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Direito Econômico
Direito Econômico
Aula 1 (19/02)
Provas:
o A primeira prova irá recair sobre a regulamentação do mercado.
o A segunda parte do programa irá recair sobre a concorrência.
Aula 2 (20/02)
A) Economia:
o I) Etimologia:
Oikos = casa/lar + Nomos = regras/leis.
Portanto, a ideia de economia está relacionada ao estabelecimento
de regras. Visa trazer um melhor gerenciamento/administração
dos recursos da casa/família.
É uma ciência de natureza empírica, uma vez que visa analisar o
comportamento do ser ao gerir sua residência.
o II) Objeto: fenômenos relativos a produção, distribuição e consumo.
A economia está relacionada a melhor locação dos recursos
relativos a produção, distribuição e comercialização até a chegada
do bem ao consumidor final.
A importância quanto ao estudo da economia está ligada ao fato
deste ramo objetivar sempre trazer as melhores soluções na forma
de alocação dos bens, buscando auxiliar o processo decisório das
pessoas, seja na perspectiva da macroeconomia ou da
microeconomia.
Desta forma, o papel da economia é auxiliar as pessoas a
tomarem as melhores decisões, de tal forma, a otimizar a tomada
de escolhas e, consequentemente, tornar o processo decisório
mais eficiente.
Processo Decisório → Eficiência.
o III) Áreas:
Microeconomia: gerenciamento dos recursos adstrito sobre a
perspectiva individual/privada.
Macroeconomia: gerenciamento dos recursos adstrito sobre a
perspectiva pública.
Há uma análise do processo decisório.
o IV) Lei Fundamental:
Apresenta como premissa central do pensamento econômico a
ideia de que os seres humanos apresentam necessidades
ilimitadas frente aos recursos finitos que a natureza oferece →
Lei da Escassez.
Como não é possível conseguir satisfazer todas as necessidades
do ser humano, se faz necessário a realização de uma decisão, tal
forma que, caberá a este o dever estabelecer as suas prioridades.
Desta forma, o ser humano deverá raciocinar quanto às suas
opções de escolhas de modo a selecionar aquela que mais se
adeque a sua necessidade.
o VI) Conceitos:
Precificação: ideia de atribuir valor a algo. Este preço irá traduzir
entre o binômio demanda e oferta.
Valoração: é dar importância a um determinado bem (quanto
mais valorado o objeto pelo consumidor, maior será o seu
consumo). Está relacionado a ideia de oferta e demanda.
Noção Weberiana - Relacional.
Quando o ser humano consome algum objeto, sua tomada
de decisões está pautada numa relação que este apresenta
com o objeto. O processo decisório sofre com influências
relacionais que a pessoa detém com o meio externo.
Aula 3 (26/02)
Aula 4 (27/02)
Pressupostos Comportamentais:
II) Empresas:
o As empresas apresentam um equilíbrio quando a sua receita marginal se
iguala ao seu custo marginal. Para compreender os comportamentos que
fazem uma empresa a atingir o seu ponto ótimo há de se verificar o valor
atribuído às coisas.
o A definição de preço está relacionada a interação entre as pessoas. As
empresas tendem a produzir até chegarem um ponto de que a receita da
empresa supere o custo que este detém para produzir.
Mesmo que este processo possa ser observado sobre um aspecto do
microssistema, para cada tomada de decisões há de ser analisado sob
o aspecto difuso, de forma a se verificar que há trocas de oferta e
demanda. Este conjunto de trocas entre a oferta e a demanda
conseguem traduzir a melhor equação distribuidora do preço.
O preço jamais será uma relação exclusivamente privada, há de ser
sempre verificado sobre a dimensão das trocas tanto quanto ao
conjunto ofertante quanto em relação ao conjunto demandante.
Quanto ao conjunto ofertante, este sempre deverá estar atento em
relação a potencialidade de novos concorrentes (influência na fixação
do preço).
