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GEORGE B.

THOMAS

VOLUMEl

-
PEARSON
Addison
\\'esley
Site eom material de
apolo pan1 profHSOr•c
••studlntll
snow

Limites e continuidade

RESUMO O conceito de limite é uma idéia central que distingue o cál -


e
culo da ;ilgebra c da trigonometria. fundamen tal para cakular a tangente de
uma curva ou a velocidade de um objeto.
Neste capítulo, desenvolveremos o conceito de limite. primeiro intuitiva·
mente e depois forma lmente. Usamos limites para descrever corno uma fun-
çãofvaria. Algumas funções variam continuamcr\h.'i pequenas mudanças em
x produzem apenas pequenas mudanças em Jt.<). Outras funções podem ter
valores que saltam ou variam erraticamente. A noção de limite fornece um ca·
minho preciso para distinguir esses comportamentos. A aplicação geométrica
de usar limites p3ra definir a tangente de uma curva leva imediatamente ao
importante conceito da derivada de uma função. A de.rivada, que investigare·
mos com detalhes no Capítulo 3. quantifica a taxa na qual os valores de uma
função va1·iam.

Taxas de variação e limites


Nesta seção, apresentaremos as taxas de variação média e instantânea, que
levam à idéia principal da seção - a idéia de lilnite-.

Velocidades média e instantânea


A velocidade média de um corpo c1n movimento durante um intervalo
de tempo é obtida dividindo-se a distância percorrida pelo tempo gasto para
percorrê-la. A unidade de medida é o comprimento por .unidade de tempo:
quilômetros por hora, pés por segundo ou o que for adeq11ado para resolver o
problcrn.Cl ern questão.

EXEMI'L() I Determinando a velocidade media

Uma pedra se desprende do topo de um penhasc<>. Qual é sua velo-


cidade média durante

(a) os primeiros 2 s de queda?


(b) o intervalo de 1 s entre o segundo 1 e o segundo 2?

SOLUÇÀO Para resolver este problem a, usam<>s o fato- desco-


berto por Galilcuno flm do século XVI - de que um objeto sól.i do que
entrar em queda livre a partir do repouso~ próxinlo à superfície da Ter-
ra. percorrerá uma distância proporcional ao quadrado do tempo que
levou caindo. (Estamos pressup ondo que a resistência do ar seja insu ..
Ociente para deter a queda do objeto, e qu e a gravidade seja a única
Capítulo 2 limites e continuidade 67

Companion força atuando sobre ele. Chamamos esse tipo de movimento queda
Websile livre.) Se y indica a distância percorrida em metros após t scgundosJ
llio~rJiil hisu)rica então a lei de Galileu é
y=4.9tl
Galilcu Galilci
(1564-1642) onde 4,9 é a constante de proporcionalidade.
A velocidade média da pedra em dado intervalo de tempo é a variação
na distância, !J.y, dividida pela duração do intervalo de tempo, flt.
~ . . 2 t;.y 4,9(2)' -4, 9(0)'
(a) .ntra os pnmetros s: - = ... 9,8 m/s
t;.r 2-0
t;. 4 9(2)' -4 9(1)'
(b) Do scg11ndo I ao segundo 2: ..1: = ' ' - 14,7 ml s.
t;.r 2-1

O próximo exemplo examina o que acontece quando observamos a


velocidade média de um objeto em queda durante intervalos cada vez
menores.

EX.EJ\IPI.O 2 Determinando a vclcx:ida<ic instant:inca


Calcule a velcx:idade da pedra em queda MS instantes r= I e I = 2 s.
SOI.UÇÃO Podemos calcular a velocidade média da pedra no inter-
valo [1•• r0 + 11], de duração t;.r = h, da seguinte maneira:

t;.y 4,9(r0 +h)' - 4, 9r0 ' (I)


-;
t;.t
Não podemos usar essa fórmula para calcular a velocidade "instantâ-
nea» em t0 substituindo h = O, pois não podemos dividir por uro. Entre·
tanto. podemos us~\.la para calcular as velocidades médias em intervalos
cada vez mais curtos, começando em t0 = I e t0 = 2. Ao fazermos isso~
podemos ver um padrão ('tabela 2.1 ).

TABELA 2.1 Velocidades méd;as em pequenos


intervalos de tempo
1 2
Vclocid:ademédia: ó.y 4,9(10 +11) -4,910
t;.r Ir
Dunçiodo Vtlocid:t.dc Vtlodd:ad~

fnt~n·Alo d~ m.édi~ de- dur.to(io médi~ no


tempo h comc~ando em intcrwJo de duraçio
,, lo= I h (On\cçandocm
t 0 =l

14.7 l4,5
O. I 10,29 20.09
0.01 9.M9 t9.649
0.001 9.8049 19.6049
O.OOOt 9,80049 19,600-19

A velocidade média em intervalos começando em t0 = l parece se


aproxünar de um va_lor-limitc 9,8 à medida que o tamanho do intervalo
diminui. Isso sugere que a pedra esteja C.\indo a. uma velocidade de 9,8 mfs
a /0 = 1 s. Vamos confirmar isso algebricamente.
snow
68 Cálculo

Se estabelecermos t0 =I e depois expandirmos o numerador na Equa·


ção (I) e o simplificarmos, teremos:

óy 4,9(1 + 11)1 - 4.9(1)1 4.9(1 + 211 + 111 ) - 4.9 9,811 + 4,911' 98 91


- - - - - , +4, r
Ól " IJ h
Para valores de h diferentes de O~ as expressões à direita c à esquerda são
equivalentes e a velocidade média é 9,8 + 4,9h m/s. Agora, podemos ver
por que a velocidade média apresenta o vaJor-limite 9,8 + 4,9(0) = 9,8 m/s
à medida que h se aproxima de O.
De modo semelhante, estabelecendo t0 = 2 na Equação (I), o procedi·
mcnto resulta em

Ay = 19,6+4,9h
Ar

para valores de h diferentes de O. Quando h se aproxima de 0, a velocidade


média em t0 = 2 s atinge o valor·limitc <!c 19,6 m/s.
y
Taxas médias de variação e retas seca n tes
Dada a função arbitrária y =j(x), calculamos a taxa média de variação de y
em relação a x. no intervalo (x 1, x 2Jdividindo a variação do valor de y, ó.y =

Sec:tntc IIAy
I
ft.x2) - ft.x 1) , pelo comprimento Ax = x, - x 1 = lt do intervalo ao longo do qual
a variação ocorre.

l
l Definição 1àxa média de vari:\Ção num intervalo
~-;~~-~-~---~;;h-----i A taxa média de variação de y = j(x) em rclaçãoax no intervalo (x,,x,) é
i Ay f(x, )- f (x,) f(x, + lt) - /(x,) lt .,
0
-0;;1---7--------~-·' llx x: - xl l1 •
'" ' Xz
l'IGURA 2. 1 Uma reta secantc ao gráfico Geometricamente, a taxa de variação de f no intervalo [x1, ·'li é o coefi.
de y = j(x). Seu coeficiente angular é ;i;.
a ciente angular da reta que passa nos pontos P(x,,ft..<,)) c Q(x,,j(x, )) (Figum
t.a.xa média de variação de f no intervalo 2.1). Em geometria, uma reta que une dois pontos de uma <:urva é umasccan·
(x, ;.<,). te em relação à curva. Portant~ a taxa média de variação def desde x1 até x 2 é
igual ao coeficiente angular da sccantc PQ.
Biólogos experimentais muitas vezes querem saber a que taxas populações
crescem sob condições controladas de laboratório.

EX.E.\1 PLO 3 To1.'" média de crcs<inwntodc unl.1 população llhoratorial


A figura 2.2 mostra como uma população de moscas·das·frutas
(Drosophila) cresceu num experimento de 50 dias. O número de moscas
(oi contado a intervalos regulares, os valores averiguados foram coloc..1.·
dos num gráfico em relação ao tempo, e os pontos foram unidos por uma
curva cheia (em azul na Figura 2.2). Calcule a taxa média de crescimento
do dia 23 ao dia 45.
SOLUÇÃO Havia 150 moscas no dia 23 e 340 no dia 45. Logo, o
número de moscas aumentou em 340- !50 = 190cm 45-23 = 22 dias. A
taxa média de variação da população do dia 23 ao dia 45 foi
~taxa ntt:' d'1a de vanaçao:
. . -Ap - 340-150 .... 190 '11$ Só
,
/d'
mos~s · 1a.
AI 45-23 22
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 69

,,
~1--r-r-r-r-r-r-~~~/~
v~( Q(l l40)

I
.g2 wo
:1--1-+-1----+-1-[-;,D'
l-+-1-~
- 2-ll-1-o- v.V ',;r""/).,
VI "'' Y90
0< $,6] M ""''dio
ISQ ,., .• I )
~ /:f 61=22
., IOOI-+-I--1:;/;Y-+-1-+-1-+-l
z sol-+-+t..--1
- 'J.1/.L-!-1f-l- + ++-I
1
o lO 20 40 50
Tempo (dias)
FTGURA 2.2 Crescimento de uma população de moscas-das-
frutas num experimento controlado. A taxa média de variação
ao longo de22 dias é o coeficiente angular llp/t;t da secantc

Essa média é o coeficiente angular da secante que passa pelos pontos P


c Q no gráfico da Figura 2.2.

A taxa média de variação do dia 2~ ao dia 45 calculado no Exemplo~ não


revela a rnpidcz. com que a população estava variando no dia 23 em si. Para
isso, preds.."'Ullos examinar intervalos mais próximos ao dia em questão.

f:XF.Ml'I.O • A 1a.a de crescimento no <lia V


A qual velocidade o número de moscas na população do Exemplo ~
estava crescendo no dia 23?
SOLUÇÃO Para responder a essa questão, cxaminarnos as taxas mé·
dias de variação em intervalos de tempo cada v.cz mais curtos, começando
no dia 23. Em termos geométricos, podemos o-bter essas taxas ao calcular
os coeficientes angulares das secantes de. P a Q, para uma seqüência de
pontos Q que se aproxima de Pao longo da cur.va (Figura 2.~).
,,
8(35. 350) // ~
350
Cocftdcntc angulu de ~
' gh / Q(..:!_S. 340)
Q PQ ,. âplât (mos(aS.Jdia)
~
v :100

(45, 340) 340 - 150 - 8 6


4S 23 - ,
v,
o
E 250
.," 'lOO
-j{: ~
~ 1'(23, 150) ~
~30- ISO_ ISO
(40, 330) 106 "E

~~
40 - 23 - '
'"
z I()()
310- 150 ~ 133
(35, 310)
3S 23 - ' 50
..::.
--
265- ISO _ o ? w 3() 40
(~0. 50
23- 164 " I \
/
265) 30 - .
11(14. 0) Tempo (dias)
FIGURA 2.3 Posições e coeficientes angulares das quatro secantes que passam pelo ponto J>
na curva das moscas (Exemplo 4).
Os valores da tabela mostram que os coeficientes angulares das se-
cantes vão de 8,6 a 16.4 conforme a coordenada t do ponto Q diminui
de .!(5 para 30, e esperariamos que os coeficientes angulares subi_ssern
70 Cálculo

ligeiramente conforme t prosseguisse rumo a 23. Ceometricamente,


as secantes giram em torno de P e parecem aproximar~sc da reta preta
da figura, uma reta que passa por P na mesma dircçio em que a curva
passa por P. Veremos que essa reta é denominada tangente à curva em
P. Como a reta aparentemente passa pelos pontos (14, O) e (35, 350),
seu coeficiente angular será

JSO-O = 16,7 mosC11S/dia(aproximadamente).


35 - t4
No dia 23 a população estava crescendo a uma taxa de cerca de 16,7
moscas/dia.

A taxa de queda da pedra (Exemplo 2) no instante t = l e I= 2 e a taxa de


variação da população (Exemplo 4) no dia t = 23 s.lo chnmndas taxas instaurA·
11ea.s de vadação. Como os exemplos sugerem. encontramos ta.xas instantâneas
como vaJores·limite das taxas médias. No Exemplo 4, também descrevemos a
tangente à curva de população no dia 2.3 co•no a posição-Umitc das retas secan-
tcs. T~\.xas h\stantâncas e retas tangentes estão intjmamente ligadas e aparecem
em muitos outros contextos. Para falarmos sobre a conslru ç.."io das duas c para
entendermos sua melhor ligaçã~ precisamos irwc.sOgar o procc.sso pelo qual
dctcmlinamos os valores·1ünitc, ou limites. co.rno vamos ch:amá·los.

Limites dos valores das funções


Nossos exemplos v~m sugerindo a idéia de limite. Vi.\mos começar com
uma definição informal de limite) deixando a definição precisa para quando
tivermos uma idéia melhor do conceito.
Sejaj{.t) definida em um intervalo aberto em tomo de x0 , exceto talve-z em
x0• Se j(x) fica arbitrariamente próximo de L (tão próximo quanto quisermos),
para todos os valores de x suficientemente próximos de .xo, di:z:cmos que f tem
Um i te L quando x tende a .l'0 e escrevemos
límf(x)= L
.~ ...
que se lê "o limite dej(x), quando x tende a X.• é c: Essencialmeme, a definição
diz que os valores de j(x) ficamo próximos ao número L sempre que x estiver
próximo de x. (em qualquer lado de x0). Essa definição é "infonnal" porque as
expressões arbitmriame11te próximo e suficientemente próximo são imprecisti.S; seu
GJgr,ific~do de~r,dc do corHcxto. Partl um met~l{ugico q\le fabrica um piu.ào,
próximo pode significar alguns centésimos de milímelro. Para um astrônomo que
estudagaláxiasdi$tantes, próximo pode significar algutJs millwre:sdemrm;.Juz. En·
trctanto, a dcfinjção é su6cicntcmc."llte clara para pcrmmr o reconhecimento c o
cálculo dos limites de funções cspccifiC1ls. Quando começarmos a testar teoremas
sobre limites, porém, vamos necessitar da definição precisa dada na Seção 2.3.

EXI;MI'LO 5 Comporttuncnto de umn funçao perto de um ponto

x~' l
Como a função j(x) = -~­
x- I
se comporta próximo de x =- J?
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 71

y SOLUÇt\0 A fórmula dada def'inefpar a todos os números reais


x, exceto x;; I (não podemos dividir por zero). Para qualquer x ;e 1,
podemos simplificar a fórmula, fatorando o numerador e cancelando
2 os fatores comuns:

Y=/(.t): .TI - I (x -l)(x +I)


.\" - I f( x) = - x+l ·parax~ I
x- 1

Portanto, o grá.fico def é a reta y ; x + I sem o ponto (1, 2). Esse ponto
é apresentado como um "buraco· na Figura 2.4. Emboraf(l) não seja defi·
nida, está dttro que podemos tornar o valor de j(x) tão pr6ximo de 2 quntJ·
to tJUisermos, escolhendo x suficientermmte próximo de I (Tabela 2.2).

TABELA 2.2 Quanto mais próximo x estiver de 1, mais próximo


j(x) = (x'- l )l(x-l) parcccestarde2
X~- 1
Valores de x acima c abaixo de I j(x)=--= x+l, X" I
x-1
0,9 1.9
X
1,1 2.1
0,99 1,99
FIGURA2.4 O gráfico de f é idêntico ao 1,01 2.01
da reta y = x + l, exceto em x = I, onde f 0,999 1,999
não é definida (Exemplo 5). 1,00 1 2.001
0,999999 1.999999
1,000001 2,000001

Dizemos que j{x) se aproxima do limite 2 conforme x se aproxima de


l. c escrevemos

·-·
limf(x) ; 2 ou

EXEMPLO() O valor do limite não dcpt."ndc do modo como a run-


ç5o é dcfimda em .\·()
Na Figura 2.5, a funçãof apresenta limite 2 quando x ->!,mesmo que/
não esteja definida para x = 1. já a função gaprtsenta limite 2 quando x ... l1
mc:~HU) qu~ 2-:.; g( 1). A funçãv h é a únic;:a cujo Htrnite é ioual au s~u valur em
x = !,quando x ->I . Para Ir, tcmoslim....,,lr(x) = lr(l). Essa igualdadeelltrc
limite e valor da função é especial. Voltaremos a ela na Seção 2.6.
)'

2 2

FIGURA 2.5 Os limites dej{x),g(x)


~'--:+--"'"-+ ·' - -)L--::-If---'--+x
e h(x) são iguais a 2 quando x se apro- o o
xima de I. No entanto, somente Ir(.<) x' - I
tem o mesmo valor de função que seu
limite em x = I (Exemplo 6).
(a) /(:r) • :r1 - I
.t - 1
(b) gtr) •
l
x=T.
I. .r = I
(c) /t(.t) • x +1
snow
72 Cálculo

As vezes, podemos avaliar lim.,.,,Jtx) calculando Jtx0). Isso se aplica, por


exemplo, sempre que j{x) é uma combinaç.i.o algébrica de fimções poUnomiais
e trigonométricas para a qual j(x0 ) está definida. (Falaremos mais sobre isso
nas seç()es 2.2 e 2.6.)

EXEMPI.O 7 Corno determinar os limilcs calculandoJtx,)

(a) ,_,
lim (4) = 4

(b) ~m(4) = 4
..--..u
(c) limx = 3
x-l

,_,
(d) lim(Sx - 3)=10 - 3=7

(e) lim ~ =.±!:i= _ !_


,_., x + S - 2+5 3

EXEMPLO 8 As funções constante c identidade têm limites em


todos (')S pomos

(a) Se féa funçào idenüdadcj(x) = x, então para cnda valor de x0


(~) Fui)Çõio idemidnde (Figuro 2.6a),
lim f(.<) = lim x = x,
)' x~..-. Jl-";

(b) Se f é a função constantc)tx) = k (função com valor constante k),


então para qualquer valor de x0 (Figuro 2.6b),
)'=k
lim f(.<)= lim k = k
.c....... ~·.

Por exemplo,
- - - - - - - ,01----'---->.< limx=3 e lim (4)=1im(4)=4
'• ...., ·- ~1 ... :
Testaremos esses resultados no Exemplo 3 da Seção 2.3.
(b) função consnmh:

FIGURA 2.6 Funções do Exemplo 8.


Algumas situações em que os limites podem não existir são ilustradas na
Figura 2.7 e descritas no próximo exemplo.

)' )' J'

)'=
I
O. ·'<O
I. .T~O
)' =

I!.
J(
0.
... o
X • 0
"'"'
"'"'
'I

o '"
----:-+m1H++--+-----.<
o: .. )' D
,o. I
xs o
111 sc:n i ' .r>O
-t '
(a) FunçOO de salto uni1ãno (.\:v) (b)g(.<) (c)/(.<)

FIGURA 2.7 Nenhuma dessas funções tem um limite à medida que x se aproxima de O (Exemplo 9).
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 73

EXEMPLO 9 Uma função pode não ter limite em dado ponto de


seu domínio
Discuta o comportamento das seguintes fu11ções quando x _. O.

(a) U(x)= r· x<O


t, x<:O

(b) g(x)= r;.o. x .. o

x=O
o.
(<) f(x)= 1
{sen-, x>O
X

SOLUÇAO
(a) A função salta: A função de salto unitário U(x) não tem limite quan·
do x ~ O, porque seus valores salta1n em x =O. Para valores ncgaüvos
de x arbitrariamente próximos de zero. U(x) = O. Para valores positi·
vos de x arbitrariamente próximos de zero, U(x) = l . Não há um tínico
valor de L do qual U(x) se aproxime quan&o x-+ O(Figura 2.7a).
(b) A função cresce demais JHirn ter um limite: g(x) não tem um limite
quando x -+ O, porque g cresce arbítra.rial!llentc muilo em valor ab-
soluto quando:< ~ O e não se mantém próxirno de nenlrum valor real
(Figura 2.71>).
(c) A função oscila demais pnra ter 11m limite:/(."') não tem limite quando
x....,. O. porque os valores da função oscilant entre + 1 e - I em cada in~
tervalo aberto que contém O. Os valores não se mantêm próximos de
qualquer número quando x-> O(figura 2.7c).

Usando calculadoras e computadores para estimar


limites
As tabelas 2.1 c 2.2 ilustram o uso de uma calculadora ou computador para
estimar um limite numeric-amente quando x se aproxima de ·'<I· Esse procedi·
mento também daria certo no caso de limites de funções como as apresenta·
das no Exemplo 7 (trata-se de funções contlm.ns. estudadas na Seção 2.6). No
entanto, cnlculodorn:. e computndorc:> podem dnr vnlorcs fai.$OS c imprC$$ÔCS
errôneas no caso de funções que sejam indefinidas em certo ponto. ou que não
apresentem limite nesse ponto. O cálculo diferencial nos ajuda a reconhecer
quando uma calculadora ou computador está fornecendo urna informação
estranha ou ambígua sobre o comportamenco de uma funç-do perto de certo
ponto (veja as seções 4.4 e 4.6). Por ora, precisamos apenas estar atentos às
armadilhas que podem existir quando se usam dispositivos computacionais
para estimar o valor de um limite. Eis um exemplo.

EXEMPLO l O Estimando um limite

"· .
~tunc
. . de 1.nn ~x'+I00
o 11m1tc , - 10
~--o x·
74 Cálculo

SOLUÇÃO A Tabela 2.3 lista valores da função para vários valores


próximos de x-== O. Conforme x se aproxima de O, nos valores :t i; ±0,5;
:1:0,1 0: e :1:0,01, a função parece se aproximar do número 0,05.
À. medida que tomamos valores ainda menores de x. z.O,OOO!S; ;:0,000 l;
±0,00001 e ±0,00000 1, a fu nção parece se aproximar do valor O.
Então, qual é a resposta? t 0,05 ou O, ou outro valor qualquer? Os
valores apresentados pela calculadora ou pelo computador são ambí-
guos, mas os teoremas sobre limites estudados na próxima seção vão
confirmar que o valor-limite correto é 0,05(= 1/20}. Problemas como
esse demonstram o poder do raciocínío matemático. quando desen-
volvido, sobre as conclusões a que podemos chegar fazendo a lgumas
observaçõe-S. As duas abordagens apresentam prós e contras quando se
quer descobtir as re.alidades da Jlatureza .

./x' +I00-10 .
TABELA 2.3 Valores de f(x) = próxunodex=O
X
fornecidos pelo computador
X j(x)

±I
0,0498761
±0,5 0,049969
• aproxima-se de 0,051
±O, I 0 049999
±0,01 0,050000
±0,0005
0,0800001
±0,0001 0,000000
±0,00001 O,OOOOOO aproxima-se de O?

±0,000001 0,000000

Exercícios 2.1

Limites obtidos graficamente 2. Para a função j{t) aqui ilustrada~ encontre os seguintes li~
mites ou explique por que eles não existem.
I. Para a limçào g(x) aqui ilustrada, encontre os seguintes (a) limj(t) (b) limj(t) (c) lim j(t)
limites ou explique por que eles não existem. t- -: r- -1 t-O

(a) lim g(x) (h) lim g(x) (c) lim g(x)


""'' x- •l x... J
)'
s - }1.1)
Capítulo 2 limites e continuidade 75

3. Quais das seguintes afirmações sobre a função y = j{x) 8. Suponha que uma função j(x) seja definida para todos os
ilustrada a seguir são verdadeiras c quais são falsas? valores reais de x em (-1 , 1). Pode-se afinnar alg~nna coisa
sobre a existência do limro Jtx)? Justifique sua resposta.

·-·
(a) lirn j{x) cxiçte.

(b) Jim j(x) =O.


5.f deve ser definida em x = I? Em caso
9. Se lim, - 1 ./tx) =
afirmalivo,Jtl) deve ser igual a 51 Podemos concluir nlg11·
·-·
(c) Jim Jtx) = I.
ma coisa sobre os valores de f em x == 1? Explique.

·-·
(d) lim Jtx) = I.
,_,
10. Se Jt I) = 5, Jim..- 1 Jtx) deve existir? Se existe, então f (x)
deve ser igual a 5? Podemos oonduir alguma coisa sobre
Jim..- 1 Jtx)? Explique.

(f)
·-·..
(c) lim Jt.<) =O.

lirn j{x) existe em todo ponto x0 em (-I, I).


...,- Estimando limites
y 11 Será útil usar uma calculadora gráfica na resolução dos
exercícios 11 - 20.

I I. Seja.Jtx) = (x'- 9)/(x + 3).


(a} faça uma tabela com os. valores de f nos pontos
x = - 3,01; - 3.01 - 3,001 e assim por diante, até onde sua
calculadora perrnitir. Em seguida, estime limr.., fi.x).
A. que estimativa você chegaria se calculasse f em
4. Quais das seguintts afirmações sobre a função y = j{x)
X= -2,9; -2,99; -2,999... ?
ilustrada a seguir são verdadeiras c quais são f.1lsas?
(b) Fundamente as conclusões do item (a) esboçando o
,_,
(a) lim f(x)não existe. gráfico de f próximo de·"<>~ -3 c usando os comandos
~zoom'' e •Trace'• para calcular os valores de y no grá-
(b) lim f(x) = 2.
, ~ ,
fico em x ... -3.
(c) lim f(x} não existe. (c) Encontre Um...,_, j(x) algebricamente, como M Exemplo 5.
"'
(d) lim f(x) existe em todo ponto x0 em (-1, 1). 12. Seja g(x) = (x' - 2)/(x - .J2J.
, -,..
(a) Faça uma tabela com os valores de g nos pontos
(c) lim f(x) existe em todo ponto x0 em ( I, 3).
,-... .'1: = 1,4; 1,41; 1,4 14 e assim por diante até sucessivas

y aproximações decimais de .fi. Calcule lim,_r, g(x).


y = /(.<)
(b) Fundamente as conclusões do item (a) esboçando um
gráfico de g próximo de x0 = .fi e usando os coman-
dos •zoom" e .. Trace'' para calcular os valores de y no
gráfico quando x ... .fi.
(c) Calcule üm,_r, g(x) algebricamente.

13. Seja G(x) =(x + 6)/(x' + 4x- L2).


Existência de limites (a) Faça uma tabela com os valores de G em x = -5,9;
Nos exercícios 5 c 6, explique por que os limites não existem. - 5,99; - 5,999 e assim por diante. Em seguida, estime

1 limx-o-6 G(x). A que valores você chegaria se calculasse


,_. 1·•X1
5. lim 6. 1im--
x-1x-l G em x =-6,1; -6,01; -6,00J ...?
(b) Fundamente as conclusões do item (a) por meio de um
7. Suponha que uma função j{x) seja dclinida para todos os
gráfico de G c use os co1nandos '''Zoom"' c '"Trace'' para
valores reais de x com exceção de x;:::; x0 . Pode~se afirmar
estimar os valorc,s de y no gráfico quando x ~ -6.
alguma coisa sobre a existência do lim,....,. f(x)? justiJi·
que sua resposta. (c) Calcule lim,~.6 G(x) algel>ricamente.
76 Cálculo

14. Seja l1(x) = (x'- 2x - 3)1( x'- 4x+ 3). (a) Faça uma tabela com os valores def quando x se apro·
(a) Faça uma tabclacom os valores de /1 quandox = -2,9; xirna de x0 = I em ordem decrescente.f tem um limi ~
- 2.99; 2,999 e assim sucessivamente. Em seguida. es~ te quando x....,. I? Em caso positivo, qual é'? Em caso
tirnc limx-.3 ll(x). A que valores você chegaria se cal· negativo. por que não?
culasse h quandox = 3, 1; 3,01; 3,001...? (b) f undamente as conclusões do item (a) esboçando um
(b) Fundamente as conclusões do item (a) esboçando um gráfico de f próximo de x0 = I.
gráfico de h próximo de x~ = 3 c use os comandos 20. Seja Jtx) = (3'- I )/x.
.. Zoom.. c "Trace" para estimar os valores de y no grá- (a) Faça uma tabela com os valores de fquandoxse apro·
fico quando x -t 3. xima de x0 = Oem ordem decrcscente.ftcm um limite
(t) Calculclim.,., h(.<) a lgebricamente. quando x ~ O? Em caso positivo, qual é? Em caso ne·
1
15. Sejaf(x)=(x - l}/( lxl-l). gativo, por que não?

(<~) Faça tabelas de valores de f para os valores de x que (b) Fundamente as conclusões do item (a) esboçando um

se aproximam de ·'to = -I por cima c por baixo. Em gráfico de f próximo de x. = O.


seguida, estimelim, - . 1ftx).
Limites por substituição
(b) Fundamente as conclusões do item (a) esboçando um
Nos exercícios 2 1-28, calcule os limites por substituição.
gráfico de f próximo de x~ = - I e use os comandos
Se possível, confirme suas respostas num computtldor ou numa
"'Zoom'" e '"Trace"' para estimar os valores de y no grá-
calculadora.
fico quando x-> - L
,_, 2x
2l. lim 22. lim2x
(c) Calcule lim,-. 1 f(x) algebricamente.
-I
23. lim (3x -I) 2,l. Jim---
16. Seja F(x) = (x 1 + 3x + 2}/(2 - (x(). ...-.tt) •~• (3x - I)

(a) Faça tabelas de valores de F para valores de x que se 25. Um 3x(2x -1) 26. lim )x'
aproximam de x0 =- - 2 por cirna c por baixo. Em se· ~-· • - -1 2x - I
cosx
guida, estime li m,-. 1 F(x). 27. lirn x sen x 28. 1im - -
Jt-.111.
•-·T J-;T
(b) Fundamente as conclusões do item (a) esboçando um
gráfico de F próximo de x. = -2 c use os comandos Taxas médias de variação
"Zoom" e "Trace" para estimar os valores de y no grá·
1ico quando x -t- 2.
Nos exercícios 29-34, encontre a taxa média de variação da
runçào no(s) scguinte(s) intervalo(s).
(c) C'llculc lim, _ _, F(x) algebricamente.
29. Jt.<) =x' +I;
17. sc;ag(9) = (sen8)/8.
(a) (2, 3) (b) I- J.l l
(a) Faça tabelas com os valores de g quando 9 se apro·
x.irna de U0 = Oem o rdem decrcsc~ntc. Em seguida,
30. g(.<) =..';
estime lim9..., g(9). (a) l- 1, I ) (b) l-2, OI

(b) Fundamente ascondusõcs do item (a) esboçando um 31. h(l) =cotgt;


gráfico de g próximo de 90 =O. (a) (n/4, 3rr/4) (b) ln/6, n/21
18. Seja G(t) =( I - cos t)lt'. 32. g(t): 2 +COSI;
(a) Faça tabelas com os '"llor<>s de G quando t se apro· (;t) (0, nl (b) 1-n, n)
xima de t0 .: O em ordem decrescente. Em seguida, 33. R(O) = .J40+l ; (0,2)
e.stime lim, ....0 G(t). 34. P(O) =O' - 40' + 511; [I, 2)
(b) Fundamenteasconc.l usões do item (a) esboçando um
35. A velocidade de um 1'ord Mustang Cobra A figura scguin·
gráfico de G próximo de r~ =O.
te mostra o gráfico da distância em função do tempo de um
19. Seja ftx) = x •n•· xl. Ford Mustang Cobra 1994 que acelera a l"'rtir do repouso.
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 77

(b) Qual é a taxa média de crescimento dos lucros entre


·'
1992 e 1994?
(c) Use seu gráfico para estilllar a taxa à qual os lucros
variaram em 1992.
38. Faça uma tabela de valores para a. função F(x) =(x+ 2)/ (x - 2)
11 nospontosx = 1,2; x = 11/IO:x = 101/IOO;x = 1.001/1.000;
=
X 10.00 1/10.000; e X I. =
(a) Calcule a taxa médi.a de variação de F(x) nos interva-
los [I, xl para cada x" I em sua tabela.
{b) Amplie a tabela. se necessário, e tente determinar a
TctnJ)() decorrido (s)
taxa de variação de F(x) em x = I.
(a) Calcule os coeficientes angulares das secantcs PQ1, 39. Scjag(x)= JXpara.«:O.
PQ,, PQ, e PQ,, arranjando-os em ordem em uma lil (a) Calcule a taxa média de va.riação de g(x) em relação a
tabela como a da Figura 2.3. Quais são as unidades x nos intervalos (I; 2j , (I; l,SJ e [I; I + ltj.
adequadas para esses coeficientes angulares? (b) Faça uma tabela de valores da taxa média de variação
(b) Em seguida, calcule a velocidade do Cobra em I= 20s. de g em relação a x no intervalo [I, I + I• I para ai·
guns valores de h aproximando-se de O; por exemplo,
36. A figura a seguir mostra o gráfico da distância em função
do tcn1po de um objeto que caiu do módulo lunar percor· ,, D 0,1; 0,0 I; 0,00 I; 0,000 I; 0,0000 I; c 0,00000 I.
rendo uma distância de 80 an até a superfi'cic da lua. (c) O que sua tabela indica é a taxa de variação de g(x)
(a) CalculeocoeficienteangulardassecantesPQ,,PQ1, PQ3 e em rclaçãoaxemx = l!
PQ,, arranjando-os em uma tabda como na Figura 2.3. (d) Calcule o limite, quando JJ se aproxima de zero, da
(b) Qual é a velocidade aproximada do objeto ao atingir ta.'" média de variação de g(x) em relação a x no in·
asuperficie? tcrvalo[l,l + ir).
Y •10. Sejaf(l) = 111 para 1" O.
80 lil
l
.,
• 1 ~/ (a) Calcule a ta.xa média de var.iação def em relação a 1nos
·e 60 Q~ intervalos (i) del = 2 a I= 3,e (ii) de I= 2a I= T.
e
~ ln 1 (b) Faça uma tabela de valo:res da taxa média de va·
lt 40
/ ri ação de f em relação a t no intervalo [2, Tj, para
·~ I Q, /
·r: 20 alguns valores de 'f que se aproximam de 2; por
c.~ ;..--
exemplo, T = 2,1; 2,01: 2,001; 2,0001; 2,00001; e
o , 10
Tempo d..'COnido (s) 2,000001.
(c) O que ~u.a t:tbeb indica é 2 t.ax:t de v:u·iaç:ão de f em
37. Os lucros de un'la pequena empresa em cada um dos cín-
relação a 1em 1 = 2?
D co anos de sua operação são dados na tabela a seguir:
(d) Calcule o limite, quando 1' se aproxima de 2, da taxa
Ano Lucro em milhares
de reais média de variação de f em relação a t no intervalo de
1990 6 2 a T. Você terá de fazer alguns cálculos algébricos
antes de subslituir T;; 2.
1991 27
1992 62
1993 111 f USANDO O COMPUTADOR
1994 174
Estimativa gráfica de limites
(a) Faça um gráfico com pontos que representem o lucro
como uma runção do ano, depois una·os com uma Nos exercícios 41 - 46, use o SAC (Sistema de Álgebra por
curva o mais continua possível. Computador) para executar as seguintes etapas:
78 Cálculo

(a) Trace o gráfico da função próximo do ponto x,. . ~l+x-1


43. 1nn .:..:..:....::~
,_, X
(b) A partir de seu esboço do gráfico, dê uma estimativa
de qual será o valor do lirnite. 1-<:0G X 2xr
4S. Iim--- •l6.1im ---"---
•-l>O x sen x .,;~ 3-3cosx
x• - 16 . x)- .'<2 - Sx - 3
41. 1im--- 42. hm _
·-~ x - 2 •--• (x +I)1

Como calcular limites usando as leis do limite


Na Seção 2.1, usamos gráficos e calCldadoras para estimar os vnlon-s dos limi-
tes. Esta seção apresenta teoremas para calcular os limite$. Os trés primeiros vão
permitir que nos baseemos nos resultados do Exemplo 8 da seção anterior para
Companion caiCldar os limites de polinômios, funções racionais e potência.s. O quarto e o quin-
\Vcbsitc to, por sua vez. servirão de preparação parn cálculos que veremos adiante.
E.nlt<lio hbaútico

Umiles
Leis do li mite
O próximo teorema mostra como calcular limites de (unções que são com~
hinações aritméticas de funções cujos limite,s jcí COithcccm:os.

Teo rema 1 Leis do limite


Sei, M, c e k são números reais e lim f(x) =L
então ~-.(
e
·-
liun g(x) = M,

lim (f(x)+g(x))=L+M
I . Regra da soma:
'~'
O limite da soma de duas funções é a soma de seus limites.
2. Regra da dijere11ça: ,_, (f(x) - g(x)) =L - M
Um
O limite da diferença de duas funções é a diferença, de seus limites.
3. Regra do produto: lim (f(x)· g(x)) =L · M
,_,
O limite do produto de duas funções é o produto de seus limites.
~!!) (k -J(x)) = k· L
4. Regra da multiplicaç<lo por C<JIIStmote:
O limite de uma constante multiplicada pela função é a constante
multiplicada pelo limite da função.
5. Regra do quociente:

O limite do quociente de duas funções é o quoc:iente de seus


limite.s, desde que o limite do denominador não seja zero.

6. Regra da potenciaçiio: se r e 5 são inteiros e não têm um fator


comum, c s .. O, então lim (f(x))'" =I:'' , desde qu.e lJ" seja um
número real. (Se sé par,·~·
pressupomos que L> O.)
O limite de uma potência racional de uma função é a potência do
limite da função, desde que esse último seja um número real.
Capítulo 2 limites e continuidade 79

~fácil acreditar que as propriedades do Teorema 1 são verdadeiras (muito


embora esses argumentos intuitivos não constituam prova). Se x está sufidcn·
temente próximo de c, então j(x) está perto de L, e g(x), perto de M, segundo
nossa definição Informal de limite. Logo, é razoável que j(x) ... g(x) eSieja pró·
ximo de L ... M;j(x) - g(x) esteja próximo de L - M;j(x)g(x) esteja próximo de
LM; kj{x) esteja próximo dekL; c quej(x)/g(.<) esteja próximo de LIM seM não
for zero. Provaremos a regra da soma na Seção 2.3, com base numa definição
precisa de limite. As regras 2-5 serão provadas no Apêndice A.2. A regra 6 é
provada em textos mais avançados.
Estes são alguns exemplos de como o Teorema I pode ser usado para obter
limites de funções polinomiais e racionais.

IOXEMI'LO I t:sando as leis do limite

Utiliz.e as observações lim~...r k = k e lim.-~ 1 x = c (Exemplo 8 da Seção


2. 1) e as propriedades dos limites para obter o~ seguintes limites:

(a) lim (x' + 4.<' - 3) (b) lim x' + x' - I (c) lim J4x' -3
,~..,, x-r xl + 5 ...... -1

SOI.UÇÃO
(a) lim (x' + 4x' - 3) = lim x' + lim4x' -lim 3 Rtp.hda !.Cllll.'l t ~.~ diftt~:n~J.
s. ...t ~-.t .r1c l_,C

Rq;r~~ du pn•Juto t d.a


multiJ'IIcaç.lt),

x' +x'- t lim(x' +x' -1)


(b) ~.?,~ x' + 5 = •-;;m (x' + 5) RC'gr~ do quo<kutc.

'""
Um x"limxl -lim 1
- •-< ,r-+~ ·-
.~,

R~t,, J..t pol~IICiá uu du


l'mdulc>.

(c) lim lim(4x 1 -3)


J4x' -3 = .........
.r-~l .l
= r.l-im_ 4_x-:-'_--:-lí-m- 3
.r-;. ..: ~---:

= ~4(-2)' - 3 RC'gro1 do pro,iuto c; do~


muh'J\fi<aç-;iO.
= ./16 - 3
=.Jl3
Duas COI'lSeqüências do Teorema I símplificam. ainda mais a tarefa de ca1~
cular os limites de funções polinomiais e racionais. Para calcular o limite de
uma função polinomial quando x se aproxima de c. simplesmente substitua
c pof x na fórmula da função. Para cal.cular o limite de uma função racional
quando x se aproxima de urn ponto c ''o qual o de11ominador m1o é zero, subs-
titua c por x na fórmula da função. (Veja os exemplos la c lb.)

Teorema 2 Os lil'll.it~ de: funções polinomiais tlodcm ser obtidos


porsubslituiç.áo
Se P(x) = a11 x" + a"_ 1 X' ~ 1 + ... + a0. então
lim
,_, P(x) =P(c) =a,c" +a, _,c" - 1 + ... +ao-
80 Cálculo

Teorema 3 Os Hmitcs de funções r.tcion<tis podem ser obtidos


por substituição, caso o limite do dcnomlnador não
oçcja zero
Se P(.<) c Q(x) são polinômios e Q(c) ;<O, então

lim P(x) = P(c)


, _ , Q(x) Q(c)

EXEMI'LO 2 Limite de uma função radonal


Identificando fatores comuns
Podc·sc demonstrar que, se Q(x} é um . x'+ 4x'- 3 (- 1)1 + 4(- 1)' - 3 O
hm = - =O
polinômio c Q(c) =O, então (x- c) é um •~• x' +5 (- 1)' +5 6
fator de Q(x). Logo, se o numerador e o Esse resultado é semelhante ao segundo limite do Exemplo I, com.
denominador de u1na função racional de c = -1, agora (cito em um passo.
x forem ambos zero em x = c, eles terão
(x- c) como fator comum.
Eliminando algebricamente os denominadores nulos
O Teorema 3 se aplica somente quando o denominador de uma função
racional não é zero no ponto c. Se o denominador for zcro~o cancelando fatores
comuns no numerador e denominador. podemos reduzir a fração a out-ra cujo
denominador não seja mais zero em c. Se isso acontecer, podemos obter o
y limite PQI' substituição na (ração simplificada.

EXEMPLO 3 Cancelando um fator comum


Resolva
. x' +x - 2
Ilm
x ..., x:- x
:::::::~--d-!--··
-2 o SOI.UÇÃO Não podemos substituir x= I porque isso resulta em um
denominador zero. Testamos o numerador para ver se este também é zero
(a) em x = 1. Também é-, portanto apresenta o fhtor (x - I) em comum com o
denorninador. Cancelar o (x - 1) resulta cnl uma fração mais simples. com
y os mesmos valores da oríginal para .'( 7: 1:
Y• x+2
X

x' +x - 2 (x - l)(x +2) x + 2


, - - --, scx.-:. I
x· - x x(x - 1} x
Usando a fração simplificada, obtemos o limite desses valores quando
x ._. I por subslituição:

o . x+2 1+2
hm--=-- =3
•-1 X 1

(b)
Veja a Figura 2.8.
FIGURA 2.8 O gráfico de j(x) = (_.2 +
x - 2)/(x' - x) em (a) é igual ao de g(x) =
(x + 2)/x em (b), exceto em x = l, onde E.XEMI)LO 4 Criando e cancelando um fJtor comum
f é indefinida. As funções tém o mesmo
limite quando x-+ I (Exemplo 3). Resolva
.
Illll=
Jx' + 100 - :
lO
•-• X
Capítuto2 Umitesecontinuídade 81

SOLUÇAO Esse é o limite que consideramos no Exemplo 10 da


seção anterior. Não podemos substituir x = O e, além disso, numerador
e denominador não t~m fatores comuns óbvilos. Podemos c.riar um fa-
tor comum muhlpltcando o numerador e o denominador pela expressao
.Jx' + 100 + 10 (obtida pela mudança de sinal entre as raizes quadradas).
Un1 cálculo algébrico preliminar racionaliza o r1umcrador:
.Jx' +l00-10 .Jx' +I00 -10 .Jx' +lOO+ lO
x' x' .,Jx' +lOO+ lO
x'+ I00- 100
=
x' (.Jx' +100+10)
x'
=
x' (.Jx' +100+10)
I
=
.Jx' + 100 + 10
Então,

. ,J..' + 100 -lO ,.


I1m - tm-r-;==~---
,...., .<' '"" .Jx' + 100 + 10 lJ~;numinaJor di(1.'h:llll: de- 0 l'ln J.' •
I C); $ttbsdtu1r
,Jo' + 100 + 10
I
=-=0,05
20

y Esse cálculo fornece a resposta correta para os resultados ambíguos do


computador no Exemplo lO da seção anterior.

Teorema do confronto
O teorema a seguir vai nos pennitir calculat urna série de limites nos próx:inlos
capítulos. O teorema se refere a uma funçãof cujos ,oaJorcsestão limitados entre os
~r-----------~-----------,
o ,. ·· valores de outras duas funções,g e h, que têm o mesmo limite L no ponto c. Estan~
do "presos" entre os valores de duas funções que se aproximam de L, os valores def
FIGURA 2.9 O gráfico de f é limitado precisam também se aproximar de L (Figum 2.9). A prova está no Apêndice A.2.
entre os de g c h.
Teorema 4 1Corcma do confronto
Suponha que g(x) s.j{x) s. lr(x) para qualquer x ern um intervalo aber-
to contendo c, exceto, possivclrnentc, em x =c. Suponha também que
lim = g(x) = lim h(x) = L
X_.( X*f:

Então, Um.,.., j(x) = L.

O teo_rcma do confronto é também chamado ..teQrema do sanduíche~

EXEMI' LO 5 Aplicando o tl'Or<ma do conCronto


Sendo
x2 x1
l - - S. u(x) $ 1+-.para qua.lquer X" O,
4 2
procure lim,.."""{) u(x), por mais complicado que :seja u.
82 Cálculo

.v x-
, SOLUÇÃO Como
) '= I +2
lim (I - (x'/4)) = I e lim (I + (x'/2)) = I
•-o x-o
2
.v= u{<) o teorema do confronto implica que lim_...0 u(x) = L(Figurn 2. 10).

~'
,.. ,_L . 4
EXI:MPI.O 6 Outras nplicações tio teorema tio e<>nírc.>nto
(a) (Ver Figura 2.1 1a) A partir da definição do sen 8(v.cja o Apêndice 8.3)
-I o X como -161 s sen 8 s 1111 para qualquer 8, e uma vez que lim..., ( -181) =
lin~~o 1111= O, temos que
lim sen 8 =O
I'IGU RA 2 . 10 Qualquerfunção u(x)
cujo gráfico esteja na região entre y =
·~· )'
)'
I + (x'/2) e y = I - (x2 /4) tem limite I
quando x-+ O (Exemplo 5).

(a)

FIGURA 2. 11 O teorema do confronto confirma qu.e (a) lim..,0 sen 8 =


Oe (b) l ime~o (I - cos 11) = O(Exemplo 6).

(h) (Veja a Figura 2.11 b) A partir da definiç.'\o de cos 8, OS I - cos 8 S 181


para qualquer 11, temos que lime~ ( I - cos 8) = Oou
lim cos 8 = I
· ~·
(c) Para qualquer funç.io j{x), selim~, lftx)l =O, então lim,_,j{x) =O. O ar-
gumento: - lftx)l Sj{x) s lftx)l e - lftx)l e lftx)l têm limite Oquandox-+ c.

Outra importante propl'iedade dos limites é dada pelo teorema seguinte.


Urna prova dele será apresentada na próxima seção.

TeoremaS
Se j{x) S g(x) para todos os valores de x em certo imlervnlo aberto
oontPncto c, ex<":êt() po$SivP.ImP.nt ~ no próprio x =c. e os limit~~ defeg
existem quando x se aproxima de c, então
limf(x)s limg(x)
x ...c x...t

A asserção resultante da substituição da desigualdade menor ou igual a,


~~pela desigualdade estrita)<, no Teorema 5, é falsa. A Figura 2.1 1a mostra
que para 8"' O, -191 < scn 8 < 161, mas no limite, conforme 8-> O, a igualdade
se aplica.
Capítulo 2 limites e continuidade 83

Exercícios 2.2

Cálculo de limites Usando as regras do limite


Calcule os limites nos exercícios 1- 18.
I. lim (2x + 5) 2. lim (10 -3x)
x--"1 •-u
3. ,_,
lim(-x' +Sx-2) 4.
·--:
lim (x' - 2.<' +4x +8)
(a)
.
lim 8(1 - 5)(1 - 7)
5. ,_ 6. lim 3s(2s - I)
J-.oU J.

. x +3 . 4 (b)
7. I•m-- 8. I1 0 1 - -
x-2 .t + 6 x-.S X-7

. y +2
9. lim _L I O. lun --,-,t.....:..::...._
,....., s- Y r-·• y· +5y+6 (c)

I I. lim 3(2x- 1)1 12. lim (x + 3)'·' ..


·-·-· ....._.
13. lim (5-y)"' 14. lim (2z- 8) 111 (I + 7)"' 4
y-. -)
·~·
3 . 5 38. Sejam lim, _, h(x) = 5, lim, _, p(x) = I c lim.-1 r(x) = -2.
15. lim 16. I'"' r.:-:-: Especifique as regras do Teorc:ma 1 que s..'lo usadas para
•~• ./3h + 1 + I •~ v5h + 4 + 2
efetuar os passos (a), (b) e (c) n·o cálculo seguinte.
. ./3h+ 1-1
I 7. Izm =::....:..:...._.:.
o h
18.
. _,_,J:::.sh:...:+,-:4_-...=2
I•m-
h lim
,Jsh(x) ~!!~ J5hW (a)
A>... ltooiio
' "'' p(.<)(4-r(x)) ....
lim(p(x)(4 -r(x)))
Calcule os limites nos exercícios 19- 36. lim Sh(x)
A"- I.
(b)
x-5
19. lim - , - - 2O. I.lffi -,;x
'
.:...+:...:3;_ - {lim p(xl){lim ( 4 -r(xl))
.....s x· - 25 .l-• -J x· + 4x + 3 x- 1 K... l

1 Slim h(x)
. x + 3x-IO . .<1 - 7x + l0 ;~--~~-~~~·------~ (c)
21. I 1111 22. I un
x-o-s .r. + 5 x-1 x- 2 ( lim p(xl)(!.im 4 - lim r(xl)
.~.... . ...,_, .C'->1

23. lim '-1'_+ 1 2


;-.:... ---= . 11 +31 +2 J(5)(5) 5
,..,., ,: - I 2 4. I, m '-;-,c.:..;.__;;_
, ...... ,. _ /-2 =
(1)(4-2) 2
- 2x - 4 . sy' +S/
25. lim ~ 26. hm .. , 39. Suponha lim,.,jlx) = 5 c lim.-,g(x) = - 2. Determine:
Jt- • ..z x' + 2x· ,..... 3y -l6y'
.
27. I zm--
_...., UJ
Jl.. - 1
- 1
28. lim--
v1 -8
"~:: v' - 16 ·-·
(a) limf(x)g(x)

(c) lim
(I>) lim 2/(x)g(x)

(d) lím
·~·
/(x)
,_, {j(x)+ 3g(x)) ,_, f(x)- g(x)
..,f;- 3 . 4x-x1
29. I 101-- 30. I1 0 1 - - -
x-t .t -9 ,_, 2 - .,f;
40. Suponha lim, .... j(x) ; Oe lim~, g(x) =- 3. DcternliJ>e:
. x- 1
3 t. I 101 r-:-=
x-o i '/X + 3 - 2
32.
.
I l ffi
x_ ..,
,[;';8 -
x +l
3 (a) lim(g(x) + 3)
;t"""·l ....
(I>) lim xf(x)

lim ..[7;12 - 4 34.


.
Il ffi
x +2 ._.
(c) lim (g(.<))' (d) lim g(x)
,_, /(x) - 1
JJ. •-l X- 2 •-·• ,Jx' +5-3 41. Suponha lím~• ftx) = 7 e lim, • • g(x) =- 3. Determine:
2- ,Jx• - 5 . 4- x
35. ,.lim
_ _, ;:_..:..;;-:--..:;.
x+3 36. I •m ,...,.-:-::
"-• s - vx~ +9 .....
(a) lim (/(.<) + g(x)) (b) límf(x)·g(x)
l'~·
84 Cálculo

.....
(<) lim 4g(x)

42. Suponha lim_...., p(x) = 4,1imx• ·l r (x)


....= O
(d) lim f(x)l g(x)

e lim_....1 s(x) =
52. (a) Suponha que as desigualdades
I x' l - cosx L
- - - < <-
-3. Oélermine: 2 24 x' 2

(a) lim (p(x)+r(x} + s(x))


valham para todos os valores de x próxirnos de 1..ero.
.~~ .....: (Elas valem, como você verá na Seção 11.9, Volume 11.)

·-
(b) lim p(x)-r(.<)-s(x)
..:
(c) lim (-4p(x)+5r(.<))/s(x)
O que isso diz a você a respeito do seguinte limite:
. 1-cosx,
Iun .
;t......: •-o :.;'
Justifique sua resposta.
Limites de taxas médias de variação (b) Represente graficamente as equações y = ( 1/2) - (i'/24 ),
Por causa de sua conexão com retas secantes. tangentes e y = (I - cos x)!X' e y = 1/2 juntos para -2 s x s 2.
taxas de variação instantàneas, os limites da forma faça com<:ntãrios sobre o comportamento do gráfico
quandox--+ O.
. j(x+h)- f(x)
I
""
!I:O.o 11
Teoria e exemplos
ocorrem freqUentemente em cálculo. Nos exercícios 43- 48,
calcule o limite para x e funçãof dados. 53. Se x' s flx) s xpara X' em [-1, I[ e X' s flx) s x' para x <
-I ex> I, em quais pontos c você determina automatica·
43. j{x) = x', X= I
mente lim....., j{x)? O que você pode dizer sobre o valor
1
4-t. j{x) = X ,X = -2 do limite nesses pontos?
45. j{x) =3x- 4,x = 2 54. Suponha queg(x) sj{x) s !J(x) para qualquer X;< 2e supo-
nha que
46. j{x) = llx. x = -2
lim g(x) = Jim ll(x) = - 5
~-·l .~l

47J(x)=.[;, x=7
Podemos concluir alguma coisa sobre os valores de f. g e h
em x = 2? Seria possivel/{2) = O? Seria possível lim,~2 j{x) = O?
48_/(x)=·hx+l , x=O
Justifique suas respostas.

Usando o teorema do confronto 5


55. Se Jim /(x)- - I, determine lim j(x).
~ -~ x-2 A-.•
49. Se J5-2x' Sf(.<)SJs-x' para -ISxSI, determine
56. Se Jim /(:) = I, calcule:
limx•oftx). •-~2 X

s. s.
50. Se 2 -X' g(.<) 2 cos x para todos os wlores de x, deter- (a) lim f(x) (b) li11n j(x)
JC- - 2 x-.-l x
mine Jim_.... g(x).
51. (a) Pode-se demonstrar que as desigualdades 57. (a) Se Jim f(x) - S - 3, determine Jim f(x).
'"'....,, x - 2 .:_..,
x: xscnx
L- -< <L (b) Se linJ(x) -
5
4, determine lim /(.<).
6 2-2cosx
,.--,% X - 2 r-o:
valem para todos os valores de x próximos de zero. O
que isso diz a você a respeito do seguinte limite 58. Selim/(:)= L, determine:
x-o X
;( scn >.'
lim ? (a) lim/(x) (b) Jim/(x)
.. ...o 2- 2cosx .-~o G-tt x
Justifique sua resposta. 59. (a) Represente graficamente g(x) = x sen ( llx) para csti·
O mar limx...og(x), ampliando na origem s.e neces..1iário.
(b) Represente graficamente
(b) Confirme sua tstimativu com uma prova.
D y = l - (X'/6),y = (.qenx)/(2 - 2cosx)ey= Ljuntos
para -2 s x s 2. Faça comentários sobre o comporta- 60. (a) Represente graficamente ll(x) =X' cos (llx') para esti-
mento do gráfico quando x-> O. liJ mar liml'""f0 IJ(x), ampliando na origem se necessário.
(b) Confirme sua estimativa com uma prova.
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 85

Definição precisa de limite


Agoro que já conhecemos um pouco mais o conceito de limite, trabalhando
intu.icivamente com a definição informal. vamos nos concentrar na suadcliniçl.o
precisa. Vamos substituir expressões vagas. como ..fica arbitrariamente próximo
de'; por condições espcdficas<IUC podem ser aplicadas a qual<1ucr exemplo. Com
urna definição precisa, conseguiremos provar conclusi\"'tncntc as propriedades
dos limilcs apresentadas na seção anterior: além disso, poderemos estabelecer
outros limites específicos importantes para o estudo de cálculo.
Para mostrar que o limite de /(x) iguaJa.se ao r1úmero L quando x -+ Xo;. é
preciso mostror que a distância entre j(x) c L pode ser "tão pequeno quanto
quisermos)' se x for mantido "suficientemente próximo'' de x0. Vejamos o que
isso exige. se especificarmos o tamanho da distância entre j(x) e L.

EXEMPLO I Função linc.or


Considere a função y ,;; 2x - 1 próxima de #"<o= 4. lntuitivamentc, 6ca
claro que ycsUI pró.<imo de 7 quando x está próximo de 4, de maneiro que
lim~, (2x - 1) = 7. No entanto, quão próximo de x0 = 4 deve estar x para
que y =2x - 1 difiro de 7 por, digamos. menos que 2 unidades?
SOLUÇÃO Pergunta-se: paro quais "alores de .< é Ir - 71 < 2? Paro
encontrarmos a resposta, primeiro expressamos ty - 71 em termos de x:
lr-71= J(2x- I) -71= l2x-81
A questão então se torna: que valores de x satisfazem a desigualdade
l2x - SI< 2? Para descobrirmos isso, resolven1os a inequação:
l2x-8 1< 2
- 2 < 2x - 8 <2
6<2x<IO
o<x<S
-l<x-4<1
Ao mantermos x variando 1 unidade em torno de x0 = 4, manteremos
yvariando 2 unidades em torno de Yv =7 (Figura 2.12).
y
y = 2x- 1

LimiloC _o;upcrior. )' = 9


9
~!lr.l snlis(oz~r 17
ISIO
s - Limite inferior. y= 5

restringir
i~IO

FIGURA 2. 12 Ao mantermos x ' 'ariando I uni·


dade crn torno de Xo = 4, mantcrcrnos y variando 2
unidades em torno de ro= 7 (Exemplo 1}.
86 Cálculo

)' No exemplo anterior, determinamos quão próximo a um valor específico


x0 deve estai' x para garantir que os valores j(x) de certa função fiquem em
dado intervalo em torno do valor-limite L. Para mostrarmos que o limite de
j(x) com x ..., x0 é realmente Igual a L. precisamos provar que a d istância emre
j{x) e I. pode ficar menor que qualquer erro prescrito, não importando quão
f(Jt) pcrtn.1:r'M:.« :
pequeno ele seja, desde que x seja mantido suficientemente próximo a ·'•·
~
lli."$1C in!l!f'\'310

L- ru Definição de limite
pam todos x 1 ·"o Suponha que estejamos observando os valores de uma função j(x) con-
nes:t..: intervalo
forme x se aproxima de x0 (sem levar em conta o valor de x0 ). Certamente,
queremos poder dizer que /(x) fica a um décimo de uma unidade de L desde
6 6
que x fique a alguma dist~ncia 8 de x0 (~igura 2.13). Entretanto, isso em si
não é suficiente, porque~ conforme x continua tendendo a x03 o que impede
que f oscile muito no intervalo de L - {l/lO) a L+ ( l/lO) •em tender a 1.?
FIGURA 2.13 Como deveríamos definir Talvez nos digam que o erro não pode passar de 1{100 ou 111.000 ou
8 > O de modo que. se mantivéssemos x 11100.000. Em todos oscasos, encontramos um novo inter valo ô em torno de
dentro do intervalo{x0 - c~. Xo + ô),j(x) ficaria x0; assim, p..·ua satisfuzer a nova tolerância de erro, temos de manter x dentro
desse intervalo. E, em todos os casos, existe a possibilidade de que /(x) afaste·
dentro do intervalo ( L _ _!_
10'
I.+_!_),
10 o
se de L em algum momento.
As figuras da próxima página ilustram o problema. t>ensc nisso como uma
disputa entre um cético e um estudioso. O cético apresenta desafios de 6 para
provar que o limite não existe ou, mais precisamente, que há margens para dúvi·
das; e o estudioso responde a cada desafio com um intervalo 8 em torno de x,.
)'
Como interromper essa série aparentemente infinita. de desafios e res·
postas? Provando que, para cada tolerância de erro E que o cético apresente,
podcnlOS determinar, calcular ou conjurar uma distáncia ó correspondente
L+ e
que mantém x "próximo o suficiente" de Xo para manter j(x) dentro daquela
tolerância de L (Figura 2. 14). Isso nos leva à definição precisa de limite.
L {f(,t) p<.'ffi1Mc<c;
/(:t} neste imc:n":!Jo

L -c Definição Limih~ de uma funç._\o


Sejafix) definida em um intervalo aberto em tomo de .x,. exceto talvez
1)3m todos x .,. ·~
neste ituervalo em xo. Ojzemos que o limite de j{x), conforme x se aproxima de x0 , é
o número LJ c CS(:tevemos
Um f(x)= L
~___L .......
-0~------~~~--~--+X ·' se para cada número e> Oexistir um número correspondente J >o. tal
x0 - ô x0 x0 + 6
que. para todos os valores de x~
FIGURA 2. 14 Relaçãoentreôeena O< lx - x01<8 => lfix) - LI«
definição de limite.

Podemos pensar nessa definição da seguinte maneiro: suponha que esteja·


mos fabricando um eixo gerador com uma tolcrânda estreita. J>oderiamos tentar
conseguir um diâmetro L. mas, como nada é perfeito, tem,os de nos satisfazer
com uma função de diâmetro fix) que fique entre L- • c I.+ <. O ô é a medida de
quão preciso nosso controle de x deve ser para garantir esse grau de precisão no
diâmetro do eixo. Observe que, à medida que a tolerância de erro se tornar rnais
estrita, talve< tenhamos de ajustar ô. Em outras palavras: o- valor de ô - quão
rígido nosso controle precisa ser - depende do valor de~ a 1olerância de erro.
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 87

)' )' y
1 =/(;<) Y•f(x)
I
~+m l------1-
/.. + lbo ]------~·­
~ ------ ~ ------ ~
I
I I 1.-100
~-iõ ~~-~---- ~- iõ ~

I
I
-~r----;;---~ .< -~~~/~~~~,~~· -~+---+---.< -----:~-?'-----!::-+
,-- .<
O Xo o O .ro O
xo- 611u.lll
·"o
xo+ 6111~
.t"o- 61111) ·''o+<5111o
Od~SJfio: RcSI)0$1:1: Novo des:lfio: RcsPQSta:
Faço ]Jtx) - 1.]< c• ~ lx-xo( < 61110 (um número) roça ]f(x)-L] < <= 1bo ].<-xo ]<611100

)' )'

)' .sf(:r) r =ft<l

I.
I /1-- -A'
~ - •.000

---~--'-,!--'---->X
o ·'• o ••
N0\'0 dc-s.:afi(): Resposta;
<=_I_
1.000 ]x-x11] < J 111-

)'

r=/<.<) r=f(x) )' = /(;<)


I
'-• 1oo.ooo
-......
,/[=;::::=:=:;;;r-:::
I. - 100.000 :
I
I
I
------~~-----~~---·
o .~0 ------~0~----~~
...~---. -;,.ot-----:.1-----.•
•o
No\'o desafio: Resposta: Novo~lio;
I
c~ 100.000 I:r- xal< 6u10o.noo (! ~ ...

Exemplos: testando a definição


A definição formal de linlite não nos diz como determinar o limite de uma
função, mas nos permite verificar se um suposto limite está correto. Os exem-
plos anteriores m ostram como a definição pode ser usada para verificar hipó·
teses d e lirnite referentes a funções espedficas. (Os dois primeiros exemplos
corrcspondcon a partes dos exemplos 7 e 8 da Seção 2.1.) No entanto, o obje-
tivo real dn dcfini~-\o não é faz.tr cálculos como esses, e sim provar teoremas
gerais, de maneira que o cálculo de limites específicos possa ser simplificado.
88 Cálculo

F.XEM I'LO 2 Testando a definição


Mostre que
lim,~ 1 (Sx - 3) ~ 2
SOLUÇÃO Sejax, = 1,/(.<) = Sx - 3c L = 2nadcfiniÇ'.iOdelimite.l'ara
qualquer c> O. precisarnos encontrar um 8 >O adequado., tal que se x 'Á I ex
está a uma distância menor que ó de x0 ::: 1, isto é, sempre que
O<lx - ll<ô
é verdade que fl,x) está a uma d istância menor que e de L= 2, de modo que
lflx)- 21 <e
Encontramos ôao rcsolveja a inequação e:
IC5x- 3) - 21 ~ ISx- SI «
S lx - !1 «
I·<- li <e 15
FIGURA 2.15 &fl,x) ~ Sx - 3, então
Então, podemos tomar c5 = f/5 (Figura 2.15). & O< lx·- 11< c5 = e/5, ent.'io
O< lx- ti «/5 garante que Vtx) - 21 <E
(Exemplo 2). I(Sx - 3) - 21 ~ ISx - SI= 5lx - li< 5(<15) =e
o que prova que lim, _, (Sx - 3) ~ 2.
)' O valor de ô ~ <15 não é o único que fará O < lx - < I! implicar11
ISx - SI < <. Qualquer ô positivo menor fará o mesmo. A definiç.'io não
pede o "melhor" 8 positivo, mas apenas um que funcione.

EXEMI'I.O 3 Limites da idcntid3dc c funçocs co11stantcs


Prove que:

,_, x ~ x.
(a) lim (b) lim k=k
·-..-.
{k const;antc) ,

Xu - Ó Xo XQ - 8 SOLUÇAO
flGURA2.16 Paraafunçãoj(x)~x, (a) Seja e> Odado. Precisamos determinar um 8 >O tal que,, para todos
determinamos que O < lx - x01< ô vai os valores de x,
garantir lJtx) - x01 < • sempre que ô S • O < lx - x01 < li implique que lx - x01 < •
(Exemplo 3a).
A implica-ção existirá se 8 for igual a E ou qualquer número positivo
menor (Figura 2.16).1sso prova que lim,-,..x ~ x,.
(b) Seja e> Odado. Precisamos determinar um li >O tal que, para todos
os valores de x,

O< lx - x0 1 < ô implique que lk - kl < <


Como k- k:: O, podemos usar qualquer número po-sitivo para 8 e a im~
plicação pennanccerá (Figura 2.17).lsso prova que lim.-,.. k = k.

Determinando deltas algebricamente para epsiloncs


FIGURA 2.17 !'ara a função j(x) ~ k,
determinamos que Vtx) - kl < e para
Nos exemplos 2 e 3, o intervalo de valores em torno de Xo para o qual!Jtx) - LI
era menor que e era siméttico em relação a x0 , e pudemos tomar ô como a
qualquer ô positivo (Exemplo 3b).
metade do comprimento desse intervalo. Quando não há essa simetria. como
costuma acontecer, podemos tomar ó como a distância de x0 ao extremo mais
pr6:<imo do intervalo.
Capítulo 2 limites e continuidade 89

EXEMPLO 4 Determinando delta algebricamente


Í I S I I X

Parao limite limx.. s ~ = 2, determine umõ > Oquesirvaparai ;;: J.


f:lf:URA 2 . lR Urn intervalo aber-
Ou seja, um 8> O, tal que, para todox,
to de raio 3 em torno de.<~= 5 estará
dentro do intervalo aberto {2, LO). O< lx-5 l<ô => I~ -21< 1.
SOl.UÇÀO Organiz.amos a busca em duas e1apas. como exposto a seguir.
y PASSO 1: Resolvd a inequação f ~- 21 < 1 para CIICOntmr um i11~
terwllo couteudo x0 o 5 110 qual a desigualdade vnlha para todo x ~ x0.
IJx - t - 21< 1
-1<~ - 2<1
2 ---- 1<~<3
1<x- 1<9
2<x< IO
A desigualdade vale para todo x no intervalo aberto (2, 10), portanto
ela vale para todo x " 5 n~se intervalo (veja a Figura 2.19).
PASSO 2: Determitle um valor de 8 > O p.ara colocar o intervalo cen·
FIGURA 2. 19 Função c intervalos tmdo 5 - ô < x < 5 + 8 (centrado em x, ; 5) dentro do intervalo (2, 1O). A
distância de 5 até o extremo mais ptóx.irno de (2, lO) é 3 (Figura 2.18). Se
no Exemplo 4.
tornarmos 8 = 3 ou qua1qucr nllmcro positivo menor. então a desigual·
dade O< lx - 51 < ó colocará x automaticamente entre 2 e 10, fazendo
I ~ -2l<l(Figura2. 19)
O< lx - 51<3 => 1~- 2 1 < 1.

Como deter1ninar algebricamente um ô para dadof, /..., x0 e t > O


O processo para determinar um ó > O, tal que, para todos os valores de x,
O< lx- x,l < 8 => 1./tx) - 1.1«
pode ser organizado em duas etapas:
1. Re$olva a itJequaÇt!o IJtx) - LI <~·funde detcrrninar um intervalo aber-
to (a. b) contendo x0 no qual a inequação valha para todos os x ;< x..
2. Determine um valor de ô > O que coloque o intervalo aberto
(x0 - ô, x 0 T õ) t:~ntrdúo ~m Xo t..h:nttv t1u interv-dlu (u. b). A int:qualjàv
1./tx)- LI < t terá validade para todos os x"' .x, nesse intervalo ô.

EXEMPl.O S Determinando delta algcbrlcarncntc


Prove que lim.,...?ftx) = 4 se
x'
f(x) = '
{I,

SOLUÇAO Nossa tarefa é mostrar que. dado e> 0, existe um ô > 0,


tal que, para todos os valores de x,
O<lx-2 1<8 => 1./t.<)- 41 « .
90 Cálculo

)' J. Resolva a inequação IJtx) - 41< e n fim de determinar um intervalo


aberto cor-rtendo Xo = 2 110 qual a ittequação vallra para todos os x ~ 4
Para x" x0 =2, temosJlx) =x', e a inequação a resolver é Jx' - 4J <r:
lx' -4l<a
-s <x2 - 4<G
4-a<x 2 <4+c
l•rcw.ul'llrlh~ c< ·1: \'cr nd1.1n1c,
.J4-e<Jxi<.J4+s
Um inlétv,lln.a~rlu em lomo de.\ • 2
.J4-e <x<.J4+e.
A inequação lftx)- 41 <e vale para todos osx"' 2 dentro do intervalo
( .J4- E, .J4 +E) (Figura 2.20).
FIGURA 2.20 Um intervalo contendo
2. Detenui11e um valor de 8 >O que coloque o itrtenmlo centrado (2 - 8. 2 + 8)
x ~ 2 de modo que a função do Exemplo
5 satisfaçai.Jtx) - 4J < e. dentro do intervalo ( .J4- E, .J4 +E).
Imagine que8 seja a distância de x0 = 2 até o extremo mais pró·
ximo de (.J4 -E,.J4+e ). Em outras palavras, imagine que 8 = min
{2-.J4-é',.J4+é-2}• o mínimo (o 1nenor) dos dois números
2- .J4 -ee.J4+é'- 2. Se 8 tiver esse ou qualquer o·utro valor positivo
mais baixo, a inequação O< I x- 2 f< 8 vai automaticamente colocar x
entre .J4- E c .J4 +E tornando 1./tx) - 41 < •· Para todos os valores de x,

O< lx- 21 < ô => I.Jtx) - 41 <t

Isso completa a prova para e < 4.


Por que não havia problemas em pressupor e< 4? Porque. ao determinar um
ô tal que, para todos os valores de x, O< J x- 2J < 6 implicava IJ(x) - 41 <e< 4,
aotbamos detem1inando um ô que também fimdona para qualquct t maior.
Por fim. observe a liberdade que ganhamos ao considerar
6 ~ min{2- ~4- e, .J4+ e- 2}. Não li\•emos de perder tempo decidindo
qual núme.ro era o menor dos dois - se é que ha,ria um menor. Apena,s
imaginamos que 8 representasse o menor e scguilnos em frente até fina-
lizar a argumentação.

Usando a definição para provar teoremas


Nom1almentc. não nos fundamentamos na definição formal de limite para
veritic.."tr limites cspcdficos, tais como os mencionados nos excrnplos anteriores.
Em vez disso. recorremos a teoremas gerais sobre limites, em particular aos teore-
mas da Seç.io 2.2. A definição é usada para provar esses teoremas (Apêndice A.2).
Como exemplo. provaremos a parte I do Teorema I, a regra da sorna.

EXEMPLO 6 Vro\'ando a regra para o limite tie urna soma


Dado que lim_.....,Jlx) ~ L e lim...,.,g(x) ~ M, prove que
lhn (f(x) + g(x)) = L + M.
Jf. ,..O(
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 91

SOLUÇ AO Seja t > O dado. Queremos d-eterminar um número po·


sitivo 8, tal que, para todos os vaJores de x,
O< lx - cl <8 IJtx) + g(x) - (L+ M)l <<.
Reagrupando os termos, ficamos com

IJtx) + g(.<)- (L+ M) I= l(l(x)- L)+ (g(x)- M)l u,,.,.,.IJJJ.otri><'S'•t.."


:S IJtx) - LI + Jg(x) - MJ I<~+ foi s 1"1' lf~
Uma vez que lim~ j{x) = L, existe um número 81 > O, tal que, para
todos os valore,s de x,
O<lx-cl<ó, => 1/(x)-LI< t/ 2.

De modo similar, uma vez que lim,......., g(x) = M, existe um número 8l >
O, tal que, para todos os valores de xl
O<lx-cl<õ, => lg(x)- Ml< </2.
Seja 8 =min {81, 82}, o menor entre 81 e 81. Se O< lx - c!< 8, então lx - cl
< ó,,logo IJlx) -LI < <12 e lx- <I < ó1, logo lg(x)- Ml < e/2. Portanto

IJ(x)+ g(x)-(L+ Mll<i+~ = '·

Isso mostra que lim~, (/(x) + g(x)) = L+ M.

Vamos provar também o Teorema 5 da Seção 2.2.

EXEMPL0 7
Dado que lim~Jtx) =L e lim~,g(x) = M, -e que j(x),;; g(x) para todos
os valores de x num intervalo aberto contendo c (exceto possivelmente no
próprio c, prove que L :S M.
SOI.UÇAO Usaremos o método de provar por contradição. Supo-
nha, em vez disso, que L> M. Assim, pela propriedade do limite da dife-
rença, vista no Teorema t,
lim (g(.<)- /(x))= M- L
,_,
Logo, pata qualquet· • > O, existe um 8 >O. tal que
J(g(x)- j(x))- (M- L)l <E sempre que O< lx- cl <ó
Como L - M > O por hipótese, tomemos € = L - M em particular c
teremos um número ô > O, tal que
i(g(x) - /(x)) - (M - L)I<L - M semp•cquc 0<1-• - c l<ô
Como a S la I para qualquer número a, temos

(g(x)- f(x})-(M- L)< L-M scmprequeO<Ix-cl< S

o que pode ser simplificado para

g(x)< j(x)sempreque O<!x -c I< ti

Mas isso contradizj(x) Sg(x). Logo, a desigualdade L> M só pode ser


falsa. Portanto, L s M.
92 Cálculo

Exercícios 2.3
;•
Centrando intervalos em torno de um 11.
y
12. jtx) • 4 - x 1
.l(j•-1
ponto /(,f) a .~ ~ t• 3
x., = 2 E = 0.25 -- 3.25
Nos exercícios l-6, esboc-e o intervalo (a, b) no eixo xcom I
I
L=4 I
o ponto x0 dentro. Em seguida~ dctermi.ne um valor de Ô'> Otal <e I y=4 - xl --.-- 3
O I
que, paro todos os valores de x, O< Jx - x0J< ô => a < x < b. '' I
-r-..,-- I
1.15
1. a= 1: b =7; x, =5 I
I ''
I I

2. a=l: b =7: x0 = 2
I
'
'''
I
I
I
3. a=-712; b=-112; x, =-3 I
X I
I '''
4. a=-7/2; b=-112; x,=-3/2 I
' X
5. a=4/9; b=4/7; x0 =1/2
I{*A UI! l>..;c,.I,A \15-1 v1 o
-T 2"
1-(JNA 1111 . I"$('AIA
6, tl=2,7591; b::::~2)9l; X0 =3

13. y 14. .v
Encontrando deltas graficamente /(X) • _2_
v::; M·~
Nos exercícios 7- l4, use os gráficos para detcrmiJu\r um ·<o=-1 I
L •2 •G:l · 2
ô >O, tal que, para todo x, t - o.s I
1. - l

.. ~ .. t'
'"" 0.(11
O<lx-x0 1<6 => 1/(x)-LI« I
I O

7. 8.
--H·
,. ' I
I
O
O
y= l .t '-4 f(X) = -~x + 3 I
--:---
O
2 I
I
o
o .\' C!·'
:rn • -3
L = 1.5
I
----:--:----- I.S
O
''
I
I
O
O
- - - - - /(x) • 2:r - 4 I o
1 I O
---- I .t(l e. $ € tc: O.J5 I O I :
I O I O
----.: : l. • 6
y=-~.1'+3 I O I o
11 1 € s O.l I o I o

"'"'' ------ 7.6S


I
I
I
O
O
O o 1/
'
l , ,
1S
~-7~~~-----+x
o 135 2.01
2
1.99

Encontrando deltas algebricamente


Cada um dos exercidos 15-30dá uma fünçãoj(x) e os núme·
IÚIA Utl l lSt'AtA ros L, x, c e > O. Em cada caso, encontre um intervalo aberto em
tomo de x, no qual a desig<oaldadc lfi.<)- LI < e "alha. Dê então
9. /(X)= v.; 10. y
~· .fi)= I f(X) c z..r.+i um '"'Jor paro8 > Otal que paro todo x satisf.'17.endo O< Jx- xel <8
l. • I ,\'1) =3 a desigualdade J.Jtx) - LJ <e seja "erdadeira.
€-=! ,t·= Vx I. • J
€ • 0.2 15. j(x)=x+l, L=S, x0 =4. E= 0,01
)' . 2-.JX"Ti
16. j(x)=2x-2, L= - 6, x0 = - 2. E=0,02
17. j(x)=..Jx+i, L=l. x0 =0, E=O,l
18. j(x) = .J;, L= 1/2, x, =l/4, f;:;O.l

19. j(x)=../19 - x, L=:l, x 0 =l0, fi= [

•• 20. f(x)=../x-7 , L=4, x0 = 23, •=l


Capítulo 2 limites e continuidade 93

21. /(x) = 1/ x, L= 1/4, x 0 =4, • =0,05 r I I


•14. ·~ ·=-
22. /(x)=.<'' L=3, x, = ,[3, t'=O,l x- 'X" 3
x ·!: - 9
2J. f<x) = x', L=4·, x, = - 2, € =0,5 •15. lim - - = - 6
, _.., x + 3
24. /(x) = l/x, I.= -I, xl> =-1. E=O,J
x' - I
25. f(x)=x' -5, L=ll, ·"'o =4, .-=1 46. Jím--=2
..:--• x - 1
26. /(x)= 120/ x, L=5, x 0 =24, t'= l
47. limf(x) = 2 se
{4
-2x, x<l
27. /(x) = mx, m >O, L=2m, .<0 =2, .-=0,03
,..., f(x)= 6x - 4, x:<:l

28. /(x) = mx, m >O, L=3m, =3. x<O


X0
.....
48. ümf(x)=O se /(x)= {2x.
x/2, x:<:O
29. /(x) = mx + 1>, m >O, L= (m/2) + b,
x0 =1/2, t=c>O
30. f(x)=mx+b, m>O, L=m+b,
.-=0,05

Mais sobre limites formais


Cada um dos exercícios 31-36 dá uma funÇ<\o ftx), um pon-
tox0eum número positivo e. Determine L= lim /(x).l)epois,
.......
determine um número 8 >O tal que para todos os valores de x
O<(x-x, (<ô ~ lf(x)-L (<E
31. f(x)=3-2x, x, =3, .-=0,02
32. /(x)=-Jx-2, x, =-1, .-=0,03
X~ -4 . , I O
I1m x· sen-
50. ,.... =
33· f(x)= - -,
x-2
x 0 =2, <=0,05 X

)'
x 2 +6x+5
3-1 f(x) - , x, = -5, .- = o.o5
· x+5

35. f(x)=·h-5x, x, =-3, .-=0,5

36. /(x)=4/ x, x0 =2, <=0,4

Prove as alirmações sobre limites feitas nos exercícios 37-50.

·-·,_,
37. lim(9-x)=5

38. lim(3x - 7)=2

39. ,_,
lim./.< - 5=2

se f(x) = {x' . ·' ;ld Teoria e exemplos


·-·
41. limf(x) = I
2, x=l
SI. Defina o que significa dizer qu-e lim g(x) = k. ,....
x,.-2
lim /(x) = 4 se
42. ,t~-: /(x)=t' 52. Proveque limf(x) = Lscesomcntcsclim/(h+c)=L.
I, x=-2 ·~l lt..O

r1m -=
I l 53. Uma afirmação incorreta sobre limites Mostre com
43.
x ... lx u1n exemplo que a seguinte af1rmação e-stá incorreta:
snow
94 Cálculo

O número L é o limite dej{x) à medida que x se aproxi· y


ma de xtl, se j{x) se aproxima de t quando x se aproxima y =/(X)

de "•·
Explique por que a funç.1.o do seu exemplo não tem o va· I

lor dado de L como um limite quando x ~ .<,. I.


II
I
54. Outra afi_rmação incorreta sobre limites Mostre com I

um exemplo que a seguinte afirmação está incorrcla: --li- - - -


1
I
I
O número L é o limite dej(x) à medida que x se aproxima I

de Xo· se, dado qualquer t >O, existe um valor de x para o - - ±,--'--,+-,'---..,.-'-::----->.<


.to- 8 \ ·"o xo + ô
quallftx) - LI < <.
um valor de x para o qual
Explique por que a função do seu exemplo não tem o va·
O<lx - x01<8 e lf(x} - Lf~t.
Jor dado de L como um limite quando x ~ x0•
55. Torneando cilindros para motores Antes de fabricar x, x<l
cilindi'OS com uma área da seção transversal de 9 pof~ 57. Seja/(x)= { x+l, x>l
para um certo motor você' precisa saber qual desvio
p<~de aceitar em relação ao diâmetro do cilindro ideal,
que é x0 = 3,385 pol, e ter ainda a área diferindo de no
máximo 0,01 pol' das 9 pol' necessárias. Pa.r a descobrir
isso, você faz: A= 1t(x /2)' c procura o intervalo no qual 2
tem de manter x pa.ra fazer IA - 91 S 0,01 . Qual intervalo y=/~<)
você encontra?
56. Fabricando resistores elétricos A lei de Ohm para cir~
cuitos elétricos, como na ilustração da figura abaixo, diz
que V= RI. Nessa equação. V é uma voltagem constante, I
)' • .rt
é a corrente em amperes e R é a resistência em ohms. Sua
empresa recebeu um pedido para fornecer resistores para (o) Seja • = 1/2. Mostre que nenhum ~ > O possível satis-
um circuito no qual V será 120 v; sendo I= 5 t 0,1 A. Em faz a seguinte condição:
qual intervalo R deve ficar para que I esteja a O, I A do
valor alvo 10 = 5 A? Para todos os valores de x,
O<lx-ll<õ lf(x)-2j<l/2.

. Isto é, para cada 6 >O mostre que c:~iste wn valor x tal que

v~ R O<lx-11<11 => lf(x)-21~112.



Isso mostrará que lim,_, /(x)"' 2.
(b) MoSire que lim.-.f(x)$1.
(c) Mostre que lim,_.f(.<)" 1,5.
Em que sit uação um número L não é o

l
limite de j(x) quando x-> x0 ? x', x<2 y

58. Seja ll(x) = 3, x=2


Podemos provar que lim H'"
/(.<) -t L fornecendo um e> O )' = /o(;l)
tal que nenhum ô > Opossível satisfaça a condição
2, x>2 •
Para todos os valores de x, 3
O<lx-x, l<ô => 1/(x) -LI« y=2
2
Conseguimos isso para nosso candidato e mostrando que,
para cada ô > O. existe um valor de x tal que

O<lx-.<,1<8 e 1 /(x) - LI~• -:11""--~,.-----.T


o 2
Capítulo 2 limites e continuidade 95

Mostre que
(") Jim
..,_: h(x)" 4
f'usANDO O COMPUTADOR
(b) lhn h(x),;. 3
,~,
No:; exercícios 6 L- 66, você apr-ofundará a exploração en-

..,
(c) Jim
, h(x)" 2
59. Para a função representada no gráfico a seguir, explique
contrando de1tas graficamente. Use o SAC para executar as
seguintes etapas:

por quê (a) Trace a função y = j(x) próximo ao ponto x~

(a) Jim /(x)" 4 (b} Descubra o valor do limite L c então o avalie siml>oli·
·~· camente para ver se está correto.
..,
(b) ,lim f(x)" 4.8
(c) lim j(x)" 3
(c) Usando o vaJor e= 0,2, trace as retas y 1 =L- e e f=
N) L+ e juntamente com a função f perto de x0 •
,. (d) A partir de seu gráfico na parte (c), estime um ô >O
tal que, para todo.<,
4,8 O<Jx-x0 J<ô ~ Jf(x)-LJ«.
4
Teste sua estimativa traçandlo f, y1 c y1 no intervalo O <
Jx - x0 J< ó. Para sua Janela de inspeção, use Xo- 2ó s x s
x0 + 26 e L - 2< S y S L + 2<. S.C nenhum valor da função
estiver fora do intervalo (L- E, L+ e]. então o valor de 8
escolhido foi muito aho. Tente novamente com un1 valor
'o:+------,3~-- .....r mais baixo.
(c) Repita os itens (c) e (d) sucessivamente para e = 0,1;
60. (a) Para a função representada no gráfico a seguir, mos-
0,05; e 0,00 I.
tre que lim, _ _, g(x)" 2.

(b) Parece que lim..,. , g(x} existe? Em caso positivo, qual j(x)= x' -81,
61. x, = 3
o valor do limite? Em caso negativo, por que não? x-3
y Sx' -9x'
62. f(x)- , • , x 0 =O
2x -3x"
• 2
sen2x
63. /(x)= - - , x 0 =O
3x

/(x) = x(l-cosx), x, = o
64.
x-senx

65. /(x)= if; -I, Xo = J


x-1
1
j(x) = 3x -(7-<+t).f; + s.
66. Xo= J
-<-1

Limites laterais e limites envolvendo o infinito


Nesta seção, estenderemos o conceito de limite paro limites laternis, isto
é, os limites que existem quando x se aproxima do número xc> pela esquerda
(onde x < .<0 ) ou pela direita (x > x0 ) apenas. Tambérn analisaremos os gráficos
de certas funções racionais, bem como outras fun.ções que apresentam com-
portamento de limite à medida que x -> ±eo>.
snow
96 Cálculo

)'
Limites laterais
i"dra ter um limite L quando x se aproxima de c, uma funçãof dc,•e ser defi-
nic'a em muho._ç ns Jndns ele c e se\IS valnre.ç_j(x) devem s.e ap-,rnximar ele I. qtJ:m·
do x se aproxima de c de cada lado. Por iss~ limites comuns são bilatc.rais.
Sef não tem um limite bilateral em c, ainda pode ter um limite lateral, ou
--------,+-------··
o seja, um limite cuja aproximação ocorrt apenas de um lado. Se a aproximação
for feita pelo lado direito, o limite será um limite à direita. Se for pelo lado
esquerdo, será um limite à esquerda.
- - - - -4- -1 A função f(x) = x!lxl (Figura 2.21) tem o ~mite l quando x se aproxima
de Opela direita e limite - I quando x se aproxima de Opela esquerda. Corno
os valores desses limites laterais não são iguai.s, não existe um único número
do qualf(x) se aproxime quando x se aproxinta de O. Assim,f(x) não tem um
FIGURA 2.2 1 Limites à direita e à
limite (bilateral) em O.
esquerda diferentes na origem.
Intuitivamente, se j(x) é definida em um intervalo (c, b), onde c< b. e se
j(x) fica arbitrariamente próxima de L conforme x se aproxima de c nesse in-
tervalo, entãof tem limite lateral à direita L em c. Escrevemos
lim j(x) = L
~. ...<'

O símbolo ..x ~ c•" significa que consideramos apenas valores de x maio-


res que c.
De modo similar, se j{x) é definida em um intervalo {ti, c), onde a < c c
se/(.<) fica arbitrariamente próxima de M, conforme x se aproxima de c nesse
intervalo, então /tem lintite lateral à esquerda M em c. Escrevemos

.....
limf(x) =M
-
O símbolo "x -+ , ... significa que consideramos apenas valores de x me-
nores que c.
Essas definições informois s.io ilustradas na Figura 2.22. Para a função j{x) =
x/lxl na Figura 2.21, temos
limf(x) = l c lim/(x)= - 1
x...-o· x-o·

)'

M
I.

--::-1----''-----"-------+ .r --::-1-----....U.----'"---->.r
o o
(a) lion.
~-
f l,r) = I.

FIGURA 2.22 (a) limite à direita conforme x se aproxima de c. (b) limite


·-·
(b) lion fG<) = M

à esquerda conforme x se aproxima de c.

EXEMPLO 1 Lhnitcs lJtcrais JXlrn um scmídrculo

O donúnio de f(x) = J4- x' é (- 2, 2); seu gráfico é um semicírculo


-+-----::-!-----~- ·· na figura 2.23. Temos
o 2
HmJ4 -x'=O c
FIGURA 2.23 lim J4-x 1 =O ·- -i!·
~-:-
A funç;lo não tem um limite pela esquerda em.<= -2 ou pela direita em x= 2.
clim -/4 -x' =O (Exemplo 1). A função não tem limites bilaterais em -2 ou 2.
x....r
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 97

y ümites laterais têm todas as propriedades enumeradas no 1Wrema I da Seção


2.2. O limite lateral à direita da soma de duas f1mções éasoma de seus limites late-
~af(x) rais à direita e assim por diante. Os teoremas para limites de funções pollnomiaise
racionais sào válidos para limites laterais, assim como o teorema do confronto e o
Teorema S. Limites laterais estão relacionados a limites da seguinte maneira:

Teorema6
Uma funçãoj{x) terá um limite quando xse aprr0ximarde c se esomcn·
f iGURA 2.24 Gráfico da fun- te se tiver um limjte lateral a direita c um à esquerda. e os dois l_imites
ção do Exemplo 2. laterais forem iguais:
lim/(x)=L.,. lim/(x)=L e lim/(x)=L.
S -+t x-t* •-~-·

...
EXEMPLO 2 Limites da função no gr.IJico da Figura 2.24
Em x = 0: lirn,...,. /(x) = I
lim,~o· j(x) e lim, ... /(x) não existem. A função não é defi·
nida à esquerda de x ~O.
L +< ) Em x ~ J: limx~• · j(x) ; Oainda que f( I) ; I
1. jl;t) j{x) <Siá "'"" inl<rv.tlo. limr ,. /(.<) = I
lim.--.. 1 j(x) não existe. Os limites à direita e à esquerda não
1.-E são iguais.
Em x = 2: lim,~,· .f(x) = I
para qualquer x ~ x00 m'$1e intcrv.tlo límrt:• j(x) c: J
lim_...., ./(x) = I ainda que/(2); 2
"'o:+-___,,__ _,,,__+---·• Em x = 3: Hm,~,- ./(x) = Um,~,. /(x) ; lim, _, /(x) ; /(3) = 2
;t'o ·"o+~
Em x =4: lim,~,- /(x) =I ainda que/(4),. 1
I'IGURA 2.25 Intervalos associados
lim_....,. j(x) c lim,~, j(x) não existem. A função não é dcfi·
com a definição de limite à direita.
rtida à direita de x ; 4.

Em qualquer outro ponto c em (O, 4}./(x) tem limile/(c).

Definições precisas de limites laterais


A definição formal de limite dada na Seção 2.3 é pontualmente modificada
para limites laterais.

Definições Limites à direita e à esquerda


Oi:1.emos que j(x) tem um limite à direita L em x., e escrevemos
lim j(x)=L (VcjJ. J rlgura 2.2S.)
·-·.wo·
se para qualquer número e> Oexiste um número corrtspondente 8>
0, de maneira que, para todos os valores de x,
x0 <x<x,+6 => lf(x) - LI<e.
Dizemos que/tem um limite à esquerda L em x0 e escrevemos
lim j(x) =L (Vcl• • t'l~"" 2.26.)
Jl..,JI.,;
se para qualquer número e > Oexiste um número correspondente 8 >
O. de maneira que, para todos os valores de x.
x, -li<x<x, => IJ<xl-LI«.
snow
98 Cálculo

)' EXEMPLO 3 AplicanJo a <icfiniçào para encontrar delta



Prove que

L +e
1.
I
/(x) f!;<) <~1> nest< õntm>lo
SOLUÇÃO Digamos que < > Oseja dado. Aqui x 0 =Oe L =O. logo,
queremos descobrir urn ô > O, de maneira que, para todos os valores de x,
O<x<Õ => I,Íx -~<E
l. - c ou

para qtt..tlqucr .'(''- ~. nes{e intcml!.o Se elevarmos ao quadrado de ambos os lados dessa última desigual ·
dadc, teremos
X x<e' se O<x<6
~--~'-.._--e>--~ .,
o Se escolhermos ô= C, teremos
·'•
FIGURA 2.26 Intervalos associados O<x<Õ=<' => -Íx<<
con> a definição de limite à esquerda.
ou
O<x<<' => 1-.Íx-ol<•
ftx) = .[; De acordo com a definição, isso mostra que Jim ,Íx =O (Figura 2.27).
• ._o'

As funções examinadas até aqui ti\reram um tipo de limite em cada


ponto de interesse. Em gera1, este não é o caso.

EXEMPLO 4 Um• funÇ'i\o qucoscib demais


FIGURA 2.27 lím ,Íx =o no Exemplo 3. Mostre que y = sen (Jix) não tem limite lateral quando x se aproxima
,_..
de zero de ambos os lados (Figura 2.28).
SOLUÇÃO Conforme x se aproxima de zero, seu reciproco. 1/x,
cresce sem limitação e os valorts de scn (1/x) repetem·sc ciclicamente de
- I a I. Não há nenhum número L do qual os valores da função vão ficando
cada vez mais próximos CQ11forme x tende a 1.ero. Isso é válido me$mO
quando restringimos .ta valores positivos ou negativos. A função não tem
limite à direita nem à esquerda em x = O.

FJ(;URA 2.28 A função y= sen (1/x) nãoapresentanimite à direita nem


à esquerda para x aproximando·sc de zero (Exemplo 4).
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 99

Limites envolvendo (sen fJ)/fJ


Um fato importante sobre (sen 11)18 é que, medido em radianos, seu limite
<IIHntdo 9-+ O é I. Podemns ver Íit~~>ô nn Figurn 2.29 e ctmfirm~r alechricamcn~
te usando o teorema do confronto. Você verá a importância desse limite na
Seção 3.4) en'l que taxas instantâneas de variação das funções trigonométricas
serão estudadas.
y

FIGURA 2.29 O gráfico dej(e) ; (.sen e)/6.


)'

r Teorema 7
. sen 11
k~ -9-=l (6em radianos) (J)

PROVA O objetivo é mostrar que os limites à direita e à esquerda são


iguais a I . Então saberemos que o limite bilateral também é I.
Para mostrar que o limite à direita é I, começamos com valores positivos
de 8 menores que rr/2 (Figura 2.30). Observe que

o "" o Area.<!OAP <área do setor OAP <área .<!OAT.


o Podemos expressar essas áreas em tcrrnos de 6 da seguinte maneira:
I I I
Area AOAP = - base x altura= - (l)(sen 0) = - senO
FIGURA 2 .30 Figura para a prova 2 2 2
do Teorema 7. TA/AO ; tg mase. Areado setor OAP = .!.r'o ; .!.(l)'O = ~ (2)
AO = I, e11tào TA = tg 8 2 2 2
I I I
Arca aOAT = 2 base xaltura 2(1)(tg O) =2tg O
Logo,

A medida em radianos na Equação (2): A I I I


- scn0< - 11<- tg/1
e
área do setor OAP será 812 somente se 2 2 2
for medido em radianos.
A última desigualdade não se altera se dividimos os três termos pelo
número (1/2) sen 9, que é positivo, já que O< 8 < r</2:
O I
1< - - < - -
scnO cosO

Tornando os recíprocos, a desigualdade é invertida:


senO
1> - - >cosO
o
Uma vez que lim.,..0 • cos 8 = I (Exemplo 6b, Seção 2.2), do teorema do
confronto resulta sen 8
lim - - ; 1
o...o• O
snow
100 Cálculo

Tenhamos em mente que sen 6 e 6 s..\o ambas fimções ímpares (Seção 1.2).
Então,jt6) = (sen IJ)/8 é umajimção par, com um gráfico si métrico em relação
ao eixo y(vcja a Figura 2.29). Essa simetria implica que o limite aesquerda em
O existe c tem valor Igual ao limite à direita:
senO senO
lim --=1= Lim - -
,....- o ·-·· o
então lime--o (sen 8)!9 = I pelo Teorema 6.

senO
EXEMPl-O 5
·-·
Us:tndo lim - - = I

cosh-1
(/
. sen2x 2
Mostre que (a) lim - O c (b) hm - - =-
,. ...o h ~-·o Sx S

SOLUÇÃO
(a) Usando a fórmula cos h= I - 2 sen2 (11/2), calculannos
cosh-1 2sen1 (11/2)
lím lim
....o Jr ;,..,o h
senO
= -lim--senO Sej."l fi = /r/2.
.... 2
=-(1)(0) =o.
(b) A Equação (I) não se aplica à fração original. Precisamos de 2x no
denominador. e não Sx. Produzimos o 2x nlUltiphcando numerador
c denominador por 215:
scn2x (2/5)·scn2x
lim - - = lim -'-:-:-'-::-:--
, _, 5x •- • (2/S)·Sx
2 sen2x Agora, a Equação (I) se aplica a 0 = 2x.
= - lim - -
5•... 2x

)'
=~(I)=~
4
Limites finitos quando x ~ ±oo
3
O símbolo para o infinito(~) não representa um número real. Usamos
2 ,.• !X
• oo para descrever o comportamento de uma função quando os valores em seu
domínio ou imagem ultrapassam qualquer limitante. Por· exemplo, a função
j(x) = 1/x é definida para qualquer valor de x" O (Figura 2.JI). Quando x é
posilivo c val ficando cada vez maior. 1/x 1orna-sc cada ve-.z menor. Quando x
ê negativo c cada vez maior em módulo, 1/x nO\ramente é cada vez menor. Po-
demos sintetizar essas observações dizendo que }tx) ~ 1/x tem limite Oquan-
do x ~ .too, ou que Oé um limite de Jtx) = l!x uo it~finito e no menos infinito.
Eis uma definição precisa.

FIGU RA 2.31 0 gráfico de y = 1/x. Definições Limite...; quando x tende a oo ou -QC)

I. Dizemos que }tx) possuí o limite L quando x tende ao infinito c


escrevemos
Um f(x)= L
,_
se, para cada numero e> O, existe um número M correspondente tal
que. para todos os valores de x,
x> M => IJtx) - LI<<
Capítulo 2 limites e continuidade 1 01

2. Dizemos que j(x) possui o limite L com x tendendo a menos infi-


nito e escrevemos
lim,~- /(x)- L
se. para cada número e> o. existe um número N correspondente tal
que. para todos os valores de x
x< N ~ lft:x)- LI«

Intuitivamente, lim,_,_ j(x)= L se, à medida que x se distancia da ori-


gem no sentido positivo,j{x) fica arbitrariamente próximo de 1.. De modo si·
milar, Um, __ j(x) =L se, à medida que x se distancia da origem no sentido
ncgativo,j{x) fica arbitrariamente mais próximo de L
A estratégia para calcular limites de funções quando x -t ±oo é semelhante
àquela usada para o cálculo de limites finitos da S~ão 2.2. lá. primeil'o calcula·
mos o limite das funções constante c identidade y = k e y= x. Então, estendemos
esses resultados a outras funções aplicando um teorema sobre limites de combi-
nações algébricas. Aqui. faremos a mesma coisa. exceto pelo fato de as funções
iniciais serem y = k e y = 1/x em vez de y= ke y=x.
Os fatos básicos a serem verificados aplicando a definição formal são
lim k = k c lim .!. = O (3)
..."""" .~~ .~~-..to- x

Provaremos o último agora e deixaremos o prirneixo para os exercícios 75 c 76.

lndcp:ndentemcnl'e de qunl llXEMI' I,O 6 Limites no infinito paraj{X') = 1/.<


)'
núrncro positi,'Oscja E. o s.rnrrco
Demonstre que
cmm ncss:n f:aix:t em x =} e
:ti pc:nnanccc.

- SOLUÇÃO
(a) Seja c> Odado. Precisamos determinar um número M tal que, para
todos os valores de x.

lnd!!pendcntcmentc As implicações valerão se M ;:; l/e ou qualquer número positivo


de qu:tl número
poshi\'0 sej:t f. o
grrif100 Cfllf'3 ACS$:l
maior (Figura 2.32). Isso prova que lim (I/ x) =O.
-
(b) Seja e> Odado. Precisamos determinar um n(•mero N tal que, paro
'. I
•ô\1xaem x;;- 7e todos os valores de x.
~i pcnll3nee<.

FIGURA 2.32 A geometria por trás do As implicaçõe-s valerão se N = -l/e ou qualquer número menor que
Exemplo 6.
-
-1/<(Figuro 2.32).1sso prova que lim (li x) =0.

Limites tendendo ao infinito apresentam propriedades semelhantes às


dos limites finitos.

Teorema 8 t <:is c.lo limite quando x ICI')


Se L, Me k são números reais e
lim j(x)=L c lim g(.<) =M, então
..: ~:to-o ... ;t..o
.~:

, ......
l. Regrndasoma: lim (j(x)+g(x))=L+M
102 Cálculo

...
2. Regra da diferença: lim (/(x) - g(x)) =L - M
.~

3. Regra do produto: lim (j(x)· g(x)) =L· M


·-"" por constante: ,_lim.. (k· j(x)) = k ·L
4. Regra da multiplicação

S. Regra do quociente: lim j(.<) =.!:.., M "'O


,_.,. g(x) M
6. Regm da potenciação: Se r c ss.;o inteiros e não têm fatO<CSOO!.nuns, s"' O,
então
lim (j(x)~'·>= r:"
.~ ...
desde que L"' seja um número real. (Se s for (XIr, pressupomos que L> 0.)

Essas propriedades S<io como as do Teorema 1, Seção 2:.2, e as aplicaremos


da mesma maneiro.

EXEMI'LO 7 Usando o Teorema 8


y
s.t2+ 8x -3
y= (a) lim ( 5+ .!.) = lim 5 + lim.!. R<l)r.l oi.lMom'
3x- + 2 .s~- x s- •- x
2
= S +O = 5 1.imn.:s. ronhl:cid~'~·
Rcf:'ll'
. • ~3

-5 JO X .
(b) hm rr../3 hm
--= . 1rV3·-·-
r.: I I
.~~ ... - Xl •-- X X

lim 7rJ3 · lim ! · lim .!. kc11.n do prOOutll


= J_.._ 11-.- X ,~_,_ X

f.imht'S COJlhC..: idO!..

FIGURA 2.33 Gnlfico da função do


E:xemplo 8. A curva se aproxima da reta
Limites no infinito de funções racionais
y =5/3 ;\ medida que (xl aumenta.
Para determinar o lin1ite de uma função racional quando x -) :too, po-
demos dividir o numerador e o denominador pela maior potência de x que
)' aparece no denominador. O que acontece depois depende dos graus dos
polinômios envolvidos.

6 EXfMI'LO 8 Numerador c denominador de mc;mo gmu

, 5xl + 8x _ 3 . 5 + (S/ x) _ (J/ xl ) l>h·id.:. o numcr.1Jor c~ ,i~no·


Iun ~ - 1am ~ r'n•nJ~Ior J>ur ;.:~.
·~· 3x- +2 ·~· 3 + (2/x-)
5+0-0 5
3 +O :) \\:j:~ ,, t-Jgunl.33
-2

-4 EXEMPLO 9 Grau do numerador menor que o grau do


denominador
-6
• l lx + 2 , (ll!x' )+(2!x') Di\·i<i.l o num.:-r;.t,lor ~ oJ.:-nominatlor
-8 ,IJm 2x'---I = ,__
__ - 1nn -"-'":''-7-.'7;-C....:.
2-(1/x' ) por ..-'.
FIGURA 2.34 Gráfico da função
= 0+0 = 0
do Exemplo 9. A curva se aproxima do 2-0
eixo x à medida que 1.q aumenta.
Capítulo 2 limites e continuidade 1 03

Daremos um exemplo do caso em que o grau do numerador é maior


que o grau do denominador na próxima seção (Exemplo 8, Seção 2.5).

Assíntotas horizontais
Se a distância entre o gráfico de uma função e uma reta fiXa se aproxima
de zero à medida que um ponto sé afasta da origem. dizemos que a cunra se
aproxima assintoticamente da reta e que a reta é u111a assbJtotn do gráfico.
Ana.lisandof(x) = 1/x (veja a Figum 2.>1 ), podemos observar que o eixo x
é uma assíntota da curva à direit'a porque

lim .!.=o
.. _,... X

c à esquerda porque

Dizemos que o eixo x é uma assí11ICM lrcrizontal do gráfico de f(x) = 11.<.

Definição Assíntota horit.ontal


A reta y = b é uma assíntota horizontal do gráftoo da função y = j(x) se

".. . .
limf(x) =b ou lim j(x) =b
x--
A curva

que vemos na Figura 2.>3 (E.xcmplo 8) tem a reta y = 5/3 como uma assíntota
horizontal à direita c à esquerda, porque

Hm f(x) =~ e lim j(x)=~


. 0:.. . 3 ......- 3

EXEMPLO 10 Assíntota horizontal de y= t:"


O eixo x (a reta y = O) é uma assíntota horizontal do gráfico de y = .f
porque

Para comprovar isso, usaremos a definição .de um limite à medida que


x se aproxima de -. Portanto, seja e> Odad<>, mas arbitrário. Temos de
determinar uma constante N tal que, para todos os valores de x.

FIGURA 2.35 O gráfico de y= x<N => !e' -OI<E


e'se aproxima do eixo à medida Agom !e' - OI = e', logo a condição que precisa ser satis(eita sempre
quex-> --(Exemplo lO). quex<Né
e" < E
Seja x =N o 11úrnero em que lf = e. Como~ é uma fu11ção cre.scente. se
x < N, então .f< e. Determinamos N obtendo o logaritmo natural de ambos
os lados daequaç:\o e''= •· de modo que N = In <(veja a Figuro 2.35). Com
esse valor de Na condição é satisfeita. e Goncluímos que lim~_ff = O.
104 Cálculo

EXEMPLO li Substituindo por uma no,•a \'ariá,•cl

·-
Encontre lim sen(l/x}.

SOLUÇAO lntrodulimos a n0\'11 wriável 1 = 11.<. Pelo Exemplo 6,


sabemos que I .... o· quando X ...... (veja. Figura 2.31). Portanto,

lim scn.!. = lim scn 1 = O


..:..... x ~~o·

Da mesma maneira, podemos investigar o comportamento de y =A l/x)


)' quando x-+ Oestudando y =j(x) quando x -+ ±oo.

0.8 liXE MP LO 12 Usando a substituição


0.6 Encontre lim t 1111
A..00~
0.4
SOLUÇ,\0 Tomamos 1 =li.<. Pela Figura 2.31 sabemos que 1-> -oo
0.2
quando X .... o·. Portanto,
cJ = o E.xemplo 10
X
-3 -2 - I o . e'" = ,I'...lll'l
Itm
X-tO' _

FIGURA 2.36 O gráfico de y = e'tr parax <O (Veja a Figura 2.36.}


mostra que lim,...0- e11' =O (Exemplo 12).

O teorema do confronto revisto


O teorema do confronto também se aplícn a limites quando x-> ±oo,

EXEMPLO 13 Un1a curva pode cruzar $Ua assintota horizontí.lJ


Usando o teorema do confronto, encontre a assíntota horizontal da curvn
senx
y = 2+ - -
x
SOLUÇÃO Estarnosintcressadosnocomportamentodogr:lficoquando
x~ ±oo. Dado que

e que lim, ~,w lli.<J =O, temos quelim,~,.. (sen x}lx =O de acordo com o
teorema do confronto. Assim,
)'
lim 2+ -
(
r•:l* X
x)
sen- =2+0=2

y= 2 + ~
.T
c a reta y:::: 2 é uma assíntota horizontal da curva tanto à esquerda como à
direita (Figura 2.37).
Esse exemplo ilustra que uma curva podt cru.zar uma de suas assínto~
tas horizontais, talvez várias vezes.

O gráfico de uma função pode ter mais de uma assíntota horizontal.


FIGURA 2.37 Urna cmva pode cruzar
Por exemplo, o gráfico da função arco tangente que discutiremos adiante
urna de suas assíntotas infinitas vezes
(Seção 3.8) tem duas assfntotas horizontais.
(Exemplo 13).
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 1OS

Assíntotas oblíquas
4

2
,.

___
2x2 - 3
7.f +4
Caso o numerador de uma função racional tenha um grau maior do que o
denomin3dnr. o grMico npr.-Rrnt:u-~ um:;. auíntota nhlíqua (inclinada). ~n·
centramos uma equação para a assíntota dividindo o numerador pelo deno·
minador para expressarf como uma função linear mais um resto que é igual a
zero quando x --+ :too. Eis um exemplo.

EXEMPLO 14 Encontrnndo uma :>ssíntota oblíqua


Encontre a assíntota oblíqua para o gráfico de

f{x) = 2x' -3
7x+4
FIGURA 2.38 A função do Exemplo da Figura 2.38.
14tem uma assíntota oblíqua. SOLUÇÃO Após dividirmos o numerador pelo denominador encon-
tramos
f (x)= 2x' -3
7x+4
2 8) -115
=( 7-<-49 + 49{7x+4)

Quando x ~ ±oo, o resto, cuja rnagnit\lde fornece a distãncia vertical entre


os gráficos de f c g. vai a zero, tornando a reta {inclinada)
2 8
g{x) =-x- -
7 49
uma assíntota do gráfico de f {Figuro 2.38). A reta y = g{x) é uma assíntota
tanto à direita quanto à esquerda. Na pr6x.ima seção. você verá que a função
flx) fica arbitrnriamcntc grande em valor absolulo quando x se aproxima de
-417, ponto em que o denomu>ador se torna zero {Figura 2.38).

Exercícios 2.4
Obtendo limites graficamente {g) lim f(x) = I {h) limf(x) = L
·~· ·~·
I . Quais das afirmações a seguir sobre a função y =flx) repre- {i) limf{x) =O {j) lim f{x) = 2
..-..u ~
sentada no gráfico são verdadeiras c quais são falsas? ·~·
{k) lion_/{x) não existe. {I) lim f{x) =O
)'
.l... -1 .A_,:·
)' =/(x) 2_ Quais das afirmações a seguir sobre a função y = flx) re-
presentada no gráfico são verdadeiras e quais são falsas?

{a) lim f(x) = I


.-:--1' ,...-
{b) lim f{x)=O

{c) lim f{x) = I {d) lim f{x)= lim j{x)


A·-.o- .-:-o- ~~rt

,_,
(c) lim /(x) existe.
....
(f) lim f(x) = O
snow
106 Cálculo

(a) lim j(x) = 1 (b) limj(x)=l nãoexiste. )'


x--•· x-+1

(c) limf(x) = 2 (d ) lin!f(x) = 2


x-.1 .....,

(c) limj(x) = l ( f) limf(x)nãoexiste.


.--•1" ,.._. I

(g) lim j(x) = lim j(x)


x...o· .x ...o· -----::t-11tt+
o - +-----+ .f
(h) Um j(x) c.xiste para qualquer cno intervalo aberto (-1,1). o. .c s o
·~'
(i) lim j(x) existe para qualquer< no intervalo aberto (1 , 3).
'"" -t
)'=
I s~o~.x > O

(j) lim j(x) =O (k) lim f(x) não existe.


.......... ... .....)''
3- x, x<2 (a) Existe lim,~o· j{x)? Se existe, qual? Se não, por quê?
3. Sejaj(x) = x
[-+ 1, x>2 (b) Existe lim,...,.j(x)? Se existe, qual? Se não, por quê?
2
(<) Existe lim,~0f{.<)l Se existe, qual? Se não, por quê?

6. Seja g(x)= J; sen(ll x).

--::+-'---!--'--'---'--~ .•
o 2 4

(a) Determine limro2 • j{x) e lim,~,- j{x).


(b) Existe lim..-1 j{x)? Se existe, qual? Se não, por quê?
(c) Determine lim...,,- j(x) e lim~•· j{x).
(d) Existe lim,~, j{x)? Se existe, qual? Se não, por quê?

3- .<. x<2
4. Seja f(.<)= ~ x=2

12 ' x>2
-I y S- ./i

(a) Existe lim,...,. g(x)? Se existe, qual? Se não, por quê?


y= 3 -x
(b) Existe limroo· g(x)l Se existe, qual? Se não, por quê?

(c) Existe lim,, ...,g(x)? Se existe, qual? Se não, porquê?


xJ, x,.l
7. (a) Represente graficamente f(x) ={o, =
x 1
(a) Determine lin>,~:• j{x),liJnr+r j(x) e/(2).
(b) Determine lim • j(x) e lim .f(x).
x-oi ..--•
(b) Existe lim,~, j(x)' Se existe, qual? Se não, por quê?
(c) Existe lim.~, j(x)? Se existe, qual? Se não, por quH
(c) Determine limr · t· j(x) e lim~_,. j{x).
1-x', x,.l
(d) Existe lim,- 1/(x)? Se existe, qual? Se não, por quê?
8. (a) Represente graficamente f(x) ={ 2, x=l

o. X :i Q (b) Determine limJt-•1• f(x) e lim....... f(x).


5. Seja f(x)= 1 (c) Existe lim,~, j(x)' Se existe, qual? Se não, por quê?
{sen-.
•<
x>O
Repre-sente graficamente as funçõe-s dos exercícios 9 e
10. Depois~ ·responda às questões seguintes.
Capítulo 2 limites e continuidade 1 07

(a) Quais são o dominio e a imagem de f? tg2x


25. lim - - 26. rl n21l -
(b) Em quais pontos c existe lim~~< j{x), caso exista? ,_o tg t
·~· X

{ç) Em quai3 pontos existe apcnns o limit·e nc~ue.rda?


....
.'I(C0::.CC2X

(d) Em quais pontos existe apenas o limite à direíla?


27. lim
cosSx
x + xcosx
·-·
28. lim 6.<' (cot x}(cosec2x)

:c: -x+scnx
.JI-.<', OS X< I
.....
!
29. lim 30. lim
x-o sen X CO$ X 2x
9. j(x)= I, 1Sx<2
sen (1-cos I ) sen (sen h)
2, x=2

x - JSx<O. ou O<xSJ
31. lim
.....
33 . lim--
l-cosi
sen O
·-·
32. lim

senSx
3•1. lim--
senh

10. j(x)= 1.' x=O .... sen20 .....o sen 4x

.
{
O. .'t<-1 ou x>l tg3x sen 3 y cotg 5y

Obtendo limites laterais algebricamente


35. lim--
.--'0 sen Sx ,...
36. lim
y cotg 4y

Resolva os limites dos exercíc.ios 11 - J8. Calculando limites quando x 4 ±oo


11. Um r:;+2 12. lim ~x- l Nos exercícios 37-42~ encontr·c o limite de cada função
x-•-4.,. ~";:;"i •-•t' X+ 2 quando (a) x -t-e (b) x ... - -. (Você pode visualizar sua
resposta com um computador ou \I ma calculadora gráfica.)
13. r ( x )( 2x+5)
..~~· x+l .v: 1 + x 2 2
37. /(x) =--3 38. j(x) =tr --;
x x-
H. !~~(;h)(7Je;x) I I
39. g(x)= 2 +(1/x) 40. g(.<)= •
8-(Stx·)
15. I.1111- _..J::.II'::.+::.4:::11::.+..:.5_-....:.f5.::.5
.\l...o' h 41. h(x) - -5 + (7/~) 3 --(:,.2~/x-"-)-
42. IJ(X ) - - .;..
. ../6- ./'"51-=,,,...+-1_1_11_+_6 3-(11 x•) 4 +(..filx' )
16. Iun .;...:_:..:..;.;_;...o.;.c..c..;:,.
•-o· Ir Encontre os limites nos exercícios 43-50.
17. (a)
lx+>l
lim (x+3)- --- (b) lim (.< + J)Ix + 21 sen2x
...... :· x+2 .. - -2- x+2 13. lim--
...- .. X

. ) . .J2;(x - l) (b) lim .J2;(x - I)


18• (.1 1un
,_,,. lx-li •-·•· lx- JI 2-t+scnt r + scn r
Use o gráflco da função maior inteiro contido y = LxJ r--
45. l i m - - - -
t+cost
46. lim _ __:::.::.__
,_.,.2r+7-5senr
(às vezes escrita y = int x), Figura 1.1 O da Seção 1.1, para
determinar os limites nos exercícios 19 e 20.
0
·-- 48. lim e' cos· •( .!.)
a-+- X

19. (a) lim


••.,. LoJ (b) lirn
OH)'
l!J
0 49.

20. (a) !~!~ (1 - LI J) (b) lim (t -LI n


'~"'· JJ
Limites de funções racionais
senO
Usando lill1- - = 1 Nos exercícios Sl- 60, determi_ne o lim_ite de cada função
~~-o (J
quando (u) x -t -c (b) x -t --.
Determine os lil'nítes 110s exercícios 21-36.
51. j(x) = - -
2x + 3 2x'+7
52. /(x) - ....,...,.=.;.;,,-'--
sen .fio sen kl 5x +7 x - x +x +7
21 . lím r:' 22. lim - - (k constante)
3x + 7
~+ 1
4! ...0 V20 r-.o t
53. j(x)= 54. /( X ) = ,.-2
x· + 3 X -
sen 3y . h
23. lim-- 24. hm-- I
, .... 4y lt-•tr sen 3h 7x3 56. g(x) = ,
55. h(x) - ,
x' -Jx· +6x x - 4 x+ 1
108 Cálculo

IOx' +.<' +3 1 75. Se/tem o valor constantej(x) = k, então lim j(x) = k.


9x4 + x :r-•..
57. g(x)- • 58. h(x) = , ,
X 2x' +Sx -x+6 76. Se/tem o valor constante j(x) = k, ent<io lim f(x) = k.
x~-

- x•
59. h(x) = -2x' -:x+3 60. l:(x) - -;--:--;-"--:-;,....-:-
3x' +3x' - sx x• -7x' +7x' +9 Definições formais de lim ites laterais

Limites com expoente fracionário ou 77. Dado e> O, ache um intervalo I a (5, 5 + ó), 8 >O, tal que se
negativo x está em I, em~o ,Jx - 5 <e. De que l imite se está verifi·
c.ando a existénc.ia c qual é seu valor?
O processo pelo qua1 determinamos o limite de funções
78. Dado e> O, procure um intervalo I = (4 - 8, 4), 8 >O, tal
l'acionais é igualmente aplicável a razões contendo expoentes
fracionários ou negativos de x: divida o numerador c o deno· J
que se .\' está em I. então 4 - x <e. De que liJnitc se está
minador pela maior potência d~ x no denominador e continue vcríficando a cxist~ncia c qual é seu val()r?
a partir daí. Encontre o limite para os exercícios 61 - 66. Use as definições de limites à direita e à esquerda para pro-
var as afirmações sobre limites feitas nos exercícios 79 e 80.
61. lim
2.Jx + x-• 62. 1im 2 +..Jx 2
·~- 3x - 7 •..- z- ..Jx i9. lim..::_ =-1
·~··J xl
80. lim x- =I
•~•· Jx-2 1
. lJx-lJx
hm x~1 + x'""'
63. x-- lJx+lJx 6-1. ~t--
lim x· ·' -x·• 81 . Funçãomaiori_ntei_rocontido Dctennine{a) lim""..,-.~oo· LxJ
2x"'J - x"' + 7 lJx - Sx+3
c (b) lim . . - ~oolxJ: em seguida, use as definições de limi·
65. ,.lim 66. lirn te para coonprovar seus resultados. (<) Com base em suas
__ x U$ + 3x + .[; •-- 2x +xm-4 respostas nos itens (a) e (b}, é possivel dizer algo sobre
J?
lim ....-.~00 Lx Justifique s\aas respostas.
Teoria e exemplos
x ' scn (li x), x<O
82. I.imheslaternis Seja f(x) = { .,Jx,
67. Uma vez que conheça Um.-~.. • j{x) e limJ....,"- j(x) em um x>O
p<>nto interior do domínio de f, você pode determinar
lim, • • j(x)1 Justifique sua resposta. Determine (a) limx-•• j(x) e (b) lims-o. j(.<): em seguida,
use as definições de limite paro comprovar seus resultados.
68. Se você sabe que limx..,l' j{x) existe. pode determinar seu (c) Com base em suas respostas nos itens (a) e (b), é possí·
valor calculando lim, ..,. j(x)1 Justifique sua resposta. vel dizer algo sobre lim.-0 j(x)1 Justifique sua resposta.
69. Suponha quef seja uma f1onção ímpar de x. O fato de sa·
ber que lim"~o·j(.<) = 3 diz a você algo sobre lim,.... j(x)?
Fazendo gráficos- "visualizando"
JustHi.que sua resposta.
limites no infinito
70. Suponha que f seja uma função par de x. Sabendo que
Às vezes. a mudança numa \'3tiável pode transformar uma
limx-+l.~ j(x) = 7, você pode dizer alguma coisa sobre
expressão desconhecida numa_outra cujo limite sabemos de·
lim,~.2 - j(x) ou lim, . ,,. j(x)1 Justifique sua resposta.
terminar, tal como visto no Exemplo 11, no qua1 substituímos
71. Suponha que .J{x) e g(x) sejam polinõmios em xeque t = 1/x p~ra determin~ r um limit~ quando x ~ Isso Sll·
OC).

lim,.._ (i(x)lg(x)) = 2. Você pode concluir alguma coisa gere uma rnancira criativa de "visualizar" limites no infinito.
sobre lim..,.,_ (i(x)lg(x))1 Justifique sua resposta. Descreva o procedimento e use·o para jrnaginar e determinar
n. Suponha que j(x) e g(x) sejam polinômios em x. O gnifico limites nos exercícios 83 ...88.
de (i(x)lg(x)) poderá ter uma assíntota se g{x) nunca for . I cos(llx)
83. I tm xsen-x 84. li OI .:.:.:..,:...:....:..
zero? Justifique sua resposta. "'-''" ·~- 1 +(1/ x)

73. Quantas assíntotas horizontais pode ter o gráfico de


uma função racional dada? Justifique sua resposta.
• . 3x + 4
8). 1un - -
•-,. 2x - 5
86· ,_
lim(.!..)"'
X

74. Ache lím(Jx'+ x - Jx'- x}


...-.t-o (3+~)(cos.!..)
.~.
87. lim
X X
Use as definições formais de limites quando x - ) ±oo para
estabelecer os Jitnites nos exerdcios 75 e 76. 8R.Iim(],.-cos.!..)(•+sen.!..)
x-o.,. X' X X
Capítulo 2 limites e continuidade 109

Limites infinitos e assíntotas verticais


y VQCi: pode Bk:m~~:.r a Nesta seção, estenderemos o conceito de limite para limites iufinitos, que
altum que quistr. não são mais limites, e sim representam um uso inteiramente novo do termo
tomando ;c S\lficicrue· limite. limites infinitos nos proporcionam símbolos e uma linguagem úteis
me1ue próximo de O.
Não imp0r1~ qu5n alio para descrever o comportamento de funções cujos valores se tornam arbitra·
seja B. o gráfioo va.i riamentc grandes) sejam positivos ou negativos. Continuaremos nossa análise
8 mais :tho.
de gráficos de funções racionais iniciada na seção anterior, usando assíntotas
verticais c termos dominantes parn valores de x numericamente grandes.

--------~~~--~--- x
Nãó imponà t)UãO Limites in finitos
Você pode desçcr baixo seja ..a. o
g_.-jfii."' \ 'l)Í
Vamos analisar novamente a função /(x) = J/x. Conforme x -t 0 ", os
quanto quiser.
tomrllldo .'f suficien· -n mois baixo. valores def crescern sem limitação, alcançando e ultrapassando todo número
1en~me próximo de O. real positivo. Ist·o é. dado qualquer n(tmero real po-sitivo B. mesmo que muito
grande, os wlorcs de f ficam ainda maiores (Figura 2.39). Então, f não tem
FIGURA 2.39 Limites infinitos laterais: limite quando x-+ o·. Entretant~ é conveniente descrever o comportamento
• I :oo e 1un
. -I =-oo de f dizendO quef{.<) tende a~ COnforme X .... 0'. &crCVCillO$
Inn-
x
..-~o· .r-o· x

Ao escrever isso, não estamos dizendo que o li111ite existe. Tampouco esta·
mos dizendo que existe um número real oo, porque não existe tal número. Em
vez disso, estan>os dizendo que lim.......,. (1/x) ndo e.<iste porque 1/x toma·se
arbitrarinmeult grntrde C positivo à medi'da que X~ 0•.
Quando X-+ o-,OS valores defl,x) = 1/X tornam-se arbitrariamente grandes
(em valor absoluto) c negativos. Dado qualquer número real negativo -8. os
\'= - 1-
. ,' f - I valores de f vão ficar ainda abaixo de -IJ (veja a Figura 2.39). Escrevemos

lim f(x) = lim.!. =-


..-...o ......o· x
Novamente. não estamos dizendo que existe gimitc e que ele é igual ao
número - oo. Não existe tun número rea1 - oo. Estamos descrevendo o compor·
tamenlo de urna função cujo limite. quando x _,. o·. não existe porq1lt .~eus
valores se /ornam arbitradamente grtmdes e negativos.

I'IGURA 2.40 Próximo de x = I, a EXEM PI.O I Lin>itcs lat<rais infsnitO>


função y = 1/(x - I) comporta·se como . I
.
Oetermmc I'nn ---
I e I om ---
a função y = 1/x próximo de x = O. Seu ...... ,. x-1 .t-•1" x-l
gráfico é o gráfico de y = 11.< deslocado I
unidade para a direita (Exemplo 1). SOWÇÃO GEOMf.TRICA O gráfico de y = 1/(x- I) é o gráfico de
y: 1/xdeslocado I unidadcparaadircila(Figura.2.40). Portanto,y: 1/(x-1)
próximo de I cmnporta-secxatamentecomoy= 1/xpróx:imodcO:

. 1 . I
IUll--=oo e hm---= -oo
·~•· x-1 ...-.t· x-1

SOLUÇÃO ANA!.ITICA Pense no número x- l c seu reciproco.


Conforme X--+ 1·, temos (x- I)--+ o· c ll(x - I)--+~. Conforme X--+ t•,

temos (x - I)--+ e ll(x - I)-+-~.
11 O Cálculo

EXEMPLO 2 limites infinit<>s bilaterais


Discuta o comportamento de
Por m:\is alio cwe
sc:i3 8. ~· eurv.t I .
v:ú mais nJto aind:1. (n) f(x) = 1 próxuno de x = O
X

I
(b) g(.<) = (x + }' próximo de x = -3
3
SOI.UÇÁO
(a) Quando x se aproxima de zero por qualquer um dos lados, os valores de
(al
ttxl são positivos e se tornam arbitrariamente grandes (Figura 2.4la):
limf(x)= lim.!,. = ~
.11"(.\') = - 1 -
.-o ,.. ...o x·
. (x+JJ' y
(b) O gráfico de g(x) = ll(x + 3)2 é o gráfico de fix) = 11>> deslocado 3
s unidades para a esquerda (Figura 2.41b). Portanto, próximo de - 3,gse
4 comporta exatamente comof próximo de O.
1
3 limg(,,)= lim - -- , =~
.r-·J ..... ~) (x + 3)·
2

A função y ; 1/x não apre-senta um comportamento cor'lsistente quando


x-+ O. Temos 1/x-> ~se x-> 0\ mas llx-> -~se x-+ o·. Tudo o que
podemos dizer sobre lim,_., (llx) é que ele não existe. A função y = llx' é
diferente. Seus valol'cs tendem ao infinito quando...: tende a 1,cro por um dos
lados, por isso podemos dizer que lim.....,0 (1/x') = ~.
FIGURA 2.41 Gráficos das funções
do Exemplo 2. (a) fix) tende ao infi.
fiXEM PI.O 3 funçõc.:s racionais podc.'m se- comportar de \'t'tr~as
níto quando x -> O. (b) g(x) tende ao
m::mdr:.1.s próximo ao zero de seu$ JenominadorcJ:
infinito quando x ~ -3.
(x-2)' (x-2)1 x-2
(a) lim-.--=lim Jim--=0
,_, x' -4 •-• (x-2)(x+2) ,_, x+2
x-2 x-2 I I
(b) lim--=lim - Iim-- = -
•-' x' - 4 •-' (x-2)(x+2) •-> x+2 4
x-3 x-3 (h \•Jtc~r<'S )1,\o nc:gal""''s rar;a
(c) lim - .- = lirn - -~
, _,. x· -4 ,_,. (x - 2)(x + 2) x > 2. x próximo d.: 2.
x-3 x-3
(d) lim - - = Jim - .. O~\'alon.:> Wo p<»iti\'O!S par.t
,_,. x' - 4 ,_,,. (.<-2)(x+2) X< 2, ,'\'llfÓ'(iiUO de l
x-3 x-3 .. .
()
C Itm - - - = 1lffi naO CXISlC. Vc}õt 051tCU'J (c) C (d),
,_, x2 -4 ,_, (x-2)(x+2)
• 2- x . - (.<-2) -1
(f) Il n t - - - = 1lnl lim - - - = - -
,_, (.< - 2)' , _, (,, - 2)' ~• (x - 2)'

Nos itens (a) e (b), o efeito do zero no denominador em x = 2 é can·


celado porque o numerador nesses itens é zero também. Logo. cx.iste um
Jimitc finito. Isso não s.e aplica ao item (f). cn1 que o cancelarnento ainda
deixa. um zero no denominador.

Definições precisas de limites infinitos


Em vez de exigir que j(x) pcrmanCÇ3 arbitrariamente próximo a um nú-
mero finito L paro todos: x sufici~ntcmente próximos: de x00 as definições de
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 111

.1' limites infinitos exigem que j(x) esteja arbitrariamente longe da origem. Ex·
ceto por essa diferença) a linguagem 1: idêntica àquel.a vista anteriormente. As
figuras 2.42 e 2.43 ilustram essas dcfiniçoos.

Definições Infinito e menos infinito como limttcs


1. Oi1.emos quej{x) tende ao infinito quando x tende a Xo e escrevemos
lim f(x):oo
'~"
se parn cada número real positivo 8 existe um 8 > Ocorrespondente
tal que para todo x
O<lx-x.ld => j(x)>B
2. Dizemos que j(x) tende ao menos infinito quando x tende a x0
e escrevemos
Um f(x):-oo
.........
se para cada número real negativo -B existe um ô > Ocorrespon-
fiGURA 2.42 Parax0 -ô<x<x0 + 8,a
dente tal que, para todo x.
curva de j{x) fica acima da reta y = B.
O< I x-x,l <6 =o j(.~) >-8

)'
As definições pre<:iS3s para limites laterais infinitos em x0 são análogas c
serão dadas nos exercícios .
.~0- 6
--,0~---.~~~,r_,L--+x
' Xfi

'
'' EXEMPLO 4 Usando a dctiniç<lo de limites intinitos
'' .
Prove que hm 1
I
=«>
' .l""'O X
-8 ''
---y-- SOLUÇÃO Dado 8 > O, queremos determinar ô >O tal que
'' I
' O<lx-01< 6 implique -->8
:' y • /,t) x'
Agora,
~>B se e somente se x: <I_
\U X
ou, de modo equivalente.
B
FIGURA2.43 Parax0 - ô<x<x0 +Ô,a I
curva de j(x) fica abaixo da reta y: - 8. lxl < .JB

J Logo. escolhendo 8 = 11J8 (ou qualquer outro número positivo me·


nor), vemos que
lx l< ô implica

Assim, por definição,


. I
As$inloltl I tm- =co
.. -.o xl
~oo~n~·z~.~~u~al~::--~~~~~~~=+
O Assíntota
X

horitontal.
y=O Assíntotas verticais
Observe que a distância entre um ponto no gr.áfico de y c l /x c o eixo y
tende a zero quando o ponto se move ao longo da ~urva verticalmente c afas-
A~..'>intoca \'C:-rtic.al, tando-se da origem (Figura 2.44). Esse c-omportan1cnto ocorre porque
.t= O
. I . I
hm-=oo c hm --=-co
FIGURA 2.44 Os eixos cartesianos são 1"...0' X ,._,o• x
assíntotas de ambos os ramos da hipérbole Dizemos que a rctax =O (o eixo y) é uma t1»intota vertical do gráfico de y = 1/x.
y : t/x. Obsen<e que o denominador é zero em x = Oe a função é indefinida nesse ponto.
112 Cálculo

)'
Assinto-o Definições A!ôslntota \'Crtical
\'Crti~l. 6
x=-2
Uma n.'ta x =n é uma assíntota verlical do gráfico de uma 1\mção y =/(x) se
5
y- ill li~f(x)=:too e li~f(x)=:too

Assíntota
•3 X+-
=I+-'-
:c-<~" x-+•
x+2
horiz.ontal. 2
I

~~-~5=-=.~-~3=-2j =-I~Ot~l=2~;3:.,
)'
EXEMPLO 5 Procurando assíntotas

-I
Encontre as assíntotas horizontal e vertical do gráfico de
-2 x+3
y=-
-3 x+2
-4
SOLUÇÃO Estamos inter.,sados no comportamento da curva
quando x ~ ±oo c quando ,'( ~ -2, onde o denominador é zero.
Vemos rnpidamente quais são as assíntotas se reescrevemos a função ra·
FIGURA2.45 Asretasy= lex= - 2são
cional como uma polinômio com um resto, dividindo (x + 3) por (x + 2).
as assíntotas da cu"'" y = (x + 3)/(x + 2)
(Exemplo 5).
x +3 lx+2
-.<-2 I
I
y

8 fsso nos permite reescrever y:


7
l' _ __ s_
.t2 - 4
I
6 • y=l+ - -
Assíntota 5 As:;fntota
x +2
''tnic~. vcr1it.':l1, .t-=2
x= - 2 AsMntota.
Agora. vemos que a curvn em questão é o gráfico de y = 1/x deslocado

l,_. ·r ·
horiJ.oru:tl.y =o I unidade para cima e 2 para a direita (Figura 2.45). As assintotas, em vez
de serem os eixos cartesianos. agora são as retas y = l ex:: -2.

EXI~MPLO 6 Assíntol~s não são ncces~riamcntc bilah:rais


Encontre as assíntotas horizontal e vertical do gráfico de

8
j(x)= - - . -
FIGURA 2.46 Gráfico de y = - 8/(x' - 4). x· -4
Veja que a curva se aproxima do eixo x ape·
SOLUÇÃO Estamos interessado.< no comportamento do gráfico quan·
nas por um lado. As assíntotas não pred·
do x-+ :t~ e quando x-+ :t2, onde o denominador é 1.ero. Observe que f é
sam ser bilaterais (Exemplo 6}.
tltn:\ runç:lo rmr de x. ent:\o o gr:ític:o é simétric'.ô em rcl::'l.ç:lo ao eixo y.

(a) O comporttlmtulo qunndo x ~ :too. Urna vez que lirnx-to.-ftx) =O, a reta
y = Oé uma asslntota horizontal da curva à direita.. Por simetria. tam·
bém é uma assíntota à esquerda (Figura 2.46). Obs.erve que a curva se
aproxima do eixo xapenas pelo lado negativo (ou por baixo).
(b) O comporltlmento tJunndo x ~ :t2. Uma vez que
lim j(x) = -oo e lim j(x) oo,
.c... :· .-...!.

a reta x-= 2 é uma ass(ntot.a vet·ticaltanto à esquerda quanto à direita de


x =- 2. Por simetria. o mesmo vale para a reta x = -2.
Não há outras assíntotas porque f tem um ljmite finito em qualquer
outro ponto.
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 113

EXEMPLO 7 As..~intotas ,·ertkais do logaritmo natural


No gráfico da função logaritmo natural, o eixo y (a reta x = O) é uma
assíntota vertical. Podemos ver isso a partir do gráfico traçado na Figura
2.47 (que é a reflexão do gráfico da função exponencial natural ao longo
da reta y = x) e do fato de que o eixox é urna assíntota horizontal de y =ti'
(Exemplo I O, Seção 2.4). Logo,
3 4 ·"
lím In x=-~
x-+o·

FIGURA 2.47 A rctax= Oéuma O mesmo resultado é verdadeiro para y = lo&,x sempre que a > 1.
assíntota vertica1 da função loga-
ritmo natural (Exemplo 7). EXll~U)LO 8 Cun·as corn infinitas ussintot~s
As curvas

apresentam assíntotas verticais em múltiplo.'i irrteiros ímpares de n/2,, onde


COS X = 0 (Figura 2.48).
,. )' =SéCX
,.
)' = tg"

FIGURA 2.48 Os gráiicos de sec x c tg x têrn um número infinito de


assi.ntotas verticais (Exemplo 8).

Os gráficos de
I cosx
y = cosecx = - - e y = cotgx = - -
scnx scnx
têm assíntotas verticais para slu.'tltiplos i11teiros de n, quando sen x = O
(Figura 2.49).

)'

I'
y= cocsx

FIGURA 2.49 Os gráficos de cosec x e cotgx (Exemplo 8).


114 Cálculo

EXEMPLO 9 Um;, função racional com grau d~ numerador maior


que o grnu do denominador
y
A discfulcia '-crtil-~1 (ntrc Determine as assíntotas do gráfico de
6 u CUt'\'3 c n reta tende a 1..cro
quandox- • oo x' -3
f(x)= 2x-4
SOI.UÇÃO Estamos interessados no comportamento quando x-> :t~
e também quando x-> 2. ponto em que o denominador é 1.cro. Dividimos
(2x- 4) por (x'- 3):

.1- 3 12x-4
_, -x'+2x x+l
2x-3
2
-2 AssinlOia
\'cnical. -2x+4
-3 .f . 2

FIGU RA 2.50 O gráfico de j{x) = Isso nos diz que


(x' - 3)1(2x - 4) apresenta uma assin- x' -3 x I
IOta vertícal e uma assíntota oblíqua
(Exemplo 9).
f(x)= - - =- +J+- -
2x-4 2 2x-4
- ......... , ' f~o)
-'

Uma vez que lim t"...l . f(x)=~c lim• ...,.! • f(x) =-.a rtla x = 2 é uma
assíntota vertic:al bilateral. Quandox-+ :too, o resto tende a Oej(x)-+ (x/2) + I.
A reia y = (x/2) + I é uma assíntota oblíqua à direita eà esquerda (Figum 2.50).

Observe no Excrnplo 9 que, se o grau do numerador numa função racio-


nal é maior que o grau do denominador, o limite é +oo ou - oo, dependendo
dos sinais assumidos pelo numerador e pelo denominador conforme lxl se
toma grande.

Termos dominantes
De todas as observações que podemos fazer rapidamente sobre a função
x2 - 3
f(x)=~

do Exemplo 9, provavelmente a mais útil é que


X I
f (x)=-+1+--
2 2x-4
Isso nos diz imediatamente que

j{x) =.:!. + 1 r.-.r-.1 Jt numrrk:uncnlc gr.mde.


2
I
/(X) 11: - - f~_,rôl Xprôx.inlO Je 2.
2x-4
Se queremos saber como f se comporta. descobrimos do seguinte modo.
Ele se comporta como y = (x/2) + I quando x é numericamente grande c a
contribuição de 11(2.<- 4) para o valor total de f é insignificante. Ele se com-
porta como l/(2x - 4) quando x está tão próximo de 2 que l/(2x - 4) faz a
contribuição dominante.
Dizemos que (x/2) + I domina quando x é numcricamcnlc grande, e que
11(2x - 4) domina quando x está próximo de 2. Termos dominantes como
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 115

)' estes são o elernento·chave para prever o comportamento de uma funç.,1.o. Ve·
ren'IOs a seguir uma maneira de descre,•er esse comportamento quando 1.-q se
torna numericamente grande.
(a) A funçãog é um modelo decomportamcn·to final à direita pa.rafsc e
somente se
lim f(x) = I
, _ g(x)

(b) A função g é um modelo de comportame11to final à esquerda para f


se e somente se
. f(x)
,I__
Jlll - - : 1
g(x)
FIGURA 2.51 0 gráfico dej\x) ~ x + e·•
assemelha-se ao de g(x) : x à direita do Modelos de comportamento final de uma função a esquerda e à direita
eixo yc ao de h(x) ~ e"" à esquerda do eÍXO não precisam ser a mesma função, como o próximo exemplo demonstra
y (Exemplo 10).
I;XEMPLO 10 Encontrantlo modelos de comportamento final
Seja ftx) ~ x + e·•. Demonstre que g(x) ~ x é um modelo de comporta·
mcnto final à direita para f. enquanto h(x) ~ e· • é um modelo de compor-
tamento final à esquerda para f
SOLUÇÃO À direita,

)'
. -
hm f(x)
,__ g(x)
. -
- =hm x+e"' , ( 1+ -
- - =lnn
_........ X ,..~.,
e"') . .
X
=IJpoJshm - ~o
,.._.,.. X
c"'

À esquerda,

I,un - - = I'Jm -
f(,<) - - = I'nn ( - x + I) =l.pOJS
x+e·• . I'1m - x = 0
.t--g(x) . : ... - e"'11 ,._ _ e..;r .t-·- e· :a
(Veja o Exercício 65.) O gráfico de f na Fig.11ra 2.51 fundamenta essas
condusões a respeito do modelo de comportamento final .

-2 2
.•
-5 liXEM I' LO l i LJois gr.\ficos que parecem id<ouico< num> escala
ampla
(>)
Sejam ftx) = 3x" - 2.<' + 3x' - 5.< + 6 e g(x) = 3x". Demonstre que, ape-
)' sar def c g serem bastante diferentes para valor.es numéricos pequenos de
x. essas funções são quase idênticas quando lxl é muito grande.
SOLUÇÃO Os gráficos de f e g comportam-se de modo totalmente
diferente próximos à origem (Figura 2.52a), mas parecem quase idênticos
em uma escala rna.is ampla (Figura 2.52b).
Podemos testar a afirmação de que o termo :>x' em f. representado grafi-
canlente por g. domina o polinômiof para valores numericamente grandes
de x examinando a razão das duas funções quando x ._.. ±oo. Obtemos

. -
Iom f (-
x) : lun
. "-3x
c..'_-..;2:;.x;..'-:-
+..:3;.:
x-'_-;:;
Sxc·..+.;...:.
6
- 100.000 g(x) Jl...b<o
JI-J!M 3x"

(b) = I.un ( 1- - 2 +- I - - 5 + -2 )
....t- 3:< x: 3•.; x"
FIGURA 2.52 Osgnlficosdefeg =I
são (a) distintos para lxJ pequeno e portantof e g são praticamente idênticas paralxl grande. Eon outras pala-
(b) praticamente idênticos para lxl vras. a função g é um modelo de comportamento tanto à direita quanto à
grande (Exemplo li).
esquerda para a funç.1of
snow
116 Cálculo

Exercícios 2.5

Limites infinitos (a) x~-2·

Determine os limites nos exercidos 1-12. (c) x -> I' (d) x .... o·
I. run -:.-
I 2. lim 2.. 21. lim
x' - 3x + 2
} : quando
"... o· >X s-o' 2x
x - 2x
r1111 -3- 1
3. 4. lim - - (a) .< -> 0' (b) x ~ 2'
x ...:· x- 2 x... ,. :< - 3
(c) x -> 2' (d) x -> 2
s. ,.r.....lm..,.. -2x- 6. r1111 -3x-
x +8 •~·•· 2x + LO (e) Podemos dizer algo sobre o limi te quando x-> O?
. 4 -I O quê?
7. hm- --
,_, (x - 7)1
S. lim •
•~• x · (x + I)
. x' - 3x +2
22. hm , quando
2 2 x - 4x
9. (a) llm "' (b) ..lim "'
~t....0' 3x ~~ 3x
(a) x~2· (b) x~ -2 ·

10. (a) lim


.r-40' X
~' (b) lim :,
......o· X
(c) _, .... o· (d) x -> 1'
(c) Podemos dizer algo sobre o li mite quando x-> 01
r -4
11. ~•m I 2. 1irn !,,
....o x:us ~t-tO x· O quê?

Delermine os limites nos exercícios 13-16. Determine os limites nos exercícios 23-26.

13. lim tgx


,_.~,w
14. lim secx
.l ...(~:;~)' 23. lim( 2 -
1
~.) quando
15. lim(l + cosecO)
·~· ·-·
16.lim(2 - cotgO)
(a) t ~ o· (b) t -t o·

Cálculos adicionais 24. lim(,:" +7) quando


Determine os limites nos cxercicios 17- 22.
(a) t ~o· (b) t ~ o ·
17.
r•m-,I- quando
x· - 4
(a) x~2· (b) x~ - 2-
25. lirn(x !,) + (x -21}'~~,) quando
(d) x ->-2' (a) x ~ o· (bl x .... o·
(c) x-> t ' (d) x-> t '
18. lim+-quando
X -1 1
26. lim(-+.,-
x (x-1)"') quando
(b) x-H'
(a) x .... o·
(c) x -> - 1' (d) x~ - 1 -
(c) x~l '

19. lim( x: -~) quando


Esboçando o gráfico de funções racionais
(:~) x ~ o· (b} x~o· Esboce o gráfico das funções descritas nos exercícios 27- 38.
(c) x_.* (d) x -> -1 Inclua as equações c os gráficos das assíntotas c dos termos do-
minantes.
•' - I
20. Iim-·--quando
2x+4
Capítulo 2 limites e continuidade 117

I I -2 -I
27. ) ' = - '8 y - - - 49. lim---=~ SO. Iim---. = ..
x-1 - . x+J '~' (x- 3)' •~·• (x +5)'
I
29. y= - - 30· y=--
-3
2x + 4 x-3 Definições formais de limites laterais
2x infu1itos
31 · y= -x+3 32. y= -
x+2 x+l
SI. Esta é a definição de limite à d.ircita infinito.
33. y = -
x' 34· y = - -
x' +I
x-1 x- 1
Dizemos que j(x) tende ao infinito quando x tende a
x 2·- 4 x1 - 1
35. y = - - 36. y = - - x0 pela direita e escrevemos
x- 1 2x + 4

37. y = - -
x' - 1
38. y = x' ; l
,~ ..
Llm. j(x) = ..

x
·' se, para qualquer número real positivo 8, existe um núme·
ro correspondente lb Otal que, para todos os valores de x,
Criando gráficos a partir de valores e
x0 <x<x0 +c5 => f(x)>B
limites
Nos exercícios 39-42, esboce o gr.lfico de uma função y = j(x) Modifique a definição a fim de incluir os seguintes casos.
que satisfaça as condições dadas. Nenhuma fónnula é necessá·
ria; siJnplesmente indique os eixo.'\ cartesianos c trace uma curva
... ,..
(a) lim j(x)= ..

apropriada. (As respostas não são ímicas, portanto seus gráficos (b) limf(x)= - ..
não precisam ser idênticos MS da seção de respostas.)
x-._..·

39. /(O)=O,f(1)=2,j(-l)=-2, )~'!J(x)=-1 e!~f(x)=l


(c)
~ ..·
lim j(x) =- oo

Use as definições formais do E..<erdcio 51 para provar as


40. /(O)=O,lim/(x)=O,límf(x)=2 elimf(x)=-2
s-... toe .x ...o· z ...o· afirmações sobre limites feitas nos exercícios 52-56.

4J . /(O)= 0, lim (x) = O,lim j(x) = lim j(x) = ~. 53. lim .!. = -~
....
~!.. x-ti· ~-1'
x-t~· X
lim j(x) =-~ e lim
....... _,. j(x) = -~ . I . I
54. I tm--=-oo 55. hm-- = oo
42. /(2) = l,j(-1)= O,lim j(x) = O,lim f(x)= .., lim j(x)= ,._,r x-2 x...1 · x-2
:t'..... ....o·

--
,t...O'

- .. e Um j(x) =I 1
56. Jim - - 2 = oo
x-•· l-x
Criando funções
Nos exercícios 43-46, encontre uma função que satisfaça Representando termos graficamente
as condições dadas e esboce o gráfico dela. (Aqui as respostas Cada uma das funções nos excrcicios 57- 60 é dada como
não são únicas. Qualquer função que satisfaça as condiç~s é a soma ou a diferença de dois termos. Primeiro represente
aceitável. Se ajudar, ute f6rmubt dcfinidat em par-tcc.) os tcnnos grafi,~mente ('om o mesmo conjunto de eixos).
43. lim j(.<)=O,Iimf(x)= .. c limf(x)= .. Depois, usando esses gráficos com<> guia, esboce o gráfico da
,~.,;~... .....1. ..~ :·
função.
44. lim g(x)=O,Iin~ g(x) = -.. elimg(x)=..
•- t- .r... ) ,r-;.)' I ;r w
45. lim h(x)=-1, lim l1(x) = J,lim h(x) =-1 e lim l•(x) = I 57 • y=scc x+-,
X
--<x<-
2 2
x ... - •- x...o· o·
Jl...

1 To 11
46. lim k(x) = l ,limk(x) = ~e limk(x) = - ..
•-•!.. .~~ ..,,- x-1 ' 58 . y=secx--
X1
, --<x<-
2 2
J 7i 1r
Definição formal de limite infinito 59. y= tgx+,, -2<x<2

L -:r 1r
Use definições formais para provar as afirmações sobre 60 • Y =-- tgx --<x<-
X ' 2 2
limites nos exerdcios 47-50.
-I
lim-
11
1
47. lim- = - oo
.t....o xl
48. =~
..-...o X
118 Cálculo

Fazendo gráficos (a) Como o gráfico se comporta qual\do x.., o·?


Trnce as curvas nos exercícios 61-64. Explique a relação (b) Como o gráfico se comporta quartdo x ~ :too?
entre rt fórmn i:J tb c urv;,1 e o QIJe vnGé vê. (c) Como o srál1co se comporta em X ~ 1 e .lt ~ - I?
jusli6quc suas respostas.
X -I
6 62. y- r:--;
1. y= .J4-x' v ~l - x· 69. y=2 3(x-;l)"' 70. y= -
2
3(-=---l)"'
X

)' = _.UJ, +_l_ 64. y = scn(-i-)


63
. ·' X "' X +l
Modelos de comportamento final
Nos exercícios 65-68, use o gráfico de Y = f(llx) paro en· Nos exercícios 71 - 76, ache (a) uma funç.io básica e simples
contrar lim~ ... /{:.;)c limr-* _ j(x). que seja um comportamento final à direita e (b) uma função
simples e básica como um comportamento final à esquerda
para a função.
65. j(x) =.<e' 66. j(x) = x'e"'
1l. y=e' -2x i2. y=:<2 +e·x
lnjxj e•'~
74. y = .~;
1
67. j(x)=- 68. j(x)=-- 73. )' = x + lnjxj +sen x
X In1x 1
Esboce os gráficos das funções nos exercícios 69 e 70. Res· 2x-'- 3x 1 + I
15. y =
ponda então às seguintes perguntas: x +3

Continuidade
Quando colocamos em um sistema de coordenadas alguns pontos do grá·
I' fico de uma função cujos valores tOram gerados em laboratório ou coletados
'!f.
Q,J f-
no campo. geralmente unimos esses pontos por uma curv.a não interrompida
para mostrar quais seriam os valores prováveis da função em todos os instantes
a, -'1-.f- em que não medimos (Figura 2.53). Fazendo isso., supomos que estamos tra·
balhando com urnafimç,io contl11ua. então os va1orcs variam continuamente
~
/
I I e não saltam de um valor para outro sem assumir todos o-s valores entre eles.
,__.. , I I Podemos determinar o limite de uma função contínua quando x se aproxima
o 5 lO
de c simplesmente calculando o valor da função em c. (Na Seção 2.2, vimos
Tl!n!pO lrdnsconido (S)
que isso valia também paro poHJlómios.)
FIGURA 2.53 Unindo os pontos por Qualquer função y = j[x) cujo gráfico possa ser esboçado sobre seu domí-
uma curva não interrompida a partir nio em um t'lnico movimento contínuo, sern levantar o lápis, é um exemplo
dos dac..fos experinte•Uais Q,. 0:.~ Q>. de de função contínua. Nesta seção. investigaremos o que significa exatamente o
um objeto em queda. fato de uma função ser continua. Também estudaremos as propriedades das
funções contínuas e veremos que muitos dos tipos de função apresentados na
Seção 1.2 s-ão contínuos.
)'

2 Continuidade em um ponto
Para entendermos a continuidade, precisamos considerar uma função como
a da l'igura 2.54 cujos limites foram investigados no Exemplo 2, Seção 2.4.

EXEM PI.O J Investigando a continuidade


I'J(iUitA 2.S4 A função é contí-
nua em (O, 4j, exceto em x = l,x = 2 Encontre os pontos nos quais a função f na Figura 2.54 é contínua c
ex= 4 (Exemplo l). aqueles em que é descontínua.
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 119

Cominuid* Continuid31.k SOLUÇAO A função f é contínua em todos os pontos de seu do-


pcb direita bituctá1 mínio 10, 4), exceto para x = 1, x = 2 ex= 4. Nesses pontos, há saltos no
.ó gráfico. Percebaa relação existente entre o limite def e o valor def em cada
pomo do domfnlo da funça.o.

J>ontos nos quais f é contínua:


~----------L-------~--
u c b
Quando x =O,
.....
lim /(x) = /(0)

Quandox = 3, límf(x) = /(3)


FIGURA 2.55 Continuidade nos pon- ,r..})

tos a, b cc. Quando O< c< 4·, c~ J, 2~ lim/(x) = /(c)


,_,
Pontos nos quais f é descontínua:
Quando x = I,
....
límf(x) não existe .

Quandox = 2, lim f(x) = I, mas l "f(2).


....z
Quandox = 4, lim f(x) =I, n>as I " f(4).
.1-U

Quando c < O, c > 4., estes pontos não estão no domínio def.

Parn definirmos a continuidade em um ponto do domínio de uma função,


precisamos definir acontinuidade em um ponto interior (o que cn"olve um limite
bUateral) e em um ponto extremo (o que envolve um limite lateral) (Figura 2.55).

Definjção Continua em um ponto


Ponto interior: Uma função y =j(x) é continua em um ponto interior
c de seu domínio quando
limf(x)= f(c)
,..,.
Extremidades: Uma função y= f(x) é contínua n a extremidade esquer-
da a ou é contínua na extremidade direita b de seu domínio quando
li"\ f(x) = f(a) ou li"\ f(x) = f(b), rcspectivan>entc.
Jt-til .l....

Se uma funçãof não é contínua em um ponto c, dizemos que f é descon-


tínua em c e que c é um ponto de dcsc;ontinuidade de f. Observe que c não
precisa pertencer ao domínio de f
Uma função f será continua à direita de um ponto x ;; c em seu dominio
se lün x ...r. f(.<)= f(c). Será conHnua à esquerda de c se lim .t-t• f(x)= f(c).
Assim. uma função será contínua em uma extremidade esquerda a de seu
dominio se for continua à direita de a, e será continua em uma extremidade
direita b de seu dominio se for continua à esquerda de b. Uma função será
contínua em um ponto interior c dt seu domínio se e somente se for contínua
y
à direita e à esquerda de c (Figura 2.55).
y= V•-.t'
2

EXEMPtO 2 Uma funç5o continua em seu domínio


A função f(x) = -/4 - x' é contínua em todos os pontos de seu domí-
nio,l-2, 2) (l'igura 2.56), inclusive em x = -2, quando fé contínua à direi-
FIGURA 2.56 Uma função que é con-
ta, c x = 2, quando/é contínua à esquerda.
tínua em todos os pontos de seu domínio
(Exemplo 2).
120 Cálculo

y EXJ:MPLO 3 A função ..salto unit;.\rio,. tem descontinuidade de salto

, . • U(x) A funç.ã o "salto unitário.. U(x), traçada na Figura 2.57J é contínua à


I .
direita em x ;:;:; O, mas não é nem contínua à esquerda nem contínua em
x =O. Ela apresenta descontinuidade de salto em x = O.
- --;:1- -- x
o
Resumimos a continuidade em um ponto na fo rma de um teste.
FIGURA 2.57 Uma função que
apresenta continuidade à direita da ori·
] (:stc de continuidade
gem, mas não à esquerda. Ela apresen-
ta uma descontinuidade nesse ponto Uma função j(x) será contínua em x-=c se e somente se ela obedecer às
(Exemplo 3). três condições seguintes:
I. j(c) existe (c está no domínio de j)

2. lím...,j(.<) existe iftem um limite quando-x ~(c)


y

-
3. lim.,..., j(x) = j(c) (o limite é igual ao valor da função)
4 }'=- intxou
y • (xJ Para a continuidade em um lado e a continuidade em um ponto final,
os limites nas partes 2 e 3 do te.ste devem ser trocados pelos limites laterais
apropriados.
2

EXEMPLO 4 A funç~lo maior inteiro <.:Ontido


--!--+--t--!:---!--7--> -<
-1 2 J 4 A função y = x l J ou y = int x, apresentada no Capitulo I, está re -
presentada na Figura 2.58. Ela é descontínua em todo inteiro porque não
--<> - 2
existe limite em qualquer inteiro 11:

lim
.....,-int x = n -I c ..,_,..
lirn int x = u,.
FIGURA 2.58 A função maior in-
teiro é contínua em todo ponto não de forma que os limites à esquerda e à direita não s..'io iguais quando x ~ "·
inteiro. êla é contínua à direila, mas Como int u = u~ a função maior inteiro é contínua à direita de cada n
não à esquerda, de cada ponto inteiro inteiro {mas não contínua à esquerda).
(Exemplo 4). A runção maior inteiro é contínua em cada n(amc-ro real não inteiro.
J>or exemplo,
lim int x= J = int 1,5
....., .5

Em geral, se 11 - 1 <c< u, u um inteiro, e ntão

limint :c= ,-1= int c


,_,

A Figura 2.59 apresenta uma rc.laç.ão de tipos de descontinuidade-. A função


na Figura 2.59aé continua em x = O. A função na Figura 2.5'9b seria continua se
tivesse./{O) = I. A função na Figura 2.59c seria contínua sej(O) fosse Lem vez de
2. As descontinuidades nas figuras 2.59b e 2.59c são removíveis. Cada função
tem um limite quando x ~ O. c podemos rcmoveja a descontinuidade fazendo
j(O) igual a seu limite.
As descontinuidades na Figura 2.59d em f são mais sérias: lim_,..0 j(x)
não existe, e não há forma de melhorar a situação trocando f em O. A
funç-ão escada na Figura 2.59d tem uma descontinuidade de salto: os
limites laterais existem. m as têm valores distintos. A fu n ção j(x) -= Ltxl na
Figura 2.59e te m uma descontinuidade infinita. A função na Figura 2.59f
apresenta uma descontinuidade oscilante: ela oscila d·emais para ter um
l il'nite quando x ~ O.
Capítulo 2 limites econtínuídade 121

)' y y
2
)' = !~<)

ta) (b) (C) (d)

• scn 2.vr.

(c) ( f)

FIGURA 2.59 A função em (a) é contínua em x =O; as' funções nos itens (b) a (f)
não s-ão.

Funções contínuas
)'
Uma função é contínua em um intervalo se e somente se for contínua

c
em cada ponto do intervalo. Por exemplo, a função em forma de semicírculo
representada na Figura 2.56 é continua no intervalo [-2, 2), que é o seu do·
mínio. Uma função contínua é aquela que é contínua em cada ponto de stu
dominio. Uma função continua não precisa ser contínua em todo intervalo.
-----+-------> .v Por exemplo, y = li.< não é contínuocm [- 1, I) (figura 2.60}, mas é contínua

--"<
FIGURA 2.60 A função y = J/x é
em todo o seu domínio(-~. O) v(O, ~).

EXEMJ' LO 5 Identificando funções cont;nuas


(a) A funç.'\o y = 1/x (Figura 2.60) é uma função contínua por ser contínua
em cada ponto de seu domínio. Entretanto, ela apresenta um ponto de
contínua em cada valor dc x. exceto em descontinuidade em x o O, porque aí não é definida; isto é, ela é des·
x = O. Ela apresenta um ponto de des· contínua em qualquer intervalo contendo x = O.
continuidade em x = O(E.,emplo 5). (b) A função idcntidadeftx) =xé contínua em todos os pontos. de acordo
com o Exemplo 3, da Seção 2.3.

Combinações algébricas de funções contínuas são contínuas em qualquer


lugar em que elas sejam definidas.

1Corema 9 l)roprictl<.tdcs. c.lc fuuçõcs C(mlí nua~


Se as funções f e g são contínuas em x =c. e-ntão as seguintes combina·
ções são contínuas em x =c.
I. Somas: f+ g
2. DiferCIIÇ<IS: f- g
3. Produtos: f· g
4. Multíplicaç<io por k ·f. para qualquer número k.
constmrtes:
S. Quocieutes: flg, uma v02 que g(c) o< O.
6. Potenciações: f", uma vez que ela é defmida num intervalo
aberto contendo c. onde ressão inteiros.
snow
122 Cálculo

A maioria dos resultados no Teorema 9 é facilmente provada pelas regras


do limite no Teorema 1, Seção 2.2. Por exemplo, para provar a propriedade da
soma temos
limU + g)(x) = lim(j(.<)+ g(x))
Ji...OI( .t -o(

= limf(x)+ limg(x), Rcgraduom>. T..r<ma l.


l: ...t X ...(

= f(c) + g(c) Comlnuldadc dcf,gcm c.


=(f+ g)(c)

Isso mostra que f+ g é continua.

t.XEM PLO 6 Funções racionais c polinomiais s;o cominuas


(a) Todo polinômio P(x)=a111X"' +a,.~1 x"~1 + ...+a0 é contínuo porque
limP(x)
,..., = P(c), de acordo com o Teorema 2, Seçã.o 2.2.
(b) Se P(x) c Q(x) são polinômios, então a função racional P(x)/Q(x) é
continua em todos os pontos em que é definida (Q(c)"' O), de acordo
com a regra do quociente do Teorema 9.

EXEM I' LO 7 ConlinuidJdc d;~ função valor absoluto

A função f(x) = 1-<1 é continua em qualquer valor de x. Se x > O, temos


= =
f(x) x, um polinômio. Se x <O, temosJ(x) -x, outro p olinômio. Por fim,
na origem, lim
.....lxl
=O= 101.

As (unções y = sen x e y = cos x são contínuas em x = O. de acordo com o


Exemplo 6 da Seção 2.2. Ambas são, na ve-rdade, contínuas em qualquer ponto
(veja o Exerdcio62). O Teorema 9 implica, portanto, que todas as seis funções
trigonométricas sejam continuas em qualquer ponto em que sejam definidas.
Por exemplo,y = tgx é continua em ·· ·v(- tr /2, tr/2)v(n/2, 3tr /2)V·· ·.
A função inversa de qualquer função contínua também é continua em
todo o seu domínio. Esse resultado é sugerido pela observação de que o grá-
fico de } 1, sendo a reflexão do gráfico f ao longo da ret a y = x, não pode
ter quaisquer interrupções quando o gráfico de f não tem iotcrrupçõcs. Uma
prova rigorosa de que1·•é contím•a sempre quef é continua é dada em textos
mais avançados. Segue-se que as funções trigonométricas inversas são todas
contínuas em seus domínios.
Na Seção l.S., dctlnimos informalmente a (unção cxp<>nencial y = rt por
meio de seu gráfico. Recorde-se de que obtivemos o gráfico a partir do grá-
fico de)' = alt para um número racional x preenchendo os vazios nos pontos
irracionais x. de modo que a função y = nJ; foi definida para ser contínua ao
longo de toda a reta real. A função inversa y = log.,x também é cont(nua. Em
particular, a função exponencial natural y = ~ c a função logaritmo natural
y =In xsào ambas contínuas em seus domínios.

Compostas
Todas as compostas de funções contínuas são contínuas. A idéia é que, se
f(x) é continua em x = ceg(x) é continua em x = f(c), entãog.fé contínua em
x =c (Figura 2.61). Nesse caso, o Umite quando x-> c é g(ftc)).
Capítulo 2 limites e continuidade 123

Comfnuacm c

f 8
~ Contínua ~
---+r
~
'- ---
- ~CIIU;I ~C _ "'-. I!nl / (c) _ _ _~
-..:.""-----.OC _ _;:::.__ _
c g(f(c))

I' IGURA 2 .61 Compostas de funções contínuas são contínuas.

Teorema 10 Composta de funções continuas


Se f é contínua em c c g é contínua em /(c), então a composta g .f é
contínua em c.

Intuitivamente, o Teorema 10 é razoável porque se x está próximo de c,


então j(.<) fica próximo de j(c) c, como g é contínua em j(c), segue-se que
g(Jtx)) fica próximo de g(j(c)).
A continuidade das compostas vale para qualquer número fini tO de
funções. O único requisito é que cada função s:eja contínua onde é. apJi.
cada. Para um resumo da prova do Teorema 10, veja o Exercício 6 do
Apêndice A.2.

EXEMPI.O 8 Aplicando os teoremas 9c 10

Mostre que as seguintes funções são continuas em qualquer ponto de


seus respectivos domínios.
xw
(a) y:,Jx 2 -2x-5 (b) y= - --
l +x•

x-21 x sen xl
l
(c) y= -·.-
-.,
\'"
(d)Y= l x'+2

SOLUÇÃO
(a) A função raiz quadrada é contínua em [O. -oo) porque é uma potência
racional da função identidade contínuaj(x) "' x (Item 6, Teorema 9). A
função dada é, assim, a composta pelo polinômioj(x) =r- 2x- 5 com
)'
a função raiz quadrada g(t) = .fi.
(b) O numerador é uma potência racional da função identidade; o de-
0,4
nominador é um polinômio positivo em qualquer ponto. Portanto, o
quociente é contínuo.
(c) O quociente (x - 2)/(r - 2) é contínuo para qualquer x,. ±Ji,
ca
função é a composição desse quociente com a 1\u>ção valor absoluto
contínua (Exemplo 7).
(d) Como a função seno é contínua em qualquer ponto (Exercício 62), o
termo numerador x sen :c é o produto das fun-ções contínuas, e o termo
denominador :(! + 2 é um polinômio positivo em qualquer ponto. A
FIG URA 2.62 O gráfico sugere que
função dada é a composta por um quociente de funções contínuas com
y = l(x sen x)/(r + 2)1 é função conti-
a função valor absoluto contínua (Figura 2.62).
nua (Exemplo Sd).
124 Cálculo

Na verdade, o Teorema lO é conseqüência de um resultado mais geral que


vamos estab~leccr e provar a seguir.

Teoro:mall
Se g é contínua no ponto b e lim,~Jtx) = b, então
limg(f(x)) = g(b) =g(lim(f(x))
X...C X ...t

PROVA Seja E> Odado. Como g é contínua em b, existe um número


61 >O tal que
lg(y)- g(b~ <e sempre que O< Ir- bl < ô,
Como lim,~, f(x) = b, existe um 8 >O tal que
1/(x) - b I <é, sempre que O< I x - e I <é
Se consideramos y = j{x), temos então que
lr-bl< 6, semprequeO<Ix-cl< ô
o que implica, de acordo com a primeira afi.rmaçiio, que lg(y) - g(bll =
e
lg<J(x))- g(b~ < sempre que O<lx -c!
<8 . De acordo com a definição
de !.imite, isso prova que lim~, g if(x)) = g (b).

EXEMPLO 9 Aplicando o Tcorcnm li

I. -•(1-xJ
(a) arnsen
.r-u 1-x·
=sen -•(I·
--~ 1m-l-x
- ,)
S+41J-:C

1
=sen-•(nm- -)
s-ti J+x
ÜOC('ICC) fioltl' ((On\\11\l
o - l).
..a l
=sen - = -11'
2 6

A ("X)Wf1Cil( l 31
(h) Jim,/x+l e'" =lim,/x+l-exp(limtgx)
x-•0 x... o .c--o C.<outmua.
=l·l' =t

Extensão contínua até um ponto


A função y = (sen x)!x é continua em qualquer ponto, exceto em x = O.
Nesse ponto, ela é como a função y = 1/x. Mas y = (sen x)fx é diferente de y =
llx porque t<m um limite finito quando x ~ O(Teorema 7). É possível, por-
tanto, estender o domínio da função para incluir o ponto x = Ode maneira tal
que a função estendida seja contínua em x = O. Definimos

F(x) = {se:x • x "O


1. .t" =O

A função F(x) é contínua em x = Oporque

senx
lim - - = F(O)
~:-o .t

(Veja a Figura 2.63.)


Capítulo 2 limites e continuidade 125

)' )'

(O, I) (0, I)
/(>) f t')
~ -.._,__ ~ -.._,__
tif·- l)
~ (r·~) (+~) (~· ~)
X X
o ~
o w
2"
- l!
2 2 2
(o) (b)

FIGURA 2 .63 O grofico (a) de /(x) = (sen x)lx para -rr/2 s x :> rr/2 não
inclui o ponto (0, I) porque a função não é definida em x = O. (b) Podemos
removeja a descontinuidade do gráfico definindo a nova função F(x) com
=
F(O) = I e F(x) j(x) em qualquer outro ponto. Note que F(O) ~i~f(x). =
Mais comumente, uma função (como uma função racional) pode ter um
limite mesmo em um ponto onde não é definida. Se j(c) não é definida~ mas
lim,~, f(x) = L existe, podemos definir uma nova função F(.<) pela regra

F(x) = {f(x), se x está no domínio de f


L, sex=c

A função F é contínua em x :: c. I!. conhecida como a extensão contínua


de f crn x =c. No caso de funções/ racionais. as extensões contínuas normal-
mente são encontradas cancelando-se os fatores comuns.

EXEMl>I.O 10 Uma extensão conlinuõl.


Mostre que

)"

,.. .t: +1 .\" - 6 ten:l uma extensão contínua em x ::: 2 e detcrmiJJC essa extensão.
· x - 4
SOLUÇÃO Embora /(2) não seja definida, se x., 2, temos
f(.<)_x';x-6 (x-2)(x+3) x+J
-I o
(oJ
3 • X
x· -4 (x-2)(x+2) x+2

)'
A novn função
• yc .\' • 3
2 .r + 2 I·' (X) =--
x+3
x +2
1- igu~l :1 j(.x) pnrn x :t: J.. ma.~ é c:nniÍntl:l f'm x :::: 2 . trntfn nP..~~~ ponto n v:1lnr

~-,;I-+-!,-+--!--+ .•. de S/4. Logo, F é a extensão continua def em x = 2, e


-1 o 2 3 4
(b) lim x' + x - 6 = lim f(x)= .?.
x->2 xl - 4 .x->2 4
FIGURA 2.64 (a) O gráfico de /(x)
c (b) o gráfico de sua extensão contí- O gráfico def está na Figura 2.64. A extensão continua F tem o mesmo
nua F(x) (Exemplo lO). gráfico, exceto pelo fato de que não tem um furo em (2, 5/4). Na prática, Fé
a funçãof com o ponto de descontinuidade em x;: 2 removido.

Teorema do valor intermediário para funções


contínuas
Funções contínuas em intervalos apresentam propriedades que as tor-
nam particularmente úteis em matemálictt e suâs aplicações~ Urna dcla.s é
126 Cálculo

a propriedade do valor itrtermediário. Di1:·se que uma função tem a pro·


pricdade do valor intcrn,cdiário se sempre que ela assume dois valores
mmbém assume todos os valores intermediários.

Teorema 12
O teorema do valor intermediário pa"' funções contú\Uas
Uma função y =j(x) que é contínua em um intervalo fechado (a, bl as-
sume cada valor cntrej(a) ej(b). Em outras palavras, se y0 for qualquer
valor entre /(a) ej(b), então y0 =/(c) para algum c em [a, bj.
,.
f(b) - -- ----------

>o·-----------
1<<>) ----11 .....__ _.
I
I

,. -.0+---~.------~~-------b~---,

Geometricamente. o teorema do valor intermediário diz que qualquer reta


horizontal y = y 0 cruzando o eixo yentre os númerosj(a) ej(b) cruzará a cur-
va y :: Jtx) pelo menos uma vez no intervalo '"· b].
A pr0\'<1 do teorema do valor intermediário depende da propriedade de
completude do sistema de números reais e pode ser encontrada em textO$
mais avançados.
A continuidade de f no intervalo é essencial para o Teorema 12. Se f é
FIGURA 2.65 A função descontínua em um ponto do intervalo. a conclusão do teorema pode falhar,
2x-2, 1S x<2
como acontece no caso da função traçada na Figura 2.65.
j(x) = {
3, 2Sx5 4
liMA CONSEQÜ!ll'CIA PARA O ESBOÇO DE GRÁHCOS: CO:-;EC·
não assume todos os valores entre TI VIDADE O Teorema 12 fornece a razão pela qual o gráfico de uma
/(I) = Oe/(4) = 3; ela não assume função contínua em um intervalo não pode ter qualquer quebra nesse
qualquer valor entre 2 c 3. intervalo. O gráfico será conexo - uma curva, constitu_ida por urn só
pedoço, como o gráfico de sen x. Não t.erá saltos como o gráfico da função
maior inteiro contido (Figura 2.58) ou ramificações separadas como o
gr-áfh:o de 1/x {figura 2.60).

üMA CONSEQOE!\CIA PARA t\ DETERMINAÇÃO DE RA{ZES


Chamamos a solução de uma equação j(x) = O uma raiz da cquaçJo
ou zero da função f. O teorema do valor intermediário nos diz que. se f
é contínua. então qualquer intervalo em que f muda de sinal contém um
zero da função.
Em termos práticos. quando vemos o gráfico de unoa função contínua
cruzar o eixo horizontal na tela de um computador. sabemos que ela não está
pulando o eixo. Existe realmente um ponto em que o valor da função é zero.
Essa conseqüência leva a um procedimento para estimar os 1.eros de qualquer
função contínua de que podemos esboçar o grãfico:
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 127

L Esboce o gráfico da fun~1o sobre um intervnlo grande para ver de ma~


neira aproximada onde os zeros estão.
2. Aproxime ("zoom") em cada zero para estim3f o valor de sua abscissa.
Você pode pôr em prática esse procedimento em sua calculadora gráfica
ou computador em alguns dos exercícios. A Figura 2.66 mostra a seqüência
típica de passos na solução gráfica da equação x'- x - I = O.
5

I
r
r

-2
/
J 1.6

( a) (b)

0.02 0.003

1.320 l.l30

- 0.02
(<) (~)

FIGURA 2.66 "Zoom" num zero da função j{x) = x' - x- I. O 7-Cru está
próximo de x = 1,3247.

Exercícios 2.6

Continuidade em gráficos Os exerdcios 5- 10 sào sobre a função

Nos exercícios 1-4, diga se a função traçada é contínua em x 1 - l, - ISx<O


(- t. 3]. Se não. onde ela deixa de ser contínua e por quê? 2x, O<x<l
I. )' 2. )' /(x)= I, x=l
- 2x + 4, l<x < 2
y =J!Ú) o, 2<x<3
2

traçada na figura a seguir.

X
-I o 2 3 -I o
3. )' 4. )'

,. = h(X) y = k(.<)
2

-!--::-l--!--7----:--
-1 o 2 3 .•
)'=.\'2 - 1

Gráfico para os exercícios 5- 10


S. (a) Existe j{-1 )? (b) Existelim,~-o· j{x)?
128 Cálculo

(c) Existe lim,4.,. /(.<) =/(-I)?


30. límsen(!cos(tgt)~
2 ~
(d) Jécontinuaemx =- 1? I-M)

6. (•) Existe j( I)? 31. limsoc(ysc<: y-tp/ y- 1)


·~·
(b) Existe lim,~ 1 j(x)?
lim
32. ..... tg(~cos(senx'">)
4
(c) Existe lim~ 1 j(x) = j(l)?

(d) fé contínua em x = i? 33. lim sen(!!.e.Jx)


x...o' 2
7. (a} fé definida em x = 2? (Veja a definição def)
(b) fé contínua em x = 2?

8. Em quais valores de x. f é contínua?


Extensão contínua
9. Qual valor deve ser atribuído parajl2) para tornar a fun·
35. Defina g(3) de maneira que estenda g(x) = (x' - 9)/(x - 3)
ção estendida contínua em x = 2?
parntomá-Ja continua em x :: 3.
IO. Para qual novo valor j{ l} deve ser mudada para removeja a
36. Defina 11(2) de maneira que estenda h(l) = (t' + 31 - 10)/
descontinuidade?
(t - 2) para torná-la contínua em t = 2.

Apl icando o teste de continuidade 37. Definaj(l) de maneira que estendaj(s) = (s'- 1)/(s' - 1)
parn tomá-la contínua em s c 1.
Nos exercícios I I c 12, em quais pontos as funções deixam de
ser contínuas? Em quais pontos, se houver algum, asdcscontinui· 38. Definag(4)demaneiraqueestendag(x) = ~<' - 16}/(.,-' - 3x - 4)
dadcs são removfvcis? Enão removíveis? Justifique as respostas. para t·orná-la contínua em x c: 4.

11. Exercício 1, Seção 2.4. 39. Para qual valor de a

12. Exercício 2, Seção 2.4. J(x) = { ·'' -


2a:<,
~ .<<3
x <: 3
Em quais intervalos as funções são contínuas nos exerci·
cios 13- 28? é contínua em qualquer x?
I I
13. y=---3x 14. y = ---+4 40. Para qual valor de b
x-2 (.< + 2)'
x<-2
15. y -
x +I 16. y ~
x +3
• ..::...:..::....
_ g(x) = {tx,'
IX , x <:-2
x2-4x+3 x · -3x-10
1 X
1 é continua em qualquer x?
17. Y= Ix-li+sen x i8. y = - - - -
lxl+ l 2 11 Nos exercícios 41 - 44, esboce o gráfico da :funçãof para verifi·
car se ela parece ter uma extensão continua para a origem. Se pa-
cosx _ x+2
19. r = - - 20. y - - rece. use os comandos ·~trace.. c ..zoom.. para encontrar um bom
x cosx valor possível para a função estendida em x = O. Se a função não
-;rx
pan:u : ter uma c."t~usâo ~onlÍitui:l 1 put.lc st'l' cstcuditla para .st:T
21. y = cosec 2x 22. y=tg 2
continua à direHa ou à esquerda na origem? 'Em caso afirrnativo.
em sua opinião, qual deve ser o valor da função estendida?
xtgx
23. y=-,- 24. y =
.J7+i'
x· +I I +sen· x 41. f(x) = 10' - I toioL I
42. f(x) =- -
X x
25. y = ·hx+3 26. y = ~hx-1
senx
27. y = (2x -I)"' 28. y = (2 - x)'" 43. /(.<) = Txl 44. J(x)=(1+2x)"'

Funções compostas Teoria e exemplos


Determine os límites nos exercidos 29-34. As funções são 45. S.1be·sequc uma função continua y =j(x) é negativa em x = O
continuas no ponto sendo aproximado? e positiva em x = I. Por que a equação }tx) = Otem pelo me·
nos umo solução entre x: Oex = l? Ilustre com um esboço.
29. lim sen(x-sen .<)
·~·
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 129

46. Por que a equação CO$.< • x tem pelo n1en0$ uma soluç.io~ 56. Composta descontínua de funções contínuas OC um
exemplo de funçõesf e g, ambas contínuas em x • 0, para
47. Raízu de uma equação cúbica Mostre que a equação
as quais a composta f • g é d escontínua em x • O. Isso
x' - ISx+ I ~ O tcmtrh soluções no intervalo (-4, 41.
comradlz.o Teorema 10? justifique sua resposta.
48. Valor de uma fuoçio Mostre que a função F(x); (x - a)'.
57. Funçõescontinuasquenuncuãouro EvcrdadeqU<uma
(x - b)' + x assume o valor (a+ b)J2 para algum valor de x.
ftmÇão continua que nUJica é uro em um inter>'úlo nunca
49. Resolvendo uma equação Sc)tx) • x' - 8x +lO, mostre muda de sinal nesse intervalo~ Justifique sua resposta.
que há pelo menos um ••alorde c para o qual )te) é igual a
(a) n; (b) --/3; (c) 5.000.000. 58. Esticando um elástico ll verdade que se •·ocf esticar um
dástico mo\'endo uma ponla para a dir~ita e a outra pua
50. Explique por que as dnco afirmações seguintes pedem a a esquerda, algum ponto do elástico continuar.! em sua
mesma Informação. posição original? Justifique sua resposta.
(a) Determine os uros de ftx) • x' - 3x - I. 59. Um teorema de ponto lixo Suponha que uma funç3o f
(b) Determine a abscissa dos pontos onde a curva y; x' seja continua no intervalo fechado [O, II e que OS ftx) S I
cruza a reta y =: 3x + 1. para cada x em [O, I]. Mostre que deve existir um número c
em (O, I] tal qucj!c) ~c (c é chamado um ponto fu:o de./).
(c) Dctcm1ine todos OS\'alonosdc x pln osquaisx' - Jx~ I.
60. A propriedade da preservação de sinal de funções
(d) Determine a abscissa dos pontos onde a curva cúbica contínuas Seja f definida em um intervalo (a, b) c su·
y • xl- 3xcruzaa rcray • I. ponha que }te) " O em algum c onde f seja continua.
(c) Resolva a equação x' - 3x - I • O. Mostre que existe um intervalo (c - 8. c + 6) em c onde
f tenha o mesmo sinal que /(c). Perceba quão importan·
51 . Descontinuidade removível O~ um exemplo de uma
te é essa conclusão. Apesar de f ser defi11ida en1 todo
função j(x) que seja continua para todos os ••alores de (a. b), não é necessário que $eja continua em qualquer
x. exceto x • 2, onde chl apresenta urnn dcscontinuida· outro ponto, exceto c. Isso e a condição j(c)" O são su·
de removivel . Explique como voe~ sabe que f é dcscon· ficientes para que f seja diferente de zero (positiva ou
thnm em x = 2 c que n dcsconti nuid~tdc é removível. negativa) em todo um (pequeno) intervalo.
52. Descontinuidade nilo rcmovivcl Dê um exemplo de
61. Prove que f é continua en1 c se, e somente se.
uma função g(x) que seja continua para todos os valores
lim /(c+ Ir) • j(c)
de x, exceto x = - 1. onde cln apresento umn desconti- •~o
nuidttdc não remov(vcl. Expli<IUC como você snbc que
62. Use o Exercício 61 om conjUllto com as identidades
g é descontínua aí e por que a descontinuidade não é
sen (Ir + (c) ~ sen Ir cos c+ coslr sen c
removível.
cos (Ir +(c) ; cos Ir cos c- son Ir scn c
53. Uma função descontínua em todos os pontos para provar que j(x); sen x e g(x) =cos x são continuas
(o) Use o fato de que todo lnttrvalo não vazio dt númt· em qualquer ponto x = c.
ros rcaís contém números tanto racionais como irra·
cionals para m<ntrar que a função Resolvendo equações graficamente
I, se x for racional D U.., uma calculadora ou um computador para resolver as
f(x) = { equações nos <!Xncíci<n 63- 70.
O. se x for irracion>l
63. x' - 3x - 1 ~o 6-1. 2x' - 2x' - 2x+ I = o
é descontínua em todos os pontos.
65. x(x- I)'; I (uma raiz) 66. x' = 2
(b) f é contínua~ direita ou l esquerda em algum ponto~
67. J; +.Jl+x=4
54. Se as funções j(x) c g(x) silo contínuas para OS x S I, po·
deria }tx)/g(x) ser descontínua enl um ponto de (0, I]? 68. x'- J Sx + I ~O (Ir~ ralzcs)
Justifique sua resposta. 69. cos x = x (uma raiz). Cerlifique·se de estar usando o
55. Se a função produto lr(x) " j(x) • g(x) é contínua em x = O. modo radiano.
Jt.<) e g(.<) devem ser continuas em x • O? Justifique sua 70. 2 sen x = x (Ir~ raizes). Cert ifique·se de estar usando o
resposta. modo radiano.
snow
130 Cálculo

Retas tangentes e derivadas


Nesta seção. continuamos a discussão sobre secantes e tangentes iniciada
na Seção 2.l. Calcularemos limites dos coeficientes angular-es das sccantes para
dctcrn1inar as 1angcntcs às curvas.

O que é uma tangente a uma curva?


Para círculos. a tnng!ncia é "natural~ Uma reta L será tangente a um drculo
em um ponto Psc L passar por Pperpendicularmcntc ao raio em P(Figura 2.67).
L
Uma reta como essa apenas toca o círculo. Mas o que significa di1.er que uma reta
L é tangente a outra curva C em um ponto P? Generali1.ando a partir da geome-
tria do circulo, podemos di2er que significa uma das afirmações a seguir:
1. L passa por P perpendicularmente à reta de P ao centro de C.
FI GU RA 2.67 L será tangente ao 2. L passa son>entc por um ponto de C: o ponto P.
círculo em Pse passar por P perpen- 3. L passa por P c fica somente de um lado de C.
dicularmente ao raio OP.
Embora essas afim> ações sejam váUdas se C for um circulo, nenhuma delas
funcionará de maneiro consistente p.'lTa curvas mais gerais, A maioria das cur-
vas não tem centro, e uma reta que talvez quiséssemos chamar "tangente» pode
cortar Ccrn outros pontos ou cwzar C no ponto de tangênda (figura 2.68).

~· )c
~c f \
I. c::t""onU";~; C somcntc<m P. I. é eant cClte a C em P. mas I. é tJn~enle a Cem P. mas ($Q dos
nw RiO~ llll'l~tlt~ a C. c
~~~lt:'l ~lll \•:1rl0$ pontos. doi$1~ de C. crur..'ll'ldo C<an P.

FI GU RA 2.68 Derrubando mitos sobre retas tangentes.

Para definirmos ..:tangência» para curvas em gerai. precisamos de um mé-


Companion todo di11ámico, que leve em conta o comportamento das sccantcs que passam
Wcbsite por f> c pontos próxíonos Q, quando Q se move em direção a P ao longo da
lliogrJii.\ histórka curva (Figura 2.69). Assim:
1. Começamos com o que podemos calcular - o coeficiente angular da
l,i~rrede F"~ rmal
( 1601-1665)
seca me PQ.

fiGURA 2.69 O método dinâmico para a tangência. A tangente a umacur·


va em Pé a reta através de f> cujo coeficiente angular é o limite dos coeficientes
angulares dos secantes quando Q ... P de cada lado.
snow
Capítulo 2 limites e continuidade 131

2. lm•estigamos o limite do coeficiente angular da secante quando Q se


aproxima de P ao longo da curva.
3. Se o limite existe. então o tomamos como o coeficiente angular da cur-
va em P e definimos a tangente à curva em P como a reta através de P
com esse coeficiente angular.
Esse método é o que foi usado nos exemplos da pedra em queda c das
moscas· das· frutas na Seção 2.1.

EXEMPLO I Reta tangente a uma par,\ bola


Determine o coeficiente angular da parábola y ~ x' no ponto P(2, 4).
Escreva uma equação para a tangente;\ parábola nesse ponto.
SOLUÇÃO Começamos com uma reta secante através de P(2. 4) e
Q(2 +h, (2 + h)1) próx.imo a P. Então escrevemos uma expressão para o
coeficiente angular da sccante PQ c investigamos o que acontece com o coe-
ficiente anguJar quando Q se aproxima de Pao longo da curva:
Ay (2 +I•)'- 2' h1 + 4h+4 -4
Coeficiente angular da sccante ~- ~ ~ :.:..._.:....:.::..:__:___.:.
Ax ,, h

,
, . +4/r
~---=11+'1

Se h> O, então Q fica acima e à direita de P, como na Figuro 2.70. Se h <O,


então Q fica à esquerda de P (não mostrado). Em cada caso. quando Qse apro-
xima de Pao longo da curva, h tende a zero e o coeficie-nte angular da secante
tende a 4:
lim{h+4) =4
·~·
Tomamos 4 como o coeficiente angular da parábola em P.
A tangente à parábola e•n P é a reta através de P com coeficiente
angular 4:
y = 4+4(x-2)
y~4x-4.

FIGURA 2.70 Diagrama para obter o coeficiente angular da parábola y ~ x'


no ponto P(2, 4) (f:.xcmplo t}.

Obtendo uma tangente ao gráfico de uma função


Como determinar uma tangente a uma curva?' Esse problema foi a ques·
tão matemática dominante no início do século XVII. Em óptica, a tangente
snow
132 Cálculo

>' determinava o ângulo no qual o raio de luz penetraria numa lente curva. Em
rnecânica) a tangente determinava a direção do movimento de um corpo em
qualquer ponto ao longo de seu percurso. Em geometria, as tangentes a duas
curvas num pomo de lmerseçâo determinavam o ângulo em que as curvas se
cortavam. Para determinarmos uma tangente a uma curva arbitrária y = j{:r.)
em um ponto P(x., j{x,)). usamos o mesmo processo dinâmico. Calculamos o
coeficiente angular da sccante através de Pede um ponto Q(."<o + lr.f(x. +h)). En-
lão. investigamos o limite do coeficiente angular quando l1...,.. O(Figura 2.71).
Se o ljmitc existe, então o tomamos como coeficiente anguJar da curva em P e
....,.,1-__..______..____ ,f definimos a tangente em Pco1no a reta que passa por Pque tem esse coeficiente
O ·"o x0 + 11 angular.

FIGURA 2.7 1 O coeficiente angular da Defini~es Coeficiente angular c reta tangente


f(x0 +lr)-/(x)
0 O coeficiente angular da curva y = j(x) em um ponto P(x0,j(x0 )) é
tangente em Pé lim •
...... h o número
. j(x0 + 1r) - j(x0 )
m= I 1m (desde que o limite exista)
•.....o IJ

A reta tangente à curva f em P é a reta que passa por P e tem esse


coeficiente angular.

Sempre que elaboramos uma nova definição, é bom testá-la com objetos
conhecidos para ter certe1.a de que dará os resultados desejados em casos
familiares. O Exemplo 2 mostra que a nova definição de coeficiente angular
está de acordo com a definição antiga (Apêndice 8.2) quando a aplicamos a
retas não verticais.

EXEMI' LO 2 ·!estando a dctinição


Mostre que a reta y = mx + b e é a prôpria tangente em qualque-r ponto
(x., mx0 + b).
SOJ.UÇÃO Sejaj(x) = mx + b c organizemos o tral>alho em três passos.
I. Determine f(xo) e f(x0 + Ir).
/(x.) = mx0 + b
/(x0 + h) = m(x0 +h)+ b = mx0 + mil + &
2. Determine o coeficiente ang11lar ~~{!( x0 +Ir)- f( x0 )}ti!.
. f(x0 +Ir)- f(x, ) . (mx +mh+b) - (mx +b)
0 0
lnu = lun -'---'----..,-'--'--....!.-.!.
•~o Ir ~~~o h
mh
= lim- = m
tt- o h

3. Determine a equação da reta tangente usando a equação ponto/coe-


ficiente angular. A reta tangente no ponto (x0 • mx0 + b) é
y=(mx0 +b) +m(x - x 0 )
y=mx0 +b+mx - mx0
y=mx+b.

Vamos resumir os passos do Exemplo 2.


Capítulo 2 limites econtínuídade 133

Como achar a tangente à curva y ~ j(x) em (x0, y 0 )

I. Calcule}tx0 ) e }tx0 +h).


2. Calcule o coeficiente angular

m = üm ;...
/ ,_(x.:..'+_h..L)_- ::...
J(,_x::.:.•)
...... f
3. Se o limite existe, então determine a reta tangente como
y = y0 +m(x - x0 )

r;.XEJIIPLO 3 Coeficiente angular e tang,·nte para)'= 1/,t, X" o


(a) Determine o coeficiente angular da curva y = l/x em x = n ~O.
(b) Onde o coeficiente angnlar é - J/4?
(c) O que acontece com a tangente à curva no ponto (a, l/a) quando a
varia?
... SOLUÇAO
(a) Dado}tx) = 1/x. O coeficiente angular em (a, l/a) é
I I
limf(a+h)- J(a) -lim -;;:;:;; - -;;
J....,o h o~~ .... o 11
. 1 11-(a+h)
=hm
•~•h a(a+h)
-h
=lim -,-...,..,.
•~•lw(a+h)
-I
= lim -;--'-:~
~e ...oa(a+h) a·
FIGURA 2.72 As duas retas tan- Observe que foi preciso escNver "lim,.~"..0'' antes de cada fração até o
gente$ a y = 1/x tendo coeficiente momento em que pudemos calcular o limite fazendo a substituição h = O.
angular -1/4 (Exemplo 3).
O número a pode ser positivo ou negativo, mas não zero.
(b) O coeficiente angular de y = llx no ponto·'= a é -l/n1• Este será
- 1/4, uma vez que
-- =--4
tl ~

Essa equação equivale a fi1 = 4 então a = 2 ou a = -2. A curva tem coe-


1

ficiente angular -1/4 nos pontos (2, 1/2) e (- 2, - 1/2) (Figura 2.72).
(c) Observe que o coeficiente angular - l/111 é sempre negativo se a -> O.
Quando a .... O' , o coeficiente angular tende a -~ e a tangente se
torna cada vez mais Inclinada (Figura 2.73). Notamos a mesma si-
tuação quando a -+ o-. Quando a se afasta da origem em qualquer
direção. o coeficiente angular tende a O"' e a tangente se torna me·
FIGURA 2.73 Os coeficiente.s an- nos inclinada.
gulares das tangentes, inclinadas à
origem, vão diminuindo à medida
que o ponto de tangência se afasta
da origem.
134 Cálculo

Taxas de variação: derivada em um ponto


A expressão
f<x. +I•)- f(x0 )
h
é chamada razão incrementai ou difel'cnças dividida de f em -"o com incrc·
meuto lt. Se a razão incrementai tem um limite quando 11 tende a zero, esse
limite é denominado derivada def em x0 • Se interpretamos a razão incremen-
tai como um coeficiente angular da sccante, a derivada mos dá o coeficiente
angular da tangcnt<e da curva no ponto onde x ; ·'o- Se interpretamos a razão
íncrcrnental corno uma taxa média de variação, como fizemos na Seção 2.1. a
derivada nos dá a taxa de variação da função em relação a x no ponro x =x0.
A derivada é uma das duas fcrramemas matemáticas mais importantes usadas
em cálculo. Começaremos a cstudâ·la no Capítulo 3. A outra ferramenta im-
portante éa integral, c começaremos a estudá-la no Capítulo 5.

EXEMPLO 4 Vdocitladc instantânea (continuação tb Seção 2. 1,


exemplos I c 2)
Nos exemplos I e 2 da Seção 2.1, estudamos a veloc;dade de uma pedra
em queda livre a partir do repouso próximo à supcrflcie da terra. Sabía-
mos que a pedra caía y = 4,9t2 metros durante os primeiros I segundos e
usamos uma scqi.iênc.ia de velocidades médias sobre os intervalos cada vez
mais curtos para estimar S\13 veloc-idade no instante t = L Qual em exata·
mente a velocidade da ~dra nesse momento?
SOLUÇÃO Seja./{/) = 4,9r'. A velocidade média da pedra no inter-
valo entre 1= I e 1= I + h segundos em

f (1 +h)- f( I) 4,9(1+h)' -4,9(1)' 4.9(1r' + 2h) ( )


"'-'----:'---"~ - - - 4 9 11+ 2
-~. h Ir.
A velocidade da pedra no instante 1= l era

.....
lim4,9(h+2) = 4,9(0 +2) = 9,8m/s

Nossa estimativa inicia] de 9,8 me.tros por segundo estava certa.

Resumo
Acabamos de discutir coeficientes angulares de curvas, retas tangentes a
uma curva, a taxa de variação de uma função, o limite da razão incrementai
é a derivada de uma função em um ponto. Todas essas idéias referem·se à
mesma coisa, assim resumida:

I. O coeficiente angular de y = f(x) em x = x0


2. O coeficiente angular da tangente à curva y =j{x) em x =x.
3. A taxa de variação de j{x) em relação a x em x = x0
·1. A derivada def em x = x0
5. O limite da razão incremental,lim f(x, +h) - f(x. )
.....o "
Capítulo 2 limites e continuidade 135

Exercícios 2.7

Coeficientes angulares e retas tangentes 17. / (x) ~ -.,/;, (4, 2) 18. /(.<) = vi+'i. (8. 3)
Nos exercidos 1- 4, use o fundo quadriculado c uma ré· Nos exercícios 19-22, detem1inc o coeficiente angular da
gua para fazer estimativas do coeficiente angular da curva curva no ponto correspondente ao ·valor de x indicado.
(em unidades y por unidades x) nos pontos 1'1 el', . M curvas
19. y a Sx 1• .v c - I 20. )" = I - .r2• .v = 2
apresentadas aqui podem ter sofrido alguma mudança duran-
I :<- I
te o processo editorial: portanto. suas respostas podem ser di· 21 · ·v= - - · x =3 22 . .V = .Y + I • X=- 0
x- I
(crentes daquelas fornecidas no final do li\•ro.
I. 2. y
Retas tangentes com coeficientes
angulares especificados
Em quais pontos os gráficos das funções dos exercícios 23
c 24 possuem langcnt·es horizontais?
23. j\x) a x' +4x - 1
24. g(x) ~ x' - 3x
25. Determine as equações de todas as tan.gcntcs â curva
y ~ 1/(x - I) que tenham coeficiente angular -I.
26. Determine a equação d a reta que apresente coeficiente
3. 4. angular 1/4 e que seja tangente à curva y a V';:.

Taxas de variação
27. Um objeto caindo de uma torre Um objeto é largado do
'• topo de uma torre de 100m de altura. A distância a que o
I· objeto está do solo após I scgundosc! 100 - 4,912 m. Qual é
a velocidade do objeto após dois segundos de queda?
28. Velocidade de um foguete 1 s-egundos após decolar, a al-
Nos exercidos 5-10, determine uma equação para a tan- tura de um foguete é 3t2 pés. Qual é a velocidade de ascen-
gente à curva nos pontos dados. Esboce a curva e a tangente são do foguete dez segundos após a decolagem?
juntas. 29. Ci.rcuofcrência de área variável Qual é a taxa de variação
5. y ~ 4 - x'. (- 1, 3) 6 .Y ~(.r - 1) + I, ( 1,1 )
2 da área de uma circunferência (A = n,-2) em relação ao raio
I quando este é r= 3?
7. y=2\;;, (1.2) s. .v =-,. (- l.l l
-' 30. Esfera de volume variável Qual é a taxa de variação do
IO.y • _:,. (-2.-t) volume de uma esfera (V = (4/3) nr') em relação ao raio
quando este é r = 2?
Nos exercícios 1L-18. determine o coeficiente angular da
curva nos pontos dados. Determine. então, a equação para a
tangente à curva nesse ponto. Verificando a existência de tangentes
11. / (.<) • x 2 + I, (2. 5) 12. f (.r) • x - 2v 2, (I, - I)
31. O gráfico de
'
13. g(xl = x :_ 2 • (3. 3) 14. g(.v) = 8, • (2. 2)
X' /(.<)a {~~ scn( l/.<).
15. h(!) - ' ' · (2, 8) 16. h(!) - , , + 31, (1, 4 )
possui uma tangente na origem~ Justifique sua resposta.
snow
136 Cálculo

32. O gráfico de 34. O gráfico de


xsen ( l/x). .n•O U(.•) = {0, X < o
g (. ) { o.
' - •. =o I. x :!: O
possui uma tangente na origem? Justifique S\la resposta. possui uma tangente vertical no ponto (O. 1)? Justifique sua
resposta.
Tangentes verticais (a) Trace as curvas dos exercícios 35- 44. Onde os gráfi·
Dizemos que a curva y = j(x) é uma tangente vertical no n cos parecem ter tangentes verticais?
ponto x = x0 se lim1,... (f!.x, + 11) - Jtx0 )}/lt = .. ou - ... (b) Confirme suas opiniões dadas no ilem (a) ao calcular
Tangente vertical quando x = O(veja a figura a seguir): os limites. Antes, porém, leia a introdução aos exercí-
.
lun
/ (0 + lt}- / (0)
,
.
• lun
,,,,-, o cios 33 c 34.
h- o '' 11 -o ,, 35. y =_,)" 36. y =x<IS
1
= fim - oo
11-0 , 2/l =
-
37. y = x 11s 38. y = , .JIS

y 40. y = x'l'- 5x2"

41. y = .,..U' - (x- 1)111 42. y = x111 .,. (x- 1)11'

-vfrí. · "' o
43 .y = { . r 44. >' • V l4 - -•1
VX, X> 0

f'"usANDO O COMPUTADOR
Traçando retas secantes e tangentes
Sem tangente vertical quando x = O(veja a figura a seguir):
Utilize um SAC para rcaBzaras c-tapas a seguir para as fun-
. g(O + ft ) - g(O) . ft 21> - O ções nos excrdcios 45-48.
hm = hm
11- 0 1I h-O 1I
(a) Trace y = j(x) sobre o intervalo ( x, - ~) s x s (x0 + 3).
1
= .~rlim - -
-o ,,1/l (b} Mantendo .to fixo, a ra1.ão incrementai

não existe, pois o limite é«> à direita e - oo à esquerda.


11 f (xo + h) - / (.<o)
q(h ) = ,

em x{) torna-se uma função de 11. l11trodu1.a essa função 11a


área de trabalho de seu SAC.
(c) Determine o limite de q quando h-> O.
- - - - - , : - 1 - - - - - > .f
o (d) Defina as rei as secantes y = Jtx0 ) + q. (x - x0 ) para'' = 3.
2 e I. Trace·as junto com f e a reta tangente no intervalo
no item (a).
33. O grálico de
- 1 ' <o 45. j(x) = x' + 2x, x0 = O
j (x) a
{
o: :, = O 46. j{x) = x +-·
5
.<0 = I
I, X> 0
"
possui urna tangente vercical na orígem? Justifique suares- 47. j(x) = x + sen (2x), ·'<o = 1t/2
posta. 48. j(x) = cos x + 4 scn (2x), x0 = n
snow
Capítulo 2 Limites e continuidade 137

Questões de revisão
I. Qual ê a taxa média de variação da função g(t} ao longo do 16. Como a análise do gráfico de ·uma função pode ajudar a
intervalo t =n a t = b? Como isso está relacionado a uma dizer onde ela é contínua?
reta sccante?
17. O que significa dizer que wna função é contínua à direita
2. Que limite deve ser calculado para se encontrar a taxa de de um ponto? E contínua à esquerda? Como estão relacio-
variação de uma funçáo g(t) em t = to? nadas a continuidade e a continuidade lateral?
3. Qual seria a definição informal ou intuitiva do limite 18. O que pode ser di lo sobre a continuidade de polinômios?
lim / (x)=L! De funções racionais? De funções trigonométricas? De
X-> X.
potências racionais e combiJ>ações algébricas de funções?
Por que a definição seria "informal"? Exemplifique. De funções exponenciais logarítmicas? De funç<1es in·
4. A existência e o valor do limite de uma função j{x) quan· versas? De funções compostas? De valores absolutos de
do x tende a x0 dependem, de alguma maneira, do que funções?
acontece quando x = x0? Explique e exemplifique. 19. Sob quais drcunstâncias é possível estender uma função
S. Que tipos de comportamento de uma função implicam a j(x) para que ela seja contínua em um ponto x = c? Dê um
não-existência do limite? Dê exemplos. exemplo.
6. Quais são os teoremas empregados para o cálculo de 1imi· 20. O que é uma função continua em um intervalo?
te-s? Exemplifique como esses teoremas são utilizados. 21 . O que é uma função contfnua? Dê exemplos para justificar
7. Qual é a relação entre limites laterais e limites? Como essa que uma função que não écontlnua em todo o seu domínio
relação pode ser utili1.ada algumas veze.s no cálculo de pode ser contínua em certos intervalos de seu domínio.
um limite ou na demonstração de que não existe limite?
22. Quais são os tipos básicos de· descontinuidade? Dê um
Exemplifique.
exemplo de cada. O que é uma descontinuidade removi·
8. Qual é o valor de lim.,_.. ((scn 8)18)? Faz diferença que O vcl? Exemplifique.
seja medido em graus ou radianos? Explique.
23. O que é uma função com a propriedade do valor in·
9. O que significa exatamente limx--xoft.x) = L? Dê um exemplo termediário? Que condições garantem que uma função
em que você determine um 6>0 para dadof, L, JG> C<> Ona tenha essa propriedade em um intervalo? Quais são as
definição precisa de limite. conseqüências no gráfico e na resolução da equação
JO. Dê definições precisas das seguintes afirmações.
j(x) =O?

(a) lim, _.,. /(.r ) = 5 (b) lim.~2 ' f (x) e 5 2-1. Habitualmente. dizemos uma (unção é contínua se puder-
mos traçar seu gráfico sem retirar o lápis do papeL Expli·
(c) lim~zf(.<) c oo (c!) lim,..,j(x) = - oo
que o porquê disso.
11. O que significam lim~- ~ f(x) = L c lim.~-~ j(x) = L? 25. O que significa t-I i ter que uma ret.t é lêlngcntc .t um,t .:ur·
Exemplifique.
va C no ponto P?
12. Quais são os lim,~......too k (k sendo uma constante) o c
26. Qual é o significado da fórmula
limx... ~oo (llx)? Como você aplicaria esses resultados a Ou·
. / !.< + h) - f (.<) I
Iras funções? Exemplifique. hm ·
h-O h
13. Como se calcula o limite d e uma função racional quando
x-+ ±()O? Exemp1ifique. Interprete essa fórmula geométrica c fisicamente.

14. O que são assíntotas horizontais, verticais e ob1íquas? 27. Como você determina que a tangente à curva y = fix) é
Exemplifique. um ponto (xo, yol pertencente à curva?

I S. Que condições devem ser satisfeitas por uma função pctra 28. Como a inclinação da curva y = j(x) em x = JG>Se relaciona
que seja contínua em um ponto interior ao seu don'línio? com a taxa de variação da função em re1aç..1o ax em x =x0?
E nas extremidades deste? E com a derivada def em x0?
138 Cálculo

Exercícios práticos
Limites e continuidade Determinando limites
Nos cxercicios 9-24, calcule o limite ou explique por que
I . Esboce o gr;ífico da função
ele não existe.
i. X :SÓ -1 +4
9 • I.lffi 3·' ' - 4.,

l
.,
- 1<.<< 0 x + s., - - 14.r
/ (.<) • - ·; : x• O (a) Quando x -+ O (b) Quando x -+ 2
..... ,
O<.<< I
-:r.
I.

Discuta, em detalhes, limites, limites laterais, co11tinuidade (a) Quando x -+ O (b) Quandox -+ -I
e conti.nuidade lateral def quando x = - I, Oc I. Alguma das
descontinuidades pode ser removida? justifique. 11 r 1 -vi
• X~~ 1- .\'
2. Faça o mesmo para . (x+ll)2 - x 2 . (.r + h)2 - .r2
13. hm 14. hm ,
h-O 1I x-O rt
o.

l
X .S- I
I 1
O < lxl< I
/ (r ) • 1/~: x=l 15. lim 2+"X- I 16. 1un
. (2 + x)l - 8
r
x-o :< .r-0 .
I. x> l . tg(2x)
17. hm - (- ) 18. lim COSéC
X- ) 0 tg 1t'X )1'... :'1-
3. Suponha que /(1) c g(t) existam para qualquer 1 c que
(~ x)
lim, • .., /(t) = - 7 e lim, • .., g(t) = O. Determine o limite
quando t _. t0 para as seguintes funções:
(a) 3/(1) (b) (111))'
19. lim scn
x-n -
+ scn

2 1. lim In (1- 3)
t - ·J·
·-·
20. lim e•~...x-l)

22. 1im 1! In ( 2 -
r-I
\Ír)

(c} j(1) · g(t) (d ) / (1) 23. lim Voe""'•/•J 24. l im 2e'''


g(l) - 7 o-o· :-o• e 11r: + 1

(c) cos (g(t)) (f) IMI Nos exercícios 25-28, calcule o limite de g(x) quando x se
(g) /(1) + g(t) (h) 11/(1) aproxJma do valor indicado.
25. lim (4g(.r ))'i' = 2 26. lim 1 • 2
4. Suponha que /(x) e g(x) existam para qualquér x e que .,-o• ..---Vs .\' + g (x)
lim, ... f(x) = 1/2 c limx• o g(x) =,fi. Determine oslimi· 1
tes quando x ~ Opara as seguintes funções: 27. lim 3.\' (+ 1 = oo 28. lim 5 - .r' = O
x-1 g .r ) x--2 VgW
(a) -g(x) (b) g(x) · f(x)
(c) f(x) + g(x) (d) 1./{x) Limites no lnfinito
((} / ( x) . cos x
(c) x + f(x) X - 1 Calcule os limites dos exercícios 29-42 .
Nos exercícios 5 e 6, calcule o valor de lim.1..,0 g(x) para. que .
30. hm 2.• '+ 3
::::.,,,...:...=.
,, ----oo Sx + 7
as igualdades sejam verdadeiras.
1
31. lim .Y - 4.\' +8 1
32. lim
5. lim ( 4 - <g(.<) ) = I 6. lim ( x lim g (x ) ) = 2 x---0) Jx,t x-.,., x 2 - 1x + 1
x-o · .r-•-.4 .• -o
33 r x'- 7x •+ J
34. lim X X
7. Em quais intervalos as seguintes funções são contínuas? • x2~ X+T .•- .. 12,) + 128
(").flx) = x'" (b) g(x) =x'" 35. lim ""t njx (Caso possua uma calculadora grá6ca, tente és-
,-c-oo x
boçar o gráfico da função para - 5 ~ x ~ 5.)
(c) il(x) = x''" d) k(.<) = x" 116
lim cos 8 - 1 (CMo possua uma calculadora gráfica, tente
36. ,_00 o
8. Em quais intervalos as seguintc.s funções são continuas?
esboçar o gráfico de Jtx) = x(cos(l/x) - 1)
(a) Jtx) = tg.< (b) g(x) = cosec x próximo à origem para "'ver" o limite no
CO$.\' scnx
(c) lt(.•) G x==-;r d ) ~~x) = --x- infinito)
snow
Capítulo 2 limites e contínuídade 139

37. lim .'( +sen x + 2y:; •.1/) + ..- 1 Raízes


.r- oo x +scnx 38. 1im ·• ·•
.r-oo xliJ. + co..~l x 49. Sejaj(x) = x' - x - I.
39. lim (11/.1 cos
.t- 00
l
.\" -lO. ~~~ ln (I + +) 0 (a) Demonstre quefpos.sul uma ralzcmre - 1 e 2.

42. lim é~' sen -•l (b) Resolva a equaçãoj(x) = Ograficamente, com um erro
1- -oo I
de magnitude inferior a 10...
(c) Pode-se demonstrar que o valor exato da resposta do
Extensão contínua
item (b) é:

(l + v'69)'fl + (L v'69)'fl
43. f! possível estender j(x) = x(x' - 1)/jx' - 11 para que ela
seja continua em x = I ou -I? Justifique sua resposta. (Es~ 2 18 2 18
boce o gráfico da função - você vai achar esse gráfico
Calcule es.~ valor e compare·o com o valor que você
interessante.)
determinou no item (b}.
44. Explique por que a função j(x) = sen( 1/x) não tem exten·
50. Sejaj(6) = 8' - 28 + 2.
são contínua ern x = O.
(a) Demonstre que/ possui uma raiz entre -2 e O.
0 Nos exercícios 45-48, esboce o gráfico da função para vcrri·
ficar se ela parece ter uma cxtcr\São contínua em um ponto dado (b) Resolva a equaçãoj(8) c Ograficamente, com um erro
n. Se parece, use os comandos ··Tracei' c "Zoonf para encontrar de magnitude inferior a 10.....
um bom valor possível para a função estendida em a. Se a fun·
(c) Pode-se demonstrar que o valor exato da resposta do
ção não parece ter uma extensão contínua, pode se.r estendida
para ser condnua à direita ou à esquerda? Em caso afinnati\•o, item (b) é:

- 1 )'fl - (..m9
-9 - +1 )'/J
em sua opinião. qual deve ser o valor da funç..i.o estendida?
x-1 ScosO
45. / (.r) = x _ \}';. " = I 46.g(0) = 40 2,. , a = 1rj 2
(..m
27 27
Calcule esse valor e compareko com o valor que você
=O 48. k(x) = I ~'- , 1 • "= 0 determinou no item (b).
47. h( i) = ( I + lt l)tf'. t1
21

Exercícios adicionais
I. Atribuindo um valor a 0° M regras da potenciaç.io vai se aproximar do eixo)' pela direita. Para qual va-
(veja o Apêndice B.4) di>.em que 11° = I se n for qualquer lor de y a curva parece convergir? Aumente a escala
número diferente de zero, e também que on= o se 1f for para analisar melhor.
qualquer número positivo.
2. Uma razão para não querer que 0° seja Oou 1 À medida
Se tentássemos aplicar essas regras ao caso 0°, chegaríamos 11 que o número x aumenta ao longo dos valores positivos, os
a resultados conflitantes. Pela prinlcira regra, te riamos que números lb: e 1/(Jn x) se aproximam de ):Cro. O que acontece
0° = 1, enquanto, pela segunda, te riamos que 0° =O.
como número
ESS<> não é uma questão de certo ou errado. Nenhuma das
I )1/(lo.<l
regras se aplica nesse caso. portanto não há contradição. /(.r) • ( x
Podemos, na verdade. atribuir a 0° qualquer valor deseja·
do, desde que convençamos os outros a aceitá-lo. à medida que x aumenta? Eis duas maneiras de descobrir.
Qual valor você gostada que 0° th•cssc? Eis um exemplo (a) Calculef para x = I O, 100, 1.000 e assim por diante até o
que pode ajudá-lo a decidir. (Veja o Exercício 2 para ou· limite de sua calculadora. Qual é o padrão observado?
tro exemplo.) (h) Faça o gr.ífico da função f em vários domínios, in·
(a) Calcule x' para.< = O. I; 0,0 I; 0,001; e assim por diante cluindo algum que contenha a origem. O que você vê?
até o limitt de sua calculadora. Anote os resultados Trace os valores de y ao lollgo do gráfico. O que você
obtidos. Qual é o com1>ortamento observado? pode notar?
(b) Trace o gráfico da função y = x' para O< x :> I. Mcs· 3. A contração de Lorcntz De acordo com a teoria da rclati·
mo que a função seja indefinida para x,; 0, o gráfico vidade, o cornprimento de um objeto - por exemplo, de um
140 Cálculo

foguete - parece a um observador depender da velocidade raio de 6 em (veja a figura a seguir). O volume de água que
com que o objeto se desloca em relação ao próprio obsen,.. colocamos na jarra é, portanto. uma função do nível h no
dor. Se ele medir o comprimento L, do foguete em repouso, qual a jarra é cheia, sendo a fórmula
depols com a velocidade v, o com primemo parect·rá v• 7T6l/t - 361rh

"V'D,
L • L Com qual prccis.i.o precisamos medir h para medir 11itro de
-;; água ( l.OOOcm' ) com um erro de no máximo 1% (lO em' )?
Essa é a equação da contração de Lorentz. Nela, c é a velo~
cidade da luz no vácuo. cerca de 3 x to' m/s. O que acon-
tece com/., à medida que v aumenta? Calcule Hm~~"",.. I... Por
que foi necessário empregar o limite lateral à esquerda?
4 . Controlando o fluxo de um tanque enquanto a água Linh>S ...:--:::::::::::
escoa A lei de Torricclli diz que, ao se esvaziar um coml"Crca ~
de l mm
tanque como o indicado na figura, a taxa y de escoa· de dis1lncia
mento da água é uma constante multiplicada pela raiz
quadrada da altura da coluna de água x. A constante (o\
depende da forma e do tamanho da válvula de saída.
r • 6cm

I
f~ Volumc: IÍ(IUido
X

\ 1 V=36wlr

Suponha que y = Vx/2 para dado tanque. Seu objecivo é 1~


manter uma taxa de vazào razoavelmente constante, e, para (b)
isso, você adiciona água ao tanque com uma mangueira de
vez eJn quando. Qual é a altura da coluna de água que você Uma jarra medidora de 1 litro (a), modelada como um ci-
deve estabelecer para manter a taxa de va?.ão lindro circular reto (b) de r.lio r = 6 em .
(a) a 0,2 flé'lrnin da caxa y0 = 1 pé' lrnin?
(b) a 0,1 pé'/min da taxa y0 = t pé' lmin?
Definição precisa de limite
Nos exercícios 7- 10, use a definição formal delimite para
S. Expansão térmica em equipamentos de precisão Sa·
provar que a fu nção é cont ínua e m .xq.
hemos que os materiais, em sua maioria, se expandem
quando aquecidos e se contraem quando resfriados. As 7. j{.<) c x' -7, x0 : I
dimensões de certos equipamencos de laboratório podem R. g(x) = 1/(2.<), x0 = 1/4
ser tão críticas que os locais onde eles são fabricados pre·
cisam ser m:mtidor. :.\ mesma temperntura dos labor::ttÓ· 9. /r(.<) = V2< - 3. .\'n a 2
rios onde vão ser instalados. Uma tipica barra de alumínio 10. !"(.<) = ~. xo = 5
de 1Oem de largura, a 70 •f, terá
11 . Unicidade dos limites Mostre que uma função não
y = 10 +(I- 70) X lO""'
pode ter dois lilnites diferentes no mesmo ponto. Ou seja.
centímetros de largura a uma temperatura t próxi ma. Su· se fim,~,, j(x) =L, e lim,.......,fl.x) =L,, então L, = L,.
ponha que você vá usar uma barra como esta em um de·
tcctor de ondas gtaviladona.is. no qual a largura da barra 12. Prove a regra do múltiplo constante do limite:
dcw.! variar no máximo 0,0005 em em relação aos lO em fim k/(x) = k 1im / (.<)para qualquer constante k.
_.-,. ·"-~
ideais. Qual a variação máxima de temperatura {em rC· 13. Limites laterais Se limx~o• j{x) = A e lim~o· j{x) = B,
lação aos 70 °F originais) permitida para que a barra se então calcule:
mantenha dentro das especificações?
(a) lim,..0• j{x' - x) (b) lim,~.- j(x' - x)
6. Linhas nun1a jarra mcdidora O interior de mna típica
(c) lim,..0 • j{x' - x') (d) limx- o· j(x' - x')
jarra medidora de 1 litro ~ um cilindro circuh\r reto com
Capítulo 2 limites e continuidade 141

J4. Limites e continuidade Quais das seguintes afirrnações linha do Equador em que a temperatura seja a mesma?
são verdadeiras e quais são falsas~ Se verdadeira. diga por Explique.
quê: se falsa, dê um contra-exemplo (isto é, um exemplo
20. Se lim (/(.<) + g (x )) =3 e lioo> (/(x ) - g (.r )) = -I, de·
que confirme a falsidade). ·• --r s-t·
termine lim f(.<)g(x) .
(a} Se lim,~.,Jtx) existe, mas Um,~.g(x} não existe, então .x-··
2 1. Raízes de uma equação quadr.ítica que é quase linear A
lim,~. (ltx) + g(x)) não existe.
equação axl + 2x - I = O~ onde a: é constante~ apresenta duas
(b} Se lim~., Jtx) e lim,~. g(x) não existem, então raízes se a> -1 e a ;e 0, uma positiva e outra negatíva.
lim~, (ltx) + g(x)) não existe. -~ -1--./1+7.
- I + V I T (I r - (n)- ....:..._.:..:..:....:.:.
(c) Sef é contínua em x, então 1/ltambém é. r• ( á ) • a • a
(a) Oqueacontoccar. (a}quandoa-> O'Eqmmdoa-> - 1• >
e
(d) Se VI contínua em a, então/também é.
Nos exercícios 15 e 16, use a definição formal de limite (b) Oqueacontecear.(a)quandoa-+ O? E quando a-> -I'?
para provar que: a função tem uma extensão contínua r\o valor (c) fundamente suas conclusões traçando os gráficos de
dadodcx. r. (a) e r.(a) em função de a. Descreva o que você ob-
.. x2 - 1 x 1 -2.l"-3 serva.
b . f(x) = X"+T• x = - 1 16. g(x) = lr 6 . x = 3
17. Uma função contínua em um único ponto Seja (d) Para reforçar,t.racc o gráfico de Jtx) =ai' + lx - I para

_{x, se xé racional a= 1; 0,5; 0.2; 0,1; c0,05. simultanccuncntc.

Jtx)- O, se x é irracional 22. Rai~ de uma equação Demonstre que a equação x +


2 cos x = Otem pelo menos uma raiz.
(a} Demonstre que f é contínua quando x =O.
(b) Utilize o fato de que cada lntervalo não vazio de nú· 23. Funções lintitadas Uma função f a valores reais é
limitada superiormente em urn conjunto D se existe
meros reais contém tanto números racionais quan·
um número N tal que f(x) s; N para todos os valores
to números irracionais para demonstrar que f não é
contínua em quaJquer valor não nulo de x. de x em D. Chamamos N quando existe um limitante
superior para f em D, e di•emos que f é limitada su·
18. A função régua de Dirichlet Se x é um número ra- periormente por N. De modo similar, dizemos que f é
cional, então x pode ser escrito de modo único como limitada inferiormente em D se existe um número M
quociente de inteiros m/u em que ti > O e m e tt não tal que flx) ;, M pra todos os valores de x em D. Cha-
têm fatores comuns maiores que I. (Dizemos que uma mamos M quando existe um límitantc inferior para f
fração assim está simplificada. Por exemplo, 6/4 simpli- em D, e dizemos que/ é limitado inferiormente por /vi.
ficada é 3/2.} Scjaf(x} definida para todo x no intervalo Dizemos que f é limitada em D se ela é limitada infe.
(0, I) por rior e superiormente.
( ·) = ll/ n, se x = m/ n for um número racional (a) Demonstre que f é limitada em D se, e somente se,
f·' simplificado existe um número 8 tal que lflxJI s 8 para todos os
O, se x é imcional
valores de .tem D.
Por exemplo, /tO) = }ti) = I, }t112) = 112, /{113} = /t213) = (b) Supon.hn que f seja limitada -superiormente por N.
1/3, }tl/4) = }t3/4) = 1/4 e assim por diante.
Demonstre que, se lim~., j(x) = L, então L S N.
(a) Demonstre que f é de.scontínua em qualquer nlunero
racional entre {0, IJ. (c) Suponha que f seja limitada inferiormente por M. De-

(b} Demonstre que f é contínua em qualquer número ir- monstre que, selim,_.., j(x)= L. então L 2: M.
racional entre {O, I). (Dica: Se c é dado n(omero posi- 24. Max {a, b} e,;, (a, b}
tivo, demonstre que há apenas um conjunto finito de (a) Demonstre que a expressão
números racionais r entre {O, I) tal que Jtr) <! <-} a+ b {a - bJ
max {a. b} = - - +
(c} Esboce o gráfico de f Em sua opinião, por que fé de- 2 2
nominada ..função régua.. ? é iguala a se a <! be iguala b se b 2: a. Em outras palavras,
max {a, b} fornece o maior dos dois números a e b.
19. Pontos antípodas Há alguma razão para aceitarmos
como verdadeir-a a afirmação de que há sempre um par (b} Encontre uma expressão $imilar para min (a, b}, o
de pontos antípodas (diametralmente opostos) sobre a menor de a e b.
snow
142 Cálculo

Limites generalizados envolvendo sen e . scn {l - vX)


~~~
. scn ( l - \(;) 1 _ Vx
A fórmula lim..~
e
(scn 0)/0 = I pode ser generalizada. Se
{ti) X I lnn
x-1 1_ ifx x =
I

linl.x-f' f (x) - Ocflx) nunçaé mro em \Un i.ntervlllo aberto çon-


(1- Vx)(1+Vx) 1- • 1
I • lun • hm • --
tcndo o ponto,"( = c, exceto possivelmente no próprio c, então .~, (x- I)(I + Vx) ~ • (.t -I)( I+ ..fx) 2
sen/(x) Calcule os limites nos exercícios 25- 30.
lim - - - = 1
,_,, J (x )
. scn ( I - eosx)
Eis diversos exemplos. 25. hm ,. 26. lim !E!..!-
.r-0 . ..-o·seny;
(a) '
lim ~= I
;r-O .v 2 . son (scn .r ) . scn (x2 + .<)
27• l'~
I 28. hm ,
X x- o .
scn -
.m - ·' ' = 1.•m -
scn- 1 . x2
.< 11
(b) I1 m -:- : 1 • 0 = 0 son {Vx - 3)
.r-o x .r-o x ..- o ,'1;
2 . son (.< 2 - 4)
29. hm '> 30. lim
...-2 X ... x-9 x 9
(c) • sen (x' - .t - 2) . :::
se:::,n~(;:
x'_-..:·':.......-..;2:!)
hm = IIm - ..
,t-"- 1 .'( + I ...- - 1 ~t ~ - X - 2)
. (x' - x- 2) . (x + I )(x - 2)
hm + I · Iun = - 3
x--1 X 1 .r--t x+ I

Exercícios avançados
I. Se /for uma função contínua em la, bj, com fia) }tb) <O 6. Mostre que a função definida por
e, além disso, f tiver um único zero z nesse intervalo,
sex;t:O
podemos determinar esse zero com a precisão que qui· Jtx) = { x ••;, (1/x),
sex = O
sermos da seguinte forma. Considere o ponto médio
1: contínua ern x = O.
(b + a)/2 de [a, bj como primeira aproximação dez (obser·
exp (- 11••<'). se x" O
ve que o erro nessa aproximação é menor que (b - a)/2). Es- 7. Considere a f-unção j{x> = {
0 sex = O
tudando o sinal de f no ponto médio, podemos decidir se
a raiz está em la. (h+ a)/21ou em [(b + n)/2, bI e podemos (a) Calcule lim,~"Jtx) c lim,.~."Jtx).
repetir o processo nesse novo intervalo cujo comprimento (b) C.'llcule lim_,.,.}tx) e lim,...0-}tx).fé contínuaemx =O?
é a metade do comprimento de la. bj. 11 claro que pode- (c) Use uma calculadora gráfica ou u.m SAC para tentar
mos repetir esse procedimento quantas veze-s quisermos, esboçar o gráfico de f pc.rto de x = O. Repita usando
e em cada passo estaremos dividindo a estimativa do erro uzoom~
por 2. Use esse procedimento para obter uma aproxima·
ção de raiz ciobica de 2 com erro absoluto menor que O, OI. (d) Comente o resultado obtido em (c).
(Sugestão: tome j{x) = x' - 2, [a, b[ = 11. 2j.) 8. Mo<tre que •• exõcte lim_..., Jtx) - Jt 2) e Jt.<) ::. j{l) para
Nos exercidos 2 e 3 a seguir. esboce o gráfico de uma fun· x-2
ção contínua definida em todos os reais, exceto no 4. satisfa· todo x > 2, então lim,...., Jtx) - Jt2) > (),
'lendo simultaneamente às condições dadas: x-2
9. A seguir, são apresentados esb"'os dos gráficos de uma
limf(x) = ~,
2. x..... limf(x) = O, ..,limf(x) =~. funçãof e de outras quatro funções. Em cada item. decida
x-o- ... ,
3. limj(x) = ~. limf(x) = O, não existe limf(x). qual dos gráficos esboçados corrcspondc à função g, e jus-
x..... ..:-o- X ...H
li fique sua resposta.
4. O~ um exemplo de uma função f que satisfaça às condi-
(a) g(x) = ftx + c), onde c > O
ções (a) do Exercício 2: (b) do Exercício 3.
(b) g(x) =}tlix)
S. Mostre que sef cg são funções reais tais que [g(x)[ s M em
(c) g(x) = ll}tx)
wn intc">alo aberto contendo a, e lim,...j(x) =O, então existe
lim, •• }tx)g(x) e esse limite é iguala O. (c!) g(x) =}tl/x')
Capítulo 2 limites e continuidade 143

~
y


y:f(,, ) )'

X
·' X

(I) ( ii)

)'
)'

(i v)
(iii)

10. Vários modelos matemáticos foram propostos para des- 12. Um plano vertical corta um pr~dio com perfil parabólico.
crever o crescimento populacional. O modelo proposto A equação que descreve o perfil do prédio é y = -bx(x- 2a),
por Mahhus ( 1798) tem como solução p(r) = p0 e'', onde onde a e b são constantes positivns (veja a figura). Suponha
À é a taxa de crescimento populacional. p0 é a população que um potente holofote seja coiO<ado no eixo vertical) em
no instante r = 0, e p(t) é a população no instante r. )á a uma altura Ir maior que a altura do prédio. Sejaj(/r) o ponto
equação logística, modelo proposto por Verhulst (1834), do eixo x que separa a sombra do prédio da parte iluminada.
tem como solução p(t) - ( Po;-_., , onde p., > O Calculej(IJ).
P.. - Pt e + Po
,1'
é população de equilíbrio. Calcule Um,~~ p(t) no modelo de
Verhulste compare o resultado com o do modelo de Mahhus.
11. (a) Calcule lim,.., scn (x +Ir) - sen x
,,
(b) Ache a equação y = ax + b da reta tangente ao gráfico
da função j(x) =sen x para x =tt/6.
144 Cálculo

Projetos de aplicação de tecnologia


M(>DUI.O MATHF.MATICA-.MAPLE
Leve até o limite
Parte I
Parte 11 (Zero elevado à potência zero: o que isso significa?)
Parte III (Limites laterais)
Visunlize c interpr~tc o conceito de limite por meio de experimentos gráficos e numéricos.
Parte IV (A diferença que uma potência faz)
Veja como os lhnitcs podem ser sensíveis a várias potências de x.
~IÓDULO MATHEMATICA-MAPLF.
Indo ao infinito
Parte I (Explorando o comportamento da função quando x-> ~ou x-> -~l
Esse módulo proporciona quatro exemplos para investigar o comportamento de uma função quando x ~ oo ou x-+ -oo.
Parte 11 (Taxas de crescimen to)
Observe gráficos que parecem contínuos, embora a função não seja continua. Várias qucslõcs relativas à continuidade são
explorada>, gerando resultados que podem surpreendê-lo.
snow

Derivação

RESUMO No Capitulo 2, definimos o coeficiente angular de uma curva


como o limite dos coeficientes a.ngulares das secantes. Esse limite., chamado
derivada, mede a 1axa de variação de uma função e é um dos conceitos mais
importantes do c.álculo. As derivadas são usadas para calcular velocidade e
aceleração. para e-stimar a taxa de disseminação dc uma doença~ para esta·
beleccr ntvcis de produção mais eficientes, para calcular as dimensões ideais
de uma lata cilíndrica, para determinar a idade de um artefato pré-histórico
c em muitas outras aplicações. Neste capítulo. desenvolveremos técnicas para
calcula.r derivadas com facilidade c aprenderemos a usá ~las para aproximar
ccr1as funções muito complicadas.

A derivada como função


No final do Capitulo 2, definimos o coeficiente angular de uma curva y =
j(x) no ponto onde x = x0 como
Companion lim f(x, +h) - /(x, )
Website rt...o h
tnsaio histórico Chamamos esse limite, quando ele existia, de derivada de f em xo- Agora,
estudaremos a derivada como uma fut~çâo derivada de f, considerando o limi-
Aderi\'Oda te em cada ponto do domínio def

Definição Função derivada


A derivada de uma função/(x) em relação à variável X é a funç.1o r
cujo valor em x é
/'(x) = lim f(x +h)- f (x)
11 ...0 1J

desde que o limite exista.

1\'a definição, usamos a notação /(x) em vez M simplesmente f para enfa-


ti7..ar a variável independente x, em relação aqual cstamo..ç derivando. O do·
mfnio de f' é o conjunto de pontos no domínio de f para o qual o limite existe;
ele pode ser igual ou menor que o domínio de f Se-f' existe para determinado
valor de x~ dizemos quef é dcrivávcl em x. Se f' e:ciste em qualquer ponto no
domítüo de f, chamamosf d eriváve.J.
Se escrevemos z = x + l1, então h = z- .<, e h tende a O se e somente se z
tende a x. Logo. uma definição equivalente da de·rivada é a seguinte (veja a
Figura 3.1):
146 Cálculo

Fórmula alternativa para :1 dcrivad.a


. "-'
f 'X= 1un -/ <:::.:z)_- "f -'(""-
x)
:-t:& z-x

l'(:c.f(.t))
:-.. Calculando a derivada a partir de sua definição
' -~- x~
;-h O processo para calcular uma derivada é chamado derivação. Para enfa.
' Hzar a idéia de que a derivação é uma operação realizada na função y = /(x),
,T Z;
também usamos a notação
Dcri~d:~de/ em xé
v ) r f(.< + 11) - j(.<)
d
/ \•t = ~~ Ir dxj(x)

r !<:> - A•> para indicar a derivada f'(x). Os exemplos 2 e 3 da Seção 2.7 ilustram o
D ~.: z X processo de deri.vação para as funções y ~ mx + I> e y ~' llx. O Exemplo 2
mostra que
HGURA 3. 1 O modo como es-
d
c revemos a razão incrementai para a -(mx + b)~m
derivada de uma runção f depende de dx
como identificamos os pontos envol- Por exemplo,
vidos.

No Exemplo 3, vemos que

,;:(;)~- .:.
A seguir, veremos dois outros exemplos.

EXEIIH'LO I Aplicando a definição


X
Dcri,•c fix} ~ - -
x- 1
• X
SOLUÇAO Aqui, temos fix) = -
x-1
c
(x + h)
f(x + h) = (,\· + 1I ) - 1
, logo

, . f(x + h ) - f (r)
f (x) " hm
h-O 11
x+h x
= lim X +h - I - :;:-::-J'
h-O h
. -. 1>c...-,.,..:c.·'<::.cx_+-.'lt----'-'-
1 "(x'--+-'h.;..;)("'<_-.,-'-' 1) l_r _~. <ul - rb
• h-oh
hm - · - (x +h- l )(x- I) h {( Ãl

. I - lt
= hm - · .,--,-,---7,..,..--~
h-olt (x + h - l)(x- 1)
• lim -1 • - 1
h-o(x +h- l )(x- I ) (.<- l )l
snow
capítulo 3 ~íva~o 147

Com freqüência. você preds.trá EXEMPlO 2 Derivada da função raizqtta<lrac.la


saber a derivada de ..[; para (a) Encontre a dcrh"'da de y = JX
paro x >O.
x>o.!!..../X =-1- (b) Encontre a reta Jangente à curva y = para x = 4. JX
dx 2Fx SOLUÇÃO
(a) Usamos a forma equivalente para calcular f(x):
, . j(z) - j(x )
j(.r ) = l~~ z x

= lim v;; - VX
.:-x z X

= lim Vi- VX
,_, (Vi - VX) (vz + VX}
)'
. I I
= I un
y• !x + I
4 ,_x Vz + vX = - -
2YX
(b) O coeficiente angular da curva em x = 4: é
j'(4) = _ I_ = !
2v4 4
A tangente é a reta que passa por (4, 2), tendo coeficiente angular 1/4
(Figura 3.2):
I'IGURA 3.2 A cur.oa y = JX e sua
tangente em (4·. 2). Determinamos oco· .v= 2+i (x-4)
eficiente angular da tangente calculan-
do a derivada em x = 4 (Exemplo 2).

No Exemplo 6, consideraremos a derivada de y = .[;quando .r= O.

Notações
Há vários modos de representar a derivada de uma função y =j(x). onde a
variável independente é x c a dependente é y. Algumas das notações alternati·
vas mais comuns para a derivada são:

f(x) =y'= dy =df =.!!..._ j(x)= D(j)(x)= D, f(x)


tlx tl.r dx
Os símbolos dldx e D indicam a operação de derivação c silo chamados
operadores de deriva~âo. Lemos dyldx como":.\ derivada de y em relação a x"
e dfldx e (d!dx) ft..r) como "a derivada def em relação a .r~ As notações "linha"
y' ef' vêm de notações que Newton usava para as derivadas. )â as notações
dldx são similares às usadas por Lcibniz. O símbolo dyldx não de,•e ser con-
s iderado uma razão (pelo menos até introduzirmos a idéia de ~'diferencia is»
na Seção 3.10).
Tome cuidado para não se confundir achando que a notação D(/) repre-
senta o dominio da função fi ela representa a funç:áo derivada f. A diferença
ficará clara pelo contexto.
Para il'ldicar o valor de uma de-rivada em un'l! número específico x = a,
usamos a notação

j'(a) = - d)'l
<Ú· ,y=q
= - '/fi
<l~ ;"Cca
= - ,, I
fl'r
J(x)
JI#IJ
snow
148 Cálculo

Por exemplo, no Exemplo 2b, poderíamos escrever

f'<4l = JL.
<L,-
vxl
2 .r-4
=-~
- I ,,=4 =_IV4
2vx _= l
4
Para calcular uma expressão, às vezes, usamos o colchete direito, ], em vez.
da barra vertical, I·

Representando uma derivada graficamente


Muitas vezes conseguimos fuzer grâficos razo<iveis da derivada de y = j(x)
estimando os coeficientes angulares no gráfico de f Ou seja. desenhamos os
pontos(:r.,f'(x)) no plano de coordenadas e os unimos com uma curva contí~
nua, que representa y = j(x).

EXEMPLO 3 Repr.,.entando uma derivada grallcamcntc


Represente graficamente a derivada da função y = j(x) mostrada na
Figura 3.3a.
SOLUÇÃO Esboçamos as tangentes ao gráfico de f em pequenos in·
tcrvaJos e usamos seus coeficientes angulares para estimar os valores de
f' (x) nesses pontos. Registramos os pares (x, f'(x)) correspondentes c os
unimos com uma curva continua, como esboçado na Figuro 3.3b.

)'

c~e:ien1 :'lngul:.t O
-..,
)'-f'''
~ ... Co ficic.:-mç :mg lar- 1
t!
'\

10 Cocficie t~
1) " \~oc::licic:mc = 2 un d:tdesdey
_:I
_.,.. angul;r
' :tt~gular - · UI d:tdcdc ~
ci\ . .. 3 Midad dc y
D
Coe fi icm "ngularO
I
.. 4 un.illad $dcx
I o ~ tp ip I
(<I)
Cocficietuc
an{:.ul:.r

• )' •J'()cy
3

/
2
I

c
A' D'

~L/'

? 8' .:r.
Orden ·a - 1

(b)

Fl<jU RA 3.3 Construímos o gráfico de y = f'(x) registrando em (b) os coe-


ficientes angulares do gráfico de y =j(x) observados em (a.). A ordenada de 8'
é o coeficiente angular em B e assim por diante. O gráfic0o dt f' é um registro
visual de como o coeficiente angular de f varia em relação a x.
snow
capitulo 3 ~ivação 149

O que descobrimos no gráfico de y =f(x)? Imediatamente, percebemos


l. onde a taxa de variação de fé positiva, negativa ou nula.
2. o ,·alor aproximodo da taxa de crescimento em qualquer,'( e seu valor
em rela~o aj(x).
3. onde a própria taxa de variação é crescente ou deaescente.
Eis outro exemplo.

EXEJIII'LO 4 t\ivd de açúcar no sangue


Em 23 de abril de 1988, o Daeda/us. um avi.ão impulsionado por força
humana. bateu um recorde de distância ao voar 119 km deCreta à ilha
de Santorini, no Mar Egeu, a sudeste da Grécia. Durante as seis horas de
testes anteriores ao vôo, pesquisadores monitoraram o nível de açúcar no
sangue dos pilotos-atletas. O gráfico referente a um dos pilotos é mostrado
na Figura 3.4b, onde o nível de açúcar em milig-ramas/decilitro foi regis·
trado em função do tempo em horas.
O gráfico consiste em segmentos de reta conectando os pontos. O cocfi·
ciente angular de cada segmento oferece uma estimativa da derivada do ni·
vel de açúcar entre uma medição e outra. Calcu~amos o coeficiente angular
de cada segmento a partir da grade de coordenadas e inserimos a derivada
no plano de coordenadas como uma função esc~da na Figura 3.4b. Para
determinar os pontos relativos à primeira hora, p<>r exemplo, observamos
que o nivel de açúcar aumentou de cerca de 79 mgldl para 93 mgldl. O
aumento liquido foi de t;.y e 93- 79 = 14 mgidl. Dividindo essa expressão
por ó.t =I hora, obtemos a taxa de variaçiio de
t:.y 14
- =- = 14 mgtdl por hora
t;.t I
Observe que não podemos estimar a taxa d.c variação do nível de açú·
110 car nos instantes t = 1, 2• ...• 5, onde o gráfico que traçamos apresenta um
100

90

80 I
/
I
"" "" - I
•bico" sem coeficiente angular. A ftonção escada derivada não é definida
nesses instantes.

~
o ?.. TURQUIA
I 2 ~
Tempo (h)
4 5 6
.,.. ' ~
•• \)\
~
~ •
(a) ~ .,~

~1-" )'
SANTORtNI l
"• r
,

= • RHOOFS
5 15 Mtrr tl~ f•Crrttl
} •
4! lO ...,
••
Hcrothon

"
·ã 5 100 uo
o I I lan
~
o
~
o 2 3 4 5 6 RQta d..: ,.00 do Ott.-tlti/IIs cm 23 de:1bril de 1988
;r
·e
~ -S HGURA 3.4 (a) Gráfico do nível de açúcar no sangue de um dos pilotos do
JS Daedalus durante um teste pré-vôo que durou seis horas. (b) A derivada do ní·
~ - 10
{!. vcl de açúcar no sangue do piloto mostra a rapidez com que esse nivcl oscilou
Tcmpo (h)
(b)
durante vários momentos do teste.
snow
150 Cálculo

Coeficiente :1ngul.v • Derivável em um intervalo; derivadas laterais


r f!l> + 11) - J(b)
,!!!!r , Uma função y = j(x) será derivável em um intervalo aberto (finito ou infi-
Cotfici.:ntc :u1,gular-= ......._ nito) se liver nm:t derivmin em rncl~ ponto do i ntf>rv:llo. Se-r:i derivável em t.nn
I
;~~ ,
• fl,d .... 11) - /(fi)
intervalo fechado fa, bl se for derivável no interior (a, b) e se os limites

lim - j(a +h) - j(a) Derivada à direit a em a


AI....O' /r
. ::..1<o:_b_+..:.")_-"-f<:....:.b) Derivada à esquerda em b
IJffi - -
•...o· ,,
---::--:-+-:-----.:+-;:----;:--•
a u+ll JJ+It b ·'
existirem nas extremidades (Figura 3.5).
11>0 11<0
Derivadas à direita e à esquerda podem ser dctiJlidas em qualquer ponto
I'IGURA 3.5 Derivadas em extremi-
do domínio de uma função. A relação usual entre limites laterais e bilaterais
dades são limites laterais.
vale para essas derivadas. Segundo o Teorema 6 da Seção 2.4. uma função
terá uma derivada em um ponto se e somente se tiver der ivadas à direita e à
esquerda nesse ponto e se essas derivadas laterais forem iguais.

EXEMPLO 5 y = ~<I niio é dcrivávcl na origem


Mostre que a função y = lxJ é deri\<ável em(-~. O) c (O,~). mas não
tem derivada em x = O.
SOI.UÇÃO À direita da origem,
ti ti ti d
ti.r (ixiJ = tl< (x) = dx (I ·x) = 1 til: lnu- ·! M • lll.l .t ] • .t

À esquerda,
.!{_ (lxiJ = .!{_ ( -x) = .!{_ (-1 · x) = -I , _,, - y
clt tlr tlr

(Figuro 3.6). Não c! possível que haja derivada na origem porque nela as
derivadas laterais são d iferentes:
Derivada de ixi à direita em zero = lim iO+ hl - 101= lim ~
h-..o· h ,,_o_. h
• lim -11 1111- 11 qwo\lo 11 ... o
11-o· 1,
= =
·-·-Jim I

Dcth•a<la de (xl i\ c-3qucrda em t.CI'O - lim


lO + 111, -101 - lim 1
ih I

y =
h-O'"
.
hm -
_, tl 11-0'" ''

)111- -11 l.j U••uwSoh < O


11-o·
h

~
= lim - =- I
,,_o-

EXEM PI.O 6 y = .[; não é dcriv:lvcl em x = O


----7.if'-----.f
0\
y' indcfinic.ln em x =
0: No Exemplo 2. descobrimos que. para x > O.
derivada à direita
:f: dcriv.W.- à esqucl'd:l

l' IGURA 3.6 A função y = lxl


.t.v;
tl\"
=-'
-
2vx
não é derãvável na origem onde o aplicamos a definição para examinar se a derivada existe em x =0:
gráfico tem um "bico~
capitulo 3 Derivaç~o 151

Como o limite (direito) nao é finito, ,,;.o h:i deriv:tda en' x =O. Como
os coeficientes angu,larcs das s.«antc-s que unem a origem aos pontos
{IJ • .[h ) em um gráfico de y = ..{; tendem a oo, o gráfico apresenta uma
ltmgellle vertical na origem.

Quando uma função não apresenta derivada em um


ponto?
Uma função terá derivada em um ponto x0 se os coeficientes angulares das
retas secnntes que passam por P(x.. J<x.)) e um ponto Q próximo no gráfico
tenderem a um limite à medida que Q se aproxima de P. Quando as secantes
não têm uma posição~limite ou se tornam vertiCai$ à medida que Q tende a P,
a dcrh'llda não existe. Logo, a diferenciabilidadc (derh'l!bilidade) tem a ver com
a "suavidade" do gráfico de f Uma funç.'\o cujo gráfico é, de modo geral, suave
pode não apresentar derivada em determinado ponto por vários motivos. Ela
não terá derivada nos pontos em que o gráfico apresentar, por exemplo
1. um bico, onde as derivadas latemis são diferentes.

2. um ponto cuspida I. onde o coeficiente angular de PQ tende a oo, de um


lado, e a - oo. do outro.

...._ ,../
3. uma taugcr-1te vertical, onde o coeficiente angular de PQ tende a oo ou a
--de ambos os lados (aqui,--).
152 Cálculo

4. uma descontinuidade.

-
As funções deriváveis são contí nuas
- -
Uma função é contínua em todos os pontos em que ela tiver uma derivada.

leorema I Diferenci~bilidad c (deri•abilidadc) implica c<>ntinuidade


Se f tem uma derivada em x =c, então f é contínua em x =c.

PROVA Como f( c) existe, devemos mostrar que lim,_.,Jtx) = Jt.c) ou, de


maneira equivalente, que lim Jo-.oftc +h) =)te). Se h "-O, então
f(c +h) = f(c) + (/(c +h) - f(c))
J(c + h) - J(c)
~f(c) + h ·h
Agora calcule os limites quando h~ O. Segundo o Toorema I da Seção 2.2,
f(c + h) - /(c)
lim f(c + h) ~ lim /(c) + lim · limh
h-o ,,-o 11-o 1' n-o
= J(c) + f'(c) ·O
= f(c) +O
= f(c)
Argumentos semelhantes com limites laterais most:rann que, se f tem uma
derivada lateral (à direita ou à esquerda) em x = c, então f é continua desse
ladoemx =c.
O Teorema 1 di.z que, se uma função apresenta descontinuidade em de·
terminado ponto (por exemplo, um salto), então ela não pode ser dcrivávcl
J
nesse ponto. A funç.1o maior inteiro y =LX = int x não é dcrivávcl em todos
os inteiros x = u (Exemplo 4 d3 Sec;;)o ?..6).
CUIDADO A reciproca do Teorema I é fulsa. Como· vimos no Exemplo
5, uma função não tem necessariamente uma derivada em um ponto onde ela
é contínua.

Propriedade do valor intermediário para derivadas


Nem toda função pode ser derivada de oulra função~ como veremos no
teorema a seguir. Ele foi provado pela primeira vc·z em 1875, pelo mateJ)lálico
francês Jean Gaston Darboux ( 1842-1917).
Teorema 2 Teorema de Darboux
Se a e b são dois pontos quaisquer de um intervalo em que f é dorivávcl,
entãof' assume todos os valores entre f'( a) e f'(b).
snow
capítulo 3 ~íva~o 153

,. O Teorema 2 (que não provaremos) diz que um.a função não pode ser uma
derivada em um intervalo a menos que ela tenha a p ropriedade do valor inter-
y • UV)
mediário nesse íntervnlo. Por exemplo, a função S<llto unitário da Figura 3.7
n!\o pode ser a derivada de nenhuma (un ~ào de valor real da rela real. No Ca-
pítulo 5, veremos que toda função continua é uma derivada de outrn função.
Na Seção 4.4, cvocarcn'los esse Teorema 2 para analisar o que acontece em
--------~--------+X
o certo ponto do gráfico de uma função duas vezes derivável no qual ela muda
de "concavidade':
FIGURA 3.7 A função de salto unitário não
tem a propriedade do valor intermediário e não
pode ser a derivada de uma função da reta real.

Exercícios 3.1
Determinando funções derivadas e seus 15. s • 2
I) - 1 , 1 • - I
valores t6. y = t< + 1)'. ·' = -2
Nos exercícios J..6. use a definição para calcular as deriva- Nos exercícios 17-IS,derivcas flmções. Ocpois.detennine uma
das da função. Depois, determine os valores da derivada con- equação parn a tangente no ponto indkado no gnllico da funç.'io.
forme especificado. 8
t7. y = f(x) = v.;:-::-2 . (x. y) = (6. 4)
1. / (.<) = 4 -x': j '(-3 ). /'(0 )./'( 1)
t8. u· = g (:) = I + ~. (=. w) = (3. 2)
2. 1.-(x) = (.t - I )2 + 1: F'( -1). F'(O). F'(2)
Nos exercícios 19- 22, determine os valores das derivadas .
.1. g ít) ~ ~ : g'(-l), ,e'(2),g'(V3)
19. ás I,.... se s = I - 3t 2
4. k(:) = 1;. : : k'( -l ), k'( l ), k'(v'i) (//

$. p(9) = Vlê: p'(1).p'(3). p'(2/ 3) 20. -dyl se y = I - i1


tlr r•v'i ·
6. r(s) = v'2;+"i: •J(O). r'( I ),r'( 1/ 2)
21 • !1!:..1
d(J 9• 0
Nos exercícios 7- 12. determine as derivadas indicadas.
dy
7. (l\'
- se y = 2xJ
<Ir
R:. (/
-$ se

sl
r = -2 + I '/'"I
22. d: :•-' se w= :+V:

10. dv se v = 1 - lI
dt Usando a fórmula alternativa para
ti. dq
dp
.., ,- ~ q + l
derivadas
Use a fórmula
se .,. = I
12. dw
"' - ~ f' (x)= lir,/(z) - /(x)
: - 11 Z- X

para dctcrnlinar a derivada das funções nos cxcrc(cios 23-26.


Coeficientes angulares e retas tangentes 1
23. / (.r ) = - + ?
X -
Nos exercícios 13- 16, dcrh-e as funções e detcrrnine o coefi·
ciente angular da t.-ngcnte no valor dado da variável independente. 24. /(x) = (x _ ,
11
9
13. /(.r)= X + x • .< = -3 25. g(.r) = _:!._
1·' -
I 26. g (x) • I + Vx
14. k (x)=
2
+.r' x=2
SD$ W
154 Cákulo

Gráficos i i. O gráfico começa no ponto ( -2, 3).

Associe as funções representadas grnflcamcnte nos exer· iii. A dcrivnda de f é a funç3o escada da figura a
r &c-in~ 27-'\0 rom a.ç_ cff"rivarl:l$tiM f'igurM (a)-(cl), a s.f"gnir. seguir.
,.. y'

--- -4 -2
(a) (b)

>'' (b) Repita o item (a ) considerando que o gráfico começa


em (-2, O) em vez de (- 2, 3).

33. Crescimento da economia O gráfico da figura a seguir


monra 3 variação percentual média nn ual, y = j{l), do pro·
duto interno bruto (PrB) nortc·amcricano entre os anos

(<) 1983 e 1988. Rcprt$cnte graficamente dyldt (onde dcfi·


l7. y 28. nida). (Fo111r. Stalisticnl Abstrncts oftlre U11ited States, lO.
ed., U.S. Department of Commerce, p. 427.)
711> ~-.---

29. o
t9S3 19&< 19SS 1916 t987 1938

J~. Moscas-d as-frutas (Qmtirlllnçdo do Exemplo 3, Seção


2.1.) As populaç~ nascidas em ambientes fechados crt$·
cem dcvngar a princípio, quando há relntívamente pou~
cos indivíduos. depois mais rapidnmenle, à medida que o
3 1. (• ) O grúfico da figura a s~uir é composto por segmentos
número de 1nembros reprodutores aumenta e os re<ursos
de reta unidos pelas extremidades. Em quais pontos do permanecem abundantes, e, por fim. tornam a crescer a
um ritmo lentO. confonnc a população alcança a capacidade
Intervalo (-4, 6jf não é definida! )U$1iliquc""' resposta.
de sustentação daquele ambiente.
(a) Use a mesma técnica do F~emplo 3 para representar
(0.2) (6. 2)
graficamente a derivada da população de moscas·
das-frutasapn:sentad a na Seçio 2.1. O gráfico da po-
pulação é reproduzido aq11i.
p

""'
JOO

""
:-1
(b) Represente graficamente a derivada de f O gráfico
deve mostrar uma função escada.
"'
,,. t
32. Recuperando uma função a partir de sua derivada ..
'"'
(1) Use as informaç~ a seguir para fazer o gráfico da o ,. .. "'
,.
funç:!of no intervalo fechado l-2, 5]. Tn11P'141:hl

i. O gráfico de f é composto por segmentos de reta (h) Durante quais dias a população pmcce estar crescen·
fechados unidos pelas extremidades. do mais rápido? E mais devagar?
snow
capitulo 3 D<!rivaç~o 1 55

Derivadas laterais 43. 44.


y )' y = f't)
Compare as derivadas à direita e à esquerda para mostrar que Ye /(.t) D: -~ S :r S)
as: funçõe"- clcl..~ exerdcios '\S-:l~ n;in silo ciPriv;lvei~ no pc)nfo P. J): .. I 'S.t' '<2

35. y 36. )'


y •f(J<)
y=2x
--
-Lt--~0~--~---+
2--+X
y• 2 2
P ( I. 2)
Teoria e exemplos
.t Nos exercícios 45- 48:
X
o 2
(a} Encontre a derivada y = f(x) da função dada y = Jt.x).
37. y 38. y (b} Faça os gráficos de y = j(x') e de y = f'(x} um do lado
)' =f(x) do outro empregando planos cartesianos diferentes c
i'( I. I ) responda às questões a seguir.
(c) !'ara que valores de x, caso haja, f' é positivo? Nulo?

