TEMA: Métodos e estratégias

TÍTULO: Métodos e estratégias

REFERÊNCIA: GÓIS, Cezar Wagner de Lima. Saúde comunitária: pensar e fazer. Ed. Hucitec. São Paulo. 2008

CORPO:
IDÉI CITAÇÃO DIRETA (LITERAL) CITAÇÃO INDIRETA
AS (PARÁFRASE)
a interação Interação social afetiva, a comunicação significativa, o Interação social sensível e motivada
social afetiva, a diálogo-problematizador, a vivência e a ação solidária pelo sentimento e afeto ou afeto, a
comunicação transformadora em vez de limitar-se a uma ação unidirecional comunicação significativa, o diálogo-
significativa, o diálogo- do especialista ao morador (Barros, 2007). Implica, também, problematizador, a vivência e
problematizador, a ver que a ação facilitadora é ação de pesquisa e transformação, igualmente a ação solidária
transformadora invés. limitar-se a uma
vivência e a ação a partir das próprias condições (atuais e potenciais) de vida e
ação unidirecional do expert ao
solidária desenvolvimento do morador e de sua comunidade. Daí, morador (Barros, 2007). Implica,
transformadora, compreender e estimular pedagogicamente a expressão do enxergar que a ação facilitadora é ação
potencial de desenvolvimento existente nos moradores e de investigação e constante mutação,
nas situações-problema da comunidade (pg. 141) desde as próprias condições (atuais e
potenciais) de vida e desenvolvimento
do morador e da sociedade em
conjunto. Daí, entender-se viável e
incentivar e motivar pedagogicamente a
fisionomia do potencial de avanço real
nos residentes e
nas situações-problema da sociedade
em conjunto.
análise qualitativa Entende-se, nesse caso, que não há oposição entre o
quantitativo e o qualitativo, senão momentos de um
contínuo, mesmo
sabendo que há uma tensão entre ambos nas ciências
humanas
e sociais, tanto no campo axiológico e epistemológico,
como no
campo metodológico da pesquisa e da “intervenção” (p.
142)
o método facilitar- A facilitação e a pesquisa formando um ciclo participativo e
pesquisando permanente de construção do conhecimento, do desenvolvimento
humano, da mudança social e do cuidado ambiental, que afeta,
simultaneamente, morador e profissional de saúde. A ênfase é o
olhar juntos, o compreender juntos e o transformar juntos. A
facilitação é, obviamente, participante e gera pesquisa que, por
sua vez, é também participante e, como fonte de saber, pressiona
por mudança. Mais adiante, descreveremos algumas
metodologias qualitativas. (p.142)
Entende-se, nesse caso, que inexiste
oposição com relação ao quantitativo e
o qualitativo, senão instantes de
frequente e constante, mesmo sabendo
que há uma tensão incluindo-se nas
disciplinas humanas e sociais, tanto no
campo axiológico e epistemológico,
como no campo metodológico da
investigação e da “intervenção” (p.
142)
A facilitação e igualmente a
investigação constituindo um ciclo
participativo e contínua de edificação
do conhecimento, do desenvolvimento
humano, da mudança social e do
cuidado ambiental, que prejudica, e ao
mesmo tempo, morador e profissional
de saúde. A ênfase é o enxergar ao
lado, o entender-se ao lado e o
transformar ao lado. A facilitação é,
obviamente, participante e gera
investigação que, por sua vez, é
participante e, depois disso, como bases
de saber, intimida por mudança. Mais
prossigam, descreveremos outras
metodologias qualitativas. (p.142)
prática democrática de
construção do conhecimento
crítico, do
desenvolvimento humano, da
mudança social e do cuidado
ambiental.
