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< https://www.youtube.com/watch?v=m7ivQd-MxHY&feature=youtu.be>
Assis- SP
2020
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Assis - SP
2020
BARRETO, Adrian Aristeu Taliati; MARTINS, Maria Olívia; VASCONCELOS, Michele
Aparecida; BALKO, Rodrigo Ewals; OLIVEIRA, Vânia Doniste Domeni Urtado de; Bullying
não, a paz 00f. Relatório Técnico-Científico. Licenciatura – Universidade Virtual do Estado
de São Paulo. Tutor: Lígia Maria Barrios Camapanhão. Polo Assis, 2020.
RESUMO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 1
2. DESENVOLVIMENTO .................................................................................................... 2
2.1 PROBLEMA E OBJETIVOS .................................................................................................. 2
2.2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 3
2. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................... 3
2.4. APLICAÇÃO DAS DISCIPLINAS ESTUDADAS NO PROJETO INTEGRADOR .............................. 7
2.5. METODOLOGIA .............................................................................................................. 8
3. RESULTADOS ................................................................................................................. 9
3.1. SOLUÇÃO INICIAL ......................................................................................................... 12
3.2. SOLUÇÃO FINAL ........................................................................................................... 12
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 14
REFERÊNCIAS................................................................................................................... 15
APÊNDICE ......................................................................................................................... 16
APÊNDICE A – .................................................................................................................... 16
APÊNDICE B –................................................................. 1ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
APÊNDICE C –..................................................................................................................... 21
APÊNDICE D – .................................................................................................................... 24
APÊNDICE E – ..................................................................................................................... 26
APÊNDICE F – ..................................................................................................................... 30
APÊNDICE G – .................................................................................................................... 44
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1. INTRODUÇÃO
O Bullying, infelizmente, tem se tornado comum no cotidiano escolar e apesar de
estarmos em um momento de distanciamento social, devido a pandemia, esse tema não pode
parar de ser discutido. Todos os integrantes do grupo trabalham ou trabalharam em
instituições de ensino e a partir de conversas sobre o âmbito escolar, notamos que alguns de
nós já haviam presenciado atos de agressões físicas e verbais entre os alunos. Isso nos causou
anseio em como sanar os efeitos do bullying, assim como preveni-lo. Por isso a problemática
escolhida por nós, no presente projeto integrador I para licenciatura é o bullying, suas
consequências e como preveni-lo.
Segundo a Lei nº 13.185 de 6 de novembro de 2015 (BRASIL, 2015), que estabeleceu
o Programa de Combate à Instituição Sistemática (Bullying), Bullying é todo ato de
intimidação sistemática com condutas de violência, seja ela física ou psicológica, de forma
intencional, com constante repetição e sempre ocorridos por motivos torpes. Tais agressões
são cometidas em grupo ou individualmente pretendendo agredir ou intimidar a vítima,
causando-lhe dor física e/ou emocional.
Para um melhor entendimento do assunto fizemos um breve histórico da origem do
bullying e o seu caminho até os dias atuais. Essas agressões só foram consideradas um grave
problema devido ao pesquisador Dan Olweus, da Universidade de Berger, situada na
Holanda, na década de 1970. Ele foi o primeiro a perceber tal fenômeno e começar a estudá-
lo, posteriormente desenvolveu critérios para a detecção do problema de uma forma mais
específica, utilizando como ponto principal um questionário com os maiores envolvidos: os
alunos (FANTE, 2005).
Dados publicados em 2019 pela Unesco em “Violência escolar e bullying: relatório
sobre a situação mundial”, indicam que o bullying ocorre em todo o mundo afetando uma
significável parte de crianças e adolescentes, com a estimativa de que 246 milhões destes
tenham sofrido com o bullying, variando de acordo com cada país(UNESCO,2019).
