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#10 PASSOS
PARA A ELABORAÇÃO DO
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
PARA IGREJAS
Um passo a passo detalhado para a elaboração
de um planejamento estratégico para sua igreja.
Certamente, uma igreja que não possui uma direção a ser seguida, uma visão
para orientá-la e estratégias para se embasar, não chegará a lugares signifi-
cativos tão cedo.
O QUE É O PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO PARA IGREJAS
O planejamento estratégico para igrejas nada mais é do que a elaboração de um conjunto de
ações estratégicas que visam orientar a igreja a entender o seu propósito e definir sua visão.
Essa, por sua vez, irá conduzir os pastores, os líderes e os voluntários da igreja às ações que
cada um deve executar para o cumprimento do propósito - visão de Deus para a igreja.
Todo esse processo, porém, é feito através de trabalho, perseverança e muita análise, além de
ser um trabalho conjunto, nunca individual. No contexto eclesiástico, podemos entender que o
planejamento estratégico não pode e não deve ser executado exclusivamente pelos pastores
sênior - ou titulares - da igreja, mas sim como em um esquema coletivo, em que cada um tem
a sua função.
Além disso, é importante ressaltarmos que esse processo é variável. Não existe uma visão que
a igreja pode seguir e se orientar infindavelmente, considerando que os momentos mudam e
as circunstâncias também.
Em suma, podemos compreender que: “antes de uma organização poder ser liderada, ela precisa
saber por que ela existe, para onde está indo e os passos que são necessários para chegar lá.”
Pastor Jorge Monteiro.
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Pense em uma pirâmide. O topo dela é formado pelo desenvolvimento estratégico, seu meio
pelo desenvolvimento tático, e sua base pelo desenvolvimento operacional. Entenda detalha-
damente:
• Topo da pirâmide / Estratégico: refere-se às funções globais - que dizem respeito à igreja
como um todo - e que envolvem estratégias e ações gerais. Por serem tarefas decisivas e de
grande responsabilidade, os responsáveis pelo topo da pirâmide são os pastores sênior;
• Meio da pirâmide / Tático: refere-se às funções táticas - que dizem respeito às atividades
funcionais da igreja - por isso, essa porção da hierarquia fica responsável pelos objetivos e
estratégias funcionais, que são desenvolvidas pelos líderes de departamento e ministérios;
Sendo assim, como vimos, cada irmão da igreja possui funções específicas e trabalha de acor-
do com o que está sob sua responsabilidade. É importante salientarmos, também, que todos os
membros dessa pirâmide precisam estar alinhados na mesma visão, e que é função tanto dos
pastores sênior, quanto dos líderes de departamento e ministérios, estar sempre relembrando
qual é essa visão - a direção que todos devem olhar e seguir.
Nesse viés, não queremos que você compreenda a excelência enquanto uma perfeição com-
pletamente impossível de ser alcançada, ou ser a maior igreja de todas. Por “excelência”, que-
remos falar de uma igreja que é dedicada, que desempenha estratégias que funcionam para
a sua realidade, que são saudáveis e transformadoras.
“Em quais áreas precisamos elevar nossos padrões de excelência como igreja, para melhor
cumprirmos nosso propósito e atingirmos nossa visão?” - Pastor Jorge Monteiro.
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Depois de compreendidos esses pontos e identificadas as falhas que estão sendo cometidas,
podemos partir para a elaboração do seu próprio planejamento estratégico, pensado e criado
especificamente para a sua igreja.
Boa leitura!
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#10 PASSOS
PARA A ELABORAÇÃO DO
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
PARA IGREJAS
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Por isso, antes de realizar qualquer plano, procure entender onde você está e refletir acerca de
onde você deseja chegar e o que exatamente você quer alcançar.
Certamente que os planos e os resultados podem variar de alguma maneira, mas se você não
possui nenhuma referência para se orientar, não vale nem a pena começar a caminhar por
alguma direção: será um tiro no escuro.
Dessa forma, começando pelos pastores sênior da igreja, é necessário que se separe um tempo
produtivo para pensar, pontuar e definir quais são os aspectos da igreja que precisam urgen-
temente mudar e melhorar. Depois, cada departamento e ministério pode fazer o mesmo de
uma forma mais específica e centralizada.
Uma dica para essa execução é utilizar uma ferramenta de organização de prioridades, como
a matriz GUT, por exemplo. A matriz GUT é uma ferramenta que visa auxiliar na priorização dos
problemas a serem solucionados seguindo os critérios de gravidade, urgência e tendência
(GUT). Entenda um pouco mais:
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Matriz GUT:
• Gravidade: esse critério está relacionado ao impacto do problema na sua igreja. O que ele afeta?
Esse impacto pode desencadear problemas ainda maiores?
• Urgência: esse critério se relaciona aos prazos, o tempo disponível que se tem para resolver o
problema em questão. Ele precisa ser resolvido agora ou pode ficar para outro momento sem
grandes consequências?