Ponto de partida a realidade
local de problemas e contituir
metodo participativo
facilitar a educação e o
fortalecimento da ação
coletiva, a presença do poder
comunitário nas políticas
públicas
ação que favorece a conscientização tanto do morador como
do próprio facilitador, e mais o compromisso social desse. A
facilitação é de mão dupla, sem imposição do especialista
sobre o morador. Facilitar é priorizar o processo, o encontro
dialógico e afetivo para conhecer e agir, nesse caso, para a
construção da saúde pela via da aprendizagem
conscientizadora e da ação solidária organizada e
transformadora (p. 143)
realidade periférica de cortiço e senzala, na perspectiva de
um indivíduo que é histórico e socialmente oprimido e
explorado, porém, potencialmente capaz de agir
coletivamente em favor da mudança positiva da comunidade
em que vive e de si mesmo. O método parte da realidade
local para a definição conjunta (profissional-morador) do
problema a ser superado que, por sua vez, é objeto de
conhecimento (p.144)
a expressão do valor pessoal e do poder pessoal, e o
enfraquecimento, portanto, da identidade de oprimido e explorado
e da ideologia de submissão e resignação. Em vez de uma
identidade negada ou de uma comunidade deprimida, a construção
de uma comunidade potencializada pela presença crescente de
sujeitos comunitários, que procuram conhecer a realidade onde
vivem e atuar criticamente nela. Esse caminho de facilitação e
a prática que aperfeiçoa a
conscientizações tanto do morador
como do próprio facilitador, e
outros(as) a incumbência social desse.
A facilitação é de mão dupla, sem
imposição do expert com respeito ao
morador. Facilitar é dar urgência
(atendimento prioritário) o processo, o
encontro dialógico e sentimental para
saber do que se identifica e “proceder”,
nesse caso, à edificação da saúde pelo
com direção da aprendizagem
conscientizadora e da ação solidária
integrada e transformadora (p. 143)
realidade periférica de cortiço e
senzala, na concepção de indivíduo que
prossegue sendo conjunto histórico e
socialmente que resistiu e sofre
opressão e investigado, todavia,
eventualmente apto de “proceder”
coletivamente em favor da mudança
esperançosa da comunidade no qual
vive de si mesmo. O método parte da
realidade local à conceituação conjunta
(profissional-morador) do problema a
ser ultrapassado que, por sua vez, é
objetivo de conhecimento (p.144)
a fisionomia do valor pessoal e do
poder pessoal, e o enfraquecimento,
logo, da personalidade de que resistiu e
sofre opressão e investigado e da
ideologia de submissão e resignação.
Em vez em uma personalidade negada
ou em uma comunidade deprimida, a
edificação em uma comunidade
 pesquisa cria condição para participação dos moradores e a
mobilização da comunidade, e estimula e apóia a ação dos
movimentos comunitários com agendas
positivas em saúde, educação, trabalho, cultura, urbanização,
moradia, segurança, meio ambiente e pelo futuro do lugar.
Provoca maior aproximação e integração ativa entre os órgãos
públicos locais e a comunidade (ç.144)
ênfase aos processos a mudança social, o desenvolvimento humano e a construção
interativos, coletivos e coletiva do conhecimento como constituintes inseparáveis na ação
grupais de saúde. Significa agir coletivamente sobre a realidade da
comunidade e o movimento da identidade pessoal e social, no
próprio processo de construção comunitária
de um saber e da saúde individual e coletiva (p.145)
facilitar positivamente a evidenciá-la como interação comunitária (socioambiental), por
interação social esta
favorecer nas comunidades processos ativos de vida, libertação e
Nela não se separa o ideológico do psicológico, nem o indivíduo
da Natureza, da sociedade, de sua cultura e de seu cotidiano local.
A situação de vulnerabilidade social e risco continuamente
construída no cotidiano da comunidade e das famílias, como no do
próprio indivíduo, requer novas formas de análise da interação e
da subjetividade individual e social, como o interacionismo
dialético (arcabouço da teoria histórico-cultural da mente), a
fortalecida à presença aumentativa
destas operadores comunitários, que
buscam saber do que se identifica no a
concreticidade em que vivem e
desenvolver trabalhos criticamente
nela. Este com direção de facilitação e
investigação acaba originando
condição para participação dos
residentes e igualmente a estratégica
forma de organização da sociedade em
conjunto, e estimula e apóia a ação dos
movimentos comunitários com
agendas efetivas em saúde, educação,
trabalho, personalidade de cultura,
urbanização, moradia, segurança, meio
ambiente e pelo contexto seguinte do
lugar. Provoca maior ampla
aproximação e integração ativa com
relação aos órgãos públicos localidades
e igualmente a comunidade (ç.144)
as mudanças de cunho social, o
desenvolvimento humano e igualmente
a edificação coletiva do conhecimento
como constituintes inseparáveis na
ação de saúde. Significa “proceder”
coletivamente com respeito a
concreticidade da comunidade e o
movimento da personalidade pessoal e
social, no próprio desenvolvimento da
edificação comunitária de saber e da
saúde individual e coletiva (p.145)
evidenciá-la como relação de
interatividade comunitária
(socioambiental), por esta contribuir
com nas comunidades em conjunto
processos ativos de vida, libertação e
Nela não separa o ideológico do
psicológico, nem o indivíduo da
Natureza, da comunidade, da extensão
de cultura de sua realidade atual local.
