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Presidente Prudente/SP
Setembro de 2020
A PREVENÇÃO DO FEMINICÍDIO E A PROMOÇÃO DA SAÚDE DAS MULHERES
RESUMO: Este projeto de doutorado tem como objetivo a análise das práticas de promoção da
saúde desenvolvidas pelos movimentos feministas na busca de alternativas para viver sem
violência no Brasil, onde as estruturas de poder que institui os homens como superiores aos
corpos não masculinos ainda é muito forte. O objetivo principal é compreender a
espacialização de dados nacionais sobre violência contra as mulheres e sua relação com o
patriarcado. Para isso, é importante analisar os mecanismos de prevenção ao feminicídio no
país, bem como analisar a promoção da saúde feminista a partir das práticas de sororidade dos
encontros de mulheres violentadas em casas-abrigo. Para isso, buscarei os dados que
permitam identificar os lugares mais violentos no Brasil e que possuam casas-abrigo.
Posteriormente irei realizar trabalhos de campo para avaliar as experiências concretas que
promovem à saúde através de relatos orais de mulheres que estão com a vida em risco e estão
abrigadas. Utilizarei da memória individual para compreensão do patriarcado-classista-racista
que circunda a vida delas a partir de eventos específicos de violência, afim de alcançar os
objetivos de comparação com as realidades das mulheres dentro da produção coletiva das
transrracionalidades feminista. O número de participantes será definido a partir do método de
saturação e a tese será construída em conjunto com as sujeitas participantes.
Palavras-chave: Feminicídio, Promoção da Saúde, Sororidade, Mulheres, Cartografia
ABSTRACT: This doctoral project aims to analyze the health promotion practices developed by
feminist movements in search of alternatives to live without violence in Brazil, where the
power structures that establish men as superior to non-male bodies is still very strong. The
main objective is to understand the spatialization of national data on violence against women
and its relationship with patriarchy. For this, it is important to analyze the mechanisms of
feminicide prevention in the country, as well as to analyze the promotion of feminist health
based on the sorority practices of the encounters of women raped in shelters. For that, I will
look for the data that allow to identify the most violent places in Brazil and that have shelter
houses. Later on, I will carry out fieldwork to evaluate the concrete experiences that promote
health through oral reports of women who are at risk for their lives and who are sheltered. I
will use individual memory to understand the patriarchy-classist-racist that surrounds their
lives from specific events of violence, in order to achieve the objectives of comparison with the
realities of women within the collective production of feminist transrationalities. The number
of participants will be defined using the saturation method and the thesis will be built together
with the subject participants.
Keyword: Feminicide, Health Promotion, Sorority, Women; Cartography
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A PREVENÇÃO DO FEMINICÍDIO E A PROMOÇÃO DA SAÚDE DAS MULHERES
1. INTRODUÇÃO
“Era el 7 de febrero a las ocho de la tarde, cuando iba a devolverle la plancha a mi tío
Héctor y me mete dedos. Febrero 20… y así sucesivamente le daba la hora, la tarde, la
mañana iba. Les conte que uma mañana me estaba bañando, siento un portazo al que no
doy pelota, escucho un segundo portazo y se me mete a la ducha. Cuando corro la cortina
estaba él ahí, le decía:” ¡no tío, no tío, por favor; no tío!”, me tocaba, me hacía de todo,
hasta que agarré y sentía una voz que decía: “Ahí viene, ahí viene” y digo:” ¡Gracias a Dios
se fue!” (...) Así que sola fui e hice la denuncia y ahí le conté todo. Yo tuve que levantarme
y hacer yo la denuncia. Cuando yo llego de la comisaría con una psicóloga, mi papá de
rodillas lloraba pidiéndome perdón” (Entrevistada KA -Mendonza-ARG, 2018, p.305)
1
A corporeidade, utilizada neste trabalho, se apoia no sentido de fluidez, de representação e das
relações entre anatomia e identidade social, proposto por Linda McDowel (1999).
2
Esta pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP),
processo nº 2017/07058-5 e possui vínculo com o financiamento de Bolsa de Estágio de Pesquisa no
Exterior (BEPE/FAPESP) processo 2018/08455-0.
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A PREVENÇÃO DO FEMINICÍDIO E A PROMOÇÃO DA SAÚDE DAS MULHERES
Enfim, trabalhar tantos meses com relatos das mulheres que tiveram suas vidas
marcadas pelas lutas para conter as violências, através das práticas que promovem a vida, com
a construção do feminismo camponês e popular, despertou o interesse pela sororidade
produzida nos movimentos feministas frente ao patriarcado e as violências, afinal, é notório
que “o patriarcado representa tanto uma estrutura de poder baseada tanto na ideologia
quanto na violência” (SAFFIOTI, 2004, p.60).