!'7
.t
Negativo?

·' {d) Existe algum intervalo de valores de x em que a fun-


ção y : Jt.x) cresce quando x aumenta? Qual? Existe
algum intervalo de valore;S de x em que a função y =
Difcrcnciabilidade e continuidade em um j{x) decresce quando xaumenta? Qual? Como isso está
intervalo relacionado com o que foi visto no item(c)? (Voltare-
Nos exercícios 39- 44. cada figura mostra o gráfico de uma mos a falar sobre essa relação no Capítulo 4.)
função em um ínlcrvalo fechado D. Em que pontos do domí-
•15. y= -x' 46. y= - 1/x
nio a funç.i.o parece ser
47. y=x'/3 48. y = x'l4
(a} derivâvcl?
49. A curva y = x 3 tem semprt cooeficitnte angular negativo?
{b} contínua, mas não derivávcl?
Em caso afim1ativo~ onde? justifique sua resposta.
(c) nem contínua nem derivávcl?
SO. A curva y :: 2$ tem alguma tangente horizontal? Em
Justifique sua resposta. caso afirmativo, onde? Justifique sua resposta.
39. ~o. 51 . Tangente a urna parábola A parábola y = 2x' - 13x +
5 tem alguma tangente cujo coeficiente angular seja - 1?
y •/(.t) )'
D: · 3S.tS2 )' = f(J<) Se tem. encontre uma equação para a ret-a e o ponto de
/); -'2 :5 X S 3
2 tangência. Se não tem. por que não?

52. Tangente a y = -.Íx Alguma tangente à cun•a y = -.Íx


-+---::----!""d;~-!;-+.t
-3 -2 - 1 0 I 2 cru ta o eixo x en1 x = -1? Se cruza, encontre uma equa-
-t ção para a reta e o ponto de ta11gência. Se não cruza. por
que não?
-2 -2
53. Maior inteiro em X Alguma ftmção derivável Cfl\ (-oo, oo)
41. ~2. tem como derivada y = txi o maior inteiro em x (veja a
Figura 2.59}? Justifique sua resposta.
y = f(J<) y = [(X)
D: -)$ :cS 3 /): -2:S:,\'S:;\
54. Derivada de y = J.<l Represente graficamente a derivada
de/(x) = lxl- Depois, faça o gráfico de)'= (J.<I- 0)/(x - O) =
lxl/x. O que você pode concluir?
55. Oerívada de -f Sabendo que uma função Jt.x) é dcrivável
em x = x0, pode-se dizer alguma coisa a respeito da dife·
renciabilidade de -f em x = x 0? Justiflque sua resposta,
snow
156 Cálculo

56. Derivada de múltiplos Sabendo que uma função g(t) é g(.<) e COS(1T.<) + (2/ 3)1cos(9,.r) + l2/3)'cos(~?T.r)
derivávcl em t =- 7, pode·se dizer alguma coisa a respeito da + (2/3)3cos(9'-.r.r) + · · · + (2/3)7cos(971>'x)
diferenciabilidade de 3g em t = 7? justifique sua resposta.
Represente graficamente essa soma. Amplie o gráfico várias-
57. Limite de um quociente Suponha que as funções g(l} e vezes. Essa curva tem muitos bicos e irregularidades? Espedfi·
h(t) sejam definidas para qualquer valor de t e que g(O} = que uma região do gráfico em que a parte visualizada seja lisa.
h(O)= O. O limH 10 g(t))/(/r(1}) pode existir? Se existe. deve
ser igual a zero? justifique sua resposta.
f USANDO O COMPUTADOR
sa. (a) Scjaj(x) uma função que satisfaz lf(x)j sx' para - I sx s
Use um SAC para realizar os passos a seguir com as fun·
l. Mostrequefédcrivávdem x = Oe dcterminef(O).
ções dos exercícios 62-67.
(b) Mostre que
{a) Esboce o gráfico y = j(x) para verificar o comporta·
' 1 x;tO
x·sen-, mento global da função.
f( .>:) .<
{O. x =O (b) Defina a razão incrementai q em um ponto geral x,
é derivável em x = Oe determine/'(0). com incremento genérico h.
59. Faça o gráfico de y = 11(2-J;) em uma janela que conte· (c) Calcule o límite quando Ir -> O. Que fórmula você
n nha o.S. X .S. 2. Em seguida, no mesmo plano cartesiano, obtém?
esboce o gráfico de (d) Substitua o valor x ; ·<o c esboce o gráfico da função y;
/(x) junto com sua reta tangente n-esse ponto.
(e) Atribua vários valores a x, rnaiorc-.s e menores que x0 ,
para h =1; 0,5; 0,1. Agora, tente h =-I; -0,5; -0,1. Expli · na fórmula obtida 110 itern (c). Os s1úmeros têm senti·
que o que está acontecendo. do em relação à sua figura?
60. Faça o gráfico de y = 3x' em um domínio que contenha (f) Represente graficamente a fórmula obtida 110 item (c).
11 - 2 s.x s 2 e Osy < 3. Em seguida, no mesmo plano car· O que da significa quando seus valores são negativos?
tcsiano, esboce o gráfico de E. nulos-? E positivos? Isso é coerente com o gráfico do
(x+lr)' -x' item (a)? Justifique sua resposta.
y- ,,
para Ir= 2; 1; 0,2. Agora tente Ir= - 2; - 1; - 0,2. Explique o 62. /(.<) = .r' + ·'' - .r, x0 = I
que está acontecendo. 63. /(x) • .r'l ' + .rll>, .ro • I
61. Função Gontinua de \Vcierstrass não derivável em 6~. /(X) ; ~. Xo = 2 - /( X ) = .r-
6::0, l I • .\'(1 a - I
IJ qualquer ponto A soma dos primeiros oito termos da x· +I 3x +I
67. /(.r) • x 2 eos.1', .ro- r./ 4
função de Weierstrass /(.<) = L.:"" (2/3)' cos (9"trx) é 66. /(.<) • scn 21<, .<o • 'lr/ 2

Regras de derivação para polinômios, exponenciais,


produtos e quocientes
Esta seção apresenta alg01uas regras que permitetn dcriv·ar uma grande
variedade de funções. Ao provar tais regras aqui, conseg"imos derivar fun·
ções sem ter de aplicar a definição todas as ve-.t:es.

Potências, multiplicações. somas e diferenças


A primeira regra da derivação ê que a derivada de qualquer função cons-
tante é zero.
capítulo 3 ~iva~o 15 7

)'
Regra I Oerivadà de: unta função constante
S<:ftcm o valor constantc.flx) =c, então
df d
-- =--(c)=O
dx dx
-0~--------~.,---~~·--,-+~
h ----+x
EXEJIIPLO I
FIG URA 3.8 A regra (dldx)(c) = O
é outro modo de dizer que os \'olores S<: /tem o "alorconstantcJlx) = 8, então
de funções constantes nunca mudam e df =.!!..(s) =O
que o coeficiente angular de uma reta dx dx
horizontal é zero co11 qualquer ponto. De maneira sirnilar,

.!!..(-::.)=o
dx 2
c df
d,,
=(.J3)=o

PROVA DA RI;G RA I Aplicamos a definição de deriv-ada a Jl.<) = c,


a função cuíos valores são sempre a constante c (Figura 3.8). Para qualquer
valor de x, encontramos
f(x+lt)-j(x) c-e
f'(x) = lim , = lim - - = limO = O
h-O ti h-O 1I Ir-O
A segunda regra diz como derivar x" se n for um número inteiro positivo.

Regra 2 Regra da 1>otcnciação para inteiros JlOSitivos


Se n for um inteiro positivo. então

-d x• =nx""'
d.<

A regra da potenciação é efetivamente válida p.arn todos os números reais


n diferentes de zero. o que provaremos na Seção 3.7 (e, em etapas. para várias
potências ao longo do t<xto). Para aplicar a regra da potenciação, subtraímos
I do expoente original (n) c multiplicamos o resultado por 11.

Companion EXEi\fPI.O 2 Interprctando a Regra 2


Websitc
llio~mti\l hhaónca f
Ricllard Couranl
( 1888-1972) f' I · I : I: I: I
PRIMEIRA PROVA DA RHGRA 2 Podemos verificar a fórmula
zJ• - :t" = (z- x)(z"- 1 + z"- 1 x + · · · + zx"- 2 + ,\"11 - 1)

efetuando a multiplicação do lado direito. Em s:eguida. com base na forma


alternativa da definição da derivada, obtemos
, . /(z) - /(x) . z• - x"
f (,l:) a ~~~ : .\' • !~~\' Z X
=- lim(z"- 1 + zn-2x + ... + Z.\'n-2 + .l'IJ-1)
:-x
158 Cálculo

SEGUNDA l'ROVA DA REGRA 2 Se j(x) = :<!', el\tào j(x + Ir)= (x +


h)". Como 11 é um número inteiro positivo, podemos expandir (x + lt) 11 pelo
teorema binomial, obtendo assim

A terceira regra diz que, quando uma função derivável é multiplicada por
uma constante. sua derivada é multiplicada pela mesma constante.

Regra 3 Regra da mulliplicação por constante


Se ué uma função derivável de .r e c é uma constante, então
d du
-(et<) = c -
dx dx

Em particular, se n é um inteiro positivo. então

.!!... (ex") = CJI.\'" - 1•


dt
EXEMI>LO 3
(a) A fórmula derivada
)'
)'= lxl L
d.r
(3x1) = 3 · 2x = 6x
diz que~ se multiplicarmos cada ordenada por 3 para obter outra
Cocfici~:nte :~nttular
escala no gráfico de y = r, então rnuhiplicaremos o coeficiente an·
guiar em cada ponto por 3 (Figura 3.9).
3 ( U)
V • 3(2x)
a 6.t"
=6(t)=6 (b) Um caso <$pecial útil
A derivada da oposta de uma função derivável r1 é a oposta da de·
rivada da função. A Regra 3 com c = -I fornece
ti d (/ tlu
2 tlx ( - u) = dx (-I · u) = - I · dx (u) = - tlt
Coefick-me ~guiar
•2.f I' ROVA DA REGRA 3
=2(1 )= 2
d . cu(x + h) - cu(x) l)dini,·âo d.: ~tcfiv.,~o. -.:omj(d =,,,(.\')
-d cu= IIm ,
:x ~r-o ''
. u(x + h) - u(x)
a c lun l t'roptic:d,u.kdu luuih:
h-0 I

tlu
FI GU RA 3.9 Osgrãficosdey=x'ey =c-
d<
=3 .-!-.Triplicando a ordenada, lriplica-
se o coeficiente angular (Exemplo 3). A próxima regra diz. que a derivada da soma de duas f.unçõcs deriváveis é
a soma de suas derivadas.
capítulo 3 ~iva~o 159

Representando funções usando u e v Regra 4 l(cgra da dcrivadõl da soma


Quando precisamos de uma fórmula
para derivação) as funções com que tra- Se u e v são funções deriváveis de x, então a soma das duas, u + u.. é
derlvável em qualquer pomo onde ambas seJam deriváveis. Nesses
ba1hamos geralmente são representadas
pontos,
por letras como f e g. Quando aplicamos
a fórntuJa. não quc,·cmos encontrar e~s d du dv
- (u+v) = - + -
letras st ndo usadas de outra maneiro. Parn dx dx tlx
evitar esse problema em regras de deriva·
ção, representamos as funçõc.s com letras
como u c v. que dificilmente terão sido
EX EM!'LO 4 Derivada <k uma soma
usadas antes.
y = x' + 12x
t/y d d
- = - (.r' )+ - ( 12t)
dx dr tlt
= 4.r3 + 12

PROVA DA REGRA 4 Aplicamos a definição de derivada a/(x) =


u(x) + v(x):

,, [ ( )
-rtx .J ) )
+ ""x =
+_:u(:o:.r:._+:.._;.:h),_]_-_l.::""'(x.:...l..:.+....:•:o:
-"l":o:(x:._+.:....::h!....).:_
1•nn- (x:!!))
(t\· h-O h

• lun
. ["(x + h), - 11(.r)
+
u(x +h) -
,
v(.<)]
lt - 0 ,, 11

. 11(x + h ) - u(x) • u(x + li) - v(xl {/11 dv


• lun
h-O h + h-O
hm
l1
- + -(l~
= (b:

Combinando a regra da soma com a regra da multipHcação por constante,


obtemos a regra da diferença, que diz que a derivada de uma diferença de
funções deriváveis é igual à diferença de suas derivadas.

d ( ) ti ( t/u ) dv du dv
tlt 11 - v = dt[11 + -l)v) =ti<+ (-I dx = dx- tlt
A regra da soma também se aplíca a somas com mais de duas funções. desde
que haja apeno.s um número finito de funções finitas na soma. Se u1, ll!> ···• u,1
são deriváveis em x, então u1 + u2 + ··· + u, também será e
ti du 1 du, du,
- (u, + 112
dr
+ .. · + u ) =-
N clr
+ -dx + +tl<-

F.XF.MPtO 5 Derivada <lc um polinõmi()

v = x} + ,!
• 3
.x 2 - 5x + I

tly = A., ,+ .!L


d.r d:t <lx 3
(ix•)- A..(sx) +.!L<lx u )

• 3.f1 + ! · 2x - S + O

... Jx•> + 83.t - 5

Observe que podemos derivar qualquer polinômio termo a termo, assim


como fizemos com os polinômios do Exemplo S. Todos os polinômios são
deriváveis em qualquer ponto.
160 Cálculo

PROVA DA REGRA d:• soma p:.ra somas com mais de duas fun·
çõc$ Provamos a fórmula
d du1 du2 du~~
-ti\' (ua
· + 112 + ·· · + u'") • -tlY + -llr + "· · + -dx
por indução matemática (veja o Apêndice A.l). A fórmula é verdadeira para"=
2, como acabamos de provar. Este é o Passo I da prova de indução.
O Passo 2 é provar que, se a fónnula é verdadeiro paro qualquer número intei·
ro positivo" = k. onde k ~ tJ0 -=- 2, então ela também é verdadeiro para tr = k + I.
Assim, suponha que
d du 1 tltlz.
dr (11, + 112 + +11•)= - + - + ( 1)
<L< d.<
Logo
d
dt (u1 + u2 + · · · + UJ: + ~,)
<1l:tull:" ru~:Jo i.k finidl~ Chame C~l
pnr c:-.\3 'M.~ma de 11. (ulli,:Jo de v.

d dlllt+ l
= <Lr (11, + 112 + · · · + "') + ~

=<lu,
- +<lu2
<Lr
-
d.<
+ ... +<lttt
dr
- +dut+l
- -
<Lr
Com esses passos verificados, o principio da indução matemática garante
agora a regra da soma para qualquer inteiro n ~ 2.

EXHMI'LO 6 Ddermina1'1ÜO tangentes horizont"is

A curva y; x.. - 2x-2' + 2 tem alguma tangente horizontal? Se tem, onde


este\?
SOLUÇÃO Se houver tangentes horizontais, elas estarão onde o
coeficiente angular. dyldx for zero. Temos
dy d
- = -(.\.4- 2•·2 + 2) = 4x 3 - 4x
dx <L<

Agora, resolva a cquaç;io dy =O para x:


dx
4x3 - 4x • O
4x(.<2 - I)= O
(-1. I) ( I. I ) ,"( = o, 1, - I

_ _JL--,:+--_J----> ·' A curva y = x,.- ~ + 2 tem tangentes horizontais t:m x =O. 1 e -I . Os


_, o
pontos correspondentes na curva são (0, 2), ( I, I) e (- 1, 1). Veja a Figura
3.10.
FIGURA 3. 10 A curva y = x'
- 2x' + 2 e suas tangentes horizon-
tais (Exemplo 6).
Derivadas de funções exponenciais
Abordamos as funções exponenciais na Seção l.S. Quando aplicamos a
definição de derivada a /(x) = t'r', vemos que a derivada é um múltiplo cons·
tante do próprio d':
snow
capítulo 3 ~íva~o 161

J'
e~ • 3 u • t u•2.S

u"- I
y • - . - .(1>0

= ax·lim - - -
a 11 - I

---~+-------+h
•-o Ir
u' ê con,l.:lllht
QI.I:J.IXIo lt - 0.
Q
• ( lim a• - 1) ·a" (2)
11- · 0 lt
FIGURA 3. 11 Aposiçàodacut\'ll
y = (n' - I )/11, a >O, varia continua· um nünll:tn lixe> /.
mente com a.
E a primeí.rn vez que deparamos com o limite L. Observe, porém, que ele é
igual à derivada de j(x) = n" em x = 0:
h- o a•-, I
/'(0) • lim " a • lim a L
11-0 h h-O tl

O limite L é, portanto, o coeficiente angular da -curva de j(x) =a" no ponto


em que ela intercepta o eixo y. No Capítulo 7, em que explanaremos detalha·
damente as funções exponenciais e logarítmicas, provaremos que o limite L
existe e tem o valor In n. Por ora. investigaremos valores de L fazendo o gráfico
de y =(a''- 1)/h c observando seu comportamento quando h tende aO.
A Figura 3.11 mostra os gráficos de y =(a'- 1)/h para quatro valores de a.
O limite L é aproximadamente 0,69 se a = 2, cerca de 0,92 se a = 2,5 c cerca de
1,1 se a = 3. Parece que o valor de L é I para algum valor de a escolhido entre
2,5 e 3. Esse valor é dado por 11 =e"' 2,718281828. Com essa escolha de base,
obtemos a função exponencial naturalj(x) =e', conforme abordado na Seção
1.5, c vemos que ela satisfaz a propriedade
e•- I
f'(O) = lim - - = I (3)
11-0 "
Como o limite é I, cria·sc uma relação notávcl~ntrc a função exponencial
natural e' e sua derivada:

i!..(e"') = lim
(/X 1•-0
(e• - ft
1
) ·e'

= l· e-'=e'

D~ssa maneira. a função exponencial natural é sua própria derivada.

Dcri\·ada da função exponencial natural


d
- (e' )=e'
dx

EXE.M 1)1.0 7 Determinando uma tangente


Determine uma equação para uma reta que- seja tangente ao gráfico de
)'=~e passe pela origem.
SOI.UÇÃO Como a reta passa pela origem. sua equação tem a forma
y = m.'<, onde m é o coeficiente angular. Se é t·angcnte ao gráfico no ponto
162 Cálculo

(a. <1'), o coeficiente angular é m =(<I' - 0)/(a - O). O co~ficiente angular da


exponencial natural em x-= a é t'. Como esses coeficientes angulares são
iguais. então temos que <I'= I!'la. Segue que a c I em = e, logo, a equação
da tangente é y = ex. VeJa a Figura 3.t2.

Podemos questionar se. além da função exponencial, nalural. há outras


funções que sejam suas próprias derivadas. A resposta é qlle as únicas funções
que satisf.11.em a condição J'(x) = j(x) são aquelas que são múltiplas cons-
tantes da função exponencial natural/(.<) =c · e', sendo c qualquer constante.
Provaremos esse fato no Capítulo 9. Observe, com base na regra da multipli-
cação por constante, que. na verdade.

-tlt
d (c·e') e c · tlt
-" (e"'I - c ·e-'
I'IGURA3.12 Aretaque
passa pela origem é tangen-
te ao gráfico de y ;;- e '( quan~ Produtos e quocientes
do a = I (Exemplo 7).
Embora a derivada da soma de duas funções seja a soma de suas derivadas.
a derivada do produto de duas funções mio é o produto de suas derivadas. Por
exemplo.
d d'
- (x)· - (.r) • 1·1 • I
tlt tl<
A derivada de um produto de duas funções é a soma de dois produtos,
corno explicaremos a seguir.

Regra 5 Regra da derivado do produto


Se u e v são deriváveis em x, então o produto uv tambêm é, e
d dv ilu
;z;(uv) = "d; + v;z;

A derivada do produto uv é u multiplicado pela derh..da de v somado a


v multiplicado pela derivada deu. Em notação «linlm"'. (rtv)' = uv' + vu'. Em
notação de função,

:/x [j(x)g (x)] = f(.t)g'(.r) + g(.t)/' (x)

EXEMPLO 8 Usondo a regra do produto


Encontre a derivada de

SOLUÇAO Aplicamos a regra do produto com "c 1/x e v c .r' + e':

:, [:Hx' + e')] = ~ {2< + • ') + (x' + <>')(- :,)


snow
capítulo 3 ~iva~o 163

PROVA DA REGRA DO PRODUTO


d (
-,- rw
)
= hm
. u(x + h)v(x +, "l - u(x)v(x)
1
<,r 11-0 ''
llnsl~ndo a reg~ do rrodulo
Se u(x) c v(x) são positivas c aumentam Para cransformar essa fração em uma equivalente que contenha razões in~
quando x aumenta e se h > O, cremcntais para as derivadas de u e v, subtraímos e adicionamos u(x + IJ)v(x)
ao numerador:
tJ(.x + "t
- --u(x)â~----- ~ÃJ
av d ( ) r ll(.r + h)v(.r + h ) - ll(.r + il)v(.t) + ll(.r + h)v(.t) - ll(.r)v(.r)
-------------~--~
I I dX IIV =I~ h
v(.t) I I
I I
,,(.t)LI(x) fC.t) â4( _r
-,~ux+t
[( I ) v(.r + kl- v(.r )
h
.J
+v\X
>"(x + h) -
h
utrJ]
I I
I I
• , • v(.r + h) - . u(x + h) -
o I Au \ = IJnl h\.'(
h .....O
+ h) •11-0
1llll
,,
I
v(x)
+ 11(.'() • h-O
1101 I
11
u(x)
fl(,t) , ,t' + h)
então a áre-a total sombreada na figura é À medida que h tende a zero, 11(x +h) aproxima-se de u(x) porque u, sendo
u(x +fl)v(x + ft) - u(x)v(x) dcrivável em x, é contínua em x. As duas frações aproxinmm·se dos \lõ\lores de
= u(x + ft) Av+ v(.<+ ft) dv/dx em x c du/dx em x. Resumindo,
óu- !lu .óv.
-d (
uv) = u -tlv + vdu -
Divid i ndo ~se os dois lados da equação por dx dr cl\·
Ir, temos t\to próximo exemplo, temos somente valores numéricos para trabalhar.
11~1' + h)l!(.r + h) - u(.r)v(.r)

=
"
•~x + h)~~· + v(x + h)~;' EXF.~f PLO 9 Derivada a partir de valorc.s nut'néricos

Av Seja y =uu o produto das funçÕ<'s 11 e v. Determine y'(2) se


- Au --
11 11(2) = 3, u'(2) = - 4, v(2) =I e v'(2) = 2
Quando" -+ o·) SO!.UÇAO A partir da regra do produto, na forma
â.v tlv y' = (uv) · = uv' + vu "
Au· - --+0· - =O
lt tl't
temos
obtendo y '(2) = u(2)v • (2) + v(2)u '(2)
d
-(utl) = u - + v -
dv du = (3)(2) +(I)(- 4) = 6-4 = 2.
<b: dr d,·

EXf.MI)LO JO Derivando um produto de duas mancin1s


Determine a derivada de y = (x' + l)(x' + 3).
SOI.UÇAO
(a) A partir da regra do produto, com u =.-.?- + I e v=x' + 3, detenninamos

,fr [ {x 2 + I }(x 3 + 3}J = (x 2 + I)(3.• 2) + (x 3 + 3)(2x)


= + 3x 2 + 2r 4 + 6x
3x 4
4
= 5x + 3x 2 + 6x
(b) Tambem podemos derivar esse produto em particular fatendo a
multiplicação na expressão original de y e derivando o po1in6mio
resultante:
y = (.r 2 + I)(.r 3 + 3) e x' + _,..• + 3x 2 + 3
tlly = 5x 4 + 3x 2 + 6x .
(, .\'

Isso cst:l de acordo com nosso primeiro c;l](ulo.


snow
164 Cálculo

Assim como a derivada do produto de duas funções deriváveis não é o pro~


duto de suas derivadas, a derivada do quociente de duas funções não é o quo·
ciente de suas derivadas. Em vez disso. o que acontece é a regra do quociente.

Regra 6 Regra da deri"·ada <lo quociente


Se u e u são deriváveis em x e se v(x) ~ 01 então o quociente u/v é deri-
vávelemxe

Em notação de função:
.!!...
dx g(x)
(!t<)] = g(x)j'(x) - f(x)g'(:<)
g2(x)

EXEMPLO 11 Usando a regra do quociente


Encontre a derivada c.lc
12 - I
(a) y = - 2 - (b) y ;e"'
I + I
SOI.UÇÃO
(a) Aplkamos a regra do quociente com 11 ; r- 1 e v = t' + I:
dy (t 2 + 1) · 2t-(t2 -1)·21
dt = (t 2 + I )2

21-' + 21 - 2t 3 + 21
( 12 + 1)2

PROVA DA REGRA DO QUOCIENTE


u(x +h) _ u(x)

-d (") . ~v-"(.,_·+_h_,_)_..cv.:c(x"-)
- = hm-
dr v 11-0 h
v(x)u(.< + h) - u(x}v(.~
. ....:....:....-'-:~...:....-.,.,_:..,:...,.;
= hm _+_h)
.:..
•-o llv(x + ll)u(x)
Para transformar a última fração em uma equivalente que contenha ara-
zão incrementai para as derivadas deu c v, subtraímos e adicionamos v(x)u(x)
ao numerador. 'lêmos então
(/ (li) ••-O
--
d< "
. .:. v("-'x-"')t
hm = 2 _+....:1:..:•)_-----=.vo:.(x+)'c.;'(::;xlc.,+___,.;u,-"(.\'f)'i-
t(,\.:..·
ltv(.< + lt)v(x)
u("-'x"-)_-_'....:'(:ex):.:v.:::(·':...·_+....:/::..')

u(.r + h) - 11(x) ( ) v(x + ft) - v(.<)


( )
v.r I - u.r I
=Hm ' z
h-O u(x + lt)v(x)
Ao ~Jcular o limite no numerador e no denorninado.r. temos a regra do
quociente.
snow
capitulo 3 Derivaç~o 165

Potências inteiras negativas de x


A regra da potenciação para inteiros negativos <é a mesma que vale para os
inteiros positivo..:;.

Regta 7 Regra da potcnchtçâo para inteiros ne-gativos

Se n é um inteiro negativo e .r. ;t 0, então


~(x") =nx"-J
dx

PROVA DA REGRA 7 Demonstração usa a regra do quociente. Se 11 é


um inteiro negativo, então 11 = - m, onde m é um inteiro positivo. Portanto, X1
=x-m= 1/x" e

d ( ")
tlr x = d (I )
tl"< x m


( (Imo m "'> fJ. ti·· ( \""'l • 11n-•
I
1
"
Jáquc - nt = 11

A escolha de qual regra usar para resolver um problema de derivação vai


determinar quanto trabalho essa resolução exigirá. Eis um exemplo.

EXEMPLO 13 Es<olh<ndo a rogra


t;;m vez de usar a regra do quociente para encontrar a de.rivada de
(x -l)(x' - 2x)
y-
x'
desenvolva o numerador e divida por x..:
(x - l)(x' - 2x) x,-3x! +2x
y=
x·' x•
Use então as regras da soma c da potenciaç-ão:
dly = - x- 2 - 3(-2}<- J + 2( - 3)x-•
H

1 6 6
=--
x2
+-
.\' l
--
x -1
166 Cálculo

Derivadas de segunda ordem e de ordem superior


Se y =j(.<) é uma função derivávcl, então sua dcrivadaf'(x) também é uma
função. Se f' também for derivávcl, então poderemos derivarf' a fim de obter
uma nova função de X denotada porf". Logo, f" = (/')'.A função f" é chamada
segunda derivada de f porque é a derivada da primeira derivada. Em termos
de notação,

dx
y ("y)
2
f" (x) = -d 2 = -d -; = -
dx d,,
c/y'
dx
· = y • = 0 2(/)(x ) = 0 .,2 f (x)

O símbolo D' significa que a operação de derivação é realizada duas veus.


Se y = Jf, então y' = 6xs e temos

YN = -dy' = -d ( 6.rs ) = 30x"'


dx tlt

Logo D'(x") = 30x' .


Como ler os símbolos de derivadas Se y" for derivável, sua derivada, y"' = dy''ldx= d'ytdx' será a terceira derl·
y' ·y linha.. vada de y em relação a x. Como se pode imaginar. os nomes continuam com
y" «y duas linhas" (n)
d d "y
= - y <" - 1) = _ = D")•
d' y Y d,\' tl'("
dx' "d dois y dx dois"
representando a cnésima derivada de y em relação a x, para qualquer número
y"' "y três linhas" inteiro positivo tJ.
I"' •·yu'* ou ..a derivada enésima de y" Podel'nos interpretar a segunda derivada corno a taxa de variação do coefi ·
d' y ciente angular da tangente de uma curva y = j(x) em cada ponto. No próximo
..dnydxn" capítulo, veremos que a segunda derivada revela se uma curva tem concavi·
dx:
D" ..o,.. dade para cima ou para balxo a partir da tangente conforme nos afastamos do
ponto de tangência. Na próxima seção, explicaremos a segunda e a terceira
derivadas em termos do movimento ao longo de uma reto.~

EXEMPLO 14 Determinando dcri\'adas itupcriol·cs


As primeiros quatro derivadas de y =x ' - 3." + 2 são
Primeiro derívada.: y' = 3x' -6x
Segunda derivada: y"= 6x-6
Terceira derivada: y'" =6
Quarta derivada: l'' =o
A função apre.senta derivadas de todas as ordens, sendo a quarta deri·
vada c~$ $ubs:cqlicntcs: todas: iguais a ~cro.

Exercícios 3.2
7. "' = 3:-2 - :} H. s = - 2t- 1 + ~
I
Cálculos de derivadas
9. y • 6.t 2 - lU\'- 5x- 2 10. y = 4 - 2\' - _
,.-J
Nos exercícios 1- 12, encontre a primeira e a segunda 12 4 I
1
derivadas. 11. r =-Js1
- - l.
2s
12. f = - - - + -
0 o' o•
I. )' = - :c1 +3 2. )' = Xl+X+8 Nos exercícios 13- 16, determine y' (a) aplicando a regra
J. s ;:; 5/l - 31 5 -1. w = 3: - 7r 3 + 21r 2
1
do produto e (b) multiplicando os fatores pa.rn produzir uma
5.y • 4:!')- .\'+ 2e1
\'} \'2 \' soma de termos mais simples para derivar.
o
6• )' - .3 + 2 +~
capitulo 3 D<!rivaç~o 167

13. )' = (3 - x 2)(.rJ - x + I ) 1~. y c (.r - I )(.r' + x + I) (b) Menor coefic.iente angular Qual é o menor coefi·
ciente angular des...;a curva? Em qual ponto ela apre-
2
15. y = (.t + I)(• + 5 + }) 16. y = (• +})(• - } + I) senta tal coeficiente angular?
Determine as derivadas das funções encontradas nos exer- (c) TaogcntescomC<><:ficicntcangularcspecilicado En·
cícios 17-28.
contre equações para as tangentes à cmva nos pontos
17 ' - lt + 5 18. z = 2x + I em que o coeficiente angular da curva seja 8.
· > - 3x-2 .\'2- I

19. g (.r) = .\' + 0,5


x2 - 4
20. /(1) =
t'+ -I -I 42. (a} Tangentes horitonlais Encontre equações para as
12 2 aangemes horizonlais à curva y = x'- 3x- 2. 'làmbém
21. " = 11 - ,>o +''r ' 22. u· = (2.t - 7)- 1(.< + 5) encontre equações para as. retas que são perpendicu·
2-' . - .tz + 3e... lares a essas tangentes nos pontos de tangência.
· ) - 2ex -:r
(b) Menor coeficiente angular Qual é o menor cocfi·
25. li =- .:..1...:+...:·::..'':;'
X
- _4.:..\.:..r.,_
x
26. r = 2(~ + w) cientt angular dessa curva? Em qual ponto ela apre-
27. y = .r 3e" 28. w = re-,- senta tal coeficiente angular? Encontre uma equação
para a rela que é perpendicular à tangente da cm\'l!
Nos exercícios 29 e 30, encontre a derivada de todas as or·
nesse ponto.
dens das funções.
x' 3 43. Encontre as tangentes para a serpeuti11a de Newton (repre-
29. )'= 2 - 2,\'2 - .r .lO. )'= Tiõ ·'' sentada a seguir) na origem c no ponto (1, 2).
Nos exercícios 31 - 38, determine a primeira e a segunda )'
derivadas.
.t J +7 ,:. + St - I
:\1 . y = - .,-. - 32. s = ,.•
(0 - 1)(0 1 +O+ I) (.<' + .r)(.T2 - .T + I )
JJ. r= o' 3-1. 11 =
X
4

35. w e 3z 1e: 36. "' = e'(z - I )(z 2 + I)

37. ,, =("'I; 3 )(q'q~ 1) 38. " =


,,, + J
----,!,---=---.
( q - 1)1 + (q + I J' 44. Encontre a tangente para a bruxa de Aguesi (representada
a seguir) no ponto (2, 1).

Usando valores numéricos >'


,.• _ s_
. .(l + 4
39. Suponha que u eu sejam funções de x deriváveis ern x = O
e que
u(O) = 5, v(0) =- 1, u'(O) =2
u'(O) =- 3,
Encontre os valores das deri\'adas a seguir em x = O.
d (uv)
(n) -
<lt•
(h) d (")
11ilX (t) .!!...
clr
(.!()
11
d
( f I) - (7v - 2u)
<i<
45. Tangente quadrática à função identidade A curva y =
axl + bx +c passa pelo ponto (I, 2), tangenciandoa retay ~
x na origem. Encontre a, b e c.
•lO. Suponha que u e v sejam funções deriváveis de xeque
u(l) = 2, u'(l) =o, u(l) = s. v'(l) c -I 46. Quadráticas com uma tangente em comum Ascurvas
y ;;: xl + ct.X + b e y :::: ex - xl têm uma tangente ern comum
Encontre os valores das derivadas a seguir em x = 1.
no ponto (I, O). Encontre a, b e c.
1
(a) ' (uu )
t 1\'
(b) .!!...
áx v
(!!.) (<) .!!...
tlt: ''
(.!() (d) 1,(7• - 2u)
u.
47. (a) Encontre uma equação para a rcla que e tangente à
curva y = x'- .<no ponto (-1, O).
(b) Faça os gráficos da curva c da tangente )unlos. A
Coeficientes angulares e tangentes
11 langente intercepta a curva em oulro ponto. Use os
41. (a) Normal à curva Encontre uma equação para a comandos "Zoom" e ..Trace'' para estimar as coorde-
reta perpendicular à tangente à curva y =-~ - 4x + 1 nadas desse ponto.
no ponao (2, I).
168 Cálculo

(c) Confirme suas estimativas das coordenadas do scgun· 53. Generali7.ando a regra do produ lo A regra do produto
n do ponto de interseção resolvendo as equações da cur- fornece a fórmula
va e da tangente simultaneamente (tecla ~Solver") .
48. (a) Encontre uma equação para a reta que é tangente à para a derivada do produto 1W de duas funções deriváveis
curva y = x' - ()xZ + Sx nu origem. dex.
(b) Faça os gráficos da curva c da tangente juntos. A (a) Qual é a fórmula análoga para a derivada do produto
D tangente intercepta a curva em outro ponto. Use os uvw de I rés funções deriváveis de x?
comandos "Zooml!l c ''Trace" para estimar as coorde·
(b) Qual é a fórmula para a dcrivnda do produto"'"' "' "'
nadas desse ponto.
de quntro funções deriváveis de x?'
(c) Confirme suas estimativas das coordenadas do segun·
n do ponto de interseção resolvendo as equações da cur-
(c) Qual é a fórmula para a deri\'<ldad.o produto u1u2u l · · ·
unde um número finito n de funções deriváveis de x?
va c da tangente simullancamente (tecla "Solver").
54. Potências racionais

Teoria e exemplos (a) Determine .!!..(x"') escrevendo x'" como x · x"' e


dx
49. O polinômio geral de grau11 tem a seguinte forma usando a regra do produto. Dê a resposta como um
número racional multiplicado po.r uma potência ra·
P(:<) = + a~- 1 :r"- 1 + · · · +
""·Xn a;:.'i2 + OJX + Oô
cional de x. Trabalhe nos itens (b) c (<) com um mé-
onde a• ., O. Determine P'(x).
todo semelhante.
50. A reação do organismo a um mcdjcamcnto A resposta
do corpo a uma dose de um medicamento às vezes é re· (b) Oetermíne .!!..(xSt' )
dx
presentada por uma equação na forma
(c) Detcrmíne .!!..(x"')
I/ • M
2
(í- ~) dx
(d) Quais padrões você observa em suas respostas nos
onde C é uma constante positiva c J\1 a quantidade de me·
ítens (a), (b) e (c)? As potêncías racíonaís serão estu-
dicamento absorvida pelo sangue. Se a resposta esperada
for uma variação na pressão sangUínea, então R deverá ser dadas na Seção 3.6.
medido em milímetros de mercúrio; se a resposta for uma 55. Pressão no cilindro Se um gás (real) for mantido em um
variação de temperatura, R será medído em graus centí- cilindro a uma temperatura constante 'J', a pressão P estará
grados e assim por diante. relacionada com o volume V de acordo com uma fórmula
Determine dRtdM. Essa derívada, em função de M, é cha- na forma
mada sensibilidade do corpo ao medicamento. Na Seção p = ttRT _ tu/·
4.5, veremos como determinar a dose de medicamento à v- 11h v'
qual o organismo é mais scnsivcl. em que n, b," e R são constantes. Dete.rminedl'/dV. (Veja
li L Suponha qtiC, na l'egra do rrodlltt:\, ... ftmç{io tJ l('nh(l um
a figura a seguir.)
valor constante c. O que diz então a regra do produto? O
que se conclui a partir disso sobre a regra da multiplicação
por constante?
52. Regra da recíproca
(a) A regra da recíproca diz que, em qualquer ponto onde
a função u(x) seja derivável e diferente de 7.Cro,
ti
d;
(I) =- .}tlr
Ü
I dv

Mostre que a regra da recíproca é um caso especial da


regra do quociente. 56. A quantídode ídcal de pedidos Uma das fórmulas para o
(b) Mostre que a regra da recíproca. juntamente com a gerenciamento de estoque diz que o custo médio semanal de
regra do produto, forma a regra do quociente. pedidos, pagamentos e arma1.enamentc> de mercadorias é
snow
capitulo 3 ~ivaç~o 169

km luJ da freqüência com que se faz o pedido), c é o custo de c:ada item


A(q) = T + em + T (constante), m é a quantidade de itens vendidos por semana
onde q é a quantidade (de sapatos, rádios, vassouras ou qualquer (constante) e h é o custo semanal para manter cada item arma-
outro ittm) pedida quando os estoques estão em baixa, k é o custo 7.cmado (constame que Incorpora aspeclos como espaço. utilida-
para se fazer um pedido (sempre o mesmo; independentemente de, seguro e segurança). Determine dA!dq c d'Aldq1.

A derivada como taxa de variação


Na Seção 2.1, estudamos inicialmente as taxas de variação média e ins-
tantânea. Nesta seção. continuaremos a estudar a.s aplicações das derivadas
na modelagem da taxa das mudanças no mundo ao nosso redor. Revisare·
mos o estudo do movimento ao longo de uma reta e examinaremos outras
aplicações.
!:. natural pensar em variação como mudança em relação ao tempo, mas
outras variáveis podem ser tratadas da mesma maneira. Por exemplo, um
médico pode querer saber como a mudança na d osagem influi na resposta
do corpo a uma droga. Um economista pode querer estudar como o custo da
produção de aço varia de acordo com o número de toneladas produzido.

Taxas de variação instantâneas


Se interpretarmos a raz.io incrementai (/(x + I•)- j(x))!lr como a taxa de
variação média de/ no intervalo de xax+ h, poderemos interpretar seu limite
quando /1 -> Ocomo a taxa com que f varia no ponto x.

Definição Taxa de v~triação instantânea


A taxa de variação instantânea de f em relação a x em X. é a derivada
. f(xo + Ir) - /(xo)
f' (xo) = hhm
- O 1I
desde que o Jirnite exista.

Logo. ta:~as instantâneas são limites de taxas médias.


Convencionou-se usar o adjetivo iustmltâneo mesmo quando o x não re~
presenta o tempo. Entretanto, o adjetivo é freqüentemente omitido. Quando
dizemos taxa de variação, quel'el'llOS dizer taxa de variação iu.stautduen.

F.XEM PI.O 1 Corno a área de um drc:ulo varia com o diãmcti'O


A área A de um cí.rculo este\ rclacionada com seu diâmetro pela equação
A = "'D2
4
A que taxa a área muda em relação ao diâmetro. quando o diâmetro é igual
a 10m?
SOLUÇÃO A ta.xa de variação da área em relação ao diâmetro é
!!!!.
t!D
= '!!.. •2D = '!!..f2.
4 2
Quando D =10m, a área varia a uma taxa de (rr/2)10 = Srr m' im.
170 Cálculo

Posi\"fló no im:Ltlnte t . . . c no inst ~mte t + ll.t Movimento ao longo de uma reta: deslocamento,
1-- -a•
-1
--~~---+----~~--- velocidade, módulo da velocidade, aceleração e
s=j(r) s +As = f(r + M ·
sobreaceleração
FIGURA 3. 13 Posições de um corpo que
Suponha que um objeto se desloque ao longo de um ei:xocoordcnado (di-
se desloca ao lorlgo de um eixo coordena-
gamos o eixos) e que conheçamos sua posiçiio em funçiio do tempo t:
do no instante te logo após em t + l!.t.
s = j{t)
O deslocamento do objeto no intervalo de I a 1 + l!.t (Figura 3.13) é
'
l!.s =j{t + 1!.1) - j{t)
800
e sua velo.cidade média nesse intervalo é
700 L "tcl deslocamento !!..< f(t+M)- f(t)
600 V I~ - -
tempo de trajeto l!.t l!.t
~ 500
m
OcOtnc:i.:m.: ruttnbr
dlSC\.~~~
Parn encontrar a velocidade do corpo no exato instante t, calculamos o li·
i•!! ·100
,-.:kl.!i<bdc ~
mitc da velocidade média no intervalo I a t + ôt com D.t tendendo a zero. Esse
g 300 limite é a derivada def em relação a t.
200

100 Definição Velocidade


Velocidade (velocidade instantânea) é a derivada da posição em re-
o ~~~~~~~~~~
3 4 5 6 7 g laçiio ao tempo. Se a posiçiio de um corpo no instante t és = j{t), então
Tempo dlx<mido (s)
sua velocidade no instante t é
FIGURA 3.14 Gráfico de tempo e distân- ds . / (r + l!.t) - j (r)
u(t) = -d = hm •
cia para o Exemplo 2. O coeficiente anguhu f 6.1-0 uf
da tangente em Pé a velocidade instantânea
emt = 2s.
s EXEMPLO 2 Determinando a velocidade de um carro de corrida
s. f(t) A Figura 3.14 mostra o grafico de tempo e distância para um car-
ro de corrida Rilcy & Scott Mk 111-0lds WSC ano L9%. O coeficiente
~ >0 angular da secante PQ é a velocidade média para o intervalo de três
4/t
segundos de t = 2 s a t = 5 s, que. nesse caso, ede aproximadamente 100
pés/s ou 68 mi/h.
o O coeficiente angular da tangente em Pé a leitura do velocímetro em
s :~~unc,nt ;ando; cocficknte l = 2 s, apro:dmadamente 57 pés/sou 39 mi/h. A aceleração no intervalo
(l.n~~ltat positivo. pOrl~nt o o
apresentado é quase uma constante com 28,5 pésis' durante cada seg\10-
1'1)()\'lmcntu é paro :t ftctltc.
do, que está em torno de 0,89 g, onde g é a aceleração da gravidade. A
veloddade máxima do carro é estimada ern l90 mifh. (Foute: Road mrd
'l"mck, mar. 19")7.)
:J • f(t)

,,,<!f <:o Além de informar o ritmo com que um objeto se dc-.sloca) a velocidade
mostra o sentido do movimento. Quando o objeto se desloca para a freute (s
aumenta), a velocidade é positiva~ quando o corpo vai pa.ra trás (s diminui),
o ela é negativa (Figuro 3.15).
·'diminuindo: c<lo.'fteil'fiU~
anguJar n~-gath·o.. ponnmo o Se formos à casa de um amigo de carro e de Já voltarmos a 30 mi/h, o
nli,Wi.rnen(Oé pv.& trás.
velocímetro marcará 30 no caminho de ida, mas não -30 no caminho de
FiGURA 3. 15 l)arn o movi· volta. mesmo que a distância em relação à casa esteja diminuindo. O veJoci·
mento s = /(I) ao longo de uma metro sempre mostra o módulo da velocidade, o valor absoluto da velocidade.
reta, v= ds/dl é positivo <.Jutmdo O módulo da velocidade mede a taxa de progresso. inde-pendentemente do
s aumenta e negativo quando s sentido.
diminui.
capitulo 3 ~ivaç~o 171

Definição Módulo da velocidade


Módulo da velocidade é o valor absoluto da velocidade.

Módulo da velocidade = iv<t»= ~~

EXI)M I'tO 3 ~ lovimento hori~ontal

A Figura 3.16 mostra a velocidade v= j'(t) de lima partícula que se desloca


crn um eixo coordenado. A partícula vni para a frente nos primeiros 3 s, para
trás nos 2 s seguintes, pára por um segundo c vai de novo para a Crente. Ela
atinge a velocidade máxima no instante t = 4, enquanto se desloca parn trás.

\'M I'AMAAU:I.~'TI
•f I'.UV. A
I HtlU."Tii
(li >0) t (JI, S<)\'()
11 • /'(1) ~ (ti >0)
Vdodd~ ~locicl:tde Velocidade' tVdocidOOc
;IUOK'tlt:l_,. COilSC:\flt~-diminui" ~+-3UIIl~'f'lttl.-+!
1(tl • OOIISl) I I
I

1 Fk3 :
~-par:ld'l~
(,, . 0) r

FIGURA 3.16 Gráfico da velocidade para o Exemplo 3.


A taxa com que a velocidade de um corpo varia é a aceleração do corpo. A
aceleração mede quanto o corpo ganha ou perde velocidade.
Uma mudança repentina na aceleração é challlada sobrtaccleraçào. Uma
viagem de carro ou de ônibus pode se tornar desagradável quando há muita
Companion sobreaceleraçAo. Isso não significa que as aceleraçoes envoiVldas seJam neces·
Website sariamentc grandes, mas que as variações na aceleração são abruptas.
n.og_l'áli<l hi.stórica

Betnatd 8ol1.;ano Definições J\(clcrdçâo, sobrea(clcração


(178t · l848) Aceleração é a derivada da velocidade em relação ao tempo. Se a po·
siçào de um corpo no instante 1 é s = j(t), então sua aceleração no
in.stante t é
a(t) = !!.!!.. = d1s
dt tft2
Sobreacderação é a derivada da aceleração em relação ao tempo:
3
j '( l ) : .ela
-.ac/ -
s
dt c/1'1
172 Cálculo

Próximo à superfície da Terra. todos os corpos caem com a mesma ace·


leração constante. Os experimentos de GaJilcu sobre queda livre (Exemplo Lj
Seção 2.1) levaram à equação
s = tgt 2

onde s é a disli!ncia e g é a aceleração da gravidade da Terra. Essa equação é


válida para o vácuo, onde não há resislência do ar, e rcproduzcom grande apro·
ximaçào a queda de objetos densos e pesados como rochas ou ferramentas de
aço. nos primeiros segundos de queda, antes de a resistência do ar corneçar a
relardá-los.
O valor de g na equação s = ( 112)gf depende das unidades usadas para me·
dir 1 c s. Com tem segundos (a unidade usual), o valor de g determinado pela
mcnsuração ao nível do mar é de aproximadmncntc 32 pésfi (pés por segundo
ao quadrado) em unidades do siSicma anglo-saxão, e g = 9.,8 mls' (melros por
segundo ao quadrado) em unidades métricas. (Essas constantes gravitacionais
dependem da distância ao centro de massa da Terra. sendo ligeiramente meno·
res no topo do Mon1e Everes1, por exemplo.)
A sobrcacdcração da aceleração cons1an1c da gravidade (g = 9,8 m/s2) é zero:

j = !!.(g) =
dr
o
Um objeto não exibe sobre aceleração em queda livre.
LXEM PLO 4 Determinando um n'lodelo para queda livre
A Figura 3.17 mostra a queda livre de uma bola pesada partindo do
repouso no instante t =- Os.
1 (segundos)
(a) Quantos melros a bola cai nos primeiros 2 s?
s(mctros)
1=0
I • I
•.....
' '
o
5
(b) Quais são sua velocidade, o módulo de sua velocidade e sua accle·
ração nesse instante?
SOLUÇÃO
lO
(a) A equação métrica da queda livre és:::: 4.9f. Durante os dois pri·
15
1=2
..
'.... 20
meiros segundos) a bola cai
s(2) =4,9(2)2 = 19,6 m
25
(b) Em qualquer inslanle 1, a velocidade é a derivnda da posição:
30
35 u(l) = s'(l) = !!.. (4,9t:') = 9.81
dt
40 Em 1 = 2 s, a velocidade é
1=3 ....
' 45 u{2) = 19,6 m/s
para baixo (s aumenta). O módulo da velocidade em t :::: 2 é
FIGURA 3.17 Uma cs· Módulo da velocidade = 111{2)1 = 19,6 rn/s
fera de aço caindo a pari ir Em qualquer instanle t, a ncelcraçáo é
do repouso (Exemplo 4). n(l) =u'(l) =s"(l) =9,8 m/s2
Em 1 = 2, a aceleração é 9,8 mls' .

EXEMPLO 5 Determinando um modelo P"ra Jnovimcnto vertical


Uma carga de dinamite Jança uma pedra pesada para cima com uma
velocidade de lançamcnlo de 160 pés/s (aproximaclamente 109 mi/h)
(Figura 3.18a). A pedra alinge uma altura de s = 1601 - 1611 pés após 1
segundos.
snow
capitulo 3 D<!rivaç~o 173

(a) Qual é a allura máxima atingida pela pedra?


·' (b) Quais são a velocidade e o módulo da velocidade da pedra quando
sii!U..,
ela está a 256 pés do solo na subida? E na descida?
(c) Qual é a aceleraç3o da pedra em qualquer Instante 1 durante sua
trajetória (depois da explosão)?
(d) Quando a pedra atingirá o solo novame·nte?
SOLUÇÃO
(a) No sistema de coordenadas que escolhcm.os, s mede a altura acima do
solo. então a velocidade é positiva para cima e negativa para baLxo. O
instante em que a pedra está no ponto mais alto é aquele em que sua
velocidade é nula. Para encontrar sua altura máxima., tudo o que pre·
cisamos fazer é calcular quando v;:;; Oe avaliar s nesse momento.
t Em qualquer instante 1, a velocidade é

(a) ., = ds
df
~ (160f-
= dl 16f 2 ) = 160 - 32f pés/s

S. U
A velocidade é nula quando

400 160-321 = o ou I = Ss
A allura da pedra em I= 5 sé
s= = s(S) = 160(5) - 16(5)' = 800-400 = 400 pés
Veja a Figura 3. 18b.
(b) Para calcular a vel.ocidade da pedra a 256 pés na subida e depois na
descida, primeiro. determinamos os dois valores de t para os quais
s(l) = 1601 - 16f =256
(b) Para resolver essa equação. escrevemos
FIGURA 3. 18 (a) A pedra do 16f - 1601 + 256 =o
Exemplo 5. (b) Gráficos de se v em 16(f' - 101 + 16) = o
função do tempo; s é máximo quan- (I - 2)(1 - 8) = o
do v = ds!df = O. O gráfico de s não
1=2s,l=8s
é a trajetória da pedra: é o gráfico da
altura pelo tempo. O coeficiente an- A pedra está a 256 pés acima do solo, 2 s após a exploSl\o e novamente
gular do gráfico da velocidade da pe- 8 s após a explosão. Suas velocidades nesses instantes são
dra e-stá representado aqui como uma v(2) = 160 - 32(2) = 160 -64 = 96 pés/s
linha reta. v(S) = 160 - 32(8) = 160 - 256 = - 96 pés/s
Nos dois instantes, o módulo da velocidade da pedra é iguala 96 pés/s.
Como v(2) >O) a pedra cslá se movendo para cima (s está crescendo) em I=
2 s; c para baoxo (s está d lmunoindo) em f = 8 porque v(8) < O.
(c} _Em qualqucl' instante durante a trajetória, depois da explosão, a
aceleração da pedra é uma constante
dvd ) •
(I a di • iii (160 - 32f e -32 pesls'
A aceleração é sempre dirigida para baixo. Quando a pedra sobe-, eJa
freia; quando cai, ela acelera.
(d) A pedra atinge o solo no instante positivo I para o qual s =O. A equa-
ção 160f - I6f' = Ose decompõe nos fatores 16f (lO - f) = O, apresen-
tando as soluções 1 =O e f = 10. No instante 1 = O, houve a explosão e
a pedra foi jogada para cima. Ela retomou ao solo lOs depois.
snow
174 Cálculo

y (dólar<:s) Derivadas na economia


Engenheiros usam os termos velocidade c accleraç<io para se referir às de·
rivnclns d;l.S fbnçõe. . qne tfpscr.,.vem o movimento. Os ectmnmist_:.s t:lmhém
possuenl um vocabulário específico para taxas de variação e derivadas. Eles
as chamam margiuais.
Em uma operação de manufatura, o custo da produção c (x) é uma função
--.11--------,.----:-'--;-->.<
0 X :r+/1 de x, o número de unidades produz-ido. O custo marginal da produção é a
(lonel:ld:WS.C.ma.r~.o'l) ta.xa de variação do custo em relação ao nível de produção, isto ê, dc!dx.
FIGURA 3.19 Produção $Cmanal de Suponha que c(x) represente o custo (em dólares) semanal da produção
aço: c(x) é o custo para produzir x tone· de x toneladas de aço. Produzir x +h unidades por semana custa mais; a di·
ladas por $Cmana. O custo para produzir fcrença de custo, dividida por /1, é o custo médio para produzir cada tonelada
h toneladas adicionais é c(x +h) - c(x). adicional:

c(x + h) - c(x) custo médio de roda tonelada


=

" de açn adicional IJ produzida.

O límite dessa razão quando h-+ Oé o custo marginal para produzir mais
aço por semana quando a produção semanal atual de aço é de x toneladas
(Figura 3.19).
de . c(x + !J) - c(x) . •
-l = lun l = custo margmal da produçao.
o: lt-0 ,
).
A. vezes, o custo marginal da produção ê definido vagamente como o cus·
to adicional para produzir uma unidade:

t:J.c = c(x + I) - c(x)


t:J.x I
que é aproximado pelo valor de dcldx em x. Essa aproximação será aGeitável
se o coeficiente angular do gráfico de c não variar rapidamente próximo de x.
Então. a ra•.ão incrementai estar.\ próxima de seu limite dcldx, que é o aumen·
to na reta tangente, se 1!..< a I (Figura 3.20). A aproximação funciona melhor
para valores maiores de x.
Os economistas muitas vezes representam a função de- custo total por urn
polinômio cúbico
~~----L-------~-------,•x
c(.<) = «x' + (Jx' + yx + 8
0 :c •.-+I
onde 8 representa os Cllstos fixos. como custos de aluguel. aquC<:imento, gestão
FIGURA 3.20 O custo marginal c depreciação do equipamento. Os outros termos representam custos vnriá-
dc/tlx é aproximadamente o custo vels, como custos de matéria-prima, impostos e mâo·dé·,obra. Os custos fixos
adicional Ac para produzir Ax = I ~o independentes do nl1mero de unidadc4 produ7.ida!i, enquanto os vadávcis
unidade a mais. dependem da quantidade produzida. Em geral, um polinômio cúbico é com·
pücado o suficiente para captar o comportamento de custo num intervalo de
valores relevantes.

EXEMJ'LO 6 Custo c rendimento marginais


Suponha que o custo seja
c(x) =x'- 6x' + lSx
dólares para produzir x aquecedores quando s.'io produzõdos de 8 a 30 e que
r(x) = x'- 3x' + 12x
represente o rendimento da venda de.< aquecedores. Sua loja produz lO
aquecedores por dia. Qual será o custo adicional aproximado para produzir
capitulo 3 D<!rivaç~o 175

um aquecedor a mais por dia e qual o aumento estimado no rendimento na


venda de li aquecedores por dia?
SOI.UÇAO O custo para produzir um aquecedor a mais, quando
são produzidos IOpor dia, é de aproximadamente c'( 10):

c'(x) = f.J,- 3 - 6.>·2 + 15x) = 3x2 - 12,- + 15


c'( lO) = 3(100) - 12(10) + 15 = 195
O custo adicional será de aproximadamente 195 dólares. O rendimento
margína] é

Afunção rendime-n to marginal estima o aumento no rendimento


como ~esultado da venda de uma unidade adicional. Se você vende
atualmente 10 aquecedores por dia, pode espemr que seu rendimento
aumente em torno de
r'( IO) = 3(100)- 6(10) + 12 = 252 dólares
se a venda aumentar para 11 aquecedores por dia.

EXEMPLO 7 T.ua de imposto marginal


Para melhor compreensão das taxas marginais, vamos ver um exemplo
com taxas de imposto marginais. Se a taxa de imposto de renda marginal
for de 28% e sua renda crescer 1.000 dólares, você pagará 280 dólares a
mais em impostos. Isso não significa que você pagará 28% de toda a renda
em impostos. Significa somente que, no seu atual nível de renda R, a taxa
de aumento de impostos I em relação à renda é dlldR = 0,28. Você pagará
0,28 dólar de imposto para cada dólar extra <tue receber. É claro que, se
você ganhar muito mais, vai se enquadrar em u.ma faixa maior de imposto
c sua taxa de imposto marginal vai aurncntar.

Sensibilidade à variação
Quando uma pequena variação em x provoca uma grande mudança no
valor de j{x), dizemos que a função é relativamente sensível ã variação em x.
A dcrivadaj'(x) é uma medida dessa sensibilidade"

EXEMPLO 8 Dados genéticos c sensibilidade à ""iaçiio


O monge austríaco Gregor Johann Mendel (1822" 1884),ao trabalhar
com ervilhas e outras plantas, apresentou a primeira expHcação cientifi·
ca para a hibrida~'\o. Suas cuidadosas anotaçÕE-S demonstraram que, se p
- 0: :-f----'-- t• -0
: +--.:L---· (um número entre Oe J) é a freqiiência do gene para ervilhas de casca lisa
(:.) ( b) {dominante) e (I - p) a freqüência do gene para ervilhas de casca rugosa) a
proporção de ervilhas de casca lisa na próxima geração será de
FIGURA 3.21 (a) Gráfico de y = 2p- p'. dcs·
crcvcndo a proporção de ervilhas de casca lisa. y=2p( l - p)+p'= 2p - p'
(b) Gráfico de dyldp (Exemplo 8). O gráJico de y em função de p na Figura 3.2Ia sugere que o valor de y é
mais sensível à variação em p quando p é pequeno do que quando é grande.
176 Cálculo

Na verdade, esse f.•to é confirmado pelo gráfico da derivada na Figura 3.21b,


que mostra que dy!dp está próxima de 2 quando p está próximo de Oc pró·
xima de O quando p está próximo de I.
A implicação disso para a genética é que a introdução de alguns genes
dominantes em uma populaçào altamente recessiva (em ervilhas cuja frc·
qtiência de ervilhas para pele rugosa é pequena) terá urn resultado mais
dram•llico nas próximas gerações do que o mesmo tipo de introdução em
uma população altamente dominante.

Exercícios 3.3
Movimento ao longo de uma reta (b) Quando o corpo está se deslocando para a frente? E
coordenada para trás?

Nos exercícios 1- 6, dê as posições s: ./(I) de um corpo que (c) Quando a velocidade do corpo está aumentando? E
se desloca em um eixo coordenado, com s e.m metros e I em diminuindo?
segundos.
(a) Determine o des_locamcnto do corpo c a velocidade Aplicações da queda livre
média para o intervalo dado.
(b) Determine o módulo da velocidade e a aceleração do 9. Queda livre em Marte c Júpiter As equações para que·
corpo nas extremidades do intervalo. da livre nas superfícies de Marte c de Júpiter (sem metros.
I em segundos) sãos = 1,8611 em Marte e s = 11,4412 em
(c) O corpo muda de direção durante o intervalo? Em
Júpiter. Quanto tempo uma pedra leva, a partir do repou-
caso afirmativo, quando?
so, para atingira velocidade de 27,8 m/s (cerca de 100 km/h)
I. S = 1:. - 3t + 2. 0 S I S 2
em cada planeta?
2. s 'C 61 - 11 , o s ( s 6
3. S = -1 3 + .k ! - 3t. 0 S I :S 3
10. Movimento de um projétil na Lua Uma pedra atirada
verticalmente para cima na superflcie da Lua com velo·
~- se (r4/ 4) - r'+ r 2. O:S 1 :S 3
cidade de 24 m/s (cerca de 86 km/ h} atinge uma altura
$, s=
>s - {·
=r s I S I S 5
I
de s = 24t - O,Stz metros em I segundos.

6. s •
25
'i'+S• -4 S I S 0 (a) Determine a velocidade e a aceleração da pedra no
instante 1. (Nesse cas~ a aceleração é a aceleraç-ão da
7. Movimento de uma partícula No instante t, a posi· gravidade na Lua.)
ção de um corpo que se desloca ao longo do eLxo s és =
(b) Quanto tempo a pedra leva para atingir o ponto mais
r' - ór' + 9r m.
alto?
(a) Determine a aceleração do corpo toda vez que a velo-
(c) Qual a altura atingida pela pedra?
cidade for nula.
(d) Quanto tempo a pedra leva para atingir metade de
(b) Determine o módulo da velocidade do corpo toda vez
que a aceleração for nula. sua altura máxima?
(c) Determine a distância total percorrida pelo corpo de (c) Quanto tempo a pedra fica no ar?
I : Oa/ : 2. 11. Encontrando g para um pequeno planeta sem ar Na
superfície de um pequeno planeta sem ar, exploradores
8. Movimento de uma partícula No instante t ~ 01a velo·
usaram um estilingue para atirar uma esfera metálica
cidade de um corpo que se desloca ao longo do eixo sé
vcrticahncntc para cima <:om uma velocidade de lança·
v = t' - 41 + 3.
mcnto de 15 m/s. Como a aceleração da gravidade era
(a) Determine a aceleração do corpo toda vez que a velo· g~ mfs2, os exploradores esperavam que a esfera atingis·
cidade for nula. se uma altura de s = 1St - ( 1!2)g/ metros após I segun·
capitulo 3 ~ivação 177

dos. A esfera atingiu sua altura máxima 20 s depois do (b) Usando os dados do ítem (a), qual é a aceleração
lançamento. Qual{: o valor de g,? constante que um corpo em queda livre experimenta
12. Altura d e uma bala disparando Disparada para quando está próximo da superficie da Terra?
cima na superfície da Lua. uma bala de calibre 45 atin·
gíria uma a ltura de s: 8321 - 2,61 2 pés após 1 segundos.
Na Terra, na ausência de ar, sua altura seria de s = 832t Conclusões sobre movimento obtidas
- 1612 pés após 1 segundos. Quanto tempo a bala ficaria graficamente
no ar em cada caso? Que altura a bala atingirá em cada
caso? 15. A figura a seguir mostra a velocidade v: dsldl: /(1) (em
m/s) de um corpo que se desloca ao longo de um eixo
13. Queda livre partindo d o topo da torre de Pisa Se Galileu
coordenado.
tivesse deixado cair uma bala de canhão do topo da torre
"(nVt.)
de Pisa, 179 pés acima do solo, sua altura I segundos depois
li =J(t)
de cair teria sidos: I 79 - 16t' pés em relação ao solo.
{a) Quais teriam sido a velocidade, o módulo da velocí· to r Cs)

dade c a aceleração da bala no instante I?


(b) Quanto tempo a bala levaria, aproximadamente, para (a) Quando o corpo muda de sentido?
atingir o solo? (b) Quando (aproximadamente) o corpo se desloca a
(c) Qual teria sido a velocidade da bala no momento do urna velocidade constante?
impacto? (c) faça o gráfico do módulo da velocidade do corpo
14. Fórmula de Galileu para queda livre Galíleu desen· para O,; I ,; 10.
volveu uma fórmula para cakular a velocidade de um (d) Faça o gráfico da aceleração, onde ela é definida.
corpo em queda livre, rolando bolas (a partir do repouso)
sobre pranchas de inclinação variável, quando procurava 16. Uma partícula P desloca·se na escaJa da figura a seguir,
por uma fórrnula-limite para prever o comportamento parte (a). A parte (b) mostra $ua posição em função do
da bola na prancha na vertical e caindo livremente. Veja tempo 1.
I'
a parte (a) da figura a seguir. Ele descobriu que, para - - + - -- -- - --I(Cin)
o
qualquer ângulo da prancha, a velocidade da bola em (a)
queda durante t segundos era um múltiplo constante de
1. Ou seja, a velocidade era dada por uma fórmula na for- s(cm)
ma u = kt. O valor da constante k depende da inclinaç.ão
da prancha.
Usando uma notação moderna, a parte (b} da figura mos-
tra o que os experimentos de Galileu permitiram determi~
nar: que a velocidade da bola. com distância em metros c
tempo em segundos, para qualquer ângulo Oc com t se·
gundos de rolagem, era (b)
(a) Quando P se desloca para a esquerda? E para a direi·
v = 9,8(scn O)t m/s ta? E quando permanece parado?
l)osição de (b) Faça o gráfico da velocidade c do módulo da velocidade
q~~~."'>da Jh·re da partícula (onde são definidas).

' 17. Lançando um foguete Quando um foguete em mi-

\ (
niatura é lançado, os propulsores queimam combustí·
vcl durante alguns segundos, ac-elerando o foguete para
cima. Terminada a combustão. o foguete aínda sobe um
(a) tb) pouco e logo depois começa a cair. Em seguida, uma
pequena carga de explosivos abre um pára·quedas. que
(a) Qual é a equação para a velocidade da bola durante a diminui a velocidade do foguete, impedindo que se da·
queda livre? nifiquc ao pousar.
snow
178 Cálculo

A figura a seguir mostra os dados de velocidade da repouso (as e.scalas verticais estão marcadas em centíme-
trajetória de um foguete em miniatura. Use·os para tros). Use a equação s = 490/2 (equação da queda livre, s
responder ils seguintes questões: em centímetros c tem segundos} para responder às ques·
tOes a seguir.
(a) Com qual velocidade o foguete estava subindo quan·
do o motor parou?
• :.l

~!
(b) Durante quantos segundos o propulsor queimou com~
I
bustível?
100
ltiij ttl l
... ••
IlO

" \
f\
\
11 l
L
•• ••
j
•••
• •
"' 1\. • •I ~

-lO
I \f ••
- HX>o 1 4 6 s 10 11

I
Tt"mpo ap6s lançam~10 (s)

(c) Quando o foguete atingiu sua a1tura má.xima? Qual


••
• • I~
era sua "elocidadc naquele momento?

'
(<I) Quando o pâra-quedas se abriu? Qual era a velocidade
do foguete naquele momento?
••
••l
(c) Quanto tempo levou para o foguete cair antes de o
pára·quedas abrir?
(f) Quando a aceleração do foguete foi maior?
(g) Quando sua aceleração se tornou constante? Qual era (a) Quanto tempo as bola,s levaram para cair os primei·
seu valor (o inteiro mais próximo)? ros 160 em? Qual era sua velocidade média nesse
18. A figura a seguir mostra a velocidade u = j{t) de uma intervalo?
partícula se movimentando ao longo de uma reta coor· (b) Qual era a velocidade das bolas que estavam caindo
denada.
quando atingiram a marca de 160 em? QuaJ era sua
" accleraç-d.o nesse momento?
(c) Qual era a velocidade aproximada dos flashes de luz
(fl<lshce: por segundo)?

20. Um caminhão na estrada O gráfico a seguir mostra


a posição s de um caminhão que percorre uma estrada.
(a) Quando a partícula se move para a frente? E para O caminhão parte em t = O e retoma 15 h mais tarde,
trás? Quando acelera? Quando desacelcra? quando I = 15.
(b) Quando a aceleração da partícula é positiva? Ncgati· (n) Use a técnica descrita na Seção 3.1 (Exemplo 3) para
va? Nula? faze( o gráfico da velocidade do caminhão u = ds!dt
(c) Quando a partícula se move à velocidade máxirna? para O:> 1 :> 15. Em seguida, repi,ta o procedimento
para fazer o gráfico de sua aceleração dv!dl.
(<I) Quando a partícula permanece paroda por mais de
um inst3nte?
(b) Suponha que s = 1St' - 1,. Faça os gráficos de ds!dt
e de cf-sldt2, comparando-os com aquele feito no
19. Duas bolas caindo Na figura a seguir, a foto com ml•l· item (a).
tiplas exposições mostra duas bolas caindo a partir do
snow
capitulo 3 D<!rivaç~o 179

(a) Determine o custo médio por máquina produzida


500 I durante a produçiio das 100 primeiras máquinas.

/ \ (b) Calcule o custo marginal para a produção de 100 má·


quinas.
I \ (') Mostre que, para a produção de 100 máquinas. o cus·
\_ to marginal é aproximada.mcnte o custo para a pro-

100 I dução de uma máquina a mais (depois que as 100


primeiras foram feitas). <:alculando diretamente o

o
/ 5 10 15
último custo citado.

Tempo dcoonido.t (h) 24. Rcndinu:nto marginal Suponha que o rendimento da


venda de x máquinas de lavar seja
21. Os gráficos da figura a seguir mostram a posição s, a velo·
cidade u = dsldl c a aceleração a= d'sldl' de um corpo que
se desloca ao longo de uma reta coordenada em função do r(.<) = 20.00, I - ~) dólares
tempo t. A qual gráfico corrcsponde cada função? Justifi·
que suas respostas. {a) Determine o rendimento marginal para a produção
)'
de 100 máquinas.
(b) Use a função r'(x) para estimar o aumento resultante
no rendimento, se a produção aumentar de 100 para
101 máquiJ>as por semana-
( c) Calcule o limite de r' (x) quando x-+ oo. Como você
interpretaria esse número?

Aplicações adicionais
25. População de bactérias Ao adicionar um bactericida
22. Os gráficos da Figura 3.22 mostram a posição s, a vcloci· a um meio nutritivo onde bactérias estavam crescendo, a
dade v= ds!dl e a aceleração a= d's!drde um corpo que população de bactérias continu()u a crescer por um ternpo,
se desloca ao longo de urna reta coordenada como fun· mas depois parou de crescer e começou a diminuir. O tama-
ções do tempo 1. A qual gráfico corresponde cada função? nho da população no instante 1 (em horas) era dado por 1> =
justifique suas respostas. 1ff + I O't - t<Yt2. Determine as taxas- de crescimento para
,. (a) 1 =O horas.
(b) 1 = 5 horas.

(c) I = 10 horas.
26. Esvaziando um tanque O número de galões de água em
um tanque, t minutos depois d.c iniciar seu esvaziamento,
é dado por Q{t) : 200(30 - 1)'. A que taxa a água escoanl
ao fim de 10 min? Qual é a t3J<a média de saída da água
durante os 10 primeiros mjnut-os?
©
27. Esva:tiando um tanque Depois de aberta a válvula
HGURA 3.22 As turvas
do Exercido 22. 11 inferior de um tanque de armazenamento. é necessário
esperar 12 horas para esvaziá-lo. A profundidade y (em
metros) do liquido no tanque, I horas depois que a válvula
Economia foi aberta, é dada por

23. Custo marginal Suponha que o custo (em dólares) para


produzir x máquinas de lavar seja c(x) = 2.000 + 100x-
0,1x'.
snow
180 Cálculo

(a) Encontre a taxa dyldt (m/h) de esvaziamento do tan· /"(/). Comente o comportamento do corpo em relação aos
que no instante I. sinais e aos valores de v e de a, incluindo:
(b) Quando a altura do líquido no tanque diminuirá mais (a} Quando o corpo está momentaneamente em repouso?
rapidamente? E mais lentamente? Quais os valores de (b) Quando ele se move para a esquerda (para baixo) ou
dy!dt nesses instantes? para a direita (para cima)?
(c) Represente graficamente y e dy/dl juntos e discuta o (c) Quando ele muda de sentido?
comportamento dey em relação aos sinais c aos valo· (d) Quando ele acelera ou freia?
res de dy/dt.
(e) Quando ele se desloca mais rapidamente (velocidade
28. Enchendo um balão O volume V= (4/3)m·' de um ba· mais alta)? E de maneira mais lenta?
lão esférico muda de acordo com o valor do raio.
(0 Quando ele está mais longe da origem do eixo?
(a) Qual é a taxa (em pés' i pés) de variaç;io de volume em
31. s = 2001 - 16t', O,; 1,; 12,5 (objeto pesado, na superficie da
relação ao raio. quando r:; 2 pés?
Terra, lançado verticalmente com velocidade de 200 pés/s)
(b) Aproximadamente quanto o volume do balão aumcn·
32. S = f- 31 + 2, 0 ,; I :5 5
ta quando o raio muda de 2 para 2J2 pés?
33. S = f'- 612 + 71, 0 ,; I,; 4
29. Decolagem de um avião Suponha que a distância pcrcor·
rida por uma aeronave na pista antes de decolar seja dada 34 . s=4-7t+6t'-t' , 0:SIS4
por D = {J0/9)r' (medindo-se D em metros desde o ponto 35. Corrida de um puro-sangue Um cavalo de corrida está
de partida e I em segundos depois que os freios foram sol- fazendo uma corrida de lO fu rlongs. (Um furlong equivale a
tos). A aeronave começa a planar quando sua velocidade 201 metros, mas neste exercício u..~remos furlongs c segun·
atinge 200 krn/h. Quanto tempo levará para a aeronave pla- dos como unidades.) Sempre que o cavalo passa por uma
nar e que distância ela percorrerá nesse tempo? marca de furlongs (F). um apontador anota o tempo (I) de·
30. Fontes de lava vulcã,nica Embora a erupção do Ki.lauea corrido desde o inicio da corrida. como se vê na tabela:
lki, no Havaí, em novembro de I 959, tenha começado com
uma linha de fontes laterais na parede da cratera. a ativida..
F O 2 •l s 6 7 8 9 lO

de ficou restrita a uma única abertura no fundo da cratera,


que em certo momento lançou lava a 1.900 pés de altura o 20 33 <6 s9 n 86 :ooo m tz• t3s
(um recorde mundial). Qu~tl foi a velocidade de saída da
lava em pés/s? E em mi/h? (Dica: Se v0 é a velocidade de (a) Quanto tempo o cavalo leva para completar a corrida?
saída de uma partícula de lava, sua altura no instante t (b) Qual é a ve.locidade média do cavalo durante os cinco
será dada por s = v01 - L6r' pés. Comece determinando o primeiros furlongs?
instante em que lisldt =O. Despreze a resistência do ar.)
(c) Qual é a velocidade aproximada do cavalo quando ele
O Nos exercícios 31-34, dê a funç;io da posição s =/(I) de ultrapassa a terceira marca de furlongs?
um corpo que se desloca ao longo de um eixo s em fun~
ção do ten1po t. Fa(,'<\ o gráfico de f junto oom as funt;ões
(d) Em que parte do percurso o cavalo· corre mais rápido?
velocidade v( I) = dsldt = j'(l} e acelcroç;io a(l) = d's!dt' = (c) Em que parte do percurso o cava.loacclerJ. mais?

Derivadas de funções trigonométricas


Muitos dos fenômenos sobre os quais desejamos informações são periódi·
cos (campos eletromagnéticos. ritmo c;~rdfaco, marés, tempo). As derivadas
das funções desempenham papel fundamental na descriç;io de mudanças
periódicas. Esta seção mostra como derivar as seis funções trigonométricas
básicas (apresentadas no Apêndice B.3).
capitulo 3 ~ivação 181

Derivada da função seno


Para calcular a derivada de j(x) = sen x, sendo .< medido em rodianos,
romhintlmo" <'S limi~e." tio En~mplo 5t' e o 'letlrem:-. 1 tb Seção ?...4 r;om a
identidade para o seno da soma:
sen (x +h)= senxcos !1 + cosx scn 1l
Se j(x) = sen x, então
'(,'1; ) = . j(.<
1lnl
+ h) - / (.t)
f •-o h
. sen(x + h) - sen x
= hm .:__:__-:-'--'"--
•-o h
. (senxcosh + cosxsenh)- scn .< h.t~'1111U;t\k par.a o ~nu
= hm , d.l ~1a.
Jt-0 11

. sen .<(cos h - I ) + cosx sen h


~ hm ,
h-0 ''
. ( scnx · cosh-1) + ltm
= hm . ( cosx ·-
sen/t)
-
•-o 1t •-o 1t
. cos lt - . sen h
~ scn x · hm -""''-';--.!. + cosx· lun - -
•- o h •-o 1r
= scnx ·O + cosx ·l Lt<~mrll' !'.1 é l 'l!•lto.:m.l 7.
G:l. cosx. S~lo2.4.

A derivada da função seno é a função cosseno:


d
dx (scn .<) = cos x

EXEMPLO 1 Derivadas cnvolvcrulo seno


(a) y = x'- sen x:

dy = 2x- ..!!_ (scn x)


dx dx
c 2x-cosx
(b) y= cf scn x:

dy =e' ..!!_ (scn x) + ..!!_(e') sen .<


dx áx áx
=~ cosx +e" sen x
= cf(cosx+ senx)
sen x
(c) y= - -:
X

x · dl (scn x) - sen .1· • I


;&=
_,,·o.
tly ' --.----
.\'2

~
xcosx- sen.t
.\'2
182 Cálculo

)'
y = cosx
Derivada da função cosseno
Com a ajuda da fórmula para o cosseno da soma,
cos(.~ +h)- cosxcooh- senx ~cn h ,

,r'
temos
y'• - senx
. .:.
-d ( cos x ) -=- lnn co:.;s;.:;(x;_;_
+-;11;.:.)_-_c:.;o;.:.s.:.
x
dr •-o lt
• (cosx cos lt - sen x scn 11) - cos.r l~lcm"J""k· !}o (ú.)');.:tln
= hm "-'-'-'--"-;---....:...-=- J.a~Jrll.l.,
"~o h
FIGURA 3.23 Curva i= - sen x e o . cosx(cos/t- I ) - senx sen lt
gráfico dos coeficientes angulares das
= lnn
h-o 1'
tangentes à curva y = cos x. . COS,\' · ="'i,--'--
cosh - . scnh
:: hm hm SC-1\,Y• - -
JJ-0 h IJ-0 ,

. cosh -
= cosx · hrn . -
- scn .,·· hm scn-
h
h-O 1I r.-o h
= cos .t" ·O - sen ,\· · 1 l~enl(lt.' 5a c r\-ot~·nu. i

= - senx. J.1 Se.;-lo 2.4.

A derivada da função cosseno é o op<>sto da função seno:


c/
cl< (cosx) = - scnx

A figura 3.23 mostra oulra mane ira de visualizar esse resultado.

EXEM Pl.O 2 Ocriv:td:'ts cn\'olvendo o cos.~eno

(I)) y = Se' + cosx:


dy d d
iiX • ;r,(Sr) + ;r,(cosx)
• 5tr" - scnx
(h) )I= scnxcosx:
tly d d
;i;= scnx ~lt (ços.t) + cos .r dx(scn.t)
= stnx(-scnx) + cosx(eosx)
s eo..r;1 x - scn1 x

(c:) )' =
cosx .
I - scnx·

dJ'
c/ ) ti
( I - sen:c)(i;(eosx - cos ... dx(l - scnx)
dta ( 1 -scn .tf
(I- senx)(-scn .T)- cou(O - cos.t)
(l -sen.r) 1
I - scn:c
(I - scnx)'
I
I - scn.\'
capitulo 3 D<!rivaç~o 183

Movimento harmônico simples


O movimento de um corpo oscilando livremente para dma e para baixo
n:) pnnt:l tle om:t mol~ ou rord!l elá.s.tic'_.:l é um e>:emplo (le mnvirmmln hnr·
mônico simples. O próxjmo exemplo descre\'e um caso em que não há tOrças
opostas. como atrito ou empuxo para retardar o movimento.
l,osiç!lock
o repouiio

EXEMPLO 3 Movimento em uma mola


J>osiÇ50 CIU
5 t• O Um corpo suspenso em uma mola (Figura 3.24) é deslocado em cinco
unidades da posição de repouso c solto, no inst~ntc t =O, para oscilar para
cinta c para baixo. Sua posição em qualquer instante 1 é
FIGURA 3.24 Um corpo que pende
s=Scosl
de uma mola vertical e em seguida
é deslocado oscila para baixo c para Quais são sua velocidade e aceleração no ii\Stante tr
SOLUÇÃO Temos
cima de sua posição de repouso. Seu
movirnento é descrito por funções
Posição: s = 5cosl
trigonométricas (Exemplo 3). Velocidade: v= ds = !{,(Soos1) = -5scnt
dt dt
Aceleração: '' =di= dd1 (-5sent) =
dv
- Scosl
s. v
Veja o que podemos aprender com essas equações:
I. Com o passar do tempo, o peso se desloca para cima e para baixo
entre s o -5 e s = 5 no eixo s. A amplitude do movimento é S. O
período do movimento é 2rr.
2. A velocidade v = - 5 sen 1atinge sua maior magnitude, S, quan·
do cos 1 = 0, como mostram os gráficos da Figura 3.25. Portanto,
a velocidade do peso. Ivi o Slsen 11. é mâxima quando cos 1o O,
ou seja, quando s = O (posição de repouso). O módulo da velo·
cidade do peso é zero quando sen I =- O. Isso ocorre quando s =
FIGURA 3 .25 Gráficos de posição e 5 cos 1 = t 5, 11as extrem idades do intenralo do movimento.
velocidade do corpo do Exemplo 3. 3. O valor da aceleração é sempre o oposto do valor da posição. Quan-
do o peso está acima da posição de repouso, a gravidade o puxa
para baixo; quando o peso está abaixo, a mola o puxa para cima.
4. A aceleração, 11 = -5 cos I, é zero some11te na posição de repouso,
onde cosI = Oc a força da gravidade anula a força da mola. Quan-
do o peso está em qualquer outro lugar, as duas forças são de.si·
guais e a aceleração ê diferente de zer.o. A aceleração é máxima
em magnitude nos pontos mais distantes da posição de repouso,
onde cosI = ± I.

I>XllMI'LO 4 Sobr<acolcr;~ção

A sobreaceleração do movimento harmônico simples do Exemplo 3 é

;. • dt
dct
• dd1 (- Scost) • Ssen1
Sua magnitude é mbjma quando scn 1 ; :i: L, não nos extremos do des-
locamento, mas na posição de repouso, onde a aceleração muda de sentido
e de sinal.
184 Cálculo

Derivadas de outras funções trigonométricas


básicas
Como .$Cn x c co:;, .... $Õ.O funç:õe~ dcrivt\vci~ de x. as funções rclaeionndM
senx COS.\' I
coscc.r = - 1-
tg .r = cos.\", cotg.r = sen x , sec.\' = cos.r c
scn.\'
são dcriv~\veis para qualquer valor de x nos quais elas são definidas. Suas de·
rivadas, calculadas pela regra do quociente. são dadas pelas fórmulas a seguir.
Observe os sinais negativos nas fórmulas das derivadas para as co-funções.

Derivadas das outras funções trigonométricas

d (tg x) = se.,l x
dX

,t, (secx) = secxtgx


i!..
dx
(cotgx) = -cosec 2 x

,~ (cosce x) = -cosec x cotg x

Para mostrar um cálculo típico, calculamos a derivada da f1mção tangente.


As outras derivações foram deixadas para o Exerdcio 50.

llXEMPL05
Encontre d(tg x)ld.<.
SOLUÇÃO

ti ( ) ti (scnx) cosxf,(scnx)- S<nxf, (cosx)


dr tg .r = d~: CõsX = cosl .\"
cos.\'COS.\'- scnx (-scn;\")
cos1 x
cos1 x + scn2 .\'
cos2 .\'
1
• - - • s-cc2:c
cos2.\'

EXF.MPLO 6
Determine y" se y = sec x.
SOLUÇÃO
y = secx
l = sccxtgx
d
y" = ;&:(sec .<tgx)

e sec.r ,~ (lg.<) + tg.r :~ {sec.<)


• secx(sec2.r) + lgx(see.rtg.<)
= sec'x + secxtsf .\'
snow
capítulo 3 ~iva~o 185

A diferenciabilidade das funções trigonométricas em todas as partes de


seus domínios dá outra prova de sua continuidade em qualquer ponto de seus
domínios (Teorema I da S..çào 3.1 ). Consequenterncnte, podemos calcular os
limites de combinações algébricas e composições de (unções ulgonomélrlcas
por substituição direta.

EXEMPLO 7 Encontrando o limite de uma funç.'io lrigonom~trica

. Y2 + SCC.Y Y2 + scc0
I llll :
, -o cos(1r tgx) cos(?T tg 0)

Exercícios 3.4
Derivadas Retas tangentes
Nos exercidos 1- 12) determine dyldx. Nos exercícios 27- 30. represente graficamente as curvas
nos intervalos dados e as respectivas tangentes para os valores
I. J' • - JOx + 3cos.r 2. y • x3 + ,senx
-
dados de x. Identifique cada curva e tangente com a respectiva
, t
equação.
.l. y • coscex - 4Y.t + 7 _,.
4 , )' • .\'" COI{p' - -:;

~. y = (sec:x + cgx)(scex- tg;r) 27. y = scn x, -3n/2,; x,; 2n


6. y a (scn.r + cos:r)scc.v .< = -n, o. 3n/2
colg.\'
1• >, = t + 8. y= cosx 28. y= tgx, -nl2<x<n/2
cotg.v l+sen :<
4 I COSX X X = -tr/3, O, tr/3
9. )' = êõS'X + l~p· lo. )' = --x + êõsX
29. y = sec x, -tr/2 < x < tr/2
11. )' • .\' 2 SCn X+ 2\'COSX - 2 SCll .\'
12. y = x2 cos: ... - lYSCn.v- 2cosx x = -rr/3, rr/4
Nos exercícios 13- L6, determine ds!dt. 30. y = I + cos .<, -3rr/2 $X$ 2>T
1;\. s = tg 1 - e -' 14. s = 12 - scc 1 +Se' X= -tr/3, 3tr/2
I;
.. s
= I
I
+ coscc I
COSe<:/ 16. s = I scneosr
1 11 Os gráficos das funções nos exercícios 3t-34 têm alguma
tangente horizontaJ no intervalo OS: x :S 2rr? Se têm, onde tstão?
Nos exercícios 17-20, determine dr/d9. Se não têm, por que não? Visualize os gráficos correspondentes
17. r = 4 - 02 sen8 18. r = OsenO+ eos.O introduzindo os dados das funções em uma ferramenta gráfica.
19. r= se<9eosec6 20. r= (I+ scc6)s.:n6 31. y=x+senx 32. y= 2x+senx
Nos exercícios 21-24, determine dpldq. 33. y = x- cotgx 34. y= x+2cosx
- - +_I_
2t · 1' - 22. p ~ (I+ eoSCC<J)COSq
, eotgq 35. Encontre todos os pontos da curva y = tg x, para -n/2 <
senq + cosq lg (/ x < n/2. onde a tangente é paralela à reta y = 2x. Esboce a
23. p = eo<q 24. p=l+tgq curva e a(s) tangente(s) no me-smo gráfico. identificando
cada uma com sua equação.
25. Determine y" se
36. Encontre todos os pontos da curva y; cotg x, pata O<.<<
(a) y = cosec x (b) y = sec x n~ onde a tangente é paralela à reta y = -x. Esboce a curva

26. Determine y<' 1=d' yld x' se c a(s) tangcntc(s) no mesmo gráfico. identificando cada
uma com sua equação.
(:t) y = - 2 sen x (b) y = 9 cos x
186 Cálculo

No.c; exercíc.ios 37 e 38, encontre as equações para: (a) a tan~ 48. Existe algum valor de b que torne
gc·nte à curva em Pe (b) a tangente horizontal à curva em Q. ., +b. x < O
g ()
.\' = {
37. JS. cos.v-. x ~O
)'
)' contínua em x = O? E derivável em x = O? Justifique suas
respostas.
49. Determine tf"ld:?' (cos x}.

50. Encontre a fórmula para a derivada em rclaç..io a x de

(a) scc ·' (b) COSCC X (c) cotg x


51. Represente graficamente y = cos x pa.a -11 s x s 2~r. Na
-::-H---'--!:-+-+·'
o l1 2 11 mesma tela, esboce o gráfico de
2
y• 4 + t.'últ;x - 2ooscc x y= ,
scn (x + h) - scru

para h= 1;0.5; 0.3;c0,l. Depois. em Oulrodomínio. use h=


- I, - 0,5; e - 0,3. O que acontece quando 1t -> O' ? E quando
lt - >O"? Que fenômeno está sendo ilustrado aqui?
Limites trigonométricos 52. Represente graficamente y = - scn x para - n ~ x s; 2n. Na
Encontre os limites nos exercícios 39-44. 11 mesma tela, esboce o gráfico de
cos(.r + h) - cos ,,
39. lim SCil
x-l ·
(t -- 1

2
)
}' =
"
para lt = I; 0,5; 0,3; e 0,1. Depois, em <>utro dominio. use
40. lim Vi + cos(r.cose<: .<)
----'1'1/6 lt = - I; -0,5; e - 0,3. O que acontece quando lt -> O'? E
quando h_,. O""?Que fenômeno está sendo ilustrado aqui?
41 . lim scc[•' + r. tg ( 4 SCC.Y
x-0
-.r ) - I]
53. Diferenç,a dividida centralizada A diferença dividida
42. lim scn (
..-o
+ ts .t· )
-;r
tg x 2secx
11 centralizada
/(.r+ lt) - /(.v - h)
43. !!'~ tg ( 1 - SC~l J ) 211

.a~. o-o
lim cos ( r.oo)
sen
é usada para aproximar f'(x) no trabalho numérico por-
que (I) seu límitc, quando h -+ 0, igua1a-sc aj'(x) quando
j'(x) existe c (2) geralmente fornece 111clhor aproximação
dcf'(x), para dado valor de 11, do que a diferença dividida
Movimento harmônico simples de Fermat
f(x + h) - /(.<)
As equações dos cxcrcícíos 45 c 46dãoa posiçãos =j(t) de um
corpo que se de.sl<>ca e m um\\ rtta coordenada (sem metro.s.l em Veja n 6gurn a 3c-guir.
segundos). Deterrnine a velocidade, o módulo da velocidade, a
aceleração c a sobrcaccleração do corpo no instanle t = lf/4 s.
45. s = 2 - 2 sen 1 46. S = sen I+ COSI CocJicictue f(x + li) _ f(x)
Wlt;ulttr = 11

Teoria e exemplos
Coefi<:ítnlt! f(x +h) _ J(x _ lt)
47. Existe algum valor de c que torne angular =
)'=/(X) 211

SA:.I1223:r• ~0
•Y

/(.<) = { ·'
C,
- o
X-

continua em x =O? Justifique sua resposta.


snow
capitulo 3 ~ivação 187

{;,t) Para ver com que rapidez a diferença dividida centrali· 56. Coeficientes angulares no grá.fico da função cotangcntc
zada de j(x) =scn x converge paraf(x) =cos x, r.,ça o il Faça os gráficos de y = cotg x c de sua derivada em O<x <1r
gráfico de y = cos x junto com juntos. O gráfico da função cotangente parece ter um coe·
ficiente angular mínimo? E má..-ximo? Em algum momento
scn (x + h) - scn (x - h)
)' = 2/t o coeficiente angular é positivo? Justifique suas respostas.

no intervalo [-r. 2Tr) para I• = 1; 0,5; c 0,3. Compare 57. Explorando (seu kx)lx Faça os gráficos de y =(sen x)lx,
esses resultados com os obtidos no Exercído 51 (para
il y = (scn 2x)/ x c y ; (sen 4x)/x juntos no intervalo - 2 S x S
2. Onde cada gráfico parece cruzar o eixo y? Os gráficos
os mesmos valores de h).
realmente cortam os eixos? O que você esperaria dos grá-
(b) Para ver com que rapidez a diferença dividida centra· ficos de y ; (sen 5x)lx e y = (sen(-Jx))lx, quando x-> O?
Li.z.,da de f(x) ~ cos x converge para (x) ~ - scn x. faça Porquê? E do gráfico de y ~ (sen kx)lx para outros valores
o gráfico de y ~ -sen x junto com de k? Justifique suas rc.spostas.
58. Radjauos versus graus: derivadas no modo grau O que
cos(x +h) - cos(.< - h)
y = 2h aconteceria com as derivadas d e scn x c de cos x se x fosse
medido em graus em Vê'L de em radianos? Para descobrir.
no Intervalo [-1r, 21r] para h = I; 0,5; e 0,3. Compare siga os passos a seguir.
esses resultados com os obtidos no Exercício 52 (para
(a) Selecionando o modo grau de sua calculadora gráfica
os mesmos valores de lt).
ou computador, faça o gráfico de
54. Precaução com a difcre.nça dividida ceotrali7,.ada (Con-
f(h) a scn h
timlllçào tio Exercício 53.) O quociente h
c estime lim h.. 0 fl.'h). Co111pare essa estimativa com
/ (.< + M - f (x - h) tr/180. Exist·e alguma razão para acreditar que o limite
2h
deveria ser 11/180?
pode ter um limite, conforme Ir-> Oquando/não tem deri· (b) Ainda no modo grau de sua calculadora gráfica, estime
vada em x. Para exemplificar, considerej{x) :;; lxl e calcule . coslt - 1
lun
11- 0
lr
. [O + h[ - [O - h[
lnn ., (c) Agora volte à derivação da fórmula para a derivada
h-1) ...11
de sen x no texto e siga os passos da derivação usando
Você verá que o limite existe, emboraj(x) = Jxl não tenha
limites no modo grau. Que fórmula você obtém para
derivada em x = O. Conclusão: antes de usar a diferen-
a derivada?
ça dividida cenl-ralizada. certifique·se de que a derivada
existe. (d) Trabalhe na dedução da fórmula para a derivada de
cos x usando limites no modo grau. Que fórmula
55. Coeficientes angulares no grãfico da função tangente
você obtém para a derivada?
11 Faça os gráficos de y ~ tg ·' c de sua derivada em ( -lf/2,
tr/2) juntos. O gráfico da função tangente parece ter um (c) As dc.svantagcns das fórmulas no modo grau tornam·
coeficiente angular mfnimo? E máximo? Em algum mo· se evidente-S quando você lida com derivadas supe·
mcnto o coeficiente nngulor é ncgntivo? Justihquc suns rioNc. T~•Uc. No rnodo gr:au, quais d.o a scgund::. c a
respostas. terceira derivadas de sen x ecos x?

A regra da cadeia e as equações paramétricas


S.'bcmos diferenciar y =fl,11) =scn e = 8(.<) =X'- 4, mas como diferen-
11 11
ciar uma função composta do tipo F(x) ~ j(g(x)) ~ sen (>>- 4)? As fórmulas de
derivação que estudamos não nos dizem como calcular F'(x). Então, como en·
contrarnos a derivada de F; f g? A resposta está na regra da cadeia, segundo
a qual a derivada da composta de duas funções deriváveis 1: o produto de suas
snow
188 Cálculo

derivada..~
calculadas em pontos adequados. A regra da cadeia é uma das mais
importantes e an'lp1amente utilizadas regras de derivação. Esta seção descreverá
essa regra, mostrondo como usá-la. Em seguida, aplicaremos a regra da cadeia
para descrever as curvas no plano e suas tangentes de um modo diferente.

Derivada de uma função composta


C: r vohõ'IS H:" vol1~ ,\; X \ 'Oh ó\S Começaremos com exemplos.

FIGURA 3.26 Quando a engrenagem


A dá x voltas completas, a B dá 11 voltas e f.XEM I'LO I Relacionando derivadas
a C dá y voltas. Comparando circunferên-
A função y = ~ x = .!.(3x) é a função composta de- y = .!. 11 e 11 = 3x.
cias ou contando os dentes, notamos que 2 2 2
y = u/2 (C dá meia· volta a cada volta in- Como as derivadas dessas funções se relacionam?
teira de B) e 11 = 3x (8 dá três voltas a cada SOLUÇÃO Temos
volta dada por A), então y = 3xl2. Assim,
dy!dx = 3/2 =(112)(3) =(dy!d11)(tlu!tlx). e tl.x = 3
""
3 I
Uma vez. que - = - · 3. observamos q·ue
2 2
<iy tly tlll
d.r = du ' d.r
Seria coincidência que
dy <(11 • du ;J
=
drd11 <f.t ·
Se pensarmos em derivada como taxa de variação, a intuição nos leva
a ver que essa relação é razoável. Se y =j(u) varia com a metade da rapidez.
de u e u -;:; g(x) varia três vezes mais rápido que x, esperamos que y varie
312 vezes mais rápido que x. Esse efeito é bem parecido com um trem de
m(ohiplas engrenagens (Figura 3.26).

EXEMPI.O 2 Relacionando derivadas


A função
y =9x4 +6x'+ l = (3x'+ 1) 2
é a função composta de y = u' e 11 = 3x' + I. Calculando as derivadas,
nh~er-vamo" que

dy <111
- · - = 2u·6x
du tlx
= 2(3x2 + 1)·6x
= 36x 3 + 12r
Calculando a derivada a partir da fórmula expandida, obtemos

-dy = -ti (9.r' + 6.r2 + I)


d.r dx
= 36.r3 + 12•·
Mais uma vez,
dy ''" dy
tlu.dx = dx
snow
capítulo 3 ~íva~o 189

A derivada de uma função composta Jtg(x)) em x é a derivada de f em


g(x) multiplicada pela derivada de g em x. Essa observação é conhecida como
regra da cadeia (Figura 3.27}.
F•lflÇ~O compo:;taf. s

I
Taxa de \"tlriação
em g(•l é f<s~•>>
,\' .. /(u) • /Cgtd)
FIGURA 3.27 Taxas de ,'llfiaçãose multiplicam; a derivada def- gem xé
a derivada def no ponto g(x) multiplicada pela derivada de g no ponto x.

Teorenta 3 A rcgr.t da cadeia


Se )tu) é dcrivável no ponto u = g(x) eg(x) é derivável em x, então a
função composta(/• g)(x) =Jtg(x)) é derivável em x e
(/• g)'(x) =f'(g(x)) · g'(x)
Na notação de Leiblliz, se y =)tu) e 11 = g(x), então
dy dy du
tb: = du "(i;
onde dy!d11 é calculada em u = g(x).

" PROVA:' INTUITIVA DA RliGRA DA CADF.IA Seja 611 a variação


de 11 correspondente à varíao;<1o Ax de x. dada por
611 = g(.< + Ax) - g(x)

Então, a variação correspondente em y é


Ay =)tu+ Au) - )tu)
Seria tentador escrever
Ay Ay ll.u
---·-
A.r Au Ax
(1)

e calcular o limite quando 6x ~ 0:


dy . Ay
- = hm -
dr ~.-o A.r
. ~y âu
= hm-· -
il.r-"'0 du âx

. Ay . Au
=- hm - · hm -
~.-oll.u .u-o ll..r
. 6y . ô.u (OM·m"<qUt't\u-> Ocon(ocmc
= hm - · hm-
611-0 âu &.r -o â.x 6J. -)o, un,.., ' c..: qul!g~co,llirtuJ.)

=;&;&
dy ""

O único problema desse raciocinío é que na Equação (I) pode acontecer


de Ali =O (mesmo quando Ax,. O) c ai, é claro, não poderemos dividir por O.
A prova exige uma abordagem diferente para superar esse problema. confar..
me veremos na Seção 3.10.
SDQW
190 Cálculo

EXEMP1.0 3 Aplicando a regra da cadeia


Um objeto se desloca ao longo do eixo x de modo que em qualquer ins·
tante t?. Osua posição seja dada pela equação x(t) ; cos (f+ 1). Determine
a velocidade do objeto em função de 1.
SOLUÇÃO Sabemos que a velocidade é dx!dt. Neste exemplo, x é
uma função co1.nposta: x = cos (u) e u ; t2 + L Temos
dr
,iu ~ - sen(u) .t' ~"'S( U )

dtt = 2t tt "" , : ~ I
dt
Pela regra da cadeia,
dx d:r clu
dt = ''" . di
= -sen(u)·2t
= -sen(t 2 + I)· 21
= -2tscn(t 2 + I)

Conforme vemos no Exemplo 3, uma dificuldade com a notação de


l.eibniz é que ela não estabelece especificamente onde as derivadas devem
ser calculadas.

Regra do "de fora para dentro"


À$ vezes. é mais f:lcil notar a regra da cadeia da seguinte maneira: se y =
)tg(x)), então
dy
dr = j'(g(x)). g'(x).

Traduzindo em pa\a\•ras, derive a função externa ("de fora) f, calcule-a


na função interna ("de dentro") g(x) intocada, multiplicando-a depois pela
derivada da função "'de de-ntro~

EXEMPLO 4 Dcri,·;mdo de fora para dentro


Deri\•C scn (x' +:r) em relação a :r.
SOl tiÇÃO

.!!..scn(x' +e'); cos(x' + e ' )·(2x +e')


dx ~ "'i.lói!IIIUJQ , ....._.., ,.,.,._ •l..n\~ ol..
............!, t........ .....

EXEMPLO 5 Aplic.uulo a regra da cadeia à função cxponcndal


Derive y = fl()sK.
SOLUÇÃO Aqui, a fu nção interna é u =g(x) =cos x e a externa é
a função exponencial /(x) ; e'. Aplicando a regra da ·c adeia, temos
d)• d . c/
- = -(e'·ou) = eC(tiJ:t_ (c·OSx) = erou·{ -s<:nx) = -e«1S:x scnx.
clx tlx clx
<:apftulo 3 ~iva~o 191

Generalizando o Exemplo 5, vemos que a: regra da cadeia nos dá a


fórmula

Assim, por exemplo,

Uso repetido da regra da cadeia


Às vezes, precisamos usar a regra da cadeia duas ou mais vezes pal'3 obter
uma derivada. Eis um exemplo.

1\XF.MI'LO 6 A "cadeia" de três elos


Companion
Wcbsite Encontre a derivada deg(t) = tg (5- scn 21).
n.ogl'ali3 hi.s1ótka SOLUÇÃO Veja que, nesse caso, a tangente é uma função de 5 - sen 21,
enquanto o seno é uma fu nção de 21, que é fu nção de t. Portanto, pela
johann Bcl'nQuUi regra da cadeia,
(16{>7- 1748)

g'(t) = ~ (lg (5 - sen 21)) lkl'i\•;)fja de r,t "c:om


li 5 - s~ nlt,

= sec2 (5- scn2t) · .!!. (5- scn't)


dt -
Dcri,·;ad;t \1~ ;. .. litP '' CCll'll
,, --- 2r

= scc2 (5- scn2t)· (o- cos2t· ~(21))


= sec2 (5 - sen21) · ( - cos2t)·2
= - 2(cos2t)sec2 (5 - sen21)

Regra da cadeia com as potências de uma função


Se f é uma função derivável de u~ e u é uma função derivável de x, então
substituir y = j{u) na fórmula da regra da cadeia
tly tly dll
dr = (h;' JX
nos leva à fórmula
ti ) tlu
- /(11 = /'(11)-
d< tlx
Eis Wll exemplo de como isso funciona: se 11 é um inteiro positivo ou ne·
galivo e j{u) c u", as regras da potenciação (regras 2 e 7) afirn1am queJ'(u) =
nu"· 1• Se ué uma função dcrivávcl de x, podemos aplicar a regra da cadeia,
ampliando·a para a regra da cadeia para potências;
192 Cálculo

EXEMPLO 7 Aplicando a regra da cadeia para pot<ncias

(a) .!L (Sx3 - x•)1 = 7(Sx 3 - x4 ) 6 .!f...(sx' - x") RCS"dco.ic;•


tlt t/;( r.m 1'01.:-ndll$ com
= 7(S.r 3 -x 4) 6(5 • 3x 2 - 4.< 3) ,. =;,•- x'.n = 7
= 7(5x 3 - .<4) 6( 15.<2 - 4.r 3}

(b) .!L (- 1- ) = .!1...(3•·


<L< 3x -2 dr ·
- 2)- l

d R~gra dt ç;tJdõl
= - 1(3x- 2f 2 -dt (3x- 2) ' .
J'lr.a potdtcw<om

= - 1(3x - 2f2(3)
3
(3x - 2)2
No item (b) também poderíamos ter usado a regra do quociente para
encontrar a derivada.

