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Intensidade e frequência de

desfolha de plantas forrageiras

Prof. Carlos Augusto Brandão de Carvalho


DNAP – IZ - UFRRJ
Sob pastejo as plantas estão sujeitas à desfolhações
sequenciais, nas quais a frequência e a intensidade
dependem principalmente do método de lotação adotado

HEADY E CHILD (1994)


CARACTERÍSTICAS DO PASTEJO A SEREM CONTROLADAS

Intensidade de pastejo
Percentual da forragem presente na pastagem que é removido durante um
determinado período de pastejo;

Frequência de pastejo
Intervalo de tempo entre dois pastejos sucessivos num perfilho ou numa área
da pastagem;

Seletividade do animal em pastejo


Habilidade do animal colher uma dieta diferente daquela ofertada, normalmente
de melhor qualidade.
Efeito da Intensidade de Pastejo
% de folhas desfolhadas
Profundidade do bocado1
2
Profundidade do bocado
3
Perfilho estendido

Perfilho estendido pastejado 4


Perfilho estendido pastejado
5 6
Idade da folha
INTENSIDADE DE PASTEJO x RESERVAS ORGÂNICAS

Fonte: GOMIDE (2001)

Idade (dias)

Reservas orgânicas x Senescência


Número de folhas/perfilho

totais

senescentes

vivas
Fonte: GOMIDE e
GOMIDE (2000)

Idade (dias)
INTENSIDADE x FREQUÊNCIA DE PASTEJO

4 ciclos de pastejo

3 ciclos de pastejo

Efeitos da desfolhação leve ou intensa sobre o padrão de crescimento de espécies forrageiras


(Rodrigues & Rodrigues, 1987).
COMO CONTROLAR CADA AS CARACTERÍSTICAS DO PASTEJO?

√ Intensidade de pastejo:
Ajustes na taxa de lotação (no de animais ou unidades-animal (UA)/área (ha)).

√ Frequência e seletividade dos animias em pastejo:


LOTAÇÃO CONTÍNUA:
Ajuste na tx. de lotação = interfere em todos os fatores (intensidade, frequência e
seletividade);
LOTAÇÃO ROTACIONADA (INTERMITENTE):
Ajuste na tx. de lotação = interfere na intensidade e na seletividade e;
Ajuste no intervalo de desfolha do pasto = afeta diretamente a frequência de pastejo.
Platô é uma função
do balanço entre
crescimento e
senescência

A taxa de acúmulo
permanece constante. O
manejo do pastejo
dentro de limites
racionais não aumenta a
produção do pasto, mas
sim a utilização da
forragem produzida

Índice de área foliar

BIRCHAM e HODGSON, 1983


Taxa de lotação (UA/ha)
Taxa dos Processos (kg ha-1 dia-1)

Produção de forragem

Senescência e morte
de tecidos e órgãos

Acúmulo de Forragem

Estrutura do
Dossel

Fonte: Adaptado
3 9 de Bircham &
Altura Média do Pasto (cm) ou Índice de Área Foliar Médio ou MSFT... Hogdson (1983)
DPP (perf/m2) 1000 100
Tam. Pefilho (g) 1 10
MSFT (g/m2) 1000 1000
Propostas de manejo centradas em critérios
cronológicos absolutos:

período de ocupação

Intervalo de desfolha

Mombaça + 50 kg N, 7/35
(BRÂNCIO, 2000) Jun 98 Set 98 Nov 98 Mar 99
Não respeitam
Kg MS/ha (Res)
a dinâmica de desenvolvimento e
2.113 1.661 1.476 2.167
crescimento
Altura (Res) das plantas
29,0 forrageiras
21,0 em função
21,0 23,4 de
% Folha sua estacionalidade
29 12 de produção
18 32
% Colmo 20 23 38 41
% Mat. Morto 44 70 44 28
Várias propostas de manejo têm sido
avaliadas com base na dinâmica da
rebrotação, na oferta de forragem, no
IAF, na interceptação luminosa, etc.
IAF x Manejo de Pastagens
Índice de área foliar (IAF) - (pré-pastejo) = função (espécie e/ou cv. forrageiro)

Condição do pasto com intervalo de desfolha de 26 dias


(Silva, 2004). IAF é Critério prático para manejo de pastagens?
Índice de área foliar remanescente ou residual (IAFr)
Muito alto > 3,0 = perdas de forragem (mat. morto);
Relação entre biomassa (kg/ha) altura do relvado (cm) e IAF na taxa de crescimento de
forragem, senescência e acúmulo líquido de forragem (kg/ha) em lotação contínua,
pastejado por ovinos. Fonte: BIRCHAM e HODGSON (1983).
Lotação Rotacionada: Panicum maximum cv. Mombaça

Intervalos entre pastejos

186
190
170
140
150
130 115 Primavera
Dias

110 95
90 Verão
70 Out/Inv
40 37
50 35 31
22 24 23 25
30
10
30/95 50/95 30/100 50/100
Tratamentos (resíduo/IL)

Fonte: UEBELE (2002)


Principais Result. em Past. Tropicais
9 Implicações no manejo da Pastagem:
- Adoção do manejo por altura das plantas ou;
- Adoção do manejo por interceptação da RFA.

¥ Depende do manejo de pastejo adotado


Manejo de pastagens, sob lotação rotacionada, com
base em alturas de entrada e saída dos piquetes.
Capim Tanzânia
Altura de ENTRADA 70 cm
nos piquetes
Capim Tanzânia
Altura de SAÍDA
nos piquetes

Capim Tanzânia

25 - 30 cm
Manejo Inadequado

F
Sem Nitrogênio

Importância da
Adubação

150 kg de Nitrogênio/ha

150 kg de N

335 kg de
uréia/ha/ano

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