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Agravo de Instrumento
Agravo de Instrumento
2
SUMÁRIO DESTE MÓDULO
3. AGRAVO DE INSTRUMENTO
3.1. CONTEXTO NORMATIVO
3.2. FLUXOGRAMA
3.3. MODELOS
3.3.1. Agravo de instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre tutela provisória (cabe sustentação oral – NCPC, art. 937,
VIII)
3.3.2. Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre mérito do processo (NCPC, arts. 354, parágrafo único e 356,
§ 5º e possibilidade de sustentação oral, assim como nos recursos
de apelação, ordinário, especial, extraordinário e embargos de
divergência)
3.3.3. Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre rejeição da alegação de convenção de arbitragem
3.3.4. Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre incidente de desconsideração da personalidade jurídica
3.3.5. Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre gratuidade da justiça:
3.3.5.1. Rejeição do pedido de gratuidade da justiça
3.3.5.2. Acolhimento do pedido de revogação da gratuidade da
justiça concedida
3.3.6. Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre exibição ou posse de documento ou coisa
3.3.7. Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio
3.3.8. Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre exclusão de litisconsorte
3.3.9. Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros:
3
3.3.9.1. Assistência
3.3.9.2. Denunciação da lide
3.3.9.3. Chamamento ao processo
3.3.9.4. Incidente de desconsideração da personalidade jurídica (já
tratado no item 3.3.4 – Mesma peça)
3.3.9.5. Amicus Curiae
3.3.10. Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo
aos embargos à execução
3.3.11. Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1.º
3.3.12. Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre fase de liquidação de sentença
3.3.13. Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre fase de cumprimento de sentença
3.3.14. Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre processo de execução
3.3.15. Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre processo de inventário
3.4. OUTROS CASOS PREVISTOS EM LEI:
3.4.1. Agravo de Instrumento contra liminar em mandado de segurança
4
3. AGRAVO DE INSTRUMENTO
Enunciados do FPPC
Enunciado nº 29: “(art. 298, art. 1.015, I) É agravável o pronunciamento judicial que
postergar a análise do pedido de tutela provisória ou condicionar sua apreciação ao
pagamento de custas ou a qualquer outra exigência”. (Grupo: Tutela Antecipada;
redação revista no V FPPC-Vitória e no VII FPPC-São Paulo).
Enunciado nº 103: “(arts. 1.015, II, 203, § 2º, 354, parágrafo único, 356, § 5º) A
decisão parcial proferida no curso do processo com fundamento no art. 487, I, sujeita-
se a recurso de agravo de instrumento”. (Grupo: Sentença, Coisa Julgada e Ação
Rescisória; redação revista no III FPPC-Rio).
5
Enunciado nº 154: “(art. 354, parágrafo único; art. 1.015, XIII70) É cabível agravo
de instrumento contra ato decisório que indefere parcialmente a petição inicial ou a
reconvenção”. (Grupo: Coisa Julgada, Ação Rescisória e Sentença; redação alterada
no VII FPPCSão Paulo).
Enunciado nº 177: “(arts. 550, § 5º e 1.015, inc. II) A decisão interlocutória que
julga procedente o pedido para condenar o réu a prestar contas, por ser de mérito, é
recorrível por agravo de instrumento”. (Grupo: Procedimentos Especiais).
Enunciado nº 228: “(art. 1.042, § 4º) Fica superado o enunciado 639 da súmula do
STF após a entrada em vigor do CPC (‘Aplica-se a súmula 288 quando não
constarem do traslado do agravo de instrumento as cópias das peças necessárias à
verificação da tempestividade do recurso extraordinário não admitido pela decisão
agravada’)”. (Grupo: Recursos Extraordinários).
Enunciado nº 435: “(arts. 485, VII, 1015, III) Cabe agravo de instrumento contra a
decisão do juiz que, diante do reconhecimento de competência pelo juízo arbitral, se
recusar a extinguir o processo judicial sem resolução de mérito”. (Grupo:
Arbitragem).
Enunciado nº 557: “(art. 982, I; art. 1.037, § 13, I) O agravo de instrumento previsto
no art. 1.037, §13, I, também é cabível contra a decisão prevista no art. 982, inc. I”.
(Grupo: Recursos (menos os repetitivos) e reclamação).
Enunciado nº 560: “(art. 1.015, inc. I; arts. 22-24 da Lei Maria da Penha) As
decisões de que tratam os arts. 22, 23 e 24 da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha),
quando enquadradas 70 nas hipóteses do inciso I, do art. 1.015, podem desafiar
agravo de instrumento”. (Grupo: Impacto nos Juizados e nos procedimentos especiais
da legislação extravagante).
Enunciado nº 592: “(arts. 932, V; 1.019) Aplica-se o inciso V do art. 932 ao agravo
de instrumento”. (Grupo: Ordem do processo nos tribunais e regimentos internos).
Enunciado nº 596: “(art. 937, VIII) Será assegurado às partes o direito de sustentar
oralmente no julgamento de agravo de instrumento que verse sobre tutela provisória e
que esteja pendente de julgamento por ocasião da entrada em vigor do CPC de 2015,
ainda que o recurso tenha sido interposto na vigência do CPC de 1973”.(Grupo:
Direito intertemporal).
Enunciado nº 612: “(arts. 1.015, V; 98, §§5º e 6º) Cabe agravo de instrumento contra
decisão interlocutória que, apreciando pedido de concessão integral da gratuidade da
Justiça, defere a redução percentual ou o parcelamento de despesas processuais”.
(Grupo: Recursos (menos os repetitivos) e reclamação).
Enunciado nº 663: “(art. 1.018, caput e §2º) A providência prevista no caput do art.
1.018 somente pode prejudicar o conhecimento do agravo de instrumento quando os
autos do recurso não forem eletrônicos”. (Grupo: Recursos (menos os repetitivos)).
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3.2. Fluxograma
AGRAVO DE INSTRUMENTO
(NCPC, art. 1.015 a 1.020)
Julgamento
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3.3. Modelos
3.3.1. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE VERSA
SOBRE TUTELA PROVISÓRIA (CABE SUSTENTAÇÃO ORAL – NCPC, ART. 937, VIII)
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
8
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
9
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
Vistos. Ao analisar os documentos acostados pelo Autor e a argumentação contida na Exordial, indefiro,
pelo menos por ora, o pedido de concessão de tutela provisória de urgência, na medida em que não estão
presentes os requisitos legais do art. 300, do CPC, principalmente a probabilidade do direito alegado.
Tendo em vista a expressa discordância na realização de audiência de conciliação ou mediação
manifestada pelo Autor, cite-se o réu para que responda a demanda, sob pena de revelia.
10
II – As razões do pedido de reforma ou da invalidação da decisão e o próprio
pedido.
Seguro saúde. Cobertura. Câncer de pulmão. Tratamento com quimioterapia. Cláusula abusiva. 1. O
plano de saúde pode estabelecer quais doenças estão sendo cobertas, mas não que tipo de tratamento
está alcançado para a respectiva cura. Se a patologia está coberta, no caso, o câncer, é inviável vedar a
quimioterapia pelo simples fato de ser esta uma das alternativas possíveis para a cura da doença. A
abusividade da cláusula reside exatamente nesse preciso aspecto, qual seja, não pode o paciente, em
razão de cláusula limitativa, ser impedido de receber tratamento com o método mais moderno
disponível no momento em que instalada a doença coberta.2. Recurso especial conhecido e provido3–
Sublinhamos.
Por outro lado, o perigo de dano na recusa feita pela Agravada do tratamento
médico indicado no laudo acostado aos autos é evidente diante da possibilidade de
agravamento do quadro médico do Agravante caso o tratamento médico não seja iniciado
imediatamente.
2 Enunciado n. 314 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: “As decisões judiciais devem respeitar os precedentes do
Supremo Tribunal Federal, em matéria constitucional, e do Superior Tribunal de Justiça, em matéria infraconstitucional federal.”.
3 Recurso Especial nº 668.216/SP, Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, julg.
em 15.03.2007, disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
11
Nesse sentido, em casos de necessário tratamento médico, atestado por médico
especialista, a concessão de tutela provisória de urgência é medida que se impõe, conforme
uníssona e sólida jurisprudência sobre o tema:
Agravo de instrumento. Ação de obrigação de fazer. Plano de saúde. Decisão que deferiu a antecipação
de tutela. Inconformismo. Descabimento. Requisitos para concessão da tutela antecipada preenchidos.
Recusa indevida de internação e de tratamento emergencial. Decisão mantida. Agravo não provido5 –
Sublinhamos.
O inciso II [do art. 521] repete conceito do CPC/73 para permitir a dispensa de caução quando o credor
“demonstrar situação de necessidade”. Trata-se de conceito vago e (…) tem-se como razoável entender
que tal requisito (…) é análogo àquele que legitima o benefício da assistência judiciária gratuita (art.
4
Agravo de Instrumento nº1.527.687-2, 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, Rel. Des. Domingos José Perfetto, julg.
em 26.06.2016, disponível ne internet em <www.tjpr.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
5
Agravo de Instrumento nº 2092534-70.2016.8.26.0000, da 8ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de
São Paulo, Rel. Des. Pedro de Alcântra da Silva Leme Filho, julg. em 15.07.2016, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>,
arquivo capturado em __.__.____.
6
Enunciado n. 419 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: “Não é absoluta a regra que proíbe tutela provisória com efeitos
irreversíveis.”.
7
Enunciado n. 498 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: “A possibilidade de dispensa de caução para a concessão de
tutela provisória de urgência, prevista no art. 300, §1º, deve ser avaliada à luz das hipóteses do art. 521.”
12
4º da Lei 1.060/50). Assim, fará jus à dispensa de caução, aquele que não está em condições de prestá-
la, sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família8 – Colchetes e destaques nossos.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
8
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Siva; MELLO, Rogerio
Licastro Torres de. Primeiros comentários ao novo código de processo civil: artigo por artigo. São Paulo: RT, 2016, p. 951.
13
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
14
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
voltar ao sumário 15
3.3.2. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE VERSA
SOBRE MÉRITO DO PROCESSO (NCPC, ARTS. 354, PARÁGRAFO ÚNICO E 356, §5º E
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
16
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
17
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
Diante do exposto, julgo parcialmente improcedente a presente demanda, nos termos do art. 485, I e 355,
I do CPC, por não vislumbrar a pretendida nulidade da cláusula 2.8 do contrato objeto da presente
demanda.
Com isso, condeno a Autora nas custas e honorários advocatícios que fixo em 10% do valor da causa
atualizado.
Quanto aos demais pedidos contidos na presente demanda, especifiquem as partes eventuais provas a
serem produzidas, justificando-as.
18
É contra essa decisão que a Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal2.
Compromisso de venda e compra – Atraso na conclusão das obras e entrega da unidade autônoma
configurado – Prazo de tolerância para a entrega das obras válido, contudo, não observado pela ré –
Súmula 164 deste Egrégio Tribunal de Justiça – Abusividade de cláusula que vincula o prazo de entrega
da obra à data da assinatura do contrato de financiamento – Lucros cessantes reconhecidos pela
privação do uso e fruição do imóvel – Indenização que deve ser fixada em 0,5% sobre o valor do
contrato, por mês de atraso, o que reflete o valor locativo do imóvel – Precedentes – Impossibilidade de
cumulação com a multa por inadimplemento da ré, sem previsão contratual – “Bis in idem” – É
incabível a condenação da vendedora ao pagamento de multa prevista apenas para a hipótese de
inadimplemento dos adquirentes – Súmula 159 deste Egrégio Tribunal de Justiça – Danos morais não
configurados – Mero inadimplemento contratual sem ocorrência de situação excepcional a violar direito
de personalidade – Sucumbência recíproca. Dá-se provimento em parte ao recurso3 - Sublinhamos.