EXEMPLO 8 Determinando e<>er.cientcs angulares das tangentes


scn•' x é uma abreviatuca para (scn .t')".
~~~-1. (a) Encontre ocoeficiente angular da reta tangente à curva y= sensx no
ponto onde x = rr/3.
(b) Mostre que o coeficiente angular de qualquer re·ta tangente à curva
y o 1/(1 - 2x)' é positivo.

SOLUÇÃO
dy 4 d
(n) - = 5scn x· - scnx Rc~r.t J.a t.1Jl'l.J. par;a potência.\
<ix rlx
comll = ,.en.\'.n-= 5
= 5 sen4 xcosx

A reta tangente tem coeficiente angular

r/yl
tlr x• w/J
(VJ)' (')2 =
= 5 - 2- 45
32

(b) liy = .!!... (1 - 2xf 3


dx d.r
• -3( 1 - 2x)""' · .!f... (l - 2r) lh1;r-.a d~ C:ttk-i.t p::.n jlOténcüs.,
dx conlu -=- (l - 1x) , ,J ::.~ 3

= - 3( 1 - 2rt" · (-2)
6

Em qualquer ponto (x, y) na curva, x ;é L/2 e o coeficiente angular da


reta langentc é
dy 6
rlt =(I -2r)'
o quociente de dois números positivos.
snow
capitulo 3 ~ivaç~o 193

EXEMPLO 9 Radianos''"'"' graus


10 importante lembrar que as fórmulas para aos derivadas de sen x e eos x
foram obtidas corn x medido em radianos. e não em graus. A regra da cade-ia
fornece wna nova visão sobre a diferença entre os dois. Uma vez que 180° = Tr
radianos,;(' ~ nx/180 radianos, onde ,,• significa o ângulo x medido em graus.
Pela regra da cadeia,

!!::sen(x ) ~ ~sen( "x)


= ...!...cos( -;rx)
= ...!...cos(x ).
dx dx 180 180 180 ISO
Veja a Figura 3.28. De maneira semclhant~. a derivada de cos (x•) é
-(n/180) scn(X').

1:IGURA 3.18 sen (.~)oscilá apenas 11/ISO vezes sempre que sen x oscila. Seu
codicicntc angular máximo é n/180 (Exemplo 9).
O f..1.tor JT/180, inoportuno na primeira derivada. combina com deri·
vações seguidas. Rapidamente percebemos a ra7...10 que nos leva a usar a
unidade radiano.

PQs;ç;o dopan~
no immmtc 1 -----....:: </(1), i{(t))
Equações paramétricas
Em vez de descrever uma curva expressando a ordenada de um ponto
P(x. y) da curva em função de x. às vezes é mais conveniente descrever a cur-
'ra expressando nmbas as coordenadas em função de uma terceira variável/.
A Figura 3.29 mostra a trajetória de uma partícula em movimento descrita
por um par de equações: x = /(1) e y = g(l). Para estudar o movimento, I ge-
ralmente denota tempo. Equações como essas são melhores que uma fórmula
FIGURA 3.29 O caminho percorri· cartesiana., porque descrevem a posição da partícula (x, y) = (f(l), g(l)) em
do por uma partícula deslocando~se no qualquer instante I .
planoxy nem sempre é o grãfico de uma
funç.'io de x ou de uma função de y. Definição C urva panmctrizada
Se x e y são dados como funções
X= j(l), y = g(t)
ao longo de um intervalo de valores de t, então o conjunto de pontos
(x, y) =(f( I), g(l)) definido por essas equações é uma curva parame-
tri7..ada. As equações são equações paramétricas para a curva.

A variável t é um parâmetro para a curva, e seu domínio I é o inte.rvaJo


do parâmetro. Se I é um intervalo fechado, as 1 s b, o ponto (/{a),g(a)) é o
ponto ioícial da curva. O ponto (/(b), g(b)) é o ponto final. Quando damos
equaçõe.s paramétricas e um inte(valo para o parâmetro de uma curva, dize~
mos ter parametrizado a curva. As equações c o ia\tervalo constituem. juntos.
uma paramctrlzafão da curva.
snow
194 Cálculo

)' EXEMPLO lO Deslocamento em urn:t circunferêndn no sentido


antl·horário
t= ~
Trace as curvas paramétricas:
(n) X= CO$ I, y = scn I, 0 $ I $ 2tr
(b) x = ncosl, y = a sen t. 0SIS2tr

SOLUÇÃO
(a) Sendo xl +I= cosl t + sen 2 t = I, a curva parametrizada situa-se
ao longo da circunferência unitária A.l + I = I. Como t aumenta
de Oa 2rr, o ponto (x, y) = (cos 1, sen I) inicia o traçado em (t. O) e
completa urna volta intei_ra em sentido anti-horário (Figura 3.30).
(b) Panu= a cost,y=nscn t, OS I S: 2n, temos.~+ f =al ct% t +a! scn! t = al.
A parnmetrizaçâo descreve um movi.mc.nto que começa no ponto (a. O)
FIGURA 3.30 As equações x = cosI e
y = sen cdescrevem o movimento na cir-
e continua ao longo da circunferência,? +I = a2 percorrendo-a uma
vez em sentido anti-horário c retornando para (a, O) em 1 = 27T.
cunferência x'- +I
== 1. A seta mostra
o sentido de aumento de 1 (Exemplo
lO).

EXEMPLO 11 Deslocamento ao longo c.l~ uma rarâbola


A posição P(x, y) de uma partícula deslocando·se em um plano xy é
dada pelas equações c pelo intervalo do parâmetro
.t = Jí, 1<: 0
ldentitique o caminho percorrido pela partícula e descreva o movimento.
SOLUÇÃO Tentamos identificar o caminho eliminando t nas equa·
ções x = Jíe y = I. Com alguma sorte, isso produzirá uma relação algé·
brica rcconhecfvel entre x c y. Achamos que
y
y =l = (Jí)' : x'
Então, as coordenadas da posição da partícula s-atisfazem a equação
P(Vi.r) y = x' , de modo que a particula se desloque ao longo da par.íbolay = x'.
Entretanto, seria um erro concluir que o caminho· da partícula seja a
parábola inteira. y = .<';ela é só a metade da parábola. A abscissa da par-
tícula nunca é negativa. A partícula começa em (0, O) quando t = Oc sobe
---~rf----
O Comcçacm
.....< no primeiro quadrante quando I aumenta (Figura 3.31). O intervalo do
t =O parâmetro é((), -l e não há ponto final.

FIGURA 3.31 As equações x=


Jí e y= I e o intervalo I~ Odescre- EXF.MPLO 12 Paramctrizando um segmento de reta
vem o movirnento de uma parti·
cuia que percorre o ramo direito Encontre uma parametri1.ação para o segmento de reta com exlremi·
da parábola y = x' (Exemplo li). dadcs (- 2, I) e (3, 5).
SOLUÇAO Usando (- 2, I), criamos as equações paramétricas
x= - 2+al y= I +bl
Essas equações representam uma reta, e podemos ver isso resolvendo 1
em cada equação e igualando-as para obter
x.+2 y - 1

--=-- b
Essa reta cruza o ponto (- 2, I) quando t = O. Determinamos a e b de
modo que a reta passe em (3, 5) quando 1 = I.
snow
capítulo 3 ~íva~o 195

3 = - 2 +<l=>d = 5 x = 3qual'kfol = I
5= I +b=>b=4 y = S (lll:llldO I=- l

Portanto.
X= - 2 +51 y= I + 41 o,;t,;l
é uma parametritaçào do segmento de reta o;,om ponto inicial ( -2, I) e
ponto final (3, 5).

Coeficientes angulares de curvas parametrizadas


Uma curva parametrizada x =j(t) e y = g(t) S<!rá derivável em I se x e y
forem deriváveis em t. Em urn ponto de uma cun<>a pa.ramctrizada dcrivável,
onde y também é função derivável de x, as derivadas dyldt, dxldt e dy!dx estilo
relacionadas com a regra da cadeia:
dy dy dx
-=-·-
dl dx til
Se tix/dl "'O, podemos dividir os dois lados da e-quação por dx!dt e resolver
tly!dx.

Fórmula paramétrica paro dy/dx


Se as três derivadas existem c tlxldt"" 0, então
dy dy/dl (2)
-=--
tlx dxfdt

EXEMI'LO 13 Deslocamento ao longo da elipse x'fc~' + y'!b' = I


Descreva o movimento de uma partícu]a cuja posição P(x, y) no tempo
t é dada por
x=acosl y=bsent O.St~2"
Encontre a reta tangente à curva no ponto (nfJi, bl./7:), quando I= nf4.
(As constantes a e b são ambas positivcts.)
SOLUÇAO Encontramos uma equação cartesiana para as coordc·
nadas da partícula eliminando 1 nas equações
X
cosi =-. senl= L
11 b
A identidade cos' 1 + scn' 1 = I produz

( ~)'+(l.)'=
n b
l,ou x:+y' = I
n· b'
As coordenadas (x,y)da partículasatisfaz.cm a equação (Kin') + (y'Jb') =
I, portanto a partícula se desloca ao longo dessa elipse. Quando I =O, as
coordenadas da partícula são
x = "cos (O) = " y = b sen (O) =O
logo o deslocamento começa em (n, O). Conforme 1 aumenta, a parti·
cuia sobe c se desloca para a esquerda, indo no sentido anti·horário.
Ela dá uma voha completa na elipse, retornando ao ponto inicial (a, 0)
em t s 211.
196 Cálculo

O coeficiente angular da tangente à elipse quando t - tr/4 é

dyl tly/ tlll


tlr ,-..1~ - i.Lr./ clt ,- •l '

bcos1 I
= - o sen 1 t• -rr/4

h/Vi = -%
-atV2
A reta tangente é

y- ~=-%(r-~)
y=~- %(x -~)

0\1

y=-%x +Vib
Se as curvas parametrizadas definem y como uma função de :< derivávcJ
duas vezes, então podemos aplicar a Equação (2) à função dy!dx = y' para
calcular d'yltlx' em função de 1.
t/1)• (/ • tly'/ dl
dx 2 = d\· ( y ) = d'f/ dt IA{U:ti,;.il\•(:!:)etlfny'notu~.lrdct·

Fórmula p~ramétrica para d 2yltl.~


=g(t) definem y como uma função de x deri·
S., as equações x = j(t), y
vável duas vezes, então em qualquer ponto onde dx!dl " O,
t12y tiy'1t11
dr' = dx/ dl (l)

EXL"IPLO 14 Dctcm1inando d'ylti>J pam uma curva pammctri7.ada


Determine d'y!tlx' em função de 1, se x = 1- t', y = 1 - t'.
SOLUÇÃO
I . Expresse y' =dy!dx em termos de I.
, _ dy _ dy/ dl _ I - 31 2
Y tlr - tl</ dl - I - 21
Determinando â-ytdx' em relação a t
I . E.xpresse y' = dy/dx em termos de 1. 2 . Derive y' em relação a I.
2. Determine dy~dt. 2
tiy' - ti (' - 31' ) - 2 - 61 + 61 R\!~r:t d'o qu~)o.;lf.'llh!.
3. Dívida dy'/dt por dx!dt. t/1 t/1 l - 21 (I - 21)2
3. Divida dy ~dt por dx!dl.
d 2y tly'j dl (2 - 61 + 612 )/( 1 - 21)2 2 - 61 + 61 2
tlr2 = drf dl = I - 21 (1 - 21)l
capítulo 3 ~iva~o 197

y EXEJIIPLO l5 Lançando suprimentos de emergência


Um avião da Cruz Vermelha lança suprimentos alimentares c médicos de
Ouninho d;~ c:.rga: lançttdà
emergência em uma área de desastre. Se o avião la:nçar os suprimentos i media~
tamentc acima do lin>ite inicial de un1 campo aberto com 700 pés de compri-
mento, e considerando que a carga se desloca para a frente durante a que-da,
x ~ l20t e y ~-1611 +500, t <?: O
o C·unpo a:beno ? 700 X

a carga cairá dentro do campo? As coordenadas x e y são medidas em pés e o


fiG URA 3.32 A trajetória da carga de parâmetrO 1(tempo após o lanÇ<Illlcnto), em segundos. Encontre uma equação
suprimentos durnn1e a queda apresenta- cartesiana para a trajetória da carga lançada (Figura 3.32) e a taxa de queda da
da no Exemplo 15. carga em relação a seu movimento para diante quando ela atinge o solo.
SOLUÇÃO A carga atinge o solo quando y = O, o que ocorre no ins-
tante I quando
-1612 +500 = 0 Ev.:r f= O

A abscissa no instante do lançamento é x = O. Quando a carga atinge o


solo, a abscissa é

.. - 1201 - 12oef ) - 3oovs pés


Como 300 J5 ~ 670,8 < 700, então a carga cai dentro do campo.
Obtemos uma equação cartesiana para as coordenadas da carga climi·
nando I nas equações paramétricas:
)' = -I 6t2 + 500 F.t)U<IÇ:W r:ar.t!"'ldrica ...;'lt,\ 1

= - C Y+ 500
16 ~O Sub>totuir por r <l.t "!"•~•• .< - t lOr
Urn-1 ~rábob

A ta.xa de queda em relação ao movimento para diante, quando a carga


tocao solo é
t(vl r(v/rll l
- = -- I tlu.\(làflJ
dr ,. , .,;;12 rlr/rll ••SVSf2

-3211
=120 ,. , .,;;"
2Vs - 1.49
=-;r-"'

Portanto, ao atingir o solo, a ca.rga está caindo cerca de 1,5 pé para cad<1 pé
de movimento para diante.

Paramctri~:açõc.s·padrão e rcgr.ts de derivadas.


x' y'
ELIPSB 7"*ll=l:
x :: acost x : áCO$f

y=nscnt y= bsen 1
OSIS2n OS: t.:2n
FUNÇÃO y =}tx): OtiRIVAOAS

x:::l d' y dy'!dt


' dy dy/rll
y= - = - - · dx' ~ d;idí
y = j(t) dx dxldl
snow
198 Cálculo

Exercícios 3.5

Cálculos de derivadas
~5. IJ = scn (~) .. 6. q = cors(sc;11)
Nos exercícios 1-8, dados y = Jt11) e 11 = g{x), determine
dy!dx =j'(g(x))g'(x). 47. y=cos(e·•') ~s. y = ole-"' cos50

J. y = 611 - 9, 11=(1/2)x' 2. y=211', 11=8x - l Nos exercícios 49- 60 encontre dy/dt.


-19. y = sen1 (171 - 2) 50. y = scc1 1Tt
3. y = scn 11, 11 = 3x + I 4. y = cos 11, 11 = -x/3 51. y =( I+ cos2t).... 52. y =(I+ cotg(t/ 2))"'
5. y= cos u. u = scn x 6. y= scn u. u = x- cosx !li.t y = e('Oj.:•~~-1) 5.1. )' = (c~(t/2))3
7. y c lguJ u = l0.\'-5 8. y=-secu, u a .-,?+7.'< õ5. y= scn (cos(2t - 5)) Só. !' = cos (s "'" (~))
Nos exercícios. 9- 22, escreva as funções na forma y = j{u) e
11 = g(x). Em seguida, determinedy/tlxem função de x. 57. y= (1 + •s' (rr))' 58. y = i (a + cos2 ( 7t) )l

10. J' = (4 - 3x)~ 59. y • V I + cos (t 2) 60. y • 4 son ( v'i+\7,)


9. y = (2< + I)'

11. )' = ( 1 _ ~r 12. J' = (Í _I Derivadas de segunda ordem


13. )' • (·~-, + ,,. - -;I)' 14. Y • (f+ s~)' Nos cxcrc[cios 6 1-66, determine y'.

"'· )' - S<C(tg.<) 16. y • co•s(,. - t) 61. y = (1 +}y 62. y = ( 1 - v:<)-•


17. y=scn3.r t8. y = Sco:;-4 x
19. y =e-x 20. y = a!r/3 63. y = ~ootg(3x- I) 64. y= 9tg (t)
21. )' = e$-'b: 22. )' = (!(.aYx+.\.:} 6S. y = .e·': + 5x 66. y = sen(x 2e')

Nos exercícios 23-48, encontre as derivadas das funções.


Determinando os valores numéricos das
23. "-~ 2-t q • V2r - r 1 derivadas
•< . s
... c. J.4r. sen •~' + s;cos
4 5t Nos exercícios 67-72, encontre o valor de 1f • g)' para os
valores dados de x.
26. s=sen (3"') +eos (3"'
T T ) 67. j(11) = 11' + I. 11 = g(x) = vX. x = I

27. r= (cose<: O+ cotg0)- 1 2R. r= -(secO+ tg 8)- 1 6R. j(u) = I - t. 11 = g(x) = I ~ .T , .< = - I

l!>. y = x 2 wn"' .'l + xcot..2 x .30. y = }t:cn- s,'t(- jco~>3 .'r 69. f(u) • cotg ~~. u • _s:(x) • 5 VX. x • 1
I
31 . y = 2T(3.r- 2)' + ( 4 - I,., ) " ' I
2 70. j(11) = 11 + -,-.
cos u
11 = g(x) = r.x. x = 1/ 4
.12. )' = (5- 2<)- 3 + t(~ + I)'
71. j(11) = ....f!l-. 2
11 = g(.r) = IO.r + x +I , .< =O
,- + 1
33. )' - (4x + 3)'(x + 1)"3 3~. )' - (lr - 5r'<.•' - ir)6
35. y • :~e-x + elr 36. y • ( I + 2x)c-!:r 72. j (u) •
11- 1)'. u • g(x) • .t:I - 1. x • -I
(;+(
37. y = t•'- lr + 2)e'-'ll 38. J' = (9.r'- 6x + 2)c''
73. Suponha que as funções f c g e suas derivadas em relação
39. 11(.<) = xtg(2VX) +7 ~O. k(x) = x'scc(}) a x tenham os valores em x = 2 c x = 3 a seguir.

41. j(O) • (
·
scn O )'
I +cosO
~2. g(t) • (I +senoost)-
t
1 X Jtx) g(x) f'(x) g'(x)
2 8 2 1/3 -3
U r • sen (o') cos(20) ~- r • sccVots(~) 3 3 -4 2tr 5
capitulo 3 ~ivaç~o 199

Encontre as derivadas em relação a x das funções compos.. (b) Coeficienteungulares de uma curva tangente Qual
tas a seguir usando os valores dados de x. é o menor valor de coeficiente angular que uma curva
(a) 2/(x), x =2 (b) f(x) + g(x), x =3 pode ter no intervalo -2 < x < 2? Justifique sua resposta.
(c} f(x) · g(x). x = 3 (d) /(x)/g(x), x =2 80. Coeficientes angulares de senóidcs
(c} /(g(.<)), X= 2 (f) .J7W, X= 2 {a) Encontre as equações para as tangentes às curvas y =
(g) l/g 1(x), x=3 (h) J/' (x)+g' (x) , x=2 ..:n 2x c y = -scn (x/2) na origem. Existe algum as-
pecto dife.rente sobre o modo como essas tangentes
7-l. Suponha que as funções f c g e suas derivadas em rclaç.;o
a x tenham os valores em x =O c x = I a scgui_r. estão relacionadas? Justifique sua resposta.
(b) O que se pode dizer sobre as tangentes às curvas y =
X j(x) g(.<) J'(x) g'(x) sen mxcy: -sen (x/m) na origem (m é umaconstan·
o I 5 -1/3 te~ O)? Justifique sua resposta.
3 -4 -1/3 -8/3 (c) Paro dado quais são os maiores valores de coefi-
111,

Encontre as derivadas em relação a x das funções compos- ciente angular que as curvas y =- sen mx e y : -sen
tas a seguir usando os valores dados de x. (x/m) podem ter? Justifique sua resposta.
(a) 5 j(x) - g(x), .< = I (d) A função y = sen x complc1a um pcriodo no intervalo
[0, 211), a função y = sen 2x, dois períodos. a função
(b) j(.<)g'(x). x=O
y = sen (x/2), meio periodo e assim por diante. llxistc
(c) f(x) , x= I
g(x)+ l alguma relação cnlre o número de períodos que y ;
..:n mx completa em [O, 2n:) e o coeficiente angular da
(d)j(g(x)), x= O
curva y = sen mx na origem? Justifique sua resposta.
(c) g(j{x)), x =O
(f) (x11 + f(x))'' . x =I
Obtendo equações cartesianas a partir de
(g) Jtx + g(x)). x =O
equações paramétricas
75. Se s = cose c de!dl = 5, determine ds!dl paro e = 3nl2.
Os exercícios 81-92 forn<Xcm equações paramétricas c in-
76. Se y = x' + 7x- 5 c dx/dt = 10. detenníne dyldx para x = I. tenoalos de parâmetros para o deslocamento de uma partícula
no plano xy. Identifique a trajetória da partícula encontrando
urna equação cartesiana para ela. Faça o gráfico correspon-
Escolhas em funções compostas dente. (Lembre-se de que os gráficos vão variar conforme a
O que aconteceria se você pudesse escrever uma função equação usada.) Indique a porção do gráfico percorrida pela
composta de difercntc<s maneiras? Você conseguiria sempre a partícula e a direç-ão do deslocan1ento.
mesma derivada? A rcgro da cadeia diz que sim. Tente com as 81 . 21,
X; COS y= sen 21, OSISn
funções dos exercícios 77 e 78.
82. X = CO$ (11- 1), y = sen (n-1), 0 S I S 1f
77. Se y = x.dctcrmine dyld.< usando a regra da cadeia. sendo
y uma função composta de 83. x = 4cosl, y ;::. 2sent, 0SIS2n

(a) y = (11/5) + 7 c 11 = 5.<- 35 84. x=4sent, )' = 5 cosI, o$1$ 211


{b) y = l +(l/11) c 11 = 1/(x- 1) 85. X= 31, )' = 9t', -oo</<oo

78. Se y =xl12, determine dy/dx usando a regra da cadeia, sen- 86. X= -Ji, y= I, 12:0
do y uma fuxnção composta de 87. x=21 - 5, y = 41 - 7, - oo<t<oo
(a) y = 11' e u= -.Íx 88. x = 3-31, y = 21, OSt.SI
(b) y = ..r.; e 11 = x' 89. .< = 1, y=·b-l' . -1 ~uso
90. x=Jt+i, y=Ji, 1 ~o
Tangentes e coeficientes angulares 91. x ; sec'l - 1, y = tgl, - n/2<1<1112
92. x =-s~ I, y ; tg 1, - n/2 < 1 < n/2
79. (a) Encontre a tangente à cunoa y =2tg (1fx/4) paro x = I.
snow
200 Cálculo

Determinando equações paramétricas 106. x=l - senl, y= l - cos i, l=rr/3


101. x = cosl, y = l+senl, l = rr/2
93. Determine equações paramétricas e um intervalo de pa·
râmctro para o deslocamento de uma partícula que co- 108. x = secl t-1, y=tgt, t=-n/4
meça em (a, O) e percorre a circw1ferência x'- +f= a1
(a) uma vez no sentido horário. Teoria, exemplos e aplicações
(b) uma vez no sentido anti· horário.
(c) duas vezes no sentido horário. I 09. Maquinário funcionando muilo rápido Suponha que
um pislão se desloque para cima e para baixo e que sua
(d) duas vezes no sentido anti·horário.
posição no instante t segundos seja dada por
(Há muitas maneiras de fa1.er isso, porlanto as respoSias da- s = A cos (2rrbl)
das pode1n não coincidir com as que estão no final do lh'l'o.)
com A c b positivos. O valor de A é a amplitude do mo ~
94. Determine equações paramétricas e um intervalo de pa· vitnento e b é a freqüência (n(unero de vezes que o pis·
rãmelro para o deslocamenlo de uma parlfcula que co· lão se desloca para cima e para baixo a cada segundo).
meça em (a, O) c percorre a elipse (x'la' ) + (y/b') = I Que efeilo a duplicnção da freqüência lem sobre a velo·
(n) uma vez no senlido honirio. cidade, a aceleraç:ão e a sobreaceleração do pistão? (Ao
descobrir, você entenderá por que 0111a máquina quebra
(b) uma vez no sentido anti·horário.
quando funciona rápido demais.)
(c) duas vezes no sentido horário.
110. Temperatura em Fairbanks, Alasca O gráfico da Figu·
(d) duas vezes no senlido anli·horário. ra 3.33 mostra a temperatura média (em Fahrcnheit) em
Fairbanks. Alascn, durante um ano de 365 dias. A equa·
(Assim como ocorreu no Exercício 93, hâ muitos respos·
ção que fornece a lemperatur.t aproximada no dia x é
tas corretas.)
2
Nos exercícios 95- 100, obtenha uma parnmetrir....1ção para y=37sen[ "' (x - 101)]+25
365
a curva
(a) Em que dia a temperatura aumenta mais rápido?
95. segmento de rela com as extremidades (- 1, - 3) e (4, I)
(b) Quanlos graus por dia a lemperatura sobe aproxi·
96. segmento de rela com as extremidades (- I, 3) e (3, - 2)
madamente, quando está aumentando mais rápido?
91. a me1ade inferior da parábola x- I = y
98. a mcladc esquerda da parábola y = 2 + 2x
99. o raio (semi-rela) com ponto inicial (2, 3} que passa pelo
ponlo (-L, -I) ' ~...\
100. o raio (scmi·rcla) com ponlo inicial (- 1, 2) que passa
pelo ponlo (O, O)

Tangentes a curvas parametrizadas


Nos exercícios 101-108, encontre uma equação para a tan ~ FIGURA 3.33 Temperaltora média normal do ar
gente da reta à curva no ponlo definido pelos valores de I. De· em Fairbanks, Alasca (regislro pon·lilhado) e a fun·
1ermute também o valor de d'yldx' nesse ponlo. ç5o seno aproximadorn {Exercício LlO).

!OI. x =2 cos 1, y = 2 sen 1, 1 =rr/4 111 . Movimento de uma partícula A posição de uma parti·
102. x = cos/, y = J3cosl, 1= 2rr/3 cuia que se desloca ao longo de uma ret:a coordenada é dada
por s = J'i"'+4t, com sem metros e tem segundos. Deter~
103. X= I, y = ..fi, I = 1/4
mine a velocidade e a aceleração da parlícula para t = 6 s.
10·1. x= -Ji+i, y= J3i, 1=3
11 2. Acelernção constante Suponha que a velocidade de um
105. X= 2.f" + 3, y =l' , f = -J corpo em queda seja v = k..fs m/s (k ê uma constame) no
snow
capitulo 3 ~ivação 201

instante em que o corpo caiu s metros do ponto de parti· para h= 1,0; 0,5; e O. 2. Experiimcnte com outros valores
da. Mostre que a acc1eração do corpo é constante. de I•~ incluindo valores negativos. O que acontece quando
Ir -> O? Explique esse comportamento.
113. Um meteorito em queda Quando um meleorito pe·
sado está a s km do centro da Terra, sua velocidade de I 20. A derivada de cos (x') Represente graficamente a fun-
entrada na atmosfera terrestre é inversamente propor- D ção y = -2x sen (xl) para -2 S x S 3. Depois, na mesma
cional a J;. Mostre que a aceleração do meteorito é in · tela, faça o gráfico de
versamente proporcional as2. eos((x + h)' )- cos (x' )
J 14. Aceleração de un\a partícula Uma partícula se deslo· y h
ca ao longo do eixo x com velocidade dx/dl =j{x). Mos-
paro h= I: 0,7: e 0,3. Experimente com outros valores de
tre que sua aceleração é j{x)f'(x).
lo. O que acontece quando h-> 01 Explique esse compor·
115. Temperatura e o perlodo de um pêndulo Para osci- tamento.
lações de pequena amplitude (balanços curtos), é seguro
D As curvas dos exercícios 121 e 122 são chamadas curvas
modelar a relação entre o período T c o comprimento L
de Bowditclt ou figuras de Lissajous~ Em cada ca.so. encontre o
de um pêndulo sirnples com a equação
ponto. no interior do primeiro quadrante. onde a tangente da
curva é horizontal e determine as equações das duas tangentes
/=21TH na origem.

onde g é a aceleração constante da gravidade no local em


121. y
X • .scn I
122. ,. x = scn21
que est~\ o pêndulo. Se medirmos g em cm/s1• devemos y=SCI\21 .\' • senl/

usar L em em e Tem s. Se o pêndulo for de metal. seu


comprimento variará com a temperatura. aumentando
ou diminuindo a uma taxa aproxin1adamente propo_rcio-
nal a L.. Usando os símbolos u para temperatura e k para
a constante de proporcionalidade, temos

dL = kL
du Nos exercícios 123 e 124, use a regra da cadeia paro de-
Considerando que este seja o caso, mostre que a taxa de monstrar que a regra da potenciação (dldx)x" = tox""1 aplica-se
a funções X' .
variação do período, em relação à temperatura, é kT/2.
116. Regra da cadeia Suponha qucj{x) =.t2 cg(x) = J.<J. En· IZJ. x 11' = V\i; 124. x''' ~ ~
tã6) as funções compostas

(f• g)(.<) = 1·<1' = xl c (g • J)(x) = lx'l = .<'


USANDO O COMPUTADOR
são ambas deriváveis em x = 01 muito cmborag em si não
seja derivável em x =O. Isso contradiz a regra da cadeia?
Explique.
Polinômios trigonométricos
tt?. T:angenlet> Suponha que u = g(x) 'c*l deriv:\\'d cm.'IC = 1e
que y= j{u}, em u = g(l). Se o gráfico de y= j{g(x)) tiver unUI 125. Como se vê na Figura 3.34, o •polinômio.. trigonométrico
tang~ntc hotiz.ontal em x ::: 1. podemos concluir algo em re- s = j{l) : 0,78540 - 0,63662 cos 2/ - 0,07074 cos 61
lação à tangente ao gráfico de g em x = I ou em relação à -0,02546 cos 101- (),01299 eos 141
tangente ao gráfico def em u = g( I)? Justifique sua resposta. pennite uma boa estimativa da função dente-de-serra s =
118. Suponha que u =g(x} seja derivável emx= - 5, que y= f(u), g(t), no intcn,alo 1-rr, rr). Até que ponto a aproximação da
em u = g(-5) e que (f •8)'(-5) seja negativa. O que se pode derivada de f em relação à derivada de g é boa nos pontos
concluir a respeito dos valores de g'(-5) e def'(g( -5))? onde dg!dl é definida? Paro descobrir, siga os passos dados.
1!9. A derivada de sen 2x Represente graficamente a fun- (a) faça o gráfico de dg!dt (onde ela é definida) em 1- rr, rrl.
D ção y ::: 2 cos 2x para -2 S x S 3,5. Depois. na mesma tela. (b) Determine df/dt.
faça o gráfico de
(c) Faça o gráfico de df/dl. Onde a aproximação de dgldt
sen 2(x+h)-sen2x
r- por df/dl parece ser meU>or? E pior? As aproximações
h
snow
202 Cálculo

de polinômios trigonométricos são importantes nas (c) Faça o grólico de t!h!dt para ver como ele não se ajusta
teorias de calor e oscilação. mas, como veremos no bem ao de dkldt. Comente a respeito.
pfóximo cxcn;í,io, não devemos esp<:•(lf tnuito delas.
.f . k(t )
s

I I ? • ti)
_,I o
"'Í ~ "
" - t
FIGURA 3.34 Estimativa da função FIGURA 3.35 Aproximaç.\o de uma
dente-de-serra por um "'polinômio,. tri- função escada por um "'polinômio"
gonométrico (Exercido 125). trigonométrico (Exercício 126).
126. (Co11ti1111ação do Exercício 125.) No Exercício 125,
o polinômio trigonométrico /(t) que se aproximou da
função dente-de-serra g(t) no intervalo [-rr, n) apre-
Curvas parametrizadas
sentou uma derivada que se aproximou da derivada Use um SAC para executar os passos a segui[ nas curvas
da função dente-de-serra. Entretanto. é possível que paramctrizadas dos exercidos 127-130.
um polinômio trigonométrico se aproxime razoavel- (• ) Faça a curva no dado intervalo de valores de t.
mente de uma função, embora sua derivada não se
aproxime da derivada da função. Nesse caso, o ••poli- (b) Determine dyldx c d 2y!dx' no ponto 10•
nômio.. (c) Encontre uma equação para a reta tangente à curva
s = h(t) = 1,2732 sen 21 + 0,4244 sen 61 + 0,25465 sen !OI no ponto definido pelo valor dado de lo- Faça a curva
+ 0,18189 sen 141 + 0,14147 sen 181 com a tangente no mesmo gráfico.
representado graficamente na Figura 3.35 aproxima~se I l I 1
127. x=3'· y=2'· O S t S I. to=l/ 2
da função escadas= k(t) apresentada. Contudo, aderi-
vada de h em nada se parece com a derivada de k. 128. X= 2t 3 - 161 2 + 2St + S. y =,, + I- 3. o s I s 6.
to a 3/ 2
(a) f-aça o gráfico de dkldt (onde ela é definida) crn [-11,11).
129• .V~ f - COS/1 y = ) + SC-11 I, - -r. S I !Sr., to= -rr/ 4
(b) Determine dh!dt. 130 . .r = e'cost, y = c'sent, O s 1 s w. to = r./ 2

Derivação implícita
A maioria das funções com as quais lidamos até agora foi descrita por
uma equação com a forma y = ft.x), que expressa y explicitamente em ter·
mos da variável x. Aprendemos regras para derivar funçõe.s definidas dessa
maneira. Na Seção 3.5. também aprendemos como determinar a derivada
dyldx quando uma curva é definida parametricamente por equaçõe-S x = x(t)
e y = y(t). Uma terceira situação ocorre quando encontramos equações do
seguinte tipo
> ,
X'+y - 25 A o> 1 - x ~ o. ou x' + y' - 9xy = O
(Veja as figuras 3.36, 3.37 e 3.38.) Essas equações detonem uma relação
implfcitn entre as variáveis :< c y. Em alguns casos conseguimos deter·
minar y em uma equação desse lipo expressando-a como uma (ou aré
mais de uma) função explícita de x. Quando não podémos colocar uma
equação F(x, y) = O na forma y = /(x) para derivá-la -d a maneira usual,
podemos ainda determinar dy/d.< por intermédio da derivação impllcita.
capítulo 3 ~iva~o 203

)' Esse processo consiste em derivar os dois lados da equação em relação


a x e, depois, determinar y· na equação resultante. Nesta seção, vamos
descrever essa técnica c usá-la para ampliar a regra da potenciação na
derlvaç~o. a Orn de Incluir expoentes racionais. Nos exemplos c exerd·
cios desta scç.ã o sempre se pressupõe que a equação dada determina y
itnplicitamcnte como uma função derivávcl de x.

Funções definidas implicitamente


Começaremos com um exemplo.

EXEMPLO 1 Derivalldo implicitamente


FIGURA 3.36 O círculo combina os
Determine dyldx se J = x.
gráJicos de duas funções. O gráfico de
y2 é o semicírculo inferior e passa por SOLUÇÃO A equação J = x define duas funções deriváveis de x
(3,- 4). que, na verdade, podemos encontrar em Ya =.[;c Y: = -J; (Figura
3.:>7). Sabemos como calcular a derivada de cada uma delas para x > 0:
dy, I dy, I
dx = 2-Íx c dx = - 2-Íx
r~ =x
No entanto, imagine se soubéssemos apenas que a equação I = x
definiu y como uma ou mais funções deriváveis de ,"( para x > O. sem
saber exatamente quais são essas funções. Ainda seria possivel dctermi 4

na r dy!dx?
A resposta é sim. Para determinar dy!dx, slmplcsmcntc derivamos os
dois lados da equação J =x em relação a x. considerando y =f(x) como
uma função derivâvel de x:
y2- X

Coeficiente dy
an;ul:~r o- J_ = - -1- 21 dt =
2)'2 2vX
dy I
FIGURA 3.37 A equação y'- x = O ou <Lr = 2y
Y = x, como geralme-nte é escrita, define
Essa fórmula sozinha fornece as derivadas que calculamos para nmbns
duas funções deriváveis de x no intervalo
x?. O. O Exemplo I mostra como encon-
=
as soluções explícitas y1 -Íx e y , --Íx: =
trar as derivadas dessas funções sem rc- <Ú'I l I dn I I I
solvcry na equação x. I= li< = 2y, = 2\/X e dx = 2Jo} = 2( -vx) = - 2\/X

EXEMPLO 2 Coeficiente angular de um cfrculo em determinado


ponto
Dctennine o coeficiente angular do círculo i' +J = 25 no ponto (3, - 4).
SOLUÇÃO O círculo não é o gráfico de uma única função de x, e
sim os grMicos combinados de duas funções deriváveis. y1 == J2s- x 2 e
y, = - ·h5- x' (Figura 3.36). O ponto (3,- 4) está no gráfico de y,, portanto
podemos determinar o coeficiente angular calculando ex:plicilamente:
dy,l
(lt ,, •3 m
-2r
2\hS - x 2
I ,.3
-6
= - 2Y25 - 9 a 4
3
snow
204 Cálculo

)' No entanto, também podemos resolver o problema com mais f.1cili..


dadc derh·ando a equaç.;o dada do círculo implicitamente em rclaçfto a x:

<ú· (x2)
.i!_ . + .i!_ .i!_ (25)
tlx (y 2) = {/;(
tly
2.< + 2ydX =o
dy X
tlt ; -:;;

O coeficiente angular em (3, -4) é _;:1


)' I)....,
=- -=-
3
-4
3
4
Observe que, diferentemente da fórmula do coeficiente angular
para dyi dx, que se aplica somente a pontos abaixo do eixo x, a fórmula
dy/dx = - xly aplica-se a qualquer ponto do círculo que apresente coefi-
FIGURA .1.38 A curva:<'' y'- 9xy = ciente angular. Observe também que a derivada envolve as duas variáveis
O não é o gráfico de nenhuma função x e y, não apenas a variável independente x.
de x. Entretanto, ela pode ser dividida
em arcos scpantdos. que são, sim, gráfi-
cos de funções de x. Essa curva especí· Para calcular as derivadas de outras funções definidas implicitamente, pro-
fica, chamada fólio. remonta a Descar~ cedemos como nos exemplos J e 2: trotamos y como uma função derivável im·
plícíta de x e aplicamos as regras usuais para derlvar os dois lados da equação.
tcs, em I 638.

EXEMPI.O 3 Derivando implicitamente


Determine dyldx se y' = x' + scn xy (Figura 3.39).
4 SOLUÇÃO
y2 ::: X
2
+ SCI\ .\')'
2
.i!_ ()' 2)
tb:
; .!!.. (x 2) + tf.t
t/,'(
.!!.. (scn -''')

IJic:t~w <." doit l.ldO$ ~m
rd.'l~,"ln~_'f...

ti)' d ,, (Oihtdcr.tn ..Jo )'C(lftlU


2)' dx = 2x + (cos.~•·) ;L;i-9') l llll.l fu~~l)dc .\'Ç U)JI)d O
:. rtgr .a~~ "' c~ki.a,
d••
2y -l· = 2< + (cos .<y) y + x -d·
IX
( d••)
X
Comnk~.ty..:onkl
r u'lJultl
um

2.v d~- (eosxy)(x d~) = 2t + (cosxy).v Ro('ÕUJ <» IA:rnw.) <um


ctyltf:t._
FIGURA 3.39 Gráfico de y' = x' +
dy
sen xy (Exemplo 3). O exemplo mos· (2y- .teos.ty) dx = 2< + y cos .<y ... (' f<11on• lklbndu Jytdx.
tra corno encontrar os coeficientes
a~~gulares nessa curva definida ilnpli- tlv 2< + y couy
~ = -=-~'-'-="­ F;,ç.tll dh1SlOtCJKQfUrC'
citamente.
d.r 2y - XCOS.l'J ' d,·!tlt.

Observe que a fórmula para dy/d.< aplica-se a qualquer lugar onde a


curva definida implicitamente tenha um c.ocficicnte angular. Note ainda
que a derivada envolve ambas as variáveis x e y, e não somente a variável
independente x.

Derivação implicita
1. Derive os dois lados da equação em relação ax, considerando y
como uma função derivável de x.
2. Reúna os termos que contêm dyldx em um lado da equação.
3. Encontre dyldx.
capítulo 3 ~iva~o 205

Tangcnlç Lentes, tangentes e normais


R:Uoc~cluz Cun·a da. superfície
da leme Na lei que descreve como a luz muda de direção ao passar por uma lenteJ
ns :lnguln~ importante.c: sãn :;lt}uele~ que:. hn forma com a ret:. pt>rpendiqllar
à superfície da lente, no ponto, de incidência (ângulos A e B da Figura 3.40) .
....- Pot~to de incidê1'1éi:a
Nesse ponto, essa reta é chamada normal à superfície. Em uma vista de perfil
de uma lerue) como a iluslrada na Figura 3.40, a normal é a reta perpendicular
àquela que tangencia a curva no ponto de incidência.

EXEMPLO 4 Tangente e nonn;ol no fólio de Descartes


Ft<:URA 3.40 Perfil de uma lente mos-
trando un1 raio de luz sendo refratado ao atra- Mostre que o ponto (2, 4) está na curva x' + y' - 9xy =O. Em seguida,
encontre a tangente e a normal à curva nesse ponto (Figura 3.41).
vessar sua superfície.
SOLUÇÃO O ponto (2, 4) está na curva porque suas coordenadas sa-
tisfazem a equação dada para a cun'11: 2' + 4'- 9(2)(4) = 8 + 64- 72 =O.
Para encontrar o coeficiente angular da curva em (2, 4). primeiro, usa-
mos a derivação implkita para chegar à (ónnula para dy!dx:

.rl + yl - 9xy = O
J!..(x 3) + J!..(v 3) - J!..(9<y) = !!..(0)
tlr tlr dt t1x
'
3x~ + 3y, (i;
dy
- 9 ( :c ct\·
dy
+ y dr tl<) = O
lly Cónt.~t.l~tc xy (()M o um produlO
(3y 2 - 9x)- + 3.r 2 - 9y = O .: ycoow mtu (ufl.\~0 Jc _,.
cl\'
1.' - 3.r) -L
3v" dy = 9y - 3..-'
"dy 3y - ·''
ctr = y' - 3.<

Então, calculamos a derivada em (x, y) a (2, 4):


FIGURA 3.41 O Exemplo 4 mostra
como encontcar equações pata a tan·
ldr(l'lp.•> = y3y- ·'3x' I
2 -
3(4) - 2'
tU ) = 42 -
8 4
3(2) = 'iõ = 5
gente e a normal ao f61io de Descartes
em (2,4). A tangente em (2, 4) é a reta que passa por (2, 4), tendo coeficiente
angular 4/5:
y=4+%(x-2}
y=!x+ 152

A normal à curva em (2, 4) é a reta perpendicular à tangente nesse


ponto, a reta que passa por (2, 4) tendo coeficiente angular -5/4:
5
y = 4 - ;j(x - 2)

y •- fx+ ~

A fórmula quadrática nos permite calcular y em função de x em uma equa·


ção de segundo grau do tipo y'- 2xy + 3.r
= O. Existe uma fórmula para as trts
raízes de uma equação cúbica parecida con1 a fón1lUia quadrática, mas muito
206 Cálculo

mais complexa. Se essa última fómmla for usada para calcul.ar y em função de x
na equação>? + I= 9xy, então as três funções determinadas pela equação serão:

~
-2x ' - v4-27x' ]
Usar a derivação implícita do Exemplo 4 é muito mais simples do que cal ·
cular dyldx diretamente a partir de qualquer uma das duas fórmulas anterio-
res. Para determinar coeficientes angulares em <.urvas definidas por equações
de grau mais elevado, em geral} é necessário recorrer à derivação implícita.

Derivadas de ordem superior


A derivação implícita també1n pode ser usada para encontrar derivadas
de ordem superior. Eis um exemplo.

EXEMPLO 5 Encontrando wna segunda derlvada implicitamcntf


Determine d'ytd.r se 2x'- 3y' = 8
SOtUÇAO Para começar. derivamos os dois lados da equação em
relação a x para encomrar y' = dy/dx.

.!!.
cl<
(2x 3 - 3y 2 ) =.!!.
d<
(8)

6,,·2 - 6yy ' = o Co n~idcr<' )'Como uma


2 funçlo de -'·
x - Y.i = O

Agora aplicamos a regra do quociente para determ~nar y".

y• = _!!_
dt
(-'y2) = 2xy y- 2xly' = 2<y - y2_,z-y'
Por fim, substituímos y•= x!/y para expressar y" em tennos de x e y.

y" = ;~ _ ;~ (-~) = ~< - ;~ , quandoJ'O

Potências racionais de funções deriváveis


Sabemos que a regra

é válida quando u é um inteiro. Com a derivação implícita, podemos mostrar


que ela é válida quando 11 é qualquer número racional.
snow
<:apftulo 3 ~iva~o 207

Teorema 4 Regra da putcnciaçãu para potl:ncia~ ntcionais


Se plq é um número racional, então # 'I é derivável em qualquer
ponto interior do domínio de :1".,,_, e
dr q·
e
lf_ x•f q = r Cpfq)- 1

EXEMPLO 6 Vsando a regra da potenciação racional

(a) i!... 1-
{x'f2) = l2 x· •f2 = -2\/X pamx > O
tlr

(b) i!...
dr
(x''·') = lx·•IJ
3
pamx o# O

(c) i!...
tl\·
(x·•13) • _ix·?fJ
3 pamx " O

I'ROVA DO TEOREMA 4 Considere p e q números inteiros com q >


Oe suponha que y =1{;; =#<. Então
y'~= xP
Uma vez que p c q são números inteiros (para os quais já temos a regra
da potenciação), e supondo que y seja uma (unç;lo derivável de x, pode-
mos derivar os dois lados da equaç.ão em relação a x e obter
dy
"Y""' - = pxr'
'· dr
Se y" O, podemos dividir os dois lados da equação por qy•t-• para de·
terminar dy!dx, obtendo
fiy p."<"" '
tl.r = IJY('-1
=e . xr• , , c :<''"'
q ~'·'·>•" '
p x~'"'' ,. I'
=-q ·- -
x•·•l• , (tt - II • J; - 1/
1

que demonstra a regra.

Na próxima seç.ão. ao provarmos a regra de potenciação para qualquer


expoente real diferente de zcr~ derrubarenlos o pressuposto de di(ercnciabi-
lídadc utilizado na prova do Teorema 4.
Combinando o rtsultado do Teorema 4 com a regra da cadeia~ ceremos
um prolongamento da regra da cadeia para potências racionais de u: se plq é
um número racional e u é uma função derivávcl de x. então urna fun- '''é
ção dcrivàvcl de x c
.!!.. 11 p}q =- !!. 11 {pjq)-l !f.ll.
dr q dx
snow
208 Cálculo

desde que u ~O se (plq) < l. Como veremos no próximo exemplo~ essa restri·
ção e necessária porque Opode estar no domínio de uP'tf, mas não no domínio
de u(f1.,, . '.

EXEr.IJ,l.O 7 U$.'\ndo as regras da potenciação mcionaJ c da cadeia


1'1111\~dl:limd:a cm I I, l i

(b) ~ (cos.r)_,,, = -+(cos.<) ..l' ~ (cosx)


1/.r ) 1lr
= - } (cos x) ..i'( - scnx)

• }<scn x)(cos.r r"'

Exercícios 3.6
Derivadas de potências racionais 29. e lt • scn (.r + 3y) 30..t + scn,y • xy

Determine dy!dx nos exercícios 1- tO. 31 . J•SCil ~) - I - X)'

I. )' = _y9/4 2. y = x - Jil Determine dr!ciO nos exercícios 33-36.


3. y= % 4. y= ~
5. )' = 7v:;:-+6 6. y = - 2 v.;:-::1 3~. 8112 +r'" = I
+ sr'"
=t
7. )' = (2.r 8. y =(I - 6.r)l/)
35. scn (rO) 36. cos r + ttotg O = e'fl
!), y • .Y(.Yl + I ) 1/ l I O. y • .<(.r 2 + 1)- 112

Determine a primeira derivada das funções dos excrdcios


11 - 18. Segundas derivadas
11. s .. Vfii 12. r • ~ Nos exerdcios 37-42, use a derivada implícita pa.ra deter-
13. y = scn ((2t + 5 )- 2/.l) t4. : = cos((l - 6t)2f'J minar dy!dx e depois d'y!dx'.
15. / (.r)= Y l - v'< 16. g(.r) = 2(2.r- •ll + I )- 1/l
37 . ..-2 + )12 c: I JS..'(2/l + y21) • I
17. h(O) = 'IY1 + cos(20) 18. k(l)) = (sen (O + S))'f'
39. y 2 = •'' + 2.r 40. y 1 - 2.r = I - 2y
41 . 2vy ~ .Y - )' 42. ·'>' + y' ~ I
Derivação implícita 43. Se x' + J = 16. encontre o valor de d 1y!t!x' no ponto (2, 2).
Use a derivação implícita para determinar dy!dx nos cxer- 44. Se xy+ y' = l,encontreo valor ded'ytdx' no ponto (O, - I}.
dcios 19-32.
19. .( 2")' + xy 2 = 6 20. x' + J'' = 1!1.'.1' Coeficientes angulares, tangentes e
21, 2.'.1' + )'z = .Y + )' 22. x 3 - ·9 ' + .v3 = I
23. xl(x - y )2 = ..-2 - y2 24. (3xy + 7}2 6y = normais
;t - v Nos exercícios 45 c 46, encontre o coefic-iente angular da
25. )'2 =~ 26. .t· 2 = - -·
:c +,v curva nos pontos dados.
·' + I
7.7. X= ISJI 28. xy = eo•g (.ry)
snow
capítulo 3 ~iva~o 209

45. y'+x2 =}" - 2x em(- 2, l)e(- 2, - 1)


46. (x' + y')' = (x- y) 2 em (I, O) e (1, -I)
Nog exel'(ic;ios 47-56, vetifique se o ponto d<ldo faz p'-tte
da curva c encontre as retas (a) tangente c (b) normal à curva
no ponto dado.

47. x'+xy - / • 1, (2,3)

48. x' + y' =25, (3, -4)

49. ' , = 9.
.-y (- 1, 3)

50. y'-2x-4y-1=0, (-2, 1)

51. 6.<' + 3xy + 2/ + 17y - 6 = 0, (-!, 0)


61. A curva do diabo (Gabriel Cramer, o Cramer da regra
52. x'- ..f3xy + 2/ = 5, c.J3, 2) de Cramer, 1750) Encontre- os coeficientes angulares
para a curva do diabo f'- 4j = x4 - 9K nos quatro pontos
53. 2xy + 1t scn y= 2", (l,rr/2)
indicados.
54.. xsen 2y= ycos 2x, (rr/4, rr/2)

55. y = 2 sen (rrx- y), (1, O)

56. X:cos1 y -seny = O, (0, rr) 2


57. Tangentes panlelas Encontre os dois pontos onde a
curva xl + xy +i' =7 cru1.a o eixo x e mostre que as tan·
gente-s à curva nesses pontos são paralelas. Qual é o coefi·
ciente angular comum dessas retas? -2
53. Paralelas tangentes a eixos cartesianos Encontre PQil·
tos na curva x' + xy + I = 7 onde a tangente é paralela
(a) ao eixo·' e (b) ao eixo y. No último caso, dyldx não
62. O fólio de Descartes (Veja a Figura 3.38)
é definida, mas dx!dy é. Qual é o valor de dx!dy nesses
pontos? (a) Encontre o coeficiente angular do fólio de Descartes,
59. A curva do oito Encontre os coeficientes angulares da x' +r- 9xy =O nos pontos (4, 2) e (2, 4).
curva y• = 1-
K nos pontos a seguir apresentados. (b) Em qual ponto, além da origem, o fólio tem uma tan·
gente horizontal?
(c) Encontre as coordenadas do ponto A na Figura 3.38,
onde o fóHo tem uma tangente vertical.

Parametrizações definidas
implicitamente
Assumindo que as equações dos excrckios 63-66 definem
x e y implicitamente como funções deriváveis x = j(l) e y =
g(t), encontre o coeficiente angular das curvas x = Jtt) e y =
g(l) nos valores dados de 1.

63. x' - 21x + 212 =4, 2y - 3t' = 4, I= 2


64. x=Js-Ji. y(l - 1)=./i, t=4
60. A cissóide de Diocles (cerca de 200 a.C.) Encontre as 1
65. x + 2x'v: = t + t,
equações para a tangente e a nonnal à cissóidc de Diodes
y'(2 - x)=x'em(l,l). 66. xscn 1 +2.< = 1, tscnt-2t = y, t = ff
21 O Cálculo

Teoria e exemplos de modo usual e (2) por derivação implícita. Você


oblém o mesmo resuhado dos dois modos?
67. Qual das afirmações a seguir pode ser verdadeira se (x) =
x-•o!'
r (b) Calcule y na equação x' + 4y' = I c rcprcsen!e gmfica-
mente. juntas, as funções resultantes para ter um grá-
(a) f(x) s %xlfj - 3 (b) /(.r ) e
9
10
x lll - 7 fico comple1o da equação original. Em seguida, adi-
cione à tela os gráficos das primeiras derivadas dessas
(<) r (.r ) = -tx-<IJ (d) /'(.r ) = ~-'"' + 6 funções. Seria posslvel prever o comportam enio geral
68. Exisle algo cspe<:ialem relação às langcn!cs das curvas I = x' dos gráficos das dcri\•adas analisando o gráfico da
e 2.<' + 31 = 5 nos pon!os (1 , ±I)? Juslifique sua respoSia. equação original? E, inve-rsamente. seria possível pre-
y ver o comportamento geral do gráfico da equação ori-
ginal analisando os gráficos das derivadas? Justifique
suas respostas.
76. {a) Dado (x- 2)' +I = 4, dc!erminc dy!dx de duas ma-
neiras: ( I ) calculando y e derivando as funções resul·
tantes em relação a .r c (2) por derivação implíci~a.
Você oblém o mesmo resul!ado dos dois modos?
(b) Calcule y na equação (x - 2)' + I = 4 c rcprescole
graficamenle as funções resuharlles para ter um grá-
69. Normal que cruza Em que outro ponto a reta normal à fico completo da equação original Em seguida, adi -
curva .r+
2:cy- 31
= Oem ( l, 1) cruza a curva de novo? cíone à !ela os gráficos das primeiras derivadas des-
70. Normais pa.ralelas a uma reta Encontre as normais à sas funções. Seria possível prever o comportamento
curva xy + 2.<- y =O que sejam paralelas à rela 2.< + y =O. geral dos gráficos das deri,oadas a:nalisando o gráfico
da equação original? E. inversamente, seria possível
71. Normais a uma parábola Mostre que. se for possível
desenhar !rês normais, desde o pol\lo (a, 0) a!é a parábola prever o comportamemo geral do gráfico da equação
x=I (apresen!ada a seguir), a deve ser maior que 1/2. originalo.nalisando os gráficos das dcrívadas? Juslifi-
Uma das normais é o ei,~o x. Para que va_lor de a as outras que suas respostas.
duas normais são perpendiculares? Use um SAC para seguir os passos indicados nos exerci-
cios 77-84.
(a) Esboce o gráfico da equação com o desenhador de
gráficos írnplíci!o do SAC. Verifique se o ponto dado
P satisfaz a equação.
(b) Usando a derivação implícila, obtenha uma fórmula
para a derhoada dy!dx e calcule-a no ponto dado P.
(c) Use o coeficicnle angular cncomrado no Hem (b) para
de-terminar a equação da reta que tangencia a curva
em P. Em :><:gu.idn. const-rua n curva implícito c n retn
72. Qual geometria é a base para as restrições nos domínios
das derivadas nos exemplos 6(b) e 7(a)? tangente no mesmo gráfico.
D Nos exercícios 73 e 74, delermine dy!dx (considerando y 77. _,, - -~V + y' = 7. P(2. I)
como função derivável de x) c dxldy (considerando x como 78. .t s + rt:r + )W 2 + y 4 = 4. P( I . I )
uma função derivávcl de y). Como dy!dx c d:<ldy parecem
79·Y 2 + y-1-x"
- 2 + x P(O• I)
estar relacionadas? Explique a relação geometricamente em
lermos de gráficos. RO. y' + cos X)' = ·' ' · P( I. O)
73. x/ + y = 6 74. x' +I = sen' y
s1.-<+ •s(~) 2. P(l.f)
=

f USANDO O COMPUTADOR H2. xy' + lg(x + y) = 1. f'(;. o)


83. 2y2 + (.\'J')rf; = x' + 2. P( I, I)
75. (a) Dado x• + 4y' = I, dc1ermine dy!dx de duas maneiras:
(I) resolvendo y e derivando as funções resuhanles 84. x'lfi+2Y + y = .r 2. 1'( 1, 0)
snow
capitulo 3 ~ivaç~o 211

Derivadas de funções inversas e logaritmos


Na Seção 1.6. vimos como a im•ersa de uma função desfaz.. ou inverte, o
efeito d.,;sa função. Além disso, dc6rtimos a funç.ío logaritmo naturaiF'(x) a
ln x como a inversa da função exponencial natural j(x) = e'. &se é um dos
mais importantes pares função-inversa na matemática e na ciência. Na Seção
)' y•2.r - 2 3.2, aprendemos como derivar a função exponencial. Aqui, aprenderemos
uma regra para derivar a inversa de uma função c.letivável c aplicaremos tal
regra para encontrar a derivada da função logaritmo natural.

Derivadas de inversas de funções deriváveis


No Exemplo 2 da Seção 1.6, calculamos a inversa dalirnçãoj{x) = {l/2)x +
I comoF'(x) = 2x - 2. A Figura 3.42 mostra novamente os gráficos das duas
funções. Se calcularmos suas derivadas. veremos q,ue

FIGURA 3.42 Os gráficos dej{.<)


J!...f(x)
dt
=.!!...
(lt2
+ (lx I) = l 2

= ( l/2)x + l c J'(x) = 2.t- 2 juntos .!!...


dt
r'<.•> =
dx
~2
.!!... (2.• - 2l
mostram a simetria dos gráficos
em relação à reta y = x. Seus coe- As derivadas são reciprocas entre si. O gráfico de f é a reta y = (ll2)x + l,
ficientes angulares são rcdprocos e o gráfico de F' é a reta y = 2x - 2 (Figura 3.42). Seus coeficientes angular.,;
entre si. são recíprocos entre si.
Não se trota de un'l caso especial. Refletindo qualquer reta não hodzontal
ou não vertical em torno da reta y = x, sempre teremos o inverso do coefi-
ciente angular da reta. Se o coeficiente angular da reta original é m '*O, a reta
refletida tem coeficiente angular 1/m.
A relação de reciprocidade entre os coeficientes angular.,; de I e r' aplica-
se a outras funções. mas precisamos tomar o cuidado de comparar coeficientes
angulares em pontos correspondentes. Se o coeficiente angular y =j{x) no ponto
(a, j{a)) é f( a) e f'( a) "' O, então o coeficiente angular de y = F'(x) no ponto
(!ta), a) é o recíproco l/f'(a) {Figura 3.43). Se estabelecermos b =j(a), então

<r'J'(b) = r:a) = /'(;. (b)) 1

Se y ~j(x} apresenta uma tangente horizontal ern (a,j(a)), então a função in-
versaf-1 apresentará uma tangente vertical em (/ta), t1), e esse coeficiente angular
infi_n ito impliCd. que [ "1 não é dcriv.\vd (;mj(r~). O Teorema~ clpr«enta <l.5 c.ondi·
Çôes s00 8S quaiS r éderivávci em SeU dOrnÍnÍO, QUe é igual à imagem def
I

_......,::+----'--·•·'
o "

Os ooefidcntes angul:ares s!lo recíprocos: (/~ 1 )'(b) = -,-


1 ou <r1) '(b) = , 1
f (a) f <r 1(~))
FIGURA 3.43 Os gráficos das funções im•ersas têm coeficientes
angulares recíprocos em pontos correspondentes.
212 Cálculo

TeoremaS Regra da derivada para funções invers:ts


Se f apresenta um intervalo I como domínio c f'(x) existe c nunca é
nulo em /, cntllo r• é derivávcl em qualquer ponto de seu domínio.
O valor de (/"1)' no ponto b do domínio def"' é a reciproca do valor
de f' no ponto a= J"1(b):

u-l)'(b) a I
v r<r'<blJ
""
(1)

A prova do Teorema 5 será omitida. Podemos ver evidências do resultado


da seguinte maneira. Quando y =Jt.r) é derivável em x = a c ahcmmos x em
uma pequena quantidade ó.x, a variação correspondente em y ~aproximada#
mente
.l>·
Ay"' f'{" ) Ax .l.:r 1'0; j 'l a)

Isso significa que y v-aria cerca de f'( a) vezes tão rápido quanto x quando
x =a, c que x varia cerca de 1/f' (a) vezes tão rápido quanto y quando y= b. E
razoável que a derivada de r· em b seja a recíproca da derivada def em a.

EXF.MPI.O I Aplicando o Teorema 5


A função Jtx) = x', x;, Oe sua inversa f ·'(x) = .[; apresentam as de·
= =
rivadas f'(x) 2x c {r')'(x) l/(2 .[; ).
Segundo o Teorema 5, a derivada deJ"1(x) é

<r'l'(x) = ru\ r))


l
= --':-.,.-...,-
2W1(x)}

= -l -
2( \/.V)

O Thorema 5 fornece uma derivada que está de acordo com o cálculo


que fi1.cmos usando a regra de potenciação para a derivada da função raiz.
quadrada.
Vrunos examinar o Teorema 5 em um ponto específico. Pegamos x =
2 (o número a) c f (2) = 4 (o valor b). O Teorema 5 di:z que a derivada de
I'IGO!tA J .4<1 A derivada de J"'(x) = f em 2,/'(2) = 4, e a derivada de f" 1 em Jt2), (/"1)'(4). s;io reciprocas. Ele
.[;no ponto (4, 2) é a recíproca da deri· estabelece que
vadadc.Jtx) =x' '"" (2,4) (Exemplo 1).
(/ - 1)'(4) - I
- t<r '(4)) -
- _ !_ - -l
/'(2) - 2x •=> - 4
..LI

Veja a Figura 3.44.


A Equação (J) às vezes nos pcm1ite encontrar valores espccíJicos de d) 1/dx
sem sal>cr a fórmula paraf"'.
capitulo 3 Derivaç~o 213

EXEMPLO 2 Determinando um valor para a derivada da itwcrsa


r·.r' - 2
6 (2. 6) Coelicitnte a.,gulat S.:jaj(x) = x'- 2. Determine o valor de d/' 1/tlx em x = 6 = /{2) sem
Jx 1 • 3(2) 2 • 12
achar uma fórmula para r '<x).
SOLUÇÃO
Coeficic.nle
:rnguJ3r reciproco: ~

,(6. 2)

6 •X
dr' l
-;i;"' x= fl2) • ll/1 1 ._L
12
dx x-2

FIGURA 3.45 A derivada de Jtx) =


x'- 2 em x = 2 nos fornece a derivada
de t ·' em x = 6 (Exemplo 2). Veja a Figura 3.45.

Parametrizando funções inversas


Podemos troçar ou representar parametricamcntc o gráfico de qualquer
função y =j(x) fazendo
x=t c y =f{ I)
Trocando 1 por f{ I) c vice-ver~. obtemos equações paro métricas para a
inversa:
X = /(I) e y=I
(veja a Seção 3.5).

Por exemplo, para traçar a função injetora j{x) = x', x 2: O, em uma ferra-
menta gráfica, juntamente com sua inversa e a reta y = x~ x ~ O, use a opç-ão
para gráficos para métricos com
Gráfico def: :c, = t, y, = 12, 12:0
Gráfico deF ': x1 = t2 , y,=r
Gráfico de y = x: XJ. = t, y,: I

Derivada da função logaritmo natural


Uma ve·z que sabemos que a funç.1o exponencial j{x) =~ é derivável em
qualquer parte, podemos apJicar o Teorema 5 para achar a derivada de sua
inversaF'(x) a In X:

cr'Hv) = I'U~'(x))
---
eF',(x)
I
/'úl) :: ~ ·
11

I
·x
214 Cálculo

Derivação ahernath·a Em vez de aplicar o Teorema 5 diretamente, po·


demos determinar a derivada de y =In x usando a derâvação implícita, con·
forme segue:
y = In .r
e'' =.<
J!... (e'') = J!... (")
d.r tlr ·
e>· dy
- ....
tl\'
tly I I
tlx=e>· =x e' = J'

lndcpcndcntcmcnlc de qual derivação usarmos, a derivada de y = In x em


relação a x será

Se ué uma função derivável de x com ll > o. aplicamos a regra da cadeia


para obter

d I du
-;;-(In u) = Ü -tJ:r , u>O (2)
u.l'

EXEMI'LO 3 Derivadas de logaritmos nalurnh

(a} J!... ln lt a J_J!...(lt) a J_ (2) . l


dr lr dr lr x
(b) A equação (2) com u = x' + 3 fornece

J!...ln(.r2 + 3) = - 2 1- . J!...(x2 + 3) = - 2 1- · 2r = _k_


dx x + 3 dr x +3 x2 + 3

Observe a peculiaridade do Exemplo 3(a). A função y = In 2x possui a


mesma derivada que a função y = In x. Isso é verdadeiro .vara y = ln bx para
qualquer constante b, desde que bx > 0:
J!... ln bx
d.r
=..L.J!...(bx)
bx dr
= ..L(b)
bx
={-· (3)

Se x < Oc b < O. então bx > Oe a Equação (3) se aplic.•. Em particular, se


x<Oeb= - l.temos
d
d.r In ( -x) = xI para x < O

Uma vez que lxl = x quando .r> Oe lxl = -x quando x < 0, temos este im-
portante resultado

(4)

ls.so se aplica a qualquer x diferente de zero c será (atil parn nossos estudos
no Capitulo 9.
<:apftulo 3 ~iva~o 21 5

)' EX!:.~I PLO 4 Encontrando uma reta tangente que passa pela origem
Uma reta cujo coeficiente angular m passa pela origem é tangente à
curva de y:; In x. Qual é o valor de m?
SOLUÇÃO Suponha que o ponto de tangência ocorra em um ponto
desconhecido x =a> O. Logo, sabemos que o ponto (a, In 11) f.1z parte da
curva c que a ret·a tangente a esse ponto apresenta coeficiente angular m =
y = ln.t lia (Figuro 3.46). Como a reta tangente passa pela origem, seu coeficiente
angular é
FIGURA 3.46 A ret<t tangente
corta a curva em algum ponto (a, In a - O In a
m = a - O = -a
In a), onde o coeficiente angular da
curva é l/a (Exemplo 4).
Igualando as duas razões, temos
l~a = ~
In a = I

I
m=-;

A derivada de a"
- x In(•' ) 1 lne
Começamos com a equaçao a =e =e :

J}_ 0 ,t a J!.....etlrHI a e"lrw. A..(x lna)


tlt tlt dx
= <tx lna

Se a > O, então

Essa equação mostra por que tr é a função exponencial preferida em cál~


culo. Se a= e. então In a= I, c a derivada de a' pode ser assim simplificada
!!_ex= exln e = e-Y
dx

Com a regra da cadeia, obtemos uma forma mais geral da derivada.

Se a > Oe 11 é uma função derivável de x. então a" é uma função derl·


vável de x e
.!L (lu =
ti<
o" In a !É!
dx
(SI

Na Se~iio 3.2, examinaremos a derivada f( O) paro as fun~ões exponen-


ciais /(x) = ax com base a de diferentes valores. O número f( O) é o limite,
limA--.o(ah -I)/ Jr, e nos fornece o coeficiente angular da curva de ar quando
ela cru1.1 o eixo y no ponto (O, 1). Agora, S<>bcmos calcular o valor desse coe·
tíciente angular como
a•- I
lim - - - = In a (6)
h-O h
2 16 Cálculo

Em particular, quando a= e. obtemos


e• - I
lim - - - = lne =
A.:..o "
No entanto, ainda não provamos totalmente que esses limites existem. Em~
bora todos os argumentos apresentados durnntc o cálculo das derivadas das
funções exponenciais e logarítmicas est~jam corretos, eles pressupõem a exis~
tência de tais limites. No Capítulo 7. apresentaremos outro desdobramento da
teoria das funçõcslogaritmicas e exponenciais que prova totalmente a existên·
da de ambos os limites c seus valores derivados apresentados anteriormente.

Derivada de log, u
Para encontrar a derivada de log., 11 com uma base arbitrária (a> O. a~ 1),
começaremos com a fórmula para mudança de base do.~ logaritmos (estudada
na Seção 1.6) para expressar log,, u em termos de logaritmos naturais,

log,, x = :~ ~
Calculando derivadas, temos

.!L log,.r = .!L


dr
(In
dx In a
x)
1
= - - ·.!L inx l,oi:o tn d ~ mu:t con~unte.
lu a (/x

I
= x In a
Então, se ué um a fu nção derivável de x e u >O, a regra da cadeia nos leva
à seguinte fórmula.

Para a>Oen~ 1,
d I du
-log,u = - - - (7)
dx u In " il<

EXEMPLO 5 O longo c>minhocom a regra da cadei>


Determ ine dyldx se y = loSo a ittl x_
SOLUÇÃO Trabalhando cuidadosamente de fora para dentro. apli·
camos a regra da cadeia para obter:

.!L (log, a""') = 1 ·.!L (o"._.)


d\· ... ) a$C" XInu tlr
1
= • ",.'"In" · .!L (scn x)
ascnx In a <lx
a seu In a
Q • cosx
a$en;c ln a

= COS.\'
capitulo 3 Derivaç~o 217

No Exemplo 5, poderiamos ter poupado mui to trabalho se tivéssemos


percebido no início que log,. aK'" x, sendo composta de funções inversas, é
igual a sen x. Sempre que possível, é aconselhável simplificar funçMs at1tes
de derlvá·las.

Derivação logar ítmica


As derivadas de funções positivas dadas por fórmulas que envolvem pro·
dutos, <luocicntc,s c potências muitas vezes podem ser encontradas mais rapi·
damente se calcularmos o logaritmo natural dos dois lados da equação antes
de derivar. (sso nos permite us..v as regras dos logaritmos para simplificar as
fórmulas antes de derivar. TaJproces..w, denomina.do derivação logarítmica,
é ilustrado no exemplo a seguir.

EXEJ\li'LO 6 USllndo a dcrivaç:io logarítmie<1


Determine dyid.< se
(x 2 + I )(x + 3) 1 ~
y= X I
x> l

SOLUÇ,\0 Calculamos os logaritmos naturais dos dois lados da


t.'quação e simplificamos o resultado usando as propriedades algébricas dos
logaritmos:
(x2 + I )(x + 3) 1 ~
lny = In x_ I

= ln((x2 + l)(x + 3)112)- ln (x- I )


• ln (.r 2 + I) + ln (.r + 3) 112 - h1(x - I)

= ln (.< 2 + I )+ !ln(x + 3) - ln.(x- I)

Então, calculamos as derivadas dos dois lados da equação em relação


a x, usando a Equação (2) na esquerda:
1 d)• 1 I I I
- - = - - · 2r +-
y <lr x 2 + 1
· -----
2 x + 3 .r - I

Em seguida. calculamos dyldx:

dy
dr = Y
(2.r+
x2 1
I
+ 2.r + 6 -
I)
x - I

Por fim, substituímos y:

dy = (x2 + l)(x + 3) 112 (___1!__ + 1 __1_)


<lr x - I ,2+ 1 2x + 6 x - I

Um cálculo direto no Exemplo 6, usa.ndo as regras do quociente c do pro-


duto, seria muito mais longo.
218 Cálculo

A regra da potenciação (forma geral)


Agora, podemos definir X' para qualquer x > Oe qualquer número real n
como r" =e' 1u . Portanto, n tJ na f"fltmção In x" = n ltt ){ n ilo precisa m::-is ser
radonal - pode ser qualquer número desde que x > 0:
lnxn = In (e" 1" ·') = nlnx In t•" - "· ~11Uiqucr 11

Juntas, a regra tf/a' = rr·r e a definição>!'= é' 1u nos permitem estabelc·


cer a regra da potenciação para derivação ern sua forma final. Derivando X'
em relação a x, temos
.!L\'" = .!L en lnx
llr' dx

= e•'"' ·i!_ (11 In x)


dr
= ..,n . !!..
·• X

Em resumo, desde que x >O.

ei x" = nx.v- l
dX
A regro da cadeia amplia essa equação paro a forma geral da regra da po-
tenciação.

Regra da polencioção (forma gcr;~l)


Se 11 é uma função positiva derivável de x e n é qualquer número real,
então ai' é uma função derivável de x e
i!_ u" = nu•- l du (8)
dx dx

EXEMJlLQ 7 Usando a regra da potenciação com potências ir·


racionais

(x > O)

(b) <~< (2 + sen 3x)" • r.(2 + sen 3x)'- 1(cos 3x) · 3

= 311(2 + sen 3x)"- 1(cos 3.<)

EXEMJ>l.O 8

Derive j(x) ~ x', x >O.


SOLUÇÃO Percebemos que j(x) = x" = e' 1" , por1an1o a derivação
nos leva a
snow
<:apftulo 3 ~iva~o 2 19

• c·' '"(lnx + x·t)


= x' (lnx + I) ,, '> O

O número e expresso como um limite


Na Seção LS, definimos o n(uncro e como o valor de base para o qual a
função cxponcndnl y = a-t apresenta coeficiente angular I ao cruzar o eixo y
em (0, 1). Logo. e é a constante que satisfaz a equação
e"- I
lirn - - = Ln e =
11-0 lt

làmbém afirmamos que poderíamos calcular e como lim,_. (I + lly)T


ou, substituindo y = 1/x, como Jim.t-~-0 (1 + x) 11~. Agora, provaremos esse re..
sultado.

Teorema 6 O número e <:o mo um limite


O número e pode ser calculado como o limile
e= lim ( I + x) 11•
x- o

PROVA Se j{x) = In x, então j'(x} = lx e j'(l) = L Contudo, pela de fi.


nição de derivada,
'( , /(I +h)- /(I) . f(l + x) - /( I )
f I) = II m
,,-o I = IIm
' x-o x
ln ( l +x)-ln l 1
= x-o
lim < lim r
= x-o In ( I + x) In 1 = O
· ·

• lim In ( I + .r) 11·' • In [lim( l + x)"']


,l'-· (1 ,\'-0

Uma vez que j'(l) = I, obtemos

,\'-o + x)
In [lim(l 1
1•] = l
Assim, fazendo a cxponenciação de ambos os lados, temos
lim ( I + .r)11' =e
,. -o

Aproximando o limite do Teorema 6 com valores muito pequenos dex, consc·


guimos aproximar e. Seu valor é: e~ 2,7l82Sl8284S9045 para lS casas decimais.

Exercícios 3.7
Derivadas de funções inversas (b) Faça os gráficos de f cf"' ju ntos.

Nos exercícios l - 4: =
(c) Calcule df/dx em x a e df- 1/dx em x j(a) para =
mostrar que nesses pontos df- 1/dx = ll(djldx),
(a) Determine r'(.<),
snow
220 Cálculo

1. .ftx) = 2.<+ 3, ae - I 19. )'a ln.l'J 20. y • (tn.<)1


2. }lx) = ( l/5)x + 7, 11 • -1 21 . y = l(ln 1)1 22. y = Iv'i,;";
x" r" xJ x1
3. fix) = 5- <tx, • - 1/2 l.l. J' = 4lnx- · l -1. y ... lln .Y -
16 9
4. }lx) = zx', x ~O, a" 5 In/
!S. y = -~- 26.y =l+ ln1
1
5. (a) Mostre que}lx) = x' e g(x) a~~ inversas entrtsi. lnx lS. • :c ln.t>
27 • Y • I + lnx y I+ In.<
(b) Faça os gr.Uicos de f e g juntos em um intervalo de
29. y = In (lnx) JO. y = ln (ln (lnx))
x suficientemente gronde poro mostror os gráficos se
31. y = O(sen(ln9) + cos(ln9))
cruundo em (1, 1) e (-1, -1). Ccrtifique·R de que o
32. J•• ln(soc9+og9)
gráfico ap~nta a simetria nectssária em relação à
1 1.t ,,. !tnl +.r
rctay=x. • ' · 2 I- ,
(c) Encontrt os coeficientes angulares das tangentes aos
J6, )' e \IÍn\7r
gráficos deft g em (1, I) e (-1, -1) (quauo tangentes
no total). .n . J' • In («e {In 8))
(d) Quais retas tangcnciam a curva na origem? 2+ 1)')
(x
6. (a) Mostre que ll(x) • x'l4 e k(x) • (4x) 11' são inversas 39.y= In ( ~
entre si.
(b) Faça os grtlficos de /1 e k )untos em um intervalo de x
Derivação logarítmica
suficientemente gmndc pam ntostmros gráficos se cru~
Nos exercícios 41-54. use a derivação logarítmica J)..'\n\ deter·
zando em (2, 2) c ( -2, - 2). Ccrtiflque·se de que o gráfl·
minar a derivada de y em relação à variável independente dadtt
co mostro a simetria ncccss.•\ria em rck,çlo à retay = x.
41 . y = Y.t(.< + 1) 42. ye V(.,-1+ I)(.T- 112
(c) Enconlrc os coeficientes angulares das tangentes nos

(d)
gráficos de /1 c k em (2, 2) c ( - 2, - 2).
Quais retas tangcnciam a curva na origem?
43. y • J 1 : I 44, v•
. "~
~
4S. >' = Võ+'3seno 46. y = (og O) Viõ"+i
7. Seja.ftx) = x'-3.'-l,x01:2. Octermincowlordedf' 1/dx I
47, y = 1(1 + I )(1 + 2) 4
~' Y e 1(1 + 1)(1 + 2)
nopontox =- 1 =.ft3),
0+5 <O. y =~
8. Seja.ftx) = .'- 4x- 5,x> 2. Determine o wlordedf' 1/dx 49. y = õc;;;õ . ~
no ponto x • O• .ft5),
+ 1)'0
(.<
<t ·=·'W+l $2. )' =
9. Suponha que a funçõo dcrivávcl y • .ftx) lenha uma inver· .. > t•+ tr" <l• + n•
sa t que a curva de f J"'S"' pelo ponto (2, 4) e ltnha um
, xix + I)(.< - 2)
cOtficicnte angular de 113 nesse ponto. Determine o valor !'4. )' =
(.-.' + l )(l< + 3)
d•df·'tdxemx =4.
lO. Suponha que a função derhi\'tl r• g(x) t<nha uma in\'tr$0. Derivadas
que a CU<\'a def J"'S"' peta orig<m com cOtfici<nt< angular 2. Nos txtrdcios 55-62, determine a deri\•ada de 1 tm rtla-
Octennin< o CO<ficicntc anguLv da CU f\'O de ( 1 na orig<m. ção a x, 1ou 8, conforme o caso.
ss. y = In teor Bl $6. y = In (J&•")
Derivadas de logaritmos $ 7. )' • In (3re-') 58. y • ln(ü~ scnl)
Nos exercícios 11 - 40, determine as derivodas de y em r<·
lação a x, 1 ou 9, conforme o caso. 59. y= In C:_'.,.) 60. y= In(. :~)
11. y = lnJx 12. y • tn4·x. kconstan1c 61 , J' = t' (~t+ lnt) 62. y = e'""(ln 12 + I)
IJ. y • In (12) 14. y • ln (l'il) Nos exercícios 63-66, detenníne dyldx.
I S. y • In~ 16. y• 1n 7
lO 1
63. ll\y • e- ' sen ·" 6~ . IR-1) 1 • CtHT

17. y• ln (O + 1) IK. y • ln (2Q + 2) 6~ . x·'' c; yx 66. tg)' = e-r ;+ lnx


snow
capitulo 3 ~ivaç~o 221

Nos exercícios 67- 88, determine a derivada de y em rela· 100. Usando a indução matemática, mostre que
ção à variável independente dada. (/~ (u - I)!
- l n .r = (- 1)"- 1 -"'--.-'!C.
4
clr" .\'
67. v = 2' 68. y ~ 3'"'·~"

69. ~= s"' 70. Y = 2''''


72. Y • / l-co , USANDO O COMPUTADOR
7 1. y • x•
73. y = logz 56 74. y = log3(l + 91n3) Nos exercícios lO 1- 108, você vai explorar a1gumas funções e
2
75. y • log~x + log...ax 76. y • log2, e' - log,Y.< suas inversas junto a suas derivadas .e retas tangentes em pontos
17..v • log~ t · log.. r 78. y • log3 ,. · logQr e.spcdficados. Execute os passos a seguir utHl1.ando um SAC:
r+-=-:
79. y = log, ( (; ~ : )'"') ( 1, ~
7 (a) Constma o gráfico da fun~o y = j(x) junto a sua de-
80. y = log 1 )'•'
2
rivada em dado intervalo. Explique como você sabe
81. y = Oscn (log7 0) 82• >' = 1og, (scnOcosO) que f é injetom nesse intervalo.
e• ...,
•.
(b) Resolva a equação y =j(x) para x como uma função
83. y = tosse-' 8 4. >' = log2 ( .-~) de y e chame a função inversa resultante de g.
2v.v + I
85. ,V • Jkla::t 86. y • 3 logs (log 2 1)
(c) Encontre a equação para a reta tangente ao gr.lfico de
87. y = log 2 (81 1" 2) 88. )' = t JGg:J ( e(K,_I)(IoJ))
f no ponto especificado (x,.. f(x0 )).
(d) Encontre a equação para a reta tangente ao gráfico de
Derivação logarítmica
g no ponto (f(x.J. x0 ), localizada simetricamente em
Nos exercícios 89-96. utilize a derivação logaríbniol pm de-
relação à reta de 45• y = x (que é o gráfico da função
terminar a derivada de yem relação à variá,~) independente dada.
identidade). Use o Teorema 5 para encontrar o coefi-
89. y =(.v+ H' 90. y = ,\',t+ l)
ciente angular dessa reta tangente.
91. y a {Vi)' 92. )' a I \ li

93. }' = (SC1U)-' 9.&. y = xt<'"" (e) Construa o gráfico das (unções f e g. da função iden-
95. y 16
"= x x 96. )' = (ln.r)ltl.'( tidade. das duas retas tangentes c do segmento de reta
que liga os pontos (x0,j(x0)) e (j(x0),x0 ). Discuta as si-
Teoria e aplicações metrias observadas em relação à diagonal principaL

I OI. y • V3.r- 2, ~ ~x~ 4, .ro • 3


97. Se escrevemos g(x) para f ·'(x), a Equação (I) J>Ode ser .)

escrita co•no , _ 3x + 2 _., _ . _ ?


102 · )-2.\" 11' - -·' - -· -'0 = 1/ 2
I
g'(f(a)) =/'(a) ou g'(f(ll)) · f'(a) = I

.v=~.
103. - I :S ·'" :S I. XI)= 1/ 2
Se depois escrevemos x para a. temos .\' ~ + 1

g'(/(.v)) ·/'(.v) = I 104. y • - é· -. - I s.v sI, .1'() - 1/ 2


,.z + I
A última equação J>Ode (moê-lo lembrar-se da regra da ca-
deia, c realmente eXiste uma conexão entre elas.
Suponha que f e g sejam funções deriváveis c sejam a in· 106. y• 2 -.~-x3 , -2 :s.v ~ 2. .\'o=~
versa uma da outm, de modo que (g •f)(x)=x. Derive
os dois lados da equação em rclaç.i.o a x, usando a rcgrn 107. y a ex, - 3 s x s S, .\'o • I
da cadeia para expressar (g • f)'(x) como um produto das
derivadas de g ef. O que você descobriu? (Isso não é uma
provn do Teorema s. pois pressupomos aquí a conclusão
108. y = senx. -f S .r S 'Í· xo = I
do teorema, ou seja, que g =f'' é derivável) Nos exercícios 109 e 110. repita os passos anteriores para

98. Mostre que lirn.,..( +;, 1 J. <f' para qualquer x > O.


encontrar y = j(x) c x = f''(y) definidas implicitamente no in-
tervalo pelas equações dadas.

99. Se y =A sen (In x) + B cos (In x), sendo A c B constantes. 109. y'"- I = (x + 2)', -5 S x S 5, -"' = -3/2
mostre que 110. cosy =x"', Osx s I. x•a 1/2
.r y" + xy' + y = o
snow
222 Cálculo

Funções trigonométricas inversas


Na Seção 1.6. apresentamos as seis funções trigonotnét_ricas iJwcrsas bá·
sicas, mas nos concenlro~mos nas funções arco seno c arco cosseno. Aqui,
cornpJementaremos o assunto explicando como todas as seis funções trigo·
nornétricas invcl'$aS são definidas, representadas graf•camcntc e calculadas, e
também como suas derivadas ~\o determinadas.

1nversas de tg x, cotg x, sec x e cosec x


Os gráficos de todas as seis funções trigonométricas inversas Msicas são
mostrados na Figura 3.47. Obtemos esses gráficos refletindo os gráficos das
funções trigonométricas rcsrritas (conforme visto na Scç.<\o 1.6) em rorno da
reta y = x. Vamos olhar mais de perto as funções arco tan gente, arco cotao-
gente, arco secante c arco cossccantc.
Domínio: - I .s .r .s I Domfnio: - I s .r :S I
hnng~m: - ~ s y s ~ lrn:lgem: O :Si y :s .,
_,. >.

-~-!-+---+-<
-t
(a) (b)

Domrnio: - oo <X< oo Oominio: ,\' s - 1ou .r 2: I


lll"'..,CUI' - 1!: < \' < ~ lm~gcm: Os:ys r..y~ ~
- • 2 v 2
y y

" )'. Sté.. 1.\'

_ J!
__2
--:~-!--+-+--!:-·
-2 - 1 2
(c) (d)

J)omíniC>: x s: - 1 t~r .r :!!: 1 Domínio: - oo < .r < oo


lm.1gcm: -Í .S y:S ~·Y '1: O Imagem: O < y < .,
y )•

(c) (f)

FIGURA 3.'17 Gráficos das seis funções trigonométricas


inversas básicas.
capitulo 3 D<!rivaç~o 223

O arco tange-nte de x é um ângulo cuja tangente é x. O arco cotangcnte de


x é um ângulo cuja cotangcnte é x.

Definição Funções nrco tangente c arco cotangente


y = tg"' x é o número em (-n/2, rr/2) para o qualtgy = x.
y = cotg·• x é o número em (O, rr) para o qual cotg y = x.

l)omínío: 1."12:. 1 Usamos intervalos abertos para evitar valores em que a tangente e a co-
hl).igtm: Os y s 11, y ~~ tangente ~jam indcti.nidas.
y O gráfico de y = tg- 1 x é simétrico em relação à origem, pois é um ramo
3.- do grnfico x. = tgy, que é simétrico em relação à otigem (Figura 3.47c). Alge-
T bricamente. isso significa que
tg"'(- x) =- tg- 1 x
o arco tangente é uma função ímpar. O gráfico de y = cotg· • x não apresenta
tal simetria (Figura 3.47f). Observe, na Figura 3.47c, que o grnfico da função
arco tangente apresenta du.as assíntotas horizontais, uma em y = "/2 e a outra
-------~,----to~~,~,--------+ ~
em y = -n/2.
- - -- - - 11
------------ -:r As funções inversas das formas restritas de sec x e cosec x foram escolhi~
das para serem representadas grafkamente nas fi.guras 3.47d e 3.47e.
_, ATENÇÃO Não txistc consenso sobre como definir sec- 1 x para \1a-
lores negativos de x. Escolhemos ângulos no segundo quadrante entre 1r/2
e 11. Essa escolha i.m plica sec· • x = cos·• (llx). Ta.mbém implica que sec· • x
FIGURA 3.48 Existem várias op· seja urna função crescente em cada intérvalo de :seu domínio. Algumas ta-
belas preferem co1ocar sec- 1 x no intervalo 1- n, - rr/2) para x <O, enquanto
ções lógicas para o r.uno esquerdo de
y = sec.. 1 x. Com a opção A, scc· ' x = outros textos preferem posicioná-la em (11, 3n/2)) (Figura 3.48). Essas esco·
cos· ' (1/x), uma identidade itlil em· lhas simplificam a fórmula para a derivada (nossa fórmula precisa de sinais
de valor absoluto), mas não satisfazem a equação computacional sec4 1 x ::r
pregada por muitas calculadoras.
cos·• (1/x). A partir dela, podemos derivar a identidade

sce·•x =cos' ( ~ )=~-sen·•(~ J (I)

aplicando a Equação (5) da Seção 1.6.

tg-l X
·' EXEMPLO 1 Valorescomuns de tg" 1 x
v3 7r/3
I 7r/4
\13; 3 'Tr/6
y ·~ •(-Y.~ --1
- \13/3 - w/ 6
- 1 - w/ 4
- \13 - r./3

11 I
tg - = -
6 ~

Os àngt.•los vêm do primeii'O e do quarto quadrantes, pois a imagem


de tg"' x é (-rr/2, n/2).
224 Cálculo

~'
EXEMPLO 2
Determine cos «. tg «. sec «. cosec a c cotg a se
« = s(:n'""l ~
3
Vs SOLUÇ AO Essa equação diz que sen a = 2/3. Representamos a
FIGURA 3.49 Se a : sen"' (2/3), como um ângulo em um triângulo retângulo com o cateto oposto 2 e h i·
então os valore-s das outras fun· potenusa 3 (Figura 3.49). O comprimento do outro lado é
ções trigonométricas básicas de
a podem ser lidos a partir deste ,}(3)' -(2)' =./9 - 4 =JS T<'><<m• Jd'ol.i~orou.
triângulo (Exemplo 2).
Acrescentamos essa informação à figura c, em seguida, lemos os valo·
res que queremos a partir do triângulo completado.

cosa = ~· tga = }s• seca = ~· coscca ::: ~' cotga


Vs
= 2·

F.Xf.MPI.O 3

Determine sec ( tg
_,X3 ) .
SOLUÇÃO Vamos considerar 8 = tg·' (x/3) (para dar um nome ao
e
ângulo) c desenhar em um triângulo retângulo com
tg 8 = cateto oposto/c~tct<> adjacente = x/3.
O comprimento da hipotenusa do triângulo é
v'x2 + 32 = v:;:r:t9

Logo,

sec (ts-•f) e secO

r = wn- .~1
=
v?'+9
l)omfnio: - I :S x :S I J
lrnag.cnl; - nf2 :s .r :5 'fff2

Derivada de y =sen-1 u
Sabemos que a funç.'o x = sen y é derivável no intervalo -n/2 < y < n/2 c
que sua derivada, o cosseno. é positiva ne-sse intervalo. Po r essa razão, o Tco·
rema 5 da Seção 3.7 nos garante que a função inversa y = sen- • x é derivável.
FIGURA 3.50 0 gr-.lfico de y = no intervalo -I < .< < I . Entretanlo, não podemos espera• que seja derivávcl
sen"1 x possui tangentes verticais em cmx = l ou x = -1, porque as tangentes do gráfico s-~to verticais nesses pontos
x = -lex = l. (Figura 3.50).
capitulo 3 Derivaç~o 225

Encontramos a derivada de y = scn'"' 1 x aplicando o Teorema 5 corn /(x) =


scnxcr' (x) =scn·• X:

a -.o-s~(:-'sc"'"n~-•'.,7
·)

M:llfM-n I .\l • .!f

Derivação aJtcrnaliva Em wn de aplicar o Teorema 5 diretamente. pode-


mos achar a derivada de y = sen· t x usando a deriva.ção implícita, como segue:

seny =.r J' • ~~n -1 x~~n y • x

ti )
tlx (seny = I

dy
eosy - =
dx
Pi'ldCmol> di\·i.Jir, P""li,:c. co... '' > O
fl!;U'll -~ (2 < ,1· <: Jl' .·' l

Independentemente de qual derivação usarmos, chegaremos à cooclusão


de que a derivada de y = sen· • x em relação a x é
lL (scn- 1 x) = 1
tlr ~

Se ué uma função derivável de x com Jul < I , apllcamosa regra da cadeia


para obter

!L (scn-'u) = I du Jul < I.


tf.T ~t/x '

EXEMPLO 4 Aplicando a fórmula da derivada

Derivada de y = tg-1 u
Encontramos a derivada de y = tg·• x aplicarndo o Teorema 5 com j(x) =
tg x e j '1(x) = tg' 1 x. O Teorema 5 pode ser aplicado, pois a derivada de tg x
é positiva para - n/2 < x < n/2:
SDQW
226 Cálculo

<r'>'<-•> ru\ .n
s

a I
sec' (tg- • .<)
I
I + tg2 (tg - 1 x)
; _ )_
) + x>
A derivada é definida para qualquer número real. Se 11 é uma função dcri-
vável de x, então temos a fórmula da regra da cadeia:

d ( -1 ) I <111
ti< tg 11 = I + 112 tlr

EXEM 1'1.0 5 Uma portícula em mo\'imento


Uma partícula se desloca ao longo do eixo x de modo que, em qual-
quer instante t ;, O, sua posição seja dada por x(t) = tg' 1 Ji. Qual será a
velocidade da partícula quando 1 = 16?

SOLUÇÃO

I _i!._Vt= - 1_ , _ 1_
+ ('Vtf tlt I + I 2Vt

Quando 1 = 16, a velocidade é


I I I
v( 16) = "i"+"i6 - 2YÍ6 = 136

Derivada de y = sec·1 u
Uma vez que a derivada de sec x ~positiva para O< x < rr/2 e n/2 < x < rr,
o Teorema 5 diz que a func;iio inversa y = sec-1 x é derivávcl. Em vez de apli-
car a fórmula no Teorema 5 diretamente) determinamos a derivada de y =
sec· • x, 1-<1> I, usando derivação implícita e a regra da cadeia como segue:
y =- sec- 1 x
sec y = x
d d
dx(scc y ) = dx ·''
tly
sccytg yl- a Rc:s:r.~ da t3dci:t.
<X

tly Como 1-tl > 1,_1' ç't~cm


tO. >r!21Ut, / 2. T.)c
ti.< = secy tg y -~.,:çytl!Y" 0.

Para expressar o re-sultado em termos de x. usamos as relações

secy =- x e
snow
capítulo 3 ~íva~o 227

para obter
dy 1
- - :1:
dx -..,.;==
x v?"'=I

Podemos fazer algo com o sinal±? Basta olhar a Figura 3.51 para ver que o
coeficiente angular do gráfico y::::: scc· 1 x é scrnpre positivo. Logo,

~
.
I
+ s-e x>l
!!..sec·• x = x -~ - 1
dx 1
r;---7 sex<-1
xvx· - 1
----~--~~~---+X Com o símbolo de valor absoluto, podemos escrever uma única expressão
-1 o
que elimina a ambigüidade do "±":
FIGURA 3.5 1 A inclinação
da curva y = sec-1x é positiva
parax< - 1 ex> I.
Seu é uma função d erh'live1 de x com JuJ > 1, tcmosa fórmula

1 "" JuJ > 1


JuJw::-1 dx ·

EXEMPLO 6 t.:sando a fórmula

d (' " .)
I dX ""·'

= (2Qr 3)
5x4 V25x' - 1
4
• -
x7V2='5x~8=-=l

Derivadas das out ras três


Podemos usar a mesma t~cnlca para encontrar as derivadas das outras
três funções trigonométricas inversas- arco cosseno. arco cotangente e arco
cossecante - , mas existe uma maneira muito mais fácil de fazê-lo. graças às
identidade-s a seguir.

Jdçntidadc~ da função inversa - cO-f\lllÇáo inversa


cos- 1 x = tr/2 - sen.. 1 x
cotg·• x = ;r/2- tg· • x
cosec-1 x =TTI2 - scc- 1 x

Vimos a primeira dessas identidades na Equação (5) da Seção 1.6. As


outras são derivadas de modo semelhante. Partindo-se de.ssas identidades,
observa-se facilmente que as derivadas das co-funções ilwcrsas são as oposras
snow
228 Cálculo

das derivadas das funções itwersas correspondentes. A derivada de cos-1 x,


por exemplo, é calculada como segue:

JL (cos- I ,Y)
tlt
- JL ('11 -
<lt 2
sçn- 1 x) 1\l~o:mid;o\b.:

= _.!L(sen-• x)
<lt

EXEM PI.O 7 Uma l'l!la 1angcn1c à curv~ nrco cotangcnlc


Encontre uma equação para a reta tangente ao gráfico de y = cotg..1 x
emx = -1.
SOI.UÇÃO Primeiro, no! amos que
colg"' (-1) ~ tr/2- tg' 1 (-1) ~ Tr/2- (-Tr/4) ~ 3rr/4.
O coeficiea1tc angular da reta tangente é

dyl
-
<b: x• - 1
I -
a- - -
I + .\.l
Ix• - l
a

então a reta langentc tem a equação y - 3tr/4 = (- 1/2)(x + I).

As derivadas das (unções trigonomCtricas inversas são resumidas na Ta-


bcla3.1.

TABELA 3.1 Derivadas das funções trigono·


métricas inversas

d(se•f' u) duftlt
I. =~ - < I

2.
tlt
d(coÇ 1u)
=
tlufdx
'"'
lu! < I
<ir ~-
d(1g - •u) dufcLt
3. tLt = I + u2
tl(t.:oty- 1 u) <lu/ <l.Y
4. = -~
dx
ci(sec-'u) du/ tl.t
S. = !ui > I
<l.t Iui~ ·
d(cosec 111) -duftl\·
6. = iul > I
<lt Iui~'
snow
capítulo 3 ~íva~o 229

Exercícios 3.8
Valores comuns de funções 17. sen (cos· 1 (~)) 18. sec (cos· 1 !)
trigonométricas inversas
Use triângulos de referência como o do Exemplo 1 para 1~. 1s(scn·'(-±)) lll. co1g(scn- 1 (- ~))
determinar os ângulos nos cxcrdcios 1- 12.
21. coscc (scc- 12) + cos (og· 1(- \13))
1. (al •s-1 1 (b) lg- 1( - \13) (c) •s-1 (0) 22. og(scc- 1 I)+ sen (cosec- 1(- 2))

2. (a) 1g-1(-11 (b) lg- l v3 (c) 1g-


1
(~) lJ. scn(scn·
1 H)+ cos 1H))
3. (a) '"'" -
1
(~I) (b) ..,.- 1 (~) (c) scn - 1 (-V3)
-r 2.-a. cotg(sen..1 ( -~) - licc..1 2)
4. (a) scn·
1 m (b) scn· 1 (~) (c) scn· (~)1
25. scc(lg- 1 I + coscc- 1 1)

27. sec- 1 ( sec ( - ~))


26. S<>C (coog- 1 \13 + cosce- 1(- 1))

(A respos1a ll(io ê - n/6.)

5. (a) cos- 1 G) (b) cos-


1 (~) (c) cos- 1 (~) 28. cotg- (cotg(-7))
1
( Arcspost:Jmioê-'tr/ 4.)

6. (a) cos· 1 (~I ) (b) cos·


1 (~) (c) cos- • (-V3)
z:-
Determinando expressões
7. (a) scc- 1(- \/Í) (b) scc-
1
( ~) (c) scc- 1( -2)
trigonométricas
8. (a) soc- 1Vi (b) = - 1 ( 0) (c) =-1 2 Calcule as expressões dos exercícios 29-40.

9. (a) coscc - 1 \/Í (b) coscc - 1 ( 0) (c) coscc - I 2 29. scc (tg-l ~) 311. scc <•s-•2<)
JO. (a) cosec - 1(- \/Í) (b~ coscc - 1 (~) (c) cosec- 1(-2) 31. tg (sec-1 3)') .lZ. tg (scx:- ~)
1

33. cos (scn· • x) 3~. 1g (cos· • .<)


11. (a) co1g· 1(- 1) (b) C01!( 1(\l':i) (c) co1g· 1 ( ~) 3~. scn {lg- 1V,\' i - 2x), x ~ 2

12. (a) colg- 1 (I) (b) cotg- 1(- \13) (c) cotg-1 (0 ) 36. scn (tg- kx- + )
1
I
37. c:os ( scn -
1
~·)
38. cos (scõ' ~) 39. scn ( scc- 1 ~)
Valores das funções trigonométricas
~.
O senscc-1 (v;r+;i)
x
13. Dado que a= sen- 1 (5/13), determine cosa, tg «,seca,
cos:cc a e cotg « .

14. Dado que <t = tg- • (4/3), determine scn a, cosa, scc «, Limites
coscc ex e cotg ex. Encontre os limites nos exercícios 41-48. (Se tiver dítvi-
15. Dado que a = sec-• (- ../5), determine scn a , cosa, tg t'c, das, olhe o gráfico da função.)
coscc ex e cotg ex.
16. Dado que«= sec"1 (-.JI3!2), determine scn tt, cosa, tg<r,
coscc" e cotg "·
41. ,_,.
lim scn -•.r

.u . lim tg- • x
r-"'
.t2.
·--··
"~· x-..
lim cos- 1 ),.

limoo t,g- x
1

45. lim sec- 1 x


,,_.., 46. lim s~c- 1 ,\'
•--«>
Calculando termos trigonométricos e 47. lim coscc- 1 x 48. lim coscc- 1
x
-<-"' •--«>
trigonométricos inversos
Determine os valores nos exercícios 17-28.
snow
230 Cálculo

Encontrando derivadas
Nos exercícios 49-70, encontre a derivada de y em relação
à v::triáve1 ~prnpriada .
49. y = eos-1 (.r1 ) 50. y = cos-1 ( 1/.r )
SI. y-= scn- 1 VÍ 1 S.2. y• scn- 1 ( 1 - t)
1 1
53. Jr • sec- (2s + I) S..t. J' • soc- 5s
77. Eis uma prova infonnal de que tg~• I+ tg~• 2 + tg'"1 3 = 11.
55. y = coscc - 1 (x2 + I). x > O
56, )' = C()S('C - I 2
X Explique por quê.

>7. y = scc-•f. O< r< I 58. y = sen-• ~


(

59. y = ooog- 1 Vr 60. y = Vr'=l


eotg- 1
61. y = In (tg- 1 .r) 62. y = tg- 1 (In .r)
63. y = cosec - • (e') (\.1. y = cos· 1 (c-')
65. J' • s~ + coÇ 1s 66. y • ~- sec- 1s
67. )' = tg• l y;r::-j' + COS<."C •I X, X > I

69. y = xscn· • x + ~

1
70. )' • ln (.r + 4) - ·"S-I (~)
78. Duas deduÇÕC$ da identidade sec· • (-x) = ,.. - sec"1 x
Modelos de comportamento final (a) (Geométrica) Eis uma prova pictórica de que
Nos exercidos 7J - 74. encontre (a) um modelo de com· sec- 1 (- x) = 1r - sec· • x. Veja se você consegue dizer o
portamento final à direita, (b) un1 modelo de comportamento que está acontecendo.
final à esquerda c (c) todas as tangentes horizontais para a
função, caso exista alguma.
~ --~ ----------
71 . y = tg•l X 72. y = cotg•1 x __ J ________________ _
1 1 I 'Ir
73. f= Se<:- X 74. y = cosec· x I 2

Aplicações e teoria
(b) (Algébrica) Oedu1.a a identidade sec:· 1 (- x) =n - sec·• x
75. Você está sentado na sala de aula, próximo à parede que está combinando as duas equações a seguir:
de frente para a lousa. que fica na frente da sala. A lousa tem cos·• (- x) = tr - cos-1 x J:,Jua~...a (3). SC'\l-.l 1.6
12 pês de comprimento c começa a 3 pés da parede próximo sec"' x = cos· ' (1/x) Lqu~&40.-.()(l)
à qual você se senta. Demonstre que seu ângulo de visão é
7?. A idc-utjdade ~en· 1 x+ c:o.s· 1 x • tr/2 A figura 1.67 esta-
a = cotg - • :s- cotg j - I belece a identidade para O< x < 1. Para estabelecê-la para
caso você esteja a x pés da parede. o resto de [-1, 11. verilique por cálculo direto que ela é
verdadeira parax == I, Oe - I . Depois. para valores de x em
(- l, O). faça x = - a, a > Oe aplique as equações ( I) c (3) à
soma sen· 1 (-a) + cos· 1 (-a).
80. Demonstre que tg"1 .< + tg· 1 ( 1/x) é constante.
Quais das expressões nos exe•·cícios 81 - 84 s.:~o definidas
c quais não são? Justifique suas respostas.
81. (a) tg· • 2 (b) cos·• 2
82. (a) cosec·•tom (b) coscc· 1 2

76. Determine o ângulo a. 83. (a) scc· 1 O (b) scn· 1 J2


snow
capitulo 3 ~ivaç~o 231

84. {a) cotg"' (-1/2) {b) cos·• (- 5) D Usando a calculadora e a ferramenta


85. Use a identidade gráfica
cosec-• 11 • !!. - scc-•, 91 . Deternttne os valores de
2
(a) sec ·• 1,5 (c) cotg"1 2
para derivar a fórmula para a derivada de cosec· • u (Tabe-
la 3.1) a partir da fórn>ula para a derivada de sec·• u. 92. Determine os valores de
(b) cosec"1 1,i (c) cotg·• (-2)
86. Derive a fórmula
dy I Nos exercidos 93-95, determine o domfnio e a imagem
dx = l +x' de cada uma das funções compostas. Depois, trace as funções
compostas em telas diferentes. Os gráficos fazem sentido em
para a derivada de y = tg·• x derivando os dois lados da cada caso? Justifique suas re,spostas. Comente as diferenças
equação equivalente tgy ~ x. observadas.
87. Use a regra da derivada vista na Seç;io 3.7, Teorema 5, 93. (a) y = tg"' (tg x) (b) y = tg{tg·• x)
para derivar
94. (a) y = sen·• (sen x) (b) y = sen (sen·• x)
.!!..sec- •x = 1 , lxl > I 95. (a) y =cos (cos .v)
1
(b) y =cos (cos·• x.)
dr l.rl Yx 2 - I
96. Faça o gráfico de y = sec (sec· • x) = sec (cos 1 (llx)). Ex-
88. Use a identidade plique o que você observa.
97. A serpentina de Newton Trace a serpentina de
Newton. y c 4x/(x' + I). Depois trace y c 2 scn (2 tg"' x)
para derivar a fórmula para a derivada de cotg"' u (Tabela na mesma tela. O que você observa? Explique.
3.1) a partir da fórmula para a derivada de tg"' u. 98. Faça o gráfico da funç.io racional, y = (2- x')lx'. Depois
119. O que há de especial nas funções trace y = cos (2 scc- 1 x) na mesma tela. O que \'Ocê obser~
va? Explíque.
f(x) = scn·• ; ~ : , .r :.: O c g (.r) = 2<if 1 VX?
99. Faça o gráJicodcfix) = scn·• x junto com os de suas duas pri-
Explique. meiras derivadas. Comente o comportamento def e a fonna
90. O que há de especial nas funções
de seu gráfico em rclaç;io aos sinais c valores de f ef'.

f (.r) • scn·• k+.l:~ I


c g (x) • tg· • }·1 100. Faça o gráJico de fix) = tg·• x julltO com os de suas duas pri-
meirnsderivadas. Comente o comportamento def e a forma
Explique. de seu gráJico em relação aos sinais c valores def'• r

Taxas relacionadas
Nesta seção, veremos problemas em que temos de determinn,r a taxa à
qual alguma variável varia. Em todos os casos, a tax;.t é uma derivada que
tem de ser calculada a partir da taxa à qual se sabe que alguma outra variável
(ou talvel \'árias \'3riáveis) varia. Para determiná-la, escrevemos uma equa-
ção que relaciona as variáveis envohridas e a derivamos, obtendo assim uma
equação que relaciona a taxa que procuramos às taxas que conhecemos. En·
contrar uma taxa que não pode ser facilmente mc.d.ida a partir de outras que
podem é um problema que se chama problema de taxns relacionadas.

Equações de taxas relacionadas


Suponha que estejamos enchendo de ar um balão esférico. Tanto o vo·
lume qutuno o raio do balão aumentam ao longo do tempo. Se V é o volume
c r é o raio do balão em dado instante. então
V :; -4 1rr$
3
232 Cálculo

Usando a regra da cadeia, derivamos para detenninar a equação de ta..xas


relacionadas.

Conseqüentemente, se conhecemos o raio r do balão c a taxa dV!dl à qual


o volume e-stá aumentando em dado instante, podemos r:esolwr drtdt nessa
última equação c, assim, determinar a velocidade com que o raio está aumen·
tando naquele Instante. Observe que é mais fácil medir diretamente a taxa de
aumento do volume que a do raio. A equação de taxas relacionadas nos per·
mite calcular drldt a partir de dV/dl.
Quase sempre, a chave para relacionar as variáveis em um problema de
taxas relacionadas é fazer um desenho que mostre a relação geométrica entre
das. conforme ilustrado no exemplo a seguir.

E.XEMl>LO I Esvaziando um tanque


' A que taxa o nível do líquido diminui dentro de um tanque cilindrico
vertical se bombearmos o Uquido para fora a uma taxa de 3.000 1/min?
~ _, , SOI.UÇÃO Esquemati1.amos a figura de um ta11que cilíndrico ver·
dl
r
h
lical parcialmente cheio. chamando seu raio de r e a altura do liquido de h
(Figura 3.52). Chame o volume do liquido de V.
Com o passar do tempo, o rnio permanece constante~ mas V c Ir va-
riam. Percebemos que V e 11 são funções deriváveis do tempo c usamos t
'7, = -3.000 1/min para representar o tempo. Sabemos que
Bontbt:.'lmos o üquido pan• kn<l
FIGURA 3.52 A taxa de va· dV :a unula.x.:t ti~ J.OOU Jtm in. A
- = -3.000 l~.a i n.:~~tiv.J J•Orl.jut' ô \·ulunu.•
riação no volume do llquído til
<'~li dlminuinJo.
em um tanque cilíndrico está E devemos determinar
relacionada à taxa de variação dh
no 1\Ível de líquido do tanque til
(Exemplo L). Para determinar dh/dl, primeiro, escrevemos uma equação que rcla-
cíone h e V. A equação depende das unidades escolhidas para V, r e Ir.
Com V em litros e r e h em metros, a equação adequada para o volume do
cilindro é
V = I.OOOnr'l1

pois um metro cúbico contém 1.000 litros.


Como v c 11 silo funçóes deriváve•s de 1, podemos derivar os dois
lados da equação V = J.OOOnrlr em relação a 1 para obter uma equação
que relacione dl1/dla dV/dl:

dV = l.0001rr2 dh r C con..t3nh.'".
dt dt
Substitui mos o valor conhecido dV/dt = - 3.000 e determiltamos dll!dt:
"" - 3.000 = _ _ 3_
dt = 1.000 1T/'2 ..,,.2
O nível do líquido diminui a uma ta.xa de 3/(n?) m/min.
A equação dll!dl = - 31m2 mostra como a taxa com que o nível do li·
quido dimínui está relacionada ao raio do tanque. Se r for pequeno, dhldl
será grande; se r for grande. d!J!dl será pequena.
capitulo 3 ~ivação 233

Se r • I m: ~: • - ~ "' - 0,95 m/ min • - 95 cmf min.

::ier = lOm: di- 3 -


dh - -Toõ;;'- - 0,0095 mf min = - 0,95 cmf min.

1!..11\tr;atégia para a resolução de problem•\S de taxas relacionadas


1. Dese11he uma figura e Menlifiqu.e as variáveis e as coustmrte.s. Use I para
tempo. Suponha que todas as variáveis são funções deriváveis de t.
2. Escreva as informações numéricas (em ter:mos dos símbolos que
você escolheu).
3. Escreva aquilo que você deve encotrlrar (geralmente uma taxa. ex~
pressa como uma derivada).
4. Escreva uma equaçclo que relacione as variáveis. Talvez. você possa
combinar duas ou mais equações para conseguir uma única, reta ~
cionando a variável que você quer com as variáveis que conhece.
5. Derive em n~laçdo a t. Em seguida, expresse a taxa que você quer em
tcnnos d.'lS taxas e 'rariávtis cujos valores v<:>ce conhece.
6. Calcule. Use os valores conhecidos para encontrar a taxa desco-
nhecida.

EXEMPLO 2 t:m bolão subindo


Um balão de ar quente, subindo na vertical a partir do solo, é rastreado
por um telêmetro colocado a 500 pés de distância do ponto de decolagem.
No momento em que o ângu1o de elevação do telêmetro é rr/4, o ângu1o
aumenta" uma taxa de 0,14 rod/min. A que velocidade o balão sobe nesse
momento?
SOLUÇÃO Responderemos à questão em seis passos.
J. Desenhe uma figura e identifique as variáveis e as constantes (Figura
3.53). As '"'riáveis da figuro são
Balão 8 = o ângulo, em radianos, que o telêmetro forma com o solo
y = a altitude do balão, en> pés
!fj! = 0. 14 rad/mi.n
<1u~uldo O • 1'114
Utilizamos t para representar o tempo e consideramos que 8 e y são
funções deriváveis de t.
A únkn eonstontc do figura é n dj:;tôncia do telêmetro no ponto de dc.'COin-
9 gem (500 pés). Não é preciso atribuir um símbolo espeda1 para essa distância.
Tel~mciJO o<--L,=-,-,-,---l.J
500 pés
2. f:.screva as irrformações numéric<Js adicionais.
l'IGURA 3.53 A taxa de '"'riação da
dO= 0,14radl 1111n
· 0=-
,.
altura do balão está relacionada à taxa de - quando
dt 4
variação do ângulo que o telêmetro forma
com o solo (Exemplo 2). 3. EscreV!l aquilo que você deve encontmr. Queremos dy!dt quando 8 = n/4.

4. Escreva urna equnção que relacione as variáveis y e O.

ou y = S00tg6

S. Derive em relação a t usando a regra da cadeia. O resultado a Sê·


guir mostra que dy!dt (que queremos) está relacionada a dll!dt
(que conhecemos).
234 Cálculo

dy , dO
di = 500 (sec· O) di

6. Calcule USII>Ido 9 = tr/4 e d9/dt = 0,14 para determiuar dy!tlt.

dy = soo(Vi)2<o 14) = 140 ~c :rr.


dt '
No momento em questão. o balão está subindo a uma velocidade de
140 pésfmin.

EXEMPLO 3 Perseguição na rodovia


)'
Uma viatura de potída. vindo do norte e aproximando-se de um cru -
Silu.-.ç;i.o QU3"d0
x • O.S.y • 0.6 zamento em ângulo reto. está perseguindo um carro em alta velocidade,
que, no cru?.amento, toma a direção leste. Quando a viatura está a 0,6 mi
J' !!!. ao norte do cru?..amento c o carro rugitivo a 0,8 mi a leste., o radar da po-
dt - "0
-
,,,
dy
- •-60 lida detecta que a distância entre a viatura c o fugitivo está aumentando a
20 milh. Se a viatura está se deslocando a 60 milh no instante dessa me-
dida, qual é a velocidade do fugi tivo?
SOLUÇÃO Desenhamos o carro do fugitivo c a viatura no plano,
FIG URA 3.54 A velocidade do usando o eixo x positivo como a parte da estrada que vai para o leste e o
carro está relacionada à velocidade da eixo y positivo como a parte da estrada que vem do norte (Figura 3.54).
viatura policial c à taxa de varíaç.lo da Usamos t para representar tempo c
distância entre eles (Exemplo 3).
x = posição do carro do fugitivo no tempo I
y;:. posição da viatura no tempo t
s =distância entre o carro do fugitivo e a viatura no tempo t.
Consideramos que x, y. s são funções deriváveis de t.
Queremos dctcrmin:tr tlxfdt quando
dy ds
x = 0,8 mi, y = 0,6 mi, dl = -60 mi/h, - =20mifh
dt
Veja que dy!dt é negativa porque y está diminuindo.
Derivamos a equação da distância
s'=x' +l
(poderíamos usar tambén'l s = Jx-: + l ), e obtemos

2 tis c 2<!!3. +2 dy
sdt dt Ydt

tis l ( dt tly)
dt = s
"di + Ydi

=
Vx' + y'
I (• dt
· dt
+ ydy)
dt

Por fim, usamos x = O.S, y = 0,6. dytdt = -60. dstdt = 20 e determina-


mosdx/dt.

20 =
v(0.8) 2
1
+ (0.6)2
(o •sd'
dt
+ (o6)(

-60))
!ft = 20V(o,s)' + (0.6)' + (0,6)(60) =
70
dt 0,8
No momento em questão, a velocidade do carro é de 70 mi/h.
snow
capitulo 3 D<!rivaç~o 235

EXEMPLO 4 Enchendo um tanque cônico


A água entra em um tanque cônico a uma ta;'óa de 9 pésJ/min. O tan-
que tem o vértice voltado para baixo e altura de lO pés e o raio da base é de
5 p.!s. A que taxa o nivel da água estará subindo quando a profundidade
for de 6 p.!s?
SOLUÇÃO A figure 3.55 mostre o tanque cônico parcialmente
cheio. As variáveis do problema são
V= volume (p.!sl) de água no tanque no instante I (min)
!t!:
tlt
= 9 pés'tmin x = raio (pés) da superfície da água no instante t
)' = profundidade (pés) da água no tanque no instante I.

Consideramos que V, x e y são funções deriváveis de I. As constantes


são as dímensões do tanque. Queremos determinar dy!dt quando
• dV
y= 6 pés c - = 9 pés'lmin
dt
A água forma um cone de volume
I
V=- tr.t"y
3
Essa equaÇtlo envolve x. assirn como V e y. Como não há informação
fiGU RA 3.55 A geometria do tanque sobre x c dx/dt no instante em questão. precisamos eliminar x. Os triân-
cônico e a taxa â qual a água o preen- gulos semelhantes da Figura 3.55 permitem expressar x em termos de y:
che determinam a velocidade com que
X 5 y
o nivel de água aumenta (Exemplo 4). -=- ou x--
- 2
y 10
Portanto,

que nos leva à derivada


dV= "'
- dy= -
-·3y 2 - "' y
2 tfy
-
til 12 dl 4 tft

Por 6m, use y = 6 e dV!dt = 9 pa.ra determinar dy/dt.


9= 2!. (6)2 dy
4 dt
dy I
di = 7i' "' 0.32
No momento em questão, o nivel da água está aumentando em apro-
ximadamente 0,32 pé/mln.

Exercícios 3.9
I. Área Suponha que o raio r e a área t\ = nl de um cír- (a) Como dV!dt está relacionada a dls/dt se r é constante?
culo sejam funções deriváveis de t. Escreva uma equação (b) Como dV/dt está relacionada a dr/dt se h é constante?
que relacione dAidl a drldt.
(c) Cómo dV!dt está rdaciona.d a a dr!dt c dlt!dt se nem r
2. Área da superficie Suponha que o raio r e a área da su- nenl h são constantes?
perfície S = 4rrr' de uma esfera sejam funções deriváveis
de I. Escreva uma equação que relacione dS/dla dr/dt. 4. Volume O raio r e altura h de um cone drcular estão
relacionados com o volume V do cone pela fórmula V=
3. Volume O ralo r e a altura h de um c.Hindro circular
( 1/3) trr>!s.
estão relacionados com o volume V do cilindro pela fór·
mula V= trr'h. (a) ComodV!dtestá relacionadaadh/dt,se ré constante?
236 Cálculo

(b) Como dV!dt está relacionada a dr!dt, se 11 é constante? 9. Área A área A de um triângulo, com lados de compri..
(c) Como dV!dt está relacionada a dr!dt e d/1/dt, se nem r mcnto a e,, formando um ângulo e, é
nem ,, são constantes? A ~ ..!.absen (}
2
5. Variando a voltagem A voltagem \f (volts), a corrente I
(amperes) c a resistência R (ohms) de um circuito elétri· {a) Como tiA!dt está relacionada a d8!tlt, se a c b são
constantes?
co (veja a seguir) estão relacionadas entre si pela equação
V = IR. Suponha que V esteja aumentando a uma taxa de l (b) Como dA!dt está relacionada a d9!dt c da!dt se so-
volt/s, enquanto I está diminuindo a uma taxa de 1/3 A/s. mente b é constante?
Representaremos o tempo t em segundos. (c) Como dA/ dt está relacionada com .d9/dt, da/ dt e db!dt,

+t - e
se nem a, nem b nem são constantes?
,------1, 1----...
10. Aquecendo um prato Quando um prato circular de
metal é aquecido em um forno, seu raio aumenta a uma
taxa de 0.01 cm/min. A que taxa a árrn do prato aume-nta
R quando seu raio é de 50 em?

(a) Qual é o valor de dV!dt? 11 . Mudandoasdimcnsõesdcumrdângulo Ocomprimento


I de um retângulo diminui a uma ta."<a de 2 cm/s, cnquru1to a
(b) Qual é o valor de dNdt? larg\lra waumenta a uma taxa de 2 cm/s. Encontre as taxas de
(c) Qual equação relaciona dR!dt a dV!dt c dl!dt? ''llriação para (a) a área, {b) o perímetro-c (c) os comprimen-
tos das diagonais do retângulo quando I = l2 em e w = 5 em.
(d) Encontre a taxa corn a qual R está variando quando
Quais medidas estão aumentando c q11ais estão diminuindo?
V= 12 e I::; 2 A. R está aumentando ou diminuindo?
12. Mudando as dimensões de uma caixa retangu_lar Su·
6. Potência elétrica A potência P (em wall) dissipada em
ponha que os comprimentos dos lados x, )\ z de uma caixa
um circuito elétrico está relacionada à resistência R (em
retangular estejam variando às seguintes taxas:
ohms) c à corrcnce I (em amperes) que circula nesse cir-
cuito pela equação P =RI'. dx dy
- = - 2m/s,
dt = lm/s • dt
- -dz =Im/s.
(a) Como estão relacionadas dP!dt, dR!dt c dl!dt se P, R c dt

I não são constantes? Encontre as ta.xasdc variação de (~\) vol:ume, (b) ~írca da su-
(b) Como dR!dt está relacionada com dl!dt se Pé cons- pcrffcic c (c) comprimento da diagonal s = ~x' + y' + z'
no instante em qucx = 4, y = 3 cz = 2~
tante?
13. Umaesc<•dacsoorrcgadía Uma escada com 13 pés está em
7. Distância Sejam x e y funções deriváveis de I e seja .s =
pé c apoiada em uma parede. quando sua base éOmCÇá a es-
~x' + y' a distância entre os pontos (x, O) e (0, y) no pia·
corregar, afastando-se da parede. No momento em que a base
r1oxy.
está a 12 pés da casa. ela escorrega a uma taxa de 5 pés/s.
(a) Como dsldt está (clacionada a dx!dt se y é constante? y
(b) Como ds!dt está relacionada a dx!dt c dy!dt se nem x
nem y são constantes?
(c) Como dxldt está relacionada a dy!dt se s t! constante?
8. Diagonais Se x, y e z são os comprimentos dos lados de
uma caixa retangular, o comprimento comum das diago-
naisdacaixaés = Jx + l + z:: .
1

(a) Considerando que x, ye z sejam funções deriváveis de


(a) A que taxa o topo da escada escorrega para baixo nes-
t, como ds!dt está relacionada d.<ldt, a dy!dt c dzidt?
se momento?
(b) Como ds/dt está relacionada a dyldt c dzldt se x é
(b) A que taxa a área do triângulo, formado pela escada,
constante?
pela parede c pelo solo, \'li ria?
(c) Como dxltll, dyldt c dzldt estão relacionadas se s é
(c) A que taxa o ángulo 8, formado pela escada e pelo
constante?
solo, varia?
snow
capitulo 3 D<!rivaç~o 23 7

14. Tráfego aéreo comercial Dois aviões comerciais voam (c) A que taxa o raio r variam quando a água tiver 8 m de
a 40.000 pés em rotas retilíneas, que se cruzam formando profundidade?
ângulos retos. O avião A se aproxima do ponto de inter-
seçao a uma velocidade de 442 nós (milhas n4utlcas por 20. O aumento de uma gota Suponha que uma cota de
hora: uma mil h• n:lutica ~ igual a 2.000 jardas) c o avião neblina seja uma esfera perfeita < que, por condens.1ç4o,
capto umidado a uma taxa proporcional à área de sua su-
8 se aproxima a 481 nós. A que taxa a distilnda entre os
pcrficie. Mo$tre que nessas circunstâncias o raio d3 gota
aviões '"'ria, quando A está a 5 milhas náuticas do ponto
cresce a uma taxa constancc.
de inte!UÇáo e 8 a 12 milhas náuticas do mesmo ponto?
15. Empinando uma pipa Um mcnlno empina uma pipa a 300
21. O raio de um balão inOávcl Um balão esférico~ inRado
com hélio a uma taxa de I OOzr pés'/min. Quando o raio do
pés de alcura: o '""'o afasta a pipa horizootalmeme em rcla-
balão for de 5 pés, a que laxa aumentará? A quo taxa a área
ção ao menino a uma '-cloci<bdc de 25 pWs. A que taxa de
da superflcie crescerá?
deve soltru- a linha, quando o pipa C$IÓ a 500 pés de distância?
22. Puxando um boi< Um bote é puxado por uma corda pre-
16. Torneando um cilindro Os mcdnicos d• automoti\'3
Lincoln estão torneando um cilindro de 6 polegadas de sa à proa que passa por uma argola prC$3 no cais a 6 pés
profundidade para receber um novo pistão. A máquina acima da proa. A corda é pt1Xada com uma t:txa de 2 pésls.
usada aumenla o raio do cilindro em 0,001 polegada a (a) A que velocidade o bote se aproxima do c;~is quando
cada 3 minutos. A que taxa o volume do cilindro aumen- IOpés de corda foram puxados?
tará quando o diâmetro for de 3,8 polegadas? (b) A que laxa o ângulo 8 vnri<l nesse momento (veja a
17. O crescimento de um monte de areia A areia c..'l.i de uma figura)?
esteira transportadom a uma taxa de lO m1/min no topo de Aq;ol:t n11 an::«:1
tnn monte cônico. A nltum do monte sempre tem três oitavos doc.ai:\
dodillmetro da base. A que tn.m vnrianl (u) a nhurae (b) o mio
quando o monte th'CI" 'In'l de altura? Responda em cm/mi.n.
18. Esvaziando um reservatório cônico A água escoa de
um reservatório de concreto cônico (vértice para ba.ixo),
com raio da base de 45 111 e altura de 6 111, a uma caxa de
50 1111/min.
23. Um balão e uma bicicleta lJm balão estd subindo ver-
(a) Com que taxa (cm/min) o nivcl da água estam dimi- ticalmente acima de uma estrada a urna velocidade cons·
nuindo quando este for de 5 m de profundidade? cante de 1 pé/s. Quando ele está a 65 pés aciona do solo.
(b) Com que taxa o rolo da superflcie da água estará va- uma bicicleca que se desloca a uma velocidade constante
riando nesse momento? Use cm/min como unidade. de 17 pés/s passa por baixo d~le. A que taxa a distãncla
19. Drenando um reservatório heruis(érico A água escoa
s(r) entre a bicicleta e o balão aumentará 3 sogundos
a uma taxa de 6 m'Jmin de um rtscrvatório hcmisférico depois?
com raio de 13 m (veja a seguir). RC$ponda1s questões a
,.
seguir, sendo o volum< do ~gua em um rccipiont< hemis-
férico de rolo R dodo por V- (n/3)y(3R - y), qu:>ndo •
água tem y metros de profundidade.
C<"l'llro cb esfera
/

.1(1)

(a) A que taxa o nlvel da água variam quando a água tiver


8 m de profundidade?
(b) Qual será o rolo r na suporflcic da água quando a água o
.. x(r)
1 .f

tiver y metros de profundidade?


snow
238 Cálculo

24. fazendo café O café escoa de um filtro cônico para uma 26. Custo, rendimento e lucro Uma empresa pode produ·
cafeteira cilindricaa uma taxa de 10 pol 1/min. zir :<itens a um custo de c(x) mil dólat'es, um rendimento
de venda de r(x) mil dólares e um lucro de p(x) = r(x)
(a) A que ta..'<a o nível na c.afcteira aumentará quando o
- c(x) mil dólares. Determine de/d/, drltll c dpldr para os
café no filtro tí,•er 5 pol de profundidade?
valores de x e dxldt a seguir.
(b) A que taxa o nível no filtro diminuirá nesse momento? (a) r(x) = 9x, c(x) = x'- 6x' + 15x e dxldt =O, I
quando x = 2
(b) r(x) = 70x, c(x) =x' - fd + 45/x c dx/tlt =
0,05 quando x = 1,5

27. Movimento ao longo de uma parábola Uma partí·


A que taxa C$le cuia se desloca ao longo da parábola y = ,! no primeiro
nfvcl diminui? quadrante, de modo que sua coordenada x (medida em
metros) aumente a uma taxa constante de lO m/s. A que
taxa o ângulo de inclinação 9 da reta que liga a partícula à
origem varia quando x = 3 m?
28. Movimento ao longo de outra par.íbola Uma partícula
se desloca da direita para a esquerda ao longo de uma pa-
A 'lt.lt: IX<n tS.IC
nh•d 3UIIlCOI3? rábola y =..r::;de modo que sua coordenada x (medida
em mettos) diminua a uma veloc:idade de 8 m/s. A que
taxa estará variando o ângt~lo de inclinação 9 da reta que
25. Débilo cardíaco No final da década de 1860, Adolf liga a partícula à origem quandox = - 4?
Fíck, professor de fisiologia da Faculdade de Medic.i na 29. Movimento cnl um plano As coordenadas de uma par-
de Würtzberg, Alemanha, desenvolveu um método usa· tícula em um plano xy são funções de:rivàveis do tempo t
do até hoje para determinar a quantidade de sangue que com tlx/dt = - I m/s c tly!dt; - 5 rn/s. A que taxa a distân·
o coração humano bombeia por minuto. Enquanto você cia entre a partícula e a origem varia, quando esta passa
lê esta frase, é possível que seu débito cardíaco seja de pelo ponto (S. 12)1
7 1/rnin. En'l repouso, geralmente C um pouco menos
30. Urna sombra em movimento Um homem que mede 6
que 6 1/min. Se você for um alleta, seu débito cardíaco
pés anda pela rua a uma velocidade de 5 pés/sem direção
poderá atingir 30 1/min quando estiver participando de
a um poste de luz de 16 pés de altura. Com que velocidade
uma maratona.
a parte mais alh\ de sua sombra estará se movendo? A que
O débito cardíaco pode ser calculado pela fórmu la
velocidade o comprimento da sombra varia quando ele
r =Q está a 10 pés da base do poste?
D
31. Outra sombra em movimento Um a luz está acesa no
onde Q é o volume (em m l) de CO, exalado por mi· topo de um poste de 50 pés de altura. Uma bola cai da mes-
lllltO e D é a diferença entre as concentrações de col ma altura em um ponto situado a 30 pés de distância do
(ml de CO~.Jiitro d~ unguc) bombc<'d<> para ~ retor- poste. (Veja a tigufa a seguir.) A que vdvdc.Jade a sombra
nando dos pulmões. Com Q =233 mlimín c D =97 - da bola se desloca no solo 1/2 s depois? (Considere que na
56 = 41 ml/1, queda a bola percorreu s a 16t' pés em I segundos.)

233ml/min Luz
y ::;.:...:;;:;;..::::.. ~ 5,681/min
41 ml/1 Uob no instante 1 =O

bem próximo a 6 1/min, valor que a maioria das pessoas


apresenta na condição basal (repouso). (Dados cedidos pome<le
por J. Kenneth Herd, M.D., Escola de Medicina de Quillan, 50"""
Universidade do Leste do Estado do Tenoessec.)

= =
Suponha que, para Q 2H c D 41, D diminua a uma
velocidade de 2 unidades por minuto, mas Q permaneça
constante. O que acontecerá com o débito cardíaco?
capitulo 3 ~ivação 239

32. Filmando um c.arro em movimento Você está filmao· 36. Pes..~oas caminhando A e 8 estão caminhando em ruas
do uma torrida de um lugar a 132 pés de distância da retilíneas que fonnam um ângulo rcro no cru1.amento. A
pista, scguind<> um earr<> que se desloca a 180 mi/h (264 aproxima-se do cruzamento a 2 m/s, enquanto 8 se afasta
pé/s). Quando o carro estiver exa•ameme na sua (reme, a a 1 m/s. t\ que taxa o ~ngulo 6vurla quando A está a 10m
que velocidade o ângulo 8 de sua câmera variará? E meio do cruzamento e B a 20m? Expresse sua resposta em graus
segundo depois? por segundo, arredondando para o grau mais próximo.
C(lmcrn
A

o
o
~oP-------~~8-.+
1.32'

37. Jogadores de beisebol Um ca.mpo de beiseool é um qua-


drado que mede 90 pés lado. Um jogador corre da primeira
para a segunda ba.~e a uma velocidade de 16 pésls.
Carro
(a) A que taxa varia a distância do jogador para a terceira
33. Derretimento de uma camada de gelo Uma oola de base quando ele está a 30 pés da primeira base?
ferro esférica com 8 pol de diâmetro está coberta com (b) A que taxas os ângulos 0 1 e 9, (veja a figura) variam
uma camada de gelo de espessura uniforme. Se o gelo der- nesse momento?
rete a uma taxa de 10 pof~/min, a que ta.'<a a espessura do (c) O jogador desliza para a segunda base a uma velocidade
gelo diminuirá quando tiver 2 pol? A que taxa a área da de 15 pés/s. A que taxas os ã"gulos 8 1 e O, \'llriam quando
s11perfJcie externa do gelo diminuirá? o jogador toca a base?
34. Policia rodoviária Um he.licóptero da polícia rodoviá·
ria sobrevoa uma auto-eslr3da a 3 milhas do solo a uma
velocidade constante de 120 mi/h. O pil<>to vê um carro se
aproximando e o radar assinala que no instante da obscr·
vação a distância entre o carro e o avião é de 5 Jni. A dis-
tância entre eles diminui a uma taxa de 160 milh. Calcule
a velocidade do carro.
35. A sombra de um prédio Em uma manhã, um prédio
com 80 pés de altura projeta uma sombra de 60 pés de
o
Início
comprimento. Nesse mornento1o ângulo 8 que os raios so-
lares projetam no solo aumenta a 1.1ma taxa de 0,27°/mín.
A que taxa a sombra diminui? (Lembre-se de usar radia· 38. Navios Dois navios a vapor .estão navegando para lon·
nos. Expresse sua resposta em polegadas por minuto. ar-
gc de um ponto O em rotas que forrnam um ângulo de
1200. O navio 11 desloca-se a 14 nós (milhas náuticas por
redondando para a primeira casa decimal.)
hora; uma milha náutica é igual a 2.000 jardas). O na-
vio B desloca·se a 21 nós. A que laxa os navios estão
se afastando entre si, quando OA = Se 08 = 3 milhas
náuticas?
snow
240 Cálculo

Linearização e diferenciais
Às vezes, podemos aproximar funções complicadas usando funções mais
simples que, além de serem mais f.1ccis de traball1ar, fornecem a precisão
desejada para apliC1lções especifiC1ls. As funções de aproximação discutidas
nesta seção são denominadas li11eariznçõcs c se baseiam em retas tangentes.
Outras funções de aproximação, como os polinômios, serão discutidas no
Capítulo 11, no volume 11.
Vamos apresentar as novas variáveis dx c dy, chamadas diferenciais. e
defini ..las de um modo que transformará a notação de Leibniz para a derivada
dyldx em uma verdadeira ra.Zcio. Usaremos dy para estimatr o erro da medida
e a sensibilidade de uma função à variação. A aplicação dessas idéias vai nos
dar, então, uma prova precisa da regra da cadeia (Seção 3.5).

Linearização
Como você pode ver na Figura 3.56. a tangente à cunra y = x? fica perto da
cun'õl próximo ao ponto de tangência. Em um pequeno intervalo, de cada lado
do ponto, os valores de y ao longo da t<>ngente fornecem boas aproxíonações
para os valores de y na curva. Observamos css~ fenô meno ampliando os
dois gráficos no ponto de tangência ou analisando as tabelas com valores
da díferença entre j{x) e sua reta tangente próximo à al>scissa do ponto de
tangência. Loc:aJmcnte, toda curva derivável se comporta como uma reta.
2

r= x' f
y• 2x - l

( I. I)

- I \b:~~='==!:::=:d.l3
()

:o·• x:esua'-ll'l~nte y= 2.t- I em (l. 1). A tangente e a curv.a bem próximas.


p<no de ( I. 1).
1.2 1,003
)" .., X~

y • 2.~' - l
( I. I) ( I. I)

y= 2x- I
o.s~=:!::==!!=::!:=:!J 1.2 0.997~F=~====::V 1.003
0.8 0.997
A IMgtnte e:~ c.-ul'\·;-, nmiiO prVx.irllàS A 1~nt;ente e <1 çur"\"õt ai1~d;1 mais próximas.
..o longo de 1odo o imervnlo ;r A tçl;,t do çomfl'n :~dor ono consc);.l~
apn..'$:nln.<}o. distinguir n IMgl!ntc d:1 curv:~ nt:s..~
inh!l'\'alo de x.
FIGURA 3 .56 Quanto mais ampliarnos o gráfico de uma fu nção próximo
a urn ponto onde a furtção é derivável. mais "reto" o gráfico se toma e maís
se assemelha à sua tangente.
Em geral, a tangente a y =j{x) no ponto x =n, onde f é dcrívável (Figura
3.57) passa pelo ponto (n,.Jtn)), então sua equação é
y = j{a) + J'(n)(.< - a)
capítulo 3 ~iva~o 241

l' Assim, essa reta tangente é o gráfico da função linear


>" • /(:.;) Coerictc~IIC
angular • j'(u) L(x) = Jta) +j'(a)(x- <!)
~ Enquanto essa reta permanecer próximo ao gráfico de f L(x) fornecerá
uma boa aproximação de Jtx).

-;;1----':-------x Dcfinjçõcs Línear.izaç:âo, aproxirna~ão Jine*lr padrão


o " Se fé derivável em x ==a, então a função aproximação
FIGURA 3.57 A tangente à curva y = Jtx) L(x) = Jta) + f'(a)(x - a)
em x =a é a r<ta y =Jta) + j'(a)(x - a). é a linearização de f em a. A aproximação
Jtx) ~ L(x)
de f por L é a aproximação linear padrão def em a. O ponto x =a é o
ctntro da aproximação.

f.XEM I'LO 1 Determin:111do uma1Jnearizaç5o


Determine a lincari?.ação dcftx) =·h+ x quandox =O {Figura 3.58).

--7---;;t---7--~--;-----;---.<
-1 o 2 3 4

FIGURA 3.58 O grnlico de)'= ./1 + .~e sua linearização


quando x = Oe x = 3. A Figura 3.59 apresenta uma vista
amplíada na região destacada ao r:cdor de I , no eixo y.

SOLUÇAO Como
0.9 ' - - - - ' - - - - : : ' - - - - '
-0.1 o 0.1 0.2

FIGURA 3.59 Vista ampliada da


janela da Figura 3.58. temos que/(0) = I, f'(O) = 1/2, o que leva à lincarização

L(.<} = f(a ) + j'(a)(x - a) = + Í (x - O) = +:!.


2
Veja a Figura 3.59.

Observe como a aproximação~ ~ I + (x/2) do Exemplo I é precisa


para valores de x próximos de zero. Conforme nos afastamos de zero,
perdemos a precisão. Por exemplo. para x = 2, a lincariz.ação fornece 2 como
a aproximação de J3) que não é exata nem para uma única casa decimal.
Aproximaç-ão Vale~ r real Valor real - aproximação
0
W"' I + :} - 1.10 1.095445 < to-•

ví.Os " I + O~S = 1.025 1.024695 < 10_,

ví.õo5"' I + 0·~ 5 = 1,00250 1,002497 < 10_,


242 Cálculo

Não se deixe iludir pelos cálculos anteriores. pensando que qualquer


coisa feita por n1:eio da linearização será melhor se for feita com uma
calculadora. Na pnltlca, nunca utilizaríamos a linearização para determinar
uma raiz quadrada. A utilidade da ltnearlzaçào está em sua capacidade de
substituir fórmulas complicadas por uma mais simples ao longo de um
intervalo de valores. Se precisássemos trabalhar com .Jt
+ .< para x próximo a
Oc pudéssemos tolerar o pequeno erro envolvido. em vez. disso. podería.mos
trabalhar com l + (x/2). Obviamente, precisamos saber qual o tamanho do
erro. Falaremos mais sobre estimativa de erro no Capitulo 11, Volurnc n.
Uma aproximação linear normalmente perde a precisão longe de
seu centro. Como a Figura 3.58 sugere, a aproximação ..[~+; " l + (x/2)
provavelmente é imprecisa para ser usada próximo a x :: 3. Nessa região.
precisamos saber a línearização quando x = 3.

F.XE~fPLO 2 Determinando uma lincari~.açào em outro ponto


Determine alincarização dej(x) = ..[~+;quando x o 3.
SOI.UÇÃO Calculamos a equação definindo L(x) em a = 3. Com

/ (3) = 2,

temosque

L(x ) ~ 2 + 4I (x - 3} ~ 45 + 4

Quando x ;: 3,2, a lincarização do Exemplo 2 fornece

~ ~ v'1 + 3,2 "' ;} + 342 ~ 1,250 + o,soo ~ 2,050

que difere do valor real .J4.i


= 2,04939 em menos de um milésimo. A
lincarização do Exemplo 1 fornece

~ ~ Yl + 3,2 "' I + 3
:} ~ I + 1,6 ~ 2,6
um resultado que está errado em mais de 25%.

EXEMPLO 3 Determinando uma linca.rização parn a função cosseno


De-termine~ lir,cari~~o de j(x) • coe- x quar'Klo x • n/2 (J:igur~ 3.60).
FIGURA 3.60 O gráfico de j(x) =
cos x e sua linearização quando x ;;- SOLUÇ,\0 Como j(rr/2) = cos (n/2) =O, f'(x) = - sen x, e j'(tr/2) =
n/2. Próximo a x = n/2, cos x ~ -x + -sen(n/ 2) =-I, temos
(rr/2) (Exemplo 3).
L(x) =/(li) + f' (a)(x- a)

- o+ (-1>(• - ;)
= -x + !!.
2

Uma aproximação linear importante pal'a raízes c potências é


(I + x)' ~ l + kx (x próximo de O, sendo k qualquer número)
snow
capítulo 3 ~íva~o 243

(Exercício 15). Essa aproximação, boa para valores de x suficientemente


próximos de zero. tem uma vasta aplicaç.;1.o. Por exemplo, quando x é pequeno.
~~ I +Í.r I. ., I ·)

I :X =( I -.<r'"' l +(- 1)(-x)= I +.<


\Y'a + Sx~ • (I + Sx")11·' ~ I+ Í(Sx") • I + fx"'
I , =( I _ ,.-l,-1/l ~ t + (-~)(-.ra) = I + !x2 I. . - 1 l
~Ul\llb!IO \ pólf- \ J.
VI=-? - 2

Diferenciais
Às VC'lCS-, usamos a notação de Leibniz dyldx para representar a derivada
de y em relação a x. Ao contrário do que pareçe, :não se trata de u1na rnz.ão.
Agora, introduziren1os duas novas variáveis dx e dy com a propriedade de
que, caso a razão exista, esta será igual à derivada.

Defuúçio Diferencial
Seja y = j{x) uma função derivável. A diferencial dx é uma variável
independente. A d iferencial dy é

dy = j'(x) dx

Ao contrário da variável independente dx, a variável dy é sempre


dependente. Ela depende tanto de x quanto de dx. Se atribuímos a dx um
valor específico c x é um número particular no domínio da f\mçãofi então o
valor numérico de dy é determinado.

liXEMPLO 4 D~tcrminando a diferencia l tly


(a) Determine dy se y = x' + 37x.
(b) Determine o valor de dy quando x = I e dx = 0,2.
sm.uç,\o
(a) dy = (Sx' + 37) tlx
=
(b) Subst.iluindo x I e dx =0.2 na expressão de dy, temos
dy = (5 . I'+ 37)0.2 = 8,4

O s ignifi<'<~do geométrko d<ls diferent:i<li$ é mt.'t$l!"<ldo n<t r:ig\tra 3.6l. Sejtl


x = a c estabeleçamos dx = Ax. A variação correspondente em y = j{x) é
Ay = j{a + dx) - j{a)

Qunado d.t é uma 'oarinçJ\o prqu.ef13 FlGVRA 3.6 1 Geométrica.rncntc,


a diferend~1 l cly é a variação llL na
dl.lx. :a \":lri:~ com:spoond(nte n.1
llr~.:~ri:r~·;io é. ex:.CMIC'I"e (ly.
llnc.arização de f 'luando x ~ a varia
: + - - - - ' - - - - - ' - - : - - - - - - - - - -" .r em uma quantidade dx = 6x.
O (I , + (l.r
snow
244 Cálculo

A variação correspondente em L é
ilL = L(tt + tL<) - L(a)
= f(n) + /'(tt)[(tt + <lr) - tt] - f(n)
I.(a + tM

= f'(a) dr
Ou seja, a variação da Hnearização de f equivale justamente ao valor da
diferencial dy quando x = a e dx = llx. Portanto. dy representa a medida em q11e
a reta tangente sobe ou desce quando x varia em uma quantidade dx = 6..'1:.
Se dx ~ 0, então o quociente da diferencial dy pela diferenc-ial dx é igual à
derivada f(x), pois
f'(x)tLr dy
(/u .;. tl< • • /'(.<) • -
' tlr ti\"

Às vezes, escrevemos
df=f(x)dx
em ve-t de dy = f'(x) dx, denominando dfa diferencial de f Por exemplo, se
j(x) = 3x2 - 6, então
df = d(3x'- 6) = 6x dx

Toda fórmula de diferenciação do tipo

::.~u~+;-:v~)
d( d(senu) du
dx
adu
dx
dv
- +tlr
- ou dt • COSit J;

lem uma forma diferencial do tipo

d(u +v)= du + dv ou d(sen u) = cos u du

EXEMPLO 5 Determinando diferenciais de funções

(:o) t/(tg 2.r) = sec2(2.r) tl(2.r) = 2 se<:2 lr dr


x) (x+ l )tlr-xá(x+l) xdr+tLr-xtlr ~_,tl,_r=
(b) ti ( - - = = = .,.
.r + I (x + I) 2 (x + I )2 (x + 1)2

Estimando com diferenciais


Suponha <JUe sailxlmos o valor de uma função derivável /(x) em um ponto
n e que queiramos prever a variação que esse valor sofrerá se formos para um
ponto a + dx próximo. Se dx for pequeno, observamos p.cla Figura 3.61 que
6.y é aproximadamente igual à diferencial dy. Uma vez que
f( a + dx) =/(a)+ 6.y
a aproximação diferencial resuha em
f( a + dx) ~ j(n) + dy
onde dx = 6.x. Assim, a aproximação 6.y ~ dy pode ser usada paro calcular
f!.a + dx) quando/(a) é conhecido e dx é pequeno.
<:apftulo 3 ~iva~o 245

tlr • O. I EXEMI'lO 6 Estimando com diferenciais


O raio r de uma circunJêrência aumenta de a= 10m para 10.1 m (Fi-
gura 3.62). Utilize dA para estimar o aumento na área A da circunferên·
cia. Estime a área do círct1lo aumentado e com.parc essa estimativa com a
área real.
SOLUÇÃO Como A = nr', o aumento estimado é
dA =A '(a) dr = 21m dr = 21l( 10)(0,1) = 2rr m'
FIGURA 3.62 Quando dr é pe· Logo,
qucno, comparado a a, como é A( lO+ 0. 1) "'A(IO) + 2r-
= =
quando dr O, I c a 20, a difcren·
~ r.( I0)2 + 2n- ~ 1027T
cial dA = 2lra dr oferece uma ma-
neira de estimar a área do círculo A área de um círculo de raio 10,1 m é de aproximadamer'lte 102n m2•
com raio r= a + dr (Exemplo 6). A verdadeira variação é

A(IO, I) = 1T{IO, IJ2


= 102,011T mz

O erro em nos.sa estimativa é O,Oln m~, que corrcsponde à diferença


âA - dA.

Erro na aproximação diferencial


=
Suponha que j(x) ~ja uma função derivável em x a e que dx âx seja =
um incremento de x. Há duas maneiras de descrever a variação de/à medida
que x varia de a para a + tJ.x:
Variação real: A/= /(t1 + Ax) - /(t1)
Estimativa djferencial: d/ = f'(tl) Ax

Em que medida df se sai bem aproximando A/?


Medimos o erro da aproximação subtraindo dfde Af

Erro da aproximação= A/ - df
= A/ - j'(a)th
= j(t1 + Ax) - f(a) - f'(a)Ax
A/
f(a + Ax) - f(a) , )
= ( llx - f (a) · Ax

=E' Ax
Conforme ÂX-+- O. a ra1.ão inc:remcnta]

f(a + Ax) - f(a)


A.r
se aproxima dej'(11) (lcmbrc·sc da definição dej'(11) ), então a quantidade entre
parênteses se torna um número muito pequeno (da f, a notação t). Na verdade,
e~ Oconforme tu-> O. Quando tu é pequeno, o erro de aproximação e Ax
é menor ainda.
246 Cálculo

Af = j'(a)Ax + e Ax
\·:ari:.("âd \llri.;a("~ em,
n:rd.ukit:~ .::.lun:.t.la
Embora não saibamos exatamente a magnitude do eiiTO (e não faremos
muito progresso nesse aspecto até o Capítulo 11, no Volume li), há algo que
vale a pena observat aqui) que é a forma assumida pela equação.

Variação de y ~ f(x) próximo de x ~a


Se y ; j(x) é derivável quando x ; a ex varia de a para a + t:,.x, então a
variação l!.y def é dada por uma equação na forma
l!.y = j'(a ) Ax + e À.< {1)
na qual<-> Oà medida que llx-> O.

No Exemplo 6, descobrimos que


/li\= 11(10,1)2 - n(10) 2 = ( 102,01- IOO)n= (2rr + O,Oin) m2
JÃ ~

Logo. o erro de aproximação é !!.A- tiA~ < !!.r~ 0,01" e<= O,OOln/l!.r =
O,Oin/0,1 ~ O, In m.
A Equação ( I) nos permite levar a prova da regra da cadeia a uma
conclusão bem-sucedida.
PROVA DA REGRA DA C ADEfA Nosso objetivo é moscrar que, se
fiu) é uma função derivável deu, eu ~ g(x) é uma função derivável de x, então
a função composta y =fl.g(;c)) é uma funçãodcrivávcl de .v:.
Mais precisamente, se g é derivúvd em x0 ef é deriváv.el em g(x0). então a
composta é derivável em Xo e

-dy l
tl.r x=:('o
= f •(g(xo)) • g '(.<o)
Seja Ax um incremento de x, e âu e óy os incrementos correspondentes
em 11 e y. Aplicando a Equação (I), temos
A11 = g'(.ro)Ax + EoA.< = (g' t<o) + Eo)Ax
onde t 1 ~O conforme D.x ~O. De modo similar.
Ay = j'(uo)AII + E2 À11 = (j' (uo) + e, ) l!.u
onde 6l .-. O conforme óu -. O. Observe também que óu ->- O conforme
/l.X - )O. Combmando as cquaçoes para Au e Ay, temos
l!.y = (J'(uo) + e, )(g' (xo) + Eo ) l!.x
logo

Como €'1 e t l tendem a zero conforme Ax tende a zero. três dos quatro
termos da direita desaparecem no limite, restando

-dyl . = l!.y
lim -:;-: = j' (t~o)g'(xo) = j'(g(xo)) • g'(xo)
t1.\ :c=~.r• ~~o u .\

lsso conclui a prova.


capitulo 3 D<!rivaç~o 247

Sensibilidade à variação
A equação df = j'(x) dx nos mostra o quanto o ''alor de f é sensível a uma
vari:1çlio ôe ~. Qu:mto m:lior o v~ lo r tfe
f ' em x,. m:;~inr f. n r.feitn ele um:.-
determinada variação dx. Conforme nos deslocamos de a para um ponto a+
dx próximo, podemos descrever a variação de f de três manei.ras:

Real Estimada
Variação absoluta !:.f ~ /(a + clt) - [(a) e/f ~ /'(a) <Lr
!:.f ti/
Variação relativa
/(a) /(a)
t:.f df
Variação perceutt•al f(a) X 100 f(a) X 100

EXEMPJ.O 7 Determinando a profundidadt de um poço


Você deseja cak<~ar a profundidade de um poço a partir da equação s =
4,9/.z determinando quanto tempo leva pnra uma pedra pesada que você
derruba da entrada do poço encontrar a água no fundo deste. Qual será a
sensibilidade de seus cálculos a um erro de O, I s na medição do tempo?
SOLUÇi\0 O tamanho de ds na equaçá()
ds = 9,81 dl
depende do tamanho de 1. Se 1 = 2 s, a variação causada por c/1 = O, I é de
Um <:orJntc Op.'l.COé injetado ~m urna
;ar1éria p:.n::ialnl<!nh! obstru(d:~ pa~ cerca de
1om;11 o imcrior '' is.í\'~1 oos ~os X. ds = 9,8(2)(0,1) = 1,96 m
lsso n:w1:l3 loc.'IHl.n\"!10 c 3 ,b"T:Widadt!
dn obs1n1ção. Três segundos depois, quando 1 =5 s, a variação causada pelo mesmo
dlé
ds = 9,8(5)(0,1) = 4,9 m
A profundidade estimada do poço difere da real por uma distância
maior quanto maior for o tempo que a pedra leva para atingir a água, para
dado erro na medição do tempo.

AngiOplUSiia

Um (:IICtcr com um b.1 l ~o n::t cxtn:· EXEMPLO 8 Desobstruindo artérias


midndc é inflado no interior d:a rutéria
p:l.rJ 3h~15-l:li •.O locàl d~ obó:truç-5o. No final da década de 1830, o fisiologista francês Jean Poiseuille
descobriu a fórmula que hoje empregamos para predizer quanto o raio
de uma artéria obstruida necessita ser expandido para que o fluxo normal
de sangue seja restabelecido. Sua fórmula
V=kr'
diz que o volume \f de líquido correndo p<>r um pequeno vaso ou tubo por
unidade de tempo, sob pressão constante. é uma constante multiplicada
pela quarta poténcia do raio r do duto. Como é que um aumento de 10%
em r afeta V?
SOLUÇAO As diferenciais de r c V estão relacionadas pela equação

ti V a ~(/r a 4kr 3 dr
dr
248 Cálculo

A variação relativa de V é
4kr3-
-dV = - dr =4 -dr
v kr• r
A variação relativa de V é quatro vezes a variação rel ativa de r. portanto
um amnento de 10% em r acarretará um amnento de 40% no fluxo.

EXEMPLO 9 Corwcrlendo ma$Sa em energia


A segunda lei de Newton,

F= -d ( mv) =m-du =ma


dt dt
vale desde que admitamos que a massa seja constante, mas sabemos que
isso não é estritamente verdadeiro, pois a massa de um corpo aumenta com
a veloC-idade. Na fórmula corrigida de Einstein, a massa possui o valor
mo
11/ = -v-;=
1=_=.; c"
"""'! 2
onde a umassa de repouso" m0 representa a massa de um corpo que não
está se deslocando e c é a velocidade da lu1... cerca de 3:00.000 km/s. Use a
aproximação

(2)

para estimar o aumento Am na massa resultante do aumento na


velocidade u.
SOLUÇÃO Quando ué muito pequena comparada a c, a razão u'tl-
esrá próxima de zero c é seguro utilizar a aproximação

para obter

m=
V1
ou
m "" m o + t 2
mo u ( :2 ) (3)

A Equação (3) cxprC$Sa o aumento da massa que resulia do acréscimo


de velocidade u.
INTERPRETAÇÃO E~ERGFflCA Na fisica nt\\1oniana, ( 112)m0u'
é a energia cinética (Ec) do corpo, e> se reescrevemos a Equação (3) na
forma

vemos que
capítulo 3 ~iva~o 249

ou
(t.m)c' # t.(&)
Em outras palavras, a variação da energia cinética t.(Ec) ao se
variar a velocidade de O para a velocidade v é aproximadamente Igual a
(t::.m)C, a variação da massa multiplicada pelo quadrado da velocidade
da luz. Usando c $1:1 3 x IO* m/s, vemos que ·urna pequena varíação da
massa pode causar uma grande va.riação da energia.

Exercícios 3.10
Determinando linearizações 16. Use a aproximação linear (I + x)' "' I + kx para deter-
minar uma aproximação da função j(x) para valores de x
Nos exercidos 1-5, determine a linearização L(x) de }tx) próximos a zero.
quando x = a.
2
I. j(x) • .r 3 - 2< + 3, li • 2 (a) j (x) = (I - x )6 (b) j (x) = -
1 - -x
2. j (x) = v;r.;-;;, a = -4
I (c) J(.r) = ~ (d) j(x) = Y2 + .r 2
.1. j (x) = x + x. a = I l +x

~. j (x) = vÇ, li = -8 (e) / (x) = (4 + 3x) 11' (f) / (.r ) = ''(I - 2+


Y _1_x)'
5. / (x} e tg ,\', (I e 1r
17. Mais nlpido que uma calcula.dora Ust a aproximaç..'\o
6 . Aproximações lineares comuns quando x =O Determi· (I + x)'"' I + kx para estimar
nc as linearizações das seguintes funções quando x = O.
(a) (1 ,0002),. (b) ~1.009
(a) sen x (b) COS X (<) tg X
18. Determine a lincari7.ação de j(x) =..JX'+i + sen x quando
(d) e" (c) ln(l + x)
x =O. Como ela está (elacionada com as Jineari7...ações in ·
d ividuais de ,.J;'+i c de scn .r quando x = 01
Linearização para aproximar
Você está em busca de lincari1..ações capazes de substituir Derivadas na forma diferencial
as funções dos exercícios 7-14 dentro de intervalos que
incluam os pontos dados x0 . Para facilitar seu trabalho. escolha Nos exerdcios 19 - 38 d etermine dy.
lineari1..açõcs cujo centro não esteja em x = a, mas em um
•'1llor próximo no qual a função e sua derivada sejam fáceis de 19 . .r • .\'J - 3VX 20. :'1• xv'l - x2
calcular. Quallinearização você usaria tn'l cada caso? 21. y= -2r-, 22 )' - 2 vX
• - 3( I + vX)
I + X ..
7. /(x) = .r 2 + h . _,., = 0.1
H . 1y'ft + X)' - .t • 0 24 . .xy~ - 4x'ft - ) ' • O
S. j(x) = .r-•, .r0 = 0.9
2~. J' • scn (5 Vx) 26. )' • cos (x l )
9. / (.r) s lr 2 + 4.Y - 3. x0 e -0,9
21. y • 4tg (x 3/ 3) 2H. :J' • scc (x 2 - I)
10. /(.r ) = I + .r, .ro = 8.1
11. / (.<) = ~. ... = 8.5 29. y = 3cos<e( l - 2Vx) 30. y = 2co•s(~)
ll. /(.r) a
X
x+ ,
1
.r0 = 1,3 31. y =.v. 32. .>' = u -x
13. j(x) m e->. .r 0 • - 0.1 33. y = In ( I + ,,·2) 3~. J' =In(~)
14. / (.r) = scn- •.r. , ., = r./ 12
36. )' = eotg- • c:2) + cos- 2r
1

Aproximação (1 + xl "' l + kx
38 )' • e lJI."'Vx:.i
.•
15. Mostre que a lincarização de}tx) =(I + x)' em x =O é L(x) =
I +kx.
250 Cálculo

Erro de aproximação Aplicações


Nos exercícios 39-44, o valor de cada função j(x) varia
SI. O raio de uma circwúcrência aumentou de 2m para 2.02 m.
(}U(lnclo r v:) ri:;. ti e x 0 r~ r:. x 0 + dx. 0f!termine
(a) Estime a variação resultante na área.
l•) a variação lJ.f = j(x0 + dx)- j(x0);
(b) Expresse a estimativa como uma porcentagem da área
(b) o valor da estimativa df = f'(x0 ) dx;
inicial da circunfer~ncia.
(c) o erro de aproximação 16/- df!.
52. O diâmetro de uma árvore era lO pol. Durante o ano se-
)" guinte. a circunferência aumentou 2 pol. Quanto variou
aproximadamente o diâmetro da árvore? Ea área da seção
transversal?
A/= j(JI01 + ti.<) - j(JI,~
53. Estimando o volume Estime o volume de material pre·
l sente em uma embalagem cilíndrica de 30 pol de altura, 6
pol de raio e 0,5 pol de espessura.
OSpol'-
1

39. j(x) = x' + 2x,


40. j(x) = 2x'+4x-3,
41. j(x) = x'-x,
x 0 = O,

x0 = I,
dx = O, I

x0 = -l, dx=O,l
dx = O,I
l
>Opol

42. /(x) = x', x0 = l, dx = O,l


.r.
43. f(.X) = X,
_, x0 = 0)S, dx = 0,1 ,_,
6pol
44. fix) = x' - 2x + 3, x0 =2, dx =0,1 54. Estimando a altura de um edifício Um agrimensor a 30
pés da base de um edilicio mede o ângulo de clcvação até
Estimativas diferenciais de variação o topo do edifício como 75•. Que exatidão deve apresentar
a medição desse ângulo para que o erro percentual na csti·
Nos exercícios 45- 50, escreva uma fórmula diferencial n1ativa da altura do edifício seja inferior a 4%?
que permita estimar a variação dada do volume ou da área da
superficie. 55. Toler.l.ncia A altura e o raio de urn cilindro reto são
iguais, de modo que o volume desse cilindro é dado por
45. A variação do ,,olume V = (4/3)rrr' de uma esfera quando V= nh'. O volume deve ser calculado com erro não maior
o raio varia de r0 para r0 + dr. que L% em relação ao ,'3Jor reaL Determine aproximada~
46. A variação do volume V = x' de um cubo quando o com- mente o rnaiol' erro que pode ser tolerado na medida de IJ,
primento das arestas varia de x0 para x0 + dx. expressando-o como porcentagem de li.

47. A vnriação na áreadasupcrlicie S= 6x' de um cubo quan- 56. Tolerância


do o compriJnento das arestas varia de Xo para x0 + dx. (a) Aproximadamente que exatidão deve ter a medição
do diâmetro interno de um tanque cilíndrico de ar-
48. A variaç..i.o na área da superfície lateral S : : ;_ wrJr 2 +h~ de
mazenagem com lO m de altura para que o cálculo de
um cone circular reto quando o raio varia de r0 para r0 +
seu volume fique a l% do valor re<~l1
dr e a altura permanece a mesma.
(l>) Aproximadamente que exatidão deve ter a medição
49. A variação do volurne V = tr?h de um cHindro cil'cular do diâmetro externo desse tanque para que o cálculo
reto quando o raio varia de r0 para r0 + dr e a altura per- da quantidade de tinta para pinta.- sua parede fique a
manece a mesma. no máximo 5% da quantidade rcal1
50. A variação na área da supcrficie lateral S = 2rrrll de um 57. Cunhando moedas Uma empresa foi contratada para
cilindro circular reto quando a altura varia de h0 para h0 + cunhar moedas para o governo federal. Que variação dr
dlr e o raio permanece o nlesmo. pode ser tolerada no raio r das moedas para que o peso
das moedas não exceda 1/1.000 do peso ideal? Suponha
que não haja variação da espessura das moedas.
capitulo 3 ~ivação 251

58. Lucro O lucro P de certo fabricante, ao vender x itens, é 62. Aproximadamente que exatidão deve ter a medição do
P(x) = 200xe·'" 00 lado de um quadrado para termos certeza de que o cálculo
da área não se arastani mais de 2% do valor real?
E$timc a vari.:u;ão c: a varia~o pc(Ccntual conlormc as
63. Mede-se o diâmetro de uma ~srera em 100 :t I em e o
vendas aumentam de x • 145 para x:;;; 150 itens.
volume é calculado a partir dessa medição. Estime o erro
59. Efeito das manobras de ''ÔO sobre o coração A quantidade percentual no cálculo do volume.
de trabalho realizado pela principal câmara de bombeamento
64. Estime o erro percentual admissível na medição do diâ·
do coração, o ventrículo esquerdo, é dada pela equação
IV= J'V+ v;; metro D de uma esfera se o volume pode ser calculado
corretamente com uma margem de erro de 3%.
65. (Continuação do Exemplo 7.) Mostre que um erro de 5%
onde W é o trabalho porunidadede tempo, Pé a pressão ar·
na medição dc 1 causará um erro de cerca de 10% no cál-
terial média, V é o volume de sangue bombeado por unidade
culo de s a partir da equação s = 16r'.
de tempo. 8 ("delta") é a densidade do sangue, ué a velocida·
de média do sangue ejetado e g é a aceleração da gravidade. 66. (Continuação do Exemplo 8.) Em qual percentual r deve-
ria ser aumentado para aumentar V em 50%?
Quando P, V, ô e v permanecenl constantes, W se torna
uma função de g c a equação toma a fonna de
b Teoria e exemplos
W =a+- (a, h constantes)
g
67. Mostre que a aproximação de .J1 + x por sua linearização
Como membro da equipe médica da Nasa, você quer saber na origem deve melhorar à medida que x -+ O, mostran-
qual é a sensibilidade de W às '"'riaç~s aparentes de g c:nusa- do que
das pelas manobras de vôo, e isso depende do valor inicial de lim~= l
s-o I + (.r /2)
g. Como parte de seu estudo. você decide comparar o efeito
em W causado por dada variação dg na superflcie da lua, 68. Mostre que a aproximação de tg x por sua lineari1.ação na
onde g = 5,2 pésts'. com o efeito que a mesma '""iação dg origem deve melhorar à medida que x-+ 0, mostrando que
teria na Terra, onde g = 32 pés/s1 . Utilize a equação simpJifi.
lim 1~:'" = 1
cada para detem1inar a razão dWw.. sobre dWn-rril· x-o .l:

60. Medindo a acclcraç.ão da gravidade Quando o com· 69. A lineariução é a melhor aproximação linear (Por
prunento L do pêndulo de um relógio{: mantido constan- isso utilizamos alinearização.) Suponha que y = j{x} seja
te, controlando-se a temperatura, o perlodo T do pêndulo =
derivávcl quando x a e que g(x) m(x - a) + ' seja =
depende da aceleração g da gravidade. Portanto, o periodo uma função linear em quem c c são constantes. Se o erro
variará ligeiramente à medida que o relógio for deslocado E(x) a j{x)- g(.<) for suficienten\ente pequeno perto de X o
pa~a direrentcs posiç~s na superfície da Terra, depen- n. poderemos pensar em utili7~r g como aproximação li-
dendo das variações de g. Acompanhando-se as variações near def em vez da linearização L(x) =j{a) + j'(a)(x - a).
de/). T, podemos estimar a variação de g pela equação T = Demonstre que se impusermos a g as condições
2rr(L/g} 112 que relaciona T, g e L. O <'rrt) J~ aproxim.,çAo é nulu quom·
1. li(<l) =o do~o-• fi.
(a) Mantendo·se L constante c sendo g a variável inde- . li(x)
pendente, calcule dT e use-o para responder aos itens 2. hm "F"='Q = O O trro ê JcJ>rt~t.h•d quando 'omr.a·
."t-41 •
r.adu <Oltl .-.: ~ ''
(b) e (c).
(b} Se g aumenta, T vai aumentar ou diminuir? Um reló· então gjx) =j{a) + j'(a)(x- a). Assim, a linearizaçào L(x)
gio de pêndulo adiantará ou atrasará? Explique. fornece a única aproximação cujo erro é zero pa.rn x = a,
(c) Um relógio cujo pêndulo mede 100 em é deslocado sendo ainda desprezivel em relação a x - a.
de um lugar (onde g = 980 cmls') para outro. Isso A lin..-ariz:tç3o. /.(.():
aumenta o período em dT = 0,001 s. Determine dg e
cst ime o valor de g nesse outro lug,u.
61 . Mede·sC a aresta de um cubo em lO em com um erro de
L
.'' = /((1) + f(a)(,1 - (l) Ou1rn aproxima.ç~.
lin<: :(~;r, _ ·>+ .
1%. O volume do eubo será calculado a partir dessa medi-
-=:;:::;
/ (a.f(u)) 1 ----
1
ção. Estlme o erro percentual no cálculo do volume.
_____,,_____, ·' I
I


252 Cálculo

70. Aproximações quadráticas da derivada com o valor de e" em cada ponto. Que
(a) Seja Q(x) = b0 + b 0(x- a)+ b1(x- a)1 uma aproxima- padrão você pode observar? Teste isso usando outros
valores de.<. No Capítulo 7, vamos explicar o que esta
ção quadrática de j{x) quando x = 11 com as seguintes
acontecendo.
propriedades:
74. Suponha que o grãfico de uma função deriv;h'cl j(x) te-
i. Q(a) = j(a)
nha uma tangente horizontal em x = a. Podemos dizer
ii. Q'(11) = f(a) algo sobre a lineari1.ação de f quando x = a? Justifique
iii. Q"(a) = j"(tZ) sua resposta.
Determine os coeficientes b0 , b1 c b2• 75. À qual velocidade relativa um corpo em repouso de,re ser
(b) Determincaaproximaçãoquadráticadeftx) = 1!(1- x) acelerado para que sua massa awnentc em 1%?
quandox =O. 76. Radiciação repetida
(c) Esboce o gráficodcj(x) = 1/(1 -x) c sua aproximação O (a) Digite "2" em sua calculadora C' extraia sucessivas
O quadrática quando x =O. Depois, amplie os dois grá- raízes quadradas pressionando repetidamente a tecla
ficos no ponto (0, 1). Comente o que você observa. correspondente (ou elevando o número ap(csentado
(d) Determine a aproximação quadrática de g(x) = 1/x em a 0,5). Que padrão vocé vê su.rgiJJ do? Explique o que
O x = I. Trace juntamente os grá.6cos de g c de sua apro- está acontecendo. O que vai acontecer se~ em vez dis-
ximação quadrática. Comente o que você observa. so, você tirar sucessivas raízes dédmas-?
(c) Determine a aproximação quadrática de lo(x) = .J1 + x (b) Repita o procedimento com 0,5, em vez de 2, como
O quando x = O. Trace juntamente os gráficos de/o e de sua valor inicial. O que acontece agom? Você poderia uti·
aproximaÇc1o quadrática. Comente o que vocé observa. lizar qualquer número positivo x. em vez de 2? Expli-
(f} Quais são as linearizaçõcs de f. g e Ir nos respectivos que o que está acontecendo.
pontos dos itens (b), (d) c (e)? 77. Ampliando a imagem para "ver" se uma função é deri-
7 1. A Unearização de 2:c 11 vâvcl Alguma destas funções é dcrivávcl quando x = O?
(a) Determine a lincarização de j(x) = 2x quando x = O.
Depois. arredonde seus coeficientes para duas casas
/(.<) ~ lxl + I. g(<) ~ Vx' + 0,0001 + 0,99

decimais. (a) já sabemos quef não é derivávcl quandox =O; seu grá-
(b) Trace juntamente os gráficos da linearização e da fun- fico apre-senta um vértice nesse ponto. Esboce o gráfi-
Il çàopara-3SxS3e-l SxS I. co def e amplie a imagem no ponto (O, I) várias ''ezcs.
O vértice mostra sinais de que vai se tomar linear?
72. A linearização de logl x
(b) Agora f.,ça o mesmo com g. O gráfico de g mostra
(a) Determine a lineari1.ação de ftx) = log, x quando x = 3.
sinais de que vai se tornar linear? Sabemos que g é
Depois, arredonde seus coeficientes para duas casas
derivávcl quando x =O e, de fato, p<>ssui uma tangente
decimais.
horizontal nesse ponto.
(b) Trace juntamente os gráficos da lincarização e da fun-
{c) Quantas ampliações foram nece-ssárias para que o
Il ção para Os x ;; 8 c 2 sxs 4. gráfico de g se parecesse exatamente com uma reta
73. Lendo as derivadas a pari ir dos gráficos A idéia de que horizontal?
curvas deriváveis tornam-se retas quando a1npliadas pode (d) Agora, trace o gráfico defju>llam~IIIC com o de g eon
ser utilizada para estimar o valor das derivadas dessas fun- uma janela normal. Eles parecem idênticos até que
ções em alguns pontos específicos. Ampliamos a curva até você use o "Zoom·: A (unçáo derivável acaba por se
que a porção observada se assemelhe a uma reta no ponto asscmcU\ar a un\a reta, enquanto a função não dcri-
em questão: depois. usamos a e-Scala das coordenadas na vávcl permanece inalterada.
tela para determinar a inclinação da curva como a inclina-
ção da reta à qual esta se assemelha. 78. Esboç11ndo a variação do volume de um cubo O volu-
me V = A3 dê um cubo com arestas de comprimento x au-
(a) Para ver como o processo funciona. tente fazê-lo pri- menta em uma quantidade 6 V quando x aumenta em uma
meiro com a função y= x' quandox= I. O coeficiente quantidade 6.x. Faça um esboço para nlostrar corno repre-
angular obtido deve ser 2. sentar a V geometricamente como a soma dos volumes de
(b) Depois, tente fazê-lo com a curvay= e' quando.< = I,
(a) três placas de dionensõesx por x por Ax
x ::O ex= - l. Em cada caso, compare sua estimativa
snow
capitulo 3 ~ivação 253

(b) três barras de dimensões x por l>x por l>x (d) Trace o erro absoluto (Jtx) - L(x)l ao longo de/, de-
(c) um cubo de dimensões l>x por l>x por lix. terminando seu valor máximo.
A fórmula diferencial dV = 3xl dx estima a variação em V (e) A partir do gráfico do item (d), estime o maior ô >O
com as três placas. que vocC conseguir que satisfaça
(x- a( < 5 = (/ (.<) - L(x)( < <

r uSANDO O COMPUTA DOR paro e = 0,5; O,J , c 0)01. Verifique graficamente se a


estimativa de 8 continua v.crdadcira.
Comparando funções com as suas
79. f (x ) • ·'' + x' - 2r, (- 1, 2), a• I
linearizações
Nos exercícios 79- 34) utilize um SAC para estimar a 80. / (.r } • , .r - 1 [3 ]
4x· + I
. - -•I , a • -
4 2
I
magr1itude do erro no uso dalínearização, em lugar da função 81. / (x) • .rW(x - 2), [- 2. 3]. a • 2
ao longo de um intervalo I determinado. Siga os passos 82. / (x) = v'X - sen x. [0. 2r.). t1 = 2
indicados.
83. f (x) • x2' . [0, 2), a • I
(a) Esboce o gráfico da funçãof ao longo de I.
(b) Determine alinearização L da função no ponto a. 84. j(x) • v.;:,.n- .r.
1
[0. 1), Ir • t
(c) Trace os gráficos def e!. junto.< em um mesmo gráfico.

Questões de revisão
I. O que é a derivada de uma funçãofl Como seu domínio está (a) .J!... (x ") = nx"- 1 ti <lu
(b) -d (cu) = c -d
relacionado com o domÚlio da funçãof Dê exemplos. <l'( X X

2. Que papel a derivada tc1n na definição de coeficientes an- d du1 duz tlun
(c) - ( u,
d..: + "'• + · .. + 11") =-
<L..: + -tlt: + .. · + -d,..:
gulares, tangentes e taxas de V3riaçào?
3. Às ve-tes, como você pode fazer o gráfico da derivada da nos permitem derivar qualquer polinômio.
função quando tudo o que tem é uma tabela com os valo· 11. Além das três fórmulas apresentadas no Exercício 10. de
res da função? que mais precisamos para deri"ar funções racionais?
4 . O que significa uma função ser derivável em um intervalo
12. O que é uma segunda derivada:? E uma terceira derivada?
aberto? E em um intervalo fechado?
Quantas derivadas têm as funções que você conhece? Cite
5. Como as derivadas estão relacionadas com as derivadas exemplos.
laterais?
13. Qual é a derivada da função e-xponencial e'? Compare o
6. Descreva geometricamente quando uma função mio tem domínio dessa derivada com o domínio da função.
derivado em um ponto.
14. Qual é a relação entre taxa de variação instantânea e mé·
7. O futo de uma funç.i.o ser derivávd em um ponto está re· dia? Dê um exemplo.
lacionado com a continuidade da função nesse ponto?
Como? I S. Como as derivadas aparecem no estudo do movimento? O
que você pode aprender sobre .o movimento de um corpo
8. A função salto unitário
ao longo de uma reta, examinando as derivadas da funç.i.o
.r < O posição do corpo? Dê exemplos.
U(.<) = {0 .
t. :r C:: O
16. Como as derivadas surgem em economia?
poderia ser a derivada de outra função em (-1, I)? Expli-
que. 17. Dê exemplos de outras aplicações da derivada.
9. Que regras você conhece paro calcular derivadas? Cite al- 18. Como os Urnites lirn,_.., (sen lr)/11 e lim,_0 ((cos Ir - 1)/lr)
guns exemplos. estão relacionados com as derivadas das funções seno e
I O. Explique como as três fórmulas cosseno? Quaís são as deriV3das dessas funções?
254 Cálculo

19. Agora que você conhece as derivadas de sen x e cos x, 28. O que é derivação logarítmica? Exemplifique.
como encontraria as derivadas de tg x, cotg.\'. sec x e coscc .\"~ 29. Como você poderia escrever qualquer potência real de x
Quais são as deri,'Odas dessas funções?
como uma potência de e? Há rest1·ições parax? Como isso
20. Em quais pontos as seis funções trigonométricas básicas leva â regra para derivar potências reais arbitrárias?
são contínuas? Como você sabe?
30. Qual é a única maneira de expressar o número especial e
21. Qual é a regra para calcular a derivada de duas funções como um limite? Cite um valor nunlérico aproximado de
derivâveis compostas? Como uma derivada desse tipo é e que seja correto para sete casas decin1ais.
calculada? Dê exemplos.
31. Quais são as derivadas de funções trigononlétríc:as inver-
22. Qual é a fórmula para o coeficiente angular dyldx de uma sas? Compare os domínios das derivadas com os domí-
curva parametrizada x = j(t), y = g(1)1 Quando a fórmula nios das funções.
se aplica? Quando você espera poder encontrar também
32. Quando surgem problemas de taxas relacionadas? Dê
d1y!dx'1 Dê exemplos.
exemplos.
23. Seu é uma função dcrivável de x. como vocC determinaria
33. Delineie uma estratégia para resolver problemas de taxas
(d/dx)(11") se 11 fosse um inteiro? E se fosse um número
racional? Dê exemplos. relacionadas. Ilustre com um exemplo.
34. O que é a linearização L(x) de uma função j(x} no ponto
24. O que é derivação implícita? Quando c.la é necessária? Dê
exemplos. x = a1 O que é necessário que f apresente em a para que
a lincari1.ação exista? Como as lineariza.ções são usadas?
25. Qual é a derivada da função logaritmo natural In x~ Com- Exempliflque.
pare o domínio dessa derivada com o domínio da função.
35. Se o valor de x se desloca de a para um valor próximo de a
26. Qual é a derh'Oda da função exponencial a', a > O e a " + dx1 como estimamos a variação correspondente no va·
11 Qual é o significado geométrico do límite de (a'' - I )/Ir lor da função derivávd j(x)1 Como estimamos a variação
quando h-)' O? Qual é esse limite quando a é o n\emero e? relativa? E a percentual? Exemplifique.
27. Qual~ a deri,'Oda de log,x? Há alguma restriçio para a?

Exercícios práticos
Derivadas de funções
23. y • .r-112 sec(2r)2 2~. y ~ vX eosec (.< + 1) 3
Encontre as derivadas das funções nos exercícios J -64.
25. y = S cotg .<2 26. y = x 2 cotg Sx
J. )' = ·' l - 0. 12$.<2 + 0.25x 2. )' = 3 - 0.1x:. + 0,3x 7 27. J' u ... 2 sen 1 ( 2l' 1) 21:1. y = ....-l sen1 (x 3)

S. )' = (x + I )2(.r 2 + lr)


~. y ~ x' + V1x - .., ~ 1
6. y = (lr - 5)(4 - .r )" 1
29.• - C!' ,r 3~. s = - I
15( 15t - 1)3

7. y =(o' + secO+ 1)3 8. )' = ( -I - -coscc


2- /) - o')'
4
31 . )' - (. ':..)' 32. y - ( 2vX
2vX
+ I )'

9. s = - - -
v;
IO.s=~
33. y=ff 34. y = 4xVx + vX
1 +v; VI - I
I 2
senO
~~. r = ( cosO - I
)' ~ 6. r ... (II +senO)'
- cos O
11 . y • 2tg x - sec1.l'
1
12. )' - - - - - -
scnl ·" senx 37. y = (2x + I )~ 38. J' = 20(3x- 4) 11•(3x - 4)- •1•
13. s = cos' ( l - 2t) t-1. s = ootgl (~) 3
39. )' - -:-:--;--"---::-:;;; 40. y = (3 + cos' Jxr'''
( 5.<2 + scn 2.<)3Jl
IS. s = ( sect + tgt)1 16. s = eosec'( I - ' + Jt') 4t . y = IOe-rf' ~2. y = v'iev;,
17. r = V2Qsen0 18. r = 20~
19. r= scn v'iõ 20. r= scn (o+ Vo+i) •''l. . Jl= l\·e"T_
4. J_
16 e"-t .a 4• y = .-~2e-llx

21 . )' I 2 COSCC i'


= 2,\' 22. y = 2 Vi: scn Vx 45. y = In (scn 2 O) ~6. y = In (scc 2 8)
snow
capítulo 3 ~iva~o 255

~7. >' • log2 (.<2/ 2) 48. >' • log, (3.< - 7) Valores numéricos de derivadas
..9. y = S"'' !'O. y = 921
85. Suponha que as funções j(x) c g(x) c suas primeiras deri-
SI. >' = S.r ' ·' ;;2. y = \12,-Vi
vadas tc.nht'lm o:s Yalorc3 a seguir em x = Oc x = 1.
53. >' • (.f + 2)~~"+1 5... y • 2(1n .\')Vl
.Si'. y = se.n - 1 ~. O< , < 1 X j(x) g(x) f'(x) g'(x)
56. y = scn- • (~). u > I
o 1 1 -3 112
57. y = In cos- • x 3 5 1/2 -4
58. y = : cos- 1 : - v'1 - : 2 Encontre os valotes das primeiras derivadas das combina·
59. )' • 1tg -• t - tlnt çócs a seguir nos valores dados de:<.
(a) 6/(x) - g(x), x= l (b)j(x)j(x), x=O
60. y • ( I + r2) cotg- o21
j(x)
6J. y =:scc-•:- ~. : > 1 (c) x= l (d) j(g(x)), x=O
g(x) + 1 '
62. )' • 2v7=i scc- • VX
(c) g(j(x)), x=O (f) (X+ j(x))m, x=l
63. y = coscc- '(sec 0). O< O < "'/ 2
, _,
6.$ . y = ( I + .r·)e'~ -' (g) j(X+ g(x)), x =O
86. Supo11ha que a fu11ção j(x) c sua primeira derivada te-
Derivação implícita nham os valores a seguir em x ·=O ex= J.
Nos exercícios 65-78, determine dyld.< por meio da X j(x) j'(x)
derivação implícita. o 9 -2
65. xy+2x+3y = I -3 1/5
66. K+xy+ f -5x = 2 Encontre as primeiras derivadas das combinações a seguir
3
67. x' + 4xy - 3/ ' = 2.r nos valores dados de x.

68. sx<~s + IOJ'' = 15 (a) VX j (x). x a I (lo) V/W. .< a O


(<) /í VX). X - I (d) / (1 - Sts x), ·' • O
69. M =I 70.x'y =I /(.•)
(e) + =o (~x)f'(x).
2 ccs.v , x
(I) IOsen x= I
71. y 2 = -
·- ' 72. ,,, =~I + ·'
·'+ I . I - ·'
73. e-'' 2' =I 74. I =2e"11r 87. Encontre o valor de dy!dt em I =O, se y =3 sen 2x ex =
t1 + rr.
75. In (x/y) = I 76. xscn· • y= I+.<'
88. Encontre o valor de ds/du e m u = 2, se s = 12 + 51 e t =
77. ye~.S''~ =2 78 . .t' = J2 (u1 + 2u) lfl.
Nos exercícios 79 e 80, determine dpldq. 89. Encontre o valor de dw/dsem s =O. se w = sen{c..r;) e r=
79. p lo + 4pq - 3t/ = 2 3 sen (s + rr/6).

Nos exercicios 81 e 82, determine dr/ds. 90. Encontre o valor de drldl em I = O, se r = (8' + 7)1" e {!',f+
8 = I.
81. rcos 2s + scnl s = 11 82. 2rs- r- s + s' = - 3
91. Se I+ y = 2 cos x, encontre o valor d 1y!tLr no ponto
83. Dclcrminc d'y!d:<' por derivação implícira: (0, 1).
(a) AJ + l = I (b) y' =I - .!_
X
92. Se x'" +r'"= 4, encontre d 2yldx' 110 ponto (8, 8).
84. (a) Derivando r - I ::- l implicitamente, mostre que
dy!d.< = x/y. Definição de derivada
(b) Depois mostre que d 2y!dx' = -1/y
Nos exercícios 93 e 94. encontre a derivada usando a de·
finição.
I
93. j(t) = +I 9-t. g(x) = 2x' +I
21
95. (a) Faça o gráfico da função
Snçw
256 Okulo

(a) perpendicular à reta y ~ I - (x/24)


- I S X< 0
osxs) (h) paralela :\ reta y = ,Ji - l lx.
(b) f é contfnua em x = O? l O 1. lntenoeçõo de ltmgenle& Mostre que M tongcntc.:; c\
(c) f é dcrivável em x =O? curva y = (n sen x)lx em x a n c x ~ -n se enterscptnrn,
fonnnndo ângulos retos.
)usUfique suas respostas.
I OS. Normais paralelas a urna reta Encontre os pontos na
%. (a) f•ç;. o gráfico da runç;io curva y; tg x, -trn < x < tr/2 nos qu3ís a normal é para-
-1 :s.r<O lela à reta y = -x/2. Esboct a curva e as normais juntas,
/(.<) • {X•lf;X. o :s .r :s tr/4 identificando cada uma com $ua rcsp«tiva equação.

(b) fhontínuoemx =O? U)6. Retas tangentes e normais Encontre equações para a
langcnte e a normal à curvay • 1 +~os.x no ponto (n/2, 1).
(<) f é derivável em x = 01 Esboce a curva, a tangente c a normal juntas, identifican ·
Justifi<}uC suas respostas. do cndn uma com sua rcspc<:livtt cqunção.
97. (11) Faça o gráfico da runç-Jo 107. Par,bola tangente A paràbola y • x' + C deve ser tan·
O s .ns I gcnle 11 reta y: x. Enconlre C.
/ (x) = {-'·
2 - x. l <xs 2 108. Coelicientt angular da tangente Mostr< que a tangen·
1e à curva y : x' em qualquer ponto (a. a') interc<pla
(b) fécontínuaemx= I? a curva novamente em um ponto em que o coe6cicnlc
(c) f é derivável em x =I! angular t quatro vezes o coeficiente angular em (a, a 3).
Juscifiquc suas respostas. 109. Curva tangente Paraqualvalordccac un'lly=c/(x+ I)
98. Para qual \':\lor ou valorts (h\ constante m, sé houver, a é tangente à reta nos pon1os (0, 3) c (5, -2)?
runção t 10. Noronalaumcirculo Momcquea rclanormalaqual-
j(x) = { "'" lr.
.r s O quer ponto do circulo _,l + I•
112 pa$Sa pela origem .
lU,.'(, .r> O
(a) é continua em .r= O? Tangentes e normais de curvas definidas
(b) é derívá,·el em .r= O? implicitamente
Justifique suas respostas. Nos exercícios 111-116, encon1re as equações para as
retas que são tangentes c nor1nais à curva no ponto dado.
Coeficientes angulares, tangentes e til. xl+2y'e9, (1,2) t1 2. CI'+I•2, (0,1)
nor mais I 13. xy+ 2.<- 5y= 2, (3, 2) 114. (y - x)1 • 2r+ 4, (6, 2)

99. Tangentes com coeficientes angulares especificados 115. x+..fXY=6. (4,1) 11 6. x'"+21"; 17, (1,4)
Há algum ponto na curva y • (x/2) + 1/(lx - 4) onde o 117. Encontr< o c""ficientc angular da curva x'y' + Y = x + y
coeficiente angular seja -3/2? Se hou'~r. encontre-o. nospontos(l, l)e(l,- 1).
100. Tang<ntes com coclicicntes angulares especificados 118. O gráfico apreS<ntado sugere qu< a cu.--'ll y = sen (x- sen x)
Há olgum ponto na curva J' = x - e·• onde o coeficiente tem tangentes horizontais no eixo x. Isso ocorrt? Justifl·
angular seja 2? Se houver, encontre-o.
qut sua resposta.
1O1. Tangentes horizontais Determine os pontos na cl.l.l'Vn y;;: ,1'
)' • scn (x- SI!O x)
2x' - 3xl - I lx + 20 omie a langcntc é paralela ao eixo .r.
102. Pontos de interteção de tangentes Encontre os pontos
de interseção dos eixos x e y com a reta que é tangente à
curvay= :I no ponto (-2, -8).
103. Tangentes perpendiculan:s ou paralelas a retas En- -I
COillre os pontosàcurvay • 2x'- 3xl- 12.r+ 20 onde a
langenJe é
capitulo 3 ~ivaç~o 257

Tangentes às curvas parametrizadas de raposas cresceu. o nível de coelhos estagnou e depois caiu.
A Figura 3.63b mostra o gráfico da. derivada da população de
Nos exercícios 119 e 120, encontre uma equação para a coelhos. construído com o registro dos coeficientes angulares.
reta no plnno xy que r:mgenc.in :.l r.ur"\~ no ponto cnrre.'\"pon ~
dente ao valor dado de t. Determine também o valor de d 2y/ 125. (a) Qual é o valor da derivada da população de coelhos,
dx' nesse ponto. na Figura 3.63) quando o número de coelhos é máxi ..
mo? E mínhno?
119. x=(ll2)tg, y=(ll2)scct, l = rr/3
(b) Qual é o tamanho da população de coelhos na Figura
120. X = I+ Jtt' . y = I - 3/ t. t = 2 3.63. quando sua derivada é máxima? E mínima (va·
lor negativo)?

Analisando gráficos
2.000
aib ~ún'C~t
de Co.:lhqs
4-

*H+li~?+---<+-r-7-
:h:l:
.íttm
~~.
Nos exercícios 121 e 122. cada uma das figuras mostra
i' 1\' )'f'Jn~ci;lJ t~lhos1~ L ~: j

dois gráficos, o de uma função y = j{x) c de sua derivada f'(x). 'Cf:?imcia1 ~T::'fl(~:Js~40
Identifique cada um. Como voe~ sabe?
1
10)
c\~mt>f .r
121.

?
)' 122.
•I .
!' 1.000
Ir
~lt:
___
. ),::_
l •:$
3
Ijl!cppb'Lt
t ~""l" ~.
'1'--1'1-
'+' ,. .
;o,..-.._ _ _ _ _ ,-1-l
--------
o 50 100 150 200
® Tc:-mpo (di:LS)
(O)
X --::-~~--!--+--·
o 2
- I
+100
_, .+t + H-. f, + '~ + +H+
'H'+ ..... +H+
50
...
âr.q.,a()) ...H· ..~H+
® -2 f "i: F'+ ~·
-f H+
o
,'\ ~+!-/ .........
123. Use as infonnaçõt:s a seguir para fazer o gráfico da fun· -so
H- lfi+' --<* .:r-th .1-' t±tªI=!:J±
ção y =j{x) para - 1 S x S6.
i. O gráfico de f é formado por segmentos de reta uni·
rt
. l:fi.i f.l:
+rr
50
. . .L: ..

100
'T.

c.li
150
t.4tt .J:'::!ili
·H .T

200
dos pelas extremidades. Tempo (dias)
Oéri"ada tb população de Cô!!lhos
ii. O gráfico tem inicio no ponto (-I, 2). (b)
iii. A derivada de f. onde é definida, corresponde à fun· fiGURA 3.63 Coelhos e raposas da cadeia ali·
ção escada mostrada aqui. mentar predador· presa no ártico.
)' 126. Em que unidades os coeficientes angulares das curvas das
populações de coelhos c rapocas deveriam ser medi.dos?
>' =r~Jt>

Limites trigonométricos
-l 2 3 4 5 6
-l .,._
f27. 1im~ 128. lim Jx - r!l. 7·"
-2 x-o 2x2 - x r-O 2r
124. Repita o Excrcfcio 123, supondo que o gráfico comece . scn (sen 6 )
ll9. 1im~ IJO. hm
em (-1, O) em wzdc (-1, 2). r-O tglr o-o 0

Os exercícios 125 c 126 estão relacionados com os gráficos 4u~.' o + t"O + 1


da Figura 3.63 (coluna da direita). Os do item (a) mostram o 11fO + 5
número de coelhos c de raposas em uma pequena população ,
1...
.
2 1un ,
1- 2co•s'O
ártica) traçados em função do tempo durante 200 dias. lni· o--<1' Seolg-o - 1cotg 0 - s
cialmcntc o número de coelhos cresceu devido à sua rcpro· 133. lim ."< scn ·"
, . I - cos O
13 •. 1nn .,
dução. Mas as rnposas caçam os coelhos c. como o número .r-•0 2 - 2 CO$.,. o-o e1-
258 Cálculo

Mostre como estender as funçôes dos exercícios 135 e 136 suas arestas têm 20 em de comprimento. A que taxa os
para que sejam continuas na origem. comprimentos das arestas variam nesse momento?
tg ( tg .r) tg (tgx)
135• g {.\') • tsx 136• /{.\') a sen (scn .\') 147. Resistências conectadas em paralelo Se duas resis ~
têndas com R1 e /?.2 ohrns estão conectadas em paralelo
em um circuito elétrico. rCS\thando em uma rcsist~n­
Derivação logarítmica
cia com R ohms, o valor de R será dado pela equação
Nos exercícios 137- 142. use a derivação logarítmica para
determinar a derivada de y em relação à variável apropriada.
l =..L + ..L
R R, R'l

137. y e 2(x' +I ) 138. )' s ~Jx + 4


v.;;;sT, 2x - 4

139. y = ( ( I
(1 + l)(t -
-
I))'
2 )(1 + 3) ' I > 2

211? "
1-10. y = -
y;;r:;-j
141. y a (scno)V. 142. )'- (lnx) 1/ll"' Se R1 diminui a uma taxa de l ohm/se R2 aumenta a uma
taxa de 0,5 ohm/s, a que taxa R varia quando R, = 75
ohms e R,= 50 ohms?
Taxas relacionadas
148. lmpedãncia de um circuito em série A impcdãncia Z
I<13. Cilindro circular r< lo A área total da supcrllcic S de (ohms) de um circuito em série está relacionada com a
um cilindro circular reto está relacionada con'l o raio da resistência R(ohms)c a reatància X (ohms) pela equaç.io
base r e a ahura h pela equação S = 2rr>' + 2rrrll.
z .J
= R' + X' . Se R aumenta a 3 ohmsls e X diminui a 2
ohms/s, a que taxa Z '"'ria quando R= lO ohms e X = 20
(a) Como dS!tlt está relacionada com dr!dt, se /1 é cons· ohms?
tantc?
149. Vclo(:idadc: de uma partícula em movimento As
(b) Como dS!dt está relacionada com dll!dt, se r é cons· coordenadas de uma partícula que s·e desloca no plano
tantc? xysão funções deriváveis do tempo 1, com dxl dt = lO m/s
e dy!dt = 5 m/s. A que velocidade a partícula se afasta da
(c) Como dS!dt está relacionada com dr!dt e dltldt, se
origem ao passar pelo ponto (3, -4)?
netn r nem Jt são constantes?
150. Movimento de uma particula Uma partícula desloca·
(d) Como dr!dt está relacionada com dh/dt, se Sé cons·
se ao longo da curva y = x'"no primeiro quadrante, de
tante? modo que sua distância em relação à origem aumenta a
144. Cone circular reto A área da superfície lateral Sde um uma ta.xa de li unidades por segundo. Determine dx/dt,
quando x = 3.
cone circular reto eshi relacionada com o raio da base r e
a altura h pela equação S= 1rr~r2 + lr1 . 151. Drenando um tanque A água esco;a do tanque cônico
apresentado na figura a seguir a uma \'32àO de 5 pés'/min.
(a) Como dS!dt está relacionada com dr!dt, se IJ é cons ~
(a) Qual a relação entre as varüivcis h e r da figura?
tante?
{b) A que taxa o nível da água diminui, quando lt =6 pés?
(b) Como dS/tlt está relacionada com dll!dt, se r é cons·
tantc?
(c) Como dS!dt está relacionada com dr!dt, c dll! dt, se
nem r nem h são constantes?

145. Variação na ~rca de um circulo O raío de um cír~


cuJo varia a uma taxa de - 2/n rn/s. A que taxa a área
do círculo varia. quando r ;; 10m?
146. Variação nas arestas de um cubo O volume de um cubo
aumenta a uma ta.xa de 1.200 cml/min no instante em que
snow
Capitulo 3 De<ívaçao 259

152. Carretel para cabos Um cabo de televisão ó puxado I


-- ~ 1- x
de um grande carretd paro ser colocado nos postes tele· l +x
fOnicos da rua. Ele é desenrolado do carretel, onde está obtendo
disposto em camadas de rato C011$ti.lntt' (vt'Ja a figura a I+ tg;c .SI;: I - ,T
seguir), c o caminhão que o puxa dcsloca·sea uma v<lo·
cidade constante de 6 pésls (pouco mais de 4 mUh). Use Demonstre que esse resultado é a aproximação linear
a equaçáo s • rlJ para determinar a que taxa (em radianos padrão de 1/( I + tg x) em x ; O.
por segundo) o Cllttetel gira, quando a camada de raio
157. Determine alinearização dej(x); .Jt+x + scn x - O.S
1,2 pé está sendo desenrolada. quandox;Q,
158. Dcterminca linearizaçãodefix) ; 2/(1 - x) + JI+X - l.l
quandox=O.

Diferenciais para estimativas de variação

159. Área de superfície de um cone Escre••a uma fóm>ula


que estime a variação que ocorre na Mea da superfkie
lateral de um cone circular relo quando a altura ,,.ria de
1,. a ir0 + dlr e o raio não se altera.
153. Movimento do ràiO de lu%de um farol A figura mos..
lra um bnrco n I km de dístàncht dn praia, varrendo a
cosln com um farolctc. Este glnt a uma taxa constante de
t18/dt = -0,6 r"d/s.
(a) A que tax" o ponto Iluminado se desloc11 na costa
quando a luz (ttlnge o ponto A?
{b) Quantas voltos por minuto equivalem a 0.6 rad/s? v- !wr21l
3
s = '1ff'v;r+J;i
(Áf\:31 da superfície l:wernJ)
160. Controlando o erro
(a) Aproximadamente com que precisão se deve medir a
aresta de um cubo para se estar razoavelmente seguro
de calcular sua área da superficic dentro de uma mar·
gem de erro de 2%?
154. Movimento ao longo dos eixos cartesianos Os pontos (b) Suponha que a aresta seja medida com a precisão ne·
A c 8 dC$1ocam·se respectivamente ao longodoscixosxe y, cessária do item (o). Aproximadan1cnte com que pr<:·
de modo que a distõ.nda r (<m metros) ao longo da perpen· cisáo se pode calcular o volume do cubo a partir da
dicular, da origem Areta A8, é const31lte. A que taxa OA medida da aresta? Para descobrir. estime o er;ro per·
•'Oiia qu31ldo 08 " 2r e 8 se desloca ""' dir<ção a O a uma c:<onlual no allculo do volume que poderia resultar do
taxa de O,Jr m/s? OA está •umentando ou diminuindo? uso da medida da aresta.
161. Erro composto Determinou·se que a circun(erencia do
Linearização equador de uma esfera é lO em, com um posslvt! erro de
0,4 em. Essa medida é então usada para se calcular o raio.
155. Determine as linearizações de Este é depois usado para se calcular a área da superfki< <o
(a) tgxquandox . -lr/4 (h) secxquandox m -tr/4. '"lume da esfera. Estime os erros percentuais nos valores
calculados de
Trace juntas as curvas c ns lincari7..ações..
(a) raio.
156. l'odemos obter uma aproximação linear \otil da função (b) área da superfície.
ft.x) : 1/( I + tg x) em x • Ocombinando as aproximações
(c) volume.
snow
260 Cálculo

162. Determinando a altura Para determinar a altura de um


poste para iluminação (veja a figura ao lado), você coloca
em ~ um mas1ro de 6 ~s a 20 pés do posle e mede o
comprimento a da sombra, que é 13 pts~ com erro de
mais ou menos uma polegada. Calcule a altura do poste
usando a a 15 pés e estime o erro possível no resultado.

Exercícios adicionais
1. Uma equação como sen 2 8 + cos2 8 = 1 é chamada identi· (b) Como você modificaria a equação do item (a) para
dade porque ' 'ale para qualquer valor de e. Uma equação que ela satisfizesse a equação
como sen 8 = 0,5 não é uma identidade porque vale so· y'"+4y=O?
mcnle para vaJorcs selecionados de 8, e não todos. Se você
derivar os dois men1bros de uma identidade trigonomé· GcncraJizc o resultado.
trica em 8 em relação a 8. terá como resuhado uma nova S. Um círculo osc,uJador Encontre os valores de h, k c a que
equação que também é uma identidade. f.'lZem o círculo (x - h)1 + (y - k)' = n1 se.r tangente à parábo·
la y = x' + I no ponto (1, 2) e as segundas derivadas d'ytdx'
Derive as equaçôes a seguir para mostrar que a equação
terem o mesmo valor para as duas cun'3S naquele ponto.
resuhanle vale para qualquer valor de e.
Círculos como esse, tangentes acunrct e com a segunda deri·
(a) sen 28 = 2 scn Ocos 8 vada igua1 à da curva no ponto de tangência, são chamados
(b) cos 28= cos' 9- sen'9 circulo; osculat/oTC$ (do latim osculari, que significa "beijat").
Eles serão vistos novarnente no Capítulo J3. Volume H.
2. Se a identidade scn (x + n) = scn x cos n + cos x sen n for
derivada em relação a .<, a equação resultante será Iam· 6. Rendimento marginal Um ônibus transporta 60 pes·
bém uma identidade? Esse princípio se aplica à equação soas. O número x de pessoas por viagem que tomam o
.<' - 2x - 8 = o• Explique. ônibus está relacionado com o preço cobrado (p dólares)
pela lei p = (3 - (x/40))' . Escreva urna expressão para o
3. (a) Encontre os valores das constantes a, b e c que farão rendimento total r(x) recebido por viagem pela compa·
j(x) =cos x e g(x) = a + bx +ex' nhia de ônibus. Qual é o número de pessoas por viagem
que torrHt o rendimento marginal drldx nulo? Qual é o
satisfnz.cr as condições
preço correspondente? (Esse preço é aquele que maximiza
j{O) = g(O), /'(O) = g'(O)
• j"'(O)=g"'(O)
o rendimento, portanto a companhia deveria repensar sua
(b) Encontre os valores para b e c que farão política de preços.)
7 . Produção industrial
j(x) = scn (x + n) c g(x) = b scn x + ecos x
(a) Economistas freqüentemente usam o termo ••taxa
satisfazer as condições de crescimento.. em termos relativos e não absolu-
f(O)= g(O) e /'(O)= g"(O). tos. Por exemplo, seja u = j(t) no instante to número
(c) O que acontece com a terceira e a quarta deri,.,da def e de pessoas na linha de produção em dada indústria.
g nos itens (a) e (b) para os valores determinados de n, (Tratan'los essa função como se fosse derivável. mes·
bcc? mo sendo uma função escada de valores inteiros.)

4. Soluções para equações diferenciais Seja v= g(t) a produção média por pessoa no instante I.
Portanto. a produção total é y ; uv. Se a força de traba·
(a) Mostre que y = sen x, y = cos x e y =11 cos x + b sen x
U1o estiver crescendo a urna taxa de 4% ao ano (du!dt c:
(a c Ir constantes) satisf.11.cm a equaç.io 0,04u), c a produção por operário, a uma taxa de S% ao
y""+ y=O an.o (du/dt = O,OSv). encontre a taxa de crescimento da
produção total. y.
snow
capítulo 3 ~ivação 261

(b) Suponha que a força de trabalho do item (;t) diminua IO. Movimento de unta partícula A posição de uma parti·
a urna taxa de 2% ao ano, enquanto a produção por cuia no instante t ;:e: Oque se de-sloca ao longo de uma reta
pessoa aumente 3% ao ano. A produção total está au- coordenada é
mentando ou diminuindo! A que laxa!' s = lO cos (I' + 1114)
8. Projetando uma gôndola O projetista de um balão esféri- (a) Qual é a posição inicial da partícula (I =O)?
co de ar quente com :30 pés de diâmetro quer suspender uma
(b) Quais são os pontos mais distantes da origem. à direi·
gôndola (que está 8 pés abaixo da parte inferior do balão)
ta c à esquerda, alcançados pela partícula?
com cabos tangentes à supcriTcíe do balão, como mostra a
figura a seguir. Podem-se ver dois cabos saindo das laterais (c) Calcule a velocidade e a aceleração da partícula nos
superiore-s da gõndola e chegando aos pontos de tangência pontos mencionados no il~m (h).
(-12, - 9) c (12, - 9). Qual deve ser a largura da gôndola? (d) Quando a partícula atinge a origem pela primeira
)' vez? Quais são sua velocidade. o módulo de sua velo·
cidade e a aceleração ne-sse momento?
11 . Atira.ndoumclipcpara papéis Na ·terra, você pode
facilmente atirar um dipe a 64 pés de altura usando
um elástico. Em 1segundos, depois do disparo, o clipe
estarás= 641 - 16t' pés acima de sua mão.
(-12.-9) (•) Quanto tempo o clipe leva para atingir a altura máxi-
ma? A que velocidade ele s:ai de sua mão?
Sp.!;
+ (b) Na Lua, a mesma aceleração permite lançar o clipe a
uma altura de s = 641- 2,6t2 pés em I s. Quanto tempo
o clipe levará para alcançar sua altura máxima c qual
altura é e.ssa?
9. De pára-qucdas em Pisa A fotografia mostra Mike
McCarthy saltando de pára·quedas do topo da torre de 12. Velocidades de duas partículas No instante 1 se-
Pisa em 5 de agosto de 1988. Faça um esboço para mostrar gundos. as posições de duas partículas em uma reta
a forma do gráfico de sua velocidade durante a queda. coordenada são dadas por s, = 31' - 1211 + 181 + 5 m
c s, = -r' + 9r -
121 m. Quando as partículas terão a
mesma velocidade?
13. Velocidade de uma partícula Uma partícula de
massa constante m desloca·.se ao longo do eixo x. Sua
velocidade u e a posição x satisfazem a equação

tm<v'- vo' l = :tk(.ro' - .r1)


onde k, u0 e x0 são constantes. Mostre que se u '$O.
m~= -kx
"'
14. Velocidades média c instantânea
(a) Mostre que, se a posição x de um ponto em movi·
mento é dada por uma fun;ção quadrática do tempo 1,
x = At2 + Bt +C) então sua velocidade média em qual·
quer intervalo [tH t1J é igual à velocidade instantânea
no ponto médio do intervalo de tempo.
O londrino Mike McCarthy saltou da torre de Pisa e abriu (b) Qual é o significado geométrico do resultado do item (a)?
o pára·quedas no que ele chamou de recorde mundial em
salto de baixa altitude - l79 pés - com pára-quedas. 15. Encontre todos os valores das constantes m e b para
(Fonte: Boston Clobe, 6 ago. 1988.) os quais a função
262 Cálculo

scn x. x < r. é contínua em x =O? E a derivada de k(x); xh(x)? justifi-


y= { que suas respostas.
mx + b, .~ 2! r.
é 24. Suponha que uma função f satisfc1.ça as seguintes condi·
(a) contínua em x ; rr. ções para qualquer valor real de x e y:

(b) derivávcl em x; rr. i. j(x + y) =j(x) ·j(y)

16. A funç.io i i. j(x) = 1 + xg (x), onde lim,~0 g (x) = I

I - cos .r Mostre que a derivada j'(x) existe em qualquer valor de x


X • x'I'O
e que f'(x) a j(x).
/(x}; { O,
:c•O
25. A regra do produto generalizada Use a indução mate-
tem derivada ern x =O? Explique. mática para provar que~ se y = u1ul · - · u, é um produto
finito de funções deriváveis, então y ./: de(i\rável em seu
17. (a} Para quais valores de a c b a função domi_ nio comum c
f ( ·) • {O.<, X< 2 (/)' du, <hh
- • - uz. ••• ft + u, - · ... , 11 +···+ ullll ... u .. , - .
duR
.t o.r;z - bx + 3. .l fi: 2 dx tl\· "dx lfd'C

é derivável para qualquer valor de x? 26. Regra de Leibniz para derivadas de ordem superior de
produtos A regra de Lcibniz para derivadas de ordem
(b) Discuta a geometria do gráfico resultante def
superior de produtos de funções deriv:ávels diz que
18. (a) Para quais valores de a e b a função
d ?(uv) d 2u du dv tiZv
{•) - - = - 2 v+ 2 - - + u-
(\·)={a;r+b, x .S- 1 dr2 tlr dr d:r d.r2
g. a.r'+x+ 2b. x>-1 <1-'(uv) c/ 3u d2u Ju du d 2v d 3v
(b) - - &-
.. v+ 3- . , - + 3 - - + 2
u-
tlrl dl(" tb:· d:r tlt d.t tltl
é derivável para qualquer valor de x?
tl"(uv) d.:u d"-'u dv
(b) Discuta a geometria do gráfico resultante de g. (C) --;;;;- • "'J? v + "d-.:n-1d; + ...

19. funções ímpares deriváveis Há algo especial na deri- + ~"o:<':..


' -- --" ....::lc:.) d"-4u tl*-l
1)c_·_--T.(C:"--....::k:..+
k! dtn-! tlt'
vada de uma função ímpar derivável de x? Justifique sua
resposta. tl"v
+ ... + , tl\·lj

20. Funções pares deriváveis Há algo especial na deri· As equações nos itens (a) c (b) são casos especiais da
vada de uma função par derivávcl de x? Justifique sua equação da item (c). Derive a equação do item (c) por indu-
resposta. ção rnatcrnátiC<'\, usando
21 . Suponha que as funções f c g sejam definidas em um in-
tervalo aberto contendo o ponto x,, que f seja derivávcl m ) m' + m!
( 111)
k
(
+ k+ I = k!(m .:_ k)! (k + 1)!(111 - k - I)!.
em Xo· que fi.-"ol =O e que g seja contínua em·"<>· Mostre
que o produto fg é dcrivável em x0 . Esse processo mostra~ 27. O pcrlodo do pêndulo de um relógi o O período T do
por exemplo. que. embora lxl não se;a derivável em x = O. pêndulo de um rel6gio (o tempo de u.ma oscilação com.
o produto x lxJ é derivável em x =O. pleta, ida e volta) é dado pela fórmulo. 2 = 4rr'Lig. onde r
22. (Cimti11uaçdo do Bxt rcício 21.) Use o resultado do Exerci- T é medido em segundos, g ; 32,2 pés/s2 e L é o compri-
cio 21 para mostrar que as funções- a seguir são derivàveis mento do pêndulo, medido em pés. Determine, aproxi-
emx =O.
madamente,
(a) o comprimento do pêndulo de un\ relógio cujo perío·
(a) l.<lsen.< (b) .r"·'scnx (<) ~(I- cos.r doéT ; Is.
..-' sen(l/.r). .r '~> O (b) a variação dT em Tse o pêndulo do item (a) for alon-
(o) ".<
( ) a { o. x=O gado em O,o! pé.
23. A derivada de (c) quanto o relógio adianta ou atrasa por dia, como re-
sultado da variação dT determinada no item (h).
I () • {·' ' scn ( l/.r), .r 'I' O
I.\' o. ,\" = o 28. Derretimento de um cubo de gelo Suponha que um
cubo de gelo mantenha a forma cúbica enquanto derrete.
capitulo 3 ~iva~o 263

Se chamarmos o comprimento da aresta de s, seu volume O sinal negativo indica que o volume está diminuindo.
será \1 = s-' e a área da superfície) 6.~. Vamos supor que V VaJnos supor que o fator de prop-orcionalidade k seja cons·
es sejam funções dcrivàveis do tempo 1c que o volume do tantc. (Provavelmente depende de vãrios fatores. como tem-
cubo diminua a uma mxa proporcional à sua área da su· peracura e umidade relativa do ar. presença ou austncla de luz
perficie. (A llltima suposição parece razoável se lembrar· solar etc.) Vamos supor um conjunto especifico de condições
mos que o derretimento ocorre na superfície: mudando a nas quais o cubo perde 1/4 de seu volume durante a primeira
área da superfkic, muda-se a quantidade de gelo exposta hora, e que o volume é V0 quando 1 = O. Quanto tempo vai
ao derretimento.) Em termos matemáticos, levar para o cubo de gelo derreter?
{/V
- = -k( Gs·') k > o.
(/1 '

Exercícios avançados
~::e::r{i:::•:s:::~ :~is :e_: d<•.:::o que a função
Nos exerdcios 6-8, decida se as afirmações são verdadeiras
L ou falsas. Justifique sua resposta.
6. Se /for uma função derivável par, entãof será ímpar e se
ax+b, se 0:5.<<2 Jfor uma função derivável ímpar, f' será par.
seja derivávcl em x =O. 7. Se f for um polinômio de grau u, então sua derivada de

2. A equação sen tx'; y' )- cos (nxy) = O define y ímpli-


ordem n + I será identicamente nula.
8. A detívada de Ol'dem 11 de urn polinômio de grau tJ nunca
citamente corno uma função derivável de x em UJna vizi· será uma função constante.
nhança de x ; 1) y = t. Qual é a inclinação da reta tangente 9. Uma função é periódica, de período T. se f!.x + T) = f!.x),
ao gráfico dcsS<I função no ponto x = I, y = I? para todo x e R. Sejaf uma funç;io periódica dcrivável, de
período T.
As funções hiperbólicas. cosseno hiperbólico e seno h iper-
e..; -e ~J( eK +e-x (a) A função f' é periódica! )u$tifique sua resposta.
bólico, são definidas por scnh x = c cosh x (b) Seja g(x) = f(x/2). A função g' é periódica? De que
2 2
e serão mais estudadas no Capítulo 7.
período?
x't l
3. (a) Mostre que (senh x)' =cosh xeque (cosh x)' =senh x. IO. Mostre que a equação da reto tangente~ elipse ,..
XX)',)'
+,..
a· b·
=I
(b) Mostre que a senh x + b cosh x salisfaz a cquaç;io dife- em um ponto(x0,y0)daelipsc é 7+-T-= I.
11. Determine a de modo que ot dretSos x'! + y~ = 1 c
rencial y'' - y = O. Que solução dessa equação satisfc'lt
y(O) = I e y'(O) = O? Ey(O) =O e y'(O) = 11 (x - af+ l = 1 se interceptem ortogonalmcnte (isto é,
4. O seno hiperbólico tem uma invers."l dcrivável nos reais, suas retas tangentes sejam perpendiculares nos pontos de
a função arco-seno hiperbólico, denotada por scnh"' x, c interseção). Encontre também os pontos de interseção c
o cosseno hiperbólico tem uma inversa derivável quando as retas tangentes nesses ponto.s.
rc.$trita c\0$ reais estritamente positivos, a f1.1nção arco• 12. Um objeto pesado está sendo arrastado por uma corda pre·
cosseno hiperbólico, denotada por cosh"' x . Mostre que sa a uma roldana a lO metros do solo. Um motor puxa a
1
(senh"' xl' = eque(cosh"' x)' = ~.x> I corda com velocidade constante de 0,5 m/s. Qual a velo-
JJ+x' -.Jx' -I cidade do objeto quando o comprimento da corda entre a
S. Um cabo está preso a um drculo de raio r, conforme mos- roldana e o objeto for 20m? O que ocorre com a velocidade
tra a figura. do objeto quando ele se aproximar de P?
rOlcbn" •

w ••
I
10m 1
(a) Mostre que h = r ( cosscc 0 - I)

-----~---------------
(b) Se r = J, qual é a taxa de variação de Ir com rdação a 8,
quando O=-? "6 p
snow
264 Cálculo

Projetos de aplicação de tecnologia


MODULO MATILEMAT!CA· MAI'LE
Convergência de coeficiciJtes angulares das secatJtes para a fzmção derivada.
Você vai visualizar a secantc entre pontos sucessivos em uma curva c observar o que ocorre quando a distãnda entre
eles se torna pequena. A função~ os pontos de amostra c as secantes são representados em um tínico gráfico, enquanto
um segundo gráfico comparo os coeficientes angulares das secantcs com a fun~ão derivada.
MODULO MATHEMATI CA· MAPLE
Derivadas, ,·oeficientes angulares. ta11geutes e animafão de gráficos.
Partes 1-IU. Você vai visua.li7....u a derivada em um ponto, a linearizaçâo de uma função e a de.rivada de uma função. Tam·
bém aprenderá a representar a função e as tangentes selecionadas no mesmo gráfico.
Parte IV (Representação de multas tangentes)
Parte V (Animação de gráficos) As partes IV e V do módulo podem ser usadas paro animar a tangente à medida que o
observador se move ao longo do gráfico de uma função.
MÓDULO MATI:iEMATICA-MAl'LE
ConvergêtJcin de coeficientes at~gulares das secantes para a fimção derivada.
Você vai visuali7. ar as derivadas laterais à esquerda e à direita.
MÓDULO MATHEMATICA· MAPLE
Movimento ao longo de uma reta: Posição-+ Velocidade...:,. Aceleração
Observe impressionantes visualizações animadas das relações de derivação entre as funções de posição. velocidade c
aceleração. As figuras do texto podem ser animadas.
Aplicações das derivadas

RESUMO Neste capítulo, estudaremos aJgumas das mais importantes


aplicações das derivadas. Aprenderemos como usá~las para calcular valores
extremos de funções, determinar e analisar o formato de gráficos, calcular
limites de frações cujos numerndores e denominadores tendem a zero ou a
infinito e determinar nurnericamente em que ponto uma função é igual a zero.
Também examinaremos o processo de recuperação de uma funçáo a partir de
sua derivada. A chave para muitos desses proccd_imcntos é o teorema do valor
médio, cujos corolários fornecem o caminho para o cálculo integral, assunto
do Capítulo 5.

Extremos de funções
Esta seção mostra como localiz.ar e identificar valores extremos de uma
função contínua a partir de sua derivada. Uma vez. que tenhamos conseguido
fazer iss~ poderemos resolver uma série de problemas de otimizaçt10, nos
quais encontramos a maneira ótima (a melhor 1naneirn) de fazer algo em
dada situação.

Definição Máximo absoluto. mínitno absoluto


Seja f uma função de domínio D. Então / tem um valor máximo abso·
luto em D em um ponto c se
f{x) Sf{c) para qualquer x em D.
e um valor mínimo absoluto em D no ponto c se
J(x) ?!/(c) para qualquer x em D.

Máximos e mínimos absolutos são chamados extremos absolutos, tam·


bém denominados de extremos globais, para diferenciar dos extremos locllis,
l'IGURA 4.1 Extremos absolutos definidos a seguir.
parn as funções seno e cosseno no Por exemplo, no inlcrvalo fechado (-~r/2, ;r/21, a função J(x) =cos x assu·
intervalo 1-~r/2, ;r/2j. Esses valores me o valor má.<imo I (uma vez) c o '"dor mhtimo O(duas vetes). No mesmo
podem depender do domínio de uma intervalo. a função g(x) = sen ,'( assume o valor máximo 1 e o vnlor mínimo
função. - I (Figura 4.1).
Funções definidas pela mesma regra podem ter extremos d iferentes) de·
pendendo do domínio.
266 Cálculo

EXEMPLO J Explorando extremos absolutos


Os e,,u·cmos absolutos dos funções a seguir podem ser vistos no Figum 4.2.

(:t) Apenas mínimo absoluto (b) Mini1lloc máximo absolutos

I
f
)' = X~
/)- (0, 2)

(e) Apen;l$ n.:bimo ;lbsúl\lló (d) Ausêrteh• de m(u.im(J


ou mfnimo ó'ibsoluto

l'IGURA 4.2 Os gráficos do Exemplo I.

Função DonúnioD Extremos absolutos em D


Ausência de máximo absoluto.
(n) y ~ :c ' <--.-> Mínimo absoluto Oquando x = O.
Máximo absoluto ~1 quando x = 2.
(b) y ~ :c' (0,2)
Mínimo absoluto Oquando x ~ O.
Máximo absoluto 4 quando x ~ 2.
(c) y=X' (0,2)
Auséncia de mbnimo absoluto.

(d) y:x' (0,2) Ausência de extremos absolutos.

Companion
Website
lli<ls;rafi;.' histórkot
Segundo o teorema a seguir, uma função que seja contínua em qualquer
Oaniei.BernouJJi ponto de um intervalo (cchado (a, b] apresenta um mínimo e um máximo
(1700·1782)
absoluto nesse intervalo. Ao representar graficamente ltnla função, devemos
sempre procurar esses valores.
snow
Capitulo4 Aplicaçõesdasderivadas 267

Teorema 1 O teorema do va1or cxlremo


Se f é contínua em um intervalo fechado [a, b), então f assume tanto
um valormáximoM como um valormfnimomem [a,b].Ouseja~ há
números x 1 c x; em [a, b] !ais que/(x 1) = 111 e j{,>;,) = M c m S /(x) S M
para qualquer outro valor de x em [a, bl (Figurn 4.3).

~.,...,,
'' y = j()t)
,M

' '
" .,
iPomosde n.:i,ximl.)e mínimo
11ns extremid:tdcs,
(.r,. m)
Pomos d~ máximo c mínimQ imcri~)i'\."'$

'
I
I
Y ~ f(:c) I
IM
I
I
I
I
i lll I
' X

ém uma "
Pontos de máximo interior c
"Ponto de m;lximo
XI

po11to de mfnin)() em uma cxt~m.id.'\de cxtA.:midadec ponto de:


mfnimo imcriQr

FIGURA 4.3 Algumas possibilidades para pontos de máximo c mínimo


de uma função contínua em um intervalo fechado (li, b].
Ausê.llCi:l de 'lalor m~\.~imo

' A prova do teorema do valor extremo exige um conhedmento profundo


do sistema de níameros reais (veja o Apêndice A.4). portanto não será apresen-
tada aqui. A Figura 4.3 ilustra possfveis locali?.ações dos extremos absolutos
de uma função continua em um inten1alo (a, b]. Corno comentamos no caso
Vnlot mínimo da função y= cos x, é possível que um mínimo absoluto (ou máximo absoluto)
ocorra em dois ou mais pontos do intervalo.
J'IGURA 4.4 Até mesmo um Os requisitos do Teorema I. de que o intervalo seja fechado c finito e a fun·
único ponto de descontinuidade ção seja contínua, são componentes básicos. Sem e.lcs, as conclusões do teore·
pode impedir que uma função ma não são válidas. O Exemplo l mostra que um valor extremo absoluto pode
tenha um valor máximo ou mini· não existir se o intervalo não for ao n1esmo tempo Jechado e finito. Já a Fig\rra
mo em dado intervalo. A função 4.4 mostra que o requisito da continuidade também não pode ser esquecido.

-lx,
y - O, x = l
OSX<l
Extremos locais (relativos)
é contínua em todo ponto do in- A Figura 4.5 mostra um gráfico com cinco pontos nos quais a função tem
tervalo [O,l],cxcetocmx = l,escu valores extremos em seu domínio [a, b). O mínimo absoluto da função ocorre
gráfico no intervalo fechado fO, I ] em a, embora em c o valor da função seja o mcn.or que crn qualquer ponto
não tem urn p01ltO mais alto. próximo. A cunra sobe para a esquerda c desce para a direita próximo a'· tor-
nandof{c) um máximo local. A função atinge seu máximo absoluto em d.
268 Cálculo

~láxinw absoluto
O maior ,·:dor de:f.
Máximo local Também é um m(ucirno loc:ll.
N:1o M n:. vildnh:mça
'':'llor def ttll\1()1' que t$1e.
Mfoimo local
y = f(X)
Não há na vh:inh~n
: valor de /n~tlór tlUé é$!é.
I
1\línhlu) absoluto I
0 OICI'I()r V3for- dej. ; Mínimo local :
T:un~ru éum 1 NãO M n:l. vizinh.'lll<a 1
mínimo local. : \'alordefmcnor <IUI! (SIC~
--------------------------~
l1 c• t'· -------7--~-------x
d b

FIGURA 4.5 Como classificar os má.xi.mos e mínimos

Dc6_nição Máximo local. l'ninimo local


Uma função /tem um valor máximo local em um ponto interior c de
seu domínio se

Jtx) s/(c} para qualquer x em um intervalo aberto


que contenha c.

Uma função f tem um valor mínimo local em um ponto interior c de


seu domínio se

Jtx) '?./(c) para qualquer x em um intervalo aberto


que contenha c.

Podemos ampliar essa definição de extremos locais para extremidades de


intervalos definindo que f possui um valor máximo local ou mínimo local
em uma extremidade c se a desigualdade apropriada é válida para qualquer x
em um intervalo seml·aberto que contenha c. Na Figura 4.5, a função f tem
máximos locais em c, de mínimos locais em a, e, b. Extremos locais também
são c:hBJ'nados extremos rclatívos.
Um máximo absoluto também é um máximo local. Sendo o maior valor de
todos, é também o maior valor em sua vizi.nhança imediata. Assim, uma listtt
contendo todos os máximos locais incluirá automaticame1;rte o máximo t~bso­
luto, se houver. De modo análogo. urna lista coutcndo todos os mínimos locais
iucluirá automatímmente o mínimo abroluto, se houver.

Determinando extremos
O teorema a seguir explica por que normalmente precisamos investigar
apenas alguns valores para determinar o extremo de uma ( unção.

1Corema 2 Primeiro teorema da dcrh'ada para valores de extre-


mos locais
Se f possui um valor má.'timo ou mínimo local em um ponto c i.nterior
de $CU domíniO e $C f' é definida Cm C, entãO
f'(c) = O
snow
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 269

Vn.Jor m;i;~imo loc;~l PROVA Para demonstrar que f( c) é zero em um extremo local, primeiro
temos de provar quef( c) não pode ser positiva c depois que f( c) não pode ser
negativa. O único número que não é nem positivo nem negativo é zero, que
ent!lo é o valor quej'(c) deve apresentar.
Para começar~ suponha que f tenha um valor máximo local quando x =c
(Figura 4.6), de modo quej{x)-j{c) :s O. para qualquer x próximo de c. Como
''' c é um ponto interior do domínio de /.f'( c) é definida pelo limite bilateral
'
Cocl"'.cicntcs angul<al'($
d!IS scc:antes ~O COê'ficientes :'lngulares . /(x) - f(c)
(r1unca r1eg:uh·os) d;lS S!;(Olnu:s s O hm ,. _ c
:r-c •
(I'IUI.Ca pos:ili\X'IS)
'' Isso significa que ambos os limites. à direita c à ~esquerda, existirão quando
''
----'----------'--->., x = c e scrüo iguais a f( c). Quando examinamos esses limites separadamente,
X «" X
ternos que
FIGURA 4 .6 Uma curva com um
máxhno local. O coeficiente angular f'(c) = lim /(x} ::: f(c) s O 1\w··h - d > O (I)
x-C'• ,"( C
em c é simultaneamente o limite de o/C<I s: /(d
números não positivos e não negativos
De maneira scmélhantc,
e, portanto, é zero.

'(C) • I.JJU~ /~<)x· - Cf(c) -~ O ,,,li... tt - d <o (2)


:r-c • </(<) s /(d
'
)untas. as equações (I) e (2) implicam quef(c) = O.
Isso prova o teorema para valores máximos locais. Para prová~lo parava·
lores mínimos locais, usamos apenas ft,x) ~j(,), o q,ue inverte as desigualdades
nas equações (I) c (2).
O Teorema 2 diz que a primeira derivada de uma fllnção é sempre 2ero em
um ponto interior onde a função tenha um valor extremo local c a derivada
seja definida. Assim, os (micos locais onde uma funçãof pode ter valores ex~
Iremos (locais ou globais) são
I. pontos interiores onde: f'= O,
2. pontos íntcriorcs ondef' não existe,
3. extremidades do domínio de/
A definição a seguir nos ajudará a resumir cssa:s informações.

Definição Ponto crhico


Um ponto interior do domínio de uma função f onde f' é zero ou
indefinida é um ponto crítico def

Assim, os únicos pontos do domínio em que uma função pode assumir


valores extremos são os pontos críticos c as extremidades.
Tome cuidado para não interpretar erroneamente o Teorema 2. pois
s ua rcciproc:t não é verdadeira. Um:t função dcrivávcl pode ter um ponto
critico em x =c sem apresenta.r um valor extremo local nesse ponto. Por
exc•nplo. a função j(.t) = .Y' apresenta um ponto crítico na origem c valor
zero nesse ponto, mas é positiva à direita da origem e negativa à esquerda.
Logo, ela não pode ter um valor extremo local na origem. Em vez disso,
tern nela um pomo de infle:.:do. E.ssa idéia será de,fin ida e discutida adiante.,
na Seção 4.4.
snow
270 Cálculo

Na maioria das buscas por valores extremos, é necessário determinar os


extremos absolutos de uma função contínua em um interv.aJo fechado e finito.
O Teorema I garanre que esses valores existem, e o Teorema 2 nos diz que eles
só sào assumidos em pomos crfrlcos e extremidades. Mul.tas vezes, podemos
simplesmente listar esses pontos e calcular os valores correspondentes da fun ..
ção, encontrando assjm os valores maior c n1enor c sua localização.

Como dctcnninar os cxlnmos absolutos de uma função éoutinua


f em um intervalo fechado e finito
1. Calcule f em todos os pontos críticos c extremidades.
2. Tome o maior e o menor dentre os valores obtidos.

EXEMPLO 2 Enconlrando extremos absolutos


Determine os valores máximo c minirno absoltuos de j{x) = K- no in-
tervalo [-2, 1).

SOI.UÇ,\0 A função é dcrivável em todo o seu domínio, porlanto


o único ponto crítico é onde f'(x) = 2x = O, ou seja, em x = O. Precisamos
verificar os valores da função em x = Oc nas exlremidadcs x = -2 c.< = 1:

Valor no ponto crhico: j(O) ; O


Valores nas extremidades: fi-2); 4
j(l) = I

A ti.u1ção apresenta um valor máximo absoluto de 4 em x = -2 c um


mínimo absoluto de Oem x = O.

EXEM PLO 3 Encontrando os extremos absolutos e fn um intcn·alo


fcch:.do
Determine os valores rnáximo c mlnimo absolutos de j(x) =
)'
10x(2- In x) no intervalo [I, c').
30 (<. 10<-)
SOlUÇÃO A Figura 4.7 sugere quef tem seu valor má., imo absoluto
2S próxiJno de x = 3 c que, quando x :: t!1 seu vaJor mJnü110 absoluto é O.
20
(1.20)
I~ Calculamos a função nos pontos criticos e nas exuremidades e, dentre
lO os valores obtidos. tomamos o maior c o menor.
s A primeira derivada é

0 2 3 4 5 6 7 8 X
f'(x) = 10(2- lnx)- IOx(t) = JO(I - lnx)
FJGURA·I.7 Osvaloresextremosde
j(x); 10x(2 - In x)em [I, e2) ocorrem O único ponto crítico no domínio [1, e21é o ponto x = e,onde In x = I.
quando x ; e ex ; e' (Exemplo 3). Os valores de f nesse único ponto crítico e nas extremi<lades são

Valor no ponto critico: j(e) = LOe


Valores nas extremidades: j(l) = 10(2 - In I)= 20
j(e') ; 10c'(2 - 2 In e); O
Capitulo 4 Aplicaçõesdasderivadas 271

A partir dessa lista, podemos ver que o máximo absoluto dessa função
ê lOe~ 2)n, que ocorre no ponto crítico interior x =c. O mínimo absoluto
é Oe ocorre na exlremidade direita, quandox =e!-.

)' EXEMPL04 Encontrando os extremos absolutos cnl um intervalo


y • :r113• - 2sxs3
fechado
M~ximo !lb$01uto: Determine os valores máximo e mínimo abSQiutos de Jtx) = r'' no
t:.nlbé-m um máximo toc.:ll intervalo (- 2, 3).
M:b:imo loc31 2

SOLUÇÃO Calculamos a função nos pontos críticos e nas extremi-


dades ct dentre os valores obtidos, tomamos o maior e o menor.
-:!--.L-~1<--!---:!--':!----> ,T
~ -1 o 2 3
t-.ffnimo absoluco:
l:unbém urn mínimo IQC"I A primeira derivada
FIGURA 4.8 Os valores extremos de
f'(x) • 6x- •fl • _ 2_
= x'" no intervalo (- 2, 3) ocorrem
jl,x) 3 3-..y;
quando x = Oc x ; 3 (Exemplo 4).
não tem zero, mas é indefinida no ponto inte.rior x o O. Os valores de f
nesse ponto crítico e nas extremidades são
Valor no ponto critico: / (O) = O
Valores nas extremidades: / (-2) = (-2)2/ 3 = \JI4
)' . ,'("l
/ (3) = (3)2/3 = -\o/9

A partir dessa lista, podemos ver que o máximo absoluto dessa função
é if9::;: 2,08, que ocorre na extremidade direita x = 3. O mínimo absoluto
é Oe ocorre no ponto interior x =O (Figura 4.8).
Embora os extremos de uma funç;io poss."n ocorrer apenas em pontos
críticos e extremidades, nem todo ponto crítico ou extremidade indica a pre-
-I
sença de um valor extremo. A Figura 4.9 ilustra isso para pontos interiores.
En<:erramos esta seção com um exemplo qu.e ilustra como os conceitos
(o)
que acabamos de estudar podem ser usados para resolver um problema de
otimização do mundo real.
)'

EXEMPLO 5 Bombeando p<t•·ólco de uma perfuração para uma re-


finAria
Uma perfur..tção a 12 mi da costa será conectada a uma refinaria costeira,
20 mi abaixo da linha da perfuração. Os dutos subaquáticos custam S 500.000
por milha e os terrestres, S 300.000 por milha. Qual é a combinação dos dois
-I
tipos de dutos que va.i fornecer a conexão menos dispendiosa?
( b) SOLUÇÃO Tentaremos algumas possibilidades para sentir o problema.
(a) A menor quantidade de dutos sulwquciticos
FIGURA 4.9 Pontos crhicos sem
valores extremos. (a) y ' ~ 3x' é Oquando Pcr(ur~~o

x = O, mas y = xl não possui extremo


nesse ponto. (b) y' = (1/3) x·"l não é
definida quando .<= O, mas y = x'" não 12

possui extremo nesse ponto.


Refinaria

'20
snow
272 Cálculo

Os dutos subaquáticos são mais dispendiosos, portanto devem ser usa ..


dos o mínimo possível. Podemos estender a tubulação rumo à costa (12
mi) e usar dutos terrestres para as 20 mi até a refinaria.
Custos em dólares = 12(500.000) + 20(300.000)
= 12.000.000
(b) Apenas dutos subaquáticos (camiuho mais curto)

I
I
I
I Vt44 + 400
12 :
I
I
I

20

Utilizando apenas dutos subaquáticos para Hgar a perfuraç.io à refinaria.

Custo em dólares = ../544 (500.000)


~ 11.661.900

f:.ssa operação é menos dispendiosa que a operação (a).


(c) Algo ÜJtermediário

12mi

Refinaria
h
j-20- y-1- 1 :1
~20 mi - - - -+!
..

Agora, introduzimos como variáveis o comprimento xda tubulaçãosu·


baquática e o comprimento y da tubulação terrestre. O ãngulo reto oposto
à perfuração é a chave para expressarmos a relação ent re x e y. Aplicando
o teorema de Pitágoras, temos

_.,> = 121 + (20 - .vl '


x=JI44+(20- y)' (3)

Só a raiz positi\ra tem significado nesse modelo.


O custo da tubulação em dólares é
c = 500.000.< + 300.000y
Para expressarmos cem função de uma lÍnjca varíável, podemos substi·
tu ir x usando a Equação (3):

c(y) = 500.000VI44 + (20- y)2 + 300.oooy


Nosso objetivo agora é determinar o valor mini mo .de c(y) no intervalo
O,; y,; 20. De acordo com a regra da cadeia, a primeira derivada de c(y)
em relação a y é:
snow
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 273

c'()•) = 500.000 . t. v 2144


20
( - y)(
+ (20-
- I) 2 + 300.000
y)
20
= - 500.000 - )' + 300.000
v144 + (2o - yJ'
Fazendo c' : O, temos

5oo.ooo !20 - r> = 3oo.ooov 144 + (20 - yJ2


t (2o- r)= Vl44 + (20- y ) 2

i (20 - y)> - 144 + (20 - y)'


2

~ (20 - y)> = 144

(20 - y) = ±*. 12 = ±9
y- 20 ± 9
y=llouy=29

Apenas y ~ li fica no intervalo de interesse. Os valores de c em seus


pontos críticos e nas extrernidades são:

c(ll) = 10.800.000
c(O) = 11.661.900
c(20) = 12.000.000
O sistema menos dispendioso custa$ 10.800.000 c é obtido instalando·
se a tubulação subaquática até o ponto em terra a li mi da refinaria.

Exercícios 4.1

Determinando extremos em gráficos


Nos cxcrdcios l - 6, dctc.raninc a pa1'lir do gráfico se a fun· 3. y 4. y
ção possui algum '"dor extremo absoluto em [a, b]. A seguir,
justifique sua resposta com base no Teorema l.

/\()
I. y 2. y

o ,. b
X
o b
X

" " r.

5. y 6. y

(~
-rt- • )'a g{.t)

o -'--'---+--·'
tJc b

yr-
o
"
c b ·' o (/ r. b
X
274 Cálculo

Nos exerdcios 7- 10, determine os valores extremos e onde esboce o gráfico da função, idenlifique os pontos no gráfico
eles ocorrcn1:. onde os valores extremos ocorrem c inclua suas coordenadas.
7. y S. 15. f(x) ~ tx - 5, - 2s x s 3
2
16. f(x) • -.<- 4, -4 s xs I
X
17. f(x) = x2I, - - I s xs 2
-I IH. f(x) = 4 - .t1, -3 S x S I
-2 2 ·' I
19. F(.v) = --.,, 0.5 :Sx:S 2
-~-

10.
9. y y
20. F(x) • -~ . - 2 S x :s - 1
5
21. il(.v) =Vi-. -I s ,, s 8
22. !J(x)., - 3x2/J, - 1 s :t s I
-3 _, 2 ·' 23. g(x) = v'4"="?. -2 S x S I
24. g(x) = -Vs- x'. -Vs s x !S O
-2 o 2
X
25. /(O)= sonO, -~ :s O :s s:
26. f(O) c ISO,

Nos exercícios 11 - 14, associe a tabela com o gráfico cor-


respondtntc.
27. g(x) • COSCC x, ~S .T S
2
r
1( 1(
11. 12. 28. g(x) • secx. -3 s xs 6
·' ~''''
X J'Ç<)
29. / (1) = 2 - JtJ, -I S I S J
(/ o (/ o
b o b o JO. / (t) = Jt- 5J, 4 :S 1 :S 7
c s c - 5 31. g(x) = .re-' . -I s x sI
32. il(x) • In (x + 1), O !S ·' !S J
13. t~.
X /'(.<} X n•> .13. f(x) • xI + ln.t, 0,5 s x s 4
a n~O C·XÍSIC (/ não existe 3-t g(x) a e-r, -2 s x s I
b o b não existe
c -2 c - 1.7
Nos exercícios 35-38, determine os valores mínimo e má·
ximo absolutos da função e informe onde ela os a,ssume.
JS. f(x) • .t<~3 , - I s .t s 8
36. / (.<) = .t>/3, - I :S X :S 8
37. g(Q) = lfJI!. - 32 s O s I
38. 11(8) = Jo"'. - 27 s os 8
u
(O) (b)
Determinando valores extremos
Nos exercícios 39- 54, detetminc os valores extremos das
funções e identifique onde eles ocorrem.
39. y • 2<2 - 8x + 9 40. y • x' - 2v + 4
41 b t·
~1. y = x:\ + x 2 - &· + S 42. y = .\.J - lrz + 3x - 2
(c) (d)
I
4.1. y - v?'=! 44. )'• -,===
V'i'"='?
I
Extremos absolutos em intervalos ~S. >' = -,..,:::= 46. y = V3 + 2x .t2
~
fechados e finitos
47. )'~+ ~S X+ I
Nos exercícios 15-34, determine os valores mí_nirno e máxi· . y=x2 +2r+2
·" + I
mo absolutos para cada função no intervalo dado. Em segt•ida, 49. y = ex+ e-x 50. y =ex- e ""X
snow
Capitulo4 Aplicaçõesdasderivadas 275

51. y a: xln.\' !'2 . .v ;;: .'<!In .l'


~J. y = cos-•(x2) 54. y = scn- 1(e' ) Atmc:ldouto

l
4 nu
I
I
I
I
I
Extremos locais e pontos críticos Cosoa
8 Rcfin:trin
Nos exercícios 55-62, encontre a derivada em cada ponto
1+---9 mi---.,.
crítico e determine os extremos locais.
;:;, y = .r 2i'(,r + 2) 56. y = .r'" (.r' - 4)
(a) Localize o ponto B para minimizar os custos da
57. )'=X~ SR. )' = ...2 ~ construção.
4 - 2.t. .< s I {3 - X. X < 0
59. )' - { ' 60. y- 3 + 2l' - ,.z. ,'( ~ o (b) O custo da tubulação subaquática deve aumentar,
;r+ 1. :'<>I
enquanto o custo da tubulação terrestre deve perma-
-.r' - 2r + 4, .rs
61. y = { 2 necer constante. A que preço é mais econômico cons·
- x + 6.t - 4 , .\' >
truir um duto subaquático que vá direto ao ponto A?

66. Modernizando uma rodovia e.


necessário construir
uma rodovia para Jigar as cidades A e 8. Há uma antiga cs·
trada que pode ser melhorada 50 mí ao sul da reta que Uga
Nos exercícios 63 c 64, justifique suas respostas. as duas cidades. O custo da modernização é de S 300.000
63. Seja j(x) = (x- 2)"' por milha, enquanto a construção de uma nova rodovia
(a) /'(2) existe? custa S 500.000 por milha. Determine a combinação da
moderniza.çâo e da nova construção que permite minimi-
(b) Demonstre que o único extremo local ocorre quando
7.ar o custo da conexão entre as duas cidades. Dc.fina clara·
x = 2.
mente a localização da estrada proposta.
(c) O resultado do item (b) contradiz o teorema do valor 1 - - - - - -ISO mi - - - - - -
extremo?
• •8
(d) Repita os itens (a) e (b) paraj(x) = (x- il)u>, substi-
tuindo 2 por n.
11
T.
S0 m1 si
64. Scjaj(x) = tx>- 9xj.
(a) j'(O) existe?
l U.Str:ld3 ôlntiJE: 1
67. Locali7.ação de uma estação bombeadora Duas tida·
(b) /'(3) existe?
des estão localizadas no lado sul de um rio. Uma estação
(c) /'(-3) existe? bombcadora de água será instalada para servir às duas
(d) Calcule todos os extremos de f cidades. A tubulação seguirá as retas que ligam cada cida-
de à estação. Defina o ponto onde a estação bombeadora
deve ser instalada para rninim.iza_r o c-usto da tubulação.
Aplicações de otimização
! IOrni
Sempre que você estiver maximizando ou minimizando
uma função com uma única variável, é imprescindível traçar 2mi I
-- -- 'p
'''
I

I
a curva ao longo do domínio adequado para o problema. O
T ' --
I

A

''
I
I
I
I
5 •m
gráfico fornecerá informações preciosas antes mesmo de você
iniciar os dkulos c oferecerá um contexto visual para o enten-
dimento da resposta.
'
;.
'
I
I
l
68. Comprimento de um cabo-guia Duas torres têm rcs·
65. Construindo uma tubulação Supcrpetroleiros descar- pectivamente 50 e 30 pés de altura~ e estão separadas por
regam petróleo em atracadouros a4 mi da costa. A refina- uma distância de 150 pés. Um cabo-guia deve ser estendido
ria mais próxima está 9 mi a leste do ponto da costa mais do ponto i\ até o topo de cada torre.
próximo do atracadouro. Uma tubulação precisa ser cons·
truida para cor1ectar a refinaria ao atracadouro. Os dutos
subaquátícos custam S 300.000 por mUha c os terrestres,
$ 200.000 por milha.

~-------·~··------~
276 Cálculo

(a) Localize o ponto A de modo que o comprimento total derivável em x = O. Isso é consistente com o Teorema 2?
do cabo seja mínimo. justifique sua resposta.
(b) Mostre que o comprimento total do cabo usado é ml- 76. Funções pares Se uma função par j(x) pos...ui um valor
nimo sempre que os ângulos em A são iguais, inde- máximo local em x = c, pode-se dizer algo quando x = -c?
pendentemente da altura das torres. Justifique sua resposta.
69. A função 77. Funções ímpares Se uma função hnpar g(x) possui um
V(x) = x(IO- 2x)(16- 2.<), 0 <X< 5, valor máximo locnl quando x = c. o que se pode dizer
quando x::;: - c? Justifique sua resposta.
define o \"Oiume de uma caixa.
78. Sabemos como determinar os valores má.ximos de uma
(a) Determine os valores extremos de V.
função contínua j(x) por meio do estudo de seus vaJores em
(b) Interprete os valores encontrados no item (>) em fun- pontos críticos e nas extremídades. Mas .c se mlo !Jouvcrpon·
ção do volume da caixa. tos críticos nem cxcrcmidades? O que acontece nesse caso?
70. A função Uma função desse tipo pode existir? Jus:tifique sua resposta
200 '
P(x) = 2x+- o<X<oo, 79. Fun~ões cúbicas Considere a seguinte função cúbica:
X
define o perímetro de um rct·ângulo cujos lados medem j(x) = ax' + bx' + C:X+ a
xe 100/x.
(11) DemonstrequcfpodeterO, I ou 2 pontos críticos. Uti-
(a) Determine todos os extremos de P. li?.e exemplos e gráficos para justificar sua resposta.
(b) Interprete as respostas do item (a) em termos dope- (b) Quantos valores extremos locais f pode ter?
rímetro do retângulo.
80. Funções sem valores extremos em e:ctremidadcs
71. Área de um triângulo retângulo Qual é a maior área pos-
sível de um triângt•lo retângtdo cuja hipotenusa mede 5 em?
D (•) Trace o gráfico de função

72. Área de um campo de atlet.ísmo Será construido um scn!. x > O


/ (.<) -
campo de atletismo retangular. com x unidades de com- { 0, ·' X • 0
primento, tendo nas extremidades duas áreas semicircu·
lares com raio r. O campo terá em voha uma pista para Explique por quej(O) = Onão é um extremo local de f
corrida com 400 m de extensão. (b) Construa uma função que não apresente valor extl'e-
(a) Expresse a área da porção retangular do campo só em mo em uma extremidade do domínio.
função de x ou só em função de r (a escolha é sua).
O Faça o gráfico das funções dos exercícios 81-84. A seguir,
(b) Quais valores de x e de r dão à porção retangular a determine e localize os valores extremos da função no inter·
maior área possivel? valo.
i3. Altur.1 máxima de um corpo que se desloca vertical-
mente A altura de um corpo que se desloca vertical- 81. j(x) =Jx- 21 + [x+ 3[, -5:!: x S 5
mente é dada por 82. g(x) = Jx-IJ-Ix-5j, -2:S:x:S:7
1 2
s=-- gt +v 0t+Sf!
2 •
g>O 83. ll(x) = jx + 21 -lx- 3j, -~ <x < ~
84. k(x) = j.< + I[ + [.<- 3[, -~ < x < ~
com sem metros e 1 cm segundos. Determine a altura má-
xima do corpo.
74. Pico de corrente alternada Suponha que em dado ins-
tante 1 (em segundos) a corrente i (em ampêrcs) de um
f USANDO O COMPUTAD OR
circuito seja i = 2 cos 1+ 2 sen 1. Qual é o valor da corrente Nosexercfcios 85- 92, você vai utilizar ul)l SAC para ajudá-lo
de pico para esse circuito (a maior magnitude)? a determinar os extremos absolutos das funções oos intet\'<llos
fechados especificados. Siga os passos indicados.
Teoria e exemplos (a) Trace a função no intervalo para analisar seu com-
portamento geral.
75. Um mínimo sem derivadas A função/(.<) = lxl tem va- (b) Determine os pontos interiores onde f' = O. (Em
lor mini mo absoluto quando x = O, mesmo que f não seja alguns exerdcios. talvez você precise usar cálculo
snow
Capitulo4 Aplicaçõesdasderivadas 277

numérico para obter uma solução aproximada.) Ex· 86. j(x) ~ - x' + 4x' - 4x + I. (- 3/4, 3)
pcrimente traçar talnbém. r 87. j(x)~x"' (3-x), [-2.2)
(c) Determine os pontos interiores onde f' não existe.
68. j(x) ~2 + 2.<- 3~~". (-1, 10/3)
(d) Calcule a função .,, todos os pontos encontrados
nos itens {b) e (<) e também nas extremidades do in- 89. j(.<) ~ JX +COSX, [0, 21f)
tervalo. I
90. j(x) ~ x'" - sen x + -, (0, 2")
(c) Determine e localize os extremos absolutos das fun~ 2
ções no intervalo especificado. 91. j(x) o m:' e·"". [O, 5)
85. j(x) ~ x' - Si' + 4x + 2, [- 20/25, 64/25) 92. j(.<)=ln(2<+xsenx), [1 , 15)

Teorema do valor médio


Sabemos que funções constantes têm derivadas iguais a zero, mas poderia
existir uma funç-.lo cornp1icada~ corn muitos termos. c-ujas derivadas pudes·
sem todas ser canceladas e dar zero? Qual é a relação e ntte duas (unções que
têm derivadas idênticas no mesmo intervalo? O que estamos realmente per·
)' ~ /'<) guntando aqui é quais funções podem ter um tipo particular de derivada. A
resposta a essas c muitas outras questões que estudamos neste capítulo está no
teorema do valor médio. Para chegar a c.ssc teorema precisamos primeiro do

o "
,. b
.f
teorema de Rolle.
(O)

y Teorema de Rolle
/'(<,,)~o
Ao traçar o gní.fico de uma função. encontramos fortes evidências geomé~
tricas de que, entre dois pontos quaisquer onde uma função derivávd cruza
wna reta horizontal. há pelo menos um ponto na curva onde a tangente é
horizontal (Figura 4.10). Mais precisamente, temos o seguinte teorema:

(b) 1corcma 3 O tcorcmà d e Rolle


Suponha que y = j(x) seja continua em todos os pontos do intervalo
FIGURA 4. 10 O teorema de Rolle fechado [a, bl ederivávcl em todos os pontos de seu interior (a, b). Se
diz que uma curva derivável tem ao
j(a) =j(b)
menos uma tangente horizontal entre
dois pontos quaisquer onde a curva então há pelo menos um nlimero c em (a, b) no qual
cru7.c'l uma reta horizontal. Ela pode
f'(c)= O
ter apenas urna tangente (a) ou mais
de uma (b).
PROVA ~ndo contínua. f tem mâ..ximos c mínimos absolutos em [a, b).
Isso pode ocorrer apenas
Cmnpanion 1. em pontos interiores onde f é zero.
Wcbsite r
2. em pontos interiores onde não existe,
1\iogr.lrt..-'l hisa<)rlc:. 3. nas extremidade-s do dominio da função, nesse c-aso a c b.
Pela hipótese, f tem derivada em cada ponto interior de (a, b). Isso exclui
Michel Rolle a possibilidade (2) c nos deixa com os pontos interiores onde f' = O, além das
( 1652-1719)
duas extremidades n c b.
Se o máximo ou o mínimo ocorrem num ponto c entre n e b, então, f'(c)= O
de acordo com o Teorema 2 (Seção 4.1), encontramos um ponto para o teo ..
rema de Rolle.
278 Cálculo

Se tanto o máximo como o mínimo absolutos estão nus extremidades, en·


tão1 como j(a) = j(b) ~f deve neccssariamc.nte ser uma função constante com
j(x) = j(a) = j(b) para qualquer x e (a, b]. Assím,f'(x) = O e o ponto c podem
ser tomado em qualquer lugar no Interior (a. b).

As hipóteses do Teorema 3 são essenciais. Caso elas não sejam verdadeiras


em um único ponto. o gráfico pode não apresentar uma tangente horizontal
(Figura 4.11 ) .

.'' y

)' •j(:r)

(a) Oc:sconlinu.1c-m uma (b) IÃ"SConlinu:te-m um ponlo (c) Comfnua em (ti. b). m.u n."io
cxutmld:tde d<> (tl.ll) irucrior de (a. b) d~th•á\·cl em ut11 ponto i1UC"rior

I' IGURA 4.11 Se as hipóteses do teorema de Rolle não se cumprem,


pode acontecer de não haver tangente hotizontal.

r:.XF.MPLO 1 1àngcntcs horizontais de um poliolnnioet'•bico


A função polinomial

x'
j(x)= - -3x
3
M. -zV3)
representada na Figura 4. 12 é contínua em qualquer ponto de f-3, 3) c
FIGURA 4.12 Conforrne previsto pelo derívável em qualquer ponto de (- 3, 3). Uma vez que j{- 3) ~ j(3) ~ O. o
teorema de RoUe, essa curva apresenta teorema de Rolle diz que f' será obrigatoriamente igual a zero pelo menos
tangentes horizontais entre os pontos uma vez no intervalo aberto entre n::: - 3c b = 3. Na vcrdadc•.f(x) = Y!- - 3 é
onde ela cruza o eixox(Exemplo 1). igual a zero duas ve1;es nesse intervalo, a primeira em x =- .J3 e a segunda
em.<=../3.

liXliMI'LO 2 Solução de uma equnçJoj{x) c O


Mostre que a equação

x'+3x+ I =0
tcrn exatamente uma única soluç-Jo reaL

SOLUÇÃO Seja

y=j(x)=x'+3x+ I
Então a derivada

j'(x) = 3x' + 3
nunca é iguala zero (porque é sempre positiva). Agora, se houvesse exata·
mente dois pontos x = a c x = bonde j(x) fosse igual a zero, o teorema de
r
Rollc garantiria a existência de un'l ponto X;; c entre eles onde seria igual
Capilulo4 Aplicaçõesdasderivadas 279

a zero. Portant~/não tem mais de um zero. Tem, na realidade, um único


(I. 5) ' zero. pois o teorema do valor intermediário nos diz que o gráfico de y =
I
I
I j(x) cruza o eixox em algum lugar enlre x =- L (onde y = -3) ex = O(onde
'II y = I). (Veja a Figura 4.13.)
I A principal utilidade do teorema de Rolle é· provar o teorema do valor
y=.rJ+:tr+ I
I médio.
I

Teorema do valor médio


(-1. -3) O ocorerna do >111or médio, esoabelecido por joseph-Louis Lagrange, é uma
versão inclinada do lcorema de Jlolle (Figura 4.14). Exislc um ponlo onde a
FI GU RA 4 . 13 O único zero real langcnlc é paralela à corda AB.
dopolinômioy=x'+ 3x+ I é aquele
mostrado aqui, no ponto em que a Teorema 4 O teorema elo \'alo r médio
curva cruza o eixo x entre - I c O Suponha que y = j(x) seja conoinua em um inlervalo fechado [a, bl c de-
(Exemplo 2). rivávcl no inlcrvalo aberlo (a, b). Enoão há pelo menos um ponoo c em
(a, b) em que

f(ól- ~(a) • !'(<:) (1)

PROVA TrnÇ110lOS o gráfico de f como uma curva no plano carocsiano c


uona rcla alrnvés dos ponoos A(a,j(a)) c B(b,Jtb)) (veja a Figura 4.15). Essa
reta é o gráfico da função

j(b) - f(a)
g(x} = J(a) + b - (/
(x - a) (2)

FI GUHA 4.14 Ccomcoricarncnoe, o (eqmtção ponoo/cocficienle angular). A difcrençn na vcrlical enore os gráficos
oeorema do valor médio diz que, crn aJ. dcfegemxé
gum lugar entre A e 8, a curva aprcsen· h(x) = f(x) - g(x)
la pelo menos uma tangente paralela à J(b) - J(a)
cordat\8. = f(x) - f(a) - b a (x-a) (3)

11

''
''
'I ZI(X) =/(.t) - g(X)
: I
--':l<:~:.._
_ _ _, _ _:>t' : - - --+1 X
-,!'---.,+-----!-... x
(I .t b -1 o
FIGURA 4.1 6 A corda A8 é o grá· HGUHi\ 4 .17 A função j(x) =
----~--------~----->x fico da função g(<). A função lz(x) = ~satisfaz a hipótese (e a con~
" b
j(x)-g(x) fornece a disoância na ver· dusão) do teorema do ''alor médio
FIGUHA 4.15 0 gráfico de f e a tical entre os gráficos def e gem x. em (-I, l j, emborn f não seja deri-
cordaAB no inlcrvalo (a, b). vávcl em -I c I.
280 Cálculo

A f igura 4.16 apresenta simultaneamente os gráficos d!e}: g e IJ.


A função /1 satisfaz a hipótese do teorema de Rollc em [a, b). Ela é conti·
nuaem [a, bj e derivávclem (n, b), poisf eg são. Além disso, h( a) = h(b) = O,
pois os gráficos de f e 8 passam por t\ e B. Portamo, , . = O em algum ponto c
e (a, b). Esse é o ponto que desejamos para a Equação (L).
Para verificar a Equação (I), derivamos os dois lados da Equação (3) em
relação a.< c fazemos que x = c:

O..:th-aJ~ Cln ambos ~h


!J'(x) = f'(x) _ f(b) - f(a)
I;~00,. d:\ Equ:~ç~' ( ')
b- "
Companion !J'(c) = /'(c) _ /(h) - f(a) .. com \ • r
b a
Websitc
Ulogmlia histórka = f'(c) _ f(b) - f(a) =o
0 b- a
h'fd

joseph·Louls Lagrange f (c) = /(b) - /(a )


(1736· 1813) b- a

que é o que queríamos provar.


A hipótese do teorema do valor médio não exige quef seja derivável em a
11{2. 4) ou b. A continuidade em a e b é suficiente (Figura 4.17).

EXEMPW 3
A função j(x) = :l- (figura 4.18) é continua para O s x s 2 c dcrivâvd
para O < x < 2. Como /(0) = O e /(2) : 4, o teorema do valor médio diz
qu~. em algum ponto c no intervalo, a derivada j'(x) = 2x deve ter o valor
(4 - 0)/(2 - O) = 2. Nesse caso {excepcional), podemos identificar c resol·
vendo a equação 2c = 2 para obter c = 1.

Uma interpretação física


Pense no número (l(b) - f(a))l(b - n) como a varia~ão média de f em
FIGURA 4.18 Como descobrimos
(a, bl e emf'{c) como uma variação instantânea. O teorema do valor médio
no Exemplo 3, é em c = I que a
di~ que, em algum ponto interior, a variação instantânea deve ser igual à va·
tangente é paralela à corda.
ri ação média ao longo de todo o intervalo.

' EXEMPW4
400
! 320 Se um carro, acelerando a partir do repouso, leva 8 segundos paro

.. percorrer 352 pés, sua velocidade média no intervalo de 8 sé 352/8 = 44


~
'G
c 240
pés/s. Segundo o teorema do valor médio, cm algum. momento durante
"
õ 100 a aceleração o velocímetro deve marcar exatamente 30 mi/h (44 pés/s)
80 (Figura 4.19).
o
Tempo($)
Conseqüências matemáticas
FIGURA4.19 Oistânciacontraotcmpo No início desta seção. perguntamos que tipo de funç.ão teria uma derivada
decorrido para o carro no Exemplo 4. nula ao longo de todo unl intervalo dado. O primeiro corolário do teorema do
valor médio nos dá a resposta.
snow
úpitulo4 Aplicaçõesdasderivadas 281

Corolário 1 Funções com dcriv:tdas nohts são corlstantcs


Se f'(x) = Oem todos os pontos de um intervalo aberto (a, b), então
j{x) =C para qualquer xc;_ (a, b), onde C~ uma constante.

PROVA Queremos demonstrar que f tem valor constante no intervalo (a, b).
Fazemos isso mostrando que. se x 1 ex: são dois pontos quaisquer em (a, b),
então j(x1) = j(x2) . Numerando x1 e ·"z da esquerda para a direita, teremosx1 <
x.1• Asshn f satisfaz a hipótese do teorema do valor médio no intervalo (x1, x1 ):
é derivável em qualquer ponto de (x1, x,J e, portanto, contínu• em qualquer
ponto também. De-ssa forma~

em algum ponto c entre x 1 ex,. Como f' = Oao longo de (a, b), essa equação
se traduz em:

No início desta se~o. também perguntamos sobre a relação entre duas


funções que tenham derivadas idênticas ao longo de um intervalo. O próximo
corolário nos di~ que seus valores no intervalo guardam uma difecença cons~
tantc entre si.

Corolário 2 Funções com a m~rna função dcriv'3da diferem


por uma constante
Sej'(x) = g'(x) em cada ponto x de um intervalo aberto (a, b), en-
tão existe uma constMte C tal que f{x) = g(x) + C para qualquer x
e (a, b). Ou seja, f- g é uma constante em (a, b).

J>i\OVA Em cada ponto xe (a, b), a derivada da função diferença Ir= f- g é


lr'(x) = j'(x) - g'(x) =O
Assim, h(x) =C em (a, b) de acordo com o Corolário l.lsto é,f{x) - g(x) =
C em (a, b), então f{x) = g(x} +C.
Os corolários I e 2 também se aplicam quando o inten'lllo aberto (a, b)
não é finito. Isto é, permanecern verdadeiros se o intervalo for (a, oo). (- oo, b)
OU (-oo, oo),

O Corolário 2ter:l papel importante n3 Seção 4.8, quMdo discutiremos an-


tiderivadas. Ele nos diz, por exemplo, que se a derh'3da dej(x) = x' em (-oo, oo)
é 2x, qualquer outra função com derivada 2x em(-~. oo) deve ser iguala x' +C
FI GU RA 4.20 Do ponto de vista ge- para algum valor de C (Figura 4.20).
ométrico, o Corolário 2 do teorema do
valor médio diz que os gráficos das fun·
çõcs com derivadas idênticas em um EXEMI' W S
inten'lllo podem diferir 3penas por um Determine a função j(x) cuja derivada é sen x e cujo gráfico passa pelo
deslocamento vertical. Os gráficos das ponto (0, 2).
funções com derivada 2x são as pará·
bolas y =.r+ C, apresentadas aqui para SOLUÇÃO Como j(x) possui a mesma derivada que g(x) = - cos x,
alguns V3lores escolhidos de C. sabemos que j(x) = --cos x + C para algum valor de C. O valor de C pode
282 Cálculo

ser determinado a partir da condiçãoj(O) = 2 (o gráfico passa por (0, 2)):


j(O) = -cos (O) + C= 2, então C = )
A função é j{x) = -cos x + 3.

Provas das regras dos logaritmos


As propriedades algébricas dos logaritmos foram apr<'scntadas na Se~o
1.6. Podemos provar cada uma delas aplicando o Corolário 2 do teorema do
valor médio. Os passos das provas são similare-s àqueles seguidos para resolver
problemas que envolviam logaritmos.
I'ROVE QUE In bx =In b +In x O argumento começa com a observa·
ção de que In bx e In x possuem a mesma derivada:

.!L
dx
In (bx) = .1!..
bx
=} = .!L
tlx
ln .r.

Então, de acordo com o Corolário 2 do teorema do valor médio, as funções


devem diferir por uma constante. o que significa que

lnbx = lnx + C
para algum C.
Como essa última equação é válida para qualquer valor positivo de x, en·
tão deve valer para x = 1. Assim,

In (b • I) In I + C
e

lnb • O + C
C = lnb

Por substitui~o. concluímos


In bx = In b +In x
PROVE QUE In.~ ::: r In x UtiHZ..'\mOs mais uma vez o argumento da mcs·
ma derivada. Para qualquer valor positivo de x,

.!L
tb: In .r' xr .!L
= ..!. dr (r. ')

l.qua~:lo CS), d:~ ScçJ.o ~ .7.

Uma vez que In x' e r In x possuem a mesma derivada~

In x' =rln x +C
para alguma constante C. Tornando x igual a 1. identificamos C como uro1
como queríamos demonstrar.
No Exercício 65, temos de provar a regra do quociente para logaritmos,

In(%) = lnb - lnx

A regra da reciproca, In (llx) =-In x, é um caso especial da regra do quo·


cicnlc, que obtemos tomando b = 1 e observando que In 1 =O.
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 283

Leis dos expoentes


As leis dos expoentes para a função exponenciaJ natural tf são conseqüên-
c;in tias propríell:;.de~ n leéh ri~~ de In x . Su:1 origem P.d á n:t relnçitn i n ver~'l
entre essas funções.

Leis dos expoentes para ct


Para todos os números x, x 1 e Xz, a função exponencial natural ~ obe-
dece às seguintes leis:
J. ~· · ex, .;;; e·'"•+·t:
2. e-~ • ~

3. -e'' = e·-r,-:c:
e·'t!
4. (e..-')r: = er•x1 = (e\".ty •

PROVA DA LI:, I Seja


e (4)

Então
C:~kuh: <.K l~:trnmo... de a.moo,
.\'"J ~ lny t e .t z = ln .Yl 1K l:.t.los d.h cqu:.çüc., t.t)
x, + x2 ~ lny, + ln n
~ lny 1y 2
e-'t+-": • e i"YU': fJI.I.~ ~ -C'"()(>nt:n..:i;t..,~_\ü
, . .. ., . Jt

A prO\" da Lei 4 é análoga. As leis 2 e 3 derivam d a Lei I (exercícios 67 e 68).

EXEMI'I.O 6 1\plíconJo as leis dos expoentes

(a) e"+ln2 = e·' . e ln2 = 2e" I~~~

(b) e -ln.x = _ I_ =! l.d :2


etll.l' x
e2' el'l'- 1
e=
(c) I çi 3

(d) (1'3)• = .. lx = (..')3 ld.J

Determinando a velocidade e a posição a partir da


aceleração
Eis como determinar a velocidade v(l) c a posição s(l) de um corpo em
queda livre a partir do repouso. sorrendo uma aceleração de 9.8 m/s2•
Sabemos que v(t) é uma função cuja derivada é 9,8. Sabemos tarnbém que
a derivada de g(t) = 9,81 é 9,8. De acordo com o Corolário 2,

v( I) = 9,81 + C

paro alguma constante C. Como o corpo cai partindo do repouso, v(O) = O.


Logo:
284 Cálculo

9,8(0) +C= o e C=O


A função velcx:idade será v(I) = 9,81. E quanto à função posiç.io s(l)?
Sabemos que s(t) é uma função cuja derivada é 9,81. Sabemos tam~m que
a derivada dej{l) = 4,9r' é 9,81 . De acordo com o Corolário 2,
s(l) = 4,91' + C

para alguma cOI\stante C. Se a altura inicial é s(O) = lt, positiva para baixo a
partir da posição de repouso, então

4,9(0)' + c=" e C=h


A função posição será s(t) = 4,9r' +h.
A possibilidade de encontrar funções a partir de suas taxa$ de variação é
uma das ferramentas de cálculo mais poderosas. Conforme veremos. da está
na base dos desdobramentos matemáticos do Capítulo 5.

Exercícios 4.2

Determinando c no teorema do valor é 1.ero quandox = Oex = I e derivável em (0, 1), mas sua
derivada em (0, I) nunca é zero. Explique por quê. O teo·
médio
rema de Rolle não diz que a derivada ·deveria ser zero em
Determine o valor ou os valores de c que satisfazem a algum lugar em (0, I)? Justifique sua resposta.
equação
IO. Para que valores de a, me b a função
/(b) - f(a) j'(c)
3, x=O
b- a f (x) • - x' + 3x + 11, O <.v <
que consta da conclusão do teorema do valor médio, para as {
IIIX + b. IS:xS2
funções e intervalos dos exercícios 1-4.
satisfaz a hipótese do teorema do valor médio no inter-
l. j{x) =x'.,.2x-l, [0,1) valo [O, 2)?
2 . j{x) = x'i'. [0. I I
Raízes (zeros)
3. j{x) = sen· •x, [-1, 1)
11 . (a) Trace as raízes de cada polinômio em uma reta, jun-
4. j{x)=ln (x-l), [2,4)
tamente com as raízes de sua primci_ra derivada.
i. y=x2 - 4
Verificando e usando hipóteses ii. y=.r2 +8.\·+ 15
Nos exercícios 5-8, quais das funçõe-s satisf.'lzem as hipóte- iii. y • .v3 - 3x2 + 4 • (.r+ l)(.v - 2)2
ses do teorema do valor médio no intervalo dado? Quais não h . y = .v' - 33.v2 + 216.v =-'(.v- 9)(.v- 24)
as S<ttisfazcm? Justifique sua resposta.
(b) Use o teorema de Ro!Je pa.ra provar que entre duas
; . /(.<) = .v21', (- I, 8) raízes quaisquer de >f + an.o~x"·1 + ... + a1x + a0 existe
6. f(x) = ,,.tJs. [O, 11 uma raiz de
7. /(x) = Vx( I - x), [O. I] ll.\',11-l + (u - l)ân ... t.\'11 -l + ... + a1

8. /(.v) = {••.~ .v• -r. ,; x < O


12. Suponha quef" seja contínua em [11, b) e que /tenha três
raizes no intervalo. Mostre que f" tem pelo menos uma
o. .v = o raiz em (CI, b). Generalize esse resultado.
9. A função 13. Demonstre que, se f"> Oao longo de todo um intervalo
o"' .V<
/(.v)= {~ x=l I (a, b), então f' tem no rnáximo uma raiz e1n la, b). E se,
em vez disso, f'< Oao longo de todo o intervalo [a, b)?
snow
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 285

14. Demonstre que um polinômio cúbico pode ter no máxi~ Determinando a posição a partir da
mo três raí_zes reais. velocidade
Mostre que as funções dos exercícios 15- 22 têm exatamen~
te uma raiz no intervalo dado. Os cxcrdc:ios 37 40 fornecem o velocidode v - ds/dt e o.
posição inicial de um corpo que se desloca ao longo de uma
15. f (x) • x' + 3x + I, [ - 2. - 1)
reta coordenada. Determine a posição do corpo no instante t.
16. f (x) = x' + 4, + 7, (-oo, O) 37. u = 9,81 + 5, s(O) = lO
.r ·
17. g (t) = Vi + v'i+/ - 4, (0, oo) 38. u = 321 - 2, s(O,S) =4
18. g(t) = ~ + v'i+l- 3,1. (- 1, 1) 39. v= sen nt, s(O) =O
I I
.ao. v = - - ,
19. r(O) =O+ sen' (*)- 8. ( -oo, oo) 1 +2
1 > -2. s(- 1) =-
2

20. r(O ) = 20 - cos' Q + VÍ. (- oo. oo) Determinando a posição a partir da


I
21. r (O) = secO - , + 5, (0, , / 2) aceleração
0
22. r(O) = tgO - cotgO - O, (0, 11j 2) Os exercícios 41-44 fornecem a aceleração a = d 2sld11 c a
velocidade c posição iniciais de um corpo que se desloca ao
Determinando funções a partir de longo de uma reta coordenada. Determine a posição do corpo
der ivadas no instante t.

23. Suponhaquej\- 1)= 3equef~x) =Op<ll'Oqualquer x. Obrign- •11. a = e', u(O) = 20, s(O) = 5
toriamente,Jtx) = 3 para qualquer x? Justifique sua resposta. 42. a = 9,8, v(O) = -3, s(O) =O
24. Suponha quefiO) = 5 e quej'(x) =2 para qualquer x. Obri- •l3. a = -4 sen 21 v(O) = 2. s(O) = -3
gatoriamente,j(x) = 2x + 5 para qualquer x? Justifique sua 9 3/
resposta. 44. tt = n-: cos;-, u(O) = 0, s(O) =- I
25. Suponha quej'(x) =2x para qualquer x. Determine ./(2) se
(a) J(O)= O (h) /(l )a O (<) /( - 2) = 3
Aplicações
26. O que podemos dizer sobre funções cujas derivadas são
constantes? Justifique sua resposta. 45. Variação de temperatura Passaram-se 14 s desde que
Nos exercícios 27-32, encontre todas as possíveis funções um tcrmômelrO de mercúrio foi retirado do congelador
com as derivadas dadas. (- 19 •c) e colocado em água fen•cnte (100 •c). Demons-
tre que em algum lugar no tr~jeto a coluna de mercúrio
27. (a) y' =x (b) .v' = x' (c) y' = .tj
estava subindo a uma taxa de 8,5 IIC/s.
28. (•) y' =l r (b) y' = l r - I (c) y' = J.r' + 2x - I
46. Um caminhoneiro percorreu 159 mi em 2 h, em uma es-
29. (a) y' = - } (h) y' = 1 - lX (c) y' = S +l trada cujo limite de velocidade é 65 mi/h, e foi multado
·'
JO. (•) y' =
2
,J;
.\'
(b) y' = _ 1_
Vi
(<) y ' =·4.<-\7;
I
X
por excesso de velocidade. Por quê?
47. Relatos antigos contam que um trirrcme (antigo navio
31. (a) y ' = sen 2t (b) y' a cos~ (c) y' ., sen 2/ + oos~ de guerra grego ou romano) com 170 remos certa vez
percorreu uma distância de 184 milhas náuticas em 24 h.
J2. (;~) y' • sc2 o (h) y' - Vo (c) >" • Vo - sc2 o Explique por que. em algum momento durante esse per·
curso, a velocidade do lrirreme excedeu 7,5 nós (milhas
Nos exercícios 33- 36, encontre a função com a derivada náuticas por hora).
dada cuja curva passa pelo ponto/'.
48. Um atleta percorreu as 26)2 m:ilhas da Maratona de Nova
JJ. /'(x) = l r - I, P(O. O)
York em 2,2 h. Demonstre que pelo menos em duas oca-
34. g '(x) =} + l r. /'(I. - I) siões o maratonista estava correndo a exatas li mi/h.
49. Mostre que, em algum momento durante uma viagem de
J5. J'(x) s e''. I'( t) O, automóvel de duas horas, o velocímetro marcava o valor
.16. r'(r) s se< 11g 1 - I, 1'(0. O) equivalente à velocidade média da viagem .
snow
286 Cálculo

50. Queda livre na Lua Na lua, aaceleraçãoda gravidade é de 58. Demonstre que para quaisquer números tt e b a desigual·
1,6 m/s!. Se uma rocha caiem uma fenda, qual é a sua velo· dadc (sen b - scn a( s Ih- ai é verdadeira
cidade, imediatamente antes de atingir o solo. 30 s depois?
59. Suponha quefseja derívável em a S x S b c qucj(b) <j(a).
Demonstre quef' é negativa ern aJgum ponto entre a e b.
Teoria e exem pios 60. Seja fuma função definida no intervalo (a, bj. Que condi·
çõcs você acrescentaria af para garantir que
51 . A média geométrica de a e b A média geométric11 de
dois números positivos a e b é o número .J;b, Demons· min f' S /(b)- f(a) s max f'
tre que o valor de c na conclusão do teorema do valor b- a
médio paraj(x) = 1/x em um intervalo de números po·
sítivos (a, bl é c= .Jab.
r
onde mineFmax se referem (CSpecti"atnente aos valores
mínimo e máximo de f' em (n, bl? Justifique sua resposta.
52. A média aritmética de a e b A média aritmética de dois 6 1. Use as desigualdades do Excrdcío 60 para estimar j(O, I)
números a e b é o número (a + b)/2. Demonstre que o D seJ'(x) = 11(1 + x• cos x) para OS x S 0,1 e j(O) = I.
valor de c na conclusão do teorema do valor médio para
j(x) = x> em qualquer intervalo (a, bl é c= (a+ b)/2. 62. Use as desigualdades do Exercício 60 para estimar j(O, I)
11 sef'(x) = 11(1 - x•) para OS x,; 0,1 e.J\0) = 2.
53. Esboce o gráfico da função
11 /(x)=senxscn(x+2)-sen2 (x+ I) 63. Sejaf derivâvel em qualquer valor de x c suponha quej( I) =
Dc,screva o traçado do gráfico. Por que a função se com· I, que f"< Oem (-oo, I) c que f'> Oem (1, oo).
porta assim? Justifique sua re.sposta. (a) Mostre que j(x) ;;, I para qualquer x.
54. Teorema de Rolle (b) Necessariamente, f"( I) = 01 Explique.
(a) Construa um polinômioftx) que tenha raízes quando 64. Seja j(x) = pxl + qx + r uma funç.'\o quadrática definida
x=-2,-1,0,1 e2. em um intervalo fechado fa, bl. Mostre que existe exata·
(b) Esboce o gráfico de f e o de sua derivada f' juntos. mente urn ponto c em (a, b) no qual f :satisfaz. a conclusão
Como isso que você vê está relacionado com o teorc· do teorema do valor médio.
ma de Rollc? 65. Assim como lizcmos para provar as regras do produto c da
(c) A função g(x) = sen x c sua derivada g' ilustram o potenciaç.io para logaritmos, use o argumento da mesma
mesmo fenômeno? derivada para provar a propriedade da regra do quociente.
55. Solu~ únicas Suponha que f seja contínua em (a, b! e 66. Use o argumento da mesma derivada para provar as idcn·
dcrívâvcl em (a. b), quej(a) ej(b) possuam sinais contrá- tídades
rios e que f'"' Oentre a e b. Demonstre quej(x) =O apenas (a) tg-1 x + cotg- 1 x = .!!.
uma vez entre a e b. 2
(b)
56. Tangentes paralelas Suponha quef cg sejam deriváveis em
(a, bl c que fia) =g(a) c j(b) =g(b). Demonstre que há pelo 67. Começando com a equação e••e~~ = e.ltj ·~~. deduzida no
menos um ponto entre a e bonde as tangentes às cuf\'<lS de f text~ mostre que e-K = 1/e' para qoaJqucr número real :t:.
e g são parnltolas ou são a mesma reta Es:boce- um gráfico. Depois mostre que c$' /ex~ - elt• __,., para quaisquer númc·
ros x1 c x2•
57. Se os gráficos de duas funções deriváveisj(.<) cg(x) começam
no mesmo ponto do plano cartesiano e as funções apresen· 68. Mostre que (e.,' y: = ex-*., =(ex, >-"' pa.ra quaisquer númc·
tam a mesma taxa de variação em todos os pontos. os gráft·
cos são necessariamente idênticos? Justifique sua rcspos111.

Funções monotônicas e o teste da primeira derivada


Ao esboçar o gráfico de uma função dcrívável, convém :saber onde ela crcs·
cc (sobe da esquerda para a direita) ou decresce (cai da esquerda para a direi·
ta) ao longo de um intervalo. Esta seção define precisamente o que significa
snow
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 287

uma função ser crescente ou decrescente ao longo de um intervalo, além de


oferecer um teste para determinar onde ela cre.sce ou decresce. Mostraremos
também como testar os pontos críticos de uma função a fim de detectar valo-
res extremos locais.

Funções crescentes e decrescentes


Que tipos de função possuem derivadas positivas ou negativas? A respos~
ta. segundo o terceiro corolário do teorema do vaJor médio, é a scgui_ntc: as
únicas funções com derivadas positivas são as crcsccutes. tas únicas funções
com derivadas negativas são as decrescentes.

Definições Função crc)Ccntc. função decrescente


Seja/uma função definida em um interva1o I e sejam x1 ex1 dois pontos
quaisquer em I .
I. Sej{x1) <j(xJ sempre que x 1 < x,. dizemos quef é crescente em/.
2. Se j(x2) <j{x1} sempre que x, < x,, dizemos quef é decrescente em I.
.''
Uma função que é crescente ou decrescente ern I é chamada monotô-
nica em 1.

ê. importante notar que as definições de funções crescentes e decrescen-
tes precisam ser satisfeitas para qualquer par de pontos x 1 ex:: em 1 no quaJ
x1 < x2 • Como a desigualdade que está comparando os valores da função é <
c não $, alguns autores afirmam que f é estritnmenle crescente ou decres.ccnte
em I. O intervalo I pode ser finito ou infinito.
A função j(x) =>?-decresce no intervalo(- ..,()) e cresce em (0, ..J, como
pode ser visto no seu gráfico (Figura 4.21). A função f é monotõnica em
(-... O) e [O... ). mas não em(-.....). Observe que no intervalo(-... O) as
FIGURA 4.21 A função j{x) = ,?o é tangentes apresentam coeficientes angulares negnti\•Os, de modo que a pri-
meira derivada é sempre negativa aí; já em (0, oo-) as tangentes apresentam
monotônica nos intcrva1os (- oo, O) e 10. oo).
coeficientes angulares positivos e a primeira deriv.ada ~positiva. O resultado
mas não em (--oct, oo),
a seguir confirma essas observações.

Corolário 3 ·leste da primeira derivada para funçúes mono tônicas


Suponha que/ seja contínua em (a, b] e dcrivávcl em (a, b).
Se j'(x) >O em qualquer ponto x e (a, b), entãof é crescente em [a. b).
Sef(x) <O em qualquer ponto x e (a, b). entãof é decrescente em (a, b).

PROVA Scjamx1 c x, dois pontos em [a, b), $Cndox1 < x,. O teorema do
valor médio aplicado af em [.'<' 1,x2) diz que
j{x,) - j{x1) =j'(c)(x, - x,)
para algum c entre x 1 ex1. O sinal do lado direito d~ssa equaç.ão é o me-smo de
f'(c). pois x,- x 1 é positivo. Portanto, se f for positiva em (a, b), entãoj(x1 ) >
j(x,). e, se f' for negativn em (a. b), então j{x,) <j{:c1).
Eis como se aplica o teste da primeira derivada para determinar onde uma
funç..\o é cr~scente ou decrescente. Se tt < b são dois pontos críticos de uma
funçãof, e se f existe, mas não é nula no intervalo (a, b), então f precisa ser
positiva ou negativa em (a. b) (Teorema 2 da Seç.'lo 3.1 ). Uma maneinl de
288 Cálculo

determinar o sinal de f' no intervalo é simplesmente calcular para um valor r


qualquer de x em (a, b). Depois se aplica o Corolá.rio 3.
2Q

( ~. li)
EXEMPLO J Usando o teste da primeira derivada para funções mo·
notônic3s
Determine os pontos críticos de j(x) =x' - 12x - 5 e identifique os
intervalos onde f é crescente e decrescente.
SOI.UÇÃO A funçãof é contínua e derivável cn1 qualquer ponto. A
primeira derivada
j"(x) = 3x' - 12 a 3(x' - 4)
=3(x + 2)(x- 2)
FIGURA 4.22 A função j(x) : x'
é zero em x = -2 ex= 2. Esses pontos críticos subdhrjdem o domínio de
- 12x - 5 é monotônica em três in·
/nos intervalos (-oo, - 2), (- 2, 2) e (2, oo) nos quais/" é ou positiva ou ne-
tervalos diferentes (Exemplo I).
gativa. Determinamos o sinal de f" calculando f em um ponto conveniente
em cada subintervalo. O comportamento de f é determinado, então, apli·
c.ando-se o Corolário 3 a cada subintervalo. Os resultados são resumidos
na tabela a seguir, e o gráfico de f é dado na Figura 4.22.

Intervalos -oo <x < - 2 - 2<X< 2 2<x<oo


Valor calculado de/' f(- 3) = 15 /'(0): - 12 /'(3): 15
Sinal de/' + +
Comportamento de f crescente decrescente crescente

O Corolário 3 vale para intervalos finitos ou infinitos c, no Exemplo 1,


usamos esse fato em nossa análise.
Saber onde uma função é crescente ou decrescente também nos diz como
Companion
testar a naturC?..a dos valores cx1rcmos locais.
Wcbsitc
fli•Jt;rafw hi.slórk;~
O teste da primeira derivada para extremos locais
F.dmul)d Hallcy Na Figura 4.23. nos pontos onde f possui valor mínilllO, f< O imediata·
(1656-1742)
mente à esquerda c f'> Oimediatamente à direita. (Se o ponto é extremo, só
há um lado a considerar.) Assim, a curva está descendo !I esquerda do \'ulor
mínimo e subindo à sua direita. De maneira similar, nos pontos onde/possui
valor máximo, f'> Oimediatamente à esquerda e f'< Oimediatamente à direi·
ta. Portanto. a curva está s-ubindo à esquerda do valor máximo e descendo à
sua direita. Em suma, em um ponto extremo local, o sinal def(x:) muda.
Máximo nbsohno
j' irMJcfinid.1
M.~xlmo local
f' • o Aus~cb de e:x.~remo
/'•0

I :O.tinirno IOC;II 1 Mínimo loc:.:~l


f">O
'' : I' =O '
Mínimo absoluto '
- - - - - - ' - - - - -'----,.----:----'---:----+'' - - - - - > .<
'
tJ c, ('1 c, <'.t "' h

FIGURA 4.23 A primeira derivada de uma função nos diz como a curva sohe ou desce.
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 289

Essas observações nos levam a um teste que detecta a presença e a nature7...\


de valores extremos loca.is em funções deriváveis.

O l«:sh: da prime ir~ dc:ri.vada p::t.n ~xtcc:m.OS loc:ais

Suponha que cseja um ponto critico de uma função contínua[. e que


f seja derivável em qualquer ponto de certo in(ervalo que contenha c,
exceto possivelmente no próprio ponto c. Movendo-se ao longo de c,
da esquerda para a direjta,
I. sef muda de negativa para positiva em c, então f possui um míni-
mo local em c;
2. sef' muda de positiva para negativa em c, entãof possui um máxi-
mo local em c;
r
3. se não muda de sinal em c (ou seja, f é positiva ou negativa em
ambos os lados de c), então c não é um extremo local de f

O teste para extremos locais nas extremidades do intcnrn1o é semelhante,


mas só há um lado a considerar.
PROVA Parte (I). Como o sinal def muda de negativo para positivo em c,
existem dois números a c btaisqucf <Oem (a, c) c f> Oem (c, b). Scx e (a, c),
cntãoj{c) <j{x), pois f'< Oimplica quefestácaindocm (a, c]. Scx e (c, b), então
fie) <j(x), poisf > Oimplicaquefestásubindoem [c, b]. Portanto,j{x) ?!f(c) para
qualquer x e (a, b). Por definição, f possui um minir:no local em c.
As partes (2) e (3) são provadas de modo análogo.

F.XF.MPI.O 2 Ulilizando o teste ti~ ptimcir~' tlcrivatla pJra cxlr<.'mos.


locais
Determine os pontos críticos de
J(x) = (x' - 3) e"
ldentHique os intervalos ondef é crescente e: decrescente. Determine os
extremos locais e absolutos da função.
SOLUÇÃO A funçãof é contíoua e dcri\'0\vel para qualquer número
real, então os pontos críticos ocorrem só nas mízcs def'.
Usando a regra do produto, temos

J'(x) = (x 2 - 3) ·~e-' + : , (x 2 - 3) ·e'

= (x' - 3}· c' + (2.r } · e'


= (x2 + 2.r - 3)e·'

Como é nunca é zero, a primeira derivada $ Cf<Í zero se e somente se


x1 + 2.r - 3 • O
(x + 3)~< - I) e O

As raízes x = -3 c x = I dividem o eixo x em intervalos, a saber:

Intervalos X< -3 -3 <x< I l<x


Sinal de f' + +

Comportamento def crescente decrescente crescentt


290 Cálculo

y
y=v'-3l<"' A partir da tabela podemos ver que há um rná..xim() local (aproximada·
4 mente 0,299) para x = - 3 e um mínimo local (aproximadamente - 5,437)
3 par.> .v = I. O '"'lor mínimo locm também é o mínimo absoluto, poisj(x) >O
2 para I x I> .fj_ N:lo há máximo absoluto. A funç:lo é cr~S<:ente em (-oo, -3)
e (I, oo) e decrescente em (- 3, 1). A Figura 4.24 mo.~tra seu gráfico.
-s - 4 - 3 -2 2 3 ·'

EXEMPLO 3 Usando o tcs.tc da primeira derivada para extremos locais


Determine os pontos críticos de
-6 j(x) = x"' (x- 4) = .<'" - 4x"'
Identifique os intervalos nos quais f é crescente e decre-scente. Detenni·
FIGURA 4.24 Gráfico de j(x) =
ne os valores extrernos absolutos c locaís d~\ função.
(x' - 3)e' (Exemplo 2).
SOI.UÇÀO A função f é contínua em qualquer x, já que é o produto
de duas funções continuas, x•n e (x - 4). A primeira derhoada

f'(x) = <~< (,-'IJ _4xt fl) = fxt/3 -jx-2f.l


4 ( ) 4(< - I)
= 3-"-2{.1 x- I = ~_.2/3
é nula em x = 1 e indefinida em x = O. Não há extremHdades no domínio,
portanto os pontos críticos x =O ex= I são os únicos lugares onde f pode
apre.sentar UIU valor extremo.
Os pontos críticos dividem o eixo.-.: em intervalos onde f' é ou positiva
y ou n<-gativa. O padrão de sinal de f' revela o comportamento def nos pon-
4 tos crilicos e entre eles. Podemos exibir essas informações em uma tabela
y • x 11·' (x- 4) corno a seguinte:
2
Intervalos .<<O O<x<t X>!
Sinal de f' +
-t o
-t Comportamento def decrescente decrescente crescente
-2
O Coroh\rio 3 do teorema do valor médio nos diz que f decresce em
-3 ( 1. -3) (-oo, O). decresce ern (O, I} e cresce em (1, oo). O teste d:a primeira deri\'llda
para extremos locais nos diz quef não apresenta um valor extremo em x =O
FIGURA 4.25 A fun-
(f' não muda de sinal) e quef apresenta um mínimo local em x =I ({'muda
ção j(x) = x 11' (x - 4) de- de negativo par.> o positivo).
cresce quando x < I e Cl'esce Ov~lordo,ntn.irno l<><:âl ~Jtl) - ! 1/J(I -4) • -3. Trunb-órn é o valor do mí-
quando x > I (Exemplo 3). nimo absoluto, pois os valores da função caem vindo da esquerda e sobem indo
para a direita. A Figura 4.25 mostra esse valor em relação ao gráfico da função.
Observe que lim.....,j'(x) c - oo, portanto o gráfico de f apresenta urna
tangente vertical na origem.

Exercícios 4.3
Analisandof desde quef seja dada (a) Quais são os pontos crítícos de fi
(b) Em quais intervalos f é crescente ou decrescente?
Responda às seguintes pergtmtas sobre as funções cujas de-
rivadas são dadas nos exercicios I -8. (c) Em quais pontos, se houver. f assume valores má.xi·
mos e mínimos locais?
snow
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 291

l. j'(x) = x(x - I) 34. / (.r) = (.r+ I)'. - oo <.r:;; (])


2. j'(x) = (x - I )(x + 2) 35. g(x) e .t 2 - 4.t + 4 , I :S: x < 00
36. g(.r) = -.r 2 - 6.r - 9, - 4 :;; x < oo
3. J'(x) = (.r- 1)2(.r + 2)
37. / (1) = 121- t 3, -3 S I < 00
4. j'(x) = (x- I )1(x + 2)' 38. /(t) a 13 - 3t 2• - oo < t :S 3
5. j'(x) = (x - l)e"·' 39. h(.r) •
,,
J - 2r· + 4x,
,
O S .r < oo
6. J'(x) = (x - 7)(x + l)(x + 5) 40. k (.\') • .t.l + 3.t1 + .l\' + I, - oo < x :S: O
7. j'(x) = x·'" (x + 2)
8. j'(x) = x" 112(x- 3)
Calculadora ou sothvare gráfico
Nos exercícios 41-44:
Extremos de funções dadas (a) Identifique os extremos IO<ais d e cada função nos in-
Nos exercidos 9- 32: tervalos dados e informe onde ela os assume.
(a) Encontre os intervalos onde a função é crescente e de· (b} Faç.a na mesma tela o gráfico da funç..i.o e sua deriva-
crescente. li da. Comente o comportamento de f em relação aos
(b) Em seguida, idenlifique os valores exlremoslocais da sinais e valores de f'.
\'
função, se houver, informando onde ela os assume. \'
4 1. f (.r) = ~- 2 sen ~ . O :;; .r:;; 211
(c) Alguns desses valores extremos são absolutos? Quais?
42. / (x) = -2 cosx - cos1 x, - ., s .v s 1r
(d) fundamente suas conclusões com uma calculadora 2
43. /(.r) = COSCC X - 2 COI!)X. 0 < X < 71
11 ou software grãlico.
9. g(t) = -t' - 3t + 3 lO. g(l) = - 311 + 9t + s 4~. f (.r) = scc2.r - 21g.r. -
71
2
< x < T
11. h(x) = - x' + 2r 2 12. h(x ) = 2r 1 - 18.r
13. / (0) = 3o' - 48' 14. J<O>= 66 - o' Teoria e exemplos
1:>. j (r ) = 3r ·'+ 16r 1~. h(r ) = (r + 7)3
17. j(x) • .r' - Sx' + 16 18. g(.r) • .r' - 4x' + 4.r 2 Demonstre que as funções dos ~xcrcídos 45 e 46 aprcscn·
19. N(t) • %14- t• 20. K(t) a 15/l - / ! tam valores extremos locais nos valores dados de O; dcpoisl in·
forme qual tipo de extremo local a função apresenta.
21 . g(.r) • .r YS- .r2 22. g(.r) • .r 2 ~
.Y2 - 3
7=2• .r ~ 2
,, 4ó. h(O) = Jcos~ . O s O s 2•. e.n O = OeO = 2n
2.1. j (.r) • 24. / (.r) • 3xÍ +I
lS. j (x) = .r'" (x + 8) 26. g(x) = .r'''<x + 5) 46. h(O) = Sscn% . O :;; 8 s • . em O = Oe 8 = :r
27. h(.r ) = x 1i 3(.r 1 - 4) 2R. k (x) = .r '' '(.r ' - 4)
47. Esboce o grãfico de uma função derivável y =Jlx) que pas-
29. JÇr) = é' + e~ JO. f (x) = e v;
sa pelo ponto (1, I) sej'(l) = O c
Jl . j~r) • .r lnx 32. j (.r) • x' In .r (a) j'(x) > Opara x < I cJ'(x) <O para x > I
(b) j'(x) <O parax <I cf'(x) > O para x > I
Valores extremos em intervalos semi- (c) j'(x) >O para x ;t 1
abertos (d) j'(x) < O para .n• I
Nos exercícios 33- 40: 48. Esboce o gráfico de uma função derivável y = ft..<) que
(a) Identifique os valores extremos locais da função nos tenha
domínios dados e informe onde ela os assume. (•) um minimolocalcm (I, I) e um máximo local em (3,3);
(b) Alguns desses valores extremos são absolutos? Quais? (b) um máximo local em ( I, l)e um mínimo local em (3, 3);
(c) Fundamente suas conclusõe-s com uma calculadora (c) má.UII\os locais em (I. I) c (3,3);
11 ou software grãfico. (d) minimoslocaiscm(l,l)c (3,3).
JJ. j ( r ) • 2.r- .r', - oo < .r s 2
49. Esboce o gnlfico de uma função contínua y = g(x) tal que
snow
292 Cálculo

(a) g(2) = 2, O < g' < I para x < 2, g'(x) -> 1- quando 55. Determine o valor máximo absoluto defix) = x' In (1/x) c
x-> 2', - 1<g' <Oparax > lcg'(x) - > - I' quandox-+ 2'; indique onde a função assume tal valor.
(b) g(2)=2, g'<Oparax<2, g'(x)->-~quandox->2-. 56. Determine os intervalos nos quais a função j{x);::: ax2 + bx +
g'> oparax> 2cg'(x)-> ~quandox-> 2-. c, rt ;c O, é c.rcsccntc c decrescente. Descreva o raciocínio que
50. Esboce o gráfico de uma fionção continua y = ll(x) tal que sustenra sua resposta.
(a) 11(0) =O, -2 s h(x) s 2 para todos os x, ll'(x) -> ~ 57. Quando.< se move da esquerda para a direita pelo ponto c =
quando X-> o-, e/r'(x)-> ~quandO X-> 0'; 2, a curva de fix) = x'- 3x + 2 está subindo ou descendo?
(b) 11(0) =O, -2 S ll(x) S O para todos os x, ll'(x) -> .. 58. (a) l'rove que e'~ I +X Se X~ 0.
quando X ~ 0~, e l1'(x) ,_. - oo quando X-+ 0"".
(b) Use o resultado do item (a) para pro,.. r que
Sl . Localize e identifique os valores extremos absolutos de
ex;t: I +x+t.t·z
{a) In (cos x) em 1-n/4, n/3]
(b) cos (In x) em (112, 21 59. Demonstre que funções crescentes c decrescentes são in-
jetoras. Ou seja, demonstre que. para quaisquer x 1 c x 2 em
52. (a) Proveque.Jtx) = x - lnxécrescenteparnx> I.
I, x, "x, implica fix2 ) "fix, ).
(b) Usando o item (a), demonstre que In x < x se x > I.
Use os resuhados do Exercício 59 para mostrar que as fun·
53. Determine os ,raJores máximo e mínimo absolutos dt j(x) = çõc,s dos excrdcios 60-64 apresentam irwe tsas crn seus domí-
e'- 2xem jO,Ij. llios. Determine uma fórmula para dF'Idx usando o Teorema
54. Onde a função Jl<'riódicafix) = 2e"•c..n> assume seus valo- 5 da Seção 3.7.
res extremos c que valores são esses? 60. /(.<) - (1/ JL< + (5/ 6) 61. /(.r) • 27.r'
y 62. /(.v) = I - 8.v 3 6~. /(.v)= ( I - .v) 3

~
6~. /(.r) = ·'"'

o ·'

Concavidade e esboço de curvas


Na Seção 4.3, vimos como a primeira derivada nos diz onde uma função é
crescente e onde é decrescente. Em um ponto crhico de urna função dcrivável1
o teste da primeira dcrivctda nos diz se cx_istc 1tí um m'nimoou máximo loc.al,
ou se o gráfico simplcsmente continua a subir ou a cair.
Nesta seção, veremos como a segunda derivada nos fornece informa-
ções sohre o nlotto romo ~ curv~ ôr um:. (unç~o cirriv:lvel ~P indin::1 nn
rnuda de direç·ào. Essa informação adicional nos permite captar importan·
tes aspectos do comportamento de uma função e seu grá.fíco; assim pode-
mos, depois, apresentar essas características em um esboço do gráfico.

Concavidade
Como você pode ver na Figura 4.26, a curva y =x' é crescente conforme x
aumenta, mas as porções definjdas nos intervalos (- oo, O) e (O, oo) se curvam
de maneiros distinttlS. Conforme percorremos a curva na direção da origem.
FIGURA 4.26 O gráfico de fix) = x' a partir da esquerda, vemos que ela se volta para a nossa direita c fica abaixo
é côncavo para baixo em (-oo. O) e côn~ de suas tangentes. Os coeficientes angulares das tangentes são decrescentes no
cavo para cima em (0, ~)(Exemplo la). intervalo {-oo, O). Se continuamos percorrendo a curva para a direita, vemos
que ela se volta para a esquerda c fica acima de suas tangentes. Os coeficientes
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 293

angulares das tangentes s..i.o crescentes no intervalo (O. oo}. Esse comporta~
mcnto de inclinação e mudança de direção define a co11cavidade da curva.

Definição C(n)CftYO pan'l cimü., .:ôt\CRYO para hai~o


O gráfico de uma função derivável y = j(x) é
(a) côncavo para cima em um intervalo aberto I . se f' é crescente em I;
(b) cônca\'0 para baíxo em um intervalo aberto /,sef' é decrescente em 1.

Se uma função y = j(x) possui uma segunda derivada, então podemos apli·
caro Corolário 3 do teorema do valor médio para concluir que f' é crescente
se f"> Oem I, e decrescente se f" <O.

O teste da segunda derivada para conc~widadc


Seja y = j(x) uma função duplamente derivável em um intervalo/.
I. Se f"> Oem I, o gráfico de f ao longo de I é côncavo para cima.
2. Se f"< Oem I, o gráfico de f ao longo de I é côncavo para baixo.

Se y = j(x) é duplamente derivávcl, usamos as notações f" e y" de maneira


)'
intercambiável. sempre denotando a segunda derivada.

F.XEMI'LO I Aplicando o teste da cMca,id"de


(a) A""'" y = x' (Figura 4.26) é côncava para baixo em (--, 0), onde
y" = 6x <O, e côncava para cima em (0,-) onde y" = 6x >O.
(b) A curva y = A1 (Figura 4.27) é côncava para cima em(-«>,«>), pois
sua segunda derivada y" = 2 é sempre positiva.

EXE~ I PLO 2 Determinando a conca\·idade

Determine a conc.~'·idade de y = 3 + sen x t'm (O, 2nl.


HGU RA 4.27 O gráfico de j(x) SOLUÇÃO O gráfico de y = 3 + scn .<é côncavo para baixo em (O.n).
= .r é cõnc.avo para cima em qual· onde y"::: -sen x é negati\'O• c é côncavo para cima em (n, 2n), onde y .. ::
quer intervalo (Exemplo lb). - scn x é positivo (Figura 4.28).

)'
y • 3 + stn.f

Pontos de inflexão
A curva y = 3 + scn x do Exemplo 2 muda de concavidade no ponto (n. 3).
OenomiJl<lmos (;r, 3) um ponto de inflexão da CUI'\"3.

,\'" = - sc.n x Definição Ponto c.le inflexão


-2
Um ponto onde o gráfico de uma função possui urna reta tangente e onde
há mudança de concavidade é um ponto de inflexão.
FIGURA 4.28 Usando o gráfico
de y" para determinar a conca\idade Um ponto em uma curva no qual y" é positiva de um lado c negativa do
de y (Exemplo 2). outro é um ponto de inOcxão. Nesse ponto, y" é zero (pois as derivadas pos·
suem a propriedade do valor intermediário) ou é indefinida. Se yé uma fun..
ção duplamente derivável, y" ~ O em um ponto de inflexão e y" possui um
máximo ou urn mínimo local.
snow
294 Cálculo

EXEMPLO 3 Pode não existir ponto de inflexão ontle y" = O


A curva y = x4 não possui ponto de inflexão quande>x = O(Figura 4.29).
Embora y" = I:zx2 seja zero nesse ponto, não ocorre mudança de sinal.

EXEMPLO 4 Pode <xistlr ponto de inflexão onde y" nõo existe


A curva y = x.lJJ possui ponto de inOexão quando x = O(Figura 4.30),
FIGURA 4.29 O grá- n1as y" não existe nesse ponto.
fico de y = x' não apre-
senta ponto de inflexão
dx·
(I ·"') 29 _,,
y• a - d' , ( X "' ) = -
d -X
dx3
• - - X
na origem, embora nesse
ponto y" = O(Exemplo 3).
Podemos ver pelo Exemplo 3 que uma segunda derivada nula nem sempre
gera um ponto de inflexão. No Exemplo 4, vimos que un1 ponto de inflexão
também pode <>correr quando udo hd segunda derivada.
Para estudarmos o movimento de um corpo que se desloca ao longo de uma
reta em funç~l.o do tempo. geralmente queremos saber quando a aceleração do cor..
po, dada pela segunda derivada, é positiva <>u negativa. Os pontos de inJlcxão no
gráfico da funç.'\o posição d<> corpo nos revelam onde o sinal da aceleração muda.

F.XEMPLO 5 Estudando o de<loc~mcnto ao lonj;O de uma reta


Um partícula se desloca ao longo de uma reta horizontal de acordo
FIGURA 4.30 Um ponto
onde não há y'' pode ser um com a função posição
ponto de inflexão (Exemplo 4). s(l) = 21'- 141' + 221 - 5, I;, O
Determine a velocidade e a aceleração e de-screva o movimento da
partícula.
SOLUÇÃO A velocidade é
v( I) = s'(l) = 61'- 281 + 22 = 2(1 - I )(31 - li)

c a aceleração é
a(t) = v'(t) c s"(l) = 121 - 28 = 4(31 - 7)
Quando a funç.'\o s(l) é crescente, a partícula está se deslocnndo para a di-
reita; quando s(l) é decrescente, a partícula está se deslocando para a esquerda.
Veja que a primeira derivada (v= s') é zero quando I = I c 1 = 11/3.

Intervalos 0<1 < 1 I < I< 11/3 11/3 < I


Sinal de v = s' + +
Comportamento de s crescente decrescente crescente
Movimento da para a
partícula parn a direita para a direita
esquerda
A partícula se desloca para a direita no intervalo de tempo (O. I) c
( 11/3,-) c para a esquerda em (I, 11/3). Além disso. fica m<>mentanea-
mente parada (em repouso) em I:::: 1 e t::: 11/3.
A aceleração a(t) = s"(l) = 4(31 - 7) é zero quando I= 7/3.

lnterval<>s 0 <I< 7/3 7/3 < I


Sinal de a =s " +
côncavo para baixo côncavo pa_ra cim3
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 295

A força de aceleração é direcionada para a esquerda durante o interva~


lo de tempo (0, 7/3), é momentancamentezero<juando t =7/3 e a partir de
então é dirigida para a esquerda.

O teste da segunda derivada para extremos locais


Em ve-t de procurarmos a mudança de sinal nos pontos críticos de f', às vezes
podemos usar o teste a seguir -para determinar a presença de extremos locais.

TeoremaS O teste da segunda tlc..•rh·àda pt~ra ex-tremos IOC'.tis


Suponha que f "seja contínua em um intervalo abe-rto que contenha x =c.
I. Se f'( c) = Oe f"( c) < O, entãof possuí um máxõmo local quando x = c.
2. Se f'( c) = Oef"(c) > O, entãof possuí um mínimo local quando x = c.

f\ V
f' •O. f" < O
-=> miximo local
/ '•0./'" > 0
to minimo 1~1
3. Se f'( c) = Oe f"(c} = O, então o teste falha. A função f pode ter um
máximo JocaJ, um minimo local, ou nenhum dos dois.

PROVA Parte (1). Se f"( c)< O, entãof"(x) <Oem algum intervalo aberto
I que contenha o ponto c, uma vez que f" é contínua. Portanto,f é decre-s cente
em /. Como f'( c) = O, o sínal de f' muda de posit'ivo para negativo em c, de
modo que f apresenta um máximo local em c, de acordo com o teste da pri-
meira derivada.
A prova da Parte (2) é análoga.
Para a Parte (3)~ COilSidere as três funções y :: x"'. y =- x 4 e y = x'. Para cada
função. a primeira e a segunda derivadas são nul:as em x = O. Apesar disso,
nesse ponto, a função y = x-l apresenta um mínimo local. y = - x• apresenta um
máximo local e y :; ~é crescente em qualquer intervalo aberto que contenha
:~ ;; O (não apresentando nern um máxi1no nem um mh'limo nesse ponto). Ern
outras palavras, o teste falha.
Esse teste exige que conheçamos/" npena,s em c, e não em um intervalo em
torno de c. Isso o torna fácil de aplicar. Essa é a boa notícia. A má notícia é que
o teste é incondusivo quando r= r oou não existe para ·' = c. Quando isso
ocorre, deve-se voltar ao teste da primeira derivada para extremos locais.
r
Juntas) e f" nos dizem o formato do gráfico da funçãoJ isto é, onde os
pontos críticos se localizam c o que acontece em. um ponto critico, onde a
função é crescente c onde é decrescente, c como a curva muda de direção ou
se inclina, conforme definido por sua concavidade. Usamos essas informações
para e.sboçar urn gráfico da funçâo que capre todos esses seus aspectos·chave.

EXEMI'I.O ~ Utili7.andof' ef" para csbo~"' <> gr.\fico de f


Esboce o gráfico da função
fi,x) = x' - 4x' + 10
seguindo os passos:
(a) Identifique onde os extremos de f ocorrem.
(b) Determine os intervalos onde f é crcsce:ntc e os intervalos onde f é
decrescente.
(c) Determine onde o gráfico def é côncavo para cima e onde é cônca·
vo para baixo.
(d) Esboce a forma geral do gráfico de f
snow
296 Cálculo

(e) Trace alguns pontos espedficos.J tais como o máximo e o mínimo


locais. os pontos de inflexão c as coordenadas das interseções com
os eixos x e y. Em seguida. esboce a. curva.
SOT.UÇÃO f é contínua, poisJ'(x) ; 4x' - 12x' existe. O domínio de
fé(-~,~), portanto odominío de f também é(-~,~>. Assun, os pontos
críticos de f ocorrem só nas raízes de f. Uma vez qu4.!
j'(x) ; 4r - 12x' ; 4x'(x- 3)
a primeiro derivada é zero quando x = Oex= 3.

Intervalos x<O O<x<3 3<x


Sinal de f' +
Gráfico def decrescente decrescente crescente
(a) Usando o teste da primeim derivada para extremos locais e a tabela
dada, podemos ver que não há t:xtremo quando x = Oe qut há um
mh1imo local quando x = 3.
(b) Usando a tabela anterior, podemos ver quef é decrescente em<-~. OI
e [O, 31 e crescente em [3, ~).
(c) f"(x) = 12x' - 24x = l2x(x - 2) é zero quando x =O ex= 2

Intervalos x<O O<x<2 2<X


Sinal def' + +
côncavo para côncavo paro côncavo para
Gráfico de f cima baixo cima

Podemos ver que f é côncava para cima nos intervalos (- oo, O) e (2, co)
e côncava para baixo em (0, 2).
(d) Resumindo as informações apresentadas nas duas tabelas. obtemos

x<O 0<x<2 2<x<3 3<x


decrescente decrescente decrescente crescente
côncavo para côncavo para côncavo para côncavo para
cima baixo cima cima

A forma geral da curva é

decf.
''
I
decr. ' decr. ' cresc.
1
I
I
I
rormagnnl
I I I
cônc.pl : côn<. l" : cõnc. pl: '*"·I"
dllt~ I
I
bàixo i ~illl:a I
dm~

"-1 \ f\__ : _)
pOfiiO pon1o 1nin.
dl!infl. de inR. loc:ll

(e) Trace os pontos de interseção da curva com os eixos x e y (se possí·


vcl) e os pontos onde y' c y" são iguais a zero. Indique todos os va-
lores extremos locais e pontos de inflexão. Use a forma geral como
um guia para esboçar a curva. (Trace pontos adicionais conforme
necessário.) A Figura 4.31 apresenta o gráfico d.ef

Os passos do Exemplo 6 formam o procedimento para fazer gráficos capa·


zes de captar os aspectos mais importantes de uma função e seu gráfico.
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 297

)'
Estratégia para construir o gr:lfico dc y : /(.<)
2() I. Identifique o dominio def c quaisquer simetrias que a curva possa ter.
os 2. Determine y' e y~
(0. 10)
3. Determine os pontos críticos de f e identifique o comportamento
Poo1ode lO
infk.x;lO .S da função em cada um deles.
4. Determine a subida e a descida da curva.
- I o
-s
• .f
S. Determine os pontos de inflexão, caso haja algum, e a concavidade
da curva.
- lO 6. Identifique todas as assmtotns.
7. Trace os pontos mais importantes, tais como os pontos de interse-
- IS
(3.-17) ção com os eíxos e aqueles encontrados nos passos 3 a 5; em segui-
- 20
Mfnimo local da. esboce a curva.

FIGURA 4.31 O gráfico de Jtx) : x' -


4x' + 10 (Exemplo6).
EXEMI'LO 7 Usando a estratégia de construção de gráficos
(x + 1)'
Esboce o gráfico deJtx) = - - , .
1+x
SOLUÇAO
1. O domínio de/é (-eo, ço) e não há sime1rias em torno de qualquer
um dos eixos nem da origem (Seção 1.4 ).
2. Determiue y' e y'',
f (x) = (x + I)' Cfll~•fiiiOckJC'I"IU'(m 'f • - 1.

I + .f 2 lllll(nCf'li) ~<'"l' r h'- I/ (In

1
f(x) =( I + x ) ·Z(x + I) - (x + 1)' ·2<
•• •
(I + x2)2
2(1 - ·' ') 1'......1~('111.......:

= (I + x'l' , • - 1.- • I

( I + x 2) 1 • 2(-2<)- 2(1 - x2)J2( 1 + .<2) ·~'1


f"(x) = ( I + ·'')'
1
4.t(x - 3)
( I + :c1)l

3. Comportamento tws pontos críticos. Os pontos críticos ocorrem


apenas em x: ±1, ondcf(x) =O (passo 2), uma vez quef" existe em
qualquer ponto ao longo do domínio de f Enu: -1./"(-1) = l >O.
o que resulta, conforme o teste da segunda derivada. em um mínimo
relati\'0. Em x = I.j''( l)-= - I < O, o que resulta, ainda segundo o teste
da segunda derivada. em um máxhno relativo. Veremos no passo 6
que esses dois valores 1ambém s...i.o extremos absolutos.
4. Subida e descida. Vemos que, no intervalo (-oo, -I), a derivada
f'(x) <O e a curva desce. No intervalo (- 1, 1),f'(x) >O e a curva
sobe; ela desce em (I, ~J. ondef'(x) <O de novo.
S. Potrtos de inflexão. Observe que o denominador da segunda derivada
(passo 2) é sempre positivo. A segunda derivada/" é nula quando x =
-../3, Oe ../3. Ela muda de sinal em cada um desses pontos: é n<>gativa
em(-~.- ../3), positiva em(- ../3, O), negativa em (0, ../3) e positiva
de novo em ( ../3, oo). Assim, cada ponto é um ponto de inflexão. A
curva é côncava para baixo no intervalo c-~.- ../3). côncava para
cima crn (- ./3, O) c côncava para baixo em (O, ../3). tornando-se
cõ.ncava para cima de novo em ( J3. oo).
298 Cálculo

Y PoruodcinncX:n> 6. As.sít~totas. Expandindo o numerador de j{x) e dividindo tanto o


(1. 2) I
onde·' . v'3 numerador quanto o denominador por xl. temos
2
/(-<) = (x + 1) = x2 + 2Y + I
.. ,
,
~
I + x2 I + x2
ASSfnt013 1 + (2/.r) + ( l/.t 2)
hori~.Onlal =
( l / x 2) + I
------~~~~L---------.x
-I
Portto de inlléx:lo Vemosquej(x)-+ 1 •,confonnex~ ooequeft.x)-). 1-.cotúormex-+ - OQ.

ondc.t = -v'J Assim. a reta y = 1 é uma ass'ntota horizontal.


FIGURA 4.32 0 gráfico de Como f desce em (- oo) - 1) e, em seguida. sobe em (- 1, 1), sabemos que
Jt-1 ) = O é um mínimo local. Embora f desça em (1, oo ), ela nunca cruza a
(x +I)'
y ~ - - , (Exemplo 7). assíntota horizontal y = I nesse intervalo (ela se aproxima da assíntota de
l +x·
cima para baixo). Portant~ o gráfico nunca se torna negativo, e Jt- 1) = O é
um mlniono absoluto também. De modo análogo,fi!)= 2 é um máximo ab-
soluto porque o gráfico nunca cruza a assíntota y = I no intervalo (-oo, -I),
aproximando-se dela de baixo para cima. Conseqüentemente, não existem
assíntotas verticais (a imagem de f é O:; y:; 2).
7. O gráfico de f é esboçado na Figura 4.32. Observe como a curva
fica côncava para baixo. conforme se aproxima da assintota hori·
zonta) y = I, quando x - ) -~.e côncava para cima ao se aproximar
de y = I. quando X - ) eo,

EXEMPLO 8 Esboçando um gnifico


Esboce o gráfico de j(x) = •'"

y
SOLUÇÃO O domínio de f é (-oo, O) v (0, oo) c não há simetrias
nem em torno dos eixos nern da origem. As derivadas de f são

·~
5

f '(x) =e "'(- -.l:-:2) =--


-2e"'
4
~ xl
Ponto de
infl.:xão 2 c
y•l
f"(x)= x ' (2cu• )(-2/ x') - 2e"'(2x) _ 4e"'(l + x)
-2 -I 2 3 ·' x' x<~

FIGURA 4.33 0 gráfico de y = Ambas as derlvadas existem em qualquer ponto do domínio de f. Além
11 (''!Jx e r ~o ambos positivos pata qt•alqt•er X~ O, VC!'tnO$ que
disso. ('Otl\0
c x ~lprc,sent<l um ponto de infle·
xão em (- 1, e·'). A reta y = I é r< oem qualquer ponto ao longo do domínio, e a curva está sempre su-
uma assíntota horizontal e x -= O bindo. Examinando a segunda derivada, \remos quef'(x) =O em x = -1.
é uma assíntota vertical (Exem· Como e"'> Oc x' > 0, temos f"< Opara x < - I e f"> O parax > - I, x" O.
pioS). Portanto, o ponto (- C c· 1) ~um ponto de inflexão. A curva é cõncava para
baixo no intervnlo (-oo, -I) e côncava para cima ao longo de (- 1, O) v
(O, oo).
Pelo Exemplo 12 da Seção 2.4, vemos que lim,... 0 - Jt.Y) = O. Quando
X-> o•, vemos que 2/x-> oo, portantolím, .,,.f(x) = oo co eixo yé uma assín-
tota vertical. Além disso, quando X-> -oo, 2/x-> o·, portanto lim ··~ ·'Je )\
nx) =
t!'; I. Conseqüentemente, y = I é uma a.~síntota hori7.Qntal. Não há extre~
mos absolutos, já quef nunca assume o valor O. O gráfico def é esboçado na
Figura 4.33.
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 299

Aprendendo sobre funções a partir das derivadas


Como vimos nos exemplos 6 a 8, podemos saber quase tudo o que precisa-
mo~ Mh~ uma tl.m<;iio clnplnmente rlerivável y =}{r) C)::lmin::mdn ~nm primeir:t
derivada. Podemos saber onde o gráfico da função sobe ou desce e onde esta ad ..
mite quaisquer extremos locais. Podemos derivar y' para saber como o gráfico se
curva quando passa pelos intervalos de subida e de descida. Podemos determinar
a forma do gráfico da função. A informação que não conseguimos obter a partir
da derivada é como colocar o gráfico no plano cart~siano. Mas, conforme des-
cobrimos na Seção 4.2, a única informação adicional de que nccessilarnos pam
situar o gráfico é o valor def em um ponto. A derivada não nos dá informações
sobre as assíntotas, mas podemos obtê-Jas usando limites (seções 2.4 e 2.5).

rvd" 7
Déri\•;h·\.':1 ::) SUa\'1!,
ooncx~ : o gn1fko pode
, .. > O:::) c~sce d3
esquerda par:t a direiln:
~
y' < o :Q "'"'"CI'I!Sl"C d:t
csquerd::. par::t a direi1n;
subire d.;sccr pOde ser ondulada J>Odc: Sér ondulada

/ ~ f \
ou ou

--{"'""de sinal
y" > O :;, cõnc:s,,a pl cin\3 y .. < O:;:) c6nc:a\';a pl baixo
sempre: sem oOOulaÇÕI.'S: o SCII\J)rt: sem ondul-ações~ o Ponto de inflc.x.ão
gr.iiico pode subir au descer gdfico pode :;;ubir ou descer

~ "" v
y' muda. de sil\al ::) o gt:ilico
"pn;$Cnt3 um m..1.~imo ou
um mfnimo locais
Í\
y'=- 0 e y .. <O em um
cl.,do ponto: o ~lico
ap~ma unt m:Sximo loatl
v
y' = O C )'.. >0 CIUU!U
d:)do pon1o: o gráfh:o
npn.::sc.ma um mínimo loçal

Exercícios 4.4
y
Analisando funções representadas 2.
graficamente
Identifique os pontos de inflexão e os mínimos eos má.,imos
locaís das funçoos representadas gmficamcnte nos exercícios
1- 8. Identifique os intervalos em que as funções são cóncavas
para cima e para baixo.

I.
y
.
= .!.
14
x ii 3J.2
.....
_ ?)

y
snow
300 Cálculo

5· y-x +sen2x. - 2: sxs 2; 6· y=lg.r-4,\". -'f< x <~ esboce a for ma geral do gráfico def seguindo os passos 2- 4 do
, , procedimento para construção de gráficos (página 295).
-IJ, y ' =2+X - ,\"! 44. y' =.r' - x - 6
1 2
4S.. )' - .r{.t - 3) 46. y' • x'(2 - x)
H . y' = .<(.•·'- 12) ~R. y' = (x 1 - 2.r)(x- 5)1

~!>. y ' = sccz x. -f < x < j


.
1. y•scnJ4-2,.:;;x~211' S-0. y c rgx, - 2r. < x< 211
8
$1. y' = cotSí· o < o < z,. 52. y' = coscc
,o2· o < o< 21T

5~. )', = tg•Q-1.


, 11
-2 <0< "'
2
S.#. y' = 1 - cotg2 6. o < o< 11
5:'. y' = COSI, 0 S I !S 217'
Fazendo gráficos de equações $6. y~ = scn '· O:s 1 :S 2r.
Represente graficamente as equações dos exercícios 9 ..42 57. i = (x + rr"' 58. y' =(.r - 2)-ll'
seguindo os passos do procedimento para construção de grâ· 59. y' = x"'ll(.r - I) 60. .v' = .<•'l'(x + I )
ficos (página 295). Inclua as coordenadas de quaisquer extre·
mos locais e pontos de inflexão.
61. y' = 21xl = {-lx..\' .r>so O
2\·,
9. y = x 2 - 4,,. + 3 10. y = 6 - 2,· - ,t'2 62. y ' - { 2' . .
- v-2 \' s o
11 . y=x' - 3.< +3 12. y=x(6-lr)2 x , X> 0
1~. y = - lr + tí.v - 3
3 1 14. y =(.v - 2) 3 + I
4 2 2 2
15. )I= .\' - 2\' = .t (x - 2)
l6. y = -.t" + 6.\' 2 - 4 : x1(6 - x1 ) - 4 Esboçando y a parti r dos gráficos y' e y"
17. y • 4.vJ - x"' • ;cJ(4 - x) Cada um dos exercícios 63-66 apresenta o gráfico da pri·
18. y ~ x"' + 2\'' ~ x 3(x + 2) meira e da segunda derivada de uma função y = j{x). Copie a
19. y = .v'- 5x' = x'(.r - 5) figura e adicione a ela o esboço def, considerando que a curva
20. y=x(~- sr 11. y=x +scnx. Os:,,· :s2r. passa pelo ponto P.

22. y ~ x - sen;c, O S x :s 211"


63. 64. )'
23. y = x 11~ 24. y = ·"'!/ 5

2~. y = 2x - l \'1/) 16. y = xlf3 (~ - ,'I:)


l7. y =.r~ 28. y = (2 - x'>'"
.\'1:- 3 .\')
29. J' = X _ • ,\' .. 2 30. v=-,--
2 . 3x +I
31. )' = '·' ' - ,,

1 I = {~·
. ,.., . r . .r s o 65. )'
32. y= V I.VI
V:(, .Y > 0 p
.13. y = xe 1/x ,, 4. J' = xet
3$. y = In (3 - .r 1 ) J6. y = x (In .r ) 2
37. )' = cç- 2e-... - l r 38. y = ,\ 't-$

J9. y = In (cosx) -10.


.v=~
v;
66.
I 42. )'=...L.
~ 1. y= 1 +e-x I + C., r

Esboçando a forma geral a partir de y'


Cada um dos exercícios 43-62 fornece a primeira derivada
p
de uma função continua y = j{x}. Determine y" e, em seguida,
snow
Capitulo 4 Aplicaçõesdasderivadas 301

Teoria e exemplos Deslocamento sobre uma reta Nos exercícios 71 e 72.,


os gráficos mostram a posição s =j(t) de um corpo que sedes-
67. A figura a seguir mostra uma parte do gráfico de mna fun- loca para a frente e para trâs sobre uma reta coordenada. (.,)
çi\0 duplamente dcrivávcl y =j(x). Em cada um dos cinco Quando o corpo está se a(asmndo da origem! Ese apro:<lman·
pontos marcados, classifique y' e y" como positiva, negati· do dela? Em que instantes, aproximadamente, a partícula aprc·
va ou nu]a. senta (h) velocidade igua.l a zero? ( c) aceleração igual a zero?
)'
(d) Quando a aceleração é posith'3? E negativa?

71. s

~
~
~
•o:i----------.< "'
~

68. Esboce uma cunoa contínua y = j(.<) que obedeça às pro-


o 'l O 15
TC'Il!pO (S)
priedades a seguir.
j(-2) = 8, =
/'(2) /'(-2) =o. n. s
j(O) = 4, j'(x) <O para !xl < 2 g
c
/(2) = O, j"(x) <O para x <O
"~
j'(x) >O pamJxl > 2, /"(x) >O para x >O.
~
69. Esboce o gráfico da função duplamente dcrivávcl y = /(.<)
a partir das propriedades dadas a seguir. Quando for pos- 15
sível, indique as coordenadas.

X y Derivadas 73. Custo marginal O grafico a seguir mostra o custo hipo-


tético c = j{x) em que se incorr-e para fabricar x itens. Em
x<2 y ' <O. y">O aproximadamente qual nível de produção o custo rnargi·
nal muda de decrescente para crescente?
2 y'=O, y">O

2<.<<4 y'>O, y">O


ç = /(.t)
o
4 4 y'> o, y" = O ã
4<x<6 y'>O. y"<O
L.,2J,O~-IOJ,_..J60.,_.,8LO~I,.tiX"I.JI2LO._.x
6 7 y'=O, y"<O Milhare.<: de unidades produ?.id:a~

x>6 y'<O, y"<O 14. O gráfico a seguir mostra a receita mensal da Widget
Corporation nos últimos 12 anos. Durante aproximada·
70. Esboce o gráfico de uma função duplamente derivável mente quais intervalos de tcn1po a receita marginal foi
y = j(x) que passe pelos pontos (- 2, 2), (- 1, 1), (0, 0), crescente? E decrescente?
(1, I) c (2, 2) c cujas primeiras duas dcri,oadas tenham a
seguinte distribuição de sinais:
y= r(l)
y': + +
-2 o 2

....
.) +
10
302 Cálculo

75. Suponha que a derivada da função y =j(x) seja Depois, esboce o gráfico da função em umaa região suficiente·
mente grande pa_ra visuali1..ar todos esses pontos. Adicione à sua
y·= (x - 1)1 (x - 2)
figura os gráficos da primeira e da segunda derivada da função.
Em quais pontos, se houver algum, o gráfico def apresenta Como se relacionam com o gráfico da função os valores onde es·
um mínimo local, um máximo local ou unl ponto de in .. ses gráficos cm1.am o eixox? De que outras maneiras os gráficos
Oexão1 (Dica: desenhe o padrão de sinais de y'.) das derivadas se relacionam com o gráfico da função?
76. Suponha que a derivada da função y =j(x) seja 85. y = x' - S.r' - 240 R6. y = .r' - 12r 2
y' = (x - 1)2(x- 2)(x - 4)
Em qua.is pontos. se houver algum, o gráfico def apresenta
87. )' = %·'' + 16.r1 - 25

um mínimo local, um máximo local ou um pont·o de in- 88. )' = 4


"" - J\'3 - 4.r 2 + 12r + 20
flexão?
89. Esboce o gráfico de j(x) = 2x' - 4x1 + 1 juntamente com o
77. Parax> O. esboce acurvay = j(x) que tem }ti)= Ocf'(x) = de suas primeiras duas derivadas. Comente o comporta-
1/x. O que se pode dizer sobre a concavidade dessa curva1 mento def em relação aos sinais e val<>res de ef".r
Justifique sua resposta.
90. Esboce o gráfico de j(x) = x cos x juntamente com sua se-
78. O que se pode dizer sobre o gráfico de uma função y = j(x) gunda derivada para O S: x S 2rr. Comente o comporta·
que possui uma scgm1da derivada contínua que nunca é mento de f em relação aos sinais e valores de r·.
zero? Justifique sua resposta.
9 1. (a) Na mesma tela, trace o gráficode./(x)=x' + kxparak = O
79. Se b, c, e d são constantes, para qual valor de b a curvay= e para valores positivos e negativos próximos a k. Como o
Y! + bx2 + ex+ d apresenta.rá um ponto de inflexão em x = valor de k parece influenciar a forma do gráfico?
11 Justifique sua resposta. (b) Dctennincf'(x). Como você vê,f'(:c) é uma função qua-
80. Tangentes horizontais Verdadeiro ou falso? Explique. drática de x. Dete.nninc o discriminante da cqu::u;~\o
(a) O gráfico de qualquer polinômio de grau par (maior ex- quadrática (o discriminante de a~ + bx +c é b! - 4ac).
poente par) tem pelo menos urna tangente horizontal. Parn quais valores de k o disc.riminante é positivo? E
(b) O gráfico de qualquer polinômio de grau ímpar
nulo? E negativo? Para quais '"Iores de k a funçãof' tem
duas raízes? E uma ou nenhuma raiz? Agora> explique o
(maior expoente ímpar) tem pelo menos uma tangen-
que o valor de k tem a ver com a fonna do gráfico def
te horizontal.
(c) Experimente com outros valores -de k. O que parece
81. Parábolas acontecer quando k ~ -?E quando k-> ~?
(a) Determine as coordenadas do vértice da parábola 92. (a) Na mesma tela, trace os gráficos de ftx) = x' + kx' +
y=axz+bx+c,a;e.O 6x', -2 ~ x ~ 2 para k =- 4, e para valores de k inteiros
(b) Onde essa parábola<: côncava para cima? E côncava próximos. Como o valor de k pare<:e influenciar a for·
para baixo? Justifique sua resposta. ma do gráfico?
82. ~verdade que" concavidade da curva de uma função du· (b) Determine f"(x). Como você ''ê, j"(x) é uma função
piamente dcriv.\vcl y = j(x) muda toda vez que J"(x) = O? quadrática de x. Qual é o discriminante dessa função
Justifique sua resposta. quadrática (veja o Exercício 91b)? Para quais valores
83. Curvas quadrátícas O que se pode dizer sobre os pon· de k o discriminante é positivo? E nulo? é negativo?
tos de inflexão de uma curva quadrática y = axl + bx + c, Para quais valores de k a funçãof"(x) tem duas raízes?
a ~ O? Justifique sua re.sposta. E uma ou nenhuma raiz? Agora, expHque o que o va·
lorde k tem a ver com a forma do gráfico def
84. Curvas cúbicas O que se pode dizer sobre os pontos de
inflexão de urna cunra cúbica y = axJ + bxl + c:c + d, a~ O? 93. (a) f'ltça o gráfico de y = x'"(x' - 2) para -3 :S x :S 3. Em
Justifique sua resposta. seguida, use procedimentos de cálculo para confirmar
o que a tela mostra s()bre concavidade, subida e descida
da curva. (Dependendo da sua ferramenta gráfica, você

f USANDO O COMPUTADOR pode ter de digitar x'l' como (x')"' para traçar os valo-
res negativos de x no plano de coordenadas.)
Nos exercícios 85-88. determine os pontos de inflexão (se (b) A cur\la apresenta um ponto cuspidal em x = O, ou se
holwer) no gráfico da função c também as coordenadas dos pon- trata apenas de urn bico com det'ivadas diferentes â
tos no gráfico onde a função possui máximos ou mínimoslocaís. direita e à esquerda?
snow
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 303

94. (a) Faça o gráfico de y = 9.."'(x - I) para - 0,5 ,; x,; 1,5. Em (b) A curva apresenta um ponto cuspidal em x =O> ou se
seguida. use procedimentos de cálculo para confirmar o trata apenas de um bico com derivadas diferentes à
que a tela mostra sobre concavidade, subida e descida da direih\ e à esquerda?
cun'3. QuaJ dpo de concavidade a curva lcm à esquerda
95. A curva y = x' + 3 scn 2x possui urna tangente horizontal
da origem? (Dependendo da sua ferramenta gráfica. você
próximo de x = -3? Justifique sua resposta.
pode ter de digitar ? ' corno (x'J"' para obter os '"'lorcs
ncgalivos de x no plano de coordenadas.)

Problemas de otimização aplicada


Otimizar alguma coisa significa maximi1~r ou minimizar alguns de seus
aspectos. Quais as dimensões de urn retângulo com perímetro fiXO que lhe
dão a mâ.xima área? Qual é a forma mais econômica de uma lata cillndrica?
--,,.1
1 Qua.l é a dimensão mais lucrativa para uma linha de produção? O cákulo
diferencial é uma podcros.•1 ferramenta para resolver problemas que exigem
a ma.ximiz.açào ou a minimização de uma função. Nesta seção, resolveremos
12 uma série de problemas de otimi1.ação relacionados a negócios, matemática,
física e economia.

JI-';.'--- - 12---"Y-li
:l Exemplos da indústria e do comércio

(a)
EXEMPLO 1 Confi.X'cion\'lndo urna C\'lixa

Uma caixa sem tampa será feita recorta11do~sc pequenos quadrados


congruentes dos cantos de uma folha de estanho medindo 12 x 12 pol c
dobrando~se os lados para cima. Que tamanho os quadrados das bordas

devem ter para que a caixa chegue à sua capacidade máxima?

"--12- SOLUÇAO Começaremos com um esquema (Figura 4.34). Nele, os


quadrados nos cantos têm x pol de lado. O volume total da caixa é uma
função dessa '"'riável:
(b)
V(x) = x(l2- 2x)2 = 144x - 48x" + 4x' I' lolov
FIGURA 4.34 Uma caixa sem tampa Como os lados da folha de estanho medem só 12 pol, x ,; 6 em, o do-
feita recortando-se os cantos de uma m[nio de V é o intervalo O,; x,; 6.
c;h3pa. qu3dt;.l.da. de e~t>lnho. Que tõ'l.tna· Um gnHicu de V (Fit;ura4.35) :,ugnc um v.tlur miu i111u de O ttuamlu
nho dos quadrados das bordas maxi- x :: Oc x :: 6 c um máximo próximo de x :: 2. Pata descobrirmos mais.
mi~t o volume da caixa (Exemplo 1)? examinamos a primeira derivada de V em relação a x:
dlV = 144 - 96x + 12r 2 = 12( 12 - 8x + x 2) = 12(2 - x)(6 - x)
IX

Das duas raízes, x = 2 c x = 6, apenas x = 2 está con1ida no domínio


da função, fazendo parte da lista de pontos críticos. Os valores de V nesse
único ponto critico e nas duas extremidades são:
Valor no ponto crítico: V(2) = 128
Valores nas extremidades: V(O) =o. V(6) =O
O volume mâ..ximo é 128 pol'. Os quadrados a serem recortados devem
ter 2 pol de lado.
snow
304 Cálculo

Má:timo EXEMPLO 2 Projetando uma lata cilíndrica


Pediram a você que projetasse uma lata de um litro com a forma de um
, ••.t ( 12 - 2.t)?. cilindro reto (Figura 4.36). Que dimensões exigirão menos material?
õ.s ._. só SOLUÇÃO Volume da lata: Se r e h forem medidos em centfme·
t~·os, então o volume da lata, em centímetros cúbicos., será
n,J!J = 1.000 J litru -: I.(IO(h·m 1
M~ lO /fnimo
'o~----~
2----------~~6+ x Area da superjfcie da lata: A = ,?.nr: = ~
~ ll,l,l'""t.:dl)
f<Jitll Olf~Al.A C:ltl., llnn·.. c thl\l)ro

Como se pode interpretar a expressão 'menos material~? Urno possibili-


FIGURA 4.35 O volume da caixa da
dade é ignorar a espessura do material c o de-sperdício durante a f..1bricação.
Figura 4.34 traçado em função de x.
Então~ procuramos as dimensões r e 11 que permitam que a área da supcrfí.
cíe total seja a menor possível e, aínda assím, satísfaçam a eXÍgêncía de que
nr'h; 1.000.
Para expressar a área da superflcie em função de "ma variável, isola·
mos uma delas em rrrlh = 1.000 c a s ubstituímos na fórmula da área da
superflcie. Isolar h é mais fácil:
h = 1.000
T/'1'2

Assim.
A = 2n ,:z + 2rrrh

FIGURA 4.36 Esta


= 2rrr2 + 2rrr(I.OOO) ,,.z
lata de I I pode utili:w = 2, ,.z + 2.000
menos materia1 para r
ser produzida quando Nossoobjetivoédeterminar urn valor de r> Oquem~nirnizeovalorde A.
h ; 2r (E.xemplo 2). A Figtora 4.37 sugere que esse valor existe.
A

L:uanlltt
c fina
L::tm baixa
c larg.tt

A = 2wrl+~.r>O
I
r

o
Hnixa c largn

l'IGURA 4.37 O grálico de A = 2m~ + 2.000fr é côncavo


para cima.
Observe no gráfico que. para valores pequenos de r (uma lata alta e
fina, como um pedaço de cano), o termo 2.000fr predomina e A é grande.
Para r grande (uma lata baixa e larga, como uma fôrm.a parn pizza), o ter·
mo 2rrrl predomina e A é grande novamente.
Como A é derivável quando r> O, um intervalo sem extre midades,
esta pode apresentar um valor mínimo apenas se a primeira derivada for
zero.
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 305

O= 4rrl' - -
2.000
,-
,.-
4:rr3 = 2.000

,. = ~ "' 5.42
O que acontece quando r = i/500/tr?
A segunda derivada

+ 1:.QQ!!
,.>
é positiva ao longo do domínio de A. Portanto, o gráfico é côncavo para
cima e o valor de A quando r ;;: ?./sOO In é um mínimo absoluto.
O valor corresrondente de lt (após um pouco de álgebra) é

h = LO~
nr
= 2 3~ = 2r
vn
A fabricação usa menos material quando ct lata de I I possui a altura
igual ao diâmetro, com r ~ 5,42 em c lt ~ I0,84 em.

Resolvendo problemas de otimi1.ação 3J)Iicada


!. Leia oproblema. Leia o problema até compreendê-lo. Quais infonnaçõcs
são fome<:idas? Qual é a quantidade desconhecida a scrotimizada?
2. Faça um desenho. Indique todas as partes que possam ser importantes
rara o problema.
3. /r~trodum varit!wis. Represente todas as relações no desenho e no pro-
blema corno uma equaç.io ou expressão algébrica; identifique a variá·
vel desconhecida.
4. l!tcreva 1mu1 e<juaçào paro a quantidade descm1itecida. Se possível, ex-
presse a quantidade desconhe<:ida em função de uma única variável,
ou em duas equações em duas desconhecidas. Isso pode exigir certa
manipulação.
5. Teste os pontos crfticos e as extrtmidades no domfuio da qucmtldade.dcs-
amlreâda. Utilize o que você sabe sobre a forma do gtáfico de uma
função. Use a primeira e a segunda derivadas para identificar c clas-
sificar pontos cdticos da função.

Exemplos da matemática e da física

EXEMPLO 3 Inscrevendo rctàngulos


Um retângulo deve ser inscr-ito em uma semicircunferência de raio 2.
Qual é a maior área que o retângulo pode ter e quais são suas dimensões?

SOLUÇÃO Sejam (x. ,/4 -.<' \ as coordenadas do vértice do retân-


gulo obtidas colocando-se o retàngu(o e a semicircunfe~ncia no plano car-
tesiano (Figura 4.38). O comprimento, a altura e a área do retângulo podem
ser expressos em termos da posi~io x. no canto inferior direito da figura.
snow
306 Cálculo

Comprimento: 2x Altura: ../4 - .<' Arca: 2x · ../4 - .<'


Observe que o valor de x deve estar dentro do intervalo Os x s 2, onde
está o v~rticc escolhido paro o retângulo.
Agora nosso objetivo é determinar o valor máximo absoluto da função
A(.<) : 2x../4-x2
no dominio (O, 2(.
A deri\•ada
dA
- a
tl<
FIGURA 4.38 O retângulo do Exem·
plo 3 iJ1scrito na scmjcircu.nferência. não é definida quando x = 2 e é igual a zero quando
-2<2 + 2V4"=? = o
Companion Y4=?
- 2r2 + 2(4 - .r 2) • O
Websile
nic>l:;t."lfln hbcótica
8 - 4x 2 m O
x 2 = 2oux = ±YÍ
·wmcbrotd S!lCU va!l RO}'CI\
( t 580· t 626) Das duas raizes, x = J2 c x = - J2, apenas x = J2 está no dominio de
A c faz parte da lista de pontos críticos. Os valores de A nas extremidades
e no único ponto crítico são

Valornopontocrítico: A(YÍ} = 2VÍv::l"=2 = 4


Valores nas extremidades: A(O) = O, A(2) = O

A área máxima que o rct;,inguJo pode ter C4 quando este tem .J4- x! =
y J2 unidades de altura c 2< = 2 J2 unidades de compri1nento.
i\
Meio I

EXEMPLO 4 O princípio de Pennat e a lei de Snell


.t----~--~~---7----~
0 X d ·
Ângulo de
A velocidade da luz depende do meio que a luz atravessa. tendendo a
rermç-:io ser menor em meios 1nais densos.
Mcio2.
No campo da óptica, o principio de Fermat afirma ·que a luz sempre se
propaga de um pomo pa.ra outro por um trajeto que minimizao tempo de
propagação. Determine o cam.inho que um raio de lu.z seguiní saindo do
FIGURA 4. j~ Um rato de luz sofre ponto A (em um meio onde a velocidade da luz é c1) até chegar ao ponto 8
refração (é desviado de sua trajetória) (em outro meio onde a velocidade da luz é c,).
quando passa de um meio para outro SOLUÇAO Como a luz, indo de A para 8, furá isso pela rota mais
mais denso (Exemplo 4). rápida. então buscaremos aquela que minimizao tempo de percurso. Ad·
mitin1os que A e Bestão no plano cartesiano e que a reta que separa os dois
meios é o eixo x (figura 4.39).
Em um meio uniforme, onde a velocidade da luz permanece constante. o
"'menor tempo'" significa a "'menor distãncia" e, portanto, o raio de luz segui·
rá uma linha reta. Assim, o caminho de A a 8 consistirá em um segmento de
reta desde A até o ponto P na fronteira, seguido por outro segmento desde P
até B. Como a distânda é igual à taxa ve-tes o tempo. ten1os
distância
Tempo •
taxa
snow
Capitulo4 Aplicaçõesdasderivadas 307

PortantO:, o te-mpo necessário para que a luz. viaje de A a Pé

AP Va 1 + .Y 2
11 =-C)= Cl
De Paté 8, o tempo é

O tempo de A até 8 é a soma desses dois:

Va 2 + x' Vh 2 + (d - .<)2
I • f1 + l2 .. C! + C2

Essa equação expressa t como uma função dlerivâvcl de x cujo domínio


e [0, d]. e o que queremos determinar é o valor mínimo absoluto de f nesse
intervalo fechado. Encontramos a derivada
dt .r ti - X
<l< = Co Vtt 2 + .r 2
Em termos dos ângulos e, e e, da Figura 4.37,
seu 0 sei\ 0
dt
tlt· = -c -,- - C'2
1 2

Se restringimos x ao intervalo Os x s d, então 1 apre.scnta uma deriva-


da negathra em x = Oe uma derivada positiva e111 x = d. Segundo o teorema
do valor intermediário para derivadas {Seção 3 .1), existe um ponto x0 e
(0, d ) onde dtldx = O(Figura 4.40). Há apenas um ponto nessas condições,
pois dl/dx é uma função crescente de x (Exercício 54). Nesse ponto,
scn 0
1 2 sen 0
-c-,-= C'2
(fl/dx fllltLr dli<I.X
ncaali\'3 :rem positiv3 Essa equação é a lei de Sueli ou alei da refração, um princípio impor-
( ----,f. H+++++ (
tante na teoria da óptica. Tal lei descreve a trajetória do raio de luz.

o ~ d

l' IGURA 4.40 Padrão de sinais de dtldx Exemplos em economia


do Exemplo 4. Nos exemplos a seguir, indicaremos duas situações em que o cákulo dá
uma contribuição à economia. A _primeira tem a ver com a max_imização do
lucro; a segunda, com a minimização do custo médio.
Suponha que
r(x) = receita proveniente da venda de.( itens.
c(x) =custo da produção de x itens.
p(x) = r(x) - c(x) = lucro sobre a produção e venda de x itens.
A receita marginal, o custo marginal e o lucro marginal provenientes
desse nível de produção (x itens) são:
dr
dx = receita marginal

. aJ
-de = custo margm.
dx
dp
dx = lucro marginal
308 Cálculo

A primeira obsenração diz respeito à relação existente entre p e essas


derivadas-.
Admitimos que r(x) e c(x) são deriváveis para qualquer x > Oc, se p(x) =
r(x) - c(x) tem um valor máximo. cst·e ocorre em um nfve.l de produça.o em
que p'(x) =O. Como p'(x) = r'(x) - c'(x), p'(x) =O implica que
r'(x) - c'(x) =O ou r'(x) = c'(x)
Portanto:

Em um nível de produção que gera lucro má.'\: imo.. a re<:eita marginal é


igual ao custo marginal (Figura 4.41 ).

)'

I
I
Mrutimo lotai p..1ra a petd~l (lucro m(nírno).c·'(.ir) • r'(.t)

FIGURA 4 .4 1 O gráfico de uma função de custo típica começa côncavo


para baixo c depois se torna côncavo para cima. cruzando a cutva de receita
no ponto de equilíbrio B. À esquerda de B, a empresa opero no prejuízo. À di-
reira, ela opera no lucro, ocorrendo lucro máximo quando c'(x} =r'(x). Mais à
direita ainda. o custo excede a receita (talvez devido a uma combinação entre
clcvaç-J.o dos custos de mão·de·obra c matéria-prima associados â saturação
do mercado) e os níveis de produção tornam-se novamente não lucrativos.

EXEMI'WS Maximi1.andoolucro
Suponha que r(x) = 9x e c(x} = x>- 6X' + !Sx, onde x representa mi-
lhares de unidades. Há um nível de produção que maximi1.e o lucro? Se
houver, qu~l é?
SOLUÇÃO Observe que r'(x) = 9 e c'(x) = 3x'- l2x + 15
3xl-12x+ 15 = 9 fJJçndoch)-1''(.\·)
3x'-12x+6=0
As duas soluções da equação quadrática sào

.\' 1 =
12
- vn =
6
2- Vi~ o.ss6 e

12
+ vn = 2 + Vi"' 3'414
6

Os níveis de produção possíveis para o lucro máximo s.'io x ~ 0,586 mil


unidades ou x ~ 3,414 mil unidades. A segunda derivada de p(x) = r(.<)- c(x)
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 309

y ép"(x) = - c"(x), uma vez que r"(x) é 7.A!ro em toda parte. Assim, p"(x) =6(2 - x),
que é negativa em x = 2 + J2 e positiva em x = 2 - J2. Segundo o teste da
segunda derivada, o lucro máximo ocorre quandox ~ 3,414 (onde a recei-
ta excede os custos) e a perda rná.xlma ocorre quando x = 0,.586. A Figura
4.42 mostra o gráfico de r(x).

EXEMPLO 6 Minimizando cuslos


Um fabricante de armários usa mogno reflore.stado para produzir cin-
co peças por dia. Cada entrega de um contêine:r de madeira custaS 5.000,
Máximo local p.'ll':l3 perda
enquanto sua estocagem custa S lO por dia.• por unidade armazenada
(uma unidade é a quantidade de matéria·prim.a necessária para produzir
uma peça). Quanta matéria-prima deve ser encomendada de c-ada vez e
FIGURA 4.42 Curvas de custo e de COJn que freqüência, de modo a minimizar o custo médio diário nos ci-
receita do llxcmplo 5. clos de produç.io entre as entregas?
SOLUÇAO Caso ele peça para enll'egar a matéria-prima a cada x
dias, então deverá pedir Sx unidades para ter material suficiente para aq,•e-
le ciclo de entrega. A quantidade méd;a em estoque é aproximadamente a

\v p~2ú 7
y metade da quantidade entregue, ou seja> Sx/2. Assim. o custo de entrega e
~•.'(,rj, --;-;-
.000~+ ?5r de estocagern para cada ciclo é de aproximadan1ente
Custo por ciclo = Custo de entrega +Custo de cstocagcm

Custo por ciclo = 2:Q2.Q


.... ._. +
~.._
(I)
~oMS.- ....~
lO
~

" · •.. \k ...t.....,.......


p;.fo!..,

-~-
Computamos o custo médio diário c(x) dividindo o custo por ciclo pelo
número x de dias que o ciclo possui (veja a Figura 4.43).
~----~--------------~·
.r mfn
5 00
Ciclo c (x) = ·~ + 25x, x>O

FIGURA 4.43 O custo médio diá· Conforme x-+ Oex-+ (10, o custo médio d·iário aumenta. Então espe-
rio c(x) é a soma de uma hipérbole e ramos que haja um n1ínimo> mas onde? Nosso objetivo é determinar o nú-
de uma função linear (Exemplo 6). mero x de dias, entre as entregas, que permite o custo m!nhno absoluto.
Detcnninamos os pontos críticos identificando onde a derivada é zero:

c'(x) = - 5.000 + 25
.\'2
=O
X= ±\Í2ÕÕ "' ±14, 14

Dos dois pontos críticos, apenas está dentro do domínio de c(x). O


valor do ponto crítico do custo médio diário é

c (v'iõõ) = ~·~ + 25\Í2ÕÕ = soov2 "' s 707, 11


v200
Notamos que c(x) está deAnida no intervalo aberto (0, oo) com c"(x) =
10.000/x' >O. Portanto, um valor minimoabsolutoem x = ../200 ~ 14,14 dias.
0 rabricnntede armáriOS deve programar a entrega de 5( 14) = 70 WlidadCS
de mogno a cada 14 dias.
31 O Cálculo

Nos exemplos 5 e 6, deixamos o número de itens x ser qualquer número


real positivo. Na verdade, em geral só faz sentido que x seja um inteil'o po·
silivo (ou uro). Mas. se tivermos de arredondar nossos ;cspostas, devemos
arredondar para cima ou para baixo!

EXEMPLO 7 Sensibilidade do custo mlnimo


Devemos arredondar para mais ou para menos o níuncro de dias entre
as em regas para a melhor solução do Exemplo 6?
SOT.UÇÂO O custo médio diário aumentará cerca de S 0,03 se arre·
dondarmos os 14,14 dias para 14 dias:
5
c (l4) a ·~J<> + 25(14) a $ 707.14

e
c( l4)- c(l4, 14) = S 707, 14- S 707, 11 = $ 0,03

Por Oulro lado, c( 15) = S 708.33 c, se arredondássemos para mais, nos·


so custo aumentaria em S 708.33 - S 707,11 = $ 1,22. Portanto, é melhor
arredondar x para menos, 14 dias.

Exercícios 4.5
Sempre que estiver maximi1...1ndo ou minimizando uma y
função com uma variável, enfatizamos que você deve esboçar
o gráfico dessa função no domínio apropriado ao problema
que está sendo resolvido. O gráfico vai situá ~lo antes de você
iniciar os cákulos, alétn de propiciar o contexto visual para
compreender sua resposta.

Aplicações em geometr ia -7~--l-----~-----l--~~'


-1 0 .t I
'+ X

I. Minimizando o perímetro Qual é o menor perímetro


possh'cl para um retângulo cuja 'l rea é 16 pol' e quais são 4. Um retângulo tem sua base no eixo x e seus dois vértices
suõ\s dimensõc.s? superiores na parâbolay ; 12 - r .Qual é a maiorârca que
2. Dcmonslre que. entre todos os rct·ângulos com perímetro esse retângulo pode ter? Quais são suas dimensões?
de 8 m, o de maior área é um quadrado. 5. Você está planejando construir uma caixa retangular
3. A figura a seguir apresenta um retângulo inscrito em um tri· aberta com uma folha de papelão de 8 x 15 pol recor·
ângulo retângulo isósceles cuja hipotenusa tem 2 unidades tando quadrados congruentes dos vértices da folha e do·
de comprimento. brando suas bordas para cima. Quais s:ão as dimensões da
caixa de maior volume que você pode fazer dessa manei·
(a) Expresse a ordenada de P em termos de x. (Dica: Es·
ra? Qual é o volume?
creva uma equação para a reta AB.)
(b) Expresse a área do retângulo em termos de x. 6. Voe~ planeja fechar um canto do primeiro quadrante com
(c) Qual é a maior área posslvel para o retângulo? Quais um segmento de reta de 20 unidades de comprimento. <1ue
vai de (11, O) a (0, b). Demonstre que a área do triângulo
são suas dimensões?
d~terminado pelo segmento é máxima quando a = b.
úpitulo 4 Aplicações das derivadas 311

7. O melhor esquema para a cerca Uma área retangular 13. Dois lados de um triângulo medem t1 e b, c o ângulo entre
em uma fazenda será cercada por um rio c nos oulros três eles é 6. Qual é o valor de 6 que maximi1.ar;\ a área do
lados por uma cerca elétrica feira de um fio. Com 800 m triângulo? (Dica: A = ( 112)ab s~n 6.)
de fio à disposição. qual é a maJor área que vocé pode cer· 14. Projetando uma lata Quais são as dimensões mais leve
car e quais são suas dimensões? da lata em forma de dlindro reto, sem tampa, para conter
S. A cerca mais curta Uma horta de ervilhas retangular 1.000 cm)r Compare esse resultado com o do Exemplo 2.
com 216 m 1 será cercada e dividida em duas partes iguais 15. Projetando uma lata Você está projetando uma lata
por oulra cerca paralela a um dos lados. Quais as dimen- (um cilindro de revolução) de 1.000 em) cuja manufa1ura
sões do retângulo externo que exigirão a menor quantidade levará o desperdício em conlo. Não há desperdício ao se
tolal de cerca? Quantos metros de cerca serão n&~ssários? cortar a lateral de alumínio. mas tanto a base como o topo,
arnbos de r<lio r, serão recortados de quadrados que me-
9. Projetando um tanque Sua metalúrgica foi contrata·
dem 2r de lado. l'orlanlo, a quanlidadc 101111 de alumínio
da por uma fábrica de papel para projetar e construir um
usada para fazer uma lata será
tanque retangular de aço, com base quadrada, sem tampa
c com 500 pés' de c:apacidadc. O Ianque será construído A = 8r' + 210'11
soldando·se chapas de aço umas às outras ao Jongo das
em vez de A = 2nr + 2nrh como no Exemplo 2. Nele, a
bordas. Como engenheiro de produção, sua larera é de-
razão lr:r para a lata mais econômica foi 2:I. Qual é essa
hmninar as dimensões para a base e a altura que farão o
razão agora?
tanque pesar o mínimo possível.
16. Projetando uma caixa com tampa Uma folha de papelão
(a) Que dimensões serão passadas para a oficina?
D mede lO x 15 pol. Dois quadrados iguais são rccorlados dos
(b) Descreva. sucintamente, como você levou o peso em vértices de um lado que tem 10 pol, como indica a figura.
consideração. Dois retângulos iguais são recortados dos outros vértíces
10. Captando água da chuva Um tanque retangular com de modo que as abas possam ser dobradas para formar
1.125 pés' de capacidade, de base quadrada, medindo x uma caixa retangular com tampa.
pés de lado c tendo y pés de profundidade, será conslruí- ......... ,..,\'-i

do com a parte superior nivelada com o solo para captar


água pluvial. O custo associado ao tanque eJwolvc não só
o material a ser utiliz.'ldo, mas também uma taxa de esca·
s
:;ll
~ lO"
ã Tampa
T
í

~ 1
vação proporcional ao produto xy. T
(a) Sendo o custo total
,f
.......
.J.
....... I
c = 5(.<' + 4xy) + IOxy ms·
que valores de x e y vão minimi7...1·1o? (a) Escreva uma fórmula V(x) para o volume da caixa.
(b) Apresente um cenário possível para a função custo do (b) Determine o domínio de V para esse problema e es-
item (a). boce o gráfico de V nesse domínio.

11. Desenhando um pôsler Você está preparando um pôs- (c) Use um método gráfico para determinar o volu01e
ter retangular paro conter 50 pof~ de material impresso, máximo c o respectivo valor de."< que o fornece.
com margens superior e inferior de 4 pol cada e margens (d) Confirme analilicamenle seu resultado do Hem (c).
à direita e à esquerda de 2 pol cada. Que dimcnsõe.s gerais 17. Projelando uma mala Uma folha de papelão medindo
minimiu.rão a quantidade de papel a ser utilizada? D 24 x 36 pol é dobrada ao meio para formar um retângu-
12 . Determine o volume do maior cone de revolução que lo de 24 x 18 pol, como se vê na figura a seguir. Depois,
pode ser inscrito em uma esfera de raio 3. quatro quadrados congruentes com lados medindo x são
recor1ados dos vérliccs do rcl:ilngulo dobrado. A folha é
desdobrada e seis abas s..i.o dobradas para cima. formando
uma caixa com laterais e uma tampa.
(a) Escreva a fórmula V(x) para o volume da caixa.
(b) Determine o domínio de V para esse problema e trace
o gráfico de V nesse domínio.
(c) Use um método gráfico para determinar o volume
máximo e o respectivo valor de x que o fornece.
312 Cálculo

(d) Confirme analitkamente seu resultado do item (c). dimensões sejam 1t x h x w e cuja cintura seja 2h + 2w.
(e) Determine o valor de x que fornece um volume de Que dimensões darão à caixa o maior volmne nessas
1.120 pol'. condições?
lO Escreva um parágrafo discutindo as questões que sur-
gem a partir do item (b).

I
24"

1<-----36"----->1
l ,,
...
(b) Esboce o gráfico do volume em função de h e com pa-
A (o!lt't é ént1o dcsdobràd;&., I] rc o que se vê com a resposta dada: no item (a).
22. Uma janela possui a forma de um retângulo sob um semi-
círculo. O ret-ângulo será de vidro transparente, enquanto
o semicírculo será de vidro colorido, que transmite apenas
metade da luz incidente, por unidade de área) em relação
ao vidro transparente. O perímetro total é fixo. Determine
as proporções da janela que permitirão a maior passagem
de luz. Ignore a espessura do caixilho.

18. Um retângulo scrâ inscrito em um arco da curva y::: 4


cos (O,Sx), de x = -tr a x = tr. Quais são as dimensões do
retângulo de maior área e qual é a maior área?
19. Determine as dimensões de um cilindro circular reto com
o maior volume possível que possa ser inscrito em uma
esfera de raio de lO em. Qual é seu volume màximo?
23. Um silo será construido (exceto a base) na forma de um cilin-
20. (a) O serviço postal norte·· americano aceita somente dro sob um hemisfério. O custo da construção por unidade
caixas para entrega doméstica se a sorna de seu com· de área da superficie é duas ve1.cs maior para o hemisfério em
primcnto e sua cintura não ultrapassa 108 pol. Que relação ao lado do cilindro. Determine as dimensões para um
dimensões terá uma caixa com base quadrada para \'Olumc fixo com custos de produção mínimizados. lgJ>On: a
ter o maior volume possivel? espessura das paredes c o desperdício durante a construção.

Cimura = áre3 ao n:dor 24. O cocho da figura a seguir será feito ~>as dimensões apre-
sentadas. Apenas o ângulo 8 pode variar. Que valor de 8

?- mnx.imiza o volume do cocho?

(b) Esboce o gráfico do volume de uma caixa com 108 pol


IJ (comprimento mais cintura) em função de seu com·
primento e compare o que você vê com o que obser·
25. Dobrando papel Uma folha de papel retangular de
vou no item (a).
8,5 x J I pol é colocada em uma superfície plana. Um
21. (ContimmÇ<io do Exercício 20.) dos vértices é colocado no lado maior oposto, como
(a) Suponha que, em vez de uma caixa com base quadra· mostra a figura, e deixado lá enquanto se dobra e se mar~
da, você possua uma caixa con'llados quadrados cujas ca a folha. O problema é tornar o comprilnento do vinco
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 313

o menor possível. Chamamos esse comprimento de L. 30. Quais valores de a e b fazem jlx) = x' + ax' + bx ter
Experimente fazer isso com papel. (a) um máximo local em x :::: - 1 e um mínimo local em
(a) Demonstre que L'= 2x't(2x- 8,5). X = 3?
(b) Que valor de x minimlta I}? (b) um mini mo local em.< = 4 e um ponto de inflexão em
(c) Qual é o valor minimo de L? :<=I?
D C
R
Aplicações físicas
3 1. Movimento vertical A altura de um objeto que sedes-
loca verticalmente é dada por
Q (órisinalmcmectn A) • = -161'+%1+ 112
com sem pés e tem segundos. Determine

X
(a) a velocidade do objeto quando t = O.
A B (h) sua altura má:<ima e quando esta ocorre.
26. Construindo cilindros Compare as respostas dos pro· (c) sua velocidade quando s = O.
blemas a seguir.
32. A rota mais rápida Jane está em um barco a remo a 2 mi
(a) Uma folha retangular com perímetro de 36 em e di-
da costa c deseja chegar a uma cidade litorânea que está a
mcnsõts x x y em será enrolada para formar um ci-
6 mi em linha reta do ponto (na costa) mais próximo do
lindro, como é mostrado na parte (a) da figura. Que
ba.rco. Ela rema a 2 mi/h e caminha a 5 mi/h. Onde ela deve
\'C\Jores de x e y fornecem o maior volume?
aportar para chegar à cidade no menor rempo possível?
(b) A mesma folha sofrerá revolução em torno de um de
seus lados de comprimento y para formar outro cilín- 33. A viga mais curta O muro de 8 pés da figura a seguir
dro. como está indicado na parte (b) da figura. Que está a 27 pés do edificio. Determine o co1nprimento da
valores de x e y fornecem o maior volume? viga mais curta para alcançar o prédio, apoiado no solo
do lado esquerdo do muro.

Pn.."dio

l-27pés--j
(3) (bl
34. A resistência de uma viga A ccsistência Rde uma viga re-
27. Construindo cones Um triângulo retângulo de hipotenu- li tangular de madeiro é proporcional à sua largura multiplicada
sa ../3 m giro em torno de um de seu:; co.tctos gerando um pdv ttuadntdo tlt: sua profuudidadt.'. (Veja ligum a St:guir.)
cone circular reto. Determine o raio. a altura e o volume do (a) Detemline as dimensões da viga mais resistente que
cone de maior volume que pode ser gerado dessa maneira. pode ser cortada a partir de um tronco de 12 pol de
diâmetro.
(b) Esbuce o gráfico de R em função da largura w dosar-
rafoJ considerando a constante de proporcionalidade
k = L Concilie o que voe~ observar neste Item com
sua resposta ao item (a).
28. Que valor de a fazfix) = x' + (a/.t) ter
(c) Na mesma tda, esboce o gráfico de R em função da
(a) um mínimo local em x : 2?
profundidade d da viga, mantendo k = I. Compare
(b) umpontodeinflexãoquandox = I? um gráfico com o outro e também com a resposta do
29. Demonstre que fix) = x' + (alx) não pode ter um máximo item (a). Qual seria o efeito se admitíssemos valores
local para qualquer valor de a. de k diferentes de 1? Tente descobrir.
snow
314 Cálculo

(a) Em que instantes do intervalo O < I elas passam uma


pela outra? (Dica: sen 2t = 2 scn t .cos t.)
(b) No intervalo OS 1 s: 211', quando a distância vertical
entre as massas é máxima? De quanto é tssa distân-
cia? (Dica: cos 2t = 2 cos 2 I - 1.)

35. A rigidez de uma viga A rigidez R de uma viga retan·


D guiar é proporcional à sua largura multipli«1da pelo cubo
de sua profundidade.
(a) Determine as dimensões que produzem a viga mais
rígida que possa ser cortada a partir de um tronco de
12 pol de diâmetro.
(b) Esboce o gráfico de Rem função da largura wda viga,
considerando que a constante de proporcionalidade
s
k = 1. Concilie o que você observou neste item com
sua resposta ao item (;t). 39. Instalando um painel solar Você foi contratado para
construir um painel solar no nível do solo no eixo les-
(c) Na mesma tela. e.sbocc o gráfico de R em função da
te-ocst·e entre dois prédios, conform<: a figura a seguir.
profundidade d do sarrafo, mantendo k = I. Compare
um gráfico com o outro e tambén1 com sua resposta A que distância do prédio mais alto você deve colocar o
do item (a). Qual seria o efeito se admitíssemos vaJo.. painel para maximi1.ar o núme-r o de horas que o painel fi 4

rcs de k diferentes de I? 'lente descobrir. «1râ exposto à luz quando o sol passar diretamente acima?
Comece pela seguinte observaç;io:
36. Movimento sobre uma reta As posições de duas partí-
culas no eixos são s 1 = sen te$.: = stn (I+ n/3). com s 1 e s! 8 ~ 1T - cotg-1 ~ - cotg- 1 so3~ :c
em metros e tem segundos.
Oeterrnine. então, o valor de xque rnaximiza 8.

'00\ ; =
(a) No intervalo O ~I ~ 211, em que instante as partículas
se encontram?
(b) Qual é a distáncht máxima entre as duas partículas? 00
00
~g 30m
(c) No intervalo O s 1 s 211, quando a dístllncta entre as 60m
pártículas varia mais rapidamente? 00 O
~~--~~~~-,
37. Um carro na ausi'1lcia de atrito Um carrinho preso a uma O x SOm
parede por uma mola é afastado IOon de Sl., posição de re· 40. O princípio de Fermat na óptica O principio de Fennat
pouso e liberado no instante f =O, oscilando então durnnte 4 s. na óptica diz que a luz sempre se prop..1.ga de um ponto a
Sua posição no instante t é dada por s = lO cos1!1. outro por um trajeto que minimi1.a o tempo de propagação.
(a) Qual é a velocidade máxima do carrinho? Quando o A luz emitida por uma fonte A é refletida por um espelho
carrinho se desloca com c.s.sa velocidade? Onde exa~ plano para um observador em um ponto B, como se vê na fi-
tamente isso ocorre? Qual é a magnitude de sua ace 4
gura a set,JUir. Para que a luz obedeça ao p rincípio de Fermat.
leração nesse momento? demonstre que o ângulo de incidência deve ser igual ao ân~
(b) Onde o carrinho se encontra quando a magnitude da guio de reflexão, ambos mt-didos a partir da linha normal
aceleração é a maior possível? Qual é a velocidade do até a superfície refletora do espelho. (Esse resultado pode
carrinho nesse momento? ser deduzido sem a utilização do cáJculo. Há um argumento
puramente gcon'létrico que talve-1. você prefira.)

~
Nonnnl

>S
o 10 Ângulo de
renc:do
38. Duas n1ass.a.s penduradas em molas lado a lado possuem
posições s 1 = 2 sen I e s2 = sen 2t. respectivamente.
úpitulo 4 Aplicações das derivadas 31 5

41. A peste do estanho Quando o estanho metálico é manli· Negócios e economia


do abaixo de l3,2 OC, lentamente se torna quebradiço c acaba
por esfarel:lr, tornando-~ um pó cinza. Se forem mantidos 43. Custa para uma cmpreS<l c dólares manufaturar c distri-
durante anos a baixas temperaturas. obJetos de estanho es~ s a x Uúk1re:.
buit ..:ada utod•ila. Se i:t S n1vdtilás são véJnJilh&
fareJam-se espontaneamente. Os europeus, que observaram cada, o nlunero de unidades vendidas é dado por
os tubos de estanho dos órgãos das igrejas se desintegrarem 11 = x-=-c
á
+ ~ 1 00- x)
no passado, chamavam essa transformação de pes!e do esta-
llllo, porque parecia ser contagiosa- e em certo sentido era, onde a c b são constantes posi ti"as. Qual preço de venda
pois o pó cinza catalisa a própria formação. trará lucro má.'\imo?
44. Você opera uma agência de excursões que pratica os se-
Um catalisndorpara uma reaçãoquímic:a é uma substância guintes preços:
que aumenta a velocidade da reação sem sofrer mudança
S 200 por pessoa, se 5Q p-essoas (o número minimo
permanente. Uma rençiio nutoc(rttJtíticn ê aquela em que o
necessário para fechar um grupo) participarem da ex-
produto é o catalisador da própria formação. Urna reação
cursão.
desse tipo pode decorrer lentamente no início, quando a
Para cada pessoa a mais, até um máximo de 80 pes-
quantidade de catalisador é pequena, e também no final,
soas, o preço é reduzido em S 2.
quando a maioria da substância original já foi consumida.
CustaS 6.000 (custo fixo) mais S 32 por pessoa realizar a
Mas, nesse intervalo, quando tanto a substância original
excursão. Quantas pessoas são necessárias para maximi-
quanto o produto catali.sador são abundantes, a reação
zar seu lucro?
ocorre mais rapidamente.
45. A fórmula do tamanho do lote de Wilson Uma das
Em alguns casos, é razoável admitir que a velocidade de
fórn1ulas para gerenciamento -de almoxarifado diz que o
reação v = dx!dt é proporcional tanto à quantidade de
custo médio semana1 para você encomendar, pagar e ar-
substância original quanto à quantidade de produto. Ou
mazenar uma mercadoria é
seja, v pode ser expressa em função de x apenas e
v= kx(a -x) = kax- kxl .4(q) = qkm + em + hq
2
onde
onde q é a quantidade que você encomenda quando o estoque
x = quantidade de produto,
(de sapatos, rádios, vassouras, seja o que for) está baixo, k é o
n = quantidade de substância no início.
custo para fuzer o pedido (que é constante, não importando
k =constante positiva.
quanto você pede), c é o custo de um item (tuna constante), m
Com que valor de x a velocidade v i:lprcscnta urn máxüno? é o número de itens \'endidos em. UJna semana (uma constan.
Qual é o valor máximo de v?
te) c h é o custo semanal da arrna?.enagem de um item (uma
42. A trajetória d escendente de um avião Um avião, voando constante que leva em conta coisas como o espaço que o item
à altitude H. começa a dcs<:er rumo à pista de pouso de um ocupa, energia elétrica, custo do .seguro e da S<gtrrança).
aeroporto que está a uma distância terrestre horizontal L do (a) Seu h'abalh ~ como almoxarife, é dctcnninar a quan-
avião, como mostra a figura a seguir. Adrnita que a trajetória tidade que minimizará A(<J). Qual é essa quantidade?
descendente do avião é o gráfico de uma função polinomial (A fórmula que você obterá como resposta é conheci·
ciobicay= aA' + bxl +ex+ d, onde y(-L) =H e y(O) =O. da como f6mwla do tat1ra11ho do lote de Wilsou.)
(a) Quanto vale dytdx quando x =O? (h) Os custos de entr<-ga às '""'es dependem do ~'manho do
(b) Quanto vale dy/dxquando x = - L? pedido. Quando isso ocorre, mais cormmiente substituir
k por k + bq, a soma de k e um múltiplo constante de q.
(c) Utilize os valores para dy/dxquandox= Oex= - Ljun·
Qual é a quantidade mais econõmica a se pedir agora?
tamentecom ~<Ol =O e y(-L) = H para demonstrar que
46. Nível de produção Demonstre que o nivel de produção
.v(x) =+(r)'+ 3(t)'] (se houver) cujo custo médio mínimo é aquele crn que o
custo médio é igual ao custo rnarginal.
Traj~tória dc$CCndc:nlc )'
47. Demonstre que, se r(x) = 6x e c(.<) = xl- 6.<' + 15.< são
suas funções de receita c custo. então o melhor que você
consegue é ter receita igual ao cusl'o.
11;; Aliilude de cruzeiro 48. Nível de produção Suponha que c(x) = ."<' - 20.<' +
20.000x seja o custo para manufaturar x itens. Determine
o nível de produção que minimizará o custo médio para
produzir x itens.
316 Cálculo

~19 . Custo médio diário No Exemplo 6) suponha que em Teoria e exemplos


qualquer material incid\\ um custo d relativo à entrega,
que haja um custo s de armazenamento por unidade por 53. Uma desigualdade para inteiros posõtivos Den1onstre
dia e que a taxa de produçâo seJa de p unidades por dia. que, se n. b, c c d sao intc1ros postllvos, então
(a) Quanto deve ser entregue a cada x dias? (a ' + I )(b 2 + I )(c2 + I )(t/2 + I)
(b) Demonstre que abctl ~ 16
px
Cll~to por ciclo = d + 2 s:r 54. A derivada dtldxdo Exemplo 4
(a) Demonstre que
(c) Dctennine o tempo.~ entre as entregas e a quantidade
a ser entregue que minimizam o custo médio diário de /(.r) = ~
entrega e c-stocagcm.
(d) Demonstrequex• ocorrenainterseçãodahipérbole y = é uma função cresce11le de x.
dlx com a reta y = psx/2. (b) Demonstre que
50. Minimizando o custo médio Suponha que c(x) = 2.000 + g(r) = tl -.r
96x + 4x'". onde x representa milhares de unidades. Há um · Y b '+(tl-x)'
nível de produção que min.imize o custo médio? Em caso é uma função decrescente de x.
afirmativo, quol é?
(c) Demonstre que

Medicina
dt
-- X
tlr Cl Vt,:. +
é uma função crescente de x.
.t l
d - .\'

51. Sensibilidade a medicamentos (Continuação do Exer-


cício 50, Seção 3.2.) Calcule a quantidade de medicamento 55. Sejam j(x) e g(x) as funções deriváveis traçadas aqui. O
à qual o organismo é mais sensível, determinando o valor ponto c é onde a distância vertica1 entre as curvas é máxi-
de M que maximiza a derivada dfl./dM, onde ma Há algo especial em relação às tao>gentcs às duas cur-
vas em c? Justifique sua re.sposta.
11 = M1 (~- ~)
e C é uma constante.
52. Como tossimos
(a) Quar'ldo tossimos, a traquéia se contrai e aumenta
a velocidade do ar que passa. Isso levanta qu~stões
sobre quanto deveria se contrnir para maximizar a
velocidade e se ela realmente se contrai tanto assim
quando tossimos.
56. Você foi incumbido de determinar se a função j(x) = 3 +
Considerando olgumas hipóteses ra.zo-'\veis sobre a elas-
4 cos x + cos 2x é negativa em algum momento.
liddade da parede da traqué.ia e de como a velocidade do
ar próximo às paredes é reduzida pelo atrito, a velocidade (a) E.xplique por que você precisa considerar apenas os
média v do fluxo de ar podC" «'I' n1odclada pe-la equação valores de x do intervolo (O, 21T).

v = c(ru - r)rl cm/s, 'o ~ r S r(I


(b) f é negativa em algum n1omento? E xplique.
2 57. (a) A função y = cotg x - J2 cosec x possui um valor mi-
onde r0 é o raio. em centímetros, da traquéia em re- nilno absoluto no intervalo O< x < n. Determine-o.
pouso e c é urna constante positiva cujo valor depen- (b) Esboce o gráfico da função c compare o que você ob-
de, em parte, do comprimento da traquéia. D serva com sua resposta do item (a).
Demonstre que v é máxima quando r = (213)r., ou seja,
quando a traquéia está cerca de 33% contraída. O im- 58. (a) A função y = tg x + 3 cotg x possui valor mínimo
pressionante é que imagens obtidas com raios X confir- absoluto no intervalo O< x < rr/2. Determine•o.
mam que a traquéia se contrai assim durante a tosse. (b) Esboce o gráfico da função e compare o que você
(b) Sendo r0 =0,5. c~ 1, trace o grá6co de v no intervalo D obscf\'3 com sua resposta ao item (a).
D Os r s 0,5. Compare o que você observa com a afir- 59. (a) Qual é a distância mínima de um ponto da curva y =
mação de que v é máxima quando r = (2/3)r0• .[;ao ponto (3/2, O)? (Dica: Mininlizando o 'l"adrado
snow
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 317

da distância} voce evita trabalhar com raí?.es quadra· 62. Circunscrevendo uma elipse Sejam P(x, n) e Q(- x, n)
das.) dois pontos da metade superior da elipse
(b) Trace juntos os gráficos da função distância e de y = x'
wu+
(.r - 5)'
O .JX c concilie o que você observa com sua resposta ao 2:> = I

item (a).
centrada em (0, 5). Um triângulo RST é fom>ado usando-se
as retas tangentes à elipse em Q e P. como mostra a figura.
)'
R

~~----~---------.x
o (~-o)
60. (a) Qual é a distância mínima de um ponto da semicir· S T .r
cunfcrência y = .Jt6-x' ao ponto (1, .J3 )? (a) Demonstre que a área do triângulo é
(b} E~occ juntos os gráficos da função distância c de)'
11 1
; 16 - x econcilieoquevocêobservacomsuares· A(x) =- j'(x)[x- J~x) ]'
f(.<)
posta ao item (a).
onde y =j(x) é a função que representa a metade su·
f USANDO O COMPUTADOR perior da elipse.
(b) Qual é o domínio de A? Esboce o gráfico de A. Como
Nos exercícios 61 e 62. talvez seja útil utili?.a( um SAC. as assintotas do gráfico estão relacionadas com a si-
61. O problema geral do cone Um cone de altura Ir e raio tuação do problema?
r é construido a partir de um disco plano de raio n pol, (c) Determine a altura do triângulo de área minima.
removendo·se o setor AOC do arco de comprimento x pol Como ela está relacionada com a ordenada do centro
e, então, unindo-se as extremidades OA c OC. da elipse?
(a) Determine uma fórmula do volume V do cone em (d) Repita os itens (a), (b) c (c) para a elipse
função de x c de a.
x' (y - B)'
(b) Determine r e Ir do cone de volume máximo para C'+ B' - I
n =4,5,6e8.
centrada em (O, B). Demonstre que o triângulo tem
(c) Encontre uma relação simples entre r c /J <.)UC seja á.rta mínima quando a altura é 38.
independente de a para o cone de volume máximo.
Explique como você chegou a essa relação.

-,
"'
'' c
f

Formas indeterminadas e a regra de :CHôpital


Companion john Bernoullí descobriu uma regra para calcular li mites de frações
W'cbsitc cujos numeradores c denominadores tendem ~ zero ou a +oo. A regra
1\iografi-a histórica é conhecida atualmente como regra de CHôpital, em homenagem a
Guillaume de I:Hópital, um nobre francê$ que escreveu o primeiro texto
Guillaume François introdutório de cálculo diferencial, em que a regra foi impressa pela pri-
Amoine ôc L'Hópital meira vez.
(1661 -1704)
snow
318 Cálculo

Forma indeterminada 0/0


Se as funções contínuas j(x) e g(x} são zero em x =a, então
. j(x)
I tm - -
..-. g(x)
não pode ser encontrado com a substituiç.i.o x = a. A substituição gera 0/0,
urna expressão sem significado. que não pode ser calculada. Usamos 0/0 para
denotar uma expressão conhecida como fom.1a indeterminada. As vezes.
mas não sempre, limites que levam a formas indeterminadas podem ser en·
contrados por cancelamento, rearranjo dos termos ou outras manipulações
algébricas. Foi iS.IIiO que constatamos no Capitulo 2. Foi necessária muita aná-
lise, na Seção 2.4. para encontrar lim,~o (sen x)l.<. Mas fomos notavelmente
bem·sucedidos com o limite
, . f(x) - /(o)
f (o) = Iom
:r-a
r
• 0

com o qual calculamos derivadas c que sempre produz o equivalente de 0/0


quando substituímos x =n. A regra de I:Hôpital nos permi.tc ter sucesso usan·
do derivadas para calcular limites que, abordados de outra maneira. levam a
forma.s indeterminadas.

Atenção! Teorema 6 Regra de CH6pital (primeirn forma)


Para apliCllr a regra de Chôpital aflg, divida Suponha que }ta) = g(a) = O, que f'( a) e g'(a) existam e que g'(a) " O.
a derivada def pela derivada de g. Não caia Então
na arrnadW>a de pegar a derivada de flg. O . /~<) f'(a)
quociente a ser usado é f'/g', não if!g)'. hm -- = - -
• ..... g(x) g'(a)

PROVA Trabalhando de trás para a frente, a partir de f"<a) e g'(a), que


são elas mesmas lírnitcs, temos
. f(x) - J(a) f(x) - f( o)
~'! ·' a = lim -;....,...-....,....,..
-/'(a) - -'---'--..,.-,,.--,....,...
,\ ' - (I

g'(a) - . g(x) - g(t•) .<-• g(x) - g(tr)


hm r a X a
x-a ·
. /(x) - /(t•) . /(x) - O . /(x)
Iun = 1un = 1un - -
.<-• g(x) - g(a) •-• g(x) - O .•-• g(x)

EXEMPLO I Usando a regra de t.:Hõpital

(a) lim 3x- senx = 3 -


;r-O x
cosxlx• O = 2
I

(I)
) I un
.~-
.T-0
,.
.
=

Às vezes, após a derivação, o denominador e o nu rnctador novos são


iguais a zero em x =a, como vemos no Exemplo 2. Nesses casos, aplicamos
uma forma mais forte da regra de I.:Hôpital.
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 319

Teorema 7 Regra de I:Hôpital (fom1a mais forte)


Suponha que}\a)= g(a) =O, quef c gsejam deriváveis em um intervalo
aberto 1 contendo a c que g'(x) " Oem 1 se x " li. Então
lim /(x) = lim /'~<)
•-• g(x) x-a g'(x)

desde que exista o limite no lado direito da igualdade.

Antes de darmos uma prova desse Teorema 7, vamos examinar urn


exemplo.

EXEMPI.O 2 Aplicando a forma mais """nçu<.la <lc l:ll6pi1nl

. ~ - 1 - x/2
(a) hm
.-o x2

;;

. -(1/ 4)(1 +
.•>"'"
,..... (1/2)1 1 + 2:xr'" - 1/2
= hm
.,
= hm ., - -8

{b) lim x - s.:n :r


".... -
•-<~ xl

• lim I - ~O$X
x-0 3.
= lim~
"~ (~r

= .tlim~
-o 6
•!
6

A prova da forma mais forte da regra de tHópilal baseia·sc no teorema


Companlon do valor médio de Cauchy, um teorema que envolve duas funções em vez de
Website uma. Provaremos, primeiro. o teorema de Cauchy e. depois. mostremos como
1liogralia histórica ele leva à regra de I:Hôpital.

Augustin·Louis Cauchy Teorema 8 Teorema do valor médio de Cauchy


( 1789· t857) Suponha que as funções f e g sejam contínuas em [a, b] e deriváveis ao
longo de todo o intervalo (a, b); suponha também que g'(x)" Oao longo de
todo o intervalo (11, b). Existe, portanto. um número cem (11, b) no qual
! '(c) f (b) - / (a)
--:
g'(c) g(b) - g(ll)

PROVA Aplicaremos duas vezes o teorema do valor m~dio da Seção


4.2. Primeiro, vamos uliliz.á-lo para demonstrar que g(a),. gib). Seg(b) fosse
igual a g(a), o teorema do valor m~dio rcsuharia em
g'(c) = g(b) - g(ll) = O
b-a
para algum centre a e b, o que não pode ser verdade, pois g'(x) "' Oem (a, b).
Em seguida, aplicaremos o teorema do valor médio à função
f(b) -/(a)
F(.<) = /(x) - f(a ) - (l) ( ) l[ g(.t) - g(a)]
g,-ga
320 Cálculo

y Essa função é contínua e derivável onde/e gsão, e F(b) =F(a)= O. Assim,


existe um número c entre a e b para o qual F'(c) = O. Quando expressa em
função de f e g, essa equação se torna

F'(c)= /'(c) - /(b)- /(a)lg'(c))=O


(~(b). f(/>)) g(b)- g(a)
ou
I J'(c) f(b) - J(a)
g'(c) = g(b) - g(a)
Observe que o teorema do valor médio da Seção 4.2 é o Teorema 8 com
g(x) =x.
O teorema do valor médio de OlUchy tem uma interpretação geométrica
FIGURA 4.44 Existe pelo menos um para uma curva C definida pelas equações paramétricas JC = g(l) e y =}li). A
valor do parâmetro 1 = c, a < c < b. para partir da Equação (2) da Seção 3.5, temos que o coeficiente angular da curva
o qual o coeficiente angular da tangente à paramétrica em 1 é dado por
curva em (g(c),jlc)) é igual ao cocficienlc dy/dt J'(t)
angular da sec.tnte que conecta os pontos tl'/dt = g'(t)
(g(a),jla)) e (g(b),j{b)).
portanto J'(c)/g'(c) é o coeficiente angular da tangente à curva quando t =
c. A sccante que conecta os dois pontos (g(a),jln)) e (g(b),)lb)) em C tem o
coeficiente angular
f(b) - J(a)
g(b) - g(a)
O Teorema 8 diz que exi.ste um valor para métrico c no intenralo (a,b) para
o qual o coeficiente angular da tangente à curva no ponto (g(c),jlc)) é igual
ao coeficiente ang11lar da sccante que conecta os pontos {g(a), fia)) e (g(b),
}lb)). Esse resultado geométrico é mostrado na Figura 4.441. Observe que pode
existir mais de um valor para métrico c com essa característica.
Provaremos agora o Teorema 7.
Prova da forma forte da regra de Cliôpital Primeiro, csta~lccemos a
cquação·limite para o caso x-.. a". O método para x-.. a- é praticamente o
mesmo, e a combinação desses dois casos formará o resultado.
Suponha que.< se situe i\ direita de a. Então, g'(.<) " O, e podemos aplicar o
teorema do valor médio de Cauchy ao intervalo fechado de a a x. Esse passo
produz. um número c entre a ex tal que

---
f'(c)
g'(c)
J(x) - j(t1)
g(x) - g(<~)

Mas fin) = g(a) =O, logo


f'(c) f(x)
g'(c) = g(x)

Quando x tende a a, c tende a a porque ele sempre fica entre a ex. Con~
seqüentemente,
. J(x) . J'(c) . f'(x)
hm - - = hm - - = hm - -
...-.· g(x) c-a• g'(c) .v-a• g'(.<)

que estabelece a regra de I.:Hôpilal para o caso em que x aproxima·sc de a por


cima. O caso em que x se aptoxima de a de baixo para cima é provado pela apli-
cação do teorema do valor médio de Cauchy ao intervalo fechado !.<, n), x < n.
snow
Capitulo4 Aplicaçõesdasderivadas 321

A maioria das funções encontradas no mundo real e a rnaioria das funções


vistas neste livro satisfazem as condições da regra de L'Hôpital.

Usando a regra de L'Hópital


Para determinar
lim /(x)
·•-• g(x)
pela regra de CHôpital, continuamos derivando f e g até obter a forma
0/0 em x = a. Mas, assim que uma ou outra dessas derivadas for dife·
rente de zero em x =O, paramos de derivar. A r.ogra de l'Hôpital não se
aplica quando o numerador ou o denominador apresentam um Um i te
finito diferente de zero.

EXEi\tJ)LO 3 Aplicando in<orrcl;.lJllcntc t1 forma mais fOrte d.- n.:-gra


<ie l'Hôpital

. I - cos.\·
I Jm 2
x-0 X +x
= lim senx
.-o 1 + 2<
Até agora o cálculo está correto, mas, se continuarmos a derivar na
tentativa de aplicar a regra de CHôpital mais uma vc-l, teremos
lim 1 - cosx = lim 2ffiL = lim ~ = l
x-o x + .\·2 x-o I + 2\' x-o 2 2
o que está errado. A regra de l'Hôpital só pode ser aplicada a limites que
resultam em formas indeterminadas, e 0/l não é urna forma indetermi·
nada.

A regra de l'Hôpital também se aplica a límites laterais, como fica evidente


na prova do Teorema 7.

EXEMI'LO 4 Usando o regr;t do t:Hõpilal J>arn limi1cs laterais


Lcmbre~se de que oo e +oo têm o mesmo
(J
significado.
o

(b) lim seu x o


·'" -o- x2 o
• lim ~ - - 00
x-o· 2x

Formas indeterminadas oo/oo, oo · O, oo - co

À$ ve-tes, ao tentarmos calcular urn limite quando x .,... a substituindo x =a.


obtemos uma expressão ambígua do tipo oo/oo, oo • Oou oo - oo, em vez de 0/0.
Vamos primeiro examinar a forma t»/oo.
322 Cálculo

Em livros mais avançados., prova·se que a regra de L~Hôpital aplica··se à


forma indeterminada oo/oo, assim como a 0/0. Se j{x) -. t oo c g(x) -+ ::too
quando x--> a, então
. f(x ) . f' (x)
- = hm - -
.-hm
r-, -
g(x) .--,. g ' (x)

desde que o último limite exista. Na notação x -+ a. o (t pode ser finito ou in.finito.
Além di.sso, x--> a pode ser substituído pelos limites laternis x--> a• ou x--> a·.

r;XHMPLO 5 Trab;.\lhando com a fonna indeterminada ooloo


Encontre

• e:r
(a) lim sccx
.x-•/2 I + tgx
(b) lim ..l!!L (c) hm -;.
x-oo 2V,;: x-oo x·

SOLUÇÃO
(a) O numerador e o denominador são descontínuos em x = rr/2, então
investigamos o limite lateral nc,s.s.e ponto. Para aplicar a regra de
CHõpital, podemos escolher I como qualquer intervalo aberto com
x ::: rr/2 corno extremidade.

lim secx
.x -(n/W I + tgx

O lirnite à direita também é t, com (- oo)/(- oo) como a forma inde-


terminada. Logo, o limite bilateral é iguala l.
. lnx . 1/ x . I
(b) lnn - - ~ hm - - ~ lun - - ~ O
.x-oo 2V,;: x-oo 1/ y;, ,-oo y;,
ex ex eX
(c) Jim 2 - lim '\~ - lim -2 a O<)
:r-co X x- oo ~ x- oo

Vamos, agora. voltar nossa atenção às formas oo • O c oo - oo. Pode·


mos, às vezes, Jidar com essas formas usando a álgc:bra para convertê·
las nas formas 0/0 ou oofoo. Novamente, não estamos sugerindo que
exjsta um número oo • O ou oo - (lo()• nem que exista um número 0/0
ou oo/oo. Essas formas são apenas notações que de-s crevem o comporia·
mento de unla fu_nção quando os limites sào levados em conta. A seguir.
você encontrará exemplos de como podemos trabalh,ar com ta.is formas
indeterminadas.

EXEMPLO 6 Trnbalhando com a tOrma indctcrn'lill;.Hia CIO · O


Encontre

(a) lim
:r-oo
(x sen +) ·
(b) lim
x-o·
y;, lnx
Capitulo4 Aplicaçõesdasderivadas 323

sowç,\o
(a) lim
:r-oo
(xseu +) ·

= h-o·
Jim (+ sen 11) =
1t
Seja I; • lj x

. •r . Jnx
(b) Iuuv x 1nx er 1m\ .r
.<-O' x- o· 1/ v x
Jfx
= .-o·
lim
- l/ 2t•V2 = x-o·
lim ( -2Vx) = O

EXf.Ml'LO 7 Trnbalhnndo conl a forma i ndélcrminado oo - oo

Encontre
I. ( I I)
1111 - - - -
x- 0 sen ,\' x
1

SOLUÇÃO Se x-)> O'. então sen x-) O' e


_I_-! ~ oo - oo
senx x
De maneira análoga. se X_. o-, então sen X ....... o- e
_ I_ _ l_, - oo- (-oo) = -oo + oo
sen .t x
Nenhuma das duas formas reveJa o que acontece com o limite. Para
descobrir, primeiro, combinamos as frações:
_ 1__ l = x- senx
senx X xsenx
Então, aplicamos a regra de J:Hópital ao resultado:

lim ( -1-
:t- O seu x
- l)x = lim ,\' - sen X
,,..:...o :r: sen ,\'
o
o

x-o senx 7
a hm I _- co""s"'x~
• _ _,_ . I o
O
J\111(3
+ xcosx
= lim scn x =Q = O
x- o 2(0S .\' - .T sen .x 2

Potências indNerminaôas
Os limites que levam às formas indeterminadas J'"". 0° e qt,)co podem, às
veze<s. ser tratados utilizando-se primeiro logaritmos. Usarnos a regra de
L'Hôpital para encontrar o limite do logaritmo; calculando a exponencial nes·
se valor. obtemos o limite da função original. Esse procedimento é justificado
pela continuidade da fu nção exponencial e pelo Teorema I J da Seção 2.6. e é
formulado como segue.

Se li.m,...., lnj{x) =L, então


lim f(x) = lim e 1• /(•l =é
.x-a x- o
Aqui a pode ser finito ou infinito.
324 Cálculo

EXEMPLO 8 Tr3b;,tlhan<.lo com a fonna indctcrminatla I"'


Aplicamos a regra de CHôpital pam mostmr que lirn , 0, (I + x)11' =e.
SOLUÇÃO O limite leva à forma indeterminada 1~. SupOmos J(x) =
..
11
(1 +x) ... eencontramos lim lnj{x). Umavezque
......o·

In/~<)= ln(l + x)''' = }ln(l + .<),


a regra de J:Hôpital pade então ser aplicada c vai resultar em
ln ( l + x) 0
lim In jÇr) = lim
x-o-• x <t
x-o· ·
I
I +.r
= lim - - -
x- o· I
= + = I

Então,
lim (I + x) 'l• lim Hr) = lim e '•f(•l = e 1 =e
= ,\'-:.o•
.'t- o· :c- o'*

EXEMP LO 9 Um;, forma indeterminada oo~


Determine lim~.... x11x
SOLUÇÃO O limite leva it forma indeterminada ..•. Supomos j(x) =
x11• c encontramos lim~.. In j(x}. Uma vez que
In r
ln/Çt ) • lnx'' ' • 7

a regra de I:Hópital resulta em


1 00
lim In /(r) = lim "/ 00
x-oo x-oo ·
1/ x
= lim -
,r:-oo I

=~=O
Então,

limx'" = limj(x)= lim e" 1"'1 =e' =I


Ji;-- K... - A~

Exercícios 4.6
Encontrando limites 5. lim I - COS.\' . 2v 2 + 1t
6. Iun ,
Nos exerdcios J.. 6J use a regra de CHôpital pa.ra calcular ..-o .r1 x-oo .r + .\' + I
o limite. Depois, calcule o limite usando um método esl\ldado
no Capitulo 2.
Aplicando a regra de };Hôpital
. X- 2 Use a regra de I.:Hôpital para encontrar os limites dos cxer~
I . Iun -,--
x-z.t ~ - 4
dcios7- 46.
. 5.v2 - 3x , . '
.v· - I
3• I1m ., ~. 1IIU l :\"- ')
x-oo 1x .. + I x-14x - .l ' - 3 7. 1 im ~
x-l:r - 4
Capitulo4 Aplicaçõesdasderivadas 325

9
r 13 - 41 + IS t>- I
I O. lim .,-,;-----'-..,.
Teoria e aplicações
. ,~f!!J 12 - I - 12 <-I 41 1 - I - 3
A regra de t:Hôpital não ajuda a encontrar os limites dos
11. lim Sxl - 2.\' X - 8.\'2
ll. lirn ...::...,,-=,- exerr.kios: 57-fiO. Tente: você volta~ $empreao me,;:mn ponto.
,,._oo 7.t·J + 3 x-oo 12r· + S.\'
Encontre os limites de outra maneira.
. sen t 2 14 r scn 51
l.l. hm - -
•-• 1 . ~~~21
•<7• 1'1111 ~
• ,......-; <"
.o.
I' y;
'"' . , - -
.r-oo v,,. + I ...-1)' v~nx
16. limsenx-x
.t- 0 XJ 59. lim ~ 'O
~, .
I'
1m .. .~.COig.r
x- (rr/2)- tg.\' Jl'-o· ..0~-.... ··
20
r ,, cos (21T- -" 0) 1s r +" 30
11
.•.:.r; · •-'~~/3 scn (O + (n/3))
61 . Qual está correto e qual está errado? Justifique suas res-
19
r 1 - sc.nO 20. lim ·' - 1 postas .
. o.!.'J:/2 I + CO:\ 20 x- 1 In X scn 1fX

ln(coscc x) (a) lim x - 3 = lim .!. = !


21 r x:. 22. lim ., .r- l .\'l - :3 ..-•3 2f 6
• .~ In (sccx) .<-n/2 (x - (n/ 2))·
~I(:,:.
1_-...c:.:O::,S~
1) (b) lim x2 - 3 = Q. = O
23. Jim- 2~. lim I sen t ,( -l .\' - 3 6
t-o t - scnt t-0 1 - COSI

62. Qual está correto e qual esJá errndo? Juslifique suas res-
25. lim
,t-(1f/1)-
(.t - !.!.2 ) scc :c 26. li1n _
,l-(11/l:)
(!!.2 - x) 1gx
postas.
. J~nff- J . (1/2)"- 1
(a) lim x - 2~ • lim 2 _. - 2
2
27. hm 28. lnn
tJ-•0 9 lt- •0 8 x-o .r1 - scn .r x-o 2x - cos .\'
29 r .a• . l'(- I
30. hm - , e I.un 2 a -2- s I
. .~2"- I ... -o 2 - 1 .---o 2 + senx 2 +O
In (x + I) log,.r
lb) lim .rl - 2x liln 2 -- - 2 • -=1.... a 2
3 1. lim
1o~x 32. lim 1 ( + . 11111
:a--oo x-oo Ol?J X 31 x-O:rz- scn x .r-o 2x- cosx O- I
ln (.r2 + lr) ln(e' - I)
33. lim 34. lim 63. Somente um destes cálculos csní correto. Qual deles? Por
"-o· 1nx x-o· 1nx
que os dcrnais estão incorretos~ Justifique sua resposta.
Vsr + 2s - s ~-a
~5. lim J' 36. 1im J' ,11 > 0
,-o , r-o (") lim .dn.r = 0·(-00) =O
...-o·
,......
37. lim (In lr- In (r + I)) 38. lim (In .r- lnscnx)
,(-o· (b) lim xlnx • 0 · (-oo) • -oo
x-·0 '
J9. lim
A-O
scn(a +h) - scn a
,
fl
40. lim
.r-o·
(Jx .r+ 1 - -sen1-).r; (t) lim x lnx •
.-o·
lim
x-o• ( 1/x)
.l!!.:L • ~ •
00
- I

~I. x-1' 1
lim ( -X- - l -
1
-In-)
,\'
42. lim (coscc .r - co1gx
x-•0'
+ cosx) .
(d) I1m I
.t-o· x '' x
I'
= s-o· ln.r
un ( I/ .t')
.. - (I +h)
~3. lim cosO-i 44. lim
( 1/.r)
= lim - - . - = lim (-,,)=O
u-oe"-0-1 •-o " 2 .<-O' (-1/x-) ..-o·
~~ ,. e' + ,z fim :c e-~
..t6. ,_,. 2
· · ,..!.~,.,_, 64. Seja
f(,,)={~.+ 2, ""o c g(x) = {'r + I, .< .. o
.r = O o. x=O
Limites envolvendo bases e expoentes
(a) Mostre que
Determine os limites nos exercidos 47-56.
. j'(x) . Ar)
-17. lim x 11< 1..•) .JH. lim... x 1~.Y-I) hm ""'()=I mas hm - - • 2
.r-- 1· .r-• 1
...-o g x .•-~ g(x)
49. lim (In ,,) I/Y 50. lim (ln.t) 11tt-d (b) Explique por que isso não contradiz a regra de
:t-oo .t-t•"'"
:;) , lim x-l/lu 52. lim x lfln.T I:Hôpital.
.r--0" ,,...... 00

lim ( I + l\·) 1/t.l hu-)


$3. ,_., ;.1, lim (e' + .rJ''' 65. Extensão contínua Calcule um valor de c que faça que a
x-•0
função
56. lim (1 + t)'
.~~o·. 9.\' - 3sen3x
x"O
/(x) -
{
c.
s.,• .
.'( . ()
326 Cálculo

seja contínua em x = O. Explique por que o seu valor de c 71. A extensão oontinua de (sen x)' para [O, n)
funciona.
D (a) Trace o gráfico de f(x) = (scn x)' no intervalo O S x
66. Forma eo- oo S n. Qual valor você atribuiria a f para que ela fosse
D (a) Esrime o valor de cont(nua em X = 0~

fim
..-oo
(.v - Vx 1 +.v) (b) Verifique sua conclusão do item (a) encontrando
fim,~•· f(x) com a regra de CHópital.
lraçando o gráfico de f(x) = x - -/x' + x em um in- (c) Voltando ao gráfico, estime o valor máximo de f em
tervalo suficientemente grande de valores de x. [O, n). Aproximadamente onde está maxft
(b) Agora confirme sua estimativa encontrando o limite (d) Melhore sua estimativa do ilem (c) fazendo o gráfico
pela regra de I:Hõpital. Como primeiro passo. muhi- de f na mesma janela para ver onde ele cruza o eixo
plique f(x) pela fraç;io (x + -/x' + x )!(x + -/x' + x ) x. Para simplificar seu trabalho, vocé pode retirar o
e simpUfique o novo numerador. fator exponencial da expressão de f' e representar
graficamente apenas o fator que tem um zero.
67. forma 0/0 Eslime o valor de
D n. A funç;io (scn x)'•' (Cot~lit~uação do Exercício 71.)
. 2< 2 - (3.< + I )~+ 2
lun
.r-1 x- I
11 (a) Trace o grá.fico de f(x) =(sen x)'<' no intervalo -7 S
x s 7. Como você explica as lacunas na curva! Qual a
traçando o gráfico. Ent-ão, confirme sua estünativa pela extens.lo dessas lacunas?
regra de CHôpilal. (b) Agora. trace o gráfico de f no inlcrvalo O :;; x s "· A
68. Esrc exercício explora a diferença entre o limite função não é dellnida em x = n/2~ mas a curva não é
interrompida nesse ponto. O que está acontecendo!
lim ( 1 +
;r-oo
~)'
X
Qual valor o gr.ifico parece fornecer para f em x =
n/2? (Dica: Use a regra de CHôpital para determinar
e o limite
lim f quando x--> (1r/2r ex--> (Tr/ 2)'.)
lirn
·•-oo ( + -I)'' = e
I
,t'
(c} Continuando com os gráficos do i tem (b), determine
max f e min f da 1naneira mais precisa possível c esti-
(a) Use a regra de CHôpital para mostrar que me os valores de .-.: nos quais eles ocorrem.
73. Seja
D ~ I - cos.v•
/ (X ) ,.,
X -
(b) Faça juntos os gráficos de
Explique por que alguns gráficos de f podem fornece.r in-
D
/(x) = (I + .:s c gf.<) = (I + ~)' formações falsas sobre lirn....., /(.<). (Dica: Tente a janela
(-1, 11 por [-0,5, 1].)
para x ~ O. Compare o comportamento de f com o de 74 . Encontre todos os valores de cque satisfazem a conclusão
g. Eslime o valor de lim,_," f(x). do teorema do valor médio de Cauchy· para as funções e o
(c) Confirme sua cslimativa de lim,,_," f(x) cakulando·o intervalo dados.
com a regra de I:Hôpital.
(:l) f (v) • ·'· g(.<) • ·''· (o, l>) • ( - 2, O)
69. Mostce que (b) f(x) = x, g(.<) = ·' '· (li. I>) arbitrário

~~(1 +i)*=cr (<) f( x) = ,v l/ 3 - 4,<, g (.v) = .<1. (o, b) = (0. 3)

70. Dado que x >o. encontre. caso exista, o valor máximo d e i5. Na figura a seguir, o circulo tem raio OA igual a 1, e A8 é a
tangente ao circulo em A. O arco AC mede 8 em radianos
(a) x 11'
e o segmento AB também tern comprimento 8. A reta que
(b) x""";
vai de 8 a C cruza o eixo x em P(x, O).
(c) xur- (sendo num inteiro positivo) (a) Mostre que o comprimento de PA é
(d) Mostre que lirn A->lt> x•'"~. = I para qualquer inteiro po- 0(1 - cos O)
1 -.-=
sitivo "· . o -sen8

,_,
(b) Determine lim (I - x)
snow
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 327

(c) Mostre que lim ((I - x)- (l - cos 8)] = O 76. Um triângulo retângulo tem um cateto de comprimento
·~~conclusão geometricanumte.
Interprete essa 1, outro de comprimento ye uma hipotenusa de compri·
)'
mento r. O ángulo oposto a y mede 8 em rndianos. Deter-
mine os ltmhes quando 6 -t TTI2 de
(a) r- y
(b) , - >"
(c) ,J- y'

O método de Newton
Um dos problemas básicos da matemática é r esolver equações. Usando
a fórmula quadrática) sabemos como encontrar um ponto (solução) onde
x' - 3x + 2 = O. Existem fórmulas mais complicadas para resolver equações
cúbicas e quárticas (polinômios de grau 3 e 4), mas o matemático norueguês
Ne.ils Abel demonstrou que não existem fórmulas sjmples para resolver po1i·
Companion nôrnios de grau cinco. Não existem fórmulas simples para resolver equações
Wcbsitc do tipo scn x =- x!. que envolvem funções transcendentes, com polinômios e
Biografia hhlóncn outras funções algébricas.
Nesta seção, vamos estudar um método numérico denominado método de
Ncil~ Hcnrik Abd
Newton, ou método de Newton-Raphson, que consiste em uma técnica para apro-
( 1802-1829)
ximar a solução de uma equaçãoJ(.<) = O. Em css~ncia, esse método usa retas tan-
gentes para substituir o gráfico y=j(x) próximo aos pontos onde/é zero. (Um va-
lor de x ondef é zero é uma raiz da funçãof e uma $0lução da equaçãoJ(xl =O.)

y Procedimentos para o método de Newton


O objetivo do método de Newton parn estimar a solução de uma equa-
ção j(x) = Oé produzir uma seqü~ncia de aproximações que acabarão apro-
ximando a solução. Pegamos o primeiro número x 0 da seqüência. Então, sob
circunstâncias favoráveis, o método vai se encarregar do resto, caminhando
passo a passo rumo a um ponto onde a curva de f c.mza o eixo x (Figura 4.45).
A cada passo, o método se aproxima mais de uma raiz def utilizando uma raiz
de uma de suas linearizações. Eis como ele funciona.
A estimativa inicial. xc. pode ser determinada graficamente ou por pura
adivinhação. Assim, o método usa a tangente à curva y = j(x) em (.<0, j(x0 ))
R:úz
para aproximar a curva, chamandQ x 1 o ponto onde a tangente cruza o eixo x
(Figura 4.45). O número x, gcrnlrnente é uma aproximação melhor da solu-
.t, ,\'1)
ção que .\"0 • O ponto"~ onde a tangente à curva (x1,j(x1)) cruza o eixo.<, é a
ScguDda Prirncirn
APROXIMA(.:ÚI'l.'i
aproximação seguincc. Prosseguimos. usando cada aproximação para gerar a
próxima. até que estejamos suficientemente próximos da raiz para cessar.
FIGURA 4.45 O método de Newton Podcnlos derivar uma fórmula para gcrnr as aproxinlaçõc-s suce-ssivas da
começa pela estimativa inicial x0 e (sob maneira apresentada a seguir. Dada n aproximação Xm a equação da tangente
circunstâncias favoráveis) meUlora a à curva em (x11,}tX11) ) é
estimativa a cada passo. y = J(x, ) + j'(x")(x - x ,)
Podemos determinar onde essa curva cruz.a o eixo x tornando y = O (Fi-
gura 4.46).
328 Cálculo

)' O • / (.<,) + /'(x,) (.< - x, )


Ponto: (:r,..f(;r,. ))
f(x.)
Coeficktlte ;mgol:'tr: f'(x,.) - f' (x.) c x - x.,
&waçno da t~ngcmc:
y - /(:r") • /'(x,.)(:r - x,.) /(x. )
X a .r.- f'(x.) Sc j'(.•.l 1 O
Reta t;rng.cntc
(~r.lfico d• Esse valor de x é a próxima aproximação x••,. Eis um resumo do método
Iint."":lri1,..'lç!lo de Newton.
déf cmx)

Procedimentos paro o método de:: N'c,...·ton


I. Escolha uma primeiro aproximação paro resolver a equaçãoJtx) =O.
Um gráfico de y = }tx) pode ajudá-lo.
x..... = x.. -
f<x.>
f'(;t,.} 2. Use a primeira aproximação paro obter uma segunda, a segunda
para obter uma terceira e assim por diante, utilizando a fórmula
FIGURA 4 .46 Geometria das etapas /(.<.,)
sucessivas do método de Nc"1on. A par- x,., = x., - f'(x.) , se f'(x,) ~ O (1)
tir de X 11, seguimos para cima até a curva
e descemos pela reta tangente para de·
terminar X11 .. 1• Aplicando o método de Newton
As aplicações do método de Newton em gemi envolvem muitos cálcu-
los numéricos, o que as torna especialmente adequadas para computadores
ou calculadoras. De qualquer modo, mesmo quando os cáJculos são feitos
manualmente (o que pode ser bem tedíoso), o método é u.ma boa maneira de
achar soluções paro equações.
Em nosso primeiro exemplo, determinaremos aproximações decimais
para .fi estimando a raiz positiva da equaçãoJtx) = K- - 2 =O.

EXEMPW I Dcternunando a raiz quadrada de :2


Determine a raiz positiva da equação
}tx) = x' -2 = 0
SOLUÇÃO Com}tx) = x' - 2 cf'(x) = 2x, a Equação (l) torna-se
x, 2 - 2
X,, ._, ;;: XN - 2:
<n
x,. l
= Xn- 2 +X:
l
--+-
2
Xn
x,
A equaç.io
x,, I
.r,+l • 2 + Xn

perrnite pas.sar de uma aproximação para a seguinte usando poucos co·


mandos. Com o valor inicial x0 = I. obtemos os resultados da primeira
coluna da tabela a seguir. (Com cinco casas decimaís, -fi= 1,41421.)

Erro Número de algarismos 'orrctos


x0 = I -0,41421
x1 = l ,5 +0,08579 I
X,= 1,41667 +0,00246 3
x, = 1,41422 +0,00001 5
Capitulo4 Aplicaçõesdasderivadas 329

)' O método de Newton é usado pela maioria das calculadoras para de-
terminar raízes, pois converge muito rapidamente (adiante veremos mais
20 sobre isso). Se a aritmética da tabela do Exemplo I tivesse sido realizada
com 13 casas decimais, em vez. de .5, emao lnd!o um passo além terfamos
t5 obtido J2 com mais de 10 casas decimais corretas.

tO
F.XF.MPJ.O 2 Usando o método de Newton
5 -
Determine a abscissa do ponto onde a curva y = r - X cruza a reta
horizontal y = I.
SOLUÇAO A cun'3 cruza a reta quando :x' - x = I ou :x' - x- I = O.
Quando Jtx.) = x' - x - I é igual a zero? Como fll) = - I c}t2) = 5, sabemos
FIGURA 4.47 O grá!ico de}tx) =
pelo teorema do valor intermedicírio que existe uma raiz no intervalo (1, 2}
.-c' - x - 1 cru1.a o eixo x uma vez.;
(Figura 4.47).
essa é a raiz que queremos encon-
trar (Exemplo 2). Aplicamos o método de Newlon a f com valor inicial x0 = I. Os resul-
tados estão apresentados na Tabela 4.1 e na Figura 4.48.
Quando 11 = 5, chegamos ao resultado .<6 = x, = 1,3247 17957. Quando
x.., = x., a equação (I) mostra queJtx. ) = O. Chegamos à solução deJtx) =
Ocom nove casas decimais.

TABELA4.1 Resultado da aplicação do método de Newton a


Jtx)=x' - x - l comx.= I
f(x.)
j{x.) f'(x.) X = X-- -
11 x. ••• • f'(x.)

o l -I 2 1,5
1,5 0,875 5,75 I ,3478 26087
2 I ,3478 26087 0,1006 82173 4,4499 05482 I ,3252 00399
FIGURA •1.'18 Os primeiros três va· 3 1,3252 00399 0,0020 58362 4,2684 68292 1,324718174
lores de x. da Tabela 4.1 (quatro casas 4 1,3247 18174 0.0000 00924 4,2646 34722 1,3247 17957
decimais). 5 1.3247 17957 - I ,8672E-13 4,2646 32999 I ,3247 17957
... Na Figura 4.49, indicamos que o processo do Exemplo 2 poderia ter in_i·
25 o a.
ciado no ponto 8o(3, 23) da Ctlr\'3, com x, = 3. ponto está bem distante
do eixo x, mas a tangente em 6 0 cruza o eixo x aproximadamente em (2.12; O),
portanto x 1 ainda é melhor se comparado com ·'Co- Se utilizarmos a Equação (1)
20
repetidamente, como ::antes, comfi.'()=_.,; - .Y - 1 cj'(.<t) = 3.~ - I, confirmare.
mos a solução de nove casas decimais x7 = ,"(6 = 1,3247 17957 com sete etapas.
15 A curva da Figura 4.49 possui um máximo loca) em x = - IJ.J3 e um mí-
nimo Jocal em x = 1/../3. Não deveríamos esperar bons resultados do método
lO de Newton se começássemos com x0 entre esses dois pontos. mas podemos
começar em qualquer lugar à direita de.< = 1!../3 c então obter a resposta. Não
seria muito inteligente começar ainda mais à direita de 80, mas poderíamos
fazer isso, por exemplo. com x0 a 10. O processo torna·sc um pouco mais
longo. mas converge iguallnentc para a mesma resposta.
3

FIGURA 4 .49 Qualquer valor inicial


Convergência do método de Newton
.<,à direita de x = 11../3 levará à raiz. Na prática, o método de Newton geralmente converge com uma velo·
cidade impres.s ionante. mas isso não é garantidoNUma maneira de testar a
snow
330 Cálculo

convergência é iniciar traçando o gráfico da função c esti.rnar um bom valor


inicial de Xo· Você pode verificar se está se aproximando de uma raiz da
função calculando IJtx,)J e, depois, verificar se o método está convergindo
calculando IX11 - x,n-1l·
--.-----~~------~-+ X
: .t'() :r(, A teoria. de fato. pode fornecer alguma ajuda. Um tteorema do cálculo
I
I
avançado diz que, se
I
I
f(.r)J"(x) I< I
I(f'(x))'
(2)

fiGU RA 4.50 O método de para qualquer ...: em um intervalo em torno de uma raiz. r. o método con-
Newton convergirá para r a partir vergirá então para r qualquer que seja o valor inicial de x0 nesse intervalo.
de qualquer ponto de partida. Observe que essa condição é satisfeita se o gráfico de f não é exagerada·
mente horizontal próximo do ponto onde ele cruza o eixo x.
O método de Newton sempre converge se, entre r c x 0, a curva de f é
côncava para cima quando f{x0 ) > O e côncava para baixo quando /(x0 )
< O. (Veja a Figura 4.50.) Na maioria dos casos, a velocidade com que
o método de Newton converge para a raiz r é expressa pela fórmula de
cálculo avançado

b;o -ri ~ 2m.:~(;!1 1x. -ri' =coustantet-j' (3)


"'nul,., Cf<<> t

onde rnax c rnin se referem aos valores rnáximo e mí·n imo no intervalo
FIGURA •1.5 1 Se f(x. ) = 0, não há em torno de r. A fórmula diz que o erro no passo n + 1 não é maior do
ponto de interseção para definir x••1•
que uma constante multiplicada pelo quadrado do erro no passo 11. Isso
pode não parecer muito, mas pense no que representa. Se a constante for
menor ou igual a 1 e lxJ, - ri < 10-J, então lx..... 1 - ri < lO--'. Em um único
passe, o método vai de uma exatidão de três casas decimais para uma de
seis casas, e o número de cas-as corn exatidão continua a dobrar a cada
passo subseqüente.

No entanto, as coisas podem dar errado


O método de Newton ptíra quando f(x,.) = O (Figura 4.51). Nesse caso,
experimente um novo ponto de partida. Obviamente, f -c f' podem possuir
uma raiz em comum. Para detectar se isso ocorre. você pode inicialmente
determinar as soluçõe-s de j'(x) = O e verificarf nesses valores, ou ainda tra·
çnr f e f' juntas.
FIGURA ·1.52 O método de Newton O método de Newton 11em sempre converge. Por exemplo. se
não consegue c-onvergir. Você vai de
x0 a x 1 c voha para x Oo nunca se apro~
ximando de r.
/(r) = {-v;-:::-;,
~'
x<r
x 2: r

o gráfico será como aquele da Figura 4.52. Se começarmos com x. = r - 11, te·
rernos x 1 =:: r+ 11, e as aproximações sucessivas ficarão indo e vindo entre esses
dois valores. Não importa o número de iterações, isso não vai nos aproximar
mais da raiz do que nossa e-stimativa inicial.
Se o método de Newton couvergir, ele converg;rti para uma raiz. Entretanto,
tome cuidado. Há situações em que o método parece convergir, mas não há
raiz nesse ponto. Felizmente. tais situações são raras.
Quando o método de Newtou cor-.verge para uma raiz, pode não ser a raiz
que voei tem em mente. A Figura 4.53 apresenta duas situações em que isso
pode acontecer.
úpitulo4 Aplicaçõesdasderivadas 331

HGURA 4.53 Se você começar muito distante, o método de Newton pode perder a
raiz que você deseja..

Exercícios 4.7
Determinação de raízes 9. Oscilação Demonstre que, se h> O, a aplicação do método
de Newton a
1. Use o método de Newton para estima.r as soluções da
equação x' + x- I = O. Comece com·"<>= -I parn a solução f(x) = {~
v - ..-.
.r 2:
.r < O
O
à esquerda e com x0 = I parn a solução à direita. Depois,
determine x2 em cada caso.
2 . Use o método de Newton para estimar a única soluç-ão leva a x1 : -Ir se XQ = IJ c a x1 = h seXo = -Ir. Desenhe uma
rea] de r+ 3x + ) = 0. Comece COm Xo = 0 C depois deter.. figura que mostre o que este\ acontecendo.
mi_nex1. IO. Aproximações que se tornam cada vc-.t piores Aplique
3. Use o método de Newton para estimar as duas raízes da o método de Newton a j{x) = x"' com x0 = I e calcule x1,
função f(x) = x' + ·'- 3. Comece com x0 = -I para a raiz à x2• x3 ex,. Determine uma fórmula parn lx, l. O que acon-
esquerda e depois com xo = l para a raiz à direita. Então, tece com 1-<,1quando " -+ ~? Desenhe uma 6gura que
determine x 2 em cada caso. mostre o que está acontecendo ..

4. Use o método de Newton para estimar as duas raízes da 11. Explique por que as quatro questões seguintes pedem a
função /(x) = 2x - x' + I . Comece com Xo = Opara a raiz à mesma informação.
esquerda c depois com x0 = 2 para a raiz à direita. Então, i. Oetermine as raizes de/(x) = x' - 3x - I .
determine x1 em alda caso. i i. Determine as abscissas da interseção d\1 curva y =-~
Nos exercícios 5 c 6, use o método de Newton parn de- comaretay=3x + 1.
terminar todas as raízes corretas da equação até a sexta casa iii. Determine as abscissas dos .Pontos onde a curva y = x'
decimal. - 3x cruza a reta horizontal y = 1.
5. e''= 2x+ I iv. Determine os valore.s de x onde a derivada de g(x) =
( 1/4).<' - (3/2).<' - x + 5 é igual a zero.
6. tg' 1 X = I - 2x
12. Localizando um planeta Para calcular as Goordenadas
espaciais de um planeta, temos de resolver equações do
Teoria, exemplos e aplicações tipo x = I + 0,5 scn x. O traçado da função/(.<) = .r- I - O.S
sen x sugere que a função possui urna raiz próxima de
7. Advinhando uma raiz Suponha que sua primeira tenta· x = 1,5. Use uma aplicação do método de Newton para
tiva para a raiz esteja correta. no sentido de que x0 seja uma melhorar essa estimativa. Ou seja, comece com x() = 1,5 e
raizde/(x) =O. Supondo que f(x0 ) exista e seja não-nula, o determine x 1• (O valor da raiz -é 1.49870. com cinco casas
que acontecerá corn x1 e com as aproximações seguintes? decimais.) Lembre· se de usar radianos.
8. Estimando pi Você planeja estimar n/2 com cinco ca· 13. Um programa para us.1.r o método de Newton em um re-.
sas decimais usando o método de Newton para resolver a 11 gistradordegráficos Sejajlx)·=x' + 3x+ I. Eis um progra-
equação cos ·' = O. O valor inicial faz diferença? Justifique ma simples parn executar os cálc"los do método de Newton.
sua resposta.
332 Cálculo

(a) Seja )'o= j{x) e y, = NDER./{x). x = 1 ex= 2. Determine, então, essa raiz com cinco casas
(b) Armazene x0 = - 0,3 em x. decima.is de precisão.

(c) Armazene então x - (yoJy1) em x e pressione a tecla 24_. Fatorando uma equação de quarto gr au Determine os
~Enter..
repetidamente. Observe os números conver- valores aproximados de r1 a r,. na fator.ação
gi.rem para a raiz def 8x' - 14x' - 9x' + llx - I = 8(x- r 1)(x - r,)(x - r,)(x - r,)
(d) Usando valores diferentes pal'á x0 , repita os passos
y
(h) c (c). r • 8.~ - 14x3 - 9xl + l lx - 1

(c) Escreva a própria equação e use essa abordagem para


resolvê.la pelo método de Newton. Compare suares·
posta com aquela dada pelo determinador de raizes
de-sua c..'\lculadora.
14. (Continuação do Exercido 1 1.)
D (a) Use o método de Newton para determinar as duas
raízes negativas de j{x) =xl - 3x - I com cinco casas
decimais de precisão. 25. Convergindo para r•ízes difcrenles Use o método de
(b) Esboce o gr.ifico de j{x} = x'- 3x - 1 para - 2 s x :S 11 Newton para determinar as míz.cs de ftx) = 4x4 - 4xl usan·
2.5. Use as funções "Trace· e "Zoom" para estimar as do os valores iniciais fornecidos.
raízes def com cinco casas dedmais de precisão. (a) x0 = - 2 e x0 = -0,8,situados em(-·~, - J'i/2)
(c) Esboce o gráfico de g(x) = 0,25x'- 1,5x' - x + 5. Use (b) x0 = - 0,5 c x. = 0,25, situados em ( -.fií/7, .fií/7)
as funções "'Trace.. c ..Zoom" em mna escala apropria· (c) Xo: 0,8 c x0 = 2, sih•ados em (J'i/2, ~>
da para determinar. com cinco casas decimais de pre- (ti) x0 =- .fií/7 e Xo =.fiíl7
cisão, onde o gráfico possui tangentes hori-zontais.
26. O problema do sonobóia Nos problemas para loca1i-
=
I S. Curvas que se cnu~am A curva y tg x cruza a reta y = Z<'tr submarinos. normalmente é necessário determinar o
11 2x entre x = O e x = rr/2. Use o método de Newton para ponto de aproximação má.xima (PAM) em relação a um
determinar onde isso ocorre.
sonobóía (detector de sons). Suponha que o submarino se
16. Soluções reais de uma equação de quarto grau Use desloque em uma trajetória parabólica y = x' e que a bóia
11 o método de Newton para determinar as duas soluções esteía localizada no ponto (2, -1/2).
reais da equação x' - 2x' - x' - 2x + 2 = O.
17. (a) Quantas soluções a equação sen (3x) = 0,99- x' tem?
11 (b) Use o método de Newton para determiná-las. A trojct6ria do submarino
18. interseção de curvas <:m du:.s di n'CtlSÔÇ$

11 (a) cos 3x é iguala x para algum x? Justifique sua resposta.


' ',
(b) Use o método de Newton para determinar onde isso ------~~~--~~,-
,~2----><
ocorre.
Sonobó~-..(2. -!}
19. Determine as quatro raízes reais da função j{x) = 2x" -
11 4x' + I. (a) Demonstre que o valor de xcapaz <de minimizar a dis·
tância entre o submarino c o sonobóia é a solução da
20. Estimando pi Estime IT conllantas casas decimais de pre-
equaçiiox = 1/(x' + 1).
D cisão quantas sua calculadora permitir usando o método de
Newton para resolver a equação tg x: O com x,: 3. (b) Resolva a equação x = 1/(x' + n) pelo método de
Newton.
21. Interseção de curvas Parn que valor(es) de x teremos
e~~;;: x,- x + l? 27. Cunras que são praticamente achatadas na raiz Algmnas
curvas são tão planas que, na prática. o método de Newton
22. Interseção de curva.~ Para que valor(es) de x teremos ln párn muito longe da rai:z. para fornecer uma estimativa útil.
(1 -x')=x- 1? Tente usar o método de Newton em f(x) = (x - I )•0 com
23. Use o teorema do valor intermediário da Seção 2.6 para uma estimativa inicial de Xo; 2 para verificar quanto sua
.<'
demor1strar que j{x) = + 2x - 4 possui uma raiz entre calculadora se aproxirna da raizx o 1.
snow
Capilulo4 Aplicaçõesdasderivadas 333

)' 28. Determinando a concentração de um íon Enquanto


tent-ávamos determinar a acidez de uma solução s.aturada
de hidróxido de magnésio em ácido clorídrico. dcriV\lmos
a seguinte equação
J.G4 X lO- li a [fi3 0 •1 + 3.6 X 10-4
(H~01'
y = lx- 11"' para a conce-ntração do íon hidrônio (H30 *]. Para deter-
Coe fidente Coc fici~ntl!
;,tngular = - 40 ant;ular = 40 minar o valor de fH30"*], fazcmosx == IO~(H30•1 c conver-
I (2. I)
temos a equação em
x' + 3,6x' - 36,4 = o
Resolva. então, pelo método de Newton. Que valor você
Prn~i~rncmc 1>lrma
---~---,_;_--....1.!-----> x obtém para x? (Expresse o resu hado com uma precisão de
o 2
duas casas decimais.) E para [H,O')?

Primitivas
Já estudamos como encontrar a derivada de uma r,mção. No entanto. muitos
problemas exigem que recuperemos uma runção a P"rtir de sua dcrivnda conheci·
da (a partir de sua taxa de "ariação conh<..:ocida). Por c.xemplo) pode-mos saber a fim·
ção velocidade de um objeto que cai a partir de uma altura inicial e precisar saber
sua altura em um instante qualquer ao longo de dctem1inado periodo. Falando de
maneira mais genérica. queremos encontrar uma função Fa partir de sua derivada
f Se t.'\1 função Fexistir, será denominada primitiva ou cmtiderivada da funçãof

Determinando primit ivas


Definição Primhiva
Uma função F é uma primitiva de f em um intervalo I se F'(x) : ft,x)
para qualquer x em /.

O processo de recuperar uma runção F(x) a partir de sua derivada ft,x)


chatna·S-C primitivnçt1o ou mrtiderivnçclo. Usamos um F rna.iúsculo para re·
prcscntar a primitiva de uma função f, G para representar a primitiva de g e
assim por diante.

EXEM1''1.0 l Determinando primitii'O<


Determine uma prin'litiva para cada uma das funções a seguir.
(:o) ft,x) = 2x
(b) g(x) e COS x
1 ... _u
(c) h(x) : - + "
X

SOWÇÀO
(a) F(x) = x'
(b) G(x) = scn x
(c) H(x) = In lxl +e"'
snow
334 Cálculo

Cada resposta pode ser verificada por derh •ação. A derivada de


F(x) = !?' é 2x. A derivada de G(x) = sen x é cos x, c a derivada de H(x) =
In lxl + e"' é (1/x) + 2.-"'.

A fUI>Ç<io F(x) =.-<' nàoéa úoúrncujadcrh•adaé 2x.A funçãox' + I tem a mcs·


ma derlvada, assim como :1 + C par-c\ qualquer constante C. Haverá outras~
A resposta está no Corolário 2 do teorema do valor médio, visto na S<.'Çào 4.2.
Duas primitivas quaisquer de uma função diferem por uma <Onslante. Assim, as
fun~ões r + c. onde c é uma constante arbitrária, fonnam todas as priJnitivas de
j(x) = 2x. Falando de modo mais genérico, temos o seguinte resultado.

Se F é uma primitiva de f em um intervalo /, então a primitiva mais


geral de f em I é
F(x) +C
onde C é uma constante arbitrária..

Assim, a primitiva mais geral de f em I é uma família de funções f( x) +


C cujos gráficos são translações verticais uns dos o utros. Podemos selecionar
uma primitiva cspcdfica dessa família atribuindo um valor específico a C. Eis
um exemplo que mostra como tal atribuição pode ser fei ta.

EXEMPLO 2 D~t(rmin.-ndo uma primiliva ''spcdfica

Determine uma primitiva de j(x) = scn .<que satisr:.~ça F(O) = 3.


SOLUÇÃO Como a derivada de - cos xé sen x, a primitiva geral
F(x) = - cos x + C
fornece todas as primitivas de j(x). A condiç.io F(O) = 3 determina um
valor específico para C. Substituindo x = Oem F(x) = - cos x + C, temos
f(O) =-cosO + C = - I+ C.
COmo F( O) = 3, resolvendo em C. temos C = 4. Logo
f(x) = - cosx+4
é a primitiva que satisfaz F(O) = 3.

TABELA 4.2 Fórmulas de primitivas, sendo k uma constante diferente de zero


Funçã o Primiliva geral Função Primitiva geral

I. x• _ l_
, + \'w+l +C
1. .
11 #J - I s. eAT le<·
k
+c

2. sen kr I
- !cos kx +C 9. X ln lx l+ C, x "' ()
I
3. cos k.t• ;; scn k.< + C 10. lscn- 1 kx + C
V1 - kl.t.l k
4. sec2 kr l tgl..'t +c 11. llg- • kx + c
k
I + k'l,,.z k
5. coscc 2 kx -t cotg k.t + C 12.
.'fVk 2x 2 -
sec- • k.< + C. lx > I

I~ a) akv + C.
6. SCC k.t lg k.T l scck.r +C
k 13. (l l,;,t
(k a > O. a ..
7. coscck.Y cotgkx - lcoscck.t + C
k
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 335

Trabalhando de trás para a frente a partir de regras adequadas de deriva~


ção. podemos derivar fórmuJas e regras pa_ra primitivas. Em todos os casos
haverá uma constante arbilrária C na expressão geral que representa todas as
prlmhlvas de dada (unça.o. A Tabela 4.2 apresenta as fórmulas das primitivas
de algumas importantes funções.
1l fácJI verificar as regras dessa tabela: basta dedvar a fórmula geral da pri-
mitiva para obter a função que está à sua esquerda. Por exemplo, a derivada
de (tg kx)!k +C é scc' kx, qualquer que seja o valor das constantes C ou k" O,
e isso estabelece a fórmula para a primitiva mais geral de sccl k.x.

EXEMPLO 3 Determinando primitivas com o auxílio da 'làbda •1.2


Determine a primitiva geral de cada wna das seguintes 1\onçõcs.
(a) Jtx) = x'
I
(b) g(x)= ,...
"·'
(c) h(x) = scn 2x

(d) i(x) = COS ,;_


2
(e) j(x) = e·"'
(f) k(x) = 2"
SOLUÇÃO
,6 l'i'lfl'l'l\11~ I
(a) F(x) =Ó+C I..'ÓOII/ !i

(b) g(x) = x- 112, logo

x'fl
G(.<) = 1/ 2 + c = 2'\,/;;X + c ft'ln'uula l
t:Oil\11 =- 1/ 2.

(c) H(,<) = -c~s 2r + C l·úmmb 2


\'0111 1: . 2

sen (x/ 2) x f,)nnula J


(d) l(x) = + C = 2 sen 2 + C
112 I..'OnlJ.
& 1/ 2

(c) J(x) = -le-1 ' + C l i.lnnul:a 8


3 COO\}. -J

(I') KÇr) a c~ 2 ) 2' + C


hinuul:.~
Co.>IUd
13
= 2_.),; = I

TABELA 4.3 Regras de JiJlcaridade para primitivas

Função Primitiva geral

I. Regra da multiplicação kF(x) + C, sendo k uma


k}tx)
por constante constante

2. Regm da opos111 -Jtx) -F(x} +C

3. Reg,.a da soma ou da
Jtx) ± g(x) F(x) ± G(x) +C
difereuça
336 Cálculo

Outras regras de derivadas também levam a regras de primitivas corres·


pondentes. Podemos adicionar e subtrair primitjvas. bem como multiplic.á·
las por constantes.
Também é (áctl provar as fórmulas da Tabela 4.3: basta derivar as prlmltl·
\"as e verificar que o resultado está de acordo com a função original. A fórmula
2 é o caso especial k m -I da fónnula 1.

EXEMP LO 4 Usando as r!.!gras de lincarithtdc para primitivas


Determine a primitiva geral de
3
v; + sen 2<
f(.<) = - -

SOLUÇÃO Temos que fi.<) = 3g(x) + IJ(x) para as funções g c h do


Exemplo 3. Como G(x) = 2../X é uma primitiva de g(x), conforme Exem·
pio 3b, a regra da multiplicação por constante para derivados nos diz que
3G(.<) c 3 · 2../X a 6../X é uma primitiva de 3g(.<) c 3/..[;. De modo análogo,
pelo Exemplo 3c s.'\bemos que H(x) = (- 1/2) cos 2x é uma primitiva de
h(x) = scn 2x. A regra da soma para primitivas nos diz, que

F(x) = 3G(x) + H(x) + C

= 6v.;: - icos 2< + C


é a fórmula da primitiva geral paraJtx), onde C é uma constante arbitrária.

As primitivas desempenham vários papéis importantes, e os métodos e


técnicas para determiná-las são uma das principais áreas de estudo do cálculo.
(Esse, aliás, ser:\ o assunto do Capítulo 8.)

Problemas de valor inicial e equações diferenciais


Encontrar uma primitiva pa.ra uma função j{x) é o mesm.o problema de
encontrar uma função y(x) que satisfaça a equação
tly
d< = /(.<)
Essa equação é chamada equaç-.io diferencial, pois envolve uma função
desconhecida y que está sendo derivada (diferenciada). Para resolvê-la, pre-
cisamos de uma função )'(x) que a satisfaça. Encontramos tal função a partir
da primitiva de j(x). Para hxar a constante arbitrária que entra na fórmula da
primitiva. especificamos uma condição inicial
)'(.'<>) = Yo
Essa condição implica que a função y(x) tem o valor ;y0 quando x = Xo· A
combinação de uma equação diferencial e uma condição inicial é chamada
um problema de valor inicial. Problemas desse tipo desempenham i.onpor·
tantes papéis em todas as áreas da ciência. Eis um exemplo de como resolver
um problema de valor inicial.

F...XEMPLO 5 Determinando uma curva a partir de sua função coe-


ficiente angular c um ponto
Determine a curva cujo coeficiente angu1ar no ponto (x, y) é 3xl saben·
do que ela deve passar pelo ponto (1, - I).
snow
Capitulo4 Aplicaçõesdasderivadas 337

)" SOLUÇÃO Em linguagem matemática, foi pedido que se resolvesse


o problema do valor inicial. que consiste no seguinte.
C=2 1
"difi
A equnçt~o · t:d
1 erettcUl dx = 3'
x .
o cmhdcntt' :mrub.r ll.l t:m'\·~ e .t.t ' .
C= I
C=O A COIIdição i11icia/: y{l) = - 1
C=-1
I . Resolva a equação difenmcial: A função y é uma primitiva de j{x) =
3x',logo
y = x3 + C
Esse resultado nos diz que y é igual a r ' +· C para algum valor de C.
Determinamos esse valor a partir da condição y(l) = -I.
2. Calcule C:
y = :('+ C
- 1= (1) 3 +C t:ondtçluinki.ll )i l) s- -1
C=-2
l'lGURA 4.54 As curvas A curva que desejamos é y = x' - 2 (Figura 4.54).
y = x' + C ocupam o plano
cartesiano sem se sobrepor.
No Exemplo 5, identifica· A primitiva mais geral F(x) +C (que era x' +C no Exemplo 5) da função
mos a curva y = x' - 2 como =
j(x) fornece a solução geral y F(x) + C da equação diferencial dyidx j(x). =
aquela que pa<Sa pelo pnnto A solução geral dá todas as soluç~s da equação (há infinitas, uma para cada
dado (1, -I). valor de C). Resolvemos a equação diferencial determinando a solução geral.
Então resolvemos o problema do valor in.icial determinando a solução parti·
cula.r que satisfaz a condição inicial y(x0 ) = y0•

Primitivas e movimento
Já vimos que a derivada da posição de um objeto fornece sua velocidade, e
que a derivada de sua velocidade fornece a aceleração. Se conhecemos a acelera~
ção de um objeto. então podemos achar uma prim.itiva e assim recuperar ave·
locidade e, a pa.r tir de uma primitiva da velocidade, recuperar a f1mção posição.
Esse processo foi usado como uma aplicação do Corolário 2 na Seção 4.2. Agora
que contamos com a terminologia e a estrutura conceitual das primitivas. revisi·
taremos esse problema, desta vez do ponto de vista das equações diferenciais.

EXEMJ'LO 6 Jogando um pllcotc de um bolão em ascensão


Urn balão que sobe a uma taxa de 12 pésJs est~ a uma ahuta de 80 pés
acima do solo quando um pacote é jogado. Quanto tempo o pacote demo·
ra para chegar ao solo?
SOLUÇÃO Faça v(t) denotar a velocidade do pacote no tempn 1, e
s(l) sua altura acima do solo. A aceleração da gravidade perto da superfl-
cie terrestre é 32 pésis1• Admitindo que outras forças não atuem sobre o
pacote atirado, temos que

dv ~~.~two. poi5 .1 gr.a,id.Hic- .llu.a noM:nti,lo dól


di'= - 32 J•minuu;l,lde 1.

lsS<> leva ao problema de valor inicial


Equaçt!o diferencial: du = - 32
dt
Condição inicial: v(O) =12
338 Cálculo

que é nosso modelo matemático para o movimento do pacote. Resolve~


mos o problema de valor inicial paro obter a \•elocidade do pacote.
t. Resolva n equação diferencial: A fórmula geral para uma primitiva
de - 32 é
v=-32t +C
Tendo encontrado a solução geral para a equação diferencial, usamos a con·
dição inicial para determinar a solução particular que resolve nosso problema
2. CaiCllle C:
12 = -32(0) + C Condi~·5c' lni<lal IJ(t)}- 11
C = 12
A soluç.ão do problema de valor inicial é
v = -321 + 12
Como a velocidade é a derivada da altura e ao ser atirado (no instante
I = O) a altura do pacote era de 80 pés, agora temos um. segundo problema
de valor inicial. d
EquaçiiO dift rtuCiaf: _! : 321 + l2 f.-.Ç.I \' -= Cf$/(/lu<a ulhm,t çqUii\Jo.
dt
Condiçdo inicial: s(O) = 80
Resolvemos esse problema de valor inicial para determinar a altura em
função de I.
l . Resolva a cquaçtlo diferencial: Achando a prinliliva geral de - J21 +
12, você chega a
s = -16t'+ 12/+C
2. Calcule C:
80 = -16(0) 2 + 12(0) +C r_,ndl(lo> lnld>l >(0) • RO
C=80
A altura do pacote acima do solo no instante t é
s = -1611 + 121 + 80
Use a soluçtlt>: Pnra determinar quanto tempo o pacote leva para che·
gar ao solo, tomamos s igual a Oc encontramos t:
- 1612 + 121 + 80 =o
-412 + 31 + 20 = o
-3 ±
I=
V329
-8
I "' - 1,89, I ~ 2,64

O pacote atinge o solo cerca de 2,64 s depois de ser j ogado do balão. (A


raiz negativa não tenl significado fbico.)

Integrais indefinidas
Um símbolo especial é usado para denotar o conjunto de todas as primi·
tivas de uma função f.

Definições httegral indefinida, integrando


O conjunto de todas as primitivas de f é a integral indefinida de f em
relação a xl denotada por
jf(x)dx
Jé o símbolo da integral. A função f é o integrando da integral ex é
a variável de integração.
snow
Capitulo4 Aplicaçõesdasderivadas 339

Usando essa notação, reelaboramos as soluç.ões do Exemplo I, desta maneira:

f 2vtlr=x 2 +C

f cosxd< a seox + C

f (t + 2e1' )(l< = ln lxl + e 1' +C

Essa notaç-.lo relaciona-se à principal aplícação <las primitivas, que será ex-
plorada no Capítulo 5. As primitivas desempenham papel essencial no cálculo
dos limites de somas infinitas, uma utilidade maravilhosa e surpreendente
que scrâ dcs<:rira em um resultado central do Capitulo 5, denominado o teo-
rema fundamental do cálculo.

EXF.MPl.O 7 Integração indcfinid" r!.!Jt;,l termo a termo c reescre-


vendo a consr;:~ntc de integração
Calcule
f 2
(x - 2< + S)d<

SOLUÇAO Se reconhecemos que (x'/3)- :l + Sxé uma primitiva de


:l- 2x + 5, podemos calcular a integral como

{ x'
px'-2x+S)dx=--x'+Sx+ C
3 ...:::011;
il"'lltJI>

Se não reco•'lhecemos a primitiva tão fucihnente, podemos gerá-la tenno a


ten11o com as regras da soma, da diferença e da multiplicação por oonstJJlte:

f <x2 -2.r+S)dx= fx 2 dr- f2xdr + fsdx

= fx 2 <lx-2fxctr + Sfltlr

= (~ + c,) - 2 (-~ + C2) + S(x + C3)


rl
=3 + Ca - x2 - 2Cz + Sx + SC3
Essa (órmula é d~~ucceS:Sariamt:uh: <.:omplit:<u.la. St: combiuamus C 1,
-2C, eSC; em uma única constante arbitrária C= C,- 2C, + SC,. a fór-
mula é simpli6cada para

e ai11da fornece todas as primiti\ras existentes. Por essa razão, recomenda~


mos que você vá direto à forma final, mesmo que decida integrar termo a
termo. E..~creva

f(.r 2 - 2< + S)dx o f.r 2 dx- f 2r<Lr + f Sd<

•' x 2 + 5x + C
= 3-
Encontre a primith'll mais simples posslvd para cada parte e ad.icione
a constante arbitrária de lntegração no final
snow
340 Cálculo

Exercícios 4.8
Determinando primitivas Determinando integrais indefinidas
Nos exercícios 1- 24, determine uma primitiva para cada Nos exercidos 25- 70, determine a primjtiva mais geral ou a
função. Faça mentalmente quantas você puder. Verifique suas integral indefinida. Verifique suas respostas por diferencição.
respostas por diferenciação.
25. fcx + l ) d< 26. f cs- C>X)d<
I. (a) 2x (b) x2 (<) x 2 - 2x +I
l . (a) 6x
J. (a) -3x""
(b)
(b)
x'
x'"'
(<)
(<)
1
x - 6x + 8
x'"' + 2x + 3
27. f (3t +i)
2 dt 2~. f('; + 41 3) ,,,
_, 29. f(lr1 - Sx + 7)d.r JO. f(l- ·' ' - 3x' )<l<
4. (a) 2x" 3 -x"' + x - I

f c,- x t)<lv
(b) \ + ·'' (<)

- (a} l I
!), (h) s. (<) 2 - -
5 Jl .
2
- 32. f(!-
5 1_ + lr) ,\'J
<IX

·' X"
·''
2
6. (a) - -
xl
(b) _I
2.vJ
(<) ,, .' - '
I
X
33. f x·'i' dr 34. jx-jf,. dx

7. (a) t Y.; (b) - l - (<) v.; + ~ 35. f (v.; + v;)''·' 36. f ('f+ ~}'-'
2v.;
8. (a) ~v; (b) _ l_
3v;
(<) v;+ _ 1
_
\Yx
.11. f(sy- >'~'.)">' 38. f (t- ),.)dy
9. (a) ~x·I/J (b) t-·-l/3 (<) _!3 x"''' 39. f 2.r( I - x"' ) d.r 40. j.,-,(.t + l)dt
10. (a) tx·l/l (b) -tx-l/2 (<) _}. x·512
2
41. f,...;;~
,- . .;; dt 42. f ~;...;; "'
4

11 . (3) xI (b) ~ (<) I - x5 43. fc-2cost)dt 44. f<-sscnt)dt

12. (a) -
3
I

·'
(b) lS.r (<) I +---;
l r :r•
4 I
45. f7scn~ dO 46. f :,o 3 cos dO

1:1. (a) -rr .scn rr;r lh)3 scn x

j-cos ~..:
(c) scn TTX - 3sen 3.\'
47. f (-3 coscc2 .r)d.r 48. f (- ~'·')d'
1.1. (a) it cos rr.v (h)

(<) -scc' ~
49_ f coscc ~ cocg OdO ;o. f }sccOcgO<IO

16, (o) COSO<l X (<) I - 8 cosec2 lr


51. fc e'-' + Se-")dx 52. f (2e' - 3e- 1') d.t

17. (.-) co;,(cx cotg.\'


54. fct ,J)r<L,

18. (•) scc.rcgx (b) 4 scc 3.t IS 3x (c) see rr.r tg n:t 55. f(4sec.t~gx - 2scc2x )dx
2 2
19. (a) • "'
20. (a) d-h
(h) ,..-x

(b) •''' '


(c) f!'Jl
(<) ,-<1$
%. f i<coscc x- 2
coscexco•gx)dx

21. (a) 3' (b) 2"' (<) (t)' 57. f (scn2,· - cos.ecl .\') cú· 58. f (lcos lr - 3scn3.r)tlv

22. (a) X\ÍJ (b) x• (<) ·'v;:-; ,


• 9.
f l + cos41 1
2 ''
60. f ~os6t
I - dt

f (n ),.),9·
2 21 I
23. (3) . r:---< (b) 2(x + l) (<) I + 4.< 2
V I - .v~
62.
24. <•l ·' - (t)' (c) tr ~, - :r- 1

64. J.t \ll-l cb:


Capitulo 4 Aplicações das derivadas 341

65. f (I + og2 9) tiO 66. f<2 + cjfO)tiO (h) f cgoscc'otlo = t•s'o +c


(/)ica; I + og2 O = sccl O)
f tg8s~'ZB,J8 = ~$cc20 +c
67. f coog' .« l< 68. f (I - 2
coog x) dx
(c)

85. Diga se cada uma das fórmulas está certa ou errada o jus-
(Dica; I + cootf .r = cosce2 x)
tifique sucintamente as respostas.
69. f cosO (ogO + sceQ)dQ 70. f cosc~~nodQ (a)
f (2t + I )2 dr =
(2r+ 1) 3
3
+C

(bl f3(2t + 1)2 d.r = (2t + 1) 3 +C


Verificando fórmulas de primitivas
Vcri fique as fórmulas dos exercícios 71-82 por difcrcnciaç;lo. (c) f 6(2< + 1)1 <Lr = (2r + I )3 + C

(1.t- 2)4
71.
f (7.t- 2)1 d.r •

,
28
+C

(lr + sr' +c
86. Diga se cada uma das fórmulas está certa ou errada e jus·
Hfique sucintamente as respostas.
12.
f (lt + sr-d.r =-
3
(a) f~ d.Y = V.r2 + x + C
f
7.1. sce1 (5.r- l)d.r = kog(S.r- I)+ C
f~ d.r = v.,' + ·' + c
74.f cosce 2 e;
I) rlr -3 coog (' ; I) + C e
(b)

(<) f ~ rlt = ±(Vi7+1)' +C


75.f ~t+
1 1
, clt • - --+C
1)- x+ I
76. f (.r+l-
I )' <lr •
X
+x I + C

77. f x ! 1tlr s In (x + I) + C, x >-I


Problemas de valor inicial

7tt. f .wr<r dx = .wr'f - ex + c


87. Qual dos gráficos a scguio· mostra a soluç-.io do problema
de valor inicial

79. f .'l' ' = *•g-1 (1F) +c


n· + x·
dy
-=2x·
dx
y=4quandox= ll

80. f vn scn-• (~)


1r - .t· 1
e +C _,.

Hl .
f -• = ~"/. d'(
I
lnx- 21n(l + .t· 2 ) -
t '"'1
V+ C
82. f xf! -
(scn-1 .t)l d'l • x(sen- 1 2t' + 2~ sen- 1 .t· +C .o
3
(I. 4)

3
83. Diga se cada uma das fórmulas está certa ou errada e jus- 2 2
tifique sucintamente as respostas.

(a) J .rscnxdr =
2
·~ scnx +C -I o
.r _, o .r X

(3) (b) (é)


( l>) j.r scJl.r tlx = -.,. cos .r + C Justifique suas respostas.

(t) J .'(sc-nxdT = -xc:os .t· + scnx +C 88. Qual dos seguintes gráficos mostra a solução do problema
de valor inicial

84. Diga se cada un>a das fórmulas está certa ou errada c jus- dy
- = -x, y= I quandox= - H
tifique sucintamente as respostas. dx
, -r-
sccJ.o
(a)
f tg Oscc- OciO a +C
snow
342 Cálculo

Determinando curvas

(
)' (-A
· ~ .-
. <-~.1) )' 111 . Determine a curva y = j{x) no plano xy que possa pelo pon·
to (9, 4) cujo coeficiente angular em cada ponto é 3./X.
,t o ;~ o .. ,\'
112. (a) Determine uma curva y= j{x) com as seguintes pro·
(O) (b) (C) pricdades:
justifique suas respostas. d'
i. _.l. =6x
Resolva os problemas de '"'lor inicial nos exerdcios 89-110. dx-:
dy
89. d< - 2< - 7. y(2) - o
ii, Seu gráfico passa pelo ponto (O, I), tendo ai uma
tangente horizontal.
dy
90. <l< = lO -.<. y(O) =- I (b) Quantas cunras como essa existem? Como vocé
sabe?
dy t
91 . -
t1~
1111 - ;
x~
+ .\\ X> 0: y(2) • I
Curvas (integrais) solução
dv
92. -L
· = 9x 2 - 4~r + 5, y(-1) a O
Os exercícios 113-116 mostram curvas solução para cqua·
«
ções diferenciais. Em cada exercício, determine uma equação
' dy = 3 -'!/3 y(-1) =
9~'· d\" X •
-s para a curva que passa pelo ponto marcado.
dy I 113. 114.
94. -i • . r · y(4) - o
{,\' 2vx

'""
95. - = t + cou. s(O) = 4
1

96. d/S =COSI+ SCO I. s(r.) = I


"dr
91. dO = -r. scn r.O. r( O) =O
dr
98. <lO = cos r.O. r(O) =I
tltJ I 11$. 116.
99. dt = 2SC<:IIgt. v(O) =I dv
-- ... scnx - cosx
d.'< )'
dl = 81 + cosec2 t.
100. ''" v (2
") = - 7

tOI. <IV= 3 I > l ,v(2) =0


(/1 ~~·
dv 8 ~
102. dl = ~ + soe· 1. v(O) =t
ily
103. -d2 = 2 - ó.<: y'(O) = 4, y(O) = I
·'
d 1v
104. --'; = O; y'IO) = 2. y(O) = O
"'..
_ tJ'l,. 2 drl
tU,. -dl 2 =3:
I
-
di t • l
= I

r(l) = I
Aplicações
106 d's = 31. dsl = 3 s(4) = 4
' dt2 8' '"'· -' .
<l'y 117. Determinando o deslocamento a partir de uma primi·
107. - 3 = 6: y'(O) = -8, y'(O) = O. y(O) = S tiva da velocidade
tb:
130 1 (a) Suponha que a velocidade de um corpo que se desloca
108. ' = 0: 0"(0) = -2, 0'(0) = - - • 0(0) =
2
VÍ ao longo do eixos seja
'"J
109. yt4~ e - scn I+ COSI: ds
y~(O) = 7. y"(O) = y'(O) =- I. y(O) =O dl = v = 9.81 - 3
t 10. y~"• = - cosx + 8 scn 2.\";
y~(O) = O, y"(O) = y'(O) = I, J•(O) = 3
snow
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 343

i. Dete-nnine o deslocamento do corpo no intervalo de mesma aceleraç.ão (constante), ele os jogou de aproxi·
tempodet = lat= 3,dadoques=Squandot =O. madamente 4 pés acima do s.olo. A cobertura televisiva
ii. Determine o deslocamento do corpo de t:: I a t:: 3, do cvcmo mostra o martelo e a pena caindo mais lenta·
dado que s = -2 quando t = O. mente que na Terra, onde~ no ~cuo, eles deveriam ter
gasto só meio segundo para percorrer os 4 pés. Quanto
üi. Agora detemüne o deslocamento do corpo det = I
tempo gastaram o martelo c a pena para percorrer os 4
a/= 3, dado que s =;,quando I= O.
pés na Lua? Pa.ra descobrir, resolva o seguinte problema
(b) Suponha que a posição s de um corpo que se desloca do valor inicial paras em função de I. Depois dctenninc
ao longo de um eixo coordenado seja uma função de· o valor de t que tornas igual <'lO.
rivávcl do tempo/. Será mesmo verdade que, se voe~
conhecer uma primitiva da função velocidade ds!dt, E<)uaç.io diferencial: ti'~ = - 5,2 pésis'
dt•
poderá determinar o deslocamento de I -;:; a a I = b
ainda <Jue não saiba a posição exata do corpo nos dois
Cond .•çoes
• ·IIHC1
· ·a1s:
· -::
ds O e s = 4 quan do t = O
instantes? Justifique sua resposta. dt
123. Movimento com aceleração constante A equaçào-pa·
118. Decolando da Terra Um foguete decola da supcrficie
drão para a posição s de um co:rpo que se desloca com acc·
terrestre com urna aceleração constante de 20 m/s2• Qual
lcração a constante ao longo de um. eixo coordenado é
será sua velocidade I min depois?
119. Parando um carro a tempo Você está dirigindo em uma ( I)
rodovia a uma velocidade constante de 60 mi/h (88 pés/s)
quando vê um acidente à frente e aciona os freios. Que desa· onde u0 e s., são a veloc-idade e a. posição no tempo t = O. De·
celeração constante é necessária para frear seu carro no es- duza essa C<Juação resolvendo o problen>a do valor inicial
paço de 242 pés? Para determiná~la, siga os passos a seguir. - d'' . I -
d's= a
Equaçao ucrenc1a:
I. Resolva o problema do valor inicial dt'

Cond·- .. . • = v~> e$ :: So quan do t :: o


1çoes .ullc•a•s:-
Equação diferencial: d' s = - k (k constante)
dt' dt
124. Queda livre próximo à superfície de um planeta
00 .
Cd . .IIHCiaiS:
IÇOCS . . . -ds88 -;:; e .S ;;; Oquand
O IO
;;; . Para a queda livre próximo il superfície de um plane-
tlt
ta onde a aceleração da gravidade tem uma magnitude
J parur 00 momento em constante de g unidades de comprimento/s2, a Equação
ttuc ti\ (r\:IO~ '"1'• J\:Í(HI ..Jm.. (I) do Exercício 123 toma a forma
2. Determine o valor de t que torna dsidt; O(a respos-
ta envolve k). s =- I gl ' +av +s0 (2)
2
3. Determine o valor de k que tornas = 242 para o va·
onde sé a altura do corpo acima da supcrficie. A equação
lorde t que você encontrou no passo 2.
tem sinal negativo, pois a aGeleração atua para baixo, no
120. Freando uma motocicleta Um programa estadual de sentido da diminuição de s. A velocidade u0 será positiva
segurança do motociclista em Jllinois exige que os con .. se o objeto estiver subindo no tempo 1= Oe negativa se o
dutores dirogindo a 30 nu/h (44 pésfs) esteJam aptos a objeto estiver caindo.
parar no espaço de 45 pés. Que desaceleração constante é
necessária para fazer isso? Em vez de usar o resultado do Exercício 123, você pode de-
duzir a Equação (2) diretamente resolvendo um problema
121 . Movimento ao longo de um eixo cartesiano Uma par·
adequado de valor inicial. Que problema de vaJor inicial?
tícula se desloca ao longo de um eixo coordenado c-om
Resolva·o para certificar·se de que é o problema certo, ex~
aceleração tl=tl1sldt' = 15Ji-(31Ji) , sujeito a dsidt = 4
plicando os passos da solução conforme você avança.
e s =O quando 1= I. Determine
(a) a velocidade v = ds!dt em termos de 1.
(b) a posição sem termos dé I.
Teoria e exemplos
122. O martelo c a pena Quando o astronauta da Apollo 15 125. Suponha que
Da\rid Scott jogou um martelo c uma pena na Lua para
j(x) ; !!_(l-..h) e g(x) =!!_(x + 2)
demonstrar que no vácuo todos os corpos caem com a tlx dx
snow
344 C~lculo

Determine:
(o) f j(.r) cir (b) f g(<)<l<
USANDO O COMPUTADOR
Use um SAC para resolver os problem as de valor inicial
(<)f (-j(.r)Jd.r (li) } (-g(.r)Jd.r nos exercícios 127- 130. Faça. um gráfico das curvas integrais.
121. Jl - <»>.l .r+ scn .r . y(r.) = I
(<)f Utr) + g(.r)J dr (f) f(ft r)- g(.r)J<lr
ns. y' = ~ + x. y(ll = -1

126. Unicidade dcsoluçõe$ ~ambos as funções dori\'Ó>"<is y =


129. y' = ~· y(O) = 2
~x) e y = G(x) """''"m o problema do valor inicial
dy
-•/(x).
d.x
1.... , •• • ~ + Vx. r< II. o. ,-·co· o
em um inten'alo I, deveria ~r flx) = G(x) para cada X
em l1Justlfique sua resposta.

Questões de revisão
1. O que se pode dizer sobre os valores extremos de um<t 14 . O que é um ponto cuspida!? Dê exemplos.
função que é continua em \lln lntcrvnlo fechado? J s. Enumere os passos que você daria para fazer o gráfico de
2. O que signlfic<> uma função possuir extremo local em seu uma função racional. Ilustre com um exemplo.
domínio? E um valor cxtrcrno absoluto? Como se rclacio·
16. Esboce a estratégia geral paro resolver problemas cnvol·
nam os extremos I<>cal c absoluto? Exemplifique. vendo máximos c mínimos. Excmplifi<1uc.
3. Corno vocC determina os extremos absolutos de uma
17. Descreva a regra de J:Hôpital. Como você sabe quando
função continua ao longo de um intervnlo fechado?
usá-la ou não? Dê um exemplo.
Excmplifoque.
18. Como vo<é pode Udar às'~ com limites que gcrrun fom1as
4. Quais são as hipóteses e a conclus3o do teorema de Rolle?
indi!tenninadas como OtJ/.o, oo ·O e oo - .oo? Dê exemplos.
As hipóte~ são mesmo necessárias? Explique.
19. Descreva o método de Newton para resolver equaçOO.
s. Quais são as hipóteses c a conclusão do teorema do valor
Ex•mplifique. Quais são alguns dos pontos a obM:rvar
médio? Que interpretações fisias esse teorema pode ter?
quando se""' <SSC mitodo?
6. Apresente os três corololríos do teorema do valor médio.
20. Uma função pode t<r mais de uma primitivn? Se puder.
1. Como. às V<U$. é possl\-el identificar uma funçãoftx) conhe- então como as primiti\'as estão relacionadas? ExpUquc.
cendo f< O \oafor dof em um ponto X • Jto? Exemplifique.
21 . o que é uma integral indefinida! Como \'OC<! a calcula!
8. O que li o teste da primeira derívnda para extremos locais? Que fórmulas gerais >"OCê conhece para calcular integrais
Dê exemplos de sua aplicação.
indtfinidas?
9. Como testamos uma função duplame1'0te dorivá,·el para,..,_ 22. Como você poderia ev~ntualmente resolver uma equação
riftcar se é côncava para cima ou para baixo? Exemplifiqu<.
dif<r<ndal da forma dyl d.x: j(x)?
lO. Oqu• ~um ponto de inOexão? Exemplifique. Que significa·
23. O que é um probl<ma do \'alor inicial? Como >"o<é resoh·e
do lisi co os pontos de inOexilo podem ~s >"<zes apresentar?
esse tipo de problema? Exemplifique.
11 , O que é o teste da segunda derivoda para extremos locais?
2~. Se voe~ conhece a aceleração de um corpo que se desloca
Dê exemplos de como aplicá-lo.
ao longo de uma reta coordenada em função do tempo,
12. O que as derivadas Informam sobr< a forma do gnlfico de o que mais voei: precisa saber para determinar a função
uma função? posição do corpo? ExcmpU.6quc.
13. Enumere os passos que voe.) dllrin para fazer o gnlfico de
uma função polinomial. Ilustre corn um cxctnplo.
Capitulo4 Aplicaçõesdasderivadas 345

Exercícios práticos
Existência de valores extremos fechado. fsso é consistente com o teorema do valor exlre·
mo para funções co•ltfnuas? P-or que?
I. j{x) = i' + 2x + tg x possui algum máximo ou mínimo 13. Um gráfico que seja grande o· suficiente para mostrar o
local? Justifique sua resposta. D comportamento global de uma fu.nção pode deixar de
2. g(x) =cosec x + 2 cotg x possui algum má.< imo local? Jus· revelar importantes aspectos locais. O gráfico de j(x) =
ti fique sua resposta. (x'/8) - (L'/2) - x' + S>J é um desses casos.
3. j(x) = (7 + x) (lI - 3x)"' possui algum mínimo absoluto? (a) Faça o grólico de f no inten'Oio - 2.5 :S x :S 2.5. Onde o
E rná.ximo absoluto? Em caso afirmativo, detcrmine·os gráfico par«:e ter extremos ~ocais ou pontos de inflexão?
ou justifique sua ausência. Apresente todos os pontos (b) Agora, fatorej'(x) e mostre que f tem um máximo lo·
críticos de f cal em x = 1/5
~ 1,70998 e mínimos locais em x =
4. Determine os valores de a e l1 tal que a função
±./3"' ± 1,73205.
(c) Amplie no gráfico para achar uma janela de visualiza·
ção que mostre a presença. de extTcmos locais em x =
1j5 C X = ./3.
tenha um valor extremo local 1 quando x = 3. Esse cxh'C· A moral da histôria aqui é que, sem cálculo, a existência
mo é um máximo local ou um mínimo local? Justifique de dois dos três extremos prov.avclmcnte passaria despe r·
sua resposta. cebida. Em qualquer gráfico normal da função, os valores
ficariam juntos demais, ocuparldo um único pixd na tela.
S. g(x) = c' - x tem um mínimo absoluto? E um máximo
absoluto? Em caso positivo. encontre-os; do contrário. (Fonte: Uses of tcclmology ,., tl1e Mathcmatics curriculum,
explique por que eles não existem. Liste todos os pontos de Benny E''""' e jerry )ohns<>n. Oklahoma State Univer·
críticos de g. sity, editado em 1990 pela National Science Foundation
Grant USE·8950044.)
6. J{.t) = 2e'/(l + .r) tem tm'l m(nimo absoluto? E um máxh'n.o
absoluto? Em c.-a.so positivo, encontre-OS> do contrário~ explique t4. (Contimwç<io do Exercício I 3.)
por quedes não existem. Liste todos os pontos críticos def D (a) Faça o gráfico de j{x) =(.-'18) - (2/5)i' - Sx - (5/x') +
11 ao longo do intervalo - 2 s x s 2. Onde o gráfico
Nos exercícios 7 e 8. determine o máximo absoluto e o mí·
parece ter extremos locais ou pontos de inflexão?
nimo absoluto def ao longo do intervalo.
(b) Mostre que f tem um máximo local em x = if5 '=
7. /(x) = x - 21n .r, I s .r s 3
1,2585 c um mínimo local em x =ifi .. 1,2599.
8. /(.<) = (4/x) + In x2• 1 s .< :s 4
(c) Amplie para achar uma janela de visualização que
9. A função maior inteiroj{.<) = l4 definida para qualquer x, mostre a presen? de extremos locai.s em x = ?./5
admite um valor máximo local O em cada ponto de [O, I). cx=ifi.
Algum desses valores má..ximos locais poderia ser o mini·
mo local de f? Justifique sua resposta.
Teorema do valor médio
10. (a) Dê um exemplo de uma funçãoderi"ívelf cuja primeira
derivada seja zero em algum ponto c, emboraf não tenha 15. (a) Demonstre que g(t) = sen 2 t - 31 decres<e em cada
nem um máximo local nem um mínimo kxal em c. intervalo de seu domlnio.
(b) Como isso é consistente com o Teorema 2 da Seção (b) Quantas soluções a equação sen' t - 31 = 5 possui?
4.1? justifique sua resposta. Justifique sua resposta.
11. A função y = 1/x não assume um valor máxlmo nem mi·
16. (a) Demonstre que y= tg 8écrescente em cada intervalo
nimo no intervalo O < x < l mesmo sendo contínua ai.
de seu domínio.
Isso contradiz o teorema do valor extremo para funções
(b) Se a conclusão em (a) estiver mesmo correca, como
contínuas? Por quê?
você explica o fato de que tg rr = Oé menor que tg
12. Quais são os valores máximo c mínimo da função y = lxl (rr/ 4) = 11
no intervalo - 1 ~ x < I? Observe que o intervalo não é
346 Cálculo

17. {•) Demonstre que a equação x• + 2x'- 2 =O tem exata· (b) decrescente.
mente uma solução em (O, I ]. (c) Use o gráfico de f' apresentado para indicar onde
(b) Determine a solução com o maior número de casas ocorrem os valores extremos locais da função e se
O decimais que você conseguir. cada extremo é um 1náximo ou um mínimo relativo.
18. {a) Demonstre que j(x) = .</{x + I) é crescente em cada )'
(2. 3)
intervalo de seu domínio.
(b) Demonst-re que j{x) = x' + 2x não possui valores má·
ximo ou mínimo locais.

19. Água de um reservatório Como resultado das fortes


chuvas, o volume de água de um reservatório aumentou
1.400 acres-pés e1n 24 h. Demonstre que, em algutn mo- -2
menw. o volume estava aumentando a uma taxa maior
que 225.000 gal/min. (Um acre·pé equivale a 43.560 pés'. Cada um dos gtáJicos dos exercícios 25 c 2ó éográfic:o da fun-
o volume que cobriria un1 acre com um pé de profundi- ção posição$=j(t) de um corpo que se desloca ao longo de um eixo
dade. Um pé' contém 7.48 galões. Um galão contém 231 coordenado (I rcprcsenla o tempo). Em que tempo aproximada·
pol 3• Uma polegada equivale a 2,54 em.) mente} se houver, cada corpo lem (a) velocidade igual a zero? (b)
aceleração igual a zero? Durante aproxlmadM>ente que intervalos
20. A fórmula F(x) = 3.r + C fornece uma função diferente
de tempo o corpo se mo1•e (c) para a frente? (<I) para trás?
para cada valor de C. Entretanto, todas essas funções têm
a mesma derivada em relação a x, ou seja, F'(x) = 3. Essas 2$. s
são as \Ínicas funções deriváveis cuja derivada é 3? Há ou-
tras? Justifique sua rcs_pQsta. o
21. Demonstre que

~(x:a)=:x(-x~l)
26. s s •f(i)

mesmo que
__ ,.. ___
X

x+ I
I
x+ 1
o~ "
Isso não contradiz o segundo corolário do teorema do \ 3-1

lor médio? Justifique sua resposta. Gráficos e construção de gráficos


22. Calcule as primeiras derivadas de j(x) e
=:>?t{,! + L) g(x) = Faça o1gráfico3 das curvas nos exercícios
27. )' = .< - (x j6) 2R. )' = .<·
27- 42.
1 - 3.<1 + 3
-1/{xl + I). O que você pode concluir sobre os gráficos
dessas funções? 29. y = -x 1 + 6.\'2 - 9.\' + 3
30. y = (1/S)(.r-1 + 3.<1 - 9x- 27)
Concluindo a partir de gráficos 31. )' • .<l(g- x) 32. y • x 2(2,·1 - 9 )
Nos exercícios 23 e 24. use o gráfico para responder às 33. J' - .f - 3.Kl / l J4, y - .t" 1~(X - 4)
questões. ~5. y= x~ 36. y = .<V 4- x'
37. )' • (.V - 3)2 tr' ~1M. y aa .ve-.x!
23. Identifique os valores extremos globais def e os valores de
x onde eles ocorrem.
39. y =In~<'- 4x + 3) .. o. y = In (scn ,t )
,1'
y =/tt)
41 . y = sen-• (:}) ~2. y = tg- 1 (+)
( 1. I) Cada urn dos exercícios 43- 48 fornece a prirnei.ra derh'<lda
" - .( 2 ·i) de uma função y = j(x). (•)
Em quais pontos, se houver, o grá·
o ·' fico de/tem um máximo local. um mínimo local ou um ponto
de inflexão? {b) Esboce a forma geral do gráfico.

24. Estime os intervalos onde a função y = j(x) é 43. _v' = 16 - ·' ' 44. y' = x' - x - 6

(a) crescente. 45. y' = 6.r(.< + l)(x- 2) 4~. l= .<1{6 - 4x )


ol7. y' • x-4 - 2t2 48. y' • 4.v 2 - x"
Capitulo 4 Aplicações das derivadas 34 7

Nos exercícios 49- 52., fiwa o gnlfico de ca.da função. Em Otimização


-seguida, use a primeira derivada da função para cxpJicar o que
você está vendo. 85. A soma de dois números não negativos é 36. Diga quais
49. y = .r-2/3 + (X - I ) 1/ .l 50. y = :r2' 3 + (.r - 1)l/J scrao esses números se
SI .!' m .<'/) + (.< - 1) 1'
1
~2. y a .<21' - (x - I>'' (a) a diferença de suas raiz.cs quadradas tiver de ser a
maior possível.
Esboce os gráficos das funções nos exercícios 53-60.
.v + I (b) a soma de suas raizes quadradas t iver de ser a maior
SJ. >' = - -3
.\' - possível.
x +I 2
s~. y• -.,- 86. A soma de dois nt'1meros não negativos é 20. Diga quais
serão e-sses números
58.)' = ·-
'""-I
X;\+ 2
57. y = ~ -. - (<~) se o produto de um muhiplicado pela raiz quadrada
..-
\"l - 4
60. )' c
,, do outro tiver de ser o maior possível.
59. y=~ - .-· - {b) se a soma de um número com a raiz quadrada do ou-
x· - J x· - 4
tro tiver de ser a maior possível.
87. Um triângulo isósceles tem se u vértice na origem e sua
Aplicando a regra de L'Hôpital base é paralela ao eixo x~ estando os vértices da base acima
Nos exercícios 6 1- 72. use a regra de CHõpital para deter- do eixo, sobre a curva y = 27 - .x1. Determine a maior á_rea
minar os limites. que o lriângulo pode assumir.
61. lim .t : + 3x - 4 .., . .r~' - I 88. Um cliente lhe pediu que projetasse um tanque retangular de
.r-· 1 I 6... lun -.--
.t' - .r-- 1 X - I aço inoxidável, sem tampa. Ele deverá possuir base quadrada
64. lim tgx e um volume de 32 pés' e será SQidado a partir de cl>apas de
:c-·0 .r + scn .l aço com espessura de 1/4 de polegada, sem pesar mais que o
65. lim sen-~\·
• 66. lim ~ estritamente necessário. Que dimensões V<Xê recomendaria?
.r-O 1g(,r ""} x-·o scn n.r
89. Determine a altura c o ra_io do maior cilindro drcu_lar reto
67. lim scc7.tcos.3x Mt lim \/.;scc.r
:c-• Itfl~ x-o"" que pode ser colocado dentro de uma esfera de raio J3
69. lim (cosecx- eoogx)
;t-•(}
70. lim
,t-•0
(J, - J,)
t' .\'
90. A figura a seguir apresenta dois cones circulare-s retos, um
de cabeça para baixo e dentro do outro. As duas ooses são
71. lim (V.r2 +,r + I - Y.r2 - x)
paralelas c o vértice do menor coincide com o centro da
72. ,f:~(~-~)
x· - I
,r-• OO x· + I
base do maior. Que valores de r c Jr darão ao cone menor
o maior volume possível?

Calculando limites r:
I
Determine os limites nos exercícios 73-84 .
o-!._

7J. lim
t-O
lO' - I
t'
·
7~ .
. J'- I
hm - -
•-o 0
r h

1:-.. lirn ..x


2~n.t- I 2"'"K'ft.l- 1
76. lim .x
.... 6' ._,_!
x-0 c - 1 .t-O c - 1
I' 5 - Scos x 4 - 4e'
71 71l. lim , 91. Manufaturando pneus Sua empresa pode manufaturar
• ,,.!..'!o' e~ - .r - I .t"-•0 xe-
por dia x centenas de pneus com qualidade A e y centenas
t - In (I + 2t) scn2 ('íT.\')
79. lirn 80. lim ....,_.:;.;,:.:....:-:;.::.:.._ de pneus com qualidade 8, onde O S x S 4 e
r-o· 12 .t-.aex- + 3 - x

lll. t-O'
lim -I - -I(•' ') 40-IOx
)'
5- x
. ( h)''
8.1, ~!o I + X Seu lucro sobre o pneu qualidade A é duas vezes maior que o
lucro sobre o pneu de qualidade B. Qual é o número de cada
tipo de pneu que torna a produção mais lucrativa?
348 Cálculo

92. Deslocantento de uma partícula As posições de duas


particulas no eixos sãos, = cost e s2 =cos (t + rr/4). 109. f Vío<osec cotgv'20d0

(a) Qual é a maior distância que separa as partículas?


(b) Quando as partículas colidirão?
11 0. f sec~tg ~tlh ltl. /senl ~ //r
93. Caixa sem tampa Uma caixa retangular, sem trunpa, será lt 2. f ' 2x (o·
oos t Lx u:a: cos·' o • I + <os211)
2
D confeccionada a partir de uma folha de papelão de lO x 16
pol recortando-se dos vértices quadrados com lados iguais
e dobrando-se os lados para cima. Determine analítica·
11 3. f (~ - .r) dr 114. f (:, +,2 : Jt(r
mente as dimensões da caixa de maior volume e o volume 115. f Ü•'- .~)''' 116. f (5' + s')<ls
máximo. Fundamente sua resposta graficamente.
94. O problema da escada Qual é o comprimento aproxi-
111. f o•-• tiO I 18. f 2" +' dr

mado (em ~s) da maior escada que você consegue trans·


portar horizontalmente de um corredor para o outro. pas· 119. f R--~-1'1.'
2t• .t·• - 1
t20. f áO
V16 - o2
sando pela esquina, como mostrado na figura a seguir~
Arredonde sua resposta para um número inteiro.

Problemas de valor inicial

6 L
OL-----±--------+X
8
Nos exercidos 121-124. resolva os problemas de valor inicial.
d)• \'2 + I
12t. -
tlt
- -· -

122 d~=(<+ tY,


- y(l ) - - I
,t ' 2 •

y ( l)=l

O método de Newton il-r .r 3


123. tlt' = 15 v f+ v'i' 1>(1 ) = 8, ··( I)= o

= =
95. Seja j(x) 3.< - x'. Mostre que a equação j(x) -4 tem ér
124. - , • - <os <; r"(O) • r '(O) • O, r ( O) • - I
umasoluç.iono intervalo (2, 3] e use o m~tododc Newton dt
para determiná.Ja.
96. Scjaj(x) =x'- x'. Mostre que aequaçàoj(x) =75 tem uma
Teoria e exemplos
solução no intervalo (3, 4] e use o método de Newton para
dctcrnliná-la. 125. A integração do item (a) e a do item (h) podem estar
ambas corretas? Explique.

Determinando integrais indefinidas (a) fh • I - x2


scn-•.r +C

Nos exercícios 97-120, determine as integrais indefinidas (as


primitivas mais gerais). Verifique suas respostas por d erivação.
(b) f Vi""""="? -f-Vi""""="?
<lr • dx s - cos-• x + C

91. f <x3 + 5.< - 7) dx 126. A integração do item (a) c a do item (b) podem estar
ambas corretas? Exp~que.
99. f (3Vt + ~)"' (a) fh 1 - ,\·2
e -f h 1 - x-
e -eos'
1
x+C

IOt. f dr •
(r + 5)- (b) f tlx _ f VI - -du
X a - u.
tlx • - du
~-
103. f 38ViT+! t/8
(-u )2

lOS. J.T1( 1 + .t'~r''4 tbt


= f -du
~

cos""" 1 u + C
t07. f scc' (0 tis
=
= <os- 1(-x) +C " =- x
Capítulo 4 Aplicações das derivadas 349

127 . O retângulo apresentado na figura possui um lado 131. f(x) • e<fW+i


no eixo y positivo, o lado vizinho no eixo x positivo
132• g(.t) • q V'J-l:r- r
e seu vértice superior direito na curva y =e-~.' Que
dlmensOes d:lo ao relângulo a maior área possfvel e 133. Faça o gráfico das funções a seguir e ulilize o que você
qual é essa área? n observar para localizar e estjmar os valores extremos.
y ldenlificar as coordenadas dos ponlos de ioflexão e os
intervalos nos quais os gráficos são côncavos para cima
)'.e""'
ou para baixo. Confirme, então, suas estimativas lraba-
lhando com as decivadas das funções.
(n) y e (lnx)/ ..;t:
(b) y = .-.r
128. O rct.ínguloapresentado na figura possuí um lado no eixo (c) y = ( I + .r)e-·'
y positivo, o lado vizinho no eixo x positivo c seu vértice 134. Faça o gráfico de.Jtx) = x In x. A função parece ter um valor
superior direito na cun'<l y = (In x)/J?. Que dimensões D mínimo absoluto? Confirme sua resposta usando cálculo.
dão ao retângulo a maior área posslvel e qual é essa área?
135. Faça o gráfico de .Jtx) = (scn .<)~"' no intervalo [0, 311).
r 111 ~
D Explique o que você observa.
0.2~ '?
o.•_~c. 136. Um cabo redondo de transmis-são subaquático compõe-se
O I de um núcleo de fios de cobre envolto em material isolante
Nos cxc_rdcios 129 c 130, determine o máximo c o mínimo não condutor. Se x representa a razão entre o raio do núcleo
absolutos de cada função no intervalo dado. c a espessura do material isolante, sabe-se que a velocidade
129. y = .d n 2.r- .r. [dA] do sinal de transmissão é dada pela equação v=x' In (1/x).
Se o raio do núcleo é l em, qual espessura h do material iso~
130. y = IO.r(2- ln x). (O.c 2) Jante vai proporcionar a maior velocidade de transmissão?
Nos exercícios 131 e 132. determine os máximos e míni-
M:ueric.l isoltune
mos absolutos das funções e diga onde eles ocorrem.

