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A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA NO TRABALHO

NA ÁREA ELETROELETRÔNICA

 Lorhanny de Sousa Benvindo 1, Luiz Felipe Nascimento Lima , Nadson dos Santos
1

Silva , Steffany Shaiane dos Santos Silva , Antonio Sena dos Santos Filho
1 1 2

Curso Técnico em Eletroeletrônica, Instituto Estadual de Educação, Ciência e


1

Tecnologia do Maranhão - IEMA, UP Matões, CEP - 65645-000, Matões, MA, Brasil 


Professor (a) Orientador (a), Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do
2

Maranhão - IEMA, UP Matões  CEP - 65645-000, Matões, MA, Brasil


E-mail: iemajardel@gmail.com

RESUMO
Este artigo tem como objetivo conscientizar e propor mais conhecimento sobre
os perigos e os riscos de acidentes na área da Eletroeletrônica. Sendo aplicado um
recurso chamado DDS. O DDS significa Diálogo Diário de Segurança, e tem como
objetivo esclarecer para os operários sobre a prevenção de acidentes de trabalho. Ele
estabelece as melhores práticas para trabalhar com segurança. Essa prática é uma
reunião diária com a equipe de trabalho onde nela o mediador irá instruir os
funcionários sobre os riscos de acidentes e as formas de prevenção a fim de minimizar
possíveis acidentes no âmbito de trabalho. Ele dura em média entre cinco e quinze
minutos e é ministrado por um técnico de segurança, engenheiro de segurança ou  um
profissional da SESMT ou da CIPA
           
 
 
 
 
 
 
  1 INTRODUÇÃO

O presente artigo, pretende-se apresentar informações sobre o tema “DDS-


diálogo diário de segurança na área de eletroeletrônica”, nele serão apresentados
definições e exemplos os conceitos, aplicações e normas técnicas.

A abordagem integrada das questões de segurança do trabalho, ambiente e


cultura representa na atualidade um grande desafio para melhorar os ambientes de
trabalho e reduzir acidentes. Por outro lado, um sistema de produção, qualquer que seja
ele, não é sustentável quando o ambiente em que os trabalhadores exercem suas
atividades não é seguro e saudável, cause mortes, mutilações e doenças da força de
trabalho (GONÇALVES FILHO, ANDRADE, MARINHO, 2011).
As atividades profissionais apresentam riscos intrínsecos. Por isso é tão
importante promover um estudo de cada uma delas e determinar o que é necessário para
garantir a segurança dos trabalhadores de maneira efetiva. Através dessa rigorosa
avaliação, o Departamento Técnico da empresa identifica todos os riscos possíveis e
estabelece os procedimentos necessários para neutralizá-los. A partir desse mapeamento
do ambiente de trabalho, primeiramente são implementados os EPCs (Equipamentos de
Proteção Coletiva), que estende a proteção a todos aqueles que frequentam o local. Se
somente os EPCs não são suficientes para garantir a segurança de todos os
trabalhadores, e ainda existirem riscos específicos, é preciso implementar também o uso
de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), adequados a cada necessidade e em
conformidade com a Norma Regulamentadora 6 ( PROTENGE, 2019).
Em 1978 o Ministério do trabalho criou a NR 10, norma regulamentadora
que tem o objetivo de estabelecer medidas preventivas que visam assegurar a proteção
de trabalhadores na elaboração  de um projeto de instalação elétrica, manutenção,
operação, além de medidas coletivas e individuais de segurança. Pode ser aplicada para
todas as empresas públicas, privadas ou qualquer outro estabelecimento que contrate
funcionários que desenvolvam atividades na área elétrica. Essa norma deve ser
executada para qualquer tipo de atividade exercida com eletricidade, até mesmo quando
os profissionais estão trabalhando com eletricidades de baixa tensão. Neste aspecto é
importante compreender que não devem ser descartadas as medidas de prevenção
coletivas e individuais.  
O serviço com  instalações e equipamentos elétricos expõe o trabalhador aos
riscos de queimaduras, paralisia muscular ou até mesmo a morte em acidentes nos quais
a corrente elétrica passa através do corpo. A corrente elétrica somente pode se deslocar
quando existe um circuito completo. O choque elétrico ocorre quando o corpo da pessoa
toca um fio de um circuito energizado ou alguma parte metálica de um mecanismo
elétrico que possa ter sido energizada. A natureza da corrente elétrica é diversa e por
isso também os efeitos da corrente elétrica no organismo podem ser vários, a depender
da taxa do fluxo através do corpo, o percurso da corrente elétrica através do corpo,
tempo de duração (o tempo que o corpo foi parte do circuito), área do contato,
frequência da corrente elétrica, condições da pele, condições físicas e condições de
saúde de quem sofre o choque elétrico.
 

