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Ciclo de Alfabetização e Letramento

O ciclo de alfabetização compreende um total de 9 anos, o que o difere do sistema


de seriação e surge com um objetivo um tanto desafiador, pois concede às crianças o direito
de estarem alfabetizadas até o 3º ano do ensino fundamental. Ele está intimamente
vinculado à Meta 05 do Plano Nacional de Educação.

 “Meta 05 | Alfabetização. Alfabetizar todas as


crianças, no máximo, até o final do 3º ano do
Ensino Fundamental.” (PNE)

Com isso, o cerne das ações precisa estar voltado para a criança em seus diversos
modos de expressar-se, aprender, agir, pensar, enfim. Sendo assim, os espaços, as
metodologias pedagógicas, as maneiras de avaliá-los, como também um olhar mais apurado,
ou seja, mais peculiar para as crianças com dificuldades de aprendizagem exige um esforço
dobrado.

Faz parte desse ciclo algumas conceituações fundamentais que tornam a


aprendizagem estruturada: língua, texto, gêneros textuais, letramento, alfabetização.

A Base Nacional Comum Curricular, caracterizando um documento normativo, traz


em sua estrutura, a ideia de alfabetização e letramento. Faz parte do currículo um campo de
experiências que abrange a escuta, a fala, o pensamento e imaginação próprios da criança.
Essa dimensionalidade gira em torno da comunicação, isto é, a criança ao nascer tem
contato com vivências comunicativas e mediante o desenvolvimento vão construindo
termos e expressões linguísticas.

Contudo, é vital que o adulto pronuncie os vocábulos corretamente para que a


criança ao ouvi-los, possa enriquecer ainda mais sua fala. O acesso a diferentes tipos textuais
também contribuem nesse processo, como ter o contato com textos falados e escritos do
universo literário.
A alfabetização no ensino fundamental acontece voltada para quatro eixos entre os
quais, a oralidade em que nela se encontra o conhecimento da língua oral e estratégias de
fala e escuta; a análise linguística/semiótica que organiza a alfabetização no período de 5
anos; a leitura/escuta que proporciona ênfase ao letramento por meio de um gradativo
processo de leitura em diferentes tipos de textos; e por fim a produção de texto que
também de forma gradativa garante estratégias de escrita de diferentes tipos textuais.

Nesse sentido para que cada um dos eixos acima citados ocorra de forma significativa
é necessário a realização de procedimentos diversificados e contextualizados com a
realidade dos alunos, valorizando aquilo que instiga sua atenção e interesse.

Isso porque cada criança possui um ritmo próprio, cabendo à escola um olhar
perceptível a cada diferenciação, policiando porém não destacar de forma negativa essas
diferenças para não haver exclusão.

É preciso eleger metodologias que


intencionalmente respeitem o ritmo de cada
criança. Isto é, que não concebam as crianças
como um bloco homogêneo, mas que considerem
o tempo de descobertas, de construção de
hipóteses, de despertar o interesse de cada
menino e menina do grupo. Crianças identificadas
com seu grupo de origem e que são diferentes
entre si têm grande potencial de troca e de
enriquecimento na turma, trazem uma
bagagem, uma forma de pensar e viver o mundo,
um olhar para as questões desenvolvidas em sala
de aula que acabam por ampliar as referências
umas das outras. (MEC, 2012,p.21)

Dessa forma, o brincar caracterizando o principal modo de expressão da criança,


torna-se essencial trazê-lo para o processo de alfabetização e letramento. Com isso, o
adulto precisa ser sensível ao brincar da criança porque por meio dele, elas vão construindo
um olhar diferenciado e sensível para o mundo.
REFERÊNCIAS

MEC. Elementos Conceituais e Metodológicos para definição dos direitos de aprendizagem


e desenvolvimento do Ciclo de Alfabetização (1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental.
Brasília, 2012.

Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá


outras providências. Brasília: Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 26
jun.

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