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Filipe Reduto Gaspar https://resumosdesecundario.blogspot.

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Português
1 – Textos líricos, épicos e épico-líricos 2
1.1 – Luís de Camões 2
1.1.1 – Camões lírico 2
1.1.2 – “Os Lusíadas” 3
1.2 – Fernando Pessoa 5
1.2.1 – “Mensagem” 5
1.2.2 – Ortónimo e heterónimo 6
1.3 – Cesário Verde 8
1.3.1 – Poesia de Cesário Verde 8
2 – Textos argumentativos 8
2.1 – Padre António Vieira 8
2.1.1 – “Sermão de Santo António aos Peixes” 8
3 – Textos de teatro 11
3.1 – Almeida Garrett 11
3.1.1 – “Frei Luís de Sousa” 11
3.2 – Luís de Sttau Monteiro 12
3.2.1 – “Felizmente Há Luar!” 12
4 – Textos narrativos/ descritivos 13
4.1 – Eça de Queirós 13
4.1.1 – “Os Maias” 13
4.2 – José Saramago 14
4.2.1 – “Memorial do Convento” 14
5 – Gramática 15
5.1 – Morfologia e lexicologia 15
5.1.1 – Formação de palavras 15
5.2 – Classes de palavras 16
5.2.1 – Classes abertas 16
5.2.2 – Classes fechadas 18
5.3 – Sintaxe 19
5.3.1 – Divisão e classificação de orações 19
5.3.2 – Funções sintáticas 19

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5.4 – Pragmática e linguística textual 20


5.4.1 – Atos de linguagem 20
5.4.2 – Dêixis 20
5.4.3 – Coesão 21
5.4.4 – Figuras de estilo 21

1 – Textos líricos, épicos e épico-líricos


1.1 – Luís de Camões
1.1.1 – Camões lírico
1.1.1.1 – Áreas temáticas
• Amor – amor físico vs. amor platónico;
• Mulher – retrato da mulher perspetivada na conceção de Petrarca e Dante, a
amada surge algumas vezes como ser angélico, outras como ser maléfico; a
mulher ideal é inacessível e intocável;
• Natureza;
• Saudade;
• Tempo e mudança;
• Destino – tentando lutar contra a má fortuna, o sujeito poético recorda o bem
passado.

1.1.1.2 – Variedade formal


• Influência tradicional – vilancete, cantiga, esparsa, trova;
• Influência clássica/ renascentista – soneto, canção, ode, elegia, écloga.
1.1.1.3 – Verso e tipos de rima
• Versos:
• Medida velha – verso de 5 sílabas métricas (redondilha menor) e verso
de 7 sílabas métricas (redondilha maior);
• Medida nova – verso decassílabo com acento na 6ª e 10ª sílabas
(heroico) ou na 4ª, 8ª e 10ª (sáfico).
• Rimas:
• Interpolada – os versos que rimam são separados por 2 ou 3 versos de
rima (ABBA/ ABCDA);
• Cruzada – os versos rimam alternadamente (ABAB);
• Emparelhada – os versos rimam 2 a 2, ou 3 a 3 (AABC/ AAAB).

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1.1.1.4 – Linguagem e estilo


• Adjetivação, pontuação, e tempos e modos verbais expressivos e emotivos;
• Uso de vocabulário erudito;
• Recurso à mitologia;
• Alternância entre ritmo rápido e lento;
• Predomínio de metáforas, apóstrofes, hipérboles, anáforas, hipérbatos, etc.

1.1.2 – “Os Lusíadas”


1.1.2.1 – Estrutura interna
• Proposição – parte introdutória, na qual Camões propõe-se cantar os feitos e a
história dos ilustres portugueses – o herói coletivo;
• Invocação – súplica de inspiração a entidades mitológicas;
• Dedicatória – oferecimento do poema ao rei D. Sebastião;
• Narração (inicia-se no Canto I) – organiza-se em quatro planos narrativos:
• O plano da viagem de Vasco da Gama à Índia – a narração inicia-se «in
medias res»;
• O plano mitológico da intervenção dos deuses do Olimpo;
• O plano da História de Portugal;
• O plano das reflexões do poeta.
1.1.2.2 – Cantos
Canto I – Reflexão sobre a fragilidade da condição humana
• Reflexões sobre a insegurança da vida – lastima o perigo e a incerteza a que a
frágil condição humana está permanentemente exposta.

Canto III – Batalha de Ourique


• Aparição de Cristo crucificado – no início da batalha, pela alvorada, D. Afonso
Henriques, o herói individual, vê Cristo, e brade a Deus que Se mostre aos infiéis,
pois eles precisam mais, dado não terem a profunda crença que ele tem;
• Após a aparição de Cristo – o entusiasmo de D. Afonso Henriques contagia o seu
exército, que aclama o príncipe Afonso como Rei de Portugal e se acirra na luta
– o exército lusitano, embora pequeno, ataca violentamente os mouros.
• Vitória dos portugueses:
➢ «No branco escudo ufano», D. Afonso Henriques pinta os «Cinco escudos
azuis» em sinal dos cinco reis mouros vencidos;
➢ «E nestes cinco escudos pinta os trinta / Dinheiros por que Deus fora
vendido» para mostrar como a visão de Cristo foi determinante para o
sucesso da batalha e para a unção do Rei e de Portugal.

