Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3. Resultados e Discussão
4. Metabolismo dos carbohidratos
Segundo Campos (2009), metabolismo é o processo geral por meio do qual os sistemas
vivos adquirem e usam energia livre para realizarem suas funções.
Levando em consideração as ideias do autor acima citado, pode-se perceber que
o metabolismo desempenha um papel preponderante nos seres vivos, cujo a partir
desses processos metabólitos, o homem consegue ganhar forças para realizar as suas
actividades diárias.
Para Campos (2009), ressalta que este processo se divide em duas partes:
1. Catabolismo ou degradação – é o processo no qual os nutrientes e os constituintes
celulares são degradados para aproveitamento de seus componentes e/ou para geração
de energia realizando oxidação – processo exergônico.
2. Anabolismo ou biossíntese: processo no qual as biomoléculas são sintetizadas a
partir de componentes mais simples – processo endergônico (utiliza a energia liberada
durante o catabolismo).
Nas ideias do autor anterior faz-nos perceber que. após a absorção dos carboidratos nos
intestinos, a veia porta hepática fornece ao fígado uma quantidade enorme de glicose
que vai ser liberada para o sangue e suprir as necessidades energéticas de todas as
células do organismo.
As concentrações normais de glicose plasmática (glicemia) situam- se em torno
de 70 - 110 mg/dL, sendo que situações de hipergicemia tornam o sangue concentrado
alterando os mecanismos de troca da água do líquido intra celular com o líquido extra
celular, além de ter efeitos degenerativos no sistema nervoso central (SNC). Sendo
assim, um sistema hormonal apurado entra em acção para evitar que o aporte sangüíneo
de glicose exceda os limites de normalidade.
Os harmónios pancreáticos insulina e glucagon possuem ação regulatória sobre a
glicemia plasmática. Não são os únicos envolvidos no metabolismo dos
carboidratos (os hormônios sexuais, epinefrina, glicocorticóides, tireoidianos e
outros também influenciam a glicemia), porém, sem dúvida, esses são os mais
importantes. Idem
4.1. Glicólise
Segundo (Joaquim,2009), a glicólise tem origem na via catabólica central, são usadas as
moléculas de glicose como uma fonte de energia. Essa molécula é única fonte em
algumas células, também atua como precursores para síntese de algumas substâncias,
esta via possui 2 fases e 10 reacções, que são de glicose a piruvato, sendo que os
açúcares utilizados são isómeros D
Concordando com as ideias dos autores, podem também dizer que graças a glicose que
apresentamos energia e disposição diária, essa glicose é convertida em energia a partir
de vários processos e cada processo suas etapas até que se forme o produto desejado,
que é a energia que mantem o individuo para sua locomoção.
4.2. Fermentação
A fermentação é um termo geral para a degradação anaeróbia da glicose ou de outros
nutrientes orgânicos para obtenção de energia, conservada como ATP. Como os
organismos vivos surgiram inicialmente em uma atmosfera sem oxigénio, a quebra
anaeróbia da glicose provavelmente seja o mais antigo mecanismo biológico de
obtenção de Energia a partir de moléculas orgânicas combustíveis, (Nelson,2002).
O sequenciamento do genoma de vários organismos revelou que algumas
arquibactérias e alguns microrganismos parasitas são deficientes em uma
ou mais enzimas da glicólise,mas possuem as enzimas essenciais da via;
provavelmente realizem formas variantes de glicólise. No curso da
evolução, a sequência dessas reacções químicas foi completamente
conservada; as enzimas glicolíticas dos vertebrados são estreitamente
Nelson,2002).
Para entender estes processo, pesquisas similares feitas por autores como Nelson
(2002), ele diz que, na sequência de aminoácidos e na estrutura tridimensional, às suas
homólogas em levedura e no espinafre. A glicólise difere entre as espécies apenas nos
detalhes de sua regulação e no destino metabólico subsequente do piruvato formado. Os
princípios termodinâmicos e os tipos de mecanismos regulatórios que governam a
glicólise são comuns a todas as vias do metabolismo celular.
Em alguns tecidos vegetais e em certos invertebrados, protistas e
microrganismos como levedura da fabricação da cerveja e do pão, o piruvato é
convertido, em hipoxia ou condições anaeróbias, em etanol e CO, um processo chamado
de fermentação etanólica.
Para Nelson (2002) a oxidação do piruvato é um processo catabólico importante, mas o
piruvato também tem destinos anabólicos. Ele pode, por exemplo, prover o esqueleto
carbônico para a síntese do aminoácido alanina ou para a síntese de ácidos graxos.
