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Direção para Viver Cristãmente
Direção para Viver Cristãmente
PARA
VIVER CHRISTÃMENTE.
PELO
BARNABITA
S. PAULO
T Y P OG RA PH IA SALESIANA
1905 »
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lNOvrçOÜUCÇÃO
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— 6 -
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PI^ E B AÇÃO DO JT^AD UCTO P
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— 14 —
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^ E E A Ç Õ E j^ COM D EUj^
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— 1G —
ohação
DA MEDITAÇÃO
1 — A m editação esclarece e
conforta nossa alma. David dizia
de si m e s m o : « A m editação a-
queceti m eu coração, e accendeu
n ’elle o fogo d a ca ridade. »
2 — M editae todos os dias uma
meia hora, a não ser que vol-o
impedida um a occupação ou uma
indisposição extraordinaria.
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3 — D isponde da tarde para a
noite, ou ao m enos antes de prin-
cipiardes, o assum pto da vossa
m editação. O espirito então ap-
plicar-se-ha com mais facilidade
a essa matéria já preparada.
4 — Meditae, ordinariam ente,
sobre assum ptos que despertem
em vós a confiança e o am or de
Deus. O s assum ptos que inspiram
terror são raras vezes de van
tagem para vosso espirito. A vós
se pode applicar o que S. F ran
cisco de Salles escreveu a uma
d a m a : Prohibo-vos que m ed iteis
n a m orte, no ju iz o e no in fern o .
E stes a ssu m p to s de tem or s a lu ta r
são excellent.es; m a s não p a r a
vossa a lm a que j á está m u ito
tím id a . »
5 — N ão abraceis, para meditar,
matéria m uito ex ten sa; esta seja
curta e precisa. Segui este co n
selho dos mais- d o utos entre os
Padres espirituaes: na m editação
deveis entreter-vos mais nos af-
fectos do coração, que nas consi
derações do espirito; porque a
consideração é o meio, e o affecto
é o fim a que aspiram os.
õ — E ’ de vantagem , tam bem ,
entregarm o-nos á oração com re
colhim ento e paz, sem inquieta
ções nem receio excessivo de d is
tracções.
A distracção involuntária faz-
nos adquirir d ous m erecim entos:
um de penitencia, porque é um
penoso soffrim ento d ’espirito o não
nos poderm os considerar recolhi
dos diante de D eus ; p or isso San-
cta Thereza d iz ia : « S i não faço
oração, faço p en iten cia. » 0 outro
merecim ento é o da própria oração;
porque Deus recom pensa o desejo
tanto com o a obra, q uando o cum
— 22 — ‘ ;
□
multiplicidade das resoluçãoes em
baraça a alm a e não a torna
m elhor.
O rdinariam ente aquelle que pro-
m ette m uito, dá pouco.
9 — Sancta Thereza quer que
durante a oração tom em os uma
posição com m oda, para que o espi
rito não seja distrahido da attenção
que devem os prestar á oração na
presença de Deus. N ãovoscanceis,
pois, conservando-vos por muito
tem po de joelhos.
Basta que o vosso espirito se
hum ilhe diante de Deus, com o
respeito, a confiança e o am or
que lhe são devidos.
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— 24 —
DA MISSA
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em conta das esm olas que deve
m os dar segundo o nosso estado
e bens.
DA CONFISSÃO, COMMUNHÃO E
LEITURA ESPIRITUAL
SANTOS
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2 — Devem os, pois, sanctifical-
os por um grande num ero d ’obras
de piedade : a missa, os sacra
m entos, a oração, a assistência aos
serm ões, as sanctas leituras.
3 — M as não devem os, comtu-
do, fatigar o corpo e opprimir
o espirito pelo excesso das p ra
ticas de devoçãò. Aqui tem logar
o que dissem os fallando da oração.
4 — Devem os tam bem lembrar-
nos de que uma visita de cere-
monia, um passeio recreativo, um
divertim ento razoavel (tudo cou-
sas na ordem da Providencia) p o
dem ser offerecidas a Deus e ser
vir assim para santificar os dias
sanctos. Da m esma sorte, as outras
acções reclam adas pelo sustento
da vida, o comer, o repouso, o
som no, não se oppõem tão pouco
ao que exige nos dias sanctos a
sanctidade do christão.