2
Enunciado n. 103 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: “A decisão parcial proferida no curso do processo com
fundamento no art. 487, I, sujeita-se a recurso de agravo de instrumento.”.
3
Apelação Cível nº 1025843-77.2014.8.26.0577, 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel. Des.
Christine Santini, julg. em 26.07.2016, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__._____.
19
1. Cláusula que vincula a data de entrega do imóvel à data de assinatura do contrato de financiamento
revela-se manifestamente abusiva, tendo em vista que não estabelece prazo certo para o término da
obra e entrega do bem.
2. A exigência de Relatório de Impacto de Trânsito pela Administração Pública não constitui caso
fortuito ou força maior, pois, apesar de inevitável, liga-se aos riscos do próprio empreendimento,
integrando de tal modo a atividade empresarial que é impossível exercê-la sem assumi-los.
3. Inexistindo justificativa plausível para a entrega do imóvel além da data aprazada, considerando-se o
prazo de tolerância, reveste-se de respaldo a pretensão do adquirente ao recebimento dos lucros
cessantes, que representam uma forma de compensar o promitente comprador pela não disponibilidade
do imóvel adquirido, bem como pela impossibilidade de exercer todos os direitos inerentes à
propriedade.
4. Ante a lacuna contratual, a mora da construtora deverá ser discutida no âmbito da responsabilidade
civil (perdas e danos), que, como mencionado, já foi objeto de indenização via lucros cessantes, não
sendo cabível a inversão da cláusula penal como determinado na sentença, pois seria criar obrigação
contratual sem base na disposição de vontade dos contraentes.
5. Recurso da ré conhecido e desprovido.
Apelação dos autores conhecida e parcialmente provida4.
A grande novidade desse dispositivo consiste naquilo que está previsto no inc. VIII, que trata da
possibilidade de sustentação oral no agravo de instrumento interposto de decisões interlocutórias que
versem sobre tutelas provisórias de urgência ou evidência. Embora o NCPC não tenha sido expresso, é
de se admitir sustentação oral nos casos em que a decisão, embora recorrível por meio de agravo,
tenha conteúdo de sentença, como é o caso, por exemplo, da decisão que põe fim à liquidação de
sentença5– Sublinhamos.
4
Apelação Cível nº 0032794-96.2014.8.07.0007, 6ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, Rel.
Des. Ana Maria Amarante, julg. em 11.05.2016, disponível na internet em <www.tjdft.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
5
WAMBIER. Teresa Arruda Alvim; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Silva; MELLO, Rogerio
Licastro Torres de. Primeiros comentários ao novo código de processo civil: artigo por artigo. São Paulo: RT, 2016, p. 1477.
20
III – Dos Requerimentos
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
21
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
22
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
voltar ao sumário 23
3.3.3. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE VERSA
SOBRE REJEIÇÃO DA ALEGAÇÃO DE CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
24
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
25
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
(...). Quanto às preliminares de existência de convenção de arbitragem, julgo extinto o presente feito, nos
termos do art. 485, inciso VII, CPC, com relação à empresa Fulana; por outro lado, com relação à
empresa Beltrana, rejeito a preliminar de convenção de arbitragem, tendo em vista não ter sido parte
integrante da relação contratual entre a Autora e a empresa Fulana.
É contra essa decisão que a Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
2
Enunciado n. 544 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: “Admite-se a celebração de convenção de arbitragem, ainda que
a obrigação esteja representada em título executivo extrajudicial.”.
26
II – As razões do pedido de reforma ou da invalidação da decisão e o próprio
pedido.
Além disso, dos documentos acostados pela Agravante às fls. ___ à ___,
comprovam que, em razão de alterações societárias, houve a alteração de seu nome
empresarial, razão pela qual os nomes empresariais indicados no instrumento contratual e
na presente demanda são distintos, sendo, contudo, a mesma pessoa jurídica.
Soma-se a isso, ainda, o fato de a cláusula arbitral ser personalíssima, pois deve ser
respeitada na medida do liame subjetivo que fora pactuada. Essa afirmação, inclusive, é
corroborada pela doutrina de Humberto Theodoro Junior, senão vejamos:
Se o procedimento arbitral, outrossim vai se desenvolver entre pessoas que simultanea ou sucessivamente
se vincularam à convenção arbitral, a formação do litisconsórcio ativo ou passivo se dará sem
dificuldade alguma. Todos os sujeitos do processo estarão obrigados a se submeterem a ele, por força
dos vínculos contratuais preexistentes. O litisconsórcio, in casu, tanto poderá assumir a modalidade
voluntária como a necessária e, uma vez provocado por algum contratante interessado não poderá ser
recusado pelos adversários. Se, porém, o debate vai envolver contrato diverso do que foi objeto
específico da convenção de arbitragem ou pessoas que não firmaram dita convenção, em princípio não
haver como forçar a formação do litisconsórcio, nem como ampliar a competência do árbitro para
negócio diverso daquele previsto no compromisso. Como a arbitragem repousa nos vínculos contratuais
entre as partes e estas e o árbitro, seus liames não se manifestam senão entre os contratantes. A
legitimidade de parte para o procedimento arbitral, por isso, só se estabelece entre os sujeitos
contratuais. A única via de legitimação, ativa ou passiva, para quem queira participar ou seja chamado
a participar da arbitragem condiciona-se à própria convenção arbitral3 - Sublinhamos.
3
THEODORO JUNIOR, Humberto. Arbitragem e terceiros. Litisconsórcio fora do pacto arbitral. Outras intervenções de terceiros.
Revista Forense, vol. 362, Rio de Janeiro: 2002, p. 56.
4
DELGADO, José Augusto. Comentários ao Novo Código Civil, vol. XI, tomo II, ed. Forense: Rio de Janeiro, 2004, p. 365.
27
A convenção arbitral, que produz efeitos contundentes, tem como contrapartida que demonstrar cabal,
clara e inequívoca vontade dos contratantes de entregar a solução de litígio (atual ou futuro, não
importa) à solução de árbitro. O efetivo severo de afastar a jurisdição do Estado não pode ser deduzido,
imaginado, intuído ou estendido. O consentimento dos interessados é essencial. Assim, mesmo que o
árbitro perceba a confusão patrimonial entre sociedades do mesmo grupo, não creio possível a
inclusão na arbitragem de sociedade que não tenha celebrado o compromisso arbitral (ou que não seja
signatário do contrato onde está inserida a cláusula compromissória)5 – Sublinhamos.
Ação de obrigação e fazer c.c. cobrança. Banco que ingressa contra a seguradora buscando prêmio
estipulado em apólice de seguro. Extinção. Art. 267, VII. Reconhecimento de convenção de arbitragem.
Apelo do banco. Banco que não participou da contratação do seguro e não pactuou a convenção de
arbitragem. Impossibilidade de estender a convenção de arbitragem a quem dela não pactuou.
Cláusula compromissória arbitral que tem caráter personalíssimo. Doutrina e jurisprudência. Sentença
anulada. Recursos da Seguradora e do IRB que pretendiam majorar a verba honorária imposta que
ficaram prejudicados. Provido o recurso do banco, desprovido os recursos do IRB e da Berkley
International do Brasil Seguros S/A6– Sublinhamos.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
5
CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e Processo. 3ª edição, São Paulo: Atlas, 2009, p. 83.
6
Apelação Cível nº 0106428-85.2009.8.26.0100, 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel. Des.
Virgilio de Oliveira Junior, julg. em 18.03.2013, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
28
Advogado (OAB).
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
29
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
voltar ao sumário 30
3.3.4. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE VERSA SOBRE
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
31
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, os Agravantes requerem a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
32
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
É contra essa decisão que os Agravantes pretendem a reforma por meio do presente
incidente recursal.
33
II – As razões do pedido de reforma ou da invalidação da decisão e o próprio
pedido.
Registre-se que, como recomenda o art. 133, §1º, do CPC, é preciso ressaltar o
disposto no art. 50, do Código Civil, que prevê os requisitos autorizadores para a
desconsideração da personalidade jurídica:
Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizada pelo desvio de finalidade, ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber
intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos
bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Veja, Exa., que os Agravantes não praticaram quaisquer atos que poderiam ensejar a
extensão da presente execução aos seus bens particulares, de modo que, a mera insolvência
da empresa, não credencia a desconsideração de sua personalidade.
2
Agravo de Instrumento nº 2103719-08.2016.8.26.0000, 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel.
Des. Moreira Viegas, julg. em 03.08.2016, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
34
1. Desconsideração da personalidade jurídica. Ainda que em juízo sumário, o deferimento da
desconsideração da personalidade societária requer a demonstração – ao menos aparente – de que os
sócios obtiveram vantagens indevidas através da manipulação abusiva do instituto da separação
patrimonial. A mera insolvência do ente coletivo não autoriza o deferimento da providência, vez que
isto significaria relegar à insignificância o tradicional instituto da separação patrimonial da pessoa
jurídica.
(…)3 – Sublinhamos.
Sendo assim, comprovado está o desacerto da r. decisão agravada, pois não avaliou
com o costumeiro acerto os pressupostos autorizadores da desconsideração da
personalidade jurídica, motivo pelo qual merece ser reformada.
3
Agravo de Instrumento nº 285264-2, 12ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Paraná, Rel. Des. Jurandyr Souza
Junior, julg. em 07.06.2005, disponível na internet em <www.tjpr.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
4
AgRg no AgRg no Agravo em REsp nº 334.883/RJ, 3º Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. João Otávio de Noronha,
julg. em 04.02.2016, disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
5
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. 16ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 126/127.
35
III – Dos Requerimentos
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
6
Enunciado n. 123 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: “É desnecessária a intervenção do Ministério Público, como
fiscal da ordem jurídica, no incidente de desconsideração da personalidade jurídica, salvo nos casos em que deva intervir
obrigatoriamente, previstos no art. 178.”.
36
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
37
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
voltar ao sumário 38
3.3.5. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE VERSA SOBRE
GRATUIDADE DA JUSTIÇA:
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
39
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 101, §1º, do CPC, a Agravante deixa de comprovar o
pagamento das custas processuais relacionadas ao presente recurso, até decisão preliminar
do D. Relator, tendo em vista tratar-se de recurso que versa justamente sobre pedido de
concessão gratuidade da justiça.
Data.
Advogado (OAB).
40
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravadas: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
É contra essa decisão que a Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
41
II – As razões do pedido de reforma ou da invalidação da decisão e o próprio
pedido.
Registre-se, por outro lado, que, de acordo com o art. 99, §2º, do CPC, a decisão que
indefere o requerimento de gratuidade da justiça deve estar fundamentada em elementos
capazes de comprovar a parte possui condições financeiras de arcar com as despesas
oriundas da demanda judicial, conforme ensina as lições da doutrina especializada:
Logo, de acordo com o §2.º do art. 99 do NCPC, a decisão que indeferir o benefício da justiça gratuita
deverá estar fundamentada em elementos comprobatórios dando conta que a parte requerente do
benefício tem efetivas condições de arcar com os custos e despesas processuais. Vale lembrar que o
necessitado não é somente a pessoa miserável propriamente dito, mas também poderá ser beneficiário do
benefício de justiça gratuita aquele que demonstrar que os custos do processo prejudicarão o seu
sustento ou de sua família2.
Ocorre, Exa., que a decisão vergastada não está assentada em qualquer elemento
probatório capaz de contrastar o arcabouço probatório colacionado pela Agravante, de
modo que restava, ao D. Juízo de primeiro grau, analisar o requerimento de gratuidade de
justiça à luz dos requisitos objetivos impostos pela legislação, conforme orienta a Corte
Especial do Superior Tribunal de Justiça:
2
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Siva; MELLO, Rogerio
Licastro Torres de. Primeiros comentários ao novo código de processo civil: artigo por artigo. São Paulo: RT, 2016, p. 207.