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A PREVENÇÃO DO FEMINICÍDIO E A PROMOÇÃO DA SAÚDE DAS MULHERES
Como nos ensina Federici: “a história das mulheres é a história das classes” e, desta
forma, “mulher” é uma categoria de análise legítima (FEDERICI, 2018, p.31). Mulher, como
categoria de análise do fenômeno aqui proposto, não se encerra no sexo feminino, incorpora
as identidades de gênero e sexuais dissidentes que a matriz cultural-colonial não tolera que
existam (BUTLER, 2019; LUGONES, 2014).
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A PREVENÇÃO DO FEMINICÍDIO E A PROMOÇÃO DA SAÚDE DAS MULHERES
relação com o patriarcado no espaço brasileiro a partir dos dados nacionais, disponíveis em
órgãos nacionais e institutos de pesquisa, correlacionando-os com a oferta de equipamentos
de prevenção ao feminicídio no Brasil e, a partir de uma cartografia feminista crítica –
perspectiva que será melhor detalhada adiante, e do método materialista histórico dialético,
viso compreender como as lutas feministas impactam diretamente as políticas municipais e
estaduais para a implementação destes equipamentos públicos. Para lograr com o objetivo de
compreender a saúde sonhada pelas mulheres brasileiras, pretendo identificar as práticas de
promoção da saúde feminista a partir das práticas de sororidade dos encontros de mulheres
violentadas em casas-abrigo, visitadas em trabalhos de campo nos Estados da federação mais
nocivos às vidas femininas.
3
Formação socioespacial é uma categoria formulada pelo Professor Milton Santos (1977) derivada da
Formação Econômica e Social enquanto modelo teórico de Marx. Segundo ele, trata-se da
"inseparabilidade das realidades e das noções de sociedade e de espaço inerentes à categoria da
formação social e desenvolver uma reflexão original, visando conduzir a uma teoria do espaço, apoiada
nos pressupostos da construção intelectual de uma outra categoria: de formação sócio-espacial”
(SANTOS, 1979, p.19).
4
A expressão feminicídio foi formulada originalmente em inglês e é atribuída a Diana Russell, que a teria
utilizado pela primeira vez em 1976, durante um depoimento perante o Tribunal Internacional de
Crimes contra Mulheres, em Bruxelas.
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pragmática de justificar a escravidão e o genocídio dos povos. A luta das sobreviventes, não
brancas, proporcionou uma fonte de resistência anticolonial e anticapitalista durante mais de
500 anos (FEDERICI, 2017). O contexto era de violência extrema e “as mulheres latinas, as não
brancas, sofrem ainda mais com o sistema de gênero moderno colonial” (LUGONES, 2014,
p.17), porém, “foram as mulheres que defenderam de forma mais ferrenha o antigo modo de
existência, e que se opuseram com mais veemência à nova estrutura de poder- provavelmente
devido ao fato de serem também as mais afetas” (FEDERICI, 2017, p.400).
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O Brasil é signatário da Declaração dos Direitos Humanos (1948); Convenção Americana de Direitos
Humanos (1969); da Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher
(1979) e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, mais
conhecida como Convenção de Belém do Pará (1994). Em âmbito nacional, o direito das mulheres é
assegurado na Constituição Federal (1988) e reforçado pela Lei Maria da Penha LEI Nº 11.340, (2006).
6
O termo feminicídio ganhou grande representação política nos movimentos feministas na América
Latina e foi incorporado na Lei Brasileira em 2015 com a Lei do Feminicídio (13.104/2015), que alterou o
Código Penal brasileiro ao tipificar esse crime – homicídio de mulheres, mortas pelo fato de serem mulheres.
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violência doméstica". "Em alguns países, o número de mulheres que telefonam para serviços
de apoio dobrou.7"
A primeira casa criada para ser um abrigo para mulheres vítimas de violência foi em
1971, na Inglaterra, com o nome “Refúgio de Chiswick”. Já na metade da década de 70
diversos países como a Irlanda, o Canadá, os Estados Unidos, a Austrália, contavam com
abrigos para mulheres (SOARES, 1999). Segundo SEIXAS (2008), nos Estados Unidos o combate
à violência contra a mulher foi muito tensionado e, em 1974 criou-se o primeiro abrigo no
país. Seis anos depois já existiam 150 abrigos em funcionamento, chegando a mais de 1300 na
década de 1990.
7
https://nacoesunidas.org/chefe-da-onu-alerta-para-aumento-da-violencia-domestica-em-meio-a-
pandemia-do-coronavirus/ Acesso em 06 de abril de 2020.