~~~

Exercícios adicionais
1. O que você pQdc dizer sobre umo (unção cujos valores poro identificar os ponto$ ond.c f tem valores máximos c
máximo e mínimo em determinado intervalo são iguais? mínimos locais.
)uslifique sua rcspos1a. 5. Extremos locais
2. Seria correto dízer que uma função descontínua não pode (a) Suponha que a primeira derivada de y =.Jtx) seja
ter seus valores máximo e mínimo absohuos crn um inter- y' =6(x+ l)(x- 2)2
valo fechado? Justifique sua resposta.
Em que pontos. se houver, f possui um má., imo local.
3. O que você pode concluir sobre valores extremos de uma um mínimo local ou um ponto de inflexão?
função cont(nua em um intervalo aberto? E ero um inter-
(b) Suponha que a derivada de y =.Jtx) seja
valo semi-aberto? justifique sua resposta.
y' = 6x(H 1)(x- 2)
4. Extremos locais Esludc o sinal de
Eon que pon1·os, se houver,f possui um máximo local,
df
,..
-;- = 6(x - l )(.r - 2)2(.r - 3)'(.r - 4)' um mínimo local ou um ponto de inflexão?
350 Cálculo

6. SeJ'(x) s; 2 para qualquer x, então qual é o máximo que os va· (b) /tem um mínimo local em x = c se f( c)= Oef"(c)> O.
!ores def podem aument:>r em lO. 6]1Justifique Stlal'C$posta. Para demonstrar a afirmação (a), seja~= (l/2)1f"(c)J. En·
7. Limitando uma função Suponha que f seja contínua em tão use o fato de que
(a, bl e quec seja um ponto interior do intervalo. Oemons· j'(c + h ) - f'(c ) j'(c + lt)
f"(c) = fim = .11-0
fim
Ire que, sef'(.<) :SOem (a, c) cf'(x) ~O em (c, b], então j{x) h-0 1I 1I

nunca será menor quej{c) em [n, b] . para concluir que, para algurn ô > O,
8. Uma desigualdade f' (< + lt)
(à) Demonstre que- 1/2 S x/(1 + x') S l/2 para qualquer
o < litl < 8 = lt < f"(c) + • < O
valor de x. Portanto./'(c+ Ir) é positiva para - 8 <Ir< Oc negativa para
(b) Suponha que f seja uma função cuja derivada é O< h< 8. Demonstre a afirmativa (b) de maneira análoga.
j'(x) = xl ( I + x'). Use o resultado do item (a) para 15. Furo em um tanque de água Você qu.er fu.zer um furo na
demonstrar que parede do tanque apl'esentado na figura a seguir em uma
if (b )- /(t~ll :< t lb- ai altura tnl que o jorro de água resultante· atinja o solo o mais
longe do tanque possível. Se \'OCê fizer o buraco muito alto.
para quaisquer a e b. onde a pressão é baixa, a água sairá lentamente, mas perma·
9. A derivada de/(.<) = x' é zero em x = O, mas f não é uma necerá um tempo relativamente longo no ar. Se você fizer
função constante. Isso não contradiz o corolário do teore~ o furo muito embaixo. a ;.ígua sairá com velocidade maior.
ma do va1or médio, que afirma serem constantes as fun~ mas terá pouco tempo para cair. Onde é o melhor lugar, se
ções com derivada iguala zero? Justifique sua resposta. houver, para se fazer o furo? (Dica: Quanto tempo leva pam
atingir o solo uma molécula de água que sai pelo furo?)
I O. Extremos e pontos de inflexão Seja/t = Jg o produto de
duas funções deriváveis de x.
(a) Sefegsão positivas, com máximo local em x = a, e se
f' e g' mudam de sinal em a, pode Ir ter um máximo
local em t~? _.,...Vdoc~lle d:..~rda = V<H(Ir -;·)
)' /
(b) Se os gráficos de/ eg têm ponto de inflexão em x = a,
então o gráfico de Ir também tem?
Se a resposta for •'sim): então demonstre. Do contrá·
' __-_-_-j!ó~~;;::::
·--;=.:"-"5<>:::1•::....--~ ·'
rio, dê urn contra·excmplo. ...._ Ak:UlC'C

11. Determinando unta função Use as seguintes infor· 16. Marcando um gol Um jogador de futebol norte..america~
mações para determinar os valores de a) b c c na fórmu la no quer fazer um got estando a bola sobre a linha tracejada
j(x) = (x + a)l(bx' +ex+ 2). à direita. Considere que as traves e-stejam b metros distantes
i. Os valores de a. b1 c são ou Oou I. entre si e que a linha tracejada lateral esleja a uma distância
ii. O gráfico def passa pelo ponto (-1. O). a> Oda trave direita (veja a figura). Oetcnnine a distância h,
em relação à linha de fundo, que oferece no jogador o maior
iii. A reta y = I é uma assíntota do gráfico def.
ângulo p. Considere que o campo d-e futebol ~jn plano.
12. Tangentes horizonta.is Para que valor(cs) da constante Tr:wes
k a curva y = xJ + k .~ + 3x - 4 tem exatamente uma tan·
gente horizontal? ;
I
13. O maior triângulo inscrito Os pontos A e 8 estão nas I
I
I
extremidades de um diâmetro de um círculo unitário e o

I.
I
I
ponto C está na circunferência.l1 correto dizer que o peri· : Unlt-."'. t~jatb l!'it<nl ~ dl~i.tfl

metro do triângulo ABC é máx.imo quando esse triângulo R ~d


é isósceles? Como saber? I
I
I
14. Provando o teste da segunda derivada O teste da se- I
I

gunda derivada para máxlmos e mínimos locais (Seção


4.4) afirma que:
17. Um problema de max· min com resposta variável As
(a) f tem um máximo local em x = c sef'(c) = Oe f"( c) <O. vezes, a solução de um problema de ma.x· min depende
úpitulo 4 Aplicaçõesdasderivadas 351

das proporções das formas envolvidas. Por exemplo, supo~ (b) Demonstre que nesse caso a fónnu la da recurs:ão é
nha que um cilindro de revolução com raio r c altura h es· x,. 1 :::; xm(2 - 3x")
!cja inscrito em um cone de revolução com raio R e altura
f/, conforme a figura a seguir. Determine o valor de r (em porl<l.nto nã.o é preciso divjdir.
função de R e de H) que maximi1.a a área total da superficic 23. Para delermlnar x :::; if;;, aplicamos o método de Newton
do cilindro (inclusive o topo e a base inferior). Como voe~ aj(x) = ..(/ - a. Aqui, supomos que a seja um número real
verá, a solução depende de ser H s 2R ou H> 2R. positivo e q um intéiro positivo. Demonstre que x J é urna
«média ponderada" entre Xo e a I xr •;
depois, determine
os coeficientes m 0 , m 1 tais que
a ) mo > O, 1111 > O
.\'1 = IIIQ.\'0 + 1111 ( ., q .. l •
•0 mo + 1111 = I
1
A que conc:lusâo você chegaria se x0 e nlxr fossem iguais?
Qual seria o valor de x 1 nesse caro?

:w. A família de retas y = ax + b (sendo a. b constantes arbi..


trárias) pode ser caracteri7.ada pela relação y" = O. Deter-
mine uma relação similar satisfeita pela famrlia de todos.
18. Minimizando um parâmetro De1crmine o menor va- os círculos
lor da constante positiva m que torna mx- L+ (lfx) maior
(.< - lr)1 + (y - lt) 1 = r 1
ou igual a zero para qualquer valor positivo de x.
onde 11 e r são constantes arbitrárias. (Dica: El.i mine Ir e
19. Calcule os limites a seguir.
r do conjunoo de três equações incluindo aquela que foi
(a) lim 2 scln 5.r dada e duns obtidas por derivação sucessiva.)
(<)
s-0

x-0
\'

fim .W'COSCC 2 ~ (d)


·-·
( b) lim sen 5xcolg1l'
lim (sccx- ogx:
~- :r{l
2) . Queda livre no século XIV Em meados do século XIV,
2 Alberoo da Saxônia (1316·1390) propôs um modelo para
(~) fim x scn x (r) lim SCit .l
x-O .l ogx ...-o xsenx queda livre que admitia ser a v:clocidade de um corpo em
queda proporcional à distância. da queda. Parecia razoável
(g) lim scc .\- I 8
(h) fim < - considerar que um corpo caindo de uma ahurn de 20 pés
.x-& X "' .r-2 .\' ~- 4
estivesse se deslocando duas vezes mais rápido que outro
20. A regra de CHõpital não ajuda a encontrar os limites a caindo de 10 pés. Além disso, nenhum dos instrumentos
seguir. Determine-os de outra maneira. disponíveis na época era suficientemente preciso para
demonstrar o contrário. Hoje, resolvendo o problemo de
2"
( a) I ."" v.;:-+s
r + 5 (b) l'om valor inicial implícito em seu modelo, vemos que o mo~
,.._oo .V.\' x-w X+ ? \(;
delo de Alberto da Saxônia estava longe de estar correto.
21. Suponha que uma empresa gaste y =a + bx dólares para Resolva o problema e compare graficamente sua solução
produzjr x ur1idades por semana. Ela consegue vender com a equação • = l6r . Você verá que elo descreve um
essas un.idades • um preço P = c - t .< dólares por unida- movimento que se inicia lentamente demais e depois se
de. Cada uma dessas letras - a, b, c. e - representa uma torna rápido dcn1ais. cedo demais, para ser real.
constante positiva. (a) Qunl nível de produção ll'H\Ximita
26. Exames de um grupo sangüineo Durante a Segunda
o lucro? (b) Qual é o preço correspondente? (c) Qual é o
lucro semanal nesse nível de produção? (d) A qual preço D Guerra MundiaiJ foi preciso fazer cxarnc de sangue crn
grande número de soldados. Há duas maneiras-padrão
cada item deveria ser vendido para maxlmizar os luaos,
para real i Z...'\r o exame de sangue em N pessoas. No método
caso o governo impusesse um imposto de t dólares por
I, cada pessoa é examinada separadamente. No método
item vendido? Comente a diferença entre o preço ames c
2, as amostras de sangue de x pessoas são rnisturadas e
depois do ímposoo.
examinadas como uma gmnde amostra. Se o resultado for
22. Estimando recíprocos sem divisão Você pode estimar o va- negativo, esse único teste será suficiente para as x pessoas.
lor do rec·íproco do número a sem nunca ter de dividir por a, Se for positivo, então cada uma das x pessoas devení ser
aplicando o método de Newton à função fi.<) = (1/.<)- a. Por examinada scparadamentcJ sendo necessário um total de
exemplo, se a = 3, então a função envolvida éj(x) = ( llx)- 3. x + 1 exames. Usando o segundo método c alguma noção
(a) Trace o gnífico de y = (llx)- 3. Onde o gráfico cm1.a de probabilidade, pode·se demonstrar que, em média. o
o eixox? número total y de testes será
352 Cálculo

onde k é uma constante, d 1 é o comprimento do segmento


AO, d, é o comprimento do segmento OB. R é o raio do tubo
maior e r é O raio do tubo menor. 0 ângulo 8 deve Ser CSCO·
Com q a 0.99 e N • 1.000. determine o \'aiOr inteiro de X Ih Ido para minimizar a soma dessas duas perdas.:
que minimiza y. Detennine também o valor inteiro de .<que
maxlmiza y. (Esse segundo re.suhado não é importante para d, dl
L= k-:- + k-
R4 r4
situações reais.} O método de exames de sangue em grupo
foi usado durante a Segunda Guerra Mundial c resultou em
uma economia de 80% em relação ao método de testes indí·
viduais, mas não com o valor dado de q.
l1 • d .. scnO

w~
27. Suponha que o freio de um automóvel produza uma desa·
celeração constante de k pés/s1. (a) Determine qual k um a±-
automóvel que viaje a 60 mi/h (88 pés/s} precisa ter para
parar a uma d.ist'ância de 100 pés de-sde o ponto em que o
1: <1 1 " ~I• :I
tt, co. O
Em oosso modelo. admitimos que AC = a c BC= b são
freio é acionado. (b) Com o mesmo k> que distância um
constantes. Assim, temos as relações
carro que viajasse a 30 mi/h percorreria antes de parar?
d1 +d2 cos0=a d2 sen 8= b,
28. Sejam j{x), g(x) duas funções continuamente deriváveis
tais que
que satisfazem as relações f'(.<) a g(.<) e f"(x) a -/(x). Seja
d, = b coscc 8,
h(.<) = f ' (x) + g'(x). Se h(O) = 5, determine h( I O}.
d, =a- d, cos 8= a- bcotg e.
29. Pode existir uma curva que satisfaça as condições a seguir?
Podemos expressar a perda total L em função de 8:
d'ytdx' é igual a zero em toda parte, quando x = O, y = Oe
dyldx = I. Justifique sua resposta. L= k(n-bcorgQ + beosccO)
R' ,..
30. Determine a equação para a curva no plano cartesiano
(a) Demonstre que o valor crítico de 6 para o qual dUdO
que passa pelo ponto ( t, - 1), sendo seu coeficiente angu·
é igual a zero é
lar em x sempre 3K + 2.
o.. - .~"A.;:-1 _
,.•
3 t. Uma partícula se move ao loogo do eixo x. Sua aceleração ....,.~ RJ.
é n = -11• Em t =O, a partícula está na origem. No curso de
(b) Se a razão entre os raios dos tubos é r/R = 5/6, estime
seu movimento. ela alcança o ponto x = b, onde b >O, mas
para o valor inteiro mais próximo. o ângulo em graus
=O.
não vai além de 11. Determine sua velocidade em I
de ramificaç.io ótimo dado no item (a).
32. Uma partícula se move com aceleração n = .Jl- (I I ..fi). A análise matemática descrita aqui tarnbém é usada para
Supondo velocidade v = 4/3 e posição s = - 41 I 5 quando explicar os ângulos através dos quais as artérias se ramifi·
t = O, determine cam no corpo dos animais. (Veja E. Batschc1ct. llllroduc~
(a) a velocidadev em termos de 1. tion to MathemaUcs for life scientists. 2. ed., Nova York:
(b) a posição sem termos de 1. Springer-Verlag, 1976.)
33. Os melhores ;\ngulos para a ranuficação de vasos sar~gü· 34. Dado /(x) = ax' + 2b.< + c com a > O. Considerando o mi·
íneos e tubos Quando um pequeno tubo se ramifica em nimo, prove que j{.~) ~ U para qualquer x réal se e somente
um sistema de fluxo a partir de outro maior, pode-se querer se lJ2 - nc SO.
que essa ramificação ocorra no melhor ângulo para poupar 35. A desigualdade de Schwartz
energia (de certo ponto de vista). Pode-se desejar, porexem·
(a) No Exercício 34, considere
pio, que o consumo de energia devido ao atrito seja minimi·
zado ao longo da seção AOB (veja a figura a seguir}. Nesse j(x) = (t1 1x + b1) 2 + (a,x + b,)' + •·· + (a.,x + b. )'
diagrama, B é um ponto qualquer a ser conectado ao tubo c deduza a desigualdade de Schwartz:
menor. 1\ é um ponto no tubo maior, anterior a B, sendo O
(a1b1 + a2b2 + + a"b" )2
o ponto em que a ramificação ocorre. Uma lei fommlada
por Poiseuille diz que a perda de energia devida ao atrito em !. (a.' +a,'+ +a.' )(b,' +b,' + +b.'l
nuxo não turbulento é proporcional ao comprimcnt·o c in· (b) Demonstre que a desigualdade de Schwartz só poderá
versamente proporcional à quarta potência do raio. Assim, a ser uma igualdade se existir um nl1 mero real x que tor~
perda ao longo de AO é (kd1)1R' e ao longo de OB é (kd,)lr'. ne a.x iguala -b, para todos os valores de i, entre I e rr.
snow
úpitulo4 Aplicaçõesdasderivadas 353

Exercícios avançados
1. Dê exemplos de funções sem máximo nem mínimo em/> terminar uma aproxjmação de n com erro absoluto menor
quando que um ,.,.Jor e >O dado.
(a) I= (a. b), a e b reais (b) I= (0, -). 6. Mostre que se g'(x) > Opara todo x, então a seqüêncía ·' •
2. A ci.rcunfcrênda que melhor aproxjma o gráfico de uma é monótona crescente se x0 < a~ e é monótona decrc-S<ente
função y = j{x), com primeira e segunda derivadas contí- SC Xo >a.
nuas. perto de um ponto (aJ}tn)) é chamada circunferência 7. Mostre que scg'(x) <O para todox, então a seqiiênciax, os-
osculadora. S.: esta circunferência puder ser descrita por y = cila em torno de a, isto é, a está entre x~ e xM1 para todo n.
g(x) perto de x =a, ela pode ser caracteri1.1da por g(a) = 8. Mostre que a equação (cos x)/2 = x tem uma solução a no
j(a), g'(il) m f(a) c g"(a) m f"( a) (lembre-se de que (X- b)' + intervalo (O, n/2) c use o Exercícios 5 para obter uma apro-
(g(x) - c)' = ,; para algum b c c reais e algum r positivo).
ximação dessa solução com erro absoluto menor que lo-•.
Considere a parábola de equação y{x.) = 4 - X'. Ache a
c.ircunferência osculadora dessa panibola no seu vértice 9. Mostre que se f tem segunda derivada contínua ef"(x) >O.
(a = O) e para O< a < 2. para todo x E R, então a reta tangente ao gráfico def num
ponto qualquer (a,j(a)) fica abaixo do gráfico de f Dize-
Nos exercícios 3 e 4 considere o modelo de crescimento
mos que. nesse caso, f tem concavidade para cima.
populacional, proposto por Goonpcrlz em 1825, dado pela
(Sugesl<!o: estude a função g(x) = j(x) - j(a) - f(a)(x-a)
equação diferencial p' = a p In (blp). onde p = p(l) > O é o
I amanho da população no instante te a t b são constantes po- que descreve a diferença entre a altura do gráfico de f e a
sitivas característie<\s da população em questão. da reta tangente.)
3. Mostre que se p =p(l) é solução dessa equação, então p I O. Esboce o gráfico das funções
tem derivada de qualquer ordem. (a) j(x) = x'l(l - x') (b) g(x) = x/(1- X')
4. f: fácil ver que p(l) = b para todo 1 satisfaz essa equação c (c) h(x) = ..'1(1 +X')
que p(O) = b. t possível demonstrar que se O < p(O) < b a
Sejaf uma função com 11 + I dcrh.-adas continuas em wna vizi-
solução dessa equação satisfaz O < p(l) < b para todo 1, c
nhançadca. O polinômioP,(.<) =j(a) + f(a) (x - a)+ f'(a) (x-
que se p(O) > h a solução satisfaz p(l) > b para todo 1.
a)'/(2!) + ... + t•>(a) (x- ar/(11!) é d,amado polinômio de T.1ylor
(a) Esboce o gráfico de urna solução que satisfaz O< p(O) <b. de ordem 11 de f em torno de a. t possí,·eJ mostrar que R,(x) =
(b) Esboce o gráfico de uma solução que satisfaz p(O) > b. j(x) - P11(x) =f••'l(b) (x - a)"'1/((11+1)!), para algum bentrexea.
Nos exercícios 5- 7 são dados a e R e uma função g definida 11. Use o polinômio de Taylor de ordem 3 de j(x) = sen x em
em R, derivável, tal que g(a) = a (isto é, a é wn ponto fixo de g). torno de a= Opara determinar uma aproximação de scn O.S
Suponha, ainda, que lg'(.<)l s M s I, para todox. Para x. E R con- c delimite o erro absoluto comt.?tido.
sidere a seqiiêncía x.," E N, definida por x,,. , = g(x.), 11 E N. 12. Use o polinômio de Taylor de ordem 4 de j(x) = In x em
5. Mostre que, então I·' •- a I s; M" I Xo- 11 1. para todo 11 e N. torno de a = I para determinar uma aproximação deln 1,5
Em conseqüência, a seqüência x, pode ser usada para de·
1 e delimite o erro absoluto come-tido.

Projetos de aplicação de tecnologia


MÓDULO MATHEMATICA-MAPLE
Movimento ao longo de uma reta: posição -4 velocidade -t aceleração
Você vai observar o for~nato de um gráfico em impressionantes animações que retratam as relações de derivação entre
posição, velocidade e aceleração. As figuras do texto podem ser animadas.
MÓDULO MATHEMATICA-MAPLE
Método de Newtou: estimar 1( com quantas casas det.imai$?
Trace os pontos de uma função no plano cartesiano, observe uma raiz. escolha urn ponto inicial perto dela e, por fim,
use o método interativo de Newton para aproximar a raiz até a precisão desejada. Os nl'm1cros Tr, e, .J2 são aproximados.
Integração

RESUMO Um dos gmndes avanços da geometria cl;issica foi obter fór-


mulas para determinar área e volume de triângulos. esferas c cone-s. Neste ca-
pitulo, estudaremos um método para calcular ál:ca e volume destas e de outras
formas mais gerais. Mas o método que apresentaremos - a lutegraçào- não
serve apenas para isso. A iutc.-gral tem muilas aplicações ·Cm estatística, eco-
nomia, ciências c engenharia. Ela nos permite calcular quantidades que vão
desde probabilidades e médias até consumo de energia e forças que atuam
contra as conlportas de um't represa.
A idéia bâsica da integração é que muitas quantidadts podem ser calcula-
das se são quebradas em pedaços pequenos e, depois. soma-se a contribuição
que cada parte dá. Apresentamos a teoria da integral no campo da área, no
qual ela revela sua natureza de rnodo rnais claro. Começaremos com exemplos
envolvendo somas finitas. Isso levará naturalmente à pergunta sobre o que
acontece quando mais e mais termos são somados. Passando para o limite,
quando o número de termos tende ao infinito, chegamos a uma integral. Em-
bora integração c derivação estejam intim:.uncnte relacionadas, não vcrernos
o papel da derivada e da primitiva antes da Seção 5.4. A n:ahare-t.1 de sua reJa ~
ção, contida no teorema fundamenta) do cálculo, é uma das mais imporrantes
idéias do cálculo.

Estimando com somas finitas


Esta seção mostra como área, valores médios e distâJ.1cia percorrida por
um objeto ao longo do tempo podem ser todos aproximados por somas finitas.
Somas finitas silo a base da definição de integrais, que serâ dada na Seção 5.3.

)'= I - ...-l Área


Podemos aproximar a área de uma região com contorno curvo somando
as áreas de um conjunto de retângulos. Usar uma quantidade maior de retân·
o.s gulos pode aumentar a precisão da sua aproximação.
R

"'o<~----o
-t-.s,-----'!--+.<
EXEMPtO I Apro.<imando ár•o
Qual é a área da região sombreada R que se cnco.ntra acima do eixo
I'IGURA 5.1 A área da região R não x~ abaixo da curva de y =- 1 - X:. e entre as retas verticais x = O e x = 1?
pode ser encontmda com uma fórmula (Veja a Figura S. L) Um arquiteto pode querer saber essa área para calcu-
simples (Exemplo I)_ lar o peso de uma janela feita sob medida, cujo form..to é descrito por R.
snow
Capitulo 5 Integração 355

)' )'

I (0. I ) y = 1 - s'.!

o.s
R

'"'od-----f.,---+-- x -,d-......,;:-!,;,....,~-,.!;.,...-.l!-- X
0.5 o 0.25 o.s 0.75
(O) (b)

I'IGURA 5.2 (a) Usando dois retângulos que contêm R, obtemos uma
estimativa superior da área de R. (b) Quatro retângulos fornecem uma
estimativa superior mêlhor. Ambas as alternativas uhrapassam o valor real
da área.

Infelizmente. não existe uma fórmula geométrica simples para calcular a


área de forrnas com contorno curvo como a região R.
Ernborn não tenhamos ainda um método para determinar a área cxMa
de R, podemos aproximá-la de um modo simples. A Figura 5.2a mostra dois
retângulos que, juntos, contêm a região R. Qlda retângulo tem largura 1/2; o
primeiro da esquerda para a direita tem altur• l, e o segundo, 3/4. A altura de
cada retângulo é o valor máximo da funç.1of. \'lllor que se obtém calculandof
na extremidade esquerda do subintervalo de (0, 11 que forma a base do retân·
guio. A área total dos dois retângulos aproxima a <irca A da região R,

I 3 I
A "' I · - + - · -
2 4 2
= -87 = O'87).

Essa estimativa é maior do que a área real A.. uma vez que os dois retân~
gulos contêm R. Dizemos que 0,875 é uma soma superior, pois é obtida
considerando-se a altura de cada retângulo como o valor máximo (o ponto
mais alto) de}tx), scndox um ponto no interva:lo da base do retângulo. Na
Figura 5.2b. melhoramos nossa estimativa usando retângulos n1ais cstrci·
tos, cada qual corn largura de 1/4, os quais, se considerados em conjunto,
contêm a região R. Esses quatro retângulos nos fornecem a aproximação

I 15 I 3 I 7 I 25
A"' I· - + - · -+- · - + - · - = - = O78125
4 16 4 4 4 16 4 32 .

que ainda é maior do que A, uma vez que os do;s retângulos contêm R.
Suponha. tm vez disso, que usemos quatro retângulos contidos dentro
da região R para estimar a área, como mostra a Figura 5.3a. Cada retângulo
tem largura l/4, como antes. mas os •·ctángulos são mais baixos c ficam
inteiramente abaixo da curva def A função }tx) = I - x' é decrescente em
(0. I], portanto a altura de cada um dos retângulos é dada pelo valor de f
na extrernidade direita do subintervalo que forma sua base. O quarto re-
tângulo tem altura zero e, assim, não contribui ·para a área. Somando esses
retângulos com alturas iguais ao valor mínimo de Jtx), sendo x um ponto
em cada subinterva.lo da base, temos uma aprox_imação de soma inferior
para a área
356 Cálculo

~;';.i
I
' ,.,(U~J yc l -.t!

'
' """' '\_(MJ
o.5 '
''
\
''
'
' '
1\(Hl)
o
'
0.25
'
o.s
'
0.15
\ I
0.12S 0.375 0.625 0.87.5
(~)

I' IGURA 5.3 (a) Os retángulos contidos em R dão uma estimativa da


área que subestima o valor real. (b) A regra do ponto médio usa retângulos
cuja altura é o valor de y =j(x) no ponto médio de suas bases.

A"' -!5 I 3 I
16 · -+-
4
7 I
4 · -4 + -16 · -4 + O·
I 17
-4 = -32 = O•53125

Essa estimativa é menor que a ~\rea de A. pois todos os retângulos se


situam dentro da região R. O verdadeiro valor de A fica em algum ponto
entre as somas superior e inferior:
0,53125 <A < 0,78125
Considerando as duas aproximações, a de sorna inCcrior e a de soma
superior, conseguimos não apenas estimativas para a área. mas também
um limilt! para o tamanho do possível erro nas estimativas. uma vez que o
valor real da área fica em algum ponto entre elas. No presente caso, o erro
não pode ser superior à diferença 0,78125 - 0,53125 = 0,25.
t possível, aindaJ obter outra estimativa Us.a.J'Ido retângulos cujas altu·
ras sejam valores de f em pontos médios de suas bases (Figura 5.3b). Esse
método de estimação chama·se regrd do ponto médio para aproximação
da área. A regra do ponto médio (ornece uma estimativa que fica entre
uma soma inferior e uma superior, mas não fica darose ela superestima ou
subestima a área real. Com quatro retângulos de largura 1/4 como antes. a
regra do ponto médio estima a área de R em

G3 t 55 I 39 I 15 I I 72 I
644 +-
A "'- • - ·- +-
644 ·- +-
644 •- = -64 • -4
644 0 671875
= .

Em cada uma das nossas somas calculadas., o intervalo fa, b] ao longo


do qual a função f é definida foi subdividido em " subintcrV31os de igual
largura (também chamada comprimento) t!.x =(b- n)ln, e/foi calculada
em um ponto em cada subintervalo: c1 no primeiro subintervalo, c, no s.e·
gundo subintervalo. e assim por diante. Oe.s.se modo, todas as somas finitas
assumem esta forma:

Pegando mais c mais rerângulos. cada um deles mais estreito que os


anteriores. parece que ems somas finitas fornecem apr.ox.imaçõcs cada vez
melhores da área n.~al da região R.
snow
Capitulo S Integração 357

A Figura 5.4a mostra uma aproximação de sorna inferior para a


área de R usando 16 retângulos de igual largura. A soma de suas áreas é
0,634765625, que parece próximo da áre• real, mas ainda é menor porque
os retângulos est:'lo dentro de R.
A figura 5.4b mostra uma aproximaçào de soma s-uperior u,sando 16
retângulos de igual largura. A soma de suas áreas é 0,697265625, um pou-
co maior que a área real, pois os retângulos, juntos, contém R. A regra
do ponto médio para 16 retângulos d:í uma aproximação da área total de
0,6669921875, mas não fica imediatamente evidente se essa cstirna.tiva é
maior ou menor que a área real.
X
o TABELAS.l Aproximações finitas da área de R
(o)
Número de Regra do
subintervalos Soma inferior ponto médio Soma superior
)'

2 ,375 .6875 ,875


y=t -_.l 4 .53125 .671875 ,78125
16 ,634765625 ,6669921875 ,697265625
50 .6566 ,6667 ,6766
100 ,66165 ,666675 ,67165
1.000 .6661665 .66666675 ,667 1665

A Tabela 5.1 mostra os valores de aproximações de somas superior


e inferior para a área de R. usando até 1.000 retângulos. Na Seção 5.2,
veremos como obter o valor exato da área de regiões como R deter·
(b) rninando o lirnite quando a largura da base de cada retângulo tende a
zero e o nl1mcro de retângulos tende a infinito. Com as técnicas que
FIGURA 5.4 (a) Soma inferior
desenvolveremos, consegui remos demonstrar que a área de R é exata·
usando 16 retângulos de igual largura
mente 2/3.
ta= 1/16. (h) Soma superior usmdo
16 retângulos.
Distância percorr ida
Suponha que conheçamos a função velocidade: v(/) de um carro que per-
corre uma rodovia, sempre na mesma direç;io, e queiramos saber que distância
ele terá percorrido entre os instantes t = a e I = b. Se .conhecemos uma primitjva
F(t) de v(t), podemos determinar a função posição do carro s(t) estabelecendo
s(t) = F(l) • C . Dcterrnin<.unos, N\tãt\ a dist{illcia p<"rCOfl'ida calc:ularldo a m-.•-
dança na posição, s(b)- s(a) (como na Seção 4.8, Exercido 117). Se a função
velocidade é determinada por um velocímetro que mede a velocidade do carro
em vckios instantes, então não temos uma fórmula da qual obter uma função
primitiva para a velocidade. Então, o que fazemos nessa situação?
Quando não conhecemos uma primitiva da função velocidade u{t), po·
demos aproximar a distância percQrrida da seguinte 1nancira: subdividimos
o intervalo la, b] em pequenos intervalos de temp-o. em cada um dos quais a
velo·cidade é considerada razoavelmente constante; então, fazemos uma apro·
ximaç.io da distância percorrida em cada intervalo de tempo com a fórmula
usual de dish'incia
distância= velocidade x tempo
e somamos os resultados ao longo de In> b].
snow
358 Cálculo

Suponha que o intervalo subdividido tenha esta aparência:


j.-6t-.J..·t>t-.J.·tll-+1
_,__,_.__ _,___....__ __._. t ($)
,, b

sendo todos os subintervalos de comprimento !J.t. l)egue um número t 1


no primeiro intervalo. Se 6/ é tão pequeno que a velocidade mal se altera
em um pequeno intervalo de duração At. então a distârlcia percorrida no
primeiro intervalo ficará em torno de v(l,) At. Se r, for um número do
segundo intervalo, a distância percorrida nesse segundo intervalo ficará
em torno de v(t2 ) flt. A soma das distâncias percorridas em todos os in·
tcrvalos é
D ~ v(r 1) Ar + v(r, ) Ar+ ... + v(r.) Ar
onde 11 é o número total de subintervalos.

EXEMPLO 2 Estimondo a ahitu<k de um projétil


A função wlocidade de um projétil disparado diret.amente para cima é
f( r)= L60- 9,8r m/s. Use as técnicas de soma descritas para estimar a que
distância o projétil sobe durante os primeiros 3 segundos. Quão perto as
somas chegam do número exato 435,9 n'letros?
SOlUÇÃO Exploramos os resultados para diferentes números de
intervalos c diferentes escolhas de pontos de avaliação. Observe que j(r) é
decrescente, portanto as extremidades esquerdas vão nos dar uma estima-
tiva de soma superior, ao passo que as direitas vão nos dar uma estimativa
de soma inferior.
(a) Ttts subíutervaiO$ de comprimento 1, comf cafculada tws e.'l:tremi-
dades esquerdas, rtsultmJdO em uma sonm superior:

O I 2 3
~ât~

Com f calculada em r = O. Le 2. temos:


D "' f(r1) Ar + f (r2) Ar + f(r3} AI
- [160 - 9.8(0)]( 1) + [L60 - 9,8(1)](1) + [160 - 9 .8(2)](1)
= 450,6
(b) 1"rés subíntervalos de comprimento l, com f tll-11trliada uas extremi-
dades direita.s. resultando em uma soma i11j'erior:

Com f calculada em r = L, 2 e 3,tcmos:


D "'f(tt) Ar + f(tÚ At + /(t3) Ar
= [160 - 9.8( 1)]( L) + [L60 - 9.8(2)J(L) + [L60 - 9.8(3}]( L)
- 421 ,2
Capitulo 5 Integração 359

(c) Com seis subbttervnlos de comprimetifO 1/2, obtemos:

Uma sorna superior usando extremidades esquerdas: D .. 443,25i uma


sorna inferior usando extremidades direitas: D ,. 428,55.
Essas estimativas de seis intervalos estão um pouco mais próxirnas que
as estimativas de três intervalos. Os resultados melhoram à medida que os
subintervalos diminuem de tamanho.
Como podemos ver na Tabela 5.2, as sornas superiores, avaliadas nas
extremidades esquerdas. aproximam-se do valor real 435,9 por cima, en-
quanto as somas inferiores) avaliadas nas extremidades direitas, aproxi·
mam·se dele por baixo. O valor real fica entre essas somas superior e infe-
rior. A rnagrtitude do erro nos valores •nais próxinlos é 0~23, \una pequena
fração do valor real.

TABELA5.2 Distâncias percorridas estimadas


Número de Comprimento Soma superior Soma inferior
subintervalos de cada
subintervalo
-
3 I 450.6 421,2
6 112 443,25 428,55
12 1/4 439,57 432,22
24 1/8 437,74 434,06
48 t/16 436,82 434,98
96 1/32 436,36 435,44
192 1/64 436,13 435,67

Magnitude de erro = IValor real - Valor calculadol


= 1435,9- 435,-671 = 0,23
0,23
Porcentagem de erro = • ~ 0,05%
435 9
Seria seguro concluir, dos últimos valores da tabela, que o projétil su-
biu aproximadamente 436 m durante os primeiros 3 s de vôo.

Deslocamento contra distância percorrida


Se um corpo com a função posição s(t) desloca-se ao longo de um eixo
coordenado sem mudar sua direção, podemos calcular a distância total i>er-
corrida de I = a até I = b, somando a distância percorrida durante pequenos
intervalos, como no Exemplo 2. Se o corpo muda sua direção uma ou mais vezes
durante o trajeto, então precisamos usar a mpidez do corpo lv(t)l. que é o valor
absoluto da função velocidade, v( I), para determinar a distância total percorrida.
Usando a própria velocidade. como no E.xemplo 2, somente se obtém uma esti-
mativa para o deslocamento do corpo, s(b) - s(11), a diferença entre as posições
inldal e final.
Para saber o porquê disso, divida o intervalo de cempo (a, b] em subimerva·
los flt iguais suficientemente pequenos, de modo que a velocidade do corpo não
360 Cálculo

y y

)' • c•

c -~~-

< --,t--'-------~-+ ·'


o " 0 (I b
(o) (b)

FIGURA 5.5 (a) O valor médio dc.ftx) =c em(a, b] é a área do retângulo


dividida por b - 11. (b) O valor médio de g(x) em (a, b) é a área abaixo de
sua curva dividida por b- a.

mude muito do instante 11,:-~ para t,_ Assim, u(t,t) permite obter uma boa aproxi-
mação para a velocidade ao longo do intervalo. Portanto, a variação na coorde-
nada da posição do corpo durante o intervalo de tempo será aproximadamente
v(t,) ót
A variação será positiva se v(t,) for positivo, c negativa se v(t,) for nega-
tivo. Em ambos os casos, a distância percorrida durante o subintervalo será
aproximadamente
)v(t, )] 61
A distância total percorrida será aproximadamente a soma
]v(t,)] 61 + ]v(12)] ót + ... + ]v(l,)] 61

Valor médio de uma função não negativa


Para obter a média de um conjunto de 11 números x 1, x 1, ••.• x'l, devemos
somá-los e dividir o resultado po_r n. Mas qual é a média de uma fur1ção contí-
nua f em um intervalo (a, b)? Tal funÇllo pode assumir un•a variedade infinita
de valores. Por exemplo, a temperatura em certa parte de uma cidade é uma
função continua que sobe e desce todos os dias. O que significa dizer que a tem·
peratura .nédia na cidade ao longo de determinado dia é 73 graus Fahrcnheil?
Quando uma função é constante, essa questão é fácil dt responder. Uma
função com valor constante c em um intervalo [a, b) tem valor médio c. Se c
for positivo, o gráfico da função em (a, b) formará um re<tângulo de altura c.
A média dn funç-ão pode então ser intcrprctndn geomctdcomcntc como a ó.rco.
desse retángtdo dividida por sua largura b - a (Figura S.Sa).
E se quisermos determinar a média de uma função não constante. tal como
a funÇllo g da l'igura S.Sb? Podemos pensar em seu gráfico como uma "foto-
grafia.. da altura de um pouco de água balançando dentro de um tanque. enlre
as paredes confinantes em x =n ex = b. Conforme a água baJança, sua altura
muda a cada ponto, mas a altura média permanece a mesma. Para obter essa
altura média. esperamos até que a água se assente c sua alturn fique constante. A
altura resultante c é igual à área sob a curva deg dividida por b - n. Assim, fomos
levados a definir a altura média de uma função não negath•a em um intervalo
(a, b) como a área sob sua curva dividida por b - a. Para que tal definição
seja válida, devemos compreender precisamente o que significa essa área sob
a curva. faremos isso na Seção 5.3. mas, por enquanto, vamos analisar dois
exemplos simples.
Capitulo 5 Integração 361

y EXEM I' LO 3 Valor médio de uma função linear


Qual é o valor médio da função j(x) = 3x no intervalo [O, 2)?
6
SOLUÇr\0 A médio é igunl à á.rca sob o curva <.Hvidida pda largun.
do intervalo. Nesse caso, não precisamos de aproximação tini ta para csti·
mar a área da região sob a curva: um triângulo de altura 6 e base 2 tem área
6 (Figura 5.6). A largura do intervalo é b- a= 2- O= 2. O valor médio da
função é 6/2 = 3.

EXEM Pl.O 4 Valor médio 1lc scn x


Estime o valor médio da função j(x) = scn x no intervalo (0, 11].

~0~~--~2---3~' SOLUÇÃO Analisando o gráfico de scn x entre Oe rr na Figura 5.7,


podemos \'C-r que sua altura média fica entre O c I. Para determinar a mé·
dia, precisamos calcular a área A sob o gráfico e depois dividi-la pelo com-
FIGURA 5.6 O valor
primento do intervalo. rr- O= rr.
médio de f(x) = 3x
Não dispomos de uma maneira simples para determinar a área, por
ao longo de (0, 2) é 3
isso fazemos uma aproximação com somas finitas. Para obter uma esli·
(Exemplo 3).
mativa de soma superior, somamos a área de .quatro retângulos de igual
largura rr/4 que, juntos, contêm a região sob a ·curva de y = sen x e acima
do eixo x em [0, rrJ. Fazemos que a altura dos retángulos seja o maior valor
de .scn x em cada .subintervalo. Em um subintervalo específico, esse valor
máximo p<>de ocorrer na extremidade esquerda, na direita ou em algum
ponto entre elas. Calculamos sen x nesse ponto para obter a altura do re·
tângulo para a soma superior. Por fim, a som.a das áreas dos retângulos
dará uma estimativa da área total (Figura 5.7a).

( seo -"
4 ) · -rr
4 + ( seo-"2
) · -rr + ( seo -" ) · --
4 24 3rr)
rr + ( sen --
44 · -rr

l_ + I + I + - 1- ) · !!.. "" (3 42) · !!.. "' 2 69


( _Vi Vi_4 > 4'

Para e.stimar o valor médio de sen x dividimos a área estimada por tr c


obtemos a aproximação 2.69/rr ~ 0,86.
Se usarmos oito retângulos de igual largura 1r/8. todos acima da curva
de y;::: sen x (Figura 5.7b), obteremos a seguinte e-stimativa da área:

1T "' 3rr n rr Srr 3rr 77T) 1r


( ~~+-~+-T+-I+-I+-T+-T+-T-T

"' (0.38 + 0.71 + 0.92 + I + I +0.92 + 0.71 + 0.38) · ~ = (6,02) · i "' 2.365
Dividindo esse resultado pelo comprimento rr do intervalo, obteremos
uma estimativa mais precisa de 0.753 para a média. Como usamos uma soma
-Superior para aproximar a área, essa estimativa ainda é superior ao \ralor 1né·
dio real de sen xao longo de [0,11'j. Quanto rn,tis retârlgtllosusarmos, e qual\·
to mais estreitos eles forem. mais próximos ficaremos da média real. Usando
as técnicas da Seção 5.3, demonstraremos que a média real é 2/'fr !lrJ 0,64.
Assim como anteriormente, também poderiamos ter usado retângulos
que ficassem abaixo da cu"" de y = sen x e calculado uma aproximação de
soma inferior, ou p<>dcriamos ter usado a regra do p<>nto médio. Na Seção 5.3,
snow
362 Cálculo

)' ,.
/(d • :scn .t /()c) • scn .r
;;::]
"] " ;J

" ·'
X
o rr o tr tr
2 2
C•l (b)

FIGURA 5.7 Aproximando a área sobj{x) = scn xcntre Oc rrparacalcular


o valor médio de sen x ao longo de (0, tr) com (a) quatro retângulos; (b)
oito retângulos (Exemplo 4).

veremos que não importa se nossa aproximação com retângulos é feita com
somas superiores~ inferiores.. ou com uma soma intcrmcdíâria. Em todos os
casos. as aproximações chegarão perto da área real, desde que todos os retàn·
gutos sejam suficientemente estreitos.

Resumo
A área sob a curva de uma função positiva. a distância. percorrida por um
objcco em movimento que não muda de direção e o valor médio de uma fun-
ção não negativa ao longo de u.m intervalo podem ser aproximt\dos por sornas
finitas. Primeiro, subdividimos o intervalo em subintervalos, tratando a fun-
ção apropriada f corno se fosse constante em cada subintervalo. Em seguida)
multiplicamos a largura de cada subintervalo pelo valor de f em algum ponto
dentro dele; depois somamos css<s produtos. Se o intervalo [a, bl for subdivi·
dido em n subintervalos de igual largura tu = (b - a)Jn, c sej(c•) for o valor de
f em dado ponto Ct no intervalo k-ésimo~ esse processo resultará em uma soma
finita com a seguinte forma:

f(c, ) IH + f( cl ) A.t + /(c,) Ax + ·· · + f (c, ) A.t


O valor de Ct pode recair no ~)or máximo ou mínimo de f no k-ésimo
subintcrva]o, ou a algum valor entre eles. O verdadeiro valor ficará em algum
ponto entre as apcoximações dadas pelas somas superiores c inferiores. As
aproximações de soma finita que observamos melhoram à n><'<lida que consi·
dcramos mais subintervalos de largura cada vez menor.

Exercícios 5.1

Área
Nos exercidos 1-4. use aproximações finitas para estimar I . j{x) = x' entre x = Oex = I.
a área sob a curva da funç.fio usando
2 . j{x) =x' entrex = Oex = I.
(a) uma soma inferior com dois retângulos de igual largura.
3. j{x) = 1/xcntrex ~ I e.t = S.
(b) uma soma inferior com quat.ro retànSl•los de igual largura. 2
4. j(x)=4 - > entrex= - 2ex=2.
(c) uma soma superior com dois retângulos de igual largura.
Usando retângulos cuJa altura seja dada pelo valor da
(d) uma soma superior com quatro retângulos de iguallargtlra. função no ponto médio da base do retângulo (regra do ponto
snow
Capitulo 5 Integração 363

médio), estime a área sob as curvas das seguintes funções. 11. Comprimento de uma estrad:a Você e um companhei·
usando primeiro dois e depois quatro retângulos. ro estão pre.stes a dirigir em um trecho sinuoso de uma
estrada de terra em um carro cujo velocímetro funciona.
5. Jlx);x'entrex ; Oex ; I.
mas cuJo hodOmetro (comado:r de quiiOmclros) eslá que·
6. Jlx); x' entrtx; Oex ; I. brado. Para descobrir a extensão desse trecho da estrada,
7. Jl.<); 1/xentrex= I ex= 5. você registra a velocidade do carro a intervaJos de 10 se-
gundos, com os resultados apresentados na tabela a se-
8. j{x);4-.<'entrex;-2cx;2. guir. Estime ó comprimento desse percurso usando
(a) o valor na extremidade esquerda de rnda subintervalo.
Distância (b) o valor na extremidade direita de cada subintervalo.

9. Distância percorrida A tabela a seguir mostra a


T Velocidade T Velocidade
ve1ocidõlde de uma locomotiva em n1iniat\1ra que sedes·
loca por um trilho durante lO segundos. Estime a distân·
e~{o (convertida p/ pés/sl
5
erro (convertida p/ pés/sl
s (30 mi!h c 44 pés/s) (30 mi/h = 44 pés/s)
cia percorrida pela miniatura usando lO subintervalos de
comp_rimento I com
o o 70 15
10 4•1 80 22
(a) valores nas extremidades esquerdas.
20 15 90 35
(b) ''tlorcs nas extremidades direitas. 30 35 100 44
40 30 I lO 30
Velocidade Velocidade 50 44 120 35
Tcmpo(s) Tempo (s) 60 35
(polls) (pol/s)

o o 6 li
I 12 7 6 12. Oístânci• a partir dos dados .cJc velocidade A tabela a
2 22 8 2 seguir fornece dados sobre a velocidade de um carro es·
3 lO 9 6 porte que acelera de O até 142 mi/h em 36 segundos (lO
4 5 lO o milésimos de uma hora).
5 13
Velocidade Velocidade
Tempo(h) lempo(h)
(milhas/h) (milhas/h)
10. Dislância percorrída rio acima Você est·á sentado
junto à foz de um rio. Quando a maré sobe, as ondas le- 0,0 o 0,006 1)6
vam uma garrafa rio acima. Você rcg.istra a velocidade da 0,001 40 0,007 125
garrafa a cada 5 minutos durante uma hora, obtendo os 0,002 62 0,008 132
resultados apresentados na tabela a seguir. Aproximada- 0,003 82 0,009 137
mente que distância a garrafa percorreu durante aquela
0,004 96 0,010 142
hora? Faça uma estimativa usando 12 subintervalos de 0,005 lOS
cornprimento 5 corn
milh~
(•) valores nas extremidades esquerdas.
160
(b) valores nas extremidades direl!as.
140
Velocidade Velocidade 120
Tempo(min) Tempo (min)
(mls) (mls)
I ()O
o 35 1,2
5 1,2 40 1,0
lO 1,7 45 1,8
15 2,0 50 1,5
20 1,8 55 1,2
25 1,6 60 o
30 1,4 homs
o 0,CXl2 O.OC» 0.006 0.()()6 O.Ot
364 Cálculo

18. f(t) • I - (cos ~


(a) Use retângulos para estimar a distância que o carro 1
)' em [O, 4]
pe.rcorreu durante os 36 segundos decorridos para
atingir 142 mi/h.
(b) Aproximadamente quantos segundos o carro levou
para atingir o ponto médio do caminho? Qual era a
veJocjdade aproximada do carro então?

Velocidade e distância
I 3. Queda livre c resistência do ar Um objeto é solto de um
helicóptero que se encontra parndo no ar. O objeto cai cada
vez mais rápido, mas sua aceleração (taxa de variação da
Controle da poluição
velocidade) diminui com o passar do tempo devido à rcsis·
19. Poluição da água Está vazando combustível de um petro·
tência do ar. A acclcrnção é medida em pés por segundo ao
leiro avariado no mar. A labela a seguir mostra que a 3V'Aria
quadrado c registrnda a cada s<.'gundo durante S segundos
está piorand~ pois o vazamento aumenta a cada hora.
após o Jançamento~ como se pode ver na tabela a seguir.
~ ~~ I
I
n
I o
32,00 19,41
2
11.77
3
7,14
4

4.33 2,63
5
Tempo (h)
Vazamrnto (galões/h)
O
50
1
70
2
9'7
3
136

Tempo (h) 6 7 s
(a) Encontre uma estimativa superior pnrn a velocidade
Vazamento (galões/h) 265 369 516 720
quando I = 5.
(b) Encontre uma estimativa inferior para a velocidade (a) Superestime c subestime a quantidade total de pctró·
quando I a S. lco vazada 5 horas depois do acidente.
(c) Encontre uma csrimariva inferior para a altura da (b) Repita o item (a) para estimar a quantidade total de
queda quando I = 3. petróleo vazada 8 horas depois do acidente.
14. Distância percorrida por um projétil Um objeto é ati· (c) O tanque continua vazando 720 galões/h depois das
rado do nível do mar para cima com uma velocidade in i· primeiros 8 horas. Se o petroleiro <Ontinha 25.000 ga·
cial de 400 pés/s. lões de combustivel, aproximadamcme quantas horas
mais vão decorrer, na hipótese pessimista, até que todo
(a) Admitindo-se que a gravidade seja a única força que
o petróleo vaze? E na hipótese otimist-a?
atua sobre o objeto. superestime sua velocidade de-
pois de 5 segundos. Use g =32 pés/s1 para a constante 20. Poluição do ar Uma fábrica obtém ektricidade queiman·
gravitacional. do óleo. Os poluentes produzjdos com<> resultado da com·
(b) Encontre uma estirnatlva inferior a altura atingida bustão são removidos por limpadores colocados nas cha-
depois de 5 segundos. minés. Com o 1cmpo. o mecanismo de remoção torna-se
menos eficiente c, no final, quando a quantidade de poluen-
tes lançada excede os paràmetl'OS governamentais, os Jirn.
Valor médio de uma função padorc.$ devem ser trocados. Confo-rme O$ registros,, $Cguir,
Nos C:\:Crdcios 15- 18. use uma soma finita para estimar o medições são feitas no fim de cada mês P.'ra determinar a
valor médio de f no intervalo dado, dividindo o intervalo em ta."Xa com que os poluentts são lançados na atmosfera.
quatro subintervalos de igual comprimento e avaliando f nos
pontos médios dos subinte.rva.los. Mês ]an. Fcv. Mar. Abr. Maio Jun.
1~. f(x) a .v' em [0. 2] 16. f(x) • 1/.< em [I. 9] Taxa de lançamerno
17. /(t) = ( 1/ 2) + sen2 m em [0, 2] de poluentes 0,20 0,25 0,27 0,34 0,45 0,52
(toneladas/dia)
)'
y-= ! + St-n1 nt
2 Mês ]ui. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
15
Taxa de lançamento
0.5 de poluentes 0,63 0,70 0,81 0,85 0,89 0,95
(toneladas/dia)
o 2
Capitulo 5 Integração 365

(a) Admitindo-se um mês com 30 dias e que novos limpa· (c) Repita os cálculos feitos nos itens (a) e (b) para um
dore-s perrnitam lançar apenas 0.05 tonelada/dia. faça círculo de raio r.
uma supercstimativa da quantidade total de poluentes
lançada no fim de Junho. Qual é a subestlmatlvar
, USAND O O COM PUTADOR
(b) Na melhor das hipóteses, quando aproximadamen·
te terão sido lançadas 125 toneladas de poluentes
Nos exercícios 23-26. use um SAC para executar os passos
na atmosfera?
a seguir.
(a) Faça um gráfico das funções ao longo do intervalo
Arca de um circulo dado.
(b) Divida o intervalo em 11 = 100, 200 c 1.000 subinter-
21. Inscreva um polígono regular de u lados dentro de um
valos de igual comprimen to c calcule a funç-lo no
circulo de raio I e calcule a área do polígono para os valo-
ponto médio de cada intervalo.
res de n a seguir.
(c) Calcule o valor médio dos valores da função gerados
(a) 4 (quadrado) (b) 8 (octógono) (c) 16
no item (b).
(d) Compare as áreas obtidas nos itens (a), (b) e (c) com
(d) Resolva a equação /(x) = (valor médio) para x usan-
a área do círculo.
do o valor médio calculado no item (c) para 11 =
22. (Omtinunção do Exercício 21.) 1.000 partições.
(a) Inscreva um polígono regular de " lados dentro de 23. f(x) ~ scnx em (0, n] 24. j(.<) ~ scn2 .< em (0, n]
um circulo de raio I e calcule a área de um dos n triân·
gulos congruentes formados pelos raios que cruzam
25. j (x ).,. .tsen {. em (-i.n J
os vértices do polígono.
(b) Calcule o limite da área do polígono inscrito quando
... . /( x) - xscn ' !x
'6 c.•n ["
4 .tr l
11-)- oo.

Notação sigma e limites de somas finitas


Ao fazer estimativas com somas finitas na Seção 5.1 , encontramos várias
somas com muitos termos (até 1.000, na Tabela 5.1, por exemplo). Nesta seção,
vamos apresentar uma notação para designar somas com grande quantidade
de termos. Após descrever a notaç.i.o e anunciar várias de suas propriedades,
vamos examinar o que acol'ttecc com uma aproximação de soma finita quando
o nl•mcro de termos tende ao infinito.

Somas finitas e notação sigma


A notação sigma permite expressar uma so1na com muilos termos em
fo rma compacta .


2:a.t = li I + lll + GJ + ·· · + 0 11-1 + a"
>: I

A letra grega l: (sigma maiúscula, correspondente ao nosso S) significa


"'soma': O índice do som atório k diz onde começa a soma (no número sob o
l:) e onde ela termina (no nilmero acima do l:). Qu.alquer letra pode ser usada
para denotar o índice. mas i. j. k são as mais comuns.
snow
366 Cálculo

O s.ímboto d~ somntório
(lctm ~g;a $-is:ma)

k=l
......
O índice k <."Onteç:a ern k := I.

Desse modo, podemos esc-rever


11
12 + 22 + 32 + 42 + s' + 62 + 72 + s' + 92 + 1 o2 + 11 ' = 2)'
k- 1

e
100
/( I )+ /(2) + /(3) + .. . + / ( 100); 'J:,j(i)
i • li

A notação -sigma usada no lado d ireito dessas equações é muito mais com ..
pacta que as expressões de somatório da esquerda.

EXF.M PLO I U$nndo a notação sigma

A soma em A soma escrita., um O valor da


notação sigma termo para cada ' 'alor de k soma
s
~k 1+2 +3 +4+5 IS
3
2:Ht k ( -1) 1( 1) + (-1 ) 2(2) + (- 1)3(3) - I+ 2 - 3 = -2
,
.(·• I

~ -·-·
I 2
k + I
, .• 1 m +2 + 1

±L
1• 4 k- I
42 s'
;r::-r + s=T

O limite inferior do somatório não precisa ser 1; pode ser qualquer n\1me·
ro inteiro.

liX.EMPLO 2 Us:mdo rurercnt~-5 valores iniciais no hulicc


Expresse a soma I + 3 + 5 + 7 + 9 em notação sigma.
SOLUÇÃO A fórmula que gera os termos muda conforme o limite
inferior de somatório, mas os termos ger3dos permanecem os 1tlesmos.
Normalmente é mais simples começar com k = Oou k = J•

Começ,mdo com k = 0: I + 3 + 5 + 7 + 9 = '>'(2k + I)



{;:1,
5
Começando com k • l: I + 3 + S + 7 + 9 • '>'(2k - I}
f.;j

Começtmdo com k = 2: I + 3 + 5 + 7 + 9 = ~(2k- J )



I
Começtmdo com k e - 3: +3+s+7+9 s 2: (2k + 7)
.t• -3
Capitulo 5 Integração 367

Quando temos uma soma do tipo

podemos rearranjar os termos

....'
L (k + k2) = (I + 12) + (2 + 22) + (3 + 32)

Isso ilustra uma regra para somas finitas:

Quatro regras de-sse tipo são apresentadas a scguk Uma prova de sua valida·
de pode ser obtida por meio da indução matemática (veja o Apêndice A.l).

Regras algébricas p:uasomas finitas


I. Regrtl da soma:

2. Regra da diferença:

3. Regra ela multiplicação


por ccnswrue:

4 . Regra do valor consumte: ~ c = n ·c
.t-i

EXEM PLO 3 Usando as regnu: ~tlgéhricas para somas finitas


Rcsrn~ dn Ji(l'n:n•,;a
c dà mulhpJil-j~;};ll

Pl-'' "'llfl..,l;nu~
n " n n
R.<:~rn d.a muhil,lrç;'l~!l·l
(b) ~(-o,)= ~(- l ) ·a, =-I · ~a,=- 2;ak J>llf con.'iot::lnh:.
~ ~ ~ 1• 1
J .l .l
(c) 2;(k + 4) = 2;k + ~4
.t• l f.:'f
.t• l
= (I + 2 + 3) + (3 · 4) RcsrnOO
\otlor c.'Ons1antc.
= 6 + 12 = 18
" I I Rcgrn do \'lllor cotl,l:.nt\!
(d) 2: n=" ·n=
k= l
Cl11.: c,m.,ttmh:).
Companion
\Vcbsitc
Biugr:.r.a histbtka Ao longo dos anos, foi descoberta uma série de fórmulas para os v-•lores
de somas finilas. As mais famos'IS s'io a fórmula para a soma dos primeiros
Carl Friedrich Gauss n inteiros (conta~se que Gauss a descobriu aos 8 anos) e as fórmulas para as
( 1777· 1855) somas dos quadrados e cubos dos primeiros u inteiros.
snow
368 Cálculo

EXEMPLO 4 A soma dos primeiros n inteiros


Demonstre que a soma dos primeiros 11 inteiros é

11(11 + I )
~
"
k = .....:.....,.---'-
2

SOLUÇÃO A fórmula uos diz que a soma dos primeiros quatro in-
teiros~

(4)(5) 10
~=

Confinnamos essa previsão por adição:


I + 2 + 3 + 4 = lO
Para provar essa fórmula de modo geral, escrevemos os termos da
soma duas vezes. uma parn a frente e outra para trás.

+ 2 + 3 + + 11

11 + (11 - I) + (11 - 2) + +
Se somamos os dois termos da primeira coluna, temos 1 + n = n + 1. De
modo análogo. se somamos os dois termos da segunda coluna. temos
2 + (n - 1) = n + I. A soma dos dois termos de qualquer coluna resulta
sempre Cl'n , + I. Quando somamos as n colunas, obtemos n termos,
todos iguais a 11 + I, para um total de 11(11 + I). Como isso equivale ao
dobro da quantidade buscadaJ a soma dos primeiros n inteiros é (n)
(11 + I )/2.

As fórmu las para as Somas dos quadrados e cubos dos primeiros tJ inteiros
são provadas por meio de induç.,1o matemática (veja o Apêndice A. I). Vamos
enunciá-las aqui.

Primeiros 11 quadrados: f k2 = 11(11 + I)(2n + I )


t;;1 6
Primeiros 11 cubos: ~t = (ll(ll; I'Y
Limites de somas finitas
As aproximações de somas finitas que ex::~minamos na Seção 5.1 ficavam
mais precisas conforme o número de termos crescia e a laTgura (comprimen-
to) dos subintervalos diminuía. O exemplo a segu.ir mostra como calcular um
valor-limite quando a largura dos subintervalos tende a zero c seu número
cresce rumo ao infinito.

EXEMPLO 5 limite J.e aproximações linita~ para uma área


Determine o valor-limite das aproximações de soma inferior para a área
da região R, que fica sob a curva de y = l - :1- e acima do intervalo 10. J J
snow
Capitulo 5 Integração 369

no eixo x, usando retângulos de mesma largura, a qual tende a zero e cujo


mímcro tende ao infinito. (Veja a Figura 5.4a.)
SOLUÇÃO Calculamos uma aproximação de soma inferior usando
ti retãngulos de igual largura Ax = ( I - 0)/u e, então, vemos o que acontece
quando,-+ oo. Começamos subdividindo (0, l j em u subi•ltervalos de
iguallargu ra

[O, fiI] , [Iil·ii···


2] ·. [11-1 11]
--~~--n

Cada subintervalo tem largura l/Ir. A função I - ,.? é decrescente em


(O, 1] e seu menor valor em cada subintervalo ocorre na extremidade direi-
ta desse subintervalo. Logo. Gonstrói~se uma soma inferior com retângulos
cuja altura no subintervalo [(k - l)/11, k!lr) scjaj(k/11) = I - (k/11) 2, o que
resultará na soma;

Escreven1os isso em notação sigma e simplificamos:

~~gr.• ... llo Htlor c•~n..untc c


da mulliplic~3o pv1'çcmstamc,

Obtemos uma expressão para a soma iJúerior que vale para qualquer 11.
Considerando o limite dessa expressão quando n ~ oo, vemos que as somas
inferiores convergem quando o número de subintervalos aumenta e a largu·
ra desses subintervalos tende a zero:

As aproximações de soma inferior convergem para 2/3. Um cálculo si·


miJar n1ostrará que as aproximaçõe-s de soma superior tnn'lbCm convergcn'l
para 213 (Exercício 35). Aliás, conforme mencionado no resumo no final
da Seção 5.1. qualquer aproximaç-ão de soma finita convergirá para o mes·
mo valor, 2/3. Isso acontece porque é possível demonstrar que qualquer
aproximação de soma finita fica entre as aproximações de soma superior
c inferior. Por essa ra7..ão, somos levados a definir a área da região R como
esse valor..Jimite. Na Seção 5.3, estudamos os li mitcs dessas aproximações
finitas em um contexto mais geral
370 Cálculo

)'

-1------;--------f--
a
- - - - - - - - - - ' - - - - - .t

FIGURA S.8 Uma função continua típica y =j(x) ao longo de um


intervalo fechado [a, b].

Somas de Riemann
O rnatemoltico aJemão Bernhard Riemann deu precisão à teoria do limi·
te das aproximações finitas. Agora, introdu?.iremos o conceito de sornn de
Companion Uiemnmr, fundamental para a teoria da integral definida_. a ser estudada na
Wcbsitc próxima .seção.
Biasrof1a histúri<:.~ Começamos com uma função arbitrária f de6nida em um intervalo fc·
chado [a, b). Assim como a função traçada na Figura 5.8, ela pode ter \•ai ores
Gcorg l~rlcdrich negativos e positivos. Depois, subdividimos o intervalo [a, b) em subintcr·
8\•-rnharcl Ricmann valos, não ncces.s ariamcntc da mesma largura (ou comprimento), t forma·
(1826· I866)
mos somas da mesma maneira que fizemos para as aproximações finitas da
Seção S. I. Para tanto, escolhemos 11- 1 pontos {x,, x,, x,, ... , x.,. ,). entre • e
b, sujeitos à condição de que

n <x, < Xz < ··· < x~~·• < b


Para tornar a notação coerente, denotamos n por x0 e b por X 11• de n1odo que
0 = XC) < XJ < .\"2 < '• ' < Xn - 1 < X1J = IJ

O conjunto

é chamado partição de [a, bJ.


A partição Pdivide [a, b) em 11 subintervalos fechados.
[x,, x1 ), [x1, x.J, ... , [x~•· x. ).
O primeiro desses subintervalos é lx0 , x1), o segundo, !x1, x,], e o k-ésimo
subintervalo de Pé (x,._ 1• x,~:), sendo k um inteiro entre 1 e 11.

k-ésimo
$UbintCI"\'aj()
--j----1---1-----1~~~~---j---f-+x
Xn =b
Capftufo 5 lnte9ração 371

A largura do primeiro subintervalo (x., x 1] é denotada por 6x1, a largura


do segundo, (x1, x1 J, por àx1, c a largura do k~ésimo subintervalo é Axt = xk
- X.t* '' Se todos os n subintervalos tiverem a mesma largurn, então a largura
comum .ó.xser;.\ Igual a (b- a)/11.

--1---1----!----+---+----t---11---->.r
.'(li... I A, =b

Em cada subintervalo selecionamos um ponto. Chamamos o ponto es-


colhido no k-ésimo subintervalo (x, _1, x.l de c1 • Depois, em cada subinter-
valo, construímos um retângulo que tem base no eixo x e toca a curva em
(c,,j{c,)). Esses retângulos podem estar tanto acjma co1.n o abaL'o do eixo,
dependendo de j{c, ) ser positiva ou negativa, ou ainda sobre ele se j{c,) =
O (Figura 5.9).
Em cada subintervalo, formamos o produto /{c• ) · t.x,. Esse produto pode
ser positivo, negativo ou nulo, dependendo do sinal dej{c,). Quandoj{c1 ) >O.
o produto j{c,) · t.x, é a área de um retângulo com altura f!. c,) e largura rur,.
Quando f!.c,) < O, o produto j{c,) - t.x, é um número negativo, o oposto da
área de um retc\ngulo com largura âx,. que começa no eixo x e estende...se para
baixo, até o número negativo j{c,).
Por fim, somamos todos esses produtos e obtemos:

S, =f /(c, )t.x,
A.·· ·
A somaS, é uma soma de Riemaon para f no intervalo (e~, b] . Existem
muitas somas desse tipo, dependendo de nossas escolhas quanto à portiçiío P
e aos números ' .t nos subintervalos.
No Exemplo 5, onde todos os subintervalos tinham largura 6x = 1/u, pu-
demos torná-los mais estreitos simplesmente aumc·ntando o número"· Quan-
do uma partiç-ão tem subintervalos de largura variada, podemos garantir que
todos sejam estreitos controlando a largura do subintervalo mais longo (mais
comprido). Definimos a norma de uma partjção P,. denotada J>Or = IIPD
, como

)' =ft<)
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
c, ~ ~·
-;;-l-:-=r-1'--:o--1:....,-.-----,r-f=-f--l"":'---'--~-""+:-'::-;:----+.r
0 XI) = (J I .Ct X"l X,. ... l X 11 =b
I
I
I
I

FI (i UllA 5.9 Os retângulos aproximam a região que fica entre a curva


da função y =j{x) c o eixo x.
snow
372 Cálculo

)' a maior de todas as larguras dos subintervalos. Se IPII é Ulll número pequeno,
então todos os subintervalos da partição P s-ão estreitos. Vejamos um exemplo
dessas idéias.

liXEi\IPLO 6 J>articionando em um int~rva.lo ftchado


o"
O conjunto P ={O; 0,2; 0,6; I; 1,5; 2} é uma parti<;iio de [0, 2[ . Existem
cinco subintervalos de P: [O; 0,2], [0,2; 0,6], (0,6; I], [I; 1,5] e [1,5; 2]:
(3) j.-A.<1-+-A.<,--..j.--A.<, -I<--A.<,---+--.u,-----+l
,, -+.---;,';;------,;:':6,.----.......,------;'-;------:!:--.<
• o 0.2 o. t.S 2

Os comprimentos dos subintervalos são Ax1 =0.2, ó.x1 ; 0,4 • .ll.~J =0,4,
= =
Ax, 0,5 e Ax, 0,5. O comprimento do subinten<al.o mais longo é 0,5,
logo a norma da partição é ~PJI = 0,5. Nesse exemplo. há dois subinter\'alos
o (I
b X do mesmo comprimento.

Qualquer soma de Ricmann associada a uma partição de um intervalo


fec-hado (a, bl define retângulos que aproximam a região entre o gráfico de
(b) uma função contínua f c o eixo x. Partições cuja norma tende a zero levam
a conjuntos de retângulos que aproximam a região com precisão cada vez
fiGURA 5. 10 A curva dal'igura 5.9 maior, conforme sugerido pela Figura 5.1 O. Veremos na próxima seção que,
com retângulos obtidos de partições se a fu nção f é contínua ao longo do intervalo fechado la. b), então não im·
mais finas de [a, b]. Partições mais porta como escolhemos a partição P e os pontos Ct em seus subintervalos
finas criam conjuntos de retângulos para construir uma soma de Riemann: a aproximação sernprc chegar-i a um
com bases menores que aproximam a único valor·limite quando a largura dos subintervalos, c.o nt·rolada pela nor·
região entre a curva de f e o eixo x com ma da partição, tender a zero.
precisão cada vez maior.

Exercícios 5.2

Notação sigma 8. Qual das seguintes alternativas expr-essa I - 2 + 4 - 8 +


l6 - 32 em notação sigma?
Escreva as sornas nos exercícios J..6 sem a notação sigma. 6 '
Depois, calcule-as. (a) f.;t - 21H (b) l.;,( - 1.1 '21
! 6k ~-k- I
!. '>'k+ l 2. t:í-k- 9. Qual das fórmulas a seguir não equi\'llle às outras duas?
t:í

'>' coskr. ' ' (- l ).t-t 2 ( -I)• 1 (- I)'
3. 4. ~- scnkrr (a) '>' k .... I (b) '>' k + I (<) L k+2
t:í t;1 t:'o k•-1

6. 2;(-1 ) 1 <osk"
,., I O. Qual das fórmulas a seguir não equivale às outras duas?

(a)
• (k --
'>' 1)1 (b) 2:' (k + 1)2
7. Qualdasseguintesaliernalivasexprcssa I +2+4 +8+ 16 + t:í .t• -1
32 em notaç.i.o sigma?
Expresse as somas nos exercícios l l -16 em notação sigma.
6
(a) '5'
t:í
2 1- 1 '
(b) ')' 2.
t:'o
A forma de sua resposta vai depender de sua escolha quanto
ao limite inferior do somatório.
snow
Capitulo 5 lnte9ração 373

IL I + 2 + 3 + 4 + $ + 6 12. I + 4 + 9 + 16 Retângulos para somas de Riemann


I I I I
13. 2 + 4 + 8 + T6 14. 2 + 4 + 6 + 8 + lO Nos exercícios 29- 32, esboce o gráfico de cnda funç.io j{x)
no interv:1lo dnrlo. Oivici:. o interv"=lo em qn:.tro snhi ntt>rv:tlo~
de mesmo comprimento. Depois acrescente ao seu esboço os
relangulos associados com a soma de Ricmann L;
,/(c, ) Ax,
tomando c, como (a) extremidade esquerda, (b) exlremidade
Valores de somas finitas direita e (c) ponto médio do k-ésimo subintervalo. (Faça um
• esboço para cada conjunto de retângulos.)
17. Suponha que c L b, = 6. Determine os valores de
/f l:~l /f b 11 29. /{x)=x' - 1, (0,2)
w ~~ oo ~ ; oo ~~ + ~ 30. j{x) = -x'. (0, 1)

..,
(<) ~(b, - 2t1t) 31. j{x) = sen x, (-IT, IT]
32. j{x) = sen x + 1, (-IT, n)
18. Suponha que e L' a1 =0. Detemtineos valores de
l• l 33. Encontre a norma da par1ição P= (O; 1,2; 1,5; 2,3; 2.6; 3).

(a) j;sa, •
(b) ~2501>, 34. Encontre a norma da partição P= (-2; -1,6; -0,5; O; 0,8; 1}.

C<l ±ca,+I)
t• l
(d) ~(bt- I )
.1: • 1 Limites de somas superiores
Calcule as somas nos exercícios 19-28. Para as funções nos exercícios 35- 40, determine uma fór-

19. (a)
lO
">' k
r-1
(b)
lO
">' k 2
r-1 ..,
10
(e) ~k-~
1.1
mula para a soma superior. obtida dividindo·se o intervalo
(n, b) em 11 subintervalos iguais. Em seguida, considere o (i ..
mite dessas somas quaJldO n -+ oo. pa_ra calcular a área sob a
20. (o) "k
">'
f;j
(b) ~k2"
l• l
(e) "'>' k'
f;j curva ao longo de [a, b).
7 s 'rTk 35. j{x) = I - x' ao longo do intcr.•alo [O, 1).
21. '>' ( -2k) 22. ~15
r-1 l• l
36. j{x) ~ 2x ao longo do interva.lo (0, 3).
u • ~(3- k 2 )

24. '>'(k' - 5)
1• 1 r-1 37. j(.<) = x' + I ao longo do intervalo (O, 3).
' + 5)
2$. ~k(3k
1• 1
'
26. ~k(2k
1• 1
+ I) 38. j{x) = 3x' ao longo do intervalo [O, 1).
39. j{.<) ~ x +.r ao longo do intcrwlo (O, 1).
' k) + ( '
27. f-1225 t;k )' 28. (j;k )' - ~ ~ 40. j{x) = 3x + 2:c ao longo do intervalo (O, 1].

A integral definida
Na Seção 5.2, investigamos o límite de uma soma finita para a função de·
finida em um intervalo fechado {a, bj usando IJ subintervalos de igual largura
(ou comprimento)) (b - a)/n. Nesta seçãoj vamos examinar o limite de somas
de Ricmann mais gerais quando a norma das partições de [a, b] tende a zero.
Para somas de Riemann gerais, os subintervalos das partições não precisam
ter a mesma largura. O processo de .limite leva, então, ao conceito de integral
defi11ida de uma função em um intervalo fechado [a, b).

Limites de somas de Riemann


O conceito de integral definida baseia-se na idéia de que, para certas fun-
ções. quando a norma das partições de [a. bJ tende a zero, os valores das somas
snow
374 Cálculo

de Riemann correspondentes tendem a um valor-limite I. Essa idéia de con·


vcrgência significa que uma soma de Riemann ficará próxima do número I
desde que a norma de sua partição seja pequena o suficiente (pois assim todos
os seus subintervalos ser!lo estreitos o suficiente). Introduzimos o shnbo1o e
como um número positivo pequeno que especifica quão próxima de I a soma
de Ricmann deverá ficar, c o símbolo 8 como um segundo número positivo
pequeno que especifica quão pequena a norma de uma partição precisa ser
para que isso aconteça. Eis uma formulação precisa.

Definição A integral definida como limite de somas de IUcmann


S<!jaj{x) uma função definida em um inten'lllo fecha<lo (a, b). Dize·
mos que um número I é a ilttcgral de6n.ida de f em (a, h) c que I é o
limite das somas de Riemann L ;.J(c, )A.<, se a seguinte condição
é satisfeita:
Dado qualquer número E> O. existe um número correspondente ô > O,
tal que, para qualquer partição P = {x0 , x1, .. . , xJ de (a, b ) com IPD
< óe
qualquer escolha de c, em (x,.,, x, ), temos
~~/(c,) 6..,, - /I< E
lcibnit introduziu uma notação para a integral definida que capta sua
construção como um limite de somas Riemann. Ele visualizou as sornas fini-
tas L :•.fCc,) Ax, tornando-se uma soma infinita dos vatiores da função j{x)
multiplicados por larguras de subintervalos •infinitesimais" dx. O símbolo do
j.
somatório, L. é substituído no limite pelo símbolo da integral. cuja origem
é a letrn "S~ Os valores da função f{c~<) são substituídos por urna seleção con-
tínua dos va.lores da função ftx). As larguras de subintervalo tlx1,. tornam -se
a diferencial d.<.l! como se somássemos todos os produtos da formaj{x) · dx
conforme ·" se move de n para b. Embora essa notação capte o processo de
construção da integral, é a definição de Riemann que dá significado preciso à
integral definida.

Notação e existência das integrais definidas


O símbolo para o número I na definição da íntegra! definida é

que é lido como ·~integral de a até b def de x d:t' ou, às vczc.s . como .. integral de
a até b def de x em relação a X: Os outros componentes do símbolo da integral
também têm nomes:

Quando você acha o


valot da integral.
h'lh:~;r.~llk J\k u ,_ /1 _,-- C!llculou 3 imcgrnl.
Capitulo 5 Integração 375

Quando a definição é satisfeita. dizemos que as somas de Riemann de f em


[n, b] convergem para a integral definida I ; J:j(x) dx c que f~ intcgrávcl
no intervalo (a. b). Temos muitas Op(:Õcs de partição Pcom nonna que tenda a
zero, e muitas opções de pontos Ct para cada partição. A integral definida exis-
te quando sempre obtemos o mesmo limite I, independentemente de quais
escolhas tenham sido feitas. Quando o limite existe, nós o escrevemos como
a integral definida

lim
DPII-o k=-1
"
2J<c•) Ax, ~ I ~ 1".,
f(x) dr

Quando cada partição tem n subintervalos iguais:, cada um com largura 6x =


(b - a)ln,também escrevemos

11
-"'"
.
lim Lf(c.) Ax = I
.t=l
a
lb
(r
/(r) tlr

O limite é sempre tomado quando a norma das partições tende a zero c o


número de subintervalos tende ao infinito.
O valor da integral definida de uma função em qualquer intervalo espe-
cífico depende da função, c não da letra que escolhemos para representar a
variável independente. Se decidirmos usa.r t ou u ~m vez de x_, simpJcsmente
escreveremos a integral como

J: f(t)dt ou J : f(ll)dt em vez de J:t(x)dt

Independentemente de como representamos a integral. o número é o mesmo.


definido como o limite das somas de Riemann. Como não importa qual letra
usamos paf3 ir de a até bj a variável de integração é chamada variável artifidat
Como não há muitas escolhas a fazer quando se busca o limite das somas
de Riemann, pode parecer dillcil mostrar que tal limite existe. Acontece, po-
rém, que, independentemente das escolhas feitas, as somas de Rícmann asso·
dadas a uma função contímw convergem para o mesmo limite.

Teorema 1 A c;xisténda de inh:grais definidas


Uma função contínua é intcgrávcl. Isto é, se uma função f é contínua
em um intervalo la, b}, então sua integral definida em [a, bJ existe.

De acordo com o teorema do va.lor extremo (Teorema 1. Seção 4.1), quan~


dof é continua podemos escolher c~: de maneira que/(c~:) forneça o valor má·
ximo de f em [.r, . 1, .r,], o que resultará em uma soma superior. Também po-
demos escolher Ct de maneira que forneça o valor mínimo de f em (x,~;_ 1 , ·".tJ•
o que resultará em uma soma inferior. Podemos escolher c,.. de maneira que
seja o ponto médio de [xk-t• x_.J, o ponto mais à direita x,... ou ainda um ponto
aleatório. Podemos escolher partições de largura igual ou variada. Em todos
os casos, obteremos o mesmo limite para L ;.,f(~,) Axt quando IIPI -> O. A
idéia subjacente ao Teorema I é que uma soma de Riemann associada a uma
partiç.-lo não é superior à soma superior dessa partição, tampouco inferior à
sua soma infer'ior. As somas superior e inferior convergem para o rncsmo va-
lor quando IPII -+ O. Todas as outras somas de Riemann ficam entre as somas
inferior e superior e têm o mesmo limite. A prova do Teorema I envoh•e uma
376 Cálculo

análise cuidadosa de funções, partições e limites nessa linha de raciocínio e


ficará para um texto mais avançado. Os exercícios 80 e 81 dão, porém, uma
indicação dessa prova.
O Teorema I nada diz sobre como calcutnr Integrais definidas. Um método
de cálculo será apresentado na Seção 5.4, por meio de uma conexão com o
cálculo das primitivas.

Funções integráveis e não integn\veis


O Teorema I nos diz que fun çõ~ contínuas cm(n, b] são integráveis ne:;se
intervalo; as não contínuas podem ou não ser integráveis. Entre as funçõe-s
descontínuas integráveis estão aquelas que são crescentes em (n, bl (Exercício
77) e as fimções co11tinuas por partes, defi•lidas nos excrdcios adicionais ao
fim deste capítulo. (Essas (tltimas são contínuas, exceto em um n\1mero tini·
to de pontos em [a, bl.) Para não ser integrávcl, uma furnçâo precisa ser tão
descontínua a ponto de a região entre sua curva e o eixo x não poder ser bem
aproximada por retângulos cada vez mais estreitos. Eis um exemplo de função
não integ.rável.

EXEMPLO I Uma função não intcgl',\vcl em (O, I J


A função

1, sexéracional
O, se x é ~rracoonal
(x) = . .
f 1
não apresenta integral de Riemann no intervalo (O, 1]. iPor trás disso está o
fato de que entre dois números quaisquer dessa função existe um número
racional e outro irrac-ional. Logo, a função salta para ci·ma e para baixo em
[O. l] tão erraticamcntc que a região abaixo de sua curva e acima do eixo x
não pode ser aproximada por retângulos, por mais estreitos que eles sejam.
Estamos di.zendo, na verdade, que as aproxi mações de soma superior e de
soma inferior convcrgcrn para valores-limite diferentes.
Se pegamos uma partiç-lo P de [O, I ) e escolhemos ' • para ser o valor
máximo de f em rx.t_1, x. J, então a soma de Riemann correspondente é

• •
U = Lf(ct) l>x, = L( I ) l>xt = I
k• l k• l

pois cada subintervalo lx.t_ 1, X.ti contém um número racional onde j(c1) =
1. Observe que a soma do comprimento dos intervalos na partição dá 1,
:E ;.,.u, = I. Logo, cada soma de Riemann de:;se tipo será I, e uon limite
de son1ns de Riemann usando essas escolhas será igual a 1.
Por outro lado. se escolhemos c,_, para ser o valor mínimo d e f em
(x~;. 1 • -"k), então a soma de Riernann é

L=
" .
L / (c.) ax, = kL=l (O) "-·' • = O
.t= 1

pois cada subintervalo [xk_,, X~;) contém um número irracional 't onde
f( c,) = O. O limite das somas de Riemann usando essas escolhas será
igual a zero. Como o limite depende das escolhas de '•· a função f não
é intcgrável.
Capitulo 5 Integração 377

Propriedades das integrais definidas


Ao definir /: f(x) th: corno um limite das so:mas L :"'1/(c.t ) I!M4 , c.ami·
uhamo~ da C:$yut:rtla parca a Uin:iHt ao lvn~o do intC:I'\'alv [u, bj. O tJUC ou.:on lt:~
ccrie se trabalhássemos no sentido oposta, começando com x0 = b c terminan-
do em x,. = a? Cada t:uk. na soma de Riem ano mudaria de sinal. com xk - x._1
agora negativo em vez de positivo. Com as mesmas escolhas de '*em cada
subintervalo, o sinal de cada soma Ricmann mudariaJ assin'l como o sinal do
lilnite, a integral /:f(.'()
dx. Como até agora não explicamos o que significa
integrar de trás para a frente, somos levados a definir

j;t<x) dx =- f>·•) tlx


A integral também pode ser estendida para um intervalo de largura zero,
quando n = b. Como f(c,) llx, é zero quando a largura do intervalo llx, = O,
definimos

/: j(x)tlx= O

O Teorema 2 estabelece sete propriedades das integrais, dadas como re·


gras que elas satisfazem, incluindo as duas anteriores. Essas regras -Se revelam
muito úteis no cálc\llo de integrais. Vamos recorrer a elas repetidamente para
simplificar nossos cálculos.
As regras 2 a 7 têm interpretações geométricas.. mostradas na Figura 5. 11.
Os gráficos dessas figures são de funções positi\'lls, mas as regras se aplicam a
funções integráveis em geral.

-;;t-----',.---
O a
· -0~~.~-------b~·

(3) lmen'<IIO de lá~tlrtl :f!,.O': (b) Mufrtillitü("tió por t ·Qnsumu:: (e) Soma:

!.'/(.v) tlt ~o /.' k/(.t) tl.t e k 1.•/(.<) tl< f.' (/(.t) + g(x)) d r e /.' ft.x) tl< + /.•$.{<) tlr
(A .área sob um ponto é O) ( Mostmdo pam k = 2) (Som;;l das. órcos)

y y
y =Jtx) jmv.

~)'•/(<)
J;.t)<lx l (x)dt
o ,, <
.v o b ·'
" (I

(d) Aditivídutlé JKII'(l infL'grtiÍ.S th:finidll.t: (e) /Hs;g ualdadR mtJ.N11í11: ( f ) DomináÇlio:

f.' /(.t ) dt + 1 ' /(.r)dt = J.' j(x)dx f min · (h- a) s: 1" j (:l()tl'C /(.<) ;,: ~~x) em [ti. bl

s fm:~x · (b- ttJ => 1.• !(x) tl' ;,; 1•g~<l d<

FIGURAS. li
378 Cálculo

Teorema 2
Quando f e g são integráveis no intervalo [a, b], a integral definida
satisf." as regras I a 7 da Tabela 5.3.

TABELA 5.3 Propriedades satisfeitas pelas integrais definidas

I. Ordem de iutegn,ç<lo: .["/(.<) d.r = -1b /(.r) dr

2. fttlet<t'a!Q tle 1"/(x)dx =O T:unhem uma dcfina;lo.


/a,.gura zer{):
3. Multiplicaçtio
per consumre:
1• kf(.r) <L•· = k 1• j(x) <lr

1•-Ar)tlr = -1•/(x)tlr - I

4. Soma e sub1raçào: 1 •(/(x) ± g(x))tlr = 1•j(x) dx ± 1"g(x)dx

5. Atlilh'it/(ule: r
.L
j(x) dr + ("f(x) <Lr =
k
1' n
j(x) d.r
6. Desigtwldade max-min: Se f tem o valor rnáximo max f e o valor nlínilno
min f em [a, b], emão

min/ • (b - il) :s; 1•


"
f (x) dx s maxf • (b - ll)

7. Dominação: f(x) ~ g(x) em [a, b) = 1 •/(x) dx ~ ;,•g(x) d.r


1•
a "

/(x) ~ Oem [ll, b) = j(x) dx ~ O (l'ow <>P•'""'''


Enquanto as regras I e 2 são definições, as regras 3 a 7 da Tabela 5.3 pre-
cisam ser provadas. As provas baseiam·se na idéia de integral definida como
um limite das sornas de Ricn1ann. A seguir. temos uma p:rova de uma dess3s
regras. Provas análogas podem ser dadas para verificar as outras propriedades
mostradas na Tabela 5.3.

PROVA DA REGRA 6 A Regra 6 diz que a integral de f em [a, b) nunca é


menor que o valor mínimo de f vezes o comprimento do intervalo e nunca
mniot q'•~ o rnáximo de f vezes o comprUncrHo do irltctwlo. ,\ t'õ\ÜO é
v~lor
que para cada divisão de (a, bl e para cada escolha dos po11tos c,,
" 6x,
minf·(b- a) =mio/·~
k• l
n
c ~ 1nin/ · A.,.,.

nun/ -- /k1)


s ~ maxf · 6.r,
.t=l

" .tl.,·,
= maxf · ~ R~-sra d:l mull ipltC';l<,'âo J>Or col»t~tnh.•.

= maxf · (b - a)
Capitulo 5 Integração 379

Resumindo. todas as somas de Riemann para f em (a, b) satisfazem a de·


sigualdade
minf ·(b-a)s:tf(c,)t.x, S maxf . (b - a)
•••
Por isso, seu limite, a integral, também a satisfa>..

EXEMPLO 2 Usando as propriedodes das ín1egrais definidas


Suponha que
1

1 I
/ (.r) ti.< = 5. J,' f(.r) dx = - 2,

Então

I. 1 ~ -1 ~
1
f (x) tlr
4
/ (x ) dx - (-2) = 2 Rc~r.o 1

2. 1 1

I
21
(2/(.r) + 3h(x)) dr =
~
1
f (x)dx + 31 -1
1
h(x) tLr RcgrJS>c4

= 2(5} + 3(7) = 31

3. 1 4

I
f(x) dr = 1 -1
1
f(x)dt + ('f(x)dx = 5 + (-2) = 3
la Rc~rn5

EXEMJ>tO 3 Determinando limit~mles p~ua urna intt:gral


Mostre que o valor de r;../1 +cosx dx é menor que 3/2.
SOLUÇÃO A desigualdade max-mín para integrais definidas (Regra 6)
diz que o minf · (b- a) é um limitante inferior para o valor de f f(x ) á< e
que o maxf· (b - a) é um /imitanle$11perior. O valor máximo de ../1 + cos.tao
longo de [0, I J é M = .Ji, portanto

1Yt 1
+ cosxdr s v'i · ( t - O) = Vi
Como J:.J1 + cosx dx está limitada superiormente por .fi (que é
1,414 ...), a lmegral é menor que 3/2.

Área sob o gráfico de uma função não negativa


Varnos agora tornar preciso o conceito da área de uma região com con·
torno curvo, captando a idéia de fazer uma aproxi!maçào com retângulos em
número crescente. A área sob o gráfico de uma função continua não negatjva
é definida como urna integral definida.

Definição Arca sob uma curva (como uma i11tcgral definida)


Se y ~ j(x) for não negativa e integrável em um intervalo fechado [a, b),
então a área Sôb a curva y ~ j(x) em [a, bl será a integral def de a até b:

A= 1 bf(x ) dr
snow
380 Cálculo

y Pela primeira vez, temos uma definição rigorosa da área de uma região
cujo contorno é a curva de uma fi.mção contínua qualqu-er. Agora, aplicare~
mos tal conceito a um exemplo simples, a área sob uma reta, no qual pode-
remos verificar que nossa nova definlçâo está de acordo com nossa noçao
prévia de área.

E.XEM PLO 4 ,\rca sob arcta y = x

Calcule /: f(x) dK e determine a área A sob y = x no intervalo (O, b].


FIGURA 5. I 2 A região do
sendo b >O.
Exemplo 4 é um triângulo.
SOLUÇÃO A região em estudo é um triângulo (Figura 5.12). Calcu-
laremos a área de duas manei.-as.
(a) Para calcu1ar a integral definida como o limite das somas de R.iemann,
calculamos lim!'l· ·• L ; ,f(c, )t.x, pam partições cujas normas ten-
dam a 1.cro. O "leorcma 1 nos diz que não importa quais partições ou
pontos c,cscolliamos, desde que as nom1ns tendam a ?.Cro. Todas ases-
colhas vão resultar exatamente no mesmo limite. Logo. consideramos
a partição P, que subdivide o intervalo (0, b) em n subintervalos de
iguallargum ó.<= (b- 0)/n = b/n, e situamos c, na extremidade direita
de cada subintervalo. A partição é

b 2b 3b llb} kb
P = { o.ii>n•n• "' •n c C!=n- Portanto:
• • kb b
2:/Cck) ~x = S.2:
.t• l ·• l
l i "ii fl<•> = c;

- ( I + -')
=b'
2 11

Quando n-> oo •IIPII ->O. essa última expre.são à direita tem o límite
IY/2. Portanto:

(b) Como no caso de funções não negativas a área equivale a integral


definida> podemos rapidamente derivar a integral definida usando a
fórmula para a área de um triângulo com base b c altum y = b. A área
é A = (112) b · b = b' /2. Novamente, concluímos <JUC /: x d.:b' /2.

O Exemplo 4 pode ser generalizado para integrarmosft,i) = x em qualquer


intervalo fechado (a, b), sendo O< a< b.
Capftufo 5 lnte9ração 381

Lxcmplo .J

Em conclusão, temos a seguinte regra para inte-grar j(x) =x:

a<b (I)

.Esse cálculo fornece a <írea de um trapézio (Figura 5.13). A Equação (I)


continua válida quando n c b são negativos. Quando" < b < O, o valor da
t' IGURA5.13 Aárcadessaregião integral definida (h'- n' )/ 2 é um número negativo, o oposto da área de um
trapczoidal é A = (h' - a' )/2. trapézio que começa no eixo x e desce até a reta y = x. Quando n < Oe b > O.
a Equação (I) ainda é válida e a integral de.finida. resulta na diferença entre
as duas áreas, a área sob o gráfico e acima de 10. b) menos a área sob In, O) e
acima do gráfico.
Os resultados a seguir também podem ser e,stabeleddos usando um cálcu·
lo de soma de Riemann análogo ao do Exemplo 4 (exercícios 75 e 76).

sendo c qualquer constante (2)

a< b (3)

Valor médio de uma função contínua revisto


Na Seção 5.1, apresentamos informalmente o valor médio de uma fun ..
ção continua não negativa f no intervalo la. bJ, o que nos levou a definir essa
média como a área sob a curva de y = j(x) dividida por b- n. Em notação de
integral, escrevemos isso como

,. Média= - 1- 1u •/ (x)dt
b- (.f
y = f(.'()
Podemos usar essa fórmula para dar uma defuúção precisa da média de
qualquer função continua (ou intcgrável), seja ela positiva, negativa ou ambas.
/·'I Alternativamente, podemos usar o seguinte raciocínio. Começamos con'l
0 X(l• fl l I ·' a id~ia proveniente da arihn~lica de que a rnêdia de n números é a soma dos
I
I :r,. • li números dividida por 11. Para uma função conthmaf em (n, b). pode haver
' infinitos valores a considerar, mas podemos amosl rá·los de maneira ordena·
da. Dividimos In, bl em 11 subintervalos de larguras iguais t:.x = (b - n)/11 e
calculamosf em um ponto c, em cada subintervalo (figura 5.14). A média dos
FJGURA5.14 Umaamostradevalores , valores amostrados é
de uma função em um intervalo In, b).
382 Cálculo

A x=
b - tt I
-;r . 101lo 11 A.•
" - (t

Obtemos a média dividindo uma soma de Riemann para f em [a, bl


por (b - a). A medida que aument;lmOS o tamanho da amostra e fazemos
a norma da partição aproximar·se de zero, a média deve aproximar-se de
J' (1/(b-a)if: f(x)dx, Ambos os pontos de vista nos levam à definição a seguir.
2 f <x) = V• -·''
::1 ,.• !!' Definição Mé<lia ou v:llor m~dio de um o funçõo
\1. 2 Se jfor integrável em (a, b), então seu valor médio em. [a, b), também
chamado sua média, será:
-!l-~---1'---!---+-··
-2 -1 2

FIGURA 5. 15 O valor médio


M{fl=.-:;
1 !'
.fCx)dx
defix) = ,J4-x' em (- 2, 2) é rr/2
(Exemplo 5).
EXEMPLO 5 Determin:mdo um valor médio

Determine o \'lllor médio defix) =,}4 - x' em (-2, 2).

SOLUÇÃO Reconhecemos jlx) = ,}4- x' como uma função cu;o


gráfico é o semicírculo superior de mio 2 centrado na origem (Figura 5.15).
A área entre o semicírculo e o eixo x de -2 até 2 pode su calculada
usando-se a fórmula geométrica
1 1
Árca =-.nr2 = - .rr(2)1 = 2n
2 2
Como f é não negativa, a área também é o valor da integral de f de
-2 até 2:

Portanto. o valor médio de f é

M(f) = I j'r.--7
· v4 I rr
- x' dx=-(2rr)=-
2-l-2l _, 4 2
snow
Capitulo 5 Integração 383

Exercícios 5.3
Expressando limites como integrais l i. Suponha que[,' f(x)dx = S. Calcule:
Expresse os limites propostos nos exercícios 1- 8 como ir\·
tegrois definidas. <•> 1 '/(ttl "" (h) j \nf<:J dz
I. lim ~ ci
11'11-• t:1

n
Ó..\',t, onde Pé uma partição de [0, 2] (c) /,'/ (1) <11 (ti) 1\ - /(.r)] <l.r

2. lim }'.2cl âr~., onde Pé uma parHçào de l- 1, OJ


11'11- • t:1 12. Suponha que {:, g(t)dt = .fi. Calcule:

3. lim ~(c.' - 3c,) A.r.., ondePé umapartiçãode[- 7,5]
11'11- 0 •• , (n) 1-' g(l) <11 _,
(h) 1 °g (u) <lu
~. lim f (t) õ.r., onde Pé uma partição de [I, 4) o g (r)
5.
111'1 1-•t:t
lim
HPif-0 t •
i -1- 1-
l - Ct
õ.r, , onde Pé uma partição de [2, 3)
_,
(c) 1 °[- g (.r)) d., (d)
1 . r.: dr
' v2

6. lim f V4 - c.' õ.r,, onde Pé uma partiÇ".lo de [0, I)


II"'J- Ot:1 •
13. Suponha que f seja integrável c que f' f(z) dz = 3 e
}o
7. lim f (sec c,)
))J'IJ-Of,:l
n
onde Pé uma partição de [- rr/4, O)
Õ.l'to !., f(z)dz = 7. Calcule:
1

8. lim ~(lg c,) A.r,, onde Pé uma partição de (0, - rr/4) (I >) [ / ( 1) dl
111'11-• •· •
14. Suponha que Ir seja integrâv~l e que{'_, Jr(r)dr = O e
Usando propriedades e valores conhecidos
para encontrar outras integrais r ,lr(r)dr =6. Calcule:

9. Suponha que f c g sejam contínuas c que


1
(a)
1' l!(r ) dr
{'
(b) - ) , l!(u) dtt

1 ' / (.r) dr = -4.1 / (.r ) dx = 6.1!g(x) dr = 8 Uso da área para calcular integrais definidas
Nos exercidos 15-22, esboce o gráfico dos íntegrondos e
Use as regros da Tabela 5.3 paro calcular as seguintes in·
use áreas para calcular as integrais.
tegrois:
3/2
(a)f g (.r ) dr
1
(b) ] , g (.r) dr
16.
1 /2
( - l .r + 4) d.r

(c) 1 ' 3/(.r) dr (d) /,!/(.r) d.r 18. L V16 - x'tlv

(e) 1' (/(.r) - g(x)J tlr (I) j'r4/(.r) - g(.v)J tlv 20. 1_, 1
(1 - lx)) <Lr

10. Suponha que f e h sejam integráveis e que


22. j _,'( 1+ v'i"='?) d.'

1 9
/ (.r) tl< =- I , /,'f(.r)dr = 5, /,' h(.r) dt = 4
Nos exercícios 23- 26, use áreas para calcular as integrais.

23.1• f d.r. b >O 24. J..4.r<l1', b >o


Use as regras da Tabela 5.3 paro obter as scgu ii'HCS integrais:
2s. J ·2sds, o < a < b o<. <
(a) 1'- 2/(x) dr (h) J,'u<x) + h(.r)] d.r
1
26. 1 . 31<11. b

(c) /,\2/(x) - 3h(.r)l <l< (d) /. /(.r ) tlr Cálculos


Use os resultados das equações (1) ~ (3) para Clllcular as
(e) / ,' f (x ) tlr (I') J.' [h(.r) - /(.r)) dx
integrais dos exercícios 27- 38.
384 Cálculo

Vi Teoria e exemplos
27. .HI.r
/,
$Vi OJ 63. Que valores de n e b n1ax.imizam o valo:r de
JU.
/-Vi
r(/r Jl.
J. s' rl.r
f.\, - x 2) dx?
33.
!.'v"'" 1 2 ,,, 3~.
!.•~·xdt
lb
(Dica: qual é o integrando positivo?)

36.
!. .r d.t 3~.
!.
.
.r 2 dx 64. Quevaloresdeneb mínín>izam o valor de

1"(:.:'~ - 2.r2) tl\1


Use as regras da Tabela 5.3 e as equações (I) a (3) para
calcular as integrais dos exerddos 39- 50.
65. Use a desigualdade max· min c dctem11ine os limites supe:·
39. ['7dx ~o. J.-'Vi<Lr rior e inferior para o valor de
1
1
41. J.'sx<Lr 42. [ ' '§-dx /.
--cl.'<
I +x l
43. !.'<21 - 3) til 44. /.Vi(I - Vi) t/1 66. (Conrinuaçdo do Exercício 65.) Use a. desigualdade max·
0 min c determine os limites superior e inferior para
4:<. /,'(1 + f)dz 46. /, (2z - 3) d: 1
!.
o
e - - tlr
47. J 2
Ju1 du ~8. r
j,/2
24u 1 du
~ I+ x 2
Acrescente estes para chegar a uma esttimati\-a melhor de
0
49. f.\3x dr I
50. /, (lr 2 + x - 5) d.r
!.
2 o
+x - 5) - - <Lr
I + .\'2 •

67. Demonstre que o valor de /~sen (x: ) dx não pode ser 2.


Determinando a área
68. Dcn>ollstre que o valor de / ,• Jx + 8 d.< fica entre 2../i~
Nos exercícios 51- 54. use uma integral definida para de· 2,8e 3.
terminar a área da região entre a curva dada c o eixo x no
intervalo [O, b]. 69. Integrais de funções não negativas Use a desigualdade
5l. y• 3x2 ma.x-min para mostrar que. se/ for integrável, entãO
ô3. y = lr j(x)~O em [a,b) => J:t(.<)dx~O

70. Integrais de funções não positivas ~lostre que, se f for


Valor médio intcg.rávcl. então

Nos exercícios 55...62, fitça o gráfico da função e determine j(x) :S O em [a, b) => J : f(.<)dx:>O
seu valot médio ao longo do intervalo dado.
71 . Use a desígtoaldade scn x s x, que se aplica a x « O, para de·
55. f (x) =.r' - I em (o. \/3] terminar um limite superior para o valor de j~scn x dx.
,,
56. f (x ) = -2 em [0. 3] 57. / (x) = -lr 2
- I em [O. I] 72. A desigualdade sec x « L + (K/2) vale em (-tr/2, tr/2).
5K. f (x ) = 3.r 2 - 3 em [0. I] Use-a para determinar um límitc inferior para o valor de
õ9. / (I) = (I - I ) em [0. 3]
2 j~ scnxdx.
60. j (1)• 12 - 1 em [- 2,1]
73. Se M(f) é realmente um v.llor típico da função integrável
6 1. g (.r) =[.r ) - I em (n)[ -1. 1]. (1>)[1.3] c (cl[-1. 3) j(x) em [a, b], então o número M(/) deveria ter a mesma
62. h(x ) • - [x[ em (a)[- I, O) , (b)(O, 1) c (c)[- 1.1 ) Integral que f em [a, b]. Isso de fato ocorre? Em outros
termos,

1.• M (/) <lr = J.bf (x) dt'!


Justifique sua resposta.
Capitulo 5 Integração 385

7•t Seria bom se as médias das funç-ões integráveis obedeces· subintervalos de igual comprimento. Encontre uma
sem às seguintes regras no intervalo (a, hJ. expressão para U - f., análoga àquela que você cncon·
(a) M(j + g) = M(j) + M(g) trou para U- L no Exercício 77a.
(b) M(kf) = k M(j) (qualquer número k) (b) Suponha que. em vc1. de serem iguais, os comprimen-
tos Ó.Xt dos subintervalos de P variem em tamanho.
(c) M(j) s M(g) se j{x) s g(x) em [a, b)
Demonstre que a desigualdade
Essas regras sempre se aplicam? justifique sua resposta.
75. Como no Exemplo 4a, use limites de somas de Riemann
u- L s lflb) - j{tt) I 6x,..,
para estabelecer a Equação (2). do Exercício 77b ainda é vâlida e que portanto
limv ~0 (U- L) ;Q .
76. Como no Exemplo 4a, use limites de somas de Riemann 1
para estabelecer a Equação (3). 79. Use a fórmula
sen 11 + sen 211 + sen 3/t. + ... + sen mlr
77. Somas superior e inferior para funções crescentes
(a) Suponha que a curva de uma função contínuaj{x) suba
conforme x vai da esquerda para a direita ao longo de
11111 intervalo [a, bj. Seja Puma partição de (a, bj em 11
-
cos (h/ 2) - cos((m + ( 1/ 2))11)
2 scn (h/ 2)
parn determinar a área sob a curva y = sen x de x = Oaté
subintervalos de extensão 6x a (b- n)/11. Observando x = rr/2. Faça duas etapas:
a figura a seguir. demonstre que a diferença enlre as (a) Oi\•ida o intervalo [0, rrf2) em 11 subintervalos de
somas superior e inferior para f nessa partição pode igual comprimento c calcule a correspondente soma
ser representada graficamente corno a área de um re- superior U; depois
tângulo R cujas dimensões sejam (!tb)- fla)j por 6x.
(b) O.,termine olimitedc U quandon-+ ooc 6x; (b - a)/
(Dica: A diferença U - L é a soma das áreas de retân·
11 -> O.
gulos cujas diagonais Q~Q.,Q1 Q1,•• •,Q11 ~1 Q11 situam-se
ao longo da curva. Não há sobreposição quando esses 80. Suponha que f seja c.ontínua e não negativa ao longo de
retângulos são transladados horizontalme-nte para R.) [a. b], como na figura a seguir. lnserindo pontos
(b) Suponha que, em vez de serem iguais. as extensões
llxt dos subintervalos da partição de [a. b) variem em
como mostrado, divida [a, bl em n subintervalos de ex-
tamanho. Demonstre que
tensões óx,-= x, -n.ó.xl = x2 -x,. ,6x... = [,-xll.., , não
necessariamente iguais.
quando Axlll<U: é a norma de P. e que portanto (a) Se "'• = min (lt.<) parn x no k·ésimo subintervalo),
lim111.,0 (U - L) ; O. expU que a relação entre a somn inferior
t = m, â..\'1 + mz .tt~z + · · · + m,. ~x,.
e a região sombreada na pximeira parte da figura.

l
(b) Se M, = max (ltx) parn x no k·ésimo subintervalo},
)' D j(x) explique a relação entre a :soma superior
f(/' ) -f(") U =r M, â.,., + M2 â .r2 + · · · + M, d.v,.

Q,~~~J
e a regiiio sombreada na segunda parte da figura.
(c) Explique a relação entre U - L e as regiões sombrea·
.....jA.rj.- das ao longo da curva na terceira parte da figura•
81 . Oi?.cmosqucf é uniformemente: conHnua em [a, bj se, dado
:r,. = b qualquere>O,existeum 6>0taJ quc.scx1.x, est.ioem [a,bl
e lx1 - x,J < 6, ent.io lf(x.,) - flx, )[ <<. t possível demonstrnr
78. Somas superior e inferior para funções decrescentes que uma função continua em [a. b] é \uliformcmente contá-
(Co11rimutçc1o do Exerclcio 77.) nua. Use a figt>ra a seguir para mostrnr que. sef é contínua c
(a) Desenhe uma figura corno a do Exercício 71 para e> Oé dado, é possível fazer U - L s c · (b- a), tornando o
uma função contínuaj(x) cujos valores de.spenquem maior dos Ax~; pequeno o suficiente.
conforme x vai da esquerda para a direita ao longo de 82. Se você tem uma velocidade média de 30 mi/h em uma
um intervalo [n, b). Seja Puma partição de (11, bj em viagem de 15() milhas c depois percorre as mesmas I50
386 Cálculo

y 1
1
g3, (I -,,·)dr=?
/. -
11f cos clr = O
85.

{'l.rJ
.t

87.
J_ , <L< = I

88. j I
2
~tlr
'
(0 valor aproximado da ilucgral é 0.693.)

y
Valor médio
Nos exercícios 89-96, use um SAC para realizar os seguin·
tes passos:
(a) Trnce os pontos das funçõ.:s no plano cartesiano ao
longo do intervalo dado.
(b) 'Divida o intervalo em 11 = 100, 200 c 1.000 subinter-
valos de igual extensão e calcule a função no ponto
médio de cada subintervalo.
(e) Calcule a média dos valores da função gerados no
item (b).
(d) Determine x na equaçãoj(x) = (\'õllor médio) usando
a média calculada no item (c) pa"' n = 1.000.
89. /(x) = scn x em [0. lt]
90. /(.<) = x em [0. ><n' rr]
91. /(.<) = xscn ~ em (~.rr]
92. f(x) = x scn' ~ em [{!. 1t]
93. /(x) = .<e -x em [0. I)
9~. f(x) = e-x' em [0. I]

9•<• f(:c) -- InxX em (?-· 5]


b "
96. f(x) = vb I - .\··
em [o. t]
milhas com média de 50 mi/h, qual é a velocidade mé-
dia para a viagem inteira? Justifique sua resposta. (Fonte:
David H. Plcacher, Tire Mtlllrematic.s Ttnclri!r, v. 85, n. 6~ set.
1992, 1'- 445-446).

f USANDO O COMPUTADOR

Determinando somas de Riemann


Se seu SAC pode desenhar retângulos associados a somas
de Ricmann, então use-o para desenhar retângulos associados
a somas de Riemann que convirjam para as integrais dos exer·
cicios 83- 88. Utilize , =- 4, 10, 20 c 50 com subintervalos de
igual extensão em cada caso.
snow
Capitulo 5 Integração 387

O teorema fundamental do cálculo


Esta seção apresenta o teorema fundamental d(} cálculo, o mais importante
Companion do cálculo íntegrnJ. Rc.lacionando integração c diferenciação, ele nos permite
\Vcbsitc calcular integrais usando uma primitiva do integrando, sem que precisemO$
B1ogr.Jiia h~!ortca achar limites das somas de Ricmann, como fizemos na Seção 5.3. Lcibniz e
Newton investigaram essa relação c deram início a avanços da matemática que
Sit lsaac Newton alimentaram a revolução científica nos 200 anos seguintes.
( 1642-1727)
Paralelamente) apre-sentamos a versão integral do teoretna do valor médio,
que é outro importante teorema do cálculo integral c serve para provar o teo-
rema fundamental.

Teorema do valor médio para integrais definidas


y Na seção anterior, definimos o valor médio de uma função contínua ao
J:
longo de um intervalo fechado [a, b) como a integral definida j(x) dx di·
vidida pelo comprimento ou largura b - a do intervalo. O teorema do valor
médio para integrais definidas afirma que esse valor médio é sempre assumido
pelo menos uma vez pela função 1no intervalo.
O gráfico da Figura 5.16 mostra uma função contínua positiva y = /(x)
definida no intervalo (a, b]. Geometricamente, o teorema do valor médio d.iz.
que existe um número cem (a, b] tal que o retãngu_loco•n altura igual ao valor
médio /(c) da função c base b - a tem exatamente a mesma área que a região
sob a curva def entre 11 e b.
FIGURA 5. 16 O valor fie) no teorema
do valor médio é, de certo ma<l<>. a ahura
média defern [a, h). Quando/" O, a área Teorema 3 O teorema do \'alo r médio para intcgr.1is ddinidas
do retângulo sombreado é a área sob a Selforcontínuacm [a, b], então em algum ponto c em [a, b)
curva deI de a até b,
f(t)(b-a)= J><x) dx
f(c)=-
1
11-n
f'f(x)dx

PROVA Se dividirmos os dois lados da desigualdade max·min


(Tabela 5.3, Regra 6) por (b - n), obteremos

mini= - -
1
b-a
j•" f(x)dx Smaxf
Como f é contínua, o teorema do valor intermediário para funções
contínuas (Seção 2.6) diz que f deve assumir todos os valol'es entre o
mini e o maxf Portanto, deve assumir o valor (1/(b - n)) {.J(x)dx em
y = /(.t) algum ponto c em (a, b).

Valor médio 112


-----------noo ~"'Umido Aqui, a continuidade de/é importante. Uma função descontínua pode não
assumir seu valor médio (Figura 5.17).
-::+----+--.....,!------
o 2 ·
EXEMPLO I Aplkando o teorema do valor médio para integrais
FIGURA 5.17 Uma função descontí·
nua não precisa assUinir o valor médio. Determine o valor médio de /(x) = 4- x em [O, 3) c em que ponto do
domínio dado f realmente assume esse vaJor.
388 Cálculo

SOLUÇÃO

M(f) =-;-=-;;
I 1''
• j(x) dx
= 3 _1O}o e(4- x)tl< = 31(t
Jo 4tl< - e )
.lo x<lr

= 1(4(3 -
3 Ol - (32 02))
T - T

=4 -t=t
O valor médi.o de j(x) =4- x ao longo de [O, 3) é 5/2. A função assume esse
valor quando4 - x= 512 oux= 3/2, que é o ponto c no Teorema 3 (Figura 5.18).

No Exemplo I , encontramos de fato um ponto c onde f as..c;umiu o valor


y
médio fazendo fl..x) igual ao valor médio calculado e determinando o valor de
x. Mas nem sempre é tão fácil achar o valor c. O que mais podemos aprender
do Teorema 2? Segue·se um exemplo.

EXEMPLO 2
Mostre que, se/é continua em (a, b], sendo tr ~ b, e se

}.,
rf(x) <lt =o
--lf---'---'--'------'-----'~---+ ·' entãoj{x) = Opelo menos uma vez em [a, b].
o 3 2 4
2
SOLUÇÃO Ovalormédiodefem[a,l>]é
FIGURA 5.18 O retângulo com
base [O, 3) c altura 5/2 (o vnlor médio M(j) a -I- [ " f(x)tlt • -I- · O a O
da funçãoj{x) = (4- x)) tem área igual b-t, •1 b-a
à área entre o gráfico de/e o eixo xde
Oa 3 (Exemplo I). Pelo teorema do valor rnédio,f assume esse valor em algum ponto c e
[a,b).

Teorema fundamental, parte 1


Se j{t) for uma função intcgrável em urn intervalo finito 1, então a integral
de qualquer nUmero nxo a e 1 até ourro numero x e 1 dct\nirá uma nova
função F cujo valor em x será

)' = /(1) F(x) = [!(t) dt {I)

Por exemplo, se f é não negativa ex fica à direita de a, F(x) é a área sob a


cun'O de a até x (Figura 5.19). A variável xé o limite superior de integração de
() d .• b
uma integral. mas Fé como qualquer outra função real d~ uma variável real.
Parn cada ''alor da variável independente x, existe um valor bem-definido da
FIGURA 5.19 AfunçãoF(x)definida função. nesse caso, a integral def de a até x.
pela Equação ( I) fornece a área sob A Equaç.ão (I) fornece um caminho para definir novas funções, mas a
a curva de f de a até x quando f é não importância de a mencionarmos agora está na relação que da estabelece en·
negativa<: x > tr. tre integrais c derivadas. Se f for qualquer função contínua, então o teorema
Capitulo 5 Integração 389

y fundamental afirma que F será uma função derivável de x cuja derivada é a


própria[ Em cada valor de x,

d di'
dx F(x) = tlt " /(1) dr = f(x)

11 Para entender melhor o que esse resultado representa, varnos examinar os


argmnentos geométricos por h'ás dele.
FIGURA 5.20 Na Equação (I), F(x) Se f?. Oem (11, b], então, paro calcular F'(x), segundo a definição da deriva-
é a área à esquerda de x. Além disso. da, temos de tornar o limite da razão incrementai quando IJ ~O.
F(x + 11) é a área à esquerda de x + /1. O
quociente de difcre~a (f(x + 11)- F(x)]lh F(x +Ir) - F(x)
é, assim, aproximadamente igual aj{x), a Ir
altura do retângulo mos.lrado aqui.
Paro 11 > O, obtemos o numerodor subtroindo duas áreas, logo ele é a área
sob a curva de f de x até x + 11 (Figura 5.20). Se h é pequeno, essa área é apro-
ximadan:lcnte igual à área do rctángulo de altura /{x) c largura h, como se vê
na Figura 5.20. Ou seja,
F(x + Ir) - F(x) ""lrf(.y)

Divid.indo os dois lados dessa aproximação por 11 c considerando /1 ~ O, é


razoável esperar que

F'(·'·)_ . F(x +h) - F(x) _f( )


- h-O
hm - x.
1t

Esse resultado, que vale mesmo que a função f não seja positiva. forma a
primeira parte do teorema fundamental do cálculo.

Teorema 4 O teorema fundnmental do dikulo. parte I


Se fé continua em (a, b], então F(x) = f)(
c) tl/ é continua em (a, b] c
dcrivávcl em (a, b) e sua derivada é Jtxf

F'(x) = -
1 ''1'
(,_.'( (I
/(1} di = f(x) (2)

Antes de provar o Teorema 4, examinaremos alguns exemplos para enten·


der n>clhor o que ele diz.

EXEMPLO 3 Aplicando o teorema fundlunental


Use o teorema fundamental para determinar

'1·'
(:t) _Ll
(,X d
COSI til (b) -d
dt
1'
o
-I- d/
I + 12
dy
(c) tl< se y = ['31 sen u/1
• .t
dy
(d ) dY SC )' = j"' COSI til

l'
dy I - dt
(•) d; se y = --
. +.h" 2 + e'
SDQW
390 Cálculo

SOLUÇÃO

di'
(a) - 1.
t .r.
cos u/1 = cosx
(qt.t.;lçlll 2 ...~)(n
tm =- t.'óSt
lx
11

f:qtL-u,.'iMl ! com
(b) -d -I-2 dl = -I-2 1
1+ I +x /IH - -
dx 0 1 J + ,z
(c) A Regra I das integrais (Tabela 5.3, Seção 5.3) reorganiza essas
funções para poder1nos usar o teorema fundamental

dy = .!!..1\lsenldl
dt dY ·'
=!L(-
dY
f ' 31scn1d1)
}l

= - .!;_ 11'
clt s
31 sen 1 dl

• - 3xscn.r

(d) 0 limite superior de integração não é x. mas.;(!. Isso torrla y um


misto de duas funções:

(" e
)' = }1 cos f dl

Portanto. devemos aplicar a regra da cadeia quando encontrar-


mosdy/dY.
dy
- =o -dy
tlt
· -du
du tL\·

= (.!!..du}("
1
cos 1 d1) · du
dx

du
:::t cos li • tb:

= cos(x2} • 2x
= 2.t cosx2

d/,
(c) -
4
I - - dt
clY IH.Z 2 +e'
= .! . (-l l+lx'_l_
(L\' +
dt)
.. 2 e'

tlli H i I
-- --tl t
d\· 1
4 2 +e

= I d (I + J .1) I:Q\ôc;";io ~ 2) c n:~n.


2 + eO +l\.:)(/x ·' d:t c;uki.l
6x

EXEMPLO 4 Conslruindo uma função com derivada e valor d eter·


minados
DctermiJJe uma função y ; jl,x) no dom[nio ( - tr/2, tr/2) com derivada
dy ; to X
dx "'
que satisfaça a condiçãojl,3) = 5.
Capitulo 5 Integração 391

SOLUÇÃO O teorema fundamen tal fac:ilita a construção de uma


função com derivada tg x que seja igual a Oem .'( =3:

y =
J.,r tgrdr
Como y(3) = J: tg I dt =O, somente precisam os adicionar 5 a essa funa
ção para construir outra con'l a derivada tg x com valor 5 em x :; 3:

/(x) c 1'tg rdr +5

Embora a soluçiio para o problema do Exemplo 4 satisfaça as duas con-


dições requisitadas, você pode perguntar se ela está em uma forma útiL A
resposta é sim, pois hoje temos computadores e calculadoras capazes de apro..
ximar integrais. Na Seção S.S. aprenderemos a escrever a solução do Exemplo
4 exatamente corno

y = In 'êõSX
l
cos31 + 5

Daremos agora uma prova do teorema fundamental para uma função con~
tínua arbitrária.

PROVA DO TEOREMA 4 Provamos o teorema fundamental apli-


cando a definição de derivada diretamente à função F(x), quando x c x +
h estão em (a, b). Isso significa escrever a razão incrementai

F(x + h) - F(x)
(3)

"
e mostrar que seu limite quando 11-) Oé o nl1mero j{x) para cada x em
(a, b). Logo:
. Ffct + h) - F(,t}
F'(x) • Iom
h-O 1l

= lim TI
h-0 ti
[[•+• 11
f(t) dt - ['
tt
f(t) dr ]
= lim T
llx+hf(t) dt
h-O'' ;r

De acordo com o teorema do valor médi«> para integrais definidas,


o valor antes do limite na última expressão é um dos valores assumidos
por f no intervalo entre x c x + lt. Isto é. para algum número c nesse
intervalo,

7i11x+h
• /(t} dt = f(c) (4)

Quando h 4 O, x + Jz apl'oxima-sc de x, empurrando c tan1bém na


direção de x(pois c fica entre x ex+ h). Como /é contínua em x,f{c) apro-
xima-se de /{x):
392 Cálculo

lim /(c) • f(x) {5)


•-o
Em conclusão. temos

Fl<) = lim - '1····


#1-0 1l X
/(1) d1

= /(.<)

Se .< = n ou 1>, então o limite da Equação (3) é interpretado como um


limite lateral com /1 _.,O, ou h__. o-, respectivamente. Assim. o Teorema 1
daSeç.io 3.1 demonstra que Fé continua para qualquer ponto de ia. bJ. Isso
encerra a demonstração.

Teorema fundamental, parte 2


(o teorema de cálculo)
Vamos agora à segunda parte do teorema fundamental do cálculo. Essa
parte descreve como calcular integrais definidas sem ter de calcular limites de
somas de Riemann. Em vez disso, encontramos e calculamos uma primitiva
nos limites de integl'ação superior c inferior.

loorema 4 (continuação) O teorema fundamental doç-.llculo, parte 2


Se/é contínua em qualquer ponto de la, bl e se F é qualquer primitiva
de f em [a, bJ, então

1' hf(x) ti<= F (b) - F(t1)

I)ROVA A parte I do teorema fundamental nos diz que existe uma


primitiva de f. isto é,

G(x) = 1"'/(1) d1

Assim, se F for qualquer primitiva def, então F(x) = G(x) + C para algu·
ma constante C, sendo a < x < b (pelo Corolário 2 do tC<>rema do valor mé·
c.lio para derivadas. St-ção 4.2). Uma ve-t que tanto F quaJlto G s!o continuas
em [a, bJ , vemos que F(x) = G(x) +C também se aplica quandox= a ex= b,
considerando·se limites laterais (quando x-> a• ex-> b-).
Calculando F(b)- l'(a), temos
F(b) - F{ft) = [G(b) + C) - [G(a) + C]
= G(b) - G(a)

=
16/(1) dl - 1" a
/(1) dl

=
1"/(1) dl
Capitulo 5 Integração 393

O teorema diz que para calcular a integral definida de f em [a, b], tudo o
que precisamos fazer é:
1. Determinar uma primitiva F def
2. Calcular o número j)<x)dx = F(b) - F(a)
A notação usual para F(b}- F(a) é
F(x)J'
., ou [F(.<}]'' ,
dependendo de F ter um ou mais termos.

EXEMPLO 5 Calculando integrais

(n) 1" cosxdr = senxJ: = senrr - senO = O - O = O


2 12
(b} f'' v'l=7
lo d< = sen -•x]' = sen - • l - sen - • O=.!!..- O=.!!..
2 6 6
0

(c} 1\~V:, - ~)dr = [r 312- 2 1nx]; = (4li2- 2 Jn4)-[J 312- 2Jnl)


= [8 - In 16] - [ I -O) =7 - In 16

O processo usado no Exemplo 5 é muito mais fácil que um cálculo com


soma de Riemann.
As conclusões do te.orema fundamental nos dizem várias coisas. A Equa-
ção (2) pO<lc ser reescrita como

- di'
d-.:"
/(1) dr dF
= -.
(b.
= /(.•)
o que sugere que, se você primeiro intega·ar a função<>f e depois deriv'3r o resul·
tado, vai obter a funçãof de volta. De modo análogo, a equação

1•'a' 1'
/F dr =
I "
/(1) dr = F(x) - F(a)

diz que, se você primeiro derivar a função Fc depois integrar o resultado. vai
obter a função F de volta (ajustada por uma constante de integração). De certa
forma. os processos de integração e derivação são o "inverso.. um do outro.
O teorema fu1ldamental também afirma que qualquer função contínua f tem
uma primitiva F c que a equação diferencia] dy!dx = j(x) tem uma solução
(especificamente, a funç.io y = F(x)) para qualquer funç.ão continua f

Área total
A soma de Riemann contém termos do tipoj{cJ t.. que fornecem a área de
um retângulo quando fie,) é positiva. Quando ftc,) é negativa, o produto ftc,)
6 t é a área do retãngulo com sinal negativo. Quando somamos tais termos
para uma função negativa, obtemos o oposto da área entre a curva e o eixo x.
Se tamamos. então, o valor absoluto, obtemos a área positiva correta.

EXEMPLO 6 Dcrcrminando áreas com primitivas


Calcule a área delimitada pelo eixo x c pela parábola y = 6 - x - x'.
394 Cálculo

SOLUÇÃO Para determinar onde a curva cruza o eixo x. estabele·


ccrnos
y = O = 6 - x - x 2 = (3 + x)(2 - x)

o que dá

)'
x =-3 ou x=2
A curVll é csboÇllda na Figura 5.21 e~ não negativa. em [-3, 2[.
A área é

25
T

~~--~~~~--·
- 3 -2 - 1 o 2
A curva da Figura 5.21 é um arco de parábola, c é interessante notar que
FIGURA 5.21 A área deste arco a área sob esse arco é exatamente igual a dois t·erços da base ve-Les a altura:
parabólico é calculada com uma integral
definida (Exemplo 6).

Ao calcular a área da região delimitada pela curva de uma função y; Jtx)


c o eixo x, é preciso cautela especial se a função assume valores positivos c
negativos. Precisamos tomar o cuidado de dividir o intervalo !a, b) em subin·
)'
tervalos nos quais a função não mude de sinal. Do contrário, poden'IOs estar
cancelando áreas positivas e negativas entre si. o que levará a un' total incorre-
to. Obtemos a área total correta somando o valor absoluto da integral definida
em cada subintervalo ondej(x) não muda de sinaJ. O termo ..área" será usado
corno sirlônimo de área tottll.

EXEMPI.O 7 Cancelando áreas


-I
A Figura 5.22 mostra o gráfico da função Jtx) = sen .<entre x = Oex=
2rr. Calcule
FIGURA 5.22 A ;írea total entre {a) a integral definida de j(x) em [0, 271[.
y ; sen x c o eixo.< para O:;; x :!> 211 {b) a área entre o gráfico de}tx) e o eixo.<em [0, 2n[.
é a soma dos valores absolutos de
duas integrais (Exemplo 7). SOLUÇÁO A integral definida para j(x) ; sen x é dada por


}o sen .«i.< = - cou
]2n =
0
- [cos 2rr - cosO] = - [1 - I] = O

A inttgral definida é zero. pois- as partes do gráfico acima c abaixo do


eixo x se cancelam mutuamente.
Calculamos a área entre o gráfico de/(.<) e o eixo d.e x em (O, 211] divi·
dindo o domínio de scn x em duas partes: o intervalo (O, rr], ao longo do

r
qual ela é não negativa, e [1r, 21r]. ao longo do qual ela é não positiva.

r~ senxdx =
}o -cos x = -(cosrr- cosO)= -[-1 - I]= 2
0
2•sen.rll< = - cos .<]2nn = - [cos271 -
1 cos11] = -[I - (-1)] = - 2
snow
Capitulo 5 Integração 395

A segunda integral fornece um valor negativo. Obtemos a área entre o


gráfico e o eixo somando os valores absolutos.
Área; 121 + 1-21 ; 4

Resumo
Para determinar a área entre o gráfico de y ; f(x) c o eixo x no inter-
valo [a, bl, faça o seguinte.
I. Subdivida [a, bl nas raízes de f
2. lntegref e-m cada subintervalo.
3. Some os valores absolutos das integrais.

EXEi\fPLO 8 Determinando àrc:as com primitivas


Determine a área da regiãoentreoeixox e o gráfic.odej{x) = x~- x2- 2x.
sendo - I ~x~2.

SOLUÇÃO Primeiro determine as raízes def Como


Jt.<) o x' - x'- 2.< = x(x' - x- 2) = x(x + J)(x - 2)
as raízes s.iox ; O, - I c 2 (Figura 5.23). As raí1.cs di,idcm [-1, 2) em dois su-
bintervalos: [-1, O), crn quef e: O, c [O, 2), em que f s O. Integramosf ao longo
de cada subinter"alo e somamos os valores absolutos das integrais calculadas.

FIGU RA 5.23 A região entre a


l oo(.<l - xz - 2<) dx = [•'
4 -3
,J
- .r2 ]o- t = O- [41 + 31 - 5
I ] = T2
curva y = .~ - .-?- - 2.l.: e o eixo x
(Exemplo 8). [2 (x3 -
Jo x 2 - 2r) dx = [•'
4 - 3xl - x 2]2
0
= [4 - 83 - 4] - O= -38

A <irca total incluída é obtida -somando~ se os valore,s absolutos das in·


tegrais calculadas.
5
Arca total inclulda = 12 + 1- ~~ = ~~

Exercícios 5.4

Calculando integrais
Calcule as integrais nos exercícios 1-32. 9. l" sen .Hlr 10. J."(l +cosxldx
•n 5•/6 ..,
11.
J. J•I•
2 scc: x <lt 12.
1 /6
>/l
COSCC'" .\'d'(

13.
J.
< J.o
/<
e<>SCC 0 COlf! 0 dO 1.-.
1."0 I -
4Se<:ulgudu

I ••
•r.
I+ cos2t 1
2 " 16.
1 • il
cos 2t
2 (1/

17.
1
• /2
-11{!.
(Sy 1 + seny)<(l' 18. -•1'(
1_,J 4 sec1 t +
, ) dt
-1'
396 Cálculo

i "'
20. (1 + 1)(1 2 + 4)dl
Area
v> Nos exercidos 51-56, determine a área total do região en·
21. {
J 1/l
1
(-L l.)''"
tl ri
t re:l t;urv:) e o eixox.

51. y.,. -;r1 - 2x. -3 S;r S 2


'I - V,
24.
!.. • r du
l
vu
52. y • 3x2 - 3. - 2 s .< "' 2
53. y = x3 - 3x 2 + l\'. O s x s 2
26.
!. 2<cos.r + lcos.riJdr 54. y e x.t - 4x. - 2 ~ x ~ 2
!\~. )' = x 113, - I 8
ZS. j,'(t - e·}tr ~6. y = x•/3 - ,r,
.S X .S
-I s xs 8

30. rs ,\'(Ú;
Determine as áreas das regiões sombreado.1s nos exercícios
}, v'i"+7
57-60.
32.1°1T~· •I
(b:
57. y
Nos cxerdcios 33 c 34, adivinhe uma primitiva do inte- y= 2
grando. Verifique sua hipótese com derivação c, depois, cal· 2
cule a integral definida dada. (Dica: ao adivinhar. tenha em .'( D 1T

mente a regra da cadeia. Você aprenderá como determinar y= l +cosx


primith"s desse tipo na próxima seção.) o ·'
"
1
JJ. xe'' dx 58. y
/.
,\.... scnx

Derivadas de integrais
Determine as derivadas nos exercícios 35- 40
(a) calculando a integral e derivando o resultado.
59. y 60. y
(b) derivando a integral diretamente.
v.
3~. ~ '/.v:o,, ;
11,'(
costdl 36. tf.<
dj~'
I Jt• di
' 2

37. *'/. Vü ''" .18. dO o di.'•· """' y dy

39. -d
dr !."'0
e-1 d1 -lO. "/.v; (.\'.. + h )"·'
di o
' o
Determine dy!dx nos exercidos 41 - 50.

~ l. y = !.'ví+f! di ~2. )' = 1'7 di. .•. > o


Problemas de valor inicial
~J. }' = ~~ scn (t ) dt 2
~~. y = J.'' cos Vi dt Cada uma das funções a seguir resolve um dos problemas

!..""' vi-::?· li
de valor inicial dos exerdcios 61-64. Qual fttnção resolve qual
~5. y = lxl < -2" problema? Justifique brevemente suas respostas.
I - 12

46. y=
!. di
-- , (a) y =
!. X f
7d1 - .l ( b) y = J.' •cc 1</1 +4
q; x i + l

r v;,,, 1' ..
47. )' •
<·' l
!. v/' 48. )' =
j,.
I

r'·
(<) y =
· I
l
sectdt +4 (d) )' =
1 -di - 3
I

!.
~·-·· CO~tdt
ti}'
~9. y = 50.y=
i I
$Cn-1 tdt 6t. ;& •
63. )I' •
x•
SCC.\',
)l(rr) • - 3

)~0) • 4
6l. y' A SCC.<, )•(- 1) • 4

64. y' •:h ){1)•-3


Capitulo 5 Integração 397

Expresse em termos de integrais as soluções dos problemas metros. Use o gráfico para re~ponder às perguntas a se..
de valor inicial nos exercícios 65- 68. guir. Justifique suas respostas.
d)l
y
65. ci.t: = ~c x. y (2) = 3
y =ji,r)
dy • r:-c-;
66. -;-
( (,\'
= v I + ·' ·· >i I)= - 2

tis
lo1. dt = f(t), s(to) = so
- X
dv
68. - • g(t). v{to) • vo
1
"
Aplicações
(a) Qual é a velocidade da partícula no instante t =5?
69. Fórmula da área para par.lbolas de Arquimcdcs
(b) A aceleração da partícula no instante t = 5 é positiva
Arquimedes (287-212 a.C.), inventor, engenheiro militar,
ou negativa?
m&Jico eo maior matemático dos tempos clássicos no mtm·
do ocidental, descobriu que a área sob um arco parabó!Jco é (c) Qual é a posição da partícula no instante 1 = 3?
dois terços da base vezes a altura. Esboce o arco parabólico (d) Em que instante, durante os primeiros 9 s, s tem o
y =h - (4hlb' )x'. sendo - b/2 S x S b/2, admitindo que h e b maior valor?
sejam positivos. Depois, use o cálculo para encontrar a área (c) Aproximadamente quando a ace1eraçâo é zero?
da região compreendida ent:rc o arco c o eixo x.
(0 Quando a partícula está se deslocando para a origem?
70. Receita a partir da receita margjnal Suponha que are- Eafastando-se da origem?'
ceita marginal de uma empresa pela fabricação e venda de (g) De que lado da origem a partlcula situa-se no ins-
batedeiras seja tante 1 = 9?
dr .,
- • 2 - 2/(x+ I)· 74. Suponha queg seja a função derivável apresentada no gráfi-
tb·
co a seguir e que a posição no instante 1 (segundos) de uma
onde r é medido em milhares de dólares c x em milhares partícula deslocando-se ao longo de um eixo coordenado
de unidades. Quanto dinheiro a companhia deve esperar
de uma produção de .<= 3 mil batedeiras? Para descobrir, s= !.~~,) tlr
integre o rendimento marginal de x = Oa x = 3.
metros. Use o gráfico para responder às pergumas a se-
71. Custo a partir do custo marginal O custo marginal da
impressão de um póster quando x pôsteres s..:to impressos é
guir. Justifique suas respostas.
)'

----
de 1
ilr 2\/X 8 (7: 6.5)
(6: 6)
6
dólares. Determine c(lOO)- c( I), o custo para imprimir 4 )' • g(x)
os pósteres 2- 100.
72. (úmlinunçào do exercício 71.) Det<rrnine c(400) -
c(IOO), o custo para imprimir os pôsteres 101 - 400.

-6
Tirando conclusões sobre movimento a
(a) Qual é a velocidade da partícula em I= 3?
partir de gráficos
(b) A aceleração no instante t = 3 é positiva ou negativa?
73. Suponha que f seja a função derivá,·el mostrada no gráfico a (c) Qual é a posição da partícula no instante I =3?
seguire que a posição no instante t(segundos) de uma par- (d) Quando a partícula passa iPela origem?
tícula que se desloca ao longo do eixo das coordenadas seja
(c) Quando a aceleração é zero?
s = ].'/(.<) ''·' (f) Quando a partícula ""tá se afastando da origem? E
aproximando-se da origem?
398 Cálculo

(g} De que lado da origem a partícula situa ..se em t = 9? (d) h tem um máximo local em x = I.
(c) h tem um mínimo localemx= 1.

Tf'ori:ol " exemplos ((} O gráfico de h tem um ponto de inOexão ern x = I.


(g) O gráfico de dll/dx cruza o eixo x em x =L
75. Demonstre que, se k é uma constante positiva, a área entre
83. O teorema fundamental Se f for contínua, esperamos
o eixo de xe um arco da curvay = st>n kx é 2/k.
D que
?6. Determine

lim - I[' 1
-
4
t '-,/t
lim -I
h-0 1I 1'••
X
f ( t) dt

x-•o ·'" o t + I seja igual aj(x), como na dcmonstraçã.o da parte I do teo-


77. Suponha que J:f(t)dt =x -2x + 1. Oetcnníncj(x).
2 rema fundamental. Por exemplo, sej(t·) = cos t, então

78. Octermi.nc./(4) se J
: cos j(t)dt = .< rrx. 11x+-b _sen (.l' +h)l - sen x
CO$ /dt- (6)
II X I
79. Determine a lincarização de
9 O lado direito da Equação (6) é a razào incrementai para
f (x) = 2 -
J, x+l
- - <lt
I + I a derivada do seno c cspcFJmos que seu limite, quando
h -i' O, seja cos x.
cmx = I. Trace o gráfico de cos x para - n s x s 2n. Depois, se possl-
80. Dctcnninc a linearização de vel. use uma cor diferente e trace o gráfico do lado direito
da Equação (6) em função de x para /1 = 2; I; 0,5 e 0,1.
g (x ) • 3 +i" sc.:(t - l) <it Veja como as últimas curvas convergem para o gráfico de
cosseno quando h -+ O.
Cl\1 .t = ). 34. Repita o Exercício 83 paraj(t) = 3t' . O que e
SI . Suponha que f tenha uma derivada positiva para todos os D
valores de x e quc./(1) =O. Qual das afirmações a seguir
deve ser verdadeira para esta função?
Trace o gráfico de j(x) =3x' para - I S x S I. Então trace o
g(.r) a [ ' f (t ) dt gráfico do quociente ((x + h)' - x')lh em função de x para
h = I; 0,5; 0,2 c O, I. Veja como as últimas curvas com•cr-
Justifique suas respostas. gcm para o gráfico de 3x' quando h -+O.
(a) g é uma função derivável de x.
(b) gé uma função contínua de x. , .USAND O O COMPUTADO R
(c) O gráfico de g tem uma tangente hori1.ontal em x = I.
(d) g tem um máximo local em x -= I . Nos exercícios 85-88. seja F(x) = J: f(t) dt para a função
(e) gtemumminimo localemx = I. especificada f e o intervalo la, b). Use um SAC para executar
os passos a seguir c responda às questões propostas.
(f) O gráfico de g tem um ponto de inflexão em x = I.
(a) Faça um gráfico das funções f c F juntas ao longo de
(g) O gráfico de dgldx cruza o eixo x em x = I.
[a, b].
82. Suponha que [tenha uma derivada negativa para todos os (b) Resolva a equação F'(x) = O. O q_ue se pode afirmar
valores de xeque }(I) = O. QuaJ das afirmações a seguir
sobre os gráficos de f c F nos pontos onde F'(x) =O?
deve ser verdadeira para esta função?
Sua observação está baseada na parte 1 do teorema
fundamental e também nas informações fornecidas
fi(X) • [ ' j (t) dt
pela derivada? Explique sua resposta.

Justifique suas respostas. (c) Ao longo de quais intervalos (aproximadamente) a


função F é decrescente e crescente! O que se pode
(a) h é uma função duplamente derivávcl de x.
afirmar sobre f ao longo desses intervalos?
(b) h c dll/dx são ambas contínuas.
(d) Calcule a derivada[' e faÇI seu gráfi.co junto com ode F.
(c) O gráfico de /Item uma tangcnle horizontal em x = I. O que se pode afirmar sobre o grálico de F nos pontos
Capitulo 5 Integração 399

onde f'(x) =O? Sua observação está baseada na parte I (d) Usando a informação dos itens (a) a (c), esboce y =
do teorema fundamental? Explique sua resposta. I'(x) ao longo de seu domínio. Depois trace o gráfico
de I'(x) em seu SAC para apoiar seu esboço.
85. Jlx) = x' - 4x' + 3x, [0, 4)
89. a • I. u(x) • x 2, / (.r) • VI - x 2
86 . .Jlx) = 2x'- 17>J + 46x'- 43x + 12, [o.~] 90. a = O, u(x) = x 2• f (x ) = v'i""="?
X
87. Jl.<) = sen 2x cos _, [O, 2n) 91. a • O, u~r) = I - x. / (.r) = x 2 - 2r- 3
3
88 . .Jlx) = x cos nx, (O, 2n) 92. a = O, u(x) • I - x2• f (x) • x2 - lr - 3

Nos exercícios 89-92, seja F(x) = j,"'df(t) dt para a, u, f Nos exercícios 93 e 94, pressuponha que f seja contínua e
u(x) seja duplamente derivável.
cspecilicados. Use uro SAC para cxecutat os passos a seguir e
responder às questões propostas.
93. Calcule -d
dx .,
j '")f(t) dt e verofique
. sua resposta usando
(a) Determine o domlnio de F.
(b) Calcule F'(x) e de!ermine suas raízes. Ao longo de umSAC.
que intervalos F é crescente? E decre-scente? d2
(c) Calcule F"(x) e determine sua raiz. Identifique os ex·
94. Calcule '7'1'
1
<X
j' lli,.r)
f(t) dt c verifique sua resposta usando

uemos locais e os pontos de inflexão de F. umSAC.

Integrais indefinidas e a regra da substituição


Uma integral definida é un1 número que definlmos encontrando o limite
das somas de Riemann assocíadas a partições de urn intervalo fechado finito
cujas normas tendam a zero. Segundo o teorema fnndamental do cálculo, po·
de remos calcular facilmente uma integro! definjda de uma função conthma se
encontrarmos uma primitiva dessa função. Em geral, é mais díflcil encontrar
primitivas do que derivadas. No entanto. vale a pena aprender técnicas para
calculá-las.
Relcmbre que, na Seção 4.8, vimos que o conjunto de todas as primitivas
da ftmção f é denominado integral indefinida de f em relação a x e simboli·
zado por
jflx)dx
A relação entre primitivas e a integral definida estabelecida no teorema
fundamental agora explica essa notação. Quando estiver buscando a integral
indefinida de mna função/. lcmbrc·sc de Que ela sempre inclul uma cons·
tante arbitrária C.
Precisamos fazer uma distinção cuidadosa entr~ integrais definidas e indé·
finidas.. Uma integral definida J:f(:r:) dx é um mlmerô. Uma integral indefini-
da /J(x) dx é uma função mais uma constante arbitrária C.
Até agora, só aprendemos como encontrar primitivas de funções que fos-
sem claramenre reconhecíveis como derivadas. Nesta scçã~ começ:a_rcn10S
a desenvolver técnicas mais gerais paro encontrar primitivas. As primeiras
técnicas de integração que apresentaremos são obtidas invertendo-se as re ~
gras usadas para encontrar derivadas, tais como a regra da potenciação e a
regra da cadeia.
4 00 Cálculo

A regra da potenciação na forma integral


Quando ué uma função derivávcl de x e n é um número raciOJ')al diferente
tfe - I. a rpgr~ tia C<~cit>i il no.o; ti h~ que
1
-
ti ( -
u"+-
-
)
a ufl -d11
dttl+l tlr

Essa mesma equação, de outro ponto de vísta, diz que •t'' 1/(11 + 1) é uma
das primitivas da função u"(duldx). Portanto,

f ( dll)
u" -tlx cix :::
11"+1
-
n+l
-+C

A integral no lado esquerdo dessa equação geralmente é escrita na forma


..diferencial'' mais simples,

f li" tlu

obtida tratando~ se os dx como diferenciais que se cance-la m. Temos. então. a


seguinte regra:

~ 11 é uma função derivável qualquer, então

f
UIJ+ I
u"du c;:--
11+1
+C (n"' - l,,qualquernúmero). (1)

Para derivar a Equação (I), supusemos que 11 era uma .função derivável da
variável x, mas o nome da variável não importa e, portanto, não aparece na fór-
mula finaL Poderíamos ter representado a variável com 6, t, you qualquer outra
letra. A Equação (I) diz que se pudcrmoscalcular uma integral na fom>a

fu• ilu (11 .. - I )

sendo u uma função derivável e du sua diferencial>podere111os calcular a inte·


gral COillO (11~1/{11 + 1)) + C.

EXBMVLO J Usando a regra da potenciação

f v'J+Yi. 2ydy =f v;;.(~~) dy S..'J_:III = 1 ot y :.


du tdJ' - 2y

= fu• f2 clu
u <l/l)t 1 I ntC{:f\:. 1,1~:u1(1o o:

a (1/ 2) + I +C I :quaç!i,, ( I) com


/f - ij l
= 1 , 3/2 + c I. Cl·rma ~imfllili<:ad:a
3

= t<' + y')3/Z +c
Capftufo 5 Integração 401

EXEMPLO 2 Ajustando o intcgrantlo com tuna constante

f w;=t f di & t· w;=t ·4dt

lf = 4 Vii. ("")
di "'
SCJ:I u • 4r - I.
du/Jr • -'
('()m ., 1 ·J ,, rf..:-0\\!, a
- tfu•ll du inlc~r:tlest:i:l$!,flr.l
JI.J lbnnJ·p:.drlo.
I uJ/2 lnh:gn:.u!>:lnJ,, ;a
= -·-+C 1'4U:1çl~l f Il cum
4 3/ 2
lt = 1/2

= iu 312 +C

- l(4i - 1) 312
6
+c

Substituição: usando a regra da cadeia inversamente


As substituições nos exemplos I e 2 são cas-os particulares da regra a
seguir.

Teorema 5 A regra da (jubstituiçiio


Se ll =g(x) é uma função derivável cuja imagem é um intervalo I e f é
continua em 1, então

f J (g(x))g'(x) dt = f/(.,)du

PROVA A regra é verdadeira porque, segundo a regra da cadeia, F(g(x))


será uma primitiva de.ftg(x)) · g'(x) sempre que F for uma primitiva de f
tf.l F(g (x)) = F'(g (x)) ·g'(x) K<gndac,uld•
IX

= f(g(x))·g'(x). '""'r ~ I

Se fizermos a substituição u = g(x). então

f / (g (.t ))g'{.t) clt = f 1~ F(g(.t)) tl.t

= F( g (x)) + C h"''"'' fund;tm<r.<ol


= F(u) + C " = ~f.ll
= f F'(u) du rcvr""'' fund:un"'o;oJ

= f!(u)du r I
A regra da substituição fornece o seguinte método para calcular a integral

f J (g(x))g'(x) dt

quando f e g' são funções contínuas:


I. Subslituo 11 = g(x) e d11 = g'(x) dx para ob1er a inlegral

f f(u ) du

2. Integre em relação a u.
3. Troque 11 por g(x) no rcsullado.
402 Cllculo

EXEMPLO 3 Usando substituição

f cos(70 + S) t/0 =f cosu·tdu


SCJ:I 11
( l ,1 7) du
18 +
dO
~ . tltt • 1 tiO,

-tf cosudu
('om ~)i 1."7) :'a frçmc. ll intc.-gro1
c-.t;i :tJ,t•l\r.i na tlwm:t·p..~drld

I lntcg~cm n:bç5o
= 7~nu+C o u ( T:~b<Ja.J.1).

-tsen (70 + 5) +C
Podemos comprovar essa solução derivando e verificando se. assim,
obtemos a função cos (79 + 5).

EXEMI' LO 4 llsando substitmção

f x2eT' dx = f e·" • x2 dx
~ja, • ,\~.
=f e" · !du du = '\~ 1 dr.
n J:Hdu -= .(.! d:t·
= tfe"<iu
:;;;; leu + C
3
= -I e-<' +C 1
Truque tJ por x •
3

EXEMPLO 5 Multiplicando por urna forma de I

ScJ.Ill :o. e". u .o .. c!•.


tlu = c•' iL'f

IIUI.'I:'!tc em rutac;Jo a u
fn)o.{uc 11 pnr t••,

Ut:.MP LO ó Simplificando o in[cgrando

f x-
2
ln x ·' (1,\' :c: f -21nx
X- t lX Rçt:.r.t d:il (I(~IC~K:i..,~;!io
p;mtJ()r:u'itnm..

=f 21n .r ·fd.r

=f 2u tlu &:ja u • In x. 1111 • (I f-\') 1l\'

;;: u 2 +C lnrcg:n: em n;l:~~Ç5o n. 11


= (In x) 2 +C f l<'l!UC U pof Jru
Capitulo 5 Integração 403

F.XEM I' LO 1 Vsando identidades c substituição

f-- 1
cos2 2<
d.r = fscc 2x tlr 2

= f sccl u· Í"" ·~ • l!t. dll •


,,_,. - f lll ) ,,,
2 d\'.

= tf SJ:C2 11 t/u

I
= 2 tgu +C

li = !\

O sucesso do método de substituição depende de que seja encontrada


uma substituição que transforme urna integral que não podemos calcular
diretamente em outra que podemos. Se a primeira substituição falha, pode-
mos tentar simplificar o integrando adiante com mais uma ou duas substi-
tuições (veja os exercícios 55 c 56.) Outra possibi.lidnde é começar de novo.
Pode haver mais de um bom caminho para começar, como no próximo
exemplo.

EXEMPLO 8 Usando substituições diferentes


Calcule

SOJ.UÇÃO Podemos usar o método da substituição na integração


como ferramenta de investigação: substitua a parte mais problemática do
integrando c veja o que acontece. Para essa in·tegral, podcrlamos experi-
mentar u= zl + I ou ainda arriscar e considerar u arai~ cúbica inteira. Veja
o que acontece em cada caso.

I . Substitua u = i + 1.

f ~
2ztlz =f du 11 1/l
ScjatJ c :!+ I.
dli = ~d:

= fu- 113du

112/l
e 2/ 3 + C

= 1 11 2/3 + c
2

= f (z2 + I )2/l +C
404 Cálculo

2. Agora, substitua u::: {/z1 + J.

~o:j31t ~-
/(J ,:: + L 'uldll • 2:rl:

T mqnl! 11 por C :~ + I )1 1

As integrais de sen 2 x e de cos 2 x


Às vezes, podemos usar identidades trigonométricas para transformar
integrais que não sabemos como calcular em integrais que sabernos caJcu.
lar pela regra da substituição. A seguir, ternos um exemplo que fornece as
f6rrnuhts das integrais de sen: x e de cos1 x, freqüentemente encontradas em
aplicações prática.ç,.

15XEMPLO 9
~" t '"=•- 1~vs~\
(a)
f sen2x dx = f l -cos2x <i<
2

= tf( l - cos2.t)clr = tf tf dx - cos2Hl<

= l, _ 1 sen2r +C=:!__ sen 2r + C


2' 2 2 2 4

(b)
f 2
cosxdx • fl+cos2r clr

=='+sen2r +C
2
C'l~) no h..:m ( :l), m:~
2 4 a'Jt1 unu mud:mç.t d~! :-ill:al.

)'
EXEMPLO 10 ,\,·cnsoba cur\'a y= scn' x
J\ Figura 5.24 mostra o gráfico de g(x) - scn 2 :.: no longo do intcrvnlo
(O, 2rr(. Determine
(a) a integral definida deg(x) em (O, 2rr(.
(b) a área entre o gráfico da função e o eixo x em (O. 2rr(.

SOLUÇAO
(a) De acordo com o Exemplo 7(a), a integral definida é
2
( "sen2x<lt
}o e
[X
'i - - 4-
2
SCO 2t ] " [2rr
SCil 4rr ]
o • T - - -4-

~ [11 - O] - [O - 0) = IT.
FIGURA 5.24 A área sob a curva (b) A função sen' x é não negativa, portanto a área é igual à integral defi-
y= scn' xaolongode (O, 2rr( éíguala nida. ou Tr.
rr unidades quadradas (Exemplo 10).
Capitulo 5 Integração 405

v EXEMPLO li Eletricidade doméstiC<l


v .... vml\ Sén 120pr Podemos modelar a voltagem das instalações elétricas domésticas com
a função seno
V= v.,.,. sen 1201r1
o que expressa a voltagem V (em voils) em função do tempo 1 (em segun-
dos). A funç.'lo realiza 60 ciclos a cada segundo (sua freqüência é 60 hertz,
ou 60 Hz). A constante positiva Vm!l:t é a voltag-em do pico.
O valor médio de V ao longo de meio ciclo. de Oa 1/120 segundos (veja
a Figura 5.25), é
FJGURt\ 5.25 O gráfico da volta- I (1/120
gem V = V,.., scn 120rrt ao longo de VM = ( I/ I20) _ O}o V~"sen 120rrtdt
um ciclo inteiro. O valor médio ao lon-
go de meio ciclo é 2V,..,Irr. Seu valor I
= 120V,.,, [ - (iõ;cOS 120rrt
]'/120
médio ao longo de um ciclo inteiro é 0
zero (Exemplo li)_ Vma:c
• -;;- [- cosrr + cosO]

21'rmx
=- "-
Como podemos ver na Figura 5.25, o valor médio da voltagem ao lon-
go de um ciclo inte.iro é zero. (Veja também o Exercício 69.) Se medirmos
a voltagem con'l um galvanómetro·pad('ão. de bobiJla móvel. o medidor
deverá indicar zero.
Para medir a voltagem efetivamente. usamos um instrumento que
mede a raiz quadrada do valor médio do quadrado da voltagem. isto é

V.., = ~(V 1 ),

O subscrito ..'rms" quer dizer .. root mcan &quare' (rair. da média qua ~
drática). Como o valor médio de V' = (V~l' scn' 120rrt ao longo de um
ciclo é
2
Z) _ I {'/""( )' , 2 _ (V.,., )
( V M - (I/ 60) _
0
lo v=, scn J:20Jftclt- 2

(Exercício 69, item (c)). a voltagem rms é

v""'= ~(v.....? = v,,.,


2 v2
Os valores dados para correntes c voltagens domésticas são sempre va~
lorcs rms. Assim, "115 volts ac'' significa que a voltagem rms é 115. O pico
de voltagem

V""·' a Vz Vnn, a Vz- 115 "' 163 ' 'olts


oblido da última equação. Cconsideravelmente maior.
406 Cálculo

Exercícios 5.5 29.


f
scn(2t +I)
,
cos· (2t + I )
(/( 30. f (2
6cos t
+ sen t)1
dt

Calculando integrais Jl.


f o' i I
scnõcosõd8
I
32• f SCCZIU ti<

f~cos(+- J;'V~t/1/
Calcule as integrais indefinidas nos exercícios 1-12 usando
as substituições dadas para reduzir as integrais à forma-p<\drâo. 33. t)tlt 34. f
I Oscn 2 9
I. f scnl\'dr, u = 3.\' 2. /xsen(2x2)<1.\'. u = 2\' 2 3:<. f <•' + 2< 2- Ss + 5)(3s' + 4s- S)tl.>

3. J scc2tcg2tdt, u c 21 36. f t'(l + t')' dt 37.


f /x:::T
v~ llt

4. /(•- cos1) 2
senidJ, u = 1 -cosf 38. f.•'\f.,Z+ I dt J9. f (cos .<) •'"'' fi<

; .f 28(7x - 2)-> dr. 11 = 1x - 2 40. f (sen 20) e>«~• dO 41. f Y.;~-V. scc'(ev; + l )d•·

6. /xJ(.t~ - I )2 <Lr, u = ,\·4 - I ot:z. J.:1 a 11~ sec(l + elfx)lg(l + e 1f:..)dr


C)r2 dr
7.
f Vi"="? , 11 • I - r' 43. ' f...!!L
,'(In x 44' fln Vt 11I
f

8. f +12(y' 4y 2 + l)'(y3 + 2y)t(o•, 11 ; y 4 + 4y 2 + I


45. f,:·., 46. f~
9. f Vx scn' (.•'" - I) dr. 11 = x'" - 1
47. f 'd,.
9 + 4r
5
48. f
·'

Ve?h-
·'"- I
1
1
dO

10.
f _,.I2 cos"'· (X
' ) dx. r~=- x
I

11. f coscc 2 28cotg20<10

(••) Usando u a co1g 20 (b) Usando u a cosec 2.0

. f v5x+8
1/y tly
12 d.r

{a) Us.'lndo u = 5.r + 8 (b) Usando 11 • ~8


SJ. f (tg- 1 y)(l + y 2) 54.
f (scn- 1 y) ~

Calcule as integrais nos exercícios 13-54.


Simplificando integrais gradativamente
13. f V3- 2sds 14. f(lr + I )3<l< Se você não souber qual subslituiçãodev-·e fazer, tente reduzir

1:<. f ~ds
5s + 4
16. f (2
3tlr
-.r)'
a integral passo a passo. usando uma primeira substituição para
simplific.nr um pouco a integrnl e depois outro po.rn simplificar

11. f or.::õi tiO 18.


f
4ytly
-:--;~~
Y2y' +I
um pouco mais. Você verá o que queremos dizer experimentao·
do as seqüências de substituições nos exercícios 55 e 56.

f + (I + Vx) 3 .. j 18 tg'xscc' xd
19. Vx(
x I I vxldr
x)
20.
f . ,-
vx
tlr O>. > •
(2+ tg x)'
X

2t. f cos (3< + 4) dz 22. J 1gl.t scc1 x <Lt· (a) 11 =tg x seguida por u = u' e depois por w =2 + I)
11 =tg' x seguida por u =2 + u
n. j tgxdx 24. J tg7Íseczf<l\'
(b)

(c) 11 = 2 + tg' x

25.
f '(''íi - )'
,.~ 1 dr 26. jr• (1 - ~~)' dr 56. j~l +sen'(x-l)sen (x - l)cos(x - l)dx
(a) 11 = x- I, seguida por u = scn u e depois por w = I + .f
27. fx 'l' sen ~·'" + I) tlr 28. fx'fl scn (.r l/3 - 8) tlr
(b) ll=scn (x-l),seguidaporu= I +u'
Capftufo 5 lnte9ração 407

(c) 11 =I+ sen 1 (x - I)


Calcule as intcgrnis nos exercícios 57 e 58.
(a) /2scnxcos.Hkc= /2ulfrt 11 • scnx.

_f l)co> V3(2r 1) 2 + 6
=u2 + c l = scn 2 x + c.
f
(2r-
:-7.
V3(2r I)' + 6
<Ir
(b) 2sen.vcos.'( d\' =f - 2u du u • cos.t.
f v'
!<N. scn Vo
ocos' Võ
<10 = - u2 + c~ =- cos2 .\' + c~
(<:) /2se-n xcosxdr ~ f sen 1.rdx 2s..·.n xoosx • sen l t

cos2.r +C
• - - 2- '
Problemas de valor inicial Poderiam as três integrações estar corretas? Justifique sua
Resolva os problemas de valor inicial nos exercícios 59-64. resposta.

>9. ~; = 12t(3t 2 - n3, .<( I J~ J 68. A substituição u = tg x resuha ·•m

dy
60. d.r ~ 4x (.r 2
+ sr'''· y(O) ~ O
f sccZ- x tgxtt't = ju(/u =
1
~
2
+ C= t~ x + C
A substituição u = sec x re.sulta em
61 . ds
dt = 8scn
2 (1 + ~)
12 . s(O) = 8 2
+ C= -sce'
dr
62. dO o). r( f
= 3 cos·, ("'4 - O)=
f sec 2 xtgxd't =
f udu
u
=T 2
<
-· + C

J>oderiam ambas as integ:rações estar corretas? Justifique


6J. ~:~ = - 4 sen (21 - Í). s'(O) = 100,
sua resposta.
s(O) = O
69. (Cot~lillunçdo do Exemplo 11.)
dly
6-1. - = 4scc'2r~g2x. y'(O) = 4. y(O) =-I
<b:l (a) Mostre, calculando a integral na expre.ssão

65. A velocidade de uma partícula ern movimento de um


lado pata outro em uma reta é v = ds/dl = 6 sen 21 m/s
(1/ 60)I -0 . f.''"' v,~scn l 20ntát

para qualquer 1. Se s = O quando I = O, determine o valor queovalormédiodc V = V,.., sen 120trraolongode


de s quando I= tr/2 s. um c ido inteiro é zei'O.

66. A aceleração de uma partícula em movimento de um lado {b) O circuito que faz seu fomo elétrico funcionar é pa·
para outro em uma reta é a= d 1s!dt1 = rf! cos rrt rnts2 para dronizado para 240 vohs r.ms. Qual é o valor do pico
qualquer 1. Se s = Oe v=8 mts quando 1= O, determines de voltagem pcrmjssívd?
quando 1= I s. (c) Mostre que
( Vn~J:•Y
Teoria c exemplos !. 1/f:l.t l, 2 ? -
(Vm:~x) scn 1-0tudt-
120

67. Parece que podemos integrar 2 scn x cos x em relação a x


de três maneiras diferentes;

Substituição e área entre curvas


Existem dois métodos para calcular uma integral definida por substitui-
ção. O primeiro é encontrar por substituição uma primitiva e, depois, calcular
a inlcgrol definida usando o Jcorcma fundamcnlal. Ulilizamos esse método
nos exemplos lO e li da seção anterior. O segundo méJodo é ampliar o pro-
cesso de subsl·ituição e aplicá-lo diretamente a integrais definidas. Ne.sta seção,
usaremos essa nova fórmula pata resolver o problema de calcular a área entre
duas curvas.
408 Cálculo

Fórmula de substituição
Na CórmuJa a seguir, os limites de integração muda~n q.uando a variável de
integr:Jç:lo é mt.u kab p-or ~~·h~titt.tição .

Teorema 6 Sub)lituição cn\ intcgrab dd'inidas


Seg' é contínua no intervalo (n, b) e fé contínua na imagem deg, então

1 11
/(g(x)) •g'(x) dx ;
1 g(b)

•"')
/(11) d11

PROVA l'aÇ<>n>os com que Fdenote qualquer primitiva de f Então

['/(g(x)) · g'(x) dx ; F(g(x)) I::


; F(g(b)) - F(g(t~))
d
d< fl~ltH
F'( ,~..'(x))g't:c)
/l,<hl)g'(,tl
" •g(b)
= F(11) ]
lt=g(.fl)
g(h)
=
1
J.1.uJ
/(11) <111
T~lr-.-,u:• fi1nJomcmal,
p:tn.:~

Para usar a fórmuht, faça a mesma substituição 11 = g(x) e d11 = g'(x) dx que
voe~ usaria para calcular a integral indefinida correspondente. Depois integre
a integral transformada em relação a 11 desde o valor g(n) (aquele que u tem
em x = a) até o valor g(b) (aquele que 11 tem em x = b).

liXE~IPLO I Substituindo pelos dois m.ltodos

Calcule t ,3x' ,fxÇldx

SOLUÇÃO Temos duas opções.


l. Transforme a integral e calcule a integral transformada com os Hmi·
tes transformados dados no Teorema 6.

F~Çit 11 - " ' - 1.4/U - ~X: ti.\


Qu.111dcl,\ • - l.u • t - 1)'+ I • O
Ot~;~ndo .~ • l.u • (I)' -t I • 2

C.lk·ute :1 fl\l\1t t11te~mt l.lclinid:a.

2. Transforme a integral em uma integral indefinida. integre. mude no·


vnmente para x e use os limites originais de x.

f 3x
2
W+'l tlr = f Vii d11

= 1 11)/2 +
3
c
= ~ (x 3 + 1) 312 +C
Capitulo S Integração 409

1 1

1 I
3x 2 W+J dt = f<x 3 + 1) 312]
-1
Uw :t intt"grJI h.,~m"(:n~o·Ofl l r.id:t
e{\m hmi1c<. de i rue~-'~' pJI':l \ ,

= t [(( 1)' + I)'"- (( - 1)' + 1)'/l]

= t[23/2- oV2] t[2v'2] 4'{2 = =

Qual método é melhor: calcular a integral transformada com limites trans-


fonnados usando o Teorema 6, ou transformar a integral, integrar e transfor-
mar novamente para os limites originais de integração? No Exemplo I, o pri·
meiro método parece mais fácil, mas nem sempre é assim. Corno regra, é bom
conhecer os dois métodos e usar aquele que parecer melhor em cada caso.

EXEMPLO 2 Usando • fórmula de substituição

(n)
loln l
el:cdl: = 1''8o
e 14 • -I du
3
11 1f. 3I df~ - tiL UI O) •

•t(IA!) -= "\ln2 -:c ln2-;::: lnS


o.

11''8
= :::.
J o
e11du

I
• 3 e" o
]'"s
a -I (8 - I] a
7
-
3 3

----_-,L,-----0~----~.L----+x
(b) r tg
1f/
.1-tr/4
4
X dx = 1"/'~~ :~
- lf/4
dx
11 = (0\;f. lfll = - S4:t1 -~dt

(a)
{ Vl/2 du Qn;nwk1 '" - n;4. u • \Í'J./2
= )Vi/2 u Qu.111do~ nto~. , V'l/'2
vm
luI
lVl/2 • O
)'
= - In

Integrais definidas de funções simétricas


A fórmula da substituição do Teorema 6 simplifica o cálculo de integrais
definid3s de. funções pares- e ímp3res (Seçno 1.2) em um intervalo simétrico
1-a, a] (Figura 5.26).
(b)

FIGURA 5.26 (a) f par, Teoroma7


Seja f contínua no intervalo simétrico (- n. a].
fJ(x) dx = 2 J: f(x) dx
(a) Se fé par, então J: J(x)dx=2J: j(x)dx
(b)/impar,
j)<x)dx =O (b) Se f é ímpar, então {.f(x) dx = O

PROVA OA PARTE (A)

1"•
j(x) dr = 1~° j(x) <Lr + {"f(x ) dt
h
"-'-~rJ tl:a ollith id.1dt: ror:~
iiUCJ;t:;liS l.kli nid;).'$
410 Cálculo

e - 1 -"J(.<) tlr + l'J(.<) tlt


S.:j:l u -= -'(,t/t, a -cb:
= -J."t ( -u)(-du) + J."t(x)dx Qu:.n.J<1 .t • O, 11 • O
Qu.:111d~, ., • - o. u • t•

{" {"
)' e l o f( - u) du + l o fix) dt
Cun-:t superior
y~J(x) ..----~ {" {" f Cp.w_ l<>r~
= lo f (u) du + lo f(x) dt ft-11) - }iiiJ
{"
= 2l o j(x) tlr
A prova da parte (b) é totalmente análoga, c você terá de apresentá-la
no Exercício 114.

FIGURA 5.27 A região entre as As assertivas do Teorema 7 pcrmanecém verdadeiras quando fê uma Cunção
curvas y ~ Jl.x) e y ~ g(x) e as retas integrâvd {c não qutmdo tem a propriedade mais rorte de ser contínua)J mas a pro·
x = aex:b. va é um pouco mais difidl. por isso é melhor deixá·la para um curso avançado.

EXEMPLO 3 lntcgrolck uma fun ção pa r

Calcule j) x' -4x' +6) dx


SOLUÇÃO Como j(x) = x'- 4x' + 6 satisfaz a condição fi -x) = fix),
é par no intervalo simétrico [- 2, 2), portanto

1:(.< 4.<
4
-
1
+ 6)tl< = 21\,•- 4x + 6)dt2

= 2 [·~ - 5 + ~< J:
X }
l' IGURA 5 .28 Fazemos uma aproxi-
mação dividindo a região com retân- = 2 (32 - 32 + 12) = 232
gulos perpendiculare-s ao eixo x. 5 3 15

Área entre curvas


Suponha que queiramos encontrar a área de uma região limitada supe·
riormenl"e pela curva y = /(x), inferiormente pela curva y = g(x) c à esquerda
c à direita, respectivamente, pelas retas x = a ex = b (Figura 5.27). A região
pode ter uma forma <uja área podemos determinar gcornctricamcnte, mas sef
y e g forem funções contínuas arbitrárias, em geral teremos de encontrar a área
com uma integral.
Para vermos qual deve ser a integral, primeiro aproximamos a região com
11 retângulos vertkais com bases em uma partição P = {x0 , x1, ••• , x,.} de (a, b]
(Figura 5.28). A área do k-ésimo retângulo (Figura 5.29) é

t.A, =altura "largura= IJI.c,) - g(c, )) t.x,.


Depois fazemos uma aproximação parn a área da região somando as áreas
dos 11 retângulos:

Som:. de R i~"itl."t nl'l

FIGURA 5.29 A área t.A, do k-


ésimo retângulo é o p1·oduto entre Conforme IIPII
-> O, as somas à direita aproximam-se do limite
sua alturo, fie,) - g(c,), e sua lar- J: [j(x) = g(x)) dx porque f c g são contínuas. Tomamos a área da região
gura, 6-t,. como o valor dessa integral. Ou seja,
snow
Capitulo 5 Integração 411

A=
IIPI-ot.:"f
.
lim ">' [f(c,) - g(ct)l ó.tt = !.''
(r
[f(x) - g(x)) <l.r

Definição Árc:t t.::ntrc curvas


Se f e g são contínuas com /f.x) ~ g(x) ao longo de (a, bl, então a área
da região entre as curvas y = ft.x) e y = g(x) de a até b é a integral de
y
(/- g) desde a até b:
~<. f(i))
A= 1~[J(,r) - g (x)] dr

Ao aplicar essa definiçãoJ convém esboçar as curvas. O grMico revelará


qual delas é a curva sup.:rior,f, e qual ca inferior,g. Também ajudará a achar
os limites de integração, c.aso eles ainda não sejam conhecidos. Pa.ra encontrar
esses limites, talvez seja necessário determinar onde as curvas se cruzam, e
isso pode envolver a resolução da equação ft.x) = g(x) para valores de x. Depois,
você pode integrar a função/- g para descobrir a área entre as interseções.

I'IGURA 5.30 A região do


EXEMPLO 4 1\n:a c:ntr~ C\lrvas c.tuc ~c cruzam
Exemplo 4 com um retângulo de
aproximação típico. Determine a área da região compreendida entre a parábola y = 2 - .<
carctay=-x.

SOI.UÇÃO Primeiro, esboce as duas curvas (Figura 5.30). De-


terminamos os limites de integração resolvendo x simullancamentc
em y = 2 - x1 e y = - x.
2- x2 = -x l~u.:~ctl"'ncf(\'}e~(_\'}
.\.l - X- 2 ; 0

(x + I )(x - 2) =O
X= -I ,

A região vai de x = - 1 até x = 2. Os limites de integração são a = - I,


b = 2.
A área entre as curvas é

A = J.\t(x) - g(x)] tlx ; 1\(2- x 2)


41 _,
- ( -x)] dr

Se a fórmula para uma curva fronteira muda em um ou mais pontos, sub-


di\•idimos a região em sub-regiões que correspondam às mudanças da fórmu-
la; depois aplicamos essa fórmula à área entre as curvas em cada sub-região.

EXEMPLO 5 .Mudando a Integral para combinar co1n uma mudan·


ça de fronteira
Determine a átca da região do primeiro qu.adrante que é limitada aci·
ma por y = ..[; c abaixo pelo eixo x c pela reta y = x - 2.
412 Cálculo

Compaoion SOLUÇÃO O esboço (Figura 5.31) mostra que a fronteira superior


Wcbsite é o gráfico de j (x) = .[;.A fronteira inferior muda de g(.<) =O com OS
Ui(l~r.lfia hi,.túric-.1 x s 2 parag(x) = .<- 2 com 2 s ·' s 4 (existe uma concordância em x = 2).
fim x = 2. subdividimos a regH\o nas sub-reglOes t\ e IJ. conforme mostra
Richatd l)cdckind a Figura 5.31.
(1831 - 1916)
Os límiles de integroção para a região A são tt = Oc b = 2. O limite à es-
querda para a região 8 é n = 2. Para encontrar o limite à: direita, resolvemos
simultaneamente as equações y = .fX e y = x - 2 para o bter x:
'VX = x - 2 lgu:tl\! /h) ..:~t..'t-n
x = (x- 2)2 = x2 - 4x + 4 flc:,·ca.;HILtadrudoumhl.wt.l).lado~.
x2 - Sx + 4 = O lt...~r~\;~.
(x - I)(x - 4) = O fatore
X= I, x=4 R-..-..ohõl.

Somente o valor.< =4 satisfaz a equação .[; =x - 2. O valor x = I é


uma raiz estranha introduzida ao elevarmos ao quadrndo. O limite à di~
reita é b = 4.
ParaO s x s 2: /(x) - g(x) = vX - O = vx
Paro 2 :s x :s 4: /(.<) - g(.r) = vx - (.< - 2) ~ vX - .< + 2
Somamos as áreas das sub~rcgiôcs A e 8 para encontrar a área total:

Área total = J:fx dx + j ,'< fx-x+2)dx


I'IGURA 5.31 Quando a fórmula
para unta curva fronteira muda. a in-
tegral que dá a área também muda,
tornando-se a soma das integrais
correspondentes. uma integral para
cada uma das regiõe,s sombreadas
mostradas aqui ( Exemplo 5).

Integração em relação a y
Se as curvas que fonnam as fronteiras de uma região são descritas por
funçõe-s de y, os retângulos de aproximação são horizontais, e não verticais) e
a fórmula básica tem y no lugar dt x.
Para regiões como estas

y
Capitulo 5 Integração 413

use a fórmula
A= f'JJ(y)- g(y)[ dy

NéS.S\'\ t(.)U~Çii0./3cmprt: denota a curva (t direitA c g a <urva À e$querda,


logo/(y) - g(y) é não negativa.

EXEMPI.O 6
)'

Determine a área da região do E..xemplo 5 integrando em relação a y.


2 (4, 2)

:c • y+2 SOLUÇÃO Primeiro esboçamos a região c um retângulo horíu>n-


tal típico, com base em uma partição de um intervalo de valores de y
(figura 5.32). A fronteira direita da região é a reta x = y + 2, portanto
f(y) = y + 2. A fronteira esquerda é a curva .< =y', logo g(y) =y'. O
limite inferior de integração é y = O. Determinamos o limite superior
I'IGURA 5.32 Se integrarmos em resolvendo y simultaneamente em x = y + 2 ex= I:
relação a x. serão necessárias duas inte- l gu:~k/ly) ,- .1· .. 2
y +2= )12
c:,:{y. =r
grações para achar a área dessa região.
yl - y- 2 s o R\.'\.'""'Cft:\ a
Se integrarmos ern relação a y, será ne-
cessária apenas uma (Exemplo 6). (y + l)(y- 2) =o Fahlft:
y =-I, y = 2 RCl><liV~ .

O limite de integração superior é /1 = 2. (0 '"llor de y = - I fornece um


ponto de interseção 11baíxo do eixo x.)
A área da região é

A • ['u<r> - g(y)] dy • fo\r + 2 - y 2J dy

= fo\2 + )' - )'2] dy

Ê o mesmo resuhado do ExemploS, encontrado com menos trabalho.

y
Combinando integrais com fórmulas da geometria
Combinar cálculo e geometria pode ajudar a c:leternúnar uma área mais
rapidamente.
)' • X- Z
Arca.= 2
EXEl\11'L0 7 A árca da região do Exemplo 5 encontrada mais rapi~
~--~~~==~2==~L-.,
4 damente

FIGURA 5.33 A área da região Determine a área da região do E..xemplo 5.


sombreada é a área sob a parábola
SOLUÇÃO A área que queremos é a área entre a curva y = fx ,sen-
y = ,/; menos a •lrea do triângulo
do O S x S 4. e o eixo x, menos a área de um triâ:ngu.lo com base 2 c altum 2
(Exemplo 7).
(Figura 5.33):
414 Cálculo

Área= J.'.,Pdx-~(2)(2)

= !x'" ]' - 2
3 o
10
= !.(8)-0- 2=
3 3
CONCLUSÃO cX'fRAfnA DOS EXEMPLOS S A 7 As vezes é mais fácil
determinar a área entre duas curvas integrando em rdaç.âo- a y. e não a x. A1ém
disso, uma combinação entre geometria e cákulo também pode ajudar. Após
esboçar a região, reflita alguns instantes sobre o melhor ca.minho a seguir.

Exercícios 5.6
Calculando integrais definidas
Use a fórmula de substituição do Teorema 6 para calcular
11 4
as integrais nos exerdcios 1-46. 19. [ 5(5- 4c:ost)lf-'sentdt 20. 1 tr/ ( 1 - sen2t).,r. eos2tdt

I. (a) J.' v).+l dy (b) r vY+I dy 21. l 1


(4.v - .v-2 + 4y3 + •r21 ( J2_v
3 2
- 2y + 4 ) tly

2. (a) J.'r~ dr
, ,, (b) 1' Vi""="?
r tir 22. J.'<)'J + 6y' - 12y + 9)"'' ' (y 2
+ 4y - 4) tfy

!.·' (b)1°
•I
~ _,, ( +)
.1. (a) 1g.r soe' .r dr
-•/4
1g.r secl.rdr

1~ 3 cos2 x sc-n x d:r


23. J. v'Q cos' (oi''> dO 2...S.
1·r- I rZscn 1 I + tlt

4. (a)
!. 3 cos: x scn :r: til· (b)

1
26.
J.',, ( I + e""'•)cosec 2 0dll

/.',,(1 + 1')' <il (b)1 1'(1 + 1')' dl 1'


S. (a)
v.
•I

1.-V.
28.
!. I
4 senO
4 cosO dO

6. (a)
!. 1(1 2 + I ) 1il d1 (b) 1(1' + 1)1/l <il
30. /
4
_!f!_

1'' s
}2 x ln s
7. (a)
I (4
r
+I'2)·
,tlr (b) J.' (4 +Srr 2 )2
dr
32. [
,.
- ~
.dx

8. (a)
r. tOv'ii du (b) 1' IOv'ii 2 du
.
• co<g1dr
,, f'
2.vvln.r

. (I + u 312)2 1 (I

10 "''
+ u)Jl) H.
f.
!. !.''"
9. (a) v, - ~
"'' "·' (b) * r-r-:--; 1•i.'(
vxa +I v7 V .< '+ I 36. 6 1g 3x <l.r

1.",..
tO. (a)
1
. ~dr
\')
(b)1°Vx'.r'+ 9 dx 14
coscc2 x dx •
/.
.,. Vx4 +9 1 38.
/6 I + (colg.r)·
11 . (a)
!. ( I - oos)l)scn31dl
,.
(b)J.' ' ' <t - cosJ/)scn J1d1
40
' 1 1 1(~
4 til
+ ln2 1)
12. (a)[. 11
(2 + 1g~)sccl~d/ (b)1'~'(2 + 1s.L) sec2L,il
•11 2 2 ' IÍZ!' - ~
<is

13. (a>J." cos: d: (b)1' cos z d:


42.
J. v9 - 4s2
2 cos (scc- 1 x) tl.-r

14. (l\)1o
V4 + 3senz
scn w ~ dw
-:r(1. (3 + 2 cos w}"
·•
(b)/.rr/2
V4 + 3senz
scn w
(3 + 2cos w)·
~ dw
44.
1 Z/'liÍ
. r-;"""""7
2
X V .r - I

1'
·v2Jl dy

1;. /.' W+'2, (51' + 2) d1 16. 2yY( I +


li)'
vYJ'
46
' 1 'll y V9y'
snow
Capitulo S lntegraç!o 41 5

Área y

D<lermine as áreas IOials das rtglões sombreadas nos extr-


rídn.( 47-~2
~7. ~R .
y

) ' • ( I -cou)~x
~~------+----+x
o

~9. ~o .
X
1 y • ~Cros.t>úenCif+IUtn.t))
y
_, • :<6. 57.
y ,.
_, .<

X
.<

51. ~2 .

)' y
Y• 4scc2, y 3; -2x"
-2
2

58. y
X
o
, . -4stn:l

o 2 •
-· 59. 60.
kl.

