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Comparação - comparação explícita “Teus olhos são negros, negros, como, como as noites sem luar...

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entre dois termos são ardentes, são ardentes, profundos,/ como o negrume do mar.”
(Castro Alves)
“Os cabelos dela são ruivos / como relâmpagos vindos do paraíso.”
(Charles Bukovski)
Metáfora - comparação implícita, “Teu sorriso é uma aurora / que o horizonte enrubesceu.” (Castro
sem o conectivo de comparação; Alves)
associação de ideias “Seu corpo é gazeta ilustrada que folheio da primeira à última página.”
(Waly Salomão)
Metonímia - comparação parcial, “Mais do que o berço o teu amor me é caro.” (Shakespeare)
entre a parte de um significado e o
todo de outro.
Eufemismo – emprego de uma “Para teus pés resvalo / entre as oito aberturas / dos teus dedos
expressão mais branda para agudos, / lentos, peninsulares, / e deles na amplidão / do nosso lençol
amenizar um termo desagradável branco / caio, querendo cego, / faminto, o teu contorno / de vasilha
escaldante.” (Pablo Neruda)
Hipérbole - exagero literário “Nesse território, / de teus pés à tua fronte, / andando, andando,
andando, / eu passarei a vida.” (Pablo Neruda)
“Mulher, como te expandes! / Que imensa és tu! / Maior que o mar,
maior que a infância!” (Vinicius de Moraes)
Antítese - oposição de palavras em “Vês tudo isto bem? Pois tudo é nada / à vista de teu rosto,
que se mantém o sentido do Caterina.” (Gregório de Matos)
enunciado
Paradoxo - oposição de ideias, “Em tudo sinto o teu olhar se desdobrando / na carícia violenta do
comprometendo a lógica do teu beijo.” (Vinicius de Moraes)
enunciado.
Ironia - é quando se diz algo com a “Rememoro com resignado e fervoroso amor / a primeira namorada. /
intenção de dizer o contrário, Mas o nome dela dançou.” (Cacaso)
geralmente com intenção cômica ou
crítica
Gradação - apresentação de uma “Oh, não aguardes que a madura idade / te converta em flor, essa
ideia numa escala de grandeza beleza / em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.” (Gregório
de Matos)
Personificação - atribuição de “A notícia de que fez frio demais em sua cidade / deu um soco no
características humanas a seres não meu peito.” (Elisa Lucinda)
humanos
Sinestesia - associação de sentidos “O poeta mostra o pinto para a namorada / e proclama: eis o reino
distintos animal! / Pupilas fascinadas fazem jejum.” (Cacaso)
Assíndeto - omissão de conectivos “ele é meu sol, minha luz, minha brasa, meu braseiro, meu brasil
tição”. (Waly Salomão)
Polissíndeto - repetição de “Mas não amo os teus pés, / a não ser porque andaram / por sobre a
conectivos terra e sobre / o vento e sobre a água, / até que me encontraram.”
(Pablo Neruda)
Aliteração - repetição de som “só meu sangue sabe tua seiva e sua senha”. (Waly Salomão)
consonantal
Assonância - repetição de um som “Sou Ana / da cama, da cana, fulana, sacana, / sou Ana de
vocálico Amsterdam” (Chico Buarque)
Pleonasmo - repetição de uma ideia “Subamos! / Subamos acima / subamos além, subamos / acima do
além, subamos!” (Vinicius de Moraes)
Anáfora - repetição de uma “A mulher amada carrega o cetro, o seu fastígio / é máximo. A
expressão no início de cada verso mulher amada é aquela que aponta para a noite / e de cujo seio
ou de cada frase surge a aurora. / A mulher amada é quem traça a curva do horizonte
e dá linha ao movimento dos astros.” (Vinicius de Moraes)
Elipse - omissão de um termo que “Teus vinte deixam os meus trinta e poucos cansados.” (Vinicius de
pode ser facilmente identificado pelo Moraes)
contexto
Zeugma - omissão de um termo que “Ela tem estrelas no olhar, / eu, um sol no coração. / A madrugada
já foi dito anteriormente não entende nada.” (Sérgio Vaz)
Hipérbato - inversão da ordem dos “Meu desejo? Era ser o teu espelho / que mais bela te vê quando
termos da oração deslaças / do baile as roupas de escumilha e flores / e mira-te
amoroso as nuas graças.” (Álvares de Azevedo)
catacrese
silepse
anacoluto
perífrase
antonomásia
onomatopeia

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