A situação de vulnerabilidades social e
risco continuamente fundamentada em
 Psicologia Comunitária e a luta de classes, esta última vista não processos metódicos de orientação, no
como resumo atual da comunidade e das
instrumento ideológico de uma doutrina, mas como método famílias, como no do próprio
científico de análise social, extraído da realidade dos países cuja indivíduo, solicita atuais formas de
sociedade é organizada em classes e de grande valia para os argumentação da relação de
interatividade e da subjetividade
profissionais da atenção primária em saúde (p. 146)
individual e social, como o
interacionismo dialético (arcabouço da
teoria histórico-cultural da mente), a
Psicologia Comunitária e igualmente a
disputa de tipos, esta última vista não
como aparato instrumental ideológico
em uma doutrina, mas como método
científico de argumentação social,
retirado da realidade dos países em que
a comunidade é integrada em tipos de
grande valia aos profissionais da
atenção primária em saúde (p. 146)
consentimento dos dominados O povo brasileiro é mansuetissimo, Quando aplicamos a teoria da O povo brasileiro é mansuetissimo, No
à ordem social estabelecida luta de classes — e não a teoria de estratificação e mobilidade instante no qual aplicamos a teoria da
social — é porque desejamos conhecer as contradições disputa de classes em Marx — e não a
fundamentais de uma dada sociedade, aquelas que explicam sua teoria de estratificação e mobilidade
estrutura e dinamismo. É ela que nos permite ver a sociedade social — é porque desejamos saber do
que se identifica no seio das
como rede de relações entre os diversos grupos sociais, cada um
contrassensos indispensáveis em uma
com sua força econômica, política, moral e militar, e todas dada comunidade, aquelas que
buscando ordenar mostram sua organização e dinamismo
— a seu modo e conforme seus interesses — o conjunto social. motivacional. Faz-se a mesma que nos
(p.146) possibilita enxergar a comunidade
como rede de relações com relação aos
variados grupos sociais, este ou aquele
com sua força econômica, política,
moral e militar, e todas buscando
ordenar
— a seu modo e conforme seus
convenientes — o conjunto social.
Esquemas referenciais e as Quando encaramos a psicoterapia popular somos obrigados a No instante no qual se encara a
técnicas de verbalização reformular e ampliar o conceito da psicoterapia. Necessitaríamos psicoterapia do povo somos forçados a
sofisticadas, aplicadas e também superar a artificial histórica dicotomia entre prevenção e modificar e alargar o significado da
aplicáveis nas classes tratamento, entre os cuidados à saúde e à doença. Não podemos psicoterapia. Precisaríamos ganhar a
média e alta, são inoperantes nos limitar ao alívio dos indivíduos artificial histórica dicotomia entre
cuidado e tratos, com relação aos
na maioria da classe pobre
Interações comunitárias, por
facilitarem uma abertura à
práxis coletiva mediante
métodos e estratégias que se
assentam
numa base solidária,
pedagógica, conscientizadora
e amorosa
atividades comunitárias
isoladamente sem ao mesmo tempo destruir os “fatores de tensão” cuidados ao bem-estar físico e à
que constituem, em última análise, as condições patogênicas nas enfermidade. Não se consegue nessa
quais vivem as populações pobres. Ou nos conscientizamos dessa lógica, nos colocar limitantes ao alívio
exigência ou estaremos nos enganando, voluntária ou dos agentes envolvidos de um modo
involuntariamente. (p.147) isolado sem ao mesmo tempo se
excluir os “fatores de tensão” que
acabam constituindo, em última
argumentação, as condições doentias
nas que vivem as populações carentes.