5 — Eu faço estas observações
para consolar as almas que se
inquietam sem motivo a respeito
da sanctificação dos dias sanctos,
e parecem seguir antes as supers
tições pharisaicas do antigo sab-
bado do que a sancta liberdade
d ’espirito que nos deu Jesus Chris-
to no seu Evangelho. Q ue essas
pessoas evitem os ex tre m o s: uma
dissipação, ou um a oração exces
siva.
ó 1— Se as circum stancias vos
não permittem assistir ás intru-
cções religiosas, lêde todos os dias
santos algum as paginas sobre a
doutrina christã, para não esque-
cerdes os ensinos da nossa sancta
religião.
7 — Se num dia sancto acon
tecer que devais viajar ou entre
gar-vos a outra occupação que
não seria da vossa escolha, mas
que vos sobreveio cTiínproviso, não
vos inquieteis com não poderdes
desem penhar com m odam ente os
vossos ex ercid o s habituaes de pie
dade. Recorrei então ás orações
jaculatorias, as quaes com o já dis
sem os, substituem todas as outras
orações.
8 — O bservae, emfim, que as
pessoas obrigadas a ficar em casa,
a ter conta em crianças a assis
tir a doentes, podem sanctificar
um dia sancto p or um a só m issa :
porque estão occupadas em obras
de justiça e de caridade. N ’estes
casos, a occupação, que é sancta,
vale o m esm o que uma longa
oração.
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- 43 -
\l
rjEL-A Ç Õ K j^ COM O P I^ O X lM O
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COM QUE AMOU DEVEMOS AMAR
O PROXJMO
1 — E’ necessário am ar o pro-
ximo, porque foi creado por Deus
e destinado a p ossuil-o; de m odo
que o am or de Deus e o do pro-
ximo são, na phrase de S. Gre-
gorio o G rande, com o dous ram os
que procedem do m esm o tronco e
teem a m esma raiz.
2 — Devem os pois evitar em
n osso coração duas especies de
am or s o rd id o : o am or interesseiro
e o am or s e n s u a l; am bos tão op-
p o stos ao verdadeiro am or do pro-
xiino, com o a virtude o é ao pec
cado e a sagrada Sião á infame
Babylonia.
3 — E ’ preciso evitar o am or
sensivel, que é aquelle com que
— 45 —
I
deve ser constante; u n iv e r s a l e
fjficaz.
i .9 - 0 am or deve ser co nstan
te, porque o fim para que am a
mos é constante. Si o proxim o
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— 48 - T
i
zejo que cáe egualm ente sobre ás
-osas e sobre os espinhos ; sobre
-»s palacios dos ricos, com o sobre
a hum ilde cabana dos pobres. Se
da fé excluirm os um só artigo,
deixa de ser verdadeira f é ; o
m esm o acontece á caridade fra
ternal, se d ’ ella excluirm os uma
só pessoa.
12 — Este am or, porém , ainda
ju e universal, admitte, em quanto
aos seus gráus, m aior ou m enor
intensidade, segundo as affeições
dictadas pela natureza, pela gra
tidão e outros m otivos honestos.
E' por isso, diz S. Thom az, que
t>s laços do sangue, e os que e-
xistem entre os indivíduos de um
mesmo paiz, que receberam a m es
ma educação, e q u e te e m inclina
ções similhantes, tornam mais for
te para com certas pessoas o amor,
cujo principio procede de Deus e
D irecção esp iritu al 4
n ’elle a c a b a ; e seg u ndo essas re
lações estimam-se e am am -se mais
os parentes, os bemfeitores, as
pessoas sabias e virtuosas, iTuma
p a lv r a , aquelles que estão mais
proxim os a nós ou a Deus.
13 — Finalm ente o am or do
proxim o deve ser efficaz, isto é,
deve soccorrer quanto pode o nos
so proxim o em suas necessidades.
O fogo (jne não q u e im a , diz São
G rcgorio, não é fo g o ; do m esm o
m odo é o a m o r: se elle não opéra
e não faz bem, quando pode, ao
proxim o necessitado, deixa de ser
am or.