A potencialidade de entrada influência o preço de equilíbrio,
que é a situação ótima a ser desejada → Ajuda a decidir até
que ponto uma tomada de decisão seria racional.
o Referencial Weberiano: mesmo sem saber, ofertante e demandantes
competem dentre si.
Todos os consumidores estão sujeitos à vulnerabilidade do processo
decisório, ou seja, às intervenções na racionalidade do processo
decisório.
Quando analisamos processo decisório por uma perspectiva
relacional, percebemos que o ele não é tão autônomo assim: ele é
submetido a várias influências do meio (cultura, moda, ansiedade,
etc).
A atribuição de valor envolve uma perspectiva subjetiva, mas
também relacional por ser fortemente influenciada pelos fatores de
tempo e espaço e ser cambiável de acordo com a cultura de cada
sociedade.
III) Consumidores:
o Valoração: dar importância às coisas.
o Quanto mais os consumidores valoram algo, maior será a propensão para
realizar trocas (a pagar o preço pelo produto).
o Interrompe-se o consumo quando este não mais sente prazer. Para tanto, um
consumidor somente irá adquirir algo quando há um benefício em consumir
tal bem (Benefício Marginal) que justifique o valor pago (Custo Marginal).
O consumidor visa maximizar em uma compra ao adquirir produtos
com qualidade, status, necessidade, etc.
Direito Econômico
Sob o olhar econômico, o preço deverá sempre refletir a forma mais lógica e
eficiente possível.
Sob o aspecto do Direito, admite-se a existência de falhas no sistema de mercado, de
tal forma que se reconhece que nem sempre o binômio eficiência e justiça sejam
sinônimos.
Reconhece-se que a não intervenção estatal, ou seja, considerar que o mercado irá se
regular automaticamente (sem a presença do Estado) e, por consequência sem o
direito (tornando-se um direito eminentemente privado), gera como consequência de
que a distribuição de riqueza não é compartilhada (para haver troca se faz necessário
que haja riqueza).
Uma das justificativas do direito econômico é influenciar os mecanismos
redistribuição da riqueza. Para tanto, se faz necessário que o Estado intervenha na
economia para que haja a o mercado.
o O Estado apresenta um papel eminentemente interventivo no mercado (o
mercado se torna um campo de atuação do Estado) → Necessidade de
superar o modelo liberal clássico.
Aula 5 (05/03)
I) Direito e Economia:
o Economia = é um campo eminentemente fenomênico, uma vez que a
pretensão do trato econômico é lidar com as melhores respostas para os
problemas que se colocam acerca da produção, distribuição e consumo.
O dilema econômico trabalha com o mundo tal como este se
apresenta, o qual seja, o mundo do ser (visa sempre trazer a
melhor decisão possível para as questões fáticas).
Procura sempre encontrar a melhor alocação para os recursos
escassos.
Trato econômico = auxiliar o processo decisório.
Premissa central da economia = dar a decisão mais eficiente
(decisão que sacrifica menos recursos para satisfazer as
necessidades humanas ou melhor aloca os fatores de produção).
o Intervenção do Direito:
O direito é uma ciência eminentemente prescritiva, influenciado
pelo mundo do dever ser, na qual está relacionado a prescrições
normativas.
A norma é o objeto de estudo do Direito, de tal modo que, por
intermédio deste, serão eleitos determinados fatos sociais
relevantes a serem disciplinadas.
Um fato somente importará para o direito se estiver contida em
uma norma jurídica.
Apesar dos fatos sociais que se referem ao campo econômico
passarem a ser objeto de normas jurídicas, o olhar do direito não
está voltado a perspectiva de eficiência.
O olhar jurídico também procura influenciar no processo
decisório, porém, sob a perspectiva de satisfação de uma justiça.
O Direito interfere nas questões econômicas para verificar se este
consegue atingir o que o direito considera como bem comum
(regular os contratos; criar uma tributação clara; trazer segurança
jurídica).