+
) y

(-2. 8) (2.8) 1-l.S)


3
,. • 2.fl' .r•x1 - 4 X
416 Cálculo

61. y 62. 85. y = 2sen .t" e y = lltrtl\", O s,\" s tr


2
86. y = 8cosx e ;v;:; scc x, - rr/ 3 s x s n/ 3
87. y = <O$ (rrx/2) e y = I - x '
88. )I a SC!l (trx/2) C y e X

89. y =- sec2 x. y =- cg 2 .\'. :< =- - n/ 4 e x ~ n/ 4


= =
90 . .r rg' y e x -ti y. -rr/ 4 :S y :S rr/ 4
91 . .r• 3scn y ~ e .r • O. Osys rrf 2
92. y =se<?- (rrx/ 3) c y = x'f'. - I s .r s I

Área entre curvas


93. Determine a área da região em forma de hélice compreen-
Determine as áreas das regiões compreendidas entre as re-
dida entre a curvax- J = Oe a re1ax- y = O.
tas e curvas nos exercícios 63-72.
94. Determine a área da região em forma de hélice compreen-
63. y= :?-- 2 e y=2 dida entre a curva x- y 11' = Oe a reta x- y 11s = O.
64. y =2x - :?- e y =-3 95. Determine a área da região no primeir-o quadrante dclimi·
65. y =x' e y=8x = =
tada pelas retas y x ex = 2, a curva y 1/x!-eo eixox.
96. Determine a área da região ..triangulair"' no primeiro qua·
66. y =•..Z-2x e y =x
drante. limitada à esquerda pelo eixo y e à direita pelas
67. y =:<' e y = -:?- + 4.< curvas y = sen xe y = cos x.
68. y =7-2:?- e y =:l- +4 97. Determine a área da região entre as curvas y = In x e y =
ln2.xdex = I atéx = S.
69. y =x'- 4:1-+4 e y =:?-
98. Determine a área da região entre a cu:rva y = tg x c o eixo
70. y= x"n 2 - x 1 , a>O e y=O X de X = - 11/4 até X = 11/3.
71. y =M
e Sy =x + 6 (Quantos pontos de interseção 99. Determine a área da região "triangular» no primeiro qua·
existem?) drante,limitada acima pela curva y =C', abaixo pela cu r·
va y =é' c à direita pela reta x = In 3.
72. y = l:l- - 4ley = (:i-!2)+4
100. Determine a área da região "triangular" no primeiro qua·
Determine as áreas das regiões compreendidas entre as re- dmnte. limitada acima pela curva y = tfl:, abaixo pela
tas e curvas nos exercícios 73- 80. curva y =e-xtl e à direita pela reta x = 2 Jn 2.
73• .'( = 2yl, .\'" = O e y = 3
101. Determine a área da região entre a cur vay = 2xl(l + xl) c
N . .r=y 2 e x=y + 2
o intervalo - 2 ~ x ~ 2 do eixo x.
7S. y 1 - 4.\'" = 4 c 4x - y c: 16
I 02. Determine a área da região entre a curva y = 21·;( c o in·
76 . .l - y 2 =0 é .r +2yz =3
tcrvalo- I ~ x s I do eixo x.
?7. :r + y 1 :s O e x + 3yl = 2
I Ol. A região limitada nb<1.ixo pela parábola y = >.:J c acima pela
78. X - y'lf) • 0 e X + y .a • 2
reta y = 4 será dividida pela reta horizontal y =c em duas
79. ·' =.v' - I e ·' = IYIVi""='? subseções de mesma áre3.
ftO• .'t • y"S - y 2 e x • 2y
(a) Esboce a região c desenhe uma reta y = c dividindo·
Determine as áreas das regiões compreendidas entre as a em partes mais ou menos iguais. Em termos de c,
curvas nos exercícios 8 I -84. quai.s são as coordenadas dos pontos onde a reta e a
81. 4x 1 + y = 4 e x<~ - y = l parábola se cruz.am? Adicione-os à sua figura.
82 • .\'3 - y c O e Jx 2 - )' • 4 (b) Determine c integrando em relação a y. (Isso colocará
83. :<+4y2 =4 e x+ y 4 =1. para x ê: O c nos Hrnites de integração.)
tw. x + y 1 = 3 e 4.\' + y 2 = O (c) Determine c integrando em relação a x. (Isso colocará
Determine as ~ircas das regiões compreendidas entre as re- c nos limites de integração.)
tas e curvas nos exercícios 85-92. 10,1. Oetcnninea área da região entreacurvay = 3 -r e a reta
y = -I integrando em relação a (a) x e (b) y.
snow
Capitulo 5 Integração 417

105. Determine a área da região no primeiro quadrante limi ~ 11 O. A afinnação a seguir é verdadeira sempre, às vezes ou nun-
tada à esquerda pelo eixo y, abaixo pela reta y = x/4. ad~ ca? A área da região entre os gráficos das funções contínuas
ma e à esquerda pela curva y = I=..[; e acima e :i direita = =
y fi.x) e y g(x) e as retas vert:icais x = a ex= b (a< b) é
pela curva y = 2/ ./X. j)f(x)-g(:<))dx
106. Determine a área da região no primeiro quadrante limita~ Justifique sua resposta.
da â esquerda pelo eixo y, abaixo pela curva x = 2.jY, aci·
ma e à esquerda pela cun'll x = (y- 1) 2 c achna c à direita
pela reta x = 3- y. Teoria e exemplos
)'
I 11. Suponha que F(x) seja uma primiti"a de j(x) = (sen x)lx,
x > O. Expresse

em função de F.
112. Mostre que. se/é contínua, então
1

107. A figura abaixo mostra o triângulo AOC inscrito na regíão J.'f(x)dx = /. /(1 - x)d<
que vai da parábola y = x' até a reta y = •'· Determine o
limite da raz.:io entre a área do triângulo e a área da região 113. Suponha que
parabó1ica quando a tende a zero.
/.'/(.<) dr = 3
)"

Detennine

l/(.r)d.Y

se (:~) fé ímpar, (b) f é par.


114. (a) Mostre que, se/é ímpar em [-a, a[, então

108. Suponha que a área da região entre o gráfico de uma nm·


ção contínua positiva f c o eixo x de x = • até x = b seja 4
l>·r)dx= O

unidades quadradas. Determine a área entre as curvas y = (b) Teste o resultado do item (~) com fi.x) = sen x e a = tr/2.
fi.x) e y = 2fi.x) de x =a até x = b.
115. Se fé uma função contínua, dctermiJlCo valor da integral
109. Quais das integrais a seguir, se houver alguma, serve para
• f(.r ) dr
calcular a área da região sombreada mostrada a seguir? Jus~
tifiquc sua resposta.
1
= !. /(.r) + f(a - .r)

f;.ttendo a substituição u c a - x e somando a integral


(:>)1\x- (-x))dr = 1'2.rdr resultante a I.

1
(b) 1 (-.r - (x))tlr a

1' - 2.ulr
116. Usando substituição. pr0\ C que, para quaisquer números
1

-· -· positivos x e y,

1""1 [ ' -(//


I
)'
-dl =
I I I

A propriedade de translação para


integrais definidas
Urna propriedade básica das íntegrais definidas é sua itwaria-
bilidade mesmo sob translação, conforme expresso pela equação
418 Cálculo

1.•-rf(x + c ) (a) f (.<)= x 2, " = O. b = I, c= I


l. b
f(x) d< =
!r ..t'
<i< (1)
( b) f (x) =
(<) / (.r) =
scn.v. a = O, b = "· c = -rr/ 2
v.;:-::-4, " = 4, b = S. c = s
A cquoçõo aplica-se sempre que f scjn intcgró.vcl c definido
pelos valores necessários de x. Por exemplo~ na figura a seguir,
demonstre que
f USANDO O COMPUTADOR
1_, 2
(x + 2)3 <1< =
f.'x·' ti<
• Nos exercícios 119-122, você encontrará a área entre cur-
vas no plano cujos pontos de interseção não é possível achar
porque as áreas das regiões sombreadas são congruentes. usando a álgebra simples. Use um SAC J)llra executar os se-
y guintes passos:
(a ) Trace as curvas conjuntamente para ver seu aspecto e
quantos pontos de Interseção elas t.:lm.
(h) Use o comando para resolver equações numéricas em
seu SAC e determine todos os pontos de interseção.
(c) l.ntcgrel/{x) - g(x)[ ao longo dos pa.res consecutivos de
vnlorcs de interseção.
(d) Some todas as integrais determinadas no item (c).
"l
119. f (x) • ·3 -
_.2
'2- 2< + J'I g (x) • .<- I
11 7. Use uma substituição para verificar a Equação (1).
,• -
120. / (.v) = · 3.v3 + 10. g (x) = 8- 12<
li S. Para cada uma das funç<Xs a seguir, faça o gráfico dej(x) 2
ao loogo de [a, bj ej{x + c) ao longo de [a- c, b- cj para t21. / (x) = x + sen (2<l. g(.v) = x )
convencer a si mesmo( a) de que a Equação (1) é mzoávcl. 122. / (.v) • .<2 cos.v, g (.v) • x! - .v

Questões de revisão
1. Como você poderia eventualmente eslimar grandezas 8. Descreva as regras para se trabalhar com integrais defini-
como distância percorrida, área, volume c valor médio das (Tabela 5.3). Exemplifique.
usando somas tiniras? Por que você faria isso?
9. O que é o teorema fundamental do cálculo? Por que ele
2. O que é a notação sigma? Que vantagens ela oferece? é tão importante? Ilustre cada parte! do teorema com
Exemplifique. um exemplo.
3. O que é uma soma de Riemann? Por que você poderia I O. Como o teorema fundamental fornece solução para um
considerar esse tipo de soma? problema de valor inicial dytdx = j{x), )'(...-.) = y0 quandof
é continua?
4. O que é a oo.rma de partição de um intervalo fechado?
11. Como a integração por substituição está rolacionada com
5. O que é a integral definida de uma funçãof em um inter·
a regra da cadeia?
valo fechado [li, bj1 Quando você pode ter ccrteU> de que
ela existe? 12. Como voe~ poderia evcntuaJmcnte calcular integrais in-
definidas por substituição? Exemplifique.
6. Qual é a relação entre integrais definidas c área? Descreva
algumas O\Jtras interpretações sobre integrais definidas. 13. Como o método da substituição tunciona para integrais
7. O que é o valor médio de uma funçào integrável ao longo definidas? Exemplifique.
de um intervalo fechado? A função necessariamente as.su~ 14. Como você define c calcula a área de uma região entre os
me esse valor médio? Explique. gráficos de duas funções contínuas? Exemplifique.
Capftufo 5 lnte9ração 419

Exercícios práticos
~ zo
Somas finitas e estimativas 4. Suponha que :E "• =Oc L b, = 7. Determine os valores de
1. A figura a seguir mostra o gráfico da velocidade (em pés/s)
,. "' + b,.)
de um foguete experimental nos prin1ciros 8 segundos após
(a) ">' 3o,
t.:l
(bJ L<••
'"'
o lançamento. O foguete é acelerado para cima nos dois se·
gundos inídais c depois plana até alcançar sua ah\Jra máxi·
(c) L,. (I-- -2h>)
4• 1 2 7
(dJ "' 2>
L<••-
,.,
rnttcmt=8s.

integrais definidas
Nos exercícios 5-S. expresse cada lirnite como uma inte·
gral definida. Depois calcule a integral pa.ra encontrar o valor
do limite. Em cada caso. Pé uma partição do intervalo dado e
os n(m1eros c1são escolhidos a parlir dos subintervalos de P.

5. lim ')' (2c1 - Ir '" A.r., onde Pé uma pa(tição de )I, 5)
VIl-Ot.:l

6. lim Lc.Cc,'
n - o.. , - IJ''' Ax,, ondePéumapartiçãode[I,Jj

(a) Admitindo que o foguete tenha sido lanÇlldo a partir do 7. lim


VIl-O t.:l
f (cos(';-f\\)) Ax,, onde Pé uma partição de [- ;r, O]
solo, que altítude aproximadamente ele atingiu? (Este é

o mesmo foguete da Seção 3.3, Exerdcio 17, mas você 8. lim ">'(scnc,)(e<>s c,) A.r,, 011de Pé uma partição de
VIl-O (.:1
não precisa resolvê-lo para faur este exerdcio.)
[0, ;r/2)
(b) r,.boce um gráfico da altura atingida pelo foguete em
função do tempo para Os 1 s 8. 9. Se f->J(x)dx =12 , f->J(x)dx=6 e f-:3g(x)dx=2,
determine os valores a segulr.

1' {'
2. (a) A figura a seguir mostra a velocidade (em mls) de um
corpo que se desloca ao longo do eixos durante um inter· (a) / (x)<lr (h)} , f(x)<lr
valo de tempo de t =O até I= lOs. Aproximadamente que
distância o corpo percorreu durante esses lO segundos? (c) 1- 1
g(x) <ir (d) 1:( -1rg(x)) d.r
(b) Esboce o gráfico da posição s do corpo em função de
1 para Os 1 :s lO admitindo s(O) =O. (c) E (/(.r) ; g(x)) tlr

5+ -r- 1\ - 1- 10. Se J:
/(x) d.r = n. J:
7g(x) tb: = 7<
termine os valores a seguir.
j~ g(x) dx = 2. de·

3
+. ~ ~
+
~f
+ \ (a) J.'g(x ) dr (u) j'g(x) tlr

f.' ViJ~r)
I+ V..._
.t- T f-1
(c) 1 °/ (.r) tLr (cl) tlr

(<) J.'(g(.r)- 3/(.r )) dr


o 2 • 6 8 10
Tempo (s)

10 10
3. Suponha que ~;a, = -2e :E b, =2~ Determineo,oalorde Are a
to Ot ,. Nos exercícios 11-14. determine a área total da região
(a) ')' - f.j<b, - 3t1t) compreendida entre o gráfico de f e o eixo x.
,.
(h)
(.:14

(c)
..
L,("' +b, - I) <d> L.•(5-2 - b,)
!•I
11. f(x) • .r2 - 4x + 3. O :s .r :s 3
12. /(.r ) = I - (.r 2/ 4), -2 :S .r :S 3
snow
420 Cálculo

13. /(x) = 5 - Sx>~', -I :S: X :S: 8 34. {a ) Demonstre que a área entre a cur va y = Ilx e o eixo
1~. j(x) =I - VX. 0 S X S 4 x de x = 10 a x = 20 é a mes ma ql!le entre a curva e o
eíxoxdex = l atéx = 2.
Dct~rminc ::\S áreas das resiõ.cs eômprccndidas cmtre 3'
(b) Dcmonstrequcaárcacntreacurvay = 1/xcocíxox,
curvas e as retas nos exercícios J5- 26.
de ka a kb. é a mesma que a área Cl'ltre a c.urva e o CÍ.'<O
t~. )' • .\', y • 1/.'( 1• .r • 2
xdex=a atéx =b(O < a < b, k > O).
16. y = x. y = 1/ VX. X = 2
l 7. \IX+ Vy = I. x = O, )' = 0
Problemas de valor inicial
35. Mostre que y+x'
inicial
+ f,' -dt
1
t
t
resolve o problema de ""lor

d ly I
- 1 = 2- - 2 · .v'( I)= 3, y( l ) =I
ilx .r '

36. Mostre que y =J:o+ 2Jsect)dt resolve o problema de


valor inicial
18. x.l+ Vy= I. x=O. y=O, para Osx:S
(/2y ~ ~
)' -d 2
= v scc.ng.r: y'(O) = 3. y(O) = O
X

Expresse as soluções dos problemas de valor inicial nos


exercícios 37 e 38 em termos de integrais.
37. <dfy a ,. x.
scn v(S) a -3
X • •

-dy •
3H. d v 2 -scn·' x , y(-1)•2

(9. X~ 2y2 , .\' ~ 0, y = 3 20. X= 4 - y 1, .\' ;;=: 0


·'
21 . y2 =4x, y= 4.x- 2 Rcsol\'a os problemas de valor inicial d os excrcfcios 39-42.
22. y 2 • 4x + 4. y • 4.r - 16 dy 1
39. - = . r.--;- y(O) = O
23. y = scnx. y = x. O s. .\' s n/ 4 1
tX VI - .,.z
2~. y = lscn ·' '· y = I. -tr/ 2 :s: x :s: tr/ 2 tlv 1
2!'. y = 2 scn x. y = scn 2.\', O s .r s 1r ~0. ,Í., = ·'' + I - I. y(O) = I
26. y = Scosx. y = scc' ·' · -rr/ 3 :s: x :s: tr/3 ~1 dy • I ·' > I; y(2) • tr
· tlr xv;r=l'
27, Determine a área da região ~triangular'' limitada à esquer-
dy I 2
da por x + y =21 à d ireita por y:::. .~e acima por y = 2. 42. dx = I + x' - ~· y(O) =2
28. Detenniné a ár~ da região "triangular.. limitada â esquer·
da por y =..[;,à direita por y =6 - x e acima por y = l .

29. Determine os valores extremos de j{x) = x' - 3x' e a área


da região compreendida entre o gráfico de f e o eixo x.
Calculando integrais indefi n idas
Calcule as integrais nos cxcrdcíos 43-72.
30. Determine a área da região deHmitada no primeiro qua·
drante pela curva x 112 + y 111 =a112• 43. I 2(cosx)-112 scn xtl< ~4. I (og.v)-·'12 scc' .' ll'
31 . Determine a área total da região delimitada pela curva x =
I" =
e pelas retas .< y e y - I. = ~;. 1 (20 +I +2cos(20 +l))i/0
32. Determine a área total da região entre as curvas y =sen x 46. I(~+
2() -
2s.:c2 (20- rr))diJ
ey = cosx para Os x s Jrr/2. 'ü

33. Á.re.a Determine a área entre a curva y:;: 2(ln x)lx c o 47. I (I - ~)(I + ~) dl ~8. FI +:~ 2

- I
til

cixox1dcx= lax=c.
SDQW
Capitulo 5 Integração 4 21

f Vi f ,.,,
49. scn (2t'fl ) dt ;o. sçç()tgO V I + sec()dO 89. / OSCc .n g.Hl\"
1- tl
90.
1,, eoseczeotgzdz

~I. j p ·' s.ec2 ((r - 7) tfy 91 .


J.
•fl
S(sen .t ) 1fl çv:,,, (/.t

52. f e-' coscc (c'' + I) cotg (<--' + I) dy


93 . J.;r/2 3 scnx cosx tl\' 94 J.w/4 scclx d·
+ 7 tg .vl'' ' ·'
Y l +3 sen 2.v
f o · (I
53.
2
sec (xk '" <l-<
1 54. j coscc x c~,. <lr2
95. j ' (xg + I;I) <LV 96. 1•(-L 1.) tlr
I lr , .t
55. {'3d: 4
1-· ·'
56. j·~
- .,- ,b:
97. r·2 e-ír+-U tl r
J_ 98. ro e 2 W dw

!. . 21
f
tg (lnv) . $
J-Jnl
J."'
57. - , - - dt
I 25 -
S8.

f ~coscc ( 1
v

1
du 99.
!. c'(3c' + I )- l/2 dr 100.

'
e•(e• - 1)112 <10

S9.
f (lnxr '
- ..- <lY 60. + lnJ·)dr
101. j ' l
r<
. • + 71nxr '" llv 102.
J' (In (v+ I))'
v + 1 dv

j.rlr tlx 62. j 2's..r scc1x tb:


103. j
8 1og.O
J
61. Sln 3 1og, Q
- 0 - t/6 104. 8 ,(8

63. f 3dr 64 f 6</r


"'
· · 1''' Y9 -
, 6 tlv 106. j '' ' 6tlr
Y l - 4(r - 1)2 · Y 4 - (r + 1)2 10

6'>
··
f 2+(.v -1 )2
IL< 66
.
f d.v
I + (3x + 1)2 107. {' ~
J_, 4 + 3r
4.v
2

•os. } r~
1/5

v;J + ,_
V4 - 25.r2

67. f ilr du

f
(2v - I)Y(2< - 1)2 - 4 109.
f '
y Y4y 2 - I
I IO. J
y\ly' -
24dy
16
68
·
d.r
(.v + 3)Y(.v + 3) 2 - 25 111 . "' b•IY9dyy-• -
jvm 11 2
1
--.16!..;; dy

69. f ,..,.·•vx d.r


2V x - x 2
70. f ~dx
'111=7
1 • ,,..;; b•IYS.v' - 3

<ly f (tg- 1 x)' d.<


71.
f • r-=<
Vtg- 1y( l + >•')
72.
I + x
l Valores médios
113. Determine o valor médio de/(.<) = mx + b

Calculando integrais definidas (a ) em l- 1, li

Calcule as integrais nos exercícios 73- 112. (b) em 1- k, k)

7J . { '(3x2 - 4.v + ? )tlv


1-·
74. !.,,
o
1
(8.<3 - 12!- 1 + S} ds 114~ Determine o valor médio de
(a) y = 3./X em )O, 3)
75. j ' z4 dv v
76. j - x~IJ tlt
(h) y = .fãX em )O, a)

77. j'.tVt
.! !. .
I
78. j ' (I + v'ü) 'fl
•r
V Il
du
115. Seja fuma função deri,•âvel em )a, b ). No Capítulo 2,
definimos a taxa média de variação de f ao longo de

79• f.' 36d.r


o (2!- + 1)3
80.
!.
I
,,,.
..q'(7 - 5r)2
(a, bJ como
/ (h) - f (a )
b 11
H1 . f' _.-tll( l - .v"'J'fl d.v e a taxa instantânea de variação de f em x como J'(x).
j,/3
Neste capítulo) definimos o valor médio de uma função.
8J.fo;l scn2 Srtlr Para que a nova definição de média seja coerente com a
anterior, deveríamos ter

/ (b) - f(a) .
b = valor médtos de f em (a, bJ
11

Isso ocorre de fato? Justifique sua resposta.


snow
422 Cálculo

116. Everdade que o valor médio de uma função integrnvel ao


longo de um intervalode comprimento 2 é a metade da inte· 132. Determine dyldx se y = j ,,,.
' (I /(I - t' ))dt. Explique as
gral da fw>Ção ao longo do inlervnlo? Jusrifique sua resposla. principais etapas do seu cálculo.
117. (a) Mosrrc que j1nx dx = .dnx= x +C. 133. Um novo cstaci.onamcnto Para atender à demanda por
(b) Delermine o valor médio de In .<em (1, e[. vagas, sua cidade destinou a área apre-sentada aqui. Como
voei: é o enge11heiro da cidade. a Câmara lhe pediu que
118. Determine o valor médio de}tx) = 1/x em (I, 2( . calculasse se o estacionamento pode ser construído com a
J 19. Calcule o valor médio da função temperatura soma de$ I 0.000. O custo paro limpar a área será de S 0,10
I] por pé', e custará$ 2,00 por pé' para pavimentar o esta-
cíonamenro. O trabalho pode ser feito com $ I0.000? Use
uma estimativa de soma inferior. (As respostas podem va·
para um ano de 365 dias. Essa é uma maneira para esri- ria.r Ugci.ramente. dependendo da estimativa usada.)
mar a temperatura média anual do ar em Fairbanks, no o
Alasca. O Serviço Nac:ional de Meteorologia apresenta
uma média numérica oficial da temperalura diária do ar
para o ano. 25,7 ~F, ligeiramente maior que o valor médio
de Jtx). A Figura 3.33 moSira por quê.
51 pés
120. A capacidade tém1ica C. é a quanlidadc de calor nccess<lria
~9. 5 pés
D para aumcmar de l oÇ à temperatura de dada mass.'l de gás,
a um volumeconstanlc, medida em c:ai/'C.mol (c:alorias por
grau centígrado, por moi). A capacidade tém1ica do oxigê·
nio depende de sua temperatura 1' e S<'ltisfaz a fórmula r---64.4,".:::'- --1
67.5pés
C. • 8,27 + Io-s (261' - I,S7T')
42Jl<l!
Determine o valor médio de C, para 20• s T s 675 •C e a
temperatura em que é atingido. l gnorad~>

I 34. Os pára·quediSias A e 8 estão em um helicóptero pai-


Derivando integrais rando a 6.400 pés. O pára·quedísta A salta e, depois de 4
segundos, abre o pám·quedas. Em seguida, o helicóptero
Nos exercícios 121 - 128, determine dyldx.
sobe para 7.000 pés e permomece lá. Quarenta e cinco se·
{''' g<.ndos depois que A deixou a aerona,•e, 6 salta e, depois
122. y= } , Y2+cos' tdt

1',
de 13 segundos, também abre o pám-qucdas. Ambos os
12.1. y = -,-I - dl pára-quedistas descem a 16 pés/s com seus pára-quedas
"";r l + l aberros. Admita que os pám-quedistas caiam livremente
v.
t26. y =
f..,. tn {1 2 + l)dt
r.
(sem resistência significativa do ar) antes que os pâra-que-
das se abram.
128.y=
!.
i('x
e'' tlt (a) Em que al1i1ude o pára·quedas de A se abre?
(b) Em que altitude o pára·quedas de B se abre?
(c) Qual pára-quedista aterrissa primeiro?
Teoria e exemplos
Estoque diário médio
129. ~ verdade que qualquer função y = j(x)derivãvel em Ja, b]
é ela mesma a derivada de alguma função em [a, b]? Justifi· O valor médio é usado na economia para estudar coisas
que sua resposta. como o estoque diário médio. Se /(1) é o número de rádios,
pneus, sapatos ou qualquer outro produto que uma empresa
130. Suponhaqucf(x)scja umaprimilivadc/(x) = .J1 + x' .
tenha no dia t (chamamos I de função estoque), o valor mé-
Expresse ~~ ,JI;7 dx em termos de F c justifique dio de I ao longo de um intervalo de tempo [O, 'f] é chamado
sua re-sposta. estoque diário médio da empresa para o período.

131. Determine dyldx se y = ~~ .J1 = t' dt. Explique as prin· Es1oquc diário médio= M(/) = .!.J'
T •
I(t) dt
cipais etapas do seu cálculo.
snow
Capitulo 5 Integração 423

Se IJ é o custo (em dólares) de estocagem de um item por típica para 14 dias é /(1) = 600 + 6001, OS I ,; 14. O custo
dia, o produto médio (I) · /1 é o custo diário médio de diário de cstocagem de cada caixa é de $ 0,04 por dia.
estocagcm para o período. Determine o estoque diário médio da Rich c o custo di-
ário médio de C-SlOcagem.
135. Como atacadista, a Tracey Burr Distribuidores (TBD)
recebe wn carregamento de 1.200 caixas de barras de 137. A Solon Container recebe 450 tambores com bolinhas
chocolate a cada 30 dias. A TBD vende o chocolate para plásticas a cada 30 dias. A fun.ção estoque (tambores dis-
varejista-s a uma taxa fixa e. 1 dias depois que um carre· ponivcis em função dos dias) é J(l) = 450 - 12/2. Deter-
gamento chega, seu estoque de caixas disponíveis é 1(1} = mine o estoque diârío médio. Se o custo de cstocagcm de
1.200 - 401, O,; 1 ,; 30. Qual é o estoque diário médio da um tambor é de S 0,02 por dia, determine o custo diário
TBD para 30 dias? Qual ser.\ o custo diário de estocagcm se médio de estocagcm.
o custo de estocagcm de uma caixa for de$ 0,03 por dia?
!38. A Mitchell Mailordcr recebe um carregamento de 600 cai-
136. A Rich Wholesale Foods, uma fábrica de biscoitos. ar- xas com meias esportivas a cada 60 dias. O número de
rnazcna suas caixas de biscoitos em um depósito refri- caixas disponíveis 1 dias depois de o carregan1ento chegar
gerado para serem embarcadas a cada 14 dias. A Rich é J(r} = 600- 20 .JíSi. Determine o estoque diário médio.
tenta manter 600 caixas de reserva para atender a even- Se o custo de cstocagem para uma caixa é de S 0,005 por
tuais picos de demanda, portanto uma função estoque dia, determine o custo di,\rio 1nédio de estocagctn.

Exercícios adicionais
Teoria e exemplos Mostre que d 2yttf.il é proporcional a y e determine a cons-
tante de proporcionalidade.
1 1
I. (;t) Se /. 7/(x) tlr e 7,/. / (x) tlr e 1'1 5. Determinej\4) se

(b)
1
Se /. / (x ) tlr = 4 c f (x) "= O. (a) J.'"j ( t) dt = .«OS"-'
J.' V/W tlr = V4 = 2? 6. Determine ./(11/2) a partir das informações a seguir:
i. f é positiva c continua.
Justifique suas respostas.
2 ii. A área sob acurvay = j(x) de x = Oatéx = a é
2. Suponhaquej J(x) t/x = 4, f ' f (.r ) tlx = 3. j 'g(.T) tLr = 2
-2 Jl -2 o:. a rr
Entre as afirmações a seguir há alguma verdadeira? Qual? 2 + 2scn a+ 2 oosn
7. No planoxy, a área da região compreendida entre o eixox,
(a) f'f(x) tl< = - 3 M j '(/(x) + g(x)) = 9
h ~ a curva y =j\x),j{x) ~ O, c as retasx = I ex = b são iguais a
(c) j(x) :i g(x) no intervalo -2 :i x S 5 ,/b' +I - .J2 para qualquer b > I. DetermineJtx).
8. Demons-tre que
3. Problema de valor inicial Mostre que

y • ã
'!.'
0
/(t) scn tl{x - t) dl
(Dica: Expresse a integral do lado direito da igualdade
resolve o problema de valor inicial
como a diferença entre duas integrais. Depois mostre que
d 2y tly os dois lados da equação têm a mesma derivada em rela·
-:;-;- + o'y = / (.•·), - = O e y = Oquando x = O
u.'( tl.r ção a.<}.
(Dica: sen (ax- at) = sen ax cos at- cos ax scn ai.)
9 . Determinando uma curva Determine a equação para
4. Proporcionalidade Suponha que x e y estejam relaciona- a curva, no plano xy, que passa pelo ponto (l, -I) se o
dos pela equação coeficiente angular em_, é sempre 3x' + 2.
x= I (//J.J'o Vi+4i1 JO. Removendo terra com uma pá Você arremessa corn
uma pá a terra do fundo de um buraco com velocidade
424 Cálculo

inicial de 32 pés/s. A terra deve ser atirada até I 7 pés aci~ O teorema fundame nta l se aplica às funções contínuas por
ma do ponto de de,scarga para cair fora do buraco. Essa part"' coma restrição esperada de que (dldx) { ' ft.t) de seja
velocidade é suficiente para tirar a terra ou seria melhor igual a j(x} somente nos valores de x em que f/ cÓntínua. Há
voe~ se abaixar! uma restrlç:to similar na regra de Lelbnlz, apresentada no úld 4

mo tópico desta seção de exercícios.


Funções contínuas por partes Esboce o gráfico das funções nos exerclcios 11 - 16 c inte-
gre-as ao longo de seus domínios.
Embora estejamos interessados basicamente em funções
{ ' -4,'
-.:li~ -8 :S r< O
contínuas. em aplicaçõe-s práticas muitas funções são COiltÍ· 11. j(x) • ·
OS .r S 3
nuas por par1es. Uma função j(x) é rooUnua por parles no
inlcrvalo fechado I sej1em apenas um número finito de des- 12. /(.r) = {Y=:4· -4"'x <O
X , 0SxS:3
continuidades em f, os limites
I, 0 S t< l
lim_Ax) c fim .A.<) 13. (1) = {
.t"-"~· s-e
g scn n I. I S I :5 2

existem c s;lo finitos em todos os pontos interiores de /, c os 14. /t(z) • { (~.


7: _ 6 )"'1l.
O:S: < I
' "'•"' 2
limites laterais adequados existem e são finitos nas extrcmi·
- 2 s .r < - I
dades de 1. Todas as funções continuas por partes são integrâ·
vcis. Os pontos de desconUnuidadc dividem tem subinterva·
los abertos c scmi-abcnos em que f é continua, c o critério de
15. / (.r) =
{'· x'.
~. - - I:Sx < l
1 Sx:S 2
r, _ , :sI'< o
limite acima garante quef tenha uma extensão contínua para o
fecho de cada subintervalo. Para integrar uma função continua 16. lt(r) ={ I - r 2, Os r < I
por partes. integramos as extensões individ,•ais e somamos os
resultados. A integral de
'· l :ií r !S: 2

17. Determine o valor médio da função traçada na figura a


I - .r, -f :s; x < O seguir.

~~X
j(.r) = x1, O :s;.r < 2
{
- I, 2 S x S 3

(Figura 5.34) em l-1, 31 é


O I 2
r >f(x)tlr = !"(I - ,\')d.r+ f.'-''tLr + t(-l)tLr
1-1 J-1 o Jl I 8. Determine o valor médio da função lral"'d• na figura a

= [x- ·~I.+ [~J: +[-xJ: seguir.

=1-t§.- 1 =.!.2
2 3 6
·'
' t
L --+-
- -<f> - -4-1--+l X
o 2 3

)'
Limites
4
Determine os limites nos exercícios 19- 22.

3
19. lim_J.•~
h-1 1 -.1'2:
(l
20. fim
.r-*·
t/.'•g-
1(1
1
tdt

2
21. fim (- '-
"-• 11+l
-t _ I_ + ... -t
n+2 2,
_L)
y= l-x
__ .. !n (a''"+
22. , Hm elf" + · · · + e f•- l)ftt + enf•)

-I o 3
•.r
Aproximando somas finitas com
r •-1
-I ............. integrais
Em muitas aplicaçõe,s práticas de cálculo. as integrais são
FIGURA 5 .34 Funções contínuas por partes
usadas para aproximar somas finitas - o inverso do procedi-
como esta são integradas J>arte por parte.
Capitulo 5 Integração 425

mento usual de usar somas finitas para aproximar integra.is. 25. Seja}tx) uma função continua. Expresse
Por exernpl~ vamos estimar a soma das raizes quadradas dos
pómeiros 11 inteiros positivos, Ji +Ji + +..fn. A integral .~~ t.~U) + '(~) +· ·+ '(~) J

!.' como uma integral definida.


~tl~ - .:.
? , 312 )' - .:.
?
. 3. o 3
26. Use o resultado do Exercício 2 5 para calcular
é o limite das somas superiores
(a) lim -!,.(2+4 +6+ ... +211),
... oo ,
s; II .1 + fi .l + .. ·+ G. .1
., "" 11 vn 11 VH 11 . ""'ii'
(b) Iun I (I" + 2" + 3" + ... + n"),
.~~ ..- tl
Vi+ v'2 + .. · +v;, l tr 2n 3tr 11tt
11)/ l (c) lim-(sen-+scn- +sen- +sen+... +sen-).
"+• u , n u ,
y O que podemos dizer sobre os limites a seguir?
1
(d) lim-
11-+«>
-o" +2'' +3"
,n + ... +," )

1
(c) lim--(1" +2" +3" + .....n" )
.... lfiS

27. (a) Mostre que a área A. de urn polígono regular de lados


11 em um círculo de raio r é

nr2 211
"""'o1--'----!2--'----'--'------'--:--',---+ AJJ e scn 11
I 1t - I I
.t 2
n n - .-
Portanto, quando 11 for grande, s. ficará próximo de 2/3 e (b) Dctennine o limite de A. quando tt-+ oo. Essa resposta é
teremos coerente com o que você sabe sobre a área de um círculo?
28. Seja
Soma de raízes • Vi+ v'2 + ... +V, • s, ., m ~ ~,,a
(n - 1) 2
. + .!:.;..-;.;.:...
A tabela a seguir mostra qual precisão podemos esperar da - "'
aproximação.
Pata calcular lim,. ..... $10 demonstre que
N" Soma de rajz:es (2/3)11"' Erro relativo . I [(I)'
SIJ • jjii + (2)'
;; + ···+ ("
- -
,-, -I)')
lO 22,468 21,082 I ,386/22,468 ,. 6%
50 239,04 235,70 1,4% c interpreteS" como uma soma que aproxima a integral
100 671,46 666,67 0,7%
1.000 21.097 21.082 0,07% l' 2
x dt .

(Dica: Divida [0, IJem u intervalos de igual comprimento


23. Calcule
e escreva a soma usando os retângulos inscritos.)

mostrando que o lirnite é


Teoria e exemplos
ilxsd-.: 29. Determine as áreas entre as curvas y = 2(1og2 x)lx c y =
2(1og. x)/xeocixoxdcx= I até x= e. Qualéa raz.'ioentre
c calculando a integral. a área maior e a menor?

24. Reveja o Exercício 23. Calcule 30. Para qual x > O a seguinte igualdade é verdadeira;
x''' 1 ; (x" )'? justifique sua resposta.
lim ..!._(13 + 23 + 33 + · .. + n3)
,._.(10 u" 31. Determine/'(2) seJtx) = <f-'l e g(x) c j '- 1
' I +I
-, dt
426 Cálculo

32. (•) Determine df/dx se 36. A desigualdade de Napier Eis duas provas pictóricas
de que
/ (.r) = j c'. '>ln/
=,- til
1> > 11 > 0 = ! < lnb - lntl <!
b '' a a
(h) DeterminejtO).
Explique o que ocorre em cada caso.
(c) O que você conclui sobre o gráfico de f? Justifique sua
resposta. <•> y

33. Uma função definida por uma integral O gráfico de


uma funç..io f consiste em urn semicírculo c dois segmen-
tos de reta, como se vê a seguir. Seja g(x) = j,' f(t) dt.
)'

3 (b) )'

::f--L----!--->x
o ll b
(a) Determineg(l).
(Fonte: Rogcr B. Nelson, College Mathemalics )oumal,
(b) Determine g(3). v. 24, n. 2, mar. 1993, p. 165.)
(c) Determine g(- 1).
(d) Determine todos os vaJores de x no intervalo aberto
Regra de Leibniz
(- 3, 4) em queg tem um máximo relativo.
(c) Escreva uma equação para a reta tangente ao gráfico Em aplicações práticas. às ve1.es encontramo.c; funções como
degemx= -I.
/(x) = {'' ( I + t) dt c
(() Determine a coordenada x de cada ponto de inflexão J~nx
do gráfico de g no intervalo aberto ( - 3. 4).
definidas por integrais que apre-sentam sirnultaneamente limi·
(g) Determine a imagem de g. t<.'S variáveis de integração superiores e inferiores. A primeira
34. Uma equação diferencial Demonstre que y = sen x + integra] pode ser avaliada diretamente. mas a segunda, não.
J:cos2t dt + I satisfaz simultaneamente as duas condi-
ções a seguir:
Entretant~ podemos determinar a derivada de qualquer uma
das integrais pela fórmula chamada regr• de Lcibniz.

i. y· =- -sen x + 2 sen 2x
Regra de Lcibniz
ii. y= I ey'= - 2quandox=n.
Se/forcontínua em {a. b) e se u(x) e ll(x) forem funções
35. Use a figura a seguir para mostrar qut deriváveis de x cujos valores situam-se em (al b]. então

1 ~ scn:tllr = j -L' scn- 1:rd'l


.!!..
dt },r,,)
{'l,;tlf (t) dt = f (v(x)) tlv - j (u(x)) du
dt <i<

)'
A Figura 5.35 permite uma interpretação geométrica dare·
grade Leibniz. Ela mostra um tapete de comprimento \lariàvcl
ftt) que está sendo enrolado à esquerda ao mesmo tempo x que
está sendo desenrolado à direita. (Nessa interpretação, o tempo
é .te não t). No instante x. o chão está coberto de u(x) até o(x).
A ta.xa duldx com que o tapete está sendo enrolado não precisa
ser a mesma taxa doidx com que ele está sendo desenrolado. Em
qualquer instante dado x, a área coberta pcl·o tapete é
snow
Capitulo 5 Integração 427

!."')
Para demonstrar a regra, faça que F seja uma primitiva de
A(x) = j(t) dt
"'') f em la, b). Depois
.C,)

!. >\<)
/ ( t) tlt = F(v(x) ) - /'(u(.r ))

Derivando os dois lados dessa equação em relação a x ob-


temos a equação desejada:

-' '1,''')
1 llt/c)
(.'(
/ (l) t/1 = -d [ l'(v(x))- F(u(.r))
(,1\'
l
11
= F'( v(x))!!!!, - F'(u(.v)) t/
d;r dx
dv du
= j ( v(x )) - - f(u(x)) -:.
<l~ fl\
l'IGURA 5.35 Enrolando e desenrolando um tapete: uma
interpretação geométrica para a regra de l.cibn_iz: Use a regra de Leibniz para determinar as derivadas das
funções nos exercícios 37-44.

!. ' "'
d1l = j(v(x)) tlv _ j (u(.v)) tlu
dx dx tl< I : ,,,
37. j (x) a {' +dt 38. j(.<) = --
},,, ~:t 1- l
Com que taxa a área coberta está variando? No instante x, 2V,. i
fVr '
c'
A(x) está crescendo devido ao comprimcnto)tv(x)) do tapete
desenrolando vezes a taxa dvldx com que o tapete cs~á. sendo
.l9. g(y) •
1 v;
sen t 2 dt ~0. g (l') - - dt

desenrolado. Ou seja, A(x) está aumentando à taxa ~I. y = ( " In Vult 42. y= r '\%<
x lntdl

/ ( v(.<)) dv ..
Jrll ) v;
d.\'

Ao mesmo tempo. A está dimi_nujndo à taxa


43. y ;;;
!. stn e' át

45. Use a regra de Leibniz parn determinar o valor de x que


j (u(x)) -
du
f.1X .,.,
ma.ximíza o valor da integral

o comprimento, na ponta que estâ sendo enrolada vezes a taxa


du!dx. A taxa liquida de variação em A é
1 1(5 - 1) dt

Problemas como esse surgem na teoria matemática das


d;t ) dv tlu
tlr = j (v(x l(i.l- - j (u(x)) dx eleições políticas. Veja ·Thc Clltry problem in a political
racc", de Stcvcn J. Brnms c Pnilip O. Stmffin )r., em Political
que é precisamente a regra de Leibniz. Eq11ilibrium, editado por Petcr Ordeshook c Kcnncth She-
pfle (Boston: Kluwcr-Nijhoff, 1982, p. 181-195).

Exercícios avançados
l. Dados os números reais a0• a 1, ••• , a, use o princípio da Parn cada inteiro positivo u. inscreva um polígono regu-
indução finita para mostrar que: lar de 11 lados no círculo de raio r. Mostre que o compri-
mento de um lado deste pollgono é I = 2r sen "'"·
f
/ •I
(a;- a1_,)=a,. - a 0
Calcule o perimelro deste polígono e mostre que seu li-
mite para 11 tendendo a infinito coindde com o compri-
A expressão anterior é chamada soma telescópica e será mento do círculo.
útil no tratamento das séries. 3. Uma genera1i7.ação do teorema da média para integrais.
2. Os gregos já usavam poligonais para aproximar o com- útil na estimativa de erros de •nétodos numéricos> é: ..se·
primento de curvas, como veremos na Seção 6.3. jamf c g funções continuas em la. b), com g(.<) ?. O parn
snow
428 Cálculo

todo x neste intervalo. Então. existe c: em (a, b) tal que 6. Se a função integrável f for periódica, de período p,
J.' f(x)g(x)dx = f(c) t g(x)dx.· isto é, j{x) = j{x+p) para todo x real, então a função

Demonstre-este resultado. o teorema ainda valeS(>s(x).!. o g(x) = J.''' f(t) dt será constante.
para todo x neste intervalo? E se não for feita nenhuma 7. Scféumafunç.'iocontinuacomj{.<) ?.0 para todo •.cm [n, b]
hipótese sobre o sinal de g? c/,' /(x) dx = Oentão fé identicamente nula em [a, b],ou
4. Uma generalização da inte-grabiJidade de funções conti~ seja.j{x) =O para todo x em la, b].
nuas em [a, b] é: "se f é limitada e continua em todos
S. Se f é uma função integrá,•el em la, b] com j{x)?,O para
os pontos de la, b], exceto em um número finito deles,
todo x em la, b] e /,• f(x)dx =O ent.fío f é identicamente
então f é imegrável em [a, b)': Como um exemplo desse
nula em la, b], ou ~eja, j{x) = O para todo x em la. b].
teorema, demonstre, a partir da definição de funç.âo inte·
(Sugestão: ver Exerdcio 4 acima.)
grável, que a função
9. Mostre que se f for uma função integrável par, então
O, se
a+b
X"lo-- J.' J.'
f(t)dt será fmpar e que se f for ímpar f(t) dt será
f(x)=
a+b
2
f
par. Se a > O, é verdade que se f for par f(t) dt será
I. se X"lo--
2 J:
ímpar e que se f for ímpar f(t) dt será par?

definida em (ti, bJ, é integrávcl. Quanto vale sua integral~ 10. ScjaG(x) = J:( sJ'.f(t) dt) ds, em que f tem uma derivada
Nos exerdcios 5 a 8 decida se a afirmação é verdadeira continua. Calcule G(O), G'(O), G"(O) e G"'(O).
ou falsa. Se for verdadeira, demonstre c se for falsa, diga por
1J. Determine uma função g contínua tal que g(x) = 1 + foA
quê.
tg(t) dt.
S. A funçãof(x)=f." ~dt+J.'-,--dt, para x >O, é
1
t+l •t+l 12 . Enconlrea área da região delimitada por .t e o, .t = TT/4,y=
constante. sen" x e y = cos1 x. (Sugestão: sen4 x = (sen: x) 1.)

Projetos de aplicação de tecnologia


MÓDU!.O MATII EMATICA·MAI'LB
Usando somas de Riemmm para estimar áreas~ volumes e comprimentos de curvas
Visualiz.c e aproxime á.rcas e vol01nes na Parte I.
MÓDULO MATHEMAT!CA·MAl'LE
Somas de Riema11n, integrais defit~idas c o teorema fimdameutal do cálculo
As partes l. 11 e 111 apresentam somas de Riemann e integrais definidas. A i>arte IV dá continuidade a esse estudo usando
o tcore.rna fundamental para resolver problemas investigados antes.
MÓDULO MATH E111ATICA-~1APLE
Coletores de ciiUva, elevadores e foguetes
A Parte J usa exemplos extraidos do próprio capítulo para ilustrar que a área sob uma curva é igual à área de um retângulo
apropriado. Você '>ai calcular a quantidade de água acumulada em bacias de diferentes forn1atos conforme a bacia vai
sendo preenchida ou esvaziada.
JIIÓDUI.O MATHEJIIATICA-MAPI.E
Movimento ao lo11g0 de uma retat parte 11
Você vai observar o formato de um gráfico por meio de impressionantes animações das relações de derivação entre posi-
ção, velocidade e aceleração. As figoras do texto podem ser animadas com esse software.

MODULO MATHEMATICA·MAPI.F.
Curvatura de vigas
Estude diferentes formatos e curvaturas de vigas) determine sua dcnexão máxima, sua concavidade c pontos de innexão,
e interprete os resultados em termos da compressão c tensão da viga.
snow

Aplicações de integrais definidas

RESUMO No Capitulo S~ dc-S(obrimos a relação entre somas de Ricmann



S, = ~ f(c,)Ax,
h l

associadas a uma partição Pdo imcrvalo fechado finito (a, bl c o processo de


integração. Descobrimos que, para uma função contínua f em la, b], o limite
de S, quando a norma da partição IIP~ tende a zero é o número

J.' f(x) d.< = F(b) - F(a)


onde F é qualquer primitiva de f Aplicamos isso aos problemas de cálculo
da área entre o eixo x c a curvn de y =j{x), sendo n S: .r. S: b, e de determina-
ção da área entre duas curvas.
N-este capítulo, a1npliaremos tais aplicações e passaremos a determinar vo-
lumes, comprimentos de curvas planas, centros de massa, áreas de superfícies
de revolução, trabalho e forças de Ou idos contra paredes planas. Definiremos
tudo isso como limites de somas de Riemann de funções contínuas em inter..
valos fechados - isto é, como integrais definidas que podem ser calculadas
por meio do teorema fundamental tio cálculo.

Volumes por fatiamento e rotação em torno de um eixo


Nesta seção~ definiremos volumes de sólidos cujas seções transversais são
r
regiões planas. Uma seção transversal de um sólid oS é a região plana forma·
da pela interseção entreS e um plano (Figura 6.1).
Suponha que deseJamos dete rminar o volume de um sólido S como o da
$ Figt1ra 6.1. Comt"~.rnos estendendo a definição de cilindro dada pela geome-
tria clássica para sólidos cilindricos com bases aobitnirias (Fig\lra 6.2). Se o
f sólido cilíndrico tem uma área de base A c altura h. ambas conhecidas. então
'I o volume do volume cilíndrico é
I
Volume = Área x Altura = .A • IJ
- ~
X1 : I

;, X

FIGURA 6. 1 Uma seção transversal do s6· A = m de base


lidoS formada pela interseção entreS c urn
plano 1', perpendicular ao eixo x passando R.:g.i3o plona cuja Sólido cilindrico txaseado ntl reg.ião
pelo ponto x no intervalo {a, b). dn::a conhct.~mos Volvmc =Áren de b."SC x Alu1ra = Alt
FIGURA 6.2 Sempre definimos o volume de um sólido ci·
líndrico como sua área de base vezes sua altura.
430 Cálculo

Essa equação serve de base para definirmos os volumes de muitos sólidos


não cilíndricos usando o método do fatiamento.
Se a seção transversal do sólído Sem eada ponto ·' no intervalo (a, b) é
uma regUlo R(x) de área A(x). e i\ é uma (unçao contlnua de x, podemos de ~
tinir c calcular o volume do sólidoS como uma integral definida, da maneira
a seguir.
Dividimos (11, b) em subintervalos de largura (comprimento) ó.<• e fatia-
mos o sólido (como faríamos com um pão) por planos !Perpendiculares ao
eixo x nos pontos de partição a = X0 < x1 < < x,. c b . Os planos p~/ per-
pendiculares ao eixo.< nos pontos de partição, dividem Sem "fatias" finas
(como as fatias de um pão de fôrma). A Figura 6.3 mostra uma fntia tipica.
Aproximamos a fatia situada entre o plano em xM e o plan.o em xk usando um
sólido ciHndrico com área de base A(x1 ) e altura Ax, = x, - .<, . , (Figura 6.4).
O volume Vtdcssc sólido C-ilíndrico é A(x,t) • tuk• aproximadamente o mesmo
volume da fatia:
Volume da k-ésima fatia ~ v,= A(x,) óx~
O volume V do sólido inteiro S é, então, aproximado pela soma desses
volumes cilíndricos.

Isso é uma soma de Ricmann pam a funçãoA(x) em (a, b). Espemmos que
as aprox_imações dessas somas melhorem à medida que as .normas de parti.ção
de (a, b) tendam a zero. Se levarmos em conta uma partição de (a, b) em 11

subintervalos com IPII~ O, teremos


HGURA 6.3 Uma típica fatia fina
do sólidoS.
V = lim "
>' A(x,) óx, =
n - oo ,t;'f
1"
''
A(x)dx

Portanto, definimos a integral, que é o limite dessas somas, como o volume


O cilindro do sólido S.
Plano ctn x1 _ 1 aproximador com base
em R(,\',) tem ;.llur.~
Definição Volume
O volume de um sólido compreendido entre os planos x = a ex = b e
cuja área da ~ção transversal por x é uma função integrável A(x) é a
integral de a a b de A:

Essa definição se aplica sempre que A(x) for contínua. ou, de modo mais
genérico, quando ela for intcgrávcl. Para aplicar essa fórmula no cálculo do
A ba:sc dó cilindro V volume de um s61ido, siga cslcs passos.
é:. regi~o R(...:J.)
com área A(.'l't)
FORA OOESCALA
Calculanclo o volume de um sólido
FIGURA 6.4 A fatia fina do sólido I . Esboce o sólido e uma seção tramversal típica.
mostrada na Figura 6.3 é aproximada 2. Eucontre uma f6rnwla para A(x), a área de mna seção transversal
pelo sólido cilíndrico com base R(x, ) que típiea.
e
tem área A(x,) altura Ax, = x,-x,.,. 3. Encontre os limites de itltegmção.
4. /llt<>gre A(x) usando o teorema fundamental.
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 431

)' EXEMPLO 1 Volume de uma pirámide

Uma pirâmide com 3m de altura tem uma base quadrada com 3 m de


Jado. A seção transversal da pirâmide, perpendicul.ar à altura x m abaixo
do vértice, é um quadrado com x m de lado. Determine o volume da pi·
râmide.
o 3
SOLUÇÃO
I. Um esboço. Desenhamos a pirâmide com sua ahura ao longo do
eixo x e seu vértice na origem e incluímos uma seção transversal
típica (Figuro 6.5).
2. Uma fórmula para A(x). A seção transversal em x é um quadrado
3
com x metros de lado, portanto sua área será
A(x) =x'
FIGURA 6.5 As s"'ões transversais da 3. Os limites de iutcgraçdo. Os quadrados vão de x = Oa x = 3.
pirâmide do Exemplo I são quadradas. 4. Jutegre para determilwr o volume.

V = {' A(x) c/.t = )of ' , z dx = \


)o !]' = 9m
0
3

Companion
Wcbsítc EXEMPLO 2 Princip10 de Cnvulicri
mugr.lfi3 hht(lri,... O princípio do volume de Cavruieri diz que sólidos com mesma altura
c com áreas das seções transversais iguais em cada altura têm o mesmo vo·
BQil:.wcntura Cavalic-ri
(1598-1647) lume (Figuro 6.6). Isso se segue imediatamente à definição de volume, pois
a função área de s"'ão transversal A(x) e o interv-alo )a, b) são ig<1ais para
ambos os sólidos.

EXEMPLO 3 Volume de uma cunha


Uma cunha curva foi obtida por meio do corte de um cilindro de mio 3
por dois planos. Um deles é perpendicular ao eixo do cilindro. O segundo
cru1.a o primeiro, formando um ângulo de 45° no centro do cilindro. De·

·~--
termine o volume da cunha.

1-/.
~ l esma ~rea de :-;~.,-ção
un.nswrs:-11 em (()dos OS nh'éiS
SOLUÇAO Desenhamos a cunha c esboçamos uma seção transver-
sal típica perpendicular ao eixo x (Figura 6.7). A seção transversal em x é
um retângulo de área
A(x) = (nltura)(largura) = (x)(2J9-x' )

l'IGURA 6.6 Pri11cípio de Cnvalieri: esses SÓ·


=2xJ9-x'
Os retângulos vão de x =O a x = 3, portanto, temos
lidos têm o mesmo volume, o que pode ser Uus·
l:n\do usando pilhas de moedas (E.xcmplo 2). ., {''
J.
V = • A(x) clt = )o 2tV9='? dx
Scj:t 11
= - 32 (9 - ]J
_,.z)J/2 o tlu
t) ,v-',
2~· úx, inh:g_R.'
c sub~itu:a de wltn..
= o + ~(9)
, 312
= 18
snow
432 Cálculo

Sólidos de revolução: o método do disco


Um sólido gerado pela rotação de uma região plana em torno de um eixo
nn pl:mo ties~e eixo é çhamncio ~óliclo cle revo1nçâo. P::lr:. dett>rmin:.r n vnltl •
me de um sól.ido como aquele mostrado na Figura 6.8. precisamos somente
/
observar que a área da seção transversal A(x) ê um disco de raio R(.<), a dis-
tância enrrc a fronteira da região bidimensional e o eixo de revolução. A área
é, portanto
A(x) = JT(raio)' = rr[R(x)]'
Assim, graças à definição de volume, temos

FIGURA 6.7 A cunha do Exem-


plo 3, fatiada _perpendicularmente ao
eixo:..:. As seções transversais são re-
tângulos. Esse método para calcular o volume de um sólido de re\'olução geralmente
é denominado método do disco, pois uma seção transversal é um disco cir-
cular de raio R(x).
)'

I:XEM I' LO 4 Um sólido de revolução (rotação em torno do eixo x)


A região entre a curva y =.[;.O~ x S 4. e o eixo x gira em torno desse
eixo para gerar um sólido. Determine seu volume.
"of----.1-,-----4,!----';,o~ll- x SOLUÇÃO Desenhamos figuras mostrando a região, um raio tipico
(a)
e o sólido gerado (Figura 6.8). O volume é

V• lh >r[R{x})2 dx

= fo' "[ v.;T ,~., ri(., ) = v.


t
= rr Jo x<lr = "z'']' = r r(4)'
2-
- = 8n
0

F.XEMI'LO 5 Volume de uma esfera


O círculo
(b)
x? + l = (1 1
FIGU RA6.1\ A região(a)eosólido
de revolução (b) do Exemplo 4. é girado em torno do eixo.,. para gerar uma c.sfcra. Dcc~rminc seu volume.
SOLUÇAO lmagirtamos a esfera cortada em finM fatias por planos
perpendiculares ao eixo x (Figura 6.9). A área da seção transversal em um
ponto típico x entre ...a e a é
A(x) = rry = n(a' - x')
Portanto, o volume é
Capítulo 6 Aplkações de integrais definidas 433

l
'
''· )')1
/
/

------t---. .f

.t.\:r

f i GU RA 6.9 A esfera gcroda pela rotação do cir·


culo :2 +I = a1 em torno do eixo x. O raio é R(x) = y =
.Ja' - x' (Exemplo 5).
O eixo de revolução no próximo exemplo não é o dxo x. rnas a regra para
calcular o volurnc é a mesma. Jntcgre n(raíof entre os limites apropriados.

f.XEM PLO 6 Um sólido de revolução (rotação em torno da reta y = I)


Determine o volume do sólido obtido com a rotação, em torno da reta
y = I, da região definida por y =,Íx e pclasreLas y = 1 e.<= 4.
SOI.UÇÃO Desenhamos foguros mostrando a região, um raio tipico
e o sólido gerado (Figuro 6.10). O volume é

V = 1 4
11'[R(x)f dx

=[ . .['-h - l jl dr

= [ [.r- 2'-h +
-.r 1] <LV

)'

"h
ot---!-----,'.---~
J-·'

(o) (b)

FIGURA 6.10 A região (a) e o sólido de revolução (b) do Exemplo 6.


434 Cálculo

Para determinar o volume de um sólido obtido com a rotação, em torno


do eixo y, de uma região compreendida entre o eixo y e uma curva x = R(y),
c s y s d, usamos o mesmo método. substituindo.< por y. Nesse caso. a seção
trans\'ersal circular é
A(y) =n(raio)' =n(R(y)l'
EXEMPLO 7 Revolução em torno do eixo y
? Determine o volume do sólido obtido com a rotação, em torno do eixo
R(y ) = ji y. da região compreendida entre o eixo y e a curva x = 2/y, I ~ y S: 4.
~o r---~-..;, .,
2
SOLUÇÃO Desenhamos figuras mostrando a região. um raio tipico
ta) e o sólido gerado (Figura 6.11 ). O volume é

V ~ 1• 71[R(y)jl dy

4
= l r.(f.Y dy

= "l ;, 4r.[-H 4r.[t]


dy = =

=- 3r..
--
EXEMPLO 8 Revolução em torno de um eixo vertical

FIGURA 6.11 A região (a) c parte do Determine o volume do sólido obtido com a rotação, em torno da reta
sólido de revolução (b) do Exemplo 7. x = 3, da região compreendida entre a parábola x = yl + I e a reta x =3.
SOLUÇAO Desenhamos figuras mostrando a região, um raio típico
e o sólido gerado (Figura 6.12). O volume é
Y + I)
fl( y) a3 - (.r2
=2- y' ~'ll Vi
\12
y
(3. \12) V =
1 ~ .,.IR(y)Jl tly
V2

o S X - 2 - ,.:

Vi
= .,.
1 \li
[4 - 4y 2 + y'J tly

(a)
• r,4y --y3+-
4 y~ ]Vi
[ 3 5 -Vi
y ll(y) =2- y 1
641TVz
15

o 5 X
Sólidos de revolução: o método do anel
.r= y~ +I Se a região que giramos para gerar um sólido não Atíngir ou cruzar o
-Y2 eixo de revolução, o sólido resuhantc terá um orifício no meio (Figura 6.13).
As seções transversais perpendiculares ao eixo de revolução serão anéis (a
(b)
superfície circular sombreada na Figura 6.13), e não discos. As dimensões de
FIGU RA6. 12 Aregião(a)eosólidodc um anel típico são
re\•olução (b) do Exemplo 8. Raio externo: R(x) Raio interno: r(x)
Capítulo 6 Aplicações de ilitegrais definidas 435

:.lli:. J
A área do anel é
t\(x) =nfR(x)J' - n(r(x))1 =n([R(x))1 -(r(x})')
Conseqüentemente. de acordo com a definição de volume. temos
41 .c ,. .......
'I
• V= l'A(x)dx =l'n((R(x}J'- (r(x))' )dx

Esse método para cakular o volume de um sólido de revolução é chamado


método do anel, pois a fatia é um anel circular de raio exterior R(x) e raio
interior r(x).

EXEM f>LO 9 Uma seção transvcrs.'l em forma de anel (rotação em


FIGURA 6.13 ~ seções tronsversais do só- torno c.lo eixo x)

lido de revolução gerado aqui são anéis, não A região limítnda pela curva y = ~ + J e pela reta y = -:< + 3 giro can
torno do eixo>.: para gerar um sólido. Determine o volume do sólido.
discos, portanto a integrall' A(x)dx tem uma
fórmula ligeiramente diferente. SOLUÇÃO
I. Desenhe a região e esboce um segmento de reta que a atravesse
perpendicularrnente ao eixo de revolução (o segrncnto cinza da
)'
Figura 6.14).
2. Determine os raios interno e externo do anel que seria gerado pelo
segmento de reta se ele girasse em torno do ci.xo x juntamente com
R(.t) = - .rt + 3 a região. Esses raios são as distâncias dos extremos dos segmentos

ld•'+'
ao eixo de revolução (Figura 6.14).
Raio externo: R(x) = -x + 3
-y ., o AI\
Raio interno: r(x) = ;!- + I
lnh!o•aJo & 1 rJJ--.'( 3. Procure os Limites de integração determinando as abscissas dos
integrnção
pontos de interseção da curva com a reta na Figuro 6.14a.
(o)
x' + I= -X+ 3
x' +x - 2=0
(X+ 2)(x - I) = O
.~ = - 2, x = I
4. Calcule a integral do volume.

V= 1•" r.([R(.r)f - [T{x)f) dx

Val<ol'<'l> ohlldv:; ll\1(oo

.~<i..Çfl~ 2 ~ ,_

S~çciO tr(m~'\'CT$(1/ C'lll/tJI"mti tl(• (lllt•f


Raio ex temo: R(.\') = -x + 3
Raio imcmo:r(x) • .t 2: + 1
(b)
Para determinar o volume do sólido obtido com a rotação de uma região
FIGURA 6.14 (a} A região do Exem ·
em torno do eixo Y> usamos o mesmo procedimento do Exemplo 9> porém
pio 9 cortada por um segmento de reta
integramos em relação a y, em vez de x. Nessa situação_. a reta cuja rotação
perpendicular ao eixo de revolução. (b)
gera um anel típico é perpendicular ao eixo y (o eixo de revolução}, c os raios
Quando a região gira em torno do eixo x,
externo e interno do anel são funções de y.
o segmento de reta gera um and.
436 Cálculo

EXEMI'LO lO Seção transversal em ronna de anel (rotação em tor·


no do ei<o y)
A região compreendida entre a parábola y =X: e-a reta y = 2x no pri·
melro quadrante gira em torno do eixo y para gerar um sólido. Detcmtine
o volume do sólido.
SOLUÇÃO Primeiro, esboce a região c trace urn segmento de reta
que a cruze perpendicularmente ao eixo de revolução, nesse caso. o cíxo y
(Figura 6.15a).
Os raios do anel gerado pelo segmento de reta são R(y) = r(y) = JY ,
y/2 (Figuro 6.15).

>' t(.,•) = iy y
R(y) = Vj

~h R(y) • Vj
(2. 4)
4

~
c
!f
w
B y
.5 y • 2xou
-l! >'2
-!! ,\'=
t
B
.5

o
(n) l b)

FIGURA 6.15 (a) A região sendo girada em tomo do eixo y, os raios


do anel c os limites de intcgr•ção do Exemplo 10. (b) O anel gerado
pela rotação do segmento de reta da p;ute (a).

A reta e a parábola se cortam em y = O c y = 4, por tanto os Umites de


integração são c = Oe d = 4. Integratnos para determinar o volutne:

V = [ ' '1T([R(y)] 2 - [r(y) ]2) (/y

= f"([v;J' [~n")'
= ... 1' (~· - )~') "' = ... ~: - ~·a = ~ 1T

Resumo
Em todos os quatro exemplos, independentemente de como á ârea da se·
ção transversal A(x) de uma fatia típica foi determinada. a definição de volume
J:
como a integral definida V= A(x)dx esteve no centro de nossos cálculos.
snow
Capítulo 6 Aplicações de ilitegraís definidas 437

Exercícios 6.1
Areas de seção transversal 2. O sólido situa-se entre planos perpendiculares ao eixo x
em x =O ex = 4. As seções transversais perpendiculares
Nos exercícios 1 e 2, encontre uma fórmula para a área A(x) ao eixo x, entre esses planosJ vão da parábola )' =-[; à
das seções transversais do sólido perpendiculares ao eixo x. parábola y = -J;,
I. O sólido situa-se entre planos perpendiculares ao eixo x {a) As seções transversais são discos circulares com diâ~
em x = -I e x = I. Em cada caso. as seções transversais
metros no plano xy.
perpendiculares ao eixo x. entre esses planos. vão do se-
micírculo y =-~h - x 1 ao semicírculo y::: ~-
(a) As seções transversais são discos circulares com diâ-
metros no plano xy.

(b) As seções transversais são quadrados com bases no


planoxy.

(b) As seções transversais são quadrados com bases no


plano xy.

{c) As seções transversais são quadrados com diagonais


noplanoxy.
(d) As scçõestrnnsversa.is são triângulos eqüiláteros com
bases no plano xy.
(c) As seções transversais são quadrados com diagonais
no plano xy. (O comprimento da diagonal de um Volumes por fatiamento
quadrado eJi VC'leS O COmprimento de SCUS lados.) Determine os volumes dos sólidos nos exercícios 3- 12.
3. O sólido situa~se entre planos perpendiculares ao eixo x
em x =O e x =4. As seções traosversais perpendiculares
ao eixo x. no intervalo OS x S 4. são quadrados cujas dia-
gonais vão da parábola y =-[;à parábola y = - -Íx.
4. O sólido situa-se entre planos perpendiculares ao eixo x
em x = - 1 ex = l. As seções tr:ansvcrsais perpendiculares
ao eixo x são discos circulares cujos diâmetros vão da pa·
(d) As seções transversais são triângulos eqüiláteros com
rábola y = x' à parábola y = 2 - x'.
bases no plano xy.
.''

y • 2 - .t !
438 Cálculo

5. O sólido situa·se entre planos perpendiculares ao eixo x l l. O sólido situa·se entre planos perpendiculares ao eixo x
em x = - I e x :: J. As seções transversais perpcndicu· em x = - I ex = I. As seções transvc1·sais perpendiculares
lares ao eixo x, entre esses planos, são quadrados cujas ao eixoxsão
base.s vào do semlcfrculo y = " -• - x·: ao semldrculo (a) círculos cujos diâmetros se estend.cm da curva à
y = JI-x'.
curvay= - IIJI+x'·
6. O sólido situa~se entre planos perpendiculares ao eixo
x em x = - I e x = J. As seções transversais perpendicu- (b) quadrados verticais cujos lados da base vão da curva
lares ao eixo x~ entre esses planos, são quadrados cujas y =- IIJI + x' à curvay= - 11 J1 + x' .
diagonais vão do semicírculo y = Jl-x'! ao semidrculo 12. O sólido situa·se entre planos perpendiculares ao eixo x
y = JI - .<'· em x =-../2 / 2 e x ; ./2/2. As seções transversais per·
pendiculares ao eixo x são
7. A base de um sólido é a região entre a curva y = 2../sen x
e o intervalo (0, 1r] no eixo x. As seções transversais per• (a) círculos cujos diâmetros se estendem do eixo x à curva
pcndiculares ao eixo x são y =21lfl-x' .
(a) triângulos eqüiláteros com bases que vão do eixo x à (b) quadrados cujas diagonais se estendem do eixo x t\
curva, como mostra a figura
curva )' = 2/l[l:7.
13. Um sólido torcido Um quadrado de comprimento de
lados situa-se em um plano perpendicular a uma reta L.
Um vértice do quadrado situa-se em L À medida que esse
quadrado percorre uma distância /1 ao longo de L, ele
faz uma revolução em torno de L para gerar uma colu-
na semelhante a um saca-rolhas com seções transversais
(b) quadrados com bases que vão do eixo x à curva. quadradas.
8. O sólido situa-se entre planos perpendiculares ao eixo x (a) Determine o volume da coluna.
em x = - n/3 ex= n/3. As seções transversais perpendicu · (b) Qual será o volume se o quadrado .girar duas vezes em
Jares ao eixo x são vez de uma1)uslifique sua resposta.
(a) discos circulares com diâmetros que vão da curva y =
14. Princípío de Cavalieri Um sólido si.tua-sc entre planos
tg x à curva y = sec x. pcrpcndicuJares ao eixo x em x = O e x : 12. As seções
(b) qundrados cujas bases vão da curva y = tg x à curva y = transversais perpendiculares ao e.ixo x são discos circula·
sccx. rcs cujos diâmetros vão da reta y; .</2 à reta y ; x, como
mostra a figura a seguir. Explique por que o sólido tem
9. O sólido situa-se entre planos perpendiculares ao eixo y o mesmo volume que um cone circular reto com raio da
em y o Oc y = 2. As seções transversais perpendiculares base 3 e altura 12.
ao eixo y são discos circulares com diâmetros que vão do
J
eixo y à parábola x ; ~5y'.
10. A base do sólido é o disco x' +I$ I. As scçõcstransvcr·
sais formadas por planos perpendiculares ao eixo y entre
y ; - I e y = I são triângulos retângulos isóscelescom um
cateto no disco.

Volumes pelo método do disco


Nos exercícios 15-18, determine o volume do sólido obtido
X com a rotação da região sombreada em tor.no do eixo dado.
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 439

1:\. Cm1omodocixox 16. Em1omodoei_x oy 35. A região no primeiro quadr~nte delimitada pelos ei ..
y , xos de coordenadas, pela reta y = 3 c pela curva x =
21./Y+i.
36. x=J2it(y'+l), x=O, y= l

Volumes pelo método do anel


17. Em1omodocixoy 18. Em,omodoeixox Nos exercícios 37 e 38) determine o volume dos sólidos
)' )' obtidos com a rotaç..io das regiões sombreadas em torno dos
eixos indicados.
37. Oeixo.l' 3H. Ocixoy
y y
y =Voou

o 4"

Nos exerdclos 19-28, determine o volume dos sólidos ob-


tidos com a rotação. em torno do eixo x, das regiões limitadas o
pelas retas e curvas indicadas. ""o'*_____j'---+ .r
19. y = x 2• y = O. x = 2 20. y = x'. y = O. x = 2
Nos exercícios 39- 44, detcm1ine o volume dos sólidos ob-
lt. )' • V9 - x1• )'., O 22. y • x - xl, y • O
tidos com a rotação. em lotno do eixo x. das regiõe-s linlitadas
23. y = ~- o :S _, :S -.r/ 2. )' = O, X = o
pelas retas c curvas.
24. y = SCC .<. )' = 0. ·' = --rr/ 4. ,, = r./ 4
39. y • ·"• y • I, :t • 0 40. ;y • 2\f;, y • 2, .t • O
2~. y a e-x, y a O. .Y a O, :t a I
41. y=x 2 + I. y;;.t:+3 42. J' =4-x 2• y=2-x
26. A região entre a curva y =- ~cotg x e o e ixo x de x =11/6 4J, )' • SCCX, y • VZ, -r./ 4 :S X :5 -.r/ 4
até x = rr/2.
44. y = sccx, )' = lg x, .'1: = O, X = 1
27. Aregiãocntrcacurvay= I/(2.Íx)eoeixoxdex= l/4até
x= 4. Nos exercícios 45-48, determine o volume do sólido obti·
do com a rotação de cada região em torno do eixo y.
28. A região delimitada pclocixoxe um arco do ciclóide x;; 8 -
scn e,y= 1- cose. (Dica;dV= rrf dx= rrl (d.<ldll)dO.) 45. A região de1imitada pelo triângulo com vértice-s em ( 1, 0),
(2, I) e (I, 1).
Nos e-xercícios 29 e 30. determine o volume do sólido obli·
do com a rotação da região em torno da (Cta dada. 4.6. A região delinlitada pelo triângulo com vértices em (0, I),
(1, O) e (1, I).
29. A região. no primeiro quadrante, limitada superiormente
pela reta y = ./2. inferiormente pela curva y = scc x tg x e •17. A região. no primeiro quadrante, limitada superiormen·
à esquerda pelo eixo y, em torno da reta y = ./2. te pela parábola y = :<', ínferiormcnte pelo cíxo x c à di-
reita. pela reta x = 2.
30. A região. no primeiro quadrante. limitada superiormente
pela reta y c 2, inferiormente pela curva y = 2 sen x, OS: x S: 48. A região, no primeiro quadrante, limitada à esquerda pelo
tr/2, e à esquerda pelo eL'<O y, em torno da reta y =2. círculo.<'+ y' = 3, à direita pela reta x = J3 e superior-
mente pela reta y = -J3.
Nos exercícios 31-36, determine o volume dos sólidos ob-
tidos com a rotaç.io, em torno do eixo y, das regiões limitadas Nos exercícios 49 e 50, determine o volume do sóJido obti ..
pelas l'etas e curvas. do com a rotação de cada região em torno do eixo dado.
31. A região delimitada por 49. A região, no primeiro quadrante, limitada .s uperiorme-n te
.<=Vsy2• x=O. y=-1. y= I pela curva y ;;; ;C, inferiormente peJo eixoxc à direita peJa
reta x = 1. em torno da reta x =- -1.
32. A região delimitada por x= yl-~. x = O, y = 2
50. A rcgião1 no segundo quadrante, limitada superiormen-
33. A região delimitada por x =v'2Seii2)., O syjs tr 2, x =O te pela curva y = -x', inferiormente pelo eixo x e à es-
34. A região delimitada por.< =Vcos(ey/ 4), - 2 s y s O, x = O querda pela rela x = - 1, em torno da reta x:: - 2.
snow
440 Cálculo

Volumes de sólidos de revolução (b) Taxas relacionadas A água cai em um aquário he·
misférico de raio 5 m a uma taxa de 0,2 m3/s. A que
51 , Oetcnninc o volurne do sóUdo obtido com a rotação da rc· taxa o nível de água no aquário aumentará quando a
gu\o lunllada por y = .JX c )l<!las retas y = 2 c .t = Oem torno água estiver com 4 melros de profundidade?

(a) docixox. 58. Volume de um cone Use cálculo para delcrminnr o volu·
(b) docixoy.
me de um cone cilíndrico reto de altura h e raio da base r.

(c) da reta y = 2. 59. Determine o volume do sólido de re\'olução mostrado.

(d) darctax = 4. -v'3


3
t
)'

y• I
52. Determine o volume do sólido obtido com a rotação da \" '1/i'+?
região triangular Limitada pelas retas)' = 2x, y c Oex .c l,
---1
cm1omo
(a) da reta x = I.
(b) da reta x =2.
........

:--------z
"'1....
I
v'3

.<

53. Determine o volume do sólido obtido com a rotaçõo dare-


gião limitada pela parábola Y =,?-e P<!la reta Y = 1 em torno 60. Volume do hemisfério Dedu?.a a fórmula I' = (2/3) rrR'
(a) da reta y = I. para o volume de um hemisfério de raio R, comparando
(b) da rctay = 2. suas seções transversais com a de um cilindro sól.ido cir-
cular reto, com rajo R e altut'a R.. do qu.aJ foi remO\'ido um
(c) daretay = -1.
cone sólido circular reto, com raio da base R e altura R.
54. Por integração, determine o volume do sólido obtido corn como sugere a figura.
a rotação da região triangular com vértices (O, O), (b, O) e

~r
(0, h) em torno
(a) docixox.
(b) do eixo y. h
• R

Teoria e aplicações
6 t. Projetando uma frigideira Você está projetando uma fri-
55. O volume de um toro O disco x'- +I S: a gira em torno1 gideira que terá o formato de uma tigela esférica com alças.
da reta x = b (b > a) para gerar um sólido com a forma de Experimentando em casa, você pe(cebeque conseguirá um
modelo com cerca de 3 I de capacidade se a profundidade
uma rosquinha c chamado toro. Oet·e nnine seu volume.
(Dica: 1: Ja 2
- l dy =na:12. pois é a área de um semi-
for de 9 em e se o raio da esfera for de 16 em. Para se cer-
tificar disso, você desenha a frigideira -como um sólido de
círculo de raio a.) revolução. como se vê na figura. e calcula seu volume com
uma integral. A rredondando pnra o inteiro mõlÍS próximo,
56. Volume de uma tigela Uma tigela tem um formato que
qual será o volume obtido em em' ? ( li = 1.000 em' .)
pode ser gerado pela revolução. em torno do eixo y, do
)' (c:m)
gráfico de y = :rl-12 entre y = Oey = 5.
(a) Determine o volume da tigela. x1 + y-'2 • 16"2 • 256
(b) Taxas relacionadas Se enchermos a tigela com
água a uma taxa constante de 3 unidade-s cúbicas
por segundo. a que taxa o nível de água na tigela au -
mentará quando a água estiver com 4 unidades de
profundidade?
57. Volume de uma tigela
(a) Uma tigela hemisférica de raio a contém água a uma
proftu'ldidade h. Detcrmi1'1C o volume de água na tigela.
Capitulo 6 Aplicaçóes de integrais definidas 441

62. Projetando um peso para prumo Pedir.un·lhe que proje· )'


tassc um pC$0 de metal parn prumo com peso aproximado
de 190 g, e você decide dar-lhe o fonnato de um sólido de
revoluç.'\o como esle da figura. Determine o volume do peso.
Se você especificar um metal com densidade ~5 gtcm3, de
quanto será o peso (arredonde para o inteiro mais próximo)?
y(cm) z . J:":"""""""
. ·• -12 v36 - .x ..
'

0 ~6
\
------- y=c

.t (crn)
FIGURA 6.16 ~
64. Um tanque auxiliar para combustível
·'
Você está proje·
63. Max·min O arco y = sen x, Os; x S 1r gira em torno da tando um tanque auxiliar paro combustível que será co·
reta y =c, OS c S l para gerar o sólido da Figura 6.16. locado sob a ruselagem de um helicóptero para aumentar
( ~t) Determine o valor de c que minimiza. o volume do sua autonomia. Apôs algumas experiências na prancha de
sólido. Qual é o volume mínimo? desenho. você decide que o formato do tanque será como
a superfície obtida com a rotação, em torno do eixo x, da
(b) Que valor de c em (0, I ) maximizao volume do sólido?
curva y; I - (x'/16), -4 s x :5 4 (dimensões em pés).
(c) Desenhe o gráfico do volume do sólido em função
(a) Quantos pés cúbicos de combustível o tanque com-
n de '· primeiro para o s; c s 1 e depois em um domí·
portará (arredonde para o inteiro mais próximo)~
nio maior. O que acontece com o volume do sólido
(b) Um pé cúbico comporta 7.481 galões. Se o helicópte-
quando c sai de [O. I J? Fisicamente, isso tem sentido?
ro consome um galão a cada 2 milhas, quantas mllhas
Justifique suas respostas.
a mais ele poderá voar se o tanque for instalado (arre-
donde para o inteiro mais ;próximo)?

Volume por cascas cilíndricas


Na Seção 6.1, definimos o volume de um sólidoS como a integral definida

V= J: A(x)dx

onde A(x) é uma área de seção transversal intcgtável de Sdesde x =n até x =b.
Oblivcmos a área A(x) fatiando o sOl ido com um plano pcrpcnd_icular ao ctxo
x. Nesta scç-lo. usaremos a mesma definição de vo!tune, mas obteremos a área
fatiando o sólido de outra maneira. Agora, vamos usar cilindros circulares de
raios c.rcscentes, como se fossem moldes de biscoitos redondos, um ma.ior que
O Outro. r-atjarnos OSólido de cima para baiXO, perpendicularmente ao eixo Xi
estando o eixo do cilindro paralelo ao eixo y. O eixo vertical de cada cilindro
é sempre a mesma reta, mas o raio dos cilindros aumenta a cada fatia. Desse
modo, o sólido Sé fatiado em cascas cilíndricas finas de espessura constante,
que crescem de dentro para fora a partir de um eixo comum, como os anéis
observados no corte transversal das árvore-s. Se dC"Senrolarmos uma casca ci·
lindrica, veremos que seu volume é aproximadamente igua1 ao de uma fatia
retangular com área A(x) c espessura Ax. Isso nos permite aplicar, como antes,
a mesma definição do volume como uma integral. Antes de descrever C$Se mé-
todo de modo geral, vamos examinar um exemplo para visuaUz.á-lo melhor.
snow
442 Cálculo

EX~MPLO 1 Determinando um volume com o uso de cascas


A região compreendida pelo eixo x e pela parábola y =j(x) =3x - x'
gira em torno da reta vertical x ::: - I para gerar o formato de unt sólido
(Figura 6.17). Determine o volun1e do sólido.

-!,-+--.ir-+-!--+->-<
-2 -1 o 2 3
- I
Eixo de
n:\'oluç!io -2
xe- 1

(3)

FIGURA 6 .17 (a) O gráfico da região do Exemplo I, arrtcs da revolução. (b)


O sólido ronnado quando a região da parte (a) gira em torno do eLxo de revo·
lução .< = -1.
SOLUÇAO Usar o método do anel visto na Seção 6.1 seria com-
plicado aqui, pois teríamos de expressar os valores de x nos braços es-
querdo c direito da parábola em termos de y. (Esses valores são os raios
interno e externo de um anel típico. o que leva a fórmulas muito com-
plexas.) Em vez de girar uma faixa horizontal de esp-essura lly, giramos
uma faixa vertical de espessura 6x. Essa rotação produz uma casca ci-
líndrica de altura Yt que se ergue acima de um ponto x,, situado na base
da faixa vertical, e de espessura llx. A região sombreada da Figura 6.18
representa um exemplo de casca cilíndrica. Podemos pensar na casa
cilíndrica mostrada na figura mais ou menos como uma fatia do sólido
que obteríamos cortando-o diretamente para baixo,. paralelamente ao
eixo de revolução, em toda a voha, próximo à borda do orifício. Depois,
cortaríamos outra fatia ciHndrica em torno do oriricio aumentado, en -
tão outra, e assim por diante. até obter n cilindros. O raio dos cilindros
aumenta gradualmente e sua altura segue o contorno da parábola: do
menor para o maior e depois de novo para o menor (Figura 6. J7a).
Cacb fatia se situa ao longo de um subintervalo do eixoxdc comprhncn-
to (largura) ô.x. Seu raio é aproximadamente (I + x,) e sua altura, cerca de
3x,t - x/. Se desenrolarmos o cilindro verticalmente em x k e o achatarmos,
ele se tornará (aprox.imadamcnte) uma fatia retangular com espessura llx
(Figura 6.19). A circunrerencia interna do cilindro será 2tr · raio a 211(1 +
xk), e esse é o comprimento da fatia retangular desenrolada. Seu volume é
aproximado pelo volume de um sólido retangular,
6 V.t = Circunferência X Altura X Espessura
x= - 1
= 2n( I + x,) • (3xk - x/) • t.x
FIGURA 6. 18 Uma casca cilíndrica Somando o volurne A v,. das casca$ cilíndricas illdividuais ao longo do
de altura y, obtida pela rotação de uma intervalo [O, 3], obtemos a soma de Riemnnn:
faixa vertical de espessura Ax em torno
da reta :< = -I . O raio externo do ciJin-
dro ocorre em XRJ onde a altura da pará- ••• •••
bola é Y• =3x, - x.' (Exemplo 1).
Capítulo 6 Aplicações de integrais definidas 443

Considerando o limite com espessura Jlx -7 O, teremos a integral do


volume

45r.
= - 2-

,
1• 211(1 + x,.)

I'IGURA 6.19 Imagine que estamos <<>rtando e "desen-


rolando" uma casca cilíndrica pa"' obter um sólido plano
(aproximadamente) retangular (Exemplo 1).

Agora, vamos generalizar o procedimento usado nesse Exemplo I.

O método da casca
Suponha que a região delimitada pelo gráfico de uma função contínua não
negativa y =j(x) e o eixo x ao longo do intervalo fechado finito (a, b) fique
à direita da reta vertical x = L (Figura 6.20a). Pressupomos a ~ L, portanto a
reta vertical pode tocar a região. mas não atravessá· la. Geramos um sólidoS
girando essa região em torno da reta vertical L.
Seja P uma partição do intervalo (a, b] formada pelos seguintes pontos:
a = x0 < x1 < < x., = b. c seja Ct o ponto médio do k·ésímo subintervalo [xk.. ,,
x.~:l· Aproximamos a região da Figura 6.20a usando retângulos com base nessa
partição de [a, b). O retângulo típico para aproximação tem altura j(c, ) e lar·
gura axk = Xt - xk.. 1. Se esse retângulo for girado em torno da reta vertical x =
L, então uma casca será gerada, como mostra a Hg.u ra 6.20b. Uma fórmula da
geometria nos diz que o \'olumc da casca gerada ~lo retângulo é
snow
444 Cálculo

li Vk = 2rr x Raio médio da casca x Altura da casca x Espessura

Eixo wttical
de re\'Oiuçlio

Allumdo
n:l!ins.ulo•/(ct)
-+1---::---,+-c--i:-x
,\' a- l. X~
(>) (b)

FIGURA 6.20 Quando a região mostrada na parte (a) é girada em torno da


reta vertical ·" = L, surge um sólido que pode ser fa.ti(l.do em cascas cilíndricas.
Uma casca típica é mostrada na parte (b).

Fazemos uma aproximaçiio para o volume do sól.ido S somando os volu-


mes das casc..1.s geradas pelos " retângulos com base em P:
"
v ,. }:ãv,
•••
O Jimite dessa soma de Ricmann quando IPII -> O fornece o volume do
sólido como uma integral definida:

V: lim • :!.'• 2n(raiodacasca)(allurada casca)dx


L;t.v,
(11-•0 P l

/)
a
1'
2'7l"(X - L)j(x) tLr

Chamamos essa \'3riávcl de integração - nesse caso. x-de variável e-s-


pessura. Usamos a primeira integral, c não a segunda, que contém uma fór-
mula para o integrando, a ftm de enfatizar o prousso do método da casca. Isso
também pennite rotações em torno de uma reta horizontal L.

fórmula d•\ ca~ca para revolução em torno de un'a r eta vertical


O volume do sólido obtido com a rotaçiio. em torno de uma reta ver-
tical x :: L) da região compreendida entre o eixo x e o gráfico de uma
função continua y : j(x) :?: O= L, s aS x S b, é
V= 1'2n(raio da casca)(almra da casca) dx

EXEMPLO 2 Cascas cilíndricas girando <m torno do eixo y


A região limitada pela curva y =.Jx, pelo eixo x c pela reta x =4 é
girada em torno do eixo y gerando um sólido. Determine o volume do
sólido.
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 445

SOLUÇÃO Esboce a região e desenhe um segmento de reta através


dela parafefame11le ao ei~o de revolução (Figura 6.21a). Nomeie a altura do
segmento (altura da c.>sca) e a distância do eíxo de revolução (raio da cas·
ca). (Desenhamos a casca na figura 6.2 tb, mas voct nâo precisa fazt-1o.)

y•...;;.
Ahur:l
da ca,o;ca

lnter:a.lo de integ:l':'lç:io
(:() (b)

FIGURA 6.21 (a) A região, as dimensões da casca e o intervalo de integração do Exemplo 2. (b) A
casca gerada pelo segmento vertical da parte (a) com largura tu.
Como a variável espessura da casca é x, os Iimites de integração para a
fórmula da casca são a =Oe b =4 (Figura 6.21 ) . O volume é, portanto
V= J: 2n(raio da casca)(altura da casca) dx

4 - y2
Ahura cJ.;\ c.asca
=2rrJ:X"'dx=2'1f
[ I
~x'" =
12
: "

.g ., 2 ~(4.2) Até aqui. usamos eixos verticais de revolução. P.ara eixos horizontais, subs·
tituimos .<por y.
" 1.l-
"t "'
e >"
!,;.
.É ·ª
~...
y Raio da c.a:st.1
...o:.-1'--;r_-----.:-~-· EXEMPLO 3 Cascas cilíndricas girando c:m torno do eixo x
(o) A região limitada pela curva y = ..[;, pelo eixo x e pela rei a x = 4 gira
em torr~o do eixo x, gerando u1n sólido. Determine o volume do sólido.
Alturn da C:\SC.'l SOLUÇÃO Esboce a região e desenhe um segmento de .-eta que a
/ atravesse parafefame111e ao eixo de re,'Oiução (Figura 6.22a). Nomeie o com-
primento do segmento (altura da casca) e a distância do c íxo de revolução
(mio da cosca). (lJesenhamos a casca na l'igura 6.22b, mas vocé não precisa
fazer isso.)
Nesse caso, a variável espessura é y.logo os ümites de integraç-lo para o
método da fórmula da casca são a = Oc b = 2 (ao longo do eíxo y da Figura
6.22). O volume do sólido é

V =j~ 2n(raio da cascaXaltura da casca) dx

(b) c 12 2r.ú,)(4 - yl) tly


FIGURA 6 .22 (a) A região, as dimen-
sões da casca e o intervalo de integração
do Exemplo 3. (b) A casca gerada pelo
= 12 2,-{4y - yl) dy

segmento horizontal da parte (a) com


uma largura Ay.
446 Cálculo

Resumo do método da casca


Independentemente da posição do eixo de revolução (horizontal ou
vettic-2l), os p<l$$0$ p:;L111. implement~r o método d:.t c2s~ do e$tes.

1. Dese11he a região e esboce um segmento de reta que a atravesse


paralelamente ao eixo de revolução. Nomeie a a.hura ou o com-
primento do segmento (ahura da casca) c a distância do eixo de
revoluv1o (raio da casca).

2. Determine os limites de integração para a variável espessura.


3. /11/egre o produto 2rr (raio da casca)(altura da casca) em relação à
variável espessura (x ou y) para determinar o volume.

Quando usados para cakular o volume de uma região. o método da casca


e o do anel dão as mesmas respostas. Isso não é provado aqui, mas é ilustrado
nos exercícios 33 e 34. As duas fórmu las de volume são. na verdade, casos
cspedais de uma fórmula geral que examinaremos ao estudar integrais duplas
e triplas no Capítulo 15, no Volume 11. Essa fórmula geral também permite
calcular o volume de outros sólidos. inclusive os que não fo ram gerados por
regiões de revolução.

Exercícios 6.2
Nos exercícios 1- 6, use o método da casca para determinar 5. Ocixoy 6. Oeixo y
os volumes dos sólidos obtidos com a rotação das regiõessom -
y )'
brcadas crn torno dos eixos indicados. )' = 9x
5 v:;r:;:9
1. 2.
,. y

J~ y• l +L
4
' ~~ \·• 2-

x -!
4
·' =y'j
2

o -::IL-----<~-x
o 3

-,0;:-t---'---?:!-
_+X

Revolução em torno do eixo y


3. 4.
y Nos excrdcios 7- 14> use o método da casca para dctermi·
nar o volume dos sólidos obtidos com a rotação, em torno do
• r;; ,. = y'j
v3 · eixo y. das regiões limitadas pelas curvas e retas a seguir.
7. y = .r. .v= -x/ 2. x = 2
...,0,+-----:1~~-' 8. y = =
2.<, y x/2, ·' =I
9. y • .\' 2• y • 2 - .r, .\' • O, para .r 2: O
10. y = 2 - ,,·1 , y = .rz. .r = O
11. )' = 2\' - I, )' = Vt-. X = o
tl. y = 3/(2-v.;:),
y = 0. X= I, X= 4
snow
Cap!IUio 6 Aplicações de ímegraís definídas 447

.''
(senx)f.<, O< x s r.
13. Seja /(·' ) e { I. .r=O

(a) Mostrequexj{x} ~ senx.O~x~n.


(I>) Determine o volume d<> sólid<> obtid<> com a r<>taçã<>
da ~rca sombreada em torno do eixo y.
y

( I.
,. . ~.
X 0< .t S "/1

• :c'""' O

24. (a) Elxox


(b) Relay=2
(c) Retay = 5
•( ) • {(og.r)2j.r. O < ,r s r./ 4
14' Se')3g.r O, x=O (d) Retay = -5/8

(a) M<>stre que x g(x) = (tg x)', OS x S rr/4. y


{b) Determine o volume do sólido obtido com a rotação
da área sombreada em torno do eixo y. (2, 2)
y
4
;r

""'odL--:!:,.---+x ~1---L---!,-+ .r
4 o 2

Comparando os modelos do anel e da


Revolução em torno do eixo x
casca
Nos exercícios 15-22) use o tnétodo da casca para determi·
Para algumas regiões, os dois métodos funcionam bem
na r <> volume d<>s sólidos <>btid<>s com a rotaçã<>, em torne> d<>
para sólidos obtidos com a rotação da região em torno dos e i·
eixo x, das áreas limitadas pelas curvas c retas a seguir.
xos de co<>rdenadas, mas nem sempre. P<>r exemplo, quando
15. x = ../i, x = -y, y = 2 uma região gira em torno do eixo y e estamos usando anéis,
devemos integrar em relação a y. Entretanto, pode não ser
16. x =y', x = -y, y = 2, y<:O
possfvel expl'essar o integrando em termos de y. Em casos
17. .< = 2y-y', x = O como esse. o método da casca permite integrar em relação a x
18. x = 2y -y', x=y em vez de y. Os exercícios 25 e 26 permitem perceber isso.

19. y = !x!, y= I 2S. Calcule o volume elo sólido ohtidtl com a rnrnção, em tor-
no de cada eixo coordenado. d.a região limitada por y = x
20. y = x, y :: 2t, )' = 2
e y = :(! usando
lJ. y = v;, ,Y = 0. J' = X - 2
22. )' = \h. y = 0, )' = 2 - X (a) o método da casca.
(b) o método do anel.

Revolução em torno de retas horizontais 26. Calcule o volume do sólido obtido com a rotação da região
tl'iangular limitada pelas retas 2y = x + 4, y =x ex :: O, em
Nos exercícios 23 e 24. use o método da casca para deter·
torno
minar o volume dos sólidos obtidos com a rotação das regiões
sombreadas em l<>mo dos eixos indicados. (a) do eixo.<, usando o métod.o do anel.

23. (a) Eixo x (b) Rctay = I (I>) d<> eixo y. usando o método da casca.

(c) Reta y = 8/5 (d) Reta y = -215 (c) da retax =4, usando o método da casca.
(d) da reta y = 8, usand<> o métod<> do anel.
448 Cálculo

Escolhendo cascas ou anéis 34. A regaao~ no primeiro quadrante, l irnitada superior..


mente pela curva y = 11..[;, à esquerda pela reta x = 1/4
Nos exercícios 27-32, determine os volumes dos sólidos
e inferiormente pela reta y :::=: I, gira em torno do eixo y,
ohtitlos: com a rot:tç;}o lb s. regiões em t(lrno dos eixos: tt~ ­
gerando um sólido. Determine o volume do sólido pelo
dos. Se preferir, pode usar anéis nesses exercícios.
método
27. O triângulo com vértices (I, 1}, (I, 2) e (2, 2) em torno
(•) do anel.
(a} doeixox
(b) da casca.
(b) doeixoy
(c) da reta x = 10/3 Escolhendo discos, anéis ou cascas
(d) dareta y = 1
35. A região aqui apresentada gira em torno do eixo x ge·
28. A região limitada por y = ,J;,y =2, x =O <m tomo
rando um sólido. Qual dos métodos (disco. anel> cas·
(a) do eixo x ca) você usaria para dctern1inar o volume do sólido?
(b} do eixo y
Quantas integrais seriam necessári:as em cada caso?
Explique.
(c) daretax = 4
(d) daretay = 2

29. A região. no primeiro quadrante, limitada peJa curva x =


y -I e pelo eixo y em torno
(a) do eixo x
(b} dar<lay=l
36. A região apresentada aqui deve girar em torno do eixo)~
30. A região, no primeiro quadrante, limitada por x = y - y', gerando um sólido. Qual dos métodos (disco, anel, casca)
x = 1 ey = 1 em toroo você usaria para determinar o ''Oiumc do sólido? Quantas
(a) doeixox
integmis seriam necessárias em cada caso? Justifique suas
re.spostas.
(b) doeixoy
...
(c) darelax = I
(d) darelay = I

31. A região limitada por y = ..[; e y = x'/8 em torno


(a) do eixo .<
(b) do eixo y
-t
32. A região limitada por y = 2x - x' e y = x em torno
(:a) do \lixo y
(b) darctax = I Teoria e aplicações
33. A região, no primeiro quadrantc,limit<tda superiormcn ·
37. Equivalência dos métodos do anel c da casca para a
te pela curva y = llx 11• . à esquerda pela reta,'( = 1116 e
determinação do volume Seja f derivável c crescente-
inferiormente pela rctay = 1, é girada em torno do éixox
no intervalo a ,;; x S b, com a > O, c suponha que f tenha
gerando um sólido. Determine o volume do sólido pelo
uma inversa dcrívávcl. f ~ 1 • Gire em tomo do eixo y a
método
região limitada pelo grálico de f e pelas retas x = a ex
(a) do anel. = /(b}, gerando um sólido. Desse modo, os valores das
(l>) da casca. int<grais dadas pelos métodos do anel c da casca terão
valores idênticos:
snow
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 449

f."2r.x(f(b) - 38. A região entre a curva y = sec- 1 x e o eixo x de x = 1 até x =


lIM
f (b)
r.((r' (y))1 - a') dy =
..
f(x)) d< 2 (mostrada a seguir) é girada em torno do eixo y gerando
um sólido. Determine o volume do sólido.
y
M
W(1) =
l / (•)
17((r' (y))2 - a 2) dy #
3
S(t) = [ 2r..r(j(1) - j(x)) d<
--=ol---..l...---2:---. ·'
.Então, mostre que as funções WeScoincidem em um pon·
to de (a, bJ e possuem derivadas idênticas em (a, bj. Como ~9. Determine o volume do sólido gerado pela rotação, em
você viu no Exercício 126 da Seção 4.8, isso garante que torno do eixo y, da região delimitada pelos gnlficos de
=
W(t) S(t) paro qualquer tem [a, b). Em particular. W(b) = y=c-.a: y=O,x=Oex= 1
S(b). (Fonte: "Disks and shells revisited~ de Walter Carlip.
40. Determine o volume do sólido gerado pela rotação, em
Americnn Matltematical Monthly, v. 98, n. 2, fev. 1991, p.
torno do eixo x, da região delimitada pelos gráficos de
154-156.)
y = e1tll,y = l ex = In 3

Comprimento de curvas planas

Companion Sabemos o que significa o comprimento de u.rn segmento de reta, mas~


Wcbsite sem cálculo. não temos uma noção precisa do co1nprimento de uma cul'va
Uivgrafia hi.stóri<<l ondulante. A idéia de aproximar o comprimento da curva que vai do ponto
A ao ponto 8 subdividindo·a em várias partes c unindo os sucessivos pontos
Arquimedcs de divisão com segmentos de reta remonta à Grécia antiga. Arquimedcs usou
(287-212 a.c.) esse método para aproxitnar a circunferência de urn círculo: e1e inscreveu un"'
polígono de n lados no circulo c, depois, usou geometria para calcular seu
perímetro (Figura 6.23). A Figura 6.24 estende essa idéia para uma curva mais
geral. Agora, descreveremos como esse método funciona.

I 1\

\ 1/
11=4 11=8 11 = 16
FIGURA 6.23 Arquimedes usou o perímetro de polígonos ins-
critos para aproxi.mar a circunferência de um círculo. Para 11:: 96,
esse método de aproximação diz que a drcunferCncia do drculo 1:
n ~ 3,14103.

Comprimento de uma curva definida paramctricamente


Seja C uma curva dada parametricamentc pelas equações
x = /(t) e )' = g(l), a S t S b.
450 Cálculo

Pressupomos que as funções f e g tenham derivada:s continuas no in~


tervalo (a, b) e que essas derivadas não sejam simultaneamente nulas. Tais
funções são chamadas continuamente deriváveis, e a curva C definida por
elas de cun•a Usa. Talwz aJude Imaginar a curva como a traJetória de uma
partícula que parte do ponto A e (/\a), g(n)), no instante I e a, c se dirige
ao ponto 8 = fl.b), g(b)) (veja a Figura 6.24). Subdividimos essa trajetória
(ou arco) AB em " pedaços nos pontos A = P,.P,.P,, ,P. = 8. Esses pon-
tos corrcspondcm a uma partição do intervalo (a, bj formada pelos pontos
a = 10 < 11 < 1, < < t. e b, onde P, e (1\t, ), g(t,)). Unimos os pontos sucessi-
vos dessa subdivisão por segmentos de reta (Figura 6.24). Um segmento de
reta representativo tem comprimento
Lt = Y(õx, )2 + (õy,)2
= Y[J(r,) - f (r, _ ,)J' + [g(t,) - g(r, _ ,)J'
/) = ''"
c (veja a F'igura 6.25). Se Att é pequeno, o cornprimento Lk é aproximadamente
igual ao do arco P,_,P,. De acordo com o teorema do valor médio, existem
números tk' c t,/· em (tJ:.t•l.tl tais que
óx, = f(r,.) - /(lt - ol = f'(r;) t!.r,
õy, = g(r; ) - g(tt-ol = g'(r; ') õr,
pl
~01-----~~----------+ K Pressupondo que a trajetória de A até 8 seja percorrida exatamente uma
vez, conforme t avança de 1 = n para t = b, sem que se vohe para trás nem se
FIGURA6.24 A curva C, definida passe duas vezes pelo mesmo ponto, uma aproximação intuitiva do ..compri·
parametricamente pelas equações x = menta"' da curva AB seria a soma de todos os comprimentos LA::
j{l) e y e g(l), a :S I :S b. O comprimento
da curva de A até 8 é aproximado pela
soma dos comprimentos do caminho
.
2:L• = 2:" Y(Ax,)' + ( óy,)l
•• • k• l
poligonal (segmentos de reta), come- •
çando com A :::: P0 , indo depois para = LY[/' (r; )f + [g'(r(' )J'.ó.r,
P1, c assim por diante, até chegarmos a •=•
B= P•.
Embora essa última soma à direita não seja exatam.cnte uma soma de
Riemann (pois f' e g' são calculadas em pontos diferentes), um teorema
de cálculo avançado garante que seu limite, quando a norma da partição
tender a zero, será a integral definida

)"

Assim, é razoável definir o comprimênto da curva que ·vai de A até 8 c.omo


I essa integral.
: 4)'4
I
---------.J
A.l'J.>
Definição Comprimento de uma cun'a para métrico
P, . 1 = (f{r, . 1).8(1, . 1l) Se uma curva C é definida parametricrunenle por x e }(I) e y e g(l), n
:S I,; b, onde f' e g' são continuas c não são simultaneamente nulas em
~----------------------+ X
o [a, b), e C é percorrida exatamente uma vez, quando t avança de 1 = a
para 1 e b, então o comprimento de C é a iotegral definida
F IGURA6.25
xilnado pelo segmento de reta mos·
trado aqui cujo cornpri1ncnto é LJ: =
L = 1' V[j'(r)] 2 + [g'(r)J2 dr

~<A.<.>'+ (óy, )' .


snow
Capítulo 6 Aplkações de integrais definidas 451

Uma curva lisa C não se dobra para trás nem muda de direção no intervalo
de tempo [n, bj, pois (f)'+ (g)2 >O ao longo de todo o intervalo.
Se x = j(t) c y ~ g(t), us<IJldo a notação de Leib11i2 temos o seguinte resul-
tado para o comprimento do arco:

L = 1• (dx)2 ("y)l
-+-
dr dr
til (l)

Ese houver duas pc\rarnetrizaçõcs diferentes para uma curva C, cujo compri-
mento que-remos determinar, importará qual delas vamos usar? A resposta (vinda
do cálculo avançado) é não, desde que a parametrização escolhida se adapte às
:ondiçôe$ estabelecidas na definição do comprimento de C(veja o Exercício 36).

F.XEMPLO 1 A circunfcr~nda de um circuJo

Determine o comprimento do círculo de raio r definido parrunctrica-


mente por
x ~ rcost c y ~ rscnl, 0 :S I S 2rr
SOLUÇÃO Quando t varia de O para 2rr, o circulo é atravessado exa-
tamente uma ve-L; logo, a circunferência é

L=f.' !!!.)
dt
' +( dydt ), dt
Determinamos
tlt dy
til = - rsen /, dl = r COSI
)'
e

Logo
{'"
L= j(J W dr = r[r]~• = 2rrr

-I
EXEM I> LO 2 Aplicanc.lo a fórmula p3ramétrica para o compl'imen-
FIGURA 6.26 Oastróidedo E.xemplo 2. to de uma cun·a
Determine o comprimento do astróide (Figura 6.26)
X • <Cô3' t, y• 3Cr'l) t, 0 S t S 2tr

SOI.UÇÃO Devido à simetria da curva em rclaç;\o aos eixos das co-


o~;denadas, seu comprimento é quatro vezes o comprimenro da porção que
está no primeiro quadrante. Temos então
x = cos3 t, y = sen3 t

(~~; Y• [3 cos2 r( - sen r)J 2 • 9 ecos• rsen' r

( tldxr ) ' + (ddyr·)' = Y9 cos' rsen 2r(cos2 r + scn 2r)


452 Cálculo

• V9cos' t sen 2t
• 3 lcostscn ti (<.>~ t ~nt i2'! 0DJM:I
;;; 3costsent 0 :S:: I :S ;oj l

Portanto,
Comprimento da porção no primeiro quadrante =
rw/2
= Jo 3costsentdl
3 r~12
• 2Jo scn2tdt
l:Ol>IM:n l •
0 / lls.c:n 21

= -lcos2t]#/2 = 1
4 o 2

O comprimento do astróide é quatro vezes isto: 4(3/2) ~ 6.

Comprimento de uma curva y =f(x)


Dada uma função cootinuamente derivável y = j(x). ti ~ x s b~ podemos
considerar x = t como um parâmetro. O gráfico da função f será, então. a em··
Compaoion va C dcfh1ida paramct.ricamcntc por
Wcbsitc X~I y ~ j(t), (f S I S b
C
lliul~rafi.a hislúrica um caso especial do que examinamos antes. logo.
Crcgory St Vinccnt dy
dx • 1 e
(1584-1667) dt -
dt - j'(t)
A partir dos cálculos que fizemos na Seção 3.5, temos
dy dyj dt '
<L< = d.tf dr =f (t)

o que dâ

(~;) ' + (?,Y = 1 + [J'(r)]'

+ (''Y)'
llr'

= I + [J' (x)] 2
Substituições na Equação(!) levam à fórmula do contprimcnto do arco
para o gráfico de y = fl.x) .

Fórmula para o comprimento de y =j(x), n s x s b


Se f for continuamente dcrivávcl no intervalo fechado [n, b] , então o
comprimento da curva (gráfico) y = fl.x), de x = na x = b, será

L~ t I+ ('J:Y dx ~ t Yl + [J'(x)]'d.r (2)


Capítulo 6 Aplkações de integrais definidas 453

EXEMI'LO 3 Aplicando a fómlllla do comprimento do arco para


um gráfico
Determine o comprimento da curva

y = t (e-' + e-·'), 0S xS 2

SOLUÇÃO Usamos a Equação (2) com " c O, b c 2, c

Y ~ t<•' +e-")

l + (-dy)2
dx 4
1
= - (e 2 ' + 2 + e- 2 ') = - (e'+
2
[I e-·' ) ]2

O comprimento da curva de.< = Oa x = 2 é

oom
fi • O, b e 2

Lidando com descontinuidades em dyldx


Em um ponto de uma curva onde dy!dx deixa d e existir, dx!dy pode existir
c então podemos determinar o comprimento da curva expressando x em fun·
ção de y e aplicando a equação a seguir, análoga à Equação (2).

l~rmula para o comprimento de x .:::1 g(y), t S y :S ti


Se g for continuamente derivável em (c, d), o comprimento da curv11 x c
g(y), de y = c a y = d, será

L =
1"
c
I + (d d; )2dy = 1" J1
c + [g,'(y)f tly (3)

FJ:F.MPI.O 4 Comprimento de um gráfico que lean uma dc~conti·


nuidade em dylllx
Determine o comprimento da curva y = (.<12)113 de x = Oa x = 2.
SOLUÇÃO A derivada

tly = '],
tl<32
(;r)-1/3(l)
2
= l ('1,)1
) X
/.l
não é definida em x = O, portanto não podemos ·determinar o comprimento
da curva com a Equação (2).
454 Cálculo

y Portanto, reescrevemos a equação para expressar x em termos de y:

)' = {t)"'.O:ss:s l r= (It


y 3/2 =I F.léh! :un~~ ,,\
l.ul~,~ !1fk'té,.ci:~ :v2.
X • 2y 3/2
-=f-------~--------~--> X
o 2
Assim, podemos ver que a curva cujo comprimento procuramos é
FI GURA 6.27 0 gráfico de y = (x/2)m também o gráfico de x =2y'12 de y =O a y = I (Figura 6.27).
de x = O a x = 2 é também o gráfico de A derivada
x = 2y"' de y = Oa y = I (Exemplo 4).
d.< = 2(l)r•12
dy 2
= 3
y'f2
é continua em (0, I]. Podemos então usar a Equação (3) para determinar
o comprimento da curva:

L= t )I + (~;Y <ly =lo' v'i+9; dy l:.qu:lçàll ( ~l


ç,,m c- O. tl
Fa'-71" I ~ 9y
c tJu.•J Jy.
2 I +
I -(
=-· 9y) 312 ]' int.:.greé
9 3 o ~\Jb\tllll;l

Companion = i
7 ( 10Víõ - I) "" 2,27
MU\!Imi!I\IC,

Wcbsite
Uiogr;afia hisl<•rica

}ames Grc~ory A fórmu la diferencial resumida


(t638-t61$)
Muitas vezes, a Equação (!) é escrila em termos de di:ferenciais, e não de
derivadas. Fom1almentc, isso é feito assim: escreve-se (dt) 1 sob o radical, em
vez de dt fora do radical~ c depois escreve· se
2 2
(d.')
dt
(clt)l = (d.<
dt
dt) = (dx)Z

tly)Z(dt)
(--
dt
2 = (dy )2
- til = (t/y) 2
dt
T.o1mbém 1: comum eliminar os parênteses em (dx)'~ c escrever dxl. de modo
que a Equação (I) passa a ser escrita assim:

L • j V<Lt2 + dy2 (4)

Podemos pensar nessas diferenciais como uma maneira de resumir e sim~


plifkar as propriedades das integrais. Em livros mais avaJlÇados. as diferem·
ciais recebem uma definição matemática precisa.
Para fazer um cálculo integral, é preciso expressar lix e dy em termos de
uma única variável, a mesma para os dois, c inserir os limites apropriados na
Equação (4).
Uma boa maneira de memorizar a Equação (4) é escrever
(5)
e considerar ds como a diferencial do comprimento do arco, que pode ser
integrado entre limites apropriados para informar o comprimento total de
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 455

·' uma curva. A Figura 6.28a dá a interpretação exata de ds correspondente à


Equação (5). A Figura 6.28b não é totalmente precisa, mas deve ser encarada
como uma aproxima~o simplificada do Figura 6.28a.
Com a Equaça.o (5) em m ente, a maneira mais rápida de recordar as (ór·
muJas para o comprimento do arco é memorizar a equação

o
Comprimento do arco= Jds

.•.
(o)
j
Se escrevemos L= ds e temos o gráfico de y = .ftx), podemos reescrever
a Equação (5) para obter

dyr) L'
1+ ( - '
tl\'

o que resultará na Equação (2). Se tivermos, em vez disso, x = g(y), reescreve-


mos a Equa~o (5)
~-------.<
o
(b) ~l\·2
ds = V<L'' + dy 2 - 1 + - , dy=
dy-
FIGURA 6.28 Diagramas para memo-
rizar a equação ds = Jdx: + dy':. . c obtemos a Equação (3).

Exercícios 6.3
Comprimento de curvas parametrizadas 13. x=(y'/4)+ 1/(Sy') de y= I ay=2
(Dicn: I + (dxldy)' é um quadrado perfeito.)
Nos exercidos 1-8. detennine o comprimento das curvas.
14. x s (y'/6) + 11(2y) de y= 2ay s 3
I . x a l-1, y = 2+3t, -2/3 S I S I
(DiCil: I + (dxldy)' é um quadrado perfeito.)
2. x u cos t, y = 1 + scn t. Os: t s: n
3• •<• t', y =3t'l2, os 1 s .,fj 15. y= (3/4)x'"- (3/8)x'" + 5, 1 SxS 8

4. x =r/2, y=(2t+ l)m/3, OS I :$ 4 16. y=(x'l3)+.t-'+x+ l/(4x+4), 0SxS2


5. X= (21 + 3)·"'13, y =I+ 11/2, 0 SI:$ 3 17. )' =
)'Vsec'
Vi""='?. - 1/2 :S .t :S 1/2
6. x=8cos 1 + 81 scn 1,
7. x=e' - 1, y=4etn,
y=Sscn 1- Stcosl,
OS I :$ 3
OS 1S1f/2 18. x =
!. 1 1 dt, -1r/ 4 ::S )' :S 1r{4

8. X= e' COSI, y = ef sen I, 0:$ I :$ 1r


D Determinando integrais para o
Determinando o comprimento de curvas comprimento de curvas
Nas curvas dos exercicios 9- 18, determine os respectivos Nos exercícios 19-26, faça o seguinte:
comprimentos. Se \rocê tiver um registrador de gráficos, talvez (a) Monte uma integral para o comprimento do. curva.
queíra esboçar o gnlfico dessas curvas para ver como elas são.
(b) Trace a curva para ver coono ela é.
9. y = (1!3)(x' + 2)"' de x = O a x =3
(c) Use seu registrador de gráficos ou programa para cal-
10. y=x'" de .<=Oax=4 cular integrais e determine o comprimento d::~ curva
11. x=(y'/3)+11(4y) de y= l ay=3 numericamente.
(Dica: I + (d:<ldy)' é um quadrado perfeito.) 19.y= x', -l sxs 2
12. x=(ylll/3)- y'" de y= Jay=9
20. y= tgx, - 1r/3 S x S O
(Dica: I + (dxldy)' é um quad.rado perfeito.)
snow
456 Cálculo

21. x=seny,
22. x=~l - y',
O:Sy:S rr
-ll2 :> y :S 1/2
l. =j'JI+ y1,dy
I

23. y+2y = 2x+ I de (-1, -l)a(7, 3)


(b) Quantas curvas desse tipo existean? Justifique suares-
2•1. y= senx - xcosx. O :!S: x 5n posta.

25. )' = 1s tgtdl, 0 S X ::S w/ 6 31. Determine uma curva que passa pela o rigem no plano de
coordenadas c cujo comprimento de x =- Oa x = 1 é
26. X= f.' Yse< 2
1- I dl, _,, 3 ::5 y ::5 "'4
L= J.'JI+ ±e' d.<
32. Determine uma curva que passa pelo ponto (1, 0) cujo
Teoria e aplicações comprimento de x = I a x = 2 é
27. Há uma curva lisa (continuamente derivável) y= f(x) cujo
co•nprime•ltO, ao longo do intervalo OS ...: s: n, é sc•npre
L · i'~ I + x·1, ti<
1

.fia? justifique sua resposta. 33. Detemlinc o comprimento da curva


X e In (sec I + tg 1) - scn I
28. Usando segmentos tangentes para deduúr a fórmula do
comprimento para curvas Suponha que f seja lisa em y = cos I, Os; I~ rr/3
(a, bJ c divida o intervalo (a, bJ do modo usual. Construa 34. Determine o comprimento de um arco do ciclóide x =
o segmento tangente no ponto (xk_ 1 ,ftx,~.-. 1 )), em cada su- n(ll - sen 11), y ; n(l - cos 11), O :S I) :S 2rr, mostrado na
bintervalo (x,~,.. 1, x,..). como se vê na figura. figura a seguir. Um ciclóide é a cu f\,.. formada por um
(a) Mostre que o comprimento do k-ésimo segmento ponto P na circunferência de um círculo que rola sobre
uma reta, como o eixo x.
tangente ao longo do intervalo [xt.,. xtl é igual a )'

J<t..x,)' + (/'(x._,)t..x!l-
(b) MoSire que

lim L (comprimento do k-ésimo segmento tangente)=
, • • I} 1• 1 1'~I +
• (f'(x))' dx. 35. Determine o comprimento da curva
que é o comprimento L da curva y = j(x) de a a b. x = e' + c...,, y = 3 - 2t, O s r s 3

36. Comprimento indepcude de paramel rização Para ilus-


trar o fato de que os números que obtemos para o compri-
mento não dependem da maneiro como parametrizamos
I nossas curvas (exceto no caso das pequenas restrições que
----...;_ Sc~~nto IMgente cvitanl que a curva se dobre para trás. conforme menciona-
: com cocf'iciemc angular do nntcriormcnte), c:alculc o comprimento do scmlc:lrculo
__;_..;.::::::..--,----.; f'(,,,_,)
I
I
y :::: .J1 - .t 1 com esta.'i duas diferentes poarametrizaçõe.s:

----'--------'-x'...--- x
,\'4- 1
I
(a) x = eos 21, y ; sen 21. O :< r ::5 'TT'/ 2
(b) x ; senr.1. y; cos r.1. - 1/ 2 ::5 r s 1/ 2
29. (a) Determine uma curva que passa pelo ponto (I, I)
cuja integ(al do comprimento é
f USANDO O COMPUTADOR
L=[JI +;,<i< Nos exercícios 37-46. use um SAC para executar os passos
a segtair para a curva dada ao longo do intervalo fechado.
(b) Quantas curvas desse tipo existem? Justifique suares-
posta. (a) Esboce a curva e as aproximações feHas com o traça-
do poligonal para " = 2, 4, 8 pontos de partição, ao
30. (a) Determine uma curva que passa pelo ponto (0, I),
longo do intervalo. (Veja a Figura 6.24.)
cuja integral do comprimento é
snow
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 457

(b) Determine a aproximação correspondente ao com ~ -'0. f (:r) a ,\·2cosx, O :Si .t' .s 11
primento da curva, somando os comprimentos dos
X - I I
segmentos de retas. 4
1. /(., ) = 4x' + 1' -2 "'·' "'
(c) Calcule o comprirnento da curva usando uma in- 42. / t,) = ·'' - ·''· -I s X s I
tegral. Compare suas aproximações para 11 = 2, 4, 8
com o comprimento real dado pela intcgrnl. Como o
43. ;r= 3I 11• y = 2I 1z. O ::ã t :S I
comprimento real se compara com as aproximações 44. X= 213 - 1611 + 2)1 + S. y = 11 + I - 3. os I s 6
quando n aumenta? Explique sua resposta. 4:;, .~ • I - COSI. y • I + S.C-n l. - 'ft ~ I :S '1T

37. /(.,) • ~. - I s .r s I 46. ,, = In I, y = v'i"+i. I S I S 4

.lH. /(,, ) = x'" + x"'· O s x :S 2


39. f(x) = sen (,,,'). O s ·' s VÍ

Momentos e centros de massa


Muitas estruturas t sistemas mecânicos comportam-se como se suas mas-
sas estivessem concentradas em um único ponto, chamado centro de massa
(Figura 6.29). ll importante saber como localizar esse ponto, c fazê-lo é ba-
sicamente uma operaç-.lo maternática. No momento, lidamos com obje-tos de
uma e duas dimensões. Objetos tridimensionais 'têm maior relaç.-1.o com as
integrais múltiplas do Capitulo 15, Volume 11.

(b)

FIGURA 6.29 (a) O movimento de$.Sa chave inglesa


deslizando no gelo parece errático até que percebemos
que a chave está simplesmente girando em torno do seu
centro de massa. conforme o ccnlro desliza em linha
reta. (b) Os planetas. asteróides e cornetas de nosso sis-
tema solar giram em torno de seu centro de massa cole-
tivo (situado dentro do Sol.)

Massas ao longo de uma reta


Dcsemrolvcmos nosso modelo matemático em es-tágios. O primeiro está·
gio é i.magi.nar as massas m., m1 c m l em um eixo x rígido mantido por um
apoio na origem.
x,,
• 1 .r
"'• ~m:t
Apoio ltá
ori,cm
O sistema resultante pode ficar equilibrado ou não. Depende do tamanho
das massas e de como elas estão dispostas.
Cada massa m~; exerce uma força mkg (o peso de mA..) para baixo igual à
magnitude da massa vc1.es a aceleração da gravidade. Cada uma dessas forças
(3)
458 Cálculo

tende a provocar a rotação do eixo em torno da origem, do modo corno vOGê


rnove uma gangorra. Esse efeito de rotação, chamado totque, C medido multi·
plícando-se a força m,g pela distâllcia x1 determinada, do ponto de aplicação à
origem. Massas à esquerda da origem exercem torque negattvo (sentido ant1· ho·
rário). Massa.ç à direita da origem cxct·cem torquc positivo (sentido horário).
A somados torques mede a tendênc;a de rotação de un1 s.istcma em torno
da origem. Essa soma é chamada torque do sistema!.
Torque do sistema=- m1gx 1 + m~-'<1 + m,gx-' (I )
O sisccrna ficará em equilíbrio se e somente se seu torquc for zero.
Se fatoram10sg da Equação (I), veremos que o sistema de torque é
..!_. (m 1x 1 + m1 x 1 + m3 x.~ )
c""" t ..,....n~M,.-,.
do• n-) .o.."Uhhrn•('
tt-,11,~..,.~--."k'uM~<o:.•
1&o ~l"'•'JIIit

Assim, o torquc é o produto da aceleração gmvitacional g, que é uma ca-


racterística do meio ambiente no qual o sistema existe, e o número (m 1x 1 +
m2 x2 + m3 x3) , que i: uma característica do próprio sistema.,. uma constante que
permanece a mesma, não importa onde o sistema esteja localizado.
O número (m 1x 1 + m]:Xz + mJx1) é chamado momento do sistema em
torno da origem. 11 a soma dos momentos msgxt• ut?tX·J:.> »>38X3 das massas
individuais.
M 0 = Momento do sistema sobre a origem :: í: mt.~t

(Passamos aqui para a notação sigma para permitir somas com mais termos.)
Gemlrnente queremos saber onde colocar o apoio paro (azer o sistema fi.
car em equilíbrio, ou seja, em que ponto X colocá~ lo pa.ra que a soma dos
torques dê zero.
x,

.\', o,, :i .\)
I I l X
m, /__~. mz "'·'
t.oc.ll ização es()e(.i~l
para f.oquilfbrio

O torque de cada massa em torno do apoio nessa localização especial é


_ ( distância assinalada ) ( força )
Torque de m, sobre x = _
de nr1 em relação a x des:c endcntt

Quando escrevemos a equação que diz que a soma desses torqucs é. zero,
temos uma equação que podemos .resolver para X:

L (x, - 'i)m, g = O
gL (x, - x>m, =o
L (m,,v, - :Tm, ) • O

L mtXt - ~ Xmt = O

Lmt Xt-= X Lm~.:


_í:m~,x,
x = ~,..::..::
Í: m,.
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 459

Essa. última equa~o nos diz para determinar X dividindo o momento do


sistema em torno da origem pela massa total do sistema:
. ~ m~. xl momento do s:istcma. em ·torno da orig~m
X• -
2:
m1

massa do sist-ema

O ponto X é chamado centro de massa do sistema.

Fios e barras finas


Em muitas aplicações práticas, queremos conhecer o centro de massa de
uma barra ou um pedaçoestrcitode metal. Em cas:os como esses. em que po~
demos modcla.r a distribuição de massa com uma função contínua. os sinais
de soma em nossns fónnulas tornam·sc integrais de uma maneira que agora
desc.re,·emos.
Imagine uma longa e fina faixa situada ao longo do eixo.'(, de x = na x = b,
c cortada em pequenos pedaços de massa flmt em uma partição do intervalo
(a, b). Suponha que x, seja um ponto qualquer no k·ésimo subintervalo da
partição.
x,
~-=
"
---=
---=
---=
---3
-- âtn~ ::$=---=---=r--··
b

O k-ésimo pedaço é ox, unidades de tamanho e situa-se a aproximada·


mente .'(J: unidades da origem. Agora observe três coisas.
Prirncira. o centro de massa da faixa X é aprox.ünadamente o mesmo que
o do sistema de pontos de massa que obteríamos .anexando cada massa 6mJ:
ao pontoxk:
Momento do sistema
x~
Massa do sistema
Segunda, o momento de cada pedaço da faixa em torno da origem é apro·
Densidade ximadamcnte Xt A.m~:, portanto o momento do sistema é aproximadamente a
A densidade de um material é sua massa soma de Xt 6m~
por unidade de volume. Na prática, entre~
Momento do sistema~ L xt Wtk
tanto, tendemos a usar unidades que po·
demos convenientemente medir. Para fios, Terceira, se a densidade da fatia em xAé 8(xt), expressa em termos de mas~
barras e faixas estreitas, utilizamos massa sa por unidade de comprimento, c se 8 é continu~ então A.mt é aproximada-
por unidade de comprimento. Para Colhas mente igual a 8(x,)llx, (massa por unidade de comprimento vezes compri·
planas e pJacas. usamos massa por unidade mento):
de área.

Combinando essas três observações. obtemos

-
X r=
Momento do sistema
:.:::,
X.t L x~: 8{.\·,~,.) âx.t
2: âm,t -=;;:...;:.;-~~--"
::::: (2)
Massa do sistema 2: llm, 2: 8(...-, ) !J.x,
A soma no úhhno nurncrador na Equação (2) é uma soma de Ricmann
para a função contínua xô(x) ao longo do intervalo fechado [11, b). A soma
no denominador é uma soma de Riemann para a !função 8(x) ao longo desse
intervalo. Esperamos que as aproximações feitas na E<[uação (2) melhorem
à medida que a faixa é dividida em intervalos menores e somos levados à
equação
460 Cálculo

- 1 ·.,/i(.<) "''

X = r·
}.,
8(x) <i.<

Essa é a fórrnula que usamos para determinar x.

Momcnt~ ma$sa e centro de m.;.~sa de uma barra o u faO:a fin:.t ao


longo do eixo x com função densidade cS(x)

Momento em tomo da origem: Mo = 1• xll(.<) d \· (3a)

Massa: M = 1• ll(.<) d< (3b)

_ Mo
Centro de n>assa: x= - (3c)
M

--
" Mostre que o centro de massa de uma f.'lixa reta e fina ou barra de den·
sidc\de const·ante situa·sc no meio do caminho entre um extremo c outro.
b ·' SOLUÇ,\0 Modelamos a faixa como uma parte do eixo x de x = a
FIGURA 6.30 O centro de massa a x = b (Figura 6.30). Nosso objeth•o é mostrar que =(a+ b)/2, o ponto x
médio entre a e b.
de uma barra fina e reta ou faixa
A chave(: a densidade ter um valor constante. Isso nos permite con·
de densidade constante silua·s< no
siderar a função 8(x) nas integrais da Equação (3) como uma constante
meio do caminho entre um extremo
(chame·a ó), com o resultado
e outro (Exemplo 1).

Mo= t lirxdx t[tx~J:


lixdx = = = ~(bZ - a2
)
M= t =/ir ll[xj~
li clr dr = = ô(b - a)

_ Mo
2(b'-
2 aZ)
x = -M = "';;:
li(;-;-
b- t's):-
<h 6 >Jt• a:.ar~d;hh"
a +b
=-
2- n:. rurmut:a ~ra X.

EXEMPLO 2 Barro de densidade variável


A barra de lO m de comprimento da Figura 6.31 fica mais espessa da
esquerda para a direita, de modo que sua densidade, em vez de ser cons·
tante, é ó(x) = I + (x/10) kglm. Determine o centro de massa da barra.
SOtUÇÃO O momento da barra em tomo da origem (Equação 3a) é

M
o= j '\s{:a:) dt = 110x(l + í~ )d.r = 1'0(x ·:~)tl:c
+
•\.'lollfticf.l\lf:l>dcU!\1
2 10
• [ ·;+~O o • 50 +T
' ]100 • '3
50 kg · m. tl~k<II03J•'
IIUSSI )( t~IJJI'fln~l\l
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 461

A massa da barra (Equação 3b) é

M= J.'os<x> <~x J.'" (1 + (0 )t~.•


= = ~·· + ~~[ = 10 + 5 = 1s ks
O centro de massa (Equação 3c) está localizado no ponto
- Mo
FIGURA 6.31 Podemos conside·
x = M = T · IT = 9SO "' 5,56 m
250 I
rar uma barra de espessura variável
como uma barra de densidade variá-
vel (Exemplo 2).
Massas distribuídas em uma região plana
Suponha que tenhamos um conjunto flnito de massas localizadas no pla·
)' no, com massa m, no ponto (<, , y,)(vcjaa Figura 6·.32). A massa do sistema é
Massa do sistema: M = Lmt
Cada massa mk tem um momento em torno d.c cada eixo. Seu momento
em torno do cixoxé m~t c em torno do eixo yé m,..xk. Os rnomcntos do siste·
ma inteiro em torno dos dois eixos são
Momento em tomo do eixo.\': A(~: :;: L IJJJ..Yk
FIGURA 6.32 Cada massa m, tem Momento em tomo do eixo y: M_,. = 2: lllJ;Xk

um momento em torno de cada eixo. A abscissa do centro de massa do sistema é dchnida como
_ N~. Lmkxk
(4)
X= s\1 = ~ lllk
...
Com essa escolha de X como no caso de uma dimensão, o sistema fie3
x
equilibrado em torno da reta x = (Figura 6.33).
A ordenada do centro de massa do sisterna é definida como

(5)
a
Com essa escolha de y, o sistema fica equilibrado em torno da reta y = Y
também. Os torques exercidos pelas massas em torno da reta y = Y se cance·
Iam. Assim, uma vez que o equilíbrio é atingido, o sistema se comporta como
se toda a sua massa estivesse no ponto (X, yl Chamamos esse ponto centro
fiG URA 6.33 Um arranjo bidimen- de massa do sistema.
sional de massas equilibradas em seu
centro de m:.ss~. PJaças fi nas e planas
Em muitas apJicações, precisamos determinar o centro de massa de uma
placa fina e plana: um disco de alumfnio ou uma folha triangular de aço. Nes-
ses casos, presumimos que a distribuição de massa seja contínua c as fórmulas
que usamos para calcular X eYcontenham integrais~ em vez de somas finitas.
As integrais aparecem da seguinte maneira.
Imagine a placa ocupando uma região no plano xy, cortada em faixas finas
paralelas a um dos eixos (na Figura 6.34, o eixo y). O centro de massa de urna
faixa típica é (i,j). Para nós é como se a massa da faixa óm estivesse concen-
trada em (i,J). O momento dt uma faixa em torno do eixo y é então X !J.m c
em torno do eixo x é Yóm. As equações (4) e (5) então se tornam.

2;xtJ.m L y IJ.m
L IJ.m L IJ.m
462 Cálculo

." Como acontece no caso de uma dimensão, as somas são somas de Ricmann
f aixa d~. rnassa ó.m para integrais c se aproximam dessas integrais como valores·limite, à medida
que as faixas em quca placa é cortada tornam-se cada vez mais emcitas. Escre-
vemos essas Integrais simbolicamente como

_ jX dm J y dm
:ç -= e
- J dm .f (/m
~~--------~---+ X Momentos, massa c centro de massa de uma placa 6na que cobre
o :<
uma região no plano xy
FIGURA 6.34 Urna placa cor-
tada em finas faixas paralelas Momento em tomo do eixo x: M, =f ydm
ao eixo y. O momento exercido
por uma faixa típica em torno Momento em tomo do eixo y: M,-=f x dm (6)
de cada eixo é o momento que
sua massa ó m exerceria se esti·
vessc concentrada no centro de
Massa: M =f dm

massa (X', y)da faixa. _ M,. _ M,


Centro de massa: X = M' y = M

)' ( ClU)
Para avaUar essas integrais. dcse11harnos a placa no plano de coordenadas
c esboçamos uma faixa de massa paralela a um dos eixos coordenados. Então
2 ( I. 2)
expressamos a massa da faixa dm e as coordenadas <X, j) do centro de massa
da faixa em termos de x ou y. Por fim, integramos j clm, Xdm e dm entre linli·
tes de integ1·ação determinados pela localiU>ção da placa no plano.

f.XEMI'LO 3 Placa Jc <lcnsidaJc constante


A placa triangular mostrada na Figura 6.35 tem urna densidade cons-
tante de B = 3 glcm2• Determine
(a) o momento M, da placa em torno do eLxo y.
(b) a massa M da placa.
FIGURA 6.35 A placa do Exemplo 3.
(c) a abscissa do centro de massa (c.m.) da placa.
SOLUÇÃO
Método I: faixas verticais (Figura 6.36)
(a) O momento My a faixa vertical típica tem

centro de massa (c.m.): <X,yl = (x. x)


comprimento: 2x
largura: dx
área: dA = 2xdx
massa: dm = ô tiA = 3 · 2x dx = 6x tl.x
distância entre c.m. c o eixo y: x=x

O momento da faixa em torno do eixo y é


X dm = x · 6x dx = 6.-(l dx
O momento da placa em torno do eixo y é, portanto.

M,. =f x dm = 1'6x 2
tl< = 2<3 I = 2g·cm.
snow
Capítulo 6 Aplkações de integrais definidas 463

y (b) A massa da placa:


2 ( I. 2)
M =f dm = 1 1
6xd.r = 3.r 2 J: = 3g
(c) A abscissa do centro de massa da placa:
o:.rn. tk1 faixa
I.!Siá no meio.
/)'. }') = ~T. X)
2g · cm 2
= - em
3g 3
Po.r u1n cálculo similar, podcm.os encontrar Mx e Y= lvf,JM.
-,+----,-,---!---"-I
O -+jd.tj<- - ·I
Método 2: faixas horizontais (Figura 6.3 7)
(a) O momento My a ordenada do centro d.e massa de uma faixa hori ..
Unid:ulcs: crn c..:ntimctros zontal típica é y (veja a figura), portanto
FIGURA 6.36 Modelando a placa do y =y
Exemplo 3 com faixas verticais. A abscissa é a abscissa do ponto médio atravé-s do triângulo. (sso a torna a
média de y/2 (o valor x da f."lixa à esquerda) c 1 (o valor x da faixa à direita):
(y/ 2) + )' 1 y + 2
x= 2 = 4+2 = -4-
Temos também

con1primcnto:

y (cm) largura: dy
2 -y
2 ( 1.2) área: dA = - - ,Jy
2
e.m. da raix.a 2- y
massa: (/m = ôdA = 3 · - 2
- dy

. • . d . -
dtstancm e c.m. ao c1xo y: x ~ - +- 2
)'
4
0 momento da faixa em torno do eixo y é
y + 2 2 -y 3 ,
xdm = - 4- . 3. - 2- dy = g (4 - y- ) <ly

O momento da placa em torno do eixo y é


FIGURA 6.37 Modelando a placa
do Exemplo 3 com faixas horizontais. My =f Xdm = [ t<4 - y )/(l• = H4y-J;J:= t
2
cn = 2g·cm
(b) A massa da placa:

M = f""' ; [t<2- y)<ó> = H2y- ~· J:= t<4- 2) = 3s

(c) J\ abscissa do centro de massa da placa:

_ M,. 2g·cm 2
x = M = 3 S = 3 em.

Por um cálculo similar, poderíamos determinar M>t c Y.

Se a distribuição de massa em uma placa fina e plana tiver um eixo de


simetria, o centro de massa vai situar-se nesse eixo. Se existirem dois eixos# o
centro de massa vai situar-se na sua interseção. Ess.es fatos geralmente ajudam
a simplificar nosso trabalho.
snow
464 Cálculo

Como determinar o centro de massa EXEMPLO 4 Placa de densidade constante


de uma placa Determine o centro de massa de uma placa fina de densidade constan-
1. Desenhe a placa no plano .<y. te 6 que cobre a região limitada superiormente pela parábola y ; 4 - >? e
2. Esboce uma fatia de massa paralela a inferiormente pelo eixo x (Figura 6.38).
um dos eixos coordenados e determine SOI.UÇÃO Como a placa é simétrica em tomo do eixo ye sua den-
suas dimensões. sidade é constante. a dist-ribuiç.io de massa é simétrica em torno do eixo y
3. Determine a massa da faixa dm e o ccn- e o centro de massa situa·:se no elxo y. Assim. X ::: O. Falta então determi·
trode massa Cx,y). nory = M , IM.
4. Integre Y dm, X dm c dm para dctcrnli· Uma tentativa de cálculo com faixas horizontais (Figura 6.38a) leva a
narMx.M.1 cM. uma integração inconveniente.
S. Ojvida os
x
calcular e y.
momentos pela massa para
M, = 1" 2Sy-v4=): dy

Modelamos. portanto, a d istribuição de massa com f.'lixas verticais (Fi·


gura 6.38b). A faixa vertical tlpicatem

~ -'
4 2
centro de massa (c.m.): (:\', Y) = (•. 4 )

comprimento:

largura: tl<

~L--,..I---_J,-----> X área: dA = (4 - x 2)tlx


-2 o 2
(a) massa: dm = S <IA = S( 4 - .x2) ti.<

y -y =4 -- -.\'2
-
distância entre o c.m. e o eixo x:
2
4
O momento da faixa em torno do eixo x é

= 2s (4 - .r)
2
y dm = -4 - - ·-r • S(4 - x-}tLr
' 2 2
tl.r
2

y
2
-'L--,..I..:"--"---l-'+"----+ .r
-2 o .r 2
->ld.<l<-
(b)
(7)
fiGURA 6.38 i\ modelagem da placa
do Exemplo 4 com (a) faixas horizon- A massa d..'\ ph'l'a é
tais leva a uma integração inconve·
niente, portanto a nlOdelamos com (b)
faixas verticais.
M=
f ( 2
dm = ) _ S(4 - x 2) dx =
2
332 ô (8)

Portanto,
_ M, (256/ 15)S 8
Y= M' = (32/ 3) s = 5
O centro de massa da placa é o ponto

(x.Y) = (o. ~)
snow
Capítulo 6 Aplicações de integrais definidas 465

EXEMPLO 5 Placa de densidade variável


Determine o centro de massa da placa do Exemplo 4 se a densidade no
ponto (x, y) for ó = 2x', duas vezes o quadrado da distância do ponto para
ocixoy.
SOLUÇÃO A distribuição de massa é ainda simétrica em torno do
y, x
eixo portanto = O, Com ó = 2x', as equações (7) e (8) tornam-se

M =f dm = 1'
-2
8(4 - x2) tlt = 1'
-2
2x2(4 - x2) tlt
2

1 2
(S.t2 - 2.t4 ) dt a
256
-
1)-

Portanto,

O novo centro de massa da placa é

Çr.:Y) = (o.~)

llXEMI'LO 6 Fio de densidade constant<:


y
Um pequeno segmento Detcnninc o centro de massa de um fio de densidade constante 8 com
tfploo ck fio tém
tlm = 8 d.1 = OOdO. formato de semicírculo com raio a.
SOLUÇAO Modelamos o fio com o semicírculo y = .Ja' -x' (Fi·
gura 6.39). A distribuição de massa é simétric" em torno do eixo y, por·
tanto X = O. Para determinar )i. imaginamos o fio dividido em pequenos
X segmentos. O segmento típico (Figura 6.39a) tem
a
(a)
comprimento: ds = a dO
massa: tlm = 8 tis = ôa tiO c:ovm,,r.m.;:nto w1:~·~
y distância entre o c .m. e o eixo.~: Y =: a sen O c:om)lthm~mu.

Portanto.
a
_ f f dm J"a sen 9 ·Stt tiO 8a 2[- cos o]o
"
y = = 0 = 1.(/
c.m.
(o.~~~ jdm f0" &1 <111 &nr 1r

O centro de massa situa·se no e ixo de simetria no ponto (O, 2a/JT), cerca


- ú o ti de dois terços do caminho para cima a partird;a origem (Figura 6.39b).
(b)

fiGUI~A 6.39 O 6o semicircular do


Exemplo 6. (a) As dimensões e variá·
vcis usadas para determinar o centro Centróides
de massa. (b) O centro de 1nassa não se Quando a função dellSidadc é constante, ela se cancela no denon>inador
situa no fio. e no numerador das fórmulas para X e y. Isso aconteceu em quase todos os
snow
466 Cálculo

exemplos desta seção. No que diz respeito a x e y, ô poderia muito bem ter
sido J. Assim~ quando a dens-idade é constante, a localizaç.ão do centro de
massa é uma característica da geometria do objeto c não do rnatcrial de que
ele é ICito. Em tais casos. os engenheiros podem chamar o centro de massa de
centróide do formato, como em ~Determine o centróide ~e um triângulo ou
de um cone sólido". Para isso, simplesmente faça ê igual a 1 e continue para
determinar Xe Y corno antes. dividindo momentos por massas.

Exercícios 6.4
Barras finas
11. <f )
V\•'" = {2 - x.
.\',
O s.r< l
I :S: x s 2
I. Uma criança que pesa 80 Jb e outra que pesa 100 lb estão
equilibradas em uma gangorra. A criança de 80 lb está a 5 "') {x2,+l.
12. V\x •
Os x < l
l s xs 2
pés do ponto de apoio. A que distância do ponto de apoio
está a criança de 100 lb?
2. As pontas de um tronco são colocadas em duas ba1anças. Placas finas com densidade constante
Uma balança registra I00 kg e a outra, 200 kg. Onde é o Nos exercícios 13- 26, determine o centro de massa de uma
ccotro de massa do tronco? placa fina de densidade constante ô que cobre a região dada.
3. As pontas de duas barras de aço finas de igual compri· 13. A região limiJada pela parábola y =..'- e pela reJa y =4 .
mento são soldadas juntas em ângulo reto para fater uma
I~ A região limitada pela parábola y= 25 - x' e pelo eixo x.
armação. Localize o centro de massa da armação. (Dica: ..Jx
Onde é o centro de massa de cada barra?) 15. A região limitada pela parábola y = x- x' c pela reta y = -.<.
)'
16. A região compreendida pelas parábolasy = .~ - 3 ey = -2x'.
,) 17. A região limitada pelo eixo y c pela cu rva x = y - y', O,;
y ,; I.
18. A região limitada pela parábola x = y' - ye pela retay =x.
Uni$o em ângulo rao
19. A região limitada pclocixoxc pclacurvay = cos.t, -rr/2 S
x ,; rr/2.
20. A região entre o eixo x e a curva y = seC x, - rr/4 S x S n/4.
4. Voe~ solda as pontas de duas barras de aço em ângulo reto
em uma armação. Uma barra tem duas vezes o compri~ 21. A região limitada pela curva y = 1/x e !PelO eixo x de x = I
mcnto da outra. Onde está o centro de massa da armação? n a X :: 2. Dê as coordenadas com duas casas decimais.
(Dica: Onde é o centro de massa de cada barra?)
22. (a) A região cortada do prime-iro quadrante pelo círculo
Os exercícios 5-12 dão funções densidade de barras finas x' + y' = 9.
situadas ao longo de vários intervalos do eixo x. Use as equa- (b) A região limitada pelo eixo x e o semicírculo y =
ções (3a) a (3c) para determinar cada momento das barras em ,/9-x'.
torno da origem. a massa c o centro de massa. Compare sua resposta no itern (b) com a resposta no
>. 6(.r ) =
4, O S .r S 2 item (;~) ,
6. 6(x) • 4. I s x s 3 23. A região no primeiro e no quarto quadrantes delimitada
7. 6(.<) = I + (.t / 3). 0 s X s 3 pelas curvas y = 11(1 + x1) e y = -11(1 + x'l c pelas retas
8. 8~t) • 2 - (x/ 4), O s x s 4 x = Oex = l.
9. 6(x) a I + ( if\h). s .< :S: 4 21. A l'l.'gião limitada pelas parábolas y = 2K- 4x c y = 2x- ..'-.
10. 8(.r) = J(x-3/Z + , ->12), 0.25 s .r s I
25. A região entre a curva y = 1/..Íx c o eL<<> x de x = I a x = 16.
snow
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 467

26. A região limitada superiormente pela curva y = 1/,;, infe· que o centróide se situa na interseção das medianas
riormcnte pela curva y = - l/xl e à esquerda e a direita pela.~ mostrando que ele também se situa a um ter.ço do ca-
retas x = l c x = a > 1. Determine também lim11..."" X. minho de cada lado em dircçào ao vértice oposto. Para
Isso, siga os passos lndlc.ados.

Placas finas com densidade variável ,_ Coloque um lado do triângulo no eLxo .<,como na Fi-
gura 6.40b. Expresse rim em termos de L c dy.
27. Determine o centro de massa de uma placa fina que cobre ii. Use triângulos semelhantes para mostrar que L =
a região entre o ei.xo x e a curva y = 2/x". J s: x s 2, se a
(blh) (h - y). Substitua e.sa expressão por L na sua
densidade da placa no ponto (x. y) for 8(x) = x'.
fórmula para dm.
28. Determine o centro de massa de uma placa fina que co-
bre a região limitada inferiormente pela parábola y = :1? e
iii. Mostre que Y= IJ/3.
superior1nente pela reta y =- x se a densidade da placa no i v. Faça o mesmo com os outros lados.
ponto (x. y) for ó(x) = 12x. y

29. Determine o centro de massa da placa fina do Exercício 25


considerando que. em vez de constante. a função densida-
de seja ó(x) = 4/J;. ,t
30. A região entre a curva y = 2/xe o eixo xde x = I até x = 4 , l_ c/y
1
é girada em torno do eixo x para gerar um sólido. Ti+- - L--+J 1
y
(a) Determine o volume do sólido.
,, o
1 ,,
(b) Determine o centro de massa de uma chapa fina que h
cobre a região se a densidade da chapa no ponto (x, y) C•) (b)
for ó(x) = .J;. FIGURA 6.40 O triângulo do .Exercido 33. (a) O cen-
(c) llsboce a chapa c mostre o centro de massa em seu tróide. (b) As dimensões c variáveis usadas para IO<ali-
esboço. zar o centro de massa.
31 . A região limitada pelas curvas y = t Al.[; e as retas x = I Use o resultado do Exerdcio 3.3 para determinar os cen-
c x = 4 é girada em torno do eixo y, gerando um sólido. tróides dos triângulos cujos vértices aparecem nos exercícios
34-38. Considere a, b >O.
(a) Determine o volume do sólido.
34. (-1, 0), (1, 0), (0, 3) 35. (O, 0), (L, 0), (0, I)
(b) Determine o centro de massa de uma placa fina que
cobre a região se a densidade da placa no ponto (x, y) 36. (0, 0), (a, O), (0, a) 37. (0, O), (a, 0), (O, b)
for ó(x) = 1/x. 38. (0, 0), (11, 0), (a/2, b)
(c) Esboce a placa e mostre o centro de massa em seu
esboço. Fios finos
32. Aregiãoentrcacurvay = l/(2.[;)eocixox dc x = 1/4a
x = 4 é girada em torno do eixo x, gerando um sólido. 39. Densidade constante Determine o momento em torno
do eixo x de um fio de densidade constante que se situa ao
(a) Determine o volume do sólido. longo da curvay=J; de x =O ax = 2.
(b) Encontre o centróide da região.
40. Densidade constante Determine o momento em torno
do dxo x de um fio de densidade constante que se situa ao
Centróides de triângulos longo da curvay= >J de.<= O a.<= I.
41. Densidade variável Suponha que a densidade do fio do
33. O centróide de um triângulo situa~sc na interseção
Exemplo 6 seja ó = k scn 8 (k constante). Determine o
das medianas do triângulo (Figura 6.40a) Você
centro de massa.
deve recordar que o ponto dentro de um triângulo que
se situa a um terço do caminho do ponto médio de 42. Densidade variável Suponha que a densidade do fio do
cada lado em direç.ão ao vértice oposto é o ponto onde Exemplo 6 seja ó = I + k lcos 91(k constante). Determine
as três medianas do triângulo se cruzam. Demonstre o centro de massa.
468 Cálculo

Fórmulas de engenharia
Verifique as afirmações e fórmulas nos exerdcios 43-46.

43. As coordenadas do centróide de urna curva plana diferen·


ciável são

Jrds
x --""---:--- A,
comprimento I
I
I
." I

--t'====~c====~~~x I

46. (Co111i11uação de Exerclcio 45.)

(a) Mostre que, quando aé pequeno, a distância d do


centróide à corda AB é aproximadamente 2Jr/3 (na
notação dessa figura) seguindo os passos indicados.
--,;101--------'-----+x
i. Mostre que
44. Qualquer que seja o \<alo r de p >O na equação y; x'f(4p), d sçnc.'f- a cosa
h= a -a cosa {9)
a ordenada do centróide do segmento parabólico que se
vê aqui é y = (3f5)a. ii. Trace o gráfico de
)' 11

"y ···'
/(a ) • scn(I a -acosa
a co.«r
. 4p
e use o recurso de traço para mos.trar que
S I
lim ..... f(u) ~ 213.

o ~ .t (b) O erro (diferença entre de 2/o/3) é pequeno mesmo


paro ângulos maiores que 45•. Veja você mesmo cal·
culando o lado direito da Equação (9) para ot = 0,2:
45. Para fios c barras finas de densidade constante com for-
mato de arcos circulares centrados na origem c simétricos 0,4: 0,6: 0,8 c I radiano.
em torno do ei.xo y, a ordenada do centro de massa é

Áreas de superfícies de revolução e os teoremas de Pappus


y
Quando você pula corda, a corda forma uma superfície no espaço em volta
do seu corpo denominada superfície de rovoluçdo. A "área" .dessa superfície de-
pende do comprimento da corda e da distânc-ia entre cada um de seus s.egmer\·
tos c o eixo de revolução. Nesta seção, definiremos áreas de superficics de revo-
lução. Superfícies mais complexas serão discutidas no Capítulo 16, Volume 11.

Definição de área de superfície


Queremos que nossa definição da área de uma superfície de revolução seja
FIGURA 6.41 A rotação do semicírculo coerente com os resultados que a geometria clássica apresenta para áreas de
superfície de esferas. cilindros circulares c cones. Assim, se a corda mencio-
y = Ja 1 - x 1 de raio n com centro na
origem gera uma superfície esférica com nada no parágrafo introdutório assume a forma de um semicírculo com raio
área 4tra 2• a, que gira em torno do eixo x (Figura 6.41 ), ela gera uma esfera com área de
supcrficie 4tra:.
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 469

Antes de considerar curvas gerais, vamos começar girando em torno do


.
\' eixo x segmentos de reta horizontais c inclinados. Se girarmos em torno desse
eixo o segmento de reta horizontal A8, cujo com primcnto é t:.x, geraremos
lof-â.x-t-1
um cilindro c-om área de super(fcle 2rrytlx (figura 6.42a). Essa área é Igual ;\
A 8
de um retángulo com lados de comprimento l!..x e 2rry (Figura 6.42b). O com·
I Y'' primcnto 2ny é a circunferência do círculo de raio y gerado pela cotação, em
o - -'-- ,f
I ·' torno do eixo x, do ponto (x, y) situado na reta AB'.

FOAA OF. [SCAlA


(o)
(b)
FIGURA 6.42 (a} A superfkic cilíndrica
gerada pela rotação em torno do eixo x do
segmento de reta horizontal AB, cujo com-
primento é llx. tem área 2ny6..x. (b) Cortada
e desenrolada. a superficie cilindr'ica forma
um retângulo.
FORA 0E SSCA I,A
(o)
( b)
y y =fÇ<)
FIGURA 6 .43 (a) O tronco de cone gerado pela rot<tção
em torno do eixo x do segmento de reta inclinado AB. cujo
comprimento é IJ.s. tem área 2ny' ôs. {b) A área do retângulo
para i =y, +r~ . a altura média de AB acima do eixo X.
2
Suponha que o segmento de reta AB tenha cornprimcnto .O.s c. ern vez
de horizontal, seja inclinado. Agora) quando gi:rado em torno do eixo x,
AB gera um tronco de cone (Figura 6.43a). Segundo a geometria clássica,
F!GU RA 6.44 A supcrflcie gerada a área de su~rfície desse tronco é 27rf lls, onde y' ;; ()'1 + y2)/2 é a altura
pela rotação do grálico de uma função média do segmerlto i1lclinado A8 acima do eixo x. Essa área de superfície
não negativa y =j{x), aS x ~ b, em torno é igual à de um retângulo com lados de compcimcnto lls c 2rry' (Figura
do eixo x. A supcrfkie é um conjunto de 6.43b).
faixas como aquela gerada pelo arco PQ. Parlindo desses princípios geométricos, vamos definir a área de uma
supcrficie gerada pela rotação de curvas mais gerais em torno do eixo x.
Suponha que queiramos definir a área da super fície gerada pela cotação,
em torno do eixo x, da curva de uma função contínua não negativa y =
j(x), a :S x :S b. Dividimos o intervalo fechado [a, b) da maneira usual c
usamos os pontos da partição para subdividir o gráfico em arcos curtos. A
--..:. ... ~.~.. : Figura 6.44 mostra um arco típico PQ e a faixa gerada por ele como parte

··-· - ~" do gráfico de f


Quando o arco PQ gira em torno do eixo x, o segmento de reta que une
P e Q gera um tronco de cone cujo eixo coincide com o eixo x {Figura 6.45).
A área de supcrficie desse tronco serve para aproximar a área da superfície
FIGURA 6.45 A rotação da faixa gerada pelo arco PQ. A área de superfici c do tronco do cone mos-
do segmento de reta que trado na Figura 6.45 é 2rry'L, onde y' é a altura média do segmento de reta
une P e Q gera um tronco que une P c Q, e L é seu comprimento (assim como anteriormente). Como
de cone. f?: O, a Figura 6.46 nos sugere que a altura média do segmento de reta é y' =
(l(x,_,) + j{x,))/2 e que seu comprimento é L = J<ru, )' + (lly, )'. Portanto,

Área de superficie do tronco = 2'7T • f(x, _ ,) + f(xt} • Y{àx,) 2 + (lly•)'


2
= r.{f{.~,_ ,) + f(.(~))Y(ll.r,)' + (Ay•l'
470 Cálculo

Comprimento do qmcnto: A área da superfície original, sendo a soma das áreas das faixas geradas
P L • V (ax4) ! + (ày4 )2 por arcos como o arco PQ, é aproximada peJa soma das áJ:eas dos troncos
T I
A.va. I
_l ~~--~Q (I)
TI =/(:tA • l) :
I
I
I
Esperamos que a aproximação melhore conforme a partição de [a, bl
torne-se mais refinada. Além disso, se a função f é derivávcl, então, de acor-
FIG URA 6.46 Dimensões associa· do com o teorema do valor médio, existe um ponto (c4.. j{clt)) na curva en-
das ao arco c ao segmento de reta f>Q. tre P e Q onde a tangente é paralela ao segmento PQ (Figura 6.47). Nesse
ponto,

Com a substituição para Óft• as somas da Equação (I) assumem a forma

xl - 1 (.l:
I-A.r,----+1
.f ,_
..,
"
L?T(/(x,
N
_,) + /(x.})Y(t:.x,)2 + (f'(c,) t.x.)2

= f.jr.(f(x>-o) + /(x, ))YI + (/'(c,))2 t.x, (2)


FI GU RA 6.47 Se f é lisa, o teorema
do ,,..lor médio garante a existência de
um ponto C.t onde a tangente é paralela Essas somas não são as sornas de Riemann de uma função~ pois os pontos
ao segmento PQ. Xt-_ 1, A)~. e Ct não são os mesmos. No entanto. um teorema do cálculo avançado
nos garante que, conforme a norma da partição de la, bj tende a z.-ero, asso-
mas da Equaç.'\o (2) convergem para a integral

Podemos definir. portanto, que essa integral é a área da supcrficie gerada


pela rotação ela curva de f de a até b.

Defini~ão Arca de superfície de revolução em tonto do eixo x


Se a funçãoj(x) 2: Oé continuamente derivável em [a, bJ , a área da su-
perficie gerada pela cotação da curva y = j(x) em torno do eixo x é

S a 1• 2'7Ty I + (:)' dx a 1• 2r.f(x)Yl + (/'(x))2 dt (3)

A raiz. quadrada na Equação (3) é a mesma que aparece na fórmula do


comprimento da curva geratriz da Equação (2) da Seção 6.3.
FIGU RA6.48 No Exemplo I cal· I:XI:M1>1.0 1 Apli'"ndo a fórmula da área de supcrficie
culamos a área dessa superficie.
Determine a área de superficie gerada pela rotação, em torno do eixo
.<.da curva y = 2 .f;, I S x S 2 (Figura 6.48).
SOLUÇÃO Calculamos a fórmula

s ~ 1""
2'1Ty ("")2
I +-'-
fl\.'
dt
Capítulo 6 Aplkações de integrais definidas 471

com
tly I
a= 1~ b ~ 2. )' = 2Vx, {i;= v;

Com essas substituições,

Revolução em torno do eixo y


No caso de revolução em torno do eixo y, pernmtrunos .<e y na Equação (3).
Área de superfície no ca.o;o de revolução em torno do eixo )'
Se x = g(y) 2 Oé continuamente derivável em (c-, d), a área de supcrficic
gerada pela rotação da curva x = g(y) em torno do eixo y é

S ~ .f 2nx I + (~; Y lJ dy ; 2ng(y)V I + (g'(y)) 2 tly (4)

EXJ~l\ t Pl.O 2 Dtl'-'t'111in.-ndo ;ire<~ no ca:;.o <.k: rt..•voluçio em torno do dxo y


O segmento de reta x; I - y, O ~ y S I , é girado em torno do eixo y,
gerando o cone da Figura 6.49. Determine su3 área de supcrflcie lateral
(excluindo a área de base).
)'

A(O. I )

·'

FIGURA 6.49 A rotação do segmento de


reta AB em torno do eixo y gera um cone cuj3
área de superficie lateral podemos agora cal-
cular de duas maneiras distintas (Exemplo 2).
472 Cálculo

SOLUÇÃO Temos aqui um cálculo que podemos verificar com uma


fórmula dada pela gcornetria:
. Circunferência da base r::
Área de superfiCie lateral - x Altum inclinada ~ Jtv2
2
Para ver como a Equação (4) dá o mesmo resultado, vamos consi-
derar

c :;; o, ti = '- x = I - y. tl\• = - l


dy

c calcular

S• t 21rX )1 + (~;)' tly • [21r(l - y )Yltly


• 21rVl [y- )a (1 - t)
a 21rVl

= 7TYl
Confonne esperado, os resultados coincidem.

Curvas parametr izadas


lndcpcndcntementc de qual seja o eixo de revoJuçãot x ou y. as raizes qua-
dradas que aparecem nas equações (3) e (4) são as mesmas que aparecem nas
fórmulas para o comprimento do arco da Seção 6.3. Se a curva é parametri·
zada pelas equações x ; /(I) c y ; g(t), 11 ~ I S b, onde f e g são continuamente
deriváveis em In, bl, enlão a raiz quadrada correspondente que aparece na
fórmula do comprimento do arco é
+ (tly)
VU'(t}f + [g' (t)f = (d.r)2
dt tlt

Essa observação nos leva às fórmulas a seguir. usadas para calcular a área
de superficics de revolução de curvas parametri1.adas lisas.

Área de superfide de re"'·olução para curvas parantetrizadas


Se urna curva hsa x ; j(t) e y ; g(t), a s r ~ b, é percorrida exatamente
uma vez quando t aumenta de n para b, então a área das superfícies
geradas pela rotação da curva em torno dos eixos de coordenadas é
calculada como se segue.
I. Rotaçãoemtomodoeixox(y;,: 0):
,_..-..,....-.,...,...,,...
s = t 2?Ty (:~r+ (~Y "' (5)

2- Rotaçãoemtomodoeixo y (r;;;,: 0):

S= lb 2?TX (-d,clt-)- + (tly-tlt )- (/( (6)


Capítulo 6 Aplicações de ilitegraís definidas 473

C(I\."V1o Assim como no caso do comprimento, podemos caJcular a área de superfi·


.t =COSI cic a partir de qualquer parametrização conveniente que atenda aos critérios
estabelecidos.

EXEMPLO 3 Apliamdo a fo rmula da área de supcrlicie


A paramctrização-padrão do círculo de rai() I centrado no ponto (O, I)
no plano xy é
X = COS t, y = I + sen t, O s: r s:2.,.

Use essa pa.ramctrização para determinar a área da superfície gerada


pela rotação do círculo em torno do eixo x (Figura 6.50).
SOLUÇÃO Calculamos a fórmtda

FIGURA 6.50 No Exemplo 3, tb: )


2 (d
+ 2
)2
dt
Equ.1e.ln (S) r .1r.a rt:\'ulu·
ç3o "m tome) do eixo x.
(
calculamos a área da superfície de dt dt y- I .-s..-n r> O
2
revolução gerada por essa curva
=[ "2-rr(1 + senr)V(- scnrf + (cos 1)2 dt
parametriza.da.
I

=
rz·
2"'Jo (1 +senr)dr

= 211[ t - cos r]~• = 4.,.Z

A forma diferencial
As equações

(dy)2dr
•1 2
1 + -tlt e S te
1 21TX dx) dy
( -t/y

são muitas vezes escritas em termos da diferencial do comprimento do arco


ds = ~dx' + dy' como

S= r
},
2TTyds e S =
i
.r
2TTXt/s

FIGURA 6.5 1 A área da superficie gerada Na primeira dessas equações. y é a distância do eixo x até um elemento de
pela rotação do arco AB em torno do eixo comprimento do arco ds. Na segunda. x é a distância do eixo y ;,\té um elemen-
mostrado aqui é J:27Tp ds. A expressão exata to de comprimento do arco ds. Ambas as integrais tê m a forma
depende das fórmulas para p c ds.
S =j2Tr{raioX1argura da faixa) =/ 27rp ds (7)

onde pé o raio que vai do eixo de revolução até o elemento de comprimento


de arco ds (Figura 6.51 ).
Em qualquer problema particular, vocé expre-ssaria. então, a função raio
p e a diferencial do comprimento de arco ds em fünção de uma variável cO·
mum e forneceria limites de integração para essa variável.
474 Cálculo

y EXEMPLO 4 Usando a fOrma diferencial para área.oç de supcrfkie


Determine a área da superfície gerada pela rotação da curva y = x·\ OS
x S 1/2, em torno do eixo x (Figura 6.52).
SOLUÇÃO Começamos com a forma diferencial curta:

S = / 27rpds
.<
f\o C:))I) dt n:n~u-.:3\) em tomo do

FORA Olô ESCALA


=.f 27ryds eJ'<Ot, a funçlo r:u~ ê
p= .1 ·> 0cm o·· x- ~ 1/2.
FIGURA 6.52 A superflcie gerada
pela rotação da curva y = ·'J • O S" x S:
=.f 2'"J'V dr 2 + dy2
J /2, em to_rno do eixo x poderia ser o
modelo para uma taça de champanhe Ternos de escolher. então, se vamos expressar dy em função de dx, ou
(Exemplo 4). dx em função de dy. A forma original da equação, y:::: xl, torna mais fácil
expressar dy em função de dx, portanto continuamos o câlculo com

) • .. .. 3
1 • ' ) e V dx2 + tly 2 • Vtlx2 + (3.r2 <lr}1
= V i + 9.<4 tlr
Com essas substituições. x torna ~se a variável de integração e

r
Suhstitu.1
= I + IJA·4 ,
2?T(3~)(t)(l + 9x
1.1
4 (/u( ).f• • t. J rlt :
= )31Z
1nt..:gre ~:~h:..lhua
de \Oit:t

=;[(I+ 196t -I]


=;;[n~r - IJ=;;c~ - ~)
61?T
= 1.728

faixas cônicas contra faixas cilíndricas


Por que não usar faixas cilíndricas em vez de faixas cônicas para aproximar
a área de superfide, como sugerido na Figura 6.53? As somas de Rjemann que
obtemos desse modo convergem tão bem quanto aquelas baseadas em faixas
cõnicas. e a integral resultante é mais simples. Nesse caso. para revolução em
torno do eixo x. o raio da Equação (7) será p =y e a largura da faixa será ds =
dx. Isso levará à fórmula integral

(8)

e não à Equação (3) da definição. O problema com essa nova fórmula é que
seus resultados não s.ão coerentes com as fórmulas para a área de superfície
oriundas da geometria clássica: lembre que tal coerência foi um dos objetivos
snow
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 475

que estabelecemos a princípio. Só porque deparamos com uma simpática in·


tcg:ral decorrente de uma derivação de soma de Riernann 1 isso não significa
que ela calculará o que queremos. (Veja o Exercício 42.}
ATENÇAO Não use a Equação (8) para calcular área de superficie. Ela
mio dá o resultado correto.

Os teoremas de Pappus
(3)
No século 111, um grego chamado Pappus descobriu duas fórmulas que
relacionam centróides a superficies e sólidos de revoh1ç..\o. Essas fórmulas
fornecem atalhos para uma série de cálculos que. sem elas, seriam bastante
longos.

Teorema 1 ·teorema de Pappus para vol umc::s


Se uma região plana é girada uma vez em torntO de uma reta no plano
que não atravessa o interior da região, entáo o volume do sólido gerado
é igual à área da região vezes a distância percorrida pelo centróide da
(b) região durante a revolução. Se pé a distância entre o eixo de revolução
c o centróide. então
FIGURA 6.53 Por que não usar (a}
V = 2trpA (9)
faixas cilíndricas em vez de (b) faixas
cônicas para aproximar a área de s-u·
perflcie' PROVA Desenhamos o eixo de revolução como o eixo x, com a região
R no primeiro quadrante (Figura 6.54). Deixemos ·que a função L(y) denote o
cornprimento da seção transversa) de R perpendicular ao eixo y em y. Sttpo·
nhamos que L(y ) seja continua.
r Pelo método das cascas cilíndricas, o volume do sólido gerado pela rota-
ção da região em torno do eixo x é

J: 21r{raioda casca){altura da cascn)dy =21TJ:yL(y )dy


:_:[ 8
V= (lO}

A ordenada do centróide de R é

=
1J y L(y )dy

A
-=o+-------~-... de modo que

l'IGURA 6.54 Gira-se a região R


(uma única vez) em torno do elxo x e
obtém-se um sólido. Um teorema de Substituindo a última integral da Equação (lO) por Ay , temos I'= 2ny A.
1.700 anos atrás diz que o volume do
sólido pode ser calculado multipli- Com p iguala y , temos V= 2trpA.
cando·se a área da região pela distância
percorrida por seu centróide durante a F.XEMJ'tO 5 Volume de um toro
revolução.
O volume do toro (rosquinha) gerado pela rotaç.i.o de um disco circu-
lar de raio a em torno de um eixo em seu plano.. a urna distância b ~ a de
seu centro (Figura 6.55), é

V a 21T(h)(1Ta2 ) ~ 21T2/;a 2
476 Cálculo

Distàntià entre o eixo cJe EX~MPlO 6 Localize o ccntróitle de uma região scmicircuJar
: re\'Ohrç3o e o o:ntróidc
SOI.UÇÃ<) Modelamos a região co1no a região ~ntre o semicírculo
/-.... e
f - Ja~ - X~ (Figo ~"a 6.56) e O eixo,"( irn~gin:ll't\0$ .- l'iOtó\ÇiO den~ regi~O
em torno do eixo x) gerando uma esfera sólida. Por simetria, a abscissa do
x
centróide é = O. Com y=p na Equação (9),temos
_ v
y •-- •
(4/ 3).,a 3 4
• -a
21TA 2'1T(l/ 2)1Ta 2 31T

Área: 11"o1
Cin:unf('~OCi" : Zn4''

fiGURA 6.55 Com o primeiro teorema Teorema 2 Teorema de Pot.ppus para áreas de supcrfíc:il.'!
de Pappus, podemos determinar o volume Se um arco de uma curva plana lisa é girado uma vez em tomo de
de um toro sem necessidade de integração urna reta no plano que não atravessa o interior do ar.co, então a área
(Exemplo 5). de superfície gerada pelo arco é igual ao comprimento do arco vezes a
distância percorrida pelo centróide do arco durante a revolução. Se pé
a distância entre o eixo de revolução c o centróide~ então
S = 2'1TpL (li)

..!Lo CtntWidí:
3" A prova que damos pressupõe que podemos modelar o eixo de revolução
-_i.----~0+------i~•~ x como o ci.xo x e o arco como o gráfico de uma função continuamente derivá·
vcl de x.
FIGURA 6.56 Com o primeiro PROVA Desenhamos o eixo de revolução como o .eixo x, com o arco
teorema de Pappus. podemos lo· estendendo·sé de x c a até x = b no primeiro quadrante (Figura 6.57). A área
caliza.r o centróide de uma região da superfície gerada pelo arco é
semicircular sem necessidade de
integração (E.xemplo 6).
(12)

)' ..,. . . . .
A ordenada do centróide do arco é

Ai Y
-

=
11"~• 1
=u )í<ls

ds
=a

L
y tiS j
J. .s li.s Ç~ co•·nrrinn·cltO
dn ;u-c{l. c y • y

I I
I I
I j' I
-X~il
I I
I

,.,,
I
I Portanto
I

~b ~• •
1... yds = yL
FIGURA 6.57 Figura usada para
Substituindo a última integral da Equação ( 12) por y L, temos S = 2nyL
provar o teorema de Pappu,s para área.
Sendo p igual a y. temos S = 2rrpL.

EXEMPLO 7 Área de superllcic de um toro


A área de superficie do toro do Exemplo 5 é
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 477

Exercícios 6.5

Determinando integrais para área de 12~ Determine a área de superfície do tronco de cone gerado

superfície pela rotação, em torno do eixo y, do segmento de reta y =


(.v/2) + (1/2), I Sx S 3. Verifique sua resposta com a fórmu-
Nos cxerdc:ios 1-8: la geométrica
(<t) Estabeleça uma integral para a área da superfkie gerada Arca de superfície do !ronco = n(r, +r,) x altura inclinada
pela rotação da curva dada em tomo do eixo indicado.
Nos exercícios 13-23, determine as áreas das superfícies
(b) Trace o gráfico da curva para ver sua aparência. Se con· geradas pela rotação das curvas em torno dos eixos indicados.
D seguir, represente graficamente a superficie também. Se tiver uma ferramenta gráfica, sugerimos que trace o gráfico
(c) Use a ferramenta de cálculo de integrais do seu com- dessas curvas para observar sua aparência.
O putador ou da sua calculadora para determinar a área 13. ~'::r xJ/ 9, O :s .'i :s 2: eixo .\"
de superfície numericamente. 14. y • \h. 3/ 4 s .v s 15/ 4: cL,o.r
I. y = tg .v. O s .< s 1f/ 4: eixo .< 1::. y = Y2x .v'. 0,5 s .v s 1.5: eixo .r
2. y c .,· 2• Os .r s 2; cixo.t 16. y c ~~ I :s .t ::s 5~ ei"ox
3. xy = I. I sy :S 2: cixo y 17• .v = y'f 3. O sy sI; cixoy
-t ·'" = scny . O s)' s 1r; e:ixo y 18• .v = (l/ 3)y 31> - .v'" · I s y s 3: cixoy
5. .-< 1n. + y 1fl • 3dc (4t l) parn ( 1,4): eixo.,·
t9. x = 2v'4=}•, Os y s 15/ 4: cixoy
6. y + 2yY = x. I s y s 2: eixoy
,1'

7. .r = 1Ytg 1 ál, O S y :S r./ 3: eixo y

8. )'a 1. ~ dl, I S xS Vs; eixo x

Determinando áreas de superfície


·'
9. Derermine a área dcsuperflcic lateral (o lado) do cone gerado
pela rotação, em romodoeixox, dosegmcnrode retay =x/2, _~
20. x = v 2y- I , 5/ 8 s y s 1: eixoy
O,; x s 4. Ve.rifiquc sua resposta com a fórmula gt-ométrica
y
Área de superficie lateral = ..!.. x Circunferência da base x
2
Altura inclinada
10. Detennine a área de superficie lateral do cone gerado pela
rotação, em torno do eixo y. do segmento de reta)'= x/2, O:;
x S 4. Verifique sua rcsposla com a fónnula gcomérrirn

Área de superficie lateral = ~ x Circunferência da base x


2
Ahura inclinada 21. x = (e'· + e-')/ 2.0 sy s ln2; cixo y
J I. De.termine a área de superfície do tronco de cone gerado
peJa rotação, em torno do eixo x> do segmento de reta y =
(x/2) + (1/2), I :; x :; 3. Verifique sua resposta com a fórmu-
la geomérrica
Arca de superficie do rronco = n(r, + r,) x Altura inclinada
snow
478 Cálculo

22. y = (I/3)(A> + 2)"'. O s x s J2; eixo)' (Dica: Expresse


ds = Jdx> + dy' em funçlo de dx e. eon seguida, calcule a
J
imq;tal S ; 211 y ,1> (QIIl O> lianiiQ ..ut.'l..tu..~\11>.)

23. x = (//4) + 1/(Sy'), I S y S 2: eixo x (Dica: Expresse


ds =Jdx' +dy' em funç.lo de d)• t, tm <q!uida, calcule
j
a inttgral S = 2>rydscom os limites adequados.)
m 29. A faixa sombreada da figura a <q!Uir foi cortada de uma
2-1. Escra.. uma inttgral par.~ a da suptrfkic gtrada ptla
rotação em tomodoeixoxdacur\'ay • cosx, - n/2 Sx S n/2.
esfera de r.úo R por dois planos par.~lelos. separados por
NaSeç.\oS.S, veremos como calcular esse lipode inltgral. uma diSiància de h unidadt$. Demonstre que a ;lr<a de
suptrficie da faixa t 2nRh.
25. TC$tando a nova dtfinição Demonslre que a área dt .su·
ptrflcicde umaafemderaioat!4nn' usando a Equação (3)
par.~ delerminar a área da suptrflcie gerado pcla rotaç:\o. em
torno dotixox, cb curva y • Jnl - xl, - tt S x s a. _L
h
26. TC$Iando a nova defan~ão A área de suptrflcie l31eml (o 1
lado)dc um cone de allum h e roiodn base ré 1fr./r' +h'. o
semiperfmelrodn base ~z<S o ahum da inclinação. Oemons·
trc que isso continua sendo ''crdadc quando JC determina :.'1
área da superflcie gerada pela rolaç:1o. em Iorno do cíxo x, do
stgmenlo de re1a y = (rlh)x. Os·' s /1. 30. Eis um desenho esquemático da redoma de 90 pés usada
pelo Serviço Meteorológico Nacional dos Es1ados Unidos
27. Frigideira csmaltada A cmprc.•sa em que você trnbalha
para abrigar um radar em Bouman, .Montâna.
lil decidiu l;mçar uma V<rsâo de luxo da frigideira que você
projclou no Exercício 61 da Séçilo 6.1. A Idéia é csmahá-la (a) Se a redoma fosse pinladn, qual a área d• supcrOcie
de branco por dcnlro c de a1.ul por fora. A camada de esmoi· que receberia tinia (sem conlar a base)?
1e lerá 0,5 mm de espessura anles dei r P.'rn o forno. (Veja o (b) Arredonde sua resposla para o pé' n>ais próximo.
diagrama a seguir.) O deJ>arlamenlo de produç:1o quer saber
a quantidade de esmalte de que precis.1rá dispor pam fabri·
D
car 5.000 frigideiras. O que ''oct! lhes diz? (Ignore o d<Spcr·
dício c a maléria·prima n3o uliUzada: dê sua resposta em
Ulros. Lembre-se de que l em'= lml,logo ti = t.OOO em'.)
>' (Cin)

31. Superfícies geradas por CUI'VliS que cruzam o eixo de


revolução
(a) A fórmula da área de suptrflcíe da Equoçlo (3) foi de·
28. Fatiando pão Voct $3bi• que, se corlar um filão cs·
senvolvida s00 o pressuposto de qu< a funçlo f, cuí<>
férico de pão em falias de igual largura, cad• fatia terá
a mesma quantidade de casca? Paro descobrir por que, gráfico gerou a superficie, era não negativa no intervalo
[a, bj. Pnrn curvas que cruzam o eixo de revolução. subs·
suponha que o semic,rculo y • .Jr: +x 1 mostrado aqui
tituimos a Equação (3) pcla fórmula de valor absolulo
seja girado em torno do eixo x, gerando assim u1na csfe~
ra. Seja 1\8 um arco desse semidrculo siluado acima de S = j2rrpds = j2rrlf<-•>l ds (13)
um intervalo de comprimento 11 no ei.xo x. Dcmonsare
Use a Equação (13) para dclerminar a área de super·
que" área gerada por AB nilo depende dalocaliz.açl\o do in-
ficic do cone duplo gerado pela rGiação. em 1orno do
lcrvalo. (Depende, isso sim, do comprlmcnlo do lnlervalo.)
eixo x, do segmento de reta y = x, - t ~ x ~ 2.
snow
Capitulo 6 Aplicaçóes de integrais definidas 479

(b) Detennine a área de superficie gerada pela rotação. (b) Demonstre que o comprimento L4• do segmento de
em torno do eixo x, da curv-J y = x'/9, -./3 S x S J3. reta tangente no k-ésimo subintervalo é
O que voe~ acha que acontecerá SC' tirar as barros de 1., = ~(Ax1 ) 1 + (J'(m, ) ó.xk)'
valor absoluto da Equação (13) e tentar determinar a
y = ft()
área de superficie com a fórmulaS =J2trf(x) ds? Ex·
perimente faze·lo.
32. A superfície de um astróide Determine a área de super·
ficie gerada pela rotação, em torno do eixo x. do pedaço
de astróide x"' + y'" = I mostrado a seguir. (Dica: Gire o
pedaço do primeiro quadrante y = (I - x"')"', O s x s I,
em torno do eixo x e dobre o resultado.)
1<-- - A.r,,- ---+

{c) Demonstre que a área de superflcie lateral do tronco do


cone gerado pela rotaç.'\o do segmento de reta tangente
em torno do eLxo x é 2rrjl.m1) ~I+ (J'(m, ))' Ax,.
(d) Demonstre que a área da superfície gerada pela rol'a·
ção de y ~ j(x) em torno do eixo x ao longo do inter·
valo [a, b) é
Parametrizações
Nos exerdcios 33- 38, determine as áreas de superfkie ge- hmL j•
. ~(área de superficie lateral ) = 2 11f( xvl+
) 1 f'C X ))' dX
"- .,
4 1 do k-ésimo tronco •
radas pela rotação das curvas em torno dos eixos indicados.
33. , . =cos i. y = 2 + sent. O :S t :s 2r.; cixox 42. Modelando a área de superfície A área da supcrfí·
34. X = (2/3)1 ~/l. y = 2\r..
0 S I S \13: eiXO}' de lateral do cone gerado pela rotação do segmento de
JS• .< = I + VÍ. .V o (12/ 2) + '1/21. - V2 S I S '1/2: eixo y reta y ::::: x/ Jj. O S x S .fj . em torno do eixo x, deve·
36. x = a(t- scnt). y = a(l- cos t).O s 1 s 217: cixo x ria ser (112)(circunferência da base)(altura inclinada) ~
37. x • e' - t, y • 4el/2 , O s 1 s 1: cixox (l/2)(2rr)(2) = 2rr. A que re,sultado você chega usando a
=
38• .\' In (sec1 + tg t) - sen 1. .v = cos t , O s 1 s TT/ 3; Equação (8) com jl.x) = xJJ3?
eixo .t

39. Um tronco de cone Os.egmentode reta que une os pon-


tos (0, I) e (2, 2) é girado em torno do eixo x, gerando um
tronco de cone. Determine a áre" de superfície do tronco
usando a parametri1..."lÇâo x = 2t, y = I+ l, O Si t Si I. Veri-
fique seu resultado com esta fórmula geométrica: Arca =
rr(r,+r, ) (altura inclinada).

40. Um cone O segmento de reta que une a origem ao pon~


to (h, r). é girado em torno de um eixo x para gerar um
GOne de altura IJ e base de raio r. Determine a área da su· Os teoremas de Pappus
perfície com as equações paramétricas x = llt, y = ri. O s
t ,s. I. Verifique o resultado com esta fórmula geométrica: <13. A região quadrada com vértices (0, 2), (2, 0), (4, 2) c (2, 4)
Área= rr r (altura inclinada) é girada em torno do eixo x, gerando um sólido. Dctcrmi·
41 . Um caminho alternativo para a fórmula da área de su- nc o volume e a área de superfície do sólido.
perfície Suponha qucfsejalisa em [a, b) c divida [a, b) 44. Use um dos teoremas de Pappus para determinar o volu-
da maneira usual. No k-ésin\O subintervalo [.Y,~:_ 1 , x.-].trace me gerado pela rotação. em torno da reta x = 5, da região
a reta tangente à curva no ponto médio m, = (x,., + .<,)12, triangular delimitada pelos eixos de coordenadas c pela
como na figura a seguir. reta 2x + y = 6. (Como você viu no Exercido 33 da Se·
(a) Demonstre que r 1 = jl.m,) - J'(m,) Ax, e r 1 = jl.m,) + ç.ão 6.4. o centróide de um triângulo fica na interseção das
2 medianas, a um terço da distância entre o ponto médio de
J'(m,) Ax, cada lado e o vértice oposto.)
2
snow
480 Cálculo

45. Determine o volume do toro gerado pela rotação do cir· Encontre o centróide de R. Observe que essa localizaç.ão
culo (x - 2)' + y' = I em torno do eixo y. independo de 11.
46. Use os teoren1as de Pappus para determinar a área de Sll· 50. Conforme visto no Exemplo 6, o centróide da região deli-
pcrflcie lateral c o volume de um cone circuJar rclo. mitada pelo eixo x c pelo semicirculo y :: .Jn 2 - x: fica no
47. Use o St-gundo Teorema de Pappus -e o fato de que a ponto (O, 411/311). Determine o volume do sólido gerado
área de superfície de uma esfera de mio a é 4tra' - para pela rotação dessa região em torno da reta y = -n.
encontrar o centróide do semicírculo y = .Jaz - x~ . 51. A região do Exercício 50 é girada em torno da reta y =x-a,
gerando um sólido. Determine o volume desse sólido.
48. Conforme visto no Exerdcio 47, o centróide do scmidr·
52. Conforme visto no Exercício 47, o centróide do semkír~
culo y = ~ fica no ponto (O, 2a/11). Determine a
área de superfície gerada pela rotação do semicírculo em culo y = .Jn' -x' fica no ponto (O, 2a/tr). Determine a
torno da reta y = a. área de superlicie gerada pela rotação do semicírculo em
torno d<t reta y = x - d .
49. A área da região R delimitada pela semi-elipse
53. Determine o momento ern torno do eixo x da região se·
y=(bla)~ micircular do Exemplo 6. Se usar os resultados já conht·
e pelo ei•o x é (112) 11ab e o volume do elipsóide gera- ddos. você não vai precisar integrar.
do pela rotação de R em torno do eixo x é (413)nab' .

Trabalho
Na vida diária, lrnbalho é uma atividade que exige esforço muscular ou
Joules
mental. Na ciência_, o termo se refc.re especificamente a uma força atuando so·
O joule (cuja abreviatura é J) recebeu esse
brc um corpo c ao subseqüente deslocamento desse corpo. Esta seção mostra
nome em homenagem ao ffsico inglês James
corno calcular o trabalho. As aplícações práticas vão desde comprimir molas
Prcscou loule (1818-1889). A equação que
de vagões de trem e esvaziar tanques subtcrrãneos até aproximar elétrons e
o define é
colocar satélites em órbita.
I joule = (I newton)( I metro)
Em sfmbolos, I I = I N · m
Trabalho realizado por uma força constante
Quando um corpo percorre uma distância d ao longo de uma reta. como
resultado da aplicação de uma força constante F no sentido do movimento,
calculamos o trabalho W rea1izado pela força sobre o corpo com a f6rmu1a
W = Fd (l'órmula da força constante para o trabalho.) (I)
Observando a Equação (I), vemos que em qualquer sistema a unidade de tra-
balho é igual à unidade de força multiplicada pela unidade de distância. No SI
(Sistema Internacional)~ a unidade de força é o newt'on_, a unidade de distância é o
metro c a unidade de trabalho é o newton-metro (N · m). Essa combinação é tão
freqüente que tem um nome especial, o joule. No sistema britânico, a unidade de
trabalho é o pé· libra, unidade freqüentemente usada por engenheiros.

EX.EMI'LO 1 Elevando um carro com macaco


Se você elevar a lateral de um carro de 2.000 lb a 1,25 pé acima do solo
para trocar um pneu (você precisa aplica_r uma força v~crtical
constante de
aproximadamente 1.000 lb), você realizará 1.000 >< 1,25 = 1.250 pés-libras
de trabalho sobre o carro. No Sl, isso corre.sponde a uma força de 4.448 N
aplicada no longo de urna distância de 0.381 m, rcali1.ando 4.448 x 0,38 1 ~
1.695 I de trabalho.
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 481

Trabalho realizado por uma força variável ao longo


de uma reta
Se c.\ forço. que você oplicn vl'lrio. no longo do trõjeto (c:omo te voc:ê levnn
tasse um balde com seu conteúdo vazando ou se comprimisse uma mola), a
fórm ula W = Fd deve ser substituída por uma fórmu la integral que leve em
consideração a variação de F.
Suponha que a força que está rca.lizando o trabalho esteja agindo ao lon-
go de uma reta (que podemos pensar como o eixo x) e também que sua
magnitude F seja uma função continua da posição. Queremos determinar o
trabalho realizado ao longo do intervalo de x = a a x = b. Dividimos [n, bl
na forma usual e escolhemos um ponto arbitrário Ct em cada subintervalo
(xk· l' xtl· Se o subintenralo for suficientemente pequeno, F, sendo continua,
não variará muito de x,.... 1 a xr A quar•tidade de trabalho realizado ao longo
do intervalo será aproximadamente F(c,t) veze-s a distância óxto a mesma que
seria usada se F fosse constante e pudéssemos aplilcar a Equação ( I). Portan~
to. pode-se fazer uma aproximação para o trabalho total reali1~do de a a b
usando a soma de Riemann

Trabalho "' 2:" F(c,) /!,_'•


t=l

Esperamos que a aproximação melhore quando a norma da partição lcn-


dcr a zero, portanto definimos o trabalho realizado pela força, de a a b, corno
a integral de Fde a a b:

Definição 'f<abalho
O trabalho realizado por uma força variável F(x) na direção do eixo x,
dex : aax = b, é
(2)

A unidade da integral scnl joule, se F estiver em ncwtons c x em metros, ou


pés-libras, se Festiver em libras ex em pés. Assim, o trabalho realizado por uma
força de F(x) = I/X' OC\\1ons ao longo do eixo x, de .~= I m até x = lOm será

W=
1 10 I
-x 2 tLv=- -,
1]'0
.'1: 1
I
=- - + I =0.9!.
10

Lei de Hooke para molas: F= kx


A Lei de Hooke diz que a força necessária para esticar ou comprimir uma
mola com x unidades de comprirnento, partindo de sua posição original (não
forçada), é proporcional a x. Em símbolos,
F = kx (3)
A constante k, medida em unidades de força por comprimento unitário,
é uma característica da mola. denominada constante de força da mola (ou
constante da mola). A Equação (3), ou lei de Hooke, apresenta bons resulta-
dos desde que a força não distorça ct estrutura da mola. Consideraremos que
as forças nesta se~\o sejam pcqucmts demais para. fazer isso.
snow
482 Cálculo

F.XEM !'LO 2 Comprimindo uma mola


Detcnnine o trabalho necessário paro comprimir 11.1ma mola partindo
de seu comprimento inicia] de 1 pé até um comprimento de 0,75 pé se a
constante de força é k = 161b/pé.
SOl.UÇÃO Imaginemos a mola não comprimida ao longo do eixo x
com sua extremidade móvel na origem<: sua extremidade fixa em x = l pé
(Figura 6.58). Isso nos permite descrever a força necessária paro compri·
~ mira mola de Oa x com a fórmula F= J6x. Para compti.mir a mola de Oa
a 0.25 pé, a força dC\'Caurncntar de
"'íl- ,.. _ 16.f
F(O) = 16 ·O = Olb para F(0,25) = 16 · •0,25 = 4 lb
.f
4 --- Tr.tb..1lho n:;Liiza.do por F
O trabalho realizado por F ao longo desse intervalo é
4dex =O :l ;( =0.'25

.<(~) W IW= 0,5 pé • lb I . (')


o 0.25
Qu~tidade oomprirnid~
W=
J.
~
16X dx = 8X1
o t1
AIUJÇJO • (Oln
O. b • O.ZS.Hx) • 16.\

<b)

FIGUHA 6.58 A força F necessária EXEMPLO 3 ESiicando uma mola


para manter uma mola sob compres-
Uma mola tem comprimento original de I m. Uma força de 24 N a
s.1.o aumenta linearmente à medida que
eslica até o comprimento de 1,8 m.
a mola é comprimida (Exemplo 2).
(a) Determine a constante de força k.
(h) Quanto trabalho será necessário para esticar a mola 2 m além de
seu comprimenlo original?
, (c) Até onde uma força de 45 N esticará a mola?

SOI.UÇÃO
(:t) A constante de força. Deterrninamos a constanlc-.de rorça a partir da
Equação (3). Uma força de 24 N estica a mola até 0,8 m, portanto
24 =k(O,S) f<lu~,•• (l ) ron1 r - 1 1. x =0,8
0.8 k = 24/0,8 = 30 N/m
24N
(b) O trabalho para esticar a mola até 2m. Imaginamos a mola em re-
pouso pendurada ao longo do eixo x com sua e-xtremidade livre em
x = O(l'igura 6.59). A força necessária para esticar a mola até x m
x(m)
além de seu comprimento original é a força necessária para puxar a
FIGUllA 6 .59 Um peso de extremidade livre da mola até x unidades a partir da origem. A lei
24 N estica esta mola 0,8 m de Hooke com k =30 diz que essa força é
além de seu comprimento e-m F(x) = 30x
repouso (Exemplo 3). O trnbalho realizado por F sobre a mola de x = O m a.~ = 2 m é

IV = 1 2
30xclt = 15.r 2 J: = 60J

(c) Até onde uma força de 45 N esticará a mola/ Substituímos F= 45 na


equação F= 30x para determinar
45 = 30x ou X= l,Sm
Uma força de 45 N esticará a mola até 1,5 rn. Não é necessário cálculo
para determinar isso.

A integral do trabalho é útil para calcular o trabalho reali7.ado ao le-


vantar objetos cujo pe-so varia com a elevação.
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 483

X EXEMPLO 4 lçan<lo um balde com cor.! a


Um balde que peso Slb é içado a partir do solo, pux:mdo-..: com velocida-
de constante uma corda com 20 pés de comprimento (Figura 6.60). A corda
peso 0,081b/pé. Quanto trabalho foi realizado paca elevar o balde e a corda?
SOLUÇÃO O balde tem peso constante, portanto o trabalho reali7.a-
do ao elevar-se apenas ele é peso x distância = 5- 20 = I 00 pés · lb.
O peso da corda varia conforme a elevação do balde, pois uma parte
cada vez menor dela fica pendendo. Quando o balde está a x pés do solo, o
pedaço remanescente da corda ainda pendente pesa (0,08) · (20 - x) libras.
Conseqüentemente, o trabalho para erguer a corda é
fiGURA 6.60 Içando o
balde no Exemplo 4.
Trabalho na corda =
ro
lo {0,08)(20 -
{20
x) dx =lo (1,6 - 0,08.<) dt

y = 2:cou.r =i-" =[1,6x - o,04x'r= 32 - 16 = 16 pés ·lb


O trabalho total para o balde e a corda juntos é:
100+ 16 = 116pés-lb

Bombeando líquidos para fora de recipientes


Quanto trabalho é realizado para bombear todo ou parte do líquido de
um recipiente? Para de-Scobrit, imaginamos levanlar uma "fatia" horizontal
FIGURA 6.61 O azeite de oliva e o tanque fina do líquido de cada v<Yt, aplicando a equação W = Fd a cada fatia. Depois
do Exemplo 5. calculamos a integral resultante. quando as fatias se tornam mais finas e mais
numerosas. A integral obtida a cada vez depende do peso do liquido e das
dimensões do recipiente, mas o modo para determinar a integral é sempre o
mestno. Os próximos exemplos mostram o que faz.er.

EXEi\11'1.0 5 Bombeando óleo para fora de um t;~nque cônico


O tanque cõnico da Figura 6.61 está cheio até 2 pés do topo com azeite
de oliva cuja densidade é 57 lb/pé'. Quanto trabalho será necessário para
bombear o óleo até a borda do tanque?
SOLUÇAO Imaginamos o azeite dividido em fatias finas por pla.nos
perpendiculares ao eixo y nos pontos de partição do intervalo [0. 8).
A f.'ltia típica entre os planos em y e y + lly tem um volume de aproxi·
madamente

L\ V =11'(raio)' (cspessura) · { ~y J =~
L\y y' L\y pés'

A força F(y) necessária para clevnr essa fatia é igual ao seu peso,

F(y ) = 57 ll.V = 514-rr yl tJ.y lb I'<' • '"'"'r"runid;.k


de ·wlumc X \'''lumt

A distância ao longo da qual F(y) deve agir para elevar essa fatia para o
nível da borda do cone é aproximadamente (I C) - y) pés, portanto o traba-
lho realizado para elevar a fatia é de aproximadamente
5
AW • ~"' (lO - y)yZAy pés· lb
snow
484 Cálculo

389 pé> --;-""""'-;--.-:-:-:-.,...-.,..-- Supondo que existam 11 f.,tias associadas à partição de [O, 8] e que y = )'k
,_ 120pés-+f:l75 ~.s acima
do fundo denote o plano associado à k·ésiJna fatia de densidade Ay, , podemos aproxi·
mar o trabalho realizado ao se ele'"' todas as fatias com a soma de Riemann
32Spés..cima
do fundo

O trabalho de bombear o azeite para a borda é o limite dessas somas


quando a norma da pa.rtição tende a 1.cro

n 511f
IV= lim }_;--(IO - y, )y/ Ay1 =
IJ-004-• 1 4
!.0
8
-571f (IO -y)y 2tiy
4
(:I)

=57n
-
4
hs
o
(!Oy2 - y 3 )dy

571f [IOyl y']s


= - - --- - 4 "" 30,561 pés· lb
4 3 0

/
Qu:mo de cfrculo
de mio 50 pé-s
EXEM1' 1.0 6 Bombeando âgua do interior de um "ladrão''

(b)
Um ladrão é um tubo vertica1 que impede que a águ:a. atrás de uma bar~
ragem, suba demals. O topo do ladnio para uma barragem fica 14 pés abaixo
FIGU RA 6.62 (a) Seção transversal do do topo da barragem e 375 pés acima do fundo (Figura 6.62). O orilicio
lad.rão para uma barragem e (b) o topo precisa ser bombeado de tempos em tempos para pcm"'itir a remoção de
do ladrão (Exemplo 6). entulho sazonal.
Pela seção transversal da l'igura 6.62a, vemos que o ladrão é um tubo
em forma de funil. A garganta do funil tem 20 pés de largura e a boca, 120
pés. Os limites externos da seção transversal da boca são quartos de círcu·
los fom>ados com 50 pés de raio, apresentados na Figura 6.62b. O ladrão
é fonnado pela rotação de uma seção transversal ao redor de seu eixo.
Conseqüentemente, todas as seções transversais hor.izontais s..1.o discos
circulares ao longo do ladrão inteiro. Calcularemos o trabalho necessário
para bombear a água
(n) da garganta do orificio.
(b) da parte afunilada.
SOLUÇÃO
(a) Bombeando água tia gnrgn11ta. Uma fatia típica na garganta entre os
planos em y c y + Ay tem um volume de aproximadamente
AV= IT(raio) 2(espessura) = IT(lO)' Ay pés'
A força l'{y) necessária para elevar essa fatia é igual à sua densidade
(aproximadamente 62,4 libras/pé' para água),
F(y) = 62.4 AV= 6.240/T Ay lb
A distância através da quall'{y) deve agir, para elevar essa fatia ao topo do
orificio, é (375- y) pés, portanto o trabalho realizado ao se elevar a fatia é
AW 2 6.240n(375 - y) Ay pés· lb
Podemos aproximar o trabalho realizado ao bombear a água do intc·
rior da garganta somando o trabalho realizado, elevando todas as fatias
individualmente e, depois. encontrando o limite dessa soma de Riemann
quando a norma da parl"ição tende a zero. Isso vai nos levar à integral
snow
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 485

y• ~7S
w = )o
rm 6.2407!(375 - y ) dy
/
Arco circul:nr

y • 325-------- [
=6.2407! 375y - 2"2]}25
o
"' 1.353.869.354 pés ·lb
FIGURA 6.63 Parte afunilada do ladrão.
(b) Bombeando água do funil. Para calcular o trabalho necessário para
bombear água da parte afunilada do ladrão, de y =325 a y =375, pre·
cisamos cale<~ ar 6 V para fuzcr uma aproximação dos clcn>cntos do
funil, como se v~ na Figura6.63. O raio das falias varia com aalturny.

Nos exercícios 33 e 34, pcdc~se completar a análise, determinando o


trabalho total necessário para bombear a água e também a poténcia das
bombas necessárias para bombear o ladrão.

Exercícios 6.6

Molas priiTicira meia polegada nesse sistema? E a segunda


meia polegada? Aproxime sua resposta para o inteiro
I. Constante da mola f'Oram necessários 1.800 J de traba· mais próximo em pol · lb.
lho para esticar uma mola desde seu comprimento original
(Dados Cornecidos por cortesia da Bombardier, Inc.,
de 2m até S m. Determine a constante de força da mola.
Divisão de Transporte Coletivo. sobre o sistema de
2. Esticando uma mola Uma mola tem um comprimento
molas usado nos vagões entregues para a Rede Me·
original de lO pol. Uma força de 800 lba estica até 14 pol.
troviária da cidade de Nov'a York de 1985 a 1987.)
(a) Determine a constante de força.
6. Balança para banheiro Uma balança para banheiro SO·
(b) Quanto trabalho sero necessário para esticar a mola fre uma compressão de l/16 pol quando uma pessoa de
de lO a 12 pol? ISO lb sobe nela. Considerando que a balança se comporta
(c} Até onde. além de seu comprimento original.) uma como uma mola que obedece â lei de Hookc, quanto deve
força de J.600 lbcsticará a mola? pesar alguém que. ao se pesar, comprirna a balança em 1/8
pol? Quanto trabalho será realiudo nesse caso?
3. Esticando um elástico Uma Corça de 2 N estica um elásti ·
co 2 em (0,02 m) além de seu comprimento original. Consi·
derando que-a lei de Hooke se apJica igualmente ao elástico., Trabalho realizado por uma força
quanto umn força de 4 N esticnci o eJástico? Quanto trnbn· variável
lho será necessário para esticar o elásti_co até esse ponto?
4. Esticando uma mola Se uma força de 90 N estica uma 7. Puxando uma corda Um alp in ista precisa recolher uma
mola I m além de seu comprimento _inicial. quanto tra· corda de 50 m de comprimento. Quanto trabalho será
balho será necessário para esticar a mola 5 m além de seu preciso realizar se a corda pesar 0,624 N/m?
cornprimento original?
S. Saco de 3rcia furado Um saco de areia pesando inicíal-
5. Molas dos vagões do metrô e.
necessário aplicar uma mente 144 lb foi elevado a um.a taxa constante. Ao subir,
força de 21.714 lb para comprimir um sistema de mola a areia também vazou a uma ta:<a constante. Metade da
espiral, para vagões do sistema metroviário da cidade de areia se foi quando o saco foi elevado 18 pés acima. Quan·
Nova York, da altura expandida de 8 pol até sua altura to· to trabalho foi realizado ao se elevar a areia até aí? (Dcs·
tal mente comprimida de 5 pol. pre2e o peso do saco e do equipamento de transporte.)
(a) Qual é a constante de força do sistema?
9. Elevando um cabo para elevador Um elevador elétrico,
(b) Quanto trabalho será necessário pa.ra comprimir a com um motor no alto, tem um cabo trnn~ado que pesa
486 Cálculo

4,5 lb/pé. Quando o elevador está no primeiro andar, 180 Bombeando líquidos para fora de
pés de cabo estão estendidos c, por outro lado, O pé está
recepientes
estendido quando ele está no último andar. Quanto traba·
lho o motor rcaliZ..1 para elevar só o cabo ao transportar o
O peso específico da {,gua
elevador do primeiro ao último andar?
Devido à rotação da Terra c às variações em seu campo
1O. Força de atração Quando uma partícula de massa m gravitacional, o peso de um pé c(•bico de água ao nível
está em(,'(, 0), ela é atraida em direção à origem com uma do mar pode wriar de aproximadamente 62,26 lb no
força cuja magnitude é klx'. Considerando que a partícula Equador a 62,59 lb perto dos pólos, uma variação de
parte do repouso em x = b c não há outras forças agindo, aproximadamente 0.5%. Um pé cúbico. que pesa apro·
determine o trabalho rea1i1.ado sobre a partícula até o mo .. ximadamente 62,4 lb cm Melbourne ou na cidade de
mento em que ela atinge x =- a, O< a< b. Nova York, pesará 62,5 lb no Alasca ou em Estocolmo.
Embora 62.4 seja um valor típico e corrmm nos textos,
li . Comprimindo um gás Suponha que o gás contido em
há considerável variação.
um cílindro com área de seção transversal A esteja sendo
comprimido por um pistão. Se p for a pressão do gás em
libras por pol 2 c V o volume em pol 3, mostre que o tra· 15. Bombeando água O tanque rctangttlar mostrado na fi-
balho realizado na compressão do gás, do estado (p1, V 1) gura a seguir, com o seu topo no nlv:el do solo, é usado
até o estado (p,. v,), é dado pela equação para captar água pluvial. Considere que o peso especifico
da água seja 62,4 lblpé' .
cp.•v, )
Tmbalho =
J<A·"••
· p dV (a) Quando o tanque estiver cheio, quanto trabalho será
necessário para esvaziá· lo bombeando a água de volta
(Dica: Nas coordenadas sugeridas pela figura, dV = 11 dx.
para o nfvel do solo?
A força contra o pistão é pA.)
(b) Se a água for bombeada para o nfvel do solo com um
)'
• motor de 5111 HP (potência 250 pés · lb/s), quanto
tempo levará para esvaziar o tanque cheio (arredonde
para o minuto mais próximo)?
(c) Mostre que a bomba no item (b) reduzirá o nfvel da
água em lO pés (pela metade) durante os primeiros 25
minutos de bombeamento.
{ti) O peso especifico da água Quais são as respostas
12. (Continuaçdo do Exercício li) Use a integral do Exercí-
cio 11 para determinar o trabalho realizado ao comprimir para os itens (a) e (b) em um local onde o peso espe-
cífico da água é 62,26lb/p~? E 62,59lb/pé' 1
o gás de V, = 243 pol' a v, = 32 pol', se p1 = 50 lb/pol' e
p c V obedecem à lei dos gases p v••
= constante (para
processos adiabáticos).
13. Balde furado Suponha que o balde do Exemplo 4 es-
teja vazando. Ele começa com 2 galões de água (16lb) e
va1.a a uma taxa constante. A água termina de sair toda
exatamente quando o balde atinge a superfície. Quanto
trabalho foi realizado para ele"ar apenas a água? (Dica:
Não inclua a corda c o balde; determine a proporção y

de água que restava quando o balde estava a x pés do 16. Esvaziando urna cisterna A cisterna retangular (tanque
chão.) para armazenagem da água pluvial) apresentada abaixo
14. (Contimmçdo do Exercfcio 13.) Os trabalhadores do tem seu topo lO pés abaixo do nível do solo. Atualmente
Exemplo 4 e do Exercício 13 trocaram o balde por outro cheia, deve ser esvaz.iada para inspeção, bombeando-se o
maior, que comporta 5 galões de água (40 lb}, porém seu conteúdo até o nívc1 do solo.
vazamento é maior, de modo que ele também chega vazio (a) Quanto trabalho será necessário para esvaziar a eis·
ao topo. Considerando que a água vaza a uma taxa cons-
terna?
tante. quanto trabalho foi reali1.ado para e-levar apenas a
(b) Quanto tempo uma bomba com potência de 1/2 HP,
água? (Não inclua a corda c o balde.)
a uma taxa de 275 pés · lb/s, demorará para esvaziar o
tanque?
snow
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 487

(c) Quanto tempo a bomba no item (b) demorará para (b) Bombeando azeite No Exemplo 5, quanto trabalho
drenar o tanque até a metade~ {Será menos que a será necessário realizar para que o a1..cite seja bom·
metade do tempo necessário parn esvaziar o tanque beado até 3 pés acima da borda do cone?
completamente.)
22. Bombeando água do mar Para projetar a supcrffcie in-
(d) O peso específico da água Quais são as respostas terna de um enorme tanque de aço inoxidá.,·d, você gim
para os itens (a) até (c) em um local onde o peso cs· a Curva y =xl, 0 S: X S: 4·, em to·r no do CÍXO y. 0 recipiente,
pecífico da água é 62,26lb/pé 3? E 62,59lb/pé"'? com dimensões ern metros) será enchido corn água do
mar cujo peso especifico é 10.000 Nlm' . Bombeando a

L
Nh~ t do solo
água até o topo do tanque, quanto trabalho será neccssâ·
10 / rio para que o tanque seja esvaziado?
IOp~$
w 23. Esvaziando um reservatório de água Descrevemos o
12 pé$ bombeamento do conte(1do de recipientes esféricos da
y 20 pés
17. Bombeando óleo No Exemplo 5, quanto trabalho será mesma maneira que f:1zemos com outros reservatórios,
preciso realizar para que o óleo do tanque seja bombeado com o eixo de integração ao longo do eixo vertical da csfe·
até o topo, se o tanque esth•er completamente cheio? ra. Considere a figura a seguir e determine qua1lt0 traba-
lho serâ necessário para que um reservatório hcmisférko.
J8. Bombeando óleo de um tanque cheio pela metade Su· de raio 5 m. cheio de água. sej:a esvaziado ao se bombear
ponha que no Exemplo 5, em vez de o tanque estar cheio. seu conteúdo até uma altura 4 m acima do topo do reser-
seu conteúdo esteja só pela metade. Quanto trabalho será vatório. O peso específico da água é 9.800 Ntm'.
necessário para que o óleo restante seja bombeado até 4 m
acima do topo?
19. .Esvaziando um tanque Um tanque cilíndrico reto ver·
tical mede 30 pés de altura e 20 pés de diâmetro. Ele está
cheio de querosene cujo peso específico é 51,2 lb/pé 3•
Quanto trabaJho será necessário para que o querosene .<
seja bombeado até o topo do tanque? 1.1·1 = -y

20. O tanque cilíndrico mostrado a seguir pode ser preenchi-


do bombeando-se água de um lago cuja superfície está 15
pés abaixo da parte inferior do tanque. Há duas maneiras 24. Você é responsável pela drenagem e reparo do tanque de
de fazer isso. Uma delas é bombear a água por uma man~ armazenamento mostrado a seguir. O tanque é um hemis-
gueira conectada à torneira que está na parte inferior do fério com raio de I Opés, cheio de benzeno cujo poso espe-
tanque. A outra é fLJ<ar a mangueira na borda do tanque c cífico é 56lbtpé' . Uma empresa que você conttltou garante
deixar que a água escoe para dentro. Qual é o modo mais que pode esva7,.iar o tanque a um custo de 1/2( para cada
rápido? Justifique sua resposta. I ibm-pé de trabalho. Determine o trabalho necessário para
esvaziar o tanque ao se bombear o benzeno até uma saída
que está 2 pés acima do tanque. Se você tive.r S 5.000 para
pagar o trabalho. PQdcr.i contratar essa empresa?
,.

X*+.'t
2 2 00
+t = 1~~
1 Cano de sa(da

:>. to ' ~2pls

O)_ - )

-~'
21 . (a) Bombeando leite Suponha que o contcincr cônico
do E.xemplo S, em vez de azeite de oliva. contenha lei· Trabalho e energia cinética
te (cujo peso especifico é 64,5 lb/pé3 ). Quanto traba-
lho será necessário realizar para que o conteúdo seja 25. Energia cinética Quando um.a força de magnitude F(x)
bombeado até a borda? desloca um corpo de massa m ao longo do eixo x de x 1 a
snow
488 Cálculo

x 1• a velocidade v do corpo pode ser escrita como dx/dt (a) Determine o raio da seção transversal (parte do funil)
(onde t repreS<?nta o tempo). US<: a segunda lei do movi- do "ladrão" do Exemplo 6, em função da altura y aci-
mento de Newton F = m(dv!dt) e a regra da cadeia ma do fundo da barragem (de y = 325 a y = 375).
dv dv dx dv (b) Determine l>. V para a seção do funil do "ladrão" (de y =
- =- - = v - 325 a y =375).
dt tlx dt dx
para mostrar que o trabalho resultante realizado pda for- (c) Determine o trabalho necessário para bombear a se-
ção do funil, formu1ando e avaliando a integral defi-
ça ao movimentar o corpo de x1 a x1 é:
,, I , I ,
nida apropriada.
W= !, F{x)dx=-ml',
X1 2 -
.. - -ml11
2 34. Bombeando a água de um "ladrão» (Continuação do
Exercício 33.)
em que v1 e u2 são as velocidades dos corpos em x1 c x1. Em
(a) Determine o trabalho total necessário para bombe~r
fisica) a express.io (l/2)mv1 é chamada de energia cinética
o 'jladrào~ somando o trabalho necessário para bom·
de um corpo de massa m crn movimento com velocidade
v. Portanto. o trabalho realizado por uma força é igual à va- bear ambas as ~ões, da garganta e do funil.
riaçcio da energia cinética do corpo e podemos determinar o (b) Sua resposta para o item (a) está ern pés.-libras. Uma for-
trabalho calculando essa variação. ma mais usual é expressar em HP-horas, pois os motores
são padronizados em HP. Para converter de pés · libr~
Nos excrdcios 26- 32) use o resultado do Exercício 25. para HP-horas, divida por 1,98 x I 0". Considerando que
26. Unis Uma bola de tênis com massa de 2 onç.as foj sacada a o motor sej.'l totalmente eficiente, quantas horas levará
160 pé$/s (aproximadamente 109 rnilh). Qual o trabalho rca- urn motor de 1.000 HP para bombear o "ladr.lo"?
líz.,do sobre a bola para que atingisse ess.' velocidade? (Para 35. Tomando um milkshake O copo em forma de cone
calcular a massa da bola a partir de seu peso. expresse o peso truncado mostrado na figura a seguír está cheio de milk-
em libras e divida por 32 pé/s1, a aceleração da gravidade.) shake de morango cujo peso específico é 4/9 onças/pol'.
27. Beisebol Quantos pés-libras de trabalho são neces· Como se pode ver, ele tCIJ'I 7 pol de profundidade, diâme-
sários para arremess.'f uma bola de beisebol a 90 mi/h1 tro de 2,5 pol na base e 3,5 pol no topo (um copo de ta ma·
Uma bola de beisebol pesa 5 onças ou 0,3125 lb. nho-padrão). O canudo estende-se uma polegada acima
do topo. Aproximadamente, quanto trabalho é necessário
28. Golfe Uma bola de golfe de 1,6 onça é arremessada a
para tomar o milkshake com o canudo (dcspre-lando o
uma velocidade de 280pés/s (aproximadamente 191 mi/h).
atrito)? Responda em polegadas-onças.
Quantos pés·libras de trabalho são necessários para arre·
messar a bola?
29. l 'énis Durante urna partida) na qual Pete Samprasganhou
em 1990 o Campeonato Aberto de Tênis masculino dosEs- ,~--~· ( t.75. 7)
tados Unidos, s.~rnpras sacou a 124 mi/h e foi considerado y + 17.5
fenomenal. Quanto trabalho o tenista realizou sobre a bola -- 14-

de 2 onças para que ela atingisse aquela velocidade?


30. Futebol Um zagueiro arremessou uma bola de 14,5onças
a 88 pés/s (60 mi/h). Quantos pés-libras de trabalho foram . . . ,,_"!\:-.,
1.25
necessários para que a bola atingisse aquela velocidade? Dimensões em pol('-gàd.u
31. Softball Quanto trabaJho foi necessário realizar sobre
36. Caixa d'água Sua cidade decidiu perfurar um poço
uma bola de softball com massa de 6,5 onças para arre·
para melhorar seu fornecimento de água. Como enge-
messá·la a I32 pés/s (90 mi/h)1
nheiro da cidade, você determinou que será preciso uma
32. Uma esfera de aço Uma esfera de aço com massa de 2 caixa d•água para fornecer a pressão necessária para dis·
onças é colocada sobre uma mola vertical cuja constante tribuiçào e projetou o sistema mostrado a seguir. A água
de força é k = 18 lb/pé. A mola sofre urna compressão de será bombeada de um poço de 300 pés de profundidade
2 pol e depois é liberada. Aproximadamente que altura a por um cano vertical de 4 pol para a base de um tan·
esfe-ra dé aço atingirá? que cilíndrico de 20 pés de diâmetro e 25 pés de altura.
33. Bombeando o funil do "ladrão" (Continuação do A base do tanque estará 60 pés acim" do solo. A bomba
é de 3 HP, classificada em 1.650 pês · Iibras/s. Quanto
Exemplo6.)
tempo demorará para encher o tanque da primeira ve~
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 489

(arredonde para a hora mais próxima)? (Inclua o tempo medido em metros. O trabalho necessário para elevar um
necessário para encher o cano.) Considere que o peso es· satélite de 1.000 kg da superfkic da Terra até uma órbita
pecifico da água seja 62,4 lb/pé'. circular 35.780 km acima do centro da '!erra é, portanto,
dado pela Integral
,.,....,. I,QOOMG
Trabal.ho =
f ...,,.,.., r
, dr joules

Calcule a integral. O limite inferior de integração e o raio


da Terra em metros no local do lançamento. (Esse cálculo
não leva em conta a energia gasta ao elevar o veículo de
Jançamcnto ou a energia gasta trazendo o satélite para a
4poi.--JIR-
velocidade de órbita.)
38. Forçando um par de elétrons Dois elétrons longe um do
outro r mct·ros rcpclem·sc cont uma força de

23xiO' "
F- ~ newtons

(a) Suponha que um elétron seja mantido fixo no ponto


37. Colocando um satélite em órbita A força do campo gra·
(1, 0) no eixo x (unidades c:m metros). Quanto traba-
vitacional da Terra varia conforme a distânda r do centro do
lho será necessário para deslocar um segundo elétron
planeta, e a magnitude da força graviladonaJ experimentada
ao longo do eixo x do pon'to (-I, O) para a origem?
por um satélite de massa m durante c após o lançamento é
(b) Suponha que um elétron seja mantido ftxo em cada
f(r) =mMG um dos pontos (- L, O) c ( I, 0). Quanto trabalho será
r' necessário para deslocar um terceiro elétron ao longo
Aqui, M = 5,975 x JO" kg é a massa da 1crra, G = 6,6720 x do eixo x de (5, O) a (3, O)?
10' 11 N · m' kg·• é a constante gravitacional universal e r é

Forças e pressões de fluido


Projetamos barragens com a parre inferior mais grossa do que a parte su·
pcrior ( Figura 6.4}, pois a pressão aumenta com a profundidade. A pressão
em qualquer ponto da barragem depende somente da distância entre a su·
pcrficic c o ponto c não de quanto a superfície da barragem está inclinada na-
quele ponto. A pressão em libras por pé quadrado em um ponto 11 pé-S abaixo
da superfkie é sempre 62,4/r. O n\unero 62A é o peso espec-ífico da água em
libra.s; por pé c:úhico. A pre~~ão h pés abaixo da superficie de qualquer fluidó é
FIGURA 6.64 Para resistir ao aumento o peso específico do fluido vezes h.
da pressão. as barragens s..io mais espes-
sas na parte inferior.
A equação pr.:ssão·profundidadc
Em um fluido que se mantém parado, a pressão p em uma profundida·
de h é o peso específico do fluido w vezes h:
p = wh (I )

Nesta seção, usamos a equação p = wh para ded uzir a fórmula para a força
total exercida por um Ou ido contra toda ou parte de uma parede vertical ou
horizontal.
490 Cálculo

Peso específico A fórmula de profundidade constante para força de


O peso cspedlico de um fluido é o seu fluido
peso por unidade de volume. Valores típi- Em um recipiente pa.ra fluido com urna bo.sc plo.nn hori~ntnl> l\ for~o toh\1
cos (em libras por pé cúbico) são
exercida pelo fluido contra a base pode ser calculada multiplicando-se a área
Gasolina 42
da base pela pressão na base. Podemos fazer isso porque a força total é igual à
Mcrc\orio 849
força por unidade de área (pressão) vezes a <lrea (veja a Figura 6.65). Se F,p c
Leite 64,5
A são a força total~ a pressão c a área, então
Melaço 100
Azeite 57 F = Força total = f-orça por unidade de área x Área
Aguado mar 64 =Pressão x Área =pA
Água 62,4 = wltA

Força do fluido em uma superfície com profundidade constante


F= pA = w/JA (2)

l'or exemplo, o peso específico da água é 62,4 lb/pés3,logo a força do fluido no


fundo de uma piscina retangular de 10 pés x 20 pés e 3 pés de profundidade é
F = whA = (62,4 lb/ pés 3)(3 pés)( 1O· 20 JX's2 )
= 37.440 lb
FIGURA6.65 Esses redpientescon·
têm a mesma profundidade de água Para uma placa plana submersa lzorizo,talme,te. como o fundo dessa pis-
c têm a mesma área de base. A força cina. a força descendente que age sobre ela devido à pressão do líquido é dada
total é, portanto. a mesma no fundo de pela Equação (2). Se a placa estiver subrncrsa verticalmeute. então a pressão
cada recipiente. A forma do recipiente contra ela será diferente a diferentes proftmdidades, c a Equação (2) não será
não é importante. mais usada nessa forma (porque h varia). Dividindo a placa em várias faixas
horizontais. podemos criar uma soma de Riemann cujo limite seja a força de
f1uido contra o lado da placa vertical submersa. O procedimento é mostrado
)' a seguir.

S•IJ)I;rfTCic do nuido
Fórmula da profundidade variável
Suponha que queiramos conhecer a força exercida pelo lluido de peso espe-
cífico wcontra um lado de uma placa vertical nele submersa. Para detenniná·la,
modelarnos a placa como uma região que se estende de y = a a y = b no plano
xy (Pigura 6.66). Pazemos a partição de (n, b) da maneira usual e imaginamos
que a região seja cortada tm faixas finas na horiz.ontal por planos perptndi·
1- - -/.()')---1 cu) ares ao eixo y nos pontos da partição. A faixa típica de y a y + lly tem lly
Comprimento dól faixa M ní"él y unidades de largura por L(y) unidades de comprimento. Consideramos que
L(y) seja uma função continua de y.
FIGURA 6.66 A força exercida pelo fluido A pressão varia ao longo da faixa de cima para baix·o. Se, cntrctantoJ a
contra um lado de uma faixa estreita é apro- faixa for suficientemente estreita, a pressão ficará próximo do valor da borda
ximadamente t.F =pressão x área = w x inferior de w x (profundidade da faixa). A força exercida pelo fluido contra
(profundidade da faixa) x L(y) t.y. um lado da fai.xa será aproximadamente
t.F = (pressão ao longo da borda inferior) x· á.rca
=w · (profundidade da faixa) · l.(y)t.y
Suponha que haja 11 faixas associadas à partição de n :> y :> beque Yt seja a
borda inferior da k-ésima faixa, tendo comprimento de L(y,) e largura ÕYt· A
força contra a placa toda será aproximadamente

F "' '5" (w • (profundidade da faixa), · L(yt)l lly, (3)
(,:'l
snow
Capítulo 6 Aplicações de integrais definidas 491

A soma na Equação (3) é uma soma de Riemrum para uma função contínua
de (n, bJ> e esperamos que as aproximações melhorem conforme a norma da
partição tenda a zero. A força exercida contra a placa é o limite dessas somas.
.
lim '5' (w · (profundidade)" · L(yt)) A.y, =
n-oo .r-1 da faixa
lbd
w· (profundidade) ·/.(y) dy
da faixa

A integral para a força dt um fluido contm wn a.pla<:a pJana •lcrlical


Suponha que uma placa submersa verticalmente no fluido de peso espe-
cífico w vá de y ~ a a y ~ b no eixo y. Seja L(y) o comprimento da faixa ho-
ri7.ontal medido da e-squerda para a direita ao longo da superficie da placa
no nível y. Então a força exercida pelo fluido contra um lado da placa é

F c ih w · (profundidade da faixa) · Lú•) dy (4)

f.XEMPtO I Aplicando a integral para a força de fluido


Uma placa plana triangular com dois lados iguais, base de 6 pés e altu·
ra de 3 pés., está submersa verticalmente, com a base virada para cima) 2
y l~s)
pés abaixo da superfície de uma piscina. Determine a força exercida pela
Supc:.tficic dà pi:s<:ina água contra um lado da plac-d.
SOLUÇÃO Estabelecemos um sistema de coordenadas para traba-
lhar colocando a origem no vértice de baixo da placa e calculando o eixo
y sobre o eixo de simetria da placa (Figura 6.67). A superficie da piscina
situa-se ao longo da reta y = 5 c a extremidade superíor da placa ao longo
-----,,,1::0,------ x(~) da reta y :: 3. A extremidade à direita da placa situa-se ao longo da reta
/
y::: x. com o vértice superior direito em (3, 3). O comprimento de uma
FIGURA 6.67 Para C<~lcular a força sobre faixa fina no nivel y é
um lado da placa submersa do Exemplo
L(y) = 2x ~ 2y
I. podemos usar um sistema de coorde·
nadas como este. A profundidade da faixa abaixo da superfície é (S - y). A força exercida
pela água contra um lado da placa é, portanto,

F=
1• 0
w · (profundidade)
..
da fhtxa
• L(y ) dy t:qu:s.,:ão (4 ~

;1' 62,4(5- y)2y t/y

)'~) tly
3
= 124.81 (5y -

_ 124,8[t y 2 _ yn: _ 1684.8 lb

Forças de fluidos e centróides


Se soubermos a localização do centróide de uma placa vertical plana sub-
mersa (Figura 6.68}, poderemos pegar um •atalho"' c determinar a força con-
tra um lado da pia"' mais rapidamente. Segundo a Equação (4),
F ~J: wx(profundidadeda faixa)x L(y) dy
snow
492 Cálculo

Nh·cl d.l S\1 • ic do Ouido


=w J: (profundidade da faixa)x L(y) dy

li • prorundid:.de de. ttnltóide =w x(momento em tomo da reta que forma a superfície da região ocupada pela placa)
,-----.!.:.......:
=wx(profundidadedo centróide da placa)x(área da placa)
Centróide d" pla(3

f-orça..'\ de fluidos c centróides


FIGURA 6.68 A lorça contra um
lado da placa é w • h · área da placa. A força de um fluido de peso específico wcontra um lado de uma placa
vertical plana submersa é o produto entre w, a distância hdo centróide
da placa até a superfície do fluido e a área da placa:

(5)

EXEMPl O 2 Determinando a força de um fluido coma E<1uação (S)


Use a Equação (5) para determinar a força no Exemplo l.
SOLUÇÃO O centróide do triângulo (Figura 6.67) fica no eixo y,
a um terço do caminho entre a base e o vértice, logo h = 3. A área do
triângulo é

I
A = - (base)(allura)
2
I
23x lO"" : - (6)(3) = 9
F =-'--:'- 2
r'
Portanto,
F= wii 1\ =(62,4)(3)(9)
= l.684,81b

Exercícios 6. 7

O peso espedfico dos fluidos nos exerclcios a seguir está na tabela da página 490.

t. Placa triangular Calcule a força do fluido em um lado 2. Placa t riangular Calcule a força do fluido em um lado
da placa do Exemplo I usando o sistema de coordenadas da placa do Exemplo I usando o sistema de coordenadas
mostrado aqui. mostrado a seguir.
.l' (pé<)
~1perficie da. jJJcin:. em)' = 2

-3
3. Placa triangular afundada A placa do Exemplo I é
-5 afundada mais 2 pés dentro da água. Qual é a força do
''
'' Ou ido em um lado da placa agora?
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 493

4. Placa triangular plLnda A placa do Exemplo I é pu- IO. Caminhão de leite Um auninhão-tanquc carrega leite
xada para cima até seu extremo superior atingir a super· em um tanque cilíndrico horizo.ntal circular reto de 6 pés de
fície da piscina. Qual é a força do fluido em um lado da diâmetro. Quanta força o leite exerce em cada extremidade
placa agora! do tanque quando este está pela metade?
5. Placa triangular A placa triangular isósceles mostrada
11 . O tanque metálico cúbico que se vê aqui tem um portão
a seguir está verticalmente submersa I pé abaixo da su- parabólico que é mantido no lugar por parafusos c é pro-
perfície de um lago de água doce.
jetado para resistir a uma força de fluido de 160 lb sem se
{a) Detennine a força exercida pelo fluido contra um lado romper. O líquido que você planeja armazenar tem peso
da placa.
es1>edfico de 50 Ih/pé"'.
(b) Qual seria a força exercida pelo fluido sobre um lado (a) Qual é a força que o fluido exerce sobre o portão
da placa se a água fosse do mar em vez de doce? quando o líquido está a 2 pés de profundidade?
Nível d:l su r(fcil' (b) Qual é a alhora máxima que se pode encher o tanque
sem que se exceda a limitação de projeto deste?

H. I ) (1 . I)

6. Placa triangular girada A placa do Exercício 5 é girada


180<> em torno da reta A8, de modo que parte dela fique
para fora do lago, como se ''ê aqui. Que força a água exer- ViS1a ampliltda:
ce sobre um Indo da placa agora? do pon;lo p<~tabólioo

12. O tanque retangular que se vé na figura tem, acima da


base-, um vidro quadrado de L x 1 pé. O vidro foi proje..
tado para resistir a uma força de fluido de 312 lb sem se
romper.
(o) Que força de fluido o vidro terá de suportar se o tan-
que contiver um nível de água de 3 pés?
7. Aquário de Ncw England O vidro de exibição típico de
(b) Qual é o nível de água que o tanque pode conter sem
um tanque de peixes no aquário de New England, em Bos·
too, tem 63 pol de largura c vai de O,S pol até 33,5 pol abaixo exceder a limitação do projeto do vidro?
da supcrflcic da água. Determine a força do fluido contra
esse vidro. O peso específico da água do mar é 64 lb/pé'.
(Caso voc.ê queira saber, o vidro tem 3/4 pol de espessura e
a altllta das paredes do tanque é de 4 pol acima da superfl-
cie da água, para evitar que os peixes pulem para fora.)
8. Tanque de peixes Um tanque horizontal e retangular de
peixes com base de 2 x 4 pés e altura de 2 pés {dimensões-
interiores) é enchido com água doc-e até a altura de 2 pol 13. As placas nas extremidades do reocho que se vê aqui foram
abaixo do topo. projetadas para resistir a uma força de fluido de 6.667 li-
(a) Determine a força do fluido contra cada lado e exlre· bras. Quantos pés ciobicos de água o tanque pode conter
midade do tanque. sem exceder essa limitação? A;nedonde para o pé cúbico
(b) Se o tanque for fechado c deitado (sem derramamento), mais próximo.
de modo que uma das extremidades seja a base, o que ,v(pé-)
t- 4. 10) ( 4. lO)
isso f.'Z com as forças de fluido nos lados retangulares?
9. Placa semicircular Uma placa semicircular de 2 pés de
diâmetro é colocada diretamente na água doce com o diâ-
metro ao longo da superfície. Determine a força exercida
pela água em um lado da placa.
snow
494 Cálculo

14. A água está entrando na piscina retangular mostrada a se· 18. Cocho As extremidades verticais de um cocho são qua·
guir a uma taxa de 1.000 pés1/h. drados com lados medindo 3 pés.
(a) Determine a (orça do fluido contra a placa de drena- (a) Determine a força de flu.ido contra as extremidades
gem triangular depois de a água estar entrando na quando o cocho está cheio.
piscina há 9 horas. (b) Em quantas polegadas você tem de baixar o nivel de
(b) A placa de drenagem foi projetada para resistir a uma água no cocho para reduzir a força de fluido em 25%?
força de fluido de 520 lb. A que nivel você pode en-
19. Caixa de leite Uma ca.ixa de leite retangular mede 3,75 x
cher a pisei nu sem exceder essa limitação?
3,75 pol na base e 7,75 pol na alntra. Determine a força do
leite em um lado quando a caixa este\ cheia.
20. Lata de azeite de oliva Uma lata de azeite de oliva co-
mum mede 5,75 x 3,5 J>OI na base e tem lO pol de altura.
PJ:~ca de drenagem trinng_ular Determine a força de fluido contra a base e contra cada
lado quando a lata está cheia.
y (pé.<)
21. Cocho As extremidades verticais de um cocho são trián·
gulos isósceles como o que se vê aqui (dimensões em pés).
)' (pés)

Vis.lo ampli3d3 dà placa de drenagem


15. Uma placa retangular vertical com a unidades de com·
primento por b unidades de largurn é submersa em um
Ou ido de peso específico w com suas bordas mais longas
(a) Determine a força de fluido contra as extremidades
paralelas à supert1cic do Ou ido. Determine o valor médio
quando o cocho está cheio.
da pressão ao longo das dimensões verticais da placa.
(b) Em qumtas polegadas você tem de baixar o ni\·cl de
16. (Continuação tio f>Xercicio 15.) Mostre que a força exer- água no cocho para reduzir pela metade a força de flui·
cida pelo fluido em um lado da placa é o valor médio da do nas extremidades? (Responda arredondando para a
pressão (determinada no Exercício 15) vezes a área da pia· meia polegada mais próxima.)
ca. Justifique sua resposta.
(c) O comprimento do cocho tem importância? justifi-
17. A água verte a4 pés3/min para dentro do tanque que se vê que sua resposta.
na figura. As-seções transversais do tanque são scmidrcu-
22. A frente de uma barragem é um rctân,gulo, ABCD, de di-
los com 4 pés de diâmetro. Uma extremidade do tanque
mensões AB ~ CD ~ 100 pés, AD ~ BC~ 26 pés. O plano
é móvel. mas. ao movimentá~la para aumentar o volume.
ABCD não é vertical, e sim inclinado, conforme indica a
comprime·se uma mola. A constante da mola é k = I00
figura a seguir, sendo o topo da barragem 24 pés mais alto
lbipé. Se a extremidade do tanque se deslocar 5 pés contra
a mol", a ág,•a e1>coará por um orificio de S-CS\Irar,ça r'<\ que a base. Determine a força devido à pressão da água so·
bre a barragem quando a superfície da água está nivelada
parte inferior a 5 pés'imin. A extremidade móvel atingirá
corno topo.
o orifício antes que o tanque transborde?
D
Águ:•
i
I y

Orii'Tcio
dedreno Vi.s.lt"tl:ueml
snow
Capitulo 6 Aplicações de integrais definidas 495

Questões de revisão
I. Como você define c calcula os volumes de sólidos pelo 8. Como você localiza o centro de massa de uma chapa pia·
método de fatiamcnto? Dê um exemplo. na c fina de material? Dê um exemplo.
2 . Como os métodos do disco c do anel para calcular volumes 9. Como você define c calcula a área da superfície gerada
são d<-duzidos do método do fatiamento? Dê exemplos. pela rotação, em torno do eLxo x, do gráfico de uma fun-
ção lisa)'= j{x), a $ x $ b? Dê um exemplo.
3. Descreva o rnCtodo das cascas dlíndri<:3s. Dê wn exemplo.
lO. Sob quais condições você pode determinar a área da su·
4. Como você determina o comprimento de uma curva pa·
perfície gerada pela rotaçãoJ em torno do eixo x, de uma
rametrizada lisa x = /(1), )' = g(t), n $ t $ b? Por que é
cun<a x =j(t), y =g(t), n S x S I>? E em torno do eixo y? Dê
preciso que a curva seja lisa para ser possível calcular seu
exemplos.
comprimento? O que rnais você precisa saber sobre a pa·
rametrização para detcnninar o comprimento da curva? 11. O que dizem os dois teoremas de Pappus? Oé exemplos de
Dê exemplos. como eles são usados para calcular áreas de superfície c
volumes e para localizar centróides.
5. Como você determina o comprimento do gráfico de uma
função lisa em um intervalo fechado? Dê um exemplo. 12. Como você define e calcula o trabalho exercido por uma
E no caso de funções que não têm prirneiras derivadas força variâvel direcionada ao longo de uma parte do eixo
continuas? x? Como você calcula o trabalho necessário para bombear
líquido de um tanque? Dê exemplos.
6. O que é um centro de massa?
13. Como vocé calcula a força exercida por um líquido
7. Como você localiza o centro de massa de uma barra ou
contra urna parte de uma parede vertical plana? Dê um
faixa reta e estreita de material? Dê um exemplo. Se a dcn·
exemplo.
sidade do material é constante) você pode dizer imediata-
mente onde o centro de massa está. Onde ele está?

Exercícios práticos
Volumes planos são quadrados cujas bases vão do eixo x à curva
x u: + ym = .J6.
Determine o volume dos sólidos nos exercícios I - 16. y
I. O sólido situa-se entre planos perpendiculares ao eixo x
(•
em x = O e x = I. As seções transversais perpendiculares
ao eixo x entr-e esses planos sito discos c:ircuhu-cs <ujos
diâmetros vão da parábola y = x' à parábola y = ,rx.
2. A base do sólido é a região no primeiro quadrante entre a
reta y = x c a parábola y = 2 ..Íx. As seções transversais do
sólido por planos perpcndicuJare.s ao eixo xsão triângulos
eqüiláteros cujas bases estendern·sc da reta à curva.
3. O sólido situa·se entre planos perpendiculares ao eixo x 5. O sólido situa-se entre planos perpendiculares ao eixo x
en'l .'< = ;r/4 e x = 'Srr/4. As seções transversais entre esses em.< = Oex =4. As seções tmo'8\'crsais do sólido perpen-
planos são discos circulares cujos diâmetros vão da curva diculares ao eixo x entre esses planos são discos circulares
y = 2 cosxà curvay = 2 sen x. cujos diâmetros vão da curva x2 = 4y à curva I = 4.\'.
4. O sólido situa-se entre planos perpendiculares ao eixo 6. A base do sólido é a região limitada pela parábola I =
x em x = O e x = 6. As seçôe.s transversais entre esses 4x e pela reta x = I no plano .xy. Cada seção transversal
496 Cálculo

perpendicular ao eixo x é um triângulo eqüihitero com Comprimento de curvas


um extremo no plano. (Todos os triângulos situam-se no
mesmo lado do plano.) Determine o comprimento das cun<as nos exercícios 17-23.
17. y = x•l>- ( t/))x'l>. 1s xs •
7. Determine o volume do sólido resultante ao se girar are-
gião limitada pelo eixo x, pela curva y = 3x4 e pelas retas I S• .r = yl!3. I :s J" :s 8
x = I ex= - I em torno (a) do eixo x; (b) do eixo y. (c) da 19. y = x2 - (lnx}/8, 1 :s x :s 2
retax= l; (d) daretay = 3. 20. x = (y'/1 2) + (1/y). I :S y :S 2
21. :r .. 5cost- cos 51, y • 5 scn t - scn 5t, Os 1 s r./ 2
8. Determine o volume do sólido resultante ao se girar a re-
:Z2. X = 13 - 61~. y = t 3 + 61 2• 0 S I S I
gião "triangular" limitada pela curva)' = 41:<' e pelas retas
x =I e y = 1/2 em torno (a) do eixo x; (b) do eixo y; (c) da 23. x = 3cos0. y = 3sen 9. O :s 9 :s 3;
reta x = 2; (d) da reta y = 4.
24. Delerrnine o comprimento do laço compreendido por x =
9. Determine o volume do sólido resuhantc ao se girar a re- t', y =(13/3) - 1 que se vê aqui. O laço começa em 1= - J3
y
gião limitada à esquerda pela parábola x = + I e à direita c termina em t = J'j.
pela reta x = 5 em torno (a) do eix.ox; (b) do eixo y, (c) da
)"
rctax = 5.

10. Determine o volume do sól.ido resultante ao se girar a rc·


gião limitada pela parábola y' = 4x e pela reta y = x em
torno (a) do eixo x; (b) do eixo y; (c) da reta x = 4; (d) da
retay =4.
t a O
11. Determine o volume do sólido gerado pela rotação, em tor.. --~*--!--:!-2-~-!-----+.t
no do dxo x, da região ''triangular" limitada pelo eixo x) pela
= =
reta x n/3 e pela curva y tg x no primeiro quadrante.
12. Determine o volume do sólido resuhantc ao se gira.- a re-
gião lhnitada pela curva y = sen x e pelas retas x =O, x = n
ey= 2 em torno da retay= 2. -I
13. Determine o volume do sólido gerado pela rotação, em
torno do eixo x, da região delimitada pela curva x = e1' e
pelasretasy=O,x=Oey = I. Centróides e centros de massa
14. Determine o volume do sólido resultante ao se girar, em tor· 25. Determine o centróide de uma placa plana c fina que cobre
no do eixo x, a região limitada por y = 2 tg x, y =O, x = -tr/4 a região compreendida pelas parábolas .r=
2x' e y= 3- K-.
c x = rr/4. (A região situa-se no primeiro c no terceiro qua-
drantes c assemelha·se a uma gravata-borboleta inclinada.) 26. Determine o centróide de uma placa plarH'I e fina que co~
br~ a região compreendida pelo elxo x, as retas·"'= 2 ex=
15. Volume de um orifício de uma esfera sólida ~feito um -2 e a parábola y = ~'.
orifício redondo de raio .J3 pés atrao,•és do centro de uma
esfera sólida de rruo 2 pés. Dercrminc o volume do mate- 27. Determine o ccntr6idc de umn placa plnnn c fina que CO·

rial removido da esfera. bre a região "triangularot no primeiro quadrante limitada


pelo eixo y, pela parábola y = .-i'f4 e pela reta y = 4.
16. Volume de uma bola de futebol americano O perfil de
uma bola de futebol americano lembra a elipse mostrada 28. Determine o centróide de uma placa plana e fina que cobre a
aqui. Determine o volume da bola dt futebol aproximao· região compreendida pela parábola f;.< e pela reta.< = 2y.
do até a polegada cúbica mais próxima. 29. Determine o centro de massa de uma placa plana e fina
y que cobre a região compreendida pela parábola I = x e
pela reta x = 2y se a função densidade é 8(y) = I + y. (Use
faixas horizontais.)
30. (a) Determine o centro de massa de uma placa fina de
densidade constante que cobre a região entre a curva
y = 3/.rv~eoeixox,dex= I atéx:::;9.
Capitulo 6 Aplicações de integ1ais definidas 497

(b) Determine o centro de massa da placa se, em ve-~:. de cheio de água. Quanto trabalho é necessário para bombear
ser constante, a densidade for 8(x) = x. (Use faixas a água para um nível6 pés acima do topo?
verticais.) 42. Bombeando um reservatório (Coutimurção do Excrc-f..
tio 41.) O reservatório contém S pés de profundidade de
água, que está para ser bombeada para o nível do topo.
Áreas de superfície de revolução Quanto trabalho será necessário?
Nos exercícios 31 - 36, determine a área das superficies ge· 43. Bombeando um tanque cõnico Um tanque cônico cir·
radas pela rotação das curvas em torno dos eixos dados. cular reto, apontado para baixo. cuja boca tem raio de 5
pés c cuja altura é LO pés está cheio com um líquido cujo
31. y:;;; ~. Os .r s 3; eixo.\'
peso específico é 60 lb/pé'. Quanto trabalho é necessário
32. y=.r 3/3. O:S:.r :S: 1: eixo.r
para bombea.r o líquido para um ponto 2 pés acima do
33. x -= V4y- y1~ I s y s 2: eixo;' tanque? Se a bomba é movida por um motor que trabalha
34. .r = yY, 2 :s: y :s: 6: eixo y a uma taxa de 275 pés ·lb/s (1/2 HP),quanto tempo levar:\
3:\.•r= 12/2, )' = 21. O :s; 1 :s; Vs; eixo .r para esvaziar o tanque?
2
.16. x • 1 + 1/ (21), y • 4\ÍI. 1/ Vl :s: 1 s 1: eixoy
•14. Bombeando um tanque d1indrico Um tanque de ar·
ma7.enagem é um cilindro drcular reto com 20 pés de
comprimento e 8 pés de diâmetro, com eixo hori20ntal.
Trabalho Se o tanque está pela metade de azeite de oliva pesando
57 lb/pé', determine o trabalho reali7.ado para esvaziá-lo
37. Levantando equipamento Uma alpinista está prestes a através de um cano que vai do fundo do tanque até uma
erguer 100 N (aproximadamente 22,5lb) de equipamento saída 6 pés acima do topo.
que está pendurado abaixo dela na ponta de uma corda
de 40 m que pesa 0,8 N por metro. Quanto trabalho ser.\
Força de fluido
necessário realizar? (Dica: Resolva separadamente para a
corda e para o equipamento c depois some.) 45. Cocho de água A placa triangular ' 'ertical mostrada na
38. Carninhâo·pipa va1.ando Você dirigiu um caminhão- figura é a base de um cochocheiodeâgua (w= 62,4). Qual
pipa com 800 galões de <lgl•a do sopé do Monte Washing- é a força do fluido contra a placa?
ton até o topo e ao chegar descobriu que o tanque estava ...
pela metade. Você começou com o tanque cheio. subiu a
uma vc1ocidade constante e chegou à elevação de 4.750
pés em 50 minutos. AdnliHndo·se que a água tenha va-
za.do a uma taxa constante. quanto trabalho foi rcaliz.ado
ao transportar a água para o topo? Despreze o trabalho UNIOAI.MiS 1:;..\t I~S.
realizado de carregar a si próprio e o ca1ninhão para lá. A
46. Cocho de xarope d e bordo A placa trapezoidal vertical
água pesa 8lb/galão.
mostrada a seguir é a l.ateral de um cocho cheio de xarope
39. Esticando uma mola Se é necessário exeJ'CCI' uma força de bordo que pesa 75lb/pé-'. Qual é a força exercida pelo
de 20 lb para rn~.nter uma mola dithmdida I p.é <'ll~m de xarope contr-a a lnttral do cocho quando o líquido \(:m ) O
seu comprimento original, quanto trnbaU1o é necessário polegadas de profundidade?
realizar para distender a mola até esse ponto? E até I pé a 1
mais?
.\' •.t - 2 , ;
40. Mola da porta da garagem Uma rorça de 200 N vai es-
ticar uma mola de porta de garagem 0,8 m além de seu --_"!2 :--+--,-,i,?:<----+ .\' o
comprimento não esticado. Quanto uma força de 300 N / -
esticaria a mola? Quanto trabalho é necessá.rio para csti· /
ONIIlAOI!S HM I1":.~
cara mola até essa distihlc:ia, a partir de seu comprimento
não esticado? 47. Força contra um portao parabólico Um portão plano
41 . Bombeando um reservatório Um reservatório em fOr- c vertical na parte frontal de uma barragem tem o mesmo
ma de cone circular reto. apontado para baixo. com 8 pés formato da região parabólica entre a curva y = 4xl c a reta
de profundidade e cuja boca tem 20 pés de diâmetro, está y = 4, com medidas em pés. O topo do portão fica 5 pés
498 Cálculo

abaixo da superf'ície da água. Determine a força exercida 50. A placa trapezoidal isósceles mostrada na figura está sub·
pela água (w = 62,4). mers:a verticalmente em água (w = 62)4). com sua borda
superior 4 pes abaixo da superfície. O~termine a força do
48. Voce pretende armazenar mercúrio (w = 849lb/pes') em
fluido em um lado da placa de dois modos d l(eremes:
11 um tanque retangular vertical que tem unta base quadra-
da medindo I pe de cada lado. A parede interior do tnn· (a) Calculando uma integral.
que pode suportar uma força de fluido total de 40.000 lb. (b) Dividindo a placa em um paralelogramo c um triân-
Aproximadamente, quantos pés cúbicos de mercúrio você
gulo isósceles, depois localizando seus centróides e
vai poder armazenar no tanque de cada vez?
usando a equação F= w h A da Seção 6.7.

1
49. A vasilha que se vê abaixo está cheia com dois Hquidos
não miscivcis de ptso específico w 1 c w 2• Determine a
força de fluido em um lado da placa quadrada vertical

/'{,' I
ABCD. Os pontos 8 e D situam-se na fronteira entre os
Centróide$
Hquidos, c o quadrado tem 6J2 pés de lado.

,,
.
Uquído 1:
dcns:id:l(lc = 1,•1 1<----s---.
Dinll.'l\SúcS em pés

trquido 2:
dCI'IS:id.adc • w l
c

Exercícios adicionais
Volume e comprimento Momentos e centros de massa
1. Um sólido é gerado pela rotação, em torno do eixo x, da 5. Encontre o centróide da região Hmit'ada inferiormente
região limitada pelo gráfico da função continua positiva pelo eixo x c superiormente pela curva y -= I - K1, sendo
y ~ f(x), pelo eixo x, pela reta lixa x ~ 11 e pela reta variá· 11 um inteiro positivo e par. Qual é a posição-limite do
vel x = b, b > 11. Seu volume, para qualquer b, é b1 - nb. centróide quando 11 _,. oo~
Determine j{x).
6. Se um poste telefônico é t-ransportado .em um carrinho de
2. Um sólido é gerado pela rotação, em torno do eixo duas rodas atrás de um caminhão, o i<leal é que as rodas
.<,da região limitada pelo gráfico da função continua cslejam cerca de 3 pes atrás do centro de massa do poste,
positiva y = f(x), pelo eixo x c pc:las retas x =O c.<= n. para permitir uma distribuição d e peso adequada. Os postes
Seu volume, para qualque r a> O, é a 2 + a. Determine de madeira NYNEX classe I, de 40 pes, têm 27 polegadas de
j{x). circunferência no topo e 43,5 na base. Aproximadamente, a
que distância do topo fica o centro de massa?
3. Suponha que a função crescente f(x) seja lisa para x ~ Oe que
!(O) = a. Faça$(.<) denotar o comprimento do gráfico de f 7. Suponha que uma placa de metal fina de área A e densida-
de (0, 11) até (x, f(x)), x >O. Determine f(x) se s(x) ~ Cx para de constante 8 ocupe uma região Rno plano xy e conslde·
algum C constante. Quais s..io os valores permitidos para C? re Jv11 o momento da placa em torno do eixo y. Mostre que
o momento da placa em torno da reta x = b é
4. (a) Mostre que, para O<",;; n/2,

J: .J1 +cos' (J d8> Jcx' +sen' ex


(a) M1 - bôA se a placa situa-se à d ireita da reta:
(b) b8A - M1 se a placa situa-se à tsqtJerda da reta.
(b) Generalize o resultado do item (a) .
8. Determine o centro de massa de uma placa fina que cobre
a região limitada pela curva I =4nx c pela reta x:: n, n =
snow
Capitulo 6 Aplicaç6es do Integrais definidas 499

constont< positiva,.., a densidade em (x, y) ~ diretament< Trabalho


proporcional a (a) x, (b) [ri.
9. (a) Determine o centróide da região no primeiro qua- I). Uma particulademassa m parte do repouso no ins1ante t =O e
drante limitada por dois circulos concêntricos c pelos se tnO\'t ao longo do eiXo x com acclcraçao constante n de x =
eixos das coordenadas. se os drc:ulos tCm ralo.s a e b, O a x =Ir contra urna força varlá\'el de rmgnitude F{I) =f.
Detemline o trabalho realizado.
O< n < b, e seus centros estão na origem.
(b) Determine os limites das coordenadas do centróide 14. Trabalho e energia cinética Suponha que urna bola de
quando n se aproxima de b e discuta o significado do golfe de 1.6 onça seja colocada sobre urna mola vertical
resultado. com força constante k = 2 lb/pol. A mola é comprimida
6 polegadas c solta. Aproximadamente, que altura atinge
I O. Uma ponht triangular é cortada de um quadrado cujo lado é a bola de golfe (medida a parti r da posição de repouso da
I p~. A •lrea do triângulo removido é 36 pol1. Se o centróide mola)?
da região remanescente está a 7 pol dc um l:ldodo quodrado
original, a que distância ele está dos lados restantes?
Força de fluido
Área de superfície I S. Uma placa triangular ABC é submersa em água ,..,nical·
mente. O lado AB, com 4 pés de extensão. está 6 pés abai·
11. Em certos pontos da CW'\õ y = 2 ~. segmentos de r<1a de xo da supcrficic da água, cnq11anto o \'érticc C está 2 pés
comprimento 11 =)'são traçados perpendicularmente ao pia· abaixo da supcrflcie. Determine a força exercida pela água
no xy. (Veja a figura a seguir.) Determine a área do superficle em um lado da placa.
formada por essas retas perpendiculares de (0, O) a (3. 2 J3).
16. Uma placa retangular vertical é submersa em um Oui·
do com seu lado superior paralelo à superflcic do fluido.
Mostre que a força exercida [>elo fluido em um lado da
placa é igualao valor médio dn pressão de cima para bai·
xo da placa vezes a área da placa.
17. O centro de presstlo em um lado de urna região plana
submersa em um fluido ~ definido corno o ponto no
qual a força tota.l exercida pelo fluido pode ser aplicada
sem que.., altere seu momento total em tomo de qual·
quer eixo no plano. OCicrmine a profundidade do ccn·
tro de pressão (a) em um retângulo vertical de altura !J e
largura b, se sua borda superior csti\'er na supcrflcie do
12. Em certos pontos de um círculo de raio a, "'Smentos de reta fluido: (b) em um triângulo ,·crHcol de altura /1 e base b,
sáo trnç:ldos perpendicularmente ao plano do circulo, tendo se o vé.rtice oposto a b eslivcr n pés abnixo da superfície
n reta perpendicular a cada ponto Pc-Omprimcnco ks, onde s do fluido e a base b estiver (a + /1) pés abaixo da mesma
é o comprimento do arco do círculo medido em sentido anti· superfície.
horo\rtu de (n, O) até P, c ké uma <.vnslanle: PQ:tltl\'11• conforme:
mostrado 11 seguir. Determine a área da supcrflcfc formac.l:'
pelos rebts perpendiculares ao longo do arco que começa em
(n, O) e se estende uma única ,-ez em volla do circulo.

)'
snow
500 Cálculo

Exercícios avançados
1. Calcule, pelo método dos discos, o volume dos sólidos ob· 8. Seja" (I) ; (x(t), )'(I)), a~ I~ b, uma curva lisa, com "'(t)
tidos girando a região entre o eixo x e o gráfico de y = x"'. ot O, para a~ f 5 b. Dada urna função crescente, com deri-
para OS x ~ 1. em torno vada contínua positiva, u: (c, d]-> (a, b], a curva f3 (w) =
a(u(w)} (isto é,fj = a ou), c~ w ~ d, é chamada uma rc-pa-
(o\) do eixo x
ramctrização de"· Mostre que f3 é uma curva lisa, com fJ'(w)
(b) do eixo y ~ O, para c 5. t 5 d, que a imagem de a e d efJ coincidem e que
(c) darelax = l o compl'imento de« é igual ao comprimento de p.

2. Repila o Exercício I usando o método das cascas. 9. A pá de um ventilador pode ser modelada por uma placa
fina de densidade constante, com a forma de um t rapé-lio
3. Calcule o centróide da região plana descrita no Exercício I.
unido a um semidrculo, como mostra a figura. Encontre
Use o teorema de Pappus para reobtcr os volumes pedidos
o centróide da placa.
no Exercício I. Qual dos três métodos usados nos Exerci~
dos 1-3 para calcular e-sses volumes você <:onsidera mais
vantajoso? 3
4. Seja L o comprimento da curva y = x", para OS x 5 I. Ex·
pressc L como uma integral e mostre, usando a definição
de comprimento de urna curva e de integral. que 1,4 < L < I 10
2.7. A seguir. use um SAC para caJcuJar numerkamcnte
L, o centróide da curva e a área das superfícies obtidas-
girando essa curva em torno
~~ r~--:-=_-~--~-_
:-_:-:-:_-':-_;_
:-
(a) do eixo x
(b) do eixo y I O. Um cabo de aço tem densidade de quatro libras por pé e
(c) daretax ~ l comprimento de 30 pés, e está inicialmente em repouso SO·
brc o chão. Calcule o trabalho necessário para
Verifique diretamente que o teorema de Pappus para áreas
(a) erguer uma ponta do cabo a 30 pé-$ do chão, de modo
é válido no caso dessas três superficies.
que ele fique esticado;
S. Encontre o volume do sólido no primeiro octante cuja base
é a região limitada por y = scn x c y a 2x/Tr c cujas seções (b) a partir da posição em (a) ergue-r a outra ponta do
transversais pcrpcndícuJares ao eixo ,"( são cabo a 30 pés de altura, de modo que o cabo fique
(a) quadrados dobrado no meio, pendurado por ambas as pontas.

(h) trilng:ulos eqiiiláteros


I
6. O interior de um tanque é descrito pelos pontos obtidos l51pés
I
girando a região no primeiro quadrnnte do plano xz deli·
mitada pelos eixos coordenados, pelo gráfico de z = ai',
em que t~ e b são reais positivos. e z = a. ern torno do eixo z.
Suponha que o tanque e,steja com água até a metade de sua
capacidade. Desenhe um esboço do tanque e determine a
altura da água no tanque. I
L
7. O gráfico da função dcrivável )' a ft.x), positiva em x > O,
(a) (b)
,
passa pela origem. Para todo x >O, o comprimento da cur-
I m
va de (0, O) a (x,j(x)) é dado por L(x) =
1 vI
0
+4 e dt 11. A seção transversal vertical de um canal de irrigação é
Determine a funç-;!o f Ela é iuuca? modelado por y • _!,J36- 9x' em que x, em metros,
2
Capítulo 6 Aplicações de integrais definidas 501

é medido a partir do centro do canal. Suponha que a su .. 12. Um triângulo is6scele T tem b:ase 2r e altura h. A base de
perficie da água esteja Jr metros abaixo do topo do canal. T coincide com o diâmetro de uma região semicircular O
Calcule a força do Ou ido contm um ponào vertic.>.l usado de raio r. Determine a relação que r c IJ devem satisfazer
para Impedir o fluxo de água no canal. para que o centróide de Tv D caJa denrro do triângulo.