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Canto IV – O Velho do Restelo


• Verdadeiras motivações dos marinheiros – a ambição de poder e de riqueza, e o
anseio de fama;
• Consequências da aventura marítima: perigos e morte, e destruição das famílias,
dos bens, das terras e do reino;
• Ambição canalizada para um objetivo mais próximo, onde se encontram vizinhos
do reino ameaçadores – o Norte de África;
• Consciência da ambição como parte integrante da condição humana.

Canto V – O Gigante Adamastor


• Aparecimento e descrição do Adamastor – figura gigantesca que surge no mar
numa atitude ameaçadora;
• Discurso do Adamastor – elogia a «gente ousada» e profetiza dificuldades
futuras na passagem do cabo;
• Desaparecimento do Adamastor – conta a sua história a pedido de Vasco da
Gama, e desaparece emocionado com a sua triste sorte: símbolo do domínio dos
mares por parte dos portugueses e da vitória sobre o medo que os perigos
desconhecidos da natureza provocavam.

Canto V – Crítica à falta de cultura e de apreço pelos poetas que os


portugueses revelam
• Os antigos heróis gregos e romanos valorizavam os seus poetas e davam
importância ao conhecimento e à cultura, compatibilizando as armas com o
saber, ao contrário dos portugueses, que não dão valor aos seus poetas, porque
não têm cultura para os conhecer;
• A falta de cultura dos heróis nacionais é responsável pela indiferença que
manifestam pela divulgação dos seus feitos. A epopeia de Camões defende a
realização plena do homem, em todas as suas capacidades.

Canto VI – Reflexão sobre o valor da fama e os meios para a alcançar


• A fama e a glória adquirem-se a partir do esforço – não se é nobre por herança,
vivendo no luxo e na ociosidade, e cedendo a honras e dinheiro.

Canto VII – Elogio ao espírito de cruzada dos portugueses e crítica aos


outros povos europeus
• Com a chegada a Calecut, o poeta louva o espírito de cruzada dos portugueses,
que dão a sua vida pela expansão da Fé cristã;
• Por oposição, critica os povos europeus:
➢ A Alemanha e a Inglaterra por terem criado novos ramos do Cristianismo
e por se terem afastado do Papa;
➢ A França por ter-se aliado contra os inimigos da Fé – os turcos;
➢ A Itália por estar envolta em guerras, inimizades e luxuosidade.

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Canto VII – Crítica aos contemporâneos ambiciosos que exploram e


oprimem o povo
• O poeta revela os perigos por que passou, e refere o único apoio das Tágides;
• Critica os portugueses por não apoiarem as artes, os ambiciosos por
sobreporem os seus interesses aos do reino, e os dissimulados por explorarem
o povo.

Canto VIII – Crítica ao poder do dinheiro


• O poeta critica o poder corrupto do dinheiro, que provoca derrotas, compra a
amizade, faz dos amigos traidores, deturpa o conhecimento e a consciência,
condiciona as leis e corrompe até os sacerdotes.

Canto IX – Ilha dos Amores


• No caminho de regresso a Portugal, Vénus coloca a Ilha dos Amores como
recompensa aos marinheiros;
• Os marinheiros desembarcam nela, e veem as ninfas, que se deixam perseguir e
seduzir. Dá-se a união dos heróis portugueses com as ninfas e a sua consagração
como heróis imortais quase divinos. Tétis encontra-se com Vasco da Gama,
conta-lhe as futuras glórias dos portugueses, e premeia-o com o seu amor;
• Esta ilha, com os seus deleites, representa o triunfo dos heróis – honras, fama e
glória – e a sua transfiguração mítica.

Canto IX – Reflexões sobre o caminho para merecer a fama


• Despertar do adormecimento e do ócio, por de lado a cobiça e a tirania, ser justo
e lutar pela pátria e pelo rei.

1.2 – Fernando Pessoa


1.2.1 – “Mensagem”
1.2.1.1 – Sonho, Quinto Império e Sebastianismo
• Segundo a “Mensagem”, Portugal tem uma missão a cumprir – sonhar, seguindo
rumo para o desconhecido, e edificar um império espiritual – o Quinto Império.
• Os mitos serão a raiz sobre a qual Portugal irá edificar o sonho. O mito mais
importante será o de D. Sebastião, que, transferindo para os portugueses a sua
loucura de ir mais além, os conduzirá na travessia no nevoeiro.