II) Histórico:
o O histórico que irá permitir a criação do direito econômico é o de
superação de uma visão dominante.
o O direito econômico irá surgir, propriamente, no século XX. Seu
nascedouro está relaciona as experiências vividas com as grades guerras
e crises econômicas (como, por exemplo, a Crise de 1929).
o A Crise de 1929 comprovou a ideia de que o mercado sozinho não
consegue se reerguer. Durante os momentos de crises sistêmicas, se fazia
necessário a presença de um condutor exógeno que retomasse a
vitalidade do mercado.
Esta crise deu ensejo para que o Estado intervisse no mercado
seja para corrigir falhas, seja para induzir o mercado ao
crescimento.
A postulação liberal clássica não abarca a soluções para os
problemas surgidos.
o A postulação liberal clássica pregoava que a o Estado e mercado seriam
vistas como um conjunto separado. Havia uma ideia de que a intervenção
estatal iria restringir a liberdade das pessoas.
Na visão da "mão invisível" do mercado, a regulação iria ocorrer
de forma natural.
Ideia de que o elemento valoração dos bens e serviços sejam
alocados para as pessoas que mais os valorem. Assim,
naturalmente o mecanismo de preço iria permitir as trocas e as
alocações naturais dos bens.
Regular = equilibrar interesses. Na visão doutrinária clássica, o
Estado não tinha espaço para regular esses interesses (que iria
ocorrer mediante mecanismo próprio de mercado).
Está relacionado a ideia de preços: deve ser atrativa para
permitir a troca.
o A superação da visão liberal clássica ocorreu após a consagração do
Estado do Bem-Estar Social.
Este sistema pressupõe que deverá ser reservado ao Estado
exercer sua influência na economia (ao contrário dos liberalistas,
que almejavam papel de abstenção do Estado no mercado).
Houve uma revisão do papel do Estado na economia.
III) Objeto: a pretensão do Direito Econômico é regular o funcionamento da
economia de um país (o Estado dispõe de instrumentos, como por exemplo,
taxas de juros, inflações, etc. para intervir no mercado).
o O método do Direito Econômico irá sofrer forte influência do campo
econômico.
o Regulação Econômica x Políticas de Defesa da Concorrência.
IV) Autonomia:
o Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e
urbanístico;
o O direito econômico é uma área autônoma, pois, apresenta princípios,
normas e institutos próprios.
V) Século XXI:
o Law and Economics: surge nos Estados Unidos.
Exemplo de Autores: Guido Calabresi, Gary Beckev, Richard
Posner.
Discutem a necessidade do Direito em criar porções para permitir
o melhor fluxo do trato econômico.
São influenciados pelo pensamento de Coase (textos: The nature
of the firm; the problem of social cost), o qual seja, de criar
condições para permitir um melhor trato econômico.
Está influenciado pela Escola de Chicago: no mundo existem
custos de transação que influenciam e dificultam as trocas.
Defende que não deveria ter custos de transações, ou seja, custos
intangíveis que são colocados no preço de modos encarecer o
produto e dificultar as transações.
Irão procurar uma aproximação mais forte do direito com a
economia (Análise Econômica do Direito).
Aula 6 (06/03)
Aula 7 (12/03)
Regras do Método:
o I) Liberdade Decisória: influência da liberdade decisória no processo de
tomada de escolhas.
Ideia relacionado ao fato de que por trás das ações no mercado
existe um processo decisório. Este processo decisório é
determinado, em certa medida, pelo grau de liberdade que as
pessoas possuem.
As escolhas realizadas teriam espaço tanto nos comportamentos
da oferta quanto da demanda.
A ideia de liberdade decisória se faz mais evidente nos casos da
oferta, pois, ao empresário se é possível exercer a sua atividade
na forma que lhe convém.
Pessoas livres são capazes de realizar as suas escolhas, de
tal forma que, ao fazer, será assumido um risco (quem
escolhe empreender assume os riscos do negócio).
A liberdade vem com o contraponto de maior assunção de
riscos.
As escolhas realizadas pela demanda apresentam sua liberdade
mais restrita/reduzida devido ao fato deste está refém da oferta.