No Brasil, o portal do MEC indica através de uma pesquisa realizada pelo Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes – o PISA, que um em cada dez estudantes acabam
se tornando vítimas do bullying (PISA, 2015), algo deveras preocupante, tanto que a Lei
nº13.277 instituiu o dia 7 de abril como “ Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência
na Escola” (BRASIL, 2016). Cada estado, de forma autônoma, tem seus projetos de
prevenção, como o Rio Grande do Sul que criou a Lei nº 13.474 de 28 de junho de 2010 (RIO
GRANDE DO SUL, 2010).
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2. DESENVOLVIMENTO
2.2. Justificativa
Para alguns alunos a realidade nas escolas é bem difícil e cruel devido ao bullying
sofrido, nesse sentido, nosso projeto foi pensado sob a justificativa de encontrar métodos e
meios para intervir nessa violência, que causa mal, tanto para sua vítima, quanto para seu
agressor. Além da violência física, o bullying, também traz consequências psicológicas
graves, prejudicando a vítima socialmente e no seu rendimento escolar (ABRAMOVAY,
2002). Sendo assim, sabendo que é na escola que são proporcionados momentos de reflexão,
é importante incentivar os alunos a tomar consciência de que suas ações e consequências
podem gerar um mal-estar no outro. Um dos intuitos da escola é formar cidadãos que
futuramente possam ter uma vida social pacífica, por isso o âmbito escolar é o propício para
abordagem de temática como tolerância e respeito ao diferente, visando a formação de seres
humanos com senso crítico, questionadores da realidade ao qual estão inseridos.
A justificativa é buscar desenvolver na escola um ambiente mais humanizado, com
de atitudes e relacionamentos que visam a cultura, fomentando relacionamentos saudáveis
formando indivíduos éticos, com capacidade de conviver em sociedade.
2. 3. Fundamentação teórica
Para elaboração do nosso projeto, pesquisamos várias referências bibliográficas para
que tivéssemos um entendimento maior sobre a temática e assim pudéssemos ter um melhor
embasamento teórico para a produção de nossa metodologia. Desta forma, visamos entender
nosso tema a partir das leis e posteriormente estudar textos teóricos.
Algumas leis brasileiras visam proteger o bem-estar e a integridade física e moral das
crianças e adolescentes. Tanto a Constituição Federativa do Brasil no artigo 227 (BRASIL,
1988) e o artigo 18º do ECA - Estatuto da Criança e do adolescente (BRASIL,1990),
ressaltam que é dever de todos (família, sociedade e do Estado) atentar-se para dignidade da
criança e dos adolescentes, assegurando-lhes ficar a salvo de negligências, discriminação,
violência, crueldade, tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório, constrangedor
e opressão. Sendo assim a escola é um local que deve prezar pelos bem-estar dos discentes.
Entretanto os atos do bullying escolar ferem esses direitos, por isso o Estado brasileiro
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agressões dos outros animais, mesmo sem ter feito nada para ser agredido, assim como
acontece com as reais vítimas do bullying.
O trabalho de Flávia Camila Estércio da Silva “Identificação do bullying nas histórias
em quadrinhos em Língua Inglesa: conscientização no meio escolar” (SILVA, 2014) propõe
um trabalho direcionado à análise do bullying e de ofensas através do gênero textual história
em quadrinhos, proporcionando que os alunos explorem seus conhecimentos prévios,
seguidos de análise de histórias da Turma da Mônica de Maurício de Souza. Sua ideia
principal é utilizar o portador “tirinhas” como recurso didático para entendimento do conceito
de bullying e suas consequências, com o intuito de diminuir atos de violência dentro das
escolas.