14 - Não devem os recusar os
testem unhos com m uns da civili
dade e da caridade nem aos nossos
inim igos nem aos que nos offen-
deram; antes devem os estar prom -
ptos a soccorrel-os de uma m a
neira especial, q uando precisarem .
— 51 —
no s JUJZOS T E MERÁR I OS
E DAS SUSPEITAS
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I)A M A L E D I O E N U i A E D A S P A L A V R A S
INJURIOSAS
1 — Ha muitas escólas no
m undò onde se ensina a fallar
bem ; não ha porém nehum a o n
de se ensine a calar-se bem, a
não ser a de Jesus Christo. Se
n ’esta escóla apprendeis a calar-
vos, apprendereis tambem a fallar
bem, isto é, a fallar segundo a
caridade para com o proximo, e
portanto evitar primeiro que tu
do a murmuração.
2 — A murmuração consiste :
1. em attribuir ao proximo o
mal que n ’elle não ex is te ; 2. em
exaggerar o mal que elle commet-
t e u , 3. em manifestar o mal que
é occulto, sem motivo algum de
necessidade ou de utilidade; 4.
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em interpretar o bem maliciosa
mente ; 5. em negar, occultar ou
diminuir o louvor que o proximo
merece.
3 — Acostumae-vos a não fal
ar do procedimento dos outros
nas cousas que vos não dizem res
peito. Tem os muito que fazer em
nós m esmo e no nosso interior,
sem que nos seja preciso impor
tar-nos com o que diz respeito
aos outros. E’ isto um excellente
remedio contra a maledicência.
4 — Q uando S. Pedro teve
a curiosidade de perguntar a Je
sus Christo o que aconteceria a
João, Nosso Senhor deu-lhe esta
celebre resposta: «Q uid u d te ?
tu me sequer e. — Que te im p o r
ta a ti ? Seque-m e (1).
(U S. .InÃo. cnp. 2!
— 60 —
1 E cclc. XXVII, 30
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— w —
uni, m iw d o de in u p iid n d e s — U-
iiiverxitftH iiii([u ita li.s (l): não vos
esqueçaes d ’este bello pensam en
to de S. Bazilio : Deus não pôz
aos nossos ouvidos nenhum a defe-
za, para estarmos prom ptos a ou- -
vir: deu aos olhos uma defeza
por meio das p a lp e b r a s ; quiz p o
rém que a lingua fosse defendida
por duas fortes barreiras, os lá
bios e os dentes, a fim de que so u
béssemos o grande dever que s o
bre nós pesa para que a guarde- »
mos.
14 — Entretanto, notae que a
virtude não consiste em não fal-
lar, porque então os m udos seriam
de todos os hom ens os mais vir
tu o sos; consiste sim em fallar c o
mo é necessário, isto é, nos loga-
res e circumstancias em que é con-
DA ESMOLA
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— 67 —
i
seu parocho ou director, porque
estes em razão do seu ministério
são ordinariamente os que estão
mais no caso de saber onde está
a verdadeira miséria.
17 — Lembrai-vos do gran
de conselho que dão os Sanctos:
E ’ m ister que a quelle que tem
m uito dê m u i t o ; que o que tem
pouco dê pouco; e que aquelle
que uadci tem p o ssu a ao m enos
o desejo de d a r ; pois deante de
Deus a boa vontade d ’aquelle que
dá ou deseja dar tem mais m ere
cimento que a mesmadadiva. O pe
queno obolo da viuva, de que nos
falia o Evangelho, foi mais agra-
davel a Deus que as pom posas of-
fertas feitas pelos ricos faustosos.
18 — Amae tambem a esm o
la espiritual. Um prudente conse
lho, uma virtuosa exhortação, uma
consolação salutar, uma visita a
um enfermo, a protecção dada a
uma viuva ou a um orphão, a
uma pessoa abandonada ou per
seguida, são esmolas tanto mais
meritórias deante de Deus, quanto
ordinariamente são menos brilhan
tes aos olhos dos homens.
1 — O homem collocado no
m undo não póde por si só satisfa
zer ás suas necessidades mais es-
senciaes. Precisa do auxilio dosou-
tros para viver e desenvolver-se ;
prova assás clara que o homem
é pela sua natureza destinado á
sociedade.