O problema ocasionado pela demanda é que o consumidor
não tem opção de liberdade de escolha; não apresenta as
informações adequadas, de tal forma, a realizar de
escolhas irracionais.
Aula 8 (13/03)
Regras do Método/Pressupostos
I) Liberdade de Ação:
o Está relacionado ao processo decisório (como os atores se comportam no
mercado e como essa regra, em algumas situações, poderá ser útil por
ajudar a interpretar os problemas ou poderá dificultar, haja vista que a
situação de mercado possa restringir a liberdade de escolha da demanda).
Contratos de Adesão e Contratos Coativos são exemplos de
instrumentos utilizados que restringem a liberdade de escolha.
o Visão Prospectiva: as pessoas tomam decisões olhando para o futuro.
o Janelas de Oportunidades: visão ampla sobre as possibilidades para
realizar um negócio.
II) Recompensa: traz ao intérprete a noção do modelo utilitarista, ou seja, de
que a ação é orientada para o recebimento de um prêmio.
o O fato de envolver o sacrifício de recursos escassos tudo o que é
realizado pelo ser humano, por incorrer em custo, terá como justificativa
a obtenção de um benefício.
o Quanto maior o risco, maior será a obtenção do ganho.
III) Equilíbrio: ideia de que se faz necessário identificar os interesses colocados
em contraposição num determinado processo de tomada de decisão.
o Deve sempre tentar fazer um esforço cognitivo para entender os
interesses de conflitos.
o Está relacionado a ideia de interesses contrapostos.
o Ex: Usina de Belo Monte - Ao construir uma usina hidrelétrica há de ser
ponderado: para produzir energia elétrica o quanto irá impactar no
ambiente?
o Ex 2: Lei Seca - É razoável proibir que os motoristas não possam ingerir
uma gota de álcool para dirigir de forma a zelar pela segurança?
IV) Primazia da Realidade: busca valorar a situação fática do que a prescrição
formal.
o O Direito Econômico visa trabalhar com os fatos de forma que a
aplicação do direito esteja mais próxima da realidade.
o A realidade irá sobrepor a forma.
V) Razão: ao realizar uma análise dos fatos, deve-se buscar uma
proporcionalidade entre a conduta praticada e os fins almejados (deve-se sempre
observar as circunstâncias do caso).
Aula 9 (19/03)
Regulação Econômica
Regras Econômicas
Aula 11 (26/03)
Economia:
o Fornecedor:
Monopólio: há apenas um ofertante.
Poder de Monopólio: um único ofertante detém força
suficiente no mercado para alterar o preço (altera
unilateralmente o preço por não haver competição).
Oligopólio: há poucos ofertastes.
Muitos Competidores: Workable/Possível.
Concorrência Perfeita: o mercado, por ser muito
pulverizado, ninguém haveria força de mercado para
definir preço. Quem de fato conseguiria fixar um preço
para os bens e serviços seria sempre o consumidor (o
ofertante seria um mero tomador de preço). Nesta
modalidade os bens seriam sempre cambiáveis entre si, de
modo a não haver diferença entre, por exemplo, de marca
ou qualidade (ideia de que quanto mais fungível um bem
for mais passível de substituição ele é).
Ideia inviável na prática, pois, por exemplo, um
determinado tipo de marca poderá determinar o
comportamento do consumidor. A formação de preço não
ocorre num ambiente de trocas entre equivalentes.
o Consumidor:
Monopsônio: há apenas um comprador.
Também deteria o poder de mercado para influenciar no
preço dos bens.
Oligosônio: há poucos compradores.
Concorrência Perfeita.
Aula 12 (26/03)
Intervenção Econômica:
o No Processo Econômico: é uma intervenção direta (e Estado atua de
modo direto na economia).
Absorção (Art. 177 da CF): são atividades passíveis de
monopólio.