1.2.1.2 – Estrutura da obra


• 1ª parte (nascimento) – Brasão:
• Fundação da nacionalidade e desfile de heróis lendários e históricos,
como Ulisses, D. Afonso Henriques, D. Dinis e D. Sebastião.

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• 2ª parte (vida) – Mar Português:


• Ânsia do desconhecido e esforço heroico da luta contra o mar;
• Apogeu da ação portuguesa dos Descobrimentos em poemas como “O
Infante”, “O Mostrengo” e “Mar Português”.
• 3ª parte (morte, que pressupõe um renascimento) – O Encoberto:
• Morte das energias de Portugal simbolizada no “Nevoeiro”;
• Afirmação do Sebastianismo representado na figura do “Encoberto”;
• Apelo à construção do Quinto Império.

1.2.2 – Ortónimo e heterónimo


1.2.2.1 – Fernando Pessoa ortónimo
Temas
• Procura da decifração do enigma do ser;
• Fragmentação do Eu;
• Obsessão de análise, dor de pensar;
• Fuga da realidade para o sonho;
• Incapacidade de viver a vida;
• Inquietação, angústia existencial, solidão interior;
• Nostalgia da infância;
• Fingimento poético: transfiguração da emoção pela razão.

Estilo
• Métrica curta;
• Uso da rima;
• Uso da quadra;
• Influência do lirismo lusitano;
• Criação de metáforas inesperadas; uso frequente do oxímoro (paradoxo);
• Versos leves em que recorre à interrogação, à negação, às reticências.

1.2.2.2 – Alberto Caeiro


Temas
• É o Mestre de Pessoa, Álvaro de Campos e Ricardo Reis;
• Criador do Sensacionalismo, vive de sensações, sobretudo visuais;
• Recusa a introspeção e a subjetividade, liga-se ao mundo exterior com
passividade e alegria;
• Identifica-se com a Natureza, vive segundo o seu ritmo, deseja nela diluir-se;
• Vive no presente;
• Lírico, instintivo, ingénuo;
• Defende a existência antes do pensamento; o corpo antes do espírito.

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Estilo
• Pendor argumentativo;
• Transformação do abstrato no concreto através da comparação;
• Predomínio do nome sobre o adjetivo;
• Sintaxe simples, com recurso reiterado às conexões de adição, oposição, causa,
tempo, comparação;
• Liberdade estrófica e do verso, ausência da rima.

1.2.2.3 – Álvaro de Campos


Temas
• A sua poesia tem três fases: decadentista, futurista e pessoal-intimista;
• Poeta sensacionista, tenta banir o vício de pensar e acolhe todas as sensações;
• Predomínio da emoção espontânea e torrencial;
• Elogio da civilização industrial;
• Angústia existencial;
• Fragmentação do Eu, perda de identidade;
• Ceticismo e ironia.

Estilo
• Verso livre e longo;
• Estilo torrencial e dinâmico (sobretudo no poemas futuristas);
• Utilização de repetições, anáforas, onomatopeias, exclamações, interjeições;
• Utilização de comparações e metáforas inesperadas, antíteses e paradoxos;
• Poetização do comum e quotidiano.

1.2.2.4 – Ricardo Reis


Temas
• Aceitação calma da ordem das coisas e do fatalismo do destino;
• Reflete sobre o fluir do tempo – tem consciência da dor provocada pela natureza
precária do homem e manifesta medo da velhice e da morte;
• Epicurismo – a sabedoria consiste em gozar o presente (carpe diem);
• Estoicismo – a sabedoria consiste na aceitação da condição humana, através da
disciplina e da razão;
• Paganismo assumido.

Estilo
• Estilo neoclássico, com uso da ode;
• Presença de elementos mitológicos;
• Uso do decassílabo combinado com o hexassílabo;
• Linguagem culta, rebuscada, sentenciosa
• Utilização do hipérbato e latinismos.

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1.3 – Cesário Verde


1.3.1 – Poesia de Cesário Verde
1.3.1.1 – Características dos poemas
• Poesia de cariz realista – o real como ponto de partida;
• Captação impressionista da realidade – o real apreendido através de impressões
(a cor, a luz, o movimento, os seres e as coisas fugazes);
• Objetividade/ subjetividade – articulação entre o real captado e as sensações e
emoções que despertam no sujeito poético;
• Poesia de intenção crítica; olhar comovido e solidário com os trabalhadores;
• Binómio cidade – lugar de atração e de repulsa, de futilidade, da moda, de
corrupção e de doença – e campo – lugar de saúde e riqueza, de vitalidade e de
energia, de simplicidade e de verdade;
• Regularidade estrófica e métrica (verso decassílabo e alexandrino);
• Vocabulário quotidiano e uso de estrangeirismos da época;
• Uso de comparações, metáforas, hipálages, sinestesias e enumerações.