Assim, após sentar com calma e pontuar todos os problemas encontrados em sua igreja e que
precisam de uma solução, procure classificá-los de acordo com cada critério GUT, atribuindo
pontos de 1 a 5 a cada um deles, conforme sua gravidade, urgência e tendência.
No fim, construa uma rápida tabela e insira cada um dos problemas percebidos seguidos de
suas pontuações, em todos os 3 critérios. Depois, é só somar os pontos dos critérios relacionados
a cada um dos problemas: o que possuir maior pontuação somada (entre gravidade, urgência
e tendência) é o que precisa do seu foco e atenção maior e instantâneo.
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#2 DEFINIR/REVER/VALIDAR SUA
VISÃO, SEUS PRINCÍPIOS E VALORES.
Outra coisa que precisa estar muito bem definida é a visão que a sua igreja segue e se orienta.
Veja o que Paulo diz na primeira carta aos Coríntios:
“Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma
coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre.
Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem esmurra o ar.”
(1 Coríntios 9:25-26, NVI).
Na caminhada cristã, percorremos o caminho sabendo o alvo que queremos atingir e o lugar que
queremos chegar. Na mesma forma deve ser com o trabalho na casa do Senhor: é necessário
que se tenha uma visão, a motivação que nos puxa e nos leva a agir.
Da mesma maneira é com os princípios e os valores que a sua igreja preserva e prioriza, que
são como uma bandeira carregando as marcas da congregação.
Você possui uma visão, princípios e valores bem estabelecidos em sua igreja? Faça a prova
real:
• Pergunte aos seus membros, através de uma pesquisa rápida, por exemplo, o que é sempre
uma prioridade para a congregação. Eles saberão te responder? Caso sim, as respostas entre
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ANALISAR O CENÁRIO, MAPEAR
FORÇAS E FRAQUEZAS, IDENTIFICAR
FATOS DE SUCESSO E IMPLICAÇÕES
Sabendo onde você está e onde quer chegar, e tendo em mente uma visão, princípios e valores
bem estabelecidos, está na hora de realizar uma análise mais profunda:
• Analise seu cenário atual: nesse momento de análise aprofundada, é necessário que se faça
uma investigação - com toda a diretoria e liderança da igreja, se possível - acerca de como
estão as variáveis da igreja. Como está o crescimento da obra? Estagnado ou avançando? Há
algum investimento sendo feito? Como estão as finanças da igreja? Tudo sob controle?
• Mapeie as forças e fraquezas da igreja: uma vez analisado seu cenário, procure mapear as
forças e fraquezas da sua igreja. O contexto cultural em que se encontra a cidade traz consigo
determinadas dificuldades ou empecilhos? Quais são as estratégias que não têm gerado
resultados significativos? Vale a pena aboli-los por completo ou vale uma nova tentativa?
#4 DEFINIR OS OBJETIVOS
E METAS GLOBAIS
Primeiramente, é necessário compreendermos qual é a diferença entre “objetivos” e “metas”,
conforme seus conceitos e perspectivas:
• Objetivos: um objetivo é estratégico e abrangente, ele se caracteriza como aquilo que desejamos
alcançar, o lugar onde almejamos chegar, um sonho;
• Metas: uma meta é uma tarefa específica que visa alcançar o objetivo. As metas também
são temporais, possuem prazos específicos para acontecerem, em suma, as metas são a
especificação dos objetivos quantitativamente.
Assim, considerando que o objetivo é o que você quer alcançar, e as metas são os mediadores
que estipulam os passos e prazos para a realização do objetivo, quando as metas estabelecidas
são atingidas, conseguimos alcançar os nossos objetivos.
• Metas: analisar concorrências, criar estratégias de marketing, formular uma identidade própria,
fidelizar clientes, etc (exemplos hipotéticos).
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Dessa forma, as metas se preocupam com duas variáveis: a definição do prazo (em quanto
tempo quero fazer isso?) e a definição dos passos (o que farei para tornar concreto meu objetivo?).
Sendo assim, é necessário que os pastores se sentem juntamente com a diretoria da igreja -
administrativa e financeira - e exponham os objetivos centrais da igreja. Veja alguns exemplos:
Mas não acaba por aí, depois de levantados tanto os objetivos quanto as metas gerais, está na
hora de afunilar um pouco essas abrangências e delegá-las aos seus devidos responsáveis.
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#5
REALIZAR O DESDOBRAMENTO DOS
OBJETIVOS, DEFINIÇÃO E PRIORIZAÇÃO
DOS PROJETOS (ESTRATÉGICO)
Como já mencionamos anteriormente - quando • Tempo: teremos tempo para dedicar uma atenção
falamos sobre a hierarquia do planejamento especial para esse projeto no momento que estamos
estratégico - há uma pirâmide que ordena e or- vivendo?
ganiza todos os planos e ações de acordo com
seu lugar e pessoas em específico. Por outro lado, caso as responsabilidades não sejam
diretamente dos pastores sênior, é nessa fase que
Tendo isso em vista, o desdobramento estratégico eles irão delegá-las aos devidos departamentos,
diz respeito ao topo da pirâmide, que está sob a líderes ou voluntários (desdobramentos táticos e
responsabilidade dos pastores sênior da igreja, e operacionais).
por consequência, aos objetivos e metas globais -
que acabamos de abordar. É o que abordaremos a seguir...
