1) No início do século XX, nordestinos começaram a migrar para a região do Maranhão e avançaram até Imperatriz, estabelecendo assentamentos rurais ao longo dos rios.
2) Entre 1953-1963, a produção de arroz na região dobrou e beneficiadores de arroz de outras regiões instalaram-se em Imperatriz, criando um importante eixo comercial.
3) A rodovia Belém-Brasília facilitou a chegada de fazendeiros de outros estados à região de
1) No início do século XX, nordestinos começaram a migrar para a região do Maranhão e avançaram até Imperatriz, estabelecendo assentamentos rurais ao longo dos rios.
2) Entre 1953-1963, a produção de arroz na região dobrou e beneficiadores de arroz de outras regiões instalaram-se em Imperatriz, criando um importante eixo comercial.
3) A rodovia Belém-Brasília facilitou a chegada de fazendeiros de outros estados à região de
1) No início do século XX, nordestinos começaram a migrar para a região do Maranhão e avançaram até Imperatriz, estabelecendo assentamentos rurais ao longo dos rios.
2) Entre 1953-1963, a produção de arroz na região dobrou e beneficiadores de arroz de outras regiões instalaram-se em Imperatriz, criando um importante eixo comercial.
3) A rodovia Belém-Brasília facilitou a chegada de fazendeiros de outros estados à região de
Há uma tendência a identificar o inicio do soerguimento econômico da
Amazônia com a construção da Belém-Brasília, os incentivos fiscais e a criação da SUDAM. Trata-se de uma meia-verdade, pois nenhuma dessas medidas por si teria efeito considerável, não fosse a existência de certas precondições que vinham lentamente amadurecendo. As novas frentes iniciaram-se no final da década de 1930 e se beneficiaram da ação governamental Marcha para o Oeste.
Por volta das primeiras décadas do século passado iniciou-se a penetração de
nordestinos no Maranhão, que avançou até Imperatriz. Moradores do Sudoeste do Maranhão deslocavam-se para a região do Itacaiúnas, realizando a descida do Rio Tocantins, de Imperatriz para Marabá. O padrão usual de ocupação consistia nos indivíduos embrenharem-se na mata e escolherem um sitio considerado favorável, em geral junto a um curso d’agua (igarapé) ou pequena lagoa: em terreno com barro, considerado vantajoso para a lavoura e a criação de porcos, oferecendo, ainda, material para a construção de casas. Estabeleciam-se com suas famílias e realizavam suas queimadas. Quando houvesse um sitio considerado especialmente privilegiado, havia a tendência à formação de um aglomerado. A medida que um aglomerado se expande, transforma-se no local da primeira comercialização, podendo chegar a oferecer rudimentos de instrução escolar para as crianças. A partir daí cria-se o centro, que é o local onde se encontra a roça de um ou mais lavradores. Em 1951, Serafim Canafista da Silva, maranhense que havia migrado para a região em 1929, se estabeleceu e um local na região de Apinagés, onde encontrou algumas barracas abandonadas de castanheiros junto a um igarapé, dano origem à localidade de São Domingos das Latas, que viria a ser tornar o município de São Domingos do Araguaia.
Entre 1953 e 1963, a área de cultura e o volume de produção de arroz na região
duplicaram. Instalam-se em Imperatriz beneficiadores de arroz vindos e Sul criando-se um importante eixo comercial Imperatriz-Anápolis. Outra corrente migratória surge na região, com a chegada de pecuaristas baianos e goianos.
Com a construção da rodovia Belém-Brasília, abriu-se um ramal até a cidade de
Marabá, a PA-70, o que facilitou a chegada de fazendeiros de Minas Gerais, Bahia e Espirito Santo à região. VIII – A TRANSAMAZÔNICA
Em março de 1970 o governo federal anunciou a construção de várias rodovias
no território nacional, entre elas a Transamazônica, que tinha a função de ligar o Nordeste ao Amazonas, passando pela cidade de Marabá. Em janeiro de 1972 a estrada já tinha alcançado Altamira. Observa-se a enorme transformação ocorrida com o advento da estrada. A principal impressão que fica da construção da Transamazônica é que representa o coroamento do processo de quebra do isolamento da região. A médio prazo a estrada pode oferecer condições de escoamento para a produção que poderão se beneficiar todos os lavradores. Todavia, é bastante provável que a entrada de pessoas na área vá suplantar de muito a capacidade de absorção, nos seus desdobramentos futuros, pelo projeto do INCRA, que aparece como possivelmente inadequado em sua finalidade declarada de absorver um contingente ponderável de mão-de-obra nordestina. Nas regiões mais despovoadas da Transamazônica na direção do Xingu e adiante, os riscos na aplicação da politica de colonização e a questão de terras podem ser menos evidentes a curto prazo, mas acabarão por se revelar se não houve uma preparação adequada para um povoamento de massas.
A abertura da Transamazônica favoreceu o desenvolvimento de municípios
como São Domingos do Araguaia, que apesar de não estar à beira da estrada, viu sua economia crescer com a abertura da mesma, onde a construção de um ramal ligando a sede do povoado à estrada incentivou a mudança de vários comerciantes do Apinagés para lá. A abertura da Transamazônica constituiu-se no golpe de morte sobre a navegação fluvial.