A formação de ATP e NADH acoplada à glicólise. Durante a glicólise, parte da
energia da molécula de glicose é conservada na forma de ATP, enquanto a maior parte
permanece no produto, o piruvato. A equação geral da glicólise é:
Para cada molécula de glicose degradada a piruvato, duas moléculas de ATP são
geradas a partir de ADP e P, e duas moléculas de NADH são produzidas pela redução
de NAD.O aceptor de hidrogénio nessa reacção é NAD1, ligado a uma estrutura de
Rossmann como mostrado. A redução de NAD1, ocorre pela transferência enzimática
de um ião hidreto (:H2) do grupo aldeído do gliceraldeído-3-fosfato para o anel de
nicotinamida de NAD1, gerando a coenzima NADH reduzida. O outro átomo de
hidrogénio da molécula de substrato é liberado para a solução como H (Conn,1990).
Nas ideias dos autores acima citados, fazem-nos reflectir dos mecanismos que
existem enzimas que foram mencionadas pelos que na falta de uma ou duas o processo
organismo.
JOSE
CRISTINA MANJUTE
4.3.3. O piruvato é oxidado a acetil-CoA e CO2
A reacção geral catalisada pelo complexo da piruvato-desidrogenase é uma
descarboxilação oxidativa, um processo de oxidação irreversível no qual o grupo
carboxil é removido do piruvato na forma de uma molécula de CO2, e os dois carbonos
remanescentes são convertidos ao grupo acetil da acetil-CoA. O NADH formado nessa
reação doa um ião hidreto (:H2) para a cadeia respiratória, que transferirá os dois
electrões ao oxigénio ou, em microrganismos anaeróbios, a um aceptor de electrões
alternativo, como nitrato ou sulfato. A transferência de electrões do NADH ao oxigénio
gera, ao final, 2,5 moléculas de ATP por par de electrões, (Goldberg 1990)
A irreversibilidade da reacção do complexo da PDH foi demonstrada nos
experimentos feitos por Nelson t al, (2002), ele faz seu experimento com marcação
isotópica: o complexo não pode religar CO2 radioactivamente marcado à acetil-CoA
para formar uma molécula de piruvato com o carboxil marcado. Na abaixo o autor
também demostra como este processo ocorre.
Fonte4: (Goldberg 1990)
Estágio 2: a oxidação dos grupos acetil no ciclo do ácido cítrico inclui quatro etapas nas
quais os electrões são removidos. Estágio 3: os electrões carreados por NADH e
FADH2 convergem para uma cadeia de transportadores de electrões mitocondrial (ou,
em bactérias, ligados à membrana plasmática) – a cadeia respiratória – reduzindo, no
final, O2 a H2O. Este fluxo de electrões impele a produção de ATP, (NELSON,2002).
4.3.4. Reacções do ciclo de krebs
Agora serão focalizados os processos por meio dos quais a acetil-CoA é oxidada. Essa
transformação química é realizada pelo ciclo do ácido cítrico, a primeira via cíclica.
Para iniciar uma rodada do ciclo, a acetil-CoA doa seu grupo acetil ao composto de
quatro carbonos oxaloacetato, formando o composto de seis carbonos citrato. O citrato
é, em seguida, transformado a isocitrato, também uma molécula com seis carbonos,
o qual é desidrogenado com a perda de CO2 para produzir o composto de cinco
carbonos a-cetoglutarato (também chamado de oxoglutarato). O a-cetoglutarato perde
uma segunda molécula de CO2, originando ao final o composto de quatro carbonos
succinato. O succcinato é, então, convertido por quatro etapas enzimáticas ao composto
de quatro carbonos oxaloacetato – que está, assim, pronto. (NELSON,2002).
Explicações de pesquisadores como Nelson (2002), ele explica que, para reagir
com outra molécula de acetil-CoA. Em cada rodada do ciclo entra um grupo acetil (dois
carbonos) na forma de acetil-CoA, e são removidas duas moléculas de CO2; uma
molécula de oxaloacetato é utilizada para a formação do citrato e uma molécula de
oxaloacetato é regenerada. Não ocorre nenhuma remoção líquida de oxaloacetato;
teoricamente, uma molécula de oxaloacetato pode participar da oxidação de um número
infinito de grupos acetil, e, na verdade, o oxaloacetato está presente nas células em
concentrações muito baixas,
Quatro das oito etapas deste processo são oxidações, nas quais a energia da oxidação é
Conservada de maneira muito eficiente na forma das coenzimas reduzidas NADH e
FADH2. Como mencionado antes, embora o ciclo do ácido cítrico seja fundamental ao
metabolismo gerador de energia, sua função não está limitada à conservação energética.
