Resposta - uma necessidade de algo rompe o estado de equilíbrio
do organismo, causando um estado de tensão, insatisfação,
desconforto e desequilíbrio. Esse estado leva o indivíduo a um
comportamento ou acção, capaz de descarregar a tensão ou livrá-
lo do desconforto e do desequilíbrio. Se o comportamento for
eficaz, o indivíduo encontrará a satisfação da necessidade.
Satisfeita a necessidade, o organismo volta ao estado de equilíbrio
anterior, à sua forma de ajustamento ao ambiente. Caso não
encontre satisfação da necessidade, ela pode ser Frustrada (a
satisfação encontra uma barreira ou obstáculo para a sua
libertação e é impedida) ou Compensada (a satisfação é
transferida).
146
Resposta – a teoria das necessidades de Maslow diz que as
necessidades humanas estão arranjadas numa pirâmide. Na base
da pirâmide estão as necessidades mais baixas e recorrentes,
enquanto no topo estão as mais sofisticadas. Essas necessidades
são: fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de auto-
realização.
11. O que é conflito?
Resposta - o conflito é um desacordo aberto entre duas pessoas
ou grupos de pessoas que têm valores e objectivos diferentes.
12. Mencione as causas que desencadeiam o conflito.
Resposta – as causas que desencadeiam o conflito são:
Diferenciação de grupos ou de actividades, Recursos
compartilhados, e Actividades interdependentes.
13. Indique os tipos de conflitos.
14. Resposta – os tipos de conflito são: Conflito individuo-
individuo; Conflito individuo-função, Conflito individuo-grupo,
Conflito individuo-organização, Conflito individuo-ambiente,
Conflito função-grupo, Conflito função-organização, Conflito
grupo-grupo.
15. Descreva os níveis de conflitos.
Resposta – os níveis de gravidade do conflito são: 1) Conflito
percebido: ocorre quando as partes percebem e compreendem
que o conflito existe; 2) Conflito experienciado: quando o conflito
provoca sentimentos de hostilidade, raiva, medo, descrédito entre
uma parte e outra; e 3) Conflito manifesto: quando o conflito é
expresso e manifestado através do comportamento, que é a
interferência activa ou passiva por, pelo menos uma das partes.
Exercícios
148
16. Explique as vantagens e desvantagens de tomar decisões em
grupo.
17. Explique as técnicas de tomada de decisão em grupo.
Introdução
Vai-se iniciar o estudo da 4ª unidade do tema V. Nesta secção iremos
discutir em volta do controlo como função administrativa. O controlo
tem a função de acompanhar e avaliar o que foi planificado,
organizado e dirigido para verificar desvios ou variações ocorridas e
efectuar as correcções necessárias. Vai poder discutir sobre o controlo
como processo, os meios usados pelas empresas para controlar, os
tipos de controlo, a acção disciplinar e as reacções negativas que
podem surgir como resultado de controlos não bem-feitos pela
administração.
149
corrigir a trajectória da evolução da empresa.
CHIAVENATO (2004) ainda afirma que o controlo pode ser visto como
função restritiva e limitadora para manter os participantes dentro dos
padrões desejados de conduta, estando intimamente ligada à
disciplina.
150
5.4.2. Processo de controlo
2) Critério de amplitude11
Neste critério, também existem três tipos de controlo, que são:
estratégico, táctico e operacional.
11
Amplitude é o grau de abrangência do controlo (Dicionário electrónico Aurélio)
153
a) O critério estratégico processa-se no nível institucional de
gestão. É genérico e sintético, geralmente relacionado com
períodos longos, abarcando a globalidade da empresa.
b) O controlo táctico é levado `a prática pelos gestores do nível
intermédio. É mais genérico, mas pormenorizado e reporta-se
a um prazo não tão longo e incide sobre uma área específica da
empresa.
c) O controlo operacional é mais analítico e pormenorizado, tem
por horizonte o curto prazo e incide sobre as tarefas ou
operações levadas a cabo numa determinada unidade de
trabalho.
O autor que temos vindo a citar, indica que existem dois aspectos
importantes que devem ser referidos quando se trata de acção
disciplinar, que são:
a) Variáveis do ambiente em que a empresa actua: é a influência
exercida pelos aspectos legais em vigor, nomeadamente, a
legislação (direitos, deveres e punições) e o poder dos
sindicatos e outras organizações dos trabalhadores.
b) O feedback do processo: tem a ver com o conhecimento dos
padrões a observar pelos trabalhadores e concretas acções
disciplinares que já tiveram lugar na empresa. O principal
objectivo da acção disciplinar não é castigar ou despedir o
trabalhador, mas sim, levar a um aumento da sua contribuição
para a empresa
Exercícios de Auto-Avaliação
156
saber: 1) critério da fase do processo, onde se distinguem-se três
tipos de controlo: de inputs, de processo e de outputs; 2) critério
de amplitude, onde igualmente existem três tipos de controlo, que
são: estratégico, táctico e operacional; e 3) critério da posição
relativa do controlado em relação ao controlador, onde se
distinguem o autocontrolo, heterocontrolo e controlo lateral.