2 – Textos argumentativos
2.1 – Padre António Vieira
2.1.1 – “Sermão de Santo António aos Peixes”
2.1.1.1 – Exórdio
Capítulo I
• Conceito predicável (figuras ou alegorias pelas quais se pode realizar uma
demonstração de fé – tese) – vós sois o sal da terra;
• Propriedades do sal/ pregadores – conservar/ louvar o bem; evitar a corrupção/
impedir o mal;
• A terra está corrompida porque:
➢ O sal não salga/ os pregadores não pregam a verdadeira doutrina e/ ou
dizem uma coisa e fazem outra;
➢ A terra não se deixa salgar/ os ouvintes não seguem a doutrina.
• Cristo diz que se devem desprezar os maus pregadores, Stº António diz que se
deve mudar o auditório – alegoria entre a ação de Stº António e a do Padre
António Vieira.

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2.1.1.2 – Exposição e Confirmação


Capítulo II – Louvores das qualidades e virtudes gerais dos peixes
• Relaciona as propriedades do sal com as das pregações de Stº António – louvar
o Bem («para o conservar») e repreender o Mal («para preservar dele»). Assim,
para satisfazer as obrigações do sal, o sermão será dividido em 2 partes: louvar
as qualidades e repreender os vícios;
• As qualidades e virtudes dos peixes:
➢ «Obediência, ordem, quietação e atenção» com que ouviram as palavras
de Stº António (enquanto que os homens o perseguiam por repreendê-
los);
➢ Respeito e devoção ao ouvirem a Palavra de Deus;
➢ Prudência – retiro e afastamento dos homens: comportamento apoiado
pelo orador, pois devemos afastarmo-nos daqueles que nos querem
fazer mal.

Capítulo III – Louvores das qualidades e virtudes particulares dos peixes


• Santo Peixe de Tobias:
➢ O seu fel cura a cegueira e o seu coração espanta os demónios;
➢ As suas virtudes foram comparadas às de Stº António – pregava contra
os hereges, curava a cegueira dos homens e expurgava os demónios.
• Rémora:
➢ Embora pequena no corpo é grande na força e no poder, pois, ao pegar-
se ao leme de uma nau, impede que esta avance;
➢ É comparada à língua de Stº António, pois, com ela (doutrina), orientou
e refreou a natureza humana.
• Torpedo:
➢ Gera uma energia (virtude da doutrina) que faz tremer o braço de quem
o procura pescar;
➢ Comparado a Stº António, pois também este fez tremer o braço dos
pescadores/pecadores quando este ouviram as suas palavras, ao ponto
de os fazer aceitar a doutrina. Contudo, há homens que ouvem a
doutrina (pescadores que não sentem a descarga elétrica) mas que
persistem no caminho do mal, indiferentes às palavras do pregador.
• Quatro-Olhos:
➢ Dois dos seus olhos estão virados para cima (protege-se das aves) e dois
dos outros estão virados para baixo (protege-se dos peixes);
➢ Quando se tem fé e se usa a razão, só se deve olhar «diretamente para
cima» (Céu) e «diretamente para baixo» (Inferno).

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Capítulo IV – Repreensões dos defeitos gerais dos peixes


• Comem-se (prejudicam, fazem mal) uns aos outros, e os grandes (fortes e
poderosos) comem os pequenos (fracos):
➢ Sendo os peixes criados no mesmo elemento, se se comem uns aos
outros, estão a cometer um pecado atroz. O padre pede que olhem para
a cidade (onde estão os colonos) – lá as pessoas se comem vivas;
➢ A antropofagia literal acontece entre os índios Tapuias. Mesmo assim, as
pessoas mais instruídas também se comem umas às outras: roubam, são
oportunistas, vigarizam, etc..
• Os peixes são ignorantes e cegos pois deixam-se enganar por um pedaço de
pano:
➢ Peixe – é facilmente enganado por um anzol e um pedaço de pano, e
acaba por morrer. É ignorante pois não entende o significado do pano e
é cego pois atira-se cegamente e fica preso;
➢ Homem – endivida-se por peças de roupa (é vaidoso), e para as pagar
“mata-se” a trabalhar.