2 — Ha na sociedade diver
sas especies de relações, cada uma
das quaes impõe diversos deveres.
Umas são as relações geraes; ou-
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— 77 -
7 — O medico para co n h e
cer o estado d ’um doente exami
na-lhe a lingua. A mesma regra
devemos observar para conhecer
a qualidade da pessoa com quem
:emos relações. Aquelle que tiver
a lingua im munda e obscena nos
discursos, não póde ter o coração
puro nos affectos. S. Thiago diz
que a lingua d ’essas pessoas es-
;á abrazada do fogo do inferno;
e David chama-lhe sepulchro fé
tido que envenena e corrom pe
a pureza do ar que aspiramos-
Fugi d ’esses impuros falladores
com mais cuidado ainda que dos
empestados; porque a perda da
alma é mais terrivel que a do
corpo.
Procurae na conversação a-
gradar e não offender. Evitae,
pois, o caracter odioso e insup-
portavel de d o m in a d o r, de cri
tico, de chocar retro, de vaidoso
e de in co n sta n te.
D o m in a d o r é aquelle que toma
um tom imponente, e pretende
que todos se calem apenas elle
comece a fallar.
Critico é aquelle que se oc-
cupa em vir tuperar as acções dos
que estão presentes e ausentes,
e de tudo faz questão.
Chocarreiro é aquelle que pre
tende fazer rir a todos á custa
d ’um, ou que abusa da simplici
dade d ’outro.
Vaidoso é o que falia sem ces
sar no seu talento, nas suas pro
ezas imaginarias e nos seus il-
lustres antepassados.
In c o n sta n te é aquelle cujo hu
mor ou genio varia mais que os
ventos do mar; ora se mostra
alegre e prasenteiro, ora triste
e aspero. As pessoas deste tem-
— I f —
RELAÇÕES DE FAMÍLIA
1 — As relações de fatnilia
são mais importantes ainda que
as relações sociaes em geral, po r
que nos tocam mais de perto. E ’
j triste termos a mesma casa, os
mesmos interesses, e não termos
em nossos corações os mesmos
sentimentos. No entanto encon
tram-se muitas pessoas affaveis
e condescendentes em casa dos
outros; ásperos, porém, e insup-
portaveis no seio de sua familia.
2 — Evitae um defeito tão
vil. A familia, ainda a mais rica,
seria desgraçada se no seio d ’ella
não reinasse uma paz reciproca :
sem esta paz não pode haver nem
ordem domestica, nem estima dos
homens, nem benção de Deus.
3 — E ’ preciso pois em pre
gar todos os cuidados em conser
var esta paz se ella existe, ou
em alcançal-a se acaso não existe.
O s meios poderosos e seguros p a
ra alcançar tão importante fim
são o a m o r, a co m p a ixã o , a vi
g ilâ n c ia e a ordem .
4 — Amae, diz Santo A gos
tinho, e depois fazei o que qui-
zerdes no seio da vossa familia,
porque o que vos dictar o amor
será sempre uma cousa amavel.
Se amardes os outros, sereis por
- 81 -
l)ií'et‘{'õo e spiritu a l
Não vos digo que renuncieis
vosso direito, não; digo-vos so
mente que não susciteis preten-
ções arbitrarias que percam a
paz, bem tam anho que não ha
preço que o possa pagar.
7 — Fugi das pessoas que
vos contam as palavras e acções
de vossa familia, e que podem
provocar a vossa indignação e
dar logar a contendas.
Aquelle que é capaz de contar
os defeitos alheios, sem que o fa
ça por obrigação de consciência,
é tambem capaz de os inventar.
E com effeito se examinardes
com cuidado as cousas que se
vos contam, achareis que ou são
inteiramente falsas ou alteradas
a ponto de terem um aspecto
completamente differente.
8 — Muitas vezes acontece
que os criados que servem diffe-
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— 83 -
l
— 84 —
1
16 — Conservae constante e
prudentem enteestaauctoridade pa
terna e respeitável, que a natureza
e o preceito de Deus vos deram so
bre vossos filhos; informae-vos das
companhias e das casas que elles
freqüentam, dos livros que leem,
e das occupações ás quaes se en
tregam, para lhes prohibir o que
é reprehensivel e indicar-lhes o
que é conveniente e virtuoso.
