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ATERROS e ÁREAS DEGRADADAS

Agradecimentos:
Pedro Keglevich de Buzin
Jéssica Weiler
Pedro Ivo C. Villetti
Renan F. T. Thiesen
Eng. Mário Soares- FEPAM- Evento Ministério Público 2018

Disciplina: Poluição pela Ind. Metalúrgica


A Indústria metalmecânica e seus resíduos

MATÉRIAS-PRIMAS
E INSUMOS

PROCESSO INDUSTRIAL

Cavaco
Tendência mundial na gestão de resíduos:

 Eliminação na fonte;
 Redução da geração na fonte – minimização;
 Reutilização e reciclagem de resíduos;
 Incineração de resíduos com aproveitamento
de energia térmica e elétrica;
 Implementação de monitoramento nos locais
de disposição de resíduos: prevenção e
controle da poluição ambiental.
Aterro de resíduos sólidos

Conceito:

“Técnica de disposição de resíduos sólidos no solo


fundamentada em critérios de engenharia e
normas operacionais específicas com objetivo de
efetuar o confinamento seguro, em termos
ambientais, dos resíduos ali colocados”.
Tipos de Aterros

Resíduos Classe I – Perigosos


(ARIPs)
- Aterros de Resíduos Industriais
Resíduos Classe I I – não
perigosos

- Aterros de Resíduos da construção civil e inertes

- Aterros de Resíduos sólidos urbanos


Normalização

NBR 13896. Aterros de resíduos não perigosos.


Critérios para projeto, implantação e operação.
ABNT, 1997. 12p. (Em vigor 06/2020)

NBR 10157. Aterros de resíduos perigosos.


Critérios para projeto, construção e operação.
ABNT, 1987. 13p. (Em vigor 06/2020)
Princípios aplicados ao projeto e operação
de aterros
- Preparação dos resíduos:
- Secagem, neutralização, solidificação, fixação
química, encapsulamento, etc..
- Múltiplas barreiras à liberação de poluentes no meio ambiente:
- Barreiras naturais (hidrogeologia favorável e isolamento
com relação a aquíferos.
- Barreiras construídas (camadas impermeabilizantes,
sistemas de coleta e tratamento de percolados).
- Inspeção/Monitoramento (solo, águas...)
Elementos de proteção ambiental

- Sistema de drenagem de águas pluviais: (fase de operação


e aterro encerrado);
Elementos de proteção ambiental

-Sistema de impermeabilização: (argilas compactadas e


geomembranas);
Aplicação de camadas sintéticas com diferente
capacidade de condução hidráulica

Exemplo de Solo Construído


Elementos de proteção ambiental

-Sistema de detecção de vazamentos na impermeabilização:


(dreno testemunho);
- Sistema de coleta e tratamento de percolado;
-Sistema de drenagem de
chorume e gás
CÉLULA
• Drenos horizontais;
• Poços drenantes.
Elementos de proteção ambiental

-Poços de monitoramento de aquíferos.


Elementos de proteção ambiental

- Cobertura final;
Definições

Chorume: líquido oriundo da decomposição do resíduo


e que provém de sua umidade, da água de
constituição dos vários materiais e do líquido
gerado pela ação de microorganismos que
atacam a matéria orgânica.

Percolados: Conjunto de águas infiltradas no interior do


corpo físico do aterro e resultante de chuvas,
infiltrações do lençol freático ou nascentes.
Critérios para localização de aterros.
Resíduos Perigosos Resíduos Não Perigosos
NBR 10157:1987 NBR 13896:1997
Topografia: declividade entre 1 e 20%. Topografia: declividade entre 1 e 30%.

Geologia: desejável a existência de um Geologia: desejável a existência de um


depósito natural extenso e homogêneo depósito natural extenso e homogêneo
de materiais com k< 5x10-5 cm/s e uma de materiais com k< 1x10-4 cm/s e uma
zona não saturada superior a 1,5 m. zona não saturada superior a 1,5 m.
Distante a 200 m de qualquer curso Distante a 200 m de qualquer curso
d´água. d´água (a critério do OCA essa
distância pode ser alterada).
Distante a 500 m de qualquer núcleo Distante a 500 m de qualquer núcleo
habitacional habitacional (a critério do OCA essa
distância pode ser alterada).
Vida útil mínima de 10 anos. Vida útil mínima de 10 anos.