Participação (Art. 173 da CF):
Princípio da subsidiariedade: No regime de participação,
como o Estado não deve exercer as atividades típicas de
mercado, este somente iria adentar ao mercado caso fosse
extremamente necessário à sua intervenção. Desta forma,
o Estado se valeria da intervenção indireta sobre o
domínio econômico para promover de forma mais
sistemática determinadas políticas públicas e, em casos
excepcionais, o Estado adentraria ao mercado de modo
atrair a responsabilidade para si para mexer nos fatores de
produção.
o A intervenção do Estado seria a exceção à regra do
livre mercado.
o Há um relativo consenso de entender que no Art.
173 da CF há o princípio da subsidiariedade na
atuação do Estado.
o Sobre o Processo Econômico: é uma intervenção indireta.
Intervenção do Estado como um Agente Normativo e Regulador
da Atividade Econômica:
Quando o Estado normatiza ou regula este intervém de
forma a influenciar na dinâmica dos atores econômicos
sem, contudo, atuar diretamente na atividade econômica.
O dever do Estado estaria adstrito estabelecer as regras.
Normas de Caráter Obrigatório: o Estado estaria diante de
uma atividade típica de direção (o Estado detém uma
atuação mais presente no exercício dessas competências).
o Toda vez que o Estado edita normas de ordem
pública (que não podem ser derrogadas pela
vontade das partes) visa dirigir a atividade
contratual.
o O Estado determina como deverá ocorrer a
atuação, de modo a não atribuir a opção ao
recebedor da norma em obedecer ou não (o
mercado não teria papel de escolha).
o Normas de Caráter Obrigatório = Hard Law.
o Uma vez criadas as normas de caráter obrigatório,
muitas vezes, se farão necessário um
acompanhamento em relação a aplicabilidade de
tal lei - Exercício de Fiscalização.
o Assim, para que as normas de direção consigam
atingir o que foi determinado, em geral, esta
norma é acompanhada por uma fiscalização.
o Ex: Código de Defesa do Consumidor.
Intervenção do Estado como sob a Modalidade de Indução:
São normas mais flexíveis que dão opção para o mercado
em aderir ou não a uma norma.
As modalidades que apresentam essa modalidade
apresentam como caraterísticas normas de caráter
permissivo ou com conteúdo dispositivo (está à disposição
da parte em aderir ou não a norma).
Na falta de um comando expresso entre as partes, a norma
ela teria a função de complementar o conteúdo.
As partes irão de modo deliberado optar pela adesão à
norma. Objetivo é atingido por aqueles que aceitarão a
incidência de seus efeitos.
Intervenção pela Indução = Soft Law.
Obs: Os serviços públicos são outra categoria que não abrange a intervenção
econômica. Não há de se falar em intervenção nos serviços públicos, pois, é uma
atividade típica do Estado (de modo que esta não prática intervenção em seu
campo próprio).
Aula 13 (02/04)
Aula 15 (16/04)
Direito Econômico
Aula 16 (17/04)
Serviços Públicos
Critérios:
o Regra: Parágrafo único do Art.170 da CF - Livre Exercício para
qualquer atividade econômica.
A lei poderá restringir o livre exercício.
Qualquer modalidade de intervenção irá limitar o direito ao livre
exercício.
o I) Material: está relacionada a coesão social; está relacionado a natureza
da atividade (não está atrelado a ideia de mercado, mas sim, a
especificidade que os serviços públicos representam).
São serviços que justificariam um tratamento diferenciado.
Expoente: Leon Duguit.
Puissance Publique:
o II) Formal: está voltado para um aspecto eminentemente jurídico; não
importa a atividade em si, mas sim, o que a lei diz. Esvazia o conteúdo
da atividade.
Expoente: Gaston Jezc.
o III) Orgânica: o regime jurídico de serviço público será diferente das
atividades econômicas em sentido estrito. Descentraliza o poder para que
haja uma maior fiscalização.
Está voltado para o Tribunal de Conflito.
França: dividia em contencioso administrativo e judiciário.