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O primeiro abrigo da América Latina se chamou “Casa Protegida Júlia de Burgos” e foi
criado em 1979, em Porto Rico. No ano de 1982 surgiu no Peru o abrigo “A Voz da Mulher”. Ele
foi criado por uma mulher indígena que transformou sua própria casa em um local para
receber mulheres que sofriam violência. O primeiro abrigo do Brasil foi criado em São Paulo
(SP), no ano 1986, com o nome “Centro de Convivência para Mulheres Vítimas de Violência
Doméstica” (CONVIDA) e esteve em funcionamento por três anos. No ano de 1990, em Santo
André (SP), foi criada a segunda casa abrigo e funcionou por dois anos.
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a Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Munic 2018, realizada pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística - IBGE. Este estudo identificou todos os 5.570 municípios brasileiros,
revelando que somente 134 municípios brasileiros possuem casa-abrigo. Conclui-se daí que a
insuficiência de casa-abrigo é reforçada pela problemática da sua distribuição irregular pelo
país, como mostrado na figura 01:
Fonte: Pesquisa de Informações Básicas Municipais (IBGE, 2018). Elaboração: A autora, 2020.
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projetos independentes do serviço público, criado e gestado por mulheres ativistas (SOARES,
1999; ROCHA,2007; SEIXAS, 2008). Segundo Rocha, “eram mulheres se solidarizando com
outras mulheres, realizando uma intervenção voltada ao atendimento de seus problemas e
necessidades diante da situação de violência, na perspectiva de sua libertação” (ROCHA, 2007,
p. 213).
Ainda segundo o IBGE, em 2018, dos 1109 municípios com organismo executivo de
política para mulheres, 90,5% foram geridos por mulheres que, em sua maioria, encontram-se
na faixa de 41 a 60 anos (48,9% do total de mulheres), demonstrando que são as mulheres
que respondem à urgência na redução das desigualdades de gênero sob uma perspectiva
emancipatória, com base nos direitos humanos e não mais sob a ótica assistencialista
tradicional (FARAH, 2004; HIRATA, 2014; SILVEIRA, 2004).
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Na graduação, a promoção da saúde começou a ser estudada quando a aluna desenvolveu o projeto
de iniciação científica com o título “Acessibilidade aos serviços de saúde e mobilidade urbana de
pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica na Região da Alta Paulista”, fomentado pela FAPESP, com a
duração de um ano e prorrogação por mais um ano, suscitando em dois anos de bolsa para pesquisa de
Iniciação Científica sob o processo: 2014/05095-2
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A PREVENÇÃO DO FEMINICÍDIO E A PROMOÇÃO DA SAÚDE DAS MULHERES
Logo, este projeto pretende evidenciar os movimentos feministas pelas suas práticas
de promoção de saúde e a notoriedade destas pela busca de alternativas para produzir e se
reproduzir no espaço atual, o qual constitui-se de tensão (MOREIRA, 2010), principalmente
pelos diferentes corpos que o constituem, produzem e importam nas experiências espaciais.
Como propõe a geógrafa Haraway (1988), todas as formas de conhecimentos são
“conhecimento situado e corporificado”.Sendo assim, a promoção da saúde exige o aporte do
raciocínio da Geografia, pois se faz necessário o reconhecimento da saúde enquanto produção
de transrracionalidades, como ato revolucionário de se manter viva!
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COSTA, T. L. A invenção da sororidade: sentimentos morais, feminismo e mídia. Tese (doutorado) -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola da Comunicação, Programa de Pós-Graduação em
Comunicação, 2019.
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Ao longo dos anos vimos amplo debate sobre o conceito de gênero nas ciências sociais, porém, este
conceito sem vincular no tempo e no espaço, ou seja, com a sociedade patriarcal, não apresenta as
relações de poder, de dominação-exploração do masculino pelo feminino. Sendo assim, falar sobre
FEMINISMOS se faz necessário, pois não podemos considerar o gênero como um conceito “neutro”,
pois, sem contextualizar a estrutura social que sustenta os gêneros, não conseguimos vincular este
conceito a emancipação humana (SAFFIOTI, 2004).
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A PREVENÇÃO DO FEMINICÍDIO E A PROMOÇÃO DA SAÚDE DAS MULHERES
3. OBJETIVOS
3.2.1. Analisar dados nacionais sobre violências contra as mulheres, bem como,
identificar os Estados da Federação mais violentos para com os corpos não masculinos
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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isso, a produção de mapas não será somente o fim, o resultado, mas o ponto de partida para
as análises, conforme algumas referências consideradas fundamentais para o projeto.
Em primeiro lugar, parto das ideias de Crampton e Krygier (2008, p.89) quando
afirmam que os "mapas são ativos: eles constroem conhecimento ativamente, eles exercitam
poder e eles podem ser meios poderosos de promoção de mudanças sociais".