Capítulo V – Repreensões dos defeitos particulares dos peixes


• Roncador:
➢ O seu pequeno tamanho contrasta com os roncos (falar ou agir
aparatosa e ostensivamente) que emite – arrogância e prepotência. Os
homens assim são humilhados por Deus;
➢ Stº António possuía sabedoria e poder, mas não se vangloriava por isso.
• Pegador:
➢ Cola-se aos peixes maiores, e vive à custa deles – oportunismo. Os
homens “colam-se” a pessoas mais fortes e poderosas, e tiram proveito
disso. Os colonos iam para as colónias para terem um melhor modo de
vida, aproveitando-se de índios e pessoas mais fortes e poderosas;
➢ David e Stº António eram «pegadores de Deus».
• Voador:
➢ Dada a dimensão das suas barbatanas, consegue voar, e tem o perigo de
ser pescado no mar e apanhado no ar – ambição. Os homens, ao
quererem o que não têm, também podem perder tudo. Assim, devem
ser mais humildes;
➢ Stº António usou as suas asas (sabedoria) para descer e não para exibir
o seu valor.
• Polvo:
➢ É o «maior traidor do mar» pois tem a capacidade de se metamorfosear,
usando o mimetismo para atacar e não para se defender. O polvo é
comparado ao monge devido à sua aparência modesta e hipocrisia. Os
homens, tal como o polvo, criam embustes e ciladas com as quais traem
o próximo, escondidos debaixo de uma aparência inocente;
➢ Para Stº António, sempre houve candura, sinceridade e verdade.

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2.1.1.3 – Peroração
Capítulo VI
• Conclusão e síntese dos argumentos, reafirmando a importância da tese;
• Os peixes estão acima dos outros animais e do pregador.

3 – Textos de teatro
3.1 – Almeida Garrett
3.1.1 – “Frei Luís de Sousa”
3.1.1.1 – Características da obra
Características românticas
• Crença no Sebastianismo por parte do escudeiro Telmo Pais e de D. Maria de
Noronha;
• Patriotismo e nacionalismo, bem presentes em Manuel Luís de Sousa Coutinho
e Maria;
• Religiosidade e sensibilidade cristã – religiosidade de Frei Jorge e entrada de
Manuel e de D. Madalena de Vilhena para uma ordem religiosa;
• Individualismo – acentuado pelo desejo do indivíduo ser feliz à margem do
código moral estabelecido;
• Tema da morte e morte de uma personagem em cena (Maria);
• Linguagem e estilo românticos, e escrita em prosa.

Características clássicas
• Tem unidade de ação, com progressão dramática dos acontecimentos até
atingir o clímax;
• O sofrimento (pathos) apodera-se das personagens e dos espetadores;
• O incêndio provocado por Manuel de Sousa pode ser considerado um desafio
ao próprio destino;
• Presença constante da fatalidade;
• Lançamento de presságios, sobretudo por Telmo;
• Há um reconhecimento (anagnórise) que dá origem à catástrofe – o
reconhecimento da verdadeira identidade do Romeiro;
• As personagens são sempre nobres e poucas em cena.

3.1.1.2 – Ação, espaço e tempo


• Enquanto a ação decorre no palácio de Manuel de Sousa (ato I), D. Madalena
vive em desassossego. Com o incêndio dá-se fim a uma felicidade duvidosa, pois
a mudança para o palácio de D. João de Portugal (ato II e III) leva-a ao pânico. É
a esse palácio que D. João regressa, dando-se o clímax da ação;

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• Há a realçar a superstição do dia de sexta-feira, que corresponde ao dia em que


se dá o desenlace após a chegada do Romeiro no 21º aniversário da Batalha de
Alcácer-Quibir e da morte/ desaparecimento de D. Sebastião, ao aniversário do
dia do 1º casamento de Madalena, e ao dia em que esta viu e amou Manuel de
Sousa pela 1ª vez;
• O contexto histórico da ação situa-se na época pós-batalha de Alcácer-Quibir, a
partir da qual nasceu o mito do Sebastianismo, o qual vai perdurar durante
muitos anos e que representa a crença e convicção de todos aqueles que
esperavam restituir a prosperidade a Portugal e libertá-lo do domínio
castelhano.

3.2 – Luís de Sttau Monteiro


3.2.1 – “Felizmente Há Luar!”
3.2.1.1 – Características da obra
• A técnica da distanciação, típica do teatro épico (brechtiano), permite uma
análise crítica da sociedade e a tomada de uma posição por parte do público;
• O tempo da história, 1817, é paralelo ao tempo da escrita da obra, 1961, altura
em que Portugal, em vez de ser uma monarquia absolutista, era uma ditadura
fascista – a situação das personagens em 1817 serve como metáfora para a
situação de Portugal em 1961. A peça tem uma dimensão intemporal, pois
defende valores como a liberdade, a justiça, a coragem, a dignidade e o amor.

3.2.1.2 – Ação dramática


1º Ato – o poder e os seus mecanismos
• Um homem do povo, Manuel, integrado num grupo de populares, manifesta o
seu descontentamento pela miséria em que vive. Um antigo soldado descreve o
General Gomes Freire de Andrade como um homem generoso e amigo do povo,
mas Vicente, embora sendo do povo, discorda das palavras daquele. A chegada
da polícia põe termo à conversa, provocando a dispersão dos presentes. Vicente,
que afinal é um traidor da sua classe, é conduzido pelos dois polícias à presença
de D. Miguel Forjaz;
• Os regentes, representantes do poder político (D. Miguel Forjaz), religioso
(Principal Sousa) e militar (General Beresford), face aos boatos de uma
conspiração, servem-se de delatores – Vicente, Morais Sarmento e Andrade
Corvo – para prender Gomes Freire e outros conspiradores. Para isso, o poder
reforça o clima de medo e prepara um julgamento secreto, com vista à
condenação e execução imediata. Simultaneamente, utiliza os mecanismos de
propaganda – os padres nas igrejas e os militares nos quartéis – para
convencerem o povo ignorante da justeza das execuções.