42
2. A concessão da gratuidade depende do fato objetivo inscrito na lei, no sentido de que a parte não
possui condições de arcar com as despesas processuais próprias sem severo prejuízo para a sua
subsistência.
3. A inversão do ônus da prova da “miserabilidade jurídica”; vale dizer: pessoas físicas e entidades
filantrópicas ou de assistência social gozam da presunção de miserabilidade iuris tantum, por isso que
admite-se a prova em contrário. Ao revés, as demais pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, devem
comprovar prima facie que não têm condições de arcar com as despesas processuais para usufruírem do
benefício que é consectário do “acesso à Justiça”. In casu, a embargante entidade filantrópica e,
portanto, goza de presunção de miserabilidade iuris tantum.
4. Embargos de divergência providos3 – Sublinhamos.
CONSTITUCIONAL. ACESSO À JUSTIÇA. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. Lei 1.060, de 1950. CF., art.
5º, LXXIV.
I - A garantia do art. 5º, LXXIV – assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos – não revogou a de assistência judiciária gratuita da Lei 1.060, de 1950, aos
necessitados, certo que, para obtenção desta, basta a declaração, feito pelo próprio interessado, de que
a sua situação econômica não permite vir a juízo sem prejuízo da sua manutenção ou de sua família.
Essa norma infraconstitucional põe-se, ademais, dentro do espírito da Constituição, que deseja facilitar
o acesso de todos à Justiça (CF, art. 5º, XXXV).
II. R.E. não conhecido4 - Sublinhamos.
JUSTIÇA GRATUITA – Benefício da gratuidade de justiça que deve ser concedido à parte que se
declare pobre – Presunção relativa da hipossuficiência em razão da declaração do estado de pobreza –
Ausência de fundadas razões para o indeferimento do benefício – Gastos com o tratamento de
neoplasia maligna – Lei nº 1.060/50 que tem por fim garantir o acesso à Justiça – Recurso provido5 -
Sublinhamos.
3
Embargos de Divergência em REsp nº 1.044.784/MG, Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Luiz Fux, julg.
em 29.06.2010, disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
4
RE nº 205746-1/RS, 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, Relator Min. Carlos Velloso, julg. em 26.11.1996, disponível na
internet em <www.stf.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
5
Agravo de Instrumento nº 2084737-43.2016.8.26.0000, 6ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel.
Des. Reinaldo Miluzzi, julg. em 08.08.2016, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
6
Agravo de Instrumento nº 1.0000.15.072473-0/001, 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Rel. Des. Edison
Feital Leite, julg. em 10.12.2015, disponível na internet em <www.tjmg.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
43
Diante do exposto, resta comprovado o preenchimento do requisito autorizador da
concessão das benesses da assistência judiciária, na forma da Lei 1.060/50, impondo-se,
portanto, a reforma da decisão agravada a e concessão do benefício à Agravante.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
44
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
45
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
voltar ao sumário 46
3.3.5.2. ACOLHIMENTO DO PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA CONCEDIDA
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
47
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 101, §1º, do CPC, o Agravante deixa de comprovar o
pagamento das custas processuais relacionadas ao presente recurso, até decisão preliminar
do D. Relator, tendo em vista tratar-se de recurso que versa justamente sobre pedido de
concessão gratuidade da justiça.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
48
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
Vistos.
Diante das informações trazidas pelos Autores no sentido de que: i) o Réu firmou contrato de prestação
de serviços advocatícios; e ii) contratou financiamento para aquisição de veículo avaliado em xx.xxx,xx
(xxxxxxx), resta comprovado que o Réu possui condições de arcar com as despesas processuais, motivo
pelo qual revogo a concessão dos benefícios da justiça gratuita.
É contra essa decisão que o Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
49
II – As razões do pedido de reforma ou da invalidação da decisão e o próprio
pedido.
Com efeito, o Agravante comprovou, de forma cabal, que não tem quaisquer
condições de arcar com as despesas processuais, principalmente porque atravesse grave
situação financeira (fls. ___/___).
Por outro lado, a simples contratação de advogado particular não permite concluir
que houve alteração na situação financeira da parte capaz de suportar as custas do processo,
conforme entendimento pacífico dos tribunais pátrios:
2
Agravo de Instrumento nº 2164933-97.2016.8.26.0000, 12ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel.
Des. Osvaldo de Oliveira, julg. em 16.09.2016, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
3
Agravo de Instrumento nº 20120095817 (2012.009581-7), 4ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina,
Rel. Des. Dinart Francisco Machado, julg. em 29.08.2012, disponível na internet em <www.tjsc.jus.br>, arquivo capturado em
__.__.____.
4
Agravo Instrumento nº 2064602-10.2016.8.26.0000, 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, julg. em
22.09.2016, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
50
Desse modo, D. Julgador, diante da ausência de provas capazes de demonstrar que a
situação financeira do Agravante sofreu alteração que permitisse que ele assumisse as
despesas do processo, a declaração de miserabilidade colacionada aos autos às fls. ___ deve
prevalecer, nos termos do art. 99, §3º, do Código de Processo Civil.
(...) tratando-se de pessoa física, a justiça gratuita deve ser concedida à vista da simples afirmação da
parte, uma vez que essa goza de presunção juris tantum de veracidade (art. 99, §1º, CPC; STJ, 5ª
Turma, REsp 243.386/SP, rel. Min. Félix Fischer, j. 16.03.2000, DJ 10.04.2000, p. 123). Havendo
dúvidas fundadas, não bastará a simples declaração, devendo a parte comprovar sua necessidade (STJ,
3ª Turma. AgRg no AREsp 602.943/SP, rel. Min. Moura Ribeiro, DJe 04.02.15)”5– Sublinhamos.
Inicialmente, o Agravante requer a intimação pessoal das Agravadas, por carta com
aviso de recebimento, para que, querendo, apresente resposta no prazo legal (art. 1.019,
inciso II, CPC).)
5
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo código de processo civil comentado. São
Paulo; Editora Revista dos Tribunais, 2015, p. 183.
51
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
52
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
53
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
voltar ao sumário 54
3.3.6. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE VERSA SOBRE
EXIBIÇÃO OU POSSE DE DOCUMENTO OU COISA
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
55
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
56
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
Diante disso, o D. Juízo de piso entendeu por bem rejeitar o pedido incidental de
exibição de documento, sob os seguintes fundamentos:
Vistos. Indefiro o pedido de exibição de documentos formulado pela Autora, haja vista que, conforme
alegado pela Ré, esta não está obrigada a guardar e fornecer a documentação exigida pela Autora,
impondo-se, pois, a rejeição da medida.
Intimem-se as partes para que, querendo, especifiquem e justifiquem as provas que pretendam produzir.
É contra essa decisão que a Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
57
II – As razões do pedido de reforma ou da invalidação da decisão e o próprio
pedido.
O direito à informação assegurado no art. 6, III, corresponde ao dever de informar imposto pelo CDC
nos arts. 12, 14, 18 e 20, nos arts. 30 e 31, nos arts. 46 e 54 ao fornecedor. Este dever de prestar
informação não se restringe à fase pré-contratual, da publicidade, práticas comerciais ou oferta (art.
30, 31, 34, 35, 40 e 52), mas inclui o dever de informar através do contrato (arts. 46, 48, 52 e 54) e de
informar durante o transcorrer da relação (a contrario, art. 51, I, IV, XIII, c/c art. 6, III), especialmente
no momento da cobrança da dívida2.
2
MARQUES, Cláudia Lima. BENJAMIN, Antonio Herman. MIRAGEM, Bruno. Comentários ao código de defesa do consumidor.
1ª edição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 150.
3
OLIVEIRA, Carlos Alberto Alvaro de e LACERDA, Galeno. Comentários ao código de processo civil, vol. VIII (arts. 813 a 889),
tomo II. Rio de Janeiro: Forense, 2005, p. 210.
58
Ora, Exa., a Agravante comprovou nestes autos que: i) requereu
administrativamente os documentos objeto do pedido de exibição à Agravante há mais de
oito meses, sem ter recebido qualquer resposta; e ii) manteve, de fato, a relação contratual
de prestação de serviços bancários com a Agravada, indicando, ainda, o exato período dos
documentos a serem apresentados pela Agravante.
4
REsp nº 1.349.453/MS, Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julg. em 10.12.2014,
disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
5
Agravo de Instrumento nº 2010.0001.006658-5, 3ª Câmara Especializada Cível do Tribunal de Justiça do Piauí, Rel. Des. Hilo de
Almeida Sousa, julg. em 08.03.2013, disponível na internet em <www.tjpi.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
59
A instituição tem a obrigação de guardar os documentos referentes às transações efetuadas por seus
clientes por todo o período em que eles têm para propor a ação principal, bem como deve exibir os
documentos comuns às partes, pois se trata de um direito previsto em lei. (…)6.
Documento comum não é, assim, apenas o que pertence indistintamente a ambas as partes, mas
também o que se refere a uma situação jurídica que envolva ambas as partes, ou uma das partes e
terceiro. É o caso, por exemplo, do recibo em poder do que pagou, mas que interessa também ao que
recebeu; o da via do contrato em poder de um contraente quando o outro perdeu a sua; ou das
correspondências em poder do destinatário nos contratos ajustados por via epistolar7–Sublinhamos.
Para que não paire qualquer dúvida acerca da possibilidade de fixação de multa no
caso em exame, visto que a Agravada já alegou a impossibilidade, é imperioso ressaltar o
disposto no art. 400, parágrafo único, do CPC, que dispõe que: “sendo necessário, o juiz
pode adotar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias para que o
documento seja exibido”.
6
Apelação Cível nº 3002493-38.2013.8.26.0358, 12ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel. Des.
Sandra Galhardo Esteves, julg. em 26.07.2016, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
7
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil – processo de execução e cumprimento de sentença. Vol. II.
Rio de Janeiro: Forense, 2011, p. 603.
60
Assim, D. Julgador, a nova legislação processual é clara em permitir o Julgador
adotar medidas de apoio, inclusive a multa por descumprimento, para que o documento seja
exibido, revogando-se, portanto, o enunciado da súmula 372 do Superior Tribunal de
Justiça8 que proibia a adoção dessa medida.
IV – Dos Requerimentos
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
8
Enunciado n. 54 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: “Fica superado o enunciado 372 da súmula do STJ (“Na ação de
exibição de documentos, não cabe a aplicação de multa cominatória”) após a entrada em vigor do CPC, pela expressa
possibilidade de fixação de multa de natureza coercitiva na ação de exibição de documento.”.
61
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
62
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
voltar ao sumário 63
3.3.7. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE VERSA SOBRE
REJEIÇÃO DO PEDIDO DE LIMITAÇÃO DO LITISCONSÓRCIO
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
64
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
65
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
66
É contra essa decisão que a Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
Evidentemente, só se aplica este dispositivo ao litisconsórcio facultativo. São dois os critérios de que se
pode valer o juiz para limitar o número de litisconsortes: o comprometimento da rápida solução do
litígio e dificuldade quanto à defesa ou quanto ao cumprimento da sentença2– Sublinhamos.
2
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Siva; MELLO, Rogerio
Licastro Torres de. Primeiros comentários ao novo código de processo civil: artigo por artigo. São Paulo: RT, 2016, p. 232.
3
DINAMARCO, Cândido Rangel. LOPES, Bruno Vasconcelos Carrilho. Teoria Geral do Novo Processo Civil. São Paulo:
Malheiros, 2016, p. 157.
