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37 redações modelo para o ENEM

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REDAÇÃO MODELO 01 5
TEMA: A CONTRIBUIÇÃO DA SOCIEDADE PARA A EXISTÊNCIA DO BULLYING 5

REDAÇÃO MODELO 02 7
TEMA: A DESERTIFICAÇÃO URBANA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO 7

REDAÇÃO MODELO 03 9
TEMA: A INFLUÊNCIA DA IMPRENSA EM UM BRASIL EM CRISE 9

REDAÇÃO MODELO 04 11
TEMA: A MEDICINA FAMILIAR NO CONTEXTO DE SAÚDE BRASILEIRO 11

REDAÇÃO MODELO 05 13
TEMA: A QUESTÃO DA ÁGUA NO BRASIL: DESAFIOS DE DISTRIBUIÇÃO, DE
CONSUMO E DE SUSTENTABILIDADE 13

REDAÇÃO MODELO 06 14
TEMA: ALTERNATIVAS PARA O DESCARTE CORRETO DE LIXO ELETRÔNICO 14

REDAÇÃO MODELO 07 16

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TEMA: AS CONSEQUÊNCIAS DA BIOPIRATARIA 16

REDAÇÃO MODELO 08 18
TEMA: BIOMAS BRASILEIROS E DEFESA DA VIDA 18

REDAÇÃO MODELO 09 19
TEMA: CAMPANHAS DE VACINAÇÃO 19

REDAÇÃO MODELO 10 21
TEMA: COMO COMBATER A VIOLÊNCIA GERADA PELO SISTEMA CARCERÁRIO
BRASILEIRO 21

REDAÇÃO MODELO 11 23
TEMA: CONSUMO DE ALIMENTOS TRANSGÊNICOS 23

REDAÇÃO MODELO 12 25
TEMA: CRISE NO SISTEMA PENITENCIÁRIO 25

REDAÇÃO MODELO 13 26
TEMA: DESAFIOS DA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA 26

REDAÇÃO MODELO 14 28
TEMA: DESAFIOS DOS POVOS INDÍGENAS 28

Belo Horizonte

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2019
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REDAÇÃO MODELO 15 29
TEMA: EFEITOS DA AUTOMEDICAÇÃO 29

REDAÇÃO MODELO 16 30
TEMA: ENTRAVES À DOAÇÃO DE ÓRGÃOS NO BRASIL 30

REDAÇÃO MODELO 17 32
TEMA: ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA 32

REDAÇÃO MODELO 18 34
TEMA: ESPORTE COMO FATOR DE INCLUSÃO SOCIAL 34

REDAÇÃO MODELO 19 36
TEMA: IDENTIDADE DE GÊNERO 36

REDAÇÃO MODELO 20 37
TEMA: IMPACTOS DA INVERSÃO DA PIRÂMIDE ETÁRIA NO BRASIL 37

REDAÇÃO MODELO 21 38

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TEMA: IMPACTOS SOCIAIS DO DIREITO À GREVE 38

REDAÇÃO MODELO 22 40
TEMA: ENSINO DOMICILIAR EM DEBATE NO BRASIL 40

REDAÇÃO MODELO 23 42
TEMA: MOBILIDADE URBANA 42

REDAÇÃO MODELO 24 43
TEMA: O CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA 43

REDAÇÃO MODELO 25 45
TEMA: O PROBLEMA DAS SUPERBACTÉRIAS 45

REDAÇÃO MODELO 26 46
TEMA: O DESAFIO DOS REFUGIADOS NO BRASIL 46

REDAÇÃO MODELO 27 47
TEMA: PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO BRASIL 47

REDAÇÃO MODELO 28 48
TEMA: PROCESSO DE ADOÇÃO NO BRASIL: COMO ABREVIAR A ESPERA? 48

REDAÇÃO MODELO 29 50

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TEMA: SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA URBANA NO BRASIL 50

REDAÇÃO MODELO 30 51
TEMA: TRANSTORNOS MENTAIS EM DEBATE NO BRASIL 51

REDAÇÃO MODELO 31 53
TEMA: O CULTO À APARÊNCIA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO 53

REDAÇÃO MODELO 32 54
TEMA: ENSINO A DISTÂNCIA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO 54

REDAÇÃO MODELO 33 56
TEMA: CAMINHOS PARA LIDAR COM AS ENCHENTES E COM SEUS REFLEXOS 56

REDAÇÃO MODELO 34 58
TEMA: A DESVALORIZAÇÃO DA CIÊNCIA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO 58

REDAÇÃO MODELO 35 60
TEMA: DESAFIOS NO COMBATE AO TABAGISMO 60

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REDAÇÃO MODELO 36 61
TEMA: PATRIOTISMO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO 61

REDAÇÃO MODELO 37 63
TEMA: DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO AO CINEMA NO BRASIL 63

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REDAÇÃO MODELO 01

TEMA: A CONTRIBUIÇÃO DA SOCIEDADE PARA A EXISTÊNCIA


DO BULLYING
Na série televisiva “Todo mundo odeia o Chris”, o personagem principal sofre
constantemente humilhações na escola por ser negro e pobre. De maneira análoga, essa
realidade hostil também se faz presente no Brasil do século XXI, haja vista o papel da
decadente configuração social na intensificação das intimidações de caráter intencional e
repetitivo. Nesse âmbito, fatores como o avanço da intolerância no meio social e a
negligência estatal apresentam-se como os principais problemas relacionados ao caótico
cenário nacional. Por isso, medidas atitudinais e estruturais fazem-se necessárias, a fim
de que se resolva o impasse.
De início, vale lembrar que a crescente inflexibilidade social contribui para
acentuar as hostilidades sistêmicas no país. Nesse sentido, segundo o sociólogo Michel
Foucault, em sua obra “A microfísica do poder”, as práticas de violência e de injustiça,
como as relacionadas ao bullying, provêm de um desequilíbrio de poder, devido a
questões socioeconômicas e culturais. Sob tal ótica, nota-se que a agressividade de

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determinados grupos sociais ilustra essa teoria, posto que essas pessoas procuram
reafirmar certas relações de dominação, ao realizar diversos atos — como repetidas
agressões e insultos — na tentativa de normatizar comportamentos de pessoas que não se
encaixam nos padrões tidos como normais pelos que praticam tais ações. Assim, esse
comportamento imoral e anti-ético acaba por perpetuar a opressão sofrida por parcelas já
excluídas da sociedade, o que pode ser comprovado por informação divulgada pela
revista “Nova Escola” em 2017, segundo a qual 68% das vítimas de bullying pertencem
ao grupo LGBTQ+.
Além disso, é indubitável que a ineficácia das instituições educativas corrobora
para a manutenção dos recorrentes atos hostis praticados por alguns setores da
sociedade. Nessa perspectiva, é importante ressaltar que, de acordo com o artigo quinto
do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), nenhum menor pode sofrer com
discriminação, opressão ou negligência. Entretanto, o despreparo das escolas em
identificar e em solucionar os focos de bullying evidencia que o dispositivo legal não está
sendo cumprido em sua totalidade, uma vez que a falta de um sistema efetivo de
assistência aos envolvidos em atos de intimidação de caráter repetitivo acaba por ser
responsável pela diminuição no número de cidadãos que procura ajuda em razão de
terem sido vítimas de tais hostilidades. Em decorrência disso, há um agravamento dos
transtornos de natureza mental que acometem as pessoas que sofrem agressões, físicas ou
psicológicas, intencionais e repetitivas, tais como baixa autoestima, ansiedade e
depressão, o que, por sua vez, tanto pode transformar as vítimas em novos agressores,
como pode agravar os problemas psíquicos desses indivíduos e levá-los ao suicídio.
Portanto, o Ministério da Cultura deve promover ações de merchandising social,

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por meio da divulgação dos nocivos efeitos do bullying em obras de arte, tais como
filmes, seriados e telenovelas, com o intuito de incentivar a construção de relações sociais
baseadas no respeito e na empatia. Ademais, é essencial que o Ministério da Educação
capacite melhor o corpo docente, mediante a criação de uma disciplina que trate de
problemas de natureza psicossocial nos cursos de licenciatura, a fim de instrumentalizar
o professor a trabalhar com os casos de intimidação física e psicológica de natureza
intencional e repetitiva. Somente assim, com adoção de medidas pontuais e gradativas, o
bullying ficará presente apenas em obras de entretenimento.

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REDAÇÃO MODELO 02

TEMA: A DESERTIFICAÇÃO URBANA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO


De acordo com o artigo 227 da Constituição Federal de 1988, todos têm direito à
convivência comunitária. No entanto, esse princípio não é exercido em sua totalidade,
haja vista a desertificação dos espaços de convivência no Brasil contemporâneo. Nesse
sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: o descuido das autoridades com o ambiente
coletivo, bem como a insegurança da população ao circular pelas cidades. Por isso, são
necessárias medidas que mitiguem a desertificação urbana.
De início, é indubitável que o esvaziamento dos espaços urbanos acontece devido
à ineficácia do Estado em preservar o ambiente público. Nesse contexto, de acordo com a
teoria contratualista de Jean-Jacques Rousseau, o governo deve resolver todas as questões
públicas, tais como a ocupação dos espaços citadinos, de maneira justa e equânime, para
que a vida em sociedade seja harmônica. Seguindo esse raciocínio, cabe à esfera
governamental realizar políticas públicas no espaço coletivo a fim de que a população
tenha opções de lazer acessíveis no município em que moram. Entretanto, percebe-se que
o contrário acontece, pois não há investimento na manutenção de praças e de parques,

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uma vez que o Poder Público tem suas atenções voltadas, majoritariamente, para as
questões econômicas, e não para as sociais, como as relacionadas à cultura e ao lazer.
Como desdobramento, os espaços coletivos que ficam abandonados podem virar pontos
de encontro de usuários de drogas, o que acabaria por tornar esses lugares de convívio
impróprios para a vivência comunitária.
Ademais, a sensação de insegurança, causada pela alta taxa de criminalidade no
país, diminui o tráfego de pessoas nas ruas. Nessa perspectiva, conforme Inácio Cano,
sociólogo e coordenador do Laboratório e Análises de Violência da Universidade
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a percepção da crise permanente na segurança pública
aumenta a insegurança no país. Em outras palavras, a ocupação do espaço público fica
comprometida devido ao medo da população de, ao transitar nas cidades, ser alvo de
bandidos, já que o número de assassinatos, homicídios e estupros é alarmante, o que
torna os ambientes coletivos lugares perigosos para se habitar. Consequentemente,
muitas famílias deixam de fazer passeios ao ar livre, o que contribui, dentre outros, para
a falta de convivência das crianças com a natureza, onde poderiam ter acesso a
brincadeiras saudáveis, fato que pode vir a atrapalhar o desenvolvimento social e
cognitivo das futuras gerações.
Portanto, é necessário que as Secretarias de Obras Públicas de cada município
empenhem-se para a realização da manutenção adequada das praças e dos parques
públicos das cidades, por meio da contratação de profissionais que irão reformar, pintar e
higienizar esses locais periodicamente, a fim de que tais lugares tenham condições de ser
frequentados pelos cidadãos. Além disso, é fundamental que o Ministério da Justiça e da
Segurança Pública realize policiamento nos centros das cidades, por intermédio do envio
de forças militares que ocuparão as vias públicas e os espaços de convivência coletiva, a

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fim de oferecer à população condições de voltar a habitar os espaços urbanos. Só assim,


com medidas pontuais e gradativas, haverá respeito ao dispositivo constitucional, e o
Brasil poderá ser considerado um país de todos.

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REDAÇÃO MODELO 03

TEMA: A INFLUÊNCIA DA IMPRENSA EM UM BRASIL EM CRISE


No ano de 2014, A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) divulgou
informação segundo a qual apenas 11 famílias controlam econômica e ideologicamente os
meios de comunicação no Brasil, situação que contraria o artigo 220 da Constituição
Federal de 1988, o qual repudia o oligopólio midiático. Nesse sentido, nota-se que, na
contemporaneidade brasileira, em virtude de interesses políticos, ao invés de a mídia
fiscalizar os outros poderes e colaborar para que todos tenham acesso à informação,
ocorre a utilização do poderio comunicacional e do alcance nacional dos meios de
difusão da informação para a manutenção de interesses privados. Essa conjuntura
acomete incomensuravelmente as estruturas econômicas do país e grande parte da
população; deve, portanto, ser combatida.
A priori, no século XV, Martinho Lutero, com o auxílio da imprensa recém-
inventada, divulgou suas 95 teses e explicitou a insatisfação da sociedade com a opressão
da Igreja Católica, iniciando, assim, a Reforma Protestante. Sob tal ótica, essa
manifestação evidencia que a imprensa, por ser acessível a grande parte da população, é

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capaz de mobilizar enormes contingentes de pessoas com propósitos semelhantes. Em
decorrência, ressalte-se que o longínquo alcance dos recursos midiáticos é uma
ferramenta social que pode ajudar na insurgência que visa à solução de problemas
vivenciados pela população. Prova disso é a Revolta dos 20 Centavos, ocorrida em 2013,
que teve na mídia uma grande aliada, no sentido de convocar a população para ir às ruas
para reivindicar melhorias estruturais no país.
A posteriori, é válido salientar que, devido ao fato de divulgar informações
previamente selecionadas que atendem a interesses específicos de alguns políticos, a
imprensa é um instrumento fulcral na conurbação hodierna de cargos eleitorais. Nessa
perspectiva, tal função é análoga à forma de governo defendida pelo historiador italiano
Maquiavel, que ressalta em sua obra “O príncipe” que o governante deve adotar atitudes
imorais, como a manipulação de massas, com vistas a perpetuar sua permanência no
poder. Analogamente, a premeditação informacional omite comportamentos maculados
de representantes políticos, atendendo, assim, a interesses de um grupo econômico
específico e, concomitantemente, exalta características que beneficiam determinado
perfil. Como desdobramento, tende-se a instaurar um espectro dissimulado e ilusório
sobre os cidadãos, que, por conseguinte, idealizam equivocadamente algumas
personalidades, o que contribui para a permanência de indivíduos anti-éticos no poder.
Portanto, torna-se evidente a necessidade da democratização da imprensa no
Brasil. Para que isso ocorra, o Ministério da Educação deve realizar campanhas
educacionais, por intermédio da veiculação, nas mídias televisiva, falada, escrita e
virtual, de conteúdos que denunciem a presença de oligopólios midiáticos, a fim de
instituir a consciência da necessidade de se assegurar a pluralidade nos meios de
comunicação brasileiros. Ademais, cabe ao Poder Legislativo criar leis severas, por meio

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da interlocução com juristas renomados e com setores organizados da sociedade civil, tais
como o Observatório da Imprensa, com vistas a punir grupos que deliberadamente se
valem do poderio econômico a fim de fazer prevalecer seus interesses. Só assim, haverá
respeito ao dispositivo constitucional, e será quebrado o oligopólio das comunicações no
Brasil.