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REALIZAR O DESDOBRAMENTO DOS
OBJETIVOS, DEFINIÇÃO E PRIORIZAÇÃO
DOS PROJETOS (TÁTICO E OPERACIONAL)
Pense no exemplo que utilizamos anteriormente, acerca dos objetivos e metas hipotéticas de
uma igreja. O objetivo dela, hipoteticamente, é “ser uma igreja atrativa para os jovens”. Nesse
caso, os pastores sênior teriam que passar essa responsabilidade ao departamento de jovens
da igreja - fazendo com que esse objetivo fosse desdobrado do estratégico ao tático.
Nessa perspectiva, a partir de agora cabe aos líderes - ou pastores - dos jovens da igreja, priori-
zarem esse objetivo e começarem a executar ações que cumpram as metas impostas pelo es-
tratégico, além de criarem suas próprias metas também. Isso não quer dizer que a partir desse
ponto os pastores sênior ficam completamente à parte desse objetivo e das metas associadas
a ele, muito pelo contrário.
Na realidade, a igreja nunca deve operar em “silos”, mas em conjunto, sempre com a mesma
visão e olhando para o mesmo propósito. Assim, todas as responsabilidades estarão sendo
desdobradas tanto pelo estratégico, quanto pelo tático e pelo operacional, como em uma teia
em que tudo é congruentemente conectado.
#7 PLANO DE AÇÃO
É nesse passo que as coisas começam a sair do papel, tornando-se uma realidade concreta.
Ainda no exemplo que estamos utilizando, é nessa hora que as metas (tais como a promoção
dos eventos para jovens, por exemplo), começam a ser arquitetadas, e o operacional começa
a trabalhar para o cumprimento das metas.
Supondo que a meta principal do objetivo “ser uma igreja atrativa para os jovens” seja a
“promoção de eventos específicos para o público jovem”, é aqui que os voluntários ficam cientes
do que terão que fazer para que o evento seja um sucesso - e consequentemente para que a
meta seja alcançada.
Nesse sentido, um plano de ações detalhado começa a ser formulado. Veja o exemplo:
• O voluntário B ficará responsável pela decoração do ambiente, pelos comes e bebes e pelas
lembrancinhas;
Todos esses exemplos demonstram como o plano de ação funciona e começa a ser formulado,
o que faz a meta começar a caminhar em direção a sua concretização.
Em suma, podemos dizer que o plano de ação é um documento utilizado para um planejar e
organizar detalhadamente o planejamento do trabalho necessário para o atingimento da sua
meta. O plano de ação geralmente é registrado no formato de uma planilha, e contém infor-
mações indispensáveis ao projeto a ser executado, tais como:
• Qual é a meta a ser alcançada com o plano de ações e qual o objetivo geral dessa meta;
• Lista de ações e atividades a serem executadas, contendo os responsáveis por cada uma delas;
• Data de início e fim previsto para cada ação ou atividade (prazo);
• Orçamento alocado para cada ação ou atividade;
• Riscos previstos na execução e o seus respectivos planos de contingência.
Assim, com tudo planejado e todos em seus devidos lugares, passamos para o próximo passo,
que consiste na:
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#8 IMPLEMENTAÇÃO
É aqui que o plano de ação ganha vida, e é nesse momento que conseguiremos constatar se
ele foi bem arquitetado ou não.
No exemplo que estamos utilizando, é aqui que o evento para jovens está acontecendo e todos
os voluntários estão executando suas respectivas funções.
É importante ter em mente que o maior foco na fase de implementação é cumprir o que está
registrado no plano de ações que foi formulado. Todavia, também é normal alguma coisa ou
outra sair do controle e do planejamento, então não se desespere. Procure, portanto, fazer tudo
conforme o que está escrito.
#9 METODOLOGIA DE MONITORAMENTO
E ACOMPANHAMENTO
É aqui que o plano de ação ganha vida, e é nesse momento que conseguiremos constatar se
ele foi bem arquitetado ou não.
No exemplo que estamos utilizando, é aqui que o evento para jovens está acontecendo e todos
os voluntários estão executando suas respectivas funções.
É importante ter em mente que o maior foco na fase de implementação é cumprir o que está
registrado no plano de ações que foi formulado. Todavia, também é normal alguma coisa ou
outra sair do controle e do planejamento, então não se desespere. Procure, portanto, fazer tudo
conforme o que está escrito.
Esse é o momento do plano de ação ser revisto, de forma a transferir todas as informações
concluídas para um documento que permita fazer o acompanhamento adequado.
Depois, defina datas específicas e estratégicas - sempre de acordo com a dimensão da ação
que está sendo executada - para realizar a revisão das variáveis inseridas nesse documento.
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PDCA SIMPLIFICANDO O
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
ATOS6 ESTRATÉGIA
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