Gessica Fernanda Daniel e Joadir Antônio Foresti escreveram o artigo “ Bullying no
Seriado Todo Mundo Odeia o Chris” (DANIEL, FORETI, 2013), investigaram o seriado
norte –americano “Todo mundo odeia o Chris”, que retrata o cotidiano de um jovem negro
residente no Brooklin e estudante do Colégio Corleone. Na série, Chris é o único estudante
negro e acaba sofrendo um preconceito velado da professora e agressões físicas,
principalmente pelo aluno Caruso. O artigo objetiva o combate a intimidação, já que apesar
de Chris ser agredido constantemente, essa violência pode não ser considerada bullying
devido à forma positiva que ele reage a essa situação, em uma postura defensiva.
Influenciados por essas leituras, procuramos outros produtos culturais onde
pudéssemos observar a temática do bullying, com objetivo de colaborar na elaboração do
plano de aula. Nesses produtos pode-se observar como o bullying é abordado, quais as
consequências associadas e como os sujeitos envolvidos lidam com o fenômeno. Em 1982,
a película “ The wall”, dirigida por Alan Parker e roteirizada por Roger Waters, baseada no
LP homônimo da banda Pink Floyd, retrata a história do roqueiro Pink e mostra como vários
acontecimentos traumáticos de sua vida influenciaram em seus problemas psicológicos. Na
canção “Another brick in the wall - part II” o jovem Pink está na classe escrevendo um
poema, quando seu professor vê a cena, toma o papel das mãos do adolescente e lê os escritos
em tom de deboche para toda a sala de aula ouvir, em seguida refere-se ao poema como um
“lixo absoluto” e bate nas mãos de Pink com uma régua. O bullying psicológico que o
professor faz com o jovem é um dos fatores que no futuro lhe desencadearam traumas
psicológicos graves. Metaforicamente a ação do bullying foi mais um “tijolo no muro”
(another brickin the wall, em inglês) na sanidade de Pink.
Ainda no universo musical o bullying aparece na canção “Jeremy” da banda Peal Jam,
que fala sobre um garoto que sofria bullying na escola e seus pais não lhe davam atenção, e
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ele acaba cometendo suicídio dentro de sua sala de aula. A canção foi baseada no suicídio de
Jeremy Wade Delle, que em 1991 chegou atrasado na escola e após pegar autorização, entrou
na sala com um revólver na mão e se matou.
No ano de 2006 a empresa Rockstar desenvolveu o jogo “ Bully”, ambientado na
escola fictícia de “Bullworth Academy”, onde o jogador controla o personagem principal,
Jimmy Hopkins, um jovem rebelde e agressivo que comete e pratica Bullying na escola. O
jogo ganhou polêmica por ser violento e conter humilhação tanto física quanto moral, além
de estereotipar os alunos de diversos grupos sociais: os “nerds” são considerados feios,
atletas não são inteligentes, garotas são interesseiras e os mais abastados destacam-se por sua
futilidade. Em “Bully”, quem controla Jimmy pode frequentemente cometer bullying,
prendendo colegas em seus armários, jogando-os em latas de lixo ou xingando-os. Por essas
razões o jogo foi proibido no Brasil em 2008, sob a justificativa de ser prejudicial à formação
de criança e adolescentes devido ao seu conteúdo.
No anime “Naruto” de Masashi Kishimoto, o personagem principal sofreu bullying
quando criança, pois ele carregava dentro de si a Kurama (uma raposa de nove caudas que
causou muitas mortes na Aldeia da Folha). Mas apesar de ser constantemente zombado e
maltratado, ele era determinado em ser aceito, lidando com paciência e superando as
adversidades.
Em “Harry Potter e a Câmara Secreta”, Hermione era zombada por Draco Malfoy,
que a chamava de sangue-ruim (um bruxo/a que não tem sangue puro) e em “ Harry Potter e
as relíquias da morte” descobrimos através de memórias que o professor Severo Snape na
sua juventude sofria bullying, vindo principalmente de James Potter, pai de Harry Potter.