Intermediários do ciclo com quatro e cinco carbonos servem como precursores para uma
ampla variedade de produtos. Idem
Para repor os intermediários removidos com este propósito, as células utilizam reacções
anapleróticas (de reposição), as quais são descritas a seguir.
Eugene Kennedy e Albert Lehninger mostraram em 1948 que, em eucariotos, o
conjunto inteiro das reacções do ciclo do ácido cítrico acontece na mitocôndria. Foi
mostrado que as mitocôndrias isoladas não apenas continham todas as enzimas e
coenzimas necessárias para o ciclo do ácido cítrico, mas também todas as enzimas e
proteínas necessárias para o último estágio da respiração – a transferência de electrões e
a síntese de ATP pela fosforilação oxidativa. Como será visto nos capítulos posteriores,
a mitocôndria também contém as enzimas para a conversão de ácidos graxos e alguns
aminoácidos em acetil-CoA, e para a conversão oxidativa de outros aminoácidos em a-
cetoglutarato, succinil-CoA ou oxaloacetato, (AMABIS & MATHO, 1997).
Dessa maneira, em eucariotos não fotossintéticos, a mitocôndria é o local onde ocorre a
maioria das reações oxidativas geradoras de energia e a síntese acoplada de ATP. Em
eucariotos fotossintéticos, a mitocôndria é o principal local de produção de ATP no
escuro, porém, à luz do dia, os cloroplastos geram a maior parte do ATP desses
organismos. Em bactérias, as enzimas do ciclo do ácido cítrico estão no citosol, e a
membrana plasmática desempenha uma função semelhante àquela da membrana
mitocondrial interna para a síntese de ATP.Idem
4.3.5. A sequência das reacções do ciclo de krebs é quimicamente lógica
Segundo Goldberg (1990) a acetil-CoA produzida pela quebra de carboidratos, gorduras
e proteínas deve ser completamente oxidada a CO2 para que o máximo da energia
potencial possa ser extraído destes combustíveis. No entanto, a oxidação directa do
acetato (ou da acetil-CoA) a CO2 não é bioquimicamente possível. A descarboxilação
deste ácido com dois carbonos produziria CO2 e metano (CH4).
Neste caso também poderíamos afirmar que, o metano é quimicamente estável, e
com excepção de certas bactérias metanotróficas que crescem em nichos ricos em
metano, organismos não possuem os cofactores e enzimas necessários para a oxidação
do metano.
4.3.6. O ciclo de krebs tem oito etapas
No exame das oito etapas de reacção consecutivas do ciclo do ácido cítrico, será dada
especial ênfase nas transformações químicas que ocorrem à medida que o citrato
formado a partir de acetil-CoA e oxaloacetato é oxidado produzindo CO2 e em como a
energia dessa oxidação é conservada nas coenzimas reduzidas NADH e FADH,
(CAMPOS,2009).
4.3.7. Formação do citrato
Segundo (NELSON,2002) a primeira reacção do ciclo é a condensaçãomde acetil-CoA e
oxaloacetato para a formação do citrato, catalisada pela citrato-sintase, como é
ilustrado na figura 3 abaixo
:
Fonte: Goldberg (1990).
Nessa reacção, as representações da figura 3 de Nelson (2009), faznos entender
que o carbono do metil do grupo acetil é unido ao grupo carbonil (C-2) do oxaloacetato.
Citroil-CoA é o intermediário transitoriamente formado no sítio ativo da enzima. Esse
intermediário é rapidamente hidrolisado em CoA livre e citrato, que são liberados do
sítio activo. A hidrólise desse intermediário tio éster de alta energia torna a reacção
directa altamente exergônica.
Para Campus (2009,p120), ele diz que a grande e negativa variação de energia livre
padrão da reacção da citrato-sintase é fundamental para o funcionamento do ciclo, pois,
como mencionado anteriormente, a concentração de oxalá acetato normalmente é muito
baixa.
A CoA liberada nessa reacção é reciclada para participar da descarboxilação
oxidativa de outra molécula de piruvato pelo complexo PDH. A citrato-sintase
mitocondrial foi cristalizada e analisada por difracção de raios X na presença e na
ausência de substratos e inibidores. Cada subunidade dos homodímeros da enzima é um
único polipeptídeo com dois domínios, um dele grande e rígido, e o outro menor e mais
flexível, com o sítio activo entre eles. Oxaloacetato, o primeiro substrato a se ligar à
enzima, induz uma grande alteração conformacional no domínio flexível. Idem
MATIEDE JUDITE
Até aqui foi esmiuçada uma rodada completa do ciclo do ácido cítrico. Um grupo acetil
com dois carbonos entra no ciclo combinando-se com o oxaloacetato.