67
Soma-se a isso, ainda, o fato de a Contestação da Agravante repousar sobre toda a
documentação acostada nos autos, que se refere à percepção pessoal de cada requerente do
acidente que supostamente teria acarretado em danos morais. Ou seja, para cada Agravado,
o Agravante teria de contestar o arcabouço probatório particularmente acostado nos autos.
Portanto, se é certo que o CPC/15 não prevê um número máximo de partes para
integrar o polo da relação processual, é igualmente correto dizer que o CPC/15 prevê, em
seu art. 113, §1º, que a existência de um número exacerbado de litisconsortes facultativos,
resultando o comprometimento da defesa e da rápida solução do litígio, impõe a limitação
do litisconsórcio.
4
Agravo de Instrumento nº 70049433576, Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Rel. Des. Isabel Dias
Almeida, julg. em 13.06.2012, disponível na internet em <www.tjrs.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
5
Agravo de Instrumento nº 2089134-48.2016.8.26.0000, 3ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel Des.
Viviani Nicolau, julg. em 18.08.2016, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
68
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO
ESPECIAL. ART. 46, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. LITISCONSÓRCIO ATIVO FACULTATIVO.
LIMITAÇÃO. POSSIBILIDADE. PODER DO JUIZ. SÚMULA 07/STJ. PRECEDENTES. AGRAVO
REGIMENTAL IMPROVIDO.
I. O art. 46, parágrafo único, do CPC, admite a possibilidade de o juiz limitar o número de litigantes e
determinar o desmembramento quanto aos demais, quando a pluralidade de litigantes comprometer a
rápida solução do litígio ou dificultar a defesa.
II. O entendimento jurisprudencial do STJ é firme no sentido de que a análise quanto aos requisitos que
conduziram ao desmembramento do feito demanda o reexame de matéria fática, o que é obstado, no
âmbito do Recurso Especial, pela Súmula 7 desta Corte.
III. Agravo Regimental improvido6.
Inicialmente, a Agravante requer a intimação pessoal dos Agravados, por carta com
aviso de recebimento, para que, querendo, apresentem resposta no prazo legal (art. 1.019,
inciso II, CPC)).
6
AgRg no AgRg no REsp nº 1.455.005/RS, 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Assusete Magalhães, julg. em
16.02.2016, disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
69
desmembramento do presente feito7, a ser determinado pela Serventia do D. Juízo de
primeiro grau, a fim de incidir todos os efeitos dessa medida8.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
7
Enunciado n. 386 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: “A limitação do litisconsórcio facultativo multitudinário
acarreta o desmembramento do processo.”.
8
Enunciado n. 10 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: “Em caso de desmembramento do litisconsórcio multitudinário, a
interrupção da prescrição retroagirá à data de propositura da demanda original.”.
70
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
71
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
voltar ao sumário 72
3.3.8. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE VERSA SOBRE
EXCLUSÃO DE LITISCONSORTE
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
73
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
74
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
Por meio da r. decisão agravada, o D. Juízo de piso entendeu por bem acolher a
preliminar arguida pela Agravada – Siclana, de modo que extinguiu parcialmente a lide com
base no art. 485, inciso VI, do CPC, nos seguintes termos:
Vistos.
Aprioristicamente, acolho a preliminar de ilegitimidade de parte arguida pela Ré – Siclana, tendo em
vista que os pedidos formulados na Exordial voltam-se apenas e tão somente contra o contrato firmado
com a Ré – Fulana, relação contratual que sequer fez parte.
Sendo assim, julgo extinta a presente demanda, com relação à Ré – Siclana, sem resolução de mérito,
com base no art. 485, inciso VI, do CPC, carreando ao autor as custas e despesas processuais
proporcionais e honorários advocatícios fixados em 10% do proveito econômico, nos termos do art. 85,
§2º, do CPC.
75
No mais, especifiquem as partes as provas que pretendam produzir, justificando-as conforme as regras
previstas no Código de Processo Civil vigente.
Intime-se.
É contra essa decisão que a Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
2
ALMEIDA, Fabrício Bolzan de. Direito do Consumidor Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 76.
3
Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
4
Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
76
APELAÇÃO. COMPRA E VENDA DE VEÍCULO. CONTRATOS DE COMPRA E VENDA E
FINANCIAMENTO. CONEXÃO CONTRATUAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE
COTNRATO E INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS E MORAL. AQUISIÇÃO DE OUTRO VEÍCULO MAIS BARATO MEDIANTE ENTREGA
DO USADO NA REVENDEDORA. NEGÓCIO NÃO APERFEIÇOADO PELO NÃO RECEBIMENTO
DO CARRO COMPRADO. RESCISÃO COM RETORNO DAS PARTES AO ESTADO ANTERIOR.
POSSIBILIDADE. RECURSO DO BANCO IMPROVIDO.
1. Celebrados contratos coligados de compra e venda e automóvel e financiamento com alienação
fiduciária, sujeitam-se ao regime do Código de Defesa do Consumidor. Por força da conexão contratual
e dos preceitos consumeristas, o problema determinante do desfazimento da compra e venda atinge
igualmente o de financiamento.
2. Com isso, o agente financiador também é parte legítima para responder à ação contra si também
proposta, em litisconsórcio com a vendedora5.
5
Apelação Cível nº 4026244-90.2013.8.26.0114, 31ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel. Des.
Adilson de Araujo, julg. em 19.04.2016, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
6
Apelação Cível nº 1.0024.10.211711-6/001, 17º Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Rel. Des. Eduardo Mariné
da Cunha, julg. em 08.08.2013, disponível na internet em <www.tjmg.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
77
III – Dos Requerimentos
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
78
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
79
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
voltar ao sumário 80
3.3.9. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE VERSA SOBRE
ADMISSÃO OU INADMISSÃO DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS:
3.3.9.1. ASSISTÊNCIA
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
81
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
82
Tribunal de Justiça (…)
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
Por outro lado, as Agravadas – Siclana e Beltrana alegam que seriam credoras
hipotecárias da Agravante em virtude de acordo judicial homologado em ação de dissolução
de sociedade que tramitou perante a xxª Vara Cível do Foro da Comarca de xxxxxxxx, e por
esse motivo requereram o ingresso nos autos originários, por meio de intervenção de
terceiro, na modalidade de assistência, alegando que teriam legítimo direito de pleitear a
avaliação do imóvel pelo atual valor de mercado, evitando-se, assim, prejuízos aos credores.
Vistos. Passo a decidir o requerimento de intervenção de terceiro formulado pelas empresas Siclana e
Beltrana fundado em interesse na melhor avaliação do bem imóvel objeto da presente execução, haja
vista serem credores hipotecários do Executado.
Nesse sentido, é cediço que o art. 119, do novo CPC, permite a intervenção de terceiros, na modalidade
de assistência, caso seja demonstrado o interesse jurídico.
Diante disso, vislumbro o interesse jurídico das empresas em intervir no presente feito, haja vista que a
avaliação do bem irá impactar diretamente em suas esferas jurídicas, motivo pelo qual acolho o pedido
de intervenção.
83
É contra essa decisão que a Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
Inicialmente, impende registrar que o art. 119 do Código de Processo Civil dispõe
que: “Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente
interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para
assisti-la” – Sublinhamos.
Não destoam desse entendimento as lições de Nelson Nery Júnior e Rosa Maria
de Andrade Nery:
2
WAMBIER, Luiz Rodrigues; TALAMINI, Eduardo. Curso avançado de processo civil: teoria geral do processo. Vol. 1. 5ª ed. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 177.
84
4. Interesse jurídico. Somente pode intervir como assistente o terceiro que tiver interesse jurídico em
que uma das partes vença a ação. Há interesse jurídico do terceiro quanto a relação jurídica da qual
seja titular possa ser reflexamente atingida pela sentença que vier a ser proferida entre assistido e parte
contrário. Não há necessidade de que o terceiro tenha, efetivamente, relação jurídica com o assistido,
ainda que isto ocorra na maioria dos casos. Por exemplo, há interesse jurídico do sublocatário em ação
de despejo movida contra o locatário. O interesse meramente econômica ou moral não enseja a
assistência, se não vier qualificado como interesse também jurídico”3– Sublinhamos.
No caso vertente, Exa., resta evidente que o único interesse das Agravadas -
Siclana e Beltrana, ao requerer a intervenção no feito originário, na condição de assistentes,
para assegurar a avaliação do bem objeto penhorado na presente execução de acordo com o
seu valor de mercado, éeconômico, o que não autoriza o deferimento da intervenção.
Por essa razão, registre-se, uma vez mais, que o instituto da assistência possui como
pressuposto legal o interesse jurídico, que, no entanto, se distingue do interesse
meramente econômico, e dessa forma
(...) não demonstrado o interesse jurídico, não se defere o pedido de assistência simples sob pena de
ofensa ao disposto no art. 50 do Código de Processo Civil [art. 119, do novo Código de Processo Civil]:
“Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurídico em que a
sentença seja favorável a uma delas, poderá interver no processo para assisti-la”4 – Colchetes nossos.
3
NERY JUNIOR, Nery; NERY, Rosa Maria de Andrade. Comentários ao código de processo civil. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2015, p. 582.
4
REsp nº 1.223.361/PE, Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Herman Benjamin, julg. 07.06.2011, disponível
na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
85
4. Agravos regimentais desprovidos5– Sublinhamos.
Forte nas razões acima expendidas mostra-se claro que as Agravadas – Beltrana e
Siclana não possuem interesse jurídico no deslinde da demanda executiva em curso na
origem, mas, tão somente, interesse econômico sobre a avaliação do bem da Agravada –
Fulana, motivo pelo qual, de acordo com o art. 119 do Código de Processo Civil, não
podem intervir na condição de assistentes simples.
Inicialmente, a Agravante requer a intimação pessoal dos Agravados, por carta com
aviso de recebimento, para que, querendo, apresentem resposta no prazo legal (art. 1.019,
inciso II, CPC)).
5
AgRg no Agravo em Recurso Especial nº 724.365/SP, Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Raul Araújo, julg.
em 16.06.2016, disponível na internet <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
6
REsp 1.182.123/PE, Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Castro Meira, julg. em 11.05.2010, disponível na
internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
86
Ao final, a Agravante requer a V. Exa. que o presente Agravo de Instrumento seja
conhecido e provido in totum, para o fim de reformar a r. decisão agravada, nos termos da
fundamentação contida neste arrazoado, rejeitando-se a intervenção das Agravadas –
Siclana e Beltrana, na condição de assistentes, por inexistir interesse jurídico no desate da
presente controvérsia, mas apenas interesse econômico, o que viola o disposto no art. 119
do Código de Processo Civil.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
87
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
88
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
voltar ao sumário 89
3.3.9.2. DENUNCIAÇÃO DA LIDE
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
90
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
91
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
(…)
Defiro a denunciação da lide da empresa Fulana, requerida pela Ré, visto que, por expressa previsão
contratual, haver a responsabilidade da empresa denunciada de indenizar, em ação regressiva, eventual
prejuízo suportado pela Ré, o que faço com supedâneo no art. 125, inciso II, do novo Código de Processo
Civil.”
É contra essa decisão que a Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
92
II – As razões do pedido de reforma ou da invalidação da decisão e o próprio
pedido.
De qualquer maneira, a norma do parágrafo único do art. 13 remete ao art. 88, que é regra adjetiva,
para proibir a denunciação da lide.(…). São duas as bases que fluem da redação do art. 88. De um lado
o princípio de economia processual, já que permite o prosseguimento da ação de regresso nos mesmos
autos, mas de outro lado, e antes desse princípio, a norma impede a aglutinação de ações indiretas no
mesmo feito ao proibir a denunciação da lide. Na verdade, a norma do art. 88 é incompleta.
Obviamente está vedada a denunciação da lide e também o chamamento ao processo. Se a
2
ALMEIDA, Fabrício Bolzan de. Direito do Consumidor Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 76.