Ou nos conformarmos de tal condição
ou estaremos nos iludindo, voluntária
ou despretenciosamente. (p.147)
A vida coletiva, em um determinado grupamento social, no caso, A coletividade, num definido seio
a comunidade, implica a existência de um modo de vida próprio, social, no caso, a sociedade em
um modo de atribuir significados à realidade, de interagir entre as conjunto, implica a existência de um
pessoas, de construir as instituições, enfim, de realizar o cotidiano modo de vida único, um modo de
dentro de uma lógica social, afetiva e simbólica, consciente ou ofertar atribuição a conceitos à
realidade, de se inter-relacionar entre
não.
os agentes envolvidos, de fazer a
Nele se incluem facetas próprias da sociedade de consumo e construção das unidades
comuns a toda a população, como também formas particulares de organizacionais, finalmente, de fazer o
viver, consumir, desfrutar e trabalhar decorrentes da cultura da panorama atual dentro de uma
pobreza que, entre outras características, incentiva o pobre a logicidade social, sensívell e motivada
querer pelo afeto, e simbólica, conscientes ou
imitar os que os exploram e/ou mesmo fazer alianças com eles, não. Neste se incluem expressões
como os cabos eleitorais, os capangas e as lideranças próprias da sociedade consumista e
profissionalizadas e setorializadas pelas políticas públicas. (p.148) comuns a toda a população, como
formas particulares de viver, utilizar,
desfrutar e desenvolver trabalhos
decorrentes da extensão de cultura da
miséria que, entre muitas
peculiaridades específicas, incentiva o
desprovido de recursos econômicos a
desejar copiar os que os sondam ou
mesmo associarem-se com os mesmos,
como os cabos eleitorais, os pau-
mandados como também as instâncias
profissionalizadas e separadas através
dessas políticas públicas. (p.148)
atividades comunitárias
Por mais simples e específicas que sejam, as quais podem crescer Por mais simples e específicas que
e possam ser, as que conseguem
 constituir um tecido comunitário vivo e ativo, integrado e com aumentar e instituir rigorosamente um
forte sentimento de identificação com o lugar. Essa atividade, tecido comunitário ativo, inserido e
em nosso entender, constitui o lugar central de análise, de vivência forte afeto de verificação e sentido de
e de atuação do profissional na comunidade, pois fornece um aprovação social com o lugar. Essa
corpo de informações relativas aos moradores e aos profissionais, atividade, neste entender constitui o
lugar no centro de argumentação, de
relevantes para a compreensão de suas vidas e da própria
vivência de ação do profissional na
comunidade. Ela é fator-chave no processo de facilitação da vida sociedade em conjunto, oferece o
comunitária, no qual profissional e moradores atuam em conjunto, assistência de um organismo de
seguindo linhas de ação, vivência, reflexão, diálogo e amizade. conteúdos parecidas aos residentes
(p.149) como também ao profissionais,
importantes à entendimento de suas
vidas e da própria sociedade em
conjunto. Ela é fator-chave sob o
desenvolvimento da facilitação da vida
comunitária, no qual profissional e
residentes promovem em conjunto,
avançando linhas de ação, vivência,
observação, diálogo e amizade.
Analisando e vivenciando a É necessária a inserção tanto observacional e analítica como Faz-se indispensável a inclusãoo tanto
atividade comunitária, vivencial, com profundidade e compromisso comunitário para, observacional e analítica como
chegaremos a conhecer não junto com os moradores, definir caminhos de pesquisa e de vivencial, com profundidade e dever
só o processo social e transformação social. A análise nos permite distanciamento comunitário para, juntamente com os
econômico do lugar, crítico da comunidade e de nós mesmos, e a vivência nos faz residentes, dar definição de rumos de
investigação de transformação social.