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REDAÇÃO MODELO 04

TEMA: A MEDICINA FAMILIAR NO CONTEXTO DE SAÚDE BRASILEIRO


De acordo com o artigo 196 da Constituição Federal de 1988, a saúde é direito de
todos e dever do Estado. No entanto, as dificuldades de avanço da medicina familiar no
Brasil evidenciam que o dispositivo legal não está sendo cumprido em sua totalidade.
Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: os entraves à interiorização de
cuidados médicos primários, bem como o baixo investimento em saúde pública. Por isso,
medidas atitudinais e estruturais devem ser estabelecidas para resolver tal cenário.
Inicialmente, é incontrovertível que a distribuição desigual de profissionais da
saúde especialistas em cuidados familiares é um fator que piora a qualidade dos serviços
de controle de doenças em nível nacional. Nessa perspectiva, conforme a teoria da
modernidade líquida de Zygmunt Bauman, o individualismo exacerbado causa a
deterioração das relações interpessoais, como é o caso de uma parte significativa dos
médicos que estão preocupados apenas com sua comodidade nos centros urbanos e que
recusam ofertas de trabalho em distritos interioranos. Em decorrência desse fato, os
habitantes de distritos afastados das capitais ficam desassistidos por programas de saúde

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comunitária imprescindíveis para a manutenção da higidez psicológica, física e
ocupacional, uma vez que muitos clínicos priorizam os salários mais altos nos centros de
saúde de referência, em detrimento de uma ação profissional humanitária.
Além disso, é relevante ressaltar que a falta de recursos financeiros impede que a
medicina familiar impacte positivamente a qualidade sanitária no país. Nesse contexto,
consoante a teoria contratualista de Rousseau, o Estado (dotado de poderes pelo povo)
deve resolver as questões públicas, como a da saúde coletiva, de maneira justa e
equânime, para que a vida em sociedade seja harmônica. A partir dessa ideia, quando o
governo não garante aporte financeiro suficiente para serviços básicos aos quais a
população tem direito, como programas de prevenção de doenças, há um problema social
que gera prejuízo aos cidadãos. Como desdobramento dessa situação, muitas pessoas
ficam sem acesso à abordagem holística da medicina familiar, tão importante para a
consolidação da atenção à saúde integral, igualitária e contínua, haja vista que o aporte
de capital para essa área tem vindo exclusivamente do orçamento federal, fato que
dificulta o gerenciamento de recursos para o exercício da medicina.
Portanto, urge que o Ministério da Saúde aumente o contingente de profissionais
nas cidades periféricas, mediante o estabelecimento da obrigatoriedade de os médicos
recém-formados (em universidades públicas) trabalharem, durante os primeiros dez anos
de carreira, em centros de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), com vistas a
homogeneizar a qualidade de serviço no território da nação. Ademais, o Ministério do
Planejamento deve alterar o gerenciamento do SUS, por intermédio da elaboração de um
plano de construção tripartite, cujas ações serão compartilhadas entre Municípios,
Estados e Governo Federal, a fim de levar suporte monetário a todos os distritos do país,

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por mais distantes que estejam das capitais. Somente assim, a Carta Cidadã será
cumprida em sua totalidade.

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REDAÇÃO MODELO 05

TEMA: A QUESTÃO DA ÁGUA NO BRASIL: DESAFIOS DE


DISTRIBUIÇÃO, DE CONSUMO E DE SUSTENTABILIDADE
De acordo com o artigo 225 da Constituição Federal de 1988, todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado. Entretanto, os problemas referentes à
consumação e ao compartilhamento de água evidenciam que o dispositivo legal não está
sendo cumprido em sua totalidade. Por isso, é preciso pensar em medidas que visem a
tornar esse bem natural disponível a todos.
Em primeira análise, é relevante ressaltar que a utilização inadequada da água é
um dos principais obstáculos encontrados pela sociedade brasileira. Nessa perspectiva,
segundo dados divulgados pelo jornal “Zero Hora” em 2015, 37% dos recursos hídricos
tratados do Brasil são desperdiçados. Sob tal ótica, essa realidade representa um risco
para as gerações futuras, uma vez que, com o alto índice de desperdício, esse mineral
líquido pode se tornar escasso. Como desdobramento, ocorre a dificuldade de acesso à
água, o que leva milhões de cidadãos a enfrentar situações críticas. Essa conjuntura pode
ser comprovada por informações divulgadas pelo site Mundo Educação em 2017,

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segundo as quais uma a cada sete pessoas sofre com problemas de disponibilidade desse
mineral hídrico no país.
Em segunda análise, é indubitável que, devido à maior disponibilidade hídrica
de algumas regiões, a distribuição de água ocorre de forma irregular no país. Nesse
contexto, conforme informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) em 2015, a região Norte apresenta apenas 4,12 habitantes por
quilômetro quadrado, mas concentra 68,15 dos recursos hídricos do país. De maneira
análoga, esse fato impede que o compartilhamento do mineral líquido seja feito de modo
igualitário entre a população brasileira, haja vista que mais de metade da água da nação
encontra-se onde há uma das mais baixas densidades demográficas. Consequentemente,
nota-se que há uma tendência de a população tupiniquim vir a vivenciar crises hídricas,
como a enfrentada em São Paulo no ano de 2014.
Portanto, torna-se evidente a necessidade de mudanças no consumo e na
distribuição do recurso mineral hídrico no país. Para que isso ocorra, cabe ao Setor
Administrativo fiscalizar o uso adequado da água, por intermédio do aumento do
número de pessoal que trabalha nos órgãos reguladores, tais como o Conselho Nacional
do Meio Ambiente (CONAMA), com vistas a punir os cidadãos que desperdiçam o
recurso hídrico e a oferecer descontos àqueles que fazem economia. Ademais, o Poder
Executivo deve realizar melhorias no compartilhamento do mineral líquido no país, por
meio da realização de obras de infraestrutura, como a transposição de rios, a fim de
disponibilizar esse fluido de forma proporcional à quantidade de cidadãos nas regiões
brasileiras. Somente assim, com melhorias gradativas, haverá respeito ao dispositivo
legal e será possível um melhor aproveitamento desse recurso na nação.

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REDAÇÃO MODELO 06

TEMA: ALTERNATIVAS PARA O DESCARTE CORRETO DE LIXO


ELETRÔNICO
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010, os fornecedores
de produtos eletrônicos devem minimizar o volume de resíduos, além de se livrar do e-
lixo sem impactar negativamente a biosfera. No entanto, o descarte inadequado de
aparelhos elétricos evidencia que o dispositivo legal não está sendo cumprido em sua
totalidade. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: a falta de conhecimento por
parte da população, bem como a obsolescência programada. Por isso, medidas
atitudinais e estruturais devem ser estabelecidas para reverter tal cenário.
Inicialmente, é indubitável que a precariedade do ensino de Educação Ambiental
é um fator responsável pela eliminação inapropriada de equipamentos eletrônicos. Nessa
perspectiva, consoante a teoria contratualista de Jean-Jacques Rousseau, o Estado (dotado
de poderes pelo povo) deve resolver todas as questões públicas, como as relativas ao
descarte correto de lixo eletrônico, de maneira justa e equânime, para que a vida em
sociedade seja harmônica. A partir dessa ideia, quando o governo não garante educação

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plena de qualidade, há um problema de cunho social que prejudica os cidadãos, assim
como o ambiente em que eles vivem. Consequentemente, os rejeitos de celulares,
computadores e tabletes são descartados em conjunto com lixo comum, fato que ocasiona
a contaminação de solos, rios e águas subterrâneas, o que gera doenças e morte por
intoxicação.
Além disso, é inevitável que a cada vez mais curta vida útil dos eletroeletrônicos
também é um empecilho à gestão ambientalmente sustentável dos rejeitos oriundos de
componentes de aparelhos. Nesse contexto, conforme a teoria da indústria cultural e do
consumismo de Adorno e Horkheimer, a indústria de diversão de massa age de forma a
controlar o pensamento dos indivíduos, com o objetivo de estimulá-los a comprar uma
grande quantidade de dispositivos tecnológicos. A partir dessa ideia, as pessoas são
influenciadas a associar os produtos a estilos de vida, haja vista que, na
contemporaneidade brasílica, a pessoa é definida por meio daquilo que compra ou do
seu poder de consumação. Consequentemente, tal fato instiga ainda mais a necessidade
de consumo da população, uma vez que a dinâmica globalizada exige a conexão em rede
por meio de aparatos tecnológicos.
Portanto, o Ministério da Educação deve promover ações de merchandising
social, mediante a inserção de temas de Educação Ambiental em disciplinas do Ensino
Médio, tais como Biologia e Sociologia, com vistas a formar cidadãos aptos a descartar
seus resíduos eletrônicos de maneira sustentável. Ademais, urge que o Ministério do
Desenvolvimento promova práticas de controle de produção, por intermédio da criação
de equipes de fiscalização (dotadas de autonomia para multar as empresas que
diminuem intencionalmente a vida útil dos produtos), a fim de acabar com a atividade

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da obsolescência programada dos aparelhos. Somente assim, a legislação acerca da


destinação correta dos resíduos sólidos será cumprida em sua totalidade.

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REDAÇÃO MODELO 07

TEMA: AS CONSEQUÊNCIAS DA BIOPIRATARIA


O artigo 225 da Constituição Federal de 1988 atesta que todos os cidadãos têm
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Entretanto, tal princípio não é
exercido em sua totalidade no Brasil, uma vez que a exploração ilegal de recursos
naturais é recorrente. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: o dano que essa
prática representa para o desenvolvimento científico nacional, bem como a perda de
biodiversidade oriunda dessa atividade. Por esse motivo, medidas são necessárias para
combater a biopirataria no país.
De início, é indubitável que a prática indevida de exploração dos ecossistemas
brasileiros contribui para a supressão de uma cultura local e, por conseguinte, dificulta o
avanço científico nacional. Nessa perspectiva, de acordo com o geógrafo Milton Santos,
no meio técnico-científico-informacional, possuir conhecimento — como técnicas de uso
medicinal dos recursos florestais — é sinônimo de poder. Partindo desse pressuposto,
infere-se que os indivíduos da contemporaneidade buscam, constantemente, apropriar-se
de outras culturas, principalmente dos conhecimentos oriundos de comunidades

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tradicionais — tais como os dos povos que habitam a Floresta Amazônica —, haja vista
que a posse dessas informações resulta, na maioria das vezes, em um prestígio social e
em ganho econômico. Em decorrência dessa conjuntura, há uma intensa exploração das
comunidades tradicionais que, por isso, tendem a se isolar. Em decorrência disso, grupos
que buscam estudar e pesquisar recursos naturais de forma legítima e não invasiva ficam
prejudicados, o que culmina no subdesenvolvimento da ciência brasileira.
Ademais, é inegável que a biopirataria acarreta prejuízos ecológicos. Nesse
prisma, segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente, impacto ambiental é qualquer
alteração das propriedades físicas, químicas ou biológicas do ecossistema, oriunda de
atividades humanas. Em outras palavras, percebe-se que a exploração indiscriminada de
recursos naturais encaixa-se no referido conceito, visto que culmina em alteração dos
ecossistemas. Como reflexo dessa prática, os biomas brasileiros — Amazônico, Cerrado,
Caatinga, Pampas, Pantanal e Mata Atlântica — correm risco de sofrer desequilíbrio
ecológico, já que a biopirataria pode resultar em extinção de espécies da fauna e da flora.
Dessa forma, há a urgência de medidas que enfrentem essa atividade ilegal no Brasil.
Portanto, cabe ao Ministério do Meio Ambiente fomentar uma fiscalização efetiva
da biopirataria, por meio da criação de um Projeto de Lei, o qual estabeleça uma
ampliação da distribuição de centros de fiscalização ambiental pelo país, bem como uma
punição mais rígida — por exemplo, a mobilização de recursos econômicos que visem a
reverter o impacto ambiental oriundo dessa prática —, a fim de impedir o desequilíbrio
ecológico. Além disso, o Ministério da Ciência e Tecnologia deve incentivar o
desenvolvimento de pesquisas sobre recursos naturais, mediante a criação de um órgão
público, o qual use parte dos recursos da referida pasta para o trabalho de especialistas

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nesta área, com o intuito de preservar a cultura de comunidades tradicionais. Só assim, o


que consta no texto constitucional brasileiro será plenamente exercido no país.

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REDAÇÃO MODELO 08

TEMA: BIOMAS BRASILEIROS E DEFESA DA VIDA


De acordo com o artigo 225 da Constituição Federal de 1988, todos têm direito
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Entretanto, a diminuição expressiva da
área ocupada pelos biomas nacionais evidencia que esse princípio do dispositivo legal
não está sendo cumprido em sua totalidade. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se
relevantes: o desmatamento e a expansão agrícola no país. Por isso, medidas estruturais e
atitudinais são necessárias, a fim de se preservar a fauna e a flora brasileira.
De início, é indiscutível que o desflorestamento é um significativo problema
ambiental nacional. Nesse contexto, conforme informações publicadas pelo Programa
Nacional das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em 2016, o Brasil
registrou, em 25 anos, uma redução de quase 55 mil hectares no tamanho de suas
florestas. Em outras palavras, o desmatamento, seja para a criação de área de pasto ou de
agricultura, seja para a extração de madeira, está encaminhando os biomas brasileiros
para a extinção de seus recursos naturais. Por conseguinte, tem-se uma intensa redução
da biodiversidade em locais como a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica, que são

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regiões com apreciável número de espécies animais e vegetais.
Ademais, é importante ressaltar os impactos da expansão das fronteiras
agrícolas. Nessa perspectiva, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em 2011, entre 1985 e 2006, a área de lavouras e pastagens
cultivadas no Brasil passou de 126 milhões de hectares para 161 milhões. Sob tal ótica, o
crescimento da agricultura e da pecuária, como a monocultura intensiva de grãos e a
criação extensiva de gados, gera profundos impactos nos biomas nacionais.
Consequentemente, tem-se um desequilíbrio não só ambiental, mas também social, haja
vista que nessas áreas há um forte processo de luta pela posse de terras, como na região
do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
Portanto, o Ministério da Agricultura deve promover ações de monitoramento
contra a degradação dos ecossistemas, por meio da fiscalização tecnológica de biomas,
tais como a contratação de serviços de imagens de satélite e o aumento de investimentos
em equipamentos com essa finalidade, com vistas a preservar as florestas brasileiras.
Urge, ainda, que Organizações Não Governamentais incentivem a população a cobrar do
Governo Federal a ampliação de áreas de proteção ambiental, por intermédio de
manifestações pacíficas civis, tais como a promoção de palestras em bairros de grandes e
médias cidades e de protestos nas ruas a favor do meio ambiente, a fim de garantir o
equilíbrio da fauna e da flora nacionais. Somente assim, a Carta Magna será respeitada, e
o Brasil se tornará uma nação que valoriza os seus biomas.

