Você está na página 1de 23

Quando Novos

Personagens
Entram em Cena.
Eder Sader
Eder Simão Sader
7 de agosto, 1941
21 maio de 1988

Sociólogo brasileiro
Ativista político
Perseguido pela ditadura

Obras:
Um Rumor de Botas, 1982;
Mao Tse-tung, 1982;
Che Guevara : Política, 1985;
Marxismo e Teoria da revolução proletária, 1986;
Quando novos Personagens entram em cena, 1988.
Quando novos personagens entram em
cena.

 Prefácio de Marilena Chauí

 Os movimentos sociais, produzem um novo


sujeito, o coletivo (o sindicato)
 Sader vê no cotidiano popular, novos lugares
para o exercício da política
 Entender e estudar o cotidiano, é entender
um certo alargamento da política
Cap. 1 Ideias e Questões
 O Movimento Social é uma firmação de
setores da sociedade.

 A constituição de MS implica na forma de


elaboração das condições das classes no
Brasil: elaboração mental (como percebê-la)
e elaboração prática (como transformá-la)
Assim, MS operam: cortes e combinações
de classes; configurações e cruzamentos
Cap. 2 Experiências da condição
proletária em São Paulo
 Migrações são fenômenos associados às
condições de trabalho.
 Sinais de modernidade

 É preciso ouvir o “popular”, sobre as aparentes


contradições, antes de fazer interpretações
errôneas
 A existência dos MS se relaciona com a dimensão
política participativa, do encontro social com a
participação humana
Cap. 3 Matrizes Discursivas
 São modos de abordagem da realidade, e os
analisadores da realidade são também essas
matrizes discursivas.

 No cotidiano, é melhor que se veja o pobre em sua


ambiguidade: “conformismo e resistência”; e não
como libertos de ideologia.

 MS nem sempre ancoram nos argumentos


democráticos porque existem anteriormente a
este regime.
Cap. 4 Movimentos Sociais
 Na déc. 70, os MS tiveram de construir suas
identidades enquanto sujeitos políticos, pois
existiam, mas eram desconhecidos.
Os temas: Autonomia e Diversidade eram
bastante presentes em seu discurso.
A Diversidade foi vista por eles como uma
identidade singular, e não como uma carência
Não usam o termo: “resultados”; tudo que
conseguem são: “conquistas”
Clube das Mães da
Periferia de São Paulo
Uma experiência coletiva, que conduzia a
uma nova ideia de política.
Elas valorizavam sua participação na luta
por seus direitos, se contrapondo ao
clientelismo.
SINDICATOS (Sujeito Coletivo)
 Associação de pessoas de um mesmo segmento
econômico ou trabalhista (carteiros, metalúrgicos,
professores..) e também de empresários (sindicatos
patronais).
 Em defesa dos interesses econômicos, profissionais,
sociais e políticos dos seus associados.
 Dedicam-se aos estudos da área onde atuam e
realizam atividades (palestras, reuniões, cursos) para o
aperfeiçoamento profissional dos associados.
 Organizam greves e manifestações para busca de
melhorias nas condições de trabalho.
SINDICATOS
 As centrais sindicais reúnem sindicatos
de diversas categorias. As principais são:
CUT (Central Única dos Trabalhadores) e
Força Sindical.
 São mantidos, principalmente, pelas
contribuições sindicais pagas pelos
trabalhadores associados.
 Surgimento - foi durante a Revolução
Industrial na Inglaterra (século XVIII).
SINDICATOS
Nos sindicatos há:
 Auto afirmação de grupos operários.
 Processo de constituição de sujeitos políticos.
 Percebe-se a necessidade de confrontar com
as forças motivadoras dos conflitos e os
processos institucionalizados.
 Sindicato deveria ser assumido pelos
trabalhadores como um órgão de luta, e não,
só como uma sede de seus serviços
assistenciais.
O SINDICATO
DO SERVIÇO SOCIAL
 A Organização Sindical dos Assistentes Sociais em
nível nacional iniciou-se em 1978, com a
realização do I Encontro Nacional de Entidades
Sindicais de Assistentes Sociais, de 25 a 26 de
agosto, em Belo Horizonte.
 Intensifica-se a mobilização da categoria e neste
mesmo ano (1978), em Belo Horizonte, realiza-se
o II Encontro Nacional, com nove entidades
presentes. Destaca-se o debate inicial da criação
da Federação Nacional dos Assistentes Sociais
(FENAS)
O SINDICATO
DO SERVIÇO SOCIAL
 Acontece o III Congresso Brasileiro de
Assistentes Sociais (CBAS), 1979, em São Paulo
com representação de entidades de 15 Estados. É
criada a CENEAS -–Comissão Executiva Nacional
das Entidades Sindicais de Assistentes Sociais
 Este foi o momento de ruptura da categoria com
CFAS-CRAS que organizavam os fóruns. A
forma autoritária e elitista de organização do
Congresso é quebrada, transformando este em
Assembleias de deliberações políticas da
categoria.
ANAS – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS
ASSISTENTES SOCIAIS
 Captaram a insatisfação dos profissionais e
estudantes presentes ao III CBAS, que
repudiaram com veemência os representantes da
ditadura militar que compunham painéis e mesas
de abertura e encerramento. A “virada” do III
CBAS é decisiva no compromisso político e
coletivo da categoria com a classe trabalhadora.
 A I Assembleia Nacional Sindical em 1983, pela
CENEAS, aconteceu em Salvador, com 400
delegados estaduais. Funda-se, ali a Associação
Nacional dos Assistentes Sociais/ANAS
ANAS – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS
ASSISTENTES SOCIAIS
 As Assembleias Nacionais Sindicais eram convocadas
pela ANAS (2/2 anos) para programas políticos e
planos de lutas a serem desenvolvidos pela entidade
nacional.
 Havia, no entanto a possibilidade de extinção da
estrutura sindical corporativista vigente.
 A Associação Nacional dos Assistentes Sociais (ANAS)
é extinta em setembro de 1994 durante a VI
Assembleia Nacional Sindical, em Brasília sob a
orientação da CUT, que avalia a necessidade de se
evitar paralelismo de ações e deixar a categoria solta
para sindicalização por ramo.
O SINDICATO
DO SERVIÇO SOCIAL
 Isso provocou o isolamento da categoria no
âmbito sindical, uma vez que a construção do
ramo caminha a passos lentos e até o presente
momento não se consolidou no país.
 Mantém-se em funcionamento quatro sindicatos
(Alagoas, Ceará, Rio Grande do Sul, Caxias do
Sul)
 Após o fechamento da ANAS, os sindicatos
existentes começam a se inquietar com a
ausência de representação sindical da categoria.
O SINDICATO
DO SERVIÇO SOCIAL
 . Discordando da manutenção destes 4 sindicatos, as
diretorias dos CFESS/CRESS passam a ignorar sua
existência.
 Em 2000, no Rio de Janeiro, esses sindicados realizam
a I Assembleia Sindical Pró-federação dos Assistentes
Sociais. Em pauta: a crise do sindicalismo brasileiro e
um processo de dessindicalização mundial.
 Presentes a CUT e CNTSS: “não é hora para
desorganizar os organizados” e devem vencer o
grande inimigo da classe trabalhadora – o projeto
neoliberal.
O SINDICATO
DO SERVIÇO SOCIAL
 Ao final de três dias de intenso debate, os delegados
sindicais deliberaram pela criação da Federação
Nacional dos Assistentes Sociais/ FENAS com o
papel de retomar o debate da organização sindical
da categoria em todos os estados e promover a
inserção dos profissionais nos sindicatos da
categoria e/ou nos sindicatos de ramo de atividade.
 Esse fato novo, força as demais entidades a
discutirem as questões sindicais da categoria, e a
colocarem em pauta, nos fóruns nacionais, essa
temática.
Seminário Nacional de Serviço Social e Organização
Sindical – Rio de Janeiro 2012