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2º Ato – o antipoder
• Matilde, mulher do General Gomes Freire, pede clemência mas também
denuncia a injustiça e a violência dos poderes político, religioso e judicial;
• Através de Manuel, percebe-se que a condição do povo é tão miserável que não
lhe permite resistir senão pelo descontentamento. Paira um sentimento de
impotência entre os populares mais conscientes;
• Matilde só podia contar com o apoio do amigo de seu marido, Sousa Falcão. É
com ele que assiste à execução de Gomes Freire, no forte de S. Julião da Barra.

3.2.1.3 – Os símbolos
• Tambores – símbolo da autoridade e da força sobre o povo e sobre os opositores
do regime;
• Moeda de cinco réis – símbolo do desrespeito que os mais poderosos
mantinham para com o próximo;
• Saia verde – a saia foi comprada pelo general em Paris, numa terra de liberdade,
e o verde simboliza a esperança de que um dia se reponha a justiça;
• Fogueira – para D. Miguel, a fogueira constitui um ensinamento para o povo;
para Matilde, a chama da fogueira manter-se-á viva e a liberdade triunfará;
• Noite – associada ao castigo e à morte, a noite simboliza o obscurantismo.
• Título – «Felizmente há luar!» é uma expressão proferida por duas personagens:
• Para D. Miguel, o luar permitirá que o clarão da fogueira seja visto por
todos, atemorizando aqueles que ousem lutar pela liberdade;
• Para Matilde, o luar sublinha a intensidade do fogo, incitando à revolta
do povo.

4 – Textos narrativos/ descritivos


4.1 – Eça de Queirós
4.1.1 – “Os Maias”
4.1.1.1 – Características da obra
• Na obra, estão presentes três gerações:
• A de Afonso – geração do tempo das lutas liberais;
• A de Pedro – geração do Romantismo;
• A de Carlos – geração do Realismo.
• A influência da educação e o peso da hereditariedade na personalidade e no
comportamento das personagens são fatores de feição naturalista;
• O realismo pretendia representar fielmente a realidade, de forma a denunciar
os problemas socias. Na obra “Os Maias”, são criticadas a política decadente, a
mediocridade cultural, a educação fradesca e ultrapassada, o jornalismo
corrupto e medíocre, a degeneração dos costumes e a hipocrisia social.

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4.1.1.2 – As personagens
• Afonso da Maia:
• Pai de Pedro, e casado com Maria Eduarda Runa, após a morte do seu
filho, criou o seu neto Carlos em Santa Olávia;
• Morre ao saber do incesto entre Carlos e Maria Eduarda.
• Pedro da Maia:
• Casou-se com Maria Monforte, com quem teve Maria Eduarda e Carlos;
• Ficou devastado com a morte da sua mãe, e suicidou-se após a fuga da
sua esposa com o napolitano e com a filha;
• Por vontade de sua mãe, teve uma educação à portuguesa, demasiado
católica e protetiva, que o tornou numa criança mimada, receosa,
demasiado sensível e fraca de espírito.
• Carlos da Maia:
• Estudou Medicina em Coimbra, tinha um consultório no Rossio, e ao
tratar Rosa, conheceu Maria Eduarda, sua mãe, casada com McGreen;
• Foi uma criança sã e rija, com a raça dos Maias, pois, graças ao seu avô,
recebeu uma educação à inglesa, ao contrário de Pedro e Eusebiozinho.

4.2 – José Saramago


4.2.1 – “Memorial do Convento”
4.2.1.1 – As personagens
Grupo do poder
• D. Maria Ana Josefa – austríaca e vista como instrumento de produção de
sangue real;
• D. João V – monarca absolutista vaidoso, egocêntrico e megalómano.

Grupo do contrapoder
• Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão – espírito científico e obsessão de voar;
• Domenico Scarlatti – a sua música inspira os construtores da passarola e cura a
doença de Blimunda, causada pela exaustão na recolha das duas mil vontades;
• Baltasar Sete-Sóis – ex-soldado, sem a mão esquerda, é morto num auto de fé
devido ao sonho de voar, o que o transforma no herói do romance,
transcendendo, assim, a imagem do povo oprimido e espezinhado de que faz
parte;
• Blimunda Sete-Luas – o seu poder de «ver por dentro» e de «recolher as
vontades» é imprescindível na construção da passarola, e estabelece-se um
paralelismo entre as relações rei/ rainha e Baltasar/ Blimunda: enquanto na
relação contratual do casal real a mulher tem o único papel de procriadora, na
relação do casal popular Blimunda tem um estatuto de igualdade.