como também o que pensam entrar sensível e emocionalmente no lugar, identificar-nos com
A argumentação nos possibilita
os moradores, o que sentem e ele, levando-nos a sentir a realidade social profunda acontecendo alargamento crítico da comunidade de
o que na vida de cada morador em seu cotidiano de luta, sofrimento e mesmos, e igualmente a vivência nos
fazem no dia-a-dia com esperança. É importante enfatizar que a análise e vivência da faz entrar sensível e mentalmente no
relação a si mesmo e aos comunidade é um método que se inclui no método maior de lugar, identificar-nos consigo, levando-
outros facilitar-pesquisando, e vem acompanhado de outras estratégias nos a sentir a concreticidade social
metodológicas. Aqui trataremos de algumas, de cunho mais intensa acontecendo de certo, na vida
qualitativo: observa- ção-participante, ação-participante, de cada morador no sua realidade atual
pesquisa-ação-participante, análise de conteúdo e análise do de disputa, sofrimento e oportunidade
discurso (p. 150) e. Faz-se importante dar urgência
(atendimento prioritário) que a
argumentação e vivência da
comunidade se percebe em um método
que se inclui no método maior de
facilitar-pesquisando, e vem conduzido
de outras metodologias metodológicas.
Aqui trataremos de certas, de cunho

observação-participante
ação direta, de inserção
sensível, de convivência real
e objetiva, uma ação
intelectual, exploratória,
analítica, sistematizada e
abrangente
mais qualitativo: observa- ção-
participante, ação-participante,
pesquisa-ação-participante,
argumentação de conteúdo e
argumentação do resumo discursivo (p.
150)
exige a presença ativa do pesquisador dentro da comunidade, exige a presença ativa do pesquisador
sendo ele alguém que também passa a fazer parte do cotidiano do em meio a sociedade em conjunto,
lugar, seja indo morar no local, trabalhar ali ou se fazendo sendo o mesmo alguma pessoa que
periodicamente presente. Quanto mais próximo da realidade acaba tendo de passar a participar da
investigada o pesquisador se encontra, mais suas características realidade atual do lugar, embora seja
orientando-se, viver no local,
pessoais se evidenciam para os moradores.(p.151)
desenvolver trabalhos em tal espaço ou
se concretizando, desse modo,
periodicamente presente. No que
concerne mais próximo da realidade
investigada o pesquisador se acha,
mais suas peculiaridades específicas
individuais se constatam prontamente
aos residentes. (p.151)
O dia-a-dia de uma comunidade expressa diversas e contraditórias O cotidiano em uma comunidade
situações de vida, aparentemente sem nexos, até para o morador. descreve as mais bem diversificadas e
Quando analisadas e sistematizadas revelam uma lógica que contraditórias situações de vida,
explica determinado conjunto de aparentemente sem nexos, até ao
práticas sociais, econômicas, morais, psicológicas, simbólicas, morador. No instante no qual
analisadas e sistematizadas expõem
etc.,
uma logicidade que esclarece definido
relativas ao modo de vida do lugar. Porém, para compreendê-las, conjunto de experiências sociais,
antes da sistematização dos dados, é necessária a compreensão de peculiares da economia, morais,
seus significados atribuídos pelos próprios moradores; cognitivas, simbólicas, etc., parecidas
decodificados do mesmo modo que são decodificados por eles. ao modo de vida do lugar. Assim, para
(p.152) compreendê-las, antes da
sistematização dos dados, é
indispensável a entendimento de seus
conceitos atribuídos por meio de
moradores; decodificados do mesmo
modo identificadas como
decodificados por os mesmos.(p.152)
diário de campo
Utiliza-se da observação-
participante sem estabelecer
uma relação de identificação
e consideração pela cultura
estudada.