2 METODOLOGIA
Nosso trabalho é baseado em uma revisão biográfica onde nós iremos usar as
normas regulamentadoras, que são feitas justamente para regulamentar a questão de
acidentes e métodos  que são utilizados para sua prevenção. Usaremos dados que foram
tirados de associações e órgãos destinados ao controle de acidentes por eletricidade.
Com base nesses materiais analisaremos tabelas e gráficos que mostram os índices de
morte causadas por choques elétricos, as regiões que mais acontecem os acidentes e as
profissões que têm mais vítimas. Além disso, pretende-se conscientizar a população
acerca dos riscos de acidentes com choque elétrico,  no âmbito do trabalho ou em casa.
Esse artigo também dá ênfase ao diálogo diário de segurança que mostra a
importância de informar aos trabalhadores os riscos na execução do trabalho, pois os
acidentes no ambiente de trabalho vem crescendo gradativamente. O DDS é uma das
medidas mais simples de se realizar, pois é feita diariamente entre os responsáveis e os
funcionários que através do diálogo faz com que eles enxerguem os riscos e evitem
acidentes. Alguns dos principais temas que são abordados nesses diálogos são: APR-
Análise Preliminar de Risco, EPI- Equipamento de Proteção Individual, EPC-
Equipamento de Proteção Coletiva, primeiros socorros.           
          
   3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

              Fonte: Adaptado de ABRACOPEL, 2021

O gráfico acima mostra a quantidade de acidentes com mortes causados por


origem elétrica, nele percebemos que esses acidentes ainda são bastantes frequentes
apesar da adoção do diálogo diário de segurança nas empresas. Exemplos de motivos
desses acidentes são a falta de comunicação, pois é importante que os colaboradores
conversem entre si, principalmente quando estão trabalhando com máquinas e
equipamentos que contenham eletricidade, pois isso evita choque fraco ou de alta
intensidade. Não seguir os procedimentos corretamente também causa esses acidentes,
pois a partir do momento em que o profissional deixa de seguir os procedimentos abre
margem para acidentes no trabalho.

Além disso existe a SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de


Segurança e em Medicina no Trabalho), onde seu objetivo é garantir um ambiente de
trabalho mais seguros aos colaboradores, além de prevenir doenças no ambiente
profissional. A SESMT é composta por profissionais de nível técnico e superior, que
tenham especialização em saúde e segurança do trabalho, e tem a finalidade de
promover a saúde e proteger a integridade física dos trabalhadores.

Criado em 28 de novembro de 2018 a NR-4 estabelece e obriga as empresas a


contratar profissionais da área de saúde e segurança do trabalho, eles são responsáveis
pela elaboração, planejamento e aplicação dos conhecimentos no ambiente de trabalho,
visando garantir a saúde física e a integridade dos seus trabalhadores. Assim a NR-4
tem a finalidade de reduzir acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais. Faz parte
das atividades do SESMT, definida pela NR-4, a análise de riscos e a orientação dos
trabalhadores quanto ao uso dos equipamentos de proteção individual, assim como
registro adequado de eventuais acidentes no trabalho.

Fonte: adaptado de GERÊNCIA DE RISCO,  EPUSP, 2015.