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REDAÇÃO MODELO 09

TEMA: CAMPANHAS DE VACINAÇÃO


De acordo com o artigo 196 da Constituição Federal de 1988, todos têm direito
à saúde, e é dever do Estado garanti-la mediante políticas econômicas e sociais.
Entretanto, esse princípio não é exercido em sua totalidade, haja vista os desafios para o
alcance da eficiência das campanhas de imunização no Brasil. Nesse sentido, dois
aspectos fazem-se relevantes: a falta de desenvolvimento crítico e racional e a falha do
Estado na distribuição de vacinas. Por isso, medidas atitudinais e estruturais são
essenciais para que toda população seja imunizada.
De início, é relevante ressaltar que, no início do século XX, houve, no Rio de
Janeiro, a chamada Revolta da Vacina, a qual foi um movimento popular de combate à
vacinação obrigatória contra a varicela que ocorreu devido à falta de conhecimento da
sociedade a respeito da imunização. Nesse âmbito, para o filósofo Immanuel Kant, a
maioridade da razão ocorre quando um indivíduo deixa de aceitar de forma acrítica
pensamentos baseados no senso comum e começa a interpretar o mundo de acordo com
o exercício da razão. No entanto, ao analisar esse conceito filosófico, percebe-se que ele

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não está aplicado no cenário brasileiro da vacinação, já que a defasagem na elaboração de
ideias próprias, por grande parte da população, permite que ocorra a propagação de
falsas ideias — de que vacinas não protegem e podem gerar doenças. Como
desdobramento, destacam-se os prejuízos na efetivação das campanhas de prevenção e o
aumento da propagação de doenças, uma vez que, segundo dados do Ministério da
Saúde, movimentos contrários à vacinação são impulsionados por meio de páginas
temáticas no Facebook que divulgam, sem base científica, supostos efeitos colaterais da
vacina e influenciam na recusa à imunização.
Além disso, é indubitável que a ineficácia governamental também é responsável
pelos entraves referentes à vacinação da população. Nessa perspectiva, para o filósofo
Jean-Jacques Rousseau, na medida em que a sociedade deixa de viver no estado natural e
faz um contrato social com o Estado, ele deveria promover a ordem e a segurança
individual para a coletividade. A partir desse pressuposto, quando o governo não
garante que as políticas de imunização alcancem toda a sociedade, há um problema de
natureza social que gera prejuízo à saúde dos cidadãos. Como consequência, nota-se a
disseminação de doenças, as quais podem levar indivíduos ao óbito. Tal conjuntura pode
ser comprovada por dados divulgados pela Secretaria de Saúde do estado de Goiás no
início de 2018, segundo os quais a vacina BCG, que previne a tuberculose e deve ser
administrada para crianças de até 4 anos, estava em falta nas unidades públicas de saúde
do Distrito Federal e da cidade de Palmas.
Portanto, para resolver o impasse, cabe ao Ministério da Cultura promover ações
de merchandising social, por meio da inserção de temas referentes à importância da
imunização em obras de arte, a exemplo de filmes e de telenovelas, a fim de que a
população não resista à vacinação. Ademais, urge que o Ministério da Saúde garanta a

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vacinação de toda a sociedade brasileira, por intermédio da ampliação da distribuição de


doses de vacina em áreas de maior necessidade, as quais serão identificadas a partir de
pesquisas realizadas pelas Secretarias de Saúde, com vistas a erradicar o maior número
possível de doenças. Com esse conjunto de medidas, o direito à saúde, previsto no texto
constitucional, será garantido a todos os cidadão brasileiros.

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REDAÇÃO MODELO 10

TEMA: COMO COMBATER A VIOLÊNCIA GERADA PELO SISTEMA


CARCERÁRIO BRASILEIRO
De acordo com o artigo 5 da Constituição Federal de 1988, todos são iguais
perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza. Entretanto, a hostilidade gerada pelo
sistema prisional evidencia que o dispositivo legal não está sendo cumprido em sua
totalidade. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: a inexistência de métodos
eficazes para a ressocialização do preso, bem como a lentidão judicial. Por isso, é preciso
pensar em medidas que visem a diminuir a violência presente no sistema penitenciário
brasileiro.
De início, é indubitável que a ineficácia dos recursos que visam a reinserir
socialmente os detentos é responsável pela violência presente nos cárceres nacionais.
Nessa perspectiva, consoante o sistema panóptico do filósofo Jeremy Bentham, o olho
que tudo vê consiste em uma espécie de observatório que é utilizado para controlar os
indivíduos privados de liberdade, levando-os a obedecer aos desejos do vigilante. Sob tal
ótica, essa conjuntura está diretamente relacionada com a estrutura autoritária das

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penitenciárias brasileiras, uma vez que se trata de um modelo dominador que não
trabalha com a futura reinserção do detento na sociedade e visa apenas a satisfazer os
desejos de punição hegemônicos no corpo social. Como desdobramento disso, tem-se
uma elevada taxa de reincidência nas prisões, a qual, segundo dados divulgados pelo
portal G1 em 2018, corresponde a 36%, o que confirma que quem está preso não é
preparado para o retorno ao convívio social.
Além disso, é evidente que a inércia governamental também contribui para a
violência gerada pelo sistema carcerário. Nesse contexto, conforme a teoria do contrato
social de Jean-Jacques Rousseau, o Estado (dotado de poderes pelo povo) deve resolver
todas as questões públicas, como as referentes à segurança pública, de maneira justa e
equânime, para que a vida em sociedade seja harmônica. Em outras palavras, quando o
governo permite que haja lentidão no julgamento de processos das pessoas encarceradas,
há um problema de cunho social que gera prejuízo aos cidadãos. Em decorrência disso,
muitos indivíduos que deveriam ficar pouco tempo nas cadeias permanecem ali por
longos períodos, fato que propicia a superlotação.
Portanto, urge que os ministérios do Desenvolvimento Social e da Educação
implementem medidas educacionais nos presídios, por intermédio da realização de
palestras e de atividades com profissionais da área, tais como professores e sociólogos,
para auxiliar na reeducação e na reinserção social dos presidiários, a fim de reduzir o
retorno desses indivíduos aos cárceres. Ademais, cabe ao Ministério da Justiça
disponibilizar mais funcionários, por meio da contratação de especialistas dessa área,
como promotores públicos e advogados, com o objetivo de acelerar a conclusão de
processos e de diminuir o número de detentos provisórios no país. Somente sob tal

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perspectiva, será possível combater a violência gerada pelo sistema prisional e assegurar
a todos os cidadãos brasileiros a isonomia presente no texto constitucional.

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REDAÇÃO MODELO 11

TEMA: CONSUMO DE ALIMENTOS TRANSGÊNICOS


De acordo com o artigo sexto da Constituição de 1988, um dos fundamentos
da República Federativa do Brasil é o direito à alimentação saudável. Entretanto, o
consumo excessivo de alimentos geneticamente modificados pelos cidadãos nacionais
evidencia que os princípios do dispositivo legal não estão sendo cumpridos em sua
totalidade. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: a ineficácia do Estado em
regular a consumação de alimentos geneticamente modificados, bem como as
consequências ambientais trazidas por esse consumo. Por isso, medidas atitudinais e
estruturais são necessárias, a fim de favorecer a qualidade de vida de todos os brasileiros.
Em primeira análise, é indiscutível que a questão constitucional e sua aplicação
estejam entre as causas do problema. Nesse contexto, segundo Aristóteles, a política deve
ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade.
De maneira análoga, é possível perceber que a produção, em grande escala, de alimentos
transgênicos rompe com essa harmonia, haja vista que, ao permitir essa distribuição para
a população, o Estado deixa de cumprir o seu papel de garantir uma alimentação

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saudável a todos os indivíduos. Por conseguinte, cria-se um ambiente social mais
suscetível a doenças neurológicas e cancerianas, devido à letalidade dos herbicidas e
agrotóxicos presentes nos organismos modificados pela Engenharia Genética. Essa
conjuntura pode ser comprovada com dados divulgados pela Rede Agroservices em
2015, segundo os quais 90% da soja, do milho e do algodão no Brasil são transgênicos.
Em segunda análise, é importante ressaltar as consequências ambientais oriundas
da produção de alimentos que sofreram modificações em suas estruturas cromossômicas.
Nessa perspectiva, de acordo com estudos realizados pela Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP) em 2016, o cultivo de produtos alterados geneticamente reduz a
biodiversidade. Sob tal ótica, fica evidente que essa cultura pode prejudicar não só o solo,
mas também todo o meio ambiente, gerando a morte de espécies vegetais e de animais.
Consequentemente, esse cenário pode originar desequilíbrios ecológicos na região,
afetando de maneira ampla o ecossistema. Tais fatos podem ser comprovados por dados
divulgados pela Fundação Greenpeace em 2017, os quais revelam que alimentos
transgênicos contaminam o solo e os lençóis freáticos com substâncias químicas nocivas
ao ambiente.
Portanto, torna-se evidente a necessidade de mudanças no consumo em
distribuição de organismos geneticamente modificados. Para que isso ocorra, o
Ministério da Agricultura deve promover a diminuição da produtividade de alimentos
com alterações em seus cromossomos, por intermédio de incentivos fiscais a agricultores,
tais como a redução de impostos sobre as commodities e a concessão de subsídios
financeiros para a restruturação de áreas produtoras, com vistas a reduzir drasticamente
o consumo e a distribuição desses suprimentos. Urge, ainda, que Organizações Não

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Governamentais (ONGs) estimulem a realização de manifestações, por meio de


convocação de eventos nas redes sociais, a fim de pressionar o Poder Legislativo a
elaborar e sancionar um Projeto de Lei que criminalize a geração excessiva de organismos
transgênicos. Só assim, a Carta Magna será respeitada, e a população brasileira terá
acesso a uma alimentação digna.

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REDAÇÃO MODELO 12

TEMA: CRISE NO SISTEMA PENITENCIÁRIO


De acordo com o artigo 10 da Lei de Execução Penal de 1984, é dever do
Estado assegurar a assistência ao preso e a orientação do seu retorno à sociedade.
Entretanto, esse princípio não é exercido em sua totalidade, haja vista os problemas
enfrentados no sistema prisional brasileiro. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se
relevantes: a morosidade da justiça, bem como a degeneração do caráter do detento. Por
isso, medidas são necessárias para que se resolvam esses impasses.
Em primeira análise, é relevante ressaltar que a demora do judiciário contribui
diretamente para os problemas enfrentados nos presídios do Brasil. Nessa perspectiva,
segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça em 2017, a quantidade de
presos provisórios aguardando uma sentença corresponde a 34,4% dos presidiários no
país. Sob tal ótica, essa realidade comprova a ineficácia do sistema judicial, uma vez que
vários casos, inclusive os mais simples e com prazos de penas mais curtos, ficam meses à
espera de um julgamento. Como consequência, muitos indivíduos, que deveriam ficar
pouco tempo nas penitenciárias, acabam permanecendo longos períodos, o que gera a

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superlotação. Essa conjuntura pode ser comprovada por dados divulgados pelo Site G1
em 2019, segundo os quais o número de presos no Brasil atinge a média de 810.000.
Em segunda análise, é indubitável que o ambiente em que as penitenciárias
encontram-se pode ser propício à corrupção do indivíduo. Nesse âmbito, conforme o
sociólogo Émile Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar,
dotada de exterioridade, de generalidade e de coercitividade. Seguindo essa linha de
raciocínio, a degeneração do presidiário pode relacionar-se com essa teoria, visto que,
convivendo com indivíduos que adotam certo comportamento, há uma tendência de os
outros agirem da mesma forma. Em decorrência, grande parte dos detentos, que
poderiam ser ressocializados, acabam por optar pelo crime, refletindo, assim, o
tratamento que receberam.
Portanto, torna-se evidente a necessidade de mudanças no sistema prisional
brasileiro. Para que isso ocorra, a Secretaria de Gestão Pública deve aumentar o número
de funcionários do judiciário, por intermédio da realização de concursos para cargos
específicos dessa área, tais como promotores e defensores, com o objetivo de acelerar a
conclusão dos processos. Ademais, compete ao Ministério do Desenvolvimento Social
implementar e expandir medidas educativas nos presídios, mediante a contratação de
profissionais renomados nas áreas da educação e das relações sociais, para auxiliar na
reeducação e na reinserção do recluso, a fim de garantir que os presídios brasileiros sejam
um local que assegure a reinclusão eficaz do indivíduo. Somente assim, com melhoras
gradativas, o dispositivo legal será exercido corretamente, e a crise do sistema
penitenciário será resolvida.

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REDAÇÃO MODELO 13

TEMA: DESAFIOS DA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA


De acordo com o artigo primeiro da Constituição de 1988, um dos
fundamentos da República Federativa do Brasil é a dignidade da pessoa humana. No
entanto, as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros para ter acesso a serviços
comunitários de saúde de qualidade evidenciam que os direitos previstos no dispositivo
legal não estão sendo cumpridos em sua totalidade. Nesse sentido, dois aspectos fazem-
se relevantes: a falta de médicos, bem como a carência de recursos destinados ao sistema
público de saúde. Por isso, medidas atitudinais e estruturais devem ser estabelecidas, a
fim de reverter o cenário de degradação sanitária no país.
Inicialmente, é inegável que a ineficiência de equipes médicas, principalmente
nas unidades afastadas dos grandes centros, é um dos entraves à saúde coletiva. Nessa
perspectiva, segundo o professor Halime Hachem, doutor em Saúde Pública, a
centralização medicinal nos hospitais sobrecarrega esses centros de atendimento
enquanto negligencia as UBSs — Unidades Básicas de Saúde. Seguindo tal pressuposto, a
má distribuição de profissionais capacitados dificulta a interiorização da saúde comum

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no território brasileiro. Consequentemente, inúmeras UBSs não têm sequer um clínico
geral à disposição da população local, que passa por um processo de triagem, de modo
que os casos mais graves são encaminhados para hospitais nos grandes centros urbanos,
fato que não resolve a problemática da falta de médicos nas instituições municipais de
saúde.
Além disso, é indubitável que a falta de investimento no SUS — Sistema Único
de Saúde — é outro obstáculo para a nação atingir excelência no cuidado e no bem-estar
físico e mental dos cidadãos. Nesse contexto, consoante dados divulgados pela OMS em
2018, o Brasil investe 6,8% do PIB na saúde, percentual bem abaixo da média mundial (de
11,7%). A partir dessa constatação, ainda que o SUS ofereça serviços de referência,
reconhecidos internacionalmente, como transplante de órgãos, tratamento contra HIV e
vacinação, a falta de recursos compromete a eficácia do sistema, o que gera prejuízo aos
cidadãos. Como desdobramento da falta de verba, a infraestrutura hospitalar e
ambulatorial torna-se ultrapassada, e o atendimento, precário, o que pode levar a
diagnósticos inconclusos ou tardios, realidade que infringe os direitos sociais.
Portanto, urge que o Ministério da Saúde amplie o gerenciamento do programa
Mais Médicos, criado em 2013 para suprir a carência de médicos nos municípios
periféricos, por meio de uma gestão tripartite de pessoal (compartilhada entre o Governo
Federal, os estados e os municípios), a fim de distribuir a mão de obra médica de maneira
mais igualitária por todo o território nacional. Ademais, o Ministério do Planejamento
deve pressionar o Poder Legislativo para a aprovação de projetos que permitam
aumentar o aporte financeiro destinado à área da saúde coletiva, mediante acréscimo da
porcentagem do lucro do pré-sal auferido para o SUS. Somente assim, com medidas

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pontuais e gradativas, as prerrogativas referentes à saúde presentes na Carta


Constitucional Cidadã serão ampliadas para toda a população brasileira.