2.5. Metodologia
Iniciamos o nosso projeto com uma reunião para decidir qual tema deveríamos
pesquisar, realizamos o chamado “Brainstorming” (tempestade de ideias) e após algumas
sugestões percebemos que todos os integrantes do grupo trabalham ou trabalharam em
instituições de ensino e notamos que alguns de nós já haviam presenciado atos de agressões
físicas e verbais entre os alunos. Isso nos causou anseio em como sanar os efeitos desse tipo
de violência, desta forma definimos o bullying como problema a ser solucionado no projeto
integrador.
O Design Thinking, metodologia adaptada e sugerida pela Univesp, foi utilizado nas
etapas do projeto integrador. Iniciamos o projeto pela primeira etapa que é a imersão que é a
imersão, primeiramente pensamos no local que seria a base de nossas pesquisas e dentre as
várias escolas situadas em nossa região, decidimos desenvolver o projeto na Escola
Municipal Olga Breve Alves, situada no município de Cândido Mota, no interior de São
Paulo. Sendo a empatia o principal ponto para início do trabalho, queríamos saber a
incidência de bullying naquela instituição e suas reais necessidades relacionadas ao nosso
tema. Fizemos uma pesquisa de campo para consultar a opinião da comunidade escolar por
meio de formulários de aplicados de forma remota. Nossa pesquisa foi desenvolvida no foco
qualitativo, ou seja, em todo o processo priorizamos a opinião dos entrevistados, ouvimos
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pais, responsáveis, gestão escolar, docentes e principalmente aqueles que são o coração e a
razão de existir da escola: os alunos.
Cada integrante ficou responsável pela elaboração de um questionário específico, que
foram compartilhados com a facilitadora e com os demais participantes e após o aval de todos
foram inseridos no Google formulários cujo links foram enviados pela integrante Maria
Olívia via Whatsapp para a gestão, docentes das escolas, pais, responsáveis e alunos dos
quartos e quintos anos do ensino fundamental.
Após as análises das respostas dos questionários, seguimos para a próxima etapa
do Design Thinking, a ideação. Com todas as informações coletadas, realizamos um
Brainstorming para definirmos da problemática do trabalho. Fizemos o modelo de proposta
individual e percebemos que o problema maior não era o bullying, mas a preocupação com
a prevenção do mesmo, compreendemos a complexidade e abrangência do tema, duas
aulas é tempo ínfimo para tudo que gostaríamos de fazer, por isso optamos por focar em
atividades de interação e prevenção. Iniciamos a fase de prototipação, onde fizemos um
plano que contempla duas aulas de cinquenta minutos onde o principal objetivo é abordar
o bullying através de atividades que contribuam para a conscientização do mesmo e suas
consequências, além de orientar os alunos a ter empatia com o próximo.
3. RESULTADOS
gestora já presenciaram atos de bullying na escola e intervieram por meio de diálogo com os
envolvidos. Também é unânime a opinião de que as “agressões” acontecem devido à falta de
orientação familiar. A equipe gestora ainda acredita que a Escola Olga Breve Alves está
preparada para intervenções relacionadas ao bullying, pois já mediaram situações
envolvendo tal tema, além daquela instituição ser um espaço de diversidade étnica, social,
racial, onde todos os alunos são importantes e tem o direito de serem aceitos da forma que
são. Apesar da afirmação de que os docentes são qualificados, os entrevistados acreditam que
de certa maneira a atitude de um professor pode influenciar no bullying em sala de aula. Eles
acreditam que comunidade e escola podem caminhar juntas no combate ao bullying, tanto
pela observação e diálogo com pais e alunos, quanto por meio de projetos e pesquisas
voltados para teatros e músicas mostrando a diversidade étnica e racial, além da orientação
por meio de palestras para os pais e comunidade em geral.