Esses resultados indicam a necessidade de se priorizar medidas de controle de


pequenos eventos e acidentes que não resultem em danos materiais ou pessoais para
assim eliminar a ocorrência de acidentes reais, ou seja, atacar o problema na base da
pirâmide permite eliminar as consequências superiores. Assim, as empresas devem
focar não apenas na eliminação dos acidentes com danos, mas também dos quase-
acidentes através de métodos que possibilitem a sua detecção e análise, e dessa forma
obter meios para aplicar medidas de controle (SILVA,2017).

Uma das formas de prevenir esses incidentes é as empresas adotarem o uso do


DDS- Diálogo Diário de Segurança, para que assim não venha ocorrer acidentes no
âmbito de trabalho e também para se ter um ambiente de trabalho mais seguro. 

A CIPA- Comissão Interna de prevenção de Acidentes tem o objetivo de


prevenir esses acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, busca prevenir a saúde dos
trabalhadores e preservar a vida dos mesmos.
A formação da CIPA é obrigatória nos locais de trabalho, seja qual for o ramo
de atividade, sendo este com ou sem fins lucrativos, desde que tenham o mínimo legal
de 20 empregados regidos pelo regime de CLT. Representantes do empregador e
representantes dos empregados são os membros que compõem a CIPA, sendo os
representantes do empregador designados pelo próprio, enquanto os dos empregados
eleitos em votação secreta sendo elegível qualquer funcionário da
empresa(SILVA,2017).

O número de empregados que irão compor a CIPA depende do ramo de


atividade e do número de empregados da empresa. A partir desses dados, um quadro
presente na norma irá dispor do dimensionamento da CIPA.

O mandato dos membros titulares da CIPA é de um ano. Estes membros são


dotados de estabilidade empregatícia, não podendo sofrer demissão que não se
fundamenta em motivo disciplinar, técnico ou econômico, sendo essa garantia estendida
por um ano após o término do mandato. 

PCMSO- Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional busca evitar


acidentes de trabalho, é uma importante ferramenta para a preservação da saúde dos
trabalhadores da empresa.

O PCMSO é um programa de caráter preventivo que deve ser obrigatoriamente


implementado por qualquer empresa, independente do grau de risco das atividades
exercidas ou do número de empregados que a compõem. Trata-se de um documento
elaborado por um Médico do Trabalho que especifica procedimentos e condutas a serem
adotados pelas empresas em função dos riscos ambientais a que os trabalhadores estão
expostos ao cumprir suas tarefas. É uma ferramenta que aliada ao PPRA busca detectar
precocemente, prevenir, monitorar e controlar possíveis agentes danosos à saúde dos
empregados(SILVA,2017).

De acordo com os subitens 7.2.3 e 7.2.4 da NR-7 (BRASIL, 2013, p. 1)

O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce


dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da
constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à
saúde dos trabalhadores.

O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos
trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR. 
 

prolifeengenharia,Prolife, 2018

Paralelo ao PCMSO temos o PPRA- Programa de prevenção de Riscos


Ambientais, que visa prevenir a segurança e a integridade dos trabalhadores. A PPR a
tem o objetivo de criar medidas que visam reduzir, controlar ou eliminar riscos em favor
da integridade física e mental dos trabalhadores. na imagem acima observamos a
diferença entre os dois.

prolifeengenharia,Prolife, 2018

PDST- Planejamento Diário de Segurança do Trabalho, que permite a


execução do trabalho de uma forma segura, evitando assim colocar a vida de alguém em
risco.

A elaboração do PDST é um trabalho conjunto entre o Engenheiro de


Segurança responsável pela SESMT e os trabalhadores de campo através de seus líderes
de equipe e da CIPA(SILVA,2017)

São sete passos que devem ser seguidos para a análise de riscos podendo esses
serem feitos por locais de trabalho (unidades funcionais) ou por atividade: 

 1. Identificar os perigos e riscos encontrados nas condições físicas do local de


trabalho; 
 2. Determinar a Quantificação das Consequências para cada risco; 
 3. Identificar as barreiras de controle para cada risco; 
 4. Avaliar a eficácia das barreiras de controle;
 5. Determinar a Quantificação das Barreiras Múltiplas; 
 6. Determinar o Nível de Risco; 
 7. Definir recomendações para reduzir o Nível de Risco. 