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REDAÇÃO MODELO 14

TEMA: DESAFIOS DOS POVOS INDÍGENAS


De acordo com o artigo 215 da Constituição de 1988, a República Federativa do
Brasil tem o dever de proteger as manifestações das culturas indígenas. Entretanto, esse
princípio não é exercido em sua totalidade, haja vista os óbices enfrentados pela
população silvícola. Nesse sentido, evidencia-se a necessidade de medidas que
solucionem os impasses de natureza cultura e estatal vivenciados pelos povos da floresta.
De início, é indubitável que a aculturação é um dos problemas enfrentados pelos
autóctones brasileiros. Nesse contexto, segundo notícia divulgada pelo site BBC Brasil,
um pastor evangélico batizou, em 2017, 38 indígenas no Mato Grosso. Em outras
palavras, esse ato evidencia, em pleno século XXI, um comportamento de natureza
etnocida, haja vista que a imposição de uma religião cristã aos indígenas manifesta o
desrespeito, a prepotência e a arrogância travestidos num anacrônico ideal salvacionista.
Em virtude disso, os índios, ao serem forçados a praticar rituais religiosos que vão de
encontro a suas crenças, aos poucos, acabam perdendo sua identidade cultural.
Além disso, é inegável que a inércia estatal também é responsável pelos entraves

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enfrentados pelos povos indígenas brasileiros dos anos 2010. Nessa perspectiva,
conforme a teoria contratualista de Jean-Jacques Rousseau, o Estado deve resolver todas
as questões públicas, como as relacionadas à população silvícola, de maneira justa e
igualitária, para que a vida em sociedade seja harmônica. Em outras palavras, quando o
governo permite que haja invasão às terras dos primeiros habitantes do Brasil, há um
problema de cunho social que gera prejuízos aos povos da floresta. Como reflexo de tal
fato, muitos autóctones morrem em decorrência de ações violentas que visam à tomada
de suas terras, o que leva à redução tanto do território quanto da população aborígene.
Portanto, é urgente que o Ministério da Educação amplie a grade curricular dos
estabelecimento de Ensino Médio e Fundamental, mediante a criação da disciplina de
Direitos Humanos, a fim de impulsionar, no ambiente escolar, iniciativas contra a
intolerância. Ademais, é imprescindível que o Ministério da Segurança Pública fiscalize,
de forma efetiva, as áreas de demarcação de terras indígenas, por intermédio da criação
de uma força policial agrária que ficará responsável por resolver os conflitos envolvendo
invasões de territórios destinados aos autóctones, com vistas a impedir que a integridade
física e territorial desses povos seja desrespeitada. Dessa forma, os preceitos presentes na
Carta Magna serão plenamente assegurados.

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REDAÇÃO MODELO 15

TEMA: EFEITOS DA AUTOMEDICAÇÃO


De acordo com o artigo sexto da Constituição Federal de 1988, todos os
cidadãos têm direito à saúde. Entretanto, ainda que exista tal legislação, muitos
brasileiros consomem medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não
habilitadas. Nesse sentido, dois desdobramentos da automedicação fazem-se relevantes:
a intoxicação e o surgimento de superbactérias. Devido a isso, medidas devem ser
estabelecidas para reverter tal cenário.
De início, é inegável que a intoxicação seja um reflexo danoso do uso
indiscriminado de remédios. Nessa perspectiva, conforme dados divulgados pelo “Jornal
do Brasil” em 2018, um terço das ocorrências de intoxicação ocorreu em razão do uso
indevido de medicamento. De maneira análoga, os brasileiros automedicam-se com
frequência, uma vez que são influenciados por propagandas e por conhecidos. Por
conseguinte, a população, por não conhecer os efeitos colaterais da ingestão inadequada
de medicamentos, fica sujeita a diversos tipos de intoxicação. Tal impacto pode ser
causado, por exemplo, pelo uso de analgésicos e de anti-inflamatórios que, a longo prazo,

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ocasionam dores de cabeça intensas e gastrite, respectivamente.
Além disso, é indiscutível que o fenômeno da resistência bacteriana também seja
um fator decorrente da utilização de uma classe especifica de fármaco: os antibióticos.
Nessa conjuntura, consoante a teoria da seleção natural de Darwin, os seres mais fortes e,
portanto, mais adaptados ao meio, apresentam vantagem evolutiva sobre os outros. Em
outras palavras, quando uma pessoa toma esse tipo de medicamento
indiscriminadamente, há um problema de saúde pública, posto que bactérias patogênicas
resistentes a uma vasta gama de princípios ativos são selecionadas. Tal fato favorece a
reprodução de superbactérias, em detrimento da flora bacteriana simbiótica presente no
organismo humano sadio, o que pode ocasionar a morte, bem como a disseminação em
cadeia de infecções fatais.
Portanto, urge que o Ministério da Educação promova ações de merchandising
social, por meio da inserção de temas relativos aos danos decorrentes da ingestão
indiscriminada de medicamentos em obras de arte, tais como telenovelas e filmes, a fim
de esclarecer os riscos aos quais as pessoas ficam expostas quando tomam remédio sem o
acompanhamento adequado de um profissional habilitado. Ademais, o Ministério da
Educação deve tornar obrigatória, na grade curricular das escolas de Ensino Médio, a
disciplina Saúde Pública, com vistas a estimular a formação de senso crítico em relação
ao uso de medicamentos. Só assim, as garantias previstas no dispositivo constitucional
relativas à saúde serão cumpridas em sua totalidade.

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REDAÇÃO MODELO 16

TEMA: ENTRAVES À DOAÇÃO DE ÓRGÃOS NO BRASIL


De acordo com o artigo 199 da Constituição de 1988, um dos fundamentos da
República Federativa do Brasil é a facilitação, por parte do governo, dos processos de
transplante de órgãos. Entretanto, o expressivo contingente populacional à espera de um
conjunto de tecidos nos hospitais brasileiros evidencia que esse princípio do dispositivo
legal não está sendo cumprido em sua totalidade. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se
relevantes: os empecilhos burocráticos nos procedimentos de doação de estruturas vitais,
bem como a falta de informação aos indivíduos nacionais sobre a morte encefálica. Por
isso, medidas atitudinais são necessárias, a fim de se obter um ambiente social mais
saudável.
De início, é indubitável que a inércia estatal é um dos principais responsáveis
pela morosidade na transferência de órgãos. Nesse contexto, conforme a Teoria do
Contrato Social, de Jean-Jacques Rousseau, o Estado (dotado de poderes pelo povo) deve
resolver todas as questões públicas, como os processos de cessão de conjunto de tecidos,
de maneira justa e equânime, para que a vida em sociedade seja harmônica. Em outras

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palavras, quando o governo não garante que os obstáculos burocráticos aos transplantes
de partes vitais dos seres humanos inexistam, há um problema de natureza jurídica que
causa prejuízos aos cidadãos, visto que delonga a ocorrência desses procedimentos. Por
conseguinte, a lentidão, por parte da justiça, na liberação da retirada dos organismos
saudáveis de um paciente apto para a doação, faz com que haja, gradativamente, uma
desistência para a realização de tal ato, o que piora os índices de saúde pública.
Ademais, é importante ressaltar a dificuldade que os brasileiros possuem para
entender o conceito de morte encefálica. Nessa perspectiva, segundo dados publicados
pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) em 2017, 47% dos familiares
recusam-se a doar órgão de parentes com falecimento cerebral. Seguindo essa linha de
raciocínio, quase metade dos casos habilitados à transferência de partes vitais do corpo
humano, capazes de salvar uma ou mais vidas, não são executados, haja vista que há um
défice de informação para aqueles que necessitam autorizar a realização do
procedimento. Em decorrência disso, a quantidade possível de vivências preservadas
mediante um transplante não é atingida, e muitos pacientes morrem à espera de um
doador.
Portanto, o Ministério da Justiça deve criar uma lei que permita aos cidadãos
declararem-se, em vida, doadores de órgãos, por intermédio de uma parceria com o
Poder Legislativo, tal como a facilitação da tramitação no Congresso Nacional dessa
emenda constitucional, com vistas a diminuir os empecilhos burocráticos no processo de
doação de órgãos. Urge, ainda, que as escolas nacionais realizem debates referentes à
morte encefálica, por meio da inserção de temas afins em disciplinas do Ensino Médio,
tais como Biologia e Sociologia, a fim de aumentar o acesso à informação de familiares de

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pacientes que sofreram falecimento cerebral. Somente assim, a Carta Magna será
respeitada, e o Brasil se tornará um país referência em saúde pública.

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REDAÇÃO MODELO 17

TEMA: ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA


De acordo com o artigo 230 da Constituição Federal de 1988, a família a
sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua
participação na comunidade, defendendo sua dignidade e seu bem-estar. Entretanto, esse
princípio não é exercido em sua totalidade, haja vista os problemas enfrentados pelos
anciãos. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: o preconceito e a ineficácia do
Estado em garantir qualidade de vida a essa parcela da população. Por isso, medidas
atitudinais e estruturais são necessárias, a fim de solucionar o drama vivido por esse
público.
De início, é indiscutível que os longevos estão suscetíveis ao ageísmo, isto é, à
discriminação etária. Nessa perspectiva, segundo o sociólogo Émile Durkheim, o
preconceito é um fato social, visto que é uma forma coletiva de agir e de pensar,
enraizada na cultura brasileira e que influi na realidade social de maneira negativa, como
na segregação sofrida pela população idosa. Sob tal perspectiva, as pessoas da terceira
idade são tidas como incapazes e dependentes, porque, no país, a vida e a história do ser

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humano, repletas de aprendizados e de experiências, são desvalorizadas. Como
desdobramento dessa visão deturpada a respeito dos anciãos, destaca-se a
vulnerabilidade desse público, manifesta na rejeição e na exclusão social vivenciadas por
eles. Tal realidade é comprovada por dados divulgados pelo jornal “Folha de S. Paulo”
em 2015, os quais indicam que 77,6% das denúncias de maus tratos a idosos relacionam-
se a negligência ou a abandono sofridos por essa parcela da população.
Além disso, é indubitável que a ineficiência governamental também é
responsável pelos entraves referentes ao envelhecimento da população brasileira. Nesse
âmbito, segundo o filósofo contratualista Thomas Hobbes, uma vez que a sociedade
deixa de viver em estado natural e faz um contrato social com o Estado, ele deveria
promover a ordem e a segurança individual para a coletividade. Partindo desse
pressuposto, percebe-se que a falta de uma política de saúde que garanta dignidade para
os vetustos comprova que o poder público não consegue assegurar que os longevos
tenham qualidade de vida, já que, segundo dados divulgados pela ONG Age Watch em
2015, dos 21 anos de vida de que o brasileiro dispõe depois que atinge a terceira idade,
apenas 16 são considerados saudáveis. Desse modo, faz-se evidente que o Estado não
cumpre com sua função e colabora para que o bem-estar social não acompanhe o
crescimento desse grupo etário.
Portanto, cabe ao Ministério da Saúde criar programas de promoção à saúde do
idoso, mediante disponibilização de profissionais especializados, tais como oncologistas,
geriatras e clínicos gerais, em hospitais que atendam exclusivamente essa parcela da
população, com vistas a assegurar melhor qualidade de vida aos anciãos. Ademais, a
mídia deve promover merchandising social, por intermédio da inserção de temas
referentes à negligência vivenciada pelos idosos em obras de arte, a exemplo de filmes,

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seriados e telenovelas, para erradicar o ageísmo e, por conseguinte, a segregação das


pessoas da terceira idade. Com esse conjunto de medidas, os direitos previstos na Carta
Magna serão garantidos a todos os cidadãos brasileiros.

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REDAÇÃO MODELO 18

TEMA: ESPORTE COMO FATOR DE INCLUSÃO SOCIAL


A Constituição Federal de 1988 assegura, em seu artigo 217, que um dos
objetivos fulcrais do estado é fomentar práticas desportivas formais e não formais.
Entretanto, apesar de a realização de atividades físicas ser um instrumento basilar para a
inclusão social, a contemporaneidade brasílica, em virtude de fatores estruturais e
econômicos, ainda coexiste com entraves no que diz respeito a esse ato. Desse modo,
urgem medidas efetivas para a solução do impasse.
De início, é imperioso salientar que a prática de esportes é um fator essencial
para a interação do sujeito com a sociedade. Nesse contexto, é imprescindível remontar à
criação dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga, na qual a execução dos exercícios físicos
tinha como um dos objetivos fundamentais a relação bem estruturada entre os povos. Sob
tal ótica, é irrefutável que a realização dos desportos corrobora com a inserção social do
indivíduo, uma vez que essa conjuntura, em razão de suas inúmeras modalidades e da
quantidade de sujeitos praticantes, favorece a formação de laços afetivos e disciplinares.
Como desdobramento disso, ocorre a viabilização de perspectivas para a adaptação da

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pessoa na comunidade e a propiciação de um bem-estar físico e mental, a julgar pelos
benefícios oriundos da prática de esportes, como a redução do LDL no sangue, fator
associado à diminuição dos riscos de doenças cardíacas. A título de exemplo, explicita-se
a coletânea de filmes "Harry Potter", nos quais há a ascensão social personagem principal
ao participar de um torneio de quadribol.
Não obstante, é necessário ressaltar que a estrutura econômica é um óbice no que
tange à execução de desportos como ferramenta de relações sociais. Nesse viés, salienta-
se o Determinismo Geográfico desenvolvido pelo historiador francês Hippolyte Taine,
segundo o qual as circunstâncias de habitação do indivíduo determinam sua índole.
Seguindo esse pressuposto, é irrefutável que a vivência das pessoas em comunidades de
baixa renda acomete negatividade a probabilidade de desempenho dos díspares modais
de atividades físicas, visto que, majoritariamente, essas localidades não possuem
perspectivas para a realização de atividades desportivas, como quadras de tênis e locais
para natação. Em virtude disso, esses sujeitos veem-se estagnados em condições que não
viabilizam a eles perspectivas para a prática de esportes, conjuntura que acomete
imensuravelmente a relação das pessoas com a sociedade. Logo, dado que as práticas
esportivas estimulam a formação de indivíduos mais propensos às normais sociais, os
sujeitos incoerentes com essas diretrizes são passíveis da criminalidade e de outros
discernimentos imorais.
Portanto, fazem-se necessárias atitudes para a resolução do problema. Assim,
cabe ao Ministério dos Esportes criar e expandir medidas infraestruturais nos ambientes
defasados em relação à prática de desportos, mediante inauguração de localidades
esportivas, tais como quadras de tênis, vôlei, basquete e futebol, as quais serão
acompanhadas por profissionais de cada área para o auxílio de um desempenho bem

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estruturado nas atividades físicas, com vistas a proporcionar condições favoráveis para
que o esporte seja um método efetivo de inclusão social. Ademais, compete, ainda, à
mídia brasileira divulgar informações acerca dos benefícios oriundos dos esportes, por
meio de programas em horários nobres, como telenovelas e jornais. Somente sob tal
perspectiva, alcançar-se-á uma esfera propícia à correta execução do artigo
constitucional.