-2 )' 2
~==F.=:a-- ,, X

nível da água
-3

Projetos de aplicação de tecnologia


MÓDUlO MATIIEMATICA·MAPLE
Usa,do somas de Riemamt para estimar áreas1 volumes e comprimeutos de curvas
Visualize c aproxime áreas e volumes nas partes I e 11 (volumes de revolução) c na Parte 111 (comprimentos de curvas).

MÓDIJI.O MATIIEMATICA·MAPLE
Modelando llm salto de 1 'bungec jmttp,.
Colete dados (ou use dados previamente coletados) para construir e refinar um modelo paro a força exercida por uma
corda de bungee jump durante um salto. Use o teorema do trabaU>O-energia para calcular a distância da queda sofrída por
dada pessoa para dado comprimento da corda.
Funções transcendentes e integrais

RESUMO Até agora, tratamos as funções exponenciais c logarítmicas de


modo bem informal, apelando à intuição e aos gráficos paro explicar algumas
de suas características. Neste capitu1o, faremos urna abordagem rigorosa das
definições e propriedades dessas funções, e est\ldaremos ampla variedade de
problemas práticos nos quais elas cntr.un em jogo. 'làmbén\ introduziremos
as funções hiperbólicas c suas- inversas, com aplicações em integração, pára·
quedismo.. transporte de mercadorias e cabos suspensos.

O logaritmo definido como uma integral


No Capilulo I, apresentamos a função logaritmo natural In x como o in-
verso da função exponencial é. Consideramos é aquela função na família
das funções exponenciais gerais ax, n > Ocujo gráfico tem coeficiente angular
I quando cruza o eixo y. A função a", porém, foi apresentada intuitivamente,
com base em seu gn\fico em valores racionais de x.
Nesta seção. vamos rever a teoria das funções logarítmic-as e exponenciais
de uma perspectiva totalmente diferente. Agora, vamos definir essas funções
analiticamente e identificar outra vez seu comportamento. Para tanto, come-
çaremos usando o teorema fundamental do cálculo paro definir a função lo-
garitmo natural In x como Ul'na integral. Depois, apre-s entaremos rapidamente
suas propriedades. incluindo as propriedades algébricas. gcomél.ricas cana-
lítiâ'ls que já vimos. Em seguida, introduziremos a função c'Jt como a funç-Jo
inversa de In x e determinaremos suas propriedades vistas anterionnente. De·
tinir In x como uma integral c~ como sua inversa é uma abordagem indireta.
Embora t\ primeira vista possa parecer estranho, isso vaj nos proporcionar
uma ferramenta poderosa e elegante para obter c.o m precisão as propriedades
mais importantes das funções logarítmicas e exponenciais.

Definição da função logaritmo natural


O logaritrno natural de um número positivo x, c,s crito na forma In x, é o
valor de uma integral.

Definição A função logaritmo nawral

lnx = j ' l
7dr, x> O
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 503

Se x > I, então In xé a área sob a curva y= 1/1 de I= I ai= x(Figura 7. 1).


Para O< x < l . ln x fornece o oposto da área sob a curva de x a l. A função não
é definida para x 5 O. Em conseqiitncia da regra do intervalo de largura zero
para tmegraJs definidas. também temos que
'1
l.n I = /, 7 d1 = O

)'

se 0< .< < l.<ni'J.O In .< ·f 'Jút • -j J<It


1

TABELA 7.1 Valores lipicosde fornece o Oj)()S•o dc~a área.


In x para·duas casas
decimais
Se.\' > l. em3o ln x =J~~dt
fornec-e çst:t Me.-. 1

X ln x
o indefinido
0,05 -3,00
0,5 - 0,69
I o
2 0,69
3 1,10
4 1,39 y= In,\'
lO 2,30

FIGURA 7. I O gráfico de y = In x c sua relação com a função y = 1/x,


x > O. O gráfico do logaritmo fica acima do eixo x à medida que x se desloca
de I para a direita, c cai abaixo do eLxo x à medida que x se desloca de 1
para a esquerda.

Note que apresentamos o gráfico de y = llx na Figura 7.1, mas utili1.amos


y = 1// na integral. Utilizando x para tudo. esc.revería~nos
' I
lnx = /, -x tL<

com .<significando duas coisas diferenles. Então, mudamos a variável de in·


tcgração para I.
Usando retângulos para obter aproximações finitas da área sob a curva de
y = 111 e ao longo do intervalo entre 1= I c 1 =.<,conforme vimos na Seção 5.1 ,
podemos aproximar os valores da função In x. A Tabela 7.1 fornece vãrios des·
ses vaJores. Exlsle um Importante mlmero cujo togarluno natural é Igual a L

Definição O mimcro c
O número e é aquele número no domínio do logaritmo natural que
satisfaz
<I
ln(e) = -<11 = I
/, I

Geometricamente. o núrnero e corresponde ao ponto no eixo x para o


qual a área sob a curva de y = 1/1 c ncima do intervalo {I, cl equivale à área
da unidade quadrada. A área da região sombreada na Figura 7. I é I unidade
quadrada quando x = e. Veremos adiante que este é o mesmo número e ~
2,718281828 que encontramos antes.
snow
504 Cálculo

A derivada de y = In x
l'ela primeira parte do teorema fundamental do cãlculo (Seção 5.4),

-d lnx= - d],' -l <11= -I


tb: tb: 1
t X

Para qualquer valor positivo de x, lemos

d I
(i; lnx = x· (I)

Portanto, a função y = In x é uma solução para o problema de valor uúcial


dyldx = 1/x, x >O, com >{I)= O. Observe que, como a derivada é sempre positiva,
o logaritmo nat\lral é uma função crescente; logo, é injetora e tem uma inversa.
Se u é \lmn função dcrivá.vcl de x cujos valores s-ão positivos:. de maneira
que In u seja definida, então, aplicando a regra da cadeia, obtemos

.!!. In u =
dv
l11 !!!!.
dr
11 > o (2)

Se a Equação (2) for aplicada à função" = bx, onde b é qualquer constante


com bx >O, obteremos

.!!.lnbx = _L • .!!.(bx) = _L(b) = J,


dx bx dx bx ·'
Em particular, se b = -I ex < O,
d
dr In (-x) = xI
Uma vc-.c que JxJ =.'< quando x >O, c Jxl = -x quando x <O, a equação ante-
rior combinada com a Equação (I) nos leva a este importante resultado

1
<r
"t In lxl = -x X 'I' O (3)

O gráfico e a imagem de In x
A derivada d(ln .<}ldx = llx é positiva para.< > O, logo Ln x é uma função
crescente de x. A segunda derivada, -llx', é negativa, logo o gráfico de In x é
côncavo para baixo.
A função In x tem as seguintes propriedades algébricas:

L lobx = lnb + lnx


2. ln~ a lnb - lnx

3. ln} = -lnx
4. lnx' = rlnx. sendorqualquernúmeroraciooal
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 505

Essas propriedades são decorrentes da Equação (2) e o teorema do valor


méd.io para derivadas> conforme visto na Seção 4.2. A propriedade (4) per1na·
nece válída para qualquer número real r, conforme veremos logo mais.
Podemos estimar o valor de In 2 considerando a área sob a curva de y =
1/x e acima do intervalo (I, 2). Na Figura 7.2, um retângulo de altura 1/2 ao
longo do intervalo [I, 2) cabe embaixo da cu rva. P<lrtanto, a área sob a curva,
que ~ In 2, ~ maior que a área, l/2, do retângulo. Assim, In 2 > 1/2. S.'bcndo
disso, temos

In 2" = 11ln 2 > 11 (2I) = 2 11

Esse resulmdo mostra que In (2") -> oo quando 11 -> oo. Como In x é uma
função crescente, temos que

lirn In x = CIO

·" -"
lemos também

lim In .r= lim In , - , = lim (-lnr) = - .. :r • lj l • I I


1-
o- - - --!-------!.-2-·' x~cr· t-+ .. , ..... ..

l'IGURA7.2 Orctângulodealturay= Definimos In,< para x >O, logo o domínio de In x é o conjunto de núme-
1/2 cabe embaixo da curva de y = J/x no ros reais positivos. A discuss...-lo anterior e o teorema do valor intermediário
intervalo I s x s: 2. mostram que sua lmagem é a reta real inteira, o que leva ao gráfico de y =In x
mostrado na Fígura 7.1.

A integral .f( 1/u) du


A Equação (3) leva à seguinte fórmula integral:

Se ll é uma função dcrivável nunca iguaJ a zero.

f ~du = In I uI + C (4)

A Equaçáo (4) se aplíea a qualquer parte do domínio de Jlu, os pontos


onde rr ~ o.
Sabemos que

f
u"+i
U
11
tlu = - - +C 11 " - I e racional
• 11 + I '

A Equação (4) diz o que fazer quando n é igual a -I. Ela riOs diz que as
intcgnlis que têm certa forma conduzem a logaritmos. Seu= j{x), e-ntão du =
f'(x) dxe

f 1
üdu • .
f f'(x)
/(x) dx

Então a Equação (4) leva a


506 Cálculo

toda vez. que ft.x) for uma função derivável que mantenha sinal constante ao
longo de seu domínio.

EXEi\IPJ,O I Aplic:>mlo ~Equ ação (·1)

(a) r
}o
__Ê_ dr
.~ - 5
e r-' 5f1!.
J-s u
s In Jul ]-1
-s
" = .t' -
.,(0)
S. Ju
- :ç, u(:!)
~ 2~<L>.
- 1

= In 1- 11- In J-51 = In I - ln5 = - ln 5

(bJ
1 •/2 4 cosO
' + 2 sen 0 do =
Tr/ 2 J
!.s
. 1
2
üd"
" -= ,_ 1-- 2 .,.-=.. tt.
lri - rr/ 2) .::. 1.
,,,
ll(l1/2t
~

=5
2 ~"-"e J~J.

= 21nJuJ I
y = 21n JSI - 2 1n 111 = 21n5

s )' = ln" 1.r Observe que u = 3 + 2 sen 8 é sempre positiva em J-rr/2, rr/ 2], portanto
ou a Equação (4) se aplica.
7 .r= ln y

6
A inversa de In x e o número e
5
A função In x, por ser uma função crescente de x com domínio (O. oo) c
imagem (- oo, oo), possui uma inversa ln- 1xcom domín io (- oo. oo) e imagem
(0, oo). O gráfico de ln"1 xé o gráfico de In x refletido na rei a y= x. Como você
pode obser\'8.r na figura 7.3,
lim In- •.r • oo e lim ln- 1 x • O
,\'- - .'C- - "'

A função ln~1 x também é indicada por e:<p x. Mostrarem-os agora que ln-1 x :;
cxpx é uma função exponencial de base e.
O número e satisfaz a equação In (e) = I, logo e = In-• (I) = cxp (I). No
Teorema 6 da Seção 3.7, já havíamos expressado e como um limite.
I'JGURA 7.3 Os gráficos de y = In x Podemos elevar o número e a um expoente racional x da tnancira habitual:
ey : ln~1 x -= expx. O número e é ln- 1
I = exp(l). e:::e .e) e..l =~. e"2 =.j;

e assim por diante. Uma vez que e é positivo. é é positivo t·ambém. Dessa for·
ma, t! possui um logaritmo. Quando tomamos o logaritmo. vemos que
lnf! = rlne = r·l = r
Valon.-s lÍpicos de e•
Uma vez que In x é injetora e In (In· • r) = r, essa equação nos diz que
x li' (arredondado)
-1 0.37 par3 r racional. (5)

o Ainda não descobri.Juos uma maneira de dar um sig.nificado óbvio a é


2,72 quandox.é irracional. Mas Jn·' x tem significado para qua]qucr x. racional ou
irrac.ionaJ. Assim, a Equação (5) oferece um modo de estender a definição de
2 7.39
tfX a valores irracionais de X . A função ln- 1 X é definida para qualquer X, então
lO 22,026 podemos utilizá-la para atribuir um valor a e' em qualquer ponto no qual i'
100 2,6831 X lO" não possua definição prévia.
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 507

Dcfmiçiio A função exponencial natural


Para qualquer número real x, (f= tn-1 x = exp x

Pela primeira vez, temos um significado preciso para um expoente irra~


cional. Norn1almente, a função exponenciaJ é indicada por tr e não por exp x.
Números e funções trans.:cndentes
Uma vez que In x e tf são inversas uma da out:rn,. temos que
Números <IUC ~o soluções de cqunçõcs
polinomiais com coeficientes rocionais
Equações inversas para e' e In x
são denominados algébricos: - 2 é ai·
g'ébrico ~rque satis(a~ a equação x + t!-• =x (para qual.quer x >O)
2 = Oc J3 é algébrico porque satisfa7. ln(e')=x (para qualquer x)
a equação>? - 3 =O. Números que não
são algébricos são dcnomirlados trans-·
c~ndenlcs, como e e 11. Em 1873, Char- A derivada e a integral de e'
lcs Hcnnitc provou a transccnd(·ncia
A função exponencial é derivável, uma vez que: é a inversa de uma função
de c no sentido que dcsctcvcmos. Em
derivávc1 <.:uja derivada nunca é zero. Calcularcanos sua derivada usando o
1882, C. L. F. Lhldcmann t.lcmonst.rou a
Teorema 5 da Seção 3.7 c nosso conhecimento da derivada de In x. Seja
transcendência de Tr,
Hoje. di:1..emos que uma função y =ft.x) j{x)= lnx c y = i'= In"' x = f'(x)
é algébrita se ela satisfaz. urna equação
Então.
do tipo
tly " d -1
P.J" + +P1y+ P0 = 0 dv = ti.< (<>'') = tL< lo x
na qual os P"s são polinômios em x
C(lm cocfidcntcs r.tcionais. A função
= .!.L
dt
r'(x)
log x . ln a é algébrica porque satis·
> • •
(azaequação(x+ l )y-1 =0. tlquios /'(/"'(x)}
polinômios são P1 • x + l, P1 • Oe P0 •
-I. Funçóf.'$ não algébricas são denomi-
nadas transcendentes.
=-f'(e')
'-
f' (:) = ~ oom : • rt'

=e'

lsto é~ para y =ff, descobrimos que dyldx =~' portanto a função exponen~
cial natural ~é a própria derivada. Na próxima seção, veremos que as únicas
funções que se comportam dessa maneira são múltiplos constantes de ~. A
regra da cadeia amplia esse resultado da maneira habitual para uma forma
mai-s geral.

Se u é qualquer funç<lo derivável de x, então

(6)

Como é> O, sua derivada também é positiva em qualquer ponto, portanto


é uma (unção crescente c contínua para qualquer x. tendo limites

lim e-'= O e lim e·f = oo


,r;-:--oo x-+ •
508 Cálculo

Conseqüentemente, o eixo x (y = O) é uma assíntota horizontal do gráfico


y = r!'.
A integral equivalente à Equação (6) é

fe"du=e"+C

Sej{x) =r!', então, a partir da Equação (6), temos quej"(O) = e0 = J. Isto é, a


runção exponencial t" = ex.p x = ln-1 x tem coeficiente angular 1 quando cruza
o elxo y em x = O. Isso está de acordo com o que dissemos sobre a exponencial
natural na Seção 3.1.

EXEMP I.O 2 Rcsoh·cndo um problema de valor inicial


Resolva o problema de valor inicial

X> v':i: ) \2) ~ o

SOLUÇAO Integramos ambos os lados da equação diferencial em


relação a x para obter

Utilizamos a condição inicial y(2) =O para determinar C:


C= eo - (2)2
=I - 4 = -3
Isso completa a fórmula para e'':
e": x' - 3
Para determinar y, tomamos o logaritmo de ambos os lados:
In e'' = In (x 2 - 3)
y = In (,,·2 - 3)

Observe que a solução é válida para x > ../3.


Vamos tirar a prova da solução na equação original.

e'.1/y
-dt s
'd
e' - ln(x 2-3)
dx

= e" ___.k_
x2- 3
- e'"(_.l- 3) ___1:!.._
2 .•· a ln (.t ~ J)
- x - 3

= (x 2 - 3) ___1:!.._
2
x - 3
= 2t
A solução confere.
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 509

Leis dos expoentes


Muito embora~ seja definida como Jn-t x de uma maneira aparentemente
torhlo~a. ~b nherlet:e :\s leiS: :1lgéhrk..o1S tln.c;. expoen~e." . () Teorem~ I no~ modra
que e-ssas leis são conseqüência das definições de In x e tr.

Teorema 1 Leis dos expoentes para r'


Para todos os números x, x 1 c x2~ a exponencial natural ~ obedece às
seguintes leis:

I.

2.

3. -e'' = (!"'1- lt!


e"'
4. (e\'')r = e r·\ se r é racional

PROVA DA LEI 4 Seja


(7)

Então
~~ y = In (e·' •)'
= rln (e·' •)
=/XI In t!' •., 11
Logo

As leis 2 e 3 são conseqüência da Lei I, que foi provada na Seção 4.2. A lei
4 é, na verdade, válida para qualquer número r<!lll r..J!sse fato é uma conseqüên-
cia da propriedade da completude do sistema de 11l1meros reais. estabeJecida
in_formalmente no Apêndice 4.A. A prova pode ser encontrada em livros mais
avançados.

A função c:xpum::ncial geral ax


Uma vez que a = eta " para <1ualqucr número positivo a, podemos pensar
em tr como (tfJ• ••y = e<'•"'. Estabelecemos. assim, a seguinte definição.

Dcfin_ãção funções cxponcncinis gl.!rais


Para quaisquer números reais a > O e x, a função exponencial com
base" é

Quando a= e, a definição lev<t a ti" = e.: .. A = e1t 1 •~ =~- I = e'(


O Teorema I também é válido para trT. a função exponencial de base a.
Por exemplo,
SDQW
510 Cálculo

= e ·"rtlna+;qln(l
tci I

= a.rr+x-: .

Podemos agora definir .r ! para qualquer x > O e qualquer número real n


quando.:(':;::;: e" 1" lt. Portant~ o ti da equação In ~:= nln x não precisa mais ser
racional- pode ser qualquer llÚn'lero, desde que x > O:

lnxn =(In e""'u) = 11lnx

Juntas, a lei axfa'l =a~-y c a definição X': = t ' 1u permitem estabelecer nova-
mente a regra da potendaç.ão para derivação em sua forrna final, válida para
quaisquer expoentes reais r:

JLX ,. = !Lerlnx = (e'lu x) Lrtnx) = Xr .!; = r.'<,.- I


d.< dx dx' ·'

Começando com a definição d' = e"1' •, n > O, temos a derivada

ponanto

Alternativamente, obtemos a mesma regra da derivada aplicando deriva-


ção logarítmica:

y = a:t
ln y = xlna
1 dy
- - = lna
Y tlx
dy
= y ln (I = ax ln (I
d.<

Obtemos uma (orma mais geral aplicando a regra da c-.1dcia.

Se 11 > Oeu é uma função dcrivávcl de x, então a• é uma função deri-


vável de x e
.i!_ a" = a" In a du
tlx dx

A integral equivalente a esse t'tltimo resultado é

f a" tlu c
a"
--
In a
+C
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 511

Logaritmos com base a


Sett é qualquer número positivo diferente de I. a função ct é injetora e tem
l ,llll!l tferiv:.d~ nilo nula em t]un1quer ponto. Tem. pnrt:mto, um:1 inver.c;:. clt•.
rivávcLChamamos essa inversa de logaritmo de x com base a c a indicamos
porlog.x.

Definição log. x
Para qualquer número positivo a ~ I.
log_ x é a função inversa de ct.

J'JGURA 7.4 Ogrificode2xe O gráfico de y = lo&. x pode ser obtido refletindo· se o gr.ífico de)' = ax na
sua inversa, lOS! x.
reta a 45• y : x (Figura 7.4). Quando a = e, temos log.. x : inversa de e<= In x.
Como as funções axe log.. x são inversas uma da .outra. compô· las em qual-
quer ordem resulta na função identidade.

Equaçõc:s inversa~ para a" c lt>g., x


a~:~= x (x > O)
TABELA 7.2 Regras para log., (a' ) = x (qualquer x)
logaritmos de
base n
A função lo&, x é, na verdade, apenas um múltiplo numérico de In x. Para
Para quaisquer números perceber isso, vamos supor y = lo&. x c, em seguida, tomar o logaritmo natural
x>Ocy>O,
de ambos os lados da equação equivalente ri = x, obtendo assim y In n = In x.
1. Regra da prodwo: Determinando y na equação~ temos
log..,.ty = lo&~x + log.,y
2. Regra do quociente:
log.. x = .!!!..!.
In a

"
log,, y = log.,x - log..y A partir disso, percebemo.~ facilmente que as regras aritméticas satisfeitas
por lO&. x são iguais às satisfeitas por ln x. Tais regras, dadas na Tabela 7.2,
3. Regra tia reciproca: podem ser provadas se dividirmos as regras correspondentes para a função
logaritmo natural por In a. Por exemplo,
l
log,, y = -log.,y
ln .\y = lnx + lny
4. Regra da potenciaçtio:
ln xy lnx lny
log., ....... = y log.. .< - - =lnt1
- +ln11
- .. dh id1da J'C'r In 11•• •
lntl
log.., .\'Y = log., x + log..,y

Derivadas e integrais envolvendo log,, x


Paro determinar derivadas ou integrais envolvendo logaritmos de base a,
temos de convertê-los em um logaritmo natural. Se u é uma função positiva
deriváve1 de x. então

-d lo u) :s - - =-
d (In") J d ( ln ;u) =- I ·--
I du
dr ( g., dt In" In " -
tlt In a u dt

d l I du
-dt (log,1 u) = -In a ·- -
u d.v
snow
512 Cálculo

EXEMPL03
d I I ti 3
(a) dr logiO(Jx + I) = In lO • ~ tlr (Jx + I) c (In 10)(3x + I)

(b)
f -
X
-tlr = - I
f082X
Jn2
f ln.t
- t lr
X
In.\'
l"'sp· = ,. ;;

= -
1- frtdll 11 In.\. •lu
ln2

__l_ u 2 C _ _ 1_ (lnx? _ ( lnx)2


- In 2 2 + - In 2 2 + C - 2 In 2 +C

Resumo
Nesta seção, usamos o cálculo paro dar definições precisas das funções
logarítmicas e exponenciais. Essa abordagem é um pouco diferente do trata~
rncnto que demos anteriormente às funções trigonométricas, racionais c po·
linomiais. Antes, primeiro, definíamos a função c, depois::, estudávamos suas
derivadas e integrais. Aqui, começamos com uma integra) e, a partir dela, as
funções de interesse foram obtidas. A intenção dessa abordagem foi evitar di·
ficuldades matemáticas que surgem quando tentamos defi nír funções do tipo
d' para qualquer número re-al x, racional ou irracional. Definindo ln x como
a integral da função 1/t de I = I a I = x, podemos seguir em frente e definir
todas as funções exponenciais c logarítmicas, derivando depois todas as suas
principais propriedades analíticas e algébricas.

Exercícios 7.1

f •"',,.
Integração · i/i'

Calcule as integrais dos exercícios l - 46.


19. - ., d.r 2~.
f ~dx
.t

I

1-'
-3
tlx
X

2ytb'
J. f y 2 -2S

1
1•(•/21

,f 3sec2t dt
2~.
A(, /6)
2e'' CO;S CV e/v

..

7 I ,1,
6+3tgt
2S. f I ~• , dr
. . 2vX
.) + 2x

9.
1"' ti' tlr

f
!..,. )'''
li. Se(t+ l) dr
•12
(~3
13. , ... e"' tl<
31.
!. r'"'"'ntdt 32. sec2 1dt

!. 2 2'"'
JIA4
33. [ \" (I + lnx) tlr H. -x.dx
15. f -;d•· f. 'c 1/'i + I )xVi d.r 36. !." cLr
f 3$. x (ln .U-I

2t c'-~ dt
1
17.
snow
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 513

los••-' -4 Jogz.v lendo as coordenadas do gráfico. detennine o melhor


37.
f 4
- .,-<L<

ln 2 log2 .t·
JS.
J. -,-dx
. limite superior para o e-rro que sua cakul~dora permitir.

JQ.
1 2
X

log, (.t + 2)
d~ 41:..
i
c 2ln IOIOgJO,\'

10
.t
log,o(IO.r)
(bt 58. A linearizaçào de e" quando x =O
(a) Deduza a aproxjmação linear lf =- I + x em x =O.
~I.
!. .r+ 2
92Jog 10 (x + I)
tl< 42.
1 / 10
\'

l 21og2 (x - I)
tb:
D
(b) Estime com 5 casas decimais a magnitude do erro envol·
vido na substituição der por I +.<aolongodointervalo
43. ,\' +1 dr 4-1. ], I tl< [0;0.2).
/. ·'
~··' f d.r
.r log,ox O
(c) f11ça os gráficos de e' e I + x juntos para -2,; x,; 2. uti·
li1.andocores diferentes, se J?OSSÍvel. Em que intervalos a
aproximação parece superestimar ev:? Esubestimar tf?
Problemas de valor inicial 59. Demonstre que, para qualquer número a> I,
Resolva os problemas de valor ínicíal dos exercidos 47-52.
dy
1"ln.\·d~ 1 +
11161
C'y dy a a In a
~1. - = e' scn (e' - 2). y (ln 2) = O
1
ti (Veja a figura a seguir.)
tly
48. - • , -•sec 2 (1Te-'l, y(ln4) • 2/r.
1
ti
d'y
49. - 2 = 2e-·' , y (O) = I e y'(O) = O
tb:
d:)'
$0. - 2 = I - cb, y ( I ) = -I c y'( I ) = 0
dt
dy I
'I - ;;; J + :-;. y( l) = 3
· • dx
d'y
:;2. - , = scc1 x, y (O) = O c y'(O) = I
dr-
60. A dC$igualdade satisfeita pelas m<!dias geométrica, lo-
garítmica e aritmética
Teoria e aplicações (a) Demonstre que o gráfico de ti é côncavo para cima
53. A região e-ntre a curva y::::: I/xl e o eâxo x de x = 1/2 a x = em qualquer intervalo de valores de x.
2 é girada em torno do eixo y, gerando um sólido. Deter· (b) Demonstre, em relação à fig.ura a seguir, que, se O< a< b,
mine o volume do sólido. então
54. No Exercício 6 da Seção 6.2, gjramos em torno do eixo y
a região clltrc a curva y = 9xt,Jx' + 9 c o eixo x de x =O a
x =3 para gerar um sólido de volume 36rr. Qual volume
teremos se agora girarmos a região em volta do eixo x?
(Veja o gráfico no exercício mencionado.) )' ... c..
Nos excrcfctos 55 e 56, dctemunc o comprimento das curvas.
55. y a (.<2/ 8) - In.v. 4 S xS8
:>6. ·' = (y/4)2 - 21n(y/ 4). 4 S y s 12

57. A linearrução de In (I + x) em x = O Em vez de apro-


D ximar ln x em x = l, aproximamos In (I + x) em x = O.
Obternos uma fórmula mais simples dessa maneira.
(a) Deduza a lincarização In (I + x) ~ x quando x = O.
(b) Estime com 5 casas decimais o erro envolvido na
substituição de In (1 + x) por x no intervalo [O; O, I].
(c) Trace o gráfico deln (I + x) ex juntos para O,; x,; 0,5, (c) Utili7.e a desigualdade do fitem (b) para concluir que
utilizando cores di(erentes, se posslvel. Em que pontos . ~ b-a a +b
vab < lnb In a < - 2-
a aproximaçã<, de In (1 + x) parece melhor! E pior?
514 Cálculo

Essa desigualdade diz que a média geométrica de dois (b} Cite um argumento, baseado nos gráficos de y= lnxe
números positivos é menor do que a média logarítmica da reta tangente, pa.ra explicar por que In x <x/e: para
deles, que. por sua vez, é menor que a média aritmética. qualquer positivo x :t:. e.
(Para saber mais sobre essa desigualdade. veJa Frank (c) Mostre que In(-") < x para qualquer valor positivo.<" e.
Burk, "'The geometric, logarithmic. and arithmctic mean
(d} Mostre que :t <e' paro qualquer "lllor positivo .r"' e.
inequality", American Mathemalical Monrhly, v. 94, n. 6,
jun./jul. 1987, p. 527-528.) (c} Então. qual é maior: tf ou e'?

68. Uma representação decimal de e Determine e para o


D máximo de casas dtdmais que sua calculadora permitir.
Construindo gráficos resolvendo a equação In x :: t pelo método de Newton,
visto na Seção 4.7.
61. Faça juntos os gráficos de In x, ln 2x,ln 4.<, In 8x c In 16x
(quantos você puder) paro O < .< S I O. O que está aconte-
cendo? Explique. Cálculos com outras bases
62. Faça o gráfico de y = In Jsen .<j na janela OS x S 22, -2 S
y S: O. Explique o que vocé vê. Como você mudaria a fór.. 69. A maioria das calculadoras científicas tem teclas para
mula para que os arcos ficassem virados para baixo? n Jog10 x e In .t:. Para determinar logaritnws com outras ba·
ses. usamos a equação log. x = (In .<)/(In a).
63. (a) f-aça juntos o gráfico de y :o: sen x e as cun".lS y;;; Jn (a+ Determine os seguintes logaritmos com cinco casas de~
sen x) para a= 2, 4, 8, 20 e 50 e Os x S 23. cimais.
{b) Por que as curvas se achatam â medida que a aumen- (a) IO!t! 8 (h) log, ó,S
ta? (Dica: Encontre um limite superior dependente (<) log20 t 7 (d) logo.s 7
de a paro lr1-l (<) In x. dado que log, 0.r = 2.3
64. O gráfico de y = JX - In .>c, x > O, tem um ponto de in· (I) ln .r. dado que log2 x • 1.4
flexão? Tente responder a essa pergunta (a) fazendo urn (g) lnx,dadoque log 2 .r = - I,S
gráfico, (I>) usando cálculo. (lo) ln .r.dadoque logoo .r = -0.7
65. A equação:.? = 2" apresenta trê-s soluções: x = 2, x = 4
70. Fatores de conversão
D e uma terceira. Determine essa solução graficamente do
modo mais preciso possível. (a) Moslre que a equação para conv~rter logaritmos de
base tO em logaritmos de base 2 é
66. Existe a possibilidade de;('' ser igual a 2'•' para x > O?
In 10
I] Trace as duas funções c descreva o que você observou. log, x • - - log,. x
In 2
67. Qua1 é maior: tf ou~? As calculadoras diminuíram o
(b) Mostre que ;;\ equação para converter logaritmos de
11 mistério dessa questão, que já foi desafiadoro. (Continue
base a en> logaritmos de base b é
e verifique: você verâ que eles estão surpreendentemente
In a
próximos.) Você também pode responder à pergunta sem log, x • - - log. x
In b
usar uma calculadora.

(a) Encontre uma equação para a reta que passa pela ori-
gem e é tangente ao gráfico de y = In.<.

[-3, 6) por (-3, 3)


snow
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 515

Crescimento e decaimento exponencial


Funções exponenciais crescem ou decrescem muito rapidamente à medida
que a variável independente varia. Elas servem pa:ra descrever o crescimento
ou decaimento em ampla gama de situa~ões, tant o naturais quanto geradas
pela ação humana. Em pa_rte. a importância de tais funções está na varíedade
de modelos que se baseiam nelas.

A lei da variação exponencial


Ao modelar muitas situações do mundo rca.J, vemos que uma quantidade
y cresce ou dccre.sce a uma taxa proporcional a seu tamanho em dado mo-
Jncnto t. Exemplos de tais quantidades incluem a quantidade de um material
radioati\'O em decaimento, os juros pagos por um i•wcstimcnto bancário, o
tamanho de uma população e a diferença de temperatura entre uma xícara de
café quente c o ambiente onde ela está. Essas quantidade.s mudam de acordo
com a lei da variaçdo exponencial, à qual vamos chegar nesta seção.
Se a quantidade presente no instante I = Oé chamada y0, então podemos
determinar y em função de t resolvendo o seguinte problema de valor inicial:

tly
Equaç.ão diferencial: dl = ~y
(1)
Condiç.ão inicial: Y = Yo quando 1 = O

Se y é positiva e crescente. então k é positiva, e usamos a Equação ( J)


para dizer que a taxa de crescimento é proporcional àquilo que já foi acu·
mulado. Se y é positiva e decrescente, então k é •><gativa, e usamos a Equa-
ção (I) para dizer que a taxa de decaimento é proporcional à quantidade
ainda restante.
Percebemos de imediato que a função constante y = Oé a solução da Equa-
ção (I) se y0 = O. Para achar soluções diferentes de zero, dividimos a Equação
(I) por)'

I tly
'f "t11 = k

Jl til= Jklil
tly
y dt

In b•l = kt + C
b•l = e lr+C
lrl = é -e"
y = ±ece" S<-L~·I r.c•Uâo) • =.r
A-: mn l'ltutk! mai!> curti) par.t
y = Ae'' ::t<'f

Ao permitir que A assuma o valor Ojunto com todos os posslveis valores


±ec, podemos inci\1Ír a solução y = Ona fórmula.
Determinamos o valor de A para o problema de valor inicial calculando J\
quando y = y0 e t = 0:
snow ~
516 Cálculo

A solução do problema de valor inicial é, portanto, y = y0t'.


Quando as quantidades variam dessa maneira. dizemos que elas estão em
processo de crcS<:imento exponencial, se k > O, ou de decaimento exponen-
cial, se k < O.

A lei da \'<ltiação e1.-poncndaJ


(2)

Crescimento: k > O Decaimento: k < O


O número k é a constante de taxa da equação.

O raciocínio que nos leva à Equação (2) mostra que apenas funções que
sejam as próprias derivadas podem ser múltiplos const'antes da função expo-
nencial.

Crescimento ilimitado da popu lação


Estritamente fc·lla.ndo. o número de indivfduos em uma população (de pes-
soas, plantas, raposas ou bactérias, por exemplo) é uma função descontínua
do tempo, pois assume apenas valores inteiros. No cntant·O, quando o núme-
ro de indivíduos atinge determinado nível, a população pode ser aproximada
por uma função continua. A difcrcnciabilidadc (dcrivabilidade) da função de
aproximação é outra hipótese rozo.ivcl em muitas situações. permitindo assim
o uso do cákulo para modelar e prever tamanhos de população.
Se supomos que a proporção de indivíduos capazes de se reproduzir
permanece constante e supomos também uma fertilidade constante. então.
em qualquer instante t, a taxa de nascimentos será proporcional ao número
y(t) de individues. Vamos supor. também, que a taxa de mortes seja estável
c proporcional a y(t). Se, além disso, desconsiderarmos saidas c chegadas
de indivíduos, a taxa de crescimento dy!dt ser-.1 a taxa de nascimentos me-
nos a taxa de mortes - ou seja, a diferença entre as duas proporcionalida·
des que pressupusemos. Em outras palavras, dy!dt =ky, de modo que y =
yotf', onde y0 é o tamanho da população no instante 1 = O. Como acontece
com todos os tipos de crescimento, pode haver limitações impostas pelo
ambiente ao redor) mas não vamos tratar disso aqui. (Essa situação será
analisada na Seção 9.5.)
No exetnplo a seguir. pre~supomnlj; esse modelo p01)ulacional para cxatni·
na.r como o número de indivíduos afetados por uma doença dentro de dada
população d iminui à medida que a doença é adequadamente tratada.

EXEMPI.O I Reduzindo o núrm.·.ro dl.! casos de uma doença iniCcdosa


I! possfvel modelar a maneiro como uma doença desaparece quando
tratada adequadamente assumindo que a taxa dy!dt, à qual o número de
pessoas infectadas se altera~ é proporcional ao número y. O número de pcs·
soas curadas é proporcional ao número daquelas que contraem a doença.
Suponha que. no curso de um ano qualquer, o número de casos de uma
doença seja reduzido em 20%. Se existem I 0.000 c..1.sos: hoje, quantos anos
serão necessários para que esse número seja reduzido a 1.000?
SDQW
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 517

SOLUÇÃO Usaremos a equação y = yvf'. Temos, então, de achar


três coisas: o \'<llor de y0 , o valor de k e o instante tem que y = l.OOO.
O valor de y., Temos a liberdade de contar o tempo a partir de onde
quisermos. Se contarmos a partir de hoJe, emâo y = 10.000 quando t = O,
logo y0 = 10.000. Assim, nossa equação será
y = I O.OOOe'' (3)

O valor de k. Quando t = I ano, o n(omero de casos será 80% de seu


valor presente, ou 8.000. Desse modo,
8.000 = IO.OOOe'lll
EQL•!.!I,~') 0) cmn
e• = 0,8 I D !t: ,•·= S,OOO
In (e 4)= In 0,8 ll't;.;•tti.U.,)s li~ Mnbo:i..

k = ln0,8 < O
Em qualquer dado instante t,

y • IO.OOOe"• Ml• (~)

O valor de t que toma y = 1.000. Estabelecernos que y é igual a 1.000 na


Equação (4) e determinamos 1:
1.000 = 10.000 eO••~l•
eOno.sl' = O, I
(ln0,8)t = In 0, 1 I .QS!ariln_,s de :unbos os l:uJo~

I a In O, I "' I 0.32 anos


In 0,8

Levará pouco mais de dez anos para reduzir o número de casos a 1.000.

Juros compostos continuamente


Se você investe uma quantia A0 a uma taxa de j:uros anuais fixa r (expressa
como um decimal) e se os juros são depositados na sua conta k \1e1.es por ano,
a fórmula par.l a quantia que você terá no fim de t a nos é

A,= Ao I+ ( f)" (5)

Os juros podem ser depositados ("compostos·: como dizem os economis·


tas) mensalmente (k = 12), semanalmente (k = S2), dia.riamente (k = 365),
ou, com mais freqüência ainda, a cada hora ou a cada minuto. por e:xemplo.
Se calcularmos o limite quando os juros são compostos a intervalos cada vez
menores, chegaremos à scgt•intc fórmula para o saldo após t (lnos.

k-- A,
lim e lim
.t- -
Ao (1 + -k")''
t •n
I' '
=Ao lim ( I + ;:)
J:-• 1\

= Ao[~~~ (1 + J:YJ Ql.l:tndoJ.- w~ f,;-0 '


518 Cálculo

= Ao[ lim (I +x)"']"


.-o r
Suh<.tuua K =- J.

A fórmula resultante para o saldo da sua conta após t anos é


A(t) = A0e" (6)

Os juros J"'SOS de acordo com essa fórmula são chamados juros compostos
continuamente. O número r é denominado taxa de juros contínua. O saldo
após t anos é calculado com a lei da variação exponencial, dada na Equação (6).

EXEM PI.O 2 Conta de poupao1ç;1


Suponha que você tenha depositadoS 62 I em uma conta de poupança
que paga 6% de juros compostos continuamente. Quanto dinheiro você
terá daqui a 8 anos?

SOLUÇÃO Usamos a Equação (6) com A0 = 621. r = 0,06e t = 8:

"*1 = 621 ..." = 1.003,58


A(S) = 621e'0... C.:ntQW.I mais próxim\l

Se o banco pagasse juros por trimestre (k = 4 na Eq..ação 5), o saldo da


sua conta seria $ 10.000.0 1. Assim, o efeito da composição contínua, em
comparação com a composição trimestral, foi um. acréscimo de S 3,57. Um
banco pode acha.r que va]e a pena anunciar essa díferença: "Nós compomos
os juros a cada segundo, dia e noite - ou, melhor di1..endo, compomos os
juros continuamente~

Rad ioatividade
A1guns átomos são instáveis e podem perder massa espontaneamente para
o ambiente, ou seja, podem emitir radiação. Esse processo chama-se decai-
mento radioativo, e o elemento cujos átomos passam por esse processo é cha-
mado radioativo. Às vezes, quando um átomo emite parte de sua massa na
forma de radiação) a parte restante passa a constitui.r um novo elemento. Por
exemplo, o a~rbono 14 decai para nitrogênio; o rádio, após uma série de etapas
intermediárias, acaba por decair para chumbo.
Experimentos mostram que, em qualquet dado instante) a taxa à qual
um elemento radioativo decai (medida pelo número de núcleos que se a he-
ram por unidade de tempo) é aproximadttmcnte proporcional ao número de
núcleos radioativos presentes. Assim, o decaimento de um elemento radioa-
tivo é descrito pela equação dy!dt = - ky> k > O. O convencional nesse caso ê
No caso do gás radônio 222, t é medido usar -k(k > O) em vez de k(k <O) para enfatir.ar que y é decrescente. Se y0 é o
em dias e k =0,18. No caso do rádio 226, número de núdcos radioativos presentes no instante zer·O, o número rema-
que costumava ser passado em mostrado· nescente em qualquer tempo t posterior será
res de relógios para que eles brilhassem y= y.. ·••• k >0
no escuro (uma prática perigosa), t é me·
dido em anos e k = 4,3 x 10-•.
EXEM PLO 3 ~leia-vida de um elemento r:ldioativo
A meia-vida de um elemento radioativo é o tempo ·necessário para que
metade dos núcleos radioativos presentes 1la amostra softa decaimento. 1!
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 519

muito jnteressante que a meia-vjda seja uma constante que não dependa
do n\unero de núcleos radioativos inicialmente· presentes na amostra) mas
sim do elemento radioativo em si.
Para entendermos o porque disso, consideremos y0 como o nó mero
de núcleos radioativos inicialmente presentes na amostra. O número y
t!m um tempo t posfcrior será y : YtJ e:"11 • Bus.c amos o valor de t para o
qual o nllmero de núdcos radioativos presentes seja a metade do número
inicial.

I
-kt =In - = -ln2
2

I = .!J!1
k

O valor de I é a meia-vida do elemento. Ele depende apenas do valor de


k; o número y0 não é levado em conta nos cáklllos.

(7)

F.XEM PI.O 4 I>!cia-,•id;~ do polónio 210


A vida efetiva do polônio 2101: tão curta que a medimos em dias) e não
em anos. O número de átomos radioativos remanescentes após t dias em
uma amostra com y0 átomos radioativos iniciais é
y = yoe- SXI0.... ,
Detennine a meia~vida do elemento.

SOLUÇAO

. .da ;: T
M eta·VI ln2

ln2 O v:.1nt .~I; r:•t:t a ~lu:.(:'\n 1!.'1


5 X 10- 3 dc.:aimcnll• J" pol~nin.
"' 139 dias

EXEMPLO 5 Dlltação com carbono 1•1


As vezes, o decaimento de elementos radioativos pode ser usado para
datar eventos do passado terrestre. Em um organismo vivo, a razão en·
tre o carbono radioativo - o carbono 14 - e o carbono ordinário per·
rn3necc razoavelmente constante durante a vida desse organismo. sendo
aproximadamente igual à rnz.ão verificada no ambiente ao redor na época.
Após a morte do organismo, no entanto, nenhum carbono novo é inge·
rido, c a. proporção de carbono 14 nos restos nlortajs diminui, à nlcdida
que ele decai.
520 Cálculo

Os cientistas que fazem datação por carbono 14 usam um valor de


5.700 anos para sua rneia·vida (você verá mais sobre isso nos exercícios).
Determine a idade de uma amoSU'a em que 10% dos núcleos radioativos
orlglnalmeme presentes Já decafram.

SOLUÇÃO Vamos usar a equação de decaimento y = y0 e"". H:\ duas


coisas a descobrir: o valor de k e o valor de t quando y = 0,9y0 (90% dos
núcleos radioativos ainda estão presentes). Ou seja, determine t quando
Yct(kr; OJ9y0• ou c...A' = 0,9.
O valor de k. Usamos a Equação (7) da meia-vida:
ln2 ln2
k • _m_c.,:.ia;.:·::,
vi'"'
ru-1 • -5.7
_0_0 (cerca de 1,2 x l O"')

O valor de t que toma e....t' = 0,9:


e - lu = 0.9

e- (lo 2/S.lOO)t m 0,9


ln2
- .
5 100
t c In 0,9
57
· ~~ ~ · "' 866 anos
09
1=

A amostra tem cerca de 866 anos.

Transferência de calor: a lei do resfriamento de Newton


Uma sopa quente dentro de uma xícara de metal esfria até a tcmpem-
tura do ar ao redor. Um lingote de prata quente, imerso em uma grande
banheira de água, esfria até a lemperatura da âgua ao redor. E1n situações
como esta, a taxa de variação da temperatura de um o.bjeto em qualquer
tempo dado é aproximadamente proporcional à diferença entre a própria
temperatura e a do meio. Essa observação recebe o nome de /ej do resfria·
mento de Newton -embora também se aplique ao aquc(:imento - e existe
uma equação para ela.
Se H for a temperatura do objeto no instante te H11 a temperatura constante
do ambiente, então a equação diferencial será
dH
- s - k(N - N,) (8)
dt

Se subSiituirmos y por (H - H,), então

tly " d/1 d


dt = dt (H - H,,) = dr - dt (H,)

= d/1- o
dt
=!!.!:!..
dt
a - k(H - HA) h~u:~çãvHh
;;I - ky 11 - u.
Agora sabemos que a solução de tlyldt = -ky é y = Yo''"· onde y(O) =y 0•
Substit11indo y por (H - H,), isso nos diz que

(9)
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 521

onde H0 é a temperatura em t =O. Essa é a equação para a lei do resfriamento


de Newton.

EXEMPtO 6 Esfriando um ovo cozido duro


Um ovo duro, a 98 •C, é colocado em uma pia contendo água a 18 •C.
Depois de 5 minutos, a temperatura do ovo é de 38 •C. Supondo que du-
rante o experimento a temperatura da água não aumente significativamen·
te, quanto tempo a mais será necessário para que o ovo atinja 20 oÇ?

SOLUÇÃO Determinamos quanto temp<l o ovo levaria para <'Sfriar


de 98 oç a 20 oç c subtraímos os 5 minutos que já se passaram. Usando a
Equação (9)com H.= 18 c H0 = 98, a temperatura do avo t minutos depois
de ser colocado na pia será
H = 18 + (98- 18) e""' =18 + soe·"
Para dctcrmjnar k, usamos a informação de que H = 38 quando r = S:
38 = 18 + 80c-5.l
e-"' = .!4
-5k = In.! = -In 4
4
k = tln4 = 0,21n4 (cerC<J de 0,28)
A temperatura do ovo no instante t será H = 18 + 80e·(O.l lo 4 1'. Agora,
determine o instante/ em que N = 20:
20 = 18 + SOe --{O.l ln 4)1
8(}(~ -(0.lln-1)1 = 2

e -f0.21•t4)1 = j_
40
-(0,21n4)1 = ln I = -ln40
40
1 -~ - 13 .
- 0,21n4 - "''"
A temperatura do ovo chegará a 20 °C aproximadamente 13 minutos
depois de ele ter sido colocado na água. Como levou 5 minutos para atin·
gir 38 oç., demorará cerca de 8 minutos a mais para chegar a 20 °C.

Exercícios 7.2
As re-spostas da maioria dos exercícios a segui r são dadas continuamente e que- o proce-sso de e\'oluç.'lo não parou
em termos de logaritnws e exponenciais. Uma calculadora há 30.000 anos, como muitos cientistas acreditam. Por
pode ajudá-lo, permitindo que você expresse as respostas na exemplo, nos europeus do norte a redução no tamanho
forma decimal. dos dentes acontece a uma taxa de 1% a cada 1.000 anos.
1. A evolução humana c;ootinua A análise da diminuição (a) Sct representa o tempo em anos c y o tamanho do den-
dos dentes feitll por C. Loring Brace e colaboradores no te> use a condição em que y =0>99Y(I~ quando t:::; 1.000,
Museu de Antropologia da Universidade de Michigan in· para encontrar o valor de k na <.-quação y = yr/'. Depois,
dica que o taroanho dos dentes hmnanos está diminuindo use esse valor para responder às perguntas a seguir.
snow
522 Cálculo

{b) Em aproximadamente quantos anos os dentes hum a· Como mergulhador no mar do Caribe, a experiência lhe
nos terão 90% do tamanho atual? ensinou que a 18 pés de profundi_dadc a intensi_dadc da
(c) Qual será o tamanho dos dentes de nossos descenden- luz (que incide na superfície) fica red uzida pela metade.
tes daqui a 20.000 anos (como porcentagem do tama- Você n:\o consegue lrabalhar sem luz anlticlal quando a
nho atual)? intensidade da luz cai a menos de um décimo do valor da
(f-<111le: LSA Magazi11e, v. 12, n. 2, 1989, p. 19, Ann Arl>or, Ml.) superfície. Até que profundidade aproximadamente você
pode trabalhar sem luz artificial?
2. Pressão atmosférica A press..i.o atmosférica terrestre p
freqüentemente é n1odelada considerando-se que a taxa 6. Voltagem em um capacitor sendo descarregado Supo-
dplrlll à qualp varia (em função da ahitude h acima do ní- nha que as c-Mgas elétricas acumuladas em um capacitor
vel do mar) seja proporcional a p. Suponha que a pressão estejam escapando através de seus tcrmi nais a uma taxa pro·
ao nível do mar seja 1.013 milibars (cerca de L4.,7Jibras porcional il vohagem V e que, se t for medido em segundos,
por polegada quadrada) c que a pressão a uma allit11de de
20 km seja 90 milibars.
,w= _..Lv
dt 40
(a) Resolva este problema de valor inicial:
Encontre V nessa equação. usando V~» para denotar o va·
lorde V quando t =O. Quanto tempo a voltagem demora·
Equação diferencial: dplrlh = kp (sendo k uma constante) rã para atingir 10% de seu valor inicial?
7. Bactéria.'i do cólera Suponha que a.s bactérias em uma
Condição inicial: p = p0 quando h= O colônia possam crescer ilimitadamente, segundo a lei da
variaç;.\o exponencial. A colônia começa com I bactéria c
para expressar p em termos de. Ir. Determine os valores de dobra de número a cada meia hora. Quantas bactérias a
p0 c k a partir dos dados de ahitude e prossão fornecidos. colônia terá ao final de 24 horas? (Sob condições de labo-
(b) Qual é a pressão atmosférica em Ir = 50 km? ratório favoráveis, o número de bactérias do cólera pode
(c) A que ahitude a pressão é iguala 900 milibars? dobrar a cada 30 minutos. Em uma pessoa infectada. mui·
tas bactérias são destruídas, mas este exemplo ajuda a ex·
3. Reações qufmlcas de primeira ordem Em algumas rea- plicar por que alguém que se sente bem pela manhã pode
ções químicas, a taxa à qual a quantidade de uma substân· e-star gravemente enfermo à noite.)
cia vada em rclaç.i.o ao tempo é proporcional à quantidctde
8. Crescimento de bactérias Uma colônia ele bactérias é
presente. Para a transformação da ó-glucono lactona em
cultivada sob condições ideais em laboratório, de modo
ácido glucónico, por exemplo.
que a população cre-sce exponencialmente. Ao flm de
dy 3 horas existem 10.000 bactérias. Ao fim de 5 horas há
dt = -0.6y
40.000. Quantas bactérias havia inicialmente?
quando t é medido e m horas. Se houver 100 g de 6-gluco· 9. A incidência de uma doença (Co11ti11unçtlo do Exemplo J.)
no lactona presentes quando t = O, quantos gramas resta- Suponhaqueemdadoanoonúmerodccasosde umadoença
rão depois da primeira hora? seja reduzido em 25%, e não mais em 20%.
4. A inversão do açúcar O processamento do açúcar (a) Quanto tempo será necessário para reduzir o número
não refinado tem um passo chamado "inversão'~ que ai· de casos para 1.000?
tera a estrutura molecular do açúcar. Uma ve·z iniciado (b} Quanto tempo será necessário para eliminar a doença,
o processo, a taxa de variação de açúcar não refinado é isto é. para reduzir o número de casos a menos de L?
proporcional à quantidade de açúcar não refinado rema-
1O. A população dos Estados Un.i dos O Museu de Ciên-
nescente. Se 1.000 kg de açúcar não refinado se reduzem
cias em Boston possui um painel que mos-tra a cada mo·
a 800 kg de açúcar não refinado durante as primeiras
mento a população total dos Estados Unidos. Em 11 de
lO horas, quanto açúcar não refinado restará depois de
maio de 1993, ela crescia a uma taxa de 1 pessoa a cada
mais 14 horas?
14 segundos. A população apresentada no painel para as
5. Trabnll>ando debaixo d'água A intensidade L(x) de luz x ! Sh4S desse dia era de 257.313.431 pc.ssoas.
pés sob a superfície do oceano satisfaz a equação diferencial (a) Considerando um crescimento e.x.ponencial corn taxa
<IIL = -kl~ constante, encontre a constante de taxa para o cresci·
<X mento da população (pessoas por ano de 365 dias).
snow
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 523

(b) A ma taxa, qunl foi a populaçllo dos Estados Unidos às Em um trecho do codicilo se lê:
1Sh4S (horário do Boston) om li de maio do 2008?
Eu gostaria de ajudar. até mesmo após minha morte, se
11. Esgotamento de petróleo Suponha que a quantidade ~ívd, ~ (('lm"':.r t> ti~nvoh.~r outros jown~ t:'p~·u<
de petróleo bomb<ada de um dos poços do canyon em que possam ser úteis a seu pals. tanto em Boston quanto
Whitticr, Califórnia~ diminua a uma taxa contínua de I~ na FiladéiJia Para esse fim. dedico duas mil Ubras cstcr-
por ano. Quando a produçio do poço atingir.\ um quinto ~nas. as quais dôo. mil aos habitantes da cidade de Bos·
dt seu valor atual~ ton c MassachUSCits. c os outros mil aos hobilantes da
12. Desconto continuo no p~ Para estimular os com- cidade da Filadélfia, em confiança c pam os usos. inle-
pradores a faur pedidos de 100 unidades, o departamen- ....,.. e propósitos a seguir menclon3dos c dcclarndos.
to de ,·endas de sua empresa aplica um desconto contínuo
A idtia de Franklin era nnprestar dinheiro a jovens
que toma o prtÇO unitário uma funçio p(x) do número
aprendizes a juros de 5'10, com a condição de que aquele
de unidades x pedidas. O desconto diminui o preço a uma
que recebesse o cmprbtímo pagasse, a cada ano.
taxa doS 0,01 por unidade pedida. O preço unitário para
um pedido de 100 unidades é p( 100) = $20,09. ... além dos juros anuais. uma décima pane do princi-
(•) Determine p(x) resoh·endo o seguinte problema do pal, de modo que as somas do principal e dos jurostor-
vnlor inicial: nem·se novamente disponíveis parn outros jovens .. .
tlp 1 Se esse plano for executado c se tudo tmn.scorrer con-
EquaçflO difcrcncinl: dx • -iõõ1' forme planejado. sem intcrrupçio. durante cem anos. a
Condiçno inici:1l: p(IOO) • 20,09 soma será então de cento e trinta c uma millibms. dns
(b) Determine os pr<-ços unitários p( IO) para um pedido quais cem mil os gestores da doaçio aos habitantes da
cidade de Boston deverão investir em serviços pl•bli-
de lOunidades c p(90) pam um de 90 unidades.
co.s, segundo seu arbítrio... As restantes trinta c uma
(c) O departamento de vendas pediu-lhe que descobrisse
mil libras, goshlrill que fossem dcixadlls para pagar ju-
se o desconto oferecido é tanto que a re<cita r(.<) =
ros da maneira que acabo de descr~ver, durante outros
x. p(x) pllra um pedido de 100 unidades poderâ ser
cem anos... Ao fim desse segundo período, se ncnhurn
menor que pnr-.t um de menos unidades, por exem·
acidente infeliz tiver impedido a operaç~o. a soma seró
pio. pam um pedido de 90 unidlldcs. Tranqüilize-os
de quatro milhões e sessenta c uma millibms.
mostrando que r tc1n o valor mbimo em x = 100.
(d ) Faça o gráfico da função receita r(.<) = xp(x) para O~ Nem sempre foi possível encontrar tantos jovens dispos·
0 xS200. tos a contrair o empréstimo quanto Franklin havia pia·
nejado. mas os gestores fizeram o melhor que puderam.
13. Juros compostos continuamente Vocé acabou de depo-
Cem anos após o recebimento da doaçio de Franklin, f<i-
•itar A0 dólaroscm uma conta de inv<:stimcnto que paga 4'16
l1lem janeiro de 1894, o fundo havia aumentado de 1.000
de juros. compostos continu'Jmcntc.
libras para quase 90.000 libras. Em <em anos. o C\lpital
(a ) Quanto dinheiro voe~ ter.\ em S anos? inicial havia se multiplicado cerea de 90 \'CUS, c não 131
(b) Quanto tempo levar.\ para seu investimento dobrar? \'ezes. como Frank.lin havia imaginado.
E triplicar?
Qual tua d(!' jut'O$. compoitos c."onlinuamt"nl(' dur.a.ntc
14. A pergunta de Jobn Napicr Jobn Nopier(ISS0-1617),0 cem anos, foi rcsponsá,·el por multiplicar o apitai origi-
proprietário de terras cscoc~s que inventou os logaritmos, nal de Benjamin Franklin por 90?
foi a primeira pessoa a responder ll seguinte pergunta: o
que acontece se voe~ inv<:stc uma quanti• a juros de 100%, 16. (Contimmção do Extrcldo 15.) Ao estimar que as 1.000 li-
compostos continuamente? bras originais chegariam a 131.000 em cem anos. BcnjAJnln
Franklin csta'-a usando uma taxa anunl de 590 e compondo
(•) O que acontece?
os juros apenas uma ,.ez por 10r10. Qual taxa de juros por
(b) Quanto tempo demora pam \'OC~ triplic.\r seu dinheiro? an~ compostos continuamente durante cem anos, multi-
(c) Quais serão seus rendimentos em um ano! plicariaa quantia original por L31?
Justifique suas respostas. 17. Plutônio 239 A meia-vida do isótopo do plutônio é de
15. O testamento de Benjamin Franklin O Instituto Téc- 24.360 anos. Se lOg de plutônio forem lançadas na atmos-
nico franklin, de Boston, deve sun existência a uma pro· fera por um acidente nuclcarJ quantos anos vai levar para
visão em codicilo ao testamento de Benjamin Frank.lin. que 80% do isótopo d<-caia?
snow
524 Cálculo

18. Polônio 210 A meia-vida do polônio é de 139 dias, 22. Uma viga de temperatura desconhecida Uma viga
mas uma amostra que você recebeu não lhe será mais útil de alumínio foi trazida do frio externo para dentro de
quando 95% dos núcleos radioativos presentes no dia em uma loja de máquinas, onde a temperatura era mantida
que a amostra chegou tiverem se deslntegrado. Por quan ~ em 65 •f. Após 10 minutos, a temperatura da viga che-
tos dias. depois da chegada da amostra, você conseguirá gou a 35 °F e, en'l mais JOminutos, atingiu 50 °F. Use a
usar o polônio? lei do resfriamento de Newton para estimar a tempera-
19. Vida média de um núcleo radioativo Usando a equa~ tura inicial da viga.
ção de radioatividade y c: y0e..1..1, os fisicos chamam o nú- 23. Ambíente com temperatura desconhecida Urna pa-
mero 1/k de vida métlitt de um núcleo radioativo. A vida nela com t\gua quente (46 °C) foi colocada em um refri-
média de um núcleo de radônio é de aproximadamente gerador. 002 minutos depois a temperatura da água era
1/0,18 = 5,6 dias. A de um núcleo de carbono 14 é supc· de 39 °C; com mais dez minutos já atingia 33 °C. Use a
rior a 8.000 anos. Mostre que 95% dos núcleos radioativos lei do resfriamento de Newton para estimar a tempera-
presentes inicialmente em uma amostra terão se desinte· tura do refrigerador.
grado no tempo equivalente a três vidas médias, isto e,
no instante t = 3/k. Portanto. a vida média de um núcleo 24. Prata esfriando em contato com o ar Neste momento,
permite estimar rapidamente quanto tempo vai durar a
a temperatura de um lingote de prata é de 60 •c acima da
radioatividade de uma amostra. temperatura ambiente. Vinte minutos: atrás, era de 70 OC
acima da temperatura ambiente. Quantos graus acima da
20. Califórnio 252 O que custaS 27 milhões o gr•ma c pode temperatura ambiente o lingote estará
ser usado para tratar cáncer de cérebro. analisar o teor de
(a) daqui a 15 minutos?
enxofre do carvão c detectar explosivos em bagagens? A rcs·
posta é Clllifómio 252, um isótopo radioativo tão raro que (b) daqui a 2 horas?
somente 8 g dele j:\ foram produúdos no mundo ocidental (c) Quando o lingote estará lO •C acima da temperatura
desde sua descoberta, feita por Glcnn Seaborg em 1950. ambiente?
A meia·vída do isótopo é de 2.645 anos -longa o suficiente
25. A idade do Lago da Cratera O carvão de uma árvore
para prestar serviços- úteis. mas curta o bastante para ter uma
morta na erupção vulcânica que formou o Lago da Cra-
alta radioatividade por unidade de massa. Um micrograma
tera, no Oregon, continha 44,5% do carbono 14 que é en-
desse isótopo libera I70 milhões de nêutrons por segundo.
contrado na matéria viva. QuaJ é a id.ade aproximada do
{a) Qual é o valor de k na equação de decaimento para Lago da Cratera?
esse isótopo?
26. A sensibilidade do carbono 14 para datação de fós·
( b) Qual é a \ida média do isótopo? (Veja o E..'crcício 19.)
seis Para avaliar o efeito de erros relativamente peque-
(c ) Quanto tempo levaria para 95% dos núcleos radioati- nos na estimativa da quantidade do carbono J4 sobre a da-
vos de uma amostra se desintegrarem? tação de uma amostra, considere e.sta situação hipotética:
21. Esfriando a sopa Suponha que, depois de ficar lO minu· (a) Um fóssil encontrado no centro de lllinois (ano 2000)
tos em urna sala a 20 oç. a temperatura de uma tigela com tem 17% de seu conteúdo original de carbono 14. Es·
sopa tenha passado de 90 •c para 60 •c. Use a lei do resfria· time o ano em que o animal morreu.
mento de Newton para responder às questões a seguir.
( b) Repita o item (a) considerando 18% em ve% de 17%.
(a) Quanto tempo a mais levará paro a temperatura da
(c) Repita o item (a) considerando 16% em vez de 17%.
sopa baixar para 35 'C?
27. Falsificaçâodeobradcarte Umapintumatribuídaa Ver-
(b) Em vez de ficar na sala, a tigela com sopa a 90 •c
é colocada em um freczcr cuja temperatura é de meer ( 1632· 1675), que deveria conter não mais que 96,2%
- 15 •C. Quanto tempo levará para a sopa esfriar de seu carbono 14 origina), em vez d.isso contém 99,5%.
de 90 •c a 35 'C? Qual é a idade aproximada dessa f.1lsificação?
snow
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 525

Taxas relativas de crescimento


Nas áreas de matemática, ciência da computa-ção e engenharia, às vezes
é importante comparar as taxas às quais funções de x crescem conforme x
torna-se grande. Funções exponenciais são importantes nessas comparações
por causa de seu crescimento muito rápido, e as funções logarítmicas, por
causa de seu crescimento muito lento. Nesta seçã·o. introduzimos a notação
do ozinlto e do ozão, usada para descrever os resu_h ados dessas comparaçõe-s.
Restringiremos nossa atenção às funções cujos valores acabam se tornando e
permanecendo positivos quando x -4> oo.

y Taxas de crescimento de funções


160 Talvez você tenha pcrctbido que, à medida que x torna-se maior, funções
140 exponenciais como 2"' e fi parecem crescer mais rapidamente do que funções ra·
donais e polinomiais. Essas exponenciais scgurameJ1te crescem mais rápido do
120
que o própriox, e. na Figunt 7.5~ voe~ pode ver 2r crescendo mais rápido que .r
100
quando x aumenta. Na verdade, quando x ~co, as funções 2xe ff crescém mai,s
80 rápido que qualquer potência de x, até mesmo que x 1.(l(IO.OOO (Exercício 19).
60 Para ter um.a idéia da rapidez corn que os valores de y = tf amnentarn quando
40 x aumenta, você pode fa1.er o gráfico dn função em um grande quadro-negro,
20 usando escala de centímetros nos eixos. Em x = I em, a curva é e1 ~ 3 em acima
do eixo x. Em x =6 em. a curva é I ::o 403 em :liJ 4 m de altura (C$tará a ponto de
atravessar o 1e1o, se é que já não o fez). Em x : lO em, a curva ée' 0 ~ 22.026 em ~
220m de altura. m3.is alta que a maioria dos edificios. Em x = 24 em, a curva estará
FIGURA 7.5 As curvas de e', 2' ex'. a mais de metade do c.."tminho da Lua, c em x =43 em da origem, a curva estará
alta o suficiente para akançac o vizinho cstclar mais próximo do Sol, a eslrcla anã
vermelha Próxima Ccn1auro:

e4 l"' 4.73 X 10 18 em
= 4 ,73 X 10 13 km
N1~ \ ':kl".' .:. hu; YI:IJ:S
"' 1,58 X I0 8 segundos-luz ;l ,1)() (10 (/ ~IU':oo.
y
y • t•'
70 A dislãnc.ia alé Próxima Ccnlauro é de cerca de 4,22 anos-luz. Apesar disso,
conl x = 43 crn da origem. a curva ;ti_oda está mcoO$ de 2 pés à direita do eLw y.
w
Por sua ve-t.. as funções log'.trilmicas como y = lo.& x e y = In x crescem Jn.;·tis
50 lentamente do que qualquer potência positiva de_x (Exercido 2l) quando x-+- w.
Com eixos em centímetros, você tem de avançar aproximadamente 5 anos-luz no
40
ci.xo x para determinar um ponto onde t\ curva de y =In x tem apenas y = 43 em
30 de ahuro. (Veja a Figura 7.6.)
Podernos tornar precisas essas importantes comparações entre funções
20
exponenciais. polinomiais e logarítmicas definindo o que significa. para uma
lO
y= ln,\'
função j(x), crescer mais rápido que outra função g(x) quando x-> oo,
X
o lO 20 30 40 ;o 60
Definição Taxas de crescimento quando x - t oo
Sejam j(x) eg(x) positivas paro um x suficientemente grande.
FIGURA 7.6 De-senhos em escala I. f cresce mais rápido do que g quando.<-+ oo se
dos gnlficos de e' c In x.
526 Cálculo

j(x)
g(x) ; oo

ou, de modo equivnlente, se


g(x)
- ; 0
/(.r)
Também dizemos que g cresce mais lentamente que f quando x ~ Cô,
2. f e g cres<:em à mesma taxa quando x -+ oo se
lim j(x) ; L
x-~ g(x)
onde L é finito e positivo.

De acotdo com essas definições. y = 2x não c:rescc rnais rápido que y =:r:.
As duas funções crescem à mesma taxa porque
2r
I .1m ~ = I"un 2 = 2
,- r - CIO ,'1; ,' ( - CO

que é um limite finito c diferente de zero. A razão para essa aparente desconsi·
deraçào do senso comum é que queremos que "f cresce mais que(' signifique
que, para valores grandes de x, g seja illsignificantc comparado af.

HXE.MP LO 1 Várias comparações úteis entre t<txns de crescimento


(a) e'~ cresce mais rapidamente que ).. l quando x-> oo porque

t l"õ!IOOo :a rc;ra tJc f_'fli>pil.11


Jtu.... \ 'CA......

(b) 3.t cresce mais rapidamente que 2Kquando x~ oo porque

3-' ;
lim ,..,
;r-oo "
lim
.r-oo
(3)'
- =
2
oo

(c) ~cresce mais rapidamente que In x quando .x-)> oo porque

. x2 • 2r . z
I nn - - = 1tm - = 1un 2'"=ço
x-oo ln.Y x-eo 1/ x . t -oo

(d) In x cresce mais lentamente que x quando x -> oo porque


. In.< . 1/.r
hm T = IIm - - Rc15m &! l.' llcipnal
.<t-.... ' x_.,oo 1

= lim
.\·-
1. =
oo X
O

r~EMPLO 2 Funções exponenciais c Jogarhnücas com bases di..


fcrcntes
(a) Como o Exemplo l b sugere, funções cxponcnC!iais com bases dife.
rentes nunca crescem à mesma taxa quando x ~ oo, Se a > b > O,
então a• cresce mais rápido do que 11'. Como (lllb) > I,

lim -a~' = lim


x-• h"' x-•
(a)'
b
- =oo
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 527

(b) Diferentemente das funções exponenciais, as funções logarít·


micas com bases diferentes a e b sempre crescem à mesma ta.xa
quando x ~ oo:
. log.x . In x/ In a In b
lnn - - = hm =-
,_Mlog,x x-- ln.</ lnb lna
A ra?•.\. o limite é sempre finita c nunca zero.

Se f cresce à mesma taxa que g quando x -+ oo, c g cresce à mesma taxa que 11
quando x-> ~. entãof cresce à n>C$rna taxa que /1 quando x-> ~. O motivo é que
f g
lim -
.r-• 8
= 1-1 e lim -
:r- • h
= V,-
juntos ímplicam

I•un f- = I"1m -f • -
g :;::
/.. 1l.;"2
.x-ewh ,\'- • 8 l1

Se L1 e~ forem finitos c diferentes de zero, ente-lo L1L2 também o será.

EXEMPLO 3 Funçõc<crcsccndo à mesmo ta..a

Demonstre que Jx' +5 c (2 .[;-I)' cre.cem à mesma taxa quando


X -7 oo.

SOLUÇÃO Demonstramos que as funçO<:s crescem à mesma taxa


mostrando que ambas crescem à mesma taxa q,ue a funç.ão g(x) = x:

I .1m
x- ~
v?"+5
\'
·
= I"un
.tt- oo
R+ 25
X
= I.

2 2 2
lim (2\1.<,.- 1) = lin1 (2\1.<
: r.- I ) = lim (
2 - • Ir. ) =4
.'C-oo · .-c-oo v .\' x-• vx

Ordem e notação "o"


Agora vamos introduzir a notação ""ozinho" e •<ozâo~ inventada por teóri·
cos de nt'nneros cem anos atrás e hoje lugar·commn em anâJisc matemática e
ciência da computação.

Definição Ozinho
Uma função f é de ordem menor que g quando x-> ~selim f(x) =o.
,..,. g(x)
Indicamos essa situação escrevendo f= o(g) ("f.é ozinho de g").

Observe que dizer f= o(g) quando x -> ~é outra maneira de dizer que f
cresce mais lentamente que g quando x -+ oo.

EXEMPLO 4 Usan,lo a notação ozinho

(•) In x = o(x) quando x-> ~ pois Um lnx =O


s ~u& X
x'
(b) .<' = O(>J + I) quando x-> ~ pois lim- - =0
.. ~... xJ+J
snow
528 Cálculo

Definição Oôo
Sejam j(x) c g(x) positivas para um x suficientemente grande. Logo, f
é no máximo da ordem de g quando x -.. oo, caso exista um inteiro
positivo M para o qual
/(.<) M
--:s
g(.t )

para um x suficientemente grande. Indicamos essa situaç.i.o escrevendo


f= O{g) ("fé ozão de g').

EXEMI' LO S lisando a notação ozào


(:\) x + scn x = O(x) quando x ~ ~ pois x + s·en .r: ~ 2 para um •..;
X
suficientemente grande.
e-' + x 2
(b) e' +x' = O(e') quandox~ oo pois - - - --...I qua.ndox-t*>
e'
X
(c) x = O( e') quando x-> oo pois --)O quando x-. <x>
e'
Se você observar as definições de novo, perceberá que f = o(g) implica
f= O(g) no caso de funções que sejam positivas para um x suficientemente
grande. Além disso. se f c g crescem à mesma taxa, então f = O(g) e g = OIJ)
(Exercicio 11).

Busca seqüencial contra busca binária


Cientistas da computação muitas vezes medem a eficiência de um algo-
ritmo contando o número de passos que um computador precisa dar para
exe<:utá-lo. Pode haver diferenças significativas entre a eficiência dos algorit·
mos, mesmo quando eles são projetados para cumprir a nlesma tarefa. Essas
diferenças geralmente são descritas em notação oz..i.o. Eis um exemplo.
O Webster~ third 11ew intemalional dictionary lista cerca de 26 mil palavras
da Ungua inglesa que começam com a letra a. Uma manei;ra de procurar uma
palavra, ou descobrir que ela não está lá, é ler a lista palavra por palavra, até
encontrá· la ou perceber que ela não está Já. Esse método. denominado busca
seqüencial, não f:'lt nenhum uso particular da ordem alfabética. Você com
certeza vai achar uma resposta, mas isso pode exigir 26 mil passos.
Outro man4?irn de achar a palovrn ou descobrir que ela não est'á lá é ir
direto ao meio da lista (acrescente ou subtraia algumas palavras). Se você
não achar a palavra, então vá para o meio da metade que a contem c esque-
ça a outra metade. (Você sabe qual metade contém a palavra porque sabe
que a lista~ ordenada alfabeticamente.) Esse rnétodo eli.mina aproximada·
mente 13 mil palavras em um lÍnico passo. Se você não encontrar a palavra
na segunda tentativa, então pule paro o melo da metade que a contém.
Continue dessa maneira até tér encontrado a palavra ou dividido a lista
pela metade tantas vezes que nenhuma palavra tenha sobrado. Quantas
vezes você tem de dividir a lista para encontrar ou pa·lavra ou descobrir
que ela não está lá? No máximo 15, porque
(26.00012'' ) < 1

1), sem diavida, bem melhor do que 26 mil tentativas.


snow
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 529

Para uma lista de tamanho,., um algoritmo de bt~sca seqüencial neces.~ita da


ordcnl de 11 passos para encontrar uma palavra ou determinar que ela não está na
lista. Uma busca bin:\ria, como o segundo algoritmo <é chamado, assume a ordem
de le>g: rr passos. A razâo é que~ se 2"'- 1 <. 11 s 2"'. ent!lo m - l <. log1 n s m c o
número de divisões necessárias para afunilar a lista até uma única palavra serâ no
1
máximo m = Í log1 n o menor inteiro maior que loS!"·
A notação oz.io oferece uma maneira compacta de dizer tudo isso. O núme-
ro de passos em uma busca seqüencial de urna lista ordenada é O{tl)i em uma
busca binária, é O(log, 11). Em nosso exemplo, existe uma grande diferença en-
tre os dois (26.000 contra 15), c ess.a diferença só pode crescer junto com 11, pois
11 cresce mais rapidamente que log, 11 quando 11 ~ . . (como no Exemplo id).

Exercícios 7.3
Comparações com a exponencial t! (c) .\') - x 2 (I) (l/ lO)'
(1:) (1 ,1)' ( h) x' + IOOt
1. Qual das funções a seguir cresce mais rapidamente que C
quando x ~ oo? Qual cresce à mesma taxa que e-<? Qual
cresce mais devagar? Comparações com o logaritmo In x
(a) x + 3 (b) .<3 + scri' ·'
(<) v'X (d) 4' 5. Qual das funções a seguir cresce mais rapidamente que
(<) (3/ 2}' (I) • '" In x quando x ~ oo? Qual cresce à mesma taxa que In x?
(h) log,o.r Qual cresce mais devagar?
(al log,.< (b) In 2r
2. Qual das funções a seguir cresce mais rapidamente que cf (<) In v'X (d) v'X
quando x ~ oo? Qual cresce à mesma taxa que e'<? Qual (<) .r (I) 5 In .r
cresce mais devagar? (g) t/.t ( h) e'
(a) IOx' + 30.< + I (b) .d n ,T - ,,.
(<) v'i+7 (d) (5/ 2)' 6. Qual das: funções a seguir cresce mais rapidamente que
(<) .~ (I) xe·' In x quando x ~ oo~ Qual cresce à mestna taxa que In x?
(g.) e«>6x (b) • •• , Qual cresce mais devagar?
(n) log1 (.t 2) (b) log 10 10.<

<•) 1/ v'X (d ) l/x2


Comparações com a potência :r! (•) .< - 21nx (I) e -x
(~) In (In .r) ( h) In (lr + S)
3. Qu~l d~s f\H\ÇÕCS a seguir crcsc~ rn<tis r~pidata'UHUC que,,(!
quando x -> oo? Qual cresce à mesma taxa que x'? Qual
c resce mais devagar? Ordenando funções segundo a taxa de
+ 4x
(a) .\· 2 (h) ,,.5 - .\'l
crescimento
(e) V.r' + ·'' <d> <·' + 3r
(t) .r In ;r (I') 2' 7. Ordene as seguintes funções daquela de crescimento mais
(g) ,\ '.tc--x (h) 8x 2 lento para aquela de crescimento mais rápido quando
x~oo.
4. Qual das funções a seguir cresce mais rapidamente que :C (n) e' (h)x'
quando x ~ oo? Qual cresce à mesma taxa que x'? Qual (c){ln.r)' (d )e",
cresce mais devagar?
(o) ·'' + v'X (b) tQT2 8. Ordene as seguintes funções daquela de crescimento
(<) .r'•"' (d) log,o (.r 1) mais lento para aquela de crescimento mais rápido quan-
dox~oo.
530 Cálculo

(U) 2' (b) x' 18. OcnlOnstre que x• + x e x~ + x.J crescem à mesma
J J
(<) (In 2)' (d) e' taxa quando x -+ oo. mostrando que ambas crescem à
mesma taxa que x? quando x ._. eo.

Ozão e ozinho; ordem 19. Demonstre que, quando x--+ .., c' cresce mais rápido que
X' para qualquer " inteiro positivo, até mesmo x •.ooo.ooo.
9. Verdadeiro ou f.1lso? Quando x--+ .., (Di«~: Qual e a n·ésima derivada de x"?)

(n) .r = o(x) (b) .r = o(x + 5) 20. A função cf cresce mais rápido que qualquer polinôn1io
(c) x = O(.r + 5) (d) x = 0(2r) Demonstre que, quando x - ) oo~ tt cresce mais rápido que
(é) e• • o(eb) (I) .r + lnx • O(.r ) qualquer polinômio
(g) lnx = o{ In 2<) (lo) W+'5 = O(x )

I O. Verdadeiro ou falso? Quando x --+ ...

<•> _X +I_ J • o(!) :C


(b) - I + -.rzI - o(I)
x
..,
·'
2 1. (a) Demonstre que, quando x--+ oo,ln x cresce mais r:\·
pido que x 1'" para qualquer r-1 inteiro positivo. até
(c) ~,\ - .!.
.t2
= o(!) :<
(d) 2 + cos.r = 0 (2) mesmo x 111 .ooo.ooo.

(e) c' + x = O(c') (I) .d n x = <>(x')


(b) Embora os valores de x'" -"" em. certo momento ui·
(g) ln ( ln .r ) • O( lnx) (lo) In (.r) • o( In (x' + I ) )
11 trapasscm os valores de ~' x, isso só acontece depois
que avançamos para fora do eixo x.. Determine um va·
11. Demonstre que, se as funções positivasj(x) eg(.r) crescem lorde x maior que I para o qual x111.ooo.ooo > ln x. Vocé
à mesma taxa quando x--+ ... então f = O(g) c g =Olj). pode começar observando que, quando x > I, a equa·
ção In x= x"'·""""' é equivalente à equação In (In x) =
12. Quando um polinômio j(x) é de ordem menor que um (In x)/1 .000.000.
polinôrnio g(x) quando x .-. oo? Justifique sua resposta.
(c) Até mesmo xu•o demora bastante para superar In x.
13. Quando um polinômiofix) é no máximo da mesma or· 0 Com uma caJculadora. tente achar o valor de .. : no qual
dem que utn polinômio g(x) quando x ~ oo? Justifique as curvas de x 1110 e In x se cru?.am. ou. em outras pa·
sua resposta. lavras. no qual In x = lO In (In x). Inclua o ponto de
interseção entre potências de lO e, em seguida~ isolc·o
14. O que as conclusões que tiramos na Seção 2.4 sobre os li·
por meio de sucessivas divisões pela metade.
mites de funções racionais nos ditem sobre o crescimento
relativo de polinômios quando x ~ oo? (d) (ContimmÇtio dn parte (c).) O valor de x no qual In x =
11 lO In (In x) é tão distante que apenas algumas ferramen-
tas gráficas ou de determinação de raízt.'S s.1o cap."lzes de
Outras comparações identificá·lo. Tente no equipamento de que dispõe e veja
o que acontece.
15. Investigue
22. A função lo x cresce mais lentamente que qualquer
11
• .::
In:..!(':';.,..:.+__:1"') • .::":..:
' <.::·'.,..+:....:.999
=) polinômio Demonstre que, quando, x ._. oo, ln x cresce
hm c hm
~" ln .t r-o. )O .\' m~is lentamente que qt•<llqut>r polinômio n~o ('Onst<lntt.".

Use, em seguida. a regra de CHôpital para explicar o que


você descobriu. Algoritmos e buscas
J6. (Contilluação do Exercício 15.) Demonstre que o valor de
23. (a) Suponha que vocé tenha trC'S diferentes algoritmos
• ln (.<+ a) para resolver o mesmo problema, cada um deles dan·
hm
ll- oo 1n .\' do um níomero de passos que é da ordem de uma das
é sempre o mesmo. independentemente do valorque se atri· funções listadas aqui:
bui ~constante o. O que isso nos diz sobre as taxas relativas
às quais as funçõesj{x) =~l (x +o) c g(x) = In x crescem?
17. Demonstre que ,/IOx+ I c ,Jx + 1 crescem à mesma taxa Qual dos algoritmos é mais eficiellte no longo prazo?
quando x ~ eo, mostrando que ambas cresctm à mesma justifique sua resposta.
taxa que .fx quando 01>. x-. (b) Faça juntos os gráficos das funções. do item (a) para ter
o
snow
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 531

uma idéia da velocidade com que cada uma cresce. busca seqüencial? E com uma busca binária?
24. Repita o Exercício 23 com as funçõe-s 26. Suponha que você esteja procurando um item em uma
[I lista ordenada com 450 mil itens (a extensão de todo o
Webster"$ Tliird New Jntcmati.o,ral DictiOtuU'y). Quantos
passos você pode ter de dar pa:ra encontrar esse item com
25. Suponha que voc.ê esteja procurando um item em uma uma busca seqüencial? E com uma busca binária?
11 lista ordenada com um milhão de itens. Quantos passos
você pode ter de dar para encontrar esse item com uma

Funções hiperbólicas
As funções hiperbólicas são formadas a partir de combinações de duas
funções exponenciais e' c e·•. As funções hiperbólicas simplificam muitas ex-
pressões matemáticas e são importantes em aplieãções práticas. São usadas.
por exemplo, em problemas tais como calcular a ter1são em um cabo suspenso
pelas extremidades, no caso de uma linha de transmissão elétrica. por exem-
plo. Também lêm um papel impor1antc na determinação de soluções para
equações difcnmciais. Nesta seção, faremos uma breve apresentação das fun-
ções hiperbólicas, seus gráficos, como suas dcrivad!as são calculadas e por que
elas são consideradas primitivas importantes.

As partes par c ímpar da função exponencial


Rcrordc as definições de funções pares c hnpares vistas na Seção 1.2 e a
simelria de seus gráficos. Uma função parf sa1isfaz a condiçãoj{-.<) =j{x), en-
quanto uma função ímpar satisfuzj{-.t) = -j{x). Toda funçãof que seja definida
em um intervalo centrado na origem pode ser escrita de uma maneira única
como a soma de uma função par e de uma função ÍJnpar. A decomposição é
f(x) _ f(x) + f(-x) + f(x)- /(-x)
2 2
~'* P'MC~

Se escrevermos tr dessa maneira, teremos


e$ +e·" e$ - e·"
e" •
2
+---
,_,...
2
----...--... ---..
As partes par e ímpar de ~, denominadas cosseno hiperbólico e seno hi-
perbólico de x. respectivamente, são úteis à sua maneira. Elas descrevem o
movime-nto de ondas em sólídos ehisticos e a fornla: dos fios suspensos da rede
elétrica. A linha central do Portal do Arco do Oeste em St. Louis ~uma curva
ponderada de cosseno hiperbólico.

Definições e identidades
As funções de cosseno hiperbóUco e seno hiperbólico são definidas pelas
duas primeiras equações da Tabela 7..3. Essa tabela também apresenta as defini·
çõcs de tangente, colangenle, secanlc e cossccante hiperbólicas. Como veremos.
as funções hiperbólicas possuem uma série de similaridades com as funções
trigonométricas das quais seus nomes derivam. (Veja também o Exercido 84.)
snow
532 Cálculo

TABELA 7.3 Asseis funções hiperbólicas básicas FIGURA 7.7


e"
Seno hiperbólico de.<: senhx = -;e_, )'

J • .st11h:r

(>)

e--<+ e-x >' y =cosb :c


Cosseno hiperbólico de x: cosh ·' •
2

(b)

senhx e·v: - e -x
Tangente hiperbólica: tob x
~
=- - = ";-..,--"'=;
coshx e·' + e-·'

cosh x e:t + e -.r


Cotangente hiperbólica: cotgh ,\' • - -h-· = r -~
senx e· -e ·

(C)

1 y
Secante hiperbólica: sech x = - -h- = , ; -x
COSX e· e 2
__>:.~!
-=f"-~H-!-,~2-·'
)' • S(.'Ch .l

(d)

2
Cossecante hiperbólica: cosech x = _j__h = - ,_,
sen .\' e· - e ·

As funções hiperbólicas satisfazem as identidades da Tabela 7.4. Exceto


por diferenças de sinal, são identidades que já conhecemos das funções tri·
gonométricas.
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 533

A segunda equação é obtida da seguinte maneira:

2scnhxcosh .r = 2 (c• -e
2
-·•)(.e·' +2 e-•)
=

= senh2.<

As outras identidades são obtidas de maneira análoga, fazendo-se subs-


tittúçõcs nas definições das funções hiperbólicas c usando álgebra. Como
TABELA 7.4 Identidades
muitas funções·padrão. as hiperbólicas e suas inversas são facilmente so1u·
satisfeitas pelas
cionadas com calculadoras. as quais possuem teclas ou seqüêr'lcias de teclas
funções hiperbólicas especiais para <-sse propósito.
cosh' x - senh2 x = I
seult 2x = 2 senh x cosh x
cosh 2.~ = cosh 1 x + scnh 1 x Derivadas e integrais
h' cosh2x + l As seis funções hiperbólicas básicas, sendo combinações racionais das fun-
cos x =
2 ções deri\ráveis t! c e~x, possuem derivadas em todos os pontos nos quais elas
, cosh2x-l estão definidas (Tabela 7.5). Mais uma vez, há similaridades com as funções
sen h· x= trigonométricas. As fórmulas das derivadas da Tabela 7.5 levam às fórmulas
2
tgh X = I - scdt1 X
1 das integrais da Tabela 7.6.
cotgh' x = I + coscch' x As fórmulas das derivadas provêm da derivada de e":

d (senh 11) = fl\'


d\· d (e"- e-•)
2
Dctlni~lo de. wnh u.

e" dujd.r + e-• dufd.<


=
2
tlu
= coshu -
ds
Isso nos leva à fórmula da primeira derivada. O cálculo

.!..(cosech u) • .!..(- '- )


dx dx scnh u
cosh u du
=- senh~ 11 dx

TABELA 7.5 Derivadas das funções TABELA 7.6 Fórmulas das integrais das
hipecbóUcas funçõe$ hiperbólicas
d {/11
d.< (senh 11) = cosh 11 d< f sen.hudu = coshu +C

d
d t/11
- (cosh 11) = seoh 11 7
X ~X
f cosh 11 d11 m senh 11 + C

d ( ) z dll
dx tgh u - sech u dt f sech 2 11 d11 = tgh 11 + C

d ) ,
;K(cotgh11 = - coscch- II "J;
t/11
f cosech2 11 d11 = -cotgh 11 +C
d t/11
-l(,'( (sechu) = - seeh11tsb u -l·
(. .r. f sech 11 tgh 11 d11 = - sech 11 + C

-d (coscchu)
dx
d11
= -coscch u co1gh u -dr f cosech 11 cotgh 11 t/11 = - cosech 11 + C
534 Cálculo

1 cosh u du
=------
senh u senh dx 11

tlrt
- -cosc:ch u cotgh u -
dx
leva à ultima fórmula. As ou1ras são obtidas de modo análogo.

EXEMPLO I Dctcrminar1do derivadas e integrais

(a) :!t ( tgh v'l+/2) • secb 2


v'l+/2 · ::, (v'l+/2)
1
= sech2v'l+/2
v'l+/2
(b)
f coth 5x dx =
f cosh5x
senh s./x = 'f
du
5 u '' • '>Crlh $\ ,
1/u • 5l'O\b!i\.f\

= t ln lul + C= t lnlsenh 5xl + C


1
{ ' {' cosh2x- I
(c) Jo senh· xd< m Jo 2 d<
1
I f' (cosb2x -
=Í}o I)dx=2I [senh
- 2 2< - - .<] 0
:s..· um~
• se:h 2 - ~ "' 0,40672 I
<:;,ckult~<hlfa .

[h'Z {'nl e·T _ e-·" ('"2


(d) Jo 4e·' senhxdx• Jo 4<•·' <L< • Jo (2el.t - 2) d.,
2

=[e~'- 2<)~' 2 = (e 21" 2 - 2 ln 2)- (I - O)


= 4 - 2ln2 - I
"' 1.6137

Funções hiperbólicas inversas


As inversas das seis funções hiperbólicas básicas são muito úteis na in·
tegração. Uma vez que d(senb x)ldx = cosh x > O, o senc> hiperbólico é uma
função crescente de x. Denotamos sua inversa por
y c: senh·' x
Para cada valor de x no intervalo -oo < x < oo, o valor de y = senh· ' x é o
=
número cujo seno hiperbólico é x. Os gráficos de y senh x e y senh"1 .<são =
apresentados na Figura 7.8a.
A função y = cosh x não é injetora. como podemos observar pelo gráfico
da Figura 7.7b. Contudo, a função y = CO$h .<restrita a.< <: Oé injetora e, por-
tanto, te1n uma inversa, denotada por

y= cosh· ' .<


Para cada valor de x G: l, y = cosh· ' x é o número no íntcrvalo Os y s oo
cujo cosseno hiperbólico é x. Os gráficos de y= cosh x, x;, O, e y= cosh"1 xsão
apresentados na Figura 7.8b.
Assim como y = cosh x, a função y= sech x = 1/cosh x não é injetora, mas
sua restrição a valores não negativos de x possui uma i1wersa, denotada por
y= sech· ' x
snow
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 535

Para cada valor de x no intervalo (0, I ],y= sech-1xé o nl1mero não nega·
tivo cuja sccantc hiperbólica é x. Os gráficos de y = scch x, x ~O, e y = sech"1 x
são aprcscmados na Figura 7.8c.
y
.\' Y = oos1l x•
.t<::O y• x
,.
y • scçh· 1.r
(x = S«hy.
3 y"' 0)
-6
-· -2 4 6
X
2

''
/ '
/
1 ta)
o I 2 3 4 5 6 1 8
(b)
)' • CO.(h• l .f
(.f a
.•
COSh .V. ,\' 2: 0)
o
(<)

FIGURA 7.8 Os gráficos das in\rersas de seno, cosseno e secante


hiperbóHcos de x. Note as simelrias em torno da reta y = x.

A tangente. a cotangente e a cosscc.antc hiperbólicas são injetoras em seus


domínios, portanto possuem inversas, denotadas por
y= cosech- 1 x.
Essas funções estão traçadas na Figura 7.9.
y )' y
I

l
I
X=lls,h)' ,\' = coc,h y : .x = coscch ,r
y .:lgh- 1x )' • COigh- l X I !o' • coscch~1x
I I
I I

.•
I I
I I I

-•: o ;t ·' o it

~
I I I
I I I
I I I
I I I
I I I
I I I

(:t) (b) (ct

FIGURA 7.9 Os gráficos das inversas de tangente, cotangente e


cossccante hiperbólic.~s de.<.

Identidades úteis
Utilizamos as identidades da Tabela 7.7 para c.~lc1dar os '"'lores de scch"1 x,
cosech· I x c cotgh - I x em calculadoras que nos forneçam apenas cos h· I .<, scnh · •x
TABELA 7.7 Identidades satisfeitas e tgh-1 x. Essas identidades s.i.o conseqüência direta das definições. Por exemplo.
pelas funções se O< x s 1, então
hiperbólicas inver,;as

= cosh·•l
X

cosech - 1 x = senh- 1 ~ ou
snow
536 Cálculo

já que a sc\:ant-c hipcfbólia. é injetora.

Derivadas e integrais
O principa.l uso das inversas das funções hiperbólicas está nas integrações
que revertem as fórmulas das deri\radas da Tabela 7.8.

TABELA7.8 Derivadas das funções hiperbólicas inversas

d(senlf 1u) I du
dx =
v'i"+? dx
d(cosh-1 u) I du
tf.t u> l
v;;r::( dx '
d(tgh- 1 11) I du
dx ~dx' l11l < I

d(cotgn1 11) I tlu


dx ~dx' fui > I

d(sech· ' 11) - dll/ tf.t


= O< u < l
dx ~~ ~ -
d(cosech- 1u) -duf dx
dx
= 11 .. o
fulv'i"+? '

As rcstriçocsl11l < I e l11l > I nas fórmulas derivadas de tgh•' u e cotgh· ' u
originam-se das restrições naturais aos valores dessas funções. (Veja as figuras
7.9a e 7.9b.) A distinção entre fui < 1 e fui> 1 se torna importante quando con·
vertemos as fórmulas derivadas em integrais. Se Iui < 1, a integra] de 1/( l - ll 2) é
tgh·' 11 + C. Caso fui> 1. a integral apropriada será cotgh· ' •·• + C.
Ilustraremos como as derivadas das funções hiperbólicas inversas s..-\o en-
contradas no Exemplo 2, no qual calcularemos d(cosh · • u)!dx. As outras deri·
vadas são obtidas por cálculos similares.

Companion EXEM PLO 2 Ocnvada da inversa d..: cOS.SCJ10 hiperbólico


Websitc
8iosl".dia h•~tótica
Demonstre que. casou seja uma função derivávcl de x cujos valores são
maiores do que I. então
So11ya Kovale\'sky
(t850- 1891) d 1 I du
- (cosiC u ) • --;=;i==
dx y;;r::-j tlr

SOLUÇÃO Primeiro, determinamos a derivada de y = cosh· ' x para


x > I aplicando o Teorema 5 da Seção 3.7, com j{x) = cosh x e F'(x) =
cosh· ' x. O Teorema 5 pode ser aplicado, pois a derivada de cosh x é posi·
tiva para O< x .
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 53 7

<r1l'(xl s /'(/!1 (xll

= -, e-n7h7( c~o""s:-
h_::;,~.,-.):- j'(u) • !tt'Oh u

~h~ 11 - "(flb! tt = I.
I
Ycosh2 (cosh- 1 .Y) -
~nh u • v'"'""h:! 11 - I
I
co..h (oo~J1 1
") • x

Resumidamente,

A regra da cadeia fornece o rcsuhado final:

d t du
- (cosh- u) = ,,,.
1
tx Yu 2 - I '"

Em vc-t de aplicar o TeoremaS diretamente, como fizemos no Exemplo 2,


podemos também achar a derivada de y = cosh-• x. x > I. usando derivação
implícita e a regra da cadeia:
y = cosh- 1 x
x = coshy [qu~t<;;ÍO \.'qUI\.;lkDIC'

dy O.:ti\a<;ào impJiçit:.t
-.:tn rd.,,..;,o :\ \ ...
I= scnhy dx
.r.:.mtl :tt.'>~d.:t;t ,

dy I I O.cdo,· > l.y > O


dx = senhy = -V' c=o=sl=t.=y=-= 1 .c xnh 1' > O

Com as substituições apropriadas, as fórmulas das derivadas da Tabe-


la 7.8 nos fornecem as fórmulas das integrais da Tabela 7.9. Cada uma das
fórmulas da segunda tabela pode ser verificada derivando~se a expressão do
lado direito.

EXF.MPI.O 3 \Jiili:f:mdn ;_t T:1lwla "J ()

Calcule
1

1 V3 2 dx
+ 4.•'

SOLUÇAO A integral indefinida é

Ir • 2\, 1/U a :!t/\, 11 = Vi

himmlad.il 1 <~bel.- 7.9

= senh- t (v'32x) + C
538 Cálculo

Portanto.
2 <L< , 2- ) - senh- 1 (0)
f' = senh- 1( 2.< )]' = senh- 1 ( -
.lo ..,13 + 4x- V3 o v3
= senh- 1 (~) - O :.: 0,98665

TABELA7.9 Integrais que conduzem a funções hiperbólicas inversas

I. f Va""+ , 2 u·
= senh-
1
(*) + C, a> O

f Vu2 - (")a +C.


r. -·
2. du I 1 -
=COS1_ u > tl > O
t/2

tlu ag (·).c se <


a
uZ al
3.
f" 2
-
112
• ~ cotgh- 0a) + se >
1 C. u2 t1 2

4. f ""u
V '~ = - .!.
a- - ,-
,-•(.! ) +c, O < u < a
asect"

s. f V2 du = - I -a +C.
-a cosech-•1"1 " " Oeli > O
li (I + u-'

Exercícios 7.4
Valores e identidades das funções (a) senh 2x =2 senh x cosh x
hiperbólicas (b} cosh 2x =cosh' x + scnh1 x
Cada um dos cxcrdcios 1- 4 fornece um valor de scnh x ou 12. Utilize as definições de cosh x e scnh x para demonstrar que
cosh x. Utilize as definições c a identidade cosh 1 x - senh 1 x = cosh' x- senh' .< = I
1 para determinar os valores das outras cinco funções hipcr·
bólicas. Derivadas
L scnhx= -~
4
2. SCllh .\' = 3 Nos exercícios 13-24, determine a derivada de y em fun·
ção da variável adequada.
17 13
'l. eo<:.h"" a: I Y r > <l J. CMh \" D
5, l:l. J' =- 6senh j
I
1~. ya2 sc~h (2.< + I)
Rctscreva as expressões dos exercícios 5- JOem termos ex-
1!'. y = 2VtaghVt 16. y = l"' lsJl lI
ponenciais e simplifique os resultados o máximo que puder.
17. y = In (scnh:) 18. y • ln (oosh=l
~. 2 cosi> (In x) 6. scnh (2 lnx)
19. y = s<chO(l - ln scchO) 20. y = cosc>Ch 0( I - In coscch O)
7. cosla Sx + senh Sx 8. cosh 3x - senh 3.<
9. (senhx + cosh .<)• 21. y = lnoosh u- i•gh 2 u 22. y = lnsenhu- ±colg.hz u
10. ln (cosh.r + scnh.r) + ln (coslu - senh .r)
23. y = t <' + l) scch (ln .<)
11. Utílizc as identidades (Dica: Antes de derivar. expresse em termos de exponen-
scnh(,t + y) = scnh.tcoshy + coshxsenhy ciais e simplifique.)
cosh(.t· + y) .c cosh.t· coshy + scnhxsenhy 24. y = (4x' - I) cosech (In 2x)
Nos exercícios 25-36. determine a derivada de y em rela-
para demonstrar que
ção à variável apropriada.
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 539

25. y • senh- 1 vX 26. y • cosh"' 12v;-:;-i Calculando inversas de funções


l7. y= (I- O)tgh- 1 0 28. y = (o' + 20) tgh . , (O + I) hiperbólicas e integrais relacionadas
29. )' • ( I - t)cotgh- 1 '1/Í 30• .v - (I - t 1)~h- 1 1 Quo.ndo o,:; tCclM de f1.1nÇ&O hipcrbóliC(l. n&o C$(1.\0 di:ôpO·
3 1. y = cos- 1 x- xscch- 1.v 32. y = In .v + ~ scch- 1 .v níveis em uma calculadora, é po.s.s ível ainda calcular funções
33. )' = cosech- 1 (~r hiperbólicas inversas expressando .. as como logaritmos, con-
forme mostrado aqui.
3::. y = scnh· 1 (tg x)
36. y = cosh- 1 (scc.<), O <.r < "'/ 2 scnh - I x = In (.r + v:;r+l), -oo < x < oo
cosh- 1x ; In (.l' + Vx2 + 1) , X2 l
• I I+ X
Fórmulas de integração tgh 1 x=.,ln- _ , ].<] < I
- 1 X
Verifique as fórmulas de integração nos exercidos 37- 40. scch· 1 x = In (' + ~). O <x:S
.17. (•>f scch.rd< 1
= tg- (scnh.r) +C
cosec 11- 1 x -
- In x + (! v'i'+7)
lxl . .n•O
(b)f sochx<lr • sen-1 (tghx) +C 1 x =lln x+ 1 •
cot·•-
ty• 2 x -1 lxl > I

JS. f 2
xscch- 1 :<d.r = ·; scch- 1 .v- t~ +C
Utilize as fórmulas da tabela anterior para expressar os m'•·
39. f .<eotgh- 1
.< <l< = x' ~ 1 1
cotg)>- x + Í +C meros nos exercícios 61-66 crn terrmos de logaritmos naturais.
61. senh· ' (- 5112) 62. cosh- 1 (5/3)
1 1 2
40. ftgh - .rtlr=-x tgh- x+! ln (l-x )+C
63. tgh- 1 (-1/2) 64. cotgh- 1 (5/4)
65. sech- 1 (3/5) 66. cosc:ch- 1 (-11 ./3)
Integrais indefinidas
Calcule as integrais nos exercícios 67-74 em termos de
Calcule as integrais nos exercícios 4 1- 50. (a) funções hiperbólicas inversas.
41 . J scnh 2rtlv 42.'
f s''x scnh (b) logaritmosnaturais.

43. f (~6cosh - ln 3) tlr f


44. 4 cosh (3.r - In 2) tl< 67.
J. zv'i tl'
• r:-:-;
v4 + x 2
68.
J. t/ l 6 tlr
-:/'==~
\/I + 9.• '
4S. f ~tl<
tg)t f ~tiO
46. ootgh 69 f ' ...!k._2
· Js/4 I - .r
70.
l/ 1. dt
--,
I - .t

1''
/.

47. J (t·- t)
scch
2
(lr f
48. coscch' (5 - x) d< 71 .
1
)/I'J (/.x
--:-~:==~ 72.
tl'
. r:-:-;

f V,~ .f coscch(lnt) cotgh(ln 1) dt


I> ,,\/1 - l6x 2
1.•Vt +
xv4 +.v2
49. scch Vtdt
~o. ' ?.t
O
COS.\' d\·
sen1 x
74.
1 -:-r~~=.
tLr
.,\fl + ( lnx)1

Integrais definidas Aplicações e teoria


Calcule as integrais nos exercícios 51- 60.
75. (a) Demonstre que, se uma função f fo r definida em um
I"' 1•2
51.
!..,, ootg)>.v dx 52.
/.
1•2
tgh 2 xdr
intervalo simétrico em relação à origem (de modo
quef seja definida em - x sempre que for definida em
x), en_tão
$.3. j -m' 2e!t cosh 9 119 54. 4e""' scnh OdO

ss. j"''
I•• .,,
/.
f~,) =
/(,') + j( -x)
2 +
/(,<) - j( -x)
2 (I )
.,,cosh (tg 8) scc OtiO 2 56.
!. 2 scnh (senO) cosO tiO

<s 1'
2 cosh(ln 1) Demonstre então que (ltx) +fl- x))/2é I""c que (ltx) - fl- x))/2
57.
1' I t/1 . •
I
8cosh
. r ...;; tu
VX
...
é ímpar.
(b) A Equação ( I) simplifica-se consideravelmente se f.
59. j 0

- In 2
oosh' (~) <l< 60.
/.
1• 10
4 scnh~ ~ 1.l.r
( )
por si só, for (i) I"" ou (i i) ímpar. Quais seriam as
novas equações? Justifique suas respostas.
snow
540 Cálculo

76. Deduza a fórmula senh- 1 x = In (x+ ../x' + 1), -oo < x < ... Condição inicial: y = Oquando x = 1.
Explique em sua dedução por que o sinal de mais, em vez Resolva o problema de valor inicial para encontrar uma
do sinal de menos, é utilizado na raiz quadrada. equação para a curva. (Você precisa de uma função hi per·
bólica inversa.)

I
77. Pára-quedismo Se um corpo de massa m cai, a partir
)'
do repouso. sob ação da gravidade e encontra resistência
do ar proporcional ao quadrado de sua velocidade1 então )'=/(X)
a velocidade do corpo I segundos após o inicio da queda
satisfaz a equação diferencial
tlu ..
m dt = mg -I."V..
onde k é uma constante que depende das propriedades
aerodinâmicas do corpo e da densidade do ar. (Presumi·
mos que a queda seja curta o suficiente para que as va-
riações na densidade do ar não afcHcm o resultado final
significativamente.) .t----o::~,--"
o ( 1.0)
{a) Demonstre que
80. Áre-a Demonstre que a área da região do primeiro qua·
drantc determinada pela cU r\'-' y = { 1/tl) cosh tlX, pelos
eixos de coordenadas c pela urcta x c b é a mesma que a
satisfaz a equação diferencial e a condição inicial de que u = área de um retângulo de altura 1/a e comprimentos~ sen-
Oquando I = O. do s o tamanho da curva de x =O até x = b. (Veja a figura
(b) Determine a velocidade terminal do corpo.lim,.....,. v. a seguir.)
(c) Para um pára·quedista que pesa 160 libras, com o
tempo medido em segundos c a distância em pés. um \' - ! tó.~h li.X
valor típico para k é 0,005. Qual é a velocidade termi- . "
nal do pára-quedista?
78. Acelerações cuja magnitude é proporcional ao deslo-
camento Suponha que a posição de um corpo que se
de,sloca sobre um eixo coordenado no momento t seja
I
(a) s = a cos kl + b sen kl ü

(b) s = a cosh kl + b senh kl -0~------~b----~S---+X

Demonstre que, em ambos os casos. a aceleração Jlsidtl é


81. Volum< Uma r<gião do primeiro quadrante é limitada
proporcional as. mas que, no primeiro caso. é direciona-
acima pela curva y = cosh x. abaixo pela curva y = senh x e
da para a origem, ao passo que, no segundo, é direcionada
à esquerda e à direita pelo eixo y e pela reta x =2, respecti-
para longe da origem.
vamente. Determine o volume do sólido gerado pela rotação
79. Carretas e a tractriz Quando uma carreta faz uma curva, dessa região em torno do eixo.'(.
suas rodas traseiras seguem uma curva como a apresentada
82. Volume A região delimitada pela curva y = sech x, o
a seguir. (I\ por isso que, algumas vezes, as rodas traseiras
eixo x e as retas x = :&:ln J3 é girada em torno do eixo x e
sobem na guia.) Podemos encontrar uma equação para a
gera um sólido. Determine o volume desse sólido.
curva se imaginarmos as rodas traseiras como uma massa
M no ponto (I, 0) sobre o eixo x. unidas por uma barra de 83. Comprimentodeuman::o Determineocomprimentodo
comprimento unitário a um ponto P que representa a cabi- segmento da CUC\e.l y = (112) cosh 2xde .< =O até x = In JS.
ne na origem. Conform.c o ponto Psc desloca para c:ima no 84, A hipérbole nas funções hiperbólicas Caso esteja se
eixo y, arrastaM consigo. Pode·se demonstrar que a curva perguntando de onde vem o nome ltiperb6lic.a, eis a rcs-
descrita por M - denominada tractrix, palavra derivada posla: assim como x = cos u e 1 c: scn u são identificados
do latim tractum: arrastar, tracionar -é o gráfico da fun- por pontos (x.y) nodrculo trigonométrico. as runçõesx =
ção y = j(x) que resolve o problema de valor inicial cosh u e y = scnh u são identificadas por pontos (x, y) no

Equação diferencial: dy • -
tb: :c
h
I _ .\'2
+ vb
l _ xl
ramo direito da hipérbole unitária,~ -I=
1.
snow
Capftulo 7 Funçõe-s transcendentes e integrais 541

Uma \'rtquecosh' 1t - s<nh' u = l, o pomo (cosh u,senh u)


está no r.uno di~ilO da hiphbole r-
I : I p.va lodos os Podesademonstradoquc, detodasascun-asconlinuamcnle
valores deu (Exercício 84). deri''<h'cis que unem os ponlos 11 e 8 na figura, a cun"a
y = 4 cosh (x/4) gera a supetfode de menor ârea. ~ voct fizcr
Outra analogia <nl~ as funçô<'$ hiperbólicas e circula~• é
moldes de ar.une no ÍormalO dos dois drculos das extremi-
o falo de a writh•eltt, nas coordenadas (cosh u, senh u) dos
dades, aqueles que passam por A e por B. <mergulhá-los <m
pontos do rarnodirciloda hipérbole r -I= l,S<ro dobro
uma solução de água com sabão, a superllcie que se fomllll'Ó
da ;\rca do setor IIOP ilustrado na figura a seguir. Para veri-
entre os clrculos será aquela gernda pela I'Olação da curvo.
ficar o porque disso, siga os passos indicados.
(• ) Demonstre que a área ll(tt) do setor IIOP é dada 86. (a) Del<nnine o centróide da cur\'3 y = cosh x, - In 2 S x S
por O In 2.
(b) Calcule as coordenadas com duas casas declmrus. Em

A(u) • 2I ç~huscnhu - !.- ".v,....---,


1
r ..... I dx
seguida, esboce a curva e insira o centróide para de-
monstrar sua relação com ela.

(b) Derive ambos os lados da equação no item (a) em re-


lação a u ~rn dcmonstrnr que Cabos suspensos
,f'(u) • 2I 87. Imagine um cabo, con>o de telefone ou de TV, preso por
dois suportes e soho entre eles. O peso do cnbo por unidade
(c) Resolv" essa úhima equação paroll(u). Qual ê o va- de comprimento we a tensão horizontal em seu ponto mais
lor de A(O)? Qual é o valor da conslanlc de integra- baixo é um vetor de módulo H. Caso adotemos \Un sistema
ção C na sua solução? Com C determinada, o que a cartesiano para o plano do cabo no qual o eixo.< seJ• hori-
sua solução indica sobre n relação entre 11 e A(u)? zontal, a força da gravidade estará dire<ionada p<~ra baixo,
)' os pontos do eixo ypositivo estarão direcionados para cima
e o ponto mois baixo do cnbo estará em y • Hlw no eixo y
(\'eja a figura a seguir), enlào pode-s< demonstrar que o
cabo acompanha o gráfico do oosseno hiperbólico

y ,. "-·.,
-;;·~·'fi'

Urna das analogias entre as funções hiptrbólicas e circula-


res é rc,·elada por <SS<s dois diagramas (Exercido 84).
Tal curva às ,·ezes é denominada curva de corrente ou
85. Uma superlleie mfnima Determine a área da superfi- catenária: esse último termo vem do l;'ltim cntcun, que
cic gerada pela rotação, crn torno do eixo x. da curva y =
significa "'corrente':
4 cosh (x/4), - In 16 S x S ln 81.
(a) Seja P(x, y) um ponto qualquer no cabo. A figura a se-
gui I' apresenta a tensão em t> corno um \'Ctordc módulo
snow
542 Cálculo

T, bem como a tensão H em seu ponto mais baixo A. 89. O arqueamento e a tensão horizontal de um cabo As
Demonstre que o coeficiente angular do cabo em Pé extremidades de um cabo de 32 pés de comprimento que
dy w pcS<l 2 libras por pé estão prcS<~S na mesma altura a postes
tg 4> = lit = gcnh7í ..- que distam 30 pés um do outro.
(b) Utiliz.1ndo o resultado do Item (:t) c o fato de que a (a) Modele o cabo de acordo com a equação
tensão horizontal em P deve ser igual a 1-1 (o cabo não I
)' = (iéOslla.r, -15 S: .t S. 15
está se movendo), demonstre que T = wy. Isso signí*
fica que o módulo da tensão ern P(x, y) é exatamente Utilize as informações do Exercício 88 para demonstrar
igual ao peso de y unidades do cabo. que a S<~tisfaz a equação
16a = scnh15(l (2)

(b) Resolva a Equação (2) graficamente estimando as coor·


O denadas dos pontos nos quais os gráficos das equações
y= 16a e y= senh ISa cruzam-se no plano ay.
(c) Resolva a Equação (2) numericamente para a. Com·
n pare a solução com o valor determinado no item (b).
(d) Estime a tensão horizontal no cabo no ponto mais
H baixo dele.
---,.+--------.<
o (e) Utilizando o valor encontrado para n no item (c), faça
88. (Continuação do Exercício 87.) O comprimento do arco AP o o gráfico da catenário
na figurn do Exercício 87 és= (lla)senh ax, onde a= w/H. I
)I • ãCOSh(IX
Demonstre que as coordenada.~ de P podem ser expressas
em termos de s da seguinte maneira ao longo do intervalo -15 s x s 1.5. Estime o arquea·
mento do cabo em seu centro.

Questões de revisão
7. Quais papéis as funções e" e In x desempenham em com-
I. Como a função Jogariuno natural é definida como uma
parações de crescimento?
int·egral? Qual é seu domínio, sua imagem c sua deriva-
da? Quais propriedades a ritméticas ela possui? Fale sobre 8. Descreva as notações ozinho e 07.âO. Dê exemplos.
seu gráfico. 9. O que é mais eficiente: uma busca seqüencial ou uma bus-
2. Que-integrais geram logaritmos? Exemplifique. ca binária? Explique.
3. Como 3 função exponencial~? é definida? Qual é s~u do- I O. Quais são as seis funções hiperbólicas básicas? Fale sobre
minio. sua imagem e sua derivada? A que leis de expoen· seu domínio. s-uas imagens e seus gráficos. Cite algumas
tes ela obedece? Fale sobre seu gráfico. das identidades que as relacionam.
4. Como as funções nx e log., x são definidas? Há alguma res- 11 . Quais são as derh'adas das seis funções hiperbólicas bá·
trição em n? Como o gráfico de los., x está relacionado sícas? Quais são as fórmulas integrais correspondentes?
com o de In x? O que há de verdade na afirmação de que Que analogias você percebe aqui com as seis funções tri-
realmente só há um.a função exponencial e uma função gonométricas básicas?
logarltmica? 12. Como são definidas as funções hiperbólicas inversas bá·
5. O que é lei de ,,.dação expone.ncial? Como ela pode ser sicas? Fale sobre seus domínios, suas imagens e seu grá-
deduzida a partir de um problema de valor inicial? Cite tic:o. Como você pode dc1crminar vaJorcs para sech- 1 x,
algumos das aplicações dessa lei. coscch- 1 x e cotg-• x utilizando as teclas de uma calcula-
dora para cosh· • x, senh· 1 xc tgh- 1 x?
6. Como podemos comparar taxas de crescimento de fun·
ÇÔCS pOSitivaS quandO X--) oo? 13. Que integrais geram naturalmente funçõe-s hiperbólicas?
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 543

Exercícios práticos
Integração (c) x • o(.< + ln.r) (d) ln{lnx) • o(lnx)

Calcule as integrais dosexercícios 1-12.


{<) tg- l X= O( I) (I') cosh x = O( e')
1. jt•ssen(e·~''·'· 2. j t-1 cos(3t~1 - 2),/t 20. Verdadeiro ou falso? Justifique suas respostas.

J:" (tt) J... = o(.!.+.!.) (b) J... = o(l.-r +.!.)


·'· lo·•s ~"-' ~. 2t:olgw.\·t/x x4
{<) In .r = o(x
xz x
+ I)
4 x"
(d) In 2.< = O(lnx)
;.:"

1
11

;.
1'
I
, 12 - sen1
COSI
tlt 6
·
f....!!!L
v In u
(<) ,.,.,-• .r e ()(I) (f} scnh .r ~ O(c ' )

In(.<- 5) cos(l - In v)
7.
f ,\' 5 d~· 8.
f v tlv Teoria e aplicações
IJ. j '3ydx
. lU. j "l
-5 .<l\' 21. A função/(x) = tf + x, sendo dcrivávcl e injetora, tem uma
,., . I
·' inversa derivávelf- 1(x). Determine o valor de d]11dx no
11.
1 .\·vlnx
r,- tlx 12. f:'c1 + lnt)tlnttlt ponto j(ln 2) .

22. Determine a inwrsa da função j(x) = I + (1/x), x" O. Em


Resolvendo equações com termos seguida, mostre qucF'(Ilx)) = fl/"1(x)) =.r c que
logarítmicos ou exponenciais t~r'
dx
If(.•> e
1
/'t<)
Nos exerdcios 13-16, determine y.
IJ. Y =:v-+ 1 14. 4'1' = 3r+l 23. Uma parlícula se desloca para cima e para a direita ao
16. 3" = 31nx longo da curva y = In x. Sua abscissa aumenta à taxa
(dx/dt) = ..[; m/s. A que taxa a ordenada está variando
Comparando taxas de crescimento de no ponto (e', 2)?
funções 24. Uma garota está escorregando em um escorregador com
o formato da curva y = 9tfxl3. Sua ordenada varia a uma
17. f cresce mais r:lpido, mais devagar. ou à tncsma taxa queg t3Xa dyldt =(-114) ~9 - y pésls. A que taxa aproximada·
quando x--. oo~ Justifique suas respostas. mente sua abscissa cstanl variando quando ela alcançar a
(a) ft<l = log,x. g(.<) = log,, parte inferior do cscorrcgador em x = 9 pés? (Considere
e" como 20 e aproxime sua resposta para um valor inteiro
(b) f t vl = x, g(x) = ·'· +
de pés por segundo.)
(c) Jt <l = x/ 100. g(x) = x••"·'
(d) j{v) = .>.; g(s) = L!f 1 25. As funções j(x) = In 5.< c g(x) = In 3.r diferem por uma
(c) j (x) = coscc- 1 x. g(x) a 1/ x constante. Que constante é esta? Justifique sua resposta.
(f) ft<l = scnhx, g(x) = (. ~.. 26. (a) Se (In x)lx =(In 2)/2, deve ser.<= 2?

18. f cresce mais rápido. mais devagar. ou à mesma taxa queg (b) Se (In x)/x = - 2ln 2, deve ser x = 1/2?
quando x-+ eo? Justifique suas respostas. Justifique suas respostas.
(a) Jt<l = 3"-'. gt<) = 2-·•
27. A razão (log. x)/(log, x) tem um valor cons1antc. Qual é
(b) j(.<) = In 2.<, g(x) = In ,,-2
este valor~ Justifique sua resposta.
(<) j(x) = IQ,, J + 2,,>, g(s) = e'
(d) j(.<) = tg-1( lfx). g(x) = 1/ x 28. log,. (2) contra log, (x) Compare j(x) = lo&< (2) c g(x) =
(<) f(.<) • sctf 1(1f.\'), g(x) • lf.,J
11 log, (x) seguindo os passos indicados.
(f) ft<l = scch .<. g(x) = e-• (a) Use a equação log. b = (In b)l(ln a) para expressarj(x)
e g(x) em termos do logaritmo natural.
19. Verdadeiro ou falso? Justifique suas respostas. (b) r-aça os gnlficos def c g juntos. Comente o comporta·
Ca) J... + J... =
,\'2 x,.
o(.!.)
x2
(b) J... + J... =
x2 x"
o(.!.)
.r"
mcnto de f em relação aos sinais e aos valores de g.
544 Cálculo

29. Qual é a idade de uma amostra de carvão na qua190% do colocada numa varanda com temperatura de 40 °F para
carbono 14 originahnentc presente já decaiu? esfriar. Depois de l 5 minutos. a temperatura interna da
tona era de 180 •f. Quanto tempo levou para que a tem-
30. Esfriando uma torta Uma torta de maçã. cuja tempe-
peratura balxassc de 180 op para 70"P!
ratura interna era de 220 °F, quando tirada do fornoJ foi

Exercícios adicionais
I. Seja A(l) a ;\rca da região no primeiro quadrante delimi- (b} Demonstrequcg'(.<) • I+ (g(x)J' -
tada pelos eixos de coordenadas, pela c urva y = e' c pela (c) Dctermi.ne g(x) resolvendo a equação diferencial do
reta vertical x =1, 1 > O. Seja I'(I) o volume do sólido gera- item (b).
do pela rotação dessa região em torno do eixo x. Determi-
ne os seguintes limites. 7. Centro de massa Determine o centro de massa de uma

(a) lim A(t) ,__


(b) fim l!(t)/,1{1) (c) lim fl(l)/tl(t)
placa fina de densidade constante que cobre a região, no
primeiro e quarto quadrantes, delimitada pelas curvas y =
f-M ,-o·
1/(1 + x') c y = -I/( I + x') c pdasretas x =O c.< = I.
2. Variando a base de unt logaritmo
8. Sólido de revolução A região entre a curva y = 1/(2-Íx)
(a) Determine lim log,, 2 quando a -+o·, r. I ' e oo.
c o eixo x de,,= 1/4 até x = 4 é girada .em torno do eixo.<,
(b) Faça o grá.fico de y = log,, 2 em função de a ao longo gerando um sólido.
D do intervalo O < a s 4.
(a) Determine o volume do sólido.
[• I
3. Determine/'(2) se j(x) =#''cg(x) = j, + , d1 (b} Determine o centróide da região.
1 1
4. (a) Determine df/dx se 9. A regra dos 70 Se você usar a aproximaÇ<\0 In 2 ~ 0,70
<'"21n l (em vez de 0,693 14...), poderá deduzir uma regra que diz:
/~<) =
1 --dt
f "'Para estimar quantos anos uma soma de dinheiro levará
paro dobrar investindo·se a r por cento composto con-
(b) Dcterminej(O).
tinuamente~ divida 70 por r': Por exemplo, uma quantia
(c) O que você pode concluir a respeito do grá!ico de f? investida a 5% dobrará em aproximadamente 70/5 ; 14
Justifique sua resposta. anos. PMa conseguir o mesmo em lO anos, você deverá
5. Decomposições par· ímpar investira 70110 ~ 7%. Mostre como a regra dos 70 é dedu-
zida. (Uma regra semelhante, a "'regra. dos 72'' usa 72 em
(a) Suponha que g seja urna função par de x e h uma fun-
vez de 70, porque 72 tem mais fatores inteiros.)
ção ímpar de x. Demonstre que, se g(x) + !J(x) ~ O para
qualquer x, então g(.<) = O para qualquer x e /r(x) = O 10. 7t'<e'
para qualquer x. (• ) l'or que a figura a seguir "prova" que rf < e'? (Fo111e:
(b) Use o resultado do item (a) para demonstrar que, "Proof without words~ de Fouad Nakhil, Mathematics
se j(x) =f 0(x) + J0 (x) é a soma de uma função im· Mngazi11e, v. 60, n. 3, jun. 1987, p. [ 65.)
par f, (x) • um• fut>ç~o Impor fo (x), on1ao ( b) A figura a seguir considera que j(:d = (In x)lx possui

+ /(-x))/2 e l o,<)=(/(,,·)- /(-x))/2


/•' ' ) = (/'<)
um má..ximo absoluto em x = e. Como você sabe que
isso ocorre?
(c) Qual é o significado do resultado no item (b)? ,.
6. Seja g uma função dcrivávd ao 1ongo de todo um inte.rva·
lo aberto que contém a origem. Suponha que g apresente
as seguintes propriedades:
g'<) + g(y)
i. g (x + y)1 g"·)g{)•) para quaisquer números
=

reais x,ye x + y no domfnio deg.


i i. lim g(ll) = O
11-•0
. g(ll) -:::!---+-----...1.-.l..._,.x
iii. ,,_.0
lnn - J- • I o
1
(a) Demonstre que g(O) =O.
snow
Capitulo 7 Funções transcendentes e integrais 545

Exercícios avançados
1. Se n > J, pode-se calcular aproximações Me 111 para l.n a 4. Se lo(x) = J{x) + g(.<) cresce na mesma ta.•a que x•• quando
satisfazendo 111 <In n < M da seguinte fonna: (i) divide-S<! x _. c», qual é a relação entre '"'· p c q? O que aconteceria
o intervalo [ t~ n] em , partes iguais usando pontos Xo = l~ se permitíssemos que as funções f e g fossem negativas.
xi•' = xi +(a - 1)/n.j = 0,1, ...,11 - 1. (ii) calcuJa .. se M inte- embora não nulas?
grando-se em [I, n] a função que em cada intervalo [x;" , x1 [ é 5. Se h(x) = Jtx)lg(x) cresce na mesma taxa que xm quando
constante e igual a 1/xJ-t• e calcula-sem integrando-se em x-. oo. qual é a relação entre m, p c q? O que aconteceria
( I, a] a função que em cada intervalo (x1. 1 • x1( é constante
se permitíssemos que as funções f e g fossem negativas.
e igual a ll.<t embora não nulas?
(a) Represente graficamente em termos de áreas o vaJor
delnn,Mem. 6. Calcule a derivada de.ftxl = In lsec x + tg xj. Qual fórmula
de integração você obteve?
(b) Ache uma fórmula paraM c para 111.
7. Mos~·e que senh (x + y) = senh x cosh y + cosh x senh y e
(c) Determine um valor de" deforma que o erro absolu·
to cometido ao aproximar In 2 por m fique menor que que cosh (x + y) = cosh x cosh y + senh x senh y.
10'" 1, c calcule essa aproximação. 8. Determine um ponto do gráfico dej{x)= elX cuja reta t~m·
Como vimos nos exercícios do Capitulo 4, ""f for urna gente ao gráfico nesse ponto p3sse pela origem. Esboce o
função com derivadas contínuas de ordem L, 2•...• n + I em gráfico def e da reta tangente. Existem outros pontos com
uma vizinhança de a, essa propriedade?

P.(x)= f(a)+ f'(a)(x - a)+ f"(a)(x~;? + .. ·+ 9. Encontre o retângulo de maior área que pode ser inscrito
sob a curva y = e·,:l, no primeiro c segundo quadrnnte.s.,
com um lado sobre o eixo x.
/ (")(a) (x-a)"
n! I O. A traC-l'riz é a curva definida por
-1 X r;--:>
.! o polinômio de Taylor de ordem de 11 de f em torno de n. y = nsech - -v«'- x' ,n>O.
Lembre-se de que, nesse caso, n
Encontre y' e a reta tangente L a um ponto J> da curva.
R, (x) = f(x)- p (x) = j<•••>(b) cx-ar·· Mostre que se L intercepta o eixo y em um ponto Q. então
' " (n-1)! a distância entre Pe Q é a.
em que b está entre x e n. 11. Desenha-se uma reta L passando pelo vértice (O, 11) da
2. Mostre que scfHvcr derivadas continuas até ordem k + 1)
catenária y = a cosh ~ e perpendicular à reta tangente
IJ{n + 1/1)- Pk(n + 1/t)l = 0(1/t'' ') quando 1-> ~. a
3. Determine o polinômio de Taylor de ordem 2 em torno de à catenárla em um ponto P. N1ostre que o comprimento
n =O de.Jlx) = e'. Determine uma aproximação de.JlO,S) e do segmento de L determinado pelos eixos coordenados é
Udimih: v c:rro c:umelitfo. igual à ordcnad<l y do ponlo P.

Nos exerdcios 4 c 5,f e g são funções positivas tais que f 12. Mostre que tg-• (scnh x) =scn -• (tgh x).
cresce na mesma taxa que x P e g cresça na mesma taxa que~
quando x......) oo.
snow

Técnicas de integração

RESUMO O teorema fundamental relaciona primitivas e a integral defl ·


nida. Calcular a integral indefinida

f f (x)tl.<

equivale a encontrar uma função F tal que F'(x) =/(x) c, em seguida, adicionar
uma constante arbitrária C:

f f(x)tlr = F(x) + C

Neste capítulo. estudaremos uma série de técnicas importantes para deter-


minar integrais indefinidas de funções rnais comp1icadas do que aquelas vistas
até agora. O objetivo deste capítulo é mostrar como transfonnar integrais des-
conhecidas em integrais que possamos reconhecer, para depois procurá-las
em uma tabela ou calculá-las no computador. Também ampliaremos o con -
ceito de integral definida, que passará a incluir integrais impróprias, aquelas
em que o integrando pode não ser limitada ao longo do intervalo de integra-
ção., ou o intervalo el)l si pode não ser mais finito.

Fórmulas de integração básica


Para ajudar na determinação de integrais indefinidas, será bom montar
uma tabela de fórmulas de integrais invertendo as fórmulas para derivadas,
como já fizemos em capítulos anteriores. Depois de pronta essa tabela. ten ·
tarcmos comparar as integrais que encontrarmos com um dos tipos·padrão.
Isso normalmente envolve um pouco de manipulação algébrica, bem como o
uso da regra da substituição.
Relembre a regra da substituição, vista na Seção 5.5:

f f(g(x))g'(.~) <L~ f • f(u) du

onde 11 = g(x) é uma função dcrivãvcl cuja imagem é um intervalo I, cf é con-


tínua em l. O sucesso na integração muitas ve-zes depende da habilidade de
identificar qual parte do integrando de\'e ser chamada de 1-4, para que também
tenhamos du, de modo que uma fórmula conhecida possa ser aplicada. Isso
significa que o primeiro requisito para saber integrar bcn1 é o domínio com-
pleto das fórmulas de derivação.
A Tabela 8.1 mostr-a as formas básicas das integra_is que cealculamos até ago·
r.l. Nesta seção, apresentaremos vários métodos algébricos ou de substituição
Capítulo 8 Técnicas de integração 547

que nos ajudarão a usar essa tabela. Há outra mais extensa no final deste livro;
seu uso será discutido na Seção 8.6.

TABELAS. I Fónnulas de integração básica

I. fdu=u+ C 13. f cotgudu = In lscn ui +C

• - In lcosec ui + C
2. fkdu = ku + C (qualquer n(unero k)
14. f e" du =e'1 +C
3. f (du + dv) = f du +f dv
15. f a11 tlu = a" +C
lna (a> O, a 'F I)
4. f u"du = -
u•••
- +C (n 'F - 1)
n+ l
16. f senh u t/11 = cosh u + C
t/11 In iui
5. f Ti= +C
17. f cosh u t/11 = senh u + C
6. f sen 11 du = -cos u +c

7. f cosudu = sen11 +C
18. f d11
Va2- , 2 = sen
(li)a + C
-1 -

19. f (/U = l,g - 1 (!!) +c


8. f sec' u du = tg u + C a2 + 11 2 a a

9. f cosec' u du = - cotg u + C
20. f du = lsec-'
uVu2 - a 2 0 a
+C I!!.I
10. f secu tgudu = sec11 +C
21. f
va'dll+ u' = scnh- 1 (!!)
a
+C (a> O)

11. f cosec u cotg 11 du = - cosec u + C 22. f


v 'du- a' = cosh- ' (!!)
u a ,
+C ( 11 > a > O)

12. f lg u du = - In lcos ui +C
= In isecul +C

Freqüentemente, precisamos reescrever uma integral para que esta se en-


caixe em uma fórmula·padrão.

EXEMI'LO 1 Rc,,liznndo urna sul,stituiçilo para simplificar


Calcule

f 2.<-9
:-;;=~==:'===d.t
V.r2 - 9x + I
SOLUÇÃO

f Vx 2..t -9
2
- 9x + I
L •
tr
f v'ü -
du
u• r - 9\" .,.
tltl • (l:c - I)) ~l\.
I.

f 11-IP, t/11

(-1/2)+ I
11 l'l!.Jl'llul3 .a d:. ·r;1hcl :~ i< 1
= ( -1/2) + I + C com" • - 1/ 2

= 2u 112 +C
• 2V.r 2 - 9x + I + C
SDQW
548 Cálculo

EXEMPLO 2 Completando o quadmdn


Calcule

SOI.UÇÃO Completamos o quadrado para simplificar o dcnomi ·


nador:
8x- .12 = - (.12 - 8.r) = - (.12 - 8.r + 16 - 16)
= -(.12 - 8.r + 16) + 16 = 16 - (x - 4)2

Então

f dx
V8x- .~ •
f Vl6 - (x- 4)2
dx

m f Vl/2- ri' ciu 1) • 4. , • (\ - J t


tlll d 'C

= sen-
1
( *) + C

= sen- 1 ( ' ~ 4) +C

EXEMPLO 3 E-"<pandindo uma pott•ncia c usando uma identidade


tl'igonomêttica

Calcule
f (secx + ljp-)Z dx

SOLUÇ1\0 Expandimos o integrando c temos


(secx + tgx)2 = sec2 x + 2secxtg x + tg 2x

Os primeiros dois termos do lado direito da equação são conh<.'Cidos;


podemos integrá·Jos imediatamente. Mas e t!( x? Existe uma identidade
que relaciona tff
x a sec2 ,\':
tg2 x + l : sec2 x, tg2 x = scc2 x- L
Substituímos t!f x por scc2 x- Lc obtemos

f (secx + tgx?dr =f (seclx + 2secxtg x + sec 2 .1· - l)dr

= 2f sec2Xtlr + 2f secxtg .ulr- f I dr


= 2tgx + 2 sccx- x +C

EXEMI'l.O 4 Eliminando urna raiz quadrada


Calcule
r·t•VI
Jo + cos4x<lr
Capítulo 8 Técnicas de integração 549

SOLUÇAO Usamos a identidade

0051 0
= I + cos20 ou I + cos20 = 2cos2 11
2
Com Oo 2.<, essa identidade se torna
l + cos4x o 2cos'2.x
Logo.

1"'V1
o
{ "''
+ cos4xdx =lo V2Vcos2 2xdx

{"''
= V2lo jcos 2xl rlr
'"'
Fm i(J, :rr,.J),cCK2t .:tO,
{"''
m V2
.
lo cos 2.r clx emiio ~v-l> l' I C:\)~ l.\'

F\\nnu1a 7 i.l.J r.-.bela 8.1


= Vi [scn 2.•]"1' ,, = l\c." dJt'"" :!J.\'
2 "
= V2 [t-o] = "?

F..XIlMPI.O 5 Rcdu1.indo uma fraçi\o imprópria


Calcule
3x1 - 7x
f 3.< + 2"'

SOLUÇAO O integrando é uma fraçiio imprópria (grau do numera·


3x'-7x l3x+2 dor maior ou igual ao grau do denominador). Para integrá-lo, dividimos
-3x'-2x x-3 primeiro, obtendo um quociente mais um resto que é uma fração própria:
- 9x
3x 2 - 7x 6
+9x+6 3x+2 = x - 3 +3x+2
6
Então,

+ dx = f( x -
f 3x2Jx -7x
2
6) xl
3 + 3x + 2 dr = 2 - 3x + 2ln IJx + 21 + C

Reduzir uma fração imprópria por l_neio de uma divisão longa


(Exemplo 5) nem sempre nos lev;~ a uma expressão que podemos inte·
grar direlamentt. Veremos o que fazer com relação a isso na Seção 8.5.

EXEMPLO 6 Separando urna fração


Calcule

f v'i'"'=?
3x + 2 lL<

SOLUÇÃO Primeiro separamos o integrando para obter

f 3x + 2 IL< • 3
. v'i'"'=?
f v'i'"'=? + f v'i'"'=?
x<Lr 2 dr
550 Cálculo

Na primeira dessas novas integrais, subslituímos

I
U e J - .l..l, (/u ., - 2r d,\' e .r tl.v: • -2 <fu.

3
1 x tlr
• ~e
v I - x2
3
.
I( -1/• r2) d11
vu
e -
3f 11 - l/2 t/11
-
2
3 11 1/2 • ~2
= - - ·- + C, = -3 V I - x + C,
2 1/ 2

A segunda das novas integrais é uma forma-padrão:


2f ~ = 2sen-I - x2
1
x + C2

Combinando esses resultados e renomeando C, + C, como C, temos

f v'i'""'='?2
Jx + <ú· = -3v'i'""'='? + 2sen- 1x + C

O exernpJo final desta seção, a seguir, calcula uma integral importante


usando a técnica algébrica de multiplicar o integrando por uma forma de
1, a fim de trnnsformá·lo em outro que possamos integrar.

EXEMPLO 7 Integral dc y; scrx- multiplicando por uma forma de I


Calcule
f sccxdx
SOLUÇAO
secr + t~tx
f secxdr =
f
-f
(secx)( l) dr =

secl .,. + sec .,· tg .r dx


f secx· sec :r + tgx tlr

=:....::.--'-7=""'->-==-
secx + tgx

= f<lu 11
" 1 ~1> ~(.'(,
ffll -a; (~A'i­
$C"~ X t~ ;c) lL'C
= In j11) + C= lu Jsecx + tg xl + C

Companion Com cossecantes e cotangentes no lugar de secantes e tangentes, o mé-


Websile todo do Exemplo 7 resulta em uma fórmula análoga para a integral da casse-
Uiogr:Úla hish)rica cante (veja o Exercício 95).

George David 6irkhofT TABELA 8.2 As integrais de secante e cossecantc


( 1884-1944)
I. f secudu = In Jsccu + tg ui+ C

2. f cosecudu = - In Jcosecu + cotguJ + C


CapítuloS Técnicas de integração 551

Pro,cdhnento para adequar integrais a fórmulas bãsicas


PROCEDIMENTO EXEMPLO

Fazendo uma substituição 2r - 9 dx ~ .fÉ!_


para simplificar Yx 2 - 9x + I v'ii
Completando o quadrado YSx - x 2 = YJ6 - (x- 4)2

Usando wna identidade (secx + tgx)2 = sec2 x + 2 secxtgx + tg 2 x


trigonométrica = secl x + 2 secxtgx
+ (sec2x - I)
= 2sec2 x + 2sec.rtg ·' - I
Eliminando uma Y,.-l-+_cos_4_x • Y2 cos2 2x • v'2 Icos 2rl
raiz quadrada
Reduzindo uma fração 3x2 - 1x 6
3x+2 =:c- 3 +3X'TI
imprópria
3x + 2 3x + 2
Separando uma fração
Vi""=7 v'~"='? Vi""=7
secx + tgx
Multiplicando por uma forma de I sec •· - sec " · secx+tgx
A- ·

sec2 x + secx tgx


secx + ll!x

Exercícios 8.1
Substituições básicas
2J. f JX+I "' 21. f x<Lr 2~'
Calcule as integrais dos exercícios J- 36 usando uma subs·
tituição para reduzi-las à forma·padrão.
I. f V8x'16.r<lr l. f 3cos.r<Lr
23.
f2v;,<hv
v.;;
2 "'
24. f 211
t0 d0

3. f 3~cosvdv
+I
4. J
Vt + 3son.r
colgJ.ycoscc 2ytfy
z;;. f 9d"
l + 9u 2
26
'
f 4<lr
l+(lr+l)2

_J.'• s,,. +
:'1. l6.rd<
,
2
6.
/. ,, .
rr/1 secl:
tg _ ,/z
27.
!.'" d
.r
Vt - 9..>
28. ..ff.' ~ "'
7
.
f vX (VX d.r
+ tl
8

f X -
d.r
YX
29. f lsds
Vi"'='?
lO
• • xVI-4ln2.r
2,l,·

9. f cotg (3 - 7.r) llr 10. f coscc(r..< - l)<L<


31
·
f 6d.r
.rV25.r 2 - I
32
.
f r~
dr

f corg(3 + ln.r) f dre-x f v.:v=-1


d)'
11 . c•cosec(e• + 1)<10 12.
f X ffX
3~. e~.;. 3~.

f
eZJ'- I

13. f scctdt 14. f .r SCC (.r' - 5) llr 3:;. {" dx


xco< (ln x)
36• ln xd<,
:r+ 4x ln"'x

15. f coscc(s - 7r)tfs


Completando o quadrado
v.;;;
17.
!. · 2t·er flr 18. J."
•I'
(SCil)')e<OSJ",/y Calctdc as integrais dos exercícios 37-42 completando o
quadrado e usando uma substituição para reduzi-las à forma-
evídt
20.
f Vi padrão.
552 Cálculo

~7
· '
j'
1 x2 - 2~ + 2
8dr lR {'
• • }, .r2 - 6x
2d.r
+ 10 62. f I _ C:~SCC.l" de
3?
.
f V-t' dt
+ 4t- 3
<O
·
f V20-
dO
o' Eliminando raízes quadradas
41
.
f dr
(x + 1)Vx 2 +2x
42. f dr
(.r - 2)V .r' - 4x + 3
Calcule as integrais dos exercícios 63- 70 eliminando a raiz.
quadrada.

Identidades trigonométricas
6~. t• ,jr:l---2-co--s-
.r d.r 64.1" VI - coslrd.r

Calcule as integrais dos exercícios 43-46 usando identida-


des trigonométricas e uma substituição para reduzi ~las à for~
65. J.:V I + cos2ttlt 66- l V I + COS /1/t

ma-padrão. b7. 1:VI -coS'-Ot/8 6R. r VI - scn 2 0d8

43. f (scc.r + cotg.rf tlr 44. f (cosec x - tg .r) 2 dr


}.,
10.1°- J•V scc 2

45. f coscc x scn 3x dx


)' - I d)'

46. f (scn3.rcos lr- cos3xscn lr) <tr Integrações diversas


Cakule as integrais dos exercícios 71 - 82 utilizando a téc·
Frações impróprias
,.,.
nica que você achar apropriada.
r·''
Calcule as integrais dos exercícios 47-52 reduzindo a fra-
ção imprópria e usando uma substituição (quando necessário)
7L
!. I•
(cosccx - cotg.r)1d.r 72. Jo (scc x + 4 cosx)1 <Lr

para reduzi-las à forma·padrão. 7.\. f cosO coscc (senO) dO 74. f (1 + t)cotg (x + lnx) <Lr
f~ l tlr f :<~cl.r
47.
x+
J8.
+ I 75. j (coscc x- sccx)(sen.v + cosx) dr
.\ 4\' 2 -
50.
1 ,Íx + 3 tlx
7

f
SI.
f ' .
4t - r + 16t dt •
2
f 20l - 10·' + 10 ,.
76. 3scnh(f + lns}tr
6dy
f
I2 + 4 '· 20-5 ''" 77.
f v';~ I + _v)
78. dx
.r V4.r l - I
Separando frações 79. f 1<Lr
(.r- l)vf.,-' - l r - 48
80. f d'
(lr + l )vf4.r 1 + 4,r
Calcule as integrais dos exercícios 53-56 separando a fra-
ção e usando uma substituição (quando necessário) para redu· 8L j scc 2 ttg (tg t) dt 82. f rl<
.r V3 +.r'
zi-las à forma-padrão.

::~. ! J2?,J.~
I - .r ~
$-1. f "+2,~
2~ d.<
Potências de funções trigonométricas
•1' 1 + ·· 2- S.r
<c;
~••
1 Sén
2
.t l
COS X
(X $6.
1 tfl-
I + 4.<
2df 83. (a) Calcule f cos' 9 d9.
(b) Calcule f cos' 8 d8.
(Dica: cos' 8 = I - sen' 9)

Multiplicando por uma forma de 1 (c} Sem realmente calcular a integral, explique como
Calcule as integrais dos exercícios 57- 62 multiplicando você calcularia f cos• 8 tiO.
por uma fonna de I c usando uma substituição (quando ne· 84 . (a) Cakule/sen' 8d8. (Dica:sen'·B= l-cos1 8.)
cessário) para reduzi-las à forma-padrão.
(b) Calcule f sen' 8 d8.
f j + ~osxd\'
I .
57. I + sen.r d1 58. I (c) Calculc/sen 7 9d8.

S~. f s«:O! tgO dO 60• f coscco 1


+ cotgo'10
(d) Sem rcalmenle calcular a inlcgrnl, explique como
você calcularia f sen" 8 d8.
Capítulo 8 Técnicas de integração 553

85. (a) f
Expresse tg' 8 dO em termos de f tg 8 d8. Depois 92. Comprimento do arco Determine o comprimento da
f
calcule tg' OdO. (Dica: tg' O= sec' O- 1.)
curva y = In (sec x), OS x ,;; rr/4.

(b) Expre"c / tg5 {)dO em termos de f tg' 9 J9. 93. Centróide Encontre o centróide da região limitada pelo
eixo x, pela curva y = sec x e pelas retas x = -rr/4, x = tr/4.
(c) Expresse f tg' 11 dll em termos de f tg' 11 dll.
94. Centróide Encontre o centró-ide da região limitada pelo
(d) Expresse f tg"' ' OdO, onde k é um inteiro positivo,
eil<o x, pela'"''"' y = cosec x e pelas retas.<= rr/6, x ~ Srr/6.
em termos de f tg"-• OdO.
95. A integral de cosec x Repita. a derivação do Exemplo 7
86. (a) Expresse/ cotg' OdOem termos de/cotg8d8. Depois usando co-funções para mostrar que
f
calcule cotg' OdO. (Dim: cotg' O= cosec' 8 - 1.)
(b) Expresse f cotg5 11 dOem termos de/ cotg' OdO.
f cosccxdr • - In Jcosecx + cotgxl + C

f
(c) Expresse cotg' 8 dO em termos de f cotg' 8 dO. 96. Usando d iferentes substituiç-ões Mostre que a integral
(d) Expresse f cotg"''' OdO, onde k é um inteiro positivo,
em termos de f cotg""' OdO.
f ((x'- l )(x + 1Wll1 .tr

pode ser calculada com qualquer uma das substituições a


seguir.
Teoria e exemplos
(a) 11 = l(x+ I)
87. Área Ache a área da região limitada superiormente por
(b) 11 = ((,t- l)(x + I))' para k = L 1/2, 1/3,-1/3,-213 c
y ;:: 2 cos :<c inferiorn'lcnte por y = se< x, -rr/4 :S .-.: S n/4.
-I
88. Área Determine a área da região "triangular" limitada (é) , = tg- l ,\"
superior c inferiormente pelas curvas y = cosec x e y ;; s.en (dl , = ts-•w (t) " = tg- 1 ((.r - 1)/ 2)
x, n/6 S x S rr/2, e à esquerda pela reta x ~ rr/6. (0 li = cos... .r
89. Volume Determine o volume do sólido gerado pela ro-
Qual é o valor da integral? (f"onle: •rroblems and solu-
tação da região do Exercício 87 em torno do eixo x.
Oons~ College Matlrematics/ournaJJ v. 21, n. 5, nov. 1990~ p.
90. Volume Determine o volume do sólido gerado pela ro- 425-426.)
tação da região do Exercício 88 em torno do eixo x.
91 . Comprimento do arco Determine o comprimento da
curva y = In (cos x), O S x,;; rr/3.

Integração por partes


Uma vez que

é evidente que

f x·xtlr 'F f f xtlr· xdr

Em outras pala,•ras, a integral de um produto geralmente mio é o produto


das integrais individuais:
554 Cálculo

f J(x)g(x) tlt não é igual a f f(x) tlx ·f g(x) tlt

1ntegr:u;5o por partes é \llll:l tkni~ p(lr<l simplificar integr~is d<l forma

f f(.< )g(.r) dt

na qual f pode ser derivada repetidamente e g pode ser íntegrada repetida·


mente sem dificuldade. A integral

f xe' dr

é uma integral de-sse tipo porque j(x) = x pode ser derivada duas vezes para se
tornar zero e g(x) =e' pode ser integrada repetidamente sem dificuldade. A
integração por partes também se aplica a integrais como

f e'senxtlx

na qual cada parte do integrando aparece novamente após repetidas deriva·


ções ou integrações.
Nesta seção, descreveremos a integração por partes e mostraremos como
aplial·la.

Regra do produto na forma de integral


Sef e g são funções deriváveis de x, a regra do produto diz que

r~ (f(x)g(x)] = f'(x)g(x) + J(x)g'(x}


Em termos de integrais indefinídas, essa equação se torna

f 1,, [J(x)g(x)] tlt = f [J'(x)g(x) + J(.t )g'(x)] d.r


ou

f,~ [f(x)g(x)Jtlr =f J'(.t )g(.r)tlr +f f(.v)g'(x)<L<

Rcarranjando os termos dessa última equação, temos

f f(x)g' (x) tlt = f 1~ (/(x)g(x}) tlx - f f'(x)g('') tlx

o que leva à fórmula da integr.s.ção por partes.

f f(x)g'(.t) tlt a /(.t)g(x) - f f'(x)g(.<) dx (1)

Às vezes é mais fácil lembrar a fórmula se a escrevemos na forma difercn·


cial. Sejam 11 = /(x) e v = g(x). Então, d11 = f'(x) dx c dv = g'(x) dx. Usando a
regra da substituição, a fórmula da integração por partes se torna

Fórmula da integraç~o por l)arres

f utlv = uv- f vdu (2)


Capítulo 8 Técnicas de integração 555

Essa fórmula expressa uma integral, f u dv. em termos de uma segunda in·
tegral,/ vdu. Com uma escolha apropriada deu e v, a segunda integ-ral deve ser
mais fácil de calcular que • primeira. Quando usamos essa fórmula, várias esco-
lhas de "c tiv tornam-se disponivcis. Os exemplos a seguir ilustram cal técnica.

FXEMI'LO l t:san<lo a inccgração por parccs


Determine

f xcosxdx

SOLUÇÃO Usamos a fórmula Juáv = uv - J vdu com


t~ = x, dv = cosxdx
A t)rimitivJ ma1.,
du = dx v= senx sl mpks li< cas .\',
Então.

f xcosxdt = xscnx- f senxtix = x scnx + cosx +C

Vamos examinar as opções dispoaivcis para u e d v no Exemplo I.

EXEMPLO 2 Exemplo I revisto


Para apllca.r a integração por parccs a

fxcos xtlx = f u<IIJ

temos quatro opções possíveis:


l. u = l c dv =xcosxdx 2. u =x c dv = cos x dx
3. U =X COSX c dv= dx 4. u =cosx c dv=xdx
Varnos cxami_nru· uma por uma.
A primeira opção não serve, porque ainda não sabemos como inte-
grar dv = x cos x dx para obter v.
A opção 2 funciona bem) como vimos no Exemplo I.
A opção 3 leva a
tl :: .\" OOS.\"1 tlv ~ dr
du = (cos x - .l: sen x) dt·, v = x

c à nova integral
f vdu = f<xcosx- x 2 senx) <Lr

Essa integral é pior que a inicial.


A opção 4 1eva a
ti - cosx. du • ..-&r
du = - scnx tl\·, v= x 2/2
c à nova i ntcgral

f vdu o- f·;' senxti<

Essa integral tarnbéln é pior que a inkial.


556 Cálculo

O objetivo da integração por partes é passar de urna integral/u du que


não sabemos corno calcular para uma integral f v duque podemos calcular.
Geralmente. escolhemos dv primeiro sendo a parte do integrando, incluindo
dx, que sabemos lmegrar de maneira Imediata; ué a parte restante. Lembre~ se
de que a integração por partes nem sempre funciona.

EXEMPLO 3 lnocgrol do logaritmo notunu

Calcule

f 1nxdx

SOLUÇÃO Umá vC't que /In xdx pode ser escrita como /ln x • 1 dx,
usamos a fórmula /u dv = uv- v du com f
u =In x ~1mpliliCilda 'lu.mdu dtnv;ad;~ dv = dx l.lúl d~ int~·sJ..r-
I
du= -d.'(,
X
Então

f lnxtlr = xlnx- f x·}tlt = xlnx- f <lr = xlox- x +C

Às vezes, precisamos utilizar a integração por partes mais de uma vez.

EXEMPLO 4 U;o repetido da intcgr;oção por partes


Calcule

f 2
x e' d.<

SOLUÇÃO Com" = x', du =e" d.<, d11 = 2x dx e u =e", temos

.f x'e' <l< = .r 2e' - 2 f xe·' <lt

A nova integral c menos complicada que a original porque o expoente


em x é reduzido em um. Para calcular a integral à dire-ita. integramos por
partes novamente com u = x, du = tfl dx. Então, drt = dx. v= lf e

f .re ... cll: =.Te,. -f e ... <b: = .wr- e'"+ C

logo.

f x 2e'' dx = x 1e·' - 2 f xe' dr

= x 2ex - 2xe·~~" + 2e.x + C

A técnica do Exemplo 4 funciona para qualquer integral/ K'e" dx na qual


u seja um inteiro positivo. porque derivar.~ acabará nos levando a zero e inte-
grar tf é fácil. Falaremos mais sobre isso nesta mesma seç..-lo quando tratarmos
de integração tabular.
CapítuloS Técnicas de integração 557

Integrais como a do próximo exemplo ocorrem em engenharia elétrica.


Suas resoluções exigem duas integrações por part~s~ seguidas pela resolução
de wna equação envolvendo a integral desconhecida.

EXEMPLO 5 J~azcndo reaparecer a integs-al desconhecida

Calcule
Je' cosxdx
SOLUÇÃO Sejam u ;;; tf c dv a: cos X d.'(, Então. du a r dx, v : scn ...: e

f e' eosxdx = e' senx- f e' scnxdx

A segunda integral é como a primeira, exceto pelo r.11o de que tem scn x
no lugar de cos x. Para calculá~la. usamos a integração por partes com
ll = tf. dv = scn x <lx. v = -cosx, du =et dx
Então

.f e' cos.r<Lr = e·' scnx - (-e' cos.r - f( -cosx)(e·' lL<))

= e' senx + e' cosx - f e' cosxdt

A integral desconhecida agora aparece dos dois lados da equação. Adi·


cionando a integral aos dois lados. temos

2f e xcos:rtb· = e·"scnx + e·"cosx + C1

Dividindo por 2 c renomeando a constante da integração, temos


+ e :c cosx +C
f x d· _
e cosx ·' -
e·'( senx
2

Calculando por partes integrais definidas


A fórmula da integração por partes da Equação (I) pode ser combinada
com a Parte 2 do teorema fundamenta) e, assim, permitir o cálculo por partes
de integrais definidas. Supondo que tanto f' quanto g' sejam continuas ao lon-
go do intervalo (a, bJ, a Parte 2 do teorema fundamental nos leva a

f(,rmula da integração por pari c.~ para integrai~ definidas

t /(x)g'(.<) dt ; /(x)g(x) J:; - t f'(x)g(x) dr (3)

Ao aplicar a Equação (3), normalmente usamos a notação de u e v da


Equação (2), pois ela é mais fácil de lembrar. Segue-se um exemplo.

liX!lMI'LO 6 encontrando a área


Encontre a área da região delimitada pela curva y = xe~x- e pelo ei.xo x
dcx = Oax = 4.
558 Cálculo

SOLUÇÃO A região está sombreada na Figura 8.1 . Sua área e

1'.,e-•dr
Seja u = x. du = e-x <IX, u = -e-$ e du = dx. Então.

l'xe-'tlr ~ -xe-•]~ -1' (-e-')tl<

= [-4e-• - (O)]+ 1'e-•dr


~ - 4e-.l - e-x]~
FIGURA 8. 1 A região do Exemplo 6. = - 4e_, - e-4 - ( -e0) = I - 5e- 4 "' 0,9 1

Integração tabular
f
Vimos que integrais da forma j(.r)g(x) dx, nas quaisf pode ser derivada re·
petidamcntc até se tornar zero cg pode ser integrada repetidamente sem dificul·
dade, são candidatas naturais à integração por partes. Entretanto, quando são
necessárias muitas repetições, os cálculos podem ser trabalhosos. Ern situaçõts
como essas, existe urn rncio de organizar os cálculos que po·upa muito trabalho.
Trnta·se da chamada integração tabular, ilustrada nos exemplos a seguir.

EXEMPLO 7 U.ando a Integração t<tbular


Calcule

SOLUÇÃO Comf(x) =x' eg(x) =e', relacionamos:


j(x) e suas derivadas g(x) e su as integrais

x'
2t
2
---
----
(+)
(-)
(+)
e'
.... e•
... e'
o e'
Combinamos os produtos das funções ligadas por setas de acordo com
os sinais de operação acima ddas e obtemos

f x 2e' dx = x 2e' - 2xe' + 2e' + C

Compare esse resultado com o do Exemplo 4.

EXEMJ>tO 8 U;.1ndo integração l,tbul~r


Calcule
f x 3 senxdx
snow
Capítulo 8 Técnicas de integração 559

SOlUÇAO Com j(x) = x' e g(x) =sen x, relacionamos

f(x) e suas derivadas g(x) e suas integrais

x 3 ...___ (+) senx


3x 2 - - - - - - - - ( ; - _ - : ) - - -- ..,_ -cosx
.....
6x ---- (+) -scnx
6 (-) cosx
o senx

Novamente, combinamos os produtos dns funções ligadas por setas de


acordo com o sinal de opcraç3o acima delas c obtemos

fx 3 senxdx = - x 3 cosx + 3x2 sen.< + 6:ccosx - 6senx +C

Os exercícios adicionais no final deste capítulo mostram como a integra-


ção tabular pode ser usada quando nem a função f nem a g podem ser deri-
vadas repetidamente até se tornarem zero.

Resumo
Quando a substituição não funciona, tente a integração por partes. Co·
mece com urna integral na qual o integrando seja o produto de duas funções,

f f(x)g(.r)tL<

(Umbrc-se de que g pode ser a função constante I, como visto no Exemplo 3.)
faça que ela coincida com uma integral da fomta

f udv

escolhendo dv como parte do integrando, incluindo dx e possivelmente j(x)


ou g(x). Lembre-se de que vocé deve ser capaz de integrar de maneira ime-
diata du para obter o lado direito da fórmula.

J tttlv := uv- f ud11

Se a nova integral for mais complicada que a original, tente outra opção
para u e dv.

EXF.JIIPLO 9 Uma fórmula de r<duçáo


Obtenha uma fórmula de "redução" que expresse a íntegra!

f cos"xtlr

em termos de uma integral de uma potência mais baixa de cos x.

SOLUÇÃO Podemos pensar em coS' x como cos"" 1 x · cos x. Então,


consideramos
snow
560 Cálculo

u = cos"- 1 x c dv = cosxd\·

de modo que

du = (11 - l)cos"- 2 x(-scnxdt) c v= scnx

Portanto,

f cos• x d< = cos"- 1x sen x + (11 - 1) f sen 2 x cos"- 2 x dt

= cos"- 1xsenx + (n- I) f (I- cos2x) cos"- 2 x<L<

= cos•- 1 x sen .< + (n - I) f cos•->x dx - (11 - I) f cos• x <L<

Se acrescentamos

(n - I )/ cos• x dt

a ambos os lados dessa equação. obtemos

n.f cos"xd< = cos"- 1 xsenx+ (11- I) f cos"- 2 xdt

Dividimos, então, por "• c o resultado final será

f . l _cosn-lxsenx
CO$ Xt.X - li + ~f
ll COS
n-l·d·
.\ .\

Essa fórmula muito útil nos permite reduzir em 2 o expoente de cos x.


Quando n é urn inteiro positivo, podemos aplicá~la repetidamente até que
a integral restante seja

f cosxd< = senx +C ou f cos0 .uL< = j d.r = x +C

EXEMPLO lO Us;Jndo uma fórmula de redução


Calcule

f cos3.,· dr

SOl.UÇÃO A partir do resultado do Exemplo 9,

f 3 • dx -_
CO$ .\ '
cos· ,,. senx
3 f
+ l3 COS.\
.ll<

= 3I cos·, .<senx + 32 senx + C


snow
Capítulo 8 Técnicas de integração 561

Exercícios 8.2
Integração por partes (d) Qual padrão você reconhece aqui? Qual é a áreõl entre
a curva e o eixo x para mr :S x S (n + l)n. sendo" um
Calcule as integrais dos cxerdcios 1- 24. número arbitrário inteiro não negativo? Justifique sua
I. J.r sen~tb: 2. j Ocos -rrOdO resposta.
)'

3.J t 1 cos tdt ~- f x 2 Stn .Hlt· 10 y= .\' S\~n .t

s.J 2
xln.r<b: 6. 1<-·" ) In x (lt·
7.f I~Y tg- 1.1• 8. f scn-• y úy
o
-5

9.J :c scc2 .r dx IO. f 4.r s.ec2 lr d.\·


32. Determinando a área Determine a área da região dcli·
mitada pela curva y = x cos x e- pelo eixo x. (veja a figura a

11.f :r e~ 3 d'l 11. f p~e-p dp


seguir) para
(a) n/2 !'. x 0(, 3rr/2 (b) 3rr/2 !'. x S Sn/2
13.f (.< 2
- S.vk' dx 14. f 2
(r + r + l )e'dr (c) 5Tr/ 2 S x S 7n/2

f x e~
I S. 5 clr 16. f t e~'
2 dt
(d) Qual padrão você reconhece aqui? Qual é aáreõl entre
a curva c o eixo x, para

17. f~ o' scn 20 dQ 18. ~


f' x 3 co:; 2x dx
e"; )r. I s .v s (2-•; I )1r
sendo n um n(•mcro arbitrário inteiro positivo? Justi-
19. 1 '
,..;;
t scc-• ,dt 20. !.'''li 2.v scn-• (.<') dr fique sua resposta.
)'

21 . f eflsenOt/0 22. f e"'cosy dy


lO

l J. f e2"' cos 3.r dr 24. f e-.b scn lr tlv:

Substituição e integração por partes - 10

Calcule as integrois dos cxercfcios 25- 30 usando uma 33. Detcr:minando o volume D-etermine o volume do só-
substituição antes da integração por partes. lido gerado pela rotação. ern torno da reta x = In 2. da

25. f ev;:;:;9 ds 26. J.' .,~dx


região do primeiro quadrante delimitada pelos eixos coor-
denados, pda curva y = e" e pela reta x = In 2.

21.
J.
•IJ
,\: lg1 .Hl\" 28. f In (.r + .r2 ) d.v
34. Determinando o volume Deterrnine o volume do sóli-
do gerado pela rotação da região do primeiro quadrante

29. f scn (ln.r) d.r 30. f :(lnz)' dz


delimitada pelos eixos coordenados, pela curva y =e~x e
pela reta x = I
(a} em torno do eixo y. (b) em torno da reta x = I.
Teoria e exemplos 35. Determinando o volume Determine o volume
31 . Determinando a área Determine a área da região deli· do sólido gerado pela rotação da região do primeiro
mitada pela curva y = x sen x e pelo eixox (veja a figura a quadrante delimitada peloo eixos coordenados e pela
segui r) para curva y = cos xO S x :s rr/2
(a) O,; x s" (c) 2n,; x S 3n (a) em tomo do eixo y. (b ) em torno da reta x = n/2.
snow
562 Cálculo

36. Determinando o volume Determine o volume do sóli· A idéia é pegar a parte mais complicada da integral -
do gerado pela rotação da região delimitada pelo eixo x e nesse caso,/'(.<) - e simplificá-la primeiro. Para a integral
pela curva y =.r. sen x. Os: x s tr, em torno de In x. temos
(a) do eixo y.
(Veja o grá.fico do Exercício 31.)
(b) da reta.< = "·
j In ·"(L\· = f ycJ' dy
,l ·

dx •
In .t,
t> 't~'
.t ,. •

37. Valor médio Uma força de retardamento, simbolizada pelo = yer - eJ' + C
amortecedor na figura, diminui o mo,~mento da massa presa = x lll.r- x +C
à mola. de maneira que a posição da m<lS$él no instante 1 é
Para a integral de cos· 1 x, temos
y = 2e' ' cosI, I 2<0.
Encontre o valor médío de y no intervalo O:s 1 :s 211. f cos"' 1 xd"< = xcos- • x- j cosy~v y • cO> ~ ~

y
= :rcos-1 x- scny +C
= ."<COS- 1 x- sen (eos- 1.r} +C
Nos exercícjos 43- 46. use a fórmula

o Jr '<.•> <L• = .•r'<.•> - .f J<Y> dy y i 1


(<) (4)

para calcular as integrais. E.'presse suas respo$1as em termos de x.


-l3. j sen"" 1
x <ir -&4. j tg- x d.r1

45. f 1
sec- Xlb: 46• . r I08,1.'1'(Í\'

Outra maneira de integrar f''(x) (quando f'' é íntegrável,


evidentemente) é usar a integração por parles com 11 =J'1(x) e
38. Valor médio Em um sistema massa~mola·amortecedor dv = dx para reescrever a integral de como r·
como o do Exercício 37.a posição da massa no instante t é
y = 4e' '(sen 1 - cos 1), 1 <: O.
f r '<x)d.r 1
= xj" (x)- J.·(~r'(.r) )a.r (~)
Determine o valor médio de y no intervalo OS: t S 2n. Os exercícios 47 e 48 comparam os resultados obtidos com
as equações (4) c (5).
Fórmulas de redução 47. As equações (4) c (5) dão diferentes fórmulas para a inte·
Nos exercícios 39-42, use a integração por partes para cs· gral de cos· ' x:
tabelecer afórnw/a de redução.
(a) f cos- 1.\'tlr e: xcos- 1x- sen(c()S-1 x) +C l·quaç:l~•t4J
39. J·'"" cos .t<l'( = x"'scn x - "j .r''- scnxdr
1

(b) f CO'S-
1
xdx = xcos""' 1.r - ~+C L\lu:)("J11(S)

.ao. J x"scnx<l.r= - .e •cosx+njxlf .. c:os,\·tlr 1


Existe a possibilidade de as duas íntegrnções estarem cor·

.u . f x"e.cr cl'l: r"e"'"'


= ~- "f
ã x""" el(],'<l.'t:,
1
li#- O
retas? Explique.

48. As equações (4) e (5) levam a diferentes fórmulas para a


integral de tg·• x:
<•> f tg- 1.HL< = .< 1g _, .< - In soe (lg- 1x) + C l'q.,ç)oi41
Integrando inversas de funções
A integração por partes leva a uma regra paro integrar in~
(b) f rg-• X<Í\' • .r lg- 1 x- ln~2 +C l:qu:u;-51)(5}

versas que geralmente dá bons resultados: Existe a possibilidade de as duas integrações estarem CO!'·
f f" =f 1
(x)d.r yf'(y)<(V ,. r f'(y)
Úl -
'<•>· ' 1(1'
J<.•> retas? Explique.
Nos exercícios 49 e 50, calcule as integra.iscom (a) a Equa·
- yf(y) - ff(y) dy
ll\h.'8J~!to por p._ln«.'íi.~o.ilm
u • ·''· •h• • /'(r) dy
ção ( 4) e (b) a Equação (5). Nos dois casos, verifique sua res·
posta, derivando~a em relação a.'<.
1
= xj" (.r) - f f(y) </y 49. j scnh- 1
xdt 50. J agh- 1 xd'<
snow
Capítulo 8 Técnicas de integração 563

Integração de funções racionais por frações parciais


r-.s-ta seção mostrará como expressar uma função racional (um quociente
de polinômios) como uma soma de frações mais si.rnples, as chamadas frações
pnrâllis, fáceis de integrar. Por cxemrlo, a função racional (Sx- 3)/(x'- 2x- 3)
pode ser reescrita como
5.< - 3 = _ 2_ + _ 3_
_.2 - 2r - 3 x + I X - 3

o que rode ser verificado algebricamente colocando-se as frações do lado


direito em cima de um denominador comum (x + 1)(x - 3). A habmdade
de escrever funções racionais como uma soma desse tipo também é útil em
outros contextos (por exemplo, quando se usam c-ertos métodos de transfor·
mação para resolver equações diferenciais). Para integrar a função racional
(Sx - 3)/(x + 1)(x - 3) do lado esquerdo de nossa expressão anterior, simples·
mente somamos as integrais das frações do lado di.reito:

f (x ;~)C/- 3)<l< e !x ~ I <i< + f.,~ 3d<


= 2 In lx + 11 + 3 In lx - 31 + C
O método de reescrever funções racionais como uma soma de frações
mais simple-s chan1a-se método dt frações pardais. No caso do exemplo
acima. o método consiste em achar constantes A e 8 tais que
Sx - 3 _ _ A_ + _ B_
(1)
.<l - 2< - 3 - X + I X - 3

(Faça de conta, por um momento, que não sabemos que a resposta certa
é A= 2 c B = 3.) Chamamos as frações A/(x + I) e Bl(x - 3) de frações par·
da_is porque seus denornilladorcs são apenas parte do denominador origi·
nal x' - 2x - 3. Chamamos 11 c B de coeficientes indeterminados até que
tenhamos encontrado valores apropriados para el es.
Para encontrar A e 8, primeiro e.liminarnos todas as frações da FÃJuação
( 1), obtendo
Sx- 3 = A(x- 3) + 8(x + I) = (A + 8)x- 3A +8
Isso será uma identidade em x se c somente se os coeficientes de potên-
.;ias iguais de x. Jl OS dois lados. também forem igui\is;
A+ 8 = 5 - 3A + 8 = - 3
Resolvendo essas equações simultaneamente, obtemos A = 2 e 8 = 3.

Descrição geral do método


O sucesso ao escrever uma função racionnljlx)/g(x) como a soma de fra·
ções parciais depende de duas coisas:
Ogmu de f(.<) deue ser menor que IJ grau de g(.<). Ou seja, a fração deve
ser própria. Se não for, dividajlx) por g(x) e trabalhe com o resto. Veja
o E."mplo 3 desta seção.
Devemos conhecer os fatores de g(x). Na teoria, qualquer polinômio
c.om coeficientes reais pode ser escrito como um produto de fatores
564 Cálculo

reais lineares e fatores reais quadráticos. Na prática. pode ser dif'icil


encontrar esses fatores.
Veja corno achamos as frações parciais de urna fração própria j(x)lg(.<)
quando os fatores de g são conhecidos.

Método de frações parciais (f(x)/g(x) 1•rópria)


l. Seja x- r um fator linear de g(x). Suponha que (x - r)m seja a maior
potência de x - r que divide g(x). Então, associe a esse fator a soma
de m frações parciais:

-At- + A2 A.,
+ ... + .,.....:""-.,:=
x - r (x _ r)2 (x - r )"'

Faça isso para cada fator linear distinto de g(x).


2.Sejaxl + px + q um fator quadrático deg(x). Suponha que (xl + px +
q)" seja a maior potência desse fator que divide g(x). Então, atribua a
esse fator a soma de 11 frações parciais:
-i'-8.:.1x_ +_;C.:.'- + 82x + C2 + . . +..,.
___,,..
8::.•·-' _+-C
'-""-
x2 + px + q (.<2 + px + q)2 (x2 + px + q)"

Faça isso para cada futor quadrático distinto de g(x) que não pode ser
decomposto como produto de fatores lineares com coeficientes reais.
3. Iguale a fração original Jtx)lg(x) à soma de todas ess.1S frações par·
ciais. Elimine as frações da equação re-sultante e o.:g;anize os termos
em potências decrescentes de x.
4.1guale os coeficientes das potências correspondentes de x e resolvn
o sistema de equações obtido desse modo para encontrar os coefi-
cientes indeterminados.

t:XEMPLO I l'ator<s lineares distintos


Calcule
.x 2 + 4x + I
f d
(x - I )(x + I )(x + 3) ·
r

usando frações parciais.


SOI.UÇÃO A decomposição em frações parciais assume a forma
x 2 + 4x + I = _ A_ + _ n_ + _s_
(x - l )(x + l)(x + 3) X- I X + I X+ 3

Para determinar os valores dos coeficientes indctenninados A, 8 e C,


eliminamos as frações c obtemos
x2 +4.r + I =A(x + 1 Kr + 3) + B~< - I)(x + 3) + C(x - l)(x + I)
= (A + 8 + C}r2 + (4A + 28)x + (3A - 38 - C)
Os polinõmios nos dois lados da equação anterior são idênticos, por
isso igua1amos os coeficientes de potências iguais de x~ obtendo
snow
Capítulo 8 Técnicas de integração 565

Coeficiente de x 2: A + 8 +C= t
Coeficiente de x 1: 4A + 28 =4
Coeficiente de x 0: 3A - 3B - C • I
Existem muitas maneiras de determinar as variáveis desconhec.idas A, B
e C ern um sistema de equações lineares como esse, incluindo a eliminação
de variáveis ou o uso de uma calculadora ou computador. Seja qual for o
método usado, a solução será A ~ 3/4, 8 ~ l/2 e C ~ -l/4. Teremos, então

f ,,_.2 + 4.< + I
(.< - l )(.r + I)(.< + 3)
li< =
.
f [l _l_
4X - I
+l _ l_ - l _ l_ ],t<
2 X+ I 4X +3

3 I I
= i ln~-li +IIn~+ll-iln~+3I+K

onde K é a constante arbitrária de integração (para evitar confusão com o


coeficiente indeterminado, que chamamos de C).

EXF.JIII'LO 2 l:m fator linear repetido


Calcule

f 6.Y + 7
(x + 2)2 tlr

SOI.UÇAO Primeiro, expressamos o integrando como uma soma de


frações pardais com coeficientes indeterminados.
6x + 7 = _ A_ + 8
(x+ 2) 2 x + 2 (x + 2)2
6x + 7 = A(x + 2) + 8
= A.Y + (2A + 8)
Igualando os coeficiente-S das frações correspondentes de x, temos
A~6 e 2A + B~ 12+8=7 ou A=6 c 8=-5
Então,

f 6x++2)27 • =f (-6
(x
dt - 5 )ll\'
+ 2 (..: + 2)2 x

= 6 f x ~< 2 - f
5 (x + 2)- 2 dt

= 6 ln l.r + 21 + S(.Y + 2)- 1 + C

EXEMPlO 3 lnlegrando uma fração imprópria


Calcule
3 2
f 2r - 4x - x -
x 2 - 2x- 3
J. dx

SOI.UÇAO Primeiro dividimos o numerador pelo denon>inador


para obter um polinômio mais uma fração própria.
566 Cálculo

2x'-4x'-x-3 lx'-Zx-3
-2x'- 4x'- 6x 2x
Sx- 3

Cntão esc-revemos a fração imprópria como um polinômio mais uma


froção própria.
2r 3 - 4.< 2 - X -
2,+
3 Sx-3
x2 - 2r- 3 ,,· 2 -
2r- 3
Já descobrimos a decomposição em frações parciais da fração da
direita no exemplo de abertura, portanto

f 2,3-4,,2-x-3
'
r - b - 3
llr a
f 2xllr +
f '
Sx-3
r - b - 3
llr

= f 2r tlx + f- 2
x+-tL\:
l + f- 3
x -- 3 tl.r
=.l
2 +2 1n lx+ li +31 nlx-31 +C
Um polinômio quadrático é irredutível se não pode ser escrito como
o produto de dois fatores Hneares com coeficientes reais.

EXEMPLO 4 Integrando com um fator quatlr.itico lrrcdutivel no


denominador
Calcule

f- -;:--_,b:::.,_+:.....:.
(x
2
+
4-.
l)(x- 1)
2 tl.r

usando frações parciais.


SOLUÇÃO O denominador tem um fator quadrático irrcdutivel,
assim como um f.1tor linear repetido, então escrevemos

(2)

Eliminando as frações da equação, temos


-2x + 4 = (Ax + B)(x- 1)2 + C(x- 1)(.~ +I)+ D(.i + I)

= (A + C)>3 + ( -2A + 8 - C+ D),,2

+ (A - 28 + C~r + (8 - C + 0)

Igualando os coeficicnte,s semelhantes, temos


Coeficientes de x': O= A + C
Coeficientes de r: O= - 2A + 8 - C + D
Coeficientes de x': -2 = A- 28 +C
Coeficientes de x": 4=8-C+D
Resolvemos essas equações simultaneamente para encontrar os valo~
resdcA, B.CeD:
-4 = -2A, A= 2 Suh1r.arn.1 ~lllilrlit t-qu~çiu do1 \~'g\lnd;~.

C= - A = - 2 IJ.t l'rim~:ira <'iu~çlo.


snow
Capítulo 8 Técnicas de integração 567

8=1
0=4-B+C=I
Substituímos esses valores na Equação (2), obtendo
-2< +4 = kti - _ 2_ + .,..-.!..-:-;-
~·' + 1)(.< - I )2 2
.t + I x - I (.r - I)'
Por tirn, usando a decomposição anterior, pt~dcmos: integrar:

)d<
f -2x+4
(..' + 1)(x- l )l .
d•· = /(2<+ 1 _ _ 2_+
.f l + I X- I
I
(x- l)l

=j(_k_+_1 ___2_+ 1 )dt


..' + I x2 + I X - I (x - 1)2 '
= ln (.t2 +I ) + tg- 1 x- 21n lx- ti- x~ 1
+C

F.XF.Ml'I.O 5 Um fator quadrático irredutível rcpeli<1o


Calcule

f .<(x/~ 1)2
SOLUÇÃO A decomposiçi\o em frações parciais tem a seguinte forma:
-:--:-"- ,., = á. + 8x + C + Ox + E
x(.t 2 + 1) 2 x x2 + I (x 2 + lf
Multiplicando por x(x' + 1)1, temos
I = A(.<' + I ) 2 + (8.1· + C}.t{,.' + I ) + (0 .< + E)x

= A(x' + 2<' + I) + B(x' + .\2 ) + C(x3 + .<) + D.<' +Ex


= (A + B)x' + Ct3 + (2A + 8 + 0 ),12 + (C + E~t + A
Se igualamos os coeficientes, obtemos o sisttema
A + B = O, C c O. c + E G O, A=I
Resolvendo es.se sistema. temos A = I, 8 = -I, C = O, D = -I e E = O.
Logo,

, •.,J +I.
tlu • 1\',ú

= In lxl - t In lu I + i" + K
=1n lxl-lln(x2 +1) + 1 +K
2 2(x2 +1)

= I o_ ~ lxl + (, I + K..
v.r2 +1 2.,- +1)
snow
568 Cálculo

Compaoion O método de Heaviside


Website
Quando o grau do polinômio j(x) é menor que o grau ·de g(x) e
lliografid hislúrka
g(x) = (x- r 1)(x - r ,) (x- r,)
Ollvcr i'lca"isidc é um produto de n fatores lineares distintos, existe um meio rápido dcdccom·
(1850· 1925)
porj(x)lg(x) em frações parciais.

EXEM 1'1.0 6 Usnndo o método de Hea\'isidc


Encontre A, B e C na decomposição de frações parciais
x2 + I = _ A_ + _ B_ + ....2__ (3)
(x - l)(x - 2)(x - 3) X- I X - 2 X - 3

SOJ.UÇÃO Se multiplicamos os dois lados da Equação (3) por (x- I)


para obter
•2
·•
+1 = A + B(x - 1) + =C(.~"---:;'-!.
- 1)
(x - 2)(x - 3) x - 2 .< - 3

e estabelecemos x = 1, a equação re-sultante fornece o \"alor de A:


(l )' + 1
( 1 - 2)( 1 - 3) = A + O + O.
A = l

logo, o valor de A é o número que ter,amos obtido se tivéssemos


ocultado o fator (x - 1) no denominador da fração original

··' + 1 (4)
~T - l)(x - 2)(x - 3)
e calculado o restante em x = J:
( 1)' + 1 2
A = = .,...-,..;:,..-=
I (x- I) I ( I - 2}( 1 - 3) (- 1)(-2)
o
Oculto

De manejra similar. encontramos o valor de 8 na. Equação (3) ocuJ..


tando o fator (x- 2) na Equação (4) c calculando o restante em x = 2:
(2)2 + 1 5
8 5
= (2- ll l (x - 2) I (2- 3) (1)(- 1) =-
r
Oçuho

Por fim, C é determinado ocultando (x - 3) na Equação (4) e calcu·


lando o restante em x = 3:

(3)2 + I 10
C=~
(3----:-
1 }(~3"-'-_-2"7),=1,=.-=3l=;l = (2 )( I ) = 5
r
o..·ulu•
Capítulo 8 Técnicas de integração 569

Método de Heavisidc
I . Bscrev11 o quociente com g(x) fatomdo:
f(x) f(x)
-=
g(x) (x - ro)(x - 1~) · · · (x - r,)
2. Oculte os fatores (x - r 1) de g(x), um de cada .vez, substituindo a cada
vez todos os x não ocultos por r1• Isso dá um número A1 para cada
raiz r;:.

A - /(r.)
• - (r. - r 1)(r. - ~)···(r. - r.- 1)
3. Escreva a decomposiftiO em fmçJJes parciais de /(x)lg(x) como
j(x) A1 At An
- = + + · · · + ~:.:!!..."7
g(x) (x - rol (r - rz) (x - r.)

EXEMPLO 7 Integrando com o método de Hcavisidc


Calcule

f .t· 3
x+4
+ 3x 2 - !Ox

SOLUÇAO O grau de /(x) =x + 4 é menor que o grau de g(x) =x' +


3:<'- IOx e, com g(x) fatorada,
x + 4 • -;-'x'-::-:+74"-:-~
x 3 + 3x2- JOx x(x 2)(x + 5)
As raí1.cs deg(x) são r1 = 0, r2= 2 c r,= -S. .Encontramos
o+ 4 4 2
Ao=
GJ (O- 2)(0 + 5) = (-2)(5) = - -5
1
( )cuho

Az = 2 + 4 =_ 6_ = l7
I
21 (x - 2) (2 + 5) ( 2 )( 7 )
~
<koh1\
A3 = -5+4 - 1 I
(-5)(-5- 2) (ir + 5) ] (-S)(-7) = - 35

n
Ocuhn

Então,
x +4 a _.1_ + 3 _ I
x(x - 2)(x + 5) 5x 7(x - 2) 35(x + 5)

f x+4
x(.r _ 2 )(x
2
+ S)'lr = -51n lxl +
3 I
7 ln l.r - 2 1 - 35 1n lx +SI + C
snow
570 Cálculo

Outras maneiras de determinar os coeficientes


Outra maneira de determinar as constantes que aparec·em em frações par-
(;iní$ é deri\mr, comn no próximo e):mnplo. Hâ :)incln ontr:l: :)trihuir \mlore.o;.
numéricos selecionados a x.

EXEMPLO 8 Usando a dcrív•çiio


Encontre A, 8 e C na equação
x-1 _ _ A_ + B + C
(x+l)1 x+ l (x + l)2 (x+I)J
SOLUÇÃO P·rimeiro. eliminamos as frações:

x-1 =A(.<+ I)'+ B(x+ I)+ C


fazendo a substituição x =-I, temos C= -2. Entã<>, derivamos os dois
lados em relaç.io a x~ obtendo
I = 2,1(x + 1)+8
Fazendo a substituição x = -I. temos B = I. Derivamos novamente
para ter O= 2A, que forne<e 1\ =O. Logo,
x-1 I 2
(x+ l)3 (x+l) 2

Em alguns problemas, atribuir pequenos valores a .t, como .x: = O.± I,


±2., para obter equações em A, B e C, nos dá uma alternativa mais rápida
que os outros rnétodos.

EXEMPLO 9 Atribuindo valores nun1éricos a x


Encontre A, B c C em
x2 + I = _ ,_1_ + _ B_ + _f_
(x- l )(x-2)(x-3) x-1 x-2 x-3
SOI.UÇA() Elimine as frações para obter
x' + I =A(x - 2)(x - 3) + B(x - I )(x - 3) + C(x - I )(x - 2)
Depois atribua x = 1. 2, 3 succ.$Sivamente para encontra( 1\, B e C:
X= 1: (1)2 + I= A(-1)(-2) + 8(0) + C(O)
2 = 2A
A= l
:r=,. (2)2 + I = A(O) + B(l)( - I) + C( O)
5= -B
B = -5
X= 3: (3}' + I =A(O) + B(O) + C(2)(1)
lO= 2C
C=5
C011clusão:
x2 + I I 5 5
.,.--..,..;i-"-c:b---:':'
(X - I )(x - 2)(x - 3)
a -- -
X - I
--
X - 2
+- -
X - 3
Capítulo 8 Técnicas de integração 571

Exercícios 8.3
Decompondo quocientes em frações
parciais
27. f 29-' + 50' + 80 + 4 (/0
(o' + 20 + 2)2
Decomponha os quocientes dos exerdcios l - 8 em frações 28. ro' - 40' + 211' - 30 +
. (11'+ 1)'
'"o
parciais.
I. 5.<- 13 --,.:S:::..r_-_7'---
2. -.,
(.r - 3)(.< - 2) r - 3.<+2
.f+ Frações impróprias
3 4
4. ,lr+2
• (x+ 1)2 x· - 2,· + 1 Nos cxcrdcios 29-34. realize uma divisão longa no inlC·
~ z+I 6 z grando, escreva a fração própria como uma soma de frações
. . z'(z - I ) ' :l-zl:-6: parciais c então caku!e a integral.
--.-''-'.,_+_,8,__, ,, + 9
7. -, .r•
r - Sr + 6
8. I .. + 9t•' 30.
f - 2- - dr
.v - I
+
Fatores lineares não repetidos
31 •

f 9., >- 3.r
,t· -

y'+y'-t
l
X
1
I
1
(.,\' ~2.
f ~
16.•'
4x· - 4x+l
dr

Nos cxerdcios 9-16, ex-presse os intcgrandos como soma


de frações pardais c calcule as integl'ais.
33.
! y +y
J. tly

9. !~
I - x..
10. / _!!L_
x2 + 2x Calculando integrais
11.f ,,\" + 4 tl\" 12.
f 2
lr + I
(/,'( Calcule as integrais dos exercícios 35-40.

. r+S.r-6
ydy
x - 1x + 12
+
" j e-u., +Je'+2
.... . e' til
)6. je 41
+..,2e21 - e' dt

1 +
4
l
1 )'
13. -,,......:'--'--,. 14. --dy e•+l
)' - 2y - 3 /! y2 y
j
I~ f f 3
37.
f '
oosy<ly
scn y + sçny- 6
38. 1
scn Ot/0
cos: O+ cosO- 2
•• t3 +
til
t2 - 2t
16. .<
l\'' - 8x
+ dt
39
. f

2 1
(x- 2) lg- (2.\·) - 12<' - 3x dv
(4.v 2 + I )(.v - 2)1
Fatores li neares repetidos (x + I )1 1g-1 (3x) + 9.v' + ·'
Nos exercícios 17- 20, expresse os integrnndos como soma
de frações parciais e calcule as integrais.
O
4.
f :
(9.< + 1)(.< + I)·
., (lt

1 ) o .tldx Problemas de valor inicial


17
• 1 x2 +
.< dt
2r + 1
18.
lj IX
2
-2\·+J
19

f tlt
(x2 - 1)2
20
·
.rztl\'
(x- l )(x2 +2.r+l )
Nos problemas de valor Inicial dos cxercfclos 41 - 44, de·
termine x em função de 1.
41. (12 - J1 + 2) ' 11' • I (t > 2), .<(3) • O

Fatores quadráticos irredutíveis 42. (31 4 + 41 2 +


"l )'ll.< = 2\Í3. x( I)= -11'1Í3/ 4
li
Nos exercícios 21-28, expresse os intcgmndos como soma
de frações parciais e calcule as integrais. 4J. (1 2 + 2t)'lt< = 2.< + 2 (I, X> 0)• .v( I)= I
ti
I v> , <l< '
21.
!. (.<
il\'.,
+ l)(.r· + I)
22.
/,
3t•+t+4dl
I~ + I
44. (1 + l )dt =.r+ I (t > - I), .r(O) = -rr/ 4

y2
13.
!
+ 2v+ I
.
(t·' + t )'
dy 2~. JS.<'(4.v+2 +8x +22 dx 1) Aplicações e exemplos

2' 1
-· (s1 +2•l )(s
+ 2 t
- l)'q 26.
f s' + 81
s(s 2 + 9 •
)'tis
Nos exercfcios 45 e 46, determine o volume do sólido gerado
pela rotação da região sombreada em relação ao eixo indicado.
snow
572 Cálculo

4 5. Eixox. {a) Encontre x como uma função de 1'.


y= 3 (b) Quando metade da população terá ouvido o boato?
I' Y3x- _,l (Este é o momento em que o boato estará se espalhan-
(0.5; 2.6S) (2.5; 2.68)
do mais rápido.)
2
50. Reações químicas de segunda ordem Muitas reações
11 químicas são o resultado da interação de duas molécu-
-;:i---;;7-----:!-;,...r las que sofrem uma modificação par.a formar um novo
o o,; 2.s produto. A velocidade da reação depende em geral da
46. Eixoy.
concentração dos dois tipos de molécu.las. ~ n é a quan -
tidade da substância A e b é a quantidade da substância
8 no tempo I = 0, sendo x a quantidade do produto no
momento 1, então a velocidade de formação de x pode ser
dada pela equação diferencial
dx
- =k(n - x)(b - x)
dt

-,+-----!--+.• ou
o
I ~=k
47. Determine. com duas casas decimais. a abscissa do cen- (11-x)(b-x) dl

D tróide da região no primeiro quadrante delimitada pelo onde k é uma constante de reaç.i.o. Integre os dois lados dessa
eixo x. pela curva y = tg- 1 x e pela reta x = Ji equação para obter wna relação entre x e 1 (a) se a= b e (b)
se n "' b. Considere nos dois casos que x = Oquando 1 = O.
48. Determine. com duas casas decimais. a abscissa do cen-
D tróide desta região. SI. lima i.ntegral que relaciona "à aproximaçào 2217
J (a) Calcule].'·"''(~ -I)' dx
(3; t.83)
\' =4.---' + 11\'2 9 o ·" + I
• x ) + 2x - lr (b) A aproximação" ~ 22/7 é razoável>Descubra isso ex-
(5:0.98)
pressando ( ~ _.,.)como uma porcentagem de "·
-::f-"""--,!------+--+ X
o 3 5
(c) Façaográficodafunção y -
x' (<-1)'
~ paraO s x s l.Ex-
x +I
49. Difusão social Às vezes. os sociólogos usam a ex- perimcnte colocar a imagem no eixo y entre Oe I, depois
R. pressão "difusão socialot para descre\'Cr o modo como entre Oc 0,5 e, em seguida. diminua a imagem até que o
a informação se dissemina entre uma população. A in- gráfico possa ser visto. O que você conclui quanto à área
formação pode ser um boato, uma novidade cultural ou sob a curva?
notícias sobre uma inovaç..i.o técnica. Em uma população
52. Encontre o polinômio de segundo grnu P(x) tal que P(O) =
suficientemente grande, o número de pessoas x que têm
I , P'(O) = O<
a informação é tratado como uma função diferenciável
l'(x)
do tempo I c a taxa de difusão, dxfdl, é considerada pro-
porcional ao número de pessoas que têm a informação f .rJ(.r - I)'
<lt

mult iplicado pelo 11úmero de pe.ssoas que não a têm. Isso seja uma funÇtlo rncional.
fornece a equação
dx
-=kx(N-x)
dl
onde N é a população total.
Suponha que 1seja medido em dias, k = l/250 e duas pes-
soas dêem início a um boato no momento t = O em uma
população de N = 1.000 pessoas.
snow
Capítulo 8 Técnicas de integração 573

Integrais trigonométricas
Integrais trigonométricas envolvem combinações algébricas das seis fun-
ções trigonométricas básicas. Em princípio. podemos sempre expressar tais
integrais em termos de senos e cossenos, mas muilas vezes é mais simples
trabalhar com outras funções~ como ocorre na integral

f see1 xtlr = tgx + C

A idéia geral é usar identidades para transforrnar as integrais que temos


de determinar em integrais com as quais seja mais fácil lidar.

Produtos de potências de senos e cossenos


Começamos com integrais da forma:

f senmx cos" _ulr

onde m c n são inteiros não negativos (positivos ou zero). Podemos div·idir a


tarcfu em três casos possíveis.
Ca.so J Se m é ímpar. escrevemos m como 2k + I e usamos a identidade
sen2 x = I - cos! x para obter
(1)

Então, combinamos o único scn x com dx na integral e igualamos sen x dx


a - d(cosx).
Caso 2 Se m é par c n é ímpar em / sen,., x cos" x dx. escrevemos n
como 2k + I e usamos a identidade cos 1 x ::: l - sen 2 x pa.ra obter

cos"x ; cos2H 1 x = (co;x)' cos.< =( I - sen2 x)' cosx


Então. combinamos o \mico cos ·"com d.'( c iguaJamos cos x d,'( a d(scn x).

Caso 3 Se tanto m quanto 11 são pares em j senNJ x cos" x dx, substi·


tuimos

I - cos 2• z
co~.~ -
I + c os 2t
(2)
2 2
para reduzi•· o integrando a outro que tenha potências mais baixas de
cos 2x.
Veja alguns exemplos que ilustram cada um dos casos.

EXF.MI'l.O I m é ímpar
Calcule
snow
574 Cálculo

SOlUÇÃO

j sen xcos xd< ~ j sen xcos xsenxd<


3 2 2 2

=f cos x)coslx(-d(cosx))
(I - 2

•f (I - u%1)(-du)

=f (u'- 1/)du
•s-3+C
.r ,,J

= cos5 x _ ccdx +C
5 3

EXEMPlO 2 111 é p~u c 11 é ímpar


Calcule

SOLUÇAO

f cos'.<d< ef cos'.r<os.rdr =f (I- sen 1.r)1tf(sen.r)

=f ( 1 - u1 )1 tlu lt a kl'H

•f ( I - 2u' + u')du

= u- ~~i+ ~.,S +C= sen.r- ~sen'x + ~sc111 .t +C

f-XL\IPLO 3 m ~ n slo ambos rar<>


Calcule

j sen :ecos" xdx


2

SOI.liÇÃO

f sen 2 xcos• x d:-r- _f (1 - cos2•)(1


2
+ cos2x) d:r
2
2

=ti ( I - cos2t)(l + 2cos2t + cos2 2t)dt

=ti (I+ cos2r- c~2<- cos1 2t)tlt


= t[x + tsen2x- jccos2 2x + cos1 2x)tLr]
CapítuloS Técnicas de integração 575

Para o termo que envolve cos1 2x, usamos

j cos'2ulr ~ tj (I + cos4x)dr

H•
U m ltint.h> 11 'C)I}.!I .J nt~:
\1< ltuc,.r~çlo at.: o n:·
= + ±sen4x) suhJJo lirul

Pàra o termo cos' 2x,tcmos:

j cos 3 2tdt = j (I- sen2 2x)cos2ttlr


u • lll:n lr.
dlt . J('(l$lfrh:

•ti (I - ti') du a t (sen2r - tsethr) Nu,·anlCt1l<.' .


,•miti.tidc> C

Combinando tudo e simplificando, temos

j sen xcos•xtL< • 1~
2 (• - ±sen4x + tsenl 2r) +C

Eliminando raízes quadradas


No exemplo a seguir, usaremos a identidade cos' 8 z (I + cos 28)/2 para
cU minar uma raiz quadrada.

EXE.IIIl'LO 4 Calcule

f ' VI + cos4xdx

SOLUÇAO Para eliminar a raiz quadrada, usamos a identidade

00528
= I + cos211 ou I + cos28 = 2coilo
2
Com 8 = 2x. isso se torna
I + cos4x = 2eos2 2x

Portanto,

ooslx ~O
1.".11ll0o1l'/ 41

Integrais de potências de tg x e se c x
Já sabemos como integrar a tangente e a secante c seus quadrados. Parn
integrar potências maiores, usamos as identidades tgl x =sec2 x - 1 e sect x::
tlf x + 1 e integramos por partes quimdo necessário, a fin'l de l'eduzir potên-
cias maiores a potências menores.
576 Cálculo

F.XEM PLO 5 Calcule

SOLUÇÃO

f tg'xll< • f x llr • f
tg 2 x·tg 2 x- tg 2 x·(sec2 l)llr

=f tg xsec xtlx- f tg xllr


2 2 2

•f tg x .ulx - .f
2
sec2 llr (sec2.< - I)

=f .f sec xllr +f tlx


tg 2 xsec2 xtlx- 2

Na primeira integral, estabelecemos

ri = tg ,\',

e assim temos

.f 2
u tlu = tu-' + C,
As integrais remanescentes são formas· padrão) logo.

f tg 4 xllr = ±tg 3 x- tgx +x +C

EXEMPLO 6 Calcule

f 3
sec xllr

SOLUÇAO Integramos por partes, usando

li = SCC.\' 1 11 = tg.r. tlu -= sec x tg x d,\'

Então

.f se<Jxdr = sccxtgx- f (lgx)(sccxtgxtlr)

= sccxtgx- f (sec2x- l)secxdr

= secxtg.r +f sec.«L< - f sec3 xtlr

Combinando as duas integrais de secantes ao cubo, temos

.f
2 sec 3 xllr = secxtgx +f secx tlr
e
snow
Capítulo 8 Técnicas de integração 577

Produtos de senos e cossenos


As integrais

f sen mx scn 11x d\·. f scn mx cos nx d.r c f cos un cos nx dr

costumam aparecer quando funções trigonométri<as são aplicadas a proble·


mas de matemática e ciência. Podemos calcular essas integrais usando intc··
gração por partes. mas sempre serão necessárias duas integrações desse tipo
em cada caso. e. mais simples usar as identidades
senm.rsennx ~ kreos(m - n)x- cos(m + n)x) (3)

I
sennneosnx = 2(sen(m- n)x + sen(m + n)xJ (~)

I
eosmxeosnx = 2(cos(m - n)x + cos(m + n)x] (S)

Essas identidades provêm das fórmulas para soma dos ângulos nas fun·
çõcs seno c cosseno (Apêndice B.3). Elas resultam em funções cujas primili·
vas são facilmente encontradas.

EXEMPI.O 7 O.kule

j sen 3x eos Sx tlr


SOLUÇÃO A partir da Equação (4), com m a 3 cn a 5, temos

f sen3xcos5xllr = k] [sen(-2x) + sen8x]tú·

= tf (scn&r - sen2r)llr

cos8x cos 2x
s - J G + - 4- +C

Exercícios 8.4
Produtos de potências de senos e
cossenos
Calcule as integrais dos exerc-ícios 1-14.
1. llf 8 scn" .\' tl'c S. 1• 8cos"211.\'d'C

1.
J.
•/2
scn$ .Hl\· 2. J."o sen' ~- tl.v 9. ['' 16 scn 2 .r eos! .r d.r 10. 1" 8scn"J'COs2ydy
•I•
1f/ ol

•1'
~.
f. •/2
3 cos' 3x d< ll.
f" 35~n 4 xcos)_,.,,x 12. [~ sen 2\'cos!2\'dr
Si.
!. scn 7 y dy 6.
J. 7 cos7 1 dt 13. ['' 8 cos' 20 scn 20118 14. [" scn 2 20 co; 20 tiO
snow
578 Cálculo

Integrais com raízes quadradas Teoria e exemplos


Calcule as integrais dos exercícios 15-22.
15.
!. l•
V/I 2
COS .< f
t x 16. !.'
0
Vl - cos2.rtlr
39. Atea d e superfície Determine a área da superfície gera-
da pela rotaçao, em torno do ClXO x, do arco
y= 1'1./2,
17. ~o• V'1 sena u/1 18. 1•V1 cos2 0d8
() S t S 2

.,. 40. Comprimento do arco


curva
Determine o comprimento da

19.
1 IJ / ·1

•/2
VI + tg1 xd•·
y = In (cos .<), Os x s rr/3
21 .
!. OVI - cos 20d0 4 I. Comprimento do arco
curva
Determine o comprimento da

y = In (scc x), Osx S rr/4


Potências de tg x e sec x 42. Centro de gravidade Determine o centro de gravidade
Calcule as integrais dos exercícios 23-32. da região delimitada pelo eixo x, pela curva y =- sec x e
pelas retas x = -rr/4, x = rr/4.
lJ. {O 2 scc3 Xti'<
.,.
1-•I'J 43. Volume DctermiM o volume gerad!o pela rotaç;io, em
torno do eixo x. de um arco da curva y = sen ·"'·
25.
!.•12
scc~ OtiO
44. Área Detcrn1inc a área entre o eixo :< e a curva y =
27.
1,. coscc' otiO J1 + COS 4x , 0:5 X S tr.

45. Funções ortogonais Duas funções, f c g, são cha-


madas de ortogonais em um intervalo n s x s b se

•13 j:J<x)g(x)dx =O·


31.
1 /6
rotg~ .rtlr
{a) Prove que sen mx e sen nx são ortogonais em
quer intervalo de comprimento 2:rr desde que m e n
qual~

sejam inteiros, tais que m l ~ n 1.


Produtos de senos e cossenos (b) Prove o mesmo para cos mx e cos nx.
{c) Prove o mesmo parascnmxecosnx~ mesmo quem=: n.
Calcule as integrais dos exercícios 33- 38.
46. Série de Fourier Uma série de Fourier finita é dada pela
33. roscn 3xeos 2r d'C
1-. J..l.
!.
•12
scn 2x cos 3." ti" soma

..,
,\'
j (x) = ~a. scnnx
35. r:sen3.\'scn 3x
1-.
dt 36.
!.
•/2
SCll .\' COS.\'d\'
= a,senx + a1scnlr + · · + <lN SCn Nx
14 •12
37. fo cos 3xcos4.\'flt' 38.
1 •I'
cos:t cos 1x ll't O(;'Jllonstre que o m-ésimo cocfi.c:icnt(' "-é d~\do pcla fórmula

'1'-·
a111 = li' J(x )senmxib:

Substituições trigonométricas
As substituições trigonométricas podem servir para transformar integrais
que envolvam Jnz -x 1 , "a 1 +x 2 c "x 2 -a 2 em integrais que podemos
calcu1ar diretamente.
snow
Capítulo 8 Técnicas de integração 579

Três substituições b;\sicas


As substituições mais comuns são x =a tg e. x = a sen 8 ex= t1 sec 8. Elas
vêm dos- rriflngulo..ç ret?mguln~ de refprf-nda thl Figur:l R.?..

Com x =a tg 8,
a' + x' =a'+ a' tg' 8 = a'(l + tg' 8) = n' sec' 8
Com."C= ascm8,
a'!- :(l = a2 - a1 sen 2 8= n2( 1- sen1 $) = ''1 cos 1 8
Com x= a sec e.
x' - a'= a' scc:' 8- a'= a'(sec'8- I)= a' tg' 8

.-: =''"tgO
.\'

~ 9
v,,z-
'
X=t1$éR I)
.\j
.K
~' 9

,\' = li"Sí.'C ()
VX'" - tl'"
.r,.--;

Vu2 + :fi = t~lsec 91 Va' - x' = ..JcosOJ ~=oltgOI


FIGURA 8.2 Triângulos de referência para as três substituições bá·
sicas: eles ajudam a identificar os lados x e a para cada substituição.
Desejamos que toda substituição usada em uma integração seja reversível,
de maneira que possamos voltar para a variável original posteriormente. Por
exemplo, se x =a tg 81 queremos poder estabelecer que 8 = tg- 1 (x/a) após a
integração ter ocorrido. Se.< = a sen 8, queremos poder estabelecer que 8 =
sen· • (.<la) no final, o mesmo valendo para x = a sec 8.
Como já vimos na Seção 1.6, nessas substituições as funções têm inversas
somente para valores selecionados de 8 (Figura 8.3). Para rcversjbiUdade,

x =a tgO exige O= tg- 1 (*) com - ; < 8 < ;

o
., O • scm· 1 !
x=ascn8 exige O= sen- • (*) com -~ s 9s;
2 (I

com

Para simplificar os cálculos com a substiluiç-.to x = a sec 8, restringire·


mos seu uso a integrais nas quais x/a~ I. Jsso colocará 8 em (O. rr/2) e tOr·
J
nanltg 8;, O. Teremos, então, x' -a' =~a' tg' 9 =ia tg OI= a tg O, livre de
o valores absolutos. desde que a > O.

~
., 8 • scc- ~
) 1
EXEMPLO I t:sando a substituição >.: : tr tg 8

===- --t----:::::== ~ Calcule

------------~,-1"o~,--------~~
SOI.UÇAO Determinamos
f v'4"'+? dr

fiGURA 8.3 O arco tangente, o arco


X= 2tg 0,
seno e o arco secant'e de x/a, representa-
dos graficamente como funç<ks de x/a.
SDQW
580 Cálculo

Então

f V4 tlt
+.\.2
=f 2sec
V4sec 0
=f lsecOI2
0d0
2
2
scc 8d0

=f secOdO

= In lsecO + tgOI +C

= In~~ +fi +C
= ln iV4 +x2 +xl +C'
Note como expressamos In lsec O+ tg IJ!em termo~ de x: desenhamos
um triângulo de referência para a substituição original x = 2 tg 8 (Figura
8.4) e lemos as relações trigonométricas no triângulo.

FIGURA 8.4 Triângulo


de referência para x = 2 tg O
(Exemplo 1): EXEMI'I.O 2 Usondo a substituiçãox = a scn 11

tgiJ a f Calcule

....., o = v'4+"7
2 SOLUÇÃO Determinamos

x=3sen8, dx = 3cos8d0, _ J!.


2
<o <:!!.2
9 - ..' = 9 - 9 scn1 0 = 9( I - sen 2 0) = 9 cos2 9
Então

.\ =f
f V9-1
tlr 9sen2 0· Jcos0t/O
.<' l3coslll

=9 f S<:n
2
OtiiJ

~· ~
= 9fl - ~os28dO

= Ho -sc;2o) +c
I'IGURA 8.5 Triângulo de
= ~(8 - sen8cos8) +C
referência para x = 3 scn 8
(Exemplo 2):
=% (scn-'1-1· ~)+C
"'"o = 3''
c = %scn-•y- ~v'9"=7 +C

cosO •
v'9-'?
3
EXEMI'LO 3 US<tndo uubstituiçãox = ";ec 8
Calcule

f Y25x 2
dx
- 4
,,,. > 1
5
SD$ W
úpitulo8 Técniasdelntegra~o 581

SOLUÇÃO Primeiro reescrcven'IOS o radical conlo

para colocar o radicando na forma x> - n'. Então. substituímos

o< 8 < ;

Com essas substituições, temos

dt f dt f(2/~)sec0tg8tHI
f V2s.l· - 4- sVx'- (4/ 25) - s · (2/ 5) 1g o
•tf secOt/0 = tln [secO+ 1gO[ +C

2
• .!.In
5 2
15x Y2Sx'2 - 41+C
+
fiGURA 11.6 Se X; {2/S) S<C 8.
Os 8 < n/2, então 8; sec:·• (Sx/2)
c podemos ler os valores de <><liras Uma substituição trigonométrica, /ls vezes, pode nos ajudar a calcular
funçoo trigonométricas de Onesse uma integral que contenha uma potência inteira de um binômio quadrático,
triângulo rct~ulo (Exemplo 3). como no próximo e:xcmplo.

EXEMPI.O 4 Octcrmmando o volume <le um •óli<lo de rcvolu1á0


Dctemline o volume do sôlido gerado pela rotação, em tomo do eixo x,
da região delimitada pela cur.oa y • 4 (x' + 4),1"'1o eixo x e pelas retas x • O
ex=2.
SOLUçAO Esboçamos a rcgii!o (Figura 8.1) c usamos o método do
disco:

lor ~r[R(x)] tl\· =


V= 1 l61r { ' ( 2 dx )'
lo x +4
Para calcular a integral, determinamos
X - 2 tg O,

x2 + 4 • 4tg 2 8 + 4 • 4(tg 28 +I) • 4sec20


582 Cálculo

(Figura 8.8) Com essas substituições:

V= l6nr dx
lo ~~ + 4) 2
1 2 = Oqu:tndoT •
16n { ' ' 2 scc OdO
0 0;
lo (4 s~ OJ2 lJ a lf 14 ~1 11.1nd~.\ .:~~ 2

(n\ = 16rr
1' 1' 2 scc1 1J dO
t6scc4 O
1•/•
=1r
o
2cos2 0dll

= rr lor·'' (I + cos211)d9 = rr 8 + sco~ [ 20]'''0

F.XE~lPLO S Dcl~rminando a àrca de uma elipse


(b)
Determine a área delimitada pela elipse
FIGURA 8.7 A região (a) e o sólido
(b) do Exemplo 4. x' y'
a' + b' = 1

SOLUÇAO Como a elipse é simétrica em relação aos dois eixos, a


área tOtàl A é quatro vezes a área no primeiro quadro.nte (Figuro 8.9). De-
terminando y ~ Ona equação da elipse, temos
J'2 x2 a2 - x2
-bl = l - -a2 -- =--::-=-
(12

ou

A área da elipse é

J'!GUUA 8.8 Triângulo de referên-


cia para x = 2 tg (I (Exemplo 4). b [ •12 \' (I )0(1'1 o. fb' • íl (..'tl$8tl0.

= 4 ãlo ttcosO · tt cosO dO O • Oquando f • O.


U = "'/2 q~13n do.1 • d

= 4ab 1'" 2
cos OdO

= 4ab {"" I + cos 28 <lO

-+----:d----+ - -··
-b
o "
.lo

=2ab[o + seo;211
2


= 2ab[; + O- O] = rrab
Se a o b c t. concluímos que a área de um. circulo com raio,. é trr.
FIGU RA 8.9
do Exemplo 5.
Capítulo 8 Técnicas de integração 583

Exercícios 8.5
Substituições trigonométricas básicas Problemas de valor inicial
Calcule as integrais dos exercidos 1- 28. Nos problemas de valor inicial dos exerclcios 37- 40, de-

I. f dy
Y9 + y 2 l.
f 3 dy
Yl + 9y 2
termine y em função de x.

37, dy D
X;& \17=44.
.\'- - .f >!: 2. )'(2) G 0
J 1'.....!!L_ 4 /.'
· o 8 + l,.z
dr
3ft•w-=9")'
• 4 +x
-2 2
.r · - 9 ;j; = I, x > 3. y(5) = ln 3
Jtz lr r;:Vi 2<lr
.' . J. V9 - .-.>
(. 6.
/.
• r:--:-;
v I - 4.<' 39. (.r-' + 4) -
dy
~ = 3. y(2) = o
IX

f
7. Y25 - t 2 rlt 8. f ~di 40. (.r
l
+
, dy • r..-:-:
1)· - • vx· + I , y(O) • I
1
IX

9/ . V'4x2
<lr
- 49 ' '
r >l
2
10. f S ~rY2k - 9

.r
>
S3
Aplicações
Vy' - 49 Yy 2
11 .
! y dy, )' > 7 12.
/
y'
- 25
dy, y >5 4 I. Det.ermine a área da regiã<> no primeiro quadrante

u.j x·
,~·
.r2 - I
x> l I "'·' f , 2<Lr
r-:r----7 •
:r~vx2 - 1
X > I
que é delimitada pelos eixos coordenados e pela cur-
va y =·h-x'/3·
16
.
j .r'v?"+i <ir 42. Determine o volume do sólido gerado pela rotação, em
torno do eixo x, da região do prirnciro quadrante delimi-

17. f Sdw
w1v'4 - w 2
18.
f V9 - , .• dw
w2
tada pelos eixos de coordenad•s, pela curva y = 2/(1 + x')
e pela reta x = I.

19.
!.
Wi'l 4x 2tb:
3/
( I - .r 2) 2
20 !.'
. (4 - .<'>'"
dr
A substituição z =tg (x/2)
21 . f tl'( Jl2 .
(.r 2 - I )·
x> I 22. f ~12 .;'tzdr
(.r · - I )·
• x > I A substituição
X
Z = lg - (1)
-x'x'>'" dr
23.
/
(1
24.
f .<'>'"(I -
i' dr
2
rcdu:z. o problema de integrar uma expressão racional de scn >.:e
25.
f 8dx
, ,
(4x· + i )·
26
.
f 6dt
(9t 2 + 1)2
cos x ao problema de integrar uma função racional dez. Isso,
por sua vez, pode ser resolvido com frações parciais.
27
·
f vl dv
( I - v'Jlt'
2ft
f (I - r
,
r
2
)'' '
dr
A partir desta figuro

Nos exercícios 29-36, faça uma substituição apropriada e de·


pois Ul'lla substituição trigonométrica para C<'llcular as integrais.
e' (/i •nw.n t!' dt
l.•
In.f
29. - ~
/. v e2r + 9 JO. • UI•> ( I + e 2')312
{ ' 1'
Jl . },, ,
2dt
v; + 4tVr
Jl
. 1 .
yYI + (lny l 2
dv

33. j .rw-=-J
dx 34
·
/ ...É_
I + x1
podemos ler a relação
x scn x

3$. f w-=-1 .'((l'( 36. f v'i"='?<ir


tg 2 = I+ cos.r
Para perceber o efeito da substi!uiçâo, calculamos
snow
584 Cálculo

COS.t • 2oosl ('-'2) - I • ~


, /) -
(b) f ~..!.l-<lr ~ f
2 + scn.\' ·
I+ _2
_ t_lz_
2 + 2z + 2zl 1 + zl
z2
SCC"' X 2

2
• I + tg' (.r/2) -
1 2
• I + :1 -
1
- I :2 I dz
+: + I - (: +
d-
(lf2J)1 + 3/ 4
I - =2
=- -,
~ f •"+•'
COS.\' tlll
I + z• (2)
c
X X sen (.r/2) ,
senx • 2scn2cos2 • 2cos(x/ 2) ·cos· 2
(X)
x I 2tg~r/2)
~ '•s - · ~
- 2 scc1 (.r/ 2) I + tg' (r/ 2)
_1 I + 2 tg(.t/ 2) + C
scnx= -2z- (3) =-tg
2
1 + :2 v'3 v'3
Por fim. x =2 tg~ 1 .z. portanto ?\tos exercícios 43-50, use as substituiç.ões das equações
(1) a (4) para calcular as integrais. Integrais como estas apare·
2dz cem no cálculo da velocidade angular média do eixo de saída
t =--
t:t
1 + :2 (4) de uma junta un.ivcrs.aJ quando os eixos de entrada c de saída
não estão bem alinhados.
Exemplos ~J. f dr ~' f J +
clr
+
f f
I - SCilX SCllX COS.\'

!.""
I I + ::' 2 dz
(a) L
I+ COS.ft.\' = -2-) + z1 45. I dt ~ 6 • f"" .,._,d=--
x
0 + scnx J.n 1 COS.\'

~7 · /."" tiO
0 2 +cos O
( '•fl cosO tiO
~M. }.r- scnOcosO +senO

49• f (11
sen1 - eost 30, f COSI dt
1 - c.::osr
Nos exercícios 51 e 52, use a substituição z ~ tg (0/2) paro
calcular a integral.

51 . f sccOdO 52. j cosccOtiO

Tabelas de integrais e sistemas de álgebra por computador


Como já estudamos, as técnicas básicas de integraç.ão são a substituição
c a integração por partes. Aplicamos tais técnicas para transformar integrais
desconhecidas em integrais cuja forma reconhecemos ou podemos achar em
uma tabela. Mas de onde vêm as integrais das tabelas? Elas vêm da aplicação
de substituições c integrações por partes; ou, ainda, pela derivação de funções
importante.s que surgem na prática c tabulação dos resultados (assim como fi-
zemos ao criar a T.1bela 8.1). Quando uma integral coincid.e com uma integral
da tabela> ou pode ser transformada em uma das integrais tabuladas com um
pouco de ;llgebra, trígonomctria, substituição c cálculo, o resultado pode ser
usado para resolver o problema de integração sob análise.
Os sistemas de álgebra por computador (SAC) também podem ser usados
para caJcular uma integral, caso disponha deles. No entanto. lembrc·se de que
existem muitas funções relativamente simples, como scn (x') ou l/In x, para
snow
Capítulo 8 Técnicas de integração 585

as quais nem me.smo o mais potente dos SACs pode encontrar fórmulas explí-
citas de primitivas. pois I ais fórmulas não existem.
Nesta seção, discutiremos como usar tabelas e sistemas de álgebra por
computador para calcular Integrais.

Tabelas de integrais
Uma ..breve tabela de integrais" é oferecida mo tina) deste livro. após o
índice. (Tabelas mais extensas aparecem em compilações que trazem mi·
lhares de integrais, como a CRC Mnthematical1ltbles.) As fórmulas de inte-
gração são dadas em termos de constantes a, b. c. m, n e assim por diante.
Essas constantes geralmente podem assumir qualquer valor real e não pre-
cisam ser inteiras. limitações ocasionais de seus valores são apresentadas
com as fórmulas. Por exemplo. a Fórmula 5 exige 11 "' -I e a Fórmula li
exige 11 ~ 2.
As fórnmlas também assumem que as constantes não adquirem valores
que requeiram divisões por zero nem raízes pares de números negativos. Por
exemplo, a Fórmula 8 assume que a " Oe asfórmul.as 13(a) e (b) só podem ser
usadas se b for positivo.
As integrais dos exemplos J a 5 desta seção podem ser calculadas com
manipulação algébrica. substituição ou integração por partes. Aqui. vamos
ilustrar como essas integrais são encontradas usando-se a breve tabela de
integrais.

EXEJIII'LO I Determine

SOLUÇAO Usamos a Fórmula 8 (não a 7, que exige " "' - I):

~-
! .<(CI.t + bt ' <Lt = b2 In f li.<+
(I
bf + C
Coma ; 2eb ; 5, temos

f -•<2x + s>-'lL• = t- t'n 12.· + sr +c

EXEJIIPtO 2 Determine

SOLUÇAO Usamos a Fórmula 13(b):

_ _,d="'==== - 1- tnlv't,x + b- Vbl +C seb>O


/ xv'ax + b V6 v'ax +b+ Vb ·
Com ll = 2 c b = 4, temos
snow
586 Cálculo

f ilt
xv'2r + 4 -
1 In I~ -
v'4 v'2r + 4 + \14
+c \141
= .!.2 ln ~~ - 2~ +C
v'2t + 4 + 2

A Fórmula 13(a). que exigiria b < Oaqui, não é adequada neste Exem-
plo 2. Ela é apropriada, contudo, para o próximo cxem.plo.

EXEMPLO 3 Oclcnninc

f ilt
xV2t- 4
SOI.UÇÃO Usamos a Fórmula 13(a):

.....L 1s-•~"x- b +
f xv'ax- b
ilr =
Vb b
c
Com n = 2 e b = 4, temos

: _ 2_ tg - 1~2t- 4 +C: tg- 1~X- 2 + C


f dt
xV2t - 4 v'4 4 2

EXEMI>to 4 Determine

SOLUÇÃO Começamos com a Fórmula 15:

.f dt
x 2Vt<r + b = -
v;;;+/,
bx
.2bE_! xVttxdt + b + c
Com n = 2 c b = - 4, temos

=- ~ + ....Lj
f tl<
xlv'z.x - 4 - 4 ·" 2 •4
tlx
.<VZ.x - 4
+C

Então usamos a Fórmula 13(3) para resolvér a integral da direita


(Exemplo 3), obtendo:

~+l tg- 1 ~X
f x2~
dt :
4x 4
-
2
2 +C

EXEMPLO 5 Determine

Jxsen-1xdx
Capítulo 8 Técnicas de integração 587

SOLUÇAO Usamos a Fórmula 99:

f
,,,+I
x"sen- 1 axd\· = -·--sen- 1o.,.- - -
JJ + 1 11
O

+ I
f V1 - ·
\'n+l d\'
·
cr 2x 2
. 11 ~ - I

Com ti = I c a = I, temos

f xsen- 1):tb: = .t
2
2
sen- 1 .r -lf v'!=?
2
2
.r dr

A intcgrnl da direita está na tabela; é a Fórmula 33:

scn-• (~) - !xva


2

f
02
dx = 2
x 2 +C
y 0 2x _ x2 2 2
-

Comtt = 1,
r 2 tL\·
f ·
. • - sen-
v'!=? 2
I 1
2
I • r.---i
.t- - .rvl - .r 1 +C

O rcsult·ado combinado é:

f xsen- 1
xdx m ·~ sen-1x - t (tscn-1 .< - t.rV!'='? +C)
e t
(~ - )sen-1 .r+ ixv'!="? + C'

Fórmulas de redução
O tempo necessário para fazer integrações por partes repetidas pode ser
encurtado aplicando-se fórmulas do tipo

f tg"xdr =
11
~ 1
tg · - • x - f tg • - 2 xdx (I)

f (lnx)" dx = x(lnx)" - "f (lnx)•-• tl\· (2)

f ·
1

m+n
1
senn .\' cos"' ,. tlr • - sen''- x cos"'+ x + -
11 - I
- - sen"
m +11
f _ 2 ,,. cos"' .\' d.\' (11 ,. - m)

(3)
Fórmulas como essas são chamadas fórmulas de redução, pois substi-
tuem uma integral que contém certa potência de uma função por uma inte-
gral da mesma forma, tuas com uma potência reduzida. Aplicando esse tipo
de fórmula repelidas vezes. mais cedo ou 1·nais tarde poderemos expressar a
integral original em termos de uma pot~ncia baixa o bastante para ser caJcu-
lada diretamente.

EXEMPLO 6 Usando uma fórmulo de reduçi•o


Determine
588 Cálculo

SOLUÇÃO Aplicamos a Equação (I) com 11 = 5, obtendo

f tg 5 xdr m ~tg 4 x - f tg xd~


3

Em scguid~ aplicamos a Equação (1) de novo. rnas desta vez com n = 3,


a lim de calcular a integral que sobrou:

f tg 3xdr = -}tg 2x- f tgxdr = Itg 2.\· +In lcosxl +C

O resultado combinado é

f tg 5 xdr = ttg 4 x- Itg 2 x- ln lcosxl + C'

Como sua forma sugere. fórmulas de redução são derivadas por meio de
integração por partes.

EXF.MPl.O 7 Dt:riv\\ndo uma rórrnuhl de redução

Demonstre que. para qualquer inteiro positivo n,

f (ln .r)" dr • .r(lnx)" - 11f (ln .r)•- 1


tlx

SOLUÇÃO Usamos a fórmula da integração por partes

f 11 tlv = uv- f vtlu

com

11 = (lnx)•, du = 11(1nx)"- 1 <;•, u=x

obtendo assim

f (lnx)" dr = x(lnx)"- 11f (ln x)'- dx 1

As vezes, duas fórrnulas de redução entram em jogo.

EXEMI'LO 8 Determine

SOLUÇÃO I ApliCtUllos a Equação (3) com " = 2 em = 3. obtendo

f 2
sen xcos ·' tlx-
3 . _ _ senxcos"'.~
2+ 3 + 2 + 3
_I_f o. 3
sen ·' c<>s .rei.•
.

= _scnx~os x
4
+ tf coslxdr

Podemos calcular a integral que sobrou usando a Fórmula 61 (outra


fórmula de redução):
Capítulo 8 Técnicas de integração 589

f cosntn
.
clr = coS"'- •a.\'
lt{l
sen ax + !!...=__!f cos"- 2 cu dx
,

Com" = 3 c n = 1. temos:

f cosl ,uá = cos2·; scnx + tf cos.< dx

-- cor xsenx + 1 senx +c


3 3
O resultado combinado é

f sen2xco..<lxtlt = sen.t~os•x + t(•os2_;sen.t + tsenx+ c)


__ senx cos• x + cos2 x senx + .1. +C
- 5 15 15senx

SOLUÇÃO 2 A Equação (3) corrcsponde à fórmula 68 da tabela, mas


ainda há outra equação que podemos usar - a Fórmula 69. Com tl = 1. a
Fórmula 69 resulta em

f sen 11 x cos"1x dt = sen"+


1

m+n
1
· ·,·ccd''- x + -
m-- -
m+n
'f sen" cos'"-
x 2 x dv.

Em nosso caso. u = 2 e m = 3. de modo que:

f 3
scn2 xcos3 xtL\· = sen x cos x
5
2
+~f sen2 xcosxdx
3 2
a sen xcos x + 1 (sen 3x) +c
5 5 3
3 2
_ sen xcos x + .1... 3 +C
- sen .<
5 15
Como você pode ver, é mais rápido usar a Fórmula 69. mas muitas ve·
zes não conseguimos prever o que vai funcionar melhor. Não perca tempo
demais procurando a ''melhor.. fórmula. Apenas ache uma que vai fundo·
nar e siga em frente.
Observe também que as fórmulas 68 (Solução I) e 69 (Solução 2) le·
vam a respostas que parecem difc.rcntcs. rsso é bem comum no caso de
integrais trigonométricas e não deve causar preocupação. Os resultados
são equivalentes, e poderemos usar aquele que preferirmos.

rntegrais não elementares


O desenvolvimento de computadores e calculadoras que cncontrarn pri-
mitivas por meio de manipulação simbólica tem levado a um i_ntercsse reno·
vado em descobrir quais primitivas podem ser expressas como combi_nações
finitas de funções elementares (as funções que estudamos até agora) c quais
não podem. Integrais de funções que não possuem primitivas elementares
são denominadas integrais não elementares. Seu cálculo exige séries infinitas
(Capítulo 11, Volume 11) ou métodos numéricos. Nessa (oltima categoria está
a função de erro (que mede a prol>.,bilidade de erros aleatórios)

erf(x) = y; r
2 Jo e-•' dr
snow
590 Cálculo

bem como integrais do tipo

Jsen x' dx e j .J1• x' tlx


que aparecem em engenharia e física. Essas e várias outras, tais como

f e'
y d'(, f el<' 1dr, f l~_,.dx, f In (lnx) dr, f senx
:c dx.

f v, - k 2scn 2.\'d.t , O< k < l

parecem tão fáceis que ficamos tentados a verificar a()nde elas vão dar.
Pode ser provad~ porém, que não há como expressar tais integrais como
combinações finitas de funç.ôe-s elementares. O mesmo se aplica a integrais
que. por substituição, podem ser transformadas nelas. Em conseqüência
do teorema fundamen tal do cálculo, Parte I, todos os integrandos têm
primitivas, porque são contínuos. Contudo, nenhuma dessas primitivas
é elementar.
Nenhuma das intcgra.is que você teve de calcular neste capítulo cai nessa ca·
tcgoda, mas você pode encontrar integrais não elementares. em outras tarefas.

Integração com um SAC


Uma grande vantagem dos sistemas de ãlgebra por computador é a sua
alta capacidade de integrar simbolicamente. Isso é reali;.ado pelo comando
integrar especifico de cada sistema (por exemplo, int no Maple, lntegrate no
Mathcmatica).

EXEMPlO 9 Usando um SAC com uma função nomc~tda

Suponha que você queiro calcular a integral indefinida da função


f~r) = .r~Ya 2 + .r 2
Usando o Maplc, você primeiro define ou nomeia a função:
>f= x' 2 • sqrt (a' 2 + x' 2)
Depois você usa o comando integrar em f. idcntifi<:ando a \'tlrlávcl de
integração:
> int(f. .r)
O Maple dá a resposta

t.r(a~ + >2 ) 312 - ktlrVa 2 + .,2 - ka• In (.r + Ya2 + .,2)


Se você deseja saber se a resposta pode ser simplificada, digite
> simplify(%)
O Maple retoma

ka'xVa 2 + x 2 + tx 3Ya 2 + x~ - ka 4 ln (x + Ya 2 + x 2}
Se você quer a integral definida para O S x S 1112, pode usar o formato
> int({. X = O.. Pi/2)
O Maple (Versão 5.1) apresentará a expressão
Capítulo 8 Técnicas de integração 591

j_ IT(4rl + rr 2)1l/Zl - J.. (lliTY4(12 + ;r2 +la' In (2)


64 32 8

- t"'ln (rr + Y4a 2 i


+ rr 1 ) + 6 "' In (a 2 )
Vocc também pode encontrar a integral definida para determinado
"alor da constante n:
> tt:= l

>int({.x;0.. 1)
O Maplc dá a resposta numérica

EXEMPLO 10 Usando um SAC sem nornear a função


Use um SAC para encontrar

f seu 2 x cos3 .t<i.<

SOl.UÇÃO Com o Maplc, temos a entrada


> int((sin "2)(x)•(cos •3)(x), x)
com a resposta imediata

-tscn(x)cos(x)' + / cos(x)2 sen(x) +


5 1~ scn(x)

EXEMPLO li Um SAC pode não fornecer uma solução em formato


fechado
Use um SAC para encontntr

f (cos- 1 axf d<

SOLUÇAO Usando o Maple, inserimos


> inl((an.:<OS(tl•A))"2, A)
e o Maple apresenta a expressão

indicando que não tem uma solução pronta. No Capitulo 11, Volume 11,
vocC verá como expansões em série podem ajudar a calcular essa integral.

Sistemas de álgebra por computador variam l'lla maneira de processar as


integrações. Usamos o Maple 5.1 nos Exemplos 9 a 11. O Mathcmatica 4 teria
oferecido resultados um pouco diferentes:
snow
592 Cálculo

L No Exe1nplo 9, se inserimos
!11 {I/: = lntcgrate lx"2 • Sqrt (11•2 + x' 2J, x]
o Mathematica responde

Out {If= Va 2 + x 2 ( a;x + ·~) - ttt" Log [x + Va 2 + x2]


sem ter de si1rapli6car um resultado intermediário. A resposta é semelhante à
Fórmula 22 das tabelas de integrais.
2 . A resposta do Mathematic.a para a integral
111 {2/:= Integrate (Sin [x]'2 • Cos [xt3. xl
do Exemplo lO é
Sen (x] 1 • I .
Out [2]: - - - Sm [3 x) - Sm [5x]
8 48 80
diferindo tanto da resposta do MapJe quanto das respos.tas encontradas no
Exemplo 8.
3. Ao contrário do Maple. o Mathemalica fornece um rcsuhado para a
integração
111 {3/:= lntegrate [ArcCos [a' x]'2, xl
do Exemplo 11, mas com a condição de que a ;t- 0:

2VI - a 2 .<2 ArcCos [a .r ]


Out {3]~ - 2r - 0
+ .r ArcCos [a x] 2
Apesar de os SACs serem muito poderosos e-nos ajudarem a resolver pro·
blemas complicados, cada um tem suas li mitações. Existem situaçõe.s em que
um SAC pode até mesmo complicar um problema (no sentido de produzir uma
resposta extremamente difícil de utili1.ar ou inlcrprelar). Observe também que
nem o Maplc nem o Mathematica dão como resultado uma constante arbitrciria
+C. Por outro lado. um pequeno cikulo matemático seu po<le reduzir o proble-
ma a um que seja fácil resoh•er. Damos um exemplo disso no Exercício 111.

Exercícios 8.6
Usando tabelas de integrais -..;,: -
f
~ 4

Use a tabela de integrais no final do livro para calcular as


u. .l <b: 14.
f ' .r: <l:r

íntcgrais dos exercícios 1-38. IS. f Y25 - ,,, tlp f q'V2s - ''' "''
I. f xv:;:-=-3
tl<
17. f b 4 - ,.z
dr
t6.
IX. f Ys' - ds
2
19
• f dO
5 + 4 scn2b
20· f ~0..,,
4+ 20

21 . f e 2'cos 3tdt 22. J c-)1 s-en41(/t

8
.
f .r Y4.r-
2
tlr
9 2J. f .r cos-•.r d:r 2.1. f .ng- 1 xdx

9. fxV4x - .<2 <lr IO. f v:;:-=-;;


,'\'"
I
{,.'(

25. f (9 ~~•')' 26 f d()


(2 - ri')'

...
.
f f .rV7 - ·'' 27 f ~ •
f ~' ·
li (/X 12. lfx
~ • , (1,\ 28 • '.1 (1,\
.v- x-
Capítulo 8 Técnicas de integração 593

29. !~til 30. !~til 67. J 3 sce4 lnl< 68. Jcoscc ~d0 4

.H . f X~ tg- 1.HI.\' .H .
! .!L!.
.\'2 d:r
69. f co;.;ec5 ,l( tb: 70. f :oec5.Y dl(

33. J scn 3.rcos2rd.r J.a. f scn lr cos 3.r llt· 7t. f t6xl( Jn.r)2 <lr 72. f (ln.ddr

Js. Js scn 4tscnfdt 36. J senJscn *di Potências de x vezes exponenciais


37. Jcos~cos~<IO 38. f cos ~ cos 10 dO Calcule as integrais dos exercídos 73-80 usando as fór-
mulas 103- 106 da tabela. Essas integrais também podem se.r
Substituição e tabelas de integrais calculadas utilizando-se a integração tabular (Seção 8.2).

Nos exercícios 39- 52. use uma substituição para transfor· 73. J xc3:' tb: H. J .<e-"<l<
nlar a integral em outra que você possa cncomrar na tabela.
Depois calcule a integral. 15. f xle:t/2 d.t 76. j x e"2
tlr

·3<•'·
3
jx +x +ll
(:r•' + 1,- ., ... 77. f x' 2' dr 1M. j x 2 2-x dr

41. f sen- • VXtfx 79. J.m"tlr 80. J .•2Vi' dv

43. J~dx
t -x Substituições com fórmulas de redução
~;. J co1g1Yt - SA:n' 1t11. O < 1 < <r/ 2
Nos exercidos 81-86, calcule as integrais fazendo uma
substituição (talvez. trigonométrica) e, depois. aplicando

46 f dl
uma fórmula de redução.

48 J
· tgtV4

cosOdO
scnz t
8t. J e'scc3 (e'- 1)<11

· Y5 + scn'o 83. {'2W+i'tlr


3d)• j.,
;o.
f Vt + 9y'
8!\.
1 2 (•) -
,.
1)'1'
dr
ó2. f l!f' v; dy
I

Funções hiperbólicas
Usando fórmulas de redução Use as tabelas de integrais par.a calcular as integrais dos
Nos exercícios 53- 72, use fórmulas de redução para calcu· exercidos 87- 92.
lar as inte.grais.
ô3. J sen'lrdr 54. Jscn'~dO 87. f !scnh 5 3xcb: 88. j cos~v; tLr
J.v 2
90. j senh Sx tb:
55. J 4
S cos 21ittlt 56. J 3cos>3ytf;v
89.

91. J
cosh3.td\'

scch7 ;ngh,Td1'
.of

92. j coscch' 2.r cot_gh 2.r tlt·


57. j 1
sen 20cos 20d0 3
58. j 9sen 38cos3/2o c/0

$9. J 2scnztsce"rdr 60. J cosce2 ycos' y dy Teoria e exemplos


Os exercícios 93-100 referem-se a fórmulas da tabela de
61. /4tg 3 2xdx 62. f tg
4
Wdx integrais no final do livro.

63. f 8 COig 4 u/1 6.&-. J c-ot~r'


4 21 dt
93. Deduza a Fórmula 9 usando a substituição u = ax + b para
calcular

65. j 2 sc2 7TX tú· 66. j•2coscc·..2. <l< f (a.<


X
+ b)-
, tf.<
snow
594 Cálculo

94. Deduza a fórmula 17 usando uma substituição trigono· 106. Volunte A supervisora do departamento de contabili·
métrica para calcu.lar dade da sua empresa lhe pediu que encontrasse u1na fór·
mula que ela pudesse utilizar em un1 p>-ograma de compu·
rador para calcular o Inventário de fina.t de ano da gasolina
que havia nos tanques da empre-sa. Um tanque típico tem
95. Deduza. a I'órmula 29 usando uma substituição trigono· a forma de urn cilindro circular de raio r c comprimento
métrica para. calcular L, colocado horizontalmente, como mostrado a seguir.

fV a'- x 2 tl<
Os dados chegam ao escritório de contabilidade como
medidas de profundidade tiradas colll mna vara vertical
marcada em centimctros.
96. Deduza a Fórmula 46 usando uma substituição trigono·
métrica para ca1cular (a) Mostre, na notação da figura, que o volume de gasoli·
na que enche o tanque até uma profundidade d é
f x Vx 2
dr
2 - (lt

97. Deduza a Fórmula 80 calculando


(b) Calcule a integral.
J .v"sen(IXd\'

por intcgraç;io por partes.


98. Deduza a Fórmula 110 calculando

f .\"'(lntul"'<l<

por integração por partes.


• prorundklade
99. Deduza a Fórmula 99 calculando d3 gasolina

f ,\'nSCI'i
1
axdx
10 7. Qual é o maior valor que
por integração por partes.
100. Deduza a Fórmula IOI calculando
1• Vx- x 2
dr

pode te-r para quaisquer a e b? Justifique sua resposta.


f xN 1g -1 a.r d.\'
108. Qual é o maior valor que

por integração por partes. 1\v2.. -.<'ti<


10 1. Área de superfície Determine a área da superfi·
pode ter para quaisquer a e b? Justifique sua resposta.
cie gerada pela rotação. em torno do eixo x. da curva
y=../x'+2,0sxs .fi.
J02. (;omprimento de arco lJcterminc o comprimento da USANDO O COMPUTADOR
curvay = ..', OSx S .fi /2. Nos exercícios 109 c 110, use um SAC para efetuar as in·
I03. Centróide Determine o centróide da r~gião delimitada tegrações.
noprimciroquadrantc pelacurvay = 1/ x + I e pela reta 109. Calcule as integrai>
x=3.
104. Momento em torno do eixo y Uma placa fina de densi· (a) f .v lnxclt ( h) f x' ln.r<lr (<)f .r' lnxtlr
dade constante 8 = l ocupa a região delimitada pela curva (d) Que padrão você per<:ebe? Determine uma fórmula para
= =
y 36/(2x + 3) c pela reta x 3 no primeiro quadrante. f x' lnx d.re depois veja se <'Stá correta calculando-a com
Determine o momento da placa em torno do eixo y.
umSAC.
lOS. Use a tabela de integrais e uma calculadora para determinar, (c) Qual é a fórmula para f.<" In x d.r. 11 2: I? Confira sua
11 com duas casas decimais, a área da superfide gerada pela
resposta usando un1 SAC.
rotação. em tomo do eixo x~ da curva)'= xl, - I ~ x 5 I.
snow
Capítulo 8 Técnicas de integração 595

110. Calcule as integrais


(a) f ~~~i'"
J:
dx (b) f In;'· d;r
.1'
(C) f ln;<d•·
X
O.t'ldc n é um inteiro po!:itivo arbitrãrio. O seu SAC
(d) Que padrão você percebe? Determine a fórmula para encontra o resultado?

f ln x dx
.\'$
(b) En1 seguida, encontre a integral quando u = 1, 2, 3) s. 7.
Comente a complexidade d os resultados.
e depois veja se está correta cak-ulando·a com um
SAC. (c) Agora substitua x =(rr/ 2) - " e some a integral nova
com a antiga. Qual será o valor de
(e) Qual é a fórmula para
{rr/2 scn• X ?

f lnxd
:r" x. 11 ~ 2? }0 $tn"' .t + cos~r d "< ·
Esse cxerdcio ilustra como uma pequena cngenhosi·
Confira sua resposta usando um SAC. dade matemâtica resolve um problema que não pode
l i J. (a) Use um SAC para calcular ser solucionado imediatamente por um SAC.

Integração numérica
Como vimos, o modo ideal para calcular uma integral definida J: j(x) tlx
é encontrar uma fónnula F(x) para uma das primitivas de f(x) e calcular o
número F(b) - F(n). Mas algumas primitivas são difíceis de encontrar, e ou·
tras ainda, como as primitivas de sen (xl), J /ln x c .J1 + x... não têm fórmulas
elementares.
Também pode acontecer de urna função ser definida por uma tabela
cujos itens foram obtidos experimentalmente, por meio da leitura de ins·
trumentos. Nesse caso, pode ser que nem mesmo exista uma fórmula para
a função.
Seja qual for a razão, quando não podemos calcular uma integral defi-
nida com uma primitiva. recorremos a métodos numéricos, como a regra do
trapézio e a regm de Simpsou, descritas nesta seção. Em geral, quando com ..
paradas às diversas regras de rctàngulos apresentadas nas seções 5.1 c 5.2,
essas regras exigem muito menos subdivisões do intervalo de integração para
chegar a resultados precisos. Também estimaremos o erro em que se incorre
ao uf"'r t ~i$ método$ de aproxitn:tç:io.

Aproximações trapezoidais
Quando não podemos determinar uma primiliva para uma função f que
precisamos integrar, dividimos o intervalo de integração, substituímos/ por
um polinômio ajustado bem próximo a f em cada subintervalo.~ integramos
os polinômios e somamos os resultados para aproximar a intcgr;:tl de f. Enl
nossa explanação, vamos supor que/ é posiliva. mas na verdade o único rc·
quisito é que f seja contínua ao longo do intervalo de integração [a, bl.
A regra do trapézio para o vaJor de uma inte,gral definida baseia·se em
aproximar a região entre uma curva e o eixo x com trapézios. em vez de
triângulos, como se v/; na Figura 8. 10. Na subdivisão. não é necessário que
os pontos x0 , x 1, x.:, ...• x~~ da figura estejam separados por espaços idênticos,
596 Cálculo

mas a fórmula resultante será mais simples se eles estiverem. Vamos supor,
portanto. que o comprimento de cada subintervalo seja
b- n
Ax = - -
11
O comprimento Ax = (b- a)/11 recebe o nome de tamanho do passo. ou
tamanho da malha. A área do trapézio que fica acima do í-ésimo subinter-
valo é

FIGURA 8.10 A regra do trapézio aproxima onde )';. 1 = j(x,. 1) e y1= ft.x1). Essa área é o comprimento 6xda ..altura" horizontal
pequenos trechos da curva y = j(x) por scg- do trapézio vv.es a média de suas duas ''bases" verticais. (Veja a Figura 8.10.) A
rnentos de reta. Para fazer uma aproximação área sob a curva y = j(x) c acima do eixo x é, então, aproximada pda soma das
para a integral de f de a até b, somamos as áreas áreas de todos os trapézios:
dos trapézios obtidos pela ligação dos externos I I
de cada segmento com o eixo x. T = 2()~ + J'1lAx + 2(>'1 + n)il.x + .. .
I
+ 2(J',-l + J'n - 1lâx + 2I (y•• , + y,)óx
)'

s âx (tYo + Yl + )'2 + .. . + J'n-1 + ty.)


I = T
Ó.Y()'O+ 2yl + 2)·~ + ... + 2y•. , + y.)
ya ,1;'2

I onde

J'O = /(ll). J'1 =/(.r,). Yn = /(b)


I
I .J

A regra do trapézio di.z: use T para estimar a integral de f de a até b.

"i6 A regra do trapézio


J:f(x)dx, use
o
/ ?$
i6

'
'i :i . 1 2
'
·'
Para fazer uma aproximação para

r= ~· G 2y,
+ + zn + ... + 2y,_, + y.)
Os y' são os valores def nos pontos da partição
FIGU RA 3.11 A aproximação trape- x0 = n, x1 = a+ ax. Xz. = a+ 26x, .. . , x,,. 1 = n + (n -l)ax. x,. = b.
zoidal da área sob o gráfico de y =x' onde Ax = (h - a)hr.
de x - l até:< - 2 é ligcirnrncntc $upc 4

rcstimada.
EXJiMPLO I Aplicando a regra do trapézio
1
TABELA8.3 Use a regra do trapézio com , = 4 para eslimar/1 x1 dx. Compare a
X y=x' estimativa com o valor exato.
I I SOI.UÇÃO Divida I I, 2) em quatro subintervalos de igual compri-
5 25 mento (Figura 8.11). ()epois calcule y = x' em cada po11to da partição (Ta-
4 T6 bela 8.3).
6 36 Usando esses valores de y, " = 4 c Ax = (2 - 1)/4 = 114 na regra do
4 T6 trapéz.i~ temos

7 49
4 T6
2 4
Capítulo 8 Técnicas de integração 597

T e ~ 0~ + 2y, + 2)~ + 2)'3 + Y•)


- t(~ +2on +2G~) +2(~~) +4)
75
= 32 = 2•34375

A aproximação T superestima a integral em mais ou menos 0,5% de


seu valor real de 7/ 3. O erro percentual é (2,34375 - 7/3)(7/3) ~ 0,00446
ou 0,446%.

Poderíamos ter predito que a regra do trapé-.tio iria superestimar a in·


tegral n.o Exemplo I considerando a geometria do gráfico na Figura 8.11.
Como a parábola tem concavidade pam cima, os segmentos de aproxima·
ç1o lican'l acima da curva. dando a cada trapé-tio uma área um pouco maior
que a faixa correspondente sob a curva. Na figura 8.10. vemos que os seg·
mentos de reta situam-se sob a curva nos intervalos onde ela é côncava para
baixo, levando a regra do trapézio a subestimar a integral nesses intervalos.

f.X.EJIIPLO 2 Calcul,mdo a média de temperaturas


Um observador mede a temperatura externa a cada hora desde o
meio-dia até a mcia·noitc, registrando as temperaturas na tabela a seguir.

Tempo 12 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ll o
Temp. 63 65 66 68 70 69 68 68 65 64 62 58 55

Qual foi a temperatura média para o período de 12 horas?


SOLUÇÃO Estamos procurando o valor médio de uma função
contínua (temperatura) da qual conhecemos valores em tempos dis-
tintos que estão afastados entre si por uma unidade. Precisamos en-
contrar

M(j) = I 1•
b - a ~~
f (x) d<

sem ter uma fórmula paraj(.<). Entretanto, a integral pode ser aproximada
pela regra do trapézio, usando as temperaturas da tabela como valores da
função nos pontos de uma divist1o de 12 subintervalos do intervalo de 12
horas (fazendo 6x = I).

T= ~ 0·o+ 2y1 + 2y1 + .. · + 2y 11 + y 11)


= t (63 +2-65 + 2-66 + ... +2. 58 +55)
= 782
598 Cálculo

Usando T paro aproximar j: f(x) dx, temos


1
M"l"' - - · r - J... 782 "' 65 11
v b- a 12 '
Arredondando para a precisão dos dados fornecidos. estimamos a
temperatura médi.a como sendo 65 graus.

Estimativas de erro na aprox imação trapezoidal


Quando n aumenta e o tamanho do passo ax = (b - a)/n tende a zero,
podemos usar T para aproximar o valor exato de j 'f(x) dx. Para entender
por que, escreva "

r= âx (t>~ + y, + Yl + ··· + Yn· l + t>'•)


I
• (y, + >~ + · ·· + y.)llx + 2(Yo - y,) ó.x

• I
= ~f(x.)ll.r + 2U(a) - f(b)] llx

Quando n->- c 6.<-> O,

.
~f(x,)óx- " f(x) dx
ih e t U(a) - /(b)]óx- O

Portanto,

lim
, --
r= ib
.,
f(x)d< +o = ib
/J
f(x)dx

Jsso si.gnjfica que, em teoria. podemos tornar a diferença entre Te a inte·


graltão pequena quanto quisermos, bastando para isso escolher um n grande
o suficiente, pressupondo somente que f seja integnlvel. Na prática, porém,
corno podemos afirmar o tamanho que 11 precisa ter para dada tolerância?
Respondemos a essa pergunta com um resultado do ccllculo avançado.
r
que diz que, se é contínua em (a. bl. então

1. f(x)d,·
b-"
= r - """1"2 . J"(c)(tJ..,)2
'
para algum número c entre a e b. Assim~ quando âx tende a zero. o erro de·
finido por

Er = - -
b- a •
12- · f"(c)(ó.x)·
tende a uro como o quadrado de ó.x.
A desigualdade
b- a ,
(Erl :s - - maxJ/"(.<)((ó.x}·
12
onde ma.x se refere ao intervalo la, bJ, fornece um limitante superior para
a •nagnitude do erro. Na prática. em geral, não conseguhnos achar o valor
exato de max [('"(.<)( e somos obrigados a estimar um límitantc superior ou
Capítulo 8 Técnicas de integração 599

um valor ~no pior caso"~ Se M é qualquer limitante superior para os valores


de lf"(x)J em (n, bJ, de modo que lf"(x)J,; M em (a, bj, então

IErI sb-1--2 a M ( ó x )2
Se substituirmos Ax por (b - r1)/11, teremos

M(b - t~)3
IErl s
1211 2
Essa é a desigualdade que normalmente usamos ao estimar JErl. Deter~
minamos o rnelhor M que podemos e. a partir dai. estimamos IErf. Isso pode
soar negligente, n>as funciona. Para tornar (Erl pequeno para dado M, sim-
p1csmentc tornrunos n grande.

Estimativa do erro na regra do trapézio


Se f" for contínua eM for qualquer limitante superior par-.t os vnlorcs de
lf 1 em (n, b], então o erro Er na aproximação por tropézios da integral
def de a até b para 11 passos satisfará a desigualdade
M(b - a) 3
lEr( s , 2
12

EXEMPJ.O 3 Limitando o erro da regra do tropétio


Determine um limitante superior para o erro cometido na estimativa

lon xscnxdx

}' ao usar a regra do trapé-tío com" = lO pass:os (Figura 8.12).


2 SOLUÇÃO Com n =O, b = rr c 11 =lO passos, a estimativa de erro dá
y =x senx
M(b - a)3 ,. .•
JErJ :S 12n2 = 1.200 M

O número M pode ser qualquer limitante superior para a magnitude


--;:J..L.-+--:!:--...i--+.< da segunda deri\oada de j(x) = x sen x ao longo de (0, rrl. Com um cálculo
o 2 #
rotineiro~ obtemos
FIGURA 8.12 Gráfico do inte-
grando do Exemplo 3.
r(x) =2 COS X - X SCilX

portanto
lr <x)J = 12cosx - xsen.<l
:s 21cos.r( + 1-<l sen .<l l•;'-'1\,\f 4.! ~n -ti
S 2·J +rr ·l • 2 +rr 1\UI\ol.~i."'\C.:~(!~ml , ~
fJ :s ,\ .- tr.

Podemos cont seguronça considerar M = 2 + rr. Portanto,

IErl s ~,
n' n 3(2 + rr)
200 M= ~,
200 < O, 133
O erro absoluto não é maior que 0,133.
Para maior precis..io, não tentaríamos melhorar M, mas consideraria·
mos mais passos. Por exemplo, com n =- 100 passos, temos
600 Cálculo

(2 + 7T)7Tl -l
lEr! ~ 120.000 < 0,00133 = 1,33 X 10

EXEMPLO 4 Ddcrrninando <}\liUltos p;,ssos são neccss.lrios par.'


uma precisão cspcdfic...l
Quantas subdivisões devem ser usadas na regra do trapézio para apro-
ximar

ln2 ~ j ' --x"-<


L

corn um erro cujo valor absoluto seja inferior a lO~.a?


SOLUÇÃO Com n; 1 e b ; 2, a estimativa de eno é
M(2 - 1)3 _ _M_
IEri ~ ,
12,-
- ,
12,-
Esse é um dos poucos casos em que conseguimos, de fato, determinar
max V'1, em vez de termos de nos contentar com um limitante superior M .
Com j(x) ; 1/x, detenninamos

/"(x) • ,tz, (x- 1) • 2.<-3 .1..3


dx- .<
Em (I , 2), y =2/K cai vertiginosamente de um máximo de y =2 até
um mínimo de y =1/4 (Figura 8.13). logo, M =2 e
)' 2 I
ya 1.
IErl :s 12111 = 611'
x'
2 ( I , 2) O valor absoluto do erro será, portanto, inferior a l O' ' se

1 100
- -<
6n2
lO""
• v'6 < 11, ou 40,83 < 11

O primeiro inteiro depois de 40,83 é 11 = 41. Com " = 41 subdivisões,


podemos garantir um cálculo de In 2 com um erro de magnitude inferior
a 10· ... Qualquer n maior que esse também vai funcionar.

FIGURA 8 .13 A função con-


tíuua )' = 2/x' tem ~cu \'alur 111á·
ximo ao longo de [I, 2) em x; I.
Regra de Simpson: aproximações usando parábolas
Tanto as somas de Riemann como a regra do trapézio fornecem aproxi ..
mações razoáveis para a integral de urna função contínua em um intervalo
fechado. A regra do trapézío é mais eficiente, fornecendo urna aproximação
melhor para pequenos valores de "· o que a torna um algoritmo mais rápido
para integrações numéricas.
Outra regra para aproximar a integral definida de uma f\1nção contínua
consiste em usar parábolas em vez dos segmentos de reta que formavam tra-
pé-zios. Assim como antes. dividimos o intervalo (n, bJ em n subintervalos
de igual tamanho Ir= ó.x-= (b - a)/n, mas desta vez vamos exigir que u seja
um n\amcro par. Em cada par consecutivo de intervalos. vamos aproximar
a curva y =j(x) ;, O por uma parábola, conforme mostrado na Figura 8.14.
Capítulo 8 Técnicas de integração 601

)'
Uma parábola típica passa por três pontos consecutivos (x1_ 1, y1_ 1), (x,, y,) e
(xi,,,y,.,) na curva.
V:lmOs calcular a árcâ sombrc~da sob uma padbola que passa por Irês
pontos consecutivos. Para simplificar nossos cálculos, primeiro conside·
ramos o caso em que .<0 =-h, x, = Oex,= h (Figura 8.15), onde /1 = Ax =
(b- a)/n. A área sob a parábola será a mesma se transladarmos o eixo y para
a esquerda ou para a direita. A parábola tem uma equação da seguinte forma
FIGURA 8.14 A regra de Simpson y=Ax' + Bx+ C
aproxima pequenos trechos da curva portanto a área sob ela de x = -h até x = h é
com parábolas.
A11 = 1•-· (Ax' + Bx + C)dx

y
J 8)
=4!...+2...+cx ]'
(0.)·1l 3 2 -·
(-fl.)'o)/

/ "\=Ax
-......<'•· y,J 2
+Bx+C 2AIIJ
= - -
3
+ 2Ch = 3h (2.Ah·
.,
+ 6C)

Yo Como a curva passa pelos três pontos (-h. y0 ), (O, y,) c (h. y,), também
temos

----~--~0~--~--~x
YO = Ah 1 - Bh + C, )'2 = Ah 1 + 8/r + C
_,, IJ

a partir do que obtemos


FIGURA 8.15 Integrando de -h até
h, descobrimos que a área sombreada C=y,
. "3 ()'o + 4y
e 1 + )'2) Ah2 - 811 a Yo - .1'1

Ah1 + Bh = Y2 - .1'1

1Ah2 = Yo + .1'2 - 2yl


Então, expressando a área Ar em termos das ordenadas y0, y 1 e y2, temos

Ap = 3"<2Ah 2 + 6C) = 3
" ((yo + )'2 - 2y,) + 6y,) = 3
" (J'O + 4yl + yz)

Agora, se transladarmos a parábola horizont<rlmente para a posição que


aparece sombreada na Figura 8. L4, a área sob ela permanecerá a me.sma. As·
sim, a área sob a parábola que passa por(...,, )'o), {x,. y 1) e (x,, y,) na Figura
~.14 aintb é

De modo análogo, a área sob a parábola que passa pelos pontos (:c.,, y 2),
(x,. y,) e (x,, y,) é

Calculando as áreas sob todas as parábolas e somando os resultados, te·


mos a seguinte aproximação
602 Cálculo

= "
3 (Yo + 4y, + 2y, + 4y3 + 2y, + ·· · + 2y. _2 + 4y._ 1 + y.)
Companion
O resultado é conhecido como a regra de Simpson e, novamente, é válido
Website
para qualquer função continua y = j(x) (Exercício 38). A função não precisa
Hiogr3fia histõrka
ser positiva, como na nossa explicação. Contudo~ para que possamos aplicar a
Thomas $jmpson regra, o número u de subintervalos precisa ser par. pois cada arco parabólico
(1720· L761) usa dois subintcrva1os.

Regra de Simpson
J:
Para aproximar f(x)dx, use

s = ~' (yo + 4y, + 2n + 4y; + · ·· + 2)'.-2 + 4y._, + y.)