resolução de
problemas pela comunidade
Utensílio no qual se descrevem fatos e situações observadas, caderno no qual se descrevem novos
conversas com os moradores, nomes e papéis de pessoas da acontecimentos e situações
comunidade, reflexões, averiguadas, conversas com os
impressões e vivências do pesquisador/facilitador.(p.152) residentes, nomes e desígnios e
atribuições de indivíduos da sociedade
em conjunto, algumas observações,
impressões e vivências do
pesquisador/facilitador.(p.152)
Ação realizada em conjunto com os moradores a partir de suas Ação realizada em associação com os
necessidades e objetivos, identificados por meio do diálogo- residentes desde suas carências e
problematizador e do entendimento que os participantes têm de anseios, facilmente e amplamente
sua realidade, de suas próprias necessidades e das formas coletivas identificados por meio do diálogo-
de atendê-las. Nesse caso, a inserção do profissional de saúde dá- problematizador e do conceito que os
integrantes têm da realidade, de suas
se no sentido de contribuir ativamente com os esforços dos
próprias carências e das formas
moradores para transformar sua realidade. Isso implica a presença coletivas de atendê-las. Nesse caso, a
ativa tanto do profissional como dos moradores, numa relação inclusão do profissional de saúde dá-se
colaborativa, de troca e de companheirismo. (p.154) no intuito de melhor acrescentar
ativamente com os empenhos dos
residentes para transformar sua
realidade. Isso implica a presença ativa
tanto do profissional como dos
residentes, em um relacionamento com
colaborativa, de substituição de
companheirismo. (p.154)
vai além da pesquisa-ação por se revestir de compromisso político vai além da pesquisa-ação por se
e ser uma pesquisa socialmente engajada, voltada para o encobrir de dever político e ser uma
fortalecimento da luta investigação socialmente engajada,
popular. Uma das suas características básicas é a integração entre voltada ao enriquecimento da disputa
pesquisador e pesquisado que, aqui, é também pesquisador. popular. Uma de suas peculiaridades
específicas básicas é observada
A que distância o pesquisador deve manter-se do pesquisado?
enquanto a incorporação entre
É um problema que até hoje suscita controvérsias que pesquisador e investigado que, aqui, é
desembocam, também, no campo da relação profissional de saúde- pesquisador. Outras que distância o
usuário. pesquisador deve sustentar-se do
Se a observação-participante exige proximidade com o objeto de pesquisado? Faz-se um problema que
estudo, a pesquisa-ação-participante exige muito mais, como a até atualmente suscita análises e
participação de moradores da comunidade pesquisada na equipe de debates que desembocam, na área da
investigação (agentes externos e agentes internos à comunidade) relação profissional de saúde-usuário.
(p.155) Se a observação-participante cobra

Participação da definição do
problema nem de suas formas
de resolução,
ompromisso e participação
com o trabalho histórico e os
projetos de luta do outro, a
quem,
mais do que conhecer para
explicar, a pesquisa pretende
compreender para servir
Por não participar da definição do problema nem de suas formas
de resolução, a população não se sente e se
percebe comprometida com as propostas de resolução feitas pelos
técnicos que, muitas vezes, não incluem a vida e a ação dos
moradores como parte essencial da solução. Esses pesquisadores e
profissionais atuam nas comunidades sem nenhum respeito ao
modo de vida do lugar e aos próprios moradores. São agentes
institucionais, com claras e definidas posturas de classe. (p.156)
É importante considerar o fato de que muitos crêem que a
comunidade objeto de estudo não esteja em condições de atuar
como
pesquisadora de sua própria realidade. Há certa razão nisso,
porém, como é o caso da pesquisa-ação-participante, os
moradores
podem ser preparados para participar mediante orientação do
pesquisador externo, em todas as fases da investigação, desde a
problematização da realidade e definição do problema até o
momento
da avaliação e comunicação dos resultados finais da pesquisa. O
saber popular tem muito a contribuir com o saber científico e este
com o saber popular, e ambos são capazes de gerar novos
conhecimentos advindos dessa integração de saberes (p.157)
menor distancia com o objetivo de
estudo, a pesquisa-ação-participante
cobra bastante mais, como a inclusão
de residentes da comunidade
investigada na equipe de investigação
(agentes exteriores e operadores
internos à comunidade) (p.155)
Por não dar sua participação da
conceituação do problema nem de suas
formas de resolução, a comunidade
não sente e se
percebe comprometidas com as
opiniões de resolução exercidas, por
meio de técnicos que, vezes, não
incluem a vida e igualmente a ação dos
residentes como parte indispensável so
desfecho. Os observadores e
profissionais promovem ações nas
comunidades em conjunto sem nem ao
menos um respeito ao modo de vida do
lugar como também ao residentes. São
operadores referentes, às unidades
organizacionais, com evidentes e
definidas posturas de classe.(156)
Faz-se importante levar em
consideração o fato que crêem que a
comunidade objetivo de estudo não
esteja em condições de desenvolver
trabalhos como pesquisadora da
própria realidade. Há dada razão nisso,
todavia, como é o fato da pesquisa-
ação-participante, os residentes são
preparados para dar sua participação
por meio de consultas do pesquisador
externo, em todas essas fases da busca
investigativa, começando pela vultosa
problematização da realidade e
conceituação do problema até o
instante da análise e comunicação dos
resultados finais da investigação. O
saber do povo tem bastante a melhor
acrescentar com o saber científico e

análise do discurso
A ideia é cada um correndo
por
conta própria, superpostos ou
em paralelo
concentração de esforços na
criação de pontes ativas
Ela nos permite objetivar estruturas e conteúdos psicológicos
particulares que, em geral, deixam de ser considerados ou se
apresentam muito mais
limitados em outros métodos, mesmo na análise de conteúdo (p.