A responsabilidade estará com o poder público haja vista o fato
deste ter assumido o risco pelos seus atos praticados.
Na atualidade, os serviços públicos seriam um misto destas três
classificações.
Aula 18 (30/04)
Aula 19 (08/05)
Direito Concorrencial
Aula 20 (14/05)
Defesa da Concorrência
Qual o objetivo de uma lei de defesa da concorrência? Não há como determinar
um motivo único para a criação da lei de defesa da concorrência, mas sim, é
criada com o objetivo de proteger os interesses da coletividade.
o Visa distribuir o poder econômico de modo a proporcionar a ocorrência
da concorrência.
o Também objetiva proibir o monopólio.
Problema trazido com o monopólico: a prática do preço de
monopólio, ou seja, um preço que dentro da representação
econômica estará sempre acima do preço de mercado; representa
uma extração de ganho muito superior em que o lucro obtido será
absorvido exclusivamente para o monopolista.
Tenta traduzir na vedação de estabelecimento do preço de
monopólio (ou seja, evitar que o monopolista possa inserir os
preços nos produtos de forma exorbitante).
Tal prática poderá refletir na situação de alguém em
posição dominante no mercado (monopólio e posição
dominante não são sinônimos).
Posição Dominante = poder de sofrer menores efeitos no trato
concorrencial.
Caraterística: alguns atributos reunidos no dado mercado
relevante.
Problema: possibilidade de aumentar preço.
Mercado Relevante = ferramenta de análise utilizada pelo sistema
antitruste para retratar, compreender a dinâmica comportamental
dos agentes de um dado segmento de mercado. Instrumento que
facilita determinar quem são aos agentes em posição dominante.
Monopólio é diferente de posição dominante (agente que sofre
com menos influências com a possibilidade de concorrência; é
um conceito utilizado no direito antitruste de forma a entender o
comportamento → é um mecanismo de análise; não é real).
Mercado Relevante → Hábito dos Consumidores.
Discriminação de Preços: preços diversos para pessoas diversas.
Preço de Reserva: pré-disposição a tomar o preço, ou seja, a
pagar o preço.
o É uma forma de tornar o mercado mais eficiente.
Eficiência Alocativa: ideia de que os bens e serviços sejam
alocados para as pessoas que os valoram.
o Favorecer o poder de escolha do consumidor.
o Qualidade dos bens colocados em distribuição no mercado.
Assegurada pela oferta e pela demanda.
O Estado também poderá intervir na qualidade, pois, nem sempre
o consumidor detém condições suficientes de julgar os produtos
que lhe são entregues.
A competição irá definir o resultado! E não o Estado (que está
relacionado a intervenção no domínio econômico e, não na defesa
da concorrência).
o Estimula a entrada de novos agentes.
Este estímulo de inserir novos agentes no mercado está
relacionada a concorrência potencial. A ideia de uma possível
concorrência estimula o processo de constante
melhora/aperfeiçoamento das práticas de mercado.
Outra vertente trazida com este estímulo é a desconcentração de
agentes econômicos, ou seja, desconcentrar poderes políticos.
o Propicia a criação e aumento de riquezas.
o Propicia a inovação.
o Melhores oportunidades para os trabalhadores em geral (amplia a oferta).
Assim, nota-se que o titular dos mecanismos da lei de defesa da concorrência é a
coletividade. Tenta-se trazer um maior bem-estar para a maior quantidade de
pessoas (traduz em uma realidade melhor).
o Atrelada a ideia de que os interesses são difusos, ou seja, pertencem a
sociedade como um todo.
Defende-se a concorrência quanto um instrumento, ou seja, pelos benefícios por
ela trazida.
Aula 21 (15/05)
O CADE
Aula 22 (21/05)
O CADE
Caraterísticas:
o Ofício Judicante: ideia de que o CADE exerce função de julgamento.
Configuração esta atribuída pela Lei 8.884/94.
A atuação ocorre mediante um órgão colegiado por intermédio de
seus conselheiros.