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4.2.1.2 – Os símbolos
• A passarola – simboliza a liberdade e a luz que guia;
• Sete-Sóis – símbolo masculino do Sol – e Sete-Luas – símbolo feminino da Lua, e
o poder de Blimunda de «ver no escuro»;
• Algarismo sete – indica a totalidade completa e perfeita;
• A vontade – sem o querer humano, nenhum progresso científico se dá;
• A trindade – Bartolomeu (o pai), Baltasar (o filho), e Blimunda (o espírito).
4.2.1.3 – A voz do narrador
• Genericamente não participante, embora tenha alguma proximidade às
personagens por falar nelas na primeira pessoa;
• É subjetivo, emite juízos de valor, critica, prevê, ironiza e dirige-se ao leitor.

5 – Gramática
5.1 – Morfologia e lexicologia
5.1.1 – Formação de palavras
5.1.1.1 – Derivação
• Derivação por afixação:
• Prefixação;
• Sufixação;
• Prefixação e sufixação;
• Parassíntese – prefixo e sufixo simultaneamente pois a palavra base não
existe só com um dos afixos.
• Derivação imprópria ou conversão – formação de uma nova palavra pela
mudança da classe gramatical da base;
• Derivação não afixal – o nome deriva do verbo: substituem-se os especificadores
verbais pelos nominais.

5.1.1.2 – Composição
• Composição morfológica – junção de um radical a outro radical ou a uma
palavra;
• Composição morfossintática – associação de duas ou mais palavras.

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5.2 – Classes de palavras


5.2.1 – Classes abertas
5.2.1.1 – Nome
• Próprio;
• Comum:
• Contável;
• Não-contável;
• Coletivo:
➢ Contável;
➢ Não-contável.

5.2.1.2 – Adjetivo
• Qualificativo – surge depois do nome;
• Numeral – surge antes do nome e não varia em grau;
• Relacional – deriva de um nome, surge à direita do nome, e não varia em grau.
5.2.1.3 – Advérbio
• De negação;
• De afirmação;
• De quantidade e grau;
• De inclusão;
• De exclusão;
• Interrogativo;
• De predicado com valor:
• Locativo;
• Temporal;
• Modal.
• De frase;
• Conetivo;
• Relativo.
5.2.1.4 – Interjeição
• Exclamações sem significação determinada.

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5.2.1.5 – Verbo
Subclasses do verbo
• Principal – um sujeito e um ou vários complementos:

Intransitivo – um sujeito;

Transitivo direto – um sujeito e um complemento direto;

Transitivo indireto – um sujeito e um complemento indireto ou oblíquo;

Transitivo direto e indireto – sujeito + complemento direto + indireto ou
oblíquo;
➢ Transitivo-predicativo – complemento direto + predicativo do
complemento direto.
• Copulativo – sujeito + predicativo do sujeito (verbo ser, estar, parecer,
permanecer, continuar, revelar-se, tornar-se);
• Auxiliar – antes de um verbo principal ou copulativo (dois verbos).

Tempos e modos verbais


Exemplo de conjugação com o verbo «amar» na 1ª pessoa do singular:

Simples do Indicativo Conjuntivo Condicional


Presente amo (t./ o.) ame amaria (se)
P. perfeito amei
P. imperfeito amava (t./ o.) amasse
P. + que p. amara
Futuro amarei (quando) amar
(t./ o.) – (talvez/ oxalá); P. – pretérito; P. + que p. – Pretérito mais-que-perfeito.

Composto do Indicativo Conjuntivo Condicional


(t./ o.) tenha teria amado (se)
P. perfeito tenho amado [1]
amado [1] [3]
(t./ o.) tivesse
P. + que p. tinha amado [2]
amado [2]
(quando) tiver
Futuro terei amado [3]
amado [3]
[1] – «ter» no presente; [2] – «ter» no pretérito imperfeito; [3] – verbo no particípio passado.

Infinitivo Indicativo Composto


Pessoal (eu) amar (eu ter) amado
Impessoal amar ter amado [3]
• Imperativo presente – tu ama, ele ame, nós amemos;
• Gerúndio – amando; Gerúndio composto – tendo amado;
• Particípio passado – amado (algo que acabou).

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5.2.2 – Classes fechadas


5.2.2.1 – Pronome
• Pessoal;
• Possessivo;
• Demonstrativo;
• Relativo;
• Interrogativo;
• Indefinido.

5.2.2.2 – Determinante
• Artigo definido e indefinido;
• Possessivo;
• Demonstrativo;
• Relativo;
• Interrogativo;
• Indefinido.

5.2.2.3 – Quantificador
• Numeral:
• Cardinal;
• Multiplicativo;
• Fracionário.
• Universal;
• Existencial;
• Interrogativo;
• Relativo.