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REDAÇÃO MODELO 19

TEMA: IDENTIDADE DE GÊNERO


Até junho de 2018, a Organização Mundial de Saúde ainda definia a
transexualidade como doença mental. Tal concepção está profundamente vinculada à
grande dificuldade de diversas sociedades, incluindo a brasileira, em lidar com a
identidade de gênero, que é um conceito complexo e menos restritivo quando comparado
à ideia de sexo biológico, a qual é a única classificação considerada correta e necessária
pela maioria das pessoas. Nessa conjuntura, é necessário reeducar a nação quanto às
diferenças entre a noção de gênero e a identificação médica, para evitar consequências
desastrosas e, infelizmente, comuns para transgêneros, como o desemprego e a
prostituição.
Inicialmente, é inegável a existência de preconceito social contra indivíduos não
cisgêneros e a relação existente entre ele e a visão biológica ainda persistente na
contemporaneidade. Nesse sentido, enquanto o sexo limita-se a diferenciar as pessoas
entre homens e mulheres, o gênero funciona como uma performance, segundo a
socióloga americana Judith Butler. Em outras palavras, ele se relaciona com a forma como

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o feminino e o masculino são representados na sociedade, como os valores de delicadeza
para as meninas e virilidade para meninos e, por isso, tal forma de identificação social
depende da individualidade de cada pessoa. Contudo, há um nítido contraste entre essa
realidade e a noção binária predominante no Brasil. Em virtude disso, é gerada uma
visão negativa e deturpada sobre as minorias que não se encaixam nesse padrão, o que
configura discriminação.
Como consequência marcante desse preconceito, destaca-se o desemprego entre
os indivíduos trans, fato que ressalta a significativa dificuldade de inserção social desse
grupo. Nesse contexto, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA)
constatou, em suas pesquisas, que por volta de 90% das travestis brasileiras têm de
recorrer à prostituição para obter renda. Sob tal ótica, os transgêneros são marginalizados
pela sociedade, e isso os torna especialmente vulneráveis à violência urbana e aos crimes
de ódio. Como desdobramento, muitas pessoas não cisgêneras morrem prematuramente,
o que reduz drasticamente a expectativa de vida dessa minoria social e fere seu direito à
dignidade e à vida.
Portanto, urge que o Ministério da Educação e da Cultura promova a educação
sexual e de gênero, por meio da criação de uma disciplina, a qual deve ser obrigatória na
grade escolar, com vistas a reduzir o preconceito social contra as travestis a partir do
ensino da teoria de Judith Butler sobre gênero. Ademais, é fundamental que o Congresso
aprove uma lei que promova a inserção social dos transgêneros, mediante a inclusão
deles no mercado de trabalho, por meio de cotas nas empresas, assim como foi feito com
deficientes físicos, a fim de reduzir os índices de prostituição em tal grupo. Assim, será
possível reverter os dados registrados pela ANTRA, bem como reduzir o estigma criado
sobre os transexuais e agravado pela classificação da Organização Mundial da Saúde.

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REDAÇÃO MODELO 20

TEMA: IMPACTOS DA INVERSÃO DA PIRÂMIDE ETÁRIA NO BRASIL


De acordo com o artigo sexto do Estatuto do Idoso, as pessoas senis gozam de
todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana. No entanto, os reflexos da
transição demográfica pela qual o Brasil está passando evidenciam que o dispositivo
legal não está sendo cumprido em sua totalidade. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se
relevantes: a elevação do número de dependentes da Previdência Social, bem como a
sobrecarga do sistema de saúde pública. Por isso, medidas atitudinais e estruturais
devem ser estabelecidas, a fim de reverter tal cenário.
Inicialmente, é inegável que uma consequência da inversão da pirâmide etária
nacional é a possibilidade de aumento da quantidade de cidadãos amparados pelo
sistema previdenciário. Nessa perspectiva, consoante dados divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística em 2019, a previsão é de que, em 2060, cada grupo de
cem indivíduos em idade ativa sustente 65,9 indivíduos dependentes. Sob tal ótica, o
orçamento da seguridade social fica desequilibrado, devido ao envelhecimento da
população, uma vez que — graças aos avanços da medicina — a expectativa de vida

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aumentou, e a taxa de mortalidade diminuiu no país. Como desdobramento, um maior
número de pessoas tende a se aposentar cada vez mais cedo e a receber aposentadoria
por um período maior, o que pode inviabilizar a gestão justa e equânime do capital
previdenciário destinado a garantir o acesso à qualidade de vida básica dos idosos.
Outrossim, é indubitável que outro resultado decorrente da elevação do número
de pessoas da terceira idade na população nacional é o arrocho dos serviços de saúde.
Nesse contexto, conforme levantamento estatístico publicado pela Organização Mundial
de Saúde em 2019, a esperança de vida do brasileiro é, atualmente, de 74 anos — a
previsão é de que, em 2050, seja de 81 anos. A partir de tais dados, é importante ressaltar
que o avanço da idade é acompanhado da presença de doenças crônicas típicas da
velhice, tais como diabetes, hipertensão, câncer, Alzheimer e Parkinson, haja vista que os
idosos têm os sistemas imunológico e fisiológico, em geral, com menos vigor de resposta
em comparação aos juvenis. Consequentemente, os indivíduos senis necessitam,
frequentemente, de atendimentos hospitalares especializados, o que pode saturar os
estabelecimentos de saúde e comprometer a atenção à saúde da população em geral.
Portanto, o Congresso Nacional deve agilizar a reforma do setor previdenciário,
mediante o aumento da taxa de contribuição dos setores responsáveis pelo déficit da
previdência, a saber: o Legislativo e o Judiciário, a fim de garantir proventos equânimes
aos contribuintes. Além disso, o Ministério da Saúde deve ampliar o departamento de
geriatria dos hospitais, por intermédio da formação de equipes multiprofissionais
especializadas no cuidado relativo às doenças crônicas dos idosos, com vistas a garantir
um serviço de saúde humanizado. Somente assim, resguardar-se-ão os direitos
assegurados aos idosos pelos dispositivos legais.

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REDAÇÃO MODELO 21

TEMA: IMPACTOS SOCIAIS DO DIREITO À GREVE


A greve é uma estratégia encontrada pelos trabalhadores para buscar direitos e
para combater injustiças no trabalho. Nesse sentido, uma vez que seu objetivo é gerar
impacto social para conseguir a visibilidade necessária a suas demandas, é natural que,
devido a essas paralisações, uma ou mais atividades sejam prejudicadas na sociedade.
No entanto, quando conduzida de maneira errônea ou muito ampla, as interrupções das
atividades produtivas podem gerar consequências negativas, como o impedimento de
que outros setores sociais consigam funcionar normalmente e a prática de locaute.
Em primeira análise, é indubitável que cada trabalhador possui uma função
social fundamental na sociedade. Nesse sentido, para Durkheim, a sociedade tem que
funcionar como o organismo biológico e, caso haja desordem provocada por uma
patologia social, pode ocorrer o seu colapso. Sob tal óptica, a paralisação de uma
atividade pode prejudicar todo o sistema coletivo e impedir o funcionamento normal de
diferentes práticas laborativas. Como consequência, os serviços essenciais, como saúde,
segurança pública e educação, perdem acesso temporário aos suprimentos necessários e,

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muitas vezes, têm de ser interrompidos durante o período de greve, ficando sem
condições de funcionar, o que ameaça a vida e o próprio fluxo econômico no país. Dessa
maneira, por vezes, o direito de manifestar insatisfação acaba por ir contra o próprio
dispositivo constitucional, na medida em que fere o direito dos outros cidadãos de
exercerem suas profissões livremente e priva-os do acesso a uma série de elementos
comunitários. Como exemplo, destaca-se a imobilização do campo policial no Espírito
Santo, em 2017, que ameaçou a segurança da população e impossibilitou a vida cotidiana,
ao diminuir a coesão social.
Em segunda análise, vale ressaltar que a paralisação do trabalhador é realizada
contra as injustiças na iniciativa privada e é direito do operário, não devendo envolver os
grandes empresários. Nesse contexto, os protestos populares ocorridos em 1905 na
Rússia foram utilizados pela burguesia como forma de pressionar o governo, o que
consistiu, portanto, em uma manipulação. Analogamente à situação russa, as greves
podem, muitas vezes, sofrer com a influência dos patrões, que, de forma indireta,
reivindicam seus interesses. Tal uso da pressão popular para os fins lucrativos privados,
denominado locaute, é prejudicial, uma vez que fere a Constituição Brasileira e promove
a desvirtuação do objetivo de manifestação, ao buscar pelas aspirações elitistas e encobrir
os desejos públicos que visam o bem social, como a reivindicação pelo aumento de
salários.
Por tudo isso, o Ministério Público deve ampliar o poder do Força Nacional para
períodos de paralisação, por meio da proposição de uma emenda à Lei de Greve de 1989
que permita a essa força de segurança assumir o controle de transportes especializados
para o deslocamento requerido, por exemplo, por medicamentos e por alimentos, a fim
de impedir a crise de abastecimento dos setores durante épocas de greve. Outrossim, é

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necessário que o Ministério do Trabalho enrijeça as multas contra praticantes do locaute,


por intermédio do aumento dos valores a se pagar pela infração, para diminuir a
ocorrência de tal ato. Somente assim, o direito à greve será exercido de forma ampla e
trará benefício a todos.

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REDAÇÃO MODELO 22

TEMA: ENSINO DOMICILIAR EM DEBATE NO BRASIL


De acordo com o artigo 205 da Constituição Federal de 1988, a educação é um
direito de todos e um dever do Estado. Entretanto, esse princípio não vem sendo exercido
em sua totalidade, haja vista o fato de o Governo Federal ter editado, no início do ano de
2019, uma Medida Provisória que visa a regulamentar o ensino domiciliar no Brasil.
Nesse sentido, dois problemas fazem-se relevantes: a negligência intelectual, bem como a
falta de socialização. Devido a isso, medidas são necessárias, com vistas a assegurar
escolarização de qualidade para todos os brasileiros.
De início, é indubitável que um dos principais problemas relacionados ao à
escolarização realizada no âmbito do lar é o crime de abandono intelectual. Nessa
perspectiva, conforme o artigo 246 do Código Penal Brasileiro, constitui contravenção
deixar, sem justa causa, de prover a instrução primária de filho em idade escolar.
Partindo desse pressuposto, quando o responsável pela criança não a matricula em uma
instituição de ensino regular ocorre uma situação de negligência, uma vez que é função
da família não só reunir todas as condições para que o jovem possa ter a melhor

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formação possível, mas também cumprir a legislação vigente do país. Como
desdobramento dessa situação, há a possibilidade de haver prejuízo tanto para quem
exerce o pátrio poder, que pode vir a ter dano financeiro ou supressão da liberdade
individual, quanto para o menor, cuja formação tende a ficar comprometida, já que,
conforme ensinam os especialistas em educação, a escola tem a função de assegurar o
desenvolvimento do intelecto, da psiquê e da mente do educando.
Além disso, é incontrovertível que a escolarização da criança no ambiente
doméstico pode interferir nos mecanismos de sociabilidade dela. Nesse contexto, para
Carlos Roberto Cury, professor da PUC-MG, uma das funções da escola é a de ser um
lugar de permanente e contínua interação com o outro. Sob tal ótica, a opção pela
instrução na residência revela-se prejudicial para a formação da personalidade do
educando, visto que, no meio escolar o menor tem contato constante com pessoas da sua
idade, o que possibilita a ele interagir, debater e socializar com seus pares. Como
desdobramento, a opção pelo ensino domiciliar gera a hipótese de se comprometer tanto
o desenvolvimento intelectual — posto que pais ou tutores não necessariamente têm
instrução adequada para ensinar o currículo mínimo previsto em lei —, quanto o social
do estudante — na medida em que só com seus iguais o discente tem a prerrogativa de
vir a desenvolver habilidades cognitivas importantes na vida adulta, tais como a
argumentação, a empatia e o respeito à diferença.
Portanto, o Supremo Tribunal Federal deve agir para promover o respeito à lei
maior do país, por intermédio da declaração de inconstitucionalidade da medida
provisória que faculta aos pais a retirada dos filhos do ambiente escolar, a fim de evitar
que os responsáveis pelos menores incorram em desrespeito às normas vigentes na nação
brasileira. Ademais, cabe às Associações de Pais e Mestres realizar ações de

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merchandising social, mediante a inserção, em obras de arte, tais como filmes,


telenovelas e seriados, de peças publicitárias que tratem da importância da escola nos
processos de socialização dos jovens, com vistas a sensibilizar os genitores a não optarem
pelo sistema de ensino domiciliar. Desse modo, com medidas gradativas, o artigo
constitucional será efetivado e garantido.

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REDAÇÃO MODELO 23

TEMA: MOBILIDADE URBANA


Segundo o artigo sexto da Constituição Federal de 1988, o transporte é um direito
social, assim como a saúde e a educação. Devido a isso, as instâncias governamentais
deveriam garantir a qualidade de vida nas cidades e a inclusão citadina. Entretanto, a
locomoção, no Brasil contemporâneo, é marcada pelos congestionamentos e pela
poluição, problemas que devem ser enfrentados no sentido de tornar a cidade um lugar
onde todos possam ter assegurado o direito e ir e de vir.
De início, é válido ressaltar que a prerrogativa das pessoas de se locomover é
obstada pelo grande volume de automóveis presente nas grandes cidades. Nesse
contexto, conforme notícia divulgada pelo jornal “Estadão” em 2016, três cidades
brasileiras estão entre as dez metrópoles com maiores taxas de congestionamento de todo
o planeta, sendo elas Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. De maneira análoga, os
engarrafamentos nas capitais são frequentes, uma vez que há a priorização do transporte
individual e o crescimento ascensorial da frota de carros. Devido a isso, uma imobilidade
urbana é gerada, o que, consequentemente, compromete tanto a capacidade de os

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indivíduos se deslocarem dentro da cidade quanto sua qualidade de vida.
Outrossim, é evidente que um dos principais desdobramentos do elevado
número de automóveis circulando pelas cidades, oriundo da política de Estado que,
durante décadas, priorizou o transporte rodoviário em detrimento de todos os outros
modais, é o aumento da poluição atmosférica. Nessa perspectiva, de acordo com Tasso
Azevedo, coordenador técnico do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito
Estufa (SEEG), o setor de transportes é responsável pela maior parte das emissões
brasileiras de poluentes. Sob tal ótica, os automóveis lançam na atmosfera gases tóxicos,
tais como o monóxido de carbono e o dióxido de enxofre. Por conseguinte, patologias,
náuseas e cânceres podem ser desenvolvidos, haja vista que essas partículas agem
diretamente sobre o aparelho respiratório. Tal fato é comprovado por dados divulgados,
em 2017, pela Organização Mundial de Saúde, segundo os quais, no Brasil, cerca de 2%
das crianças morrem antes de completar 5 anos, devido a problemas de saúde
ocasionados ou agravados pela poluição atmosférica.
Portanto, cabe ao Ministério dos Transportes melhorar a mobilidade urbana, por
intermédio da adoção de medidas restritivas quanto ao uso de automóveis nos grandes
centros urbanos, tais como a adoção de pedágio, o aumento da taxa de estacionamento e
a implementação de rodízios de placas, com vistas a garantir que a cidade seja um lugar
onde todos possam viver bem. Ademais, as Secretarias de Transporte Municipais devem
estimular a minimização da emissão de poluentes, por meio da regulamentação do uso
de um filtro de CO2 nos veículos automotores, a fim de reduzir os danos provocados
pela emissão gases tóxicos. Só assim, o dispositivo constitucional será posto em prática, e
o cidadão comum terá garantido seu direito de ir e vir.

