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Maceió-AL
2018
TEREZA FERREIRA DA SILVA
Maceió-AL
2018
A Formação Histórica de Alagoas
O vídeo mostra também que Alagoas antes de ser Alagoas não era algo de
estrutura própria e politicamente organizada, mas um processo de construção de espaço
que foi se forjando desde o início da colonização.
Também teve a chamada guerra santa da igreja católica, contra os índios caeteis,
onde eles mataram o Bispo Sardinha e isso serviu de desculpa para a igreja matar todos
os índios caetéis
O vídeo também mostra que até o final do século XIX, enquanto D. Pedro I e D.
Pedro II estavam no comando do império brasileiro, Calabar que se aliou aos
holandeses, é considerado um traidor. Mas no final do mesmo século, quando o Brasil
deixa de ser Império e passa a ser República com Marechal Deodoro da Fonseca , tem-
se a necessidade de construir uma história que remeta ao passado e encontre quais
seriam os herois dessa nova nacionalidade brasileira. Porque para sair de um lado para o
outro era optar por um projeto de colonização mais moderna, e a Holanda naquele
momento se configurava uma das principais praças capitalistas da Europa, porque o
projeto holandes era mais progressista e mais capitalista, e que naquele momento era
considerado moderno para a sociedade colonial.
Os dois autores que abandonam a idéia de Calabar traidor, para colocá-lo como
heroi dessa civilização alagoana foram: Jaime de Altavila e Craveiro Costa que já
escreveram no século XX, são autores de uma Alagoas Republicana, que quer
aprofundar os traços da sociedade capitalista. Então seria importante configurar Calabar,
não como traídor, mas como heroi.
Também fala sobre o Quilombo dos Palmares, onde mostra os mucambos, que
foi o maior Quilombo das Américas e geram alguns aspectos que vão diminuir a
resistência que os escravos sempre fizeram dos 350 a 400 anos de escravidão. Outras
formas de resistência foram os pequenos Quilombos que existiram durante o século
XVIII E XIX que foram ofuscados devido ao Quilombo dos Palmares. Porque com o
Quilombo dos Palmares foi construído um verdadeiro arsenal de guerra, mas também
se levantou um verdadeiro estado militarizado para destruir aquela experiência
Quilombola.Esse processo termina ganhando fôlego no final do século XVIII e entre
1795 acontece o processo de extinção do Quilombo dos Palmares. Após a morte de
Zimbi os principais Mucambos foram dispersados pelas investidas da Corôa Portuguesa
contra os ajuntamentos de escravos foragidos e, também a resistência deles ao serem
recapturados e voltarem para a escravidão nas sensalas.
No vídeo também mostra que Dirceu Lindoso no seu livro Ultopia Armada fala
sobre um silêncio que existiu em cima dos Cabanas, que era imposto pelas elites
letradas do século XIX, imposto pela historiografia do silêncio,ou seja, a historiografia
que não queria fazer aparecer o escravo o rebelde, o papamel, o citiante, o pequeno
agricultor; tudo que cheirasse a cor era silenciado e, que no primeiro momento os
Cabanas são derrotados enquanto movimentos sociais, pelas forças militares da
província.
Num segundo momento são vencidos na batalha da memória, porque sua fala é
destorcida pela documentação feita pelos algoes. Então essa historiografia foi escrita de
acordo com o ponto de vista dos algoes,ou seja, dos vencedores. Que silencia num
primeiro momento a história dos Cabanas, mostra ainda que desde o início até o final do
século XIX, ve-se um decrescimo da mão de obra escrava fazendo com que apareça
outra forma de trabalho operário, que surgiu depois das lutas abolicionistas. Isso vai
mostrar que vai haver várias outras formas de trabalho no período, não necessáriamente
trabalhos jurídicos livres. Outras formas de aranjos vão se sobrepor e vão ser superior a
escravidão, a partir do século XIX, as que não se configuraram mercado de trabalho
livre. Onde se percebe diversas imposições e coesões e violência em cima dos
trabalhadores, mesmo depois mesmo depois do fim da escravidão. É em função disso
que se percebe uma consciência operária forjada pelos trabalhadores a partir das lutas
que remetem ao finalda escravidão com o abolicionismo e o republicanismo.
Alagoas era governada pelas elites locais, isto é um governo oligárquico e anti-
popular. Durante esse período o que tinha significação popular era perseguido, como
por exemplo, os terreiros de xangô e todos os tipos de manifestação afros sofriam
violência principalmente os existentes em Maceió.
Essas perseguições de certo modo vão favorecer a queda da oligarquia das elites
que em 1912 teve um declínio dando espaço para o surgimento da oligarquia liderado
por Clodoaldo da Fonseca e Fernandes Lima.
O estado de Alagoas foi muito importante para que o Golpe Militar desse certo
no nordeste principalmente pelo conservadorismo que existia nas elites alagoanas.
Durante toda essa articulação surge a figura de Fernando Color de Melo, caçador
dos Marajás imagem essa construída pela mídia Nacional.