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Karath and Inclusion: a Case Study of a Child Down Within the Autism
Spectrum
DOI:10.34117/bjdv6n9-272
RESUMO
Nos últimos anos ocorreu o aumento no número de crianças diagnosticadas com Síndrome de
Down (SD) portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA), esse diagnóstico não é simples,
em virtude dessas crianças já possuírem uma dificuldade de aprendizagem, muitas vezes ele é
esquecido de ser realizado. Por famílias pensarem que as crianças devem ser sociáveis, ignorando
o TEA, pode-se estar perdendo oportunidades que beneficiariam o desenvolvimento delas, como
tratamentos e serviços direcionados. O estudo tem por objetivo analisar o desenvolvimento social
de uma criança com SD-TEA, por meio do convívio com outras crianças sem deficiência, em uma
turma de Karatê em Belém/PA, não ignorando a importância da formação do professor e apoio dos
pais no processo de ensino- aprendizagem do aluno em questão. A pesquisa é de campo, sendo
assim, um estudo de caso baseado em uma metodologia de pesquisa qualitativa, dividindo-se dois
momentos: a) observação dos pesquisadores às aulas de Karatê de uma turma de alunos com e sem
deficiência, na qual o aluno SD-TEA faz parte, ao longo de cinco meses. b) aplicação de entrevista
narrativa com a mãe e com o professor do aluno. Foram assinados pelos entrevistados o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido para o desenvolvimento das entrevistas. No decorrer da
pesquisa, podemos constatar a deficiência no processo de formação do professor e ressaltar a
importância da família no processo de desenvolvimento e inclusão social. Portanto, percebe-se que
não há muitos estudos no que diz respeito ao ensino de lutas para crianças com SD- TEA,
destacando assim a importância deste tipo de produção, evidenciando a importância do debate
sobre inclusão, tendo em vista que esse assunto ainda é muito inviabilizados devido ao preconceito
existente. Na própria formação do professor de Educação Física (EF), é inegável o baixo número
de disciplinas relacionadas à inclusão. Logo, faz-se necessário destacar a importância de incluir
essas crianças no meio comum, pois a convivência com as demais crianças pode alavancar a
socialização, a partir da promoção de aprendizagens diversificada, assim como indicar benefícios
para a sua família.
ABSTRACT
In recent years, there has been an increase in the number of Down’s Syndrome’s (DS) children
diagnosed with Autism Spectrum Disorder (ASD), this diagnosis is not simple, because these
children already have a learning disabilities, it is often forgotten to be done. Because families think
that children should be sociable, ignoring ASD, they may be missing out on opportunities that would
benefit for their development, such as targeted treatments and services. (HOWLIN et al, 1995).
1 INTRODUÇÃO
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) recebeu pela primeira vez essa nomenclatura
através do psiquiatra suíço Plouller (1906), que estudava o processo de pensamentos de pacientes
com esquizofrenia, porém as primeiras descrições do autismo como, se vê hoje, surgiram em 1943
com as publicações de Kanner¹. Dessa forma, entende-se que o TEA é resultante de um desequilíbrio
no desenvolvimento do sistema nervoso, o que gera um distúrbio neurofisiológico que abala o
funcionamento do cérebro em áreas diferentes, tendo suas causas ainda desconhecidas.
O conjunto de sinais e sintomas do TEA pode ser observado desde os primeiros anos de vida,
especificamente aos três anos de idade,no qual é possível obter um diagnóstico mais preciso.Assim,
torna-se mais fácil identificar o grau de comprometimento do transtorno e comprovar que as
características acompanharão a pessoa com TEA, independentemente se haverá ou não intervenção
no trato. Podemos destacar também a facilidade que uma pessoa com autismo tem em originar outros
problemas de saúde ou diferentes patologias. O diagnóstico pré-natal do TEA não é possível, pois
não há manifestação de nenhum traço físico ou característica específica que possa ser acusada por
meio de exames. A inquietude da criança nas primeiras interações sociais pode facilitar o
reconhecimento desse transtorno, o qual pode ser atestado antes mesmo do primeiro ano de idade
se o grau de comprometimento for alto.
1
Karatê, Ballet, Música e Ramo Lobinho.
2
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. CAPÍTULO V, da Educação Especial. Art. 58º; Art. 59º; Art. 60º.
3
Elaborada na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, em Jomtien/Tailândia, 1990. Fornece definições e
novas abordagens sobre as necessidades básicas de aprendizagem, buscando firmar compromissos mundiais que
garantam a todas as pessoas conhecimentos básicos e necessários a uma vida digna.
4
Adotada pela Conferência Mundial em Educação Especial, em Salamanca (1994), objetiva informar sobre políticas e
ações governamentais de organizações internacionais ou agências de auxílio, organizações não governamentais e outras
instituições, na introdução da Declaração de Salamanca sobre princípios, Política e prática em Educação Especial .
5
Crianças com problemas sensoriais, físicos, intelectuais e/ou emocionais e com dificuldades de aprendizagem,
derivadas de fatores orgânicos e/ou ambientais.
5 METODOLOGIA
O presente estudo é de Campo. O estudo de caso (GIL, 2008) explora situações da vida real,
preserva o caráter unitário do sujeito estudado e descreve o contexto em que está sendo feita a
investigação, que se deu em dois momentos:
a) observação dos pesquisadores às aulas de Karatê de uma turma de alunos com e sem necessidades,
na qual o aluno SD-TEA faz parte, que se deu ao longo de cinco meses.
b) aplicação de entrevista narrativa com a mãe e com o professor do aluno. Ressaltamos ainda, que
foram assinados pelos entrevistados o “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” (TCLE) para
o desenvolvimento das entrevistas.
6
A maior afinidade com o tio se dá pelo convívio familiar diário e pela baixa idade do tio, que muitas vezes no ambiente
familiar é o seu parceiro nas brincadeiras.
7 CONCLUSÃO
Dessa forma, concluímos que ainda é muito fraca a produção de estudos sobre o ensino de
lutas para crianças com síndrome de Down e Transtorno do Espectro Autista, ressaltando a
importância do debate no âmbito da inclusão e evidenciando que a temática ainda é inviabilizada
pelo preconceito. Comprovado isso, a partir do que foi exposto sobre a formação do professor,
entende-se que na graduação há um baixo número de disciplinas voltadas para o trato da inclusão.
7
Projeto desenvolvido pela escola Mundo Encantado, situada em Belém/PA, com o objetivo de incluir os alunos e
moradores do bairro do Guamá na sociedade, a partir da prática de Karatê, Ballet e Música.
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