No questionário dos pais e responsáveis (Apêndice B), eles em sua totalidade sabem
o que é o bullying e acreditam que o mesmo é prejudicial e uma falta de respeito. Grande
parte dos responsáveis disseram que conversam sobre o bullying com seus filhos e
responderam de forma unânime que os filhos não cometeram esse ato de desrespeito com os
colegas, porém alguns já viram seus filhos sofrendo bullying praticados por colegas na
escola. Para evitar o bullying eles sugeriram desde conversas rigorosas com as crianças,
chamando os pais dos envolvidos na diretoria e havendo punição para aquele que cometeu o
bullying, observação dos alunos, pois segundo foi relatado, as vezes a criança aponta o
bullying para o docente, mas o mesmo não interfere na situação. Muitos pais acreditam que
conversas e palestras frequentes sobre o tema seriam uma solução.
Em nossas análises do questionário dos professores (Apêndice C) notamos que a
maioria já presenciou bullying no ambiente escolar nas mais variadas situações: uso de
apelidos maldosos, ataques a orientação sexual, humilhações por razões sociais e raciais,
gordofobia, por dificuldade de aprendizagem ou por algum tipo de síndrome. Os docentes
afirmaram que se percebessem que um aluno estivesse infligindo ou mesmo recebendo
bullying, fariam a intervenção pela mediação e conversa, explicando a importância da
empatia (se colocar no lugar do outro). Porém caso tal conversa não desse certo, levariam
o caso para a gestão escolar. E também um docente afirmou que procuraria conversar com
as partes e investigar o motivo pelo qual o aluno tem este tipo de comportamento, pois na
maioria das vezes aquele que agride geralmente é aquele que mais necessita de ajuda.
Os professores afirmam que o bullying ocorre por diversos motivos:
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Alguns acreditam que o bullying ocorre devido a imersão em uma sociedade cruel e
intolerante que não respeitam aquilo que é diferente delas;
O sentimento de superioridade do agressor em detrimento daquele que é agredido, a
agressão o faz se sentir superior;
Por causa de uma simples brincadeira que se inicia até de forma inocente, mas com
o passar do tempo vai ficando mais séria;
Ocorre por medo do diferente e intolerância a diferença;
Falta de saber lidar com várias questões da vida;
Seja um reflexo daquilo que esses alunos vivem, muitas vezes o que faz falta é o
carinho e a gentileza que eles não têm, pois as crianças reproduzem na escola a
atitude dos pais, portanto quem primeiramente deveriam ser conscientizados são
os pais, para que eduquem seus filhos de forma mais humanizada e tolerante
Agora a opinião daqueles que são o cerne de nosso projeto, as crianças. Nesse
questionário (Apêndice D), perguntamos se já haviam sofrido bullying e metade dos alunos
respondeu que sim, sendo a grande parte na escola, mas também em ambiente familiar. A
maioria que sofreu bullying não contou para os familiares, poucos alunos assumiram já ter
praticado bullying, tanto no espaço escolar, quanto fora dele.
Segundo nossas análises qualitativas, apesar de não ter grande incidência de bullying na
instituição escolar, pais, equipe gestora e docentes concordam que é preciso trabalhar a
prevenção e conscientização e que a influência familiar pode determinar as ações dos filhos.
Uma afirmação interessante foi com relação a procurar conversar com as partes e
investigar o motivo pelo qual o aluno tem este tipo de comportamento, pois na maioria das
vezes aquele que agride geralmente é aquele que mais necessita de ajuda, pois para
solucionar o problema, é interessante ver o lado daquele que agride também, afinal não
estaria ele externando sua revolta devido a fatores familiares, situação social, fatores
psicológicos? Apesar de pais afirmarem que seus filhos não sofreram bullying, muitos
alunos que sofreram e não contaram a seus responsáveis aos responsáveis.
