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Curso de Direito
FICHAMENTO DO CAPÍTULO I –
FEIRA DE SANTANA – BA
2020
FABIANE SILVA BARBOSA
FEIRA DE SANTANA - BA
2020
CAPÍTULO V
Todas as doutrinas procuram uma resposta para “O que é Direito?” e por isso
foram criados alguns critérios em relação a essa dúvida. O primeiro critério diz que a
norma jurídica tem uma relação intersubjetiva, ou seja, relação de uma pessoa com
outra, tendo um caráter de bilateralidade que é quando uma pessoa tem dever e a
outra tem direito.
O segundo critério apoia também que o direito é sim uma relação
intersubjetiva, mas de forma especifica, ou seja, as que são necessárias para a
conservação da sociedade, por exemplo ressarcir um dano causado é essencial
para a conservação da sociedade, mas cumprimentar alguém na rua, não é. Cada
sociedade tem suas regras de conduta, porque, o que é uma norma social para uma,
talvez seja norma jurídica para outra.
O terceiro critério diz que independente da forma, do conteúdo, do fim, as
normas jurídicas são criadas por um poder soberano, diz-se soberano uma pessoa
ou um grupo de pessoas que detém do poder. O segundo critério é insuficiente
porque as normas para conservação da sociedade dependem de quem está no
poder e escolhe o que é essencial ou não.
O quarto critério concorda que as normas são criadas por um soberano, mas
que sejam criadas de forma justa, porque o supremo valor da justiça se inspira na
justiça. Mas esse critério tem um defeito a partir do momento em que se entende
justiça como igualdade. Se as normas jurídicas são criadas para que seja possível a
igualdade entre os cidadãos, o que seria considerado justo? A igualdade no mérito,
trabalho ou status?
O quinto critério diz que se procura a natureza especifica da norma jurídica no
modo como é acolhida pelo destinatário. Nesse critério tem-se duas soluções: a
primeira é aquela que diz que a norma jurídica é obedecida pelas vantagens que se
possam tirar e a segunda que se esta diante de uma norma jurídica e a quem ela se
dirige esta convencido da sua obrigação e age como estado de necessidade,
enquanto as normas não jurídicas são caracterizadas por um menor senso de
dependência.
Uma norma prescreve o que deve ser feito. Se uma ação não corresponde ao
que está escrito, diz que a norma foi violada, e a essa violação se da o nome de
ilícito. Toda violação tem uma consequência relacionada a gravidade da norma que
foi violada, que se chama sanção. A sanção moral é interior, como sentimento de
culpa, incomodo, angustia, por violar uma norma moral, por exemplo, a de não
mentir; a sanção social é característica de normas sociais, ou seja, normas de
costume, educação, da vida em sociedade, que torna a convivência mais fácil; a
sanção jurídica é externa e institucionalizada.
Quando se fala em sanção institucionalizada, se entende três coisas: para
toda violação de uma regra, tem uma sanção relativa; é estabelecida a medida da
sanção e as pessoas encarregadas de efetuar essa execução. Distinguir os filósofos
do passado e do presente é dividir entre sancionista e não-sancionista. Em relação
as não-sancionistas existe a adesão espontânea, que diz que a sanção não é
elemento do direito porque um ordenamento jurídico conta uma adesão espontânea,
ou seja, uma obediência as regras, não por medo das consequências, mas por
habito.
Todo ordenamento jurídico tem normas que ninguém sabe indicar qual seria a
consequência em caso de violação, chamado de normas sem sanção, como por
exemplo, uma norma antiga do código civil italiano que diz “O filho, qualquer que
seja sua idade, deve honrar e respeitar os genitores”. Quando se trata desse caso,
temos suas validações: a primeira se trata de normas que se resolvem na
consciência popular, e a sanção é considerada inútil, ou se trata de normas
estabelecidas por autoridade tão alta que se torna impossível a criação de normas.
CAPÍTULO VI
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BOBBIO, Norberto. Teoria da norma jurídica.6. ed. Tarino: G. giappichelli,1958-
1993.