17 — Administrae com ecojno-
mia os vossos bens, pois que São
Paulo diz que os paes devem
enthesourar (isto é fazer econo
mias) para seus filhos, a fim de
que estes não se vejam na neces
sidade de descer da sua posição
ou gerarchia, não pela malicia de
seus inimigos, mas pelo .desleixo
e excessivo luxo de seus paes.
18 - Não poupeis porém des-
pezas, quando se trata de dar uma
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— 95 —
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III.
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DAS OCCUPAÇÕES
DA RECREAÇÃO
^ — -
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— 110 -
DO V líS T JR
DA PERFEIÇÃO
A.
— 117 —
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— 118 —
±
DA LIBERDADE E TRANQU1LLIDADE
DE ESPÍRITO
(1) S. Jo ã o x x , 29.
— 128 —
vl) II e sc lr ., V I I , 10.
— 126 —
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— 128 —
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A P P K N D IC E
DOS ESCRUPULOS
D ir e ç ã o e s p ir itu a l 9
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}
— 130 — l
«
defeito mui perigoso. G erson diz
que m uitas vezes é mais nociva
uma consciência escrupulosa, istò
é, que se receia mais do que é pre
ciso, do que um a consciência re
laxada. 1
2 — O escrupulo obscurece a
alma, perturba a paz, produz a des
confiança; affasta dos sacram entos,
altera a saude e opprim e o espirito.
Q uantos ha que com eçaram pelo
escrupulo e acabaram pela loucura!
Q uantos ha que com eçaram pelo
escrupulo e acabaram pala licença!
E’ a observação de Santo An-
tonio, profundo theologo e m estre
da vida espiritual.
Repelli, pois, este terrivel ve-
m eno da piedade, e dizei com S.
José C upertino : « Eu não quero
em m inha casa nem escrupulos
nem tristeza.»
— 131 —
3 — O escrupulo consiste em
:er-se um receio im aginario do
peccado, não havendo m otivo al
gum de receiar. O escrupoloso
não considera as suas hesitações
e receios com o escrupulos, mas
sim com o cousas fundadas em boas
razões. Deve, pois, acreditar que
taes cousas são escrupulos, quan
do o seu director lhe affirmar que
o são.
4 — O escrupuloso não vê em
sua consciência outra cousa que
peccados, e em Deus só colera e
vingança. Deve pois m editar to
dos os dias n ’aquelle attributo que
m anifeste mais a sua m isericórdia.
Tal deve ser o objecto de seus
pensam entos, reflexões e senti
m entos.
5 — O unico rem edio para os
escrupulos é um a com pleta e fir
me obediencia. S. Francisco de
— 132 —
DA EXAGTA OBEDTENCIA
AO SEU DIRECTOR
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CUl\WAj^ A já»II\A Ç Õ Bjí
A h ! S en h o r, d esp i m in h a a l
m a de todos os vícios, e p r in
cip a lm en te d a s inclinações, que
m a is vos d esa g ra d a m .
4 — Antes de sairdes do vosso
quarto, ou pelo m enos, logo que
vos fôr possivel, ponde-vos de joe
lhos e dizei: E ste d ia talvez será
o u ltim o da v id a , que D eus me
concede p a r a a p a g a r os m eus
peccados e merecer o Céu. Ah!
S e n h o r, quero consagral-o todo
á vossa g lo ria . De m im só n a d a
posso fa z e r , m a s tudo posso em
vós e comvosco. M eu Jesus, an
tes m o rrer que to rn a r a o ffen -
der-vos.
5 — Ao enfeitar-vos e ao olhar-
vos ao espelho, dizei.- T anto c u i
d ado em prego p a r a a g ra d a r aos
h om ens, e tão pouco p a r a a g ra d a r
a D eus, que me creou com tanto
} - 130 -
DO EXAME DE CONSCIÊNCIA
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I - 143 —
MA.XIM AS
In tr o d u c ç ã o pag 5
Prefacção do traductor . .. . 7
l>irecção e s p ir itu a l \q
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— 146 —
IV. A jP p e n d ic e .....................................129
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