As ferramentas PDST e DDS são executadas ao mesmo tempo no canteiro de obras. 

Essas ferramentas são os procedimentos finais de segurança utilizados em


momento imediatamente anterior à realização das tarefas propostas no dia(SILVA,2017)

Apesar de serem os procedimentos imediatos à execução do trabalho, elas não


são as únicas ferramentas aplicadas aos trabalhadores. Anteriormente à execução dessas
ferramentas, outro procedimento de segurança deve ser observado pelos empregados,
este procedimento se chama “Integração”(SILVA,2017)

A Integração é um procedimento de segurança obrigatório a qualquer


colaborador, contratado, subcontratado ou público em geral que circulará pelo ambiente
da obra ou exercerá alguma função(SILVA,2017).

Este procedimento de campo na execução do DDS e PDST não possui limite


de tempo, desde que seja realizado com dedicação e seriedade, porém, costuma ser
executado em aproximadamente 15 a 20 minutos. 

Após a leitura e discussão dos DDS e PDST, os trabalhadores devem assinar


um termo anexado aos documentos onde declararam a presença na execução das
ferramentas, e a ciência dos perigos e riscos atribuídos às atividades que desempenharão
no dia(SILVA,2017)

 4 CONCLUSÃO

Visto isso podemos concluir que o presente trabalho teve como objetivo
conscientizar as pessoas acerca da importância do DDS e da importância da
comunicação entre empresa e colaboradores sobre riscos de acidentes, aumentando
assim a prevenção no local de trabalho. foram visto tabelas sobre acidentes nos últimos
anos causados por choque elétrico. Vimos a importância de outros recursos da área de
segurança como a CIPA, SESMT, PDST, PPRA, PCMSO. Vimos também a
importância da utilização dos Equipamentos de Proteção Individual- EPI e dos
Equipamentos de Proteção Coletiva. Vimos também o quanto a comunicação é
importante no ambiente de trabalho e como ela evita acidentes ou quase acidentes.
Vimos sobre a importância da NR-10 e da NR-4.

De meia páginas ou 1 páginas para essa parte.

         

AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus por ter nos dado sabedoria, saúde e
também todos que participaram, direta ou indiretamente do desenvolvimento deste
trabalho de pesquisa, enriquecendo o meu processo de aprendizado e nos guiando até
aqui. Segundamente, agradecemos ao professor Antonio Sena por ter nos auxiliado e
por toda a paciência. Agradecemos também a escola por ter nos disponibilizado
materiais para que pudéssemos fazer esse artigo. Aos meus colegas de turma, por
compartilharem comigo tantos momentos de descobertas e aprendizado e por todo o
companheirismo ao longo deste percurso.

REFERÊNCIAS
Coloque aqui as referências do trabalho. Exemplo:
INPA. Regulamento técnico referente ao padrão de identidade e qualidade para o 
palmito em conserva. Resolução nº 362 de 29 de julho de 1999. Disponível em: < 
https://www.inpa.gov.br/pupunha/legislacao/resolucao362.html>

Gonçalves Filho, A. P.; Andrade.  J.  C. S.; Marinho, M. M. de O.Cultura e gestão de 
segurança no trabalho: uma proposta de modelo. Gest. Prod., São Carlos, v. 18, n. 1, p. 
205-220, 2011. 
Protenge Epi Com Engenharia; EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), 2019. 
Acessado, em 21/10/21. Disponível em: <https://protenge.com.br/>

SILVA. P. H. S. N. B. Relevância do diálogo diário de segurança (DDS) e planejamento 


diário de segurança (PDST) na prevenção de acidentes de obra, Porto Alegre, 2017.

Prolife Engenharia;PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, como o 


PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional, 2018.Disponível em: 
<prolifeengenharia.com.br> 

ABRACOPEL. Anuário Estatístico ABRACOPEL de Acidentes de


Origem Elétrica 2021. Disponível em:<https://keepee.com.br/anuario-
estatistico-abracopel-de-acidentes-de-origem-eletrica-2021/>

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