Os y's usados são valores de f nos pontos da partição
x0 =a, x1 = a + IJ.x, x.z =a + 2tu-~ ... , x"'_1 = a+ (11 - I )óx, x, = b
O número 11 é par e f>x = (b - a)/11

Observe o padrão dos coeficientes na regra anterior: !, 4, 2, 4, 2, 4, 2, ... , 4, 2, I.

TABELA8.4 F.XEMPI.O 5 Aplicando a regra de Simpson


y=5x4
X
n
Use a regra deSimpson com = 4 para aproximar J:sx"' dx.
o o SOLUÇÃO Divida (O, 2) em quatro subintervalos c calcule y = Sx'
I 5 nos pontos da partição (Tabela 8.4). Depois aplique a regra de Simpson
2 i6
comn=4eAx= 1/2:
I 5
3 405 s= ~· 0'o+ 4y, + 2n + 4y3 + Y•)
2 "'i6
2 80 = i (o + u6) +
4 2(5) +4 elo;) + 80)
= 321..
12
Essa estimativa direre do valor exato (32) por somente 1/12, um erro
percentual de menos de três décimos de um por cent·o, e obtivemos isso
usando só quatro subintervalos.

Estimativas de erro na regra de Simpson


Para estimar o erro na regra de Simpson, começamos com um resultado do
cálcuJo avançado segundo o qual. se a quarta derivadaf t't) ê contínua, então

l b
A<) tlt = S -
b - "
1"80 · f'>(c)(Ax)4
para algum ponto c entre a c b. Assim, quando Ax tende a zero, o erro
Capítulo 8 Técnicas de integração 603

tende a zero como a quarta potéttcin de ax. (Isso ajuda a explicar por que a
regra de Slmpson costuma dar melhores resultados que a regra do trapézio.)
A desigualdade

onde ma.x se refere ao intervalo Jn, bl, fornece um limitante superior para a
magnitude do erro. Assim como acontecia com max 1f ·1 na fórmula do erro
da regra do trnpézío, em geral não conseguimos determinar o valor exato de
max lf1' 1(x)l e somos obrigados a substituí-lo por um limitante superior. Se
M é qualquer limitante superior para os valores de v<•)l em [a, b], então
b - CI M( t.x}'
IEsI :S ISO
Substitt•indo t.x por (b- a)/u na última expressão, temos
M(b - a)5
IEs I s -'--,-
180,.~

Essa é a fórmula que costumamos usar para estimar o erro da regra de


Simpson. Determinamos um valor ra?.oável paraM e, a partir dai. esti.m~unos !Esf.

Estim:,ativu de erro na rc.-gra dt Simpson


Sef1' 1 for contínua eM for um limitante superior para os valores de !f'' I
em (a, b], então o erro E,, quando usamos a regra de Simpson para apro·
ximar a integral de f de a até b para 11 passos. satisfará a desigualdade
M(b - a) 5
IEsl s 18011•

Como acontece com a regra do trapézio~ raramente conseguimos encon·


trar o numor valor possível de M . Sirnplesmcnte encontramos o melhor valor
que podemos e seguimos em frente.

EXEMPLO 6 Limitando o trro na regra dt: Símpson


Dctcmline um limitante superior para o erro quando estimamos
J:Sx' de 4
tlxusaodo a regra Simpson. com 11 = (Exemplo 5).
SOLUÇÃO Pard c:stimar u cno, primeiro t.lctcnuiuamus um limi•
tante superior M para a magnitude da quarta derivada de j{x) = Sx' no
intervalo O:5 .< :5 2. Como a quarta derivada tem o valor constante t <•l(x) =
120~ consideramos M = 120. Com b - a = 2 e tJ = 4, a estimativa de erro
para a regra de Simpson resulta em
IEsl :S M(l>- a)S • 120(2)5 • ..L
180114 180· 4 4 12

EXEhiPLO 7 Comparondo asaproximaçõcscom a regra do trapézio


c com a regra de Simpson
Como vimos no Capitulo 7, o valor de In 2 pode ser calculado a partir
da integral
snow
604 Cálculo

j,'
A Tabelo 8.5 mo:o;tro valorcto de Te de S paro oproximações de (1/x) dx
usando vários valores de u. Veja como as aproximações da regra de
Simpson são nitidamente melhores que as da regra do trapézio. Em par·
ticular, observe que, ao dobrarmos o valor de " (reduzindo assim o '"'lor
de /1 ~ ó.x pela metade), o erro T é dividido por 2 ao qmtdrrtdo, enquanto o
erroS é dividido por 2 elevado ti quarftl.

TABELA8.S Aproximações da regra do trapézio (T. ) e da regra de


j,'
Simpson (S. ) para In 2 = (I f x) tlx

IErro I IErrol
n T.
menor que...
s. menor que ...

lO 0,6937714032 0,0006242227 0,6931502307 0,0000030502


20 0,6933033818 0,000 15620 13 0,6931473747 0,0000001942
30 0,6932166154 0,0000694349 0,6931472190 0.0000000385
40 0,6931862400 0,0000390595 0,6931471927 0,0000000122
50 0,693 I 72 I 793 0,0000249988 0,6931471856 0,0000000050
100 0,6931534305 0,0000062500 0,6931471809 0,0000000004

Isso tem um efeito drástico quando ó.x ~ (2 -l)f11 se torna muito pe-
queno. A aproximação de Simpson para 11 = 50 arredonda o valor com preci·
são de sete casas e, deu = 100. de nove casas dec.imais (bilionésimo)!

Sej{x) for um polinômio de grau menor que 4, então sua quarta derivada
será zero e

Es = - b - a rl' l(c)(ó.x)' = - b - a (O)( ó.x )' = O


180 )" • 180
Asshn~ não haverá erro na aproximação de Simpson para qualquer inte-
gral def Em outras palavras, se /for uma constante, uma runção linear. ou um
polinômio cúbico ou quadrático, a regra de Simpson fornecerá o valor exato
de qualquer integral de f, seja qual for o núme.ro de subdivisões. De modo
análogo, se f Cor uma constante ou uma função linear, ent-ão sua segunda de-
rivnda será zero c
b- a
Er = - -12- j • (c)(ó.r)'
• b- a •
. = - -12
- (O)(ó.x)' =O

A regra do trapézio vai, portanto, fornecer o valor exato de qualquer integral


de f Isso não é surpresa, visto que os trapézios encaixam-s-e na curva perfeita-
mente. Embora teoricamente a diminuiç.i.o no tamanho do passo óx reduza o
erro nas aproximações de Simpson e do trapézio. na prática isso pode falhar.
Quando ó.x é muito pequeno (por exemplo, ó.x = IO.'h os erros acumula-
dos pelo computador ou calculadora (na aritmética necessária para calcular
Se 1) podem se acumular de tal maneira que as CórmuJas para erro não con -
seguirão descrever o que está realmente acontecendo. Diminuir llx abaixo de
certo tamanho pode fazer as coisas piorarem. Se você estiv-er tendo problemas
com arredondamento, sugerimos que procure métodos alternatjvos em um
livro de análise numérica, pois isso não está entre os tópiCQS deste livro.
Capítulo 8 Técnicas de integração 605

EXEMPLO 8 Calcule

com a regra de Simpson.


SOLUÇAO A quarta derivada de fl..t) = x' é zero, portanto espera-
mos que a regra de Simpson forneça o valor e:xato da integral com qual-
quer número (par) de passos. De fato, com 11 = 2 e !J.x = (2 - 0)/2 = I,

S = ':-' (yo + 4y, + )'2)



= .l((O)-' + 4( 1)3 + (2)' ) = 11 = 4
3 3
enquanto

r 3
Jo .r tlx =
4 2
4r ] 0 = 416 - O= 4

EXEMI'LO 9 Drenando um P'.Íntano


Uma cidade quer drenar c aten·ar um pequeno pãntano poluído
(Figura 8.16). O pântano tem uma profundidade média de S pés. Quantas
jardas cúbicas de terra aproximadamente se.rão necessárias para preen-
cher a área depois que o pântano for drenado?
SOLUÇÃO Para calcular o volume do p<intano, estimamos a área
da superficie e muhjpJicamos por S. Para estimar a área, usamos a regra de
Simpson com !J.x = 20 pés e os y iguais às distâncias medidas longitudinal-
Espo.çanll.·nto hori:{.ontal • 20 pé,o; mente no pântano, como se vê na Hgura 8.16.
FIGURA 8.16 Dimensões do pân- IJ.x
S=3(y, + 4y, + 2y, +4y, + 2y, +4y, + y ,)
tano do Exemplo 9.
20
= (146+488+ 152+216+80 + 120 + 13) =8.100
3
O volume é de aproximadamente (8.100)(5) = 40.500 pés' ou 1.500 jardas' .

Exercícios 8. 7
Esti mando integrais 11. Usando a regra de Simpson

As instruções para as integrais nos exercícios 1-10 têm (a) Estime a integral com 11 = 4 passos e determine um
duas partes, uma para a regra do trapézio e outra para a regra limitante superior paro IEsl·
deSimpson. (b) Calcule a integral diretamente c determine IEsl·
1. Usando a regra do trapézio (c) Use a fórmula CIEsl/(valor real)) x 100 para expressar
(a) Estime a integral com n = ~1 passos e determine um IEsl como porcentagem do valor real da integral.
limitante superior para lEr!.
(b) Calcule a integral diretamente c determine IE.,j. L l 2
xtlr 2. /,' (2.r - I) tlr

(c) Use a fórmula <IE,-1/(valor real)) x 100 para expressar


lEr! como porcentagem do valor real da integral.
3. 1'- I
(.v' + l)d.r 4. 1:(.r 2
- l)<i<
606 Cálculo

6.1'_, (r3 + l ) tlr

1. j 'l ;ztls R. {'~


},(s -1)2
I <ls (cosee' y)Ycoogy

9. fo~ sentdt 10.1 1


scnTTtdt
0.78540
0.88357
2.0
1.51606
0,98175 1,18237
Nos exercícios 11-14, use os valorts tabulados do inte· 1,07992 0,93998
grando para estimar a integral com (a) a regra do trapézio 1,17810 0.75402
1,27627 0,60 145
e (b) a regra de Simpson com " = 8 passos. Arredonde suas 1.37445 0,46364
respostas para cinco casas dec-imais. Depois (c;) determine o 1,47262 0,31688
valor exato da integral e o erro na aproximação para Er ou E5, 1,57080 o
como for apropriado.
11 . J.'x~dr O número mínimo de subintervalos
- - - -==
.r~
Nos exercícios lS-26, estime o número mínimo de subin·
X tervalos necessário para aproximar as integrais Gom um erro
de magnioude inferior a 10"4 (a) pela regr~ do orapézio e (b)
o 0.0
p<:la regra de Simpson. (As integrais dos exercícios 15-22 são
0,125 0. 12402
0.25 0.24206 as mesmas dos exercícios 1-8.)
0.375 0.34763 2 3
0,5 0,4330 1 1;. j .<t!r 16. ] (2x- l )<lr
0,625 0,48789
0,75
0,875
0.49608
0,42361 17.1>·•' + l) tlr 18.1>•' - l )cú
1,0 o
19. f.'(r 3
+ t )dt zo. J : (r' .. l ) til
12.
!.' v'16 +
o
tP
tiO
21 .
1' zI ds
s
22.
!.• I
(s - I)·
., tis

o
o
O/ Y I6 +O'

0,0
23. f.' v.;:+!"·' 24, f.' ~(/X
.v + I
0,375
0.75
1.125
0,09334
0,18429
0.27075
2S. J.' scn (.r + I) tlr 26.1°_, oos tx + -rr)dv

1,5 0,35112
1,875 0,42443 Aplicações
2,25 0,49026
27. Volume de água em uma piscina Uma piscina rctan·
2,625 0,58466
3.0 0.6 guiar Iem 30 pés de largura e 50 pés de comprimento. A
.,, 3
tabela a seguir mostra a profundidade lo(.r) da água com
13 •
1-'ttf l
COS I
(2 + scn 1)~
I
" (I
intervalos de 5 pés de uma extremidade da piscina até
a outra. Estime o volurne de :.igua na piscina usando a
regro do trapézio com 11 = lO, aplicado à integro!
scn tl'

!."
( 3 cost)/ (2 +
V= 30·h(.r) <lv
- 1.57080 0,0
- 1.17810 0.99138 Pos~o(pfs) Profundidadt Po.si<'ãO (pk:) Profun(lidadt'
-0,78540 1,26906 (p<o) (pu)
- 0,39270 1,05961 X h{.r) .< h(x)
o 0,15 o 6.0 30 11 ,5
0.39270 0,4882 1 5 8.2 35 11 .9
0.78540 0.28946 tO
1.17810
1.57080
0.1 3429
o
t5
20
9.1
9,9
10,5
40
45
50
12.7
12.3

13.0
25 11,0
Capitulo 8 Técnicas de integração 607

28. Suprindo un1 lago com peixes Como encarregado dos 30. Re~~istência aerodinâmica A resistência aerodinâmica de
peixes e da pesca no lago de sua cidade. você é responsá· um veiculo é determinada em parte pela área de sua seção
vel pelo devido suprimento de peixes antes da estação de transversal. Portanto, mantidos os outros fatores iguais. os
pesca. A profundidade m&lta do lago é de 20 pés. Usando engenheiros tentam tornar ess~ área a menor possrvel. A
um rnapa com escala, você mede a distância de um lado a partir do diagrama, use a regm de Simpson para estimar
outro do lago a intervalos de 200 pés, como se vê no dia- a área da seção transversal do ~orpo do automóvel Solcc-
grama a seguir. tria•, movido a energia solar, projetado por }ames Wordcn,
do MIT (Massachuscus lnstitute ofTcchnology).
(a) Use a regra do trapézio para cstima.r o volume do
lago.
(b) Você planeja começar a estação tendo no lago um peixe
por 1.000 pés cúbicos, e pretende que no fim da tempo-
l
rada reste pelo menos 25% da população de peixes que
existia no dia da abertura. Qual é o número máximo
26]\I/====I=SUl_J.::!-1- --ll
de licenças que a cidade pode vender se a média por
temporada de pesca é de 20 peixes por licença?
O >é

29. Ford~ Mustang Cobra,., . A tabela a seguir apresenta


dados de tempo e de velocidade para um Ford Mustang
31. Desenho da asa O projeto de um novo avião exige um tan·
Cobra I994 acelerando a partir do repouso até atingir
que de gasolina com a áre.1 da sc;;ão transversal constante em
130 mi/h. Que distância havia percorrido o Mustang no
cada asa. Apresentamos o desenho de uma seção transversal
momento em que atingiu essa vdocidadc? (Use trapé-tios
em escala. O tanque deve conter 5.000 lb de gasotina cujo peso
para estimar a área sob a c-urva de ve1ocidade. mas tenha
específico é de 421bipés'. Estime o comprimento do tanque.
cuidado: a duração dos intervalos de tempo pode variar.)

Mudança de velocidade Tempo (s)

Zero a 30 miJll 2.2


40 milh 3.2 ."o • I.S~. )'I • 1.6 ~. y1• 1.8 ~. y f- l,9 j>é.
50 milh 4,5 Y4 • :!.O pé$. Ys • Ytt • 2. 1 pés, l>istât\(3 hori"'t.óntal • t pé
60 milh 5.9
70 milh 7.8 32. Consumo de óleo na ilha de Pathfinder Um gerador
80min1 10.2 movido a diesel func.iona continuamente, consumindo
90milh 12,7
IOOmilh 16,0 óleo a uma taxa que aumenta de maneil'a gradual até que
tiO miih 20.6 seja temporariamente desligado para troca dos filtros.
120 milh 26.2
Use a regra do trapézio para estimar a quantidade de óleo
130 milh 37,1
consumida pelo gerador dural'~.tc determinada semana.
Fome.: Car(mt/ Dril'í'r, alui I 1994.
608 Cálculo

Taxa de consumo de numericamente porque não há uma expressão elementar


Dia
óleo (litros/hora) para a prinlitiva de e"'.•
Domingo 0,019 (a) U<ea regra de Simpson,com n = 10, paraestimarerf(l).
Segunda 0,020
(b) Em [O, I[,
Terça 0,021
Quarta
Quinta
0.023
0,025
1::,: (.-··)I.. 12
Dê um limitante superior para a magnitude do erro
Sexta 0,028
da estirnati\ra no item (a).
Sábado 0,031
Domingo 0,035 35. (Co11tinuação do Exemplo 3.) Os limites de erro para E,- e
Es são estimativas .. no pior caso': e as regras do trapéz.i<>
e de Sirnpson são. em gcraJ, mais precisas do que as cstí·
Teoria e exemplos mativns sugerem. No Exemplo 3) a estimativa da regra do
33. Valores úteis da função seno· integral A função s.eno· trnpézio para J: scn
x .t (/x é um exemplo disso.
;ntegral
X xsen x
S.( l J.•sen
1x = - -r d t "seno-intcgr;:al de x"
' r o o
é uma das muitas funções, na engenharia, cujas fórmulas (O, I )r. 0,09708
(0.2),. 0,36932
não podem ser simplificadas. Não há uma fóm1ula clemen· (0.3)rr 0,76248
lar para a prlmitíva de (sen t)/t. Entretanto, os valores de (0,4 )r. 1,195 13
Si(x) são rapidamente estimados por integração numérica. (O.S)r. 1.57080
Embora a notação não mostre isso explicitamente, a fun· (0.6),. 1,79270
ção que está sendo integrada é (0,7)1f 1,77912
scnr (0.8)r. 1.47727
- . tt'O (0,9),. 0,87372
f (t) =
{
I ., o
I. I= 0
a extensão contínua de (sen t)lt para o intervalo (O, x). A (• ) Use a regra do trapé-lio, com 11 = I O, para aproximar o
função tem derivadas de todas as ordens em cada ponto valor da integral. A tabela à direita fornece os valores
de seu domínio. Seu gráfico é liso e você pode esperar de y necessários.
bons resultados da regra de Simpson. {b) Detcnnine a 1nagnitude da diferença entre rr) o valor
y da integral e a aproximação que você fez no item ( a).
Você descobrirá que a diferença C consideravelmente
menor que o limitante superio_ r de O, 133, calculado
com t1 ; lO no Exemplo 3.
(c) O limitante superior de 0,133 para IErl no Exemplo 3
D poderia ser um pouco melhorado se tivéssemos um
(a) Use o fato de que lf"1 1 s 1 em (O, 1'1'/2j para dar um limitante melhor para
limitante superior ao erro que ocorrerá se Jr(x)J ; J2cos.r - .r seuJ

si (~) = 1Nl sc;tclt em (0, n). O limitante superior que usamos era 2 +
11. Faça o gráfico de f" ao longo de [O, rr] e use os
for estimada pela regra de Simpson, com t1 = 4. comandos "Trace~ ou ·•zoom'' para melhorar esse
(I>) Estime Si(n/2) pela regra de Simpson, com"= 4. limitante superior.
Use o limitante melhorado C·Omo M para fazer
(c) Expresse o limite do erro encontrado no item (a) como
uma estimaliva melhor de (ErJ. Observe que a apro-
porcentagem do valor obtido no item (b).
x·imação com a reg(a do trapézio feita no item (a)
3-1. A função erro A fimf<io erro ainda é melhor que essa estimativa melhorada.

err(x) = .:}; J.".-•'tlt 36. (Co11timwç•io do Exercício 35.)


111 (•) Demonstre que a quarta derivada de j(x) = x sen x é
importante na probabilidade e nas teorias do Ouxo de
calor e de transmissão de sinais, deve ser calculada f 4
i (.<) c -4 COS X + X $CO X
snow
Capítulo 8 Técnicas delntegraçao 609

Us< os comandos "Trace" ou • zoom" para achar (d) Explique como o erro do limite para Er cxplica opa-
um limitante superior M pam os valores dc lf''11 drão observado no item (c).
em [0, 11(.
4-1 . (Cotrtimtaç<io do Exerr:lcio 43.) Repita o Exercício 43 com
( b) Us< o valor d< M obtido na parte (a) para achar um a regra de Simpson e Es-
limitante supcríor para a magnitude do erro ao se n·
ti mar o valor de 45. Considere a integral f ,sen (x' ) tlx

1.• x scn.rd.t
(a) Det<rmin<f" para j(x) = scn (x')
(b) Trace o gráfico de y = fi:x) na janela de (- 1, I) por
pela regrn d< Simpson, com 11 = I O pusos. l-3,3).
(c) Use os dados da tab<la do Ex<rdcio 35 para <sti-
J:
mar .tscn x dx pela regra de Simpson. com n e
(c) Explique por que o gráfico do item (b) sugere que
Vix)(S3para-l SxS I.
lO passos.
(d ) Mostre que o <rro ntimado para a regra do trnpétio
(d ) Com seis casas d<eimais, determine a magnitude da nesst' caso toma·st
diferença entrt sua estimativa no ittm (c) e o \'alor
( Ax)'
real da intcgrnl, "· Voe~ vai descobrir que a estimativa (E,(s - 2-
de <rro obtida no item (b) é muito boa.
(c) Mostre que o erro da regra do trapézio tertl magnitu-
37. Prove que a sorna T na regra do trapézio para{. f(x)dx
de menor ou iguala 0,01 se Ax s 0,1.
é uma soma de Ricmann para/ continua em [a, b). (Dica:
(f) Quão grande" dev< ser para Ax s O, I!
Use o 1corcma do \'lllor intcrmcdit\r'io parn demonstrar a
existéncia de '• no subintcrvolo [x, 1, x,l que satisfaz fie,)= <16. Considere a integral j' sen (x
•I
1
) tlx.
(!(x••,) + j(x,))/2.) (a) Determinef' 1 parn j(x) • sen (.<'). (Talvez você quei-
38. Pro,•e que a somaS nn regra de Slmpson para f(x) dx J: ra verificar sua resposta com um SAC, se liver algurn
é uma soma de RiemtUll\ para/ continua em (a, b(. (Veja disponível.)
o Exerddo 37.) (h) Trace o g«ífico de y = f"(x) na janela de l- i, IIJ>Or
l-30, 101.
D Integração numérica (c) Explique por que no ítem (b) o grófico sugere que
Como mencionado no Inicio da seção, as integrais defi- lf''l(.<)[ ,; 30 para -I sx S I.
nidas de muitas funções contínuas não podem ser calculadas (d) Mostre que o erro estimad o para a rcgr;~ de Simpson
com o teorema fundamental do a\ leu lo porque suas primitivas nesse caso torna~se
nilo tfm fórmulas elementares. A integração nuonérica oferece
(Ax)'
um caminho prático p~u'3 estimar os vollores das chamadas in· (E,( s -
1-
ttgrais trno tlemttrlllm. Se sua calculadora ou seu computador
<~l Mostre que o erro da regra de Simpson tcr.l magnitu-
dispócm de uma rOiina para lnt<graçilo numérica, experimen-
de menor ou igual aO,OIS<! Ax s 0 ,4.
te-a nas integraís dos exercícios 39- 42.
(O Quão grand< n deve ser para Ax S 0,4?
39. I . 1 + x• ·' -
Vr.---7
I + X~c.u
~ -.~a
'"--~...-o~~..,..S<-W10n
'I-
47. Um vaso Desejamos estimar o volum~ de um va.so p;lr.l
/.
..se:; " ioi<J:nl do l::.rnl<lo Jl. .....
..tuJMdo ........... -lpo&
O Oore-.c util~o comence um.a cakuladoraJ um barb:mle
JO.
!. X tJ.x
"' ...lllilnno
11m
-. lnlcv*"""
fO'I'i\"'0 ~
ComD 10 . C1n,~·ultO.
e uma régua. A altura do vaso é d< 6 polegadas. Usamos
tntão o barbante e a rigua para determinar dh·crsu cir·
conf<réndas do vaso (<rn polegadas) com intervalos de
l 1 iinlqr~ .auoc'"..ad. C0W1 .1 meia polegada. (Essas medidas são apresentadas ao lado
.."i<> ......
do vaso no S<ntido boca-fundo.)
42. J."·' 40V I - 0.64 cos 1
1 dt
C)..-:•~~~~torimdMod.adipM (r ~S)
1 ~l I f Circunferências
43. Considere a inttgral J
:scn x dx. 5,4 10,8
4,5 11,6
0 (a) Determine a aproximaç.'o da regra do trapézio parn 4,4 11,6
" . 10, 100 c 1.000. 5,1 10,8
(b) Registre os erros com o m.-\ximo de casas decimnis 6,3 9,0
que puder. o 7,8 6,3
(c) Que padrão voe~ v~! 9,4
snow
61 O Cálculo

(a) Determine as irea.s das seções transversais corres.. de água o Pipedream desloca? (0 deslocamento é
pondentes às circunferências dadas. dado em libras) para pequenas embarcaçõe-s, ou em
toneladas longas (I tonelada lo.>ga = 2.240 libras),
(b) Expresse o volume do vaso como uma integral em re-
para barcos maiores. (Dados obl-tdos de francls
lação a y ao longo do intervalo [O, 6). S. Kinney, Ske11ú e/cments of yncllt desíg11, Dodd,
(c) Faça uma aproximação para a integral usando a regra Mead, 1962.}
do trapézio, com 11 = 12. (c) Coeficientes prismáticos O c<>elkiente prismá-
tico de um barco é a razão entre o volume deslocado e
(d) Faça uma aproximação para a integral usando a regra
o volume de um prisma cuja altura seja igual ao com·
de Simpson, com n =12. Na sua opinião, que resultado
primento do barco na linha da água c cuja base seja
é mais preciso? Justifique sua re-sposta. ígual à área da maior seção transversal submersa do
4-8. Deslocamento de água por um veleiro Para determi- barco. Os melhores veleiros têm coeficientes pris·
nar o volume de água deslocado por um veleiro, é comum máticos entre 0.5 1 e 0.54. Determine o coeficiente
dividir a linha da água ern lO subintervalos de igual com- prismático do Pipcdrcam, dad<>s o comprimento
primento, medir a área da seção transversal A(.<) da parte da linha da água de 25,4 pés e a área da maior scçiío
submersa do casco em cada ponto da partição e depois transversa.! submersa de 16,14 pés' (na Estação 6).
usar a regra de Simpson para estimar a integral de A(x)
49. Integrais elípticas O comprimento da elipse
de um extremo a outro da linha da água. A tabela a seguir
apresenta as medidas crn ..estações·· (como os pontos da 11 x = açost. y = bscnt. O :s; 1 s 2rr
partição são chamados) de Oa 10, para o barco Pipedream.
O comprimento conmm para os subintervalos (distância
é
Comprimento= 4aJ o
.r·l' V I - ,cos·, dt
f!"' 1
entre estações consecutivas) é IJ.x = 2,54 pés (aproximada-
mente 2 pés e 6.5 polegadas. escolhido conforme a conve· onde e é a excentricidade da elipse. A integral nessa fór~
niência do constmtor). mula. chamada integral elípUca, é não elementar, exceto
quando e= Oou I.
{a) Use a regra do trapézio com n = lO pa.ra estimar o
comprimento da elipse quando a= 1 e e= 1/2.
{b) Use o fato de que o valorabsolutoda segunda derivada

-1 o 2 3 4 5 6 7 g 9 tO 11 t2
de /(t) = .J1 -e' cos' t é menor que I para determinar
' um limitante superior para o erro na estimativa que
'
(a) Estime o volume deslocado pelo Pipedream, arrcdon- você obteve no item (a).
dando para o inteiro (pés') mais próximo. 50. O comprimento de um arco da curva y = sen x é dado por

Estação Área submersa (pés')


11 /,. = {.:r
Vt + cos2 .rrJx
.o
o o Estime L pela regra de Simpson, com 11 =8.
1.G7
2 3,84 51. Sua empresa fabrica metais e está participando de uma
3 7,82 11 concorrência para produzir folhas d.e metal onduladas
4 12,20 para telhados. como as apresentadas a seguir. As scçõe.s
5 15,18 transversais dessas folhas têm a forma da curva
6 16,14
y = scn 3" .<. O :S .r
:S 20 pol
7 14.00 20
8 9,2 1 Se as telhas devem ser moldadas a partir de folhas planas,
9 3,24 por um processo que não estique o material) qual deve ser
lO o a largura da folha original? Para dcsco'brir, use integração
numérica para aproximar o comprimento da senóidc com
(b) As cifras da tabela são relativas à água do mar cujo precisão de duas casas decimais.
peso especifico é de 64 libras/pé'. Quantas libras
snow ~
Capítulo 8 Técnicas de integração 611

Polha origin~l Área de superfície


Determine, com precisão de duas casas decimais, a área
ela~ ~uperf'ic::ie.'\ eerncla$ peb rotnçii(l, em torno do eixo x. das
curvas dadas nos exercícios 53- 56.

S3. J' • scn x. Os x s 1r

54. ." - ..(l/ 4. o "'·' "' 2


:;:;. y = :r + scn 2x. - 21r/ 3 S :r S 2r./ 3 (u <::un•:-t do Exercício
52. Sua empresa de engenharia está se tllndidatando ao con· 5 do ~'Çào 4.4)
D trato para a construção de um túnel como o que se vê na !'6. y = j~ V36 - 2 O :-=
.f , x s 6 (a supcrficie do peso 1>arn prumo
figura a seguir. O túnel tem 300 pés de comprimento por 50
pés de largura na base. Sua seção tronsversal tem a forma que apllreeeu no Exercício 62 dn Seção 6.1)
de um arco da curva y = 25 cos (ltx/50). Ao fim da obra, a
superfície interna do túne-1 (exceto a rodovia) será tratada
com um selante à prova d'áglla cuja aplicação custaS 1,75 Estimando valores de função
por pé quadrodo. Quanto custará a aplicação do selantc?
(Dica: Use intergraçiio numérica para encontrar o com· 57. Use integração numérica para ~stimar o valor de

!....
primento da cossenóide.)
• - 1 06-
l
{.,\·
sen .> - • r.--;
. v I - ....2

Para sua referência. sen~• 0.6 = 0.64350 com cinco casas


decimais.
58. Use integração numérica parn estimar o valor de

Integrais impróprias
Até agora, as integrais definidas tiveram de exibir duas propriedades: primei..
ro, que o domínio da integração (a, bl fosse finito; segunda, que a imagem do in·
tegrando fosse finita nesse domínio. Entretanto. na prática. podemos encontrar
prob1ema.s que faz-em que não se cumpra uma das condições, ou mesmo as duas.
A integral para a <Írea sob a cun>a y = (In x)/:1 de x = I a x =co é um exemplo de
situação em que o dom(nioé infi11ito (Figura 8.17a). Já a integral para a área sob
a cun>a de y = I/ .j; entre x = Oex = I é um exemplo de situaçã<> em que a ima-
gem do integrando é infinita (Figura 8.17b). Nos dois casos, as integrais recebem
o non1e de impróprias e são calculadas como limites. No Capitulo li, Volume 11,
veremos que as integrois impróprias desempenham um importante papel quan-
do estamos investigando a convergência de artas séi"ics infinitas.
)'
y

y =.!!!.! y=-'-
0.2
·'' vx
0.1

-::-f---'---!---:!--.L..-!-~,-- .,
o 2 ~ 4 s 6
(a) (b)

FIGURA 8.17 As áreas sob essas curvas infinitas são finitas?


snow
612 Cálculo

Y Limites infinitos de integração


Considere a região infinita que fica sob a curva y = e-xJ: no primeiro qua-
clrnnte {Fignr:) ~. I R:t). Vo.c;l> pocfe pens:tr que e.,-c;:a regiilo tem nm:t árt':t infinit:t,
mas veremos que o valor natural atribuído a ela é finito. Eis como atribuímos
um valor a uma área. Primeiro obtemos a área ,t(b) da1>arte da região delími-
x
tada à direira por =b (Figura 8.18b).

y
(o) A(b) = 1• e-x!l dx = - 2e-xfl J: = - 2<!-hfl +2

Então encontramos o limite de A(b) quando b _. ~.


lim A(b)
b-oo
= IJ-;:,o
lim ( -2e-•ll + 2) = 2

O valor que atribuímos à área abaixo da curva de Oa oo é

(b)
b
- 1 M e-x/1. tl\· = lim 1''
b-• o
e-x/2 tlx = 2

FIGU RA 8.18 (a) A área no primeiro


quadranre sob a curva y = .->~> é (b) uma Definição Integrais impróprias do ripo I
inregral imprópria do primeiro lipo. Integrais com limites infinitos de integração são integrais impróprias
do tipo I.
I. Sej{x) é contfnua em la,~), então

}"
r f(x) dr = lim
b-•1"
r· f(x) dx

2. Sej{x) é continua em(-~. b], enrão

1>(x)dx .}}.•'!}_t j(x)d<


a

3. Scj{x) é continua em(-~.~). então

1: f(x)dx = 1>(x)dx + 1• J(x)(lr

onde c é qualquer número real.


Em todos os casos, se o limite é finito, dizemos que a integral impr6·
pria converge e que o limite é o valor da integral imprópria. Se o li-
mite não existe, dizemos que a integral imprópria diverge.

Pode ser demonsrrado que a escolha de c na Parre 3 da definição não é


importante. Podemos calcular ou determinar a con,•ergência ou divergência
de J :. f(x) dx com quaJquer escolha conveniente.
Se f 'i!. O no inrerva!o de inregraçào, qualquer uma das integrais na definição
y
dada pode ser interpretada como uma área. Por cxempl<>t interpretamos a integral
0.2 \'=~ imprópria da Figura 8.18 como uma área. Nesse caso. a área tem o valor finiro 2. Se
- ·'' f 'i!. Oe a integral imprópria diverge, dizemos que a ârt-a sob a e<1rva é infinita.
O. I

~~~----------~~~X F.XF.i\fPI.O 1 C 1lculando uma int<-gral imprópli a em 11 . ~)


O IJ ...,.
Aáreasobacur"•y = (ln.<)li dex = 1 ax = ~éfinita?Sefor,qual será ela?
FIGURA 8.19 A área abaixo SOLUÇÃO Enconrramos a área sob a curva de x =I a x =11 e exa-
dessa curva é uma integral im- minamos o limite quando b ~ oo. Se o limite ê finito. nós o tomamos
própria (Exemplo I). como a área sob a curva (Figura 8.19). A área de l a b é
Capítulo 8 Técnicas de integração 613

hlh''-q,çlo pot J'.lfh.'$

com " - In ·'· 1ft• r;.

cl:rbf, fltt • tlxh. I' •

1/....

• - !!!.É. - ! + I
b b
O limite da área quando b -> ~é

j- In .r tlr = lim
x2 b- w
jh
1
lnx dx
x2

o hm
b-~
----+
. [ lnb
b
I
b
1]

=-[umlnb]-o + l
b-oo b

Portanto. a integral imprópria converge c a área tem o 'talor finito 1.

F.XiiMJ>LO 2 Calculnndo uma integral Clll (--, oo)


Calcule

1• -
tlr
I +.\.1
SOI.UÇÁO De acordo com a definição (Parte 3), podemos escolher
c = Oe escrever

1- -10 -1!_
- I + .r
2
_!]!.._ + r
-- 1 + .<
2
)o
_!]!.._
I + .< 2
Depois resolvemos cada integral imprópria do lado direito da equação
acima.

1 0 -1!_ - lim
- I + ,,.'!. - .. - - - .,
10 _!]!.._
I + ,.(l
0
= lim tg - I x]
a- -• (I

= lim (tg- 1 b - tg- 1 O) = .!!. - O = .!!.


b-- 2 2
614 Cálculo

)' logo,

1 ~_,z
0.
~ I +
= !!. + !!. =
2 2
1t

Como 11(1 + x') >O, a inlegral imprópria pode ser intcrprc1ada como
a área (finita) sob a curva c acima do eixo x (Figura 8.20).

H)I(A UH I::S...'Al.h

FIGU RA 3.20 A área sob essa A .mtegralf, <L<


.<'
curva é finita (Exemplo 2). A função y = 1/x é a fronteira cnlrc as integrais ímpróprias convergentes e
divergentes impróprias com integrandos da forma y= Ilx-'. Como o exemplo
a seguir mostra, a integral imprópria converge se p > 1 c d ivcrge se p S 1.

Companion EXE.M I) LO 3 Determinando a converg.tncia


Wcbsitc
Para quais valores de p a integral ~~tlx f x' convcr,gc? Quando a inle-
BiogrJ1ia histbrka 1
gral converge. qual é o seu vnlor?
lejeunc Diril:hlct SOI.UÇAO Se p-,. I,
( 1805-1859)
x-••• I)
1bx•tl< =
-p + I
]b = _
1
1_(1,-••1 - 1) = _ 1_
I - p I - p
( _ 1_-
bp- 1

logo.

1" !!E
;.:P
• lim
b-('0 I
1• !!E
xP

=lim [- 1p (-1 - 1)] ={"..'.~I'


•-- I - bp-1
p>
p<
porque

I.un
b-oo b
1
p- l •
{o·
oo ,
p>l
p<l
Conscqiicntcmenle, a inlegral converge p;>ra o valor 1/(p - 1) se p > I
e diverge se p < I.
Se p = I, a integral também diverge:

1- 1- tL< =
J:'' I
dt
X

1
hd\'
= lim "'.\""':""
b-~

=
·--
lim lnx]~

l im(lnb - lnl )=~


b-•
Capítulo 8 Técnicas de integração 61 5

y Intcgrandos com assíntotas ver ticais


,• • _ t_ Outro tipo de integral imprópria apare<:e quando o integrando tem uma
· v;
~~!i:Íntota verlic<ll - uma cfto..sc::ontinoicl::ule infinit~ - e m um limite cie inte·
gração ou em algum ponto entre os limites de integração. Se o integrando/é
positivo ao longo do intervalo de integroç.ão. podemos no,ramentc interpretar
a integral imprópria como a área sob a curva de f t acima do eixo x entre os
limites de integração.
Considere a região no primeiro quadrante que está sob a curva y = 11.Jx
de x = Oa x = L(Figura S.L7b). Primeiro, encontramos a área da parte de a até
I (Figura 8.21).

-
--::-11--'-----'---+.r
o "

HGURA3.21 Aáreasobacurva Então encontramos o limite dessa área quando a -> o•:

é !~J: (~ } x=2, uma inte- lim


a-o· u v x
1'.d;. = lim
a-o·
(2 - 2v'ã) = 2
gral imprópria do segundo tipo.
A á.rea sob acurva de O até I é finita e igual a

1 vX
1 .ÉL = lim
o-o.. 1'
~,
.ÉL = 2
...;;

Definição Integrais imprópri;IS do tipo Il


Integrais de funções que se tornam infinitas em um ponto dentro do
in tervalo de integração são in tegrais imp róprias d o tipo 11.
I. 5<: /(x) é contínua em (a, b[ e descontínua em n, então

1• f(x)d< = lim.1• f(x) dr


c-a <:

2. Se f(x) é contínua em [a, b) e descontinua em b, então

1•J(x) tlt = lim. 1 ' J(x) tlt


('-+b (I

3. Se/(x) é descontínua em c, onde a< c< b, c contínua em [a, c) u


(c, b[, então

1, J(x) dx = 1'"
f (x ) dt + 1~ J(x) tlt
<
Em todos os casos. se o limite é finito~ dizemos que a integral impr6·
pria converge e que o limite é o valor da integraJ imprópria. Se o lj.
mite não existe, dizemos que a integral imprópria diverge.

Na Parte 3 da definição, a integral do lado esquerdo da equação converge


se as duas integrais do lado direito também são convergentes; se não são, a
integral diverge.

liXEMPLO 4 Uma integrul imprópria divergente


Verifique a convergência de

{ t- 1- clr
}o I - x
616 Cálculo

y SOLUÇÃO O integrando j{x) = 1/(1 - x) é continuo em [0, 1), mas


descontínuo e-m x = l , e se torna infinito quando x ~ I ~ (Figura 8.22).
Calculamos a integral como

lim r
b-•-}
1
_l - - tl<
- x
~ b-•-
lim !-In l l - xllo'
0

= lim [- ln(l - b) +O] = oo


b-1-

O limite é infinito, portanto a integral diverge.

O b

-
-::-f---'--'----+.•
I

FIGURA 8.22 O limite não existe:


E.X.Et\·lPLO 5
Calcule
Assíntota vertical em um ponto intt•rior

' (' -) dx=limr•_J_ dx=-. [l dx


/ 1-x
11 ....,+
l o 1-x
A ãrea sob a curva e acima do eixo
Jo (.r - 1)21~
x para [O, I) não é um número real SOLUÇi\0 O integrando tem uma assíntota vertical em x = I e é
(Exemplo 4). contínuo em [O, I) e (I, )j (Figura 8.2)). Então, de acordo com a Parte)
da definição dada anterionnente,

r ti<
)o (.r - I )2/l
= {' dx
) o (x - 1}2/ l
+
.
!J o
ti<
(x - 1)2/.•
Depois, calculamos cada integral imprópria do lado direito dessa
equação.

)'
1 1
tb:
(x- 1)2P
= lim 1" tb:
b- o· o (x- 1)213

= lim 3(.< - 1)'13J"


b- o· o
= lim [3(b - I) l/3 + 3] = 3
b- o·

= c lim
-1 ._
3(x - 1)''3 ]3
C

-·-
-.,1---!-11--'-----!!--'
o b < 3
· ··

FIGURA 8.23 0 Exem· Concluímos que


pio 5 mostra a convergência s
de ].' I '" dx = )+ 31/i
• (x -I)
p<>rtanto a área sob a curva
1 tix
(x- 1)2/l
; 3 + 3'\)IÍ

existe (então se trata de um


número real).
EXEMPLO 6 Uma integral imp1·óp1'ia com·crgcntc
Calcule a integral
r
lz
.• + 3 tl\·
(x - 1)(.<2 + I) ·
Capítulo 8 Técnicas de integração 617

SOLUÇÃO

!,- X +3
tr- l)(x·
?
+ l)
d; _
~-lll'l1
.
b-• '
!," X
(x- l)(x·
+ .,3
+ I)

(.,\

= lun . /," (-x -2-I - -2xx' -++ -1I) dt


b-H 2

• lim [21o (.r - I) - In (x 2 + I) - tg- 1x]~


b-•

a
(t - 1)2
lim [ In . ., - tg- 1 X
]b
b-.,., .x~ + I 2

= [ ((bb'-+ I>')
lim In
b-H I
- ]
tg- 1 b - In - (I5) + tg - 2
1

= O- ; + In 5 + tg- 1 2 "' 1,1458


Observe que combinamos os logaritmos na primitiva mrtes de calcular
o limite quando b -)' oo. Se não tivé-ssemos agido assim. teríamos encon-
trado a forma indeterminada
lim (21n {I> - I ) - In {1> 2 + I)) • oo - oo.
b-M
Para calcular uma forma indeterminada, é preciso, obviamente, com·
bina.r os logaritmos, logo re.ríamos chegado à mesma resposta no final.

Sistemas de álgebra por computador podern calcular muitas integrai.s


impróprias convergentes. Para calcular as integrais do Exemplo 6 usando
o Maplc, entre com
>f:= (x + 3)((x- l)'(x'2 +I))
depois use o comando de integração
> int({.x = 2.. infinity)
O Maplc fornece a resposta

-t n + In (5) + aretan (2)


Para obter um resultado numérico, use o c-omando de cálculo cvalf e
especifique o número de dígitos, como se segue:
> evalf(%, 6)
O símbolo% passa ao computador a instrução de calcular a última
expressão da tela, nesse caso, (- 112)1T +In (5) + arctan (2). O Maple dá a
resposta 1,14579.
Usando o Mathematica e entmndo com
/11 {I j: = !ntcgrate ((x + 3)/((x - l)(x' 2 + I)), {x, 2, lnfinily}}
tcn'IOS a resposta

0111 {I]= T-Pi + AreTan [2) + Log [5)

Para obter um resultado nul'néríco com seis d'gitos. use o co1nando


"N(%, 6]"; a resposta também será 1,14579.
618 Cálculo

.'' EXEMPLO 7 Encontrando o \•olume de urn sôlido infinito

2 As seções transversais do sólido da Figura 8.24 perpendiculares ao


eixo x são discos circulares com diâmetros que vão do eixo x à curva y =
e', -- < x S In 2. Encontre o volume do sólido.
SOLUÇÃO A área de uma seção transversal típica é

X
A(x)= r.(raio)' J
=r.(~ r = ~e''
Definimos o volume do sólido como o limite do vQiu.me da parte que
FIGURA 8.24 O cálculo do Exem-
vai de b aln 2, quando b--> --. Como na Seção 6.1 (o método de fatia·
plo 7 mostra que esse sólido infinito
mento), o Yolume dessa parte é
tem volume finito.
V=
11•1 A(.t) dx = 1''2
h
!!.. é' clx =
4
Eeh-
8
)'"2
"

= ~(e''' - e2b) = S(4 - e 26)

Quandob-+ --.~-+O e Y-+ (n/8)(4-0)=n/2.0vo1umcdosólidoén/2.

EXEM J>LO 8 Um cálculo Incorreto

Calcule

SOLUÇÃO Suponha que não tenhamos notado a descontinuidade


do integrando em x = 1. interior ao intervalo de integração. Se calcular·
mos a integral como uma integral comm'l_l) teremos

11 ]J= In 2 -
3

1 tlx
-.-- = In lx
·' - I
-
o
In I = In 2

Esse resultado está errado. pois a integral é imprópria. O cálculo cor·


reto usa limites:

onde

1' ~
x - I
= 1>-1-
lim !..
o
~
X - I
= b-
lim ln lx-
1-

= b-1-
lim (ln lb- 11 -ln l -1 1)

= lim ln ( l - b) = -oo.
b- 1·

Como J:
dx / (x - I) é divergente, a integral original/: d.t /(x - I) é di-
vergente.

O Exemplo 8 ilustra o que pode dar errado se você confundir uma in-
tegral impróprio.\ com uma integral comum. Sempre que encontrar urna
Capítulo 8 Técnicas de integração 619

integral]: f(x)dx, você precisará examinar a função f em (a, b) e, depois,


decidir se a integral é imprópria. ~f for contínua em [a, b}. ela será uma
integral comum, própria.

Testes para convergência e d ivergência


Quando não podemos resolver uma integral imprópria diretamente, ten-
tamos determinar se ela é convergente ou divergente. Se a integral diverge.
acabou a história. Se ela converge. podemos então utlli1.ar métodos numéricos
para ter seu valor aproxirnado. Os principais testes para convergência ou di ~
vcrgência são o teste de comparação e o teste de comparação no limite.

)'
F.XEMPLO 9 Verificando a co Jwc:rgl:nc i ~t.

A integral].". -,> dx converge?

SOLUÇÃO Por definição,

J1
r- e'"'~ d...: = b-oo
lim { " e-; tlx
}r
Não podemos cakular a última integral diretamente porque ela é
não elementar. Mas podemos demonstrar que seu limite quando b -) OQ

FIGURA 8.25 0 gráfico de e-•'


é finito. Sabemos que j,"e-"~ dx é uma função crescente de b. Portanto~
está abaixo do gráfico de.~ para x > quando b-) oo, das duas urna: ou ela se torna infinita, ou tem um limite
I (Exemplo 9). finito. Porém ela não se torna infinita: para qualquer valor de x ~ 1, temos
e-"'s e-• (Figura 8.25), de modo que
J.b e""' dx s J.b e_,. dx ~ -e-b+ e-• < e-1"" 0.36788
Portanto

Companion
Wcbsilc converge para algum valor finito definido. Não sabemos exatamente
1\iugrafi..:t hi~túric.t qual é o valor, apenas que é positivo e inferior a 0,37. Estamos nos
apoiando aqui na propriedade de completude dos números reais, discu-
Katf Wcierstrass tida no Apêndice A.4.
(t8t5·1897)

A comparação entre-e·-'e e-x no Exemplo 9 é um caso especia1 do teste a


seguir.

Teorema I 'feslc de compar-..ção direta


Sejamf e gcontJ.nuas em (a, ~). com Osj(x) s g(x) para qualquer x <! a.
Então (I(>

I. 1/(.<) d< converge se


1' ~ g(x)d< converge

1- 1' -
"
2. g(x)dt diverge se f(x)dt diverge
620 Cálculo

O raciocínio por trás do Teorema I é similar ao do Exemplo 9.


Se OSjlx) Sg(x) parax ~ a, então

1, f (.r ) tlx :s 1'


"
g(x) tl.r, b>a

A partir disso podemos alirmar. como no Exemplo 9, que

.l N f(x) tlrconverge se 1N g(x) tlrconverge

E a contraposiçiio disso também é válida

1- g(x) tlr diverge se 1• f(x) dt diverge

EXEM 1'1.0 l O Usando o t<-ste d< comparação direta

(a) ;,- ser/ x dr converge porque


x2

em [I , oo) e /,N~tl<
I .\'
converge. l ··w•~u _l

(h) /,NYx I
2 - 0,1
tlr diverge porque

em [I, oo) e ;,-f


I ,
clr diverge.

Teorema 2 Teste de comparaç~1o no limite


Se as funções positivasfeg são contínuas em (a, oo) e se
. f(x)
lun - () • L. O< L < oo
x-• gx

então

e 1• g(x)dx

são ambas convergentes ou ambas djvergentes.

Uma prova do Teorema 2 é dada pelo cálculo "'"'nçado.


Apesar de duas integrais impróprias de duas funções de t1 a oo poderem
ser ambas coovergentes, isso não significa que suas integrais tenham necessa·
riamcnte o n'lcsmo valor, como mostra o próximo exemplo.

EXEMPLO J I Usando o toste de com paração n<Jlimítc

Mostre que
- clx
/, I + x2
Capítulo 8 Técnicas de integração 621

converge por comparação com j,- (11 x'} dx. Calcule e compare os valo·
res das duas integrais.
SOLUÇÃO Asfunçõesj(x) = 1/x'eg(x) = L/(1 +x')sãopositivase
contínuas em [I, oo}. Além disso,

• j(x) . -.,.,.-;lj'-x-2 ~ __ 11.m I +_x 2


hnt - - = lun •
x-~ g(x) x-M 1/( 1 + x 2) x-M x-

a lim (J,x- + 1) a O+ I = I
x-•
. tL..:
um limite positivo finito (figura 8.26). Conseqüenternente.
• dx
f 1 + xl con ..
1
)'
vcrgc porque J ;r converge.
1

Entretanto, as integrais convergem para valores diferentes.

M tl< - _ L_ - I
/, ,,.2 - 2 - L -
e

/, ~ -1 -+dr-x = 2
.
hm
b-• 1 1
1,• - d<
--
+ x2

o -
b-M
lim [lg" 1 b- uc•
-
ID -E.- E. • E.
2 4 4
fiGURA 8.26 As funções do Exemplo LI.

EXEMPLO 12 Usando o teste decomparação no limite


Mostre que
M 3
/, e"+S dr

converge.
SOI.UÇÃO No F.xemplo9,éfácil notar que j,".-· dx =/."(11 e'')d<
converge. Além disso, temos

. 1/e-' . e..X +5 . ( I 5 ) I
Iom
x-* 3/( e·' + )' )a x-116
Iom - 3e·' - Iom
.t-00) -3 + -3e·' - -3

um limite finito positivo. Pdo m enos no que dit res-p<ito à convergÇndfi


da integral imprópria, 3/(e' + 5) se comporta como I!e'.
622 Cálculo

Tipos de integrais impróprias disculidas nesta scç~o


LIMITES INFINITOS DE INTEGRAÇÃO: TIPO { 0 INTEGRANDO SE TORNA INFINITO: TIPO Jl
1. Limitante superior 4 . E.xtrernldade superior
{'
lo (x -
dt
I )2/3
= lim rdx
b~do (x - I )21·1

y= I
(X - I)VJ

~--7---~-x
o __,. 1 3
S. Extremidade inferior
2. Limitante inferior
r)
J
~ dx ::: lim dx ..
(x - I )213 d - ,-Jd (x - I )21·'

y
,.
.
__,_
I +.xl

6. Ponto interior

3. Os dois limitantes
{ ·' dt = {' d.<
l o0 (x- 1)213 l o (x- 1) 213
+ dr
' (x- 1) 213
JJ
1• 1. 1c
0
- -d·•' - = lim dt· - + lim
-- d'
--·'-
-- I + .\:2' b_. - • 11 1 +x
2 ('-oo o l + x2 )'

,. . J
· (x _
11 u3

-::-1-_.J'----+--+x
y=~ o _... 1 ...... )
I + .r

-
snow
Capítulo 8 Técnicas de integração 623

Exercícios 8.8
Identificando integrais impróprias
Nos exercícios 1- 34, calcule as integrais sem usar tabelas.
37
_ {" scn OdO
lo v;=õ 38.
1•r. •12

I
cos8d0
(n - 20) 1/J
e - V.r
39. lolnl x - 2(!-1/s ilx 40. • r ti.<
l , ... _!f!_
z/," ...!ÉL
/. vx
· Jo .r2 + I • ,,.1.001
f -y,"","~"''-,.,-n-r
!.'
41 '
1 {' dl: dr
.. lo vx 4. ~
(Dic<l: 1 ~ scn 1 par.~ I ~ O)
1
f t-sent
' 1'
.•
tl'(
-1 ,..;Z/3
6 1' (/;(
· -s x'll
41.

43.
lo dr

rz _!f!_ 4-'. {2 ....!!L


( 1
dT g (' ..!f!:._ lo l-x 2 lo 1-:r
7
·lo v'!=? . lo ,.o.m
4~- 1' In lx[rl.' ~6- 1_, - .v In [.v[dx
1

9. 1-' ;d• -.'<- - I


lo.1' ;d• - :r+ 4 47, /,M
-I

_!f!_ 48 r VX- <L•


11.
- - ,-2 -tlv
12. /," ..l!f.!_
+I
1 .tl . 1< I

.1.
/, V"- V
ltdr 14 1..
22 t - 1
xtb:
49 /,*y;;::-j'
. '
dv
1.).
-~· + i)•
1
O+ I
1 .,
. - (.• ' + 4J'"
f ' -' + 1 ds
$1. r.-W+l
.o
<lt ~.z. ~,- (Ú'

15. • r::;-:-;:: tiO 16. ' v?""=!


-Vx'+J
1"
/ . v o'+ 20 lo Y4- ·''
"' lor· (I
tl•
+.<)VX
18. •
xvx'- I
I
r;----: d<
53.
1 , d"<

~S• ~.- 2 + Xcosx nL·
19. r- dv 20. f" 16 •s·•;' <l• •

'
lo ( l + v )(1 + tg" 2 1 v)
lo I + x- ~7 r 2dt -
58. /, -1 - tl<
I

21. 1:oe•do 22. ]." 2c-' scn0d0


. ' 1-' , J/2 - 1 n:r

23. 1~ e-Mdx 24. 1: lte-r dx


~9.
1 - e"
-x<l< 60. t• In (In x) <L<

2$. 1 1
:rlnxcb: 26. J.' ( - hu)<L<
61. /,• ~dx ~'-X

27 {' ds l S. f.' 4rdr


6l 1"'
.. - V7+1
t(,

' }o \14-sl o~
29
.
12 sv?""=l cl\· 30. /,'
,y,;-:-;j
dt
Teoria e exemplos
31 1'...!!L
. _,'\IM 3,
•• o
!. V[.• - iJ
1
dr
65. Enconlre os valores de p para os quais cada integro! con-
33 1" dO 34 !." tl' verge .
• -r o'+S0+6 • o (.< + 1)(.<2 +I)
<•J 1' ___!k_
.•·(lnx)P
M ~,- .___!k_
2 x(lnx)P

Testando a convergência 66. j"- f(x)dx não deve ser igual a limj' f(x)dx. MoslreH~·•
que
Nos exercícios 35- 64, use a inlegração, o 1es1e de compa-
ração direta ou o teste de comparnçào no limite para testar as
r- 2ulx
lo .\'2 + 1
integrais quanto à convergência. Se mais de um método puder
diverge c, conseqüentemente, que
ser aplicado. use o de sua preferência.

r'"tg
35. lo OtiO r·"cotg
36. lo OdO 1- 2xd't
.. .\'2 + I
snow
624 Cálculo

diverge. Depois., mostre que

lim
h- •
1"·"~ttl"
·+
-~.o I
=O

Os exercícios 67- 70 referem-se à região infinita no pri-


meiro quadrante. entre a curva y = e·x e o eixo x.
67. Calcule a área da região. '
No entanto, a Integral
68. Calcule o centróide da região.
69. Calcule o volume do sólido gerado pela rotação da região
em torno do ei.xo y. rclati'"' ao volume do sólido, converge. (a) Calcule essa (ti-
70. Calcule o volume do sólido gerado pela rotação da região lima integral. (b) Esse sólido de revolução às vezes é des·
em torno do eixo x. crito como uma lata que não tem tinta suficiente para pintar
o próprio interior. Pense nisso por um momento. 1l senso
7 1. Calcule a área da região que está entre as curvas y = secx comum que uma quantidade finita de tinta não pode cobrir
c y = tgxdcx =0 ax =1112. uma superfície infinita. Mas. se enchermos a corneta de
72. A (cgião do Exercício 71 é girada e.m torno do eixo x. ge- tinta (uma quantidade finita), então teremos coberto uma
rondo um sólido. superficie infinita. Explique a aparente oontradlção.
(a) Determine o volume do sólido. 75 . Função seno·integral A integral

(b) Mostre que as superfícies interna e externa do sólido . =lorx- -


S1 (x)
SCI\1
d.t
1
têm área infinita.
chamada função setro~integrnl. tem impo rtantes aplkaçôes
73. Estimando o valor de uma integral imprópria conver-
em óptica.
ge nte cujo domínio é infinito
(a) Represente graficamente o intcgrnndo (sen 1)/1 para
(a) Mostre que
0 I > 0. A função Si é crescente ou decrescente? Você
/,"e-Is te-?<
d.r • ().()00042 acha que Si (x) = Opara x > O? Confiro suas respostas,
fazendo o gráfico da função Si (x) para Os x s 25.

e, conseqüenten1entc. que j;e··•~ clx<0,000042. Explique (b) Verifique a convergência de

por que isso significa que podemos substituir ~o·e..r dx ~o· sctnt dt
por J:e-r dx sem introduzir um erro de magnitude
Se ela for convergente, qual será() seu valor?
maior que 0.000042.
76. Função erro A função
(b) Calcule /.Je-r dx numeric-amente. {' 2e-•'
il " crf (.r) • lo Vn d1
7·1. A lata de ti.n ta in6n.ita ou a corneta de Gabriel Como
o Exemplo 3 mostra. a Integral J : (dx!x) diverge. Isso charnndaJimfilO ~rr(), tem importa:ntes. aplicat;Õ('$ ~m pro·
significa que a integral babilidade e estatística.

!." IR ·'
2n r 1 +-;tlr
.
(a) Represente graficamente a função erro paraO s x s 25.
il
a qual mede a área de superflcie do sólido de revolução ge-
rado pela rotação, em torno do eixo x. da curva y ~ 1/x, I s

(b) Verifique a convergência de

1 Vn 2e-•'
- -til
x, também diverge. Comparando as duas inte-grais. vemos
que. para qualquer valor finito b > 1. Se ela for convergente, qual parecerá ser seu valor?
Você verá como confirmar sua estimativa no Exercí~
cio 37 da Seção t5.3, Volume 11.
snow
Capítulo 8 Técnicas de integração 625

77. Função da distribuição de probabilidade normal A 79. Demonstre que, se j(x) é integrável em qualquer intervalo de
função números reais, c a e b são números reais, com a < b, então
!<•·> = -~ - .-H'>"l'
,v:;;; (a) ~~ j(x) dx c lftx> clx convergem $<: c $01ll<:ntc $C

é chamada fimçiio da densidade de probabilidade normal,


c-om média Jl e de.svio--padrão a. O número J' nos diz onde J : j(x) dx e J.•j(x) dx convergem também.
a distribuição está centralizada c q mede a ..dispersão., em
lorno da média.
(b) j )x> dx +J: j(x) dx = [~ j(x) dxJ.-j(x) dx quan-
Da teoria da probabilidadt, S<~bcmos que do as integrais envolvidas convergem.

1: /(.r) tl< = I
80. (a) Demonstre que, se f é par e as integrais nece-ssárias
existem, então
Nos itens a seguir, considere que I' =O e q = I.
(a) Desenhe o gráfico def Encontre os intervalos em que 1" "
f(x)tl< = 2]."o f(.r)d.r

n f é crescente, aqueles em que fé decrescente c todos os (b) Demonstre que, se f é ímpar e as integrais necessárias
extremos locais c os pontos onde estes ocorrem. existem, então
(b) Calcule

f /(.rltlr
f /(.r) tl.v = O

Use c.ílculo direto. os testes de comparaç;io e os resultados


para n = 1, 2J 3. do E:(ercício 80, conforme apropria-do. para determinar a con·
(c) Cite um argumento convincente de que vcrgência ou a divergência das intcgll'l\is dos exercícios 81-88. Se
mais de um método se aplicar, escoll>a aquele de sua preferência.
1: /(.r) tlr =I 81 1~ tl\' 8, 1" ti'r
v?+l .. -- v?'+!
(Dica: MostrcqucO<.ft.<) <e·" ' pruax> I, c, para b> I, o

8;l.1-
--

1• c-·'dx
1""' c-.-r.. dl-:,.0 as b~oo.) --
8!'.1"
t•x :/:ce-x 8~.
-
-,--
:~ + I

78. A seguir, temos um argumento de que In 3 é igual a~ - ~. -· e~l <lr


" lscn.vl + lcosxl
Onde está a falha desse argumento? justifique sua resposta.

lnJ = In I + ln3 = In I - lnt


87.
1 ..
(Dica:
I:rI + 1
tlr

!senil! +!cosO! c:: sen'8 + cos'O.)

= ,_.. . (b -2) :3I


hm In -b- - In - 8 •n. 1"
-• (.<
Z
+
;ctlT ">
I )(.v· + 2)

• .
IIm [ In-
... _...
X --
X
21• •
" ' USANDO O COMPUTADOR
oh-..
lim [In ('" - ?) - In..-]')
1 Explorando integrais de xPIn x
• lim [> (-.\' --
b-""')3
- .!)tlr
2 X Nos exercícios 89- 92, use um SAC para explorar as inte·
grais paro vários valores de p (incluindo valores não inteiros).
l'ara quais valores de p a integral converge? Qual é o valor da

= ], " - 1 x-
,\" -
-d2
lw J
1
-;<lr
,\:
integral quando ela converge? Repr.esente graficamente o inte·
grando para vários valores de p.

= Jim [tn (x -
h-..
2)]" - b-...[1nxr)
3
rim

111: 00-00
626 Cálculo

Questões de revisão
1. Quais fórmulas de integração básica você conhece? 1O. Quais substituições são às vezes utili1...1.das para trans·
2. Quais procedimentos você conhece para adequar inte· formar integrais envolvendo -~ .Ja:+ K;e e.Jx2 - a2
J,,: .
grais a fórmulas básicas? em integrais que podem ser calculadas diretamente? Dê
um exemplo de cada caso.
3. Qual é a fórmula para integração por partes? De onde ela
é derivada? Por que você pode querer usá·la? I J. Qua_
is restrições você pode determinar para as variáveis
envolvidas nas três substituições trigonométricas básicas
4. Quando você aplica a fórmula da integração por partes, para ter certeza de que as substituições são reversíveis
como escolheu c dv? Como você pode aplicar a integra· (têm inversas)?
j
ção por partes a uma integral da forma j{x) dx?
12. Como as tabelas de integrais são utilizadas? O que você faz
S. O que é integração tabular? D~ um exemplo. se uma integral que deseja calcular não 4!stá na tabela?
6. Qual é o objetivo do método de frações parciais? 13. O que é uma fórmula de redução? Como, em geral. chega·
7. Quando o grau de um polinômio j{x) é menor que o grau se a fórmulas de redução? Como elas .são uS<ldas? Dê um
de um polinômio g(x}, como você escreve j{x}/g(.<) como exemplo.
uma soma de frações parciais se g(x) 14. Você está colaborando para produzir um pequeno manual
(a} é um produto de fatores lineares distíntos? sobre 'Como·• fazer integração numérica. escrevendo sobre a
regra do trapézio. (a) O que você diria sobre a regra em si e
(b) consiste em um fator linear repetido?
como us.'Í·la? Como obter precisão? (b) O que você diria se
(c) contém um fator quadráclco irredutível? em \'CZ: disso estivesse esc:revendo sobre :a tcgra de Simpson?
O que você fax quando o grau def não é menor que o grau 15. Como você' compararia os méritos relativos da regra de
dcg? Simpson e da regra do trapézio?
8. Se um integrando é um produto da forma sen• x cos"' x, 16. O que c uma integral imprópria do tipo I? E do tipo 11?
onde m e ,., são inteiros não negativos, como você calcula Como os valores dos diversos tipos de integrais impró-
a i11tegral? Dê um exemplo específico de cada caso. prias são definidos? Dê exemplos.
9. Quais substituiçõe-s são feitas para calcular integrais de 17. Quais t~tes podem ser us<tdos para determiMr a convcrgên·
sen mx sen 11x, sc-n mx cos ux e cos mx cos 1rx? Dê um da e a divergência de integrais impróprias que não podem
exemplo de cada. ser resolvidas diretamente? Oé exemplos do uso deles.

Exercícios práticos
Integração usando substituições
I. fxY4x' - 9tL'
Calcu1e as integ('ais dos exercícios l- 82. Para transformar
cada integral em uma forma básica conhedda, pode ser nc·
ccssârio usar uma ou mais técnicas de substituição algébrica,
3.f .<(2, + 1
1) 12 tL'

comp1ctamento do quadrado, separação de (rações, divisão ou


substituição trigonométrica.
_f
~. Y&t'
xd'
+I

f
y tl)'
7. 25 +y'
Capítulo 8 Técnicas de integtação 627

f ~
,~ dt
lO. f Ztdt 2t' + \11=7 dt
9.

l i. f z'll-'(zlll + l)l/3 dz 12. f


,~ + I
,-1/l (J + ,•ll j- l!l d:
62.
f - r.--->
IV I - l-

f f
6"'·
f t'OIJ{X
cotgx + coscc xtx
l

IJ. sen20d0 ,
( I - cos20)·
14
·
cosOdO
( I + scn0) 11' 66. f .<COSCC (.v' + 3) dt

15. f .:~lC~'S
3 f dt 16. f I
cos 21 tlt
+ sen2t 68. f og (2< - 1)d<

17. J scn lr eeóll\h d.v 18. J scc.t·tgxeS«:t<lr


70. f 3xYlr + I tlr
19. f e• scn (<l ) cos2 (e•) <«< 211. / e• scc2 (c•) dO
72. f( 16 + z'l· .lfl dz

l i. f 2"- 1 <Lr 22• .! ,,v:"' dy

.! 74.
f Vzs-;==='==;
+ 9y'
23. f....!!E....
" In v
,4
- · u(2
tfv
+ In u) 76 • f x'1lr

,. f
·-· t v2 + 1)(2 +
dr
os· •.r) 26 • .f ~tlr I - .v 18. f
~
Y4 - x2 tlr
27.f Yl - 2dx
4.v2
28 .! V49 -
.
tlv
.v' 80 f 12tlr

f f • (.r 2 - I )l!l

.!
29
.
tlt
V 16- 9t'
lO
. . V9-
dt
4t' 82.
~
-, d:

3 1. f _!!!,
9+ t•
32.f I
til
+ 25t•
'
Integração por partes
3l
•· ·
f 5xY25x2
4dv
- 16
l4
· ·
f 6dv
xV4:~2 - 9
Calcule as integrais dos exercidos 83 .. 90 usando a integra·

35. f
. Y4x- x·
ilr ' 36 f · Y4x -.r1 -3
ilr
ção por partes.
83. f ln (.r + l)tlt 84. f .r' In .t ilt

37.
f ...
dy
y · -4y+S
!8
• •
f t2
dt
+ 41 + s 85. f og· • lttlr 86. f cos- • (f) ilr

39
·
f dx
(x - I)Y.r' - 2r
40 .!.
dv
(u + I)Yv2 +2v 87. f (.~ + I )2:e-' ll~ 88. fx' sen ( l - x) tlv

4 1. J 2
scn .Hlr 42.f coS'3.rilr 89. j e"'ços2xdx 90. j e"" 2
' scn 3.\' ll\'

43. f scn3 ~tiO 44.f sen3 0cos2 0d0


Frações parciais
-l$ . j tgl 2u/J 46. f 6scc' tdt Calcule as integrais dos exercícios 91 - 110. Pode ser neces·

47· f "' 2 scn xcosx


48
·
f 2tlx
cos2 x - scn2 x
sário usar uma subslituição antes.

49. [ «fl Yco,;c 2y


};r!~
- I dy SO. fJ:V~ Vcotg 2 t + I dt 9 1. f' xdx
..... - 3.t + 2
92. f~ xtl\"
,\· .. +4;r+3

51. 1nV'
}.;.
,.VI ' f f
., Yl - cos2tdt
I - C:<Yt.'• 2t•tl\' 52.
!. I - scn! 2tlt· 93.

f
x(x
iLt
+ I)
' 94. X+ I <ir
. .r '(.r - I)
f ,
$.l.
1.,, :;'* . [ 1.• VI + C0$2Jtlt 9_
!'1.
"'"h dO
cos2 0+ cos0 - 2
96. cosO tiO
· scn- O + scn O - 6
f f
f '
3.rz + 4x + 4 ib:
56. f~d'C 98.
- .'t- 97. 4.rd.r
5!'. - ,- -dr .fl +X xJ + 4x
X '" + 4 9 + .1'"'

$ 7•
f 4.t' +3
2T I <!r $8. f -l!.....
x -4 tlt•
99. j 2tt", +- ~v du IOO. f (v
(3v- 1)tlv
l)(v 2)(u 3)

59.
f
2y- I
-,--dy
. y- + 4
60.
.f r+
}'+
- ,--dy
4
I
10 1• .! dt,
t 4 + 4t• + 3
102. f {~ -ll.- 2
tdt
628 Cálculo

128. Um breve cálculo demonstra que, se· O~ x S 1, então a


segunda derivada de j(x) : ,JI + x• fica entre Oc 8. Com
' ., base nisso, diga de quantas subdivisões, aproximada·
lo•c::•
f ~
.v- + 4x
.\·· + 4,\' + 3
1
( ,I(
mente, você vai precisar para estimar a integral de f de O
107 f
. ·'(3Vx+i)
de
até l com um erro não superior a 10·' crn valor absolulo.
usando a regra do traphio.

109.
f tis
e'_ 1 129. Um c:llculo direto mostra que

Substituições trigonométricas
Quão próximo desse valor você chega usando a regra do
Calcule as integrais dos exercícios lll- 114 (a) sem usar
trapézio, com 11 : 6? E a regra de Si•npson, com 11 = 6?
uma substituição trigonométrica e depois (b) usando uma
Experimente c descubra.
substituição trigonornétrica.

lll. f ydy
Vt6- >''
112. f v'4+? .\'<Í\'
130. Você está pensando em usar a regra de Simpson para es·
ti mar o valor da integral

113. f 2.!f:!_
4 - ,\'2 114. f " '
y'4,T::I
1
j ' f(x) d.r
com unla magrütudc de erro inferior a 1 o-5. Você detcl'-
Termos quadráticos minou que lf1' 1(x)l s 3 ao longo do intervalo de integra·
Calcule as integrais dos exercícios 115-118. ção. Quantos subintenralos você usaria para garantir a

11!'. f .<ti.<
9 - x'
116. f .v(9 -
d'
x 2)
precisão exigida? (Lembre-se de que na regra de Simpson
o número precisa ser par.)

117. f~ 118. f de
131. Tempe111tura médla Calcule o valor médio da função
9 -x· V? -x' temperatura

Integrais trigonométricas f(x) = 37 scn (i;s (., - 101)) + 25


Calcule as integrais dos exercícios 119-126. paro um ano de 365 dias. Essa é uma maneira para estimar
a temperatura média anual do ar em Fairbanks, Alasca. O
119. f scnJxços" .Hlr 120. j cos scnsx
5 ;( (l'l Serviço Nacional de Meteorologia apresenta uma média
numérica oficial da tcmpcrat1.1ra diária média do ar pan\ o
121. J tg" .t scc1 .Y tlt 122. j tg xsccl
1 xtlx ano, 25,7 •F, ligeiramente maior que o valor médio dej(x).

123. f s<:nSOcos60dO 124. f eos38cos39t19


132. Calor específico de um gás Capacidadetérrnic.,, C., é
a quantidade de calor necessária para acrescentar I OC à

125. f Yl +CO< (t/ 2)tfl 126. f ;l'\/tg 2 ,~, + ,,,,


temperatura de dada massa de gás, a um volume cons·
htt'lte, rnedid~ em c-al/ oC.mol (calotia$ pot grau c-entígra-
do, por moi). A capacidade térmica do oxigênio depende
de sua temperatura Te satisfaz a fórmula
Integração numérica
C.= 8,27 + 10"5 (26"f- 1,87"f2)
127. De acordo com a fórmula que limita o erro na regra de
Determine o valor médio de C11 para 2~ ~ T ~ 675 ~e
Simpson, quantos subinterva1os você deve usar para ter
a temperatura en1 que é atingido.
certeza de que o erro na estimativa do valor de
133. Eficiência do combustível Um computador de bordo
ln 3 = j ·'.I
'i' dr fornece uma leitura digital do consu:mo de combustível
em galões por hora. Durante uma viagem1 um passageiro
pela regra de Simpson, nilo vai ultrapassar 1O""' em valor registrou o COJlSllll10 de combustível do veiculo a cada 5
absoluto? (Lembre-se de que na regra de Simpson o nlt· ntinutos durante uma hora.
mero de subintervalos deve se.r par.)
snow
Capítulo 8 Técnicas de íntegraçAo 629

Tempo Gal/h
Convergência ou divergência
Tempo Gal/h
Quais das integrais impróprias dos exercícios 145-ISO
o 2,5 35 2,5 rnnv.-rgf"m e qn~is tiivrrgf"m1
5 2,4 40 2,4
lO
15
20
2,3
2,4
2,4
45
so
55
2,3
2,4
2,4
14< !.-
. . • Ve'+
diJ
I
25
30
2,5
2.6
60 2,3 147. j-I~:
I -
d:

(a) Use a regra do trnphio P""" f'o= uma :aproximação P""" 149. 1-- 2tú
r +e~
o tOO!l ck combwth-d <OnSUmido durnnte aquela hora.
(b) ~o automó\-tl percorreu 60 milhas nessa hora, qual
foi a efici~ncia do combustivcl (em milhas por galão) Integrações variadas
para aquela parte da •i agem? Calcule as integrais dos exercícios 151-218. As integrais
134. Um novo tStacionamento Para atendtr à demanda estão relacionadas de maneira aleatória.
por vagas, sua cidade d~tinou a área apresentada a se·
guir. Como voe~ é o engenheiro da cidade. a Câmara 1~1• f xd-r
I +v';
'l
l;o. f ·. . + 2,
- - n.r
4 - :t 2
lhe pediu para calcular se o estacionamento pode ser
construido com a soma de S 11.000. O custo para limpar 15.1. f , .t{.r·
dr
+
)'
I ·
IS4. f <~>'fV.t
dr
a área senl de S 0,10 por pé'. c custar.\ S 2 por pé' para
pavimentar o estacionamento. O trabalho poderá ser ISS. f V-lr dr
x1
156.
f
(1- I )til
-~
v 1- - 21
feito com $ 11.000?
157. f ~
(/u 1$8. f e'COS<•1 tll

1,~ 9. f 2- cosx + scn.\' L


l
SCJ1 .\'
' '( t 60. f ••n:o,,o
· cos· O
161. f - v'
81
9du 162. f COSXIIX
I + scn 2 .~

163. f Ocos(20 + lidO 164. ],•


'
tlr
(.r- I )'
~IÇO \'C'nlcal• I$ ~
-
16:-. f, .r dx
x·-2:c+ l
1
166. f VI+ d(}
Vil

61.S pés
167. f 2scnv'idx
v'isecv'i
16&. f x'- x$dx
16
42pés 169. f tly f,; -~ +
,_.... senyc:osy 170.

f I)Vr
4

171. f ..JSf-
CO$" X
ilt 172.
(r+
dr
2 + 1r
c- ,;,+~2);,;dr~
)'tfy
Integrais impróprias 173.
f V-r1-
-'(?r
4r
174.
f - -.
4+ y
Calcule as integrais impróprias dos exercícios 135- 144 ou
afinne que são div.,rgcntes. 175. f (I
sen28diJ
+ cos28l' 176. f (.r>~ I l'

1'6. J.'ln.r<lr 171.


,. VI
/."" + cos4.rdr 17K. f (ISJ'',.' tLr

""'1. 2
tiO
(O + I l'"
179. f ~
.tdt 180.
f
~, tlv

140. 1• 3
~ - ', tlu
4tl - ti
181.
f r-
dy
-=-,- ' ' - -
2y + 2
182. f In y;-:-j ilr

U2.J: xc'xtb: 183. f trog(tf)dO 184. f· vs - xilr


2.r' - .r•
144. 1 • 4ilr
-• x1 + 16 185.
f >"' :+1
, ,+4
:·(:·
186. jxJet'·,) ,b:
630 Cálculo

171. j rs~r
COS X
tlr 172. f (r+
dr
I)Y,· 2 + 2r
ZOJ. f cotg v tlv
In scnu

173.
f • r =+F2)="';='
_,(j=
V-r~- 4r
174. /
4
ydy
+ )'~ 205 f 1
1! f'Vi dx

175 • j (I
scn20t/O
+ oos20) 1
176. f ~,,-
tl< •
I)• 207 • f I
scnS1d1 ,
+ (cosSI)·
177. /."" Yl,, + cos4.«l< 178. f (IS)z.+ 0 d< 209. f (21)1<t+ 0dO

179. f ~
.tdt 180.
f
~ du
01 211 . f I
dr
+ y;.
2l2. f x"- 4xJ. - 2Qr tLr;
10.T2 + 9
181 . f t(Y
y 2 - 2y +2
182. f v7=J
In clt 213.
f
.
!
)' (y + 2)
8dy
1)4,
f
(1
.,
+
(t• +
1)<11
21)~-
.,n

183. j o'cg(o')t!O 18-'. f Vs - XfL'f


2r 2 - .\' ..
21<
..
f mV49m 2
SJm
- 4

ISS. f '<:;=·
z +I 4) tlz
186. f .t~é':' tl\' 216. f di
1( 1 + lni)Y(Int)(2 + ln t)
IK?. f v'9 - 4''ldl 188.
J.
,qoo
Yl + cos SOdQ 217. !. 1
3(.<- I )'(J.' Yl + ( 1- l)'dt)rtx

189. j cocgOt~
I + scn·o
190. J •s~'"
·'
"' 2HJ.
],
- J
., 4 v + u - 1
u·(u - l)(u 1 + I)
tlv

191.
f
cg\1;
--:-r c/y
2vy
192. f' e~'+3e'+2
e'dl
219. Suponha que para certa função f se saiba que
193. f 4-
o'dO
o'
,
19.... J1-cos2r 1
I +cos2vt:r
/'(x)
co~a
= "'X'-· /Ür/ 2) = a c f(3n / 2) = b

. j cos• (sen.. x) tlx


19o. r.---->
1
196. j scrf scn x cosxd<
Use integração por partes para calcular
Mil

197.
v I - .\· 2
j scn~cos~d< 198. f .\'l- X+ .,2
(.•·' +
.r -

2)·
d'C
!.
.n
f(x) dx

220. Determine um n(amcro positivo tr qu~ sa1isfaça


199. J ~
I+ e' 200. j cg 3
"''
!.• dr
I + x1 =
1• I
ci<
+ x1
201 .
... ll\y
- , t(Y
/, y ·
202. j + + 3 sce'x
tg,\·
scnx
{,'

.1

Exercícios adicionais
Integrais de difícil cálculo Limites
Calcule as integrais dos exercícios 1- 10. Encontre os limites dos exercícios li e 12.

f
0

11 . lim t" sen1dt cost


lim -~[
12. ~-ot - , ,.. til
I. 1
(scoi' .r) dx 2 ~-.-.J-x
Encontre os limites dos exercicios 13 c 14, identificando-
2' f .r(.<+ l)(.r "'
+ 2) .. · (x + m) os com integrais definidas c calculando as integrais.

4. j scn-• v;,~, 1.1. lim


n-*
±
.C·•I
ln41 + ~ 14. lion
11 _ ..
11 00 1
2:, -,='==
A•() Vnz - kz
1

6. f ln (vx + ~)<1< 1eoria e aplicações


R. f 1
(2e ' -
Y3e'' - 6c' -
e') tlr
I
15. Calculando o contprimcnto do arco Calcule o compri-

10. /-!=-X - 1
mento da curva
SD$ W
Capítulo 8 Tknlas de lntegraçAo 631

24. Calculando o volume A rtgiio infinita, delimitada pe·


los eixos de coordenadas c pela CUr\'0 y =-In x no primei·
y = /.' ~ tlt. O :s x :s n/ 4 ro quadrante, ~ girada em tomo do eixo x, gerando um
sólido. Calcule o volume do sólido.
16. Calcul ando o compri~mnto do arco Calcule o compri·
mento da curva y = In (I - r'l, Os x s 1/2 25. Centróide de uma região Determine o centróide da
região no primeiro quadrante que é limitada abaixo
17. Calculando o volume A região do primcJo guadmntc,
pelo eixo x . acima pela curva y • In x e à direita pela
delimitada pelo eixo x e pela curva y = 3x 1- x é giroda
reta ."<= e.
em torno do eixo y para gerar um sólido. Calcule o volu ·
me do sólido. 26. Centróid e de uma região Determine o centróide da re-
I S. Calc ulando o volume A região do prim ch~adrnnte, &Jão no plano delimitada (>elas c urvas y • :I:( I - x')""' e
delimitada pelo eixo x, pela cun.. y = 51 (x-./5 - x) c pelas pelas r<tasx =O c x = I.
retas x • l ex: 4, é girada em torno do eixo x para gerar 27. Comprimento de unta curva Dctenninc ocomprimen~
um sólido. Calcu.le o volume do sólido.
todacurvay=lnxdcx ~;; I ax • e.
19. Calculando o ,·olume A região do primeiro quadrante,
28. Detenninando área de superDcie Determine a área da
delimitada pelos eixos coordenados, pela cu"'" y • e' c
superfiác gerada pela rolaç3o da curva do Exercício 27
pela reta x • I, é girada em tomo do eixo y para gcmr um
em torno do eixo y.
sólido. Calcule o \'Oiume do sólido.
20 . Calculando o volume A região do primeiro quadmntc, 29. O comprimento de um astróidc O gnftco da equação
limitada superiormente pela curva y • ~- l, inferíormen~ ;xJ" + Y'" = I pertence à famllio de curvas chamados aslr6i·
te pelo eixo x e à direita pela reta x = In 2. é gin1da em tor· des (não "asteróides"} por causa da sua apar~ncia de estrela
no da reta x = In 2 para gerar um sólido. Calcule o volume (veja a figura). [)<termine o cOillprhncnto desse ostróidc.
do sólido.
21. Cillculando o volume Seja R uma região ~triangular'' )'

no prhnciro quadrante, limitada superiormente pela reta


y • I, inferiormente pela cun'll y = In x c à esquerda pela ·":I' + yll' • I
reta x • I . Calcule o volume do sólido gerado pela rota·
ção de R crn torno
(o) do eixo x.
(b) da reta y = I.
_,
22. Calculaodo o vol~~~De (Colltilluação do Exerrlcio 2/.) Cal-
cule o volume do sólido gerado pela rotação de R em torno 30. A s uperfície gerada por um astróidc Determine a órca
(a) do eixo y. dasuperficie gerada pela rotação da curva do Exercício 29
em torno do eixo x.
(b) dnrcta x = I.
31. Determine a curva que p3SSa pela origem e tem compri·
23. Calculando o volume A reg:iãoentreo eixox e a curva
mento
o x• o
)' ~ /(.r) = { •
.r lnx. O<xS:2
é girada crn torno do eixo x, gerando o sólido mostrado
aseguir. 32. Sem calcular as integrais, explique por que
(o) Mostre quef é continua em x =O.
(b) Calcule o \'olume do sólido.
2
1

1 ~tlx • 1' h "'
·• I -x

33. (a) Traceográlicod•funçãoftx) •e<•"'•.-ssxs3.


D (b) Mostre que J :_f(x) dx é con"<'llentc c calcule seu
valor.
l rJy"·l
3~. D<t<rminelim --dy.
•--O J+y J.
632 Cálculo

35. Deduza a fórmula da integral Paramos de derivar e integrar assim que conseguimos uma
(.vx·
r;---;)···
- a· linha que seja igual à pri1neira, exceto pelas constantes multi ·

f .\"(Vx 2- a 2 )" tl.t =


11
+,
-
+C. 11 >/; -2. plicativns. Interpretamos a tabela da seguinte maneira
e"' cos.HI.< = +(c 2' sen.,·) - (2:é'( -cos .r))
36. Prove que /

!!. <
6
!.' dx
o Y4 - x 2 - x3
< "v'2
8 +f (4e'-')(-cos.<)<l•
(Dica: Observe que, paraO<x< I, tcmos4- x'>4 -x' -x' > Tomamos das setas diagonais os produtos com sinais e
4 - ZX:, com o lado esquerdo se tornando uma equação para também uma integral com sinal para a última seta horizon·
x = Oe o lado direito se tornando uma equação para x = L) tal. Transportando a integral do l.ado direito para o lado es·
querdo, temos
37. Para qual(is) valor(es) de a a integral
J e'!' cosxtlx = e 2K scnx + 2e 2'cos.~
1•(
S
-ar- - - ' ) dr
x2 + 1 2x • ou
"' ,,.
é convergente? Resolva a(s) integral(is) correspondente(s). f t.·'lx cos.\·dx = c scnx ~ 2e cosx + C

38. Para cada x >O, seja G(x) ={. .-~ dt. Prove que xG(x) = I após dividir por 5 e adicionar a constante de integração.
para cada x > O. Use a integração tabular para calcular as integrais dos
39. Área infinita c volume finito Quais valo_res de p têrn exerdcios 41-48.
a seguinte propriedade? A área da re-gião entre a curva
y = x~'. I S x < oo e o eixo x é infinita. mas o volume do
41 . J eZlcos3x dY 42. J e lA' scn4.\' ll\'

sólido gerado pela rotação dessa região em torno do eixo


x é fil'\ito.
·'-'·f sen3xscnxdx -14. f cos 5.:'1.' SCn4xáx

40. Área infinita e volume finito Quais valores de p têm a .J5. J tt'IX scnbx lix .&ti. J e'tt coshxlll'
seguinte propriedade? A área da região no primeiro qua·
drante delimitada pela curva y = x·•.
pelo eixo y, pela reta 47. f In (a<)dr 4K. f x' In (ar) d<
x = J c pelo intervalo (O, I I no e ixo x é infinita, mas ovo·
lume do sólido gerado pela rotação dessa região emlorno
de um dos eixos coordenados é finito. A função gama e a fórmula de Stirling
A funç.'\o gama de Euler l'(x) (•gama de x"; r é a letra grega
Integração tabular g maiúscula) usa uma integral para estender a fu nção fatorial
de inteiros não negativos para outros ,..Jores reais. A fórmula é
A técnica da integração tabular também se aplica a inte-
grais da forma f f(x)g(x) dx quando nenhuma das funções r(.<) = J.wr-•.-• dt, X >0
pode ser derivada rcpclidamcntc para se tornar zero. Por
Para cada X positivo. o número r(x) é a integral de r ' 1e' 1
exemplo, para calcular
em relação a I, de Oa -. A Figura 8.27 mostra o gráfico de r
Je ~cosxd-<
2 próximo à orlgem. Vocé verá como calcular r( 1/2) .se Rzer o
exercício adicional 31 do Capítulo 15, (Volt~ me 11).
começamos como antes, c01n uma tabela que relaciona succs· )'

sivas derivadas de e2x e integrais de cos x:

e 1·te suas
derh·adas
cos.l' e suas
integrais
·v·
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
3

2
)' = f (.<)

I I
I I
I I

f'tlrt: lt!JIIÍ; dl~


linh~ é igt~olll
-~
I
-2 - o
_,
I
prinl\'ir.l, c~~;...to I
I
~,t:l;.~s tomt;mtn I -2
muhlpUG!Ih-.._\ (·I I
I
~ CS'tllCrJa, -I ) I -~
Jirdla). I

{\
snow
Capítulo 8 Técnicas de integração 633

FIGUHA 8.27 A função gama de Euler f(x) é uma função Retirando €(x). temos a aproximação
contínua de x cujo valor em cada positivo inteiro n + I é n!. A
fórmula de definição da integral para r é válida somente p<~ro
f(x) "' (~)' J'iff- (Fórmula de Stirling) (3)

x >O, mas podemos estender r para valores negativos n:to I n ~


(a) Aproximação de Stirling !Para n! Use a Equação (3)
teiros de x com a fónnu.la f(x) = (r(x + 1))/x, que é o ammto

r
do Exercício 49. c o fato de que n! = 11 1'(11) paro mostrar que

49. Se n é um inteiro não negativo, r(11 + 1) = n! 11! ~ (i yz;;;; (Apro•imação d• Stirling) (4)

(a) Mostre que f(l) =I. Como você verá se 6zer o Exercício 64 da Seção 11.1 , Vo-
lume ll, a Equação (4) nos leva à aproximação
(b) Depois use a integração por parces para a integral
paro l'(x + I) paro mostrar que r(x + I) = X r(x). Isso (5)
fomece (b) Compare o valor de sua calculadora para 11! com o
r(2) • I f( I) • I O valor dado pela aprox.imação de Stirling paro 11 = 10,
1'(3) Q 21'( 2) D 2 20, 30,... , até onde sua calculadora puder resolver.
f(4) - 31'(3} - 6
(c) Um refinamento da Equação (2) fornece
1"(11 + I) = 11 r(n) = 11! (1) o r(x) = (~)' Jiff-el/ll'-l(l + <(.<)).
(c} Use a indução matemática para verificara Equoção (I)
para qualquer inteiro não negativo u. ou

50. F6rcnula de Stirling O matemático ~coe~ James Stirling l'(x)"' (~r Jiff-•''""')
(1692-1770) mostrou que
que nos diz que
. (•)'Jj;r
Jt-..
Iom
. ;-I.
;:
_;c
(.r )=
u! ç:::: (%)» yz;;;; c l/(ll,o;,) (6)
Então. para x grande,
Compare os \'<llorcs para lO! fomocidos pela sua caku·
t (x)-.O as:r-OQ (2) ladora, pela aproximação de Stirling e pela Equação (6).

Exercícios avançados
Nos exercícios 1 a 3 , calcule as integrais.

L f dx
~l+Fx
2. f cosO dO
. 2+cos0
3. ] ...2!....
x' - l
7. Deduzaalormuladcredução
.f
dx
( ,.---;). -
vx, - a,
x(~)•-•
i

f (Jx' -a•)"''
(2-n)a
n-3 dx
4. Uma mura substituição útil para calcular integrais envol· 2
(n-2)a' n" '
vendo ~nl +(x +b)~, a> O, é x + b =a senh y. Use esta 3. Mostre que existe um único va1or de c para o qual a integral
j .Jx•+ x+I dx .
f*(~
substituição para calcular
c Jrlx é convergente. Detem>ine esse
5. Deduza a fórmula de redução] ~­ I ,'{+)
xn a +bx valor de c. (Sug<Jttlo: use o teste de comp<~roção no limite.)

-
-l
-
a(tz-1)
[.;;;+;;;
- +
x,. 1
(2n-3)b/
2
dx
~ '
x"-• vax+b
]
"" "
9. Mostre que a .mtegra1 ~-sen --dxx é convergente. (Sugestao:
I X
_

faça uma iotegração por partes, antes de aplicat um teste de


comp<~ração.)
6. Use a fórmula de redução do Exercicio 5 para calcular
dx (Texto para os cxerclcios 10-12) Em certa população,

f x' JI+.t na qual a altura satisfaz uma distribuição normal, os homens


entre 18 e 30 anos têm altura mé<tia 1,75 me desvio..padrão
634 Cálculo

5 em. Nesse caso, a probabilidade de um individuo escolhido tegração e-y~~l2 J!T para obter urn limitante superior para
aleatoriamente ter altura entre a e b, em centímetros) é dada essa probabilidade.

I'<'' P(n,b) = ~I j' e~ ,. tlx . tI. Use o n\ étododos CI'Qpézios co Exercício 10 para determi.
5"2" • nar a probabilidade de um indivíduo ter mais de 1J80 com
I O. Mostre que a probabilidade de um indivíduo escolhi· um erro menor que Jo-1. Use uma calculadora ou um SAC
do aleatoriamente ter altura 1naior que 1,95 metros é para efetuar os cálculos.
:-1w
vn ·d i
e· l dy. Use o fato de que neste intervalo de in- 12. Repita o Exercício 11 usando o método de Sin1pson.

Projetos de aplicação de tecnologia


MÓDULO MATiiEMATICA· MA I'LE
AproximafõeS por somas de Ríemann e pelas regras do trapézio e de Simpson
Parte I: Visualize o erro em que se incorre ao usar somas de Riemann para aproximar a área sob uma curva.
Parte 11: Monte uma tabela de valores e c.akule a magnitude relativa do erro em função do tamanho .de passo llx.
Parte 111: Investigue o efeito da funç.1o derivada sobre o erro.
Partes IV e V: Aproximações pela regra do trapézio.
Parte VI: Aproximações pela regra de Simpson.
MÓDULO MATHEMATICA· MAPLE
Jogos de azar: explorando a tét·nic.a probabílíslica tle J\!loute Carlo para a integrnçcio 1111mérica
Explore graficamente o método de Monte Carlo para aproximar integrais definidas.
MÓDULO MATHEMATICA·MA!'LE
Calcula11do probabílídades com l11tegrais impr6prías
Explore graficamente: o método de: Monte Carlo para aproximar integrais definidas.
snow

Outras aplicações da integração

RESUMO Na Seção 4.8, foram introduzidas ..s equações diferenciais da


Companion forma dy!dx = j{x), onde y é uma função incógnila que é derivável. No caso
Website em que f é uma função continua) dclcrminarnos a solução gera.l y(x) por in-
Uio~raf1a hi.shkk.a
j
tegração: y(x) = j{x)dx. (Lembre· se de que a integral indefinida representa
Carl Friedrich Gauss todas as primitivas def. logo, ela contém uma constante arbitrária +C, que tem
On7- ISS5) de ser exibida sempre que uma primitiva é encontrada.) Muitas aplicações em
ciênciaS;. engenharia e economia envolvem modclo.s formu]ados por equações
diferenciais muito mais gerais. Na Seção 7.2, por exemplo. vimos que o cres-
cimento e o decaimento exponencial podem ser m-odelados por uma equação
diferencial da formadyldx = ky, onde k é uma cons.tante com k ~O. Ainda não
foram consideradas equações diferenciais como dy!dx =y - .'(,apesar de essas
equações surgiren> freqUentemente em aplicações. Neste capflulo, vamos es-
tudar várias equações diferenciais da forma dy!d.v = j{x, y), onde f é uma fun·
ção das duas variáveis, tanto da dependente como da independente. Usaremos
a lcoria de iJucgração índcfinidn para resolver cs:.sas equações diferenciais e
investigaremos métodos de solução analíticos, gráficos e numéricos.

Campos de direções e equações diferenciais separáveis


No cálculo de derivadas por derivação implícita (Seção 3.6), vimos que a
Companion
exprcssão para a derivada dyldx freqüentemente c<>ntém as duas variáveis x c
Websitc y, não apenas a variável independente x. Iniciamos esta seção considerando
8iogr.di;a histl•rica
a equação diferencial geral dyldx = j{x, y) e o significado de uma função ser
Julé"$ Henri Poincnr~ uma solução para ela. v~·unos, então, investigar equações que têm uma forma
( 1854-1912) especial, na qual a função f pode ser expressa como um produto de uma fun-
ção de xe uma funç.ão de y.

Equações diferenciais gerais de pt:imeira ordem e


soluções
Uma equação diferencial de primeira ordem é uma equação
tly
-tlv = f( ·r ' )•) (1)

na qual/{.<. y) é uma função de duas variáveis definida em uma região de plano


xy. A t.-quação é de prhtteim ordem porque envolve apenas a primeira derivada
dy!dx (e não derivadas de ordens superiores). Observamos que as equações

y' = j (x,y) e dd y
X
= f(x.y)
snow
636 Cálculo

são equivalentes à Equação( i) e as três formas serão usa.das alternadamente


ao longo do texto.
Urna solução da Equação (I) é uma função dcrívávcl,y = J{X) definida em
um Intervalo I de \raJores de x (possivelmente lnfinho) tal que

dl y(x) ~ f (x,y(x)
c.<
nesse intervalo. Isto é, quando y(x) c sua derivada y'(x) são substituídas na
Equação (1 ), a equação resultante é verdadeira para todo x no intervalo /. A
solução geral de uma equação diferencial de primeira ordem é uma solução
que contém todas as soluções p<>ssivcis. A solução geral contém sempre urna
constante arbitrária, mas apenas ter essa propriedade não significa que a so·
lução seja a solução geral Ou seja, uma solução pode conter uma constante
arbitrária senl ser a solução geral. Para constatar que uma solução é a solução
geral são necessários resultados mais profundos da teoria de equações dife-
renciais, que são mais bem estudados em um curso mais avançado.

EXEii-IPLO l Verificando funçõc• soluçlo


Mostre que todo rnembro da família de funçõe.s

y =f+ 2
é uma solução da equaçi\o diferencial de primeira ordem
dy I
<lt ~ y (2- )')
no intervalo (O,~). onde C é uma constante qualquer.
SOLUÇAO Derivando y = C!x + 2, obten>os

dy
tlt
~ c i!...
dx
(l) + o ~- c
x .<2
PortantÔ> precisamos apenas verificar que, pata todo .'1.: f (0, oo),

-c;x- = lx [2- (~" + 2)]


Essa última equação segue hnediatarnente da expansão da expressão
no lado direito:
J,.\: [2 - (c + 2)] ~ .!,(-c) ~ _c;
.\ .\: .\ -~ -

logo, para todo valor de C. a função y = C!x + 2 é uma solução da


cqurtção dircrcnci"l.

Como no caso de primitivas. precisamos rnuitas ve1~s determinar uma


solução particular, em vezd3 solução geral de uma equação diferencia) de pri-
meira ordem y' =/(.<, y). A soluç-:io particular que satisfaz a condição inicial
y(x0 ) = y0 é a soluçi\o y = y(x) cujo valor é y 0 quando x = x 0• Assim, o gráfico
da solução particular passa pelo p<>nto (x0 , y0 ) no plano xy Um problema de
valor inicial de primeira ordem é uma equação diferencial y' = /(.<, y) cuja
solução tem de satisfazer y(x0 ) = y0•

EXEMPLO 2 Veriticando que uma função é uma solução particular

Mostre que a função y ~ (x + I) - ti'


snow
Capitulo 9 Outras aplicaçOes da integração 637

é uma solução do problema de valor inicial de primeira ordem


~· = y - .r,
dr 2
y(O) = 3

SOLUÇÃO A equação
ti)'
tÍx = y - x
é uma equação diferencial de primeira ordem com j{x. y)= y - x.
À esquerda:

-tlt
dy
=-drd ( ,'( +
À direita:
y- x = (x + I)- te·'- x = I -te-'
A função satisfaz a condição inicial, pois

y(O) = [ (.t + l) - te-'L = t = t


I -

O gráfico da função é exibido na Figuro 9.1 .

Campos de direções: visualizando curvas integrais


Cada vez que especificamos uma condição inic:ial y(x.) ~ y0 de uma equa-
ção diferencial y' =fl.x, y), a curva integral (gráfico da solução) tem de passar
pelo ponto (x0 , y.,), e deve ter coeficiente angular f{x., y0 ) nesse ponto. Pode-
mos visualizar esses coeficientes angulares graficamente desenhando pequenos
segmenlos de reta de coeficiente angular ft.x, y) em c-ertos pontos (x, y) na região
fiGURA 9.1 O gnifico da solução y ~ (x + do plano xy que é o domínio def Cada segmento tem o mesmo coeficiente an·
gular que a curva integral que passa por (x, y) ~ sendo assim tangente â curva ai.
I) - .!.<:"da equação diferencial dyldx = y - x, A figura resultante é chamada campo de direções (ou campo de inclinações)
3
c fornece uma visualização da forma geral das curvas integrais. A Figura 9.2a
com condição inicial y(O) : ~ (Exemplo 2). mostra um campo de direções, com uma solução particular esboçada através
J
dele na Figura 9.2b. Podemos ver como esses segmentos de reta indicam a dire-
ção que a curva integral toma em cada ponto pelo (lual ela passa.

... y (o.n

(b)

FIGURA 9.2 (a) O campo de direções de dy = y- x. (b) A solução particu-


tlr
?
lar que passa pelo ponto (O, ~) (Exemplo 2).
J
638 Cálculo

A Figura 9.3 mostra três campos de direção e podemos ver como as cu r~


vas integrais se comportam seguindo os segmentos de retas tangentes nesses
campos.

(b) , .. __ _2.u•
._ _
<a> y' • r - .r- (c) }''• ( I -A).)' + ~
I+ .(·

FIGURA 9.3 Os campos de direção (linha superior) e curvas integrais es·


colhidas (linha inferior). Em versões feitas por computador, os segmentos de
reta são algumas vezes retratados com setas, como aqui. Entretanto. isso não
deve ser tomado como uma indic.ação de que coeficientes angulares têm sen·
tidos. pois eles não têm.

A construção de campos de direção com lápis e papel pode ser cntediante.


Todos os nossos exemplos fornm gerados por computador.
Enquanto equações diferenciais gerais são difíceis de resolver. muitas
equações importantes que surgem em ciência e aplicações têm formas espe-
ciais que fazem que possam ser resolvidas com técnicas especiais. Uma dessas
classes é a de equações separáveis.

Equações separáveis
A equação y' = j(x, y) é separável (ou de variáveis se-paráveis) quando f
pode ser expressa como um produto de uma função de x por uma função de
y . A equação diferencial tem então a forma
tly
{i; • g(x )fl(y)

Quando reescrevemos essa equação na forma

sua forma diferencial nos permite coletar todos os termos em y com dy c to·
dos em x com dx:
h(y) dy a g(x) tlt
Agora. simplesmente integramos cada um dos lados dessa equação:

f !J(y) dy • f g(x) d< (2)

Após completarmos as integrações, obtemos a solução y definida implici·


ta.rnente como unla função de x.
A justifocativa de que podemos simplesmente integrar os dois lados da
Equação (2) é baseada na tegra de substituição (Seção 5.5):
Capitulo 9 Outras aplicaçOes da integração 639

j h(y) dy = j h(y(x)) 1dx


=
f g(x)
ll(y(x) ) h(y(x)) tlr
dy
11\ •
;,!(X)
ÍJ(!'.

= j g(x) tlr

f:.X~MPtO 3 Rcsolvcntlo uma cquaçãô s~parávcl


Resolva a equação diferencial
dy
d.r = ( I + y2 )e·•
SOLUÇÃO Como I +I
nunca é igual a zero, podemos resolver a
equação separando as variáveis.
dy Trou.: tll•lclx como um
- = (I+ y 2)e-' -lUOC1~:nt~ \h: t1ii~~nc:i...i.S (
dr
mu1tlpli'lur os doi~ l.tdo$
dy = (I + y 2)e-' d.t por ilx.
tly
- - -., = e" cl\'
I + y-

J ~=
+ y- fe'd.t
I
lg - I)' = e" +c C 1\:pr,·S<:nl:l "cumbm.a,.iq ,ll)
duas constJnl~ J( int<'~raç-?u).

A equação tg-1y = e" + C fornece y como uma função implícita de x.


Quando- tr/2 < tf + C< rr/2, podemos explicilar y como uma função de
x calculando a tangente dos dois lados:
lg (tg- 1y) e tg (e' + C)
y = tg(e' + C)

EXEMPLO 4 Resolva a equação

(x + 1/1Y= x(y
IX
2 + 1)
SOU JÇÃO C:olormno.~t na (nrm:t. cfirer~nt:i:ll, sep<lr<lmos :l.S. vari:lvP-i.s
e integramos:
(x + i)dy = x(y 2 + l)d.t
dy X cf.t
.\' ~ - 1
y'+ l = x + l

! ....!!!_ =
I + y'
j (1- -X+1 )dr I .
tg - I y = x - In lx + 11 + C

O problema de valor inicial


dy
-= ~y. y{O} = Yo
"'
640 Cálculo

em•olve uma equação diferencial separável, e a solução y = y0t!' fornece a lei


de mudança exponencial (Seção 7.2). Já vimos CS!K' problema de valor inicial
como um modelo de fenôrnenos tais como crescimento populacional. dea\.i·
mcmo radioativo c transferência de calor. Vamos agora apr;esemar uma aplica·
ção em que aparece outra equação diferencial de primeira ordem separável.

I
Lei de Torricelli
FIGURA 9.4 A taxa:\ qual a água vaza é
k $~onde k é uma constante positiva. No A lei de Torricclli diz que se vocC drenar um tanque· como o da Figura
Exemplo 5, k = 1/2 c xé medido em pés. 9 .4. a taxa em que a água sal é uma constante vezes a raiz quadrada da pro-
fundidade da água x. A constante depende do tamanho do buraco de drena-
gem. No Exemplo 5, assumimos que a constante seja I/2.
Companion
Wcbsite EXEMPlO 5 Drenando um tanque
Biografia hi~tôrirn Um tanque na rorma de um cilindro circular reto d.e raio 5 pés e altura
16 pés. que estava inicialmente cheio de água, es1á sendo drenado a uma
Evangdisla ·lótr'icclli
(1608- 1647) ta..a de 0,5 ~ pés'lmin. Determine uma fórmula para a profundidade e
para a quantídade de água no instante 1. Quanto tempo é necessá.río para
o tanque ser esvaziado?
SOLUÇÃO O volume de unl cilindro circular reto de raio r e altura
h é V = n ?/,,de modo que o volume de ,\gua no 1<\llQlOC (Figura 9.4) é
V = nr21i =
n (5f.< 25n.< =
Derivando, obtemos

dV • 25 tr ll< ~ 1\C~tu 1), J'm> \ • """"IJ


dl dl dcCJC5't:'ndo t: ,t~Mt <O.
-o)5\1; = 25n d<
dr
Temos então o problema de valor inicial
d\· v;
dl =- 5011
x(O ) = 16 A ~lrnrunJ!d;l~ok d~: .1~ua c J6 pe,.
qu.tnd" t • O.

Resolvemos a equação diferencial por !K'paraçl'lo de va·riávcis.

x-•tz d< • - 5~11 dt

J x- l/Z dr = -f 5~11 dt lntq;t<O<d0 ;, l•~o•.


2.<1/ 2 = - 5~11 I +C

A condição inicial x(O) = 16 determina o valor de C.


1
2( 16)'/Z = - - -
50n <oJ + <
C= 8
Com C= 8, temos
., l/'l _ _1_
ou .•
8 4 lOOn
Capítulo 9 Outras aplicaçOes da integração 641

As fórmulas procuradas são

x• (4 - 10~7.-r e
Ern um instante I, qualquer a profundidade da água é de (4- t/(J001T))'
pés, e o volume deágua é de 251T (4 -t/(I001r))'/pés'. Em t = O, temos que
x = J6 pés e V = 400rr pés'. como requerido. O canque estará vazio (V= O)
em t = 400iT minutos. o que é aproximadamente 21 horas.

Exercícios 9.1
Verificando soluções
Nos exercícios I e 2, mostre que cada y = f(x) é urna solu-
ção da equação diferencial dada.
1. 2y' + 3y = e-x
(:1) y • e-x (b) J' • e-x + e-<3/l'ts
(c) y = .~ + Ce~>/2!<
Nos exercícios 19-22, associe as equações diferenciais com
2. y' = yl
seus campos de direções apresentados aqui.
I
(a) Y = -xI ( h) ) • = - - 1-
x +J
(c) y = - - -
x +c
Nos exercícios 3 e 4, mostre que a função y = f(x) é uma
solução da equação diferencial dada.

IJ.'
3. y = X • Je' <fl. + ,tly• ·\Y = e-t

4. ,Y a I J.'. +
vl+ x"1
Vr--;;
~ r:-:--1 I 4
1' di, y ' + - -
l + x4
y = 2v 3

Nos exercícios S- 8. mostre que cada funç..1o é uma solução


do problema de valor inici.al dado. (o)

Equação Condição Candidata a


-+w ll r. HJJg+'
yf~-l II
diferencial inicial solução

~. y' +y=
2
>{-ln2)- I y = . -.• tg - o(k ' )
I!If~/i
,,_ ...-...
p\-/ ~
I + 4e!( X
6. )'1

7. xy' + y
.r > O
- c _,: - 2\y

e -scn x.
J·{ 2) - o

>{~) a O
)' - (,\" - 2 )c -.r

ya -x-
COS.\'

X
!}l7p
-· ~r~ \,
~~~ !!li
_,fi11l lfíttt,_
8. .~y· = .'!;)' - i. >{•) = • y = lilX (b)
x> l

·''

W!W~
Equações separáveis
lU!!l!l
uw* mHm
Nos exercícios 9-18, resolva a equação diferencial.
_r- dy dy _r
. ~ /. ~ 1.1.1.1. .
9. 2v.ty dx = I . x. y > O 10. llt =- x2 v y. y > O
- ;&................. z................ ................. 1 ......:..-......... ·'
, .......................................
""
11. -'- - c'_,,
d-r
............................................
'""''''.-.2 ·''"''""'
~mm~ ''"""
13. -d
dy
=-
. r •.r
V )'COS"' V)'
. ~ dy
1~. V I.X)' - = I mm~~~ nmm
\\\\\\\\
.T dx (c)
snow
642 Cálculo

26. y' = 2(y - 4) com


(a) (O, I) (b) (O, 4) (c) (0, 5)
27. y' = y(x ... y) com

(a) (0, I) (b) (0. - 2) (c) (O, 1/4) (d) (- 1, - I)

28. y' =y com


(a) (O, I) (b) (0, 2) (c) (O, -L) (d) (O, O)
29. y' = (r- l)(x + 2) com
(a) (0, - I) (b) (0, I) (c) (0, 3) (d) (1, - I )
19. y' = .~ + )' 20. y ' = y + I .<y
30. y ' • - ,- - com
.t "' + 4
(a)(O, 2) (b)(O, - 6) (c>{ - 2 v'3. - 4}
Nos exerdcios 23 e 24, copie o campo de direções e esboce Nos cxerdcios 31 e 32, obtenha um c<'tmpo de direções e
algumas curvas integrais. desenhe a solução particular no intervalo espccilk\do. Use um
23. y ' =(r + 2)(y- 2) SAC para encontrar a solução geral da equação diferencial.
=
31. Uma equação logística y' y(2 - y). y(O) =1/2;
0 S xS4, 0 S y S 3
32. y'= (scn x)(scn y), y(O) =2; - 6 S x S 6,- 6 S y S 6

As equações nos exercícios 33 e 34 não têm soluções que


possam ser expressas em tennos de funções clernentares. Use
um SAC para investigar graficamente cada uma das equações
difcrcociais.
33. y' = cos(2x - y), y(O) = 2; O,; x S 5, OS: y ,; 5; )'(2)
34. Uma equação de Gompertz y'= y( 1/2- In y), y(O) =1/3;
24. y' = y( y + l )(y - 1) 0 S X S 4 , 0 $ f$ 3; )'(3)
I'
... 35. Use um SAC para determinar as soluções de y' + y = fi.x)

ll,,l,,~
com a condição inicial y(O) = O. se f(.<) for

ll,,,,,, (•) 2x (b) sen 2x (c) 3e"' (ti) 2e-"''c os 2x

________
...... ~--------
Desenhe todas as quatro soluções no intervalo -2 s x s 6
para comparar os resullados.
36. (a) Use um SAC para desenhar o campo de direções da
equação djferencial
l" = 3.t"1 + 4.r +2
. 2(y - I)

na região - 3 s x S 3 e -3 s y s 3.
f"usANDO O COMPUTADOR (b) Separe as variáveis e use o integrador de um SAC para
encontrar a solução geral na forma implícita.

Campos de direções e curvas integrais (c) Usando o recurso para desenhar gráfiCOs de funções
implícitas de um SAC, faça o gráfico das curvns inte-
Nos exercícios 25-30, obtenha um campo de direções c
grais para C = -6, -4. -2, 0, 2, 4, 6.
adicione a ele os gráficos das soluções que passam pelos pon·
tos dados. (d) Determine e esboce o gráfico da solução que satisfaz a
condição inicial y(O) =- L
25. y'= ycom
(a) (0, 1) (b)(O, 2) (c) (O,- l)
Capitulo 9 Outras aplicaçOes da integração 643

Equações diferenciais lineares de primeira ordem


A equação de crescimento/decaimento exponencial dy!dx = ky (Seção 7.2)
é uma equação diferencia) separável. Ela também é um caso especial de uma
equação diferencial que tem uma forma U11etrr. As equações diferenciais H-
nearcs modelam um grande número de fenômenos do cotidiano, incluindo
problemas de circuitos elétricos c misturas químicas.
Uma equação diferencial linear de prirncira ordcnl é aquela que pode -ser
escrita nn forma
tly
-L + P(x)y = Q(x) (I)
H
onde P e Q são funções contínuas de x. A Equação (I) é a forma-padrão da
equação linear.
Como a equação de crescimento/decaimento exponencial pode ser colo-
cada na forma-padrão

vemos que ela é uma equação linear com P(x) = - k e Q(x) =O. A Equação (I)
é li11enr (em y), pois y c sua derivada dy!dx ocorrem <tpcnas com potência de
primeiro grau, não estão multiplicadas uma pela ()utra c não aparcccrn como
argumentos de nenhuma função (tais com sen y, é' ou ~dylllt).

EXEMPLO 1 Determinando a forma-padrão


Coloque a seguinte equação linear na forma-padn\o:
tly
x-t = x 2 + 3y, x>O
H
SO!.UÇÃO

dy
x- = ,,~ + Jy
d.t
tly 3
dx=x+-; y
dy 3 fQmU,·f3dr.iocom
;& -xy • x P(x} =- · .~IX e Q(x) =.'(.
Observe que P(x) =- 3/x, mas não é +3/x. A forma-padrão é y' + P(x)y =
Q(x), de rnodo que o sinal de menos é parte da fórmula parn P(x).

Resolvendo equações lineares


Vamos resolver a equação
dy
dX + P(x)y = Q(.r ) (2)

multiplicando os dois lados por uma função positiva v(x) que transforma o
lado esquerdo na derivada do produto v(x) · y. Logo mais, mostrnremos corno
determinar v, mas, primeiro, queremos mostrar que uma vez que v esteja de-
terminada, como ela fornece a solução que procuramos.
644 Cálculo

Aqui está por que multiplicar por v(x) dá certo:


dy A C.lll;l(<lo urig,n.1l t:StJ na
dx + P(x)y = Q(x) fonnJ·pJdrlo.

dy Mui!IJ,!I'I~*" l'd.l furtçlu


v(x) h + P(.r)v~r)y • v(x)Q(x) p<~~ihvo~ c•( ~,:) ,

,!(~) ti.1i C)ColhiJ:~ Jt' mo.l,rquc-


d
dt (v(.<)· y) = v(x)Q(x) v
<ft•
-1 ,,,,. = d
lt •· \'l
cLr ti\·

v(x) · y = f v(x)Q(x) dt

y = v(~) f v(x)Q(x) tlr (3)

A Equação (3) expressa a solução da Equação (2) em lermos das funções


v(x) c Q(x). A função v(x) é chamada fator intcgmntc paro a Equação (2),
pois sua presença faz que a equação seja intcgrável.
Por que a fórmula para P(x) não aparece também na solução~ Ela aparece
sim, mas indiretamente, na construção da. função positiva u(x). Temos que
d dy
d\' (vy) = li clx + Puy ConJi,.\oimpostJ!.4.lbr\:U

dv
Y"J; = Pvy
A última cquaç.'io será válida se
dv = Pv
<lt
t~ = Pdt

!'~=f Pdt
In v = f Gonw ,. > O não rrt<i~amos
Pdt do \Jiut ó\bs<>hlln çtl\ In~·.
Tom~ c:Xpc)rt,·n~,:l.d<. d<.>~ ,fob
elnu = efPJx
l.tdo~ pJra obt~·r 11.

(4)

Portanto, uma fórmula para a solução geral da Equação (I) é dada


pela Equação (3), onde v(x) é dada pela Equação (4). Entretanto, em ve~
de decorar a fórmula, lembre-se apenas de como encontrar o fator in-
tegrante quando você tem a forma-padrão na qual l'(x) é identificada
corretamente.

Para resoh't!r a equação linear y' + P(x)y = Q(x), multiplique os dois


lados pelo fator integrante v(x) =.!"-')"'e integre os dois lados.

Nesse procedimento. quando você integ-ra o produto no lado esquerdo,


sempre obtém o produto v(x)y do fator integrunte ~la função solução >'• de-
vido à definição deu.
Capitulo 9 Outras aplicaçOes da integração 645

Compaoion EXEMPLO 2 Resolvendo uma equação ,tiferendallineardc primei·


Website t;t ordem
Uitl!;rnfi:. hislc\tka Resolva a equação
tly ,
Adricll Marle tegcndre x d< = x· + 3y, ,\'> o.
(1752·1833)
SOLUÇÃO Colocamooprimeiroaequaçãonaforma-padrão(Exemplo 1):
dy 3
(i;-xy=x
de modo que P(x) = -3/x é identificada.
O fator integrante é
v(x) = efPI•)•I.< = ef<-3/x)d<
A (Oll~ta.ntc Jl." in~t:gt;l~ào é O plt.l (1ue
ttl'~J"' ()mais ~ilniJI... s 1-lQ)>)I\'tl
.t > O

c elnx~J c: J_
.r'
A seguir, multiplicamos os dois lados da forma·padráo por v(x) c in·
tegrarnos:

:X(>) - .:2 O lado esquerdo..! j_ (v · y)


.Jx

.l..
xl
y= j .l..
x2
tlr

.l..y=-l+c
.rl ,'( .
Isolando y nesta última equação, obtemos a solução geral:

y= x' (-~+ c) =-x 2 + Cr 3 x>O

EXF.MPLO 3 Resolvendo um prc.lblcrna de valor inidal linear ti~


primeira ordem
Resolva a equação
.tyl = .\"l + 3y, :r>O
com a condição inicial y(l) = 2.
SOLUÇÃO Resolvemos primeiro a equação diferencial (Exemplo 2),
obtendo
x>O
Usamos então a condição inicial para determinar C:
y = - .\2 + c.,.l

2 = - ( 1) 2 + C(l)3 p lqu>nJox : I
2
C = 2 + (1) = 3
A solução do problema de valor inicial é a função y = -K + 3x'.
646 Cálculo

EXEMPLO 4 Encontre a solução particular de

l\y' - y = In x + I, x>C
que satisfaz y{l) =-2.
SOLUÇÃO Com x >O, escrevemos a equação na forma-padrão:
y' _ ...!.. )' = In x + I
3x 3x
Então o fator integrante é dado por
v = ef-df{.b = e(-1/ l)tn.t = .\.-1/ 3 \·>O

Portanto

x - t13y = tfonx + l )x-4f.'tlr ot..lu.MlW<Iotv~


Integrando o lado direito por partes. obtemos

.. - t/ ly = -x· l/3(1nx + I) + f x_.IJ dx +C

Logo

ou, resolvendo para y,


y = -(lnx + 4) + Crt/J

Quando x = I e y = -2 nessa última equação, obtemos

- 2= -(O+ 4) + C
de modo que
C=2
Substituindo C por 2 na equação para y, obtemos a solução particular
y = 2rt!S- lnx - 4

Para resoh•er a equaç.'lo linear do Exemplo 2, integramos os dois lados


da equação depois de muhiplicar cada lado pelo fator integrante. Entretanto,
podemos diminuir a quantidade de trabalho, como no Exemplo 4, lembrando
que a integral do lado esquerdo é sempre o produto v(x)- y do fator integrante
pela função solução. Da Equação (3), isso quer dizer que

u(x)y = f u(x)Q(x) dx

Precisamos apenas integrar o produto do fator integran te v(x) com o lado


direito Q(x) da Equação (I) e então igualar o resultado a v(.r) - y para obter a
solução geral. Contudo, para destacar o papel de v(x) no processo de solução,
seguimos, às vezes, o procedimento completo como ilustrado no Exemplo 2.
Observe que se a função Q(x) for identicamente nula na forma-padrão
dada pela Equação (I), então a equação linear é separável:
dy
d
-
r
+ P(x)y = Q(x)

dy
-tl< + P(x)y = O Q(xl • O

dy = -P(x) tlx S.:rannJ().:.)C\'J.riivch.


Capitulo 9 Outras aplicaçOes da integração 647

Vamos apresentar agora dois problemas práticos modelados por uma


equação diferencia.! linear de primeira ordem.

Circuitos RL
O diagrama na figura 9.5 representa um circuito elétrico cuja l'<:sisténcia
total é uma constante Rohms c cuja auto· indutância, ex.ibid..1. como uma espiral,
é L. hcnries~ também constante. Há um interruptor cujos terminais a e b podem
ser ligados para conectar a uma fonte de eletricidade constante de V volts.
A lei de ohm, V= RI, tem de ser modificada para esse circuito. Sua forma
modificada é
Ldi+Ri=V (5)
dt .
onde i é a intensidade de corrente em ampere, e t é o tempo em segundos.
Resolvendo essa equação, podemos prever como a corrente circulará depois
de o interruptor ser ligado.

EXEMPLO 5 Fluxo de corrcnt.; <létrica


O interruptor no circuito RL na Figura 9.51foi ligado no instante 1 c O.
Qual é o Ouxo de corrente elétrica como uma r, mção do tempo?
SOLUÇAO A Equação (5) é uma equação diferencial linear de pri-
meira ordem para i como função de t. Sua forma·padrão é
di + !li =r <6l
rlt L L
c a solução correspondente, dado que i= O, quando I =O, é
j =r_
R R
re•tR/ L)I (7)

(Exercício 32). Como R e L são positivos, -(R/L) é negativo c e·<Rll.)l -7 O


quando t -+ 0(). Portanto
R I.
1
lim i
- co
a lim
1-
(r - R
oo R
fe·(RfL)I) = f - f_ 0
R R
c J::
R
FIGURA 9.5 O circuito
RL do J.lxemplo 5. Em dado instante, a cor-rente é teoricamente menor que VIR., mas. com
o pa~r do tempo, a corrente se aproxima do valor cstac.ionário VIR. De
acordo com a equação
L di+ Ri= V
dt
I = VIR é a corrente que circulará no circ-uito se L= O(sem indutância) ou
di!dl =O (corrente estacionária, i= constante) (Figura 9.6).
A Equação (7) expressa a solução da Equação (6) como soma de dois ter-
mos: uma solução estacionária VIR e uma solução transieute - (VIR) e-uru.)t,
L 21,_ ~!,_ que tende a zero quando J-+ 0().
'R R ' R

FIGURA 9.6 O crescimento da corrente


no circuito RL do Exemplo 5./ é o valores-
tacionário da corrente. O número t = URé Problemas de mistura
constante de tempo do circuito. A corrente
atinge 5% de seu valor estacionário em três Um produto químico em uma solução líquida (ou disptrsa em um gás) entra
constantes de tempo (E.,crcício 31). em um recipiente que contém também o Jíquido (ou o gás) com~ possivelmente,
uma quantidade especifica do produto químico dissolvido. A mistura é mantida
648 Cálculo

uniforme agitando.. a e sai do recipiente a uma taxa conhecida. Nesse processo,


é freqüentemente importante saber a concentração do produto químico no
recipiente em dado instante. A equaçAo diferencial que descreve o processo é
baseada na (órmula

Taxa de variação ~ taxa à qual o ) ( taxa â qmkl )


da quantidade = produto químico - o produte> (8)
no recipiente chega químico sai

Se )'(I) é a quantidade da química no recipiente no instante I, e V(I) é ovo·


lume total do líquido no instante t. então a ta..xa de saída do produto químico
no inslante t é

Taxa de saida = ~~·(taxa de escoamento)


concemraç5o no )
= reópiente no ·(taxa de 01;coamento) (9)
( mstante t

Com isso, a Equação (8) torna-se


<(I• = ( taxa de chegada ) _ y(1) •
dl do produto químico V(t) (taxa de escoamento) (lO)

Se, digamos, y for medido em libras, V em galões e tem minutos, as unidades


da Equação (lO) serão
libras libras libras gal~s
n1inutos minutos - galões · minutos

EXEMPLO 6 T~mqur de estocagcm de uma reflr.aria d<! petróleo

Em uma refinaria de petróleo, um tanque de estoc:agem contém 2.000


galões de gasolina que tem. inicialmente. 100 libras de um aditivo dissol·
vido. No preparo para o tempo de inverno, a gasolina contendo 21ibras de
aditivo por galão é bombeada dentro do tanque a uma taxa de 40 gal/min.
A solução bem misturada é bombeada para fora a uma ta.'a de 45 gal/min.
Quanto há de aditivo no tanque 20 minutos após o in·ício do processo de
bombeamento (Figura 9.7)?
SOI.UÇAO Seja y a quantidade (em libras) de aditivo no tanque no
instante 1. Sabemos que y = 100 quando t =O. O número de galões de ga·
solina e aditivo na soluÇão dentro do tanque em um ir\stame t é
gal gal )
V(1) = 2.000gal+ ( 40 - . - 45 - . (lmin)
mm mm
m (2.000 - 51) gal
logo,

T.>xa de saída = y(t) ·(taxa de escoamento) l'.qu.>;lo (9!


V(t)

FIGURA 9.7 O tanque de cstocagcm do = ( 2 _00~ St) 45 A IJ.X!I Jc i.titl.t. C:• ·15 gallmi.n
t' v • 2.000 S4
Exemplo 6 mistura o líquido que entra com
o líquido armazenado para produzir o líquido 45_,. lb
que sai. =
2.000 - 51 min
Capitulo 9 Outras apticaçOes da integração 649

Também
Taxa de entrada ;a; ( 2 -lb )(40 -gal)
.
ga 1 mm

= 80~
1:mn
A equaç.io diferencial que modela o processo de mistura é
dy 45y
d1 = SO - 2.000 51
em libras por minuto.
Para resolver essa equação diferencial. vamos primeiro escrevê·la na
forma-padrão:
dy 45
t/1 + 2.000 - 51 y = SO
Portanto, P(1) =45/(2.000 - 5t) c Q(t) =80.
O fator integrante é
u(l) = ef I'Jt = eh :dJ? "'
= e -91n(2,000- Sr) 2.000 - 51 > o
= (2.000- 5tr 9
Multiplicando os dois lados da cquaçào-pa.dnlo por v(t) c integrando
os dois lados, obtemos

(2.000- 5t)-'J • (dy


dr + 2.00045 51 y ) = 80(2.000 - 51 ,-9
(2.ooo- 51)_., ~+ 45(2.000 - 51r ' 0 y = &0(2.000 - st)- 9

;:, [ <z.ooo- s1)-'>y] = so(2.ooo- 51r 9

(2.000- 5t)-•y = .f 80(2.000- 51)_. dt

_9 _ {2.000- 51t *
(2.000 - 51) y - 80 · ( -S)( _ ) + C
5

A solução geral é
y = 2(2.000- 51)+ C(2.000 - 5t)9
Como y = 100, quando t = O, podemos determinar o valor de C:
100 = 2(2.000 - O) + C(2.000 - 0)9
3.900
cs - (2.000)9
A solução particular do problema de valor inic-ial é
3 900
y = 2(2.000 - 51) - · (2.000 - 51)9
(2.000)9
A quantidade de adiUvo 20 minutos após o in feio do bombeamento é
y(20) = 2[2.000 - 5(20)] - (;,~~.(2:000 - 5(20)] "' 1.3421t
9
650 Cálculo

Exercícios 9.2

Equações lineares de primeira ordem <ill k


-d +- u • O(k em constantes positivas), u(O) = u0
Resolva as equações diferenciais nos exercidos 1-14. t m
tly {a) como uma equação linear de primeira ordem.
I. ;r'J; + y = ev. x >O
(b) como urna equação separável.
3. .t'y' + 3y ~ scn..x, x > O
.\' •

4. i + (tg x)y a cos1 x. - 'TT/2 < x < r./ 2 Teoria e exemplos


tly I
S. X tÍ\' + 2y = l - X· .\' > o 23 . Qual das equações a seguir está correta? Justifique sua res·
posta.
6. (I + x)y' Vx 7. 2y' a ,rfl + y
S. e 1'"y' + 2eh- y = lr
+)' a
9. xy' - y = 2\' lnx (a) xj ~tlr • x In 1-<1+ C (b) ·•f f<l< • x In 1-<1 +C
ti)' COS.\'
10. x- = -.- - 2y. x >O 24 . Qual das equações a seguir está correta? justifique suares-
t1X ·•

tl\· 1 posta.
11 . (1 - l ) 3dt + 4(1 - 1) s • I+ 1, I > l
12.(1 + l ) J: + 2s = 3(1 + 1) + l , . 1 >- 1
(a) co~:t:~ COS:((b: = I S..\' +C
"' (1 + I )··
dr
13. senO <W + (cosOlr = tgO. O < O < -;r/ 2
(b) co~:r/ cosxdr • t.g.\' + co~ .,
dr
14. tg O,
18
+ ,. = sen 2 o. O < O < TT/ 2 25. Mistura salina Um tanque contém inicialmente 100
galões de salmoura, na qual 50 libras de sal estão dissol-
vidas. Uma salmoura contendo 21b/gal de sal é despejada
Resolvendo problemas de valor inicial no tanque a uma taxa de 5 gal/min. A mistura é mantida
Resolva os problemas de valor inicial nosexercicios 15-20. uniforme ao ser agitada e sai do tanque a uma ta.xa de 4
dy gal/rnin.
15. - + 2y = 3. }'(0) = I
1
<I
(a) A que taxa {libras por minuto) o sal entra no tanque
dy
16. 1- + 2y = 13 I > 0. }{2) = I no instante t?
dl '
dy (b) Qual é o volume de salmoura no instante 1?
17. Odõ + y = seno. o > O. y(tr/ 2) = 1
(c) A que taxa (libras por minuto) o sal sai do tanque no
dy instante t?
18. OdO- 2y = &'secO tgO. O > O, y(Tt/ 3) =2
tly .., e:>~ :
(d) Escreva c resolva o problema de valor inicial que dcs·
19. (x+ l)d,- 2(.<' + x)y = x + 1• x > - 1, y(O) • 5 creve o processo de mistura.
dy {c) Ache a concentração de sal no ttanquc 25 minutos
20. d< + .t)' • X, y(O) • - 6
após o início do processo.
21. Resolva o problema de valor inicial de crescimento/decai- 26. Problema de mislura Um tanque de capacidade de 200
mento exponencial para ycomo uma função de t conside· galões está com água destilada até a metade. No instante
rando a equação diferenc-ial como uma equação linear de I = O, uma solução que contém OJS ib/gal de um conc:en·
primeira ordem com P(x) = -k e Q(x) = O: trado entra no tanque a uma taxa de 5 gallmin. e a mistura

dr =k)• (k constante) J~O) =Y• bem agitada é expelida a uma t<Lxa de 3 gal/min.

22. Resolva o seguinte problema de valor inicial para " como (a) Ent que instante o tanque estará cheio?
uma função de t: (b) No instante em que o tanque está cheio. quantas libras
do conc:entrado ele conterá?
Capitulo 9 Outras aplicaçOes da integração 651

27. Mistura fertilizante Um tanque contém 100 galões de O significado da constante de tempo é que a corrente atin·
água potável. Uma solução que contém 1lb/gal de um ferti· girá 95% do seu valor final em tres constantes de tempo a
liz.antc solóvcl para gramado é despejada no tanque a uma partir do instante em que o circuito for ligado (Figura 9.6).
taxa de I gal!mln, e a mistura é bombeada para (ora do Ponanto. a constante de tempo (ornecc uma medida de quâo
tanque a uma taxa de 3 gal!min. Determine a quantidade rapidamente um circuito individual atingirá o equilíbrio.
máxima. de fertilizante no tanque e o tempo necessário para (a) Determine o valor de i na Equação (7) que correspon·
alcançar esse máximo.
de a I = 3UR c mostre que é cerca de 95% do valor de
28. Poluição por monóxído de carbono Uma sala de con· cquilibrio I = VIR.
ferências de uma corporoção contém inicialmente 4.500
(b) Aproximadamente. que porcentagem da corrente
pés3 de ar livre de monóxido de carbono. Começando
no instante t = O, urna furnaça de cigarro contendo 4% estacionária estará circulando no circuito duas cons-
de monóxido de carbono é exalada na sala a uma ta'a de tantes de tempo após o interruptor ser ligado (isto é,
0.3 pés~/mín. Um ventilador de teto mantém o ar da sala, quando I = 2UR)?
bem circulado, e o ar dei!<a a sala à taxa constante de 0,3
32. Dedução da Equação (7) do Exemplo 5
p~s')/min. Deterrnine o instao te em que a concentração de
monóxido de carbono na sala é de 0,01 %. (a) Mostre que a solução da equação
di R, V
29. Corrente em um circuito RL ligado Quantos segundos -dt + -L t ·= L-
depois do interruptor de um c.ircuito RL ser ligado a cor· é
rente i le\•ará para atingir a metade do valor estacionário?
Observe que o tempo depende de R c L e não de quanta
voltagem é aplicada. {b) Use a condição inicial i(O)= Opara determinar o valor
30. Corrente em um circuito RL desl.igado Se o interruptor de C. Isso completa a dedução da Equação {7).
de um circuito RL for desligado depois da corrente atin· (c) Mostre que i= VIR é um• solução da Equação (6) e
giro valor estacionário I = R/I,., o decaimento da corrente que i :: Ce-(AIL)I satisfaz a equaç.i.o
(esboçado graficamente aqui) obedece a equação
tli+f!.i = O
L di+ Ri= O dt L
dt
que é a Equação (5) com V= O.
Companion
Website
(a) Re-solva a equação para e!<pressar i como urna função Biograrl-3 hht6rica
de 1.
Jamcs Bemoulli
(b) Quanto tempo depois do interruptor ser desligado ( 1654· 1705)
a corrente levar~\ para atingir a métade de seu valor
inicial? Uma equação diferencial de BernouUi é da forma
dy
(c) Mostre que o valordacorrentequandol = UR é 1/e. (0 dX + f'(x)y - Q(x)y"
significado desse instante será explicado no próximo
Observe que, sen-O ou 1, a cquaç5o de Bernoulli é linear.
exercício.) Para outros valores de 11, a substituição u = y'""' transforma a
equação de Bernoulli na equação Unear
v
li ""
"
- +( I -n)P(x)ll = (1 -n)Q(x)
1
Por exemplo, na equação
dy
- -v • e -x y2
t/.'( ~

temos 11 = 2, de modo que u = y'-' = y·' e du!tfx = -y·' dyldx.


o ,f.. Então dy!dx = -ldu/dx = - u·> du/dx. A substituição na cqua·
.R
ção original fornece
31. Constantes de tempo Os engenheiros chamam o núme- _ ,,-2 du - ~~-1 = e-' ~~-2
tlr
ro UR COIISiatrle de tempo do circuito RL da Figum 9.6.
ou. equivalentcrnente,
snow
652 Cálculo

du + u = - e - 1t
-(/,r
A última equação é linear na variável dependente (incóg·
nita) u.
Resolva as equações diferenciais nos exercícios 33-36.
33. y' - y = -y1 3.a. y~ - y = .ty 2

Método de Euler
Quando não é necessário ou não for possível determinar imediatamente
uma soluo;<\o exntn para um problema de valor inicial y' = j(x, y), y(x.) = y0 ,
Companion podemos muitas vezes usar um computador para gerar uma tabela de valores
Website aproximados de)' para valores de x em um intervalo adequado. Tal tabela é
RloJ;trJiia lust(lnCa uma solução numérica do problema, e o método pelo qllal geramos essa ta·
bela é um método numérico. Os métodos numéricos são geralmente rápidos
lCOilhatd l~ulcl'
( 1703-1783) e precisos c são freqüentemente escolhidos quando as fórmulas exatas são
desnecessárias. indisponíveis ou demasiadamente complicadas. Nesta seção,
estudaremos um desses métodos, chamado método de Euler, no qual muitos
outros métodos numéricos são baseados.

Método de Euler
Dada uma equação diferencial dyldx :::: j(x, y) e uma condição inicial
= y0,podeonos aproximar a solução y = y(x) por sua lincarizaçi\o
y(x0 )
L(x) = y(x0 ) + y'(x0 )(x - xo) ou L(x) =y 0 +j(x., )'oHx - x0 )
A função L(x) fornece uma boa aproximação da solução y(x) em um pe·
qucno intervalo em torno de Xo (Figura 9.8). A base do método de Euler é
emendar uma seqüência de lineari1.ações para aproximar a curva em um in·
tcrvalo maior. A seguir, explicamos corno o método funciona.
Sabemos que o ponto (x,,y0) está na curva integral. Suponha que especifique·
mos um novo valor para a variável independente x1 = x0 + d:c. (Lcmbre·se de que
dx = óx na definição de diferenciais.) Se o incremento dx for pequeno, então
y, a L(x,) = Jl> + J(xo,Yo) dx
é uma boa aproximação para o valor exato da solução y = )'(x1). Assim, a partir do
ponto (xe> y0) , que está exatamente na curva integral, obtemos um ponto (x1, y1)
que está muito próximo do ponto ~<1 , y(x,)) na curva integ•·.tl (Figura 9.9).
Usando o ponto (x,, y,) c o coeficiente angular j(x1, y 1 ) da curva integral
que passa por (x1, y 1), vamos ao segundo passo. Fazendo x.1 = x 1 + dx, usamos
a linearização da curva integral que passa por (xH y 1) para calcular
Yl = y, + J (x,, y,) tlt
Isso fornece a próxima aproximação (x1, y1) para valores ao longo da curva
integral y = )'(x) (Figura 9.10). Continuando desse modo, vamos ao terceiro
passo a partir do pont·o (x2 y1) com coeficiente angular ft.x2 y1) para obter a
J J

terceira aproximação
Y.• = y, + f (x,, n ) dx
Capitulo 9 Outras aplicaçOes da integração 653

e assim por diante. Estamos literalmente constnaindo uma aproximação para uma
das soluções seguindo a direção do campo de direções da equação diferencial.
Os passos na Figura 9.10 foram desenhados g;andes para ilustrar o pro·
cesso de construção c:, por Isso. a aproximação parece ser grosseira. Na pr.hl·
ca, dx deve ser suficientemente pequeno para fazer a curva cinza enco..o;tar na
curva azul c fornecer uma boa aproximação do co•ncço ao fim.

)'

~--"·-:~:;:·'
EXEMPLO I l,;sando o método de Euler
Determine as três primeiras aproximações y., y1, y, usando o método
de Euler para o problema de valor inicial

(xOo )'I)) y'= I + y,y{O) = l

~~-7.~-------------+ X começando em Xo = Oe com dx = 0,1.


0 X I)

SOI.UÇÃO 1emosquex,=O.y0 = t.x, = x 0 + dx = 0,1, x, = x0 + 2dx =


FIGURA 9.8 A linearir.ação L{x) 0,2 ex3 = x. + 3dx = 0,3.
dey=y(x)cmx=x0 •
Primeiro: y , = Yo + /(.,·o.ro) d.<
= Yo + (I + Yo)d<
= I +( I + 1)(0, 1) = 1,2
Segundo: y, = J'l + j{x, ,y,) dt
=y, +{ I + y,) clt
I
I
= 1.2 +{ I + 1.2){0. 1) = 1,42
I
I Ten:eiro: YJ = Y2 + f(xz. y,) dx
--.,f---±-"''1,,_<,_'--,.--,__,.,-----">X = Y2 +(I+ y,)tlt
O .f() x1 • x0 +d.x
= 1,42 + ( 1 + 1,42)(0, 1) = 1,662

FIGURA 9.9 O primeiro passo


O processo passo a passo usado no Exemplo 1 pode ser continuado f.1cil-
do método de Euler aproxima y(.<1)
mente. Usando valores igualmente espaçados para a variável independente na
ay1c L{x 1).
tabela e gerando 11 deles, seja
:q = xo + tlr
y
xz =x, + cl<

, Erro
Xn = Xn-t + tb:
Calcule então a aproximação da solução

'
I )'I = )'o + f(xo , Yo) ti<
C~rv:1 in1egr:i1 \'Crcl:wkirn
.\·• y (x) I :
)'2 = Yl + /(x,,y,) tlt
I

Yn = Yn- 1 + j (Xn- hYn- 1) clt

FIGUilA 9.10 Os três passos na O n\amero de passos n pode ser tão grande quanto se queira, mas os erros
se acumulam se n for muito grande.
aproximação de Euler para a solução
do problema de valor inicial y' =j{x, y), O método de Euler pode ser implantado facilmente em um Gomputador
y{Xo) =r .. Quanto mais passos, mais os ou uma calculadora. Um prognuna de computador gera uma tabela de solu-
erros envolvidos se acu.muJam, mas não ções numéricas de um problema de valor iníciaJc nos permite entrar com os
exageradamente como exibido aqui. valores de x0 e y0 , o número de passos" c o tamanho do passo dx. O programa
então calcula soluçõe-s aproximadas .Yv y2, ..., .Yn de modo iterativo, exatamente
como descrevemos.
snow
654 Cálculo

F.XEM !'LO 2 Investigando a precisão do método de Euler


Use o método de Euler para resolver
y ' = l + y,){O) = l

no inlervalo O ~ x ~ 1, começando em x0 = Oe com


(a) dx = 0,1
(b) dx = 0,05
Compare as aproximações com os valores da solução exata y = 2e' -i.
SOLUÇÃO
(a) Usamos um comput·ador parn gerar os valores aproximados da Ta·
bela 9.1. A coluna de "erro" c! obtida subtraindo-se os valores não
arredondados fornecidos pelo método de Euler dos valores não
arredondados determinados usando-se a solução exata. Todas as
entradas foram então arredondadas até a quarta casa decimal.

TABELA 9.1 Solução de Eulerdey'= I+ y,.)(O) =I,


tamanho do passo dx = O, I
4 •
• X y (Euler) y (exato) Erro

3
o I I o
2 y•2t"'- I O, I 1.2 1,2103 0,0103
0,2 1,42 1.4428 0.0228
0,3 1,662 1.6997 0,0377
0,4 1,9282 1,9836 0,0554
--,0; - l - - - - - - - - - ! - --< 0,5 2,2210 2,2974 0,0764
0,6 2,5431 2,6442 0, 1011
FIGURA 9.11 O gráfico de y = 0,7 2,8974 3,0275 0, 1301
2e' - I superposto sobre os pontos 0,8 3,2872 3,45 11 0,1639
obtidos com a aproximação de Eu- 0,9 3,7 159 3,9192 0,2033
ler na Tabela 9.1 (Exemplo 2). IO 4.1875 44366 02491

No instante em que atingimos x = I (após dez passos), o erro é de aproxi-


madamente 5,6% da solução exata. Um gráfico da solnç.'lo exata junto com
os pontos obtidos pela solução de Euler da 1àbela 9.1 estão na Figura 9.11.
(b) Uma mancim de tentar reduziJ' o erro é decrescer o tamanho do passo.
A Tabela 9.2 mostra os resultados e as comparações deles com asso-
luções cxtlta$ quando decrescemos o tnmttnho <lo pt\3$0 para 0.05:.
dobrando o número de passos para 20. Como na Tabela 9.1, todos
os cálculos foram feitos antes do arredondamento. Desta ve7.., quando
atingimos x = l, o erro relativo é apenas de aproxi madamentc 2,9%.

TABELA 9.2 Solução de Eulerdey'= I+ y,.){O)= I,


tamanho do passo dx = 0,05
X y(Euler) y (exato) Erro

o o
0,05 1, 1 1, 1025 0,0025
0, 10 1,205 1,2103 0,0053
0,15 1,3153 1,3237 0,0084
snow
Capitulo9 Outras apticaçOes da integração 655

X y (Euler) y (exato) Erro


0,20 1,4310 1,4428 0,0118
0.25 1,5526 1,5681 0.0155
0,30 1.6802 1.6997 0.0195
0,35 1.8142 1.8381 0,0239
0.40 1,9549 1.9836 0.0287
0,45 2,1027 2,1366 0,0340
0.50 2,2578 2,2974 0,0397
0,55 2,4207 2,4665 0,0458
0,60 2,5917 2,6442 0,0525
0,65 2.7713 2,8311 0.0598
0,70 2,9599 3,0275 0.0676
0.75 3,1579 3,2340 0,0761
0.80 3,3657 3.4511 0.0853
0,85 3,5840 3,6793 0,0953
Companion 0.90 3.8132 3,9192 0.1060
Wcbsitc 0,95 4,0539 4,1714 0.1175
Uin~rnfi.1hb1útic:a 1,00 4,3066 4.4366 0,1300

Catl RUI~ge
(1856-t 927)
Poderia ser tentador reduzir ainda ma.is o tamanho do passo no Exemplo 2
para obter uma precisão maior. Cada cálculo ad.icional. entretanto. não apenas
requer mais tempo de computador, mas) majs importante que i ss~ acumula
os erros de arredondamento em virtude das representações aproximadas de
números dentro do computador.
A análise de erros e a investigação de métodos são importantes para
reduzir esses erros quando são feitos cálculos numéricos. no entanto, são
mais adequadas para um curso mais avançado. Existem t'nétodos numéri-
cos mais precisos que o método de Euler, como você verá em um estudo
mais avançado de equações diferenciais. Estudaremos aqui um aprimora-
mento do método de Euler.

Método de Euler melhorado


Podemos melhorar o método de Euler fazendo uma média de dois coe fi.
cie•lte~ angulares.Primeiro e~limamos y., como no método de Euler (')rigi11al.
mas vamos denotá-lo por Zn. 10mamos então a rné<lia de j(x,.._ 1, y. _1} e j{x11• Z 11)
no lugar defixn-l> y11 • 1) no passo seguinte. Calculamos então a próxima apro·
ximação y. usando
z. = Yn-1 + j(Xn- I. Y•- I)dr
_
Yn - Yn-1 +
[f(x.- 1,y.- 1) + j(x• .
2
z.)]ti.<
fXEMPI.O 3 hwcsligando a precisão do onétodo de Euler mclhor11do
Use o método de Euler melhorado para resolver
y' = I + y, y(O) = I
no intervalo OS x S 1. começando em x0 = Oe com dx = O, I. Compare as
aproximações com os valores da solução exata y = 2C: - I.
656 Cálculo

SOLUÇÃO Usamos um computador para gerar os valores aproxi..


mados da Tabela 9.3. A coluna de ~erro" é obtida subtraindo os valores não
arredondados obtidos pelo método de Euler melhorado dos valores não
arredondados determinados usando a solução exata. Todas as entradas
são então arredondadas até a quarta casa decimal.

TABELA 9.3 Solução de Euler melhorada de


y": I+ y,y(O) : l, tamanhod 0
passo dx = 0,1
y(Euler
X melhorado) y (exato) Erro

o I o
0,1 1,21 1,2103 0,0003
0.2 1.4421 1.4428 0.0008
0,3 1,6985 1,6997 0,0013
0,4 1,9818 1,9836 0,0018
0.5 2,2949 2,2974 0,0025
0,6 2,6409 2,6442 0,0034
0,7 3,0231 3,0275 0,0044
0,8 3,4456 3,4511 0,0055
0,9 3,9124 3,9 192 0,0068
1.0 4,4282 4.4366 0.0084

No instante em que atingimos x:: I (após dez passos), o erro relativo é


de aproximadamente 0,19%.

Con>parando as tabelas 9.1 e9.3, vemos que o método de Euler melhorado


é considcrnvelmcnte mais preciso que o método de Euler original, ao menos
para o problema de valor inicial y' = I + y, y(O) = l.

liXIiMI'LO 4 Tanque de cstocagem de tnna refillaria de petróleo


rcvisitado
No Exemplo 6 da Seção 9.2 olhamos um problema que envolve uma
mistura de un1 aditivo entrando em um Ianque de 2.000 galões de gasolina
e que simultaneamente estava sendo bombeado para fora. A análise fome·
ceu o problema de valor inicial
tly 45y
dt = 80 - 2.000 5t • y(O) = lOO

onde y(t) é a quantidade de aditivo no instante t. O problema era encon·


trar y(20). Usando o método de Euler com um incremento d/ = 0,2 (ou 100
passos), as aproximações obtidas foram
y(0,2) ~ 115,55; y(0,4) ~ 131,0298;...,
terminando com y(20) • 1.344,3616. O erro relativo em. comparação com a
solução exata y(20) = 1.342 é de aproximadamente 0.1 8%.
snow
Capitulo 9 Outras aplicações dalntegraçao 657

Exercícios 9.3

Calculando aproximações de Euler IJ. y' = 2re". J{O) = 2. dr =O. I. x' • I

Nos txtr<:kios 1-6, u"' o método de Euler para calcular as 14. )"e.}'+ t"- 2. }{0) - 2~ d't - o.s. :c·- 2
três primeiras aproximaçõt$ do problema de valor inicial dado 15. y' = Vxf.•. J' >O. .110) = I. dx =O. I. x' • I
para o tamanho do incr<mento especificado. Calcule a solução 16. y' = I + J'', J{O) = O. dr = 0.1. x' • I
exata e in\'C$1igue a precisão de suas aproximaçh<s. Arredonde Nos exercícios 17 e 18, (a) ache a soluçio <xata do problc•
seus resuhados até a quarta casa decimal. ma de ,-aJor inicial. Compare então a precisão da aproximação
)' com )'(x·) usando o método de Euler. começando em x., com
I. y' = I - i· )~2) • - I. dr • O.S
tamanho de passo (b) 0,2; (c) O, I e (d) 0,05.
2. )'' • x( I - y). )~ 1)
• O. dr • 0.2
3. >' = 2\y + 2y. )~0) •
3. <lr • 0,2 17. y'= 2/(x- I), )'(2) = -112. x.• 2, x' • 3
4. y • J"ll + 2r). )'1-11 • I. dx • 0.5 18. y' = y- I, )'(O)= 3. x.=O, x· =I
0 5. ,.. - 2,....., ,1~0)- 2. dr- O. I
D 6. Y = )' + <-' - 2. )'(0) • 2. dr • O,S Método de Euler melhorado
7. Use o método de Euler com dx • 0,2 parn estimar y( l) se Nos exercícios 19 c 20, compare a prccísiio da aproximação
y' = y e y'(O) = 1. Qual é o valor cxnto de y( I)? de y(x') usando o método de Euler melhorado começando em
8. Use o método de Euler com dx • 0,2 para estimar y(2) se y' x0 , com tamanho de pa-sso
= y!x c y( I) = 2. Qual é o valor exato de y(2)1 (a) 0,2 (b) 0, 1 (<) o.os
9. Use o método de Euler com d.r • 0,5 p11ra estimar y(5) se (d) Descreva o que acontece com o erro quando o hlllH'I·
D r· = y't..f; c y(l) =-I. Qual é o valor exato de y(S)? nho de passo decresce.
10. Use o método de Euler com dx • 1/3 para estimar y(2) se 19. y ' =2y'(x-l), )'(2)=-1/2, x.=2, x'=3
0 y' = y- e"' e y(O) = I. Qual é o \'1llor exato de )'(2)?
(Veja o Exercício 17 para a solução exata.)
20. f= y- I, )'(O)= 3, x.= O. x' = I
Método de Euler melhorado (Veja o Exercício 18 para a solução exata.)
Nos excrcfcios 11 e 12, usr o método de Euler melhorado
parn calcular as trés primeiras aproximações para o problema
de valor inicial dado. Compare as aproximações com os valo·
Investigando graficamente as equações
res da solução exata. diferenciais
Use um SAC parn in>cstigar graficamente cado uma das
ll.y'= 2y(x+ 1), )'(0)=3, dx • 0,2
rquações diferenciais nos exercícios 21- 24. Ex«ute os ~ssos
(Veja o Exen:ício 3 para a solução exata.) a sq;uir parn ajudar em suas im-ntigações.
J2. y'=.x(l-y), )'(1)•0, dx • 0,2 (a) Desenhe um campo de direções da equação di(cren·
(Veja o Exercício 2 para a solução exata.) cial na janela xy dada.
(b) Determine a solução geral da equação direrenclal
usando o recurso de resolução de equações di(cren·
f USANDO O COMPUTADOR ciais do seu SAC.
(c) Faça os gráficos das soluções para os valores orbitr4·
Método de Eu ler rios da constante C= -2, - 1. O. I, 2 sobrepostas ao
Nos exercícios 13-16, use o método de Euler c:om o tama- desenho de 5<'U campo de direções.
nho de passo especificado para estimar o valor da solução no (d) Determine c d<"scnhc o gráfico da solução que satisrn
ponto x' dado. Ache o valor da solução exata em x'.
a condição inicial especificada no interv"lo )O. b).
snow
658 Cálculo

(e) Determine a aproximação nurnérica de Euler da solu· mações de Euler. Discuta a melhora na porcentagem
ç.ão do problema de valor inicial com quatro subinter.. de erro.
valos e desenhe a aproximação de Euler sobreposta ao 21. y = x+y, y(0) = -7/10: -4SxS4. -4SyS4: h = I
gráfico obtido no item (d).
22. y' = -x/y, y(O) = 2; -3 S x S 3, -3 S y S 3; b = 2
({) Repita a parte (e) para 8, 16 e 32 subintervalos. Dese-
23. Uma equação log!stica /= ~~2 - x), y(O) = 1/2; OS x S 4,
nhe essas três aproximações de Euler sobrepostas ao
O:> yS3; b=3
gráfico da parte (c).
24. y' = (sen x)(sen y). y(O) = 2: - 6 s x s 6, - 6 s y s 6;
(g) Determine o erro (y(exato) - y(Euler)) no ponto es- b = 3n/2
pecificado x = b para cada uma de suas quatro aproxi·

Soluções gráficas de equações diferenciais autônomas


No Capítulo 4·, vimos que o sinal da primeira derivada determina onde o
gráfico de uma função é crescente e onde é decrescente. O sinal da segunda
derivada determina a concavidade do gráfico. Podemos usar nosso conhe-
cimento de como derivadas determinam a forma do gráfico para resolver
equações diferenciais graficamente. As idéias iniciais pa.ra proceder assim são
as noções de reta de fase e valor de equilibrio. Chegamos a essas noções ao
investigar de um ponto de vista diferente do estudado no Capítulo 4, o que
acontece quando a derivada de uma função derivável é 1..ero.

Va lores de equilíbrio e retas de fase


Quando derivamos implicitamente uma equação

} In (5y - 15) = .< + l


obtemos
l(
5 5y
5
15
)dy = I
tl<

Isolando y' = dy!dx, obtemos que y' = Sy - 15 = S(y - 3). Nesse caso, aderi -
vada y' é uma função só de y (da variável dependente) e é zero quando y ~ 3.
Urna equação diferencial para a qual a derivada tly!d.< é uma função só
dP. y 1-: r.h:-.m~tb um:. f'!]U:.ç~o rlifertmc:i:li anlônoma. V:.n'IO.S invP.sli&M o ttne
acontece quando a derivada, em uma equaç<io autônoma, é jgual a zero.

Definições V;>lotes de equilíbrio


Se dy!dx= g(y) é uma equação diferencial autônoma. e.ntão os valores
de y para os quais dy!dx = Osão chamados valores de equillbrio ou
pontos estacionários.

Portanto, os valores de equilíbrio são aquele-s nos quais nenhuma mu·


dança ocorre na variável dependente, de modo que y está ctn repouso. A
ênfase é sobre o valor de y no qual dy!d.< a O, não no valor de x, como foi
estudado no Capitulo 4.
Capítulo 9 Outras aplicaçOes da integração 659

EXEMI'lO I Encontron,to \'alores de <'<luilíhrio


Os valores de equilíbrio da equação diferencia) autônoma

dy
- ; (y + I )(y - 2)
1
lX

sãoy= - ley = 2.

Para construir uma solução gráfica de uma equação diferendal aut6·


noma, como no Exen'lplo I, desenhamos prin~eiro a reta de fase para a
equação, que é uma representação gráfica sobre o eixo y, que mostra os
"alores de equilíbrio da equação com os intervalos onde dyldx e d'yldx' são
positivas e negativas. Com isso, sabemos onde as soluções são crescentes e
decrescentes e a concavidade da curva integro L Essas são as caracterlsticas
essenciais dos gráficos de funções que estudamos na Seção 4.4) c que agora
nos permitem determinar a forma das curvas integrais mesmo sem ter as
fórmulas para elas.

EXEMPLO 2 Dcscnh:.mdo uma n:ta de f~1sc c esboçando cun-as


integrais
Desenhe a reta de fase da equação
dy
- ; ( I' + l)(y- 2)
dr ·

e usc~a para esboçar as soluções da equação.


SOI.UÇÃO
1. Desenhe uma reta uumérica pttra y e nurrque os vaiOrt$ de equillbrio
y =-I c y = 2, 011de dy!d.<= O.
- - - -· - - - - - - - - -· ---->y
-1 2
2. Identifique e marque os intervalos onde y· > O e Y <O. Este passo é
parecido com o que fizemos na Seção 4.3, com a diferença de agora
estar sendo feito no eixo y em vez de no eixo x.
''
y'> o •'' y' < o '•'' )'' >0
~
-I

2
y

Podemos resumir a informação sobre o sinal de y' na pr6pria reta


de fase. Como y' > O no intcr"a.lo à esquerda de y = - I, uma solução da
equação diferencial com um valor y < - I crescerá a partir desse valor
em di_rcção a y = -L Ilustramos essa informação desenhando uma seta
apontando para - I.
-----·---+-------·----..-.)'
-1 2

Analogamente, y' <O entre y =-I c y = 2, portanto uma solução com


um valor nesse intervalo decresce em direção a y = - I.
Para y > 2, temos que y' >O, portanto uma solução corn um valor de y
maior do que 2 crescerá sem limite a partir desse valor.
snow
660 Cálculo

Em resumo. as curvas integrajs abaixo da reta horizontal y = - I no pia~


noxyc:rescctn em direção a y=- - l. As curvas intcgra_is entre as retas y= - I
e y = 2 decrescem de y c 2 em direção a y = -I. As curvas integrais acima
de y =2 crescem dlstan c l ando~se de y=- 2 e continuam crescendo.
3. Calcule y .. e nwrqueos intervalos onde y ..> Ot ,~ <O. Para encontrar
y", derivamos y' em relação a x usando derivação implícita.
y' = (y + I)(y - 2) = y 2 - y - 2 l'órmul• P"' y' ..
y• = i!..(y') = lL(y2- y- 2)
clt dx
= 2_nt'- y' lli(ttc m.l.-da IOlJ)IId lõl·
ffi( 1UC' ~-ml'(la.;lo a -'
= (2y- 1)/
m (2y - I )(y + I )(y - 2)
Dessa fórmula, vemos que y" muda de sinal em y = -I. y = 112 c y = 2.
Adicionamos à reta de fase essa informação sobre o sinal de y ...
y'>O y'<O y' <O r'>O
y''<O y">O y"<O y">O
- - +-- _,-+- ---+---+-
I
---'--
2
......-~ ...
2
4. Esboce diversos soluções 110 p/11110 xy. As retas horizontais y = - I e
y :: 2 dividem o plano em faixas horizontais nãs quais sabemos o
sinal de y' c y". Em cada f'hixa, essa informação n os diz se as curvas
integrais sobem ou descem c c01no elas se deformam conforme x
cresce (Figura 9.12}.
As '(retas de equilíbrio'' y =-1 e y =2 são também curvas integrais.
(As funções constantes y = - I e y = 2 satisfazem a equação diferencial.)
As curva$ integrais que cruzam a reta y = 1/2 têm um ponto de inflexão
nela. A concavidade muda de côncava para baixo (acima da reta} para
côncava parn cima (abaixo da reta).
Como previmos no Passo 2. as soluções nas fai:xas do meio e infe·
rior se aproximam do valor de equilíbrio y = -I conforme x cresce. As
soluçõ-es na faixa superior cresc-em a partir de y = 2.

)'
Equilíbrio estável e instável
y·>o
y"> Q Observe a Figura 9.12 mais uma vez, em particular o comportamento das
curv;lS integrais próximo aos valores de equiJibrio. Quando uma soluç.ão <lS·
y' <O surne um va_ lor pcóximo a - 1, ela tende assintoticamente a esse valor; y ;;: - l
y"< O é um equilíbrio estável. O comportamento perto de y = 2 é exatamente o
oposto: todas as soluções, exceto a solução de equilíbrio y = 2 se afastam dela
à n'ledida que x cresce. Chamamos y = 2 equi.Ubrio instável. Se a solução cs·
tiver neste valor, ela permanece, mas se não estiver exatamente nele, mesmo
estando muito próxima, ela se afasta. (Algumas vezes, um valor de equilíbrio é
instável porque uma solução se afasta dele apenas de um lado do ponto.)
Agora que sabemos o que procuramos, já podemos ver esse comporta-
FIGURA 9.12 As soluções gnífi· mento na reta de fase inicial. As setas se afastam de y o 2 c, à esquerda dele,
cas do Exemplo 2 incluem as retas apontam para y = -I.
horizontais y = -I c y = -2. que pas- Apresentamos. agora. vários exemplos de aplicações para os quais pode·
sam pelos valores de equiJíbrio. mos esboçar uma famflia de curvas integrais para as equações diferenciais que
os modelam usando o método de Exemplo 2.
snow
Capitulo 9 Outras apticaçOes da integração 661

Na Seção 7.2. resolvemos analiticamente a equação diferencial


dH
-di = -k(H. - Hs) , k >O
que modela a lei de resfriamento de Newton. Aqui. H.é a temperatura (quanlidadc
FIGURA 9.13 Primeiro passo da
de calor) de um objeto no instante t~ e H5 é a temperatura constante do meio am·
construção da reta de fase paro a lei
bicnte. Nosso primeiro exemplo usa uma análise da reta de fase para entender o
de resfriamento de Newton do E.xcm~
comportamento desse modelo de temperatura em função do tempo.
plo 3. A temperatura sempre tende ao
valor de equilíbrio (meio ambiente).
EXEMPLO 3 Sopa esfriando
O que acontece com a temperatura da sopa quando um prato de sopa
quente é colocado sobre uma mesa em uma sala? Sabemos que a sopa es·
d/1
Jt>
o fria, mas corno é uma curva típíca da temperatura em f\1nção do tempo?
SOLUÇAO Suponha que o meio ambiente tem temperatura cons-
dl/1 <o 1111! >o
tante. em graus Cclsius. de lS •c. Podemos cnh\o expressar a diferença de
1111 til•
__._~--- · --~--+--/1 temperaturas como H(t) - 15. Assumindo que H é uma função derivável
15
do tempo l_, pela lei de resfriamento de Ncwto:n, cxjstc uma constante de
FIGURA 9.14 A reta de f.lse proporcionalidade k >O tal que
completa da lei de resfriamento de
dH = -k(H- 15) (I)
Newton (Exemplo 3). dt
(metJO.s k para fornecer uma derivnda negativa quando H> 15).
Como dH!dt =O em H= 15, a temperatura de 15 •c é um valor de
11 equilibrio. Se H > 15, a Equação (I) nos diz que (H- 15) > Oe dH!dt < O.
Tempc.mturn Se o objeto é mais quente que a sala ele esfriará. Analogamente, se H< 15,
inici:ll
T<:mJX!rntuta então (H- 15) <O c dH/dt >O. Um objeto mais rrio que a sala se aquecer.\.
do meio :lmbicnce Portamo, o comportamento descrito pela Equa.ção ( I ) está de acordo com
nossa intuição de como a tcmpcrotura deveria se comportar. Essas obscr-
'"'ções são capturadas na reta de f..se inicial da iFigura 9.13. Ovnlor H= 15
é um equilibrio estável.
Detern1inamos a concavidade das curvas integrais derivando os dois
Tempcmtura
inici31 lados da Equação ( 1) em relação a t:

FIGURA 9. 15 Temperatura
.!!_
tlt
(tlfl)
dt
= ti (-k(/1- 15))
di
veNrrs tempo. Qualquer que seja 2
d H = -k!!Ji
a temperatura inicial, a tempera· tfr' di
tura do objeto H(t) tende a 15 •c, 2
Como -k é negativo, vemos que d 1-1/dtl é poositíva quando dN/dt <O e
a temperatura do meio ambiente. negativa quando dH/dt >O. A Figura 9.14 adiciona essa informação à reta
de fase.
A reta de fase completa mostra que se a temperatura do objeto estiver
adma do valor de equilíbrio de 15 °C, o gráfico de H(I) será decrescente e
côncavo para ciJna. Se a tcntpcratu.rn estiver abaixo de J5 oç (a temperatura
do meio ambiente). o grâfico de H(t) será crescente c côncavo para baixo.
Usamos essa informação para esboçar curvas integrais típicas (Figura 9.15).
Da curva integral superior na Figura 9.15, vemos que à medida que
o objeto esfria, a taxa â qual ele esfria diminui, pois dH/dt se aproxima
de zero. Ess.:a observação está implícita na lei de resfriamento de Newton
e contida na equaç.ã o diferencial, mas o achatamento do gráfico fornece
uma representação visual do fenômeno. A habilidade de discernir o com-
portamento físico por meio de gráficos cuma ferramenta poderosa para o
entendimento de modelagens de problemas práticos.
662 Cálculo

1·~-kiJ EXEMPLO •I AnaUs.~ndo a queda de um corpo que encontm força


de rcslsténci:)
Galileu e Newton observaram que a taxa de variação da quantidade de
movimento adquirida por um objeto em movimento é igual à força liquida
1--...,...--y•O aplicnda a ele. Em termos matemáticos,
F=L~0
d/
W
I~ • "'/;
onde Fé a força, c m c v são a massa e a velocidade do objeto. Se m varia
com o tempo, por exemplo, se. o objeto for um foguete queimando com~
FIGURA 9. 16 Um objeto ca.indo buslivel, o lado direito da Equação (2) se expande a
sob a influência da gravidade com dv + dm
força de resistêncio suposta corno mdt v-;r;
proporcional à velocidade. usando a regra do produto. Entretanto, em muitas situações, m é constan·
te, c então dm/dt =o. e a Equação (2) tem a forma simples

F= m -dv ou F= ma {3)
dt
conhecida como seguuda lei de movimento de Newton.
Em queda livre, a aceleração constante exercida pela gravidade é deno·
tada por g, c a única força agindo para baixo é
FIGURA 9. 17 Reta de fase inicial
Fp = mg
para o Exemplo 4.
a força de propulsão exercida pela gravidade. Entrctallt<>, quando pensa·
mos sobre um objeto verdadeiro caindo através do ar- por exemplo, uma
moeda de uma grande altura ou mesmo um pára-quedista de uma altura
maior ainda -, sabemos que, em algum ponto, a resistência do ar é um
fator que interfere na velocidade da queda. Um modelo mais realista de
queda livre indu iria a resistência do ar exibida como uma força F,. no dia-
grama esquemático da Figura 9.16.
Para velocidades bem abaixo da velocidade do som, experimentos fl.
sicos mostram que F, é aproximadamente proporcional à velocidade do
corpo. Portanto, a fOrça líquida de um corpo em qucdn é
F : F,- F,
que fornece
tfv
m dt = mg- kv

tfv k
dt = g -;;; u (4)

Podemos usar uma reta de fase para analisar as funções velocidade que
são soluções dessa equação diferencial.
O ponto de cquilibrio, obtido tornando o lado direito da Equação (4)
igual a zero é
mg
u= -
k
Se o corpo se mover inicialmente mais rápido que isso, du!dt é ne·
gativa e o corpo cai mais devagar. Se o corpo se mov.e r a uma velocida·
de inferior a mg/k, então dv/dt > O, e a vel_ocidade do corpo aumenta.
Essas informações são resumidas no diagrama da reta de fase inicial
na Figura 9.17.
Determinamos a concavidade das curvas integrais deri\•ando os dois
lados da Equação (4) em relação a /:
snow
Capitulo 9 Outras apticaçOes da integração 663

!!.!!.>o
dt

Vemó~ ctne rPuJdt2 <O C')u:..ndrl u < mg/k e ,(l1Jfdt2 >O qurmdc') u > mglk.
A Figura 9.18 adiciona essa informação à reta de fase. Observe a seme·
lhança co1n a reta de fase para a Jci de resfriamento de Newton (Figura
9.14). As curvas integrais são também semelhantes (Figuro 9.19).
FIGURA 9.18 A reta defase com- A Figura 9. 19 exibe duas soluções típicas. Qualquer que seja a veloci-
pleta do Exemplo 4. dade inicial, ve•nos que a velocidade do corpo tende ao valor limite v =
mglk. Esse valor, um ponto de equilíbrio estável, é chamado velocidade
terminal do corpo. Os pára-qucdistas podem variar sua velocidade de
95 mph a 180 mph mudando a quantidade da área do corpo que se opõe
·· -li/f:
à queda.
1--==:=:::::::::·i
EXEMPLO 5 Analisando o crescimento populacional em um
ambiente limitante
Veii)Cid3d.:
inicial Na Seção 7.2, examinamos o crescimento populacional usando o mo·
delo de variação exponencial. Isto é, se P representa o número de indiví·
FIGURA 9.19 Curvas de veloci- duos c se neglígenciamos partidas c chegadas, então
dade típicas do Exemplo 4. O valor
v = mglk é a velocidade terminal. clP: kP (5)
dt
onde k > O é a taxa de naS<:imento menos a ta:xa de morte por indivíduo
por unidade de tempo.

''' a.> o I !!!.. < ()


Como o ambiente natural tem apenas um número limitado de recursos

..
I
'
o
dt I

•'
M
r/r
p
para sustentar a vida, é razoável supor que apenas uma população mcíxima
M pode ser acomodada. Quando a população se aproxima da população-
limite ou capacidade de carga,, os recursos tomam-se menos abundantes
FIGURA 9.20 A reta de fase ini- e a taxa de crescimento k decresce. Uma relação simples que exibe esse
cial paro a Equação (6). comportamento é
k=r(M - P)
onde r> Oé uma constante. Observe que k decresce à medida que Paumenta
em direção a M c kê negativa se Pé maior queM. Substituindo ~M-P) por
k na Equação (5), obtemos a equação diferencial

dP = r(M - P)P = rMP - rP1 (6)


dt
O modelo dado pela Equação (6) é chamado crescimento logístico.
Podemos prever o comportamento populacional em reJação ao tempo
analisando a reta de fase da Equação (6). Os valores de equilíbrio são P =
Me P =O, e podemos ver que riP!dt >O se O< P < M c dP/dt <O se P > M.
Essas observaçõe-s estão registradas na reta de fase na Figura 9.20.
Determinamos a conca\rjdadc das curvas de população derivando os
dois lados da Equaç;io (6) em relação a 1:

d2 p = d (rM p - ,.p2)
dt2 rlt
= rMdP- 2rPdP
dt dt
= r(M - 'P) !f.E. (7)
- clt
snow
664 Cálculo

t/P >O dP <O S., P =M/2, então d1P!dt' =O. S., P < M/2, então (M - 2P) e dP!dl são po-
dt dt
sitivos e d'Pidi' >O. 5<! M/2 < P< M, então (M - 2P) <O. dP!dt >O ed'Pidi' <
I
' ti·P
, >O
•'
o
,f!~> o I' !!:_<()
dt' I
'p
tJtl ' dt2
• .
,
O. S., P > M,entiio (M- 2P) c dP!dt são3mbos negativos, d'Pidt' >0. Adicio-
namos essa ln(ormaçAo à reta de fase (Figura 9.2l).

"'2 M As retas P = M/2 e P = M dividem o primeiro quadrante do plano IP em


f.'\ixas horizontais nas quais conhecemos os sinais de dP!dt e d'P!dt'. Em cada
FIGURA 9.21 A reta de fase com- faixa, sabemos como as curvas integrnis sobem e descem e como elo.s se de·
pleta para o crescimento loglstico fonnam à medida que o tempo passa. As retas de e<Juilibrio P =Oe P = M são
(Equação 6). curvas de população. As curvas de população que cru:Z.11ll a reta P = M/2têm
nela um ponto de inflexão, que dá a elas uma forma sigmóide (etorvada em
duas direções como a letra S). A Figura 9.22 exibe duas cun'liS de população
lípicas.

I'

Tcni{)O
FIGURA 9.22 Cun'3s de população do E~emplo 5.

Exercícios 9.4
Retas de fase e curvas integrais Exernplo 5). Quais equiHbrios são estáveis e quais são ins~
távcis?
Nos cxerdcios 1- 8,
(a) identifique os , ..Jorcs de equilíbrio. Quais são estáveis
9. <IP = I - 2P
til
10. "!' ~ P(l -
(</
21')

e quais são in.stávcis? lt. '::: = 21'(1' - 3) <IP= 3P(I - I') ( P - -


12. -
tll 2
I)
(b) construa a reta de fase. Identifique os sin.ais de y' e y"
(c) esboce várias c.urvas integrais. 13. Continuação catastrófica do Exc.mplo 5 Suponha que
t.una populaç~o saudável Uc algurnas cspé.:i.es esteja Grcs·
áy dy
I. -d ~ (y + 2)(y - 3) 2. - a y 2 - 4 cendo em um ambiente limitante e qu·e a população atual
X tb:
seja P0 , razoavelmente próxin1a da capacidade de carga
dy dye y '• -2y
.l. - = y'J - y 4. - Ml)o Voe~ pode imaginar uma população de peixes vi-
tlr dx
vendo em um lago de água doce em uma área selvagem.
5. y' ~ 'IÍy. y > O 6. ,v ' s y- 'IÍy, y> O
De repente uma catástrofe, como a eyupção de um vul·
7. y' - (y - l )(y - 2l(y - 3) Jt y' - y'J - y2
cão, contamina o lago c destrói uma p;artc significante do
alimento c do oxigênio dos quais os peixes dependem.
Modelos de crescimento populacional O resultado é um n0\'0 ambiente com uma capacidade
de carga Nl 1, consideravelmenle me;nor que M0 , e, na
As equações diferenciais autônomas nos exercícios 9-12
verdade, mc11or que a população atual P0• Começando
representam modelos de crescimento populacional. Em cada em algum instante antes da catástrofe~ esboce uma curva
cxcrdcio, use a análise da reta de fase para esboçar curvas ..antes e depois" que mostre como a população de peixes.
integrais P(l), selecionando diversos valores P(O) (como no responde à mudança no ambiellte.
snow
Capítulo 9 Outras aplicaçOes dalntegraçao 665

14. Controlando uma populaçiio O de)Xlrtamento de c;~ça e à raiz quadrada da velocidade e determine a vclocidado
pese;~ de certo estado está planejando emitir permissões de terminal por meio da análise gráfica.
caça )Xll'l\ controlar a populoção de c<rvos (um cervo por
17. Velejando Um barco à vela está se movendo ao longo
permtssll<>). Sólbe-«: que se a população de cervos calabat-
de um c;~minho roto com o vento fornoccndo uma forÇII
xo de certo nível m, cntio os cervos serJ.o txtintos. Tam·
constante de 50 libras na direção do movlmento. A ou-
bém é sabido que se a populaçiio de cervos cresce acima da tra única força agindo no barco é a rt$iStênci:a. tnquanto
capocidade do carga M, cnt~ a população docrescerá de
o barco~ move na água. A força de resistência t nu me·
•-olta pam M por causa do doonç:~o má nutrição.
ricamontc igual a cinco , ...,., a volocidado do barco o a
(~) Discuta se o modclo S<guintc para a t3l01 de crescimento velocidade inicial é I pé/s. Qual é a •·<locidade mwma do
da população doem-os em função do tompoé raz.oo\'d: barco sob a açiio dess< vento em pés por segundo?
1
::: • rP(M - PKI' - m) 18. Difusão de infonnaçiio Os sociólogos r<eonh<eem um
fenômeno chamado difusão soda/, que é a disseminação do
onde Ph populoçãod<cor--os o ré umaconstant<do alguma informação. inovação tocnológica ou cultural, que
proporcionalidado positiva. Inclua uma reta de f~. so toma moda entre a população. Os membros da popula-
(b) Expliquo por quo esse modelodiferodo modelo logís- çiio podem ser divididos em duas classes: oqudcs que têm
tico dP/dl ~ rP(M - P). Esse modelo é melhor que o a informação o aqueles que não a têm. Em uma populoção
lixa cujo tamanho seja conhecido, é razoável supor que a
modelo logistlco?
taxa de difusão soja proporcional ao número do quem tem
(c) Mostre que se P> M p;~m todo l,cntoo lím •~w /'(1) = M. a informação vezes o número daqueles que ainda não a
(d) O que acontece se t> < m )>al'll todo I? receberam. Se X denota a quantidade de Indivíduos que
t~m • informaçiio em um li populaçiio de N pessoas, então
(c) Discuta as soluções da equação diferencial. Quais são os o modelo matemático para a di fusão social é dado por
pontos de equilfbrio do modelo? Explique a dcpendên·
cia do valor do cqullfbrlo de P em relação aos valores t/X = kX(h' - X)
tlt
iniciais de P. Quantas permissões devem ser emitidas?
onde 1 representa o tempo em dias. e k é unH\ constante
positiva.
Aplicações e exemplos
(• ) Discuta se o modelo é razoável.
IS. Skydivir~g Se um corpo de massa m que está caindo {b) Construa uma reta de fase identificando os sinais de
desde o repouso sob a nçllo da gmvldade encontrar uma x·ex·.
força de resistência do •r proporcional ao quadrado da ve-
locidade, então a velocidade do corpo após I segundos da (c} Esboce curvas integrais representativas.
queda satisfaz a equação (d) Preveja o valor de X para o qual a informaç.\o está
m du '
- • n1g - tu·. k> O so di.sseminaodo mais rapidamente. Quantas pessoas
1
" Yiio do fato rec<ber a informação!
ondo k <uma constontc quo dependo das propriedad<S ao- 19. Cornntt: em um circuito RL O diagrama a seguir re~
rodinãmicas do corpo c da donsidado do a.r. (Assumimos plCSC&lta um ci.u:ujlo délli(u c..uj..a u:~J~i.~ttli\.Íd tvl.a.l l uu1.a.
que a queda~ muito cu na para ser af<tada polas mudan- constant( R ohms ( cuja auto·indutância,, exibida como
ças na rcsjstência do ar.) uma <Spiral, é L henri<S. também constante. Há um in-
(a) Desenhe uma reta de fase )Xlta a equação. terruptor cujos t<rminais a o b podom sor ligados JXlra
(b) Esboce uma curva do vclocidado típica. con<etar a uma fonte cl<triea de V >'Olts.

(c) Para um p:lra-qu<dista de 160 libras de peso (mg • A Lei de Ohm. V~ Ri, tem de ~r modificada para tal cir-
cuito. A forma modificada é
160) o com o tempo em segundos e a distância om
pés, um valor típico de k é 0,005. Qual é a v<locidade L!1J. + Ri • V
til
terminal do pára·qucdista!
onde ; é a intensidade de corrente em amphcs. c 1 é o
J6. Distânda proporcional a.[; Um corpo de massa m é tempo em segundos. Resolvendo essa equação, podemo•
disparado verticalmente parn baixo cotn velocidade ini· prever como a corrente circ-ulará no drcuitodepois que o
cial v0• Assuma que a força de resistência é proporcional interruptor for ligado.
snow
666 Cálculo

empuxo exercida pelo xampu. De acordo com o Pritzcf..


pio de Arquimedes. a força de empuxo é igual ao peso do
líquido deslocado pela pérola. Usando m para a massa da
pérola e P para a massa de xampu deslocada pela pérola
enquanto ela desce. complete os passos a seguir.
(a) Desenhe um diagrama esquemático mostrando as
forças agindo na pérola enquanto da afunda como na

Use uma análise da reta de fase para esboçar a curva inte· Figura 9. 16.
gral assumindo que o interruptor no circuito RL foi ligado no (b) Usando v(t) para a '·clocidadeda pé<ola como função do
instante t = O. O que acontece com a corrente quando 1 _,. co? tempo t, escreva uma equação diferencial que modele a
Esse valor é chamado soluçiio de estado estnciomfrio. velocidade da pérola considerada"'" corpo em queda.
20. Uma pérola no xampu Suponha que uma pérola esteja (c) Cons1n1a uma reta de fase mostrando os sinais de u·v':
afundando em um Uquido denso, como o xampu, sujeita
a uma força de atrito oposta à sua queda c proporcional (d) Esboce"'""" integrais típicas.
à sua velocidade. Suponha também que exista a força de (c) Qual é a velocidade terminal da pérola?

Aplicações de equações diferenciais de primeira ordem


Vamos agora olhar três aplicaçocs das cquaçocs diferenciais que estuda·
mos. A primeira aplicação analis...1 um objeto se movendo ao longo de urna
reta. sujeito a uma força oposta ao seu movimento. A segunda é um modelo de
crescimento populacional que leva em conta fatores no ambiente que limitarn
o crescimento. corno disponibilidade de alimento ou de rec ursos vitais. A (dti-
ma aplicação considera uma curva ou curvas que intersectam ortogonalmente
(isto é, em ângulos retos) cada curva de uma segunda família de cuf\•as.

Resistência proporcional à velocidade


Em alguns casos, é razoável supor que a I"C$iSlênda enoorttrada por um objeto
que se move, tal como um carro rodando em ponto morto alé parar, seja propor·
cional à sua velocidade. Quanto mais rápido o objeto se move, mais seu movimento
adiante sofre re.sistência do pelo ar através do qual e]e passa. Para descrever isso em
tem1os matemáticos, supomos que o objeto tenha massa m e $C mova ao longo de
uma reta coordenada. com função posição s c velocidade v em um tempo t. Da se·
gunda lei de movimento de Newton. a IOrç..'l de I'C$iSténcia opo:sta ao movimento t
dv
Força = massa X aceleração = m dt
Podemos expressar a hipótese de que a força de resistência é proporcional
à velocidade escrevendo

, !!E.= - 1..-v du k
ou dr = -m v (k >O)
dt
Esta é unla equação diferencial separável que representa variação exponcn ·
cial. A soluç\o da equação com a condição inicial u = u0 em 1= Oé (Seção 7.2)
u= V,C ·Wm~ (I)
O que podemos aprender com a Equação ( 1)? Podemos ver imcdiatarncn·
te que> quando m é bem grande, como a massa. de um barco com 20.000 to~
neladas de minério no lago Erie, será necesscírio um longo tempo para que
Capitulo 9 Outras aplicaçOes da integração 667

sua velocidade se aproxime de zero (pois t tem de ser grande no expoente da


equação para fazer que kt/m seja suficientemente grande e assim v ser peque·
na). Podemos aprender ainda mais se integrarmos a Equ•ção (I) para deter-
minar a postçào sem funçao do tempo r.
Suponha que o corpo esteja desli1.ando até parar c que a única força que
age nele seja a de resistência, que é proporcional à sua velocidade. Quão longe
ele dcslitar.í? Para descobrir, começamos com a Equação (I) e resolvemos o
problema de valor inicial
tis
dt = ,...~ ,
voe - tt• s(O) =O

lntegrando em relação a/, obtemos


s = - vo;r e-<"1..~ + C
Substituindo s =Oquando I =O, obtemos

0= - ~+C e C=~
k k
Portanto, a posição do corpo no instante t é
( )
SI 110111
=-- vom
- e- (>',,..)• + - -=- - ( l-e- (W..Jr)
110111 (2)
k k k
Para determinar quanto o corpo desliz:arâ, vamos calcular o limite de s(t)
quando 1-> ~.Como -(klm) < 0, sabemos que ••w..u ->O quando 1-> ~.
de modo que
• . 110111 .., ' ·
lnn s(t) • lnn - -( I - .,-<~m')
,-w t-oo k

= -
vom ( l - 0=
) -vom
k k
Logo,
1.-(.111
Distância deslizada = k (3)

11 claro que esta é uma situação ideal. Apenas crn matemática o tempo pode
cstcnder·se ao infinito. O mímcro v~mlk é apenas urn limite superior (ainda
que um limite (llil). Entretanto, é realidade ao menos que, se m for grande,
será necessária uma grande quantidade de energia para parar o corpo. Esta é a
rnzão pela qual os transatlânticos tCm de ser levados ao cais por rebocadores.
Qualquer navio convencional que entrasse em um porto com velocidade sufi·
ciente p-..'lro mo.nobmr se choco.rin ao píer o.ntes que pudesse po..nu-.

I;XIiMPI-0 l Um csquiadordeslitando
Para um esquiador de 192 librns de peso, o k na Equação (I) é aproxi-
No sistema i.nglés, quando o pe-so é medi· madamente 1/3 slugls e m = 192132 = 6 slugs. Quanto tempo levará para
do em librns, a massa é medida em slugs. que a velocidade do esquiador passe de 11 pés/s (7,5 mph) para I pé/s?
Logo. Que distância o esquiado r vai deslizar até parar completamente?
Libras= slugs x 32 SOl.UÇÃO Respondemos a primeira pergunta obtendo I da Equação (I):
assumindo que a aceleração da gravidade lle·lll* = l f4u11(J.<, ( I ) «unk • l/ 3, m 6.1J ll,u • l
seja 32 pés/s2• •.• ,. = 1/11
- 1/18 =ln(l/11) =-In 11
I= I 8 In 11 ~ 43 s
668 Cálculo

Respondemos à segunda pergunta com a Equação (3):

D .astancm
• . d esaza v,m tt·6
I' d a~-=-
k 1/3
= 198 pés

Modelando o crescimento populacional


Na Seção 7.2, modelamos o crescimento populacional com a lei de varia~
ção exponencial:
dP = kP P(O) = Po
dt •
onde Pé a população no instante t, k >O é uma constante de crescimento e
P0 é o tamanho da população no instante t =O. Na Seção 7.2. encontramos a
solução P= Pol' para esse modelo. Entretanto, uma questão a ser levantada é:
'(Quanto esse modelo é bom?~
Para começar uma avaliação do modelo, observe que a -equação diferencial
do CTescimento exponencial afirma que
iiP/dt
-p = k (4)

é constante. Essa taxa é chamada taxa de crescimento rclati,·o. Agora. a Tabela


9.4 fornece a população mundial referente à metade do ano para os anos 1980 a
1989. Supondo que dt = I e que dl' ~ 61', vtmos pela tabela que a taxn de cresci·
mento relativo na Equação (4) é aproximadamente a constante 0,017. Então, ba·
seando·se nos dados da tabela com 1 = Orepresentando 1980, 1 = I representando
1981 e assim por diante, a população mundial poderia ser modelada por

dl'
Equação diferencial: - a 0,017P
d/
Condição inicial: P(O) =4.454
TABELA9.4 População mundial (referente a
meados do ano)
PopuJação
Ano (milhões) AP/P

1980 4.454 76/4.454 "'0,0 171


1981 4.530 80/4.530 "'0.0177
1982 4.610 80/4.610,. 0.0174
1983 4.690 80/4.690 "'0.0 171
1984 4.770 81/4.770,. 0,0170
1985 4.851 82/4.851 "'0,0169
1986 4.933 8514.933 ,. 172o.o
1987 5.018 87/5.018,. 0,0173
1988 5.105 8515.105 "'o.o167
1989 5.190
r'OIIIr:: u.s. Surt."IU of Ccn$u~ ($~·lembro dt' 1999};
www,ccnsus..go\'fipc/"'•w·v.·/worldpop,html.

A solução desse problema de valor inicial fornece a função populaç.'\o /' =


4.454eo.o"'.l'ara meados de 1999 (então,/= 19), a solução prevê uma popuh1ção
de aproximadamente 6.152 milhões, ou 6,15 bilhões (Figura 9.23), que é maior
snow
Capitulo 9 Outras aplicaçOes da integração 669

p Populaç!iQ mundial ( 1980- 1999) que a populaç.'io real de 6.00 I milhões, dada pelo U.S. Bureau ofCensus (Tabela
6.000 9.5). Vamos examinar dados mais recentes para ver se há uma mudança na ta..'\:a
de crescimento.
A Tabela 9.5 exibe a populaçâo mundial para os anos 1990 a 2002. Por
essa tabela, vemos que a taxa de crescimento relativo é positiva, mas decresce
conforme a população cresce devido a fatores ambientais, econômicos e ou·
tros. Na média, a taxa de crescimento decresceu de aproximadamente 0,0003
4·000ol---------,t!;
0-----,20/;;+r por ano durante os anos 1990 a 2002. Isto é, o gráfico de k na Equação (4) está
mais próximo de ser uma reta com coefic-iente angular negativo - r = -0~0003.
FIGURA 9.23 Observe que o valor No Exemplo S da Seção 9.4, propusemos um modelo mais realista que é o
da solução P = 4.454eM"' é 6. t 52,l6 modelo de çrcscimento logístico
quando t o: 19. que é um pouco maior dP = r (M- P)P (5)
que a população real em 1999. dt .
onde M é a população máxima ou capacidade de c.arga, que é a capacidade
de sustentação do ambiente em um longo período. Comparando a Equação
(5) com o modelo exponencial, vemos que k ~ r(M - P) é uma função linear
decrescente da população em vez de ser constante. As soluções gráficas do
modelo logístico da Equação (5) foram obtidas na S<!ção 9.4 e estão exibidas
(novamente) na Figura 9.24. Pelos gráficos, observamos que se P < M, então a
população cresce em direção a M; se P > M, eotão a taxa de crescimento será
negativa (r> O, M >O) e a população decresce.

TABELA9.5 P.opulação (ecente do mundo

FIGURA 9.24 Curvas integrais do Populaçiio


modelo populacional logístico dP!dt =
Ano (milhões) t:.PjP
r(M- P)P. 1990 5.275 84/ 5.275 "' 0,0159
1991 5.359 84/ 5.359 "' 0,0157
1992 5.443 81/ 5.443 "' 0,0149
1993 5.524 81/ 5.524 "' 0,0147
1994 5.605 80/ 5.6()5"' 0,0143
1995 5.685 79/ 5.685"' 0,0139
1996 5.764 80/ 5.764"' 0.0139
1997 5.844 79/ 5.844 "' 0.0135
1998 5.923 78/ 5.92 3 "' 0,0132
1999 6.001 78/ 6.0()1"' 0,0130
2000 6.079 73/ 6.079 "' 0,0120
2001 6.152 76/ 6.152 "' 0.0124
2002 6.228 'I
2003 ?
Fome U.S. llurcau of Ccnsus (setembro de 2003):
"'ww.c('nsus.gov/lpc/www/\\'Otlc.lpop.ht.n.

EXEMPLO 2 lvlodelando uma população de ursos


Sabe· se que um parque nacional tem a C11pacidade de abrigar 100
ursos cinzentos. mas não mais. Dez ursos estão no parque no presente
momento. Modelamos a população por uma equação diferenciallogísti·
ca co1n r = 0,00 I (embora o modelo possa não dar resultados confiáveis
para níveis populacionais muito pequenos).
670 Cálculo

(' (a} Desenhe e descreva um campo de direções para a .equação diferenciaL


lllll\llllll""'!'' (b) u.., o método de Euler com tamanho de passo dl = I para estimar o
"''''""''I"'"
t\l\\ 1, \\lt\~~
\ \ \ \ \ \ l \ l \ l\ \ l
l\\ \' \\\\ llt \\\\\ l\ l
\\\
'i \ \
\~
l \ \ tamanho da população em 20 anos.
\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\ (t) Determine a soluçao analftlca de cresclmemo togjstlco P(t) c desenhe
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,
\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\
"'u gnífico.
M= 100
//////////////////// (d) Quando a população de ursos chega a 50?
J/l/11//lll/l/ll/ll/
1/1/I/II///IJI//IJ/1
IJ 111111111111111111 SOLUÇAO
so !1111111111111111111
11111111111 r 11111111 (a) Campo de direções. A capacidade de carga é 10(), de modo queM=
II/II/1/IIIIJI/111/:
/llll/lllll/11111111 100. A solução que procuramos é uma solução da equação diferen-
////////////////////
cial a seguir.
o
!lJ!_ e O00 I(I 00 - P)P
FIGURA 9.25 Um campo de dire- tlt '
ções da equação diferencial logística A Figura 9.25 exibe um campo de direções para essa equação dife-
dP!dt = 0.001(100 - P)P (Exemplo 2). rencial. Parece hovcr nesse campo uma assíntota horizontal em P =
lOO. As curvas i.ntegrais caem para esse nível por. cima e sobem para
ele por baixo.
(b) Método de Euler. Com tamanho de passo dl = I, 10 =O, P(O) = 10 e

~:: = f(r, P) = 0,001( 100 - P)P

obtemos as aproximações na Tabela 9.6, usando .a fórmula iterativa


P. = P.- o + 0,001(100 - P.- o)P.- o

TABELA9.6 Solução de Euler de dP/dl =


0.001(100 - P)P. P(O) = 10,
tamanho de passo dt = I
I P(Euler) I P (Euler)
p
100 o lO
I 10.9 li 24,3629
2 11 ,8712 12 26.2056
3 12,9174 13 28, 1395
4 14.0423 14 30, 1616
5 15,2493 15 32,2680
0 20 40 60 80 100 120 140 I 6 16,54 17 16 34,4536
7 17.9222 17 36.7119
FIGURA 9.26 AproximRÇões de Euler
8 19.3933 18 39.0353
da solução de dP!dl ~ 0,00 I (100 - P) 1', P
9 20,9565 19 41,4151
(O) = LO, taonanho de passo dr = I.
lO 22.6130 20 43.8414

Existem aproximadamente 44 ursos cinz-entos após 20 anos. A Figura


9.26 exibe um gráfico da aproximação de Euler no intervalo O s 1 $ ISO
com tamanho de passo dt = L Esse grá.fico é parecido com os gráficos das
curvas inferiores esboçados na Figura 9.24.
(c) Soluç~o monlllfca. Podemos assumir que 1 =O q,uando a população
de ursos for 10, de modo que P(O) = 10. O modelo logístico que
procuramos é uma solução do problema de valor inicial a seguir.

Equação diferencial: f!!= 0,001(100 - P)P


dl
Condição inicial: P(O) = 10
Capitulo 9 Outras aplicaçOes da integração 671

Para preparar para a integraçã~ reescrevemos a equação diferencial


na forma:
I dP
P(IOO-P) d1 = 0,00 1
Usando decomposição em fmções parciais no lado esquerdo c multi-
plicando os dois lados por 100, obtemos

(~ + 100 ·- p) ~~ = 0,1
In IPI- lniJOO - Pl = 0, 11 +C

lnl 1o/- 1'1= o.11 + c


n 11
p' =-O. Ir -
lnii OOP- C In -= - ln -
b ti

100- f'l a .-O.It-C


1p
100P- I' = (:l:e-c)e-o.t•

100 _ l = Ae-0.1r
p
p = -:--'-'
' 00
'-":::;-;-: Ot:"tcrtnint' l~
+ Ae....O,lt
Esta é a solução gemi da cquação diferencial. Quando 1 =0, P = lO c
obtemos

I+ A= lO
A=9
Logo, o modelo logístico é
p 0=
p - _ _,1"'0"-
111 H l i H l i ! ! I! ti! l i
+ 9e...O.It
t \t \ l l l l \ \ \ t \\ It
\ \ 1 \ \ ' t \ \ \\ t \ t \ t \ t 1 t Seu gráfico (Figura 9.27) está sobreposto ao campo de direções da Fi-
\\\\\\\1\\\\\t\t\\\\
\ \ \ \ \ \ \ \ t \\ \ •. \ \ \ \\ \ \ gura 9.25.
\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,
\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\
(d) Quando a população de ursos chegará a 501 Desse modelo,
M= 100
/// /. ~ ///////////////
J/1 7 1!1111/ll/ll//1/ 50 = 100
11 IIJIII/JIIIJI/111
1111//////Jilllll/11 l + 9e-o·''
I I/IIII//JIJII/1111
I 111111/IJ/J/J/1/JI l + 9e...,·" = 2
l/IJ/IIIJI/IIIf/l/11
/11111//l/lll/11/1/
'////////////////////

o
e-o·" = i-
eo.tt = 9
100
FIG URA 9.27 0 gráfico de P = I + .-o.l< ln9
9 t = õ,T "' 22 anos
sobreposto ao campo de direções da Figura 9.25
(Exemplo 2).
672 Cálculo

A solução da equação diferencial loglstica geral

dP = r (M- P)P
dt
pode ser obtida como no Exemplo 2. No Exercício 1O, pediremos que você
demonstre que a soluç.:1o é
P •--'M~-=
+ Ae-""''
O valor de A é determinado por uma condição inicial ~dequada.

Troje:tória ooogonal
Trajetórias ortogonais
Uma trajetória ortogonal a uma família de curvas é uma c.urva que in·
tcrsecta cada cui"Va da ramilia ern ângulos retos ou ortogonalmente (Figura
9.28). Por exemplo, cada reta que passa pela origem é uma trajetória ortogo·
nal à família de círculos centrados na origem .i- +I=
a 2 (Figura 9.29). Esses
sistemas de curvas mutuamente ortogonais são particularmente importantes
em problemas físicos relaciot,ados a potencial elétríco. nos quais as curvas em
FIGURA 9.28 Uma trajetória
uma família corrcspondem ao fluxo de corrente elétrica, e- as da outra família
ortogonal intercepta a família de
corrcspondcm a curvas com potencial constante. Elas também ocorrem em
curvas em ângulos retos.
hidrodinâmica e em problemas de fluxo de calor.

y
ID(EMPLO 3 Determinando trajctóriasortogormis

Determine as trajetórias ortogonais il famOia de curvas xy = a,


onde n ;e Oé uma constante arbitrária.
SOl.UÇÃO As curvas xy = a formam uma r.~mllia de hipérboles
com assíntotas y = ± x. Vamos encontrar primeiro o coeficiente angular
de cada curva na família, ou seja, os valores de dyldx. Derivando implici·
tamente xy = n, obtemos
dy dy )'
x,lx+y=O ou tb: = -x
logo. o coeficiente angular da reta tangente em um ponto {x, y) da
FIGURA 9.29 Toda reta que pas· hipérbole xy :; a é y' = - y/x. Em uma trajetória ortogonal, o coeficiente
sa pela origem é ortogonal à família angular tem de ser o oposto do inverso, isto é, x/y. Portanto, as trajetórias
de círculos centrados na origem. ortogonais têm de satisf;;\zer
<(r x
dx = Y
Essa equação diferencial é separável e vamos resolvê·las co1no na
Seção 9.1:
y dy =-X dx $('p.u~: .3-\ v.tn.iwi(,.

Jy dy =jx lix lnttsn-u:<dt>i~ bll-o,,


1 l 1 •
2y ; 2x'+C

y'-x' =b (6)
onde b = 2C é uma constante arbitrária. As trajetórias ortogonais são a
família de hipérboles dada pela Equação (6) e esboçada na Figura 9.30.
FIGURA 9.30 Cada curva é ortogo·
nal a toda curva da outra família que
ela encontra (Exemplo 3).
Capitulo 9 Outras aplicaçOes da integração 673

Exercícios 9.5
1. Bicidcta deslizando Um ciclista de 66 kg sobre uma bi· (b) Quanto tempo levará para a população de peixinhos
ciclcta de 7 kg começa a deslizar no nível do solo a 9 m/s. chegara IOO?Ea 125?
O k na Equação (I) é aproximadamente 3,9 kg/s.
6. População de gorilas Certa reserva de animais não
(a) Que distância o ciclista deslizará antes de parar com· pode abrigar mais que 250 gorilas de planície. Sabe-se que
pletamente? 28 gorilas estavam na reserva em 1970. Assuma que a taxa
(b) Quanto tempo le,•ará para a velocidade do ciclista de crescimento da população s·e ja

cair para 1 m/s? dP = 0,0004 (250 - P)P


2 . Encouraçado deslizando Suponha que um cncouraça· dl
do de classe lowa tem massa em torno de 51.000 tone· onde o tempo t é em anos.
fadas métricas (5 1.000.000 kg) e um valor k na Equa· TABELA9.7 Dados da patinação de Ashley Sharritts
ção (I) de aproximadamente 59.000 kgls. Assuma que
1 (s) s (m) I (s) S (DI) 1 (s) s(m)
o navio perde potência quando está se movendo a uma
velocidade de 9 m/s. o o 2,24 3,05 4,48 4,77
(a) Que distância, aproximadamente, o navio deslizará 0, 16 0,31 2.40 3,22 4.64 4.82
antes de parar na água? 0,32 0,57 2,56 3,38 4,80 4,84
0.48 0 ,80 2,72 3.52 4,96 4.86
(b) Após aproximadamente quanto tempo a velocidade
0.64 1.05 2,88 3,67 5, 12 4,88
do navio cairá para 1 m/s?
0,80 1,28 3,04 3,82 5,28 4,89
3. Os dados da Tabela 9.7 focam colelados com um detector 0.96 1,50 3,20 3,96 5,44 4.90
de movimento e um CBLTMde Valerie Sharrítts. uma pro- 1, 12 1,72 3,36 4,08 5,60 4.90
fessora de matemática da St. Francis DeS.1les High School, 1,28 1,93 3,52 4, 18 5,76 4,91
em Columbus., Ohio. A tabela mostra a distância s (em
1,44 2,09 3.68 4.31 5.92 4.90
metros) em termos do tempo 1 (em segundos) que sua
1.60 2,30 3,84 4,41 6.08 4,91
filha Ashlcy deslizou com patins quando tinha lO anos.
1,76 2 ,53 4 ,00 4,:52 6,24 4,90
Determine um modelo paro a posição de Ashley baseado
1.92 2.73 4.16 4.63 6.40 4.91
nos dados da Tabela 9.7, na forma da Equação (2). Sua
\'Ciocidade inicial era u0 = 2,75 Jn/s, sua massa m ;;; 39.92 2.08 2,89 4 ,32 4,69 6,56 4,91
kg (da pesava 88libras) e a distância total que ela deslizou
foi de 4,91 m.
TABBLA9.8 Dados da patinação de Kelly Schmitzer
4. Deslizando até parar A Tabela 9.8 exibe a distância s
1 (s) s(m) 1 (s) s(m) 1 (s) s(m)
(metros) em termos do tempo I (em segundos) que Kelly
Schmitzer deslizou em patins. Determine um modelo o o 1,5 0,89 3.1 1,30
para sua posição na forma da Equação (2). Sua velocidade 0.1 0,07 1.7 0.97 3,3 1,31
inicial era u0 = 0,80 m/s, sua massa m = 49,90 kg (110 li~
0,3 0,22 1,9 1,05 3,5 1,32
bras) e a distância total que ela deslizou foi de I,32 m.
0.5 0.36 2,1 I.. II 3.7 1,.32
5. População de peixinhos Um aquário de 2.000 galões não 0,7 0,49 2,3 1, 17 3,9 1,32
pode conter mais que 150 peixinhos. Seis peixinhos foram 0,9 0.60 2,5 1,.22 4, 1 1,32
colcx:ados no aquário. Assuma que a ta.xa de crescimento 1, 1 0.71 2.7 1.25 4.3 1,32
da população seja 1,3 0,81 2.9 1,28 4,5 1,32

dP = 0,0015 (150- P)P


dl (a) Determine uma fórmula para a população de gorilas
onde o tempo t é em semanas. em função de t.
(a) Determine uma fórmula para a população de peixi· (b) Depois de quanto tempo a população de gorilas vai
nhos em termos de 1. atingir a capacidade de carga da reserva?
snow
674 Cálculo

7. Viveiro de linguados no Pacífico A quantidade de 1 t. Solução catastrófica Sejam k e P0 constantes positivas.


linguados em um viveiro no Oceano Padfico tem (a) Resolva o problema de valor inicial
sido modelada pela equação logíslica !J.! = J.:p': P(O) = P 0
(/)' (/t •
- • r (M - y )y
dt
11 (h) Mostre que o gráfico da solução do item (a) tem uma
onde )'(l)é o peso lotai da população de linguados em assíntota vertical em um valor posiLivo de 1. Qual é
quilogramas no tempo I (medido em anos), a capa· esse valor de 1?
cidade de carga é tslimada em M = 8 X JO' kg e r=
12. Populações extintas Considere o modelo populacional
0,08875 X 10"1 por ano.
dP = r(M- P)(P- m)
(a) Se y(O) = 1,6X J01kg, qual é o peso lolal da população dt
de linguados após J ano? onde r> O, Méovalormáximodepopulaçãosustcntávclcm
(b) Quando o peso total de linguados no viveiro será de 4 é a população mínima abaixo da qual a espécie será extinta.
X IO' kg? (a) Seja 111 = 100, M = 1.200 e assuma que 111 < P < M .
8. Modelo logístico modificado Suponha que a equação di· Mostre que a equaç.i.o diferenciaL pode ser reescrita
ferenciallogística do Exemplo 2 seja modificada para na forma
dP
tlt • O.llOI (100 - P)f' - c
I I
[ 1.200 - p + p- 100
lt/P
7ii- 1.1001'
para alguma constante c. c resolva essa equação separável.
(a) Explique o significado da constallle c. Que valores de (b) Ache a solução do item (a) que sa!isf.,z P(O) = 300.
cseriam realistas para a população de ursos cinzentos
(c) Resolva a equação diferencial com a .restrição 111 <P <M.
(Exemplo 2)?
11 (b) Desenhe um campo de direções para a equação dife-
Trajetórias ortogonais
rencial quando c = I. Quais são as soluções de equill-
brio (Seção 9.4)? Nos exercícjos I 3- 18, deterrnine as t('3jetórias ortogonais
às famllias de curvas. Esboce vários membros de cada família.
(<:) Desenhe várias curvas integrais em seu campo de dirc·
13. y = m.,\ ' 14. y = c.t 2
ções do item (a). Descreva o que acontece com a popu·
1$. kx2+ .1' 2 = 1 16. 2,.2 + ·"'2 = c2
lação de ursos dm.entos para várias populações iniciais.
17. y= ce-x 18. )' = êkx
9. Soluções exatas Determine as soluções cxat11s dos se-
guintes problemas de vaJor inicial: 19. Mostre que as curvas 2x' + 3y' = 5 e I =x' são ortogonais.
(n) y' = I + y, )'(O) = I 20. Determine a família de soluções da equação diferencial
dada e a família de trajetórias ortogonais. Esboce as duas
(b) y' = 0,5(400 - y)y, y(O) = 2 f.1mflias.
IO. Equação diferencial logística Mostre que a solução da (a) xdx+ydy = O (b) xdy-2ydx = O
equação diferencial
21. Sejam a e I> dois niomeros positivos. Esboce as par;\bolas
!!f:. = r(M - P)P
dt Y = 4n 1
- 4ax e I:; 4bo1 + 4bx
é
no mesmo diagrama. Mostre que elas: têm interseção no
ponto (a - b, ±2J;b ), e que toda ·a-parábola" é ortogo·
onde A é uma constante arbitrária. na! a toda "h-parábola~

Questões de revisão
1. O que é uma equação diferencial de primeira ordem? 2. Corno você resoh•e equações diferenciais de primeiro or·
Quando uma função é solução de tal equação? dcm separáveis?
Capitulo 9 Outras aplicaçOesda integração 675

3. O que é a lei de mudança exponencial? Como ela pode 8. O que é uma equação diferencial autônoma? O que s..io va-
ser deduzida de um problema de vaJor inicial~ Quais são lores de equilíbrio? Qual é a diferença entre eles e pontos
algumas aplicações dessa lei? crilicos? O que é um \'alor de equilibrio estável? E instável?
4. O que é o campo de direções de uma equação diferencial 9. Como você constrói uma reta de fase para uma equação
y' ~ j{x, y)? O que podemos aprender com esses campos? diferencial autônoma? Como a reta de fase lhe au..xilia a
esboçar um gráfico que descreve qualitativamente uma
S. Como você resolve equações diferenciais lineares de pri-
solução da equação diferencial 1
me.ira ordem?
I O. Por que o modelo exponencial não é realista para pre·
6. Descreva o método de Euler para resolver numericamente o
ver o crescimento populadolllal em longo prazo? Como
problema de \'alor inicial y' =f!.x, y), i'(Xo) = y0• Dê um excm·
o modelo logístico corrige essa defici~ncia do modelo
pio. Comente a precisão do método. Por que você pode que-
exponencial para o crescime·rtto populacional? O que
rer rcsoh-er um problema de valor i1licial numericamente~
é a equação diferencial logística? Qual é a forma de
7. Descreva o n1étodo de Euler melhorado para resolver mune- sua solução? Descreva o gráftco da solução da equação
ricamente o problema de "alor inicial y' • j{x,_y), )'(.<o) = Yo- logística.
Qual é a vantagem desse método em comparação ao método
de F.uler?

Exercícios práticos
Nos exercícios 1- 20. resolva a equação diferencial. dy
25. -f. + 1t 2y = .t2, y(O) ~ - 1
'-<
2
~cos2 \ / ; :,3Jc::'(X:....:_+TI'-)
I . dy =
dr • •
2. y';-
y I 26. xdy +V'- cos.t)d< • O, y(y) • O
3. yy' = ,v2 scc1 ;r 4. ycos2 xt<l' + scnxtix =O
$CC
27. xtly- (>• + v'j} llt • O, )'( I) e I
;., y' - .te"v.;-::"2 6. y' •.ty~
7. sec:cdy+.ttos2.vdr • O 8. 2r2 tb: - 3'V; cos:see x dy • O 28. -l dr ~ _L_ {O) ~ I
Y dy e 1,. + 1' )
9. y'; -~ lO. y' ~ xe...-J'c.scy 29. X)'' + (x - 2)y • 3x )e-<, )-{ I ) • O

tl. .t(x - I ) dy - yrlt = O 12. y' = ()•'- l)x- 1


30. yrl' + (1<- xy + 2)d)' =O. )i2) =- I. y < O

13. 2)" - .v = .re-r/2 1-1 . L+


2
- -x scn:r
y-e
15• .-cy' + 2y I - x"" = 1
16. xy' - .v = 2-c ln.r Método de Euler
17. (I+ f'r)dy +(.ré'+ é-')tl\· a O Nos exerckios 3l e 32, use o método especificado para re..
18. e-x dy + lc-;r) 1 - 4.t)ttr .a O soh•er o problema de valor inicial no intervalo dado, começan·
19. (x + 3y 2)tU' + yd< =O (S.•gesulo:d(xy) = yd< + .Hiy) do em x0 c com dx ~ 0,1.
20 • .<dy + (3y- .r - 2 cosx)dt =O. ·' >O 31. Eulcr:y' ~ y + COSx, y(O) ~ (); 0 S X S 2: .t0 ~ o

n
32. F.ulermclhorado:y';(2-y)(2x+3), y(- 3); I; - 3S:
Problemas de valor inicial n x s- 1; Xo = -3
Nos exercícios 21- 30, resQiva os problemas de valor inicial. Nos exercícios 33 e 34, use o método especificado com
dy
dx ~ 0,05 para estimar y(c), onde y é uma solução do pro·
21 - e é-:r-.-'1
• d-e • .l~ O) e - 2 blema de valor inicial dado.
~ly ylny 33. Euler melhorddo:
2
22. -d = - - • J{O) = e
:r I +X2 n d)'
c = 3; tlt =
X -
X+!·
2)'
y(O) = I
tly
23. (.< + I)-
1
+ 2y = x. x > -I. J(O) = I
'-<
t/y ., 34. Euler:
24. x- +
tlr
2)' ; .v· + I, x > O. J{ I) = I
n C= 4;
dy
d
- =
X
x' - 2}'
X
+ I
>{ I )= I
676 Cálculo

Nos exercícios 35 e 36, use o método especificado pnra re·


solver o problema de valor inicial graficamente, começando
emx0 = 0ccom

35. Euler: ' .•

o..Jl
tly 1
D d'l: -- C't+yT2 '
y (O) = -2

36. Euler melhorado:


D d" x2 + v hm
tir = - e'' + ~r · J{O) =O (a) Supo11ha que o corpo seja lançado verticalmente para
cima em relação à da superfície da lua com velocidade
inicial v0 em t = O. Use a segunda lei de Newton. F =
Campos de direções ma. para moslrar que a velocidade! do corpo na posi·
Nos exercícios 37-40, esboce uma parte do campo de di r<· ção s é dada pela equação
ções da equação. Adicione então ao seu desenho a curva inte· ?gR ~
gral que passa pelo ponto P(l, - I). Use o método de Eulercom v' = T + vo' - 2gR
x, = I c dx = 0,2 paro estimar y(2). Arredonde suas respostas
até a quarta casa decimal. Determine o valor exato de y{2) para Logo, a velocidade se mantém positiva desde que v0 ~
comparar. JliR. A velocidade v0 = JliR é a velocidade de es·
cape da lua. Um corpo lançado para cima com essa
37. l - .\' 38. i • 1/.r
velocidade ou maior do que ela escapará da força gm·
39. Jl = ·' Y ~0. y ' = 1/y
vitacional da lua.
(b) Mostre que se v0 = [zgii, então
Equações diferenciais autônomas e retas
de fase s = 11 ( I + 32~ t )Z/J
Nos exercidos 41 e 42, 44. Deslizando até parar A Tabela 9.9 mostra a distância s
(a) Identifique os valores de equillbrio. Quais são estáveis (metros) que Johnathon Krueger deslizou sobre patins em
c quais são instáveis? 1 segundos. Determine um modelo para a posição dele, na
forma da Equação (2) da Seção 9.5. A velocidade inicial
(b) Construa uma reta de fase. Identifique os sinais de y'
foi v0 =0,86 m/s, sua massa 30,84 kg (ele pesava 68libras)
cy". e a distância total que ele deslizou foi 0,97 m.
(c) Esboce uma seleção representativa de curvas i.nte·
grais. TABELA9.9 Dados da patinação de johnathon
dy dy ., Krueger
4t. -cá• = y 2 - I 4l. - = y - )'-
tb: 1(s) s(m) 1(s) s(nt) 1(s) s (m)
o o 0,93 0,61 1,86 0,93
Aplicações 0.13 0.08 1.06 0,68 2,00 0,94
0,27 0,19 1,20 0,74 2,13 0,95
43. Velocidade de escape A força de atração gravitacional F 0,40 0,28 1,33 0,79 2,26 0,96
exercida por uma lua sem ar em um corpo de-massa m a 0.53 1.46
0.36 0.83 2.39 0.96
uma distâncias do centro da lua é dada pela equação F=
0.67 0,45 1,60 0.87 2.53 0,97
-mg R1s-1 , onde g é a aceleraç-ão da gravidade na superfície
0.80 0,53 1.73 0,90 2,66 0,97
da lua e R é o raio da lua (veja a figura a seguir). A força F
Cnegativa) poís ela age no sentido em que s dec ..esce.
snow
Capítulo 9 Outras aplicaçOes da integração 677

Exercícios adicionais
Teoria e aplicações Nessa equação, m é a ma$s.a do sistema no instante t. v é
Stla velocidade, e v + u é a vcJ.oddade da massa que está
I. Transporte por uma membrana celular Sob algumas entrnndo (ou saindo) do sístcma 11 taxa tlmldt. Suponha
condições, o rcsullado do movimento de uma substância que um foguete de massa inidal m0 comece em repouso~
dissolvida alravés de uma membrana celular é descrito mas é lançado para cima disparando parte de sua massa
pela equação diretamente para trás à taxa constante dmldt = -b uni-
ti)' A dades por segundo e com velocidade constante relativa-
- = k-(c - y)
dt v mente ao foguete u = - c. A úni.ca força externa agindo no
foguete é F = - mg devido à gravidade. Sob essas hipóteses,
Nessa equação. y é a concentração da substância dentro
mostre que a altura do foguete acima do solo após t se-
da célula c dy!dt é a taxa à qual y varia com o tempo. As
gundos (t pequeno em comparação com mofb) é
letras k, A, V e c denotam constantes, sendo k o coe-
ficiente de permeabilidade (uma propriedade da mem- _ [1 + mo b- bt In mo, - bt]- ! gl z
y- c
brana), A a área da superfície, V o volume da célula c c 0 2
a concentração da substilncia fora da célula. A equação 5. (a) Assuma que P(x) e Q(x) sejam funções contínuas no
diz que a taxa à qual a concentração varia dentro da cé~ intervalo [a, b). Use o Teorema Fundamental do Cál-
lula é proporcional à diferença entre ela e a concentra· culo (Parte I) para mostrar que toda função y que sa-
ção fora da célula. tisfaza equação
(a) Determine a solução y(t) da equação, usando J{O) = y,.
(b) Determine a concentração de estado estacionário.
v(.<)y ~ f v(x)Q(x) dx +C

lim, ... .,y(t). (Baseado em Some malhemlllical mode.ls para v(x) = el""1"-" é uma solução da equação li•ocar de
in bíology, editado por R. M. Thrall, j. A. Mortimer, primeira ordem
tly
K. R. Rcbman e R. F. Baum, rcv. cd., dez. 1967, PB- -t + P(x)y = Q(x)
202364, p. 101-103; distribuldo por N.T.I.S., U.S. Dc- "
(b) Se C • )'ovix0) - f~ v (t)Q(t) dt, então mostre que
partmcnt of Commerce.)
toda solução y do item (a) satisf.1Z a condição inicial
2 . Mistura com oxigênio Por um tubo. o oxigênio flui
y(x.,) ~ Yo·
para dentro de um frasco de I litro cheio de ar. A mis-
tura de oxigênio com o ar (considerada bem agitada) 6. (Continuação do E.<ercicio 5) Assuma as hipóteses do Exer-
escapa do frasco por outro tubo. Admitindo que o ar cício 5 e assuma que y 1(x) e y2(x) são soluções da equação
contém 21 % de oxigênio, que porcentagem de oxigênio linear de primci•·a ordem que satisfazem a condição inicial
o frasco conterá após terem passado 51 de oxigênio pelo y(x, l = >"-
tubo de entrada? (a) Verifique que y(x) = y,(x) - y2(x) é solução do proble-
3. Dió-Xido de e&cbouo eu-. um.:. s.tla d~.: ~üla Se em m6.lia ma de \•nlor inicial
uma pessoa respiro 20 vezes por minuto exalando de cada vez y' + P(x)y • O. Ji xo) • O
100 pol' de ar contendo 4% de dióxido de carbono, dctcnni-
(b) Parn o fator integrante v(x) = efP<M!"-", mostre que
ne a porcentagem de dióxido de carbono no ar em urna sala
d
fechada de I0.000 pés' , L hora depois de uma aula com 30 d•· ( v(x)[J>o(.<) - y,(.<)]) = O
estudantes ter começado. Admita que o ar seja puro no jnkio, Conclua que v(x)[y1(.<)- y2(x)J • constante.
que os ventiladores admitem 1.000 pés' de ar puro por minu-
to e que o ar puro contenha 0,04% de dióxido de carbono. (c) Do item (a), temos que y 1(x. l - y2(x.,) =O. Como v(x) >
O para a< x < b, use o item (b) para provar que y,(x) -
4. Peso de um foguete Se uma força externa Fage sobre um
y,(x) • O no intervalo (a, b). Portanto y 1(x) =y2(x) para
sistema cuja massa varia com o tempo. a lei do movimen·
to de Newton é todoa<x<b.
cl(mv) = p + (v + u) tlm
'" fll
678 Cálculo

Exercícios avançados
I. O gráfico de certa função continua creS<ente y = j{x) passa 7. A equação y' + P y = Q y In y não é uma equação linear
pela origem. Para cada ponto (x,fix)), com x positivo, consi- e não pode ser resolvida pelos métodos discutidos neste
dere o retângulo com vértices opostos na origem c neste pon· capítulo. Mostre que a substituição v= In y transforma a
to e lados pamlelos aos eixos coordenados. O gráfico desta f equação anterior em uma equação l_inear.
divide esses rctílngulos em duas regiões, uma das quais tem
8. Utilize o método do Exercício 7 para resolver xy' = 2x' y +
área r-1 vezes a da outra, em que" é um inteiro po:;itivo. Deter·
y lny.
mine as possíveis funçõesJ
9. A equação de Riccati y' =p(x) + q(x) y + r(x) y' não é
Nos exercícios 2 c .3, as equações diferenciais de segunda
linear c, em geral, não pode ser resolvida por métodos
ordem podem ser reduzidas a uma equação de primeira or-
elementares. Entretanto, se for conhêclda uma solução
dem pela substituição u = y'. Encontre as soluções pedidas.
particular y 1(x) da e.quação será possível enconlrar sua
2. y"ly' =3, com condições iniciais y(O) = O, y'(O) = I. solução geral. Moslre que a solução geral tem a forma
y(x) = y 1(.<) + u (.<),onde u(x) é solução de uma equação
3. y", y' = x (x + 1), com condições iniciais y{O) = l,y'(O) =O.
de Bernoulli (veja os exercícios da Seção 9.2).
4. Uma solução da equação diferencial y' sen 2x = 2y + 2 cos x
tO. Use o métododoExerckio9 para resolver y'= (I- y)(2x+ y).
permanece limitada quando x ,_. rr/2. Encontre essa solu·
(Sugestão: y 1 (x) = I é uma soluç.'io.)
ção. O que ocorre no ponto x = tr/2 ? Por que existem solu-
ções que não s.io limitadas? I L Identifique os pontos de equilíbrio de y' = y( I - y'). Quais
são estáveis e quais são instáveis? Trace um esboço de di·
Nos exercícios 5 e 6, encontre as equações diferenciais das
versas curvas soluções. Em particula·r, trace um esboço
famílias de curvas dadas. Encontre as equações das famílias
da solução que satisfaz y(O) = 0,1.
correspondentes de curvas ortogonais e determine-as explici·
tamente, se possh1el. Use um SAC para traçar cada família de 12. Aplique o método de Euler para encontrar uma solução
curvas junto com sua fumília ortogonal. aproximada da equação do exercício anterior que satis-
5. y = x cos (x + c), ern que c é uma consta•tte real.
faça y(O) = 0,1, usando o passo h= O, I, até x = 3. O que
acontece com. a solução aproximada? Você saberia expli-
6 . Todos os círculos com centro na reta x = y, tangentes aos car por quê? Use um SACou uma calculadora para seus
eixos coordenados. cálculos.

Projetos de aplicação da tecnologia


M(l01JI() MATHI'MATIC,A/MAI'I J;
Dosagens de drogas: elas são eficazes? Elas são seguras?
Formule e resolva um modelo de valor inidal para a absorção de droga na correnle sangüínea.
MÓDULO MATHEMATICA/MAPLE
Equações difcreuciais de primeira ordem e campos de direções
Esboce campos de direções e curvas integrais com diversas condições iniciais para equações diferenciais de primeira
ordem selecionadas.
snow

Apêndice A

Indução matemática
Podc·sc provar que muitas fórmulas, como
11(11 + I)
1+2+ .. · +11 ~
2
são válidas para qualquer n n(lmero positivo ao se aplicar um a.xioma chama·
do principio da iudrtçiio matemática. Uma den10n:stração que empregue esse
axioma denomii'I3·Se demoustraçdo por iudução miltemática ou demonstraçrio
por indução.
Os passos envolvidos na demonstração de um:a fórmula por indução são
os seguintes:
1. Verifique que a fórmula é verdadeira para " ~ I.
2. Mostre que, se a fórmula é verdadeira para qualquer número inteiro
positivo n :: k, e ntão ela é verdadeira para o próximo inteiro. n :::: k + 1.
Segundo o axioma da indução, quando esses passos estiverem concluídos,
a fórmula será válida para todos os n números inteiros positivos. De acordo
com o Passo I, ela é válida para 11 ;; 1. De acordo .com o Passo 2. ela é válida
para u = 2, para u = 3, para n = 4 e assim por diante. Se a primeira peça de
dominó cair e a k·ésima peça de dominó sempre t<>car a (k + I)-ésima quando
cair. todas as peças de dominó cairão.
De outro ponto de vista. suponha que tenhamos uma seqüência de senten·
ças S1• S2••• •• S,1• • ••• uma para cada inteiro pos-itivo. Suponha tambérn que pos-
samos. demonstrar que a pressuposição de que uma sentença seja verdadeiro
implica que a sentença seguinte também seja. Por fi m, suponha que possamos
demonstrar que $ 1 seja verdadeüa. Com isso. podemos concluir que as sen·
tenças de S1 em diante são verdadeiras.

EXl!MPLO I Use a indução matem:.ítica paro demonstrar que, para


cada , número positivo,

11(u + I)
1 + 2+· · · + 11 = 2

SOLUÇÃO ObtemQs a resposta seguindo os dois passos descritos


anteriormente.
680 Cálculo

I. A fórmula é verdadeira para 11 = 1, pois


1(1 + I)
I• 2
2. Se a fórmula é \•crdadcira para 11 = k, ela tantbém o é para 11 = k + I?
A resposta é sim. Eis o porquê:

se I + 2 + ... + k = k (k; I)

então

I + 2 + .. . + k + (k + I) • k(k + I) + (k + I) • k 2 + k + 2k + 2
2 2
= (k + I )(k + 2) = .:..(k_· +_I:..:.
)( (:...,
k ,.... l )_+_1
+___..:. ...:..)
2 2
A itltima expressão na seqüência de igualdades é 11(11 + I)/2 para 11 =
(k + 1).
O princípio da indução matemática nos garante agora que a fórmula
original é válida para todos os n inteiros positivos.

No Exemplo 4 da Seção 5.2, damos outra prova de que essa fórmula re·
sulta na soma dos primeiros ti inteiros. No entanto, a p rova por indução
matemática é mais geral. Ela pode ser usada para deten\'lü\ar as somas dos
quadrados e cubos dos primeiros n inteiros (exercícios 9 e 10). Acompanhe
outro exemplo.

EXEMPLO 2 Ocmonslrc pot indução mntcmátic-J que, par;) todos


os, números positivos inteiro~

_!.+ _!. + · · · + _!. - , _ ...!.


21 22 2" 2"

SOI.UÇÃO Chegamos à demonslraçào executando os dois passos


da indução matemática.
1. A fórmula é verdadeira para 11 = I, pois
_!.= 1
2' - 2iI
2. Se

então

_!.+_!.+ ·· · +_!.+ _ 1_ = 1 -_!. + _ 1_ = I _J..:1.+ _ 1_


21 22 2~ 2H I 2< 2H t 2~ • 2 zH l
2 l I
= I - 21+1 + 2H 1 = I - 2<+ 1

logo, a fórmula original é válida para 11 = (k +I) toda vez que for V<l·
lida para 11 = k.
Com esses passos verificados, o princípio da indução matemática ga·
rante que a fónnula seja válida para todos os n n\1mcros inteiros positivos.
snow
Apêndice A 681

Outros números inteiros iniciais


Em vez de começar com n= l, alguns argument<>s de indução começam com
outro~ m'tmeros inteiro..... o~ JY-1~"(\~ p."lr:l e~e~ argumentru ~~o 0." $pStlint~:
L Verifique se a fórmula é verdadeira para 11 = IJ1 (o primeiro inteiro
apropriado).
2. Demonstre que. se a fórmula é váHda para qualquer inteiro 11 =k ~ n1,
então será verdadeira também p<t.ra u =(k + 1).
Se esses passos forem seguidos, o principio da indução matemática garan-
tirá a fórmula para todo 11 ~ 111•

HXF.MPLO 3 Demonstre que n! > 3': seu for g.rantlc o suficiente.

SOLUÇÃO Quanto é "'grande o suficientero? Experimentemos:

,,
11
I
2
2
3
6
4
24
s 6 7
120 720 5.040
3" 3 9 27 81 243 729 2.187
Parece que u! > 3npara n 2: 7. Para termos c-erteza, aplicaremos a indu-
ção matemática. Tomamos 111 = 7 no Passo l e tentemos o Passo 2.
Suponha que k! > 3' para algum k;, 7. Então
(k + I)! = (k + J)(k!) > (k+ 1)3' > 7 · 3' > 3" 1
Logo. para k ;, 7,
k! > 3' implíca (k + I)! > :>'•'
O princípio da indução matemática garante .que 11! ~ 3" para todo 11 ~ 7.

Exercícios A. I
I. Assumindo que a desigualdade triangular In+ bl S In! + j(x 1x, x,) =j(x,) + j(.<2) + + j(x, )
Ih i seja válida para dois números quaisquer a e b, demons- para o produto de quaisquer 11 números positivos x1 .~, •• •• x~.
tre que
5. Demonstre que
h+ -'2 + ··· + -'• I s lxd + I-'>I + ·· + lx, l
para quaisquer n números. -21 + -22 + .. ·+ -2 • 1 - 3"
I
3 3 3~

2. Demonstre que, .se r~ l, então


I - ,,.~~+a para qualquer 11 inteiro positivo.
I + r + r z +· .. +r"=-'-:--'--
1 r 6. Demonstre que tr! > u3 se n for· grande o bastante.
para qualquer n inteiro positivo.
7. Demonstre que 2" > n2 se n for grande o bastante.
3. Utilizando a regra do produto, ~(11v) =11 dv +V~ e
dx dx dx 8. Demonstre que 2" <: 18 para" ·<: - 3.
d d 9. Soma de quadrados Demonstre que a soma dos quadrados
o fato de que - (x) = J. demonstre que -(x") = nx"~ 1

dx dx dos primeiros 11 inteiros positivos e


para qualquer 1r inteiro positivo.
•1. Suponha que uma função j(.<) possua a propriedade de 11(11 + t)(n+ I)
que j(x1x2) =j(x1) + j(x1 ) para quaisquer números positi- 3
vos x 1 e x1 • Dernonstre que I O. Soma de 'ubos Demonstre que a sorna dos cubos dos
primeiros 11 inteiros positivos é (11(11 + I )/2) 2•
682 Cálculo

11. Regras para somas finitas Demonstre que as seguintes


regras para somas finitas são verdadeiras para todo inteiro {c) f.1• Wt ~ c·

M at (Qualquer número c)
posith10 n.

(a) ~ (a,+
t.:1

ht) • ~"'
t• l

+ ~bt
.t• l
(d)
..

2:,aJ; = "· c (Se nA: tiver o vo.lor COI~tltnntc c)
12. Demonstre que Jx"J= JxJ• para todo 11 número positivo
inteiro e para todo m'unero real x.

Provas dos teoremas dos limites


Este apêndice demonstra as partes 2 a 5 do 1corcma I c o 1corcma 4 da
Seção 2.2.
Teorema 1 Leis dos limites
Se I.., M~ c e k são números reais e
lim j{x) =L e lim g(x) =M, então
x••t Jt• •€

I. Regra da soma: lim (/(x) + g(x)} = L + M


2. Regra da diferença: ·fu:: (J(x) - g(x)} = L - M
x- e
3. Regra do prod11to: lim(f(x) ·g(x)} =L ·M
;c-e
4. Regra da mllltiplicaçtlo
por constante: Jim (k/(x)} = kL(qualquernúmcrok)
•-c
5 . Regra do q11ocieute: limf(x ) =.k_ seM '~~ O
M'
x- e g(.t}
6. Regra da potenciaçtlo: Se r c s são inteiros c não têm um fator comum,
escs~ o. então

Jim(J~t))"' =L'''
.r -c
desde que L'" seja um mí mero real.
(Se s for por, presumimos que L> O.)

Pro,•amos a regra da soma oa Seção 2.3; a regra da potenciaçãoJ por sua


vez, é provada em livros mais avançados. Obtemos a regra da diferença substi-
tuindo g(x) por -g(x) c M por -M na regra da somo. A rcg.ra da muhiplicaç.1o
por constante é o coso especial g(x) =k da regra do produto. Assim, sobram
apenas os regras do produto e do quociente.
I'ROVi\ DA REGRA DO PRODUTO Dli UMITI~~ Demonstraremos
que, para qualquer e> O, cl<istc um 8 > Otal que para todo x na interseção Ddos
domínios de f e g,
O < Jx - cJ< ô - if(x)g(x) - LMI < <

Suponha então que e seja um número positivo e csc.rcvaj{x) e g(x) como


j{x) = L+ (/(x) - L), g(x) =M + (g(x) - M)
Multiplique essas expressões e subtroia/.M:
f(x) · g(.r) - l.M = ( L + (/(.<) - L))(M + ~{r) - M)) - t..M

= LM + L(g(x) - M) + ,1-/(J(x) - L)

+ {J(.r) - L)(g(.r) - M) - LM

• L(g(.r) - M) + M(/Çt) - L) + (J(x) - L)(g{.r) - M) (1)


Apêndice A 683

Uma vez que f e g possuem limites L e M conforme x-+ c, existem núme·


ros positivos Ô1, ó 1• 83 e ô~ tais que para qualquer x em D

O< lx - cl < /l, ~ lf(x) - LI < v;jj


O< 1.< - cl < ô2 ~ lg(x) - Ml < './0 (2)
O < lx - cl < Ôl = if(x) - LI < </(3{1 + IMI ))
O < lx- cl < ô• = lg(x) - Ml < r/ (3(1 +! LI))
Caso tomemos ô como o menor dos mímeros .:le Ô1 a 84, as desigualdades
do lado direito de (2) valerão simultaneamente para O < I x- c I <li. Portanto,
para qualquer x em D, O< I x- c I < 8 implica
Jj(.r ). g(x) - LMI n~·\lg~l.a.ld•~l(' lri:mJ:ub.r ILJ,Ikt~d• .\ F.q".:.çlo c1).

s IL!Ig(x) - Ml + IMII/(.r) - LI + 1/(.r) - L llg(.r} - Ml


:S (I +ILI ) Ig(x)- Ml + (I+ IMI)IJ(r)- Ll+lf(x) - Llig(x) - Ml

Isso conclui a prova da regra do produto de limites.


PROVA DA REGRA DO QUOCIENTE DF. liMITES Demonstraremos
que limx-« (1/g(x)) = 1/M. Podemos concluir a partir da regra do produto de
limites que

lim J(x) G lim (!(x). - '- ) G lim J(x) . lim - 1- G L . ..!.. a 1:..
.< -< g(x) .<- c g(x) .<-< x- e g(x) M M
Seja e> O. Para demonstrar que lim..,.., (1/g(.r)) = l/M, precisaremos mos·
trar que existe um ô >O tal que para todo x

O < lx - cl < ô ~ _1
1g(x)
-.li<M
e

Uma vez que 1M I> O, existe um número positivo ó, tal que para todo x

O< lx - c l < ô, ~ lg(x) - Ml < '~ (3)

Para quaisquer números A c B, pode·se mostrar que IAI- IBI ,; IA - Blc IBI
-IA I S IA - Bl, a partir do que se segue que IIAI-IBII S IA - Bl. Sendo A =g(x)
e ll =M, temos
llg(., )l - IMII :;; jg(.<) - Ml
que pode ser combinada com a desigualdade i\ d ireila da Equação (3) para
obtermos:
IMI
llg(xJI- IMI I < 2
IMI IMI
-2 < lg(xl i- IMI < 2
IMI 3JMI
2 < ig(xll < - 2-

IMI < 2 Jg(x)l < 3lM!


_ 1_ < .1... < _ 3 _
Jg(xJI IMI Jg(xll (~)
684 Cálculo

Portanto, O< Jx - cJ < 81 implica que


1 ' IIM-g(x) l 1 1
1g(x) - M a Mg(x) :5 JMJ' Jg~r)J · IM - g(x)J

I 2
< IMI ' IMI ' IM- g(xJI lksl~u•IJ•Jd<) (5)
Uma vez que (I 12)1 MJ' e> O, exiSI.c um número 8, >O tal que para todo x

O< l.r - c J < 8: = IM - g(xJI < ~JMJ2 (6)


Caso tomemos 6 como o menor de 81 e 8~. tanto a conclusão da Equação
(S) como a da (6) são verdadeiras para qualquer x tal que O< Ix - c I<~. Ao
combinarmos es.sas conclusões, temos:

O<!x -cl<ô = _1 -
1g(x)
.!..1
M
<e
Isso conclui a prova da regra do quociente de limites.

Teorema 4 Teorema do t.:onfronto


Suponha que g(x) ~ j(x) ~ ll(x) para qualquer x em dado intervalo
aberto 1contendo c, exceto possivelmente quando x =c. Suponha tam·
bém que lim,_g(x) =lim ,..., ll(x) =L. Então,lim ,...,j(x) =L.

PROVA PARA LIMITES À DIREITA Suponha que lim,...,. g(x) =


lim.~,· ll(x) =L . Então, para qualquer • >O, existe umll > ·O tal que, para qual·
quer x, o intervalo c< x <c+ fi está contido em f e a desigualdade implica que
L - e < g(x) <L+ e e L - e < lt(x) < L+ e
Essas desigualdadts, combinadas com g(x) S j(x) S lt(x), fornecem
L - e < g(x) :s / (x) :s lt(x) < L +e
L - e < / (x) <L +e
- e < j(.t) - L < e
Portamo, para qualquer x, a desigualdade c< x <c+ ô implica lftx)- L I < <.
PROVA I'ARA UMIHS À ESQUERDA Suponha que
lim.~,· g(x)= limH,. /r(x)= L

Então, para qualquer e> Oexiste um ô >O tal que, para qualquer x o inleJ'-
valo c- 6 <. x <:. c está comido em I e a desigualdade; implica quç

L - e < g(x} < L + t e L - e < lt(.r) < I_ + •

Concluímos. como antes, que, para qualquerx. c -li< x <c implica Jjlx) - L I <e.

PROVA PARA LIMITES IIILATF.RAIS Selim,~, g(:c) = lim, . ., h(x) = L.


então tanto g(x) como lt(x) tendem a L quando x -> c' ·C x -> c-; portanto
lim 11.-..r./(x)=L e lim'" •l . /(x)=L. Dcssamaneira,lim~<l\
hx)existecéigual
a L.
Apêndice A 685

Exercícios A.2
I. Suponha que as funções j,(x),j,(x) e j,(x) possuam limites 5. Limites de funções racionais Use o Teorema I e o re-
Ll, ~c LJ, respeclivamente. quando x _,.c. Moslre que sua st~tado do Exerdcio 4 para pr<>\'·ar que, se j{x) e g(x) são
soma possui limite L1 + L2 + LJ. Utilize indução matemá- nmçôcs polinomiais e g(c) .. então o,
tica {Apêndice A. I) para generalizar esse resultado para a . / (.<) /(c)
hrn - • -
soma de qualquer número finito de funções. .~, g(x) g(c)

2. UtiiJ.ze indução matemâtic:a ea regra do produto de limites do 6. Compostas de funções continuas A Figura A. I apre-
Teorema 1 para mostrar que, caso as funçõesf,(x},j,(x),... , senta o diagrama para a demonstração de que a compos·
j.(x} possuam limites L,, L,•..., L, quando x-> c, então la de duas (unções contínuas é contínua. Reconstrua a
lim /,(x)fz(.<) • · · · · /.(.<) • L, · L2• .. · ·L• demonstração a partir do diagrama. A afirmação a ser
.r--c
demonstrada é: sef é contínua em x c c g é contínua em
:1;1:

3. Use o fato de que lim~< x =c e o résultado do Exercício 2 j{c}, então g •f é contínua em c.


pa mostrar que lim~ K =c"para qualquer inteiro n > l. Suponha que c: seja um ponto inte rior do dominio de f e
que j{c) seja um ponto interior do domínio de g. Isso fará
4. Limites de polinômios Use o fato de que lim,_ (k) = k que os limites envolvidos sejam bilaterais. (Os argumentos
para qualquer k número juntamente com os resultados
para os casos que envolvem limites laterais são análogos.)
dos exercícios I e ~ pa<a mostrar que lim,..., j(.<) a j{c)
para qualquer função polinomial
j(x) =a,~+ n,..,.~-t + + a1x + a0 .
g •f

FIG URA A. I O diagrama para a demonstração de que a composta de duas


funções continuas é continua.

Limites que aparecem freqüentemente


Neste apêndice são verificados os limites (4) a (6) do Teorema S da S~ão
11.1, Volume 11.
mocl~r que a ca.d.a G:.. Ocor-
•.
tht,ite 4: Se 1·'"1 < I. litn x• =0 PreciS-amos
responde um inteiro N tão grande que lx"l <e para todo " maior que N. Uma
vez que e 11" _,. L, enquanto J:<f < 1. existe um inteiro N pa.ra cada e11" > lxJ. Em
outra-s pal<wras,
I x'l= < I xiN < •· (I)
Esse inteiro é o que procuramos porque, se Jxl < 1. então
lx"l < I x-'1 para qualquer " > N. (2)
A combinação das equações (I) c (2) produz lx''l <e para qualquer 11 > N,
condu indo a prova.

LimiteS: Para qu:tlqucr número ~·. lim (I +!.)"= e.. Seja


.. -~- \ ' 11

o, ~ ( +;;")"
l
snow
686 Cálculo

Então

lna. = In(! + ~r = uln(l + ~) ......,.


como podemos verificar pela aplicação da regra de CHôpital a seguir, na qual
diferenciamos em relação a u:

lim ulu(l +- = hm
-<) . ln(l + -'fn)
~~-oo
11 11-oo ifn

= lim _(.;.l_ +_'...;xf'-1-'1)C....,·,..(:..-...;'.·:;..:


n-«1 - Jj nl
;. )_ o lim
,_oo I
x
+ xfu
~x
Aplique o Teorema 3,Scçio 11.1, Volume 11 com}tx) =e! para concluir que

(I + 11~)· = a• = e 1'"- - «'

,,
Limite 6: J>ara qu~llquer número x, Jim~: O Uma vez que
11-Jo• n!
lxl" x• 1-<1'
- n!
-< - sn!-
- n!
tudo o que precisamos mostrar é que lxl"/n! ~O. Então podemos aplicar o
teorema do confronto para seqüências (Seção 11.1, Volume 11, Teorema 2) e
concluir que x"h1! _.O.
O primeiro passo para mostrar que lxl'/n!--> Oé escolher '"" inteiro M >
jxj, de maneira que (jxj/M) < I. Pelo limite 4, que acabamos de demonstrar,
temos então (lxl/ M}n ~O. Atemo· nos, então, aos valores de 11 > M. Para esses
valores de n, podemos escrever
!x!' lxl"
nf = ..,.,-."'2.- .-. -. -. M;-;--·"(M 1)07(M;-;--+:-:::2') .- .-.-. -.11
:-:-":+-'..,.;

jx j'M"' = M"' ('" ') '


MJM" M! M
i.<>go,

0 <- lxl" < M"'


n! - t\.1! 1\tl
(I·• I)'
Agora. a constante MJ'/M! não muda quando n aumenta. E.ntão, o teorema
do confronto nos diz que j.<j'/u!--> Oporque (j.tj/M)' --> O.