161)
Há todo um conjunto de esforços (objetivos, idéias, profissionais,
tempo, recursos financeiros e materiais) acontecendo diariamente
em nossa cidade e em tantas outras cidades brasileiras sem se
caracterizar pela eficiência, eficácia e efetividade. O que fazer?
Aproximá-los e integrá-los, certamente, por mais difícil que seja
tal ação de intersetorialidade, buscando enfaticamente priorizar a
ação integrada de políticas públicas no lugar de sua realização,
articulá-las no local de atuação — a comunidade ou teritório
(p.164)
certamente aumentará a potência das políticas públicas em seu
local de atuação, assim como a potência da própria comunidade
foco da facilitação. As pontes ativas surgem, inicialmente, da
pressão que os problemas cotidianos locais exercem nas equipes
profissionais responsáveis pelas políticas públicas numa
determinada comunidade/território. Pressionadas pela crueza da
realidade da periferia,
sentindo-se limitadas e sem recursos materiais suficientes, vivem
a através dessas políticas públicas em
este com o saber popular, e ambos são
aptos de fazer brotar novos
entendimentos e artes advindos de tal
integração de conhecimentos e artes
(p.157)
Ela nos possibilita pretender bases
indispensáveis e conteúdos
psicológicos particulares que, em
conjunto, largam de ser percebidos
como ou se mostram de um modo mais
significativo, mais sem limitantes em
diferentes meios, mesmo na
argumentação de conteúdo (p. 161)
Há todo um conjunto de empenhos
(objetivos, ideias, profissionais, tempo,
meios referentes a finanças e materiais)
acontecendo de certo, a cada dia em de
tal parte urbana e em tantas diferentes
municípios do país sem se personificar
à ampla competência, operacionalidade
e assiduidade. O que fazer? Aproximá-
los e integrá-los, de um modo correta,
por mais improvável que embora seja
tal ação de intersetorialidade, buscando
enfaticamente dar urgência
(atendimento prioritário) a ação
composta de políticas públicas no lugar
da operacionalização, articulá-las no
local de ação — a comunidade ou
teritório (p.164)
certamente aumentará a potência das
políticas públicas no seu local de ação,
igualmente a potência da própria
comunidade direcionamento da
facilitação. Certamente, legações ativas
aparecem, inicialmente, da pressão que
os problemas cotidianos localidades
desempenham nas equipes
profissionais que têm responsabilidade
 angústia profissional e o sentimento de impotência diante da
determinada problemática que se apresenta diante delas. (p.165)
Considerando as questões de outras opções sexuais devem ser consideradas em seus aspectos
gênero biológicos, psicológicos e sociais, aí reconhecendo a condição da
mulher e das minorias sexuais numa sociedade marcadamente
autoritária, masculina e machista. A saúde da mulher, a saúde do
homem e a das minorias sexuais se movem em trajetórias
diferenciadas, seja em sua potencialização ou quando se trata de
uma doença, crise ou transtorno. Nas questões de tratamento,
prevenção e promoção, certamente, as diferenças estão presentes.