Dois átomos de carbono saem do ciclo na forma de CO2 pela oxidação do isocitrato e do
a-cetoglutarato. A energia liberada por estas oxidações foi conservada pela redução de
três NAD1 e um FAD e pela produção de um ATP ou GTP.
No final do ciclo, uma molécula de oxaloacetato foi regenerada. Lembre que os
dois átomos de carbono que emergem como CO2 não são os mesmos dois carbonos que
entraram na forma de grupo acetil; rodadas adicionais são necessárias para que estes
carbonos sejam liberados na forma de CO2, AMABIS & MATHO, 1997.
Fonte: Nelson (2002).
Figura 5: Produtos de uma rodada do ciclo do ácido cítrico. A cada rodada do ciclo do
ácido cítrico, três moléculas de NADH, uma de FADH2, uma de GTP (ATP) e duas de
CO2 são liberados em reacções de descarboxilação oxidativa. Aqui, e em algumas das
figuras seguintes, todas as reacções do ciclo estão representadas como se elas
ocorressem em apenas uma direcção, lembre-se, entretanto, que as maiorias das
reacções são reversíveis (AMABIS & MATHO, 1997).
Segundo AMABIS & MATHO, (1997 Lavoisier foi o primeiro a demonstrar que
animais vivos consomem oxigénio, gerando dióxido de carbono. Mas, foi somente no
começo do século XX que demonstrou que as oxidações biológicas são catalisadas por
enzimas intracelulares. Sabemos que a glicose é completamente oxidada a CO2 por
processos conhecidos como Glicólise e Ciclo do Ácido Cítrico. Examinaremos agora,
como os electrões são removidos e transportados, a partir da glicose, por processo de
oxidação. A completa oxidação da glicose por oxigénio molecular é descrita pela
seguinte equação redox:
Para ver mais claramente a transferência dos electrões, dividiremos a equação em duas.
Na primeira reacção os carbonos da glicose são oxidados:
Nos sistemas vivos, o processo de transferência de electrões que conecta essas reacções
parciais, ocorre através de um caminho complexo que culmina com a liberação de
energia livre na forma de ATP (Adenosina Trifosfato). Idem
Os 12 pares de electrões envolvidos na oxidação da glicose não são transferidos
directamente ao O2. Antes, eles são transferidos para as coenzimas NAD+
(Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo) e FAD (Flavina adenina Dinucleotídeo)
para formar 10 NADH + 2 FADH2 nas reacções catalisadas pelas enzimas
glicolíticas e enzimas do ciclo do ácido cítrico. Os electrões passam, então, para
uma cadeia transportadora de electrões onde, através da reoxidarão do NADH e
FADH2, participam de redução-oxidação de cerca de 10 Centros redox até
reduzir O2 em H2O, (Gaw, 1999).
5.1. Complexo I
O Complexo I é constituído por:
b) Duas (ou três) proteínas Fe/S, isto é, proteínas que têm como grupo prostético,
associações de ferro e enxofre, com potenciais redox diferentes.
A FMN, ao perder os seus dois electrões a favor das proteínas de Fe/S, perde
igualmente os dois protões, do lado oposto da membrana, isto é, no espaço
intermembranar. Diz-se que os protões
5.2. Complexo II
O complexo II, ou complexo b-c1, é constituído pelos citocrómios b , c1e c.Os
citocrómios são proteínas que possuem como grupo protético, um heme, isto é, uma
estrutura molecular tetraporfírica (como se encontra na hemoglobina) que encerra um
ião ferro, o qual se pode encontrar alternativamente no estado ferroso Fe2+ ou
Fe++ ↔ Fe+++ + e-
MUANAICHA ISSUFO
de e elétrons, transloca 2 prótons para o espaço intermembranar. Tal fato poderá estar
relacionado com alterações alostéricas ao nível das proteínas dos citocrómios.
Como se viu, uma parte desta energia foi empregue na translação de protões, da matriz
para o espaço intermembranar (protões extraídos dos NADH2 e FADH2 e portões
provenientes da fase aquosa da matriz). A oxidação de um NADH2 traduz-se na
translocação de 6 protões; da oxidação de um FADH2 resulta a translação de 4 protões.