A partir das informações adquiridas fizemos um plano de aula e enviamos junto de um
formulário (Apêndice E) para as docentes da escola, que gostaram das ideias, mas sugeriram
algumas modificações para que a aula não ficasse entediante e repetitiva. Assim elaboramos
um novo plano com as sugestões dadas pelas professoras
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(embora não vejam nenhuma diferença entre as duas frutas). Posteriormente pegar a outra
maçã e começar a falar bem dela, incentivando as crianças a fazerem o mesmo, no final,
mostrar novamente as duas maçãs e perguntar sobre as semelhanças entre elas,
provavelmente os alunos continuarão achando as mesmas. Então, cortá-las ao meio,
provavelmente a primeira maçã que foi maltratada e xingada estará machucada e molenga
por dentro. A maçã que foi elogiada estará clarinha e fresca. A partir dessa dinâmica,
estimular que os alunos digam o que entenderam da atividade. No final explicar que o que
vimos no interior das maçãs, os machucados, os pedacinhos partidos, é como cada um de nós
se sente quando alguém nos maltrata com suas ações ou palavras.
Na segunda aula do plano inicial, a atividade proposta era compartilhar os cartazes
feito sobre o bullying. Contudo decidimos fazer a dinâmica “ Anjo da guarda”, que consiste
em um jogo de duplas, onde um irá guiar o outro pelo espaço destinado para o jogo. Aquele
está na frente deverá estar de olhos fechados e o que está atrás deverá segurar o colega pelo
ombro e deverá avisá-lo sobre quando virar para os lados ou desviar de outros colegas. Depois
inverter os papéis e perguntar como se sentiram com a atividade. Decidimos manter a análise
das tirinhas da Turma da Mônica, pois histórias em quadrinhos são um gênero textual fácil e
por ser conhecido. Eliminamos as atividades de leitura da Declaração Universal dos Direitos
Humanos e da confecção de desenhos e frases e propusemos a produção de minicartilhas ou
folders informativos, para que no final, os alunos, sejam agentes da prevenção do bullying.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa procurou contribuir no âmbito pedagógico e social, porém nosso
trabalho científico não finda aqui, pois é sempre preciso informar-se sobre o bullying e suas
consequências. Espera-se que este relatório de projeto integrador sirva de estímulo para que
a prevenção do bullying seja constante na comunidade escolar. Este trabalho foi pautado na
construção de um plano de ensino complementar às disciplinas de português e artes, com o
intuito de estimular a reflexão, solidariedade, respeito e criatividade. Assim como
mencionado logo na introdução deste relatório, uma das intenções do grupo era, por meio do
plano de ensino proposto estimular a empatia nos alunos, para que os mesmos se tornem
cidadãos. A pesquisa bibliográfica foi realizada com o intuito de tornar-se base para o
trabalho, dessa forma, grupo procurou explicar, no trecho destinado à fundamentação teórica,
em que autores e autoras o trabalho se pautou para a escrita do plano de aula. Foram
justificadas a necessidade de pesquisar esse tema tão extenso, através da argumentação
apresentada e a aplicação dos métodos, cumprimos o objetivo geral de incluir e fomentar, por
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meio de um plano de ensino para os quartos e quintos anos do ensino fundamental de escolas
públicas, com conteúdos relacionados à prevenção do bullying. O presente relatório
elaborado pelo grupo traz saberes diversos, sobre o assunto, entretanto devido a pandemia
que assola o país no fatídico momento, não pudemos aplicar o plano, todavia acreditamos
que nosso objetivo específico de determinar ações eficazes contra o bullying seja
contemplado em nosso trabalho.
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REFERÊNCIAS
ABRAMOVAY, M; RUA, M.G. Violências nas Escolas. Brasília: UNESCO, Banco
Mundial, UNAIDS, USAID, Fundação Ford, CONSED, UNDIME, 2002
FANTE, C. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a
paz. São Paulo: Verus, 2005.
MEDEIROS, Lívia Cristina Cortez Lula de. Literatura e educação: o bullying nos contos
de fada, uma discussão possível. 0212. 159 f. Dissertação (Mestrado em Educação) -
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 0212.