Segundo Prado Filho e Teti (2003) “existem tantas cartografias possíveis quanto
campos a serem cartografados” (p.46) e a metodologia adotada não pode ser um conjunto de
procedimentos estabelecidos duramente, pois deve se levar em consideração que a
cartografia social se refere a campos de forças e diz mais a respeito a movimentos do que algo
estático. Sendo assim, o método não é um conjunto de regras, mas “estratégia de análise
crítica e ação política, olhar crítico que acompanha e descreve relações, trajetórias, formações
rizomáticas, a composição de dispositivos, apontando linhas de fuga, ruptura e resistência”
(PRADO FILHO e TETI, 2003, p.47).
Sendo assim, a cartografia feminista crítica e social que pretendo produzir se baseia no
desejo de produzir uma cartografia crítica para além da consolidada cartografia crítica, pois
“propõem outras ontologias e epistemologias espaciais” (SILVA, 2014, p. 97), se conformando
como uma cartografia fruto do desejo de ser subversiva, e o desafio de se produzir
heterotopias, como proposto por Focault (2001), que possibilitem a liberdade (PRADO FILHO e
TETI, 2003), sendo esta cartografia parte de um projeto de resistência política de nós
mulheres.
Nesta etapa, o relato oral será utilizado para captar eventos específicos que a
pesquisadora pretende enfocar no trabalho, portanto, geralmente é mais curto em questão de
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tempo ao se inserir na história oral- o relato oral não tem perguntas fixas como explica Harres
(2008):
Os resultados obtidos através desta pesquisa serão analisados através da união entre
a teoria e o trabalho empírico. Afinal, os trabalhos de campo são a base para a compreensão
do real concreto, do fenômeno social a partir das contradições de sua própria existência, o
entendimento acerca do papel do trabalho de campo, muito se aproxima de Cecília Minayo
(1994):
É por causa disso que método materialista histórico dialético é intrínseco à essa
pesquisa, pois “o fato de que a maior parte dos fenômenos não possam ser explicados de
forma isolada é uma consequência da complexidade destes fenômenos na realidade” (FLICK,
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2009, p. 23). Neste sentido, esta pesquisa de doutorado, enquanto um estudo geográfico,
serve sobremodo,
Desta forma, a pesquisa qualitativa será o eixo condutor para a análise do real. E
trabalhar com pesquisa qualitativa é assumir uma postura- política-geográfica frente a
construção de dados do real, pois:
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Compreendendo que a memória tem uma dimensão individual e que muitos de seus
referentes são sociais, nós pesquisadoras devemos ver para além da memória individual
(CHAUÍ, 1995). Ao captar a memória individual pelos relatos orais das mulheres que sofreram
violência doméstica e estão abrigadas em casas-abrigo, viso compreender o fenômeno social
ao qual a pessoa está inserida, porém é necessário que se apreenda a potencialidade da
totalidade a partir da memória intersubjetiva, da memória compartilhada e da coletiva para a
compreensão destas como representações sociais do fenômeno.
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A PREVENÇÃO DO FEMINICÍDIO E A PROMOÇÃO DA SAÚDE DAS MULHERES
Espaço, Tempo e Memória, ofertada pela coordenação do programa e que tem caráter
obrigatório, a disciplina corresponde a 06 créditos e está em processo de avaliação de
conceito. No momento estou cursando no PPGG/UNESP a disciplina Movimentos
Socioterritoriais e Questão Agraria da América Latina e Caribe, com total de 06 créditos e
estou matriculada na disciplina Tópicos Especiais: Oficina de escrita científica, que tem
previsão de início no mês de outubro, e equivale a 03 créditos. Informo que para os créditos
vou cursar como aluna especial a disciplina Tópicos Especiais II: Geografias Feministas e das
Sexualidades do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Ponta
Grossa (PPGG/UEPG), que tem equivalência de 04.
2. Levantamento bibliográfico;
Será realizado um intenso levantamento de estudos sobre o tema por meio de
artigos científicos, notícias, periódicos – tanto nacionais quanto internacionais- teses e
dissertações, considerando a abordagem de revisão narrativa, a fim de se realizar uma síntese
qualitativa crítica sobre o desenvolvimento da temática da pesquisa nas Ciências Humanas
com ênfase na ciência geográfica. O levantamento será realizado a partir de bases de acesso
livre a ciência a partir das palavras-chave dessa pesquisa, as quais destacam-se: prevenção do
Feminicídio; promoção da saúde feminista e práticas de sororidade.
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7. Redação do trabalho;
A produção textual da tese será feita durante todo o processo de pesquisa, sendo
esta uma atividade cotidiana e continuada.
9. Exame de qualificação;
10. Revisão final e defesa.
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