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REDAÇÃO MODELO 24

TEMA: O CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA


“Eu bebo um litro e choro três, mas eu esqueço de você, nem que eu beba num
dia o que era para beber em um mês”. Esse é um trecho de uma música da dupla
sertaneja Mairara e Maraísa, que evidencia o consumo exacerbado de bebidas alcoólicas
pelos brasileiros. Diante desse cenário, constata-se que a ingestão de drinques pelos
jovens, sobretudo pelos adolescentes, tem-se tornado bastante expressivo, devido à
necessidade de se sentir aceito pelo grupo social e à falta de controle na oferta do
produtos que contenham álcool. Por isso, medidas devem ser tomadas, a fim de
minimizar os danos advindos do consumo excessivo de álcool por adolescentes na nação
brasileira.
Vale ressaltar, de início, que a imprescindibilidade de ser acolhido pelo círculo de
convivência é fator relevante para o etilismo na puberdade. Nesse sentido, de acordo com
dados divulgados pelo Centro de Integração entre Saúde e Álcool em 2019, cerca de 54%
dos jovens entre 13 e 15 anos já experimentaram algum tipo de bebida que possui etanol
em sua composição. Sob tal ótica, mais da metade dos adolescentes brasileiros já

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degustou líquidos compostos de álcool, haja vista a necessidade de aceitação e integração
ao grupo, a qual leva o juvenil a tomar atitudes que usualmente estariam fora do próprio
contexto comportamental. Como reflexo, o desenvolvimento desses indivíduos é
prejudicado, uma vez que esse tipo de bebida afeta várias áreas do cérebro, tais como o
hipotálamo, que, entre outras funções, é responsável, pelo controle das emoções e do
comportamento do homem, contexto que propicia o desenvolvimento de distúrbios
comportamentais nos púberes.
Além disso, a escassez de regulamentação de propagandas de cervejas é uma das
principais causas do alcoolismo na juventude. Nesse viés, conforme a Lei 9.294 de 1996,
fica restrita a veiculação de propagandas apenas para bebidas com o teor alcoólico
superior a 13%. Seguindo essa linha de raciocínio, líquidos produzidos a partir da
fermentação de cereais podem ser divulgados livremente nas mídias, já que a
porcentagem de álcool presente em sua formulação é de cerca de 5%. Consequentemente,
os adolescentes embebedam-se com frequência, e, com isso, podem vir a desenvolver
graves problemas psíquicos que estão relacionados com a exclusão social, como a
depressão, visto que o álcool tem efeito depressor sobre o sistema nervoso central, o que
tende a aumentar os riscos de perturbações de humor e os pensamentos negativos.
Portanto, o Ministério da Educação deve promover campanhas de desincentivo
ao uso de bebidas que incluam o etanol em sua formulação, por intermédio da inserção,
no Ensino Básico, de aulas que tratem sobre as consequências do alcoolismo entre
menores de idade, a fim de diminuir a pressão para que os jovens ingiram bebidas
alcoólicas e de minimizar a prática da embriaguez na adolescência. Ademais, é papel do
Legislativo revisar o texto da diretriz que normatiza a publicidade de bebidas alcoólicas,
mediante a redução não só do teor etílico delas, mas também da divulgação desses

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produtos nos meios midiáticos, sobretudo em canções populares, com vistas a minimizar
o incentivo ao alcoolismo e as consequências sofridas pelos jovens que consomem tais
produtos. Só assim, com medidas gradativas, haverá respeito à saúde dos jovens, e o
Brasil poderá ser considerado um país de todos.

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REDAÇÃO MODELO 25

TEMA: O PROBLEMA DAS SUPERBACTÉRIAS


No século XX, com a descoberta da penicilina por Alexander Fleming, a medicina
deu um significativo salto na história. No entanto, na década de 2010, com o surgimento
das superbactérias, existe a possibilidade de comprometimento dos avanços trazidos pela
descoberta feita pelo medico inglês. Nesse sentido, é importante discutir não só sobre as
causas desse ocorrido, mas também sobre os riscos trazidos para a saúde da população
mundial. Em vista disso, essa questão merece ser debatida no sentido de gerar uma
sociedade mais saudável.
De início, é indiscutível que é preciso ter conhecimento acerca dos motivos que
ocasionaram o aparecimento de micro-organismos tão fortes. Nesse contexto, em 2016, a
revista “Superinteressante” relatou que as superbactérias surgiram em função do uso, de
forma incorreta, indiscriminada ou sem prescrição médica, de antibióticos. Seguindo esse
raciocínio, é fácil perceber que, com o passar do tempo, esses pequenos seres vivos foram
adquirindo resistência a esses medicamentos, haja vista que o uso de forma errada de
remédios que combatem infecções faz com que as bactérias não sejam eliminadas do

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organismo por completo, tornando-as mais fortes. Tal conjuntura é ainda intensificada
pelo acesso facilitado desses fármacos por parte da população, uma vez que ainda não é
possível controlar totalmente a venda clandestina de antibióticos não só no Brasil, mas
também em outros países. Por essas razões, doenças que já haviam sido controladas no
final do século XX, como a tuberculose, retornaram para o cenário brasileiro, de acordo
com informações divulgadas pelo site “O Globo” em 2018.
Outrossim, é importante ressaltar as consequências da disseminação das
superbactérias. Nessa perspectiva, de acordo com a “Folha de S. Paulo”, a partir de 2050,
infecções por bactérias super-resistentes a antibióticos serão a principal causa de morte
no mundo. Esse quadro torna evidente que os riscos trazidos por esses seres vivos
podem afetar completamente o futuro de toda a sociedade, uma vez que levarão a óbito
pacientes que possuem doenças que antes já foram tidas como simples. Devido a isso, há
uma grande mobilização por parte de laboratórios de pesquisas médicas pelo mundo
todo à procura de uma forma de combater esses micro- organismos.
Portanto, os Governos Federais de todos os países do mundo devem elaborar
leis, por meio de discussões parlamentares em seus respectivos Congressos Nacionais,
mediante a participação de representantes especialistas na área da saúde, as quais exijam
que as farmácias realizem a venda de antibióticos apenas com a apresentação e a retenção
de receita, a fim de frear o aparecimento de bactérias com grande resistência a esses
medicamentos e controlar o acesso da população a esses fármacos. Ademais, urge, ainda,
que a sociedade civil, além de ter uma boa higiene para evitar a contaminação por
doenças que necessitem do uso de antibióticos, tome esses remédios só quando for
realmente preciso e não interrompa o tratamento sem recomendação médica. Só assim,
haverá um aumento na qualidade de vida de grande parte da população mundial.

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REDAÇÃO MODELO 26

TEMA: O DESAFIO DOS REFUGIADOS NO BRASIL


De acordo com o artigo primeiro da Constituição de 1988, um dos fundamentos
da República Federativa do Brasil é a dignidade da pessoa humana. Entretanto, as
dificuldades enfrentadas pelos refugiados no cenário nacional evidenciam que o
princípio do dispositivo legal não está sendo cumprido em sua totalidade. Nesse sentido,
dois aspectos fazem-se relevantes: a ineficácia do Estado em promover o bem comum a
todos, assim como a xenofobia. Por isso, medidas atitudinais e estruturais são
necessárias, a fim de se formar uma sociedade mais igualitária e mais plural.
De início, é indubitável que a inércia estatal é responsável pelos entraves
referentes à inserção coletiva daqueles que abandonam seus países por questões políticas
e sociais. Nesse contexto, conforme a teoria do Contrato Social, de Jean-Jacques
Rousseau, o Estado (dotado de poderes pelo povo) deve resolver todas as questões
públicas – como as relacionadas aos refugiados –, de maneira justa e equânime, para que
o convívio entre os cidadãos seja harmônico. Em outras palavras, quando o governo não
garante que essas pessoas obtenham aceitação no corpo comunitário, há um problema de

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natureza social que causa prejuízos à população. Consequentemente, desperta-se, nesses
indivíduos, o sentimento de não pertencimento ao local de destino e de não aceitação,
por parte da população receptiva, de suas diferenças.
Ademais, destaca-se a concepção comum de que existe uma categoria superior de
cidadãos. Nessa perspectiva, segundo Émile Durkheim, o fato social é uma maneira
coletiva de agir e de pensar, dotado de exterioridade, de generalidade e de
coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a xenofobia pode ser
encaixada na teoria do sociólogo, haja vista que há a disseminação da ideia de que os
refugiados não deveriam buscar abrigo no Estado brasileiro e, devido a isso, não podem
residir ou trabalhar no ambiente nacional. Por conseguinte, o fortalecimento do
pensamento excludente faz com que esse tipo de intolerância dificulte a permanência
desses cidadãos no Brasil.
Portanto, o Ministério da Educação deve promover ações de Merchandising
Social, por intermédio da inserção de temas referentes ao respeito aos refugiados em
disciplinas de Ensino Médio, tais como Filosofia e Sociologia, com vistas a erradicar a
intolerância na sociedade brasileira. Urge, ainda, que Organizações Não Governamentais
incentivem a população a aceitar o diferente, por meio de ações sociais que coloquem o
cidadão nacional em contato com grupo de foragidos por questões políticas, a fim de
obter um corpo social mais respeitoso. Somente assim, a Carta Magna será respeitada, e o
Brasil se tornará um país mais justo e harmônico.

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REDAÇÃO MODELO 27

TEMA: PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO BRASIL


De acordo com o artigo primeiro da Constituição de 1988, um dos fundamentos
da República Federativa do Brasil é a dignidade da pessoa humana. Entretanto, a
intolerância quanto às diferenças linguísticas em cada região do país evidencia que esse
princípio do dispositivo legal não está sendo cumprido em sua totalidade. Nesse sentido,
dois aspectos fazem-se relevantes: a crença segundo a qual só se deve usar a língua culta,
bem como a ineficácia governamental em evitar discriminações de natureza linguística.
De início, destaca-se a concepção comum da existência de uma categoria superior
de expressão da linguagem. Nesse contexto, segundo Émile Durkheim, o fato social é
uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, de generalidade e de
coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o preconceito
linguístico pode ser encaixado na teoria do sociólogo, uma vez que há a disseminação da
ideia de que apenas uma forma de expressão da Língua Portuguesa é correta. Por
conseguinte, o fortalecimento do pensamento excludente faz com que esse tipo de
intolerância persista, agravando o problema no Brasil. Tal fato pode ser comprovado por

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informações publicadas pela revista “Carta Capital” em 2010, as quais revelam que
quando, em um país, existem várias línguas faladas, e uma delas se torna oficial, as
demais passam a ser objeto de repressão.
Ademais, é indubitável que a inércia estatal é responsável pelos entraves
referentes ao preconceito linguístico no Brasil. Nesse contexto, conforme a teoria do
Contrato Social de Jean-Jacques Rousseau, o Estado (dotado de poderes pelo povo) deve
resolver todas as questões públicas – como as referentes ao preconceito relacionado ao
uso da linguagem –, de maneira justa e equânime, para que a vida em sociedade seja
harmônica. Em outras palavras, quando o governo não garante que o respeito à
diversidade vocabular seja um elemento crucial para a construção da dignidade humana,
há um problema de natureza social que gera prejuízos aos cidadãos. Consequentemente,
a discriminação relacionada aos diferentes modos de expressão na língua pátria pode
ocasionar problemas sociais que vão desde bullying no ambiente escolar até a exclusão
social daqueles que são linguisticamente inferiorizados.
Portanto, o Ministério da Educação deve alterar os Parâmetros Curriculares
Nacionais, por intermédio da proposição de conteúdos que priorizem a noção de
letramento, segundo a qual, ao invés de estudar gramática, o aluno aprenderá a ler e a
escrever, a fim de diminuir a discriminação social relativa ao domínio da Língua
Portuguesa. Urge, ainda, que as instituições escolares promovam debates nos ambientes
estudantis, por meio do incentivo ao respeito e à diversidade, com vistas a estabelecer
um espaço mais respeitoso nesses locais, que são focos do preconceito linguístico. Só
assim, a Carta Magna será respeitada, e o Brasil se tornará um país mais tolerante e mais
igualitário.

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REDAÇÃO MODELO 28

TEMA: PROCESSO DE ADOÇÃO NO BRASIL: COMO ABREVIAR A


ESPERA?
De acordo com o artigo primeiro da Constituição de 1988, um dos fundamentos
da República Federativa do Brasil é a dignidade da pessoa humana. Entretanto, o elevado
número de crianças e de adolescentes que não possuem uma convivência familiar
evidencia que esse princípio do dispositivo legal não está sendo cumprido em sua
totalidade. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: os políticos e os sociais. Por
isso, medidas estruturais e atitudinais são necessárias, a fim de se obter uma sociedade
mais igualitária.
De início, é indubitável que a inércia estatal é responsável pelos entraves
referentes às dificuldades no processo de perfilhação no país. Nesse contexto, consoante a
Teoria do Contrato Social, de Jean-Jacques Rousseau, o Estado (dotado de poderes pelo
povo) deve resolver todas as questões públicas, como o expressivo número de jovens à
espera de um lar, de maneira justa e equânime, para que a vida em sociedade seja
harmônica. Em outras palavras, quando o governo não garante que o caminho para se

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adotar seja menos burocrático, há um problema de natureza social que causa prejuízos
aos cidadãos. Por conseguinte, a morosidade do poder Judiciário faz com que muitos
indivíduos procurem outras formas de construir uma família ou até mesmo que desistam
do processo.
Ademais, é importante ressaltar o preconceito enfrentado pelas crianças que
esperam pelo perfilhamento. Nessa perspectiva, segundo dados publicados pelo
Conselho Nacional de Adoção em 2017, 62% dos cidadãos adotantes se importam com a
cor da pele de seu pretendido filho. Seguindo essa linha de raciocínio, é possível observar
que existe uma preferência dos adultos por crianças brancas, devido a motivações
históricas e estéticas enraizadas no inconsciente coletivo da sociedade brasílica. Em
decorrência disso, mesmo havendo maior número de indivíduos buscando adotar do que
jovens à espera de serem adotados, a quantidade de pessoas à espera de uma família
aumenta gradativamente, já que a maioria dos pequenos abandonados é da cor menos
desejada pela população. Tal fato pode ser comprovado por informações divulgadas pela
“Folha de S. Paulo” em 2017, as quais revelam que há mais ou menos 29 mil pessoas
almejando serem pais e 5.500 crianças inscritas no processo para serem adotadas.
Portanto, o Ministério da Justiça deve realizar mutirões para dar mais rapidez ao
perfilhamento na nação brasileira, por meio do deslocamento periódico de agentes
públicos especializados, tais como juízes e promotores, para as varas da família, com
vistas a reduzir a morosidade do procedimento adoção. Urge, ainda, que o Ministério do
Desenvolvimento Social realize ações de merchandising social, por intermédio da
inserção, em obras de arte, de situações ligadas ao preconceito enfrentado por crianças
que estão à espera da adoção, a fim de sensibilizar a população acerca da condição

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enfrentada por essas crianças. Somente assim, a Carta Magna será respeitada, e o Brasil se
tornará um país mais democrático e harmônico.