Teoria dos números reais


Uma apresentação rigorosa do cálculo apóia·sc nas propri edadcs dos números
reais. Muitos resuhados sobre funções, derivadas c integrais seriam falsos se esta·
belecidos para funções definidas somente nos números racio,ais. Neste apCndice,
txaminaremos brevemente alguns conceitos básicos da teoria dos números n.'<lis:
isso nos dará uma idéia do que pode ser aprendido em um estudo mais profundo
e teórico de cálculo.
Apêndice A 687

O que define os números reais são três categorias de propriedades: algé·


bricas, de ordem e de completude. As propriedades algébricas envolvem adi·
çáo c de multiplicação, subtração c divisão. Aplicam-se a números racionais
ou complexos, bem como aos reais.
A estrutura dos números é construída em torno de um conjunto por meio
de operações de adição c de multiplicação. As propriedades a seguir são exigi-
das da adição c da multiplicação.
AI a+ (b +c)= (a+ b) +c para quaisquer a, b, c.
A2 a + b = b +a para quaisquer a, b, c.
A3 Existe um número chamado ..O., tal que a +O= a para qualquer a.
A4 Para qualquer número a. existe um b tal que a + b =O.
MI 11(bc) = (ab)c para quaisqucl' a, b, c.
M2 ab = ba para quaisquer a, b.
M3 Existe um número chamado " 1.. tal que a · l =a para qualquer a.
M4 Para cada a diferente de zero, existe um b tal que ab = I.
O a(b +c) = ab + bc para quaisquer a, b, c.
A I e M I são leis associativas~ A2 e M2 são leis cumlltafivas, A3 e M3 são
leis de idc11tidade, e O é a lei disttibuti"a· Conjuntos que apresentam essas
propriedades algébricas são exemplos de corpos, t6pico estudado com pro-
fundidade na área de teoria matemática denominada álgebra abstrata.
As propriedades de ordem. por sua vez~ permi(em que comparemos o ta·
monho de dois números quaisquer. As propriedades de ordem são
O J Para quaisquer a e b. ou a :S: b, ou b :S: a, ou ainda ambas as coisas.
02 Se 11 s b e b s a, el\tão a = b.
03 Se a S b e b S c, então tl S c.
04 SeaSb,entãoa+cSb+c.
05 Se :s; b e O:s; c, então ac :s; bc.
03 é a lei da tramitividade. enquanto 04 c 05 relacionam ordem a adição
e muhiplicação.
Podemos ordenar os números reais. os inteiros c os racionais, mas não po-
demos ordenar os números complexos (veja o Apêndice A.S). Não há maneira
razoável de definir se um número como;= .[:i é maior ou menor que zero.
Um corpo em que o tamanho de dois elementos quaisquer possa ser com·
parado da maneira que acabamos de ver é chamado corpo ordenado. Tanto
os números rncionais quanto os reais são corpos ordenados. e além deles há
muitos outros.
Podemos pensar nos nú1ncros reais geometricamente. imaginando·os
como pontos em uma reta. A propriedade de completude di• que os núme-
ros reais correspondem a todos os pontos da reta, sem "buraco"' ou "lacuna~
Os racionais. por outro lado, pulam pontos como J2 c tr, e os inteiros deixam
de (ora até mesrno frações como 1/2. Os reais, telldo a propriedade da com-
pletude. não omitem pontos.
O que queremos dizer exatamente com essa idéia vaga de .. buracos.. na
reta? Para responder. precisamos dar uma descrição mais exata de completu-
de. Um número M será um limitante superior par.a um conjunto de números
se todos os números no conjunto forem menores e>u iguais a esse limitante. M
será o menor limitante superior se for o limitante superior n'lais baixo. Por
exemplo. M a. 2 é um Urnilante superior para os .números negativos. M .c I
também o é. o que demonstra que 2 não é o menor limitante superior. O me-
nor limitante superior para o conjunto de números negativos é 1\lf = O. Oeno-
688 Cálculo

minamos, então, corpo ordenado completo aquele em que qualquer conjunto


não vazio limitado superiormente possui unl menor limitante superior.
Se trabalharmos apcm\S com os mímcros racionais.. o conjunto de números
menores que Ji será limitado superiormente, mas ntlo terá um menor Umltan~
te superior racional. uma vez.que qualquer limitante superior racional M pode
ser substituído por um n\1mcro racional ligeiramente menor que, ai.nda asshn.
será maior do que .fi. Logo. os racionais não são completos. Entre os números
reais, porém, um conjunto limitado superiormente sempre terá um menor li ~
rnitantc superior. Os reais são, portanto, um corpo ordenado completo.
A propriedade da completude está no âmago de muitos resulrndos em cál-
culo. Exemplo disso ocorre quando estamos procurando um valor máxjmo
de uma fuJ1ção em um intervalo fechado [a, bJ, como fizemos na Seção 4.1. A
função y =x- ~possui um valor máximo em (0, 1] no pontoxque satisfaz 1 -
3~ = O. ou x = 1/3. Se estivéssemos considerando apenas funções definidas
em números racionais, teríamos de concluir que a função não tem máximo,
uma vez que .Jli3é irracional (Figura A.2). logo, o teorema do valor extremo
(Seção 4.1), que implica que funções continuas em intervalos fechados [a, bl
têm um valor máximo. não é verdadeiro para funções definidas somente no
universo dos números racionais.
Segundo o teorema do valor intermediári~ uma função conlinuafem um
)' intervalo [a, bfcom}ln) < Oe}lb) >Oprecisasernulaem algum pontoen> [n,bf.
0.5 Os valores da função não podem saltar do negativo para o positivo sem haver
algum ponto x em [a, bl onde Jlx) = O. O 1corema do valor intermediário
também se apóia 110 completude dos números reais e é falso para funções con-
0.3
tínuas definidas somente nos números racionais. A fu nção j{x) = 3~ - I tem
f{O) = - L e ft 1) =2, mas, se cqnsiderarmos f somente nos números racionais,
0.1 ela nunca sem iguala zero. O único valor de x para o qual j{.<) = Oé x =.Jli3.
~~~~~~~~~~~~X um número irracional.
0. 1 o.3 o.s 1 0.1 o.9 1
Já captamos as propriedades desejadas dos números reais dizendo que eles
Vi/3
são um corpo ordenado completo. Mas isso não é tudo. Os matemáticos gre~
FIGURA A.2 O '"'lor máximo de y gos da escola de Pitágoras tentaram imputar outra propriedade aos números
= x - ,.> em [O, I I ocorre no número da reta real: a condição de que todos os números são razões de inteiros. Eles
irracional x = ..fli3. perceberam que seu esforço havia s ido em vão quando descobriram números
irracionais tais como J2. Como sabemos que nossa tentativa de especificar os
n(1mcros re-ais também não está incorreta. por algum motivo ainda não per-
cebido? O artista gráfico Escher desenhou ilusõe.s óticas de escadas em espiral
que subiam mais e mais até se reencontrarem embaixo. Um engenheiro que
tentasse construir uma escada de-sse tipo descobriria que :nenhuma estrutura
é capaz de concretizar o projeto do arquiteto. Será que nosso projeto para
os números reais também c.o ntém alguma contradição s u til e não é possíve1
construi.r um s istema de números como e.ste?
Resolvemos esse problema dando uma descrição específica dos números
reais c verificando se as propriedades algébrica. de ordem e de completude
são satisfeitas nesse modelo. Esse processo chama-se construção dos núme-
ros reais, e, assim como escadas podem ser construídas c<Om madeira, pedra.
ou aço, existem várias f'l'l31\cirns de cor\struir os números reais. Uma delas os
trata como o conjunto de todos os decimajs infinitos,
a,d1d1d)d.., •..
Nessa abordagem, um n(amero real é um inteiro a seguido de uma seqüên-
cia de dJgitos decimais d 1, d2, d,)... , cadít um deles entre O e 9. Essa seqüênda
pode parar. ou repetir-se em um padrão !Xriódico, ou seguir indefinidamente
Apêndice A 689

sem padrão. Dessa forma, 2,00, 0,3333333 ... e 3,1415926535898 ... repre·
sentam três números reais que nos são fcuniliarcs. Para entender o verdadeiro
signific..do das reticências (".. :·)após esses dígitos, precisamos estudar a teo-
ria de seqUtnclas e-séries, o que será feito no Capftulo li, Volume 11. Cada ntl ~
mero real é construído como o limite de uma seqüência de números racionais
dada por suas aproximações decimais finitas. Um decimal infinito é, portanto,
o mesmo que uma série

Essa construção dccima.l dos números reais não- é inteiramente direta. t fá-
cil verificar que ela dá números que satisfazem as propriedades de completude
c ordem, mas verificar as propriedades algébricas é bastante complicado. Até
mesmo a soma ou a multiplicação de apenas dois números exige um número
infinito de operações. Para fnzer sentido, a divisão r equer um cuidadoso argu·
mento envolvendo limites de aproximações racionais para decimais infinitos.
Uma abordagem diferente ao assunto foi dada pelo matemático alemão
Rich:u-d Dedekind (1831-1916), que, em 1872, estabeleceu a primeira cons-
trução rigorosa dos números reais. Dado qualquer x nl1mero real, podemos
dividir os números· racionais em dois conjuntos: os menores ou iguais a x
c os maiores. Engenhosamente. Dedekind inverteu esse raciocínio c definiu
um número real como uma divisão dos números racionais em dois conjun·
tos como esses. A abordagem pode parecer estranha, mas métodos indiretos
como esse, que constrocnl novas estruturns a partir de antigas, são comuns na
teoria matemát-ica.
Essas c outras abordagens (veja o Apêndice A.5) podem ser usadas para
construir um siste1na de núrneros que tenha as propriedades algébrica, de or·
dem e de completude desejadas. Surge então uma dúvida final: será que todas
essas construções resultam na mesma coisa? Ou será que diferentes constru·
ções resultam em diferentes sistemas de números.. todos eles capazes de sa·
tisfazer as propriedades exigidas? Em caso positivo, qual desses sistemas será
o dos números reais? Felizmente, a rcspost:a é não, as diferentes abordagens
não levam a resultados distintos. Os reais são o único sistema numérico que
satisfaz as propriedades algébricas, de ordem e de completude.
A confusão crn torno da natureza dos números reais c dos limites causou
considerável controvérsia nos primórdios do cálculo. Pioneiros do cálculo.
como Newton, Leibniz e seus sucessores, ao observar o que acontecia com a
nt7..ão incrementai
Ay f(.r + A.r l - f(.d
AX = A.r

quando ây e ôx tendiam a zero, diziam que a derivada resultante seria um


quociente de duas quantidades infinitarnente pequ-enas. Acreditava~sc que es-
ses .. infinitésimos~ indicados por dx e dy, seriam a~gum novo Hpo de número,
menor que qualquer nlm1ero já conhecido, porém diferente de zero. De modo
análogo, acreditava·se que uma integral definida era urna soma de um núrne..
ro infinito de infinitésimos.

j(x) · dx
quando x variava em um intervalo fechado. Embora as razões incrementais
Ay!A.r usadas para aproximação fossem tão bem compreendidas quanto hoje,
achava-se que era o quociente de quantidades infinitesimais. e não um limite.
que concentrava o significado da derivada. Esse modo de pensar leva\ra a di·
snow
690 Cálculo

ficuldades lógicas, à medida que as tentativas de definição e manipulação dos


infinitésimos incorriam em contradições e inconsistências. Razões incrcmen·
cais mais concrecas e fáceis de calcular não causam esse llpo de problema, mas
elas eram vistas apenas como ferramcmas de cálculo. Eram usadas para se
trabalhar com o valor numérico da derivada c para derivar fórmulas gerais de
cálculo, mas ninguém achava que elas ajudariam a responder o que era exata-
mente uma derivada. Hoje, percebemos que os problemas lógicos associados
aos infinitésimos podem ser evitados quando defmimos a derivada como o li·
rnite das razões incrementais que servem para aprox.imá·l:a. As ambigüidades
da anciga abordagem não estão mais presentes c, na tcori<' do cálculo padrão,
infinitésimos já não são necessários nem utilizados.

Números complexos
Este apêndice pode ser encontrado no Companion Websitc do livro
(www.aw.com/thomas_br).

A propriedade distributiva para produtos vetoriais


Ne-ste apêndice, provaremos a propriedade distributiva
UX (v + w) :: 11 X v+ u X W
identificada como propriedade 2 na Seção l2.4, Volume 11'.
PROVA Para dedu~ir a propriedade distributiva. co·n struímos 11 x v de
um novo modo. Desenhamos u e v a partir de um ponto comum O econstru·
ímos um plano M perpendicular a u em O (Figura A.IO). !Então projecamos v
ortogonal mente em M, gerando um vetor v' de comprimento lvl sen 6. Roda·
mos v' 90° em torno de u no sentido positivo para produzir um vetor v ... Por
fim, m1~tiplicamos v" pelo comprimento deu. O vetor rcs\lllante lulv"é igual
a u x v, já que v" LCm a mesma direção que u x v por sua construção (Figura
A. lO) e

lullv'1 = lullvl = lullvl senil = lu x vi

I'IGURA A. IO Como explicado no texto. u x ·v = lulv",


snow
Apêndice A 691

Agora, cada uma das três operações. que são:


I. projeç.'io em M ,
2. rotação em torno de u em 90°,
3. muhlpllcaçao pela grandeza escalar lu I.
quando aplicadas a um triângulo cujo plano não é paralelo a u, produzirão
outro triângulo. Se começarmos com o triângulo cujos lados são v, w e v+ w
(Figura A.ll) e aplicarmos esses três pasSOS;. obteremos sucessivamente:
I. Unl triângulo cujos lados são v'. w' e (v + w)', satisfa7.endo a equação
vetorial
v' + w'= (v+w)'
2. Um triftngulo cujos lados são v", w" e (v + w)", satisfatendo a equação
vetorial
v" +w .. ~ (v+wr
(a linha dupla em cada vetor tem o mesmo si.gnificado da Figura A. IO)

FIGURA A. I I Os vetores v, w, v+ w e suas projeções


em um plano perpendicular a u.

3. Um triângulo cujos lados são,lul v", lu! w.. e !ui (v+ w)", satisfazendo
a equação vetorial
lu! v• +luI w" ~lu! (v+ w)"
Substituindo nessa última equação lul v .. = u x v, lu! w" = u x w e
lu! (v+ w)" = u x (v+ w) da discussão anter ior, temos
UXV+U X W ::= U X (V+W)

que é a lei que queríamos estabelecer.

O teorema das derivadas mistas e o teorema do incremento


Neste apêndice, deduzimos o teorema das derivadas mistas (Teorema 2, Seção
14.3, Volume 11} c o teorema do incremento para fun ções de duas variáveis (Teo·
rema 3. Seção 14.3, Volume 11). Euler publicou seu 1eo1·ema das derivadas mistas
em 1734, em urna série de trabalhos que ele escreveu sobre hidrodillâmica.

Teorema 2 O teorema das derivadas mista.~


Se f(x, y) e suas derivadas parciais/,..J,./"'c/ ,. são definidas ao longo de
uma região aberta que contém um ponto (a, 11) c silo todas contínuas
em (a, b), entãof, .(a, b) =/, (a, b).

J' ROVA A igualdade defx, (a, b) ef,, (a, b) pode ser estabelecida por
quatro aplicações do teorema do valor médio (Teorema 4, Seção 4.2). Por
692 Cálculo

hipótese. o ponto (a. b) situa-se no interior de um retângulo R no plano .xy


no qual f, f..f,, f., e frxsão todas definidas. Fazemos h e k serem os números
necessários para que o ponto (a + h. b + k) também se situe em R e conside-
ramos a diferença
6 =F(a+ h)- F(a) ( 1)
onde
F(x) ~ fix, b + k)- fix. b) (2)
Aplicamos o teorema do valor médio a F, que é contínua porque é diferen-
ciável, e a Equação (1) torna-se
6 ~I! F' (c,) (3)
onde c, silua-se entre 11 e a + h. Da Equação (2),
F' (x) =J.(x, b + k) - fx<x, b)
então a Equação (3) torna-se
6 ~ h[/.(c,, b + k)- /.(c,, b)] (4)
)' Agora, aplicamos o teorema do valor médio à função g(y) ~f.(c,, y) c te-
mos
R g(b + k)- g(b) = kg'(d,)
ou
fx(c,, b + k) - J.(c,, b) = kf, (c,, d,)
para algum d, entre b c b + k. Substituindo isso na Equaçã-o (4), obtemos
-:coI - - - - - - - - - - - - > . < 6 = hkf, (c1,d 1) (5)
pa.ra algum ponto (c1, d,) no retânguJo R' cujos vértices são os quatro pontos
fiGURA A.12 A chave para provar (a, b), (a +h, b), (a +h, b + k) c (a, b + k). (Veja a Figura A.l2.)
f.,f.a,
b) = J, (a, b) é que não importa Substituindo da Equação (2) na Equação (I), podemos escrever também
quão pequeno seja R', /.1 e frx assu- 6 =fia+ h, b + k)- fi<!+ /1, b)- fia, b + k) + fi(l, b)
mem valores iguais em algum lugar ~{/(a+ /1, I>+ k)- fia, b + k)]- {/(a+ h, b)- fia, b)]
dentro de R' (entboro não necessaria· = <{l(b + k)- t{!(b) (6)
mente no mesmo ponto). onde
<{l = (y) =fia + h, y) -fia, y) (7)

O teorema do valor médio aplicado à Equação (6) agora dá

6 = ktp' (d,) (S)


para algum d, entre b e b + k. Pela Equação (7),
tp' = (y) =f,(a + h, y) -fia, y) (9)

Substituindo a Equação (9) na Equação (8), temos


6 ~ k{f,(a + h, d2)- f, (a, d1)]

Por fim, aplicamos o teorema do valor médio à expressão em colchetes e


obtemos
6 ; klifrx(c2_d,) ( l O)
para algum '-2 entre a e a + lt.
)untas, as equações (5) c (lO) moslram que
J.1(c,,d,) = frx(c,,d, ) ( 11 )
snow
Apêndice A 693

onde tanto (c,. d,) como (c2, d,) situam-se no retângulo R' (Figura A.l2).
A Equação (li) não é bem o resultado que queremos. já que e la diz somente
qucf'1tem o mesmo valor em (c,, d1) que tem em (c,, d,). Os números lt c k em
nossa dlscussao. emrcramo, podem ser lào pequenos quanto deseJamos. A
hipótese de que.fx1 cf,,são ambas contínuas em (a, b) significa que/ "'(c 1, d1) =
J.,<a. b) + e1 cf,J.c1, d1 ) = f,,(a, b) e,. onde e1, c1 -t Oquando it, k -tO. Por·
tanto, se fazemos h e k-+ o. temos J..,<a.l>) = J,.(a, b).
A igualdade de f" (a, b) cJ,.<a, b) pode ser provada com hipóteses mais fracas
que as consideradas aqui. Por exemplo, basta que f, fx eJ,.exjstcun em Re que/xy
seja continua em (a, b). Então.f, .cxistirá em (a, b) c será igual af"'. nesse ponto.

Teorema 3 O teorema do incremento p;lr.l funções de duns


variáveis
Suponha que as derivadas parciais de primeira ordem dez =j(x.y) este·
jam definidas em uma região aberta Rque contém o ponto (x., y0) c que.fx
e f, sejam contínuas em (x.,y0). Então, a variação llz=fix0 + 6x,y0 - lly)-
fix0 , y 0) no valor de f que resulta do movimento de (Xo, y0) para outro
ponto (x0 + llx, y0 + lly) em R satisfaz uma equação da forma
llz= J,!.x..y0 ) llx+ f,(x0 , y0 ) t.y + e16x + e,t.y,
onde e,, e, -t Oquando óx,t.y -+0.

PROVA Trabalhamos dentro de um retângulo r centrado em!\(...-.. y0 )


e situado dentro de R e consideramos que 6x c óy já são tão pequenos que o
segmento de reta que une i\ a B(x0 + óx, y0 ) e o segmento de reta que une B a
r
C(x0 + t.x, y0 + t.y)situam-sc no interior de (Figum A.l3).

FIGURA A. l3 A região retangular na r


prova do teorema do incremento. A figura
está desenhada para óxe óypositivos, mas
o incremento pode ser zero ou nega1ívo.

Podemos pensar em L\z como a soma 4.\:z: a óz1 + óz2 de dois incrementos,
onde
t.t, =fixo + l!.x, Yo) - fix., y,)
é a variação do valor def de i\ a 8 e
t.z, =fixo+ llx, Yo + t.y) - ftxo + /l.x Yo)
é a variação do v:llor def de B a C(Figura A.l4).
snow
694 Cálculo

f
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(.q, + Ax. y0) ~' C(.<o + A.t.y, + Ay)

FIGURA A. l4 Parte da supcrflcic z = j(x, y) próximo de P0(x0 ,y 0, j(x0,


y 0)). Os pontos P., P' e P" t~m a mesma allura to= j(x0 , y0 ) acima do plano
xy. A variação de z é 6z = P' S. A variação

llz, =fiXo + llx, Yol - j(x,, Yol

mostrada quando P"Q = P'Q', é causada pcla variação de.< de x, para x., + 6.x
enquanto se mantém y igual a y0 . Entã~ com x mantido ig111al a x0 + óx>
l!.z, =ft.xo + ó.x, Yo+ lly)- j(x., + llx, Yol

é a variação dez causada ao se variar y0 de y0 para y0 + l!.y, que é represen-


tada por Q'S? A variação total dez é a soma de 6z1 c l!.z~
No intervalo fed>ado de valores x que une.,. a "o + ó.x, a função F(x) = j(x, >~)
é uma funç..io de x diferenciável (c.. portanto, contínua), com derivada

Pelo teorema do valor médio (Teorema 4, Seção 4.2.), há um vnlor c em x


entre Xo e ·'O + llx no qual
F(.<o + llx)- f(.<0 ) = F' (c)llx
ou
fixo+ llx, Yol - fix0 , Yol =/,(c. y0)1!.x
ou
l!.z, =/,(c, y0 ) llx ( 12)

Similarmente, G'(y) =/, (x0 + l!.x, y) é uma função de y diferen.ciável (c, por·
tanto, contínua) no intervalo fechado y que une )o<y0 + l!.y, com dcriwda

G'(y) = /, (x0 + llx, y)


snow
Apêndice A 695

Portanto, há um valor d em y entre y0 e y0 + ó.y no qual


G()•0 + ó.y) - G(y0) = G'(d)IJ.y
Óll

f(x. + ó..<, Yo + ó.y) - f(x,, ó.x, y) = f 1(x0 + ó..<, d) ó.y

ou
Ó.Z, = f,(.<o + ó..<, d)ó.y. ( 13)
Agora, quando Ax e lly -tO, sabemos que c-+- x0 e d-+ Yo- Assim, uma ve~
quefx e/, são contínuas em (x, y0 ), as quantidades
e,= f. (c,y0 ) - f , (x, , y, )
e,= f,(x, +Óx,d)- f , (x,,y.) (14)

aproximam·se de zero quando A.x e ay-> O.


Por fim,
Ó.Z =ó.z, + Ó.Z,
=f, (c,y,)ó.x+ f , (x. +ó.x,d)ó.y Das equações (12) e (13)

=[f, (x,,y. )+ e, ]ó.x +[ f , (x. + )'0 )+e, ]ó.y Da cqu,u;Jo ( 14).


=f, (x•• y.)ó.x+ f,(x•• y,)ó.y+e, ó.x+&, ó.y
onde e 1 e e1 - ) Oquando âx e ây--> O. que é o que queríamos provar.
Resuhados análogos são verdadeiros para funções de qualquer número
finito de variáveis independentes. Suponha que as derivadas parciais de primei~
ra ordem de w = j{x. y, z) sejam definidas ao longo de uma região aberta que
contém o ponto (Xo, y., z0 ) e que f,.f1 eh sejam contínuas em (x0, y0, .-.) . Então
ó.w= f(x, +ó.x,y0 +ó.y,z, +ó.z) - f(x,,y,.z,)
= f,ó.x.f,ó.y.f,ó.z+ e, ó.x+<, lly+ •, ó.z (IS)

onde e1, e, e, --> Oquando ó.x, Ó.)\ ó.z--> O


As derivadas parciais f,., f,. /, na equação (15) são calculadas no ponto
(x, ,y,, z,).
A Equaç.io (15) pode ser provada tratalldO·sc ó.w como a soma dos três
i ncrcrnentoS;,
llw,=f(x,+ó.x,y,.z,) -f(x,,y,,z,) ( 16)
ó.w, = f(x,+ó.x,y, +ó.y,z,)- f(x,+ó.x,y,,z,) (17)
aw, ~ f(x, +ó.x,y, +b.y,•, +à%) -f( "• + ó.x,y, +b.y,.:,) (18)

c aplicando-se o teorema do valor médio a cada um deles separadamente.


Duas coordenadas permanecem constantes e somente uma varia em cada um
desses incrementos parciais âw1, L\w1, 6w3. Na Equ:ação ( 17), por exemplo, so·
mente y varia, desde que x seja mantido igual a ~ + Ax e z seja mantido igual
a z,. Como /(.<0 -t ó.x, y, z0) é uma função contínua. de y com uma derivada f,.
ela está nas hipóteses do teorema do valor médio, e temos

para algum y 1 entre y0 e y0 + tly


snow
696 Cálculo

A área da projeção de um paralelogramo em um plano


Neste apêndice, provamos o resultado necessário na Seção 16.5. Volume li
p de que l(u x v). Pl é a área da projcç.1o do paralelogramo com lados dete.rmi·
nados por u c v sobre qualquer plano cuja normal cp. (Veja a Figura A. I S.)

Teorema
A área da projeção ortogonal do paralelogramo determinado pelos ve·
tores u e v no espaço sobre um plano com vetor \lnitário normal pé
Arca = l(u xv) ·pl

PROVA Na notação da Figura A.IS, que mostra um [paralelogramo típi·


co determinado por vetores u c v e sua projeção ortogonal em um plano co.m
vetor unitário p.

FIGURA A.IS 0 paralelogramo dete.r·


u Q PP + u' + Q'Q
minado por dois vetores u e v no espaço = u' + PP' - QQ'
e a projeção ortogonal do paralelogramo = u' + sp. (J •;a~ algum ~::~c.,);a_r '; J.l
tPP~' - QQ• ) é 5~nl·do .a p)
em urn plano. As retas de projeção. orlo·
Similarmente,
gonais ao plano. estão paralelas ao vetor
unitário normal p. v= v'+ lp
para algum escalar t. Portanto,
u x v=(u' +sp) x (v'+ tp)
z
= (u' x v)+s(pxv) + t(u' x p)+st(pxp)
-o
Os vetores p x v· c u' x p são ambos ortogonais a p. Assim, quando faze·
(l)

mos o produto escalar de ambos os lados da equação ( J) com p, o único termo


restante à direita é ·(u' x v')· p. Ficamos com
(u'xv).p = (u'xv).p
Em particular,
I
y i(u x v). pl = l(u ' x v). Pl· (2)
~R(3.· 2. I} O valor absoluto à direita é o volume da caixa determinado por u', v' e p.
A alturn dessa caixa especifica é IPI = I, portanto o volume da caixa é nume·
ricamente o mesmo que a área de sua base, a área do paralelogramo P'Q'R'S'.
FIGURA A.l6 O Exemplo I calcula Combinando essa observação com a equação (2), obtemos
a área da pnJj~ção ortogonal do parak-
Área de P'Q'R'S' = l<u' x v)· Pl = l<u x v) .. Pl
logramo PQRS no plano xy.
que diz que a ~rea da projeção ortogonal do pamlelogramo determinado por
u e v em um plano com vetor unitário normal pé l(u x v). Pl , que é o que
queríamos provar.

f.XEMI>t.O I Determinando a área de uma projcçã<>


Detennine a área da projeção ortogonal no plano xydo paralelogramo deter·
minado pelos pontos P(O. O. 3), Q(2, - I, 2), R(>, 2, I) e S( I, 3, 2) (figura A.l6).
SOLUÇAO Com
u = PQ = 2i - j - k, , , = PS = i + Jj - k, e p = k

temos
(u X '') · p =
2
I
o
- 1
3
o
_, - I
= I~ -li3
=7
snow
Apêndice A 697

portanto, a área é
l(u x v) · Pl =171 =7

Álgebra básica, geometria e fórmulas trigonométricas

Álgebra
Operações aritmétic.as

a c 11t
11(b + c) = ab + ac -·-=-
b d bd

a c ad +bc a/b a d
-+-=-- -c/d =-b ·-c
b d bd
Lei d os sinais

-n a a
- (-a)=a -= - - = -
b b -b

Zero A divisão por zero não é possível.

Se a ~O:~ = o.n° = J ,0.. =O


a
Para qualquer número a: a . O= O. a= O
Lei doscxpoentts

.~a·= a•·•' (abr =a"b" ' (t~" )" =a- ' a""• = r,;:=( q,;r
Sca ,. o,
0
-m =_I_
a"
O teorema binominal Para um n número positivo inteiro
11!11 - I) •
(a + b)N =a" +na" 1b + a" .. b1.
I· 2
11(11 - I )(11 - 2) ,.- 3 3
+ I · 2 ·3 ' b + + nab" - 1 + b"

Por exemplo,

(a + b)2 = a2 + 2ab + b2, (a - b)2 = cr - 2ab + b2

Fatorando a diferença entre potênc-ias inteiras similares, n > 1

a" -b" =(a - b)(a..' +a"''b+a""' b' + ... +ab""' +b""' }


Por exemplo,
698 Cálculo

a' -b' =(a-b)(a +b)


a' - b' =(a-b)(a' +ab+b' )
a' - b' =(a- b)(a' +a'b+ab' +b' )
Completando o quadrado Se a ;< O,

ax 2 + bx + c= a(r 2
+ *x) +c

= .!L)+c
a(x 2 + f2.a x + JL
4a2
- 4a2

a(x z +Qx + b~) + a(-b


2
= ) +c
a 4a· 4a 2
2
= tl(x 2 + f2.x + JL) +c - 1>
a

1..1,, é
4az

( h)'
:r -~ lf~
- 4a
Cham:&f':'MII.~ .;.~t:t~l fiCd( ( ',

(u = x + (bf2ct))
A fómtula quadrática Se a Q6 Oc ax: + bx +c =- O, então

-b ±•N -4ac
·"·- 2a

Geometria
Fórmulas para área. circunferência e volume: (A = áre-.a. B =área dn base.
C=- circunferência, S =área lateral ou área da supcrlicie. V= volume)
Triângulo Triângulos semelhantes Teorema de Pitágoras

"

Paralelogramo Trapézio Círc:ulo

A= ~(u + b)fl
snow
Apêndice A 699

Qualquer cilindro ou prisma com bases paralelas Cilindro circular reto

I V= Oh
B

V= wr1 h
S = 27rlt=Área do lado

Qualquer cone ou p iràmide Cone circular reto Esfera

-r
--------- 1
v= ! Ir,:, V=1.-rrJ.S=4trr:
3 3
S • nrs • Án::t do làdo

Fórmulas trigonométricas
Definições c identidades fundamentais
1 y
Seno: seue=l=--
r cose<. O
X I
Cosseno: cos8 • - • - -
r secO
y L
Tangente: tg8·----
x cNgO
Identidades
sen( -8) -= -sen O, cos ( -9) -= cosO

scn2 8 + cos2 O = I, sec 2 O = I + tg 2 O, cose2 O = I + cotg20


scn 26 = 2 senO cos IJ, cos 26 = cos2 8 - sen2 O
I + cos28 serr = I - cos26
cos28 :;:;: 2 ? 8
2
sen(A + B) = senAcosB + cosAsenB
sen(A - B) = senA cos B - cosA sen8
cos(A + 8) = cosAcos/J- senAsen8
cos(A- 8) = cosAcos8 + senAsen8
t (..f + 8) = tgA + tg 8 = tgA- tgB
g I - tgAtgB tg (A - 8)
I +tgA tg8
700 Cálculo

sen (A - ; ) o - cosA, cos(A - ; ) = senA

scn(A +;) = cosA. cos(A +I) = - senA


I I
seoAsenB= 2cos(A- B)- 2cos(A + B}

I I
cosAcos8 = 2cos(A- 8) + 2cos(A + 8 )

seoAcos8 = iseo(A - 8) + isen(A + 8)

senA +senO = 2sent(A + O)cost(A - 8)

seoA - seo8 = 2cost(A + 8) seot(A - 8)

cosA+ cos8 = 2cost(A + 8)cost(A - O)

cosA - cosO • - 2sent(A + 8)sent(A - O)

Funções trigonométricas
Grnus Radianos
Medida do Radiano

L n 90
I

I
D.
2
l

n
s o
-=- =1 OUQ= -
s 30
r.
r I r'
2 v'3 2 v'3
n n
180 = 1T radianos. 60 90 3 2

Os ângulos de dois lriàngulos comuns,


em graus e radianos.
.''

Domfnio: (- ('0.•) Oomfnin: (- •,w)


lm~gem: l-1. I ) IM>gcM.: l-1. I J
Apêndice A 701

y y

Dominio: Todo•.:: os númerO$ r~.ais. Domfnio: x ~=-r : 3rr . ..•


exceto intt.iros (mparts 2
lm:tg<:m: (.. -». - 11UI I.<»)
mühiplos de tr 12
lm:tgetn; (-coo.(llo))

y ,.

Domínio: x :1: O. :n . !::2l'f... . l)omfnio: ·"'f/: O. :n. :2n.. .


Imagem: (-o.. - I J U l i.-) lm.1s~m: (- oo, oo)
ApêndiceB

Números reais e a reta real


Esta seção aborda núrneros reais. de-sigualdades, intervalos e valores ab·
solutos.

Números reais
Uma grande parte da disciplina de cálculo baseia-se n.as propriedades do
sistema de números reais. Números reais são aqueles que podem ser cxprts·
sos como decimais. por exemplo:

-43 = -0,75000 ...

3I = 0,33333 .. .

Ví = 1,4142 .. .

Nos três casos. os pontos( ... ) indicam que a seqüência de dígitos decimais
prossegue infinitamente. Qualquer expansão decimal concebível representa
um n(uncro real, embora certos números tenham duas representações. Por
exemplo, os decimais infinitos 0,999 ... e 1,000... rcprcsentarn o mesmo nú·
mero rcnl I. Umot nfirmnçiio nn&los"' nplicn $C n <.lualquer número com '"'mo
seqüência decimal infinita de noves.
Os números reais podem ser representados geometricamente co1no pon·
tos em uma reta numerada denominada teta real

-2 o t IYÍ 2 4
3
O símbolo R indica o sistema de números reais ou - o que é a mesma
coisa - a reta real.
As propriedades do sistema de n(mteros reais pertencem a três catego~
rias: propriedades algébricas, propriedades de ordem e <le completude. As
propriedades algébricas dizem que os números rea.is podem ser somados,
subtraídos, multiplicados e divididos (exceto por O). resultando em outros
números reais sob as regras usuais da aritmética. Você tumca pode dividir
porO.
snow
Apêndice B 703

Regrns para desigualdades As propriedades de ordem dos n(tmeros reais fornm dadas no Apêndice A.4.
Se a, b e c são números reais, então: A partir dessas propriedades. pode-mos irúcrir as regras ao lado, na.~ quais o sim-
1. ll<b=>t~+c<b+c bolo=> significa "implica~
2. a<b => t~-c<b-c Observe as regras de muhlpllcac;:to de uma desigualdade por urn nó mero.
3. a<bec>O=>ac<bc Se multiplicarmos por um número positivo, a desigualdade permanecerá a
4. t~<bcc<O=>bc<t~C
mesma; se multiplicarmos por urn número ncgativ.o, ela se in\•ertcrá. Domes-
mo modo, recíprocos inverlcm a desigualdade para números que tenham o
Caso especial:" < b => - b < - a
mesmo sinal. Por exemplo, 2 < 5, mas -2 > -5 c 1/2 > 1/5.
I
S. n>O=>- >0 A propriedade de completude do sistema de nt'uneros reais é mais pro·
a funda c difícil de definir. Contudo, essa propriedade é fundamental para en-
6. S.: n c b são ambos positivos ou ambos tendermos o conceito delimite (Capítulo 2}. Grosso modo, ela diz que existem
I
negativos. então a < b => ;; <;;I . números reais suficientes para "completai' a reta de números reais, de ma·
neira que não fiquem "buracos"' ou "lacunas.. nessa reta. Muitos teoremas de
cálculo não funcionariam se o sistema de números reais não fosse complcto.l!
melhor deixar esse assunto para um curso mais avançado; de qualquer modo,
o Apéndice A.4 dà aJgurna idéia do que está em jogo e de como os números
reais são construidos.
Distinguimos tr~s subconjuntos especiais dos números reais.
l. Os números naturajs, isto é: l, 2, 3, 4, ...
2. Os inteiros, isto é: O, ±I, ±2. ±3,...
3. Os números racionais. isto é, aqueles que podem ser expressos na for-
ma de uma fração mln, onde m c n são inteiros c n ~O. São exemplos
de.sses números:
4 -4 200
1
-,
3
------.
4
9 9 -9 13
e 57
57 = -
1
Os números racionais são, justamente, os números reais C()lll expansões
decimais que
(a) são finitas (tcnninam em uma seqüênda infinita de ze.ros), por exemplo.

~= 0,75000 ... = 0,75


4
(b) ou repetem de tempos em tempos (terminando com um grupo de dí-
gitos que se repete indefinidamente), por exemplo
A, f>•D Hlo!k'Jo O$"IJ'O J,

-23 = 2,090909 ... = 2,-09 ~·~·/101 .,po M' f\l"ff"'


(OfY".......l
11
Un'la expansão dec::irnal finita é mn tipo especia'l da expansão que se repete
(dízima periódica}, uma vez que os zeros do final se repetem.
O conjunto de números racionais possui as mesmas propriedades algé·
bricas c de ordem dos números reais, mas não a:presenta a propriedade da
completude. Por exemplo, não há um número racional cujo quadrado seja 2;
existe um ..buraco~ na reta racional onde .fi deveria estar.
Números rea,is que não são racionais recebem o nome de números irr:a·
ciona_is. Eles se caracterizam por ter expansões decimais que não são finitas
nem se repetem. São exemplos rr, ~e log10 3. Como toda expansão de·
J2.
cimal representa um número real. obviamente existe uma quantidade infinita
de números irracionais. Tanto os racionais quanto os irracionais podem ser
encontrados arbitrariamente próximos a qualquer ponto da reta real.
A notação de conjunto é muito útil para especificar um subconjunto par-
ticular de números reais. Um conjunto é um agrupamento de objetos. c estes
objetos são QS elementos do conjunto. Se Sé um conjunto, a notação n E S
704 Cálculo

significa que a é um elemento de$, c a E S significa que a .não é um elemento


de S. Se Se T s..i.o conjuntos, então Sv1~ é a sua união e consiste em todos
os elementos que pertencem ou aS ou a T (ou, ainda, aS e a T). A interseção.
Sf'\ T consJste em todos os elementos que pertencem tanto a S quanto a T. O
conjunto vazio 0 é aquele que não contém qualquer clcnncnto. Por exemplo.
a interseção e.ntre os números racionais e os irracionais é o conjunto vazio.
t possível descrever certos conjuntos listmrdo seus elementos entre chaves.
Por exemplo, o conjunto A, formado lXIos números naturais (ou inteiros po-
sitivos) menores que 6. pode ser expresso assim:
A={l,2,3, 4,5}
O conjunto de todos os inteiros é escrito assim:
{0, ±I, ±2, ±3, ...)
Outra maneira de descrever um conjunto é colocar d~ntro dos colchetecs
uma regra que gera todos os seus elementos. Por exemplo,. o conjunto
A = {xjxé um inteiro e O< x <6}
é o conjunto de inteiros positivos menores que 6.

Intervalos
Um subconjunto da reta real é denominado um intervalo quando contém
pelo menos dois números e todos os números rtais que ficam entre qualquer
par desses elementos. Por exemplo, o conjunto de todos os números reais x
tais que x > 6 é u1n interval(Ã assirn como o conjunto de todos os x, tais que
-2:; x s 5. O conjunto de todos os números reais diferentes de zero não é um
intervalo; como O não está presente, o conjunto deixa de conter todo número
real entre - I e I (por exemplo).

TABELA 8.1 Tipos de intervalo

Notação Desrição do conjunto Tipo Desenho

(a.b) (.rja < x <h) Abeno


• •
[a, b] {xja s x s h) Fechado
• •
[a./;) {xja s x <h) Semi ·abeno
• •
(a , b] {xj/1 < x s h} Semi·aberto
• •
(a,~) {x[x > a) Abeno

[a, ~) {x[x ~ ll} Fechado

(-~.h) {xjx < b) Abeno
- •
(-~. b) {xjx s b) Fechado
- •
(-~. ~) IR (conjunto de todos Tanto aberto
os números reais) como fechado
-
Geometricamente, intervalos correspondem a semi·retas e segmentos de
snow
Apêndice B 705

reta na reta real. assim como à reta real em si. Intervalos de números c.orres·
pondentcs a segmentos de reta são intenralos finitos; intervalos corrc.s pon·
dentes a semi-retas c à reta real são intervalos infi n.itos.
Dizemos que um Intervalo linho é fechado quando contém seus dois ex-
tremos; semi..abcrto quando contém um extremo. mas não o outro; c aberto
se não contém seus extremos. Os extremos também são chamados pontos de
frontci.ra; eles formam a fronteira do intervalo. Os demais pontos do interva-
lo são os pontos interiores e, juntos, formam o intér'ior do intervalo. lntcrva·
los infinitos são fechados quando contêm um extremo tinitOj caso contrário,
são abertos. Co1no um todo, a reta real O é um intervalo infinito aberto c
fechado ao mesmo tempo.

Resolvendo desigualdades
Determinar o intervalo ou os intervalos de números que satisfazem uma
desigualdade em x é o mesmo que resolver essa desigualdade.

EXEMPLO I
Resolva as seguintes desigualdades e mostre sua solução (os conjuntos
que a solucionam) na reta real.

•• (•) 2< - I < .t + 3 (b) -:!: <2x + I


3 (c) x ~ I C: 5
o 4
(o) SOLUÇÃO
X
(a) 2x - 1 < .<+3
3 o 2x < +4 !W)rn.c I o~ ~mbo-:. o' bJus.
-'i X
(b) X < 4 Sub-1r.lli.lXdc.uubososl.tdos.
O conjunto solução é o intervalo aberto (- ... 4) (Figura 8.1 a).
o li ·'
s (b) _;!:
J
< 2t + I
(c)
-.,. < 6.\' + 3 ~l uhtpliquc~mbos.~lJd ~ror..l.
FIGURA 8. 1 Conjuntos $0-
O< ?.r + 3 Stml\' ·" ., :uul'ld> ()> l.11~n~
lução para as desigualdades do
- 3 < 7.r Suhtr.a••t ~d.:i1 tUhc)!l()f.l.ldO$.
Exemplo I.
-t < .\' m..·id;a por 7

O conjunto solução é o intervalo aberto (-317, ->(Figura B.lb).


(c) A desigualdade 6/(x - I) ~ 5 C válida somente se x > l , caso con·
trário 6/(x- I) é indefinido ou negativo. Assim, (x- I) é positivo e
a desigualdade será preservada se multiplicarmos ambos os lados
por (x - I ): temos, então

_ 6_ c: 5
x-1
62: 5x- 5 ~ b!IIIJ-!'' Iu.: ;antbt.n (1\ Ldi)\ ('\1r (,t .. I J,

11 2: 5x ~.."'" ~ õl :.tfl~ (\' ~~·"'·


li
5li 2:x. ChlXS.-
5

O conjunto solução é o intervalo semi-aberto (I, l l/5 J (Figura B.lc).


706 Cálculo

·- 1-~1- 5- ··- 131- Valor absoluto


-s o 3
O valor absoluto de um número x, denotado por lxl. é definido pela fór·
- 14- tl = 1• - •1=3- mui~

4 x <!: O
lxl = { x.
FIGURA B.2 Valores absolutos
- x, x<O
fornecem a distância entre pontos
na reta numérica.
EXEMPLO 2 Cakul•udo v-•lor<s absolutos

131 = 3. IOI =o. J-SI = - (- S) = s. J-J all = laJ

Geometricamente, o valor absoluto de x é a distância d e x a Ona reta real.


Como distâncias são -sempre positivas ou iguais a O) vemos que lxl 2: Opara
qualquer x número real, e JxJ = Ose e somente se x = O. Do mesmo modo,
1.<- yl = a distância entre x e y
na reta real (Figura B.2).
Uma vez que o símbolo J; denota a rait quadrada mlo negativa de a, uma
definição alternativa de 1-<1é
lxJ =../7
C importante lembrar que ..{;1= la I. Não escreva R=
a. a menos que
voc<l jâ saiba que a 2: O.
O valor absoluto tem as propriedades que se seguem. (Nos exercícios:, você
terá de provar tais propriedades.)

Propriedades dos valores absolutos


1. 1-al: lal Um número e seu oposto, ou inv-erso aditivo, tem
o mesmo valor absoluto.
2. JabJ:InJ ibl O valor absoluto de um produto é o produto dos
valores absolutos.

3. O valor absoluto de um quociente é o quociente


!!.1 =E[
1b lbl os valores absolutos.

4. In +bl slnl+lbl A desigualdade do triângulo. O valor absolu-


to do somo de dois números é menor ou iguol à
soma de seus valores absolutos.

Observe que J-aJ"' - 1•1· Por cxcmplo,J-31= 3, enquanto -131 = -3. Se a c


b tém sinais diferentes, então Ja + bl é menor do que JaJ + Jbl. Em todos os de·
mais casos, I" + bl é igual a JaJ + lbl. As barras de valor absoluto cm expressões
como J-3 + SI funcionam como parênteses. Fazemos os -cálculos aritméticos
deutro delas para depois tomar o valor absoluto.

EXEMP LO 3 Ilustrando a dcsigualdi>dc do triangulo


l- 3 + Sj = I2J= 2 <J-3)+ IS J= 8
13 +SI= 181 = 131 + IS J
J-3- SJ = HI = 8 = l- 31 + J-5 1
Apêndice B 707

1 -u- + - -u- . j
A desigualdadelxl < a diz que a dist•\ncia de x a Oé menor que o número
--~--4-----~---------<~·
-a :c O ,, positivo n. Isso significa que x precisa estar entre -a e"· como podemos ver
1<-1•1--i ntt Figura B.3.
FIGURA B.3 lxJ < n significa que .t As regras da tabela ao Jado são todas conseqüéncia da definição de \'alor
está entre - a e a. absoluto c, muitas vezes. são (ateis quando estamos solucionando equações ou
desigualdades que envolvam valores absolutos.
Em geral. o símbolo <:::::> é usado por matemáticos para indicar a relaç.io
Valores absolutos e intervalos lógica '"se c somente se·: Ele também significa "imp1ica e é implicado por':
Se á é qualquer número positivo. então
5. lx l • á <=> x • :l:á I!XEMJlLQ 4 Rcsolvcnüo uma equação com \•alon.•s absolutos
6. lx I < a <=> -a < x < a
Resolva a equação J2x- 31 = 7
7. lxl > a <=> x > a ou x < -a
SOLUÇAO De acordo com a Propriedade 5, 2x- 3 =±?,logo cxis·
8. lx I s a <=> -a s x s a tem duas possibiJidades.
9. lx I 2: a <=> x 2: a ou x s - (, b;au:.çôts .:qui\'ll.knh.:s ~~:m ,..,.
2x- 3 = 7 2r- 3 = -7 lort.~ ..bwluto.jõ.

2x = lO
x=5 X = -2

As soluções de l2x - 3) ; 7 sãox ; 5 ex ; - 2.

.EXE.MPLO 5 Resolnndo uma desigualdade que contém \'alor~s


absolutos

Resolva~ desigualdade ls-.;1 <I


SOLUÇAO Temos

I<=> - I < 5- -X2 < I

2
= - 6 < - -X < -4 SubtrolJ;~ S.

I
=3>:r > 2

=t < x < !
Observe como as diversas regl'as de desigualdades foram usadas aqui.
A multiplicação por um número negativo invc.rte a desigualdade. O mes·
mo acontece quando se tomam os recíprocos. em uma desigualdade na
qual os dois lados sejam positivos. A desiguaJdade original aplica..se se
e somente se (1/3) < x < (1/2). Assim, o conjunto solução é o intervalo
aberto (113, 112).

Exercícios B.l
Representações decimais Desigualdades
I . Expresse 1/9 como uma dízirna periódica. usando uma bar· 2. Se 2 < x < 6. quais das seguintes afirmações sobre x são
rapara indicar o perfodo (os digitos que se repetem). Quais necessariamente verdadeiras e· quais não são necessaria·
são as rcpre.entações decimais de 2/9? 3/9? 8/9? 9/9? mente verdadeirns?
snow
708 Cálculo

(:o) O<.r < 4 (b) O<.r -2 < 4 Teoria e exemplos


(<) l <i <3 (d) ! < ! <! 22. Não caia na armadilha 1 -al = a. Para quais números reais
6 X 2
6 a es..~a cquaçã() é realmente verdadeira? J>:mt quai$ núme-
(<) l <:t< 3 (I) 1-' - 41 < 2 ros reais ela é falsa?
(g) -6 < -x < 2 ( h) -6 <-.r< -2
23. Resolva a equação Jx - IJ = I - x.
Nos exercícios 3- 6, resolva as desigualdades e mostre os
24. Uma prova da desigualdade do triângulo justifique
conjuntos solução na reta real. cada um dos passos enumerados na prova da desigualda-
3. -2r > 4 4. 5.< - 3 s 7 - 3x de do triângulo, a seguir.
5. 2r - 2I ~ 7x + 67 4 I
6. s<x-2) <j'(x -6) la + bl' = (a + b) 2 (1)
= "2. + 2ab + b2
"' ,,, + 2lllllbl + ,, (2)
Valor absoluto = Jal' + 2Ja1Jbl + lbJ' (3)
Resolva as equações dos exercícios 7-9. = (Jal + lbl)2

7. IYI = 3 8. l2t + SI= 4 9. 18 - 3sl = 29 la + bl "'la!+ lbl


Resolva as desigualdaMs dos exercícios 10-17, expressan- 25. Prove que JabJ =JaJ JbJ para quaisquer números a e b.
do os conjuntos solução como intervalos ou uniões de interva- 26. Se Jxl S 3 e.< > -1/2, o que você pode dizer a respeito de x?
los. Além disso. mostre cada conjunto solução na reta real.
27. Represente graficamente a desigualdadc Jxl + IYJ S I.
10. lxJ< 2 11. lt - li "' .l 12. J3y - 7f < 4
28. Para qualquer número a, prove que 1-t~l = JaJ.
IJ. ,J- ·I"' I 14. ,3 - ti< 4 IS.J2sl "' 4 29. Seja a qualquer número positivo. Prove que Jxl > a se c
somente se x >a ou x <-a.
t6. Jl - xJ> I 17. 1r;ll ,. l
30. (a) Se I> é qualquer número real diferente de zero, prove
que JtlbJ = 1/JbJ.
Desigualdades quadráticas
Resolva as desigualdades dos exercícios 18- 21. .Expresse (b) Prove que ~~~ = ~~ para quaisquer n(omeros 11 c b,. O.
os conjuntos solução como intervalos ou uniões de intervalos;
depois, mostre-os na reta real. Use o resultado ,[,1 = Jal con-
forme necessário.
18. ·' ' < 2 19. 4 <.r' < 9
20. (.< - 1)1 <4 21. ·" ;: -x< O

Retas, círculos e parábolas


Esta seção aborda coordenadas, retas. d_istãncia, círculos e parábolas no
plano. A noção de incremento também é discutida.

Coordenadas cartesianas no plano


Na seção anterior, identificamos os pontos d3 reta de números reais atri-
buindo-lhes coordenadas. Pontos no plano podem ser identificados com pares
ordenados de números reais. Para começar, traçamos duas retas coordenadas
perpendiculares que se cruz.am no ponto Ode cada uma. Essas retas recebem
o nome de eixos coordenados no plano. No eixo x, o horizontal, os números
Apêndice B 709

y são indicados por x e aumentam para a direita. No eixo y. o vertical, os nú·


meros são indicados por yc aumentam para c-ima (Figura 8.4). .&sesscntidos
b -------• P(cl,/1) .. para cima·· e ..para a direita.. são positivos. enquanto os sentidos "para baixo"'
I

'''
t;i~u y JI'V~ili\'U e "para 3 esquerda" sâo negativos. A origem O. t:-ambém denominada O, do
-----.:.3 I'
sistema de coordenadas é o ponto no plano onde x e)' são ambos zero.
2 I Se P é qualquer ponto no plano, ele pode ser localiudo por exatamente
'
I um par ordenado de números reais da seguinte maneira. Trace duas retas que
Origem : cruzam P e são perpendiculares aos eixos coordenados. Essas retas cmzarâo
os eixos con pontos com coordenadas a e b (Figura 8.4). O par ordenado (a ,
b) é atribuído ao ponto I' c recebe o nome de par coordenado. O primeiro
-I
número, a, é a coordenada x (ou abscissa) de P; o segundo número, b, é a co-
liixo ,. nc~:uivo
·~ ordenada y (ou ordenada) de P. A abscissa de qualquer ponto no eixo y é O. A
ordenada de qualquer ponto no eixo.< é O. A origem é o ponto (O, O).
-3
Começando com um par ordenado (n. b). podemos reverter o processo
e chegar a um ponto P correspondente no plano. Em geral, identificamos P
FIGURA ll.4 As coordenadas car- com o par ordenado e escrevemos P(a, b). Às vezes também nos referimos ao
tesianas no plano baseiam·se em dois •ponto (n, b)" e fica claro, pelo contexto, quando (n, b) se refere a um ponto
eixos pcrpendiculare.s que se cru-zam no plano c não a um intervalo aberto na rt:ta real. A Figura B.S mostra vários
na origem. pontos identificados por suas coordenadas.
O sis-tema de coordenadas é chamado sistema de coordenadas relat\gular
)' ou sistema de coordenadas cartesiano (em homenagem ao matemático franct-s
(1, 3)
do século XVI René Desrnrtes). Os eixos coordenados desse plano coordenado
3 • ou cartesiano dhridem o plano em quatro regiões denominadas quad.rante.s. nu-
merada.~ em sentido anti-horário confonne mostrado na l:igurn B.S.
Se.gundo Primeiro
qu.adrante 2 quOOrnmc O gráfico de uma equação ou desigualdade n.as variáveis x e y é o con-
(- . +) (+.+) junto de todos os pontos P(x, y) no plano cujas coordenadas satisfazem essa
equação ou desigualdade. Quando traçamos dados no plano de coordenadas
• •
(2. I) ou representamos graficamente fôrmulas cujas variáveis possuem diferentes
(-2. I)
(0.0)"' ( 1. 0) unidades de medida, não precisamos usar a mesma escala nos dois eixos. Se
-2 -I o 2 ·' traçamos tempo contra empuxo de um motor de foguete) por exemplo, não
há motivo para colocar a marca que mostra I .s no eixo do tempo à mesma
(-2. - I)
-I distância da origem que a marca que mostra I lb no cLxo do empuxo.
• Terceiro Qt.~MIO
quadrante qundrnntc
Em geral, porém, quando representamos graficamente funções cujas va-
(-. -) (+. -) riáveis não representatl'l grandezas físicas, e quando desenhamos figuras no
-2 •
( 1.-2) plano de coordenadas para estudar sua geometria c trigonometria, tentamos
fazer que as escalas dos eixos sejam idênticas. Uma unidade vertical de dis-
FIGURA ll.S Pontos identificados no tância parecerá, nesse caso. igual a uma unidade horizontal. Como em um
sistema xy ou plano cartesiano. ·rodos os mapa ou um desenho em escala, os segmentos de reta que supostamente têm
pontos dos eixos têm pares coordena- o mesmo comprimem o vão de 13to parecer iguais. c os ângulos supostamente
dos, mas geralmente são identificados congruentes vão parecer congruentes.
com um número real apenas (assim) (1, Já as telas de computadores e calculadoras são outra história. Normalmente,
O) no eixo x é identificado como 1). Ob- as escalas vertical e horízontal dos gráficos gerados -digitabncnte são dífcrcntes,
serve os padrões de sinal das coordena- e existem distorções correspondentes em distâncias. coeficientes angulares e ân-
das em cada quadrante. gulos. Círculos podem parecer eJipses, retângulos podem parecer quadrados)
ângt~os retos podem parecer agudos ou obtusos c assim por diante. Discutire-
mos essas telas e suas distorções com mais detalhes na Seção 1.4.
Companion
Wcbsite
Diogratia hi.o;tórica
Incrementos e retas
Quando unla partícula se desloca de um ponto paro outro em unl plano.
Renê Descartes as variações líquidas de suas coordenadas são chamadas incrementos. Eles são
(1 596· 1650)
71 O Cálculo

>' obtidos subtraindo-se as coordenadas do ponto inicial daquelas do ponto fi .


C(5.6)
6 nal Se x muda de x 1 pata x1, o incremento em x é
/1(2. 5)
5

4
EXEMPLO I Indo do ponto A(*, - 3) parn o ponto B(2, 5), os incre-
3
mentos das coord~nadas x c y s..'\o
2
ax =2 - 4 =- 2, ay =5 - (- 3) =$
0(5. I) De C (5, 6) para D (5, I), os incrementos são
-;;t-~+--::-1-7---!--->x
o 3 4 5
Ax = 5 - 5 = 0, Ay = I - 6 = - 5
-I
Veja a Figura B.6.
-2
.__ __. ,\(4. - 3)
-3
(2. -3) Dados dois pontos P1(x1, y 1) e P,(x,, y,) no plano, chamamos os incre-
àx= ..2
mentos Ax = x2 - .Y 1 e Ay = Y: - y1• respectivamente, de variação horizontal e
FIGURA 8.6 Os incrementos variação vertical de P 1 a P1. Esses dois pontos sempre determinam uma t'mica
podem ser positivos, negativos linha reta (em geral chamada simplesmente reta) que passa por ambos. Ela é
ou nulos (Exemplo 1). denominada reta P,P,.
Toda reta não vertical no plano tem a propriedade de que a razão
,~a.·iaçào venica1 ô.y y,. - y,
m- --=-·- -
variação horizontal 6x x:-x 1

tem o mesmo valor para qualquer escolha de dois pontos P1(x1, y 1) e P2(x2, y2)
na reta (Figura 8.7). Isso porque. no caso de triângulos semelhantes, as razões
dos lados correspondentes são iguais.
)'
~· t
•I
I
•I
I
••
Ay I
(' 'e kal} !!J.y'
•I
P1(.f 1.y1;}
J,__ __. :
~.\'
(homontal)
Q<x;~. r,>:
1
I''
I ---

------------4Q'
""'
----;0:1--------....<

FIGURA 8.7 Os triàngulos P1QP, e P1 'Q'P2 ' são s~melhante, por


isso a razão de seus lados tem o rnesmo valor para ,quaisquer dois
pontos da reta. Esse valor comum é o coeficiente angular da reta.

Definição Cocíidc-ntc angular


A constante
variação vertical Ay y2 - y0
UI: - : -- -
variação horizontal 6x x 2 - x1

é o coeficiente angular (ou inclinação) da reta não vertical P1P1 .


snow
Apêndice B 711

,. O coeficiente angular nos diz a direção (para cima ou para baixo) c a indi·
nação de uma reta. Uma reta com coeficiente angular positivo d irige-se para
cima e para a direita~ uma reta com coeficiente angular negativo dirige-se para
61..(11. >) baixo e para a dtreha (Figura 6.8). Quanto maior for o valor absoluto do coe·
'$: ~ ficicn te angular. mais rápida será a subida ou a descida da reta. O coeficiente
angular de uma reta vertical é indefinido. Isso porque, como a variação hori-

3
2 ~ P1(4. 2) zontal 6.x em uma reta vertical é zero. não podemos formar a ra?.ào do coefi-
ciente angular m.
A direção e a indinação de unla reta tambérn podern ser medidas por meio
4 5 6........ X
de um ângulo. O ângulo de inclinação de uma reta que cn•za o cixox é o menor
ângulo no sentido anti-horário a pru1ir do cixox na direção da reta (Figura 8.9).
A inclinação de uma reta horizontal é OV. A inclinaç.:io de uma reta vertical é 90".
Se • (a letra grega fi) é a inclinação de uma reta, então O,; </1 < ISO•.
FIGURA n.s O coeficiente
angular de L 1 é e-ste
<l.y 6- (-2) 8
m=ax= 3- 0 =3 I
... __ _.,. ..."nilo CSlC
Ou seja. y aumenta 8 unidades
cada vez que x aumenta l unida·
FIGURA 6.9 Ângulos de inclinação
des. O coeficiente angular de L, é
são medidos no sentido a.nU·horário a
ây 2-S -3
1' 1 = âx : -.r:-õ" = - 4- partir do eixo x.
A Figura S. lO mostra a relaç.ão entre o coeficiente angular m de uma reta
0u seja, y diminui 3 unidades
não verlical e o ângulo de inclinação 1/J dessa reta:
cada vez que.'< aumenta 4 uni·
dades. m ; tg4>
y - y, =m(x - x 1) ou y =y, + m(x - x,).
Retas têm equações relatávamente simples. Todos os pontos em uma reta
vertical que passa pelo ponto a no eixo x tCm abscissas iguais a a. Logo, x =a é
uma equação da rct11 vertical. De modo análogo, y = b é uma equação da reta
horizontal que cruza o eixo y em b. (Veja a Figura 8.11.)
Podemos escrever uma equação para qualquer reta não vertical L s:e CO·
nhecemos seu coeficiente angular me suas coordenadas no ponto P1(.t 1, y1).
Se P(x, y) é qualquer outro ponto de L. então podemos usar os dos pontos P,
e P para calcular o coeficiente angular,
ây 2- 5 -3
m e ÓX 8 4-0 s - 4 -

)' )'

P, I. Ao kmgo desta rc1a.


6 ~ =2
;t

;~
4 .r\o longtl dcstn rct;..
y· = 3
A.< ·3·-f----+-'--=--
12. 3)
ó.v 2
m= -!. =lgt/1
lu

-1-------+.<
FIGURA B.IO O coeficiente FIGURA 8.11 As equações-padráo
angular de uma reta não verti· para retas verticais e horizontais atra~
cal é a t1lngentc de seu lngulo de vés do ponto (2, 3) sàox ~ 2 ey = 3.
inclinação.
snow
712 Cálculo

de maneira que
y- y1 =m(x-x1) ou y = y 1 + m(x- x,).

A equação
y=y1 +m(x - x 1)
é a equação ponto/coeficiente angular da reta que passa pelo ponto
(x 1.y1) e tem coeficiente angular m.

EXEMPLO 2 Escreva uma cquaç:=io para a reta qtte pass:l pelo ponto
(2. J ) com cocfldcnte angular - 3/2.
SOI.UÇÃO Substituímos x1 = 2, y, = 3 e m = - 3/2 na equação ponto/
coeficiente angular e obtemos

y = 3- Hr- 2), ou y = -1x+6

Quando x = O, y = 6, de modo que a reta cnJza o eixo y em y = 6.

l!X.E~U)LO 3 Uma reta que passa por dois pontos


Es<reva uma equação para a reta que passa pelos pontos (-2. -I) e (3, 4).
SOI.UÇÃO O coeficiente angular da reta ê
-I - 4 -5
m= 2 3 -=-=s= l

Podemos usar esse coeficiente angular com qualquer um dos pontos


• (3. 4)
dados na C<}uação ponto/coeficiente angular:
·' ' • x+ I Com (x 1 ,y1) = (-2. -I) Com (.r,.y 1) = (3, 4)
y = -I + I · (x - ( -2)) y=4+1·(x-3)
y =- l +.t+2 y=4+x - 3
--~~~~~~~~+X
-2 o 2 3 y = x+ l / y = x+l
-I
(-2.-1 ) ---------- t\ll-snm rcs••lfado

De qualquer modo, y = x + I é uma equação da reta (Figura B.l2).


l'IGUJtA 11.12 A reta do E.xemplo 3.
,.
A ordenada do ponto onde uma reta rü\o vertical corta o eixo y é chamada
reta ou intercepto do eixo y. Similarmente, o intercepto do eixo x de uma
reta não horizontal é a coordenado x do ponto onde ela cruz.~ o cLxo x (Figura
B.l3). Uma reta com coeficiente angular me coeficiente linear b passa por (O,
b), tendo portanto a equação
y = b + m(x - O) ou, simplificando, y = mx + b
o
A equação
FIGUI\A 8.13 A reta L tem y= mx+ b
o intercepto do eixo x em a e o
é a equação reduzida da reta com coeficiente angular m e coeficiente
intercepto do eixo y em b.
linear b.

Retas com equação na forma y = m.r têm coeficiente linear O, portanto


atravessam a origem. Equações de retas são chamadas equações lineares.
Apêndice B 713

A equação
Ax + By = C (com A e B não simultaneamente nulos)
é chamada equação geral da reta em x e y. pois seu gráfico sempre representa
Cocfidcnlé uma reta, e todas as retas têm uma equação nessa forma (mesmo aquelas que
C ~fkicntc
tl.1t,&ul3r m: apresentam coeficientes angulares indefinidos).

Retas paralelas e perpendiculares


Retas que são paralelas têm ângulos de inclinação iguais; logo, possuem
I'IGURAB- 14 AADCéscmclhantca o mesmo coeficiente angular (se não forem verticais). De maneira inversa,
dCDB. Conseqüentemente, 1(>1 também retas com o mesmo coeficiente angular têm ângulos de inclinação iguais e,
é o ângulo superior em ACDB. A partir portanto, são paralelas.
dos lados de ACDB, temos tg 4>1 = a/lt. Se duas retas não verticais L1 c L'1 são pcrpcndicular~s. seus coclicicntcs
angulares m1 c m1 satisfazem m,ml =-I. portanto cada coeficiente angular é
o recíproco negativo do outro:

Para perceber isso. observe os triângulos semelhantes na figura B.l4 c


note quem,= nlh em,= -ltin. Conscqüentemente,m,m, = (n/lt)(-hln) =-I.

Y A dis•5ncia é
d D v"l-.•,---.."",1',-+""'1,-)',---,"""
,,ll Distância e círculos no plano
>'z • V (.r,- .r,)'+ (.''z- y,)' A distância entre pontos no plano é calculada com uma fórmula que vem
do teorema de Pitágoras (Figurn 8. 15).

fómltlla d~\ db.tâslcin pa.r:.t ponlos no plano


Yt A distância entre l'(x 1, y 1) e Q(x,, y2) é
d = V(Ax)2 + (Ay)2 = v''7'(,-.,---..-,"
)2,...+,.--,-(Yz-_-J-'•"')z
~~-----L------------~------·
o .r, x, ·~

fiGUI~A ll.I S Para calcular a distância 1\Xf.JII PI.<) 4 Calcul~lldoa úi stãnc i~


entre P(.t1, y1) c Q(x2, y,). aplique o teorema
(a) A distâllcia e11tre P(- 1. 2) e Q(3, 4) e
de Pitágoras ao triângulo l'CQ.
V(3- (- 1))2 + (4- 2)2 = V (4)2 + !2) 2 = v'iõ = y.:j":5 = 2v'S
(b} A distância da origem até J>(x, y) é

V (x - W + (y - 0)2 = v'.~2 + y2

Por definição, um círculo de raio 11 é o conjunto de todos os pontos P(x, y)


cuja distância decerto celltro C(/1, k) é iguala n (Figurn B.l6). De acordo com
a fórrnula da distância. Pestá sobre o círculo se c somente se
V(x - h} 2 + (y- k)2 - a
portanto

(I)
(X - h) 1 + ()' - k)l =a1
~---'----'---"------,r
o A Equação (I) é a equação-padrão de um circulo com centro (h, k) c mio
O círculo de mio a = I e centro na origem recebe o nome de círcu.l o unitá-
(l.
FIGURA B. 16 Um círculo de raio
rio. Sua equação é
tt no plano xy. com centro em (Ir. k).
7 14 Cálculo

EXEMPLO 5
(a) A equação-padrão para o círculo de raio 2 centrado em (3, 4) é
(A - 3)1 + (y- 4)' - z' - 4

(b) O círculo
(x - 1)2 + (y + 5)2 • 3

tem''= I, k = -5 e a= ../3. O centro é o ponto (11, k) =(I, -5) e o raio


é a= .Jj.

Se a equação de um círculo não está na forma·padrão, podemos dctcrmi·


nar o centro e o raio do círculo convertendo· a para a forma·padrão. A técnica
algébrica que nos permite fazer isso é chamada complcftlr o quadrado.

f.XEMt>LO 6 Detennin~ndo o centro e o raio de um circulo


Determine o centro e o raio do circulo
x 2 + y 2 + 4.r - 6y - 3 ~ O
SOLUÇÃO Convertemos a equação para a form a-padrão comple·
tando os quadrados em x e y:
,\· 2 + y2 + 4x - 6y - 3 = O Comece (0111 11 ~VlÇl<HI.lda.
i\g(U}'t os t\!tll\()$. P..\S.S<: J (I.NlSlolOtC
(x 2 + 4x) + (y' - 6y) = 3 p.uan l ~do dirl!tto.

(x' + 4x + (~Y) + 0•2- + ( -;6Y)


6y a
AJidonc o quadr:ulu de m;:otaJc Jo
codi<i.cnlt dl.' >.: .J. t.:aJa 1..\JcJ d.1 t:~Jua.;11o.
riloCa o mesmo <"fll rcl.1ç.l., .a y. As
~·x1~h.'$SÕ1:S cn1r~.· pan:ntc.scs ~.lo Ltdo
3+ (~)' + (-;6)' (:S,tU-:fJo .Jgor.- a.\o q~r;uJr,ldl'!l J\\:ff~,ilm.

(x 2 + 4x + 4) + (y2 - 6y + 9) = 3 +4+ 9 f.M:r(YJ <.t~ol.a \c;'IUI.I t.tu:sdrá1ic:o como


um.a çx11~lo li1,CJt Ju qua.dt41.lo.
(x + 2)2 + (y- 3)2 = 16

O centro é ( -2, 3) c o raio é a= 4.

)'
Exterior: (:r - lr) 1 + (y - k)2 > a 1 Os pontos (x, y) que satisfazem a desigualdade
~' - il) 2 + {y - k)2 < a 2
formam a região interior do círculo com centro (/1, k) e raio a (Figura B.l7).
O exterior do círculo consiste nos pontos (x, y) que satisfazem
a
(h.k) (x - 11) 2 + (y - kf > a 2

Parábolas
A definição e as propriedade-s geométricas das panibolas gerais são abor·
~------~----------~x dadas na Seção 10.1. Volume 11. Aqui, vamos nos concentrar nas p..1.rábolas
o " que surgem como grãficos de equações da forma y = ax' + bx +c.
FIGURA B. l7 O interior e o exterior
do círculo (x - 11)1 + (y - k )' =a'
Apêndice B 71 5

)' EXEMPLO 7 A parábola y = x'


)' =x1
Considere., equação y = ),1 . Alguns dos polJtOs cujas coordenadas sa~
(2.4)

tisfazem essa equação são (O, 0). (I, 1). (~·~} (- 1, I), (2, 4) e (-2, 4).
Esses pontos (c todos os outros que satisf.'ltcm a equação) formam uma
curva suave denominada parábola (Figura 8.18).

O gráfico de uma equaç.~o que tenha a forma


y ;:; n:ê
FIGURA 8.18 A parábola y = x'
(Exemplo 7). é uma parábola cujo eixo (eixo de simetria) é o eixo y. O vértice (ponto em
que a parábola e o eixo se cruzam) fica na origem. A parábola abre-se para
cima se a >O c para baixo se a <O. Quanto maior o valor de laI. mais cstrc.ita
a parábola (Figura B.l9).
Em geral, o gráfico de y = nx' + bx + c é uma versão transladada e rcescalada
da parábola y = >..2. Na Seção 1.3. discutimos com mais detalhes a translação e o
y reescalamento de gr.ificos.
• )' = 2x~
O g:ráflco de y-= ;1~ + bx + c. a :.: O
O gráfico da equação y = nx' + h"+ c, a ;o O, é uma parábola. A parábola
se abre para cima se a >O e para baixo se a <O. O eixo é a reta
b
x= -- (2)
'
,, .4.::
. 10
2n
O vértice da parábola é o ponto onde o eixo e a parábola se cruzam. Sua
abscissa é x = -bl2t~; encontramos sua ordenada substituindo x = -b/2a
na equação da parábola.

Observe que, se a = O, então temos y = bx + c, que é a equação de uma


reta. O eixo. dado pela Equação (2), pode ser determutado completando-se o
quadrado ou usando-se uma técniC<> estudada na Seção 4.1.

EXEMPLO 8 Representando gralicamcntc uma parábola


fiGURA 11.19 Além de dctermi·
nar a direção em que a parábola y = • I ,
Represente g rafi camente a equaçao y = --x~- x +4
aJ? se abre, o número a é um fator de 2
SOLUÇÃO Comparando a equação com y = ax' + bx +c, temos
escala. A parábola se alarga conforme
n tende a zero c se estreita conforme I
lnl aumenta. n= -
2. b= -1, c=4

Conto n <O, a parábola abre-se para baixo. De acordo com a Equação (2),
o eixo é a reta vertical
(-1)
= -1
2( - 1/ 2)

Quando x :::. -1. temos


I 2 9
Y =- -2 {- 1) - ( - 1)+4 =-
2
O vértice é {- I, 9/2).
Os interceptas do eixo x estão onde y = 0:
716 Cálculo

O vértice é ft. ID I
- ~x 2 - x + 4 ~ O
Ponto simétric-o\ :
JntctOCf)I Oem r = 4
.<2+ 2x - 8 = O
ao infere..-í\(o do :
~< - 2)(x + 4) ~ O
~0.4)
1
cixo y \.
(- 2. 4)
,,
I I
:
y = -~x1 - x + 4
X e 2, :< .. - 4

~: 2 Na Figura B.20, traçamos alguns pontos no gráfico, esboçamos o eixo


~I c usamos a direção de abertura para completar o gráfico.
-,
;~ I

~2
lmc~pcos çm
0/
x •-4cx • 2

FIGUnA 8.20 A parábola do


ExemploS.

Exercícios B.2
Incrementos e distância 13. Tem coeficiente linear 4 c intercepto do eixo x igual a -I.

Nos exercícios 1 e 2, uma particula se desloca de A até B 14. Passa por (5, - I) e é paralela à reta 2x + 5y = 15.
no plano de coordenadas. Determine os incrementos llx c lly 15. Passa por (4, lO) c é perpendicular à rela 6x - 3y= S.
nas coordenadas da partícula. Determine também a distância
Nos exercícios 16 e 17, detennine os interceptos dos eixos
entre A e 8.
x c y da reta e use essa informação para representar a reta gra~
I. ,1( - 3. 2), /J(- 1, - 2) 2. A(- 3, 2;- 2), 11(- 8, 1:- 2)
ficamente.
Nos exercícios 3 e 4, descreva os gráficos das equações. 16. J,, + 4y = 12 17. v'i,- VJy = V6

1.8. Existe algo de especial na relação entre as retas Ax + By =


C, e Bx - Ay = C, (A " O, 8"' O)? justifique sua resposta.
Coeficientes angulares, retas e interceptos
Trace no plano de coordenadas os pontos dados nos exerci- Incrementos e movimento
cios 5 c 6; em seguida, encontre o coeficiente angular (caso haja)
da reta que eles determinam. Além disso, encontre o coeficiente 19. Uma partícula começa em A(-2. 3) c suas coordenadas
angular comum (caso haja) das retas ptrpcndicularts à reta AB. variam pelos incrementos tu = 5, lly = .. 6. Determine sua
S. lf(- 1, 2), B( - 2, - I) 6. 11(2, 3 ), B( - 1, 3 ) now. posiçao.

Nos exercícios 7 c 8. encontre uma equação para (a) a reta 20. As coordenadas de uma partfcula variam por óx ::;: S c l:ly =
verlical e (b) a reta horizontal que passa pelo ponto dado. 6 quando ela se move de A(.<, y) para 8(3, - 3). Determine
1. (-1.4/ 31 s. (o. -Vi) xey.

Nos exercícios 9- 15. escreva uma equação para cada reta


descrita. Círculos
9. Passa por (- 1, I) e Iem coeficiente angular - I. Nos exercícios 21 - 23, ache uma equação para o círculo
10. Passa por (3, 4) c (- 2, 5). com centro C(h, k) e raio a dados. Em seguida, esboce o circu~
lo no planoxy. Inclua o centro do cfrculo em seu esboço. Além
1 I. Tem coeficiente angular - 5/4 c coeficiente ünear 6. disso, identifique os interceptes dos eixo• x c y do círculo, se
12. Passa por (- 12, -9) e tem coeliciente angular O. houver algum, com seus pares coordenados.
Apêndice B 717

21. C(O. 2), u • 2 22. C(- 1.5), o • Viõ


23. c(-V3.-2). a= 2
Represtmtc grrul~m('nte os: cí.rculos cuj~s equ~çõcs são da-
das nos exercícios 24-26. Identifique o centro e os interceptos
(se houver) de cada círculo com seus pares coordenados.
_4. :r2 + .v2 + 4.\' - 4y
2 +4 =O
25. x2 + y2 - 3y - 4 = O 26. ,\'2 + y 2 - 4x + 4y = O

Parábolas
Represenle graficamente as parábolas dos exercfcios 27-30.
Identifique o vértice, o eixo e os interceplos em cada caso.
17. y :; : ;. .\'2 - 2 r - 3 28. y a -x2 + 4.\'
29. )' = - .•' - 6.< - 5 30. y = ~x1 + x + 4

Desigualdades Nos exercícios 41 c 42, a temperatura da parede varia.


Nos exercícios 31- 36, de-screva as regiões definidas pelas 42. Isolamento De acordo com a figura do Exercício4l, qual
desigualdades e pares de desigualdades. desses materiais é o melhor isolante? E o pior~ Explique.
3t. .r 2+/ > 7 3Z. (.r - 1)2 +y2 s 4 43. Pressão debaixo d•água A pressão p experimentada por
J3. x2 + .v 2 > I, .r2 + y 2 < 4 11m mergulhador debaixo d'água está relacionada com sua
J.J. x2 + .v 2 + 6y < o, -" > -3 profundidade d por meio da fórmula p = kd + I (k é uma
constante). Quando d = O metro, a pressão é I atmosfera.
35. Escreva uma desigualdade que descreva os pontos que os· A 100 metros a pressão é 10,94 atmosferas. Determine a
tão dentro do círculo com centro (-2, I) e raio ..[6. pressão a 50 metros.
36. Escreva um par de desigualdades que descrevam os 44. Luz refletida Um raio de luz sai do segundo quadrante,
pontos que estão dentro ou sobre o círculo com centro passando ao longo da reto x + y = I, sendo refletido no
(O, O) e raio -fi e sobre ou à direita da reta vertical que ei.Xo x. O ângulo de incidência é igual ao ângulo de refle..
passa por (1, O), ou à direita dela. xão quando medidos em relação à pcrpendicu_lar ao ei,"(O
x. Escreva uma equação para a reta ao longo da q11al a luz
refletida se propaga.
Retas, círculos e parábolas que se cruzam )'

Nos exercícios 37-40, faço o gráfico das duas equaçMs e


estime os pontos crn que os grá.ficos se cruzam. ' I
/
ÂrJgulo de: Ângufo d<;
1
37. y - Zx. X' + y - 1 38. )' - ·" - I. y - ·"' mcidêllCIGI roi iCXtlQ
:\9. y = - .r:,
40 ..v2 + y2
y = 2r 1 - 1
= I, (x - 1)2 2
+y = I
'''

Aplicações O caminho do raio de luz no Exerdcio 44. Os ângulos de


incidência c reflexão são medidos a partir d.'\ perpendicular.
41 . Isolamento Medindo os coeficientes angulares na figu-
ra. estime a variação de lemperatura. em graus por pole- •15. Fa.hrenheit contra Celsius No plano FC, esboce o gráfi.
gada, para: (a) o revestimento de gesso; (b) o isolamento co da eq11ação
de fibra de vidro; (c) o revestimento de madeira. 5
C=- (F - 32)
9
que relaciona as temperaturas expressas em Fahrenheit c
Celsius. No mesmo gráfico. tmcc a reta C =- F. H_á alguma
snow
718 Cálculo

temperatura que apresente a mesma leitura nos termôme· 48. MO$lre que o triângulo com vértices A(O, O), 8( I, .J3) e
tros Fahrenheit e Cclsius? Se existe> qual é? C(2, 0) é eqüilátero.
46. Uma ferrovia com crentalheira Os engenheiros civis 49. Mostre que os pontos A(2., -1), B(l, 3) e C(- 3, 2) s5o vér·
calculam o coeficiente angular do leito das estradas como tices de um quadrado e determine o quarto vértice.
a razão entre a distância que ela sobe ou desce vertical·
mente e a distância que ela cobre na horizontal Eles cha· 50. Três paralelogramos diferentes têm \•értices em (- 1, 1),
mam essa razão grau do leito da estrada, em geral expres- (2, O) e (2, 3). Esboce-os e encontre <l$ coordenadas do
so como porcentagem. Ao longo da costa, os graus das quarto vértice de cada um.
estradas de ferro comerciais geralmente são menores que SI. Para qual valor de ka reta 2x+ ky= 3 é perpendicular à reta
2%. Nas montanhas, podem chegar a 4%. Os graus de ro· 4x + y = I? Para qual valor de k as retas são paralelas?
dovias normalmente são mcnorC$ que 5%.
52. Ponto médio de um segmento de r~ta MO$lre que o
A parte mais íngreme de uma ferrovia com cremalheira apre·
ponto com coordemtdas
senta um grau excepcional de 37,1 %. Ao longo dessa parte do
percurso, os assentos da parte anterior do vagão estão 14 pés ( x, ; .<, • y, ; y, )
acima daqueles que estão no fundo. Qual é a distância aproxi·
mada que separa a primeirn e a última ftleira do vagão? é o ponto médio do segmento de reta que une P(x1, y 1) e
Q(x,.y,).
Teoria e exemplos
47. Calculando o comprimento dos lados, mostre que o Lriân·
guio com vértices nos pontos A(l, 2), 8(5, 5) e C(4, - 2) é
iSÓ$CeiC$, e não eqüilátero.

Funções trigonométricas
Ncs13 seção, vamos rever as funções trigonométricas básicas. As funções
trigonométricas s...1o imporlantes devido à periodjc.idade) ou repetição. Assim,
elas podem representar vários processos naturais periódic·os.

A unidade radiano
Em navegação c astronomia, os ângulos são medidos em graus. Em cálcu·
lo, entretanto, é melhor fazer uso de w1idades denominadas rad;nnos, jâ que
elas simplificam alglms c1Ílcu1os.
FIGURA 8.2 1 A medida, em radianos, do
A medida, em unidade •(radiano", do ângulo ACB no centro de um círculo
e
ângulo AC8 é o comprimento do arco A8
unitário (Figura 6.21) cquívlllc ao comprimento do arco que AC8 forma no
no círculo unitário de centro C. O valor de
circulo unitário. A Figura n.21 mostra que s = r6 é o comprimenlo do arco
e pode ser obtido a partir de qualquer outra
que se forma em um círculo de mio r quando o ângulo subscrito 8 é medido
circunferência, entretanto sua medida será
em radianos.
a razão s/r. Assim sendo, s = r6 é o compri·
Como a circunferência do circulo é iguala 2tr c uma volta inteira equivale
mento do arco em uma circunferência de raio
a 360', a relação entre radianO$ e graus é dada por
r quando 8 é medido em radianos.
trradianos = ISO'
Fórmulas para conversão Por exemplo, 45° em radianos equivale a
rr 1r
I grau = ,; (~ 0,02) radianos 45·- = -rad
0 180 4
De graus para radianos: rnultiplicar por _'!!__
180 c tr/6 radianos é iguala
I radiano = ~(~ 57) graus ?:.. 180 = 30'
180
r. 6 rr
De radianos para graus: multiplicar por -
180
snow
Apêndice B 719

I Graus Radianos
A Figura B.22 mostra os ângulos de dois triângulos comun_s em ambas as
medidas (graus e radianos).
Um ângulo no plano x)'está na posição·padrão· se o seu vêrtice está posici·
nado na origem e sua seml ~ reta Inicial percorre o eLxo x positivo (figura 6.23).
São atribuídas medidas positivas aos ângulos medidos no sentido anti ~horário
a partir do eixo x positivo. Os ângulos medidos n.o sentído horário recebem
medidas negativas.

Semi·reta final

Tf Sctni·rcta inidal
30
6
2 V3 2 V3 Sc.-mi·f'Cta
final
Tf
(,0 90 3" 2

FIGURA B.2Z Os ângulos de dois tri· fiGURA 11.23 Ângulos na posição· padrão no ei.xo xy.
ângulos simples em graus e radianos.
Quando utilizamos ângulos para descrever rotações no sentido anti·horá-
rio. as medidas podem variar arbitrariamente entre 2n rodíanos c 3600. Ana-
logamente, ângulos que descrevam rotações no sentido horário podem ter
medidas negativas de todos os tamanhos (Figura 8.24).
)' )'

-----+....,.---->.<
-~

FIGURA B.24 Quando diferentes de zero, as medidas em radianos podem assumir valores positivos c negativos e
ultrapass.:1.r 2n.

Co.m·ençã.o pan ângulos: u~e l."acli:'lltOS


Neste livro. assumimos que todos os Angulos são medidos em radia·
nos; a me.nos que se diga explicitamente que a. medida está sendo ex·
hipotcnusot
pressa em graus ou outra unidade. Quando rmcncionamos a medida
opos-to rr/3. estamos nos referindo a rr/3 radianos (que equi"alcm a 6()o). e não
a n/3 graus. Portanto, mantenha a sua calculadora no modo radiano.
o
hip
Sl!nO • ~ 8
C()S(.'(!" • -
lup op As seis funções trigonomét ricas básicas
adj tlip
CM O• hiP !Vt."C 8• - .
:ui; Você prova\•elmente já está familiarir.ado com a definição das funções tri·
aclj gonométricas para um ângulo agudo em função dos lados de um triângulo
t;O • opl' cocsO• -
"'~ op retângulo (Figur• B.25). Essa definição passa a "alcr também para os ângulos
obtusos c negativos quando, primeiro, os colocamos na posição·padrão em
FIGURA 6.25 Relações tri· uma drcunferência de rajo r. Em seguida, definimos a função trigonométrica
gonométricas do ângulo agudo. segundo as coordenadas do ponto P(x,y) onde a scmi·rct<> final do ;\ngulo
cruz.'\ a circunferência (Figura 8.26).
720 Cálculo

seno: sen e= l.,. cossecante: cosec e= -yr

e= -r
.Y
cosseno: cose= - sccante: sec
r X

tangente: tg a= l.X cotangcote: cotg a= -Xy


A ampliação do escopo dessas definições está em conformidade com as
definições do triângulo retângulo quando o ângulo ê agudo (Figura B.27).
y
y

FIGURA 8.26 As funções trigo·


T nométricas de dado ángulo Osão de- FIGURA 8.27 As duas definições
tOO.u a.-; posiçõe.'l
flnidas em termos de x. y e r. para ângulos agudos concordam.

-----f----- X Observe também as seguintes definições sempre que os quocientes esti\'C·


rem definidos.
c senO
po.siç5o CO$
tgO = cosO cotg O= t~O
secO= - 1- 1
cosccO = - -
cosB senO
FIGURA B.28 A regra CTST nos diz
quais funçõe,s trigonométricas são po· Conforme você pode ver, tg Oe sec Onão são definidas quando x =O. Isso
sitivas e 11egativas em cada quadrante. signilica que esses valores também não são definidos quando Oé ±n12, ±3n/2
etc. Assim send~ cotg 9 e cosec 8 não são detinidas para valores de 6 nos quais
y= o. ou seja, e= o. ±n, ±2T! etc.
fcos 2n, "'"
\ 3
23•)= (+- ~)
-
Os valores exatos dessas relações trigonométricas para alguns ângulos po·
dem ser lidos a partir dos triângulos da Figura B.22. Por exemplo,
)'

TI I
~cn
tr
6 =
I
2
Tr
=
V3
2
sen4 = VÍ ~t:nT

tr I
cos - = - -
4ví cos6 = " 2V3 n
cosy ='i
I

..
tg -Tr = - I tg ~ =
tr
tg4 = I 6ylj
V3

A regra CTST (Figura B.28) ajuda a lembrar quando as funções trigono·


métricas básicas são positivas ou negativas. A partir do trlàngl.•lo da Figura
FIGURA 8.29 O triângulo para B.29, por exemplo, vemos que
cálculo do seno e do cosseno de
2n/3 radianos. Os comprimentos 2rr
sen3 = - 2- .
VJ
dos lados vclm da geometria dos
triángulos retângulos. Utili.ando um método semelhante, determinamos os valores de scn O, cosO
c tg Odemonstrados na Tabela 8.2.
Apêndice B 721

TABELAB.2 Os valores de sen 9, cos 9 e tg 9 para valores selecionados de 9


Graus -180 - 135 -90 -45 o 30 45 60 90 120 135 ISO 180 270 360
-3n -1f -rr 211 311 5JJ 31f
9(radianos) -rr o 6" 1!. 1!.
" 2rr
4 2 4 4 3 2 3 4 6 " 2

s.nO o -- 2
Vi- -1
- Vi o I -2-
-2-
Vi V3 V3 v2 I
o -I o
2 2 2 2 2
eos o -I -Vi
- 2- o 2Vi V3 -Vi
- 2- 2- 2
I
o -2
I -Vi --V3
- 2- 2- -I o
o o -V3 V3 - V3 -VJ o o
·~ o - I 3- - I - 3-

A maioria das calculadoras c dos computador<>~ fornece automaticamente


os valores das funções trigonométricas para ângulos cujas medidas sejam for-
neddas em radianos ou graus.

EXEl\1PLO 1 Dct~rmin;,tntio os valores das iunçõcs trigonomêtricas

Pa_ra cg 8;::: 3/2e O< 8 < "/2, encontre as outras cinco funções trigono-
métricas de O.
SOLUÇAO A partir de tg O= 3/2, constmimos o triângulo retângulo
de altura 3 (oposto) e bMe 2 (adjacente) representado na figura 8.30. O teo-
rema de Pih\gor<>s nos dá o comprimento da hipotenusa, V4+9 a ví3.
A partir do triângulo, escrevemos os valores das outras cinco funções trigo-
nométriCM:

cosO • . ~. 3
senO • • r.:·
vo
2-,
secO - -
vo
cosecO • - 3- . cotgO • t
vl3 Vl3

y
Periodicidade e gráficos das funções trigonométricas
Quando um ãngulo de medida 9 e um ângulo de medida O+ 2n estão na
posição-padrão, suas semi-retas tinais coincidem. Portanto, as funções trigo-
nométricas desses dois ângulos têrn os 1ncsmos valores:
cos (9 + 2rr) = cos 9 sen (9 + 2rr) =sen 9 tg(9+ 2rr) = tg9
sec (0 + 2n) = scc 9 cosec (9 + 2rr) = coscc 9 cotg (9 + 2rr) = cotg O
Similarmente, cos(9- 211) = cos 8, sen(9- 2rr) = sen 8 e assim por diante.
Descrevemos esse comportamento dizendo que as seis funções trigonométri·
cas básicas são periódicas.
FI GU RA ll.30 0 triângulo para
calcular as funções trigonométricas l)efmição Função periódica
do Exemplo l.
Uma função j(x) é periódica se existe um número positivo p tal que
j(x + p) =j(x) para qualquer valor de x. O menor valor possível de pé
o período de f

Quando traÇt~mos gráficos de f1u>çõcs trigonométricas no plano cartesia-


no. geralmente denotamos a variável independente (radianos) por x em vez
de O(Figura 8.31 ).
snow
722 Cálculo

)' )'

)' = sen..r

()om(nio: -cw. < :r < oo Domínio: -oo < .f <co r~-· r ···
,.,.,.nnK>. .r ... :r .. 3n
-2·-T
hn:.gcm: - I :S y :s I hMg<:m: - 1 :s y .s I
PeríodQ: 2;:
hn:tJ,'(m: -co<>·<-
Período: 2n
(a) (b) Periodo: ;; (c)

)' )'
y = scc:r:

u
y = \:()Seç .l y = cotg :t

' I X
-
F\i
nO n
2
(\
~--,r ·o·' ~+J! ·-T··
VVII m ., r -
... Jn · ()()mfnio:x *O. :n. :t21f, ... Domínio:,\'':/< O, :!:R. :t2rr •..
2 lm.1scm: y~- l ey~ I lm3s,em: -• <y < -
Imagem: y s-I e r ;c: 1
P<rfodo: 2n Período: "
Período: 2n
(d) (<) (O

FIGURA 8.31 Gráficos das funções (a) cosseno, (b) seno, (c) tangente, (d) secante, (e) cossc·
cante c (0 cotangente utilizando a medida em radianos. O sombreado em cada uma das funções
trigonométricas Indica a sua periodicidade.

Períodos das funções trigonométricas Como podemos ver na Figura B.31. as funções tangente e corangentc têm
Período n: tg (x + JT) = tg x período p = rr. As outras quatro funções apresentam período 2n. As funções
COtg (X + tr) a COtg X periódicas são importantes porque muitos dos comportamentos estudados
Período 2n: sen (x + 2JT) ~ sen x em ciência são periódicos. Um teorema do cálculo avamçado diz que toda
cos (x + 2rr) = cos x
função periódica utilizada na modelagem matemática pode ser escrita como
uma combinação algébrica de senos c cossenos. Demonstramos como isso e
$CC (X+ 2tr) = SC<: X
possível na Seção 11.11, Volume li.
coscc (x + 2n) = coscc .<
As simetrias nos gráficos da Figura B.31 revelam que as funções cosseno e
Par Ímpar sccantc são pares. enquanto as outras quatro funções são ímpares.

cos( -x) = cosx sen( -x) = -senx


sec(- .t) = sec.t tg( -x) = - tg .1· Identidades
cosec( - x) = - cosecx As coordenadas de qualquer ponto P(x, y) no plano podem ser expressas
cotg ( -x) = -cotgx considerando-se t' distância entre o ponto é sua orig~m é o ângulo que n semi.
reta OP forma com o eixo positivo x (Figura 8.27). Como x/r= cos 8 e y Ir=
)'
SCI'I 8. tCnlOS:
1'(\--os 8. sc-"-6~1-r-..__. tz + y'l • l x = rcosO, y = rseoO
Quando r= L podemos aplicar o teorema de Pitágoras ao triângulo retftn·
guio de referência da Figura 8.32 e obter a equação

cos2 8+seo'8= I (1)

Essa equação. verdadeira para qualquer valor de 8. é a identidade mais


freqüentemente u1ili1.ada na trigonometria. Dividindo·se ~ss.a identidade por
FIGURA IJ.32 O triângulo de cos2 8 e depois por sen1 8. temos
referência para o ângulo 8.
Apêndice B 723

I+ tg'O:sec2 8

I + cotg' 8 : cosec' 8

As fórmulas a seguir são válidas para quaisquer ângulos 1\ e B (Exercício 32).

Fórmulas pant adição


cos (A+ B): cosA cosB- sen A scn 8
sen (A + B): sen A cos B - cosA sen B (2)

Existem fórmulas semelhantes para cos (A - 8) c scn (A - 8), conforme


demonstram os exercícios 21 e 22. Todas as identidades trigonométricas apre-
sentadas neste livro foram derivadas das equações (I) e (2). Substituindo, por
exemplo, 8 por A e 8 na fórmula para adição, temos

Fórmulas para o ;lngulo duplo


cos 28 : cos' 8 -sen' 8

sen 28:2 sen Ocos e (3)

Outras fórmulas podem ser obtidas pela combinação das equaçõe.s


cos2 0 + sen2 0 = I, cos2 0 - sen 2 0 = cos20
Somamos as duas equações para chegar a 2 cos1 8 : I + cos 28 c subtraímos
a segunda da primeira para obter 2 sen2 8 c I - cos 28. Esse procedimento nos
pennite chegar às identMades demonstradas a seguir, úteis no cálculo de integrais..

FórmuhtS para o ãngulo metade


cosz 0 = I + ~os20 (4)

senzo = I - cos28 (5)


2

Lei dos cossenos


Sendo a, l> e c os lados de um triângulo A8C e 8 o ângulo oposto a c, temos

c: a' +h' - 2ab cos 8 (6}


)'
Essa equação é conhecida como a lei dos cossenos.
Podemos ver por que essa lei é válida ao introduzirmos os eixos cartcsia·
nos com a Ol'igem em C e o eixo x positivo ao longo de um dos lados do triân·
guio, como na Figura 8.33. As coordenadas de A passam a ser (b, O) c as de 8,
(a cos 8, a sen 8). Portanto, o quadrado da distância entre A e B será
c2 =(ti cosO - b )2
+ (tlsen8) 2
= o 2(cos2 0 + sen2 0) + b 2 - 2abeos0

FIGURA 8.33 O quadrado da distân-


cia entre A e B fornece a lei dos cossenos. = a 2 + b 2 - 2ab cosO .
A lei dos cossenos generaliza o teorema de Pitágoras. Se 8 = n/2, então
cose : oe c'= a'+ b'.
724 Cálculo

Exercícios B.3
Radianos, graus e arcos de circunferência
1. Em uma circunferência de raio 10m. qual o comprimen-
to do arco que subentende um ângulo centml de (a) 4rr/5 11 . -sen;t 12. cos("" - !f)
radianos e (b) I 10•1
2. Um ângulo central em uma circunferência de raio 8 cor·
U. sen(t -f)+
responde a um arco de comprimento 10". Calcule a me- F.sboce os gráficos das funções apresentadas nos exercícios
dida Msse ângulo em mdianos c graus. 14-17 no plano ts (eixo t horizontal. ci.xo s vertical). Qual é o
período de cada função? Quais são as simetrias apresentadas
3. Você d"'e)a fazer um ângulo de 800 marcando o períme·
pelos gráficos?
tro de uma circunferência de 12 polegadas de diâmetro e
14. s = cotg2J 1$. s = - tg,nt
traçando retas das extremidades do arco até o centro do
diâmetro. Quanto deve medir o arco? Aproxime para o
décimo de polegada mais próximo.
1(;. s = scc(~') 17. scoscc(~)
=

18. Esboce o gnlfico de y = sen x e y = l scn xJ juntos. Quais


4. Se você girar para a frente uma roda de l metro de diâme-
são o domitlio c a imagem de l sen xJ1
tro por um percurso de 30 centímetros em uma supcrfkic
plana, com qual ângulo a roda girará? R.,.ponda em ra·
d.ianos (com a precisão de um décimo) e em graus (com a Outras identidades trigonométricas
precisão de um grau).
Utilize as fórmulos de adição para deduzir as identidades
dos exercícios 19 e 20.
Calculando funções trigonométricas
19. cos('" - j) = scn .\' 20. scn (\' + j) = cos.\'

5. Copie e complete a seguinte tabela com valores de fun-


21. cos (A - 8) = cosA cos 8 + sen A sen 8 (O E.xercício 32
ções. Se a função não for definida para dado ângulo, pre-
apresenta uma dedução diferente.)
encha com "NO': Não use calculadora ou tabelas.
22. sen (A - 8) = sen A cos 8 - cosA sen B
o -JT - 2n/3 o JT/2 3JT/4
23. O que acontece quando 8 =A na identidade cos (A - B) =
senO cos ;\ cos 8 + scn A sen 8? O resultade> se parece com algo
C()S 0
que você já viu?
tgO
cotg O 24. O que acontece quando 8 = 2n nas fórmulas de adição? O
scc o resultado se parece com algo que você já viu?
cosec O
Nos exercícios 6-8, um dos valor.,. de scn x. cos x ou tg x é
dado. Derermine os va.lores dos outros dois no intervalo dado. Usando as fórmulas de adlçrto
6. senx = ~· xe [f , rr J 7. cos.t = *· .te [-~. o] Nos exercícios 25 e 26, reescreva a expressão em termos de
scn xccosx.

8. tg.r = 4- 3
.r e ["· ; J 25. cos(rr + x) 26. scn(3; - x)
27. Deduz.1 scn 12 4 + 3")
111 como sen ("
Esboçando gráficos de funções
28. Calcule cos ~
trigonométricas 2
Esboce os gró!icos das funções dos exercícios 9- 13. Qual é
Usando as fórmulas de ângulo duplo
o período de cada uma?
Nos exercícios 29 e 30, encontre o vnlor das funções.
9. s.:n 2x 10. COSTrX

29. cos' i .lO. scn' ~


snow
Ap~ndice B 725

Teoria e exemplos A

31. A fórmula para a soma du tangentes A fórmula·pa·


drao para a tangente da soma de doos (lngulos é
tg(A +R) • tgA + tgB
I - tgAtgR

Deduza a fórmula. 35. Um triangulo tem lados n ~ 2 e b • 3 c Angulo C • 61:1'


(conforme visto no Exercício 33). Utilizando a lei dos se-
32. Aplique a lei dos cossenos ao tri4ngulo da figura a seguir nos, encontre o seno do ãngulo B.
para deduzir a fórmula para cos (A - 8).
36. Um triângulo tem lado c e 2 e ângulos A = tr/4 c 8 = tr/3.
' Determine o comprimento do lado a, oposto ao ângulo A.
37. A aproxima~o sen x ~ x t bom S.'\~r que, quando x
11 <medido em radianos, e para valores ~quenos de x, scn
x • x. Na Seção 3.10, veremos por que essa aproxlmaç4o
é verdadeira. O erro de nproximaçOO é menor que I em
5.000 se lxl <O, I.
(a) Com sua ferramenta gr.\fica ajustada em radianos,
trace y =scn x junto com y =x paro visunlizá·los p<r·
to da origem. O que acontc<e quando x se .._proxima
da origem?
33. Um triângulo tem lados 11 • 2 c b • 3 c ângulo C e 60•.
Detcnnine o comprimento do Indo c. (b) Com sua ferramenta gráfic::a ;~justada em graus, trace
y = scn x junto com y ;;; x novamente próximo à ori·
34. A lei dos senos A /c i dos senos di~ que. se a, b c c são os
lados opostos aos ángulos A. 8 c C de um triângulo. então: gem. Qual(is) a(s) diferen ça(s) em relação os curvas
traçadas no modo radiano!
senA scn 8 ~n C
- .- - - b- - - . - (c) Uma verificação r.\pida do modo radiano Sua fer·
ramenta gráfica está no modo radiano? Então, calcule
Use as figuras a seguir c a identidade scn (n - {/) : sen 8,
scn x para um valor de x próximo à origem, por cxcm·
conforme a ncornidade, para deduzir alei.
pio x = 0.1. Se sen x.., x, então a rermmentn está ajus1a~
da cm radianos; caso contrário, não. Faça o teste.
Respostas selecionadas

CAPÍTULO I 21. (a) Para cada valor positivo de x, existem dois valores de y.

Seção 1.1
I . D:( --,-1. R:[ l . -) 3. 0 : (0. -), R: (O. -)
~. D: [-2. 2]. R: [0. 2]

7. (a) Não uma função de x, pois alguns valores de.< lêm


dois valores de y.
(b) Uma função de x pois, para cada x. existe apenas um
y possível. (b) Para cada valor de x" O, existem dois valores de y.
r
9. (a) Não. (b) Não. (c) Não. (<1)(0, I]

11 . A = 4v'3 x2• p = 3.\'


,p
13. X • .:íJ· A • 2tP, V• - -
3v'J
15. (-~. ~> 17. (-~. ~>
' 23. '

-+~~~~~~~--,
-S-' -..l ~:! -1,. I Z J .t .S
_,1
o
-1 -1 '
25. r

19. c-~. ~1
,
...t - .l ..2 •I I 2: .\ oi
Respostas selecionadas 727

0 s .r s I l J. Simétrico em torno do eixo y.


27. (") / (.<) = { .r-.:r + 2. I <X :S 2 Decr. -oo < x s; O;
? 0 Sx < I cres. OS x< oo
õ' I Sx < 2
(b) f (x ) = 2: 2s x < 3
(
0. 3SxS 4
-< - I S X< 0
29. (a) f(x) =
{
I:' 0<x S I 13. Simétrico em torno da origem.
-!x+ ~- I < x< 3 r Cres. -oo < x < oo
h - 2 S X S 0
(b) f (x) = - l r + 2. O< x s I
{ -I. I < .r S 3
31. (a) (-2,0) U (4. ~)
33. (a) O s x < I (b) - I < .r ,;; O •I

35. Sim 37. V = x( 14 - 2.<)(22 - 2x)


39. (a) Porque a circunferência do círculo original era 8n e 15. Sem simetria
uma parte do comprimento x foi removida. 1
• Decr. Os x < oo
(b) r = 8 "- x = 4 - _,!_,
211 211'
7 -I
• I
',.-.•m
J '
(<) h• Y l6 _r'= V "1611'-x---x"'' -l
2n
1 (811' -.r)2 Y;.,I.,.
611'- .r-· -_-_,'·' -.1
(d) V • - :rr 2h • ...
-3 24n 2 _,
Seção 1.2
17. Simétrico em torno do eixo y.
I. (a) linear, algébrica, polinomial de grau I; (b) de potência, Decr. -oo < xs O; cres. OS x < oo
algébrica; (c) raciOJ>al, algebrica; (d) exponencial
3. (~>) racio11al, algébrica (b) algébrica (c) trigonométrica
(d) loga rítmica
5. (a) h ( u) f (c) g

7 Simétrico em torno da origem.


y
Dccr. -oo < x < oo 19. Par. 2 1. Par. 23. lmpar. 25. Par. 27. Ne m par nem
ímpar.
29. Nem par nem lmpar.

_, 31. (a) O gráfico corrobora o pressuposlo de que y é propor-


cional a x. A constante de proporcionalidade é esti mada a
partir do coeficiente angular da reta, que é 0,166.
r
lO

9. Simét·rico em torno da origem. •'


y
Crcs. - oo < x <O c O< x < oo '
728 Cálculo

(b) O gráfico corrobora o pressuposto de que y é propor· 15. (a) y • -(x + 7)2 ( b) y • -(x- 4)2
cional a x112• A constante de proporcionalidade é es· 17. (•) Posiçiio4 (h) Posição I (<) l'osiç~o2
tirnada a partir do coeficiente angular da reta. que é (d) Posição 3
2,03. 19. (,\'-+- 2 )2 +(.v+ 3)2: 49 2 1. )' + 1 = (.y- + I);

:i o,.: • .&9

'
•'
''
I
'
·~~----~,~--~,-----,~--~,~~w
33. (a) k L 1.1
2.l. y • Vx + 0.81 25.ys 2\'
(b) k L 0.059 r
35. (n) 1

10

•• •


•' •

'' •
• 1
27. y- I = - - 29•
x-1
• r
I' e
• 1

(h) k L 0.87

(c) Usando y = 0,87xcom .v= 13, tcmosy= 11,31.

Seção 1.3
I. !J1 : - oo < .\' < oo.
/)~ :.r~ 1. Rt: - (10 < y < oo.
R8 : y -z: o.
o 1.$ = o 1., =o, . n1., :y -z: 1. n1•• :y'if:.O
3 1. r 33. r
J. /)1 :-oo <.t·< oo, o, :-oo <.r< oo, R1 :y= 2, .or• I.A · 11
'
~
R•= >'"' I, DJ!g :-oo <x< oo. R11,: 0 < y s 2,
Ogff ' -oo <X < oo. Rz~t'Y Õi! 112
' ' ( L I.
S. (a) 2 (h) 22 (c) ·'' + 2 (d) ·'' + I0.< + 22 (e) 5
(f) -2 (g) x + 10 (h) x' - 6x' + 6 ., o ,, '
I
' '
4 - 5
7. (o) x' ( b) 4 x' - S (<) (4 x- S) ' (d) (
I
4x - S )'
35. r 37. r

~ 5) 2
1
(<) 4.v1
9. (a) f(g~<))
- 5
(h) j(g(.<))
(f) (4x
(c) g(g(.v)) (d ) j(j(.<))
·' •I I
' '
(e) g(h(/(.•·))J (f) h (j(j(.<))) _, _, r= l ...lm

11 . g(.<) f(x) (/ • g)(x)


39. y 41 . ,
(a) .v - 7 v; v;-=-:,
~-
(b) .v+ 2 3x 3x + 6
r • \li'='l - 1
'
(<) x' v:;-:s v.,'- s '
(d ) _ x _ X
X
x-1
1
x-1
· I
·'
1+! .v
(<) .v - 1 X
.,
! !
( f) X X
·' 4J. r 4S.
'
13. (a) Jlg~<)) = vx
~.g(f(v)) = vft.
+ I \__ •
.• 1 •--c
I
T I

(b) Oi'<= (-oo, - I) U (0, ooJ, Os•/ = (-l,oo)


.\'

. . . . . . . . . . . ;! ' ·;:.J:;.. ·· z
<.~ · w

(C) R/•s = [0, I ) U ( I , oo), R,., =(O. oo)


' ·'
~ .l - : -I
• '
I .' J
SD$W
RMpostasseledonodas 729

~7. , ' 67.


'
'J ~·!; I
',

----~~~~---· '' -4 ' l I I l J .a


l -1 O I l
----·· I
-l , . .. :r.
49. (ll) O: [0. 2]. R: [2. 3] (b) D: [0. 2]. R: [- I. O)
1
6'1. 71.

,r•/Cd- 1 •
• '
•I
• ' ' '

(<) D: (0. 2). R: (0. 2) (d) D: (O. 2). R:(-1.0)
' -· ·•
, ..,... 13.
' 7~.

• ' _,
' _,
(r) O: (-2. OJ,
' R: [O.I J (f) D:(I.3(.R:(O.I]
.. 1

'
t•/t••ll
~ •/tlt
" 77. (x+ 4l' + ~ = 1 Cemro:(-4,3)
16 9

_, O eixo maior é o segmento de reta entre (-8, 3) e (0, 3).


-I ' • '
(~) D: [-2. 0). R: [O. IJ
'
Ih) D: [-1.1). R:(O.IJ
' h ·~
..
......-·-;-·•
O•"t=
_.--..... •
I

•• -/U•U•I

_, l

l ' -·
I I 79. (a) lmpar. (b) fmpar. (c) Impor. (ti) Par. (c) Par. (f) Par.
~I . )' • 3x 2 - 3 ~.l. y=2+-, SS. y • ~ (g) Par. (h) Par. (i) lmpar.
2r·

~7.

61.
)'- R 59. y- I - 27xl

63.
83. A= 2.8 = 2rr.C= -rr,D • - I
1
snow
730 Cálculo

s;;, A =-}_R= 4, C • O. D • * li. [-10, lO) por (-6. 6) 23. [-6. 10) por(-6.6)

y
...
u- 1~(~) • 1
r 1

'"·· ··~·
.:~ tu•-~
r -,~:-6 L-...:
• ·• ' ..
'
Seção 1.4
I. (d ) J . (d ) n n
z;;. -12S' 12S por [ -I.2S. I.ZS)
~. [-J.S)por[-IS.40) 7. [- 3.6) por( - 250.50)

9. [ -3. 3) por [-6. 6) 11 . [-2.6)por (-5. 4) 27. (- IOOrr, IOOrr) por (-1,25,1,25]

13. [-2.8) por[-S,IO) 1~. [- 3. 3) por (O. lO) 29. [ - 1~. 1~ l por I - 0.2S. 0.2S)

lO

,•
... _,_,

17. [-10. lO) por [- 10. lO) 19. (-4,4) por[O.l)


.11. • o - tY-.u- :1•9
,.,
•• ...
··=
- to-• ~-"
-&

.•
snow
Respostas selecionadas 731

33. ~3. (a) y = 0.0866.<' - 1,9701x + 50,0594


'3 (b) 1

_,

35. y
UI M•,..,••nlr+C\~Jx
(c) Se a velocidade for 72 mph, a distância de frenagem
IS
aprox.imada será 367,50 pés. Se a velocidade for 85 rnph,
w
o.. a distânáa de frenagem aproximada será 522,67 pés.
(d) y = - 140,4 121 + 6,889x
·<•
r

-w ""
.... •
37. 1 JOO

"" ••
100

'
_,
_, "'
Se a velocidade for 72 rnph, a distância de frenagem
_, ,_,
• r·-'- aproximada será 355,60 pés. Se a velocidade for 85 mph,
_., a distância de frenagem aproximada será 445)I5 pés.
39. 1
A equação de regressão quadrática é a mais adequada.
• Se~ão 1.5
. • L 1
s
' I r •<•hJ"
' ,. .z•
\ \
r•!"''

' / '
-S-S-J -2 - 1 _, 12)45s
_,
41. (a) y = 1.059,14x- 2.074.972,23
(b) m = 1.059,14; esta é a quantidade que a rcmuncraç.io
vai crescer a cada ano. :l. '
s
(c)
' ,.r' 'J
SO.OOCI

... - -
l<I.OOO

lú,tnl

(d) $53.899, 17
732 Cálculo

5. 1 7. 0: (0. I) R: (0, w) 9. D:(-1.1) R:{-n/Z.n/2]

,
11. (a) Simétrico em torno da reta y = x.
7. 1
,.

••t----1--·
_,
tJ. r'tr) e v'r=l 15. r'<x) s ~
t7. r'(.r) = ..;; - I
9. y
19. / - 1(x) = ~: dominio: - oo < x < oo; imagem: -oo < y < oo
~:domínio: -oo <X< oo:
' 21. r '(.r) =
imagem: -oo < y < oo
1
13. f- 1 ~.:) = . r ; domillio:x > O: im-n~cm: y > O
v.r
25. (n) ln3- 21n2 (b) 2(1n2- ln3) (c) -ln2
2 I I
(d) 3 ln J (<) h13 + 2 1n2 (f) 2(31n3- ln 2)
27. (a) ln 5 (h) ln(x- J) (<) ln(1 2)
I r
11. 16114 =2 13. 4 1"=2 15. 5 17.14. 19. 4 29. (;1) 7.2 (b) -; (e) -1,

21. Domínio: -oo < x < ~. 23. Domínio: -oo < t < oo 31. (a) I (b) I (e) -x' - y 2
Imagem: O< y < 16 Imagem: I < y < oo 33. e"" 35. e'' + 40 37. y = 2re" +
25. x ~ 2,3219 27. x ~- 0,6309 29. Após 19 anos. 39. (11) k • ln2 (b) k • ( I/ IO)In2 (e) k • I.OOOina
ln2
31.(a) A(t) =6,6(t)'" (b) Cercade38diasdcpois. 41. (•) t • -10 1n3 (b) I - -T (c) 1 • !!!..Q,i
ln0.2
33. x ~ I 1,433 anos 35. x ~ I 1,090 anos 43. 4(1nx)2
45. (a) 7 (b) V2 (e) 75 (d) 2 (c) 0,5 (f) - 1
37. ~ 19,108 anos 39. 2"8 ~ 2.815 x lO"
47. (a) ..;; (b) x2 (c) scnx 49. (a) :n ~ (b) 3 (c) 2
41. (a) Equação de regressão: I'(x) = 6,033( I ,030)', onde x =O n.
representa 1.900. 51. .Ç - 12 SJ. X • 3 ou .\' • 2
55. (a) 1.89279 (b) -0.35621
(<) 0.94575 (d) -2.80735

' <•>
5,29595 (f) 0.97041 (g) - 1,03972 (lo) - 1.61181
59. (a) -n/ 6 (h) n/ 4 (c) -n/ 3 61. (a) n (b) n/ 2

67. <•> /'(.<} s log,(r 00r_ ...) (b) /


1
(.r) ~ losu(50 : _,)

69. <•> Quantidade= s(tY., (h) 361oorn.•

(b) Aproximadamente 6,03 milhões, um número que não 71. "' 44.081 anos 73 . .r "' - 0,76666
está muito próximo da população real. 7;.. (o) y = In x - ) (h) y = In (.r - I)
(c) y a 3 + In(.< + I) (d) y a In(.< - 2) - 4
(c) A taxa de crescimento anual é de aproximadamente 3%. (c) y = In (-.r) (r) .v = e'

Seção 1.6
Exercícios práticos
I. Injetora. 3. Não injetora. 5. Injetora.
I. A • trr 2, C c 2nr, A = c'
tr 3. x = tgB,y = tg2 8
4
snow
Respostas selecionadas 733

5. A origem. 7. A nenhum destes. 9. Par. 11. Par. 13. lmpar. 61. (a) y = 20.627.< + 338.622
15. Nem par nem ímpar. '
17. (a ) Dominio:todososreais. (b) Imagem: (-2. oo).
19. (a) Dominio: (-4,4(. (b) Imagem: (O, 4).
21. (a) Domínio: todos os reais. (b) Imagem: (-3, oo).
23. (a ) Domlnio: todos os reais. (b) Imagem: (-3, I).
25. (a ) Dominio: (3, oo), (b) lmll&"m: todos os reais.
(b ) Aproximadam<nte 957.
27. (a) Domlnio: (-4, 4(. (b) Imagem: (O, 2).
(c) O coeficiente angular ó 20,627. Ele representa o au-
29_ f(x) • {L - x. O :S x < I mento anual aproximado no número de thulos de
2-x. I:Sxs2
doutor obtidos por nortc·amcrican<K de origem his·
.l i. ( a) (b) _I_-
v'2.S vsfi (<) x .• .. o pânica por ano.

(d) ~;=;;ili;:;::=:' Exercidos adicionais


,fl,v.. + 2 + 2 I. ( a ) (b )
33. (a) (/ • g)(,<) • -x.x 2: -2. (!1 • /)(.<) • V4 - x' '
(b) Domlnio(/ • g): ]-2. oo), dominio(g • /): ]-2. 2]
(<) Imagem(/ • R): (- oo, 2]. lmagcm(g • /): ]0, 2] '
.o,.:,

35. Substitua a parte x <O pela Imagem e$pclhada da parte _, H.OJ n,.Oj
x > O c, assim, construa o novo gnifico. simétrico em
rclaç4o ao eixo y. _,
, . ,Cj

,.. (e) y (d)


Y• -W•Uot- 1)

0.1)

(.o i. --li

37. N:io o afeta.


3. Sim. Por exemplo: Jtx) = 1/x e g(x) = 1/x, ou.Jtx) • 2x e
39. Adicione a Imagem espalhada da parte x > O para fazer o g(x) = x/2, ou Jtx) =e' e g(x) =In x.
no''O gráfico. sim~trico em relação ao eixo y.
5. SeJtx) for ímpar, então g(x) = ft,x) -2 não ser.l ímpar. Nem
41 . ReRita a parte y <O no eixo x.
g(x) será par, a menos quej{.<); Opara qualquer x. Se/for
43. ReAita a parte y <O no eixo x. par. então g(x) =Jtx) - 2 também ser~ par.
4$. (a) Domlnio:- oo < ' < oo (b) Dominio: x > O
47. (a) Domlnio:-3 :s , s J (b) Domlnio: o:s ,, :s 4 7.
49. U •,:)(-')- ln(4 - A
1)c Oornlnio. -2 <" < 2.
(g • /)(x) • 4 - (In x)' c Dominoo: x > 0:
U • /)(x) • In (In x) c Domínio: x > I:
(g • gXx) • -x•
+ 8..-' - 12 e Domlnio: -oo< .< < oo,
SS.(a) D:(-oo,oo)
57. (a) Não.
R
:r-:-il
(b) Sim.
(b) D:]-1,1] R: ]-1, 1]
11. (a) Não. a menos que a função f seja uma função par ou
S9. ( a) f(g(x)) • ( \Yx)1 • x. g(/(x)) • v? • x uma função ímpar. (b) Nrm sempre. Se/for ímpar,
(b)
e.ntão lt será ímpar.
13. Se o grá!ico de Jtx) passa no teste da reta horizontal, o
gráfico de g(x) = -j(x) tambén> pas,..r.l, já que é o mesmo
gráfico reflelido em torno do cjxo x.
15. (a) Domínio: todos os reais. Imagem: se a > O, então
(d, oo): se a< O, então (-oo, d). (b) Domínio: (c, oo),
imagem: todos os reais.
734 Cálculo

17.(a) y= 100.000 - IO.OOOx,O,;x,; 10 (b) Após4,5anos. 15. (a) j(.r) s (.v2 - 1)/Q.r l -1)
19. Após In (10/3 ) ~ 15,6439 anos. (Se o banco pagar juros
In 1,08
apenas no fim do ano. levar;á IQ anos.)
21 . .r= 2,.r = I 2J. 1/ 2 27. -4 < m < O

(c) lim /(.r) • 2


K--1
CAPfTUL02
17. (a) g(ll) = (son 0)/11
Seção 2.1
I. (a) Não existe. Quando x se aproxima de I a partir da di·
reita.g(x) tende a O. Quando x se aproxima de I a par·
tir da esquerda, g(.<) tende a I. Não existe um único
número L do qual todos os valores de g(x) tornam-se
arbitrariamente próximos qu<mdo x ~ 1. lim g(O) • I
(b) I. (c) O. •-o
19. (O) / (.r) = x•/(1->)
3. (a) Verdadeiro. (b) Verdadeiro. (c) Falso
(d) Falso. (c) Falso. (f) Verdadeiro.
S. Quando x se aproxima de Oa partir da esquerda, x/j.rl ten-
.Y 1, 1 1,01 1.001 1.0001 1,00001 1,000001
de a - I. Quando x se aproxima de O a partir da direita,
f(.<) 0,385543 0,369711 0,368063 0,367897 0.367881 0,367878
.r/lxl tende a I. Não existe um único ní1mero L do qual
todos os valores da função tornant-se arbitrariamente lim /(.v) "' 0.36788
K-1 .
próximos quando x ~O.

1. Não se pode dizer nada. 9. Não~ não; não. 35. Os gráficos podem se alterar durante a impressão. portanto
suas estimativas podem não coincidir totalmente com estas.
I t. (O) /(.r) = (x' - 9)/(.r + 3)
X -3.1 -3.01 -3.001 -3.0001 -3.00001 -3.000001
(a)
''º• I'Qz PQ, PQ.
43 46 49 50
f(x) -6.1 -6.01 -6.001 -6.0001 -6.0000 1 -6.000001 As un1dades aproxunndas são m/s.
(b) "50 m/s ou 180 km/h.
X -2.9 -2.99 -2.999 -2.9999 -2.99999 -2.999999
/(.r) - 5.9 - 5.00 - 5.900 - 5.9999 - 5.99999 - 5.900009 37. (a)

(<) lim .f(.r ) = -6


,,--.,
13. (a) G(.r) a (.r+ 6)/(.<2 + 4x - 12)

(I>) ~ S 56.000/ano.
(c) ~ S 42.000/ano.

39. (u) 0.414213, 0,449489,(v'i+h- 1)//r (b) g (x) = vx


1 +/r 1,1 1,01 1.001 1,0001
v'i+h 1,04880 1,004987 1,0004998 1,0000499
(v'i+h - I)f" 0,4880 0.4987 0,4998 0,499

{c) lim G(.r) a - 1/8 = - 0,125 1.00001 1.000001


s--6
1.000005 1.0000005
o.s 0,5
(c) 0,5 (d) 0,5
snow
Respostas selecionadas 735

r
Seção 2.2
.Ou<l
I. -9 J. 4 ~. 8 7. S/8 9. S/2 11. 27 n . 16 r
,. •••<l
15. 3/ 2 17. 3/ 2 19. 1/ 10 21 . -7 2J. 3/ 2 25. -1/2 ••l
27. 4/ 3 29. 1/ 6 .11 . 4 J .1. 1/ 2 35. 3/ 2 •
'
37. (•) Regra do quociente.
(b) Regras da potenciação c da diferença.
(<) Regras da muhiplicaÇ\\o por oonstante e da soma.
39. (o ) -10 ( b) -20 (r ) -1 (d) S/7
• '
~1 . (a ) 4 (b) -21 (r) -12 (d) -7/J
11 . if3 IS. 2/Vs 17. (1) I (b) -I
IJ. I
19. (a i (b) 2/ 3 21. I B . 3/ 4 25. 2 27. 1/2
~J. 2 4>. 3 47. l/(2v'7l 49. vS 29. 2 J l. I JJ . 1/2 35. 3/8 J 7. (a) - 3 (b) -3
51. ( a) O limilcl I. 53. c • O. I, - I; o limile lO em t ~O e I .19. (a ) 1/ 2 (bl 1/2 41. (o) -S/3 (bl -S/3 H O
emc;J, - 1. 55. 7 57.(a) S (b) S 45. - 1 47. O 49. - 1 51. (a ) 2/ S (b) 2/ S
53. (a) O (b) O 55. (a) 7 (bl 7 57. ( :~) O ( b) O
Seção 2.3 59. (a) -2/ 3 (b) -2/3 61 . O 63. I 6~. .. 7.1. I
I. 6= 2 lim vi='S = O
77. 8 = •'· ..-s•
81. (a) 400. (b) 399. (c) O limite n ão existe.
J. 6 = 1/ 2
-1n -.) v: 83. I 85. 3/2 117. 3
~- 8 = 1/ 18 w

...
lll ..,.,
Seção 2.5
7. 8 • 0.1 9. 8 • 7/16 11. 6 • vS- 2 IJ. 6 • 0,36
l!õ. (3.99, 4,0 1), 6-0,0 1 17. (- 0.19.0.2 1). 6 ~ 0.19 J. - oo S. -oo 7. OCJ 9. (tt) oo (h) - oo

19. (3, IS), 8 • S 21. (10/3,.1,). 8 • 2/3 11. (10 O. oo I S. -oo


23. c-v4.5.-v3.S'>. 8 • \14,S - 2 .. 0.1 2 17. (a) .. (b) - - (c) - -
o
(d) ..
25. cv'iS. Ví7>. 8 . Vi7 - 4 .. 0.12 19. (ti) - - (b) ..
(b) 1/ 4
(<)
(<) 1/4
(ti) 3/2
(d) 1/ 4 (r) Scr.\ -oo,
27 · (2- 0,03
m ·
2+ 0,63)
m •
•- C!&}.
m u
21. C•l --
2.\. (a) - - (bJ -
25. (•) .. (b) . . (e) - (d) ..
29. (t- f,. F,+ t). 6• f, Jl. I. • -3. B • 0.0 1 27.
'
33. I. = 4, 8 • 0.05 .1!<, I. • 4, 8 • 0.75 •• ··-'-
• A - I
55. [3,384, 3,387). Por .segumnçn, a extremidade esquerda foi
arredondada para cima, endireita, para baixo. '
59. O limite não existe qunndox tende a 3. -2 -1
' '
Seção 2.4
I. (a) Verdadeiro. (b) Verdadeiro. (c) Falso. (d) Verdadeiro. -10

,.
(<) Verdadeiro. CO Verdadeiro. C sl Falso. (h) Falso.
(i) Falso. (j) Falso. (k) Verdadeiro. (I) Falso. Z9.
'
1. (a) 2 . I
Cd) Sim. 3 .-r
(h ) Niln Iom / (r) " Iom /(• )
..--r
(r ) 1 , 1
.. <
__,_,. • '
5. (I ) Nào (b) Sim. O (r ) N~

..
_u -1!
7. (1) ( b) I. I (<) Sim. I

..l.....
- 1 -1 O. I :2 _.
,l, l ~I
.,
• lO

9. (o) D: O $ x $ 2. R : O < y s I c y • 2.
(b) (O. I)U(I.2) (r) .r•2 (~).r•O
snow
736 Cálculo

31. .C .t Eis uma possibilidade.


..
..
::
.... -1: ~
-1 ~ .
..
: ...
~··••••••••r·· ·~::
....
- --"!<--:----,.:!---'..::.:..•
'

"
45. Eis uma possibilidade.
'
33.
r
'
• (!.4) / '
'' 1 /I / / ----7:1.1---- ..
' ., 1 r•:;-:,•.
I '
).' '
,.. H •· ;:r

- - ----4 ·1
I

-+-~tt+.- , +,+,-
11 +,+
I
·
I

I
I 5 l. (a) Para qualquer número n.'al positivo B. existe um nú·
onero correspondente ô > O tal qu.c, para qualquer x,
J5. 1
< x < xo=> / (x) > B
.l'o - ll
(b) Para qualquer número real negativo -8, existe utn nú-
mero correspondente ô > O tal qu-e, para qualquer x•
.ro < X < XO + fJ=> /(x) < - 8

(c) Para qualquer número real negativo -8, existe um nú-


mero correspondente 6 > O tal qu-e, para qualquer x~
Xo - IJ < X < .toe> / (x) < - fJ

57. 1
37.

i.:.! y•~J;·~
Y"' . • lt/2 <x< t:l! ,

.,
.,
39. Eis uma possibilidade.
T

.
r•-s..l .-'. .'--l'+ 'V:

.11 . Ei~ uma poS$ibilidade.


y
snow
Resposuosseleclonadas 737

,, y =2r+S 7 y•~+ l
61.
.· -:
,
T

'
' ,.. :.. I •
' •
·O ~ ..,,
_, .
63.
...2:
'
.. OI '
' 9. y = llr + 16

yalh~l(t
,..'
' _,

65. Em oo: oo, em -oo: O. 67. Em oo: O. em __,O.


69. (a) y-+ oo (veja o gr.lfico a seguir)
11. 111 = 4,y - 5 = 4(.< - 2)
(h) y-+ oo (veja o gr.lfico a seguir)
13. 111 = -2.y - 3 = -2(x - 3)
(c) l'oslos cuspidais em x =± I (veja o gráfico a seguir) 1$. 111 = 12.y - 8 = 12(1 - 2)
I I
17. 111 = 4•Y- 2 = 4(x- 4)
19. 111 = - 10
21 . 110 = - 1/4 23. (-2.-5)
2~. y = -(x + l ).y = -(.r - 3) 27. 19.6 mls
29. 6n. 31. Sim. 33. Sim. 35. (a) l!m nenhum ponto.
37. (a) Em x = O. 39. (•) Em nenhum ponto. 41. (a) Em x= I.
43. (a) Emx=O.

71. (1) .. (b) -lr 7.1. (o) x (b) X


Exercícios práticos
'~. (•I lr' (b) lr'
I. Emx=-1: lim f(x) = lim j(x) • l,logo
Seção l.6 .a--·· ·--·
1. Nilo; descontínua em x = 2; não definida em x • 2. ~mj(x) = I • j(-1); contínua em x • -I.
·-·1
3. Comínua. 5. (a) Sim. (b) Sim. (c) Sim. (d) Sim. lhn f(x) = IIm j(x) = O,Iogo limf(x) = O. No
-~ .~ ~o
7. (a) Não. (b) Não. 9. O. 11. I, não removível; O. rcmovivel.
entantof!.O)" O, logo fé descontínua em x =
l.i. (Jut,lqucr x, cxccto.t o l. 15. Qualquct x.cxcctox • 3, x • 1. O. Podemos remover a descontinuidade re·
17. Qualquer x. 19. Qualquer x, exceto .r = O. definindo f!. O) para ser O.
21 . Qualquer x. exceto x = lllr/2, sendo 11 qualquer Inteiro.
Emx= 1: lim j(x) =- I c lintf(x) = I, logo limf(x)nilo
23. Qunlqucr x. exceto un/2,. sendo n um inteiro hl\par. ..--1 •I J ..--1
existe. A função é descontínun em x = I, e a
25. Qualquer x, 2: -312. 27. Qualquer x.
descontinuidade não ~ removivel.
29. O; contínua em x= n. 31. I; contínua em y= I.
.lJ. l:conoínuum .r • O 35. g(J) • 6 .17./( 11• 3/2 '
~9. u • 4 3 6~. X "' 1.8794.-1.$321.-0.3473
6~. T .. 1.7549 67. X"' 3.5156 69. X"' 0.7391

Seção 2.7
I. P1: 1111 • I. 1':: m: • 5 3. P,: m, • S/ 2.1':.: m: • -1/2
3. (a) - 21 (b) 49 (c) O (d) I (c) I (f) 7 (g) -7
738 Cálculo

35. Uma \teZ que lim,.~o· /'(x)= J, enquanto lim,.._.0 . j'(x) = O,


I
(h) -7 S. 4 j(.r) não é dcrivável em x = O.
7. (a) (--. +-). (b) [O, -J. (c) (--. O) e (O, -J. 37. Uma vez que lim ,_,. J'(x) =2, enquanto,j(x) não é der i ·
(d) (0, oo). v;h·el em x = I.
9. (a) Não existe. (b) O. 39. (:t) - 3 s x s 2 (b) Nenhum (e) Nc10hum
41 . (a) -3:; .r< O, O< .r:; 3 (b) Nenhum (<) x =O
I
11. Í 13. 2r IS. -4I 2
17. 1f 19. 21. -oo 4.1. (•) -I s x < O, O < x s 2 (b) .r = O (<) Nenhum
45. (11) y' - -2r (<) X < O..r- o,.r >o
2.1. o 25. 2 27. o 29. ~ 31. o .13. - - 35. o (d) - .. < X < O, < .r < .. o
37. I 39. I 41. - - "2 47. (a) y' ~ x 1
(b) ' f
43. Não em ambos os casos) pois limf(x) não existe, e
limf(.<)também
,_,1
não. ·~·
49. 1.324717957 ..
Exercícios adicionais

3. O; o limite à e-squerda foi neGes.sário porque a função é in·


_,
definida para v> c. (t) x -;c O,x = O, nenhum (d) - oo < x < oo , nennhum
5. 65 <I< 75; dentro de S•F. 49. y' = 3xl nunca é negativa.
13. (n) /1 (b) A (e) A (d) A
li. (!t) lim r ..(a) = O.S. lim ,..,(,,) = I 51. Sim,y+ 16 = -(x- 3) é tangente em (3, - 16).
u-o a-- 1•
lim r_(a) não existe.
(b) u-0 lim , . ,._(,,)
" __ = I 53. Não) a função y = LxJ
não satisfaz. a propriedade do valor
25. O 27. I 29. 4 intcrmediár·io das derivadas.
55. Sim,(-./)'(.<)= -(f'(x)).

CAPITUL03 57. Para g(t) = 111/ e h( I) = I, I,....,o


·~
1m ( ) = 111. que nilo tlecessaria·
1r I
mente é igual a zero.
Seção 3.1
Seção 3.2
I. -2r, 6, O, -2 dy d2y
I. - = -2.v.-., = -2
3 3 I 3 d\' ib:·
7. 6.r 2 9. I 2
5. 2V3o' n/3' 2· 2\/2 (21 + 1)1 .\. !1!. • 15t - l5t 4 d s • 30t - 601'
2
d/ I (/t'].
-I 9
11 . Va+'T 13. l - ;:-,.o 15. 3t 2 - 2t,5 dy d 2y
2(q + I) q+ I $. -d =4x2 -1+2cr.-.,=8x+2c.r
\' tlr~
-4 1 ,
- ~ · y-4=-:r(x -6) 19. 6
17.
(.r - 2)v.r - 2 7. ~~~· - - 6' + .!.,. d-','' - 18, - 2'
-I -I ''~ z zd: z:
21 . 1/8 23. , 25. z 27. b 29. d dy ({l)'
(.r + 2)• (.r - I) 9. -tl\' = 12r- lO+ IOx-'-
. til·:.
= 12- 30.<...
31 . (a) x • O, I. 4 (I>)
2
'3 fargrirlk (- o1.6) 11. -·-+------
dr
(/$
-2
3s
5 tl r
1
2
ls tfs"l s"
5
1 ~:J
' ""' IJ. y' a -5x4 + 12t 2 - 2\' - 3

IS. y' = 3.r2 + IOx + 2- ~ 17. y' = - l9 .,


.r- (3.r - 2)·
19. g'(x) = .tl + .T + ~ "I !É!.- ,z- 2t- I
(.r+ 0,5)• - ' dt - (I + t'J'
3.1. i ti)' I
23. - e - 2t?-x 25. v' • - - + 2r-ll'!
>.1 tb: .\'1

..
I

_.., $J
"""8--
o--o 37 $$
dy
21. -
([\'
1= 1r e' + x'e'
29. y' = 2.r'- 3x- l,y• = 6.r'- 3.y• = 12.r. y<•l = 12.
y <") • Opara , 0!: 5
o-o 31. y' = 2.r- 7[2.J" = 2 + 14x- •
->.J
d•· = 3..... d1r = _ 1, 0_,
3"' tiO • ' tllf -
snow
Respostas selecionadas 739
,
J~. dw • 6ze: + 3z2c: d·w a: 6á: + 12zc: + 3z 2e: 2 J. C = posição, A = velocidade, B = aceleração.
tlz • dzz
23. (a ) S 1 lO/máquina; (b) S 80; (c) S 79,90.
d 2p
dp
n. -
dq
; -6I q + -6 q '+ q J _ _
'. - ; -6 - -q
dql 2
I l-4
- Sq
-6
25. (• ) b' (O) = 104 b•elérõ••lh; (b) b '(S) = o b•e•cria/h;
39. (a) 13 (b) -7 (<) 7/25 (d) 20 (c) b'(lO} =-lO' bactérias/h.
~I. (a) y ; -:!:
s + ~4 (b) m = -4 em (0. 1) 27. (a ) dy =..!...- !.
dr 12
(c) y = &<- 15.y = &< + 17 dy
.. 3. y•4x,y• 2 4S. a • l , b • l,c • O (b) O maior valor de dt é O m/h (mais lenlamente)
~7 . (a) y; l< + 2. (<) (2. 6) quando r = 12 e o menor valor de dy é - I m/h (mais
~9. P'(.T) = llá,..r"- 1 + (u - 1)('"-1,\'N-1. + · · · + 2ap· + 11 1
rapidamente) quando r =O. dt
(c) 1
51 . A regra do produto é, portanto) a regra da multiplicação
pela constante, logo essa última é UJn caso especial da rc·
gra do produto.
53. (a) dJ (uvw) c: uuw' + uu'w + u'vw
<
l ,, ( ) • • •
( )) dt• Ulftz tt) ll4 • IIJif21lJII.& + IIJUzUJU.t + llfii ZIIJll.4 +
ujuz"J"" _, ,,
(c) -tti
H
(u, ··· rt... ) = UitiJ.' ''U11-III~ + lltttz ···u"-'l"~ .. ,uJI +
· · · + uíuz· · · u, Z9. 1 • 2Ss D = 6.~50 1,
dP 2
nRT + 2o11
:-:o. dV =
(v - n/))1 v'
31.
Seção 3.3
I. (a) -2 rn, -1 mls: (b) 3 m/s, I m/s; 2 mls'. 2 m/s 1;
(c) muda de direção em r = 3/2 s.
3. (a) -9 m, -3 m/s: (b) 3 m/s, 12 m/s; 6 m/s2, -12 m/s2; (c)
não muda de direção.
S. (a) -20m, -5 m/s; (b) 45 m/s, (1/5) m/s; 140 m/s2, (4/25)
m/s1; (c) não muda de direção.
7. (•>) n(l) = -6m/s2.i1(3) = 6m/s2 (a) v = Oquando 1 = 6,25 s.
(b) v(2) • 3 m/s (c) 6 m (b) v> O quando O s I < 6,25 =>o corpo se move para
9. Marte: '>' 7.5 s. J(lpilcr: '>' 1,2 s 11. g, = 0.75 mls 2 cima; v< Oquando 6,25 < t S 12,5 ~o corpo se move
1.1. (a) v • - 321,J IIJ• 321 pésjs, " • - 32 pé<fs'
paro baixo.
(I>) 1 ., 3.3> (<J v "" -I 07.0 pés/s
15. (a) I = 2, 1 = 7 (b) J S I S 6 (c) O corpo muda de direção em r = 6,25 s.
(c) (d )
(d) O corpo acelera em (6,25, 12,51 e freia em (O, 6,25).
_..._
Jul (llll'>..l

\'doe~

,.
.. (c) O corpo se desloca mais raptdameme nas exuemtda·
'' ~ dcs r= Oe r = I 2,5, quando está se deslocando a 200

lO
>N _
_,,
I 2 •

~
.' 1 8 9 10
.-.
pés/s. E se desloca mais lcn lamente em r = 6,25, quan-
do a velocidade é O.
(f) Quando r = 6,25, o corpo es1á s = 625 m a parlir da
-· origem. ou seja, na posição mais afastada dela.
17. (a) 190 pés/s (b) 2 s (c) 8 s, O pés/s (d) I0,8 s, 90 pés/s
33.
(e) 2,8 s.
(C) a maior aceleração acontece 2 segundos após o lança·
rnenl"o.
(g) aceleração constanle entre 2 e 10,8 s. - 32 pésls'.

19. (:1) t'.280cmls (b) 560 cmls. 980 em/ l


(c) 29,75 nashcsls
snow
740 Cálculo

6 ±.Ji5 s. 29.
(a) v=Oquandot:
3

(b) v< O quando


6-../15 <I< 6+ ../15 =o corpo se
3 3
mo,·e para a esquerdo: v> Oquando OS t <
6-.JiS
3
ou 6 + .Ji5 <1 s 4 => o corpo se move para a dircita.
(c) Oco~mudadedir~em 1- 6 ±.Ji5 s. •
3 31. Sim, em x = rr. 33. Não.

(d) O corpo acelera em ( 6


-[5,2 )v( 6
+[5,4] e . 4' I)
4' -1)·(!!..
35. (-!!..

. [o, 6-.JiS)
,,remem 3
u (2.6+../iS)·
3
(e) O corpo se desloca mais rapidnmentecm 1 • Oct = 4,
quando está se deslocando 7 unidadcs/s, c maislcntn-
mente em t •
6±../iS s.
3
(f) Quando 1 = 6 + .Ji5. o corpo está na posição s •
3
-6,303 unidades. a mais distante dn origem.
37. (n) y = - .< + n / 2 + 2 (b) y = 4 - V3
35. (:t) Ele leva 135 s. (h) Vclocldndc média c 39. O 41 . - 1 H . O
I.IF S-0 5 4S. - Ví mf<, Ví mfs, Ví mfs', Ví m{s 3
- = - - =- • 0,068 furlongs/s. (c) Usando um quo·
6 1 73- 0 73 47. c = 9 49. "'""
dcmcdediferençaccnlrado, temos que nvelocidade do cava·
I.IF 4 -2 2 I Seção 3.5
lo é de ;.\proximadnmente -=--•-•- • 0,077
AI 59-33 26 13 I. 12x' J. 3cos (3.< + I) 5. -sen(senx)cosx
furlongs/s (Exercício 53 da Scç!o 3.4). (d) O cavnlo cor- 7. 10scc2(1Q,- 5)
re mais rápido durante o l•ltimo furlong; (entre a nona c a 9. Comu = (2\· + l).y =,.~ :-
tly
tlx
d)' du
= -- =
tlu dx
Su"·2 ~
décima mal't'Os de furlong). Esse furlong leva apenas li s
10(2x + I)'
para ser percorrido, o menor tempo para um furlong. (e) d) • du
1 ti)'
O ca\'nlo acdua mais durante o primeiro furiong (entre as I I. Com11 =(I - (xf7)).y = 11" : dx = dtt dx =
marcas Oe I).
Seçilo3.4
-7·"'·(-t)- (1-jr
2 d)• ""
dy = J;;
IJ. Comu = ((x /8) + x - ( 1/x)),y = u': ;& dx =

4(x2+ x- !) (:!: + 1 + l;.)


1. -10- Jsenx ~- o
+ ~)
3
-eos«'.r 4uJ· (~+I
4 x- = S X4 x·
7. .. 9. 4tgxsccx- ~x li xlcou·
(I + «>~sxl·
1$. Comu dx = dy
= -.gx.y = sccu: dy "" =
dudx
l.l. sec't + ,.. 1~. -lcose<:t«>>f' 17. -8(Dcos8 + 2sen8)
(I - COSC<:l) (sec ttrgu)(sec 1x) = sec (rgx) tg(tgx) scc' x
19. secocoscco(og o- coosOl • sec18- cose<: 19 ' dy dy dll ,
11. Com u = scnx.y = rr : d'C = 1111 tl:r = l1r COS.'f.,.
21. scclq lJ, SCC!If

2~. (11) 2cosec'.T -C0S<C ,T (b) 2sccJx.,.,. .T


J scn2 x (cosx)
27. 1 19. y • t•", 11 a. - 5.1'.: e -5-t'-$ 1

••• 21. y • ert,u .e S - 7.r.: • -7e(S-b)

23.
1
25. ,}(oos3t- scnSt)
coscc o
27• coogO+ eosccO
2~
29. 2tscn4 .t + 4:r 1serf.rcosx + cos-1.\' + 2\'COS- 1.t·sen,Y
Respostasselecionadas 741

(4.r + 3) 3(4.< + 7) 93. (n) ,,. = a<;OSI.y = - ( I $CO I , O ~ I :5 2n


31. (3.r - 2)6 - I , 33. ' (b) .r = a cost.y = ti scn '· Os J .s 2tr
(.< + I)
·'(4 -.J.,)' 2.<'
(e) ,'( = acosr.y = -asent.O s 1 s 4tr
(cJ) x = aCOSJ,y = ascn t.O :S J :S 4rr
35. (I - .r)e· ' + 3e" 37. (~···'- 3.< + 3 ) •'"" 95. Possível resposta: x =- I + St, y =- 3 + 41, O,; t s L
.r
39. v.rscc1 (2 v .r) + tg (2 vx)
• r .r 41. (
2 senO
, 97. Possível re-sposta: x :: t 2 + I> y ==- t, t :S O
I + eosQ)·
99. Possível resposta: .r= 2 - 3t,y= 3 - 41, I O!: O
dr
43. dõ ru: n1:
= -2scn(.,-)scn20 + 20cos(20) cos(.,-)

1
101. y c -x+ d'yl,
2\12.-
d.v· r•tr/"'
c - Vi
4>. dl<t • ( + \
) cos( vf+-1) 47. 2oe·"' scn(e'"J
tt 2(1 + I ~ 12 t+ I
8 scn (21)
I -
IO). y=.r+:r. d'yl
J.r2
1• 11~
= -2
49. 2n scn(nt- 2)cos(nt- 2)


51.
(I + cos2t)
• q
,
fO!'. y = x- 4. ~
(/.r· , .._,
I
= ?'
...
(/2•'1 107. y= 2.-,
,p,l =- I
53. di • - 2.n scn(;rt - l ) · oos(nt - l )·e~.,.,_
d.r· ,..Jf/2

55. - 2cos(cos(2J - 5))(sen(2t - 5)) I 09.A duplicação da freqüência multíplíca a velocidade, a ace-
leração e o torque por 2, 4 e 8, ·respectivamente.
57. ( 1 +•s'(t'2 ) )'(ts'C'Jsee'(i2)) 2
111. v(6) = -sm/s, a(6) =- 4 m/ s '
tscn(t 2) 125
59. --:ti===:;:;.,
VI + cos(t 2)
l!l. (~, l ).y a 2,·atJ • O.y • - 2ratl • Tt
63. 2 coscc' (3.< - 1) cotg(3.< - I) 65. y• = + 1)'e' 2 (2.< 2
67. 5/ 2 69. - :r/ 4 71. o Seção 3.6
7~. (a) 2/ 3 (b) 2n + 5 (c) 15- 8n (d) 37/ 6 (c) -I
(f) Yl/ 24 (~) 5/ 32 (h) - 5/(3\117) . 9
-4 x S/4 ~-
210
--;;; >. 7
, 1. -(2.< + srJ!Z
3x~·· 2(.< + 6) 1 •
75. 5 2
79. (a) y = rrx + 2 - ;r (b} 1f / 2 ll' + I l i. tis = l. 1-sj7
77. (" ) I (b)
9. (x' + 1)'1' dt 7
81. > 83. (/)' 4
~l·f·• IJ. dt = - 3 c21 + s)·'l 'cos[(2J + SJ-li' J
' ~+f • I 15. f'(x) • - I
t•ll/J. ••• 4Vx( l - vX)
., ·I '
2
17. 11'(0) • -·dscn20)(1 + cos2o)·ll>
-2w- y 2
19. ~,"-
· ~:...

.._, 21 • 2x
I - 2y
+ 2y - I
.>

13·
- 2.\·~ + 3.r1y - .'J':
.1'2)1 - .\') +.v
+x
;r + 2l}'

2é' - cos (x + 3y)


2.!\. I : 27. cos2J' 29
s:;. 87. y(.< + I) ' 3 cos (x + 3y)
·'
-y'
33. - ~o·
vu
3< -r
.. o

o "
89. 91.
' !

' 0 $1$ ttll

•••
--- ' r•JI:;!
'' ,'
_, _••• ' 49. <•> )'- 3.< + 6,
,__, '
I -I
_, o ' _, $1. (o) y=7x+7.
6 6
_, - Í$1<0
!\3. (a) y =-f,\· +n , (b) y 2 2 2
=-;r.<-"+ "
742 Cálculo

n 2 ? n 1
53. (a) y = - 'F + ", (b) y = ;r x - F + 2 21. 29. - - 31. 2cos(ln0)
.<(1 + lnx)·' :c In.\'
57. Pontos: (-v?. O) c (v?, 0). cocfocieme angular: -2 3x + 2
33. - 2\'(.v> + I ) 35.
2
.. 37.
tg(ln O)
n
59. m • - 1 at ( ' ; (, '?). m • vJ 31 ( ' ; ( . t) 39 ~+ I
' (I - hu)~

' .<l + 1 2( I - .v)


27 27 27
I>(~+
61. (-3,2) :m = -g.(-3, - 2) :m =g.(3, 2):m =s: 1 1 1
41. ( -2 )V.v(x + - - 1) = 2x +
27 · x+ 2Y.v(.< + I)
(3, -2); m = -8 63. O M•. -6
67. (a) Fa(so. (b) Verdadeiro. (c) Verdadeiro. (d) Verdadeiro. J.t WJ~ ~' (+-ih) = 2ví</+ n'"
~ 3) + cotgO)]
69. (3. - I )
dy YJ + 2\J' -~2 + 3xy 2 4;, \líi+3(sen O)C(o
dv I
-~ =
7.1. tX
.\'2 + l \y2 y' + 21)' • ,~,, = tly/tl\·
47. +I)(1 +2)[+ +
1(1 I 11 +1 2 I - 1 +2
31 + 61

Seção 3.7
0+5[1
49· O I
cosO O + 5 - Õ + 'S 0
l
I. (a) r'Cx) • ~- ~
(b) , 51 xv?+l fl + _x_ _ 2 ]
• (x + 1) 2/3 [ v .r' + I 3(.r + I)
r•/i!:I• 2H.l
3
53. l4t(x -+ (.! + -
3 ,\'2
21
I X X -
1- - -1L)
2 ,\'2 + I
55. - 2tg0

I - I
57.
I
59. 1/( I + c9 ) 61. cc.. '(l- tscnt)

63.
) -e' COS.r dy
65. - e
.v'- .r)'lny 67. 2' 1n2
I >'e'" senx dx .t 2 - xyln.\

(e) 2. 1/2
69. (.M.
2Vs
)s"' 71. lf.Y(IJ•I)
I
73. ifj?"
"-
75. 1
3
.v n4
2(1n r)
77. 79 -2
r (ln 2)(1n 4) · (.v+ l)(x- I)
3. (o) F'(.<)=-~+~ I I
8 1. scn(log,O) + ln7cos(log, O) ~J. ln S
(b)
85. +(lolll 3)3 10"'' 87. + 89. (,< + I)' c~ I + In(.<+ I))

91. (VÍ)' ('~ + 1


!) 93. (scn.r~'(ln scttr + xcotg.r)
9;. (.r1"')('~~'')
(c) - 4. - 1/ 4 Seção 3.8
5. (b) )'
I. (n) rr/ 4 (b) -rr/3 (<) tr/ 6
3. (n) - n/ 6 (b) n {4 (c) - rr/ 3
>. (a) rr /3 (b) 3tr/ 4 (c) rr/ 6
7. (o) 3n / 4 (h) ;r /6 (<) 2n/3
9. (a) n /4 (b) -n/3 (c} rr/6
11 . (n) 3n/ 4 (b) n/6 (c) lrr/3
12 5 13 13 12
13. cosa= .tga = .scca = , coscc:-a
13 12 12 = 5 .cotga = T

1$. sena=
2
~ r;• cosa=-~ t:,1gu=
I
-2 .. coscca
Vs
= -:;-.
(c) Coeficiente angular def em ( l, I): 3; coeficiente angu· vs v5 -
lar de g em (1, 1): 113:cocficicntc angular def em ( -1.
- 1): 3; coeficiente angular de g em ( -1, -1): 1/3.
cotga • -1
4 + v3
(d) y =O é tangenteay = x' emx= O:x =O é tangente ay 17. l/ Vi 19. -I( VJ 21. 23. I 25. -Vi
= l/X em x = O. 2vJ
~
I 2?. rr/ 6 29. 31. ~ n v'l-?
7. 1/9 9. 3 11. 1/ x 13. 2/1 15. - 1/x
"· m V.<2 - lv
2
V9 - 4y' v.•'- 16
19. 3/x 21. 2(in1) + (ln1) 2 35. 37. 39. X ~1. n/2
x- 1 3
snow
Respostasselecionadas 743

v'i 13. (a) - 12pésls '


(b) - 59.5 pés"/s (c) - I radfs
43. n/ 2 45. n/ 2 47. () 51 . • r.--:-; 15. 20 pésls
2
v 1 - 2r
17. (a) r~h = 11.19 cm/ min b) <fr = 14.92 cm/ min
('V2t
I . 2 r-,
~3• 12.< + qV.t2 + s ~~- (x 2 + I)Vx' + 2x2
<Hl
19. (a) 24tr m "''" (b) r = 6y - r m
- 1 -1 I dr 5 .
57 . • r , - - ; 59. •r 61. (c) til = - 288n m/mm
vi - r' 2vr ( l + r) (1g- 1 .,)( l+x)
2

- e' -1 -2s" 21 . I péslmin, 40n pés2/min 2.1. li pé&'s 25. v,; aumcn~<~r em
63. = . r;:---, 65. . r , - - ; 67. o 46611.68 1 L/min. 27. I rad/s 29. - 5 m/s
lc'l\/(c'f - I V e- - I V I - s2
69. scn"' 1x 31. - 1.500 pésls
1
JJ. 7 poljmi11. pol 2/min
3
g" °
;r
71. (a) y s "
"2 {b) )' s -2 (c) Não hã nenhuma 35. 7,1 pol/min
37. (a) - 32/W "' -8.875 pésls,
73. (n) Y = 2" (b) .v =2" (c) Não há nenhuma (b) dO,ftlt = -8/65 radjs, t/O,jdr = 8/65 rad/ s
(c) dO,jdr = -1/6 rad/s. <IO,jdr = 1/ 6 rad/s
81 . (a) Definida; existe um ângulo cuja tangente é 2.
(b) Não definida; não existe um ângulo cujo cosseno seja 2. Seção 3.10
I. L(.v) = IO.r- 13 3. L(,, ) = 2 ;. l.~v) =.v- tr 7. l '
83. (a) Não definida; nenhum ãngulo tem secantc O.
I 4
(b) Não definida; nenhum ã11.gulo tem seno .fi. 9. - 5 11. .v + 3 13. I -.\'
12
93. (a) Domínio: todos os números reais, exceto aqueles que =
15. j(O) = I. Além disso,f'(x) k( l + x)'·', portantoj'(O) k. =
r
tcnI1am a •orma - +
" kr., ondk ' um utteLrOi
c · SCJa · · ·amagcm: Isso significa que alincarizaçào em x = O é L(x) = I + kx.
-;r/2 < y < Tf/2. 2 17. (a) 1.01 (b) 1.003
(b) Domínio: -co< x <co; imagem: -oo < y <CIO. • 2 3 ) 2 - 2:.r 2 I - y
19. ( >X - • r tlr 21. , , tl, 23. •r tlr
2v.v ( 1 +.,..)· 3vy+.v
<X < oo; imagem: os y $
2 ~cos(5y;)<l'
95. (a) Domínio: -OC) lt,
25. 27. (4x')sec'(x;')dx
(b) Domínio: - I Sx S I; imagem: -I S y S I.

97. Os gráficos são idênticos. 29. ~ (eos<.-.: ( 1 - 2y;) cotg(l - 2...;;)) tLv

Seção 3.9
1- · ev;tlr lr 2n~-"'
dA_., dr 31. - 33. - -, <L< 35. ~ . llr
I · dl - _rrr d/ 2...;; l +x I + e.:r
(/fi , e/h dV lir -I
3 (a) - = 1rr· - (b) - = 2nfw - 37. d.r 39. (a) 0,41 (b) 0,4 (c) 0.01
' dt dl dt dt Ve-lx - 1
dV 2 dh tlr 41. (a) 0.231 (b) 0.2 (c) 0.031
(c) dt • nr til + 2tthr dt H. (a) - 1/ 3 (b) -2/5 (c) 1/ 15
4S. t/11 = 4rrrol t!J· 47. tiS= ll\'o (l{ 49. '"' = 2nroh ,,,.
5. (a) I volt/s (b) _.!_ amp/s 51. C•) O,OSn m2 (b) 2% õ3. dV "' 565,5 pol 3
3
5~. t% S7. 0,05%
·- = ~ -
(c) -dR dV- -
Vd!) ,
- (d) 312ohms/s,Rcstaaumentando.
dt I dt I dt 59. A ra1.ão é igual a 37,87. portanto uma variaçiio na ace-
1. (n) (,dl" a ~ (,dl' leração da gravidade na superfície da Lua tem cerca de
f ·' ' + y' f 38 vezes o crcito que uma variação da mesma magnitude
tb· .\' tlr Y dy teria na Terra.
(b) - m +
tlr V.v' + y' tfr ..;:;r:;y; dr 6' 3°' ~ Vi+õ
61 ••, 67 I' I I
(c)
tl'(
di • -xd,
ydy . J,• ·'· " . -~~I + (~f I + (~f T s
d.4 I dO 71. (a) L(.,) a I + (In 2).< "' 0,69.< + I 75. 0.07c
9. (o) dr = IabcosO dr
(b) !!i c !"&coso !fi+ !h seno!!!!.
Exercíc.ios práticos
~ 2 ~ 2 ~
1. S.r• - 0.25.v + 0.2S ~- Jx(x - 2)
(c) ' 111 = !abcose"0 + !h seno"• + !aSA:nOdb
dr 2 tlr 2 tfr 2 tft 5. 2(x + 1)(2'' + 4.v +I)
11 . (a) 14 cnl/s. aumentando (b) Ocm/s, constante
1. 3(11' + seco + ll2 (20 + seco •s O)
1
(c) - 14/13 cm/s, diminuindo 9. Vi Vi 2 li. 2sec2 x•g.v
2 1(1 + 1)
744 Cálculo

IU5.
13. Scosl( I - 11) sen(l - 21) 15. 5(sce 1) (sec 1 + og1)5
I?. O~nO 19. cos.J{f!
'20 S<ll o 20

21. x cosec ( ~) + coscc {~) co•s(~)


23. tx•!2 scc(lr)'[ 16og(lv)'- x"']
25. -IO.rcosce' (.<1) 27. S.r3 sen(lr2) cos (lr 2) + 2.< scn' (lr')
-(1 + 1) I r I
29. 81' 31. , ... ;;), JJ. ( - 1)'/l
2\'2 I + i
107. 4I 109. 4
-2scn0 5 I
35 37. 3Vlv + I 39. -9[ ;' + coslrsr.] 111 . Tungeruc;y = -4x + 94· normal:y = 4x- 2
' (cosO-i)' (5.< + scn 2.r)
.SI . - 2e-r/S 43. xe4'' 45• 2 senO,cosO = 2 corgO
scn·o
113. Tangenle:y = 2\" - 4, normal:y = -lMt +l
47. _ 2_
(In 2).<
49. -S"'(In 8) 115. Tangentc:y •
5
- 4·'' + 6, nonnal:v • sx - T11
4

53. (x + 2)'+'(1n(.v + 2) + I) 55. - ~


I- ,z
-t
117. ( I. I); 111 = ( I. -I): 111 não dcfinid<>.

v= ('{3) ·'+H
-I 1 1 1
57. • r . - ; 59. tf( (l) + - - , - 21 119.
v I - .r-cos- 1x I+ I
1 - z + scc· •.· y+2 121. /1 = gr:ífico de/. A = gr:ífico de/'
61 63. -1 65. - ., + 3
. V:'- I 123. r
-3.r2 - 4y + 2 .Y
67. ,
4.\' - 4y 13
69. - x 71. I
2y(x+ 1)'
73. -1/2

75. y/x dp .::.6q";--....:41c..'


79. - = '
tltt 3p- + 4q 125. {a) O. O (b) I. 700 coelhos. "'1.400 coelhos.
tir a (2r - 1)(1g2•) 127. -1 129. 1/ 2 131. 4 133. I
81. - 2
ils +1}[2f
D7 . 2(x
•~ - , - - + IS2< ]
tPy - l\'v.l - l\'4 tl'y - 2xi:! - I vcos2r r+ 1
33. (:t) - 2 = . (h) -
2
=
tb: )'$ tL\' .r"y·l
139 5 [ (1+1 )(1 -1 ) ]' [-1- + - I - - -I - - -I-]
85. (a) 7 (b) - 2 (c) 5/ 12 (d) 1/ 4 (C) 12 (f) 9/2 . (1- 2)(1 + 3) I + I I - I f - 2 I + 3
(~) 3/ 4

89• 3
V2.Víii• (•Víii) I
_, 141. ~(scno)v9 ('"~ + Ocotgo)
H7. o cose
4 91 . -2 93. - '
(21 + I)·
9S. (;l) y 14.1. (n) dS • (4nt· + 2nlo) dr (b) tlr = 2nr dlo
til (/t dt dt
tiS dt·
(c) -d
I
= (4nr + 2nlt) -<I
1
+ 2nr
_, I til'
( C) dt
r
=-2r+htfl
dh

145. -40 m2js 147. 0.02 ohm/ S 149. 22 m/s


2 125 .
•I
151. (:>) r= -gh (b) - ,. pésf nun
144
3 18
153. (o) S kon/s ou 600 m/s (b) 11 IP"'

(b) Sim. (c) Sim. - Tr - 2


1>5. (a) l.(.t) a 2t + - -
2
97. (n)

.,.:!L-+-'~
, -->'
(b) Sim (c) Não

99. (H). G.-t) 101 . (-1 , 27)c(2.0)


03. (a) ( -2, 16), (3, li ) (b) (0, 20), ( I, 7)
snow
Respostas selecionadas 745

S. Mínimo absoluto em x = at má..~ imo absoluto em x =c.


• r.: \/2(4 - ")
(b) L(.<) a - vlt +
4 7. Minimo local em (-1. O); máximo local em (1, O).
9. M~:ümo em (0, 5). ll. (c) 13. (.I)

15. Máximo absoluto: -3; mínimo absoluto: -19/3


1

_, -I
_•, I l
' '
_,
_, lJ,-3)
Ml.11,1ob'l.
....
_,
r·1.r-s
c ._ ttrlro
l-1.-19131
Mica. ~
..._, ...2".ul
1:17. /,(.v)= I.Sx + 0.5 159. dS - • IT'C7T dh
vrt + h~
161. C•) 4% (b) 8% (c) 12% 17. Máximo absoluto: 3; mínimo absoluto: -I
Excrdcios adicionais '
I, (n) Sól\20 = 2sc~t0eos0:2eos20 = 2scn0(-scn0) +
cos0(2cos0):2cos20 = -2scrr0 + 2coslO:cos20 =
co$1 O - ser?- O
(b) cos20 = co.' O- serrO: -2scn20 =
2cosO(-scnO)- 2scnO(cosO):scn20 =
eosOscnO + scnOeosO;scn20 a 2scn0cos0

.l. (a) c1 • l , b • O. c • -2I (h) b • cosu,c • scnt1 10,-1) M itl.•~

!\. lt = -4. k =
9
2· 5Vs
a= ~ l9. Máximo absoluto: - 0,25• rninimo absoluto: - 4
1
7. (a) 0,09y (b) Aumentando a 1%aoano.
9. As respostas podem variar. Eis uma possibilidade.
" . f (Z.-0."'
..,

-4
Ma'-ab!..

:t• -'z.O.S$.1 ,t1


_, '
.... (o,$, -.t)

• Mi1L11bo•

ll.(o) 2s,64pés/s. (b) 12.31 s,393,85pés. 21. Máximo absoluto: 2; mínimo absoluto: -I
·~- = 1r
(3) 111 = - } (b) IJl = -l.b T
,..~
1?. (u) u - ~' b - * 19. f impor=:$> J' é pur.
-"·'
~:" :.:":.:
' - - - - it. 2}.....
)oh,.._

23. Ir' é definida, mas não continua em x a O; k' é definida e


contínua em x = O.
27. (•) 0,8156 pés. (b) 0,00613 s. (c) Ele atrasa cerca de 23. Máximo absoluto: 2; mínimo absoluto: O
8,83 min/dia.
1

CAPITUL04
Seção 4.1
1. Mínimo absoluto em:<= c2 ; máximo absoluto em x = b.
3. Máximo absoluto em x =c; não há mínimo absoluto.
25. Máximo absoluto: 1; mínimo absoluto: -1
snow
746 Cálculo

O valor mínimo é O em (±1, 0).


' (llll,I)Mu. * -
55.
Ponto cr-ilico Oeri\'ada Extremo Valor

• I
;r=- 54 o Máx local g25 10'''-- 1,034
<~•n ...u
Mi11.~. x=O Indefinida M:íxlocal o
27. Máximo absoluto: 2/ J?,; mínimo absoluto: I 57.
Ponto crilico Dtrh·ada Exlrcmo Valor
r M;~>.,Jbot. Ma.\. ~1},.

(oo/!. ""'l (2>1). 21fl) .• = -2 Indefinida M:tx.locnl o


·~ ......____.... X= - Vl o Mínimo -2

..
I,O
:

O.l
J'•('(llo«'-t
rr/3 ~ u 'ltt/J Mln.
(lftl.l)
*"""

59.
.< = V2
x =2
o
Indefinida
Mftximo
Mín.local
2
o
o Pon1o crilico Otrh•ada Exlremo Valor

29. Máximo absoluto: 2; mínimo absoluto: - I .r= t Indefinida Mínimo 2


61 .
Ponto e:rílico Derivada Exlrtmo Valor

X: -I o Mixirno s
x= l Indefinida Mín.locol I
_, o .< = 3 o Máximo 5

63. {a) Não.

31. Máximo absoluto·: l/e; mínimo absoluto: - e (b) A derivada é definida e diferente de zero para x,. 2.
y Além disso,j(2) = Oeftx) > Opara qualquer x" 2.
(c) Náo, pois ( -oo,..,) não é um intervalo fechado.
Mh. •
(1.1/l'l (d) As respostas S<io iguais às dos itens (a) c (b), com a no
lugar do 2.
65. {a) C(x) = 0,3JI6+ x' + 0.2(9 -x) milhões de dólares, onde
Os x ~ 9 mi. Para minimi1.ar os custos da construção. a tu·
bulação ptecisa ligar o atracadouro até o ponto 8, que deve
estar a 3.58 mi de distância do ponto A, c do ponto Bem
33. Máximo absoluto em (4, .!.. + In 4); mínimo absoluto em diante a tubulação deve seguir por terra até a refinaria.
(1,1~ 4
(h) Em teoria, o custo da tubulaçã.o subaquática por
35. Crescente em (0, 8), decrescente em (- L, 0); máximo ab· milha p teria de ser infinito para justificar que a tubuJa ..
soluto: 16em x= 8; mínimo absoluto: O em x= O. ção fosse dírctamcntc do atracadouro até o ponto A (isto
37. Crescente em (-32, t); má.ximo absoluto: 1 em 6 = 1; mf· é. para que xt fosse zero). Para todos os valores d~ p >
nimo absoluto: - 8 em 8 = - 32. 0,218864. existe sempre um x( em (0, 9) que proporciona
39. O valor mínimo é 1 em x = 2. um valor mfnimo para C. Comprovamos isso observando
4 1. Máximo local em ( - 2, 17); mínimo local em(!.~) . a seguinte fórmula: C~(x,)= 16 P , que é sempre
3 27 positiva para p > O. 0 6 + x: )m
4 3. O valor minirno é Oem x= - I ex= I.
4 5. Existe um mínimo local em (0, I). 67. O comprimento da =
tubulaçã<>
L(x) é
20
4 7. O valo.r máximo é .!. em x = 1; o valor mínimo é _.!._ em J4 +x' +J25+(10-x)' paraO ,;; x ,; IO,x= -=2,857
X c - I. 2 2 7
49. O valor mínimo é 2 em (O, 2). mi ao longo da costa, da a Cidade A até a Cidade 8.

Sl. Ovalormínilnoé - -1 (I -1)


e
em - , - .
e e
10 - , /)

•ml
53. o valor máximo é ~ em (o.~) .

Respostasselecionadas 747

69. (a) O valor máximo é 144 em x = 2. 23. Sim.


(b) O maior volume da caixa é 144 unidades cúbicas, e ele 25. (a) 4 (b) 3 (c) 3
t"l \' ~ \'~
ocorre quando x = 2. T+C T '4
71. Amaior área possível é A(~)= 2:em'.
27. (n) (b) +C (c) +C
29. (:1) y = -ln j.<j + C (b) )' = x- lnj.rj + C
(c) J' • 5x + In jxJ + C
73. "2~' + ·'• 75. Sim. 77. g assume um máximo local em -c. 3L. (:>) -~ cos2t +C (b) 2scn1 +C
7'). (a) J'(x) = 3a.t' + 2b.< + c é uma função quadrática, logo I I
(c) -2cos21 + 2scn2 +C
pode ter O, 1 ou 2 zeros, que seriam os pontos críticos de
f Exemplos: 33. /(.r) • .<2 - x 35. f(x) = L + T"
A função fi.x) = x'- 3x tem dois pontos críticos em x =- L I - cos (nl)
37. $ = 4.91 2 + SI + lO 39. s = n
ex= I. ,.
4 1. s =e'+ 191 + 4 43. s = son (21)- 3
45. Se T(t) é a temperatura do termômetro no instante t, en·
tão '1'(0) = -19 •C c '1'(14) = 100 OC. De acordo com o
teorema do valor médio, existe um O < r0 < 14 tal que
T(14) - 'f(O)
~:...:!.....:..=- 8,5 •C/s o 'f"(r0 ), taxa à qual a tempera·
14 - 0
A função fi.x) = x'- I ttm um ponto crítico em x =O.
tura estava variando em t :;;- t 0 , medida pela subida do
1
filamento de mercúrio no terrnômelro.
47. Porque sua velocidade era de aproximadamente 7,667 nós, e,
de acordo com o teorema do valor mCdio, o trirreme assumiu
essa velocidade pelo menos uma vez. durante o percurso.
51 . A conclusão do teorema do valor médio implica que
A função fi.x) = .~ + x não tem nenhum ponto crítico.
I L
' b- ã = -J,=c'("- b) =a- b=c = Vã5.
b-a c- {lb

55. De acordo com o teorema do valor médio,Jtx) deve ser zero


pelo menos uma vez entre a e .b. Suponha, agora, que fi..<)
seja zero duas vezes entre a e b. Desse modo, de acordo com
(b) Dois ou nenhum.
o teorema do valor médio,f(x) teria de ser zero pelo menos
81 . O valor máximo é 11 em x = 5; o valor mínimo é 5 no
uma ve7. entre os dois zeros de j(x), mas isso não pode ser
intervalo (-3, 2(; máximo local em (-5, 9).
verdade, pois sabemos que f(x) "O nesse intervalo.
83. O valor má., imo é 5 no intervalo (3, ~):o valor mínimo é 6L. 1.09999,. /(O. L),. L. L
-5 no intervalo (-oo, - 2).
Seção 4.3
Seção 4.2
I . (a) O, I
I. 1/ 2
(b) crescente em (-oo, O) c (1, oo), decrescente em (0, 1)
.1. c • ±JI - 4
, "'±0.771
>r {c) má.ximo local em x =O. mínimo local em ,"C= I.
5. Não satisfaz; f não é dc.rivável no ponto interior ao domf- 3. (a) -2, 1
nio.-.:=0. (b) crcsccnteem (-2, 1) c (1, .,.), decresccntecm (-~. -2);
7. Satisfaz. (c) não htl máximo local; mínimo local em x = -2.
l i. (a) S. (a) Ponto crítico em x = 1;
i. _, •
s (b) crescente em 11, ~) e (I, oo ), decrescente em ( -~. Jl;
ii. _,
' (c) mínimo local (e absoluto) em x = I.

iii.
-· ·• o
7. (a) - 2, O
•I (b) crescente em<-~. - 2) e (O, ~l. decrescente em (- 2, O);
h. (c) máximo local em x = - 2, mínimo local em x = O.
o
' • 18
" "
748 Cálculo

9. (a) Crescente em (- oo, - 1,5), decrescente em (- l.S, oo)i


29. (a) Crescente em decrt"-SCtntc em
(b) má.ximo Jocal: 5,25 em l = - 1,5:
(c) máximo absoluto: 5,25 em t = - I,5. ( -+nll2}
11. (a) De<rescente em (-~. 0), crescente em (0, 4/3), de·
crescente em (4/3, ~>: (b) minímo local: 2.... em x = .!.In(.!.);
2"' 3 2
(b) mínimo local em x =O (O, O), máximo local em x =
4/3 (4/3, 32/27); (c) mínimo absoluto: 2.... em x = .!.In( .!.) .
(c) não há extremos absolutos. 2'" 3 2
13. (a) Decrescente em(-~, O), crescente em (0, 1/2), decrcs· 31. (a) Crescente em ( ; .-} decrescente· em (0, I!e);
cerlte em ( 1/2, oo );
, . Ioca I: -- 1 em x = -;
I
(b) mínimo local em e=o (0, 0), máximo local em e= (b) ontmmo
e e
1/2(1/2,1 / 4); -1 I
(c) mínimo absoluto: - emx = - .
(c) não há extremos absolutos. e e
15. (a) Crescente em (- oo, oo) e nunca dec-rescente; 33. Máximo local: I em x = I: mínimo local: O em x = 2:
(b) não há extremos locais.; (b) máximo absoluto: 1 emx. = 1; não há mínimo absoluto.

(c) não há extremos absolutos. 35. Máximo local: 1 em x = I; mínimo local: Oem x =2:
17. (a) Crescente em (-2, O) e (2, ~>. decrescente em(-~. -2) (b} não há máximo absoluto; mínimo absoluto: Oem x = 2.
e (O, 2); 37. Máximos locais: - 9em 1 = - 3 e J6em t = 2; mínimo local:
(b) máximo local: 16 e m x = O, mínimo local: O em x = :t2; -16emt = -2:
(c) não há máximo absoluto; mínimo absoluto: Oem x = ±2. (b) máximo absoluto: 16 em 1 = 2: não há mínimo abso·
19. (;~) Crescente em(-~. -I), decrescente em(- !, O), cres· luto.
cente em (0, 1), decrescente em { I) oo); 39. Mínimo local: Oem x = O;
(b) máximo local em x =± I (I, 0,5), (- 1, 0,5), minimo {b) não há máximo absoluto~ mínimo absoluto: Oem x = O.
local em .<= O (0, O); 4!. Mínimo local: (tr/3) - ../3
em x = 2tr/3; má.ximo local: O
(c) máximo absoluto: 1-1 em x = :1: I; não há mínimo absoluto. em x =O; máximo local: trem x = 2tr.
21 . (a) Decrescente em (-2 .fi. -2), crescente em ( -2, 2), de· 43. (a) Mínimo local: Oem x = 1r/4.
crescente em (2, 2 .fi); 45. Máximo local: 3 em e=O; minimo local: - 3 em e=2tr.
(b) mínimos locais: g(-2) = -4,g(2 .fi) =O; ~7 .

~'
v .'
máximos locais: g(- 2 .fi) = O, g(2) = 4.
(c} máximo absoluto: 4 em x = 2;
mínimo absoluto: - 4 em x = - 2.
, Y•/1.'1
6 O
23. (a) Crescente em ( -oo, J), decre-scente quando I < x < 2, I x O
decrescente quando 2 < .'( < 3. dcscontinua em x = 2, ,,,
"' '"
(>)

cr<:sccnte em (3. c.o ); 4Q, (o) (b)


1 1
(b) mínimo local em x = 3 (3, 6),
máximo local em x = I (1, 2);
(c) não há extremos absolutos.
25. (a) Crescente em (-2, O) c(O, ~),decrescente em(-~. -2);
--.~--~
, -----+s
(b) mínimo local: -6lfi. em x = - 2; • '
(c) não há máximo absoluto; mínimo absoluto: - 6 l/2 51. (a) Máx. = 0 em x = 0, min. = -In 2 em x = tr/3;
emx = - 2. (b) Máx. = I em.< = l, mín. = cos(ln2)emx = .!. ex = 2.
27. (a) Crescente em (- - . - 21-17) c (21./7, ~>. decrescente 2
53. Máximo: I em x = O, mínimo: 2 - 2 In 2 em x = In 2.
em ( - 2/./7, O) c (0, 21 ./7 ); 55. O máx. abs. de l/(2e) é assumido em x= 1/.{é. 57. Subindo.
(l>) má.ximo local: 24.l /2 17"'~ 3, 12 em x = - 21-17: 61 . Crescente, portanto injetora: df' !dx = 91 .<"'"·
mínimo local: - 24l/2 17'" = - 3,12 em x = - 21./7: I
63. Decrescente, portanto injetora; df /dx. = -3 x~v.\.1
(c) não hà extremos absolutos.
snow
Respostas selecionadas 749

Seção 4.4 17. 1 t9.


I. Máximo local: 3/2 em x • - I, mlnimo loc~l: -3 em x = 2,
ponto de inOexão em ( 1/2, -3/4), subindo em (-oo, -I) e
(2, oo), caindo tm (-1. 2), côncava para cima em (1/2, oo),
cõnca•'a para balxotm (-oo, ~).
J. Máximo local: 3/4 tm x =O, mini mo local: O tm x =:t i,
-.100
3
pontos de inO<Xào em ( -../3. ~) c ( ../3, ~} subin· 3 21. t' 23.
,.
do tm (-1, O) • (I. oo), caindo tm (-oo, -I) t (0, I), cõn· '··""
01\'3 para cima •m (-oo,- ../3). ( ../3. oo), cõnca,.. pata

baixo em (- ../3 , ../3 ).


• ___-. ..... 'I

""
' l

5. Máximos locais: - 2rr/3 + ../312 •m x = -2rr/3; !+ ../3


3 2
emx = - " j mHUillOS
·. IOC.''US:
· -"../3
- - - tmx:--; "2 TI13 - 2:-. 27.
r.: 32.- 32 3 ' •
-v >/2 em x s - , ponto• de inOcxào em (- rr/2, - rr/2), (O,
3 '
O) e (rr/2, rr/2), subindo con (- rr/3, tr/3), caindo em (-2tr/3,
- rr/3), c (rr/3, 2rr/3), côncava para cima em (-tr/2, O) c (tr/2, M h.~l

2tr/3), côncava paro baixo em (-2tr/3, - rr/2) c (O, rr/2). (-,,!!,o) ~~., loll.
~-r~+-~-~~.~(,-,11~.•~)·
Min.lotA
7. Máximos locais: 1 cm x•-!.ex • !.;oemx • -2trex •
2 2
37r 3.-
2n; mfnhnos locals: - I em x • - - ex• - ,Ocn'l x • O,
2 2
pontos dt inOexilo em (- rr, O) c (rr, 0), subindo em (-311/2,
-rr/2), (O, rr/2) c (3tr/2. 2tr), caindo em (-21f, - 3rr/2), ( -tr/2, 29. 1 .li.

9.
O) e (IT/2, Jrr/2). côncava para cima con (- 2tr, - tr) e (tr, 2tr),
côncava pnm baixo em (-tr. O) c (O,IT).
, 11.
:.v
: u.. 6;MR.Irc<:<~~
' ,. ·'-J• •) ;u. !) '~·'«,..
0

1 .a 6 • J

...
...
JJ. J$.
_, ' , ...u-.:1: 'li'-'-'•
(.... .»
13. I< ,
t:r.JJ~....... , •• •-:.!
l •

.... ..,.., ·I

Cl.l) .........""'' _,
·I
j I
' "" ~..
I I,
37. 39.
tO. -JJ
\l oll,lool ,.. :_.• ...1: . , "

I I I I I I I I I 1

r•
111n.
W"'·( !l"')
snow
750 Cálculo

- . y" = !3 .•v-l/3 + 1,.-


;9 3 .. S/J.

,..
.......
M•-2

1$ ,..,.,

43. y• = I - 2x 45. y• = 3(.< - J)(.r - I)


Mi~b:al
,.,
Min.~l

-2 .r <O
61. y• = { 2..
x>O

47. y• = + ,,..
...
3(.v - 2)(x 2)
Mi"-kc·<d

lnfl..x• 2

,, • ..,_..,fj
63.
49. y" • 2 scc1 .,· tg.t

'"'·, ..
65.

, n n
SJ. y• = 2 tgOscc-o. -2 < o < 2 67. P01HO y .v·
f> +
Q + o
11 +
••• s o
'"" s -~
T
) 1... 10«1
69. y
55. y" • -scn t, O s 1 s 2n
I•!
.~~ '
).lln, l~l ltdl
"'
1~
,.Mfll.-l.x..ll
,
57. y• = -) (.r + I)"'''

__ç
73. ~ 60 milhares de unjdadcs. 75. Mínimo loc-al em x = 2~
pontos de inflexão em x = I c x = 5/3.79. b = -3.

81.(a) (-.!., 2a
4a
4ac-b' );

(b) côncava para cima se a> O. côncava para baixo se a< O.


Respostasselecionadas 751

85. As raízes de y' =O e y" ~ =O incluem os extremos e os • M'-Umo


pontos de inflexão, respectivamente. Inflexão em x = 3, 1...00 X •3.YM.u87 Y• ll09.9S-17

máximo local em x = Oc mínimo locaJ em x = 4. '·""'


..,
'"""

(b) Domínio: (O, 9)


87. As raizes de y'= Oc y->- = Oincluem os txtremos e os pon· (<) Volume má.ximo ~ 1.309,95 po1 3 quando.< ~ 3,39 pol.
tos de inflexão, respectivamente. Inflexão em x = -l./2, má· (d ) V(x) = 24.<'- 336.< + 864, logo o ponto crítko fica em
ximo local em x = -2 e mínimo loca] em x ; O. x = 7 - ./13, o que confirma o resultado da parte.
19. ~ 2.418,40 em'
2 1. (a) h= 24, w = 18

(b ) •
'"""'
8.000
6.000

9 1. (b) f'(x) =3x' + k;-l2k; positivo se k <O, negativosek> O,


'·""'
lOOO

Ose k =O;. f tem duas raízes se k <O, uma raiz se k =O, ne· •
nhuma raiz se k >O; ou ,seja, o sina] de k controla o número 23. Se r é o raio do hemisfério, h é., altura do cilindro, e V é o
de extremos locais.
volume, então r = ( 3V
S'ii )'" e /1 = (3V)'
-;- ".
93. (b) Trara-se de urn ponto cuspida!, uma vez que
litny' =OI) c limy' =~. 25. ( b) .< = SSI (c) I. "' li pOI.
x-o· ,....o·
95. Sim, a curva de y' cruza o ponto zero perto de -3, logo y 27. Raio= Ji m, altura= l m, volume 21i m'.
tem uma tangente horizontal perto de - 3. 3
3 1. (a) v(O) = 96 pés/s,
Seção 4.5
(b) 256péscml=3s.
I. 16 pol; 4 pol por 4 pol.
(<) Velocidade quando s = Oé v(7) = - 128 pés/s.
3. (a) (x, I - .v) (b) ,f(x) a 2r(l - .<) 33. "'46,87 pés 35. (a) 6 x 6 V:i [1<)1.
(c) t unidadesquadr:ldas. I po<t 37. (a) 1011 ~ 31,42 cm/s; quando 1 = 0,5 s; 1,5 s; 2,5 s; 3,5 s;
14 35 5
; .TxTx3pol, 2.450 I 3 7.SO
27po .OOO m·;4
, OO mpor., 00 m s =O, a "ccleração é O.
(b) lO <m da posiç.1o de repouso; a velocidade é O.
9 . (a) As dimensões ótimas do tanque são IO pés nas bor· 39. 20 ( 5 - v'i7) 111.
das da base e 5 pés de altura. ka 2
2c + 50
á
(b) M_inimizar a c\rea de supcrficie do tar1que rninimiza
41. X • 2· "• T 43.

seu peso para uma dada espessura da parede. A espes-


sura das paredes de aço poderia ser determinada por
45. (a) .Jffi (b} .Jiff
outras considerações, como requisitos estruturais. 49. (a) O fabricante de armários deve encomendar px unida-
11. 9XI8pol. 13. 2
1T
l!'. h:r = 8:1T des de matéria-prima para ter estoque suficiente até a
entrega seguinte.
17. (a) V(x) • 2<(24 - 2<)(18 - 2r)

(I>) Custo médio por dia =-


(d+ x"'2 x·') • ~ + ';.r:
lu {'ijjil
x• = '\jPii px• = ')S proporctona um mm1mo.
. . .

(d) A interseção da hipérbole com a reta ocorre quando

ps Parax>O,xínu~= ~d
-d =-x. - =x. .Ocustomé·
x 2 ps
snow
752 Cálculo

dio por dia é minimizado quando o custo médio diário I L Os pontos de interseção de y=x' e y= 3x + I ou y=.-c' - 3x
de entrega é igual ao custo médio diário de estocagem. e y = I têm os mesmos \'alorcs de x que as raízes do item
51. M o ?
c ~7. (a) y o -I (i) ou as soluçõts do item (iv).

~menor dislância é J5
15. 1,165561 185
59. (a}
2 17. (:o) Duas (h) 0,35003S01505249e- 1,()126 1731615301
(b} A menordislândnai do ponto (3/2,0)aoponlo (1,1) 19. ±1.3065629648764, ±0.5411961001462 21. 0, 0.53485
no gráfico de y = ,f;, e ocorre no valor·' = L, quan- 23. A raiz é 1, 17951.
do D(x), a distância ao quadrado, apresenta seu valor 25. (a) Para·"<>= - 2 ou x0 = - 0,8, x, - > - I quando i aumenta.
mínimo. (b} Para x.c-0,5 ou x. = 0,25,x,--> O·q uando i aumenta.
(c) = =
Para Xo 0,8 ou x0 2, x1 --> I qua ndo i aumenta.
(d) Para x0 = -.fii /7 ou ·"<> = J2ã /7, o método de
Newton não converge. Os valores de x1alternam entre
-.fii /7 e J2i /7 quando i aumer>ta.
27. As re-spostas vão variar conforme a velocidade da calcula-
dora.
29. 2.45. 0,000245.

Seção4.8
,\'3
3t3 - x' + x
61. (a) l'(.r) =f e·;.- )')a'- e·~-
X
4v'6 4v'3
X)'
I. (a) x 2

3. (a) x·•
(h)

(b) -
T
±x·'
(<)

(<) - ±.<" 3
+ x' + 3x

(b) Quando a • 4:r • - - , !r • - - ; quandoc1 •


3 3
5: S. (a) - ~ (h) - ~ (<) 2.r + ~
r
sv'6- . lt • -sv'3
Q -
. r: •
. - :quandoa a 6: r ,.,. 2v6,h • r.
2v3: 7. (a) v? (b) vX (<) -
2\1?
- + 2\IX
-3 > 3
quand011 ~ 8: r
sv'6
--ph sv'3-
a a -
9. (a) _,213 (b) x•O (<) x·•O
3 11. (a) lnx (b) 71n .t (c) x- Slnx
(c) Comor a"W
-- c t1Vl
h a-r-, a relaç-ão é
r.
r a -v2.
h D. (a) cos(nx) (b) -3eosx (<) -,f-eos(nx) + eos(3x)
3

Seção4.6 15. <•I tgx (b)2a:;(~) (<) -f•s(~')


I. 1/4 3. 517 5. 1/2 7. 1/4 9. - 2317 11. 5>7 17. (a) -cosccx (b) keosec(Sx) (c) 2coscc("í")
13. o 15. - 16 17. - 2 19. 1/4 21. 2 23. 3
2$. -I 27. lnJ
I
29. "f,;2 31. In 2 33. I 35. 112 19. (a) ±•'' (b) -e·• (c) 2e"'-

~~~2"' ln(~/J) {t)'


37. In 2 39. COS(I 41 . -1/2 43. -I 45. I 41- l/e
ZI. (a) 11: 3 3' (b) (<)
49. >1. 1/e 53. e 112 ~~. I 57. 3 59. I

61. (b} está correio. 63. (d) esta errado. 63. c= E. 67. - I
23. (a) 2 sen·•x (b) t•s·•.r (<) t•t(' 2.v
lO l l 4 s"
Scção4.7 25. ·; +x+C 21. ' ' + ~ + C 29. -~ - ;· + 7r + C
I \') r 3
5 13 51 5.763 31 . --;- .3 - ':í + c 33. 2"2/) +c
I. -'2 s - j'· ij .1. ·"> = - Ji·4.94s
35. fx'" + *x''' + C 37. 4y2 - ~y'l' +C
7. x1 e todas as aproximações seguintes serão iguais a x0 .
39. X! +~+C 41. 2Vt - ,J, + C 43. - 2 SCII / + C

~5. -21cos~ +C 47. Jcotgx +C 49. -tcoscc O +C

~I. 1e'-Y - Se-.r + C tõ."


. ·"· -e
- .Y 4x
+ j;'4 +
C

.[ .J; , .no I
1
~~<0 55. 4sccx- 2 tg.r + C 57. -2cos2.r + eo1p + C
snow
Respostasseleclonadas 753

59. f+~ +C
41 27. r
61. 1nlxi-S•a'x+C
lriVl•l)
63. . r. +C 6~. lgO +C 67. -OOI#X - x +C
v3+1
69. -cos8 + 9 +C

13. (a) Enado: dx ':z scnx + C) • 2:<


d (•' T scn.r x'
+ Tcosx •

xstnx
x'
+ TCO$X .,
d 29.
(b) Emdo: ;t;:C-.rc:o.x +C) • -cosx + .rscn.r '
(<) Cem:;, t-xcosx + scnx + C) • -cosx + xscnx +
cos.t • :r"nx
d (12.• + 1 +
HS. (o) Em do: ;L;
3
>'
• 312:< + 1l't2l •
3
c·) -1.\-o-i-''-~.'--A

2(2.r + I )2 \
1
(b) Emdo: 't ((2:< + I J' + C) • J(2.r + I )2(2) • 31. 1
t.l
6(2.r + 1)1 $00 (6.."'!•
-'00 ya -"•- I)
(<I Cena: <LI ((2.r + I )1 + C) • 6(lr + I )2 ....
<r
:561
r1
{.1.
I
K7. (b) R9. y • x' - 7.r + lO
I
91. y • - x +2 -2 ".
9,1, )' • 9x 1!3 +4 95. $ • I+ SCil / +4
97. r • cos(nO)- I ~9. u •2scc1+
I I ' •
2

.
101 . = 3 scc-•,- n 103. )' • ..-1 - x' + 4x + 33. 1
tJ •
105. r • f+ 21 - 2 107. )' • .r'- 4.r2 +S _, " " '
....
J09. y • -sent +CO~ I+ IJ - I 111. )' • 2:.:.lfl- 50

ltJ. y • .v- x-4fJ +i 11~. J' • -scnx - cosx- 2 35.

I 17. (a) (i) 33,2 unidades: (i i) 33, 2 unidndcs; '


(iii) 33,2 unidodcs. (b) "\'<rdodc.
119. I • 88/k,k • 16
121. (a) u • IOt'~- 61 1 ~ (h) s • 41 11'- 41'"
12~. (a) - Vx + C (b) x C + (<) Vx + C
(d) -x + C (t) x- Vx + C (f) -x- Vx + C

Exercícios priticos 37.


' (1• ..,..

I . N"in.
r•(t-.ltV•
3. Nenhum mínimo; máximo absolulo:j( I)= 16: ponlos cri·
litos: X= I c 11/3.
S. Mínimo absoluto: g(O) = 1: nenhum máximo absoluto;
ponto c.ritico x • O.
7. Mínimo absoluto: 2- 21n 2 em x • 2; m:lxlmo absoluto I 39.
$
emx:;;; 1.
9. Sim, exceto em x • O. 11. Não. I S. (b) uma. 11'1) '
}
"
17. lbl 0.8SSS 99677 2 23. Valormlnimoglob;lldc.!. cmx=2. . j -' -1 l I $ 'J
2
2~. (:1) I • 0,6,12 (h) I• 3.9 (<) 6 <I < 12 _,- 2
(d) 0 < I < 6. 12 < I < 14 -1
snow
754 Cálculo

~I. 57.

43. (o) Máximo local em x =4, mínimo local em x =- 4, ponto


de inflexão em x = O.
(b)
59.

......
45. (a) Má:ICimo localemx=O. minimos locais emx= - 1 ex
=2, pontos de inflexão em x = (I :1: ·fÍ)t3. _,
(b) 61 . S 63. O 6,. I 67. 3/7 69. O 71 . I
73. In lO 75. In 2 77. S 19. -~ Bl. I 83. e'*
~:;, (a) O. 36 (b) 18. 18 87. 54 unidades quadradas.
89. a ltura = 2, raio = .fi
91. x = 5 - J5 centenas " 276 pneus;
y = 2(5 - J5 ) centenas= 553 pneus.
47. (a) M <Í-'<imo local em x = - ./2, mínimo local em x :: Ji 93. Dimensões: a base tem 6 pol por 12 pol, altura = 2 pol;
pontos de inflexão em.<= :1:1 c O. volume máximo = I44 pol3•
(b) Máx. loc;l ' .
97. ·~ + ~~' - 7,r + C
.....
'""·
95. ,T$ = 2, 1958 23345

hsll 99. 21 3ft-~+ C 101. - ,~ S +C 103. (O'+ 1)31> +C


•••
105. 3-<1 + .r')'l' + C 107. IOtg :o+ C
,.,
11111• ... Vi

109. - ~cosecV2o +C 111. tx- scn ~ +C

113. J ln x - ·~+ C 11 5. t•' + e·• + C


(jl-• 3 -
119.2 scc 1 1.ri+ C
117.
2 _ 11 +C
121. y =x - } - I 123. r = 41$/l + 4t 3f.l - 81

125. Sim, sen·'(x) c -cos· '(x) diferem pcl<> constante rr/2.


127. 1/.Ji unidade de largura por li.fê de altura, A = li ,fi;, ~
0,43 unidade'.
129. Máximo absoluto = Oem x = e/2, mínimo absoluto= -0,5
emx = O,s.
131. x ;;: ±.1 são os pontos críticos; y = 1 é uma assíntota ho·
rizontal em ambas as direções; o valor mínimo absoluto
da função é e· Jl" em x = -1, c o vah>r máximo absoluto
ée./i1: emx = I.
133. (a) Máximo absoluto de 2/e em x = t?, ponto de inflexão
(e"', (8/3)e...,'), cõncavo para cima em ( - eSI', ~>. cónca·
vo pa.ra baixo em (0, e-VJ).
Respostasselecionadas 755

(b) Máximo absoluto de I em x = 0, pontos de inflexão + cos(2)n + cos(J)1r + co.s(4)n


.l. cos( I )n a O
(±ll.fi, ll.r.~ côncavo p;u-a cima em(--. -I! .fi 'f.; -<· senn
' - sen !!. + sen !!.- \Í3 - 2
2 3 - 2
(ll.fi, -).côncavo parn baíxo em (-I/ .fi, I I .fi). 6
' I
11. ~ k 13. ~
- ·
(c) Máximo absoluto de I em x = O, ponto de inflexão 7. Todas elas.. 9. b
• I 2
(1, 2/e), côncavo pa.ra cima em (1~ «>).côncavo para
baixo em (- -, I).
1!>. 2:' (-1 ).. ' -kI
A• l
17. (•) -15 (b) I (<) I (li) - 11 (•) 16
Exercícios adicionais
19. (o) 55 (b) 385 (<) 3.025
1. A função é constante no intervalo. 21. - 56 23. -73 2$. 240 27. 3.376
3. Os pontos extremos não estarão no fim de um inlervalo 29. (<l) (b)
aberto. y
(2. 3)
5. (a) Um mínimo local em x::: - I, pontos de inflexão em x =O (!, ))

e.< = 2. (b) Um má.-.imo local em x = Oe mínimos locais em


I±J7
x = - 1 ex = 2, pontos de inflexão em x = - - .
3
9. Não. I!. a = I,b=O,c= I 13. Sim.
15. Faça o furo em y = !J/2.
17. r = 2(11/IN li ) pam 11 > 2R. r = R se 11 s 2R
19. (a) Jjl (bl t (e) } (<I) O (<) -~ (I) I (g) } (h) 3 _,
t - b c +b b2 - 2bc + t: 2 + 4tle
21. (a) - - (b) - , - (<) 4e
2e - (c) y
(d) +b+I I I (l, ))
C
23. mo = I - ij• m 1 = q 25. s =c~

27. (:l) k
2
= - 38.72 (b) 25 pés
' /(.t l • .l·2 - 1.
o ,uc~
PooaomtdiQ

29. Sim. y = x + C 31 . ...


• = 3 b-'~'
2\Í2

CAPITULOS

Seção 5.1

1. (a) 0,125 (b) 0,21875 (c) 0,625 (d) 0,46875


3. (n) 1.066667 (b) I,283333 (c) 2,666667 (d) 2.083333 31. (a) (b)
S. 0.3125, 0,328125 7. 1.5, 1,574603 y
9. (íl) 87 pol. (h) 87 pol. 11. (a) 3.490 pol. (b) 3.840 pol.
13. (a) 74,65 1>és/s (b) 45,28 pos/s (<) 146.59 pol.
31
1!>. i6 17. 1
19. (a) Máxima = 758 galões. mínima = 543 galões
(h) Máxima = 2.363 galões, mínima = 1.693 galões
(c) ~ 31, 4 h; ~ 32,4 h (c)
21. (a) 2
(b) zv'i"' 2.828
(<) Sscn(i ) "' 3.061

(d) Todas as áreas são menores que a arca do drculo, tr.


-· . X

Corno n aumenta, a área do poligono tende a tr.


3"< ~ + 311 - I ~ ~ • 12
2711 9
33 I , 37. 12 +
• · ·- 3 611 2 • 3 211
Seção 5.2
39 1 +611+11
6( 1) 6(2) • • 6 611 2 • 6
1· m + m = 7
756 Cálculo

Seção 5.3 (b) a = dfldl é negati\•o porque o coeficiente angular da

1. .J.'.,•d.v J. l'cx'
7. 1°_,,
_, - 3x)ll•
soox ti\·
-1'

z -1 _I
X
dr
tangente a t = 5 é negativo.

/.
3
(c) s = f(.r) dx = I (3)(3) = 9 m. uma vez que a ·mte-
2 2
gral é a área do triángulo formado por y = j(x), o eixo
9. (o) O (b) -8 (<} -12 (d) 10 (O} -2 (I'} 16 xex = 3.
11. (a} 5 (b) s\13 (<) - 5 (d) -5 (d) 1 = 6, uma vez que, depois de t = 6 a I= 9, a região fica
13. (a) 4 (b) - 4 abaixo do eixo x.
15. Arca= 21 unidades quadradas. {e) Em t =4 e 1 =7, já que existem tangentes horizontais
17. Álea = 9rr/2 unidades quadradas. 19. Área = 2,5 unida· nesses pontos.
des quadradas. (f) Na direo;<io da origem entre 1 = 6 e I = 9, pois a veloci -
21. Área • 3 unidndcsqundradas. 2-'. 1) 2/4 2~. b1 - ,,z 27. 1/ 2 dade é negativa nesse intervalo. Para longe da origem
29. 3r.2/ 2 31. 7/ 3 33. 1/ 24 35. 3a 2/ 2 37. b/3 entre 1 =O e t = 6» pois a velocidade é positiva ai.
J?. -14 41. 10 ~3. -2 45. -7/ 4 47. 7 49. o
(g) Lado d ireito ou positivo, porque a integral de f de ()
51. Usando n subintervalos de comprimento tl.x;;; bln e valo· a 9 é positiva, havendo mais área acima do eixo x do
res da extremidade direita: que abaixo.
Área= J>x'
d.< = b' 77. 2x- 2 79. -Jx + 5
53. Usando tr subintervalos de comprimento llx == bln e valo·
res da extremidade direita: 81. (a) Verdadei,ra. Comof é continua,gé derivável de acordo
com a Porte I do Teorema Fundamental do C.-llculo.
Área = j'_2x dx = b' (b) Verdadeira: g é contínua porque é dcrivávcl.
55. M(/) c O 57. M(/) c - 2 59. M(/) • I (c) Verdadeira, uma VC'l queg'(l) = f(l) = O.
61. (a) M(g) = -1/ 2 (b) M(g) = I (e) M(g) = 1/ 4
(d) Bllsa, uma vezqueg--+ (I) = f'( I) >O.
63. a = Oe b = 1 maximi1..a a integral. (c) Verdadeira, uma vez qucg11) = Ocg-+ (I) =f( I)> O.
65. Limite superior = l,limite inferior = J/2. (f) Falsa:g-+ (x)=f(x) >0, logog-+ nunca muda de sinal.
1
67. PorexcmJ>Io.fo scn(.r2)(l\' .s 1• dr • I
(g) Verdadeira, pois g '( l) =}l i )= Oe g'(x) = j(x) é uma
função crescente de.< (pois j'(x) > 0).
69. J."/(.r)dx ;, ;.•Od< =O 7 1. Limi1e supcrior = 1/2 Seção 5.5

Scção5.4
I. - tcos3x +C 3. tscc2t +C S. -(1x- 2)..., +C
7. - 6( I - r'l'" + C
I. 6 3. 8 S. I 7. 5/ 2 9. 2 11. 2VJ 13. o 9. t<x"'- I)- kscn(l''" - 2) +C
21fJ
15. - lf/ 4 17. - 3- 19. - 8/ 3 21. - 3/ 4
11 . (a) - t (co!g 2 20) +C (b) - t (cosec 2·2o) +C
23. Vi - '\Ys + I 25. 16 27. 7/ 3 29. 11
31 • .J,c4" - 2'> 33. !<•- I) .1:<. (eosVx) C~) 13. -t(3- 2s)'f ' +c 15. ~(5s + 4 ) 112 +c
37. 4r' 39. 3.t ' e"">! 41. •v r.--c-";
1 + ,t' 3 -2x
.a .. I - 1/ 2 senx 17. - ~ (1- o'>"' + c 19. ( - 2/{ 1 + -h))+ c
~;. ~7. z..e<•IZ>r ~9. I SI. 28/3 :<3. 1/2
21 . .J..sen (3r + 4) +C 23. ln (scc.r( +C
S5. 51/ 4

61. d,dcsdcy'
57. n 59.

=} c >{n} = t"'- 3 = -3
'\!f"
J.' 25.
>

(~·; _ I r + c 21. - tcos(.v)fl


2
sen (1/0)
+ n) +C

29 I
· 2cos(2t + I)
+C 31. 2 +c
63. b, desdey' = sec.v c )~O) = J. sccult + 4 = 4
0
(s3 + 2s2 - Ss + 5) 2
33. - sen(+ - I)+ C 35. 2 +c
y = l 'sec I dt + = 1'/t,) IÍ< + so
H·-+Y"+c
65. 3 67. S

37. 39. e"<'",.+ C


?
69. 'Jb" 71. S9.00
4 1. 2•s(ev•"+ 1) +c ~3. ln(ln.r( +C
73. (a) u = <lls = '
u u1 o
1
J.'A•) dr = f(t) = u(5) = /(5} = 2 m/ s 4~. z- ln(l + •') + C 47. t•s-• (~) +c
snow
Respostas selecionadas 757

$1. t<son" 1x)1 +C 53. lnj1g" 1yj + C ~5. - ~ 7 >7. In (9/ 25) 59. -~ (In x)"2 + C

21 ~ 3 (3'') +C 6.1. ~s<:õ1 2(r -


6 6
oo. (n) :--''-;-- +C (b) - 1
+C 61. I) I+ C I
2 + 1gJ.r 2 + tg·x
6 5 \121 - I) + C 67. !4scc- I 2x 2- I + C
(c) - +C 6.• 2g -1 (-'"Vi
2 + tg 3 X
~7. ison YJ(2r - 1)2 + 6 +C ~9. s = !<3r2 - I)'- 5 69. , .... v; +c 11 . 2V tg" ' y +c 1.1. 16
75. 2 77. I 79. 8 81. 27\13{160 83. n/ 2
61. s • 4t - 2sen(2J+~) + 9 8> v'3 87. 6Yl - 2n 89. - 1 91. 2 93.
95. 15/ 16 + ln2 97. e- I 99. 1/ 6 I OI . 9/ 14
63. s = scn (2r- ~) + IOOt + I 65. 6 m 69. b) 399 Volts
9
10.1. ~2 105. n 107. n/ VJ H19. sec" 1 j2yj +C
Seção 5.6
111. n / 12 113. (11) b (b) b
I. (n) 14/ 3 (b) 2/3 .1. (n) 1/ 2 (h) - 1/ 2 d
S. (a) 15/ 16 (h) O 7. (a) O (h) 1/ 8 9. (a) 4 (h) O 117. (a) ,1,C.dn.<- .r+ C)= ·'·xI + lnx- 1 +O= lnx
11. (n) 1/ 6 (h) 1/ 2 IJ. (o) O (b) 0 IS. 2VJ I
17. 3/ 4 19. 3'" - I 21. 3 23. n/ 3 2S. e (1}) ...--=--i
-6
27. In 3 29. (ln2) 2
31. :
11 4
33. In 2 JS. In 27 37. " 119. 25' F 121. V2 + cos-'x IZ3. - - ,
3+x
39. n / 12 41. 2n/3 43. v'3- I 45. -n/ 12 <IJ' -2 <ly I
J2S. d·., • x e ® tl lu ) 127. 't·· • :J==;~;d==;o===,~
47. 16/ 3 49. 2'" ~1. n/2 53. 128/ 15 SS. 4/ 3 ' ~V I - 2 (scn" 1 x) 2
57. 5/ 6 59. 38/3 61 . 49/ 6 63. 32/3 65. 48/5
129. Sim. 13 1.-..J I +.r'
67. 8/ 3 69. 8 11. 5/ 3 (Há três ron•os de inlcrse<;ào.)
73. 18 75. 243/ 8 77. 8/ 3 79. 2 81. 104/ 15 133. Custo~ S J0.899, usando-se uma estimativa de soma in·
4 4
83. 56/ IS 85. 4 H7. J - ;r 89. n/ 2 91. 2 9.1. 1/2 ferior.
95. I 97. In 16 99. 2 I OI. 21n 5 Exercícios ad.icionais
10.1. (a) (± Vc.
c) (b) c = 421' (c) c = 4'~'
105. 11/ 3 107. 3/ 4 109. Nenhuma dela<. 111. f16)- N2) I. (a) Sim. (b) Não.
113. (a) - 3 (b) 3 IIS. I • af 2 5. (o) 1/ 4 (b) V'i2
Exercícios práticos 7. f(x) e ~ 9. y e xl + 2< - 4
:t 2 + I
I. (a) cerca de 680 pés 11. 36/ 5
(b) fl(p<!S) y
.,.
....,.
,.
'00

""'
100
, ___,c->, (s)
--:i
ol-'":!,,...--7---!-
IJ. t-~
3. (a) - 1/ 2 (h) 3 1 (c) 13 (d) O )'

~- j!-(2~:- o-•/2 tb: -


9. (:.) 4 (b) 2
2 '-l:cos.ftl\' - 2
(c) -2 (d) -211 (e) 8/ 5
, ..
I I. 8/ 3 13. 62 1$. I 17. 1/ 6 19. 18 21. 9/8
23. ~; + "? - I 25. 4 27.
7
S~-
•I
29. Min: - 4. max.: O; área: 27/4 31. 6/5 33. I
15. 13/3
J7. y lia lx(scn 1
1
) tlt - 3 J9. y = scn- 1 .\'

41 . -
y-SCC- • .\' + 2" ,.l· > I ~3. - 4(cosx)'IZ + C
3
45. cr + O + s<:n(20 + I) + C 47. !!.3 + .i + c
49. - tcos(2t 3~') +C SI. 1g(e'- 7) + C 53. e'•' +C l X
!'S. -~n 7
57. ln(9/ 25) ~9. -~(ln.<)-2 +C
758 Cálculo

17. 1/ 2 19. n/ 2 21 . ln2 13. 1/6 25. /. 'f(x)tl< (b) Em torno do eixo x: V::::; em torno do eixo y: V:::: ! .
, I I 6
27. (b) nr · 29. T,;"i· 2 111 2 2: I 31. 2{ 17 4 2
li. (a) '.." (bl " (<I 2n (d) ; '
> 3 >
33. ('>) O (b) - I (c) - n (d) .< = I 4;r 71f
(<) y = 2.< + 2- n (f) .r = - l •.r = 2 (g) [-2n.O] 29. (:oi 15 (b) 30
scn4y seny lxl Jl. (•) 2411 (b) 48n
J7. 2/.r 39.
•r - • r 41. 2.r lnlxl- x In. '- s s
V)' 2vy V2
l
9rr 9n
~3 . (sen.r)/ .r ~5. I 33. (a) 16 (b) 16
35. Disco: 2 integrais; arruela: 2 integrais; casca: I integral
CAPfTUL06 39. n(l - ~)
Seção 6.1
Seção 6.3
1. (il) A(.r) • ;r( I - x 2) (b) A(x) • 4(1 - x2)
(<) A(x) = 2( I - .r )
.1. 16 5. T
16
2
(d) A(x) = VJ(I - x 2 )
• r.:
7. (:>) 2 v 3 (b) 8 9. 8n
1.
5
~ J. 1 5.
2
i 1. e'+2 <J. 12 11. t
5

123 99
11. (a) n 2/ 2 (b) 2n 13. (a) szlo (b) s211 2rr
15. T
13.
32 15. T 17. 11/ 3

3
17. 4- n 19. ~" 21. 36n 23. n 25. -}(1- ;,)
19. Cal l'v1
-o
+ 4.r 2 d< (c) "'6.13

27. f1n4 29. •(-} + 2v'2- Jf) 31. 2n 33. 2;r


21. (n)
fV+
0
I cos2y tly (<) "' 3,82

35. 4n ln 4 37. n 1 2n .19.


2n
T •, 1. ll1n
s 23. <•> l'v1 + Cy + 1)2 tly (c) ., 9.29

f.
- -o
4n 49 1n 25. (a) secxtl< (c) ., 0.55
43. n(n - 2) 45. T 47. 8n . 6
51. (a) S;r (h) .&!. (<) ~ (d) 2~~11 27. Sim,jtx) = :tx + C, onde C é qualquer :número real.
5 3
5
53. <•> ls
16n
(t1J ~; (<) 64n
15 29. (a) y= $de (I, I) a (4, 2).
5$. Jl = 2a 2b:r 2 {b) Apenas uma. Conhecemos a derivada da função e o
n11 2(3, - h) I valor da função em um único valor de x.
57. (á) v- =....:::,3::---= (b)
120., mfs
59. 11 2/ 2 61. V • 3.308 em' 31. y • e<P- - I 33. - In (2)
?
63. (a) c• if (bl c• O
Seção6.4
(c) o•
I. 4pés 3. (L/4.L/4) ; . Mo= 8.M = S. :T =I
i. 7. Mo • 15/ 2.M • 9f2,."i • 5/3
' 9. Mo= 13f 6,M = = 73/ 30 S.x
11. AI• = 3,M = 3..\' =I
13. X=- O.ji e 12/ 5 15. .i~ l.ji,. -3/ 5
17. x = 16/105,_;; = 8/ 15 19. x ~ O,y ~ r./8
21. (o) x., 1,44,y"' 0,36
(b) 1

Seção6.2
Sn 1n
1. 6n 3. 2tr •' . 14tr
3 7. 8n 9. 6 11. 15

13. (b) 4n 15. ~~; (3\12 + S) 11. s;


4n 1
o '
19.
T 21. ~" n
_ ln4 _
.\" u ""ji""". )' a: 0
6n !!!..
23. (o) T (b)
5
(<) 2n (d) 211
27. x = 3/ 2,_;; ~ 1/ 2
2lf
25. (a) Em ~rno do eixo x: V = 15; em lorno do eixo y: 31 . (a) 22;n (b) x = 2, y =o
V= 6.
-
Respostasselecionadas 759

35 . .'i= y = 1/ 3 37. ;T = <1{3.y = b/3 39. 131)/6 7. (a) 2rr (b) rr (c) 12rr/ 5 (d) 26n/ 5
0 9. (a) 8rr (b) 1.088rr/15 (<) 5 12rr/ IS
41 . .'i= O. j' = : ~
11. rr(3V3 -n )/3 13. n(e- I)
2Sn
15. - -pts
3
J
17. io
Scção6.5 9tr
19. 3 + t ln 2 l i. 10 z;;. x = O,y = 8/ 5
I. (a) 2rr f. >i' tg.<Y I + see'.ul< (c) "'3,84
l7. x = 3f 2.y = 12/ S
23. T

l9. x = 9j 5. 'v = 11/ 10

3. (a) 2rr j' f,~ tly (<) ,.5,02 31 . 28n VÍ/3


39. 10 pés·lb. 30 pés·lb
33. 4rr
35. 76tr / 3 37. 4.640 J
41. 418,208.81 pc.<·lb
s. (a) 2rrj'c3 - Y.i')1 Y I + (I - J.,-•!2)' <lr (c) "' 63.37 4~. 22.500rr pés· lb, 257s 4S. 3.32.81b 47. 2.196,481b
49. 216ur1 + 360u'l
7. (a) 2nJ. >i'(J.' tgttlt)sccytly (c) "'2,08
Exercícios adicionais
9. 4rrVs 11. 3rrVs 1.1. 98rr/ 8 1 IS. 2rr
~
y--;r- = VC'=I.r + a, onde C i!: I
17. rr(Vs- 1)/ 9 19. 35n Vs/3 2L rr (:~ + In 2)
I. f(x) a .1. f(.r)
11
23. 253rr/20 ;;. x = O. y • , + • (0. 1/ 2)
27. Deve·se encomendar 226,2 litros de cada cor. 9.
-" 1
(a) x = y = 4(a 2 + ab + b 1)/(311(a + b))
JL (a) s\12 n (b) 2; (2VÍ- I) (b) (2a/ rr. 2<l{rr)
411
33. 8n 1 3S. 52rr/ 3 11 . 28/3 IJ. ~ I;. "'2.)29.6 11>
37.
6
~ " <•'" + 1
3c f2 - 4) 39. 31TVs 17. (a) 211/ 3 Cbl (6a 1 + 8all + 3h1)/(6a + 411)

43. V= 32rr, S = 32VÍrr 4S. 4rr 1 47. x = O.y = ~1


CAPÍTULO?
•'9 . -x= O.y=
- 4b
j'; r.: l
·sI · •Vlrra(4+3n )/6 <3 3
... 2a'
Seção 7.1
Seção 6.6
I. ln(t) 3. lnjy2 - 25[ +C 5. ln[6 + 3tgtl + C
L 400N·m ~. 4cm.0.08J
S. (a) 7.238 lb/pol. (b) 905 pol. · lb. 2. 714 pol. ·lb 7. ln( l + Y.;) +C 9. 1 11. &~' 11 +C 13. 2
7. 780J 9. 72.900pés·lb 13. 160pés·lb 15. 2e..;; +C 17. -e-•' +C 19. -•''' +C
IS. (o) 1.497,6001>éS·Ib (b) I h.40min
(d) At62.261b/pés': a) 1,494.240pés·lb b) I hr, 40min
21. {-e.J«'"' + C 2.1. I 2:<. In (I + e') + C
At62.59 lb/j>és': a) 1.502.160 pés ·lb b) I hr. 40.1 min 29. lt: 2 31. h~7 33. 32760 35. 3Vz+l
17. 37.306 1>és·lb 19. 7,238,229.47 pés· lb
21. (o) 34,583 pés· lb (b) 53.483 pés· lb
37· I ((In ., )') C 39 2(1 ~)' ' 1. 3~-n2 43. In lO
23. 15,073,099.75 J In 10 -2- + · "" • '
27. 85.1 pés·lb 29. 64.6 pés·lb 3L 110.6 pés·lb 4S. (In lO) In( In.<( + C 4?. y = I - cos (c' - 2)
33. (o) r(y ) • 60 - Vso' - (y - 325)2 para 325 s y s 375 pés 49. y a 2(c-• + ., ) - I SI. ) ' a ;r+ ln(.<l + 2 5.1. rr In 16
(b) t.V"' rr(60 - Y2.500- (y- 325)' J' t.y SS. 6 + ln2 57. (b) 0.00469
(c) IV a 6.3358 · 10' pés·lb 69. (n) 1.89279 (I>) -0.35621 (c) 0.94575 (d) -2.80735
35. 9 L32 pol.·onca 37. 5.144 X to 10 J (t) 5.29595 (r) 0,97041 (g) - I ,03972 (h) - 1,61 181

Scção6.7 Seção 7.2

I. L684.8 lb 3. 2.808 lb 5. (a) 1.164.8 lb (h) L 194.711 I.(n) -0,00001 (h) 10.536 anos (c) 82%
7. 1.3091b 9. 41,61b I L (a) 9.l.J3 1b (b) 3 pés 3. 54,88 g 5. 59,8t>és 7. 2,8147498 X lO"
13. L035 péJ IS. wbf2 9. (a) 8 anos (b) 32.02 anos
11. 15.28 nnos
li. Não. O tanque transbordará, pois a extremidade móvel l.l.(a) Aoe.., (b) 17,33 an<>s: 27.4 7 anos
terá se rnovido apenas 3~ pés no momento em que o tan· IS. 4.50'4 17. 0.585 dias
que estiver cheio. 3 21. (a) 17,5 noin. (b) 13,26 no in.
23. - 3'C 25. Cerca de 6.659 ano$. 27. 4 1 anos.
19. 4.21b 21. (a) 374,41b (h) 7,5 pol (c) Não.
Seção 7.3
Excrdcíos práticos
9rr _ 72rr I. (a) mais devagar (b) mais devagar (c) mais deva·
I. 280
3· "' o. 35 gar (d) mais rápido (c) mais devagar (f) mais deva·
gar (g) à mesma taxa (h) mais devagar
760 Cálculo

3. (a) à mesma taxa (b) mais rápido (c) à mesma taxa


(d ) à mesma taxa (c) mais devagar (f) mais rápido
(g) mais devagar (h) à mesma taxa
77. (b) n (c) 80Vs "' 178.89 pésfs

79. y = sech- 1(.<) - ~ 8 1. 2rr 8.1. 56


5. (a) à mesma taxa (b) à mesma taxa (c) à mesma
taxa (d) mais rápido (c) mais rápido (f) à mesma 8S. 16rr In 6 + 45 gn
taxa (g) mais devagar (h) mais rápido 89. (<) o"' 0.0417525 (d) "' 47,90 lb
7. d.,a,c.b
Exercícios práticos
9. (a) falso (b) fa lso (c) verdadeiro (d) verdadeiro
(c) verdadeiro (f) verdadeiro (g) falso (h) verdadeiro I. -cose'+ C 3. ln8 ::. 21n2 7. ~(ln(x- 5)) 2 +C
13. Quando o grau de fé menor ou igualaodeg 1 . - _!!!1_
9. 31n7 11. 2(v'i - l) 1.. .>- ln(3/ 2)
15. I, I
2t . (b) ln(e 11000000) e 17.000.000 < (e"x •O'ji/ IO' a:;. y = lnx- In 3
~ •""' 24, 154.952.75 17. (a) à mesma taxa (b) à mesma taxa (c} mais rápido
(c) .r "' 3.43063 11 X lO" (d) mais rápido (c) à mesma ta.xa (f) à mesma taxa
(d ) Elas se cruzam em·'~ 3,4306311 x IO".
19. (a) verdadeiro (b) falso (c) falso (d) verdadeiro
23. (a) O logaritmo que dâ O (11 log, 11} passos. (c) wrdadeiro (f) verdadeiro
25. Se1·iam necesscírios um milhão de passos com uma busca 21. 1/3 23. 1/o m/s 25. ln 5x - ln3.v • ln(5/ 3)
21. 1/ 2 29. 18.935 anos
seqüencial c no máximo 20 passos com uma busca binária.
Exercícios adicionais
Seção 7.4
I. coslo.< = 5/4, 1gh x ~ -3/5, eo1gh x = - 5/3, I. (a) I (b) n / 2 (c) n 3. 2/17 7. x= 1 ~4 • .v =o
scehx = 4/S.coscchx = -4/3
3. scnh.r = 8/15, 1ghx = 8/17,colghx = 17/S.sech.T = 15/17.
coscehx • 15/8
I ~ x CAP{TUL08
5. .\' +X 1. e·" 9. e"t 13. 2coshj'
Seção 8.1
t S. -·-h'.VIr + ljthVtVt
1 17. co<gh:
I. 2V8.< 2 + I + C 3. 2(scn v)·''' + C ::. In S
19. (lnsechO)(scehOogh O) 21 . 1gh3 v 23. 2
25. I 27. - I O- lgh- 1 0 7. 2 1n ( vx + I) + C 9. -tlnJscn(3 - 7.r)J + C
2Vx(l +.v) 1+ 9

29.
1
• r- colgh- 1\Í!
2VI
31. -scch- 1 x JJ
· J
,,2( ) ld IJ. 31n scc
I J+ 1g JI+ C
11. - lnJros«: (e + I) + co1g (e• + I) J + C

Y
1
+ ~ 15. -lnJcoSC<: (s- n) + co1g (s- n )J +C 11.
JS. J:=xJ 4 1. cosh 2 ' +C
2
' - ln3) + C
4.\. 12scnh('-
2
3t<+ll
19. .... +c 21. TnT +c 23. j;;2 +c
zw
45. 71nJe"" + ,-xflJ +C 47. 1gh (.'- ~) + C 25. 31g- 1l11 + C 21. n/ 18 29. sc1f 1s' +C
31. 6sec-' J5.<1 + C 33. lg- ' e' + C 35. 1n(2 + v'3)
49. -2 so:chVt +C 51. In ~ 53. }2 + ln 2 55. e - .-• 37. 2n JY. sc 1r'(t - 2) +c
1
$7. 3/4 59. ~ + lnv'i 61. In (2/3) 63. -~a3 65. In 3 41. scc- Jx + IJ +C. quando J.< + IJ > I

61. (a) scntr1("Vl) (b) In( v3 + 2) 43. 1g.< - 2 1n Jcoscc ·' + colg.<J - coogx- ·' + C
45. x + scn 2x + C 47. ·' - In Jx + IJ + C 49. 7 + In 8

$1. 2t 2 - I+ 21& -~(~)+C 9. 1


+ vr:-;r +C
(:i) +scch- W
SCTf .t

71. (:o) -=h- 1 1


::::. Vi 57. 1p- scc.< + C 59. lnJI + sen 91 + C

- (' +VI - ( 12/13)') (I+ VI - (4/5)')-


61. cotgx + x + coscc x + C 6J. 4 -65. Vi 67. 2
(b) In ( 12/ 13) + In (4/5) - 69. ln j\12 + lj- ln j\12- 1j 71. 4- ~
73. -lnJC<>SCC(scnO) + coog(scnO)J +C
- ln G) + ln(2) = ln(4/ 3)
75. htJsen.<J + lnJcos.<J+C 77. 12og- '("v'y)+C
73. (a) O (b) O
. 2/(.<) .. 2/(x) 79. soe-•I·' ; ' I+ C 81. lnJsec(lgt)J +C
75. (b) a. j(x) =-r-+ O=/(.<), n. /(.<) =O+ - - = j(x)
2
Respostas selecionadas 761

8.1. (11) senO- ~sen


o
1 0 +C I
9. 2[1nJI + .<1-lnl l - .viJ + C
'
(b) senO- tscn ' O+ 5scn
I , O+ C
11. t lnl(.v + 6)2(x - I)' I + C 13. (In I S)/2

(<) j cos90t/O • j cos•o(cosO)dO I I I


15. -2 1nltl+6 1n Jt + 2l +] ln Jr - IJ + C 17. 3ln2 - 2

= j(l - '"'n'0) (cos0)<0


4
19. .!. lnl·' +'I-
4 .v -1
;'
2(x- - l )
+C 2 1. (n+ 2 1n 2)/ 8

85. (a) jtg 3 0<10 = ~tg 2 0- f tgOtiO ., _, - , '-- + c·


~ ·'· tg y -
y· + I
• !•s'o+ lnJcosOJ +C 25. - (s - W' + (s - I )" 1 + tg" ' s + C
27. , -I + In (e' + 20 + 2) - tg" 1 (li + I) + C
<bJ J•s 'odo = ±•s•o- J•s 'odo 11'+20 + 2

<cl J•s 'o,to = i•s•o - J•g'odo


29. .v' + lnlx; 'I +C

31. 9x + 21nlxJ+ } + 71nlx- 11 +C


{d) Jts 2l+' o(to • ~ktguo - J1s U:- •odo
/
33. T - In IYI + 2I h• (I + y 2) + C 35. In ( e', +l)
+ + C
6 2
-i'
87. 2v'i- 1n (3 + 2v'i)

91. In (2 + v.J) 93.


S9.

x • O. y • In (2 -h + ) I"'"Y-
37· 5I 1" scny+321 + c
2 3 (tg·• 2.•)' 6
39. 4 - 31nJx- 21 + <=2 +C
. 6t
Seção 8.2 41. x • lnlt - 21 - lnlt - 11 + In 2 43. x • i+2- I
I. -2«os (.r/ 2) + 4 scn(.r/2) + C
45. 3n ln25 47. 1.10
3. r2:sent+ 2toost - 2s.ent +C .5. hl 4-~ IOOOe"'
7. )• tg- 1()•)- lnv'i'+? +C 49. (a) r e (b) I ,55 dias
. 499 + •"'
9. x tgx + In JcouJ + C
51. (a)
22 n
T- (b) 0.04%
11. (.v' - 3.v 1 + 6x - 6lc' + C
13. (x 1 - 7.v + 7)e' + C (c) A área é inferior a 0,003.
1!1. (x'- S.v• + 20x3 - 60x2 + 120.<- 120le'' + C
Seção 8.4
17. -" '8-
- 4 19. 511' -93VJ I. 8/ 15 3. 4/ 3 5. 16/ 35 7. 311' 9. 11' 11. 2
13. I IS. 4 17. 2 19. 2 1n(1 + \/2) 21. \/2
21. ~c-c•coso + e• senO)+ C
23. 2VJ + In ( 2 + v.J) 25. 4/ 3 n 4/ 3
n. •"'
13(3senlr + 2coslv) + c 29. 2( I - In 2) ~I. 1- lnVJ J.l. -6/5 JS. n

15. t (v':j;'+9ev'.b+9 - ev'.b+9) + C .17. O 39.


2n ( (9\1'4 + I)3" - :1)
41. In ( I + v'i)
27
21. -II' VJ- - ln(2)- 18
"'
3 43. 11' 2/2
29. t r-.rcos(ln.r) + xscn(ln x)) +C Seção 8.5
Jl. (a) n (b) )n (c) 5n (cl) (2n + I )n
33. 211'(1 - ln 2) JS. (a) 11'(11' - 2) (b) 2n I. In 1\19"+7 + Yi + C 3. 11'/ 4 5. tr/6

.17.
..$I.
2~ (I- e- 1'f)
1

= .\'", dv .., t!'~ dx -'3.


11
39. u
+
~ x", dv = cosxflr
X SC1f 1 .\' COS (SC1'1 1 .\') +C
7. i scn· ' (~) + rVif-? +C
2

2
45. xscc· • x - In l.v + V .r - 11 +C 47. Sim 9. !In~~ + V4x~ - 49 1 +C
1 1
49. l•J .rscnh- x- cosh(senlí .<) + C
(b) xscnh- 1x- (I + x 2 ) 112 + C
11. { V y',-
49
- scc-'(~) J+C 13. ~+C
Seção 8.3
I 1 3., . ~ -2 ~
I. --L,. + - 3 - 3 - '- + 3
15.
3 (.v + 4) • ' - 4 vx' + 4 + c 11. ,. + C
x - .> x- 2 ' x + l (.r + l )! 19. 4VJ- 411'/3 21. ~+c
~ -2+.::.!. +_1_ 7· I + _!1_+ -12
... : z2 :- 1 t- 3 t-2
762 Cálculo

23. -! (~)'+c 2~. 21g -•2r + :x


(4.r + I)
+C
cos Sx cosx
33. - - ,0- - - 2- +c 35. 8
[scn(7t/ 2)
7 -
scn(9t/ 2)]
9 + c
37. 6scn(0/12) + *scn(70/12) + C
l7. ! (
3~
" )' + C 29. In 9 - In (I + v'iõ)
1 1
39. - tn (.r1 + I)+ ·' , + - 1g- 1 .r +C
31. n/ 6 33. sce-1 ~<1+ C 35. v?"=!+ C 2 2( 1 + x-) 2

37. y = { ~ - sce-•(J)J 41. ( · - t)son-·~ + tvx- x 2 + c

43. son-
1
~- v;-:::-;; + -~
I'
c;....
·

39. y = fls-•(J)- 3
8
" 41. 3rr/ 4 , - 1n
-'S. •v11 - scrrt + Yl -
sent
scn'rl + C

~3. I _ 1 !(.r/ 2) +C 4$. I 47. "1" ~7. In ltny + Y 3 + (ln.v)2I+ C


49. - I In
v'í
I l!l (t/ 2) + I -
lg (t/2) + I +
Vil
v'í
+C
49. In l3r + Y9r 2 -
51. xcos·•~ + 1sen·•~- tvx -
ti +C
x' + c

,+ (0/2) I
51 . In II _ IS (0/ 2 ) +
1g
C
] _SCil 2t"COSlt' _ 2scn 2\'COSlt' _ ~+c;··
5.• 10
4
15 15
2

cos3 2ntscn2rrl 3 C0$2lft scn2nl


55. n n + +3t+C
2
Seção8.6 2 3
20 + scn 20 +C C
57• scn'20cos
IO 15
2 ,
;.9• J ' !l 1 +
1. .v2r.3 (~s-•J·' -3 3j +c 61. 1g 1 2x - 2 1nJscc2rl +C
r----7 (2(.< - 2)
3. .vx-l +4 ) +C 63. s[- t colg' r +colgt+ /]+c
3
(l r - J)ll>(x + I) (socn x)(lg;rx) 1
5. 5 +c 65. n + ;; lnJ secnx+ lgnxi +C
scc2 3x rg3x + ~ 3 +C
7. -~
, -2,~
In • ~ - 31 + C 67. 3 3 IS ·'
· 3 v 9 - 4.r +3
(.r+ 2)(lr - 6)Y4.r- .r2 _1 (.r-2) +C 69.
4
' 3 1o Icosccx + cotg.rI+ C
-cosoc· .r COI&< - 3 coscc .rco1g.r - g
9. +4scn - - 8
6 2
71. 4.r'( lnx):! - lr.-(ln .r) + 2
.t :
+C ek
73. 9(J.r- I)+ C
11 . - -...;;- inl...;; + v'-7"+?1 +c
1
X
75. 2r'e"il- llt 2e'/2 + 96e"'(Í - I) + C
-~
13. v• -.r· - 21n- 1'+~,
.r · +C
· - - - 2 [ ~·
77 -···'2' _u_- --2' l +C .... _,
79 -··"- - -
"- +C
· ln2 ln 2 ln 2 (h>2l' · lnn (In,.)'
1s. ~V2s - ,,, + ~ ,.,,-• ~ + c I
81. ;-lsoc(e' - l) lg(e'- I) + lnlscc(e'- I) +
17. 2scti 1 Í - t•·Y4- r 2 +C - lg(e'-lli]+C
8.1. v'í + In ( v'í + I) 85. n/3
19. +s-•[t~s (f- e)]+ c 87. ~ scnh' J.rcosh 3.r -
10 90
1
scnh 1 3.,·cosh ::lx + : cos1>3x+C
5
•''
21. T3(2cos3t + 3 sen3t) + C .r' 2'
89 . y :o;enh'.>.\' - 9cos.I13.r + 2 senl I :>:~
' + C
27
2.1. ·~' cos- (.r) 1
+ ~son- 1 (.<) - ~x~ +C 91. - soe~' x + C 101. 21T V3 + nv'í ln(v'í + v'3)
103..< = 4/ 3,Ji = lnv'í lOS. 7,62 107. n/ 8 111 . -rr/ 4
25. s ' + tols '"l·' + 331 +c
18(9-s) s-
Seção 8.7
27. - ~ +~ln~~-J,
3
+C I. 1: (a) l ,S. O (b) 1.5. O
(<) 0%
·' V4x +9+3
11 : (a) 1.5, 0 (b) l,S,O (c) 0%
29. 2~ - 4 ~s-• J3r; 4 + c 3. 1: (a) 2.75. 0.08 (b) 2.67. 0.08 (c) M3 12 <= 3%
11 : (o) 2.67. O (b) 2.67. O (c) 0%
X.) !( 2 I
31 . T lg- 1 .r - '6+61n ( l +.r 2) +C S. 1: (n) 6.25. 0,5 (b) 6, 0,25 (<) 0.041 7"' 4%
11 : (a) 6, O (b) 6. O (<) 0%
Respostas selecionadas 763

7. 1: (n) 0,509. 0.03125 (h) 0,5. 0,009 (<) 0.018 "' 2% 49. (a) "'5.870 (h) llirl s 0.0032:
11: (a) 0,5, 0,002604 (b) 0,5, 0,0004 (<) O% SI. 21,07 pol. S.1. 14.4 SS. 54,9
9. 1: (a) 1.8961 , 0,161 (b) 2.0,1039 (c) 0.052"' 5%
11 : (a) 2.0045.0.0066 (b) 2. 0.00454 (<) 0"/o Seção 8.8
11. (a) 0.3 1929 (b) 0,328 12 (<) 1/ 3, 0,01404, 0,0052 1
13. (a) 1.95643 (b) 2.0042 1 (<) 2. 0.04357, -0.00421 I. tr/ 2 3. 2 5. 6 7. n/ 2 9. 1n3 ll. ln4 D. O
15. (a) I
17. (a) 11 6
(h) 2
(b) 2
r;. v'3 11. ,. 19. In( I + f) 21 . -1 n
19. (a) 283 (h) 2 2!". -114 27. rr/ 2 29. rr/3 .li. 6 3.1. In 2
21. (a) 71 (b) 10
23. (a) 76 (b) 12 35. Diverge. 37. Converge. 39. Converge. ~I . Converge.
25. (a) 82 (h) 8
21. 15,990pes' 29. 5.166,346pes"' 0,9785mi 31. "' 10,63pes 43. Diverge. 45. Converge. 47. Converge. 49. Diverge.
33. (a) "'0,00021 (b) "'1,37079 (c) "'0,0 15% 51. Converge. 53. Converge. 55. Diverge. 57. Converge.
35. (a) 3, 11571 (b) 0,2588
(c) Com M = 3.11, temos lEr I s (11' 3/ 1200)(3. 11 ) < 0.08 1 59. Diverge. 61. Converge. 63. Converge.
39. 1.08943 4 1. 0.82812
~3 . (a) r, r,,. " 65. (a) Converge quando p < I. (b) Converge quando p > I.
0 ., 1.983523538. 1.999835504.
r,,..., 1,999998355 67. I 69. 2n 71. In 2 73. (b) '>0,88621
(b) 7!". (a)
10 lerl = 2- r. 1 p

0,016476462 = I,6476462 X 10-2


lO
100 1.64496 X 10-.o ...'·' •••
1.000 1.645 X 10~ •• Sii.Tt•l'~m M

....••
l,l
I ' ' •••
(<) llioo.l "' 10-'lli,l 0,1

(d) b-" = rr ~ h-
, = tn'·M = J o
10 1).~ -0.~

Ié. I :s ~2 (:: ) = I~' o s 10 15 lO u


(b) rr/ 2
IE, ,..I "' n 1
12(1011) ' e w-'IE••I
77. (a) Y

4!'. (a) j"(x) = 2 oos (.r2 ) - 4x 2 scn(.r2 )


(h) , .. -.&.r s..Wt • l(o»ll:J
y

(b) "'0,683. "'0.954, "'0,997


81 . Diverge. 83. Converge. 85. Com•ergc. 87. Diverge.
(c} O grafico mostra que -3 Sf->(x} s 2 para -1 S x s I.
1 - ( -1 ) ·' ' Excn.:ídus práticos
(d) IErl s (A.r 2)(3) = ~i'
12 1 (2.r + I )5/Z (lt + I )3/2
Ax: O 11 1. c4.r2 - 9)',~ +c 3. - +c
(c) IHri :s - - :s
2 T < O.Ol (I) " l!: 20 12 10 6
~7. [U) 2,3: 1,6: 1.5:2.1: 3,2;4,8: 7,0:9,3: 10,7; 10.7:9.3: 6,4; 3.2 S. YSx: + 1 +C 1. tln(25 + y 2 ) + C
(h)
4~ J.•c
C(y))2 <'>• I c) "'34,7 pol '
9.
- V9 -
8
4r 4
+ c 11 . 25
9
<•'" + •>"' + c
(d) V= 34,79 pol', de acordo com a regra de Simpson. A 1 1
13. - +C 4 1n l3 + 4oosrl +C
15. - -
estimativa pela regra de Simpson deve ser mais acura· 2( 1 - cos20) .,._._,
da do que a trapezoida1. O erro na estimativa da regra -te(os:tx + C 19. -tcos3(c") + C
17. 21. -1 ' + c
de Simpson é proporcional a t;x• = 0,0625, enquanto o
23. ln lln ui +C 2S.Inl2 + tg-'xl +C
"-
erro na estimativa trapezoidal é proporcional a 6..i! =
0~25. um n(Jmero maior quando tu= 0,5 pol. 27. scn- 1 (2.r) + C 29. tserr'(~) +C
Snçw
764 CálCulo

4 2
31. h·•(f) +C JJ.tsec· • ~~~ +C 103. 2X: + 3 tn l.r + 2f + J In !x - lf + C
x1 9
'~- •••'(x ; 2) +c !•s·'(~'; 2) •· c J?.
to;. T - l''" lx + J f + l3 ln f.<+ 11 + C
,19. soe· ' I·•- ti +C ~t. f- •c~l• +C 107. ! In
3
I y;-:;:-j'-
Vx'+i +l
'I +C 109. tnfl - e·'t + C

~3. jcos'(~) - 2coo(~) + C tii . - Vt6 -y 2 +C tu. -!tnl4-.r'l+C

~~- -
og'(lt)
4- -
t
2'" 1=211 + c m. tn~ +C 11 7. t •n l;~ ~~+C
~7. - ! tn fc:os«(lr) + co\g(l<)l +C ~9. tnv'i ;t. 2 I"· - "";' + "";' + cXlll. T' + c X

~-'· 2Yl $$. X- 2 tg·•(f) +C U.l. co;o- "";~ 18


+c u;. 4V1 - cos (l/ 2) +C
$7 •.< + .<' + 2 In ll< - t i + C 127. Pclo mcnos l 6 129. T • n . .l'•n OI. 25 ' F
~9. "' (y + 1 133. (11) .. 2.42 gol (b) .,24.83mifg•l
4) - 2I tg _, ( 2
)') +c
13$. nfl 137. 6 139. In 3 141 . 2 14.1. n/ 6
1~5 . Diverge 147. Di,.ergc 1~9. Con,.crge
61. - '1/4 - 12 + 2sc:n'Ü) +C 6J. .r- tg.r + sc:c.r +C . r -2 1n (vx+
151.lr"'
-- -x+ 2vx .r I)+ C
6$. --}tn 1=(5- lr) + tg(5- lr>l +C
3
'" 11 v.;;--:;:-t1-!(v'7'+i'
••• n . . )'+c
'IÍx 2
67. 4l+•(i)l +c 1$$. scn· • (.< + I)+ C 1$7. lnfll + ~I +C
(yfi':"';)' (yfi':"';)') 1;9, -2 cotgx- lnfcosce.r + cotg x l + cosec x +C
69. -2
( 3 5 +c
t6t . .'2 1nl~ ~ ~~ +t •s · •!,f + c
71 . !(:V:'+ I + lnlz + v;r:;-!1) +c Oscn(20+1) cos(20+ 1) C
16.\ , 2 + 4 + .
73. lnl.>• + V2s + y 2 1 + C 15. -~ + C 16~.
,.
2 + lr + Jln f.r -
1
1f - :r=1 +C
77. scn2 ' .r - x~ +C 79. In 11 + ~~ +C 167. - cos(2Vx) +C 169. -lnfcoscc(2J•) + cotg(ly)I+C
111. t •s'x +C 173. -'1/4 - 2
(r+ 2) +C
SI • ..;;;:r=! - scc·1(w) + C
8.\. (.r+ t )(ln(.< + t )) - (.r+ I)+ C 17S. t scc' 8 +c 177. '{i
85• .rtg 1 (3x)- t ln(t + 9.<1 ) +C
179. 2 ((~)'
J 2~ +C ) IKI. ttf 1 (y- I)+ C
M7. (x + I )2.-' -
2(x + I )e' + 2e' + C
S9. 2t"'~n2t + e.l~s2x +C 183. -} tn fscco'l +C

91 . 2tnl.r- 21 - ln l.< - li + C 185. t In 1:1 - ~= - t [t In (: 1 + 4) + t tg" {I)] +


1
C
9.•. In f.rf - In fx + lf + .r ! 1+C 187. -
t.~
c I ,
4 v9 - 4t• + 189. lnfKn81 - 21" (I+ scn·B) +C
95. +nl:: :~1 +c 191. In f«evYf +C 193. -Oinl: ~ ~~ +C 19$• .r+ C
97. 41nlxl- t + + In (.<' I) 4 tg ·I x + C 197. _ co;x +C 199. ln(l +~')+C 201 . 1/ 4

99.
1
n 'n
l(v- v' 2)1+c. l)'(v + 203. lnfln scnvl + C
30
20:0. jx'/ól + C
2111. - I •s·•cos (51) + 1ii2f'
zo9. 3I (27 c
•' ) + c
tot. ~ •tf ' 1•s -•JJ + c
1 -
5
211 . 2Vr- 21n(l + Vr) +C
r1
IOJ. 2 + 34 ln lx + 2 f + Jln
2
fx- 11 +C
x2
10~.
9
2- 2'nf.r + lf + 2'"'
3
. . + 11 +c
107. y;-:;:-j'- 'I +
ltnl y_;-:;-j' C 109. lnfl - e·•t +C
3 + I
Respostas selecionadas 765

Exercícios adicionais Seçào9.2


I. x(scn- • .r) 2 + 2(scn·• .r)v'i'='7- 2r +C eK +C
I. )' ~ - .,-. - , X> 0 3. J• •
C- CO$.\'
• .v >O
X3
.r 2
~J.l-1 :<
+ ~·v'l'='7 - scn- x 1
c· I I C
3. 2 4 + 5. y = 2 - X + xl . x > O 7. )' = txexfz + Ceq z
In Jscc 28 + 1g 28J + 28 9. y = .r(ln.rl' + Cr
5. 4 +c
11. $ = ,, + c
7. i(rn (1- v'i"=?) - scn-•1) + C 3(1 - I)' (1 - 1)4 (1 - 1)4
13. r • (cosccO)(InJs«:OJ + C), 0 < O< ;rj 2
••' · - I I n
16
I·'.r·' +- 2x2x ++ 212 + 8
, -I ( tg _, ( X+ I) + tg _, ( X- I )) + c IS. y • ~ -
2
' !e-
17. y • - ~coso +;;,
11. O 13. ln(4)- I 15. I 17. 3Zn/ 3S 19. 2;r
19. •v= &r• - -
X+-I
' .r' 21 . J' = .>'Oe''
21. (a) ;r (b) n (2e- S)
1 23. (b) está correia, mas (a) não.
8(1n2) 16(1n2) 16) (•' + 1 e- 2)
23. (b) n ( - -
3
- - --
9
+ 27 25. - - .- -
4 2 25. (a) lO pésfmin (b) ( 100 + 1) gal

27. v'i+e' - ln(0 ' + t)- v'2 + ln (l + v'2) (c) 4(.;+ 1


)p~s/min
dy 4y
29. 6 3 1. )' = ...;;, 0 :!õ x :!õ 4 33. (b) I (d) til= 10- 100 + ,. y(O)= 50,
J7. a a 2•I - 4ln2 39. 2I < fJ :!õ I y= 2( 100 + t )-
150

~I.
é' scn 3x + 2 cos3.r ) + c
rr<J (r+~~)'
• cosxsen3x - 3scn.\'cos.lr +C y(25)
43 (c) Conccntmção = =
8 q1de. de salmoura no tanque
188,6
.a~. ., e'" ., (asen bx- bcosbx) +C 47. xln(ax)- x +C !25"' I,S ib/gal
a· + b·
27. )~27,8)"' 14,81b, 1 "' 27,Smin 29. 1 = ~lnZse<:
Jl. (a) i • ~- ~,-J • ~( I -e-·' ),. 0.95~amp (b) 86%
CAPITUL09
Seção 9.1
.u. J' = I + 'ce-• 35. J'l = t + c t'->

9. ~y'/2- x''' =C 11 . , . - C'' = c


Seção 9.3
13. -x + 21g\Íy =C 15. c "Y + 2ev; =C
17. y • scn(x2 + C) 19. (d) 21. (a) t. y (exala) = ~ - ~. y, = -0,25. n = 0,3. n = 0.75
23. lS. 3. y(cxala); 3c-<1'• 2>, y 1 ; 4,2, Y2; 6,2 16, y3 ; 9.697
~; ;~ ;~j i~: :<. y(cxala) ; . ! + I, y , = 2.0, J-1 = 2.0202. J'J = 2,06 18
:::: :;;;; }j
7 . y ~ 2,48832, o V;:\lor exato é e.
9. y ~ - 0,2272, o "alor exato é 1/( I - 2JS) ~ -0,2880.
11
27.
y
29. . • .J'-9pi'Ol: . y-txato Erro
o I 3 3 o
0,2 4,2 4,608 4.658 122 0,0501 22
0,4 6,81984 7,623475 7.835089 0,211614
0.6 11 ,89262 13,56369 14,27646 0.712777

13. O método de Euler resulta em y e 3,45835; a solução exala


éy ; I + c~ 3,71828.
15. )"'' 1,5000; o valor exato é 1,52.75.
17. (<l) y = ,
I • y(3) = -0,2
x· - 2r + 2
(b) - 0. 185 1. erro "'0,0 149 (e) - 0, 1929, erro ,. 0,007 1
(d) -0, 196S.crro "' 0.0035
766 Cálculo

(a) Não há valores de equilíbrio.


l
19. A solução exata é y - , .logo )'(3) = ( b) y• = 2I
x· - 2x + 2
1">11
- 0,2. Porn dtlerminnr n npro:dmnção,
-.~-~---,,~--':---'.:- >
considere z" = y,. .., + 2y,...1(x11 •1 - l)dx e
r'> O
y,. = y11.., +(y!..1 (x"~J - 1)+ z..2 (x,.1 - l)dx com valores
(<)
iniciais x0 = 2 c y0 = __!.. Use uma planilha, calculadora
2
ou SAC conforme indicado nos itens (a) a (d).
(a) -0,2024, erro"' 0.0024
(b) - 0,2005, erro "" 0,0005
(<) -0.200l.erro "' 0.000 1
(d) Cada vez que o tamanho de passo diminui pela meta·
de, o erro é reduz-ido a aproximadamente um quarto 7. y'=(y-l)(y - 2)()'-3)
do que era no caso do tamanho de passo maior.
(a) y = I e y = 3 são equilíbrios instáveis e y = 2 é um
Seção9.4 cquilibrJo estável.
l. y' ; (y + 2)(y -3) (b) y" = (3~·' - 12y + li J(y - I )(y - 2)(y - 3) =
(a) y = -2 é um valor de equílíl>rio estável e y = 3 é um
equilíbrio incstávcl. v- IJ(r- 6-3v'3)<)'- 2)0·- 6\v'3)v· - 3)

2)0•- 4}~·-
(b) y" e 2{)"

...
f>O
+
f<O
3)

)'>0

f <O

r '<O
I, !
: )">U: y'<O
2,
t '>O
: J,
;r·<o:
.'
,.,..•
I I I
..ti !I " ' '
-~
I

y' <O • ;r'<D


l
f">
' . Y.i - 2.$$
(<) 1
(<) 1
'

3. y' =r' - y = (y + l )y(y- l)


(a) y = -I c y = 1 são equilíbrios instáveis c y = O é um
dP
equilíbrio estável. 9. di= l - 2P tem um equilíbrio estável, em
(b) y" = (3y1 - 1Jy' = 3(y + ll(y + 1/ \ÍJ}(r 1/\Í3)
(y- I )
I d1P dP
P = - ; - = -2-=-2(1-2P)·
2 dt' dl
.v-... o :l>O ,-... o ,-... o p

·•J 1'<0
• I
:Y'>O
-os 1.~
1'' .>1)
..,
I I
.. 73 jj ,.. <0. 1'' >0
(<)
'
l.lS I.S l.lS

li . -dl' = 2P( P - 3) tem um eqm'l'b . esta·


1 r1o .
dl
\ el em P =O e um equilíbrio instável em P = 3.;
1

d' P dP
dt' =2(2P-3)dr=4P(2P-3)(P-3).

5. y'=.fY,y>O
snow
Responasselecionadas 767

al~ !~ ,ar •o•; ~~ n !'


r co
{s • 1 ,.
hO
~t

,
Quando r-+ ~.i(I)-+ i....,. _ _ e ~ •
R
Seção95
I. (a) 168,5 m (b) 41, 13 s.
J. s(r ) = 4.91(1 - e-i!2JO,J9,, .)
ISO
13. Antes da ca1is1rofe. a populaç;lo exibe cr<scimento ;;. <• l P(r) = I + 24<>""'"
logiSiico e P(l) cresce na dir<ç;lo de M., o cquih'brio (b) Cerca de 17,21 semanas;21,28scmanas.
eslâvel. Após a catástrofe. a populaç;lo declina logis· 8 X 101 1
ticomenle c P(t) diminui na direção de M 1, o novo 7. (o) J{l) • I + 4<>-o·'" ""J{l)., 2.69671 X 10 kg
equilíbrio es1ável. (b) t ,. 1.9525Janos
400<__
9. (a) y = 2e'- I (b) JÚ) • I +
199
Po
li. (a) P(r) = I kPot
.... .................................................
.. ....... !..........................\ 1
(b) Asslnlota vertical em t =-- .
kf>o
4------!---- ------------~~ L........ J•...~.
' ' _ _ ;_ _ _ __ '

IS. 7ii
"" • g - n;tr.
k • g.ll.m > Oe v(l )
·-" iie O
k " 2 • O•
Equilibrium: -du • g - -m li •
f!-
-
"11
til k

tlt 2 • - 2(*
Cot>eovity·· d'• m tlt • - 2(1..•)(
•) du m 11 - !v•)
m
(~) ~.. !!.'ce
6 111 t I '*
I ... I ..,
1~. lnJyJ - 2r = 2·T' + C

( b) •

(<l ...._. • J0~f:s • 178.9 ~/scc - 122 mph


du I 17. )'=±VlT+C
17. F• F,- F,: ma • SO - SJv~ dt • ;;; (SO-SJuiJ. A vclo-
1
ci<bde mâxim:locorrc qu3ndo ' v • O ou v • 10 pésfs.
1

19. Reta defase:


"

I'
l""• R
Se o Interruptor foi ligado no instante I = 0, enlào i(O) = O,
c o gráfico dn solução tem nseguinte apnr~ncia:
768 Cálculo

Exe-rdcios práticos os cálculos para x S - I. (Isso ocorre porque a solução


analítica é y = - 2 + ln(2 - e-~J que tem uma assíntota
1. y = (•g-'(' ~ c))' ~- y2 = scn-•(2 ogx + C) em x = -In 2 ~ -0,69. Obviamente, as aproximações
de Euler levam erroneamente a x s -0,7.)
5. y • -ln ( c- ~(.<- 2)'" - ~(x- 2)ll2)
7. og y • - .nen.v - cosx +C 9. ()• + I )e..,. • - lnJ.<I +C
o • • • •

11. y • C:r ;
1
13. y • -~" (!'12 + Cf!·Tfl
~·'-'_--=.2x';--'+-'C>c
15. y =- 17. y =
e-~ + C
+ et 19. .lJ' + y.l = C
lt'l 1 H.O.~·pof' 1-10. ~I

2t) + ltl + 6
21 . y c -2 + ln(2- e -.r) 13. )' 1: =.,.,.:...::::~<--"'
6(x + 1) 2 37. y{cxato) = .!.x•-i; y(2) ,.0,4; o valor exato ó .!. .
25. y • t(l - 4e-.o') 27. •v • 4x - 4\(; + I
2 2 2
39. y(exato) = - et..l -w: ;y{2) =s -3,4192; o valor exato é -e·m ~
29. y • e-'(3x3- 3x2)
-4,4817.
31.
.'I: y X }' 41. (a) y = - l é estável e y = l é instável.
t12y dv
o o 1,1 1.6241 (b) - = 2y-'- 2
= 2){v - I)
0.1 O. I 000 1.2 1,8319 d.r-1. dr ·
0.2 0.2095 1.3 2,0513
0.3 0.3285 1,4 2.2832
0.4 0.4568 1,5 2.5285
0.5 0,5946 1,6 2.7884
0.6 0,74 18 1.7 3,0643
(c)
0,7 0,8986 1,8 3,3579
35.
0.8 1.0649 1.9 3.6709
0,9 1,24 11 2.0 4.0057 '
1.0 1.4273

<•> t:==
3.1. Ji3) " 0.9063

_,
Exercícios adicionais c avançados
1-(t.:. .&.SI""' 1- l.S. O.SJ
I. y = c= (y~- e)e·<(,IM•
(b) Observe que escolhemos um pequeno intervalo de
(b) Solução de estado estacionário: Y~ =c.
valores de x. pois os valores de y diminuem muito ra-
pidamente e nossa calculadora não consegue manl!jar 3. 0,179%.
SD$ W

Índice remissivo

A B
Acelernção Balão
determinand o a velocidade e a posição n partir da, 283 em ascensão, jogando um pacote de um, 337· 338
explicação dc, 171 subindo. 233·234
Água, volumc da, 442 Barras finas. 459-461
Algoritmos, cficiência de um, 528
Altitude de um projétil c
estimando, 358·359 Cálculo. Veja tambt!m teorema fundamental do cálculo
Análises de rcgre$$ão, 34, 36, 37,61
diferencial, 73, 303, 317
explicação de, 34
lntegr.d,265, 387,454
Ângulos para ramificação de vasos sanguíneos. 352
Campos de direção, 638
Antidcrivada , 281,333
Capacidadc térmica, 422. 628
Aplicações de integrais, 429·501
Cascas cilíndricas, 441-446
;ircas de superfície de revolução c os teoremas de
Catalisado<, 315
Pappus. 468-476
Catenária, 14,541,542.5 45
comprimento dc curvas planas e, 449·455
Centro de massa
forças e pressões de fluido, 489·492
de fios c barras finas, 459·461
momentos e centro de massa. 457-466 explicação de, 457
trabalho. 480-435 Centróides, 465-466, •167. 475,491, 492,495.496 .498
,·ofumc por ca.sc~ dllndr-ic-~ 441-446
Circuitos RI., 647
volume por fatiamento c rotação em torno dc um
Coeficiente angular
eixo, 429·441 da curva, 131, 132, 133,135, 147, 161, 167, 199,205,
Aproximação de Stirllng, 633
208,215,220 .256,320,337
Aproximação linear padrão, 24 1, 242, 249, 251, 259, 513
de reta, 8, 37, 41,62., 64, 68,211
Aproximações de retas tangente, 192, 228, 672
convertendo mll$$;1 em cnergia, 248·249
Coeficiente de pcm•eabilidade, 677
dc Simpson, 581 Coeficiente indetenninad o. 565
lineares comum, 249
Comportas, 354
Assíntotas oblíquas, lOS
Compostas defunçõcsco ntlnuas, 122, 123
Assíntotas verticais. 109·115, 298,615
Compriment o de curvas planas, 449·455
SD$W
770 Cákulo

Concavidade Derivação implícita


explicação de, 292-293 derivadas de ordem superior, 206
Conectividade, 126 explicação de, 202·203
Constante arbitrária, 334, 335, 336, 339, 399,546,565, 592, potCncias racionais e, 206-207
635,636,672,674 Regra da Cadeira e, 226, 537
ConSianiC de força, 481, 482, 485, 488 DerivaÇ('Io
Constante de integração. 339, 393, 541, 575, 632, 645 fórmula paramétrica, 195, 196,451
Constantes de tempo. 647, 651. Vtja tambim Meía-,ida de Implícita, 202·208, 210,214, 225,226,254,537,635,
um clcmcnlo radioativo 660
Continuidade logaritmica, 217,220,221,254,25 8,510
dns funções trigonométricas. 137 Derivada à e$<1ucrda. ISO
de funções racionais, 122 Derivada
à direita, ISO
difcrcllciabilidade e, ISS
:1. esquerda, I 50
em um ponto, 118
aprendendo sobre urna função a partir das. 299
Convergência como função, 145
do m~todo de :-lewton, 329-330 como taxa de variação, 169· 176
tt$lCS para, 619-620 de função logarítmicas, 211-219
Crcscim<nto<xponencial, 42,516,522,668 de funçô<$ exponenciais, 160·162
de funções hiperbólicas, 263, 536, 542
Crescimento loglslico, 663, 66<1, 669, 670
de funções inversas. 211-219
Crescimento populacional em um ambiente limitado, 663-664 de funções trigonométricas Inversa s, 222-231
Curva intcgml, 634, 652, 653, 659, 66 1, 666, 676 de funções trigonométricas, 180-185. 254
Curva lisa, 35,450,451,456,472,500 de segunda ordem e superior. 166
Curvas pararn<tritadas, 195, 196, 200, 202, 257. 455,472 de uma função composta, 138· 190
Equação ponto/coo6cienle angular, 131. 132,279 explicação de, 14S
extremos de funções. 265·273
Curvas Vtjn tambim Retas curvu
laterais, ISO
4rca entre, 407-414, 416, 418
lincarização c diferenciais •· 240·249
de regre5.Sào. 34 M~todo de Newton e, 327·331
lisa, 35,450,451,456,472, SOO na economla. l 74· l 75
parametrizada, 193, 194, 195, 196, 254, •173, 495 notações, 147-148
tangenteà, 70, 131, i32, 133, 134, 135, 137, 147, ISS, potências inteiras negativas de x e, l65
propriedade do valor intermediário para, IS2·1S3
167, 168., 168, 186, 192,195, 199,202,215,228,
Rt-gra da Diferença e, 181
240,241,256,320,327,479,637
soluções gráficas de <quações diferenciais autÕ·
Cu.,o da produção, 169, 174,307
nomas c, 658·664
Cu$10 di4rio módio de cstocagem, 423
taxas relacionadas e, 231·23S
Custo marginal, 174, 179,301,307,308, 315, 397
Teorema do valor médio c equações diferenciais e,
277-284
D Derivadas segunda ordem, 166, 198
de
Débito cardlaco, 238 Dcrivadns latemis, 150, 1SI, ISS, 2S3, 2ó4
Decaimento exponencial, 42, SI, 515·521, 635,643,650 Derh'llvel em um intervalo, ISO· ISI, 253,293
Decaim<nto radioativo, 43, 44, 58, 518, 640 Descontinuidade oscilante. 120
Densidade constanle Descontinuidade rcmoví,·el, 129, 137
faixas c barras de. 460, 468 Descontinuidade
fio de, 46S, 467 em dyldx, 453
placa de, 462, 464 infinita, 120.615
fndice remissivo 771

oS<ilante, 120 de primeira ordem separáveis, 674


ponto de, 119, 121, 125,267,424 explicação de, 247
rcmovivcl, 129, 137 lineares de primeira ordem, 643·649
Desigualdade de Schwartz, 352 separáveis, 635·641
Desigualdade max-min, 377, 378, 379,384, 387 teorema do valor médio e, 277·284
Desigualdade satisfeita pelas médias geométrica, logarítmica Equações lineares, 565, 643
e aritmética, 513 de primeira ordem, 650
Deslocamento, 5, 25, 29, 170, 176, 183, 194, 195, 199,200, Equilíbrio
281,294,301.342,343,348,348,359,480,540.610 estável, 660·664, 675
Diferenciabilidadc, I SI, 152, ISS, IS6, 185,207, Sl6 instável, 660-664,675
Diferenciais Esferas, 354, 468
erro na aproximação e, 245-246 Estado estacionário, 666-667
estimando com, 244-245 Estimando com somas finitas, 354-362
explicação de, 243 Estoque diário médio, 422-423
linearizaçãoc, 240-249 Euler, Leonhard, 652
sensibilidade à vari<~ção c, 247-248 Exames de s.mgue, 352
Difusão social, S72, 66S Extensão contínua, 124, 125, 128, 139, 141 , 325, 326, 424, 608
Diminuição dos dentes. 521 Extremos de funções. Veja também Valores de funções má-
Distância de reação, 19 ximo e mínimo
Distància percorrida, 66, 67, 77, 118, 180, 354, 357-3S9, 360, absolutos,26S,266,267,270,271,274,276,277,290,
362,363,364.418,475,476 292,297,299,344
Divergência de integrais impróprias, 626 dctermillando, 268-273
Domínio nat,uraJ, 2 locais (relativos). 267-268
Domínio ponto crítico e. 269
de uma função, 2, 6, 12, 59, 119, ISO, 265, 269 Extremos locais
naturnl, 2 teste de primeira derivada para, 288-290
teste de segunda derivada para, 29S· 298
E Extremos relativos (locais), 267-268

.Economia, derivadas na, 174-175


Elementos radiativos, 519
F
Eletricidade doméstica, 405 Fatiamento, volumes por, 429-436
Energia cinética Fator
convertendo massa em, 248-249 comum, 78, 80, 81, 124
trabalho e, 488, 499 de proporcionalidade, 263
Energia elétrica, 315 Fios
Energia, convertendo massa em, 248.-249 centro de massa de, 4S9-461
Equação de contração de lorentz, 139 Fluidos, peso específico, 492
Equação reduzida da reta, 7 Força constante, 480, 499, 665
Equação-pressão profundidade, 489 Força variável, 481, 485, 495, 499
Equações diferenciais de primeira ordem forças de fluido
separáveis, 674·675 detcl'minando a, 492
Equações diferenciais explicação de, 373
autônoma, 658-664 fórmula da profundidade wriávcl, 490-49 1
autônomas, soluções gráficas de, 658·664 fórmula de profundidade constante para, 490
772 Cálculo

Fonna indeterminada, 318, 321, 322, 323,324, 617 compostas,l22· 123


Fórmula da área de superfície, 470,473,478,479 identifie11ndo, 121
Fónnula da profundidade variável para a força do Ouido, 490·491 por partes, 376, 424
Fórmula de Galileu para queda livre, 177 propriedades, 121
Fórmula de profundidade constante para força de Ou ido, 490 teorema do valor extremo para, 346, 345
Fórmula de Stirling, 632, 633 teorema do valor intennediário para. 125·126, 387
Fórmula diferencial, 250, 253, 454 Funções de potência, ll. 264
Fórmula para mudança de base, 51,216 Funções definidas em partes, 6·7, 8, 60
Fórmula paramétrica Funções derivadas, 145, 147, 264, 281,634
para tJlyttJlx, 196 Funções exponenciais
para dyldx, 195 comportamento exponencial, 38-40
para o comprimento de uma curva, 451·452 crescimento c decaimento, 42
Fórmulas para gerenciamento de almoxarifado, 315 explicação de, 13
Fórmulas para soma dos ângulos, 577 Funções hiperbólicas
derivadas e integrais, 533·534
Frações pardais
explicação de, 531
determinar os cocficicntts, 570
identidade, 531 ·533
explicaç.'lo de, 563·564
inversa, 534 · 535
Método de Heaviside, 568-569
Funções ímpares, 100, 262, 276
método de, 564
funções injetoras, 45·46, 56. 63
Frações
Funções inversas
imprópria, 552, 571
determinando, 47-48
parciais, 563·570, 571, 583,617,626, 627,671
explkaç~o de, 46
separando, 552
parametrizando, 213
Função const'antc
Funções logarítmicas
derivada de uma, 157
análise de regressão, 61
limites, 72
de base, 48
Função contínua arbitrária, 391
explicação de, 48
Função da densidade da probabilidade normal, 625 natural, 45, 60
Função erro, 608, 624 Funções monotônicas, 286-290
Função exponencial natural, 41, 50, 113, 122, 161 , 162, 211, Funções não negativas, 380, 384
283,507 Funções pares, 15· 16, 19, 28, 262, 276, 409. 531
Função gama, 632, 633 Funções polinomiais
Função identidade, 48, 50. 72, 121, 123, 167, 221,511 e racionais, 79, 97
Função integrávcl, 384, 388,410,418,422,428,430 e trigonornétricas. 72
Ftmção inversas, 46, 47, 48, 49, 52, 53, 54. 58, 122, 211,213, limites de, 79
221,224, 226,227,502,511 Funções racionais
Função logarítmica de base, 48 integração de, 563-570
Função logaritn1ica natural. 45,60 limites de, 80, 107
Função periódica, 263, 292 Funções trigonométricas inversas
Função salto unitário, 153,253 definições, 223
Função valor absoluto, 6, 61, 122, 123 derivadas, 224-228
Funções compostas, 21, 26. 128, 137,199, 201 , 231 explicação de, 223
explicação das, 21 gráficos de, 222
Funções contínuas por partes, 376, 424 Funçõe-s trigonométricas
Fun.ções contínuas derivadas de, 180·185

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