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Os Saberes e Cores dos Povos Indígenas do Paraná

Para esse encontro selecionamos dentre o material disponível, recortes que


abordam os saberes e as cores dos povos indígenas que habitam o Paraná.

Esperamos que, ao entrar contato com esses textos, os integrantes das


Equipes Multidisciplinares possam adentrar na verdadeira historia dos povos
indígenas e perceber o quanto contribuíram, e ainda contribuem, culturalmente,
tecnologicamente, economicamente e socialmente na construção e até no
nome desse país chamado Brasil.

Não podíamos falar de assuntos tão particulares e próprios dos indígenas sem
ouvir a voz dos detentores desses saberes milenares, dentre os quais, muitos
foram incorporados pela sociedade não indígena, que faz uso cotidiano destes,
sem ao menos conhecer de onde provêm. Para legitimar a proposta optamos
por utilizar textos escritos pelos próprios indígenas ou que foram escritos com a
participação direta deles.

Obs: Agradecimentos à professora Iozodara Telma Branco De George, que


autorizou o uso do livro de sua autoria: Tupã-Mitã e a todos os que
participaram da elaboração do livro: Ler, Escrever e Ser Kaingang no Paraná.

Os Saberes e as Cores dos povos indígenas, a ser trabalhado no segundo


encontro, vêm ao encontro do tema geral para as Equipes Multidisciplinares
2017, a saber: A beleza, a riqueza e a resistência dos povos Africanos,
afro-brasileiros e Indígenas, escolhido para desmistificar e desfazer alguns
equívocos sobre esses povos: que são primitivos, que tem cultura engessada,
religião rudimentar, entre outras, e trazer para o debate aspectos positivos e
que deem visibilidade aos povos que protagonizaram a nossa história.

Para compor o material aqui apresentado, selecionados alguns excertos, dos


livros mencionados acima, que trazem alguns dos saberes dos povos Kaingang
e Guarani.

O integrante da Equipe Multidisciplinar deve destinar atenção especial a esses


textos, que tem por objetivo auxiliar no ensino de Historia e Cultura Indígena
em todas as disciplinas e etapas e modalidades da Educação Básica.

Os saberes e cores dos Guarani:

1- As figuras, a seguir (14 a 17) trazem a autobiografia do professor


Theodoro Tupã Jeguavy Alves, que conta sua trajetória de vida, e de
onde destacamos a construção dos brinquedos e os ritos de
passagem.
2- O Sistema de Numeração (figuras 27 a 31 e parte do 32) nos mostra
um sistema decimal, que utiliza a base 10 e símbolos que representam
os numerais e quantidades de zero a dez.
3- Calendário: (parte do 32 a 34) Representações do cotidiano da vida dos
Guarani, que utilizam as fases da lua e a posição do sol para se
localizarem no tempo e espaço
4- As figuras, de 59 a 64, trazem um pouco do significado das pinturas
corporais, tão significativas e usadas pelos indígenas em momentos
festivos, religiosos, entre outros.

Os saberes e cores dos Kaingang

1- A alimentação dos Kaingang, (figuras 38, 39, 40 e 45) é, em grande


parte, retirada da natureza. A preparação e o beneficiamento, feitos
manualmente, exigem técnicas de culinárias, que lhes são particulares.
2- Os nomes (figuras 33, 34 e 35) dados aos filhos são escolhidos para
homenagear os antepassados ou estão ligados à natureza.
3- A água (89 e 100) é usada, assim como todos os outros recursos
naturais, de forma sustentável, tendo em vista sua importância para a
sobrevivência deste e de todos os outros povos indígenas.
4- A religiosidade (figura 46) e a crença dos povos indígenas é um
assunto que exige certa cautela. Assim como desejamos que respeitem
a nossa forma de adoração, assim também acontece com eles.

OBS: Os saberes e cores dos Xetá serão abordados quando tivermos


concluído as pesquisas sobre esse povo.

Esperamos que tenham bons estudos!


Autobiografia de professor Theodoro Tupã Jeguavy Alves que relata a sua
trajetória de vida, destacando a construção dos próprios brinquedos e os
ritos de passagem.
Referências

DE GEORGE, IOSODARA TELMA BRANCO. Mitã/Tupã: Histórias, memorias


e saberes Guarani. Curitiba: Máquina de Escrever, 2015.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Ler, Escrever e Ser Kaingang


no Paraná. Curitiba: SEED- PR, 2010.

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