Não deve ser estar localizado em áreas Não deve ser estar localizado em áreas
sujeitas a inundações em um período sujeitas a inundações em um período
de recorrência de 100 anos. de recorrência de 100 anos.
Exigências para proteção das águas subterrâneas e superficiais
Resíduos Perigosos Resíduos Não Perigosos

Duplo sistema de impermeabilização, Disposição de camadas artificiais e


provido de um sistema de detecção de naturais, que impeça ou reduza a
vazamento colocado entre elas. infiltração no solo dos líquidos
percolados.
4 poços de monitoramento, sendo 1 à 4 poços de monitoramento, sendo 1 à
montante e 3 à jusante. montante e 3 à jusante.
Para representatividade estatística, o Para representatividade estatística, o
“valor natural” deve ser estabelecido a “valor natural” deve ser estabelecido a
partir de pelos menos 4 amostragens partir de pelos menos 4 amostragens
realizadas em intervalos de 3 meses. realizadas em intervalos de 3 meses.
Para se avaliar possíveis variações nos Para se avaliar possíveis variações nos
valores naturais nos poços a jusante, valores naturais nos poços a jusante,
deverá seguir o critério de comparação deverá seguir o critério de comparação
de duas médias (estatística t de de duas médias (estatística t de
student) student)
Cobertura do aterro durante a Sistema de desvio das águas
operação, de modo a evitar a incidência superficiais e tratamento dos líquidos
de água da chuva percolados.
Isolamento e sinalização.

Resíduos Perigosos Resíduos Não Perigosos

Cerca para impedir o acesso de Cerca para impedir o acesso de


pessoas estranhas e animais. pessoas estranhas e animais.

Portão de controle de acesso ao local. Portão de controle de acesso ao local.

Sinalização “Perigo – Não-Entre” Sinalização “Perigo – Não-Entre”

Uso de cortina vegetal Uso de cortina vegetal

Faixa de proteção sanitária “non- Faixa de proteção sanitária “non-


aedificant” de no mínimo 10 m de aedificant” de no mínimo 10 m de
largura largura
ARIP – PROAMB
ARIP – PROAMB

Impermeabilização Inferior

• Uma camada de argila de 30 cm compactada;


• 1ª geomembrana de PEAD de 2 mm de espessura;
• 1º geotêxtil de 5 mm de espessura;
• 2ª geomembrana de PEAD de 2 mm;
• 2º geotêxtil de 5 mm de espessura;
• Uma camada de proteção mecânica.
ARIP – PROAMB

Sistema de detecção de vazamentos


ARIP – PROAMB

Proteção e sistema de drenagem interior das valas


ARIP – PROAMB

Drenagem águas pluviais


ARIP – PROAMB
Sistema de combate à incêndio
ARIP ESSENCIS – Capela de Santana
•Unidade de Pesagem e laboratório
Armazenamento Temporário de Resíduos

Detalhe da
Impermeabilização
Impermeabilização e Camada de Drenagem dos Depósitos

Impermeabilização e Geotextil de proteção Camada de Drenagem


Áreas de Descarga

Blocos das Frentes de Serviço


ARIP – TRÊS COROAS
1ª. ETAPA – Central de Triagem
– Recebimento, classificação, reciclagem e destinação final
Prensagem e classificação dos resíduos
Separação de recicláveis e armazenamento por tipos de resíduos
Tipos de resíduos de couro ao cromo colocados
em ARIP
Resíduos de couro em Vala no carregamento e após 10 anos
Situação antes do projeto esvaziamento das valas e envio para
ILSA Brasil e coprocessamento
Retirada de resíduos das valas
Vala ARIP após esvaziamento
Amostragem de águas de controle das valas
Coleta de amostras de águas subterrâneas – poços de
monitoramento
Aterro de Resíduos Industriais Perigosos – Pró-
Ambiente (Gravataí, RS).

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