Devemos considerar ainda a situação do negro e do índio em sua
especificidade cultural, social, psicológica e também orgânica. É
importante enfatizar, também, na ação diferencial da atenção em
saúde, a condição dos portadores de necessidades especiais, um
problema que em nosso país continua grave em todos os aspectos,
apesar do avanço atual, desde a acessibilidade ao espaço urbano e
às instituições, à educação ao trabalho, à vida social (p. 171).
Trabalhar Esse trabalho requer, também, outras posturas e preparo
uma determinada
comunidade/território. Pressionadas à
crueza da realidade da periferia,
sentindo-se limitadas e sem meios
produtos suficientes, vivem a angústia
profissional e o afeto de impotência em
frente da determinada problemática
que é tido apresentado em frente delas.
(p.165)
outras escolhas sexuais poderão ser
entendidas como nos seus
características utensílios/produtos de
base animal, psicológicos e sociais, aí
reconhecendo a condição da senhora e
das minorias sexuais em uma
comunidade marcantemente
autoritária, masculina e machista. A
saúde da mulher, a saúde do homem e
igualmente a das minorias sexuais se
movem em trajetórias de outras Meios,
embora seja na potencialização ou
quando se identifica no em uma
doença, crise ou transtorno. Nas
questões de tratamento, precaução e
promoção, de um modo correta, as
disparidades ficam em atividades.
Dever-se-á levar em consideração
ainda a ação do negro e do índio na
originalidade de cultura, social,
indicado à psicologia e orgânica. Faz-
se importante enfatizar, na ação
diferencial da atenção em saúde, a
condição dos portadores de carências
consideradas especiais, um problema
que neste país prossegue grave nos os
peculiaridades específicas, apesar do
avanço atual, começando pela ampla
acessibilidade ao espaço urbano e às
unidades organizacionais, à educação
ao trabalho, à sobrevivência social
(p.171)
Esse trabalho solicita, outras posturas e
com as minorias sexuais, as
minorias étnicas e os
portadores de
necessidades especiais
potenciação pessoal não
individualizada
profissional. Considerar isso na atenção primária significa, preparo profissional. Considerar isto,
portanto, atuar com maior profundidade, resolubilidade e na atenção primária corresponde, logo,
cidadania em dimensões usualmente pouco consideradas dentro desenvolver trabalhos com maior
de uma bordagem multidimensional e integral da saúde da profundidade, resolubilidade e
população (p.172) condição de cidadão, em dimensões
usualmente pouco entendidas como
dentro de uma bordagem
multidimensional de um modo
plenamente integral, da saúde da
coletividade (p.172)
a partir de um processo coletivo/grupal, é a condição básica para a partir de processo coletivo/grupal, é
a constru- observada enquanto a condição básica
ção da saúde, mesmo quando o indivíduo se encontra em situação à edificação da saúde, mesmo quando
de crise ou em situação crítica. Nestas, a pessoa deve continuar a o indivíduo se acha em situação de
ser estimulada em seu potencial, em sua experiência acumulada, crise ou em situação crítica. Nestas, o
indivíduo deve continuar a ser
como também ser considerada não somente um doente ou uma
incentivada no seu potencial, na
pessoa-problema, mas principalmente ser vista como cidadã, uma experiência acumulada, como ser vista
pessoa portadora de direitos e capacidades que precisa ser além disso um enfermo a ser tratado,
acolhida e tratada, que precisa de proteção e cuidados. (p.175) ou uma pessoa-problema, mas
destacadamente ser vista como
moradora, uma pessoa portadora de
direitos e competências ou
experiências que necessita ser acolhida
e conversada, que necessita de
proteção e cuidados. (p.175)
Comentário: O autor traz uma boa discussão sobre metodos, indica que o pesquisado deve olhar profundamente a situação dos
investgado. Ademais, pertimite-se adentrar conceitos do materialismo histórico dialético como forma de analise da realidade social
economica e politica dos participantes.

INDICAÇÃO: Para profissionais, pesquisadores e acadêmicos da área de Serviço Social e saude que desejam melhorar sua
compreensão acerca do processos de pesquisa com seres humanos

LOCAL: Biblioteca particular