3
Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
4
Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
93
regra pretende evitar o prolongamento do processo com ações paralelas, tem de proibir tanto a
denunciação da lide quanto o chamamento ao processo5.
Portanto, D. Julgador, com base no art. 88, do CDC, a iterativa e pacífica
jurisprudência de nossos tribunais entende pelo não cabimento de denunciação da lide nas
ações que envolvam relações de consumo:
5
NUNES, Luiz Antônio Rizzato. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor. 6ª edição. São Paulo: Saraiva, 2011. p.
547/548.
6
AgRg no Agravo em REsp nº 659.600/RJ, 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julg. em
02.08.2016, disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
7
AgInt no Agravo em REsp nº 803.824/RJ, 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julg. em
10.05.2016, disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
8
Recurso Especial nº 1.041.037/DF, 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, julg. em
02.09.2010, disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
94
Destaque-se que uma leitura mais apressada do artigo 88 do Código de Defesa do Consumidor,
ensejaria a errônea percepção de que a denunciação da lide é vedada apenas nos casos arrolados no
artigo 13 do mesmo Diploma Legal. Contudo, o referido artigo 88 da Norma Consumerista deve ser
interpretado de forma extensiva, alcançando todas as hipóteses de relação de consumo, não apenas
aquelas previstas no artigo 13 do Código Consumerista (responsabilidade do comerciante), de modo que
a denunciação da lide não é aceita quando se discute uma relação de consumo(...)”9.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
9
Apelação Cível nº 9053774-79.2006.8.26.0000, 22ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel. Des.
Roberto Mac Cracken, julg. em 11.08.2011, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
95
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
96
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
voltar ao sumário 97
3.3.9.3. CHAMAMENTO AO PROCESSO
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
98
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
99
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
Vistos. Recebo a Contestação apresentada pela Municipalidade, haja vista ser tempestiva.
Inicialmente, vislumbro a solidariedade da Ré e da Administração Pública Federal no que concerne à
obrigação de fornecimento de medicamentos à população, motivo pelo qual defiro o requerimento de
100
chamamento ao processo da União ao presente feito, com base no art. 130, inciso III, do novo Código de
Processo Civil.
Ademais, por conseguinte, determino a remessa dos autos à Secção Judiciária competente para
apreciação e julgamento deste feito, haja vista a intervenção da União, o que faço nos termos do art.
109, inciso I, da Constituição Federal.
É contra essa decisão que a Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
2
Apelação Cível nº 0003551-65.2014.8.26.0238, 10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel. Des.
Teresa Ramos Marques, julg. em 27.06.2016, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
101
1. O direito ao recebimento de medicamento pode ser demonstrado por meio de prova documental, entre
eles o laudo médico, sendo desnecessária dilação probatória.
PROCESSUAL CIVIL. MATÉRIA REPETITIVA. ART. 543-C DO CPC E RESOLUÇÃO STJ 8/2008.
RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE.
FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. AÇÃO MOVIDA CONTRA O ESTADO. CHAMAMENTO DA
UNIÃO AO PROCESSO. ART. 77, III, DO CPC. DESNECESSIDADE. Controvérsia submetida ao rito do
art. 543-C do CPC.
1. O chamamento ao processo da União com base no art. 77, III, do CPC, nas demandas propostas
contra os demais entes federativos responsáveis para o fornecimento de medicamentos ou prestação de
serviços de saúde, não é impositivo, mostrando-se inadequado opor obstáculo inútil à garantia
fundamental do cidadão à saúde. Precedentes do STJ.
3
Mandado de Segurança nº 0000.15.001585-7, Pleno do Tribunal de Justiça de Roraima, Rel. Des. Tania Vasconcelos Dias, julg.
em 16.12.2015, disponível na internet em <www.tjrr.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
4
Apelação Cível nº 70057556284, 21ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Rel. Des. Armínio José Abreu
Lima da Rosa, julg. em 18.12.2013, disponível na internet em <www.tjrs.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
102
2. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federa entende que “o recebimento de medicamentos pelo
Estado é direito fundamental, podendo o requerente pleiteá-los de qualquer um dos entes federativos,
desde que demonstrada sua necessidade e a impossibilidade de custeá-los com recursos próprios”, e “o
ente federativo deve se pautar no espírito de solidariedade para conferir efetividade ao direito garantido
pela Constituição, e não criar entraves jurídicos para postergar a devida prestação jurisdicional”, razão
porque “o chamamento ao processo da União pelo Estado de Santa Catarina revela-se medida
meramente protelatória que não traz nenhuma utilidade ao processo, além de atrasar a resolução do
feito, revelando-se meio inconstitucional para evitar o acesso aos remédios necessários para o
restabelecimento da saúde da recorrida” (RE 607.381 AgR, Relator Ministro Luiz Fux, Primeira Turma,
DJ 17.6.2011).
3. Na hipótese dos autos, o acórdão recorrido negou o chamamento ao processo da União, o que está em
sintonia com o entendimento aqui fixado.
4. Recurso Especial não provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução
STJ 8/20085.
Os incs. III e IV trazem hipóteses também da obrigatoriedade, no sentido forte – são os acórdãos
proferidos em incidente de assunção de competência, resolução de demandas repetitivas, julgamento de
recurso especial ou extraordinário repetitivos. 4.1 O objetivo destes institutos ou, se preferir, destes
regimes diferenciados de julgamento de ações de recursos, é justamente o de gerar segurança e
previsibilidade. Não teria sentido algum se não tivesse de ser respeitados. Sua razão de ser seria
brutalmente desrespeitada e sua finalidade inteiramente comprometida6 –Sublinhamos.
5
REsp nº 1.203.244/SC, Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Herman Banjamin, julg. em 09.04.2014,
disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
6
WAMBIER. Teresa Arruda Alvim; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Silva; MELLO, Rogerio
Licastro Torres de. Primeiros comentários ao novo código de processo civil: artigo por artigo. São Paulo: RT, 2016, p. 1460.
103
III – Do Requerimento de Concessão de Antecipação de Tutela Recursal –
Efeito Suspensivo (art. 932, inciso II, e art. 1.019, inciso I, do CPC).
Nos termos do art. 932, inciso II c/c o art. 1.019, inciso I, ambos do CPC, o Relator
está autorizado a apreciar pedido de tutela provisória formulado pelo recorrente no âmbito
recursal, inclusive o pedido de atribuição de efeito suspensivo.
Por outro lado, de acordo com a regra prevista no art. 932, inciso V, alínea “b”, do
CPC, ao Relator é admitido o julgamento monocrático da pretensão recursal quando a
decisão recorrida estiver em descompasso com acórdão proferido pelo Superior Tribunal de
Justiça em julgamento de recursos repetitivos, após oportunizar ao recorrido a apresentação
de contrarrazões.
7
DIDIER JR, Fredie; CUNHA, Leonardo Carneiro da. Curso de direito processual civil: o processo nos tribunais, recursos, ações
de competência originária de tribunal e querela nullitatis. Salvador: Ed. JusPodivm, 2016, p. 239.
104
Desse modo, considerando que a pretensão recursal da Agravante está
fundamentada no julgamento do REsp nº 1.203.244/SC, sob o regime de recursos
repetitivos, pelo Superior Tribunal de Justiça, o provimento monocrático, após o prazo das
contrarrazões do recorrido, é medida que se impõe.
ii) Ato contínuo, seja a Agravante intimada pelo Diário Oficial, na pessoa de seus
advogados constituídos, para que, querendo apresente resposta no prazo legal, nos termos
do art. 1.019, inciso II, do CPC;
iii) Ato contínuo, a Agravante requer a intimação pessoal da Agravada, por carta
com aviso de recebimento, para que, querendo, apresente resposta no prazo legal, nos
termos do art. 1.019, inciso II, do CPC.
Termos em que,
Pede deferimento.
105
Data.
Advogado (OAB).
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
106
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
108
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, os Agravantes requerem a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
109
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
É contra essa decisão que os Agravantes pretendem a reforma por meio do presente
incidente recursal.
110
II – As razões do pedido de reforma ou da invalidação da decisão e o próprio
pedido.
Registre-se que, como recomenda o art. 133, §1º, do CPC, é preciso ressaltar o
disposto no art. 50, do Código Civil, que prevê os requisitos autorizadores para a
desconsideração da personalidade jurídica:
Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizada pelo desvio de finalidade, ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber
intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos
bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Veja, Exa., que os Agravantes não praticaram quaisquer atos que poderiam ensejar a
extensão da presente execução aos seus bens particulares, de modo que, a mera insolvência
da empresa, não credencia a desconsideração de sua personalidade.
2
Agravo de Instrumento nº 2103719-08.2016.8.26.0000, 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel.
Des. Moreira Viegas, julg. em 03.08.2016, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
111
1. Desconsideração da personalidade jurídica. Ainda que em juízo sumário, o deferimento da
desconsideração da personalidade societária requer a demonstração – ao menos aparente – de que os
sócios obtiveram vantagens indevidas através da manipulação abusiva do instituto da separação
patrimonial. A mera insolvência do ente coletivo não autoriza o deferimento da providência, vez que
isto significaria relegar à insignificância o tradicional instituto da separação patrimonial da pessoa
jurídica.
(…)3” – Sublinhamos.
Sendo assim, comprovado está o desacerto da r. decisão agravada, pois não avaliou
com o costumeiro acerto os pressupostos autorizadores da desconsideração da
personalidade jurídica, motivo pelo qual merece ser reformada.
3
Agravo de Instrumento nº 285264-2, 12ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Paraná, Rel. Des. Jurandyr Souza
Junior, julg. em 07.06.2005, disponível na internet em <www.tjpr.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
4
AgRg no AgRg no Agravo em REsp nº 334.883/RJ, 3º Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. João Otávio de Noronha,
julg. em 04.02.2016, disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
5
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. 16ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 126/127.
112
III – Dos Requerimentos
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
6
Enunciado n. 123 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: “É desnecessária a intervenção do Ministério Público, como
fiscal da ordem jurídica, no incidente de desconsideração da personalidade jurídica, salvo nos casos em que deva intervir
obrigatoriamente, previstos no art. 178.”.
113
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
114
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
116
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
117
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravadas: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
A ação originária que o presente incidente recursal foi tirado cuida de cobrança de
honorários advocatícios, movida pela Agravadas em face da Agravante, tendo em vista não
terem sido fixados na r. sentença proferida na ação indenizatória nº (…), em trâmite perante
o D. Juízo de primeiro grau2.
Vistos. Por primeiro, considerando que a presente demanda versa sobre arbitramento e fixação de
honorários advocatícios, a intervenção do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil,
mostra-se salutar, com a contribuição de elementos técnicos, para o adequado desate desta controvérsia.
Assim sendo, defiro o requerimento de intervenção do Conselho Federal da OAB no presente feito, na
condição de amicus curiae, nos termos do art. 138 do Código de Processo Civil.
É contra essa decisão que a Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
2
Enunciado n. 8 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: “Fica superado o enunciado 453 da súmula do STJ após a entrada
em vigor do CPC (“Os honorários sucumbenciais, quando omitidos em decisão transitada em julgado, não podem ser cobrados em
execução ou em ação própria”.).”.
118
II – As razões do pedido de reforma ou da invalidação da decisão e o próprio
pedido.
Nesse sentido, Cassio Scarpinella Bueno ensina que: “o amicus curiae não atua,
assim, em defesa de um indivíduo ou de uma pessoa, como faz o assistente, em prol de um
direito de alguém”.
3
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Siva; MELLO, Rogerio
Licastro Torres de. Primeiros comentários ao novo código de processo civil: artigo por artigo. São Paulo: RT, 2016, p. 292.