5. Quais são as causas das reacções negativas ao controlo?
Resposta - as causas das reacções negativas ao controlo são:
Padrões inapropriados, Padrões inatingíveis ou indefinidos, e
Existência de variáveis incontroláveis ou padrões contraditórios.
6. Qual é o objectivo da acção disciplinar?
Resposta - a acção disciplinar tem como objectivo garantir que o
comportamento dos trabalhadores seja consistente com os
objectivos da empresa, e não castigar ou despedir o trabalhador.
Exercícios
157
que tencionava analisar com cada um dos que tinham em curso e
eventualmente ajuda-los no que lhe fosse possível. E tornou bem claro
que iria tomar parte activa no sentido de assegurar a máxima
eficiência, procurando que cada projecto fosse feito no menor espaço
de tempo possível.
No dia seguinte, o Dr. Rocha Pereira encontrou o Eng.º Cardoso e,
depois dos cumprimentos, disse-lhe: “Ó Cardoso, você pôs os técnicos
em pé de guerra. Parece que temos ali um problema agravado. O que
é que se passa?” “Bem”, respondeu Cardoso, “o que se passa é que
eles estavam a chegar e a sair quando lhes apetecia. Há aqui calmaria
em excesso. Eu espero bem que eles já tenham percebido que estou
disposto a tira-los da estância de repouso”. (Extraído de Teixeira,
2005, p.182)
Questões
1. Qual é o estilo de liderança que dominava no Departamento de
Pesquisa e Desenvolvimento antes da nomeação do Eng.º
Cardoso? Argumente
2. Acha que a escolha do Eng.º Cardoso foi das mais acertadas,
tendo em conta os tipos de poder que ele deve possuir para
influenciar os subordinados? Ou seja, lhe faltará algum poder?
Comente
3. Qual é o estilo de liderança o Eng.º Cardoso pretende
introduzir? Comente
4. Quais os problemas de comunicação terão surgido na reunião?
5. Que tipo de conflito está a verificar-se no Departamento?
Justifique
6. Em caso de o conflito prevalecer, como é que ajudaria o Dr.
Rocha a tomar a competente decisão, usando o modelo
racional de tomada de decisões?
7. No estado em que está o conflito, que estratégia que o Eng.º
Cardoso pode usar para resolve-lo antes que seja necessária a
intervenção do Dr. Rocha? Justifique.
8. Qual é o tipo de controlo o Eng.º Cardoso está usando?
158
TEMA – VI: Sistemas de Informação
Introdução
Vai-se iniciar o estudo da 1ª unidade do tema VI. Nesta unidade,
iremos analisar os sistemas de informação, particularmente no que
tange ao seu conceito, as características de uma informação valiosa, as
suas vantagens, aos tipos de processamento de dados, as vantagens
do uso de tecnologias de informação nos sistemas de informação e
dos tipos de sistemas de informação que são usados nas empresas
para gerar informação para a tomada de decisões e para uso diário da
empresa.
159
série de objectivos de modo organizado e coordenado.
160
Na óptica de VARAJÃO (2014), os dados podem ser considerados os
factos brutos, o fluxo infinito de coisas que estão a acontecer agora e
que aconteceram no passado.
SILVA (2008) afirma que num sistema, várias partes trabalham juntas
visando um objectivo em comum. Num Sistema de Informação não é
diferente, porém o objectivo é um fluxo mais confiável e menos
burocrático das informações. As principais vantagens de um Sistema
de Informação bem construído são:
Acesso rápido às informações; Garantia de integridade e
veracidade da informação; Garantia de estabilidade; Garantia
de segurança de acesso à informação;
Informações de boa qualidade são essenciais para uma boa
tomada de decisão.
Neste sentido:
a) As organizações: moldam os sistemas de informação de várias
formas óbvias. Empresas são organizações formais. Elas
consistem de unidades especializadas com uma divisão nítida
de mão-de-obra e especialistas empregados e treinados para
diferentes funções. Procedimentos formais, ou regras para o
cumprimento das tarefas,
164
coordenam grupos especializados na firma, de forma que eles
completam seu trabalho de uma maneira aceitável. Alguns
desses procedimentos, como a forma de se preencher um
pedido de compra ou a forma de se corrigir uma factura
incorrecta, são incorporados em sistema de informação. Cada
organização tem uma cultura específica, ou premissas
fundamentais, valores e uma maneira de fazer as coisas que
foram aceitas pela maioria dos membros da empresa.