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REDAÇÃO MODELO 29

TEMA: SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA URBANA NO BRASIL


Em 1998, foi promulgado, no artigo sexto da Constituição Federal, que um dos
objetivos fulcrais do Estado é assegurar e promover a segurança para todos os cidadãos.
Contudo, na contemporaneidade brasileira, em virtude de fatores educacionais e
legislativos, ocorre a perpetuação e a recorrência de hostilidades no perímetro citadino, o
que, por conseguinte, resulta em inseguranças para a população. Essa conjuntura
acomete imensuravelmente os envolvidos e deve, portanto, ser combatida.
De início, é válido salientar que o sociólogo francês Émile Durkheim, em sua
obra “A divisão do trabalho social”, defende que a família é uma instituição basilar no
desenvolvimento de pessoas íntegras e bem estruturadas. Sob tal ótica, ressalta-se que o
núcleo familiar é primordial na formação ética dos indivíduos, uma vez que a educação
primária, oriunda do convívio familiar, tende a embasar o padrão comportamental das
pessoas. Como desdobramento, quando os ensinamentos são insatisfatórios, ocorre a
defasagem na habilidade individual de realizar discernimentos morais, o que,
consequentemente, potencializa a ocorrência de agressões, tanto verbais quanto físicas.

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Essa situação pode ser comprovada pelos estudos do psicanalista Sigmund Freud, os
quais revelam que a conduta moral e o caráter são reflexos da realidade pretérita infantil.
Ademais, expõe-se que a impunidade é um dos principais óbices na superação
da violência nas cidades do Brasil. Nessa perspectiva, explicita-se que o jurista italiano
Cesare Beccaria, em sua obra “Dos delitos e das penas”, afirma que “não é a intensidade
da pena que produz o maior efeito sobre o espirito humano, mas a extensão dela”.
Segundo esse pressuposto, nota-se que a execução de penalidades sobre transgressões é
essencial na manutenção da seguridade, haja vista que a garantia de punições é uma
ferramenta de controle social. Em decorrência, quando existem falhas na aplicação de
condenações e na realização de investigações, ocorre a consolidação da criminalidade, o
que finda na persistência da violência e no medo da população. Prova disso são dados
divulgados pelo Ministério da Justiça em 2011, os quais revelam que apenas 5% dos
crimes apurados resultam em punições aos infratores.
Em suma, infere-se que ainda existem obstáculos acerca da violência a serem
superados no Brasil. Para que isso ocorra, cabe ao Ministério da Educação criar
campanhas educacionais e difundi-las nos meios de alcance nacional, como a televisão e
a internet, por intermédio da contratação de funcionários especializados, tais como
professores e juristas renomados, com vistas a romper, a longo prazo, as disparidades na
conduta moral da população. Ademais, cabe ao Poder Executivo aplicar punições
previstas em lei aos infratores, mediante incentivos a denúncias, como a ampliação dos
portais virtuais de queixa. Somente assim, com medidas pontuais e gradativas, haverá
respeito ao dispositivo constitucional.

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REDAÇÃO MODELO 30

TEMA: TRANSTORNOS MENTAIS EM DEBATE NO BRASIL


De acordo com o artigo sexto da Constituição Federal de 1988, todos têm direito à
saúde. Entretanto, tal princípio não está sendo exercido em sua totalidade, haja vista a
intensificação das polêmicas acerca dos distúrbios psíquicos no país. Nesse sentido, dois
aspectos fazem-se relevantes: o consumo excessivo de mídias sociais — principalmente
entre os jovens —, bem como a diminuição de verbas para a área da saúde mental. Por
isso, medidas atitudinais e estruturais são necessárias, a fim de mitigar o mal-estar
psicossocial que afeta inúmeros brasileiros.
De início, é inegável que as pessoas que ficam muito tempo nas plataformas on-
line de interação social têm maior probabilidade de desenvolver disfunções psíquicas.
Nessa perspectiva, de acordo com dados divulgados pela revista “Superinteressante” em
2017, aplicativos como Facebook e Instagram tendem a contribuir para o surgimento de
problemas relacionados à autoimagem do jovem. Em outras palavras, o uso frequente de
redes sociais pode favorecer o aparecimento de distúrbios da mente, tais como ansiedade
e depressão, já que, nesses meios, a juventude tende a sofrer influência de padrões

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culturais, comportamentais e corporais. Como desdobramento, essa parcela da
população tende a se isolar e a sofrer com patologias que podem tanto impossibilitar o
convívio social quanto levá-la a atentar contra a própria vida.
Além disso, é indubitável que baixos investimentos em serviços psicossociais
dificultam o diagnóstico e a oferta de tratamentos que proporcionam o bem viver dos
cidadãos que sofrem com psicoses. Nessa conjuntura, segundo informações veiculadas
pelo G1 em 2018, no referido ano, o Ministério da Saúde suspendeu cerca de 78 milhões
de reais destinados aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Sob tal ótica, a
precarização da saúde pública mental inviabiliza a seguridade do bem-estar das pessoas
que padecem de moléstias como esquizofrenia e transtorno bipolar, visto que a
imprudência do Estado em conceder o direito à dignidade aos usuários dos CAPS
contribui para reabilitações mais lentas, como também para a utilização de métodos
contrários aos esperados nos tratamentos modernos dos transtornos mentais. Em
decorrência, alguns setores da sociedade têm advogado o retorno das internações
psiquiátricas compulsórias – as quais tendem a intensificar o isolamento do enfermo –,
bem como a retomada de práticas abusivas, como as que ocorreram no Hospital Colônia
de Barbacena (Minas Gerais) nos anos de 1903 a 1980, onde cerca de 60 mil pacientes
foram submetidos a torturas físicas e psicológicas.
Portanto, o Ministério da Educação deve adotar ações que promovam o
aconselhamento e o acompanhamento psicológico dos estudantes dos ensinos
Fundamental e Médio, por intermédio da promoção de palestras e da criação de grupos
de apoio psicopedagógico, com vistas a informar os jovens sobre os riscos à exposição
exacerbada às mídias sociais. Outrossim, cabe ao Ministério da Saúde não só intensificar
e ampliar investimentos para atenção hospitalar e psicossocial, mas também expandir as

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atividades dos CAPS, por meio do cumprimento das determinações da Política Nacional
de Saúde Mental, a fim de impedir a adoção de práticas desumanas e ultrapassadas.
Somente assim, o que consta no texto constitucional será plenamente exercido.

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REDAÇÃO MODELO 31

TEMA: O CULTO À APARÊNCIA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO


É possível, por intermédio da linguagem inteligível e coloquial do poema “No
meio do caminho”, de Carlos Drummond de Andrade, fazer uma analogia a respeito dos
entraves decorrentes do culto à aparência no mundo contemporâneo. Sob tal ótica, pode-
se associar a pedra, presente na obra drummondiana, às problemáticas inerentes à
nocividade da influência midiática, bem como à tendência narcisista predominante no
Brasil.
Inicialmente, é incontrovertível que os efeitos nefastos da interferência dos
veículos de comunicação corroboram a corpolatria — distúrbio em que o ser desenvolve
uma obsessão direcionada ao aperfeiçoamento estético — no contexto hodierno. Nesse
prisma, conforme o conceito de Mortificação do Eu, do sociólogo Erving Goffman, é
possível compreender que a pressão exercida pelos suportes de difusão de informação
leva o indivíduo a ter uma conduta alheia a si próprio, haja vista que, por indução de
fatores coercitivos, o sujeito priva-se de sua percepção singular e junta-se a uma massa
coletiva. Diante dessa perspectiva, em virtude da volumosa quantidade de propagandas

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que reproduzem um ideário de sucesso atrelado à aparência física, o cidadão, não
raramente, é estimulado, ainda que inconscientemente, a buscar se enquadrar nos
padrões vigentes. Como desdobramento, a pessoa pode ser levada a consumir
descontroladamente artigos de embelezamento — como roupas, maquiagens e
emagrecedores —, com o fito de atingir os inacessíveis parâmetros de simetria corpórea.
Outrossim, é indubitável que a devoção ao próprio reflexo no espelho acarreta
forte inclinação narcísica nos dias atuais. Nesse viés, para Immanuel Kant, a maioridade
da razão ocorre quando o homem deixa de aceitar, de forma acrítica, pensamentos
baseados no senso comum e começa a interpretar o mundo com o exercício da razão.
Todavia, ao explorar esse conceito filosófico, percebe-se que ele não se encaixa no cenário
brasílico, já que a defasagem na elaboração de convicções próprias, por parte de
expressiva parcela populacional, permite que ocorra uma intensa corrente de
autopromoção — a exemplo do avolumamento de postagens de selfies nas redes sociais.
Consequentemente, o corpo social tende a assumir características dotadas de
exterioridade e de generalidade, uma vez que seus componentes, por vezes, assumem
uma opinião muito elevada sobre si e, por conseguinte, passam a desmerecer os seus
iguais, gerando, assim, um ciclo de apatia.
Portanto, urge que o Governo Federal, em parceria com a grande mídia, realize
ações de merchandising social, com o intuito de mitigar os danos causados pelo amor
excessivo às feições e de aumentar a presença da empatia na sociedade, por intermédio
da inserção, em obras de arte, como telenovelas e filmes, de temas relativos à quebra de
modelos estéticos abusivos usados pela indústria cultural, como também de assuntos que
contemplem a importância do aprimoramento do senso crítico particular. Dessa forma, a
pedra no caminho ficará restrita à criação de Drummond.

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REDAÇÃO MODELO 32

TEMA: ENSINO A DISTÂNCIA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO


De acordo com o artigo 205 da Constituição Federal de 1988, a educação é um
direito de todos e um dever do Estado. No entanto, na contemporaneidade brasílica, esse
princípio legal não está sendo exercido em sua totalidade, haja vista os problemas
referentes à educação a distância (EaD) no país. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se
relevantes: a falta de fiscalização dos centros de ensino virtual, bem como a má qualidade
dessa modalidade educativa. Devido a isso, medidas atitudinais e estruturais são
necessárias, a fim de melhorar a escolarização on-line no Brasil do século XXI.
De início, observa-se a ineficácia do Governo Federal em fiscalizar os centros de
educação a distância como um entrave a ser superado. Nesse sentido, consoante a teoria
do contrato social de Jean-Jacques Rousseau, o Estado — dotado de poderes pelo povo —
deve resolver todas as questões públicas, tais como as tarefas de supervisionamento das
instituições de ensino públicas e privadas, a fim garantir o cumprimento das leis do país,
de maneira que toda a população tenha acesso à educação. No entanto, quando as
instâncias governamentais não garantem as vistorias aos polos de EaD — locais em que

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são realizadas práticas educacionais, provas e tutorias —, seja pela falta de verba, seja
pela ausência de interesse estatal, há um problema de cunho educacional que gera
prejuízo aos cidadão. Isso porque, ao estudar em um local sem inspeção correta, o
indivíduo fica sujeito a problemas que vão desde infraestrutura inadequada até falhas na
regularização dos cursos. Exemplo disso pode ser encontrado em informações
divulgadas em 2019 pelo site G1, segundo as quais alunos matriculados em um curso de
Pedagogia na modalidade de EaD no estado de Alagoas concluíram os estudos em 2017,
mas até hoje não tiveram acesso ao diploma.
Além disso, faz-se relevante ressaltar a má qualidade do ensino ofertado nos
centros de graduação não presencial. Nesse âmbito, segundo dados do Exame Nacional
de Desempenho dos Estudantes (ENADE), cerca de 80% dos alunos que concluíram o
curso em EaD tiveram menos de metade dos pontos na prova de avaliação de qualidade
de ensino. Sob tal perspectiva, nota-se que os alunos egressos dessa modalidade de
educação não vêm obtendo bons resultados nas avaliações, haja vista que o aumento
abrupto do número de vagas oferecidas nesses cursos não veio acompanhado de
investimento nas instituições que ofertam essa modalidade de ensino, tampouco de
formação adequada de tutores e de professores que atuam nesse segmento. Como
desdobramento, há a probabilidade de piora no cenário educacional brasileiro, o que
pode acarretar até mesmo o impedimento de que as pessoas graduadas nesses
estabelecimentos possam atuar na área em que se formaram. Prova disso foi a decisão
tomada em 2019 pelos conselhos federais de Arquitetura, Farmácia, Medicina Veterinária
e Odontologia de impedir o registro profissional de quem se formou em cursos virtuais.
Portanto, cabe ao Ministério da Educação investir recursos, provenientes da
arrecadação de impostos pelo Estado, na fiscalização dos centros de ensino on-line,

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sobretudo nos polos dessas instituições. Essa ação pode ser realizada por meio da
contratação de profissionais que atuam na área de supervisionamento escolar, com vistas
a se garantir o direito à plena educação para todos. Ademais, urge que o Poder
Legislativo crie leis, com o intuito de regulamentar o ensino a distância no Brasil atual.
Dessa forma, com medidas pontuais e gradativas, o dispositivo legal será exercido em
sua totalidade, o Estado deixará de ser ineficaz no que tange à fiscalização dos polos de
educação a distância, e essa modalidade de ensino tornar-se-á cada vez mais qualificada.

