Você está na página 1de 5

NARRADORES DE JAVÉ. Direção: Eliane Caffé.

Produção: Vânia Catani e


Bananeira Filmes. Roteiro: Luiz Alberto de Abreu e Eliane Caffé. Intérpretes:
José Dumont, Matheus Nachtergaele, Nélson Dantas, entre outros. Lumière e
Riofilme, 2003. 1 DVD (102 min).

As relações humanas entre indivíduos têm vida própria e peculiar, que


ultrapassa as características de seus componentes e se manifesta não só na
relação de um grupo com outro, mas também, e principalmente, nas relações
que os membros de um grupo mantêm entre si.

No filme, Narradores de Javé, as relações humanas é o principal foco. O filme


trata da historia de Javé, um povoado que está prestes a ser inundado para a
construção de uma usina hidrelétrica. Para evitar que essa tragédia ocorra, os
moradores de Javé resolvem passar sua história para o papel no intuito de
tentar transformar o local em patrimônio histórico, impedindo a sua inundação.
Porém, o único adulto alfabetizado do povoado é Antônio Bia, que havia sido
expulso da cidade devido a uma confusão que ocorreu. Ele então é incumbido
de recuperar a história e transpor para o papel de forma "científica" as
memórias dos moradores.

Ao decorrer do filme os moradores da cidade da cidade se mostram figuras


curiosas. Cada qual com sua peculiaridade, ao mesmo tempo em que são
totalmente diferentes possuem características que os assemelham.

No inicio do filme, ao discutirem o que poderia ser feito para preservar o


povoado, nota-se que todos tinham opiniões diversas, mas em algo eles
concordavam, precisavam salvar Javé. Mesmo sendo diferentes no pensar e
no agir, todos possuíam o mesmo objetivo, e se uniram para chegar em um
consenso.

No filme, fica claro o porquê as diferenças nas relações humanas são tão
necessárias. A discórdia sempre ocorre quando pessoas com pensamentos
diferentes, mas essa diferença que dá origem a uma sociedade.

No momento em que Biá se une com cada morador para escrever o livro, ele
observa que cada um tem um ponto de vista completamente diferente.
Aparecendo ai o primeiro problema para a conclusão do livro.

No fim, Biá desiste de escrever o livro, pois todos querem o seu nome, mas as
historias são muito diferentes.

O que fica explicito no filme é que as diferenças são necessárias para o


sustento das relações humanas. Já que do ponto de vista teórico as relações
humanas resultam da mútua interação interindividual e coletiva, interação esta
que gera uma dinâmica que é uma área das ciências sociais, em particular da
sociologia e da psicologia, chamada de dinâmica de grupos, esta procura
aplicar métodos científicos ao estudo dos fenômenos grupais. Do ponto de
vista aplicado ou técnico, as relações humanas são medidas e direcionadas
pela dinâmica de grupos, que é o método de trabalho baseado na teoria do
relacionamento interpessoal e intermodal.
Enfim, a primeira vista pode parecer só mais um filme brasileiro. Mas não,
Narradores de Javé é uma historia de como as diferenças são necessárias no
convívio, e de que, quando estão em prol de um mesmo ideal, as diferenças se
tornam aliadas.
FASB – FACULDADE DO SUL DA BAHIA
DIREITO 1ºB

NARRADORES DE JAVÉ

EVA CRISTINE SANTOS GUEDES

TEIXEIRA DE FREITAS – BA
MAIO/2010
FASB – FACULDADE DO SUL DA BAHIA
DIREITO 1ºB

NARRADORES DE JAVÉ

Trabalho apresentado à disciplina Ética e


Teologia como requisito parcial
da avaliação continuada, orientado
pelo professor Joelson Pereira.

TEIXEIRA DE FREITAS – BA
MAIO/2010

Você também pode gostar