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SECRETARIADO: HISTÓRIA DA CONSOLIDAÇÃO DA PROFISSÃO

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resumo sobre os autores

RESUMO: Ao longo de sua trajetória no Brasil, a profissão de secretariado tem buscado o


reconhecimento e a valorização de no mercado de trabalho por meio do recrutamento de
seus colegas e assim alcançou uma série de conquistas. Com