119
A impossibilidade de o amicus curiae intervir em demandas cuja discussão envolve,
apenas e tão somente, direitos subjetivos, encontra eco seguro na orientação jurisprudencial
de nossos tribunais pátrios:
120
III – Dos Requerimentos
Inicialmente, a Agravante requer a intimação pessoal dos Agravados, por carta com
aviso de recebimento, para que, querendo, apresentem resposta no prazo legal (art. 1.019,
inciso II, CPC).)
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
121
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
122
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
EMBARGOS À EXECUÇÃO
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
124
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
125
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
Vistos. Recebo os embargos sem atribuição de efeito suspensivo, por não vislumbrar o preenchimento
dos requisitos do art. 919, §1º, do Código de Processo Civil. Intime-se o embargado para se manifestar
no prazo de quinze dias. Intime-se.
2
Enunciado n. 546 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: O efeito suspensivo dos embargos à execução pode ser requerido
e deferido a qualquer momento do seu trâmite, observados os pressupostos legais.
126
Ante a ausência de fundamentação suficiente, nos termos do art. 489, §1º, do CPC, a
Agravante opôs embargos declaratórios em face da r. decisão acima colacionada, os quais
foram sumariamente rejeitados, não restando, portanto, alternativa senão a interposição do
presente incidente recursal.
É cediço, Exa., que o art. 919, §1º, do CPC, impõe a atribuição de efeito suspensivo
aos embargos à execução, desde que estejam presentes os seguintes requisitos: i) relevância
dos fundamentos ventilados nas razões dos embargos; ii) o prosseguimento da execução
represente dano grave ao Executado; e iii) haja a adequada segurança do Juízo, conforme
nos orienta a abalizada doutrina:
Em caráter excepcional, o juiz é autorizado a conferir efeito suspensivo aos embargos do executado (art.
919, §1º). Não se trata, porém, de um poder discricionário. Para deferimento de semelhante eficácia,
deverão ser conjugados os mesmos requisitos para concessão de tutela provisória de urgência (NCPC,
art. 300) ou de evidência (NCPC, art. 311). No primeiro caso, é necessário cumulativamente que:
(a) os fundamentos dos embargos sejam relevantes, isso é, a defesa oposta à execução deve se apoiar em
fatos verossímeis e em tese de direito plausível; em outros termos, a possibilidade de êxito dos embargos
deve insinuar-se como razoável; é algo equiparável ao fumus boni iuris exigível para as medidas
cautelares;
(b) o prosseguimento da execução represente, manifestamente, risco de dano grave para o executado, de
difícil ou incerta reparação; o que corresponde, em linhas gerais, ao risco de dano justificador da tutela
cautelar em geral (periculum in mora). A lei, portanto, dispensa ao executado, no caso de concessão de
efeito suspensivo aos embargos à execução, uma tutela cautelar incidental, pois não há necessidade de
uma ação cautelar, e tudo se resolve e plano, no próprio bojo dos autos da ação de oposição maneja pelo
devedor.
(…)
Em ambos os casos, deve, ainda, estar seguro o juízo antes de ser a eficácia suspensiva deferida; os
embargos pode ser manejados sem o pré-requisito da penhora ou outra forma de caução; não se
conseguirá, porém, paralisar a marcha da execução se o juízo não restar seguro adequadamente3.
3
THEODORO JÚNIOR. Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Vol. III, 47ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense,
2016. p. 678
127
Nesse sentido, os fundamentos ventilados pela Agravante no bojo dos embargos à
execução estão devidamente comprovados; vale dizer, a ausência de exigibilidade do
título executivo objeto do processo de execução originário é patente, haja vista a existência
de termo no contrato firmado entre as partes (fls. ___). A carência de força executiva do título
executivo pela existência de termo (faltando-lhe, pois, a exigibilidade, nos termos do art. 786,
do CPC), é abarcada, inclusive, pela doutrina de Marcelo Abelha, na medida em que leciona:
Por outro lado, a “exigibilidade” é uma situação jurídica que qualifica o próprio direito (crédito) que se
adquire quando são superados os fatos que impediam o exercício do direito. Alcança-se, pois, uma
situação de exigibilidade do direito (seu exercício) quando se ultrapassam as condições (termo,
vencimento, condições, etc.) que impediam o seu exercício4.
De outro lado, caso não seja atribuído efeito suspensivo aos embargos à execução
apresentados pela Agravante, haverá o prosseguimento dos atos constritivos na origem,
inclusive a alienação dos produtos do estoque da Agravante já penhorados nestes autos,
inviabilizando a manutenção de suas atividades empresariais, lhe causando, portanto,
inegável dano irreparável ou de difícil reparação.
A garantia do Juízo tal como ocorrida nestes autos encontra eco seguro nas lições
doutrinárias de Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel Mitidiero,
nos seguintes termos:
4
ABELHA, Marcelo. Manual de execução civil. 6ª ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense, 2016. p. 171.
5
Agravo de Instrumento nº 2036565-70.2016.8.26.0000, 24ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel.
Des. Salles Vieira, julg. em 02.06.2016, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
128
4. Prévia e Suficiente Garantia da Execução. A concessão de efeito suspensivo aos embargos depende
de prévia e suficiente garantia da execução por penhora, depósito ou caução. A segurança do juízo tem
de ser prévia e suficiente – tem de ser anterior à postulação do efeito suspensivo e tem de atender a
todo o valor do crédito reclamadona execução. Em casos excepcionais, contudo, poderá o juiz conceder
efeito suspensivo aos embargos mesmo que o juízo não esteja seguro. Quanto a inviabilidade da
execução for demonstrável de plano, não dando margem à dúvida, e o executado tenha logrado
demonstrar igualmente a sua insuficiência patrimonial, poderá o juiz excepcionalmente outorgar efeito
suspensivo aos embargos. A evidência do direito do executado tem de ser aí atendida sem que lhe exija o
sacrifício da indevida constrição patrimonial6.
Nos termos do art. 932, inciso II c/c o art. 1.019, inciso I, ambos do CPC, o Relator
está autorizado a apreciar pedido de tutela provisória formulado pelo recorrente no âmbito
recursal, inclusive deferir, total ou parcialmente, a pretensão recursal.
6
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo Civil Comentado. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015. p. 859.
7
Agravo de Instrumento nº 20150020237555, 4ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Rel. Des.
Arnoldo Camanho de Assis, julg. em 16.12.2015, disponível na internet em <www.tjdft.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
129
III – Dos Requerimentos
ii) Ato contínuo, seja a Agravada intimada pelo Diário Oficial, na pessoa de seus
advogados constituídos, para que, querendo apresente resposta no prazo legal, nos termos
do art. 1.019, inciso II, do CPC;
iii) Ato contínuo, a Agravante requer a intimação pessoal da Agravada, por carta
com aviso de recebimento, para que, querendo, apresente resposta no prazo legal, nos
termos do art. 1.019, inciso II, do CPC.
iv) Ao final, seja conhecido e provido o presente recurso, a fim de atribuir efeito
suspensivo aos embargos à execução apresentados pela Agravante na origem, confirmando-
se a antecipação de tutela recursal ou reformando-a caso tenha sido rejeitada.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
8
Enunciado n. 547 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: “O efeito suspensivo dos embargos à execução pode ser parcial,
limitando-se ao impedimento ou à suspensão de um único ou de apenas alguns atos executivos.”.
130
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
131
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
133
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
134
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
135
É contra essa decisão que a Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
2
Agravo de Instrumento nº 2112976-57.2016.8.26.0000, 34ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel.
Des. Cristina Zucchi, julg. em 02.09.2016, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
3
Agravo de Instrumento nº 12070661, 9 ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, Rel. Des. Luiz Osorio Moraes Panza,
julg. em 27.06.2014, disponível na internet em <www.tjpr.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
4
Agravo de Instrumento nº 1.0702.11.069745-6/001, 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Rel. Des. Francisco
Batista de Abreu, julg. em 03.07.2013, disponível na internet em <www.tjmg.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
136
Portando, mostra-se evidente a necessidade de reforma da r. decisão agravada que
determinou a inversão do ônus probatório, tendo em vista a evidente ausência de relação de
consumo no contrato firmado entre a Agravante e a Agravada, por se tratar de relação
oriunda da própria lei e, não, por vontade das partes.
3. Honorários do perito (caput e §§ 1.º e 2.º). A remuneração do perito é um tema que constantemente
traz debates e divergências no bojo do processo, exatamente por seu custo elevado. Principalmente no
caso de parte beneficiária da justiça gratuita (a respeito, vide item 4). Buscou o CPC/2015 trazer novas
regras para tentar minorar as discussões quanto ao tema. 3.1. A regra é que o pagamento da perícia
5
AgRg no REsp 718.821/SP, Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julg. 09.02.2010,
disponível na internet em <www.stj.jus.br>,arquivo capturado em __.__.____.
6
AgRg no AgRg no Agravo em Recurso Especial nº 575.905/MS, Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Raul
Araújo, julg. em 07.04.2015, disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
137
será realizado por quem requereu a prova (autor ou réu). Por sua vez, se ambos requereram essa prova,
o pagamento será dividido.(…)7– Sublinhamos.
Em outras palavras, considerando que a Agravada, exclusivamente, requereu a
produção da perícia, incumbe a ela arcar com os custos de sua produção, conforme
preceitua o art. 95, do CPC, de modo que, a inversão do ônus probatório, gera apenas a
obrigação de arcar com as consequências jurídicas de sua não produção e nos com os seus
custos.
Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do
perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateado quando a perícia for determinada
de ofício ou requerida por ambas as partes.
(…)
§ 3º Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de beneficiário de gratuidade da perícia for
de responsabilidade de beneficiário de gratuidade da justiça, ela poderá ser:
I – custeada com recursos alocados no orçamento do ente público e realizado por servidor do Poder
Judiciário ou por órgão público conveniado;
II – paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou do Distrito Federal, no caso de
ser realizada por particular, hipótese em que o valor será fixado conforme tabela no tribunal respectivo
ou, em caso de sua omissão, do Conselho Nacional de Justiça.
7
GAJARDONI, Fernando da Fonseca; DELLORE, Luiz; ROQUE, Andre Vasconcelos; OLIVEIRA JR., Zulmar Duarte de. Teoria
Geral do Processo: comentários ao CPC de 2015, parte geral, São Paulo: Forense, 2015, p. 611.
8
Agravo de Instrumento nº 2064891-40.2016.8.26.0000, 38ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel.
Des. Aquile Alesina, julg. em 01.06.2016, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
138
Inicialmente, a Agravante requer a intimação dos Agravados pelo Diário Oficial, na
pessoa de seus advogados constituídos, para que, querendo, apresente resposta no prazo
legal (art. 1.019, inciso II, CPC).
i) Manter a distribuição ordinária do ônus da prova, nos termos do art. 373, do CPC,
a fim de que a Agravada demonstre a gravidade do acidente automobilístico sofrido; e
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
139
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
140
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
142
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
143
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
Iniciada a fase liquidatória, o laudo pericial entregue pelo Ilustre Expert designado
pelo D. Juízo de primeiro grau chegou à conclusão que, a despeito do reconhecimento da
existência de ato ilícito na fase de conhecimento, da análise dos balanços contábeis e do
faturamento da Agravada, não houve quaisquer danos de ordem material a serem
indenizados, razão pela qual a liquidação restou sem resultados positivos.
Diante disso, o D. Juízo de primeiro grau entendeu por bem determinar nova perícia
sob os seguintes fundamentos: i) matéria não teria restado suficientemente esclarecida; e ii)
a conclusão exarada pelo Ilustre Expert ofenderia frontalmente o quanto decidido na fase de
conhecimento, isto é, a existência de danos pelo uso desautorizado de sinal marcário de
titularidade da Agravada. Senão, vejamos o excerto da r. decisão agravada:
(…) o Autor, vencedor na fase de conhecimento, requereu liquidação por arbitramento do valor devido a
título de indenização (fls. ___/___)
Foi determinada a realização de perícia contábil para apuração das receitas da ré com a venda indevida
das camisas com a marca do Autor, cujo laudo pericial chegou à conclusão de que a liquidação dos
danos deve ser fixada em zero.