NEURA, Cézar. PASSOS, Luiz Augusto. Violência simbólica nos rituais legitimadores
dos processos escolares – Fenômeno bullying no ambiente escolar. Disponível em:
<http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/255_754.pdf> Acesso em:
21/10/2020.
APÊNDICES
Número de participantes: 3
1) Você, representante da equipe gestora, já presenciou algum ato de
Bullying na sua escola? Se sim, qual foi a sua intervenção?
Respostas:
1- Sim, conversei com os envolvidos.
2- Sim, estabeleci um diálogo.
3- Sim, orientei sobre o respeito ao próximo.
4) Você acredita que sua escola está preparada para intervir em ações
relacionadas ao bullying? Justifique.
Respostas:
1- Sim, como já mediei várias situações envolvendo o assunto.
2- Sim, professores qualificados.
3- Sim, pois a escola é espaça de diversidade étnica, social e racial e todos são
importantes e tem o direito de serem aceitos.
Número de participantes: 15
1) Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais,
verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos
contra um ou mais colegas. Você, pai ou responsável, já tinha ouvido
falar sobre o Bullying? Se sim, qual a sua opinião sobre ele?
2) Você costuma conversar com seu filho sobre como foi o dia dele? Se
sim, acredita que ele falaria se sofresse bullying na escola?
6) Você já viu seu filho sofrendo bullying em algum lugar específico (em
casa, na escola, em reuniões familiares) e quem foi o praticante
(professor, colegas da escola, funcionários, amigos do convívio,
desconhecidos, etc.
Respostas:
1- Não.
2- Não.
3- Não.
4- Nunca vi.
5- Não.
6- Sim, por coleguinhas na escola.
7- Na escola colegas da sala.
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8- Não.
9- Não.
10- Não.
7) Quais ações você acha que a escola deveria tomar para evitar o
bullying?
Respostas:
1- Conversando mais sobre o assunto e punindo quem continua praticando.
2- Muita conversa e regras rigorosas.
3- Conversar bastante com os alunos.
4- Conversa sempre com os alunos Cada vez mais sobre o bullying.
5- Não sei, é difícil.
6- Observar as crianças.
7- Conversar constantemente com os alunos sobre os danos d bullying.
8- Todas crianças devem ser tratadas iguais.....as vezes uma criança
reclama que um coleguinha fez ou falou alguma coisa e o professor não
acredita.e nem procura ver ou saber a verdade.
9- Tendo uma aula sobre respeitar o próximo.
10- Ter mais palestras como o projeto Proerd ,sobre o bullying para que
com as crianças tenha uma grande participação e conscientização
como deve tratar o próximo.
11- Ensinar as pessoas o respeito mútuo.
12- Falar sobre bullying e que não devemos fazer aquilo que não queríamos
para nós mesmos.
13- Levar a criança até a diretoria e chamar seus pais e falar o que houve.
14- Conversas educativas.
21
Número de participantes: 10
Respostas:
1- Mediar! Intervir com uma conversa.
2- Intervir imediatamente explicando o quão mal estão fazendo,
orientando sobre a prática desse crime é advertindo dos perigos.
3- Mostrar que não é uma atitude saudável para quem está sofrendo.
4- Sempre procurei conscientizar os envolvidos por meio do diálogo, mas
quando a situação era muito grave, levava o problema para os
gestores da escola.
5- O diálogo;
6- Procuraria conversar com as partes e investigar o motivo pelo qual o
aluno tem este tipo de comportamento, pois na maioria das vezes
aquele que agride geralmente é aquele que mais necessita de ajuda.
7- Atuaria de imediato para controlar o comportamanto. Incentivando a
solidariedade generosidade o respeito às diferenças. Trabalhando
também a empatia em sala de aula.
Número de participantes: 17
1) Bullying é a situação que se caracteriza por agressões intencionais,
verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva por um ou mais alunos
contra um ou mais colegas. Você já sofreu Bullying?