Sumário
Exercícios de Auto-Avaliação
Exercícios
170
5. Qual é a vantagens das tecnologias de informação para os SI?
171
16. Explique o sistema de informação gerencial.
Introdução
Vai-se iniciar o estudo da 1ª unidade do tema VI. Nesta unidade,
iremos analisar as funções básicas da empresa, nomeadamente, a
produção ou operações e gestão dos stocks, o marketing ou vendas, a
gestão financeira e administrativa e a gestão dos recursos humanos.
172
organização consiga realizar seus objectivos e são geridas ao nível da
gestão intermédia. De acordo com MAXIMIANO (2000), a designação
gestão funcional refere-se à divisão da empresa em sectores e
funções, como gestão do marketing, gestão da produção e stock,
administração e finanças e gestão de pessoas (recursos humanos). São
as chamadas funções básicas de gestão e imprescindíveis para a
sobrevivência da empresa.
Figura 26: Áreas funcionais da empresa
Administração
geral
Operações e Recursos
sotcks Humanos
Marketing Administração e
Finanças
173
7.1.2.1.As actividades que integram o Marketing
Para PINTO, ET ALL (2012), alguns autores tratam esta função como de
vendas e tem como atribuições:
a) Definir mercados ou grupos de clientes que se
enquadrem no negócio da empresa;
b) Determinar quem são os interessados (ou potenciais
interessados) nesses mercados;
c) Agrupar os clientes de acordo com o que procuram
(segmentar o mercado);
d) Seleccionar os grupos de clientes/utentes cujas
vontades e necessidades podem ser melhor satisfeitas
pela empresa do que por organizações concorrentes;
e) Determinar a oferta que satisfaz tais necessidades,
f) Tornar a oferta disponível;
g) Decidir, continuamente, que ofertas acrescentar, que
ofertas retirar, que ofertas modificar e que ofertas
reforçar, para ir de acordo com as vontades dos
clientes/utentes e às circunstâncias de cada momento;
h) Fazer a venda e distribuição do produto; e
i) Manter constante a comunicação entre a empresa e os
clientes.
7.1.2.2.Marketing Mix
PRODUTO PREÇO
(PRODUCT) (PRICE)
SATISFAÇÃO DO
174 CLIENTE
DISTRIBUIÇÃO CO MUNICAÇÃO
Fonte: PINTO, ET ALL (2012)
(PLACEMENT) (PROMOTION)
175
final. Exemplos: sucata, plástico, chapa de aço, etc.
Matérias subsidiárias - são materiais adquiridos que não
integram o produto mas são necessários à sua fabricação, ou
integram, mas de uma forma relativamente indefinida.
Exemplos: a areia para fabricar moldes numa fundição, o óleo
para lubrificar equipamentos de fabrico, etc.
Acessórios - materiais adquiridos já com as características
requeridas para integrar o produto final. Exemplos: parafusos,
interruptores, etc.
Componentes - materiais fabricados internamente, já com as
características requeridas para integrar o produto final.
Quando se podem utilizar em vários produtos diferentes, são
fabricados em grandes quantidades e armazenados para irem
sendo utilizados.
Conjuntos e subconjuntos - são conjuntos específicos de
acessórios e componentes que integram um componente
acabado.
Produtos acabados – são produtos prontos a serem expedidos.
Produtos em curso de fabrico – materiais que se encontram, na
oficina em estado intermédio de transformação.
Sobressalentes – componentes/acessórios que integram os
produtos acabados, mas que são vendidos separadamente,
com o objectivo de servirem de apoio à sua manutenção.
Embalagens – materiais destinados a embalar/acondicionar o
produto, com vista ao seu transporte (e utilização, já que as
embalagens contêm informações relativa a esta).
Materiais de consumo corrente – materiais de consumo
habitual, mas não ligados directamente à fabricação dos
produtos. Exemplo: matéria de escritório.
176
7.1.3. A gestão administrativa e financeira
Sumário
Exercícios de Auto-Avaliação
Exercícios
179
Exercícios do final do módulo
180
38. Explique os diferentes tipos de processamento de dados.
39. Qual é a vantagens das tecnologias de informação para os SI?
40. Qual é a importância dos sistemas de informação para as
empresas?
41. Explique os componentes do sistema de informação.
42. Mencione os tipos de sistemas de informação.
43. Diferencie o sistema de informação estratégico, gerência e
executivo.
44. Explique o sistema de informação operacional e refira-te das
suas características.
45. Mencione as áreas funcionais da empresa.
46. Quais as atribuições de cada uma das áreas?
181
Bibliografia
182
Campo Mourã. Acessado em em
www.cpmestadualcm.seed.pr.gov.br/.../Apostila_11.pdf. no dia
20/10/2014, AS 6.02 horas.
183