Ideia de que atribui a uma estrutura do poder Executivo uma
função típica realizada pelo Judiciário em sede de 2º grau (atua
como se tribunal fosse).
Estrutura criada na década de 90 em decorrência da abertura da
economia.
Assim, este órgão julgador foi criado para ter uma conformação
mais técnica e menos políticas em relação às estruturas de
mercado.
Pela conformação da Lei 8.884/94, o CADE era exclusivamente
um tribunal.
SDE: Secretaria de Direito Econômico.
Foi criada com a Lei 8.884/94 e estava vinculada ao
Ministério da Justiça.
Detinha a competência de exercer a fiscalização, instrução
e monitoramento dos processos.
Era uma mera secretaria sem personalidade jurídica
própria. Deste modo, para não se permitir a influência do
Ministro da Justiça estabelecia que qualquer recursos
oponível de decisão da SDE não irá para o Ministro da
Justiça, mas sim, para o CADE.
Deixa de existir e incorpora o CADE.
SEAE: Secretaria de Acompanhamento Econômico.
Foi criada com a Lei 8.884/94.
Estava vinculado ao Ministério da Fazenda.
É uma secretaria de instrução, ou seja, detinha o papel de
opinar acerca do processos administrativos instaurados de
forma a realizar a sua intervenção técnica (bastante
utilizado nos casos de atos de concentração).
Membro do Ministério Público Federal:
Detém um assento no plenário do CADE, que é exercida
pelo Procurador Regional da República (devido à matéria
ser de direito difuso).
Atua nos processos administrativos como custus legis
(emite parecer para expor o interesse institucional) para
atuar de acordo com os interesses da sociedade.
Procuradoria Federal do Estado-CADE:
É exercida pode por membros da AGU.
Detém a função de praticar atos de consultoria, assessoria
e representação.
Realiza uma análise de legalidade.
Emite um parecer em favor do direito econômico.
Aula 23 (22/05)
Lei 8.884/94.
o SDE: exercia função de fiscalização e monitoramento dos processos
administrativos.
Foi extinta com a Lei 12.529 para se tornar a Superintendência
Geral!
Era composta por dois departamentos: DPDC e DPDE (Art. 17 da
Lei 8.884/94 - elaborava pareceres e estudos sobre determinados
setores).
o SEAE: detém a função de instruir o processo administrativo voltado para
emitir o seu parecer, ou seja, sua opinião acerca da análise de
concentração.
Com a Lei 12.529 passou a ter novas atribuições, entre elas, sua
principal competência é exercer a advocacia da concorrência
(defesa da concorrência em mercados regulados). Será o órgão
responsável por verificar se não estão criando empecilhos a um
incremento da concorrência.
Não tem mais a função de instruir o processo, mas sim, participa
da defesa efetiva dos valores concorrenciais nos setores regulares.
Ex: CADE e Banco Central.
Previsão Legal: Art. 19 da Lei 12.529/11.
o CADE: apresentava uma função meramente judicante (exercia o ofício
judicante).
Não exercia a função de instrução! A análise do processo
administrativo realizado pelos seus conselheiros dependia da
instrução realizada pelo SDE.
O parecer emitido pelo SEAE é vinculante? Não, pois
aquele que exerce o ofício judicante é quem tem
competência para julgar da melhor maneira possível.
Entretanto, este julgamento deverá estar pautado sempre
com as melhores informações possíveis.
Criou-se Departamento de Estudos Econômicos (Art. 17).
Realiza a investigação e a instrução do processo.
Há um Tribunal Administrativo para se prestigiar a atuação
colegiada das decisões.
Avocação do processo: chama uma competência para si.
É uma consequência pela adoção do sistema de check and
balance.
o MPF: atua como custus legis.
Não houve alteração com a nova lei.
o AGU: pratica atos de consultoria, assessoria e representação.
Não houve alteração com a nova lei.
Aula 24 (28/05)
Aula 25 (29/05)
Aula 26 (05/06)
Mercado Relevante
Aula 27 (11/06)