Apêndice E
Aula 1-Atividade 1 - Nessa atividade propomos fazer uma roda de conversa com os
alunos e levantar as informações que sabem sobre o bullying e ouvir o que todos
pensam. Qual sua opinião sobre esse tipo de atividade? Acredita que a roda de conversa
é importante?
Sim
Atividade muito válida, super importante esse tipo de discussão em uma roda de conversa,
que deve ser vista como algo fundamental na educação.
Sim, muito importante.
Sim. É uma forma de analisarmos o comportamento e fala dos alunos.
Sim, é importante porque é ums situacao de diálogo e intercambio de ideias.
Sim, muito, pois o diálogo conscientiza.
Sim, é o compartilhamento dos saberes
Muito importante.
Sim, muito importante fazer o resgate do conhecimento prévio.
Acredito ser muito importante partir daquilo que os alunos sabem levantando seus
conhecimentos prévios, isto dá um norte para o início de trabalho pautado nas ideias da
turma e de suas dúvidas e desta maneira enxergá-los mais de perto e sem achismos.
Aula 2 Atividade 1 - Aqui propomos fazer uma roda de conversa com os alunos para
lerem os cartazes produzidos e reforçar as informações sobre o Bullying. Qual sua
opinião sobre essa atividade.
Aprovada
Ótimo
É sempre bom reforçar o tema com leituras de produções dos alunos.
Boa
Bom,
Interessante porque lendo o que o outro escreveu estimula a compreensão do assunto.
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Sim mostrar que existem leis e que estas oferecem direitos, são importantes para ficar
claro que toda ação tem uma consequência e que todos para viverem em sociedade
precisam conhecê-las e respeitá-las.
Atividade 4 - Propor que façam desenhos e frases sobre o assunto abordado nas aulas.
Na sua opinião, essa atividade é relevante?
Sim
Sim, pois podem informar mais alunos da escola.
Sim. Muitas pessoas se expressam através dos desenhos.
Sim.
Acredito que toda atividade de resgate da aprendizagem é importante para que o profe ssor
possa analisar o que foi realmente interiorizado pelos alunos.
Sim, poderemos analisar o que de fato aprenderam.
Bastante
Nao
É uma atividade muito boa, pois assim sempre ficam na memória.
Sim, bem interpretadas oferecem mecanismos importantes de observações daquilo que
nem sempre é exteriorizado pelos alunos.
Qual opinião sobre nosso plano de aula? O que podemos melhorar? Tem alguma
sugestão de atividade?
As sugestões foram dadas ao longo das respostas. Gostei bastante do plano! Parabéns!
O Plano de aula é bom.
Depoimentos e estudos de casos, ajudariam algumas crianças a dizerem de suas próprias
experiências.
Muito bom
O tema é bom, porém a aula se baseia em leituras e desenhos. Podemos abordar o
assunto em dinâmicas, teatro, músicas que as vezes se tornam mais interessantes.
Adorei! O tema deve sim ser abordado sempre. É nosso dever como educadores ficarmos
atentos e orientarmos nossos alunos a praticarem o bem.
Este plano está muito bom, porém acredito que poderia ser acrescentada alguma ação
social efetiva para que os alunos pudessem sentir-se realmente agentes de transformação
social no ambiente em que vivem.
Excelente plano de aula, ser trabalhado todos os anos, como conteúdo fixo.
Plano de aula bem elaborado
Um bom plano.
Está excelente , a sugestão e que sempre é bom reforçar a questão do bullying ,pois cada
vez está mais difícil o respeito .
O plano é ótimo, apenas sugiro que além de atividades sejam criados vínculos. Qualquer
ser humano precisa de atenção e de um pouquinho de tempo e da disposição do outro. São
ações muitas vezes invisíveis aos olhos, mas perceptíveis ao coração.
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Apêndice F
31
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33
34
35
36
37
38
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44
Apêndice G
45
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