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REDAÇÃO MODELO 33

TEMA: CAMINHOS PARA LIDAR COM AS ENCHENTES E COM SEUS


REFLEXOS
De acordo com o artigo 225 da Constituição Federal de 1988, todos têm direito a
um meio ambiente ecologicamente equilibrado. No entanto, esse princípio não está sendo
exercido em sua totalidade, haja vista os problemas gerados pelas enchentes nas cidades
brasileiras. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: a interferência humana nos
cursos de água, bem como a ocupação irregular do espaço urbano. Por isso, intervenções
são necessárias, a fim de mitigar tal problemática.
Inicialmente, é incontrovertível que as ações antrópicas nos meios fluviais são
responsáveis por grande parte dos problemas enfrentados pela população no período das
cheias. Nesse sentido, de acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente, impacto
ambiental é qualquer alteração das propriedades químicas, físicas ou biológicas do
ecossistema oriunda de atividades humanas. Partindo desse pressuposto, é inegável que
as ações realizadas pelo ser humano nas regiões ribeirinhas, tais como escoamento
irregular de esgoto e a destruição da vegetação que fica às margens desses locais, são

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responsáveis pela intensificação dos danos — sociais, econômicos e ambientais —
originados dos fenômenos naturais decorrentes das chuvas. Como consequência, as
enxurradas tendem a ficar mais fortes, o que pode gerar enchentes e inundações. Desse
modo, é preciso pensar em intervenções para resolver essa situação.
Ademais, é indubitável que a ocupação não planejada das cidades acontece
devido à ineficácia do Estado em preservar o ambiente público, o que acaba por deixar
parte da população vulnerável a problemas no período das chuvas. Nesse contexto, de
acordo com a teoria contratualista de Rousseau, o governo deve resolver todas as
questões coletivas, tais como as relacionados às enchentes e aos seus desdobramentos, de
maneira justa e equânime, para que a vida em sociedade seja harmônica. Seguindo esse
raciocínio, cabe ao Poder Público realizar ações para que a população consiga se proteger
contra intempéries. Entretanto, percebe-se que o contrário acontece, pois tem havido
pouco investimento em moradias para as populações das classes D e E, devido,
principalmente, à aprovação, em 2016, da Lei do Teto, que prevê cortes em programas
sociais por 20 anos. Como desdobramento, parcela da sociedade tende a se dirigir para as
grandes cidades e a ocupar irregularmente espaços atingidos periodicamente por
enchentes e por inundações, realidade que pode gerar danos econômicos para o Estado e
perda de vidas para a população civil. Devido a isso, faz-se mister o enfrentamento do
problema, a fim de que haja melhores condições de vida para a população nacional.
Portanto, o Governo Federal deve agir para minimizar os danos oriundos das
enchentes, por intermédio da adoção de planejamento urbano consistente, o qual
contemplará tanto uma revisão do Plano Diretor das cidades quanto a construção de
moradias populares para as populações assalariadas, com vistas a evitar a ocupação

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irregular das cidades e a impedir que haja construções de moradias em áreas de risco.
Dessa forma, com medidas pontuais e gradativas, o artigo constitucional será efetivado e
garantido.

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REDAÇÃO MODELO 34

TEMA: A DESVALORIZAÇÃO DA CIÊNCIA NO BRASIL


CONTEMPORÂNEO
Na Copa do Mundo de 2014, o tetraplégico Juliano Pinto conseguiu chutar uma
bola com o auxílio de um exoesqueleto, produzido pelo neurocientista brasileiro Miguel
Nicolélis, cena que não foi exibida pela Globo, maior rede de televisão brasileira, e que
teve apenas 30 segundos de aparição na TV Fifa, embora um acordo inicial permitisse 3
minutos para a repercussão de tal fato. Esse ocorrido é um exemplo da desvalorização da
ciência e da sua produção, situação que se repete na contemporaneidade brasileira. Nesse
cenário, dois aspectos fazem-se relevantes: o falta de investimento governamental e o
aumento da divulgação de fake news.
De início, vale ressaltar que o descaso estatal com a produção científica no país é
um dos principais fatores de inferiorização da pesquisa no Brasil. Nesse contexto, dados
do jornal “Estadão”, divulgados em 2016, indicam que houve, nesse ano, a pior crise
financeira da história nos institutos de ciência dependentes do Governo Federal, em
virtude da má gestão estatal. Sob tal perspectiva, o corte de verbas destinadas às

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academias educacionais, bem como a instituição de empecilhos, como altos impostos, à
importação de tecnologias necessárias ao desenvolvimento interno promovem uma
redução da modernização tecnológica brasileira, uma vez que faltam recursos e estímulos
à pesquisa e à produção de conteúdo inovador. Como resultado, observa-se uma grande
descrença quanto à ciência brasileira, o que desestimula a escolha dos jovens por essa
área e propicia a fuga de cérebros — evidenciada por dados divulgados pelo site UOL em
2017 —, devido à elevada emigração de mão de obra qualificada para países onde os
pesquisadores dispõem de infraestrutura adequada e de um elevado apoio estatal.
Ademais, é inegável que, no Brasil hodierno, tem-se, como consequência da
desvalorização científica, a elevação da divulgação de informações não fundamentadas,
as denominadas fake news. Nesse perspectiva, conforme o filósofo Adam Smith, a ciência
é o grande antídoto contra os venenos do entusiasmo e da superstição. Sob tal ótica, o
contexto de descrença no potencial produtivo acadêmico do país, dada a baixa
valorização desse setor pelo Estado e a estagnação da produção pela falta de recursos,
gera o questionamento populacional quanto à imparcialidade e à veracidade do
conhecimento formulado no país. Por conseguinte, notícias falsas, disseminadas pelas
mídias sociais, e teorias conspiratórias sem fundamento, como é o caso do movimento
terraplanista, passam a ser mais facilmente aceitas pelos indivíduos, de forma a negar os
fatos acadêmicos estudados e comprovados, o que prejudica ainda mais a produção
científica no Brasil e gera prejuízos sociais. Exemplo disso é a ressurgência de doenças já
erradicadas, tais quais o sarampo, em virtude da ascensão de movimentos contrários ao
pensamento científico, como o anti-vacina.

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Portanto, o Governo Federal, como maior interessado no progresso científico


nacional, deve estimular o apoio à Ciência no país, por intermédio do aumento da
destinação de recursos financeiros às pesquisas universitárias, a fim de promover o
desenvolvimento tecnológico na nação. Outrossim, é necessário que o Ministério da
Educação desminta as fake news e divulgue informações verídicas, com vistas a elevar o
nível de esclarecimento da população. Assim, a produção científica será devidamente
valorizada e divulgada no Brasil, de forma que situações como a ocorrida durante a Copa
do Mundo de Futebol Masculino de 2014 não se repitam.

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REDAÇÃO MODELO 35

TEMA: DESAFIOS NO COMBATE AO TABAGISMO


Conforme o artigo sexto da Constituição Federal de 1988, todos têm direito à
saúde. Entretanto, esse dispositivo não está sendo cumprido em sua totalidade, uma vez
que permanecem na sociedade os desafios para o combate ao tabagismo no Brasil. Nesse
sentido, dois problemas fazem-se relevantes: o preço acessível do cigarro e o poder
viciante dos derivados do tabaco. Por isso, medidas são necessárias, com vistas a
melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.
De início, é indubitável que um dos principais óbices que impedem as pessoas de
parar de fumar é de natureza econômica. Nesse contexto, de acordo com dados
divulgados pela Revista “Forbes” em 2018, o cigarro brasileiro é um dos mais baratos do
mundo. Partindo desse pressuposto, percebe-se que essa realidade é um fator que facilita
o acesso ao derivado do tabaco, visto que, mesmo com os esforços governamentais para o
combate ao ato de fumar, tais como a adoção de medidas restritivas ao uso do fumo, o
baixo valor agregado, o insuficiente volume de impostos que incidem sobre esses
produtos e a falsificação corroboram para que muitos permaneçam com esse mau hábito.

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Como desdobramento, há a possibilidade de elevação, em parcela da população brasílica,
da incidência de doenças cardiovasculares e de cânceres, como o de pulmão e o de
laringe.
Além disso, faz-se relevante ressaltar que o poder viciante dos derivados do
fumo é um dos problemas que obstam o combate ao tabagismo. Nessa perspectiva,
segundo informações divulgadas pelo jornal “Estado de Minas” em 2015, o cigarro é mais
viciante que a cocaína e a heroína. Seguindo essa linha de raciocínio, constata-se que tal
fato corrobora para a manutenção do vício em derivados do tabaco, haja vista que, nos
últimos anos, esses produtos passaram a apresentar maior teor de nicotina e tiveram
acréscimo de elementos, tais como amônia e açúcares, cujo objetivo foi tornar maior seu
potencial de viciar. Por conseguinte, eleva-se a probabilidade tanto do aumento da
dependência quanto da elevação dos gastos governamentais com aqueles que são
acometidos por males oriundos do uso dessas substâncias.
Portanto, o Governo Federal deve desincentivar o uso do cigarro, por intermédio
da adoção de medidas conjuntas entre os Ministérios da Economia e da Saúde, tais como
o aumento de impostos que incidem sobre os derivados de tabaco e a criação de
propagandas que alertem sobre o caráter viciante desses artefatos, com vistas a diminuir
o atrativo econômico e a impedir que mais pessoas se tornem dependentes do tabaco.
Dessa forma, com medidas pontuais e gradativas, o artigo constitucional e será efetivado
e garantido.

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REDAÇÃO MODELO 36

TEMA: PATRIOTISMO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO


De acordo com artigo primeiro da Constituição Federal de 1988, um dos
fundamentos da República Federativa do Brasil é a cidadania. Entretanto, na atualidade
brasílica, esse dispositivo não vem sendo cumprido em sua totalidade, haja vista os
problemas relacionados à defesa de ideais patrióticos. Nessa perspectiva, dois aspectos
fazem-se relevantes: os óbices advindos do amor exacerbado à pátria, bem como os
provenientes da falta de civismo por parte de parcela da população. Por isso, medidas
são necessárias para amenizar esse impasse.
De início, é relevante ressaltar que é importante que os indivíduos defendam seu
país e tenham amor à pátria, desde que de modo moderado, com respeito aos diferentes.
Nesse sentido, de acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a xenofobia é um fato social,
gerado pelo sentimento patriótico exagerado, visto que é uma forma coletiva de agir e de
pensar, enraizada na cultura brasileira e que interfere na realidade social de maneira
negativa, como é o caso da aversão àqueles que se mudam para o Brasil. Sob tal ótica,
quando o indivíduo valoriza exacerbadamente sua própria cultura e passa a desvalorizar

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a do próximo, cria-se uma repulsa ao que não é nacional. Como desdobramento dessa
visão deturpada do civismo, nota-se a intensificação de discursos e de ações chauvinistas
nos últimos anos. Tal realidade pode ser confirmada por dados divulgados pela “Folha
de S. Paulo” em 2018 segundo os quais, entre os anos de 2014 e 2015, as agressões aos
estrangeiros aumentaram 633% no território nacional.
Além disso, cabe enfatizar que a falta de patriotismo na nação brasileira também
é uma questão problemática, uma vez que muitos indivíduos estão despreocupados com
as questões nacionais. Nesse contexto, conforme afirma Zygmunt Bauman em sua teoria
da Modernidade Líquida, as pessoas vivem atualmente relações fluidas e individualistas;
em razão disso, não se preocupam em exercer criticamente seu papel de cidadão e em
cuidar do bem-estar do próximo. Partindo desse pressuposto, ao prevalecer o interesse
particular em detrimento do coletivo, manifestações cívicas como as “Diretas Já” perdem
seu significado, visto que, na atualidade, parte das pessoas que vestem as cores nacionais
fazem-no para defender interesses que não coincidem com os anseios da maioria da
população. Como desdobramento dessa realidade, a manipulação e a corrupção tornam-
se cada vez mais evidentes, o que se faz notar no descolamento entre o discurso e a
prática patriótica no Brasil de 2019.
Portanto, cabe ao Ministério da Educação realizar uma mudança de postura da
população acerca do sentimento de amor à pátria, mediante a inserção, em disciplinas do
Ensino Básico, tais como Geografia e História, de temas que tratem da importância de os
indivíduos serem patriotas moderados, cujas ações sejam pautadas tanto pelo respeito às
culturas alheias quanto pela criticidade em relações a grupos econômicos que se valem
civismo para sobrepor seus interesses aos da maioria da população, a fim de que o país se
torne mais justo e equilibrado. Só assim, com medidas pontuais e gradativas, haverá

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respeito ao dispositivo constitucional, e o Brasil poderá poderá ser considerado um país


de todos.

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REDAÇÃO MODELO 37

TEMA: DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO AO CINEMA NO BRASIL


De acordo com o artigo primeiro da Constituição de 1988, um dos fundamentos
da República Federativa do Brasil é a cidadania. Entretanto, esse dispositivo não está
sendo cumprido em sua totalidade, haja vista os problemas que impedem que o cinema
seja democratizado na nação brasileira. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes:
a falha governamental em garantir a fruição de bens culturais, bem como a ausência de
esforço por parte das empresas privadas para assegurar o acesso às obras audiovisuais.
De início, é inegável que o governo tem-se manifestado ineficaz por não estar
sendo capaz de criar políticas de universalização das obras audiovisuais. Nesse contexto,
consoante a teoria do contrato social de Jean-Jacques Rousseau, um dos maiores filósofos
iluministas do século XVIII, o Estado (dotado de poderes pelo povo) deve resolver todas
as questões públicas, como o contato com bens culturais, de maneira justa e equânime,
para que a vida em sociedade seja harmônica. Em outras palavras, quando as instâncias
governamentais não garantem que mais pessoas consigam ter acesso a produções
cinematográficas, há um problema de natureza social que gera prejuízo aos cidadãos.

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Como desdobramento, pode vir a ocorrer a intensificação das desigualdades
socioeconômicas — dado que as obras de arte são um importante coadjuvante na
formação educacional do cidadão — e o comprometimento da formação humana, a qual
também é de responsabilidade do Poder Público.
Ademais, é indubitável o parco alcance das ações das empresas de diversão para
aumentar a abrangência do público que frequenta as salas de cinema. Nessa perspectiva,
conforme Immanuel Kant, a menoridade da razão ocorre quando o homem passa a
aceitar de forma acrítica pensamentos baseados no senso comum e começa a interpretar o
mundo sem o exercício da razão. Sob tal óptica, ao explorar esse conceito filosófico,
percebe-se que ele se encaixa no cenário brasílico no que tange ao acesso a produtos
cinematográficos, visto que menos da metade da população brasileira — em razão de
fatores econômicos, como o elevado preço dos ingressos e a falta de locais de exibição
desses bens culturais nas regiões afastadas dos grandes centros — tem acesso a obras de
cinematografia. Como desdobramento, há a probabilidade de diminuição do público que
frequenta os locais em que são exibidos filmes, o que acabará por aumentar o preço dos
ingressos e por excluir ainda mais pessoas do contato com esses produtos. Devido a isso,
fazem-se necessárias medidas, com vistas a mitigar a problemática.
Portanto, cabe ao Ministério da Cidadania, como maior interessado na ampliação
do acesso à cultura no Brasil, aumentar o aporte financeiro às instituições de apoio ao
cinema, por intermédio da destinação de verbas oriundas dos impostos pagos pelas
empresas ligadas ao comércio de produtos culturais de natureza audiovisual, a fim de
garantir o acesso a obras cinematográficas para um público mais amplo. Ademais, as
empresas do ramo de entretenimento devem adotar ações que visem à democratização
da cultura, a exemplo da implantação de salas que exibem filmes em shoppings situados

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em regiões periféricas, com o fito de aumentar o número de pessoas que vão ao cinema.
Dessa forma, com medidas pontuais e gradativas, o texto constitucional será cumprido
em todo território nacional.

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