5.2.2.4 – Preposição
• Simples – a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, sem,
sob, sobre, trás;
• Compostas ou locuções prepositivas – abaixo de, perto de, quanto a, etc..
5.2.2.5 – Conjunção
• Podem ser coordenativas ou subordinativas.

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5.3 – Sintaxe
5.3.1 – Divisão e classificação de orações
5.3.1.1 – Oração coordenada
• Copulativa – adiciona informação;
• Adversativa – contraste;
• Disjuntiva – alternativa;
• Conclusiva – consequência;
• Explicativa – justificação.

5.3.1.2 – Oração subordinada


Adverbial
• Temporal;
• Causal;
• Final;
• Condicional;
• Comparativa;
• Concessiva;
• Consecutiva.

Substantiva
• Completiva – complemento direto, podendo ser substituída por um pronome;
• Relativa – sujeito, e não tem nomes antecedentes (quem, onde, quanto, etc.).
Adjetiva relativa
• Restritiva – modificador do nome restritivo, e não tem vírgulas;
• Explicativa – modificador do nome apositivo, e é isolada por vírgulas.

5.3.2 – Funções sintáticas


5.3.2.1 – Ao nível da frase
• Sujeito:
• Simples;
• Composto;
• Nulo:
➢ Subentendido – pode ser identificado;
➢ Indeterminado – não pode ser identificado;
➢ Expletivo – verbo impessoal; tempo ou clima.

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• Predicado – grupo verbal;


• Vocativo – chamamento e separa-se por vírgulas;
• Modificador de frase – aparece no início ou no fim da frase, pode ser suprimido,
e modifica o seu sentido.

5.3.2.2 – Internas ao grupo verbal (predicado)


• Complemento:
• Direto – «O quê?» e pode ser substituído por um pronome;
• Indireto – «A quem?» e pode ser substituído por «lhe/lhes»;
• Oblíquo – sem ele, a frase não faz sentido;
• Agente da passiva – verbo na frase passiva.
• Predicativo:
• Do sujeito – qualifica o sujeito;
• Do complemento direto – qualifica o complemento direto.
• Modificador do grupo verbal – pode ser suprimido e modifica o sentido do grupo
verbal.

5.3.2.3 – Internas ao grupo nominal


• Modificador do nome:
• Restritivo – surge à direita do nome e restringe a realidade do nome;
• Apositivo – surge à direita do nome e é isolado por vírgulas.

5.4 – Pragmática e linguística textual


5.4.1 – Atos de linguagem
5.4.1.1 – Ato ilocutório
• Assertivo – o locutor assume a verdade do enunciado;
• Diretivo – leva o interlocutor a fazer uma certa ação;
• Compromissivo – exprime um compromisso;
• Expressivo – expressa sentimentos, emoções e estados de espírito;
• Declarativo – uma declaração.

5.4.2 – Dêixis
5.4.2.1 – Referências deíticas
• Deíticos pessoais – pronomes pessoais e pronomes ou determinantes
possessivos;
• Deíticos temporais – advérbios ou locuções adverbiais e tempos verbais;

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• Deíticos espaciais – pronomes ou determinantes demonstrativos e advérbios ou


locuções adverbiais de lugar;
• Deíticos sociais – formas de tratamento.
5.4.3 – Coesão
5.4.3.1 – Coesão lexical
• Repetição ou reiteração;
• Sinonímia/ antonímia;
• Hiperonímia/ hiponímia – hiperónimo: ideia geral; hipónimo: ideia específica;
• Holonímia/ meronímia – holónimo: o todo; merónimo: uma parte do todo.

5.4.3.2 – Coesão gramatical


• Frásica;
• Interfrásica;
• Temporo-aspetual;
• Referencial - quando num texto há um ou mais fragmentos textuais sem
referência autónoma, cuja interpretação depende do valor referencial de uma
expressão presente no discurso anterior (anáfora) ou subsequente (catáfora).

5.4.4 – Figuras de estilo


5.4.4.1 – Nível sintático
• Anáfora – repetição de uma ou mais palavras no início de cada verso;
• Anástrofe – inversão da ordem natural das palavras;
• Hipérbato – inversão violenta da ordem dos elementos na frase.
5.4.4.2 – Nível semântico
• Antítese – contraste entre dois elementos ou ideias;
• Apóstrofe – interpelação a alguém, ou a alguma coisa personificada;
• Hipérbole – ênfase resultante do exagero;
• Metonímia – consiste em designar uma realidade por um termo cujo significado
aponta para outra realidade que lhe é próxima;
• Perífrase – consiste em dizer por várias palavras o que poderia ser dito por
algumas ou apenas uma;
• Pleonasmo – repetição de uma ideia já expressa;
• Sinédoque – consiste em designar a parte pelo todo e vice-versa;
• Sinestesia – fusão de perceções provenientes de diferentes sentidos.

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