A organização sindical dos/as assistentes sociais tem de se


fundamentar na crítica ao projeto das classes
dominantes... Os princípios da autonomia, liberdade,
defesa intransigente dos direitos do trabalho devem
nortear este processo. Repudiamos a judicialização da
disputa política, as articulações antidemocráticas,
visando a impedir a participação de sujeitos coletivos
com projetos divergentes, em espaços de organização da
sociedade civil, com promoção de falsas polêmicas de
quem pode ou não representar os/as trabalhadores/as,
por exemplo, nos conselhos de direitos.
O CFESS CONVOCA A CATEGORIA PARA A LUTA!!!
Considerações finais
 As classes populares se organizam numa
extrema variedade de planos, segundo lugar
de trabalho ou de moradia, algum problema
que os motiva ou segundo algum princípio
comunitário que as agrega.

 Os MS não substituem os partidos, já não


cobrem todo o espaço da política.
Considerações finais
Os MS
 “Apontaram no sentido de uma política
constituída a partir das questões da vida
cotidiana.(...)uma nova concepção política, a partir
da intervenção direta dos interessados.
 Colocaram a reivindicação da democracia
referida às esferas da vida social, em que a
população trabalhadora está diretamente
implicada: nas fábricas, nos sindicatos, nos
serviços públicos e nas administrações de
bairros”.
Bibliografia
http://
ppgpsiufes.blogspot.com.br/2008/10/resumo-ja
naina-brito.html
http://www.marxists.org/portugues/sader/19
88/mes/memoria.htm
http://
jornalpolitico.blogspot.com.br/2013/02/rese
nha-quando-novos-personagens-entram.html
http://www.cfess.org.br/arquivos/2012.10.30_s
em-orgsindical.pdf
Integrantes do Grupo
 Agatha
 Ana Lúcia
 Carmem
 Cláudia
 Creusa
 Everaldina
 Evelin
 Mara
 Natalie
 Priscila
 Roseli Cavalcanti
 Rosilene
 Rute
 Vânia

Você também pode gostar