Da análise do referido laudo pericial, mostra-se que os elementos objetivos não foram suficientes,
justamente por isso que concluiu pela inexistência de resultado positivo. Vislumbro, outrossim, que, em
respeito ao decidido na fase de conhecimento, isto é, a existência de dano pelo uso indevido de marca,
que o acatamento da análise técnica do Ilustre Expert ofenderia frontalmente a imutabilidade da
sentença em razão da coisa julgada material.
144
Por essas razões, nos termos do art. 480, do Código de Processo Civil, determino a realização de nova
perícia, haja vista a matéria não ter sido suficientemente decidida. (…).
É contra essa decisão que a Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
145
5. Quando reconhecido o direito à indenização (an debeatur), o quantum debeatur pode ser discutido em
liquidação da sentença por arbitramento, em conformidade com o art. 475-C do CPC.
6. Não comprovada a extensão do dano (quantum debeatur), possível enquadrar-se em liquidação com
“dano zero”, ou “sem resultado positivo”, ainda que reconhecido o dever da União em indenizar (na
debeatur).
7. A eficácia da Lei 4.870/1965, que previa a sistemática de tabelamento de preços promovida pelo IAA,
estendeu-se ate o até o advento da Lei 8.178/1991, que instituiu nova política nacional de congelamento
de preços.
8. Resolução do caso concreto: inexistência de ofensa ao art. 333, I, do CPC, na medida em que o autor
não comprovou a ocorrência de efetivo dano, necessário para fins de responsabilidade civil do Estado,
por descumprimento dos critérios estabelecidos nos arts. 9º e 10 da Lei 4.870/1965.
9. Recurso especial não provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução
8/2008 do STJ2.
2
Recurso Especial nº 1.347.136/DF, 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Eliana Calmon, julg. em 11.12.2013,
disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
146
V – Não há como prosperar a pretensão do liquidante, ora recorrente, no sentido de que o arbitramento
deveria se pautar na apuração do valor da cota hereditária a ele devida, ante o alegado descumprimento
contratual por parte dos autores da ação. Primeiro, porque, como expressamente consignado pelas
Instâncias ordinárias, inexiste prova da perda do quinhão hereditário. Segundo, e principalmente,
porque o reconhecimento da alegada perda do quinhão hereditário, em razão do também alegado
descumprimento contratual por parte dos autores, em nenhum momento foi objeto da ação em que se
formou o presente título liquidando;
VI – Na verdade, conferir à presente liquidação contornos mais abrangentes daqueles gizados na ação
de resolução parcial do contrato, dissonante, portanto, de seu objeto, tal como pretendido pelo ora
recorrente, redundaria, inequivocamente, à tangibilidade da coisa julgada, o que não se afigura, na
espécie, permitindo;
VII – Recurso Especial improvido3.
No entanto, hoje se admite pacificamente que existe a possibilidade de o resultado da liquidação ser
zero. Em duas hipóteses: ou o autor não consegue provar o valor do prejuízo (insuficiência de provas) ou
se encontrou, realmente, o valor zero. Em ambos os casos, não há ofensa à coisa julgada. Isto porque a
sentença genérica, cuja liquidação resulta em zero, envolve uma afirmação hipotética. Mas só se percebe
a posteriori que era uma hipótese (provável) que não se realizou concretamente. É como se a sentença
reconhecesse o ilícito “de que muito provavelmente derivariam danos”, que seriam apurados depois,
na liquidação. E nesta fase, percebe-se que, apesar do ilícito, não houve danos materiais. Via de regra,
esta possibilidade acontece no caso de a liquidação se dar pelo procedimento comum, por causa da
necessidade de prova de fato novo4.
9. Liquidação Zero.É possível alcançar-se resultado zero na fase de liquidação. Duas são as hipóteses:
ou o resultado zero decorre da insuficiência de dados capazes de indicar o valor da condenação ou
procede da contingência de ter-se encontrado resultado verdadeiramente igual a zero. Em ambos os
casos, não há violação à coisa julgada, porque a sentença da fase de conhecimento não chegou a se
pronunciar sobre a dimensão do dano sofrido pelo liquidante. Em ambos os casos deve o órgão
jurisdicional rejeitar a liquidação5.
3
Recurso Especial nº 1.011.733/MG, 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Massami Uyeda, julg. em 01.09.2011,
disponível na internet <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
4
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Siva; MELLO, Rogerio
Licastro Torres de. Primeiros comentários ao novo código de processo civil: artigo por artigo. São Paulo: RT, 2016, p. 924.
5
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo código de processo civil comentado, São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais. p. 524
147
danos materiais, nos termos do uníssono entendimento do Colendo Superior Tribunal de
Justiça e pacífico entendimento doutrinário sobre o tema.
Inicialmente, a Agravante requer a intimação pessoal dos Agravados, por carta com
aviso de recebimento, para que, querendo, apresentem resposta no prazo legal (art. 1.019,
inciso II, CPC).)
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
148
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
149
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
151
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, o Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
152
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
Vistos. Nos termos do art. 523 e seguintes do Código de Processo Civil, intime-se a Ré – Siclana, na
pessoa de seu advogado, pela imprensa oficial, ao pagamento da quantia devida, no prazo de 15 (quinze)
dias, sob pena de multa e prosseguimento do cumprimento de sentença, com a imediata expedição de
mandado de penhora, inclusive podendo alcançar ativos financeiros.
Por constar a ciência dos fiadores nos autos (conforme fls. ___), defiro o pedido retro, para incluir no
polo passivo do presente cumprimento de sentença o fiador Beltrano.
Intimem-se.
É contra essa decisão que o Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
153
II – As razões do pedido de reforma ou da invalidação da decisão e o próprio
pedido.
2
AgRg no Recurso Especial nº 954.709/RS, 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Laurita Vaz, julg. em 03.05.2011,
disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
154
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO MONITÓRIA.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PRETENSÃO DE MODIFICAÇÃO DO POLO PASSIVO DA
DEMANDA. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA À COISA JULGADA E AOS PRINCÍPIOS DO
CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. AGRAVO REGIMENTAL. IMPROVIDO.
1. Não há que se cogitar em modificação do polo passivo com a inclusão, na fase de cumprimento de
sentença, daquele que esteve alheio à ação de conhecimento, sem que se fira o princípio da ampla
defesa e do contraditório. Devem ser observados os princípios da estabilização subjetiva da lide e do
devido processo legal.
2. Agravo regimental improvido3– Sublinhamos.
6.2 A regra quanto à legitimidade passiva na execução está contida no art. 790. O inciso I conceitua
“devedor” como aquele que estiver reconhecido como tal no título executivo. Por sua vez, o inciso IV
prevê a legitimidade passiva do fiador do débito constante em título executivo extrajudicial. 6.3 No título
extrajudicial, a pessoa física ou jurídica assume a obrigação voluntariamente, ou em algumas situações
ex vi legis (ex. certidão de dívida ativa: art. 2.º, §5º, I, da Lei 6.830/80). Em ambas as hipóteses, o
devedor figura expressamente no título. 6.4 Mutatis mutandis, no título judicial também deverá constar
expressamente, na parte dispositiva da sentença, o devedor e, para tanto, aquele que foi ‘condenado a
pagar’ deve necessariamente ter participado da relação jurídica processual4– Sublinhamos.
Tratando-se de simples continuidade do processo em que a sentença foi pronunciada, as partes da sua
execução continuam sendo as mesmas entre as quais a coisa julgada se formou. Existindo litisconsórcio,
pode a atividade executiva eventualmente ser endereçada a um ou alguns dos devedores condenados.
O que não se admite é o cumprimento de sentença movido contra quem não foi parte do processo de
conhecimento, mesmo que se trate do fiador, do coobrigado ou de qualquer corresponsável pela dívida,
segundo as regras do direito material (NCPC, art. 513, §5º).
3
AgRg no Agravo em Recurso Especial nº 852.094/SP, 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Marco Aurélio
Bellizze, julg. em 02.06.2016, disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
4
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Siva; MELLO, Rogerio
Licastro Torres de. Primeiros comentários ao novo código de processo civil: artigo por artigo. São Paulo: RT, 2016, p. 930.
155
A regra que, de maneira expressa, dispõe sobre essa vedação é uma novidade trazida pelo NCPC, que
pôs termo a antiga discussão jurisprudencial em torno do assunto. Assim, não mais pairam dúvidas de
que o fiador ou o devedor solidário, que não foram demandados, escapam do alcance do procedimento
de cumprimento de sentença5.
5
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil, vol. III, 47 ed. rev. atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense,
2016, p. 70.
6
Agravo de Instrumento nº 2009.006801-6, Câmara Especial Regional de Chapecó do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Rel.
Des. Jorge Luis Costa Beber, julg. em 21.10.2011, disponível na internet em <www.tjsc.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
7
Agravo de Instrumento nº 2075842-30.2015.8.26.0000, 35ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rel.
Des. Gilberto Leme, julg. em 01.06.2015, disponível na internet em <www.tjsp.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
156
III – Do Requerimento de Julgamento Monocrático pelo D. Relator (art. 932,
inciso V, alínea “a”, do CPC).
Por outro lado, de acordo com a regra prevista no art. 932, inciso V, alínea “a”, do
CPC, ao Relator é admitido o julgamento monocrático da pretensão recursal quando a
decisão recorrida for contrária a súmula do Superior Tribunal de Justiça, após oportunizar
ao recorrido a apresentação de contrarrazões.
ii) Ato contínuo, o Agravante requer a intimação pessoal da Agravada, por carta
com aviso de recebimento, para que, querendo, apresente resposta no prazo legal, nos
termos do art. 1.019, inciso II, do CPC.
iii) Ato contínuo, seja dado provimento, monocraticamente, ao presente recurso, nos
termos do art. 932, inciso V, alínea “a”, do CPC, a fim de reformar a r. decisão agravada,
rejeitando-se a inclusão do Agravante no cumprimento de sentença em trâmite na origem,
haja vista não ter participado da fase de conhecimento da ação de despejo;
iv) Na hipótese de V. Exa. entender não ser o caso de julgamento monocrático, seja,
então, remetido o presente recurso à apreciação da Colenda Câmara Julgadora e, ao final,
seja acolhida a pretensão recursal, a fim de rejeitar a inclusão do Agravante no cumprimento
de sentença em trâmite na origem, haja vista não ter participado da fase de conhecimento da
ação de despejo.
157
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
158
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
159
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
161
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
162
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
Vistos. Quanto ao pedido de substituição da penhora pela fiança bancária apresentada às fls. ____,
indefiro, pois a substituição ofende a liquidez dos bens penhorados, de modo que a tutela executiva tem
de almejar a efetivação do crédito do exequente, o que não se verifica com a apresentação de fiança
bancário em detrimento da penhora realizada – Sublinhamos.
É contra essa decisão que a Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
163
Inicialmente, é importante ressaltar que o art. 848, parágrafo único, do Código de
Processo Civil, dispõe que: “A penhora pode ser substituída por fiança bancária ou por
seguro garantia judicial, em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido
de trinta por cento”. Ou seja, a substituição de penhora por fiança bancária é expressamente
autorizado pela lei.
2
AgRg no Agravo em Recurso Especial nº 759.358/RJ, Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, julg. em 01.09.2016,
disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
164
6. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido3.
Sobre o tema, vale ressaltar as valiosas lições de Teresa Arruda Alvim Wambier,
Maria Lúcia Lins da Conceição, Leonardo Ferres da Silva e Rogerio Licastro Torres
de Mello:
Com efeito, ao equiparar a “dinheiro” a fiança bancária e o seguro garantia judicial, para fins de
substituição da penhora, o que o Novo Código de Processo Civil visou foi assegurar ao executado o
direito de substituir qualquer penhora por fiança bancária ou seguro-garantia judicial, desde que em
valor igual ou superior ao débito constante da inicial mais 30% (trinta por cento). 15.1. O CPC/73
contém regra similar e a jurisprudência do STJ tem reconhecido esta possibilidade, a qual está afinada
com a busca de uma execução proporcional e equilibrada, como defendemos ao longo de nossos
comentários a diversos dispositivos atinentes à execução4.
Registre-se, ademais, que qualquer que seja o objeto da penhora – mesmo que
dinheiro – a penhora poderá ser substituída por fiança bancária, conforme leciona o mestre
Humberto Theodoro Júnior:
O parágrafo único do art. 848 permite que a penhora, qualquer que seja o seu objeto, possa ser
substituída por fiança bancária ou seguro garantia judicial. A experiência já constava da Lei de
Execuções Fiscais (art. 15, I) e, sem comprometimento da liquidez da garantia judicial, atende, quase
sempre, ao princípio de que a execução deve ser promovida pela forma menos gravosa para o executado
(art. 805)5.
3
REsp nº 1.564.097/ES, 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Herman Benjamin, julg. em 17.03.2016, disponível na
internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
4
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Siva; MELLO, Rogerio
Licastro Torres de. Primeiros comentários ao novo código de processo civil: artigo por artigo. São Paulo: RT, 2016, p. 834-835.
5
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil, vol. III, 47 ed. rev. atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense,
2016, p. 537.
165
III – Dos Requerimentos
Inicialmente, a Agravante requer a intimação pessoal dos Agravados, por carta com
aviso de recebimento, para que, querendo, apresentem resposta no prazo legal (art. 1.019,
inciso II, CPC)).
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
166
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
167
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
169
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
(Ademais, nos termos do artigo 1.007, §3º, do CPC, o Agravante deixa de recolher
as custas referentes ao porte de remessa e retorno, tendo em vista a transmissão
integralmente eletrônica dos autos entre a 1ª e 2ª instância, recolhido na íntegra, contudo, o
preparo recursal, conforme comprovante anexo.)
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
170
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
Vistos. Diante da tempestividade da resposta apresentada pelo Sr. Fulano contra o requerimento de sua
remoção do cargo de inventariante, rejeito o pedido de desentranhamento e intempestividade.
Passo, então, a decidir o incidente.
As alegações do herdeiro Sicrano, apesar de serem aferíveis pela documentação acostada aos autos, isto
é, a patente litigiosidade entre as partes, não se verifica deficiência na condução da administração dos
bens do espólio ou qualquer outra hipóteses prevista no art. 622 do CPC, motivo pelo qual rejeito o
incidente de remoção.
É contra essa decisão que o Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
171
II – As razões do pedido de reforma ou da invalidação da decisão e o próprio
pedido
Nesse sentido, ensinam Teresa Arruda Alvim Wambier, Maria Lúcia Lins
Conceição, Leonardo Ferres da Silva Ribeiro e Rogerio Licastro Torres de Mello:
Remoção do inventariante. Trata-se de lista não exauriente de causas que podem gerar remoção do
inventariante. A remoção pode ocorrer a pedido dos herdeiros ou de ofício. Esta última possibilidade
não consta do CPC/73, mas já vem sendo, corretamente, admitida pela doutrina e pela jurisprudência2.
2
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Silva; MELLO, Rogerio
Licastro Torres de. Primeiros comentários ao novo código de processo civil: artigo por artigo. São Paulo: RT, 2016, p. 622.
3
Agravo de Instrumento nº 00705449120128190000, Sétima Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Rel. Des.
Caetano Ernesto da Fonseca Costa, julg. em 09.05.2014, disponível na internet <www.tjrj.jus.br>, arquivo capturado em
__.__.____.
172
AGRAVO DE INSTRUMENTO. INVENTÁRIO. REMOÇÃO DE INVENTARIANTE. NOMEAÇÃO EM
SUBSTITUIÇÃO DE INVENTARIANTE DATIVO. ANIMOSIDADE ENTRE AS PARTES. CABIMENTO.
De ser mantida a decisão que nomeou inventariante dativo, ante a beligerância entre os herdeiros.
Inventariante deve auxiliar na o juízo na condução e ultimação do processo. Agravo de instrumento
desprovido, de plano4.
Inicialmente, a Agravante requer a intimação pessoal dos Agravados, por carta com
aviso de recebimento, para que, querendo, apresentem resposta no prazo legal (art. 1.019,
inciso II, CPC)).
4
Agravo de Instrumento nº 70065308413, Sétima Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Rel. Jorge Luís
Dall’Agnol, julg. em 27.08.2015, disponível na internet em <www.tjrs.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
5
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo curso de processo civil. São Paulo; Editora
Revista dos Tribunais, 2015, p. 196.
173
Ao final, a Agravante requer a V. Exa. que o presente Agravo de Instrumento seja
conhecido e provido in totum, para o fim de reformar a r. decisão agravada, nos termos da
fundamentação contida neste arrazoado, removendo-se o herdeiro-inventariante Fulano,
para que, após a nomeação de outro inventariante, entregue imediatamente ao substituto os
bens do espólio, sob pena expedição de mandado de busca e apreensão (ou, se forem bens
imóveis: sob pena de expedição de mandado de imissão na posse), sem prejuízo de fixação
de multa no valor de até três por cento do valor dos bens inventariados, nos termos do art.
625 do Código de Processo Civil.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
174
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
175
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
(Eventualmente, caso não haja alguma das peças obrigatórias acima elencadas,
indicar a sua inexistência e juntar a declaração de inexistência prevista no art. 1.017, inciso
II, do CPC – vide modelo anexo).
1
Enunciado Administrativo Número 03 do Superior Tribunal de Justiça: “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma
do novo CPC.”.
177
II – Nome e endereço completo dos advogados constantes no processo (art.
1.016, IV, CPC).
Ademais, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Agravante requer a juntada dos
inclusos comprovantes de recolhimento do devido preparo recursal e das custas
relacionadas ao porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
178
Tribunal de Justiça (…)
Razões de Agravo de Instrumento.
Agravante: (…)
Agravada: (…)
Origem: (…)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Eminente Relator
Ínclitos Julgadores
O presente mandado de segurança cuida de pretensão liminar do impetrante em tomar posse no cargo
mediante a aprovação em concurso público mencionado nos autos.
Não vislumbro o preenchimento dos requisitos para a concessão da tutela liminar.
Com efeito, o edital do concurso estabelece, como um dos pressupostos para a investidura nos cargos,
não registrar o candidato antecedentes criminais, no âmbito Estadual e Federal no local onde o
candidato reside, nos últimos 5 (cinco) anos (fls. ___/___).
No caso vertente, resta claramente comprovado pelos documentos acostados na inicial, que o impetrante
respondeu a processos criminais, motivo pelo qual, ao menos sob uma análise perfunctória, a autoridade
coatora não praticou qualquer irregularidade, de forma abusiva ou arbitrária, da regra disposta no
edital referido nos autos.
Sendo assim, ausente o direito líquido e certo e faltando a abusividade demandada no mandamus, a
denegação da liminar mostra-se de rigor.
179
Nesse contexto, manifesta-se o Prof. Hely Lopes Meirelles no seguinte sentido: “ Quando a lei alude a
direito líquido e certo está exigindo que esse direito se apresente com todos os requisitos para seu
reconhecimento e exercício no momento da impetração. Em última análise, direito líquido e certo é
direito comprovado de plano. Se depender de comprovação posterior, não é líquido nem certo, para fins
de segurança”. (Mandado de Segurança. São Paulo: Malheiros, 2006, p. 37.)
Isso posto, indefiro a liminar ora pleiteada.
Intime-se.
É contra essa decisão que o Agravante pretende a reforma por meio do presente
incidente recursal.
Com efeito, restou devidamente demonstrado, por meio dos documentos que
acompanharam a Exordial, que o impetrante, a despeito de figurar em ações penais ainda
em curso, não houve, até o presente momento, qualquer condenação penal transitada em
julgado (fls. ___/___).
2
BUENO, Cassio Scarpinella. A nova Lei do Mandado de Segurança, 2ª ed., São Paulo: Ed. Saraiva, 2010, p. 64.
180
1. Viola o princípio constitucional da presunção da inocência, previsto no art. 5º, LVII, da Constituição
Federal, a exclusão de candidato de concurso público que responde a inquérito ou ação penal sem
trânsito em julgado da sentença condenatória.
2. Agravo regimental a que se nega provimento3.
3
RE nº 930.099/RJ, Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, Rel. Min. Edson Fachin, julg. em 15.03.2016, disponível na
internet em <www.stf.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
4
AgRg no Recurso Extraordinário nº 847.535, Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, Rel. Min. Celso de Mello, julg. em
30.06.2015, disponível na internet em <www.stf.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
5
Recurso em Mandado de Segurança nº 37.027/SP, Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julg. em 26.06.2012, disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
181
1. O Superior Tribunal de Justiça consolidou o entendimento de que a homologação do resultado final de
concurso público não enseja a perda de objeto de writ que discute as duas fases anteriores. 2. Não se
mostra admissível a exclusão de candidato, mesmo na fase de investigação social, se inexistir
condenação transitada em julgado, sendo certo que o princípio constitucional da presunção de
inocência não incide exclusivamente na esfera penal mas, também, na administrativa. 3. Agravo
regimental a que se nega provimento6.
Sendo assim, D. Julgador, uma vez presente o requisito para a concessão da liminar
pleiteado pelo Agravante, nos termos do art. 7º da Lei 12.016/2009, é de rigor a reforma da
r. decisão agravada. Ou nas palavras do Prof. Humberto Theodoro Júnior:
Às vezes, fala-se que a liminar seria “ato de livre arbítrio do juiz” e se inseriria na sua “livre convicção
e prudente arbítrio”. No entanto, as medidas de urgência, sejam cautelares ou antecipatória, integram a
tutela jurisdicional como condição de sua efetividade. A parte, quando presentes os requisitos legais,
tem direito subjetivo e elas, como parcelas integrantes do direito cívico de ação. Não é por favor ou
benemerência do juiz que ditas providências são deferidas, mas porque correspondem a direito do
litigante, que o órgão jurisdicional não pode ignorar e muito menos denegar7 – Sublinhamos.
6
AgRg no Recurso em Mandado de Segurança nº 29.627/AC, Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, Des. Conv. Adilson
Vieira Macabu, julg. em 26.06.2012, disponível na internet em <www.stj.jus.br>, arquivo capturado em __.__.____.
7
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil, vol. III, 50ª ed. rev., atual. e ampl., Rio de Janeiro: Forense,
2016, p. 693.
182
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
Advogado (OAB).
183
ANEXO 01
Declaro, para os fins do artigo 1.017, inciso II, da Lei nº 13.105/2015 (novo Código
de Processo Civil), que, nos autos do processo nº (número do processo de origem), em que é
autora (nome da Autora) e ré (nome da Ré), ainda não existem as seguintes peças
processuais obrigatórias à formação do instrumento: (elencar as peças obrigatórias que
não existem no processo de origem).
Declaro, ainda, que todas as demais peças obrigatórias elencadas no artigo 1.017,
inciso I, da Lei nº 13.105/2015, estão sendo apresentadas juntamente com o presente
recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).
184
ANEXO 02
Termos em que,
Pede deferimento.
Data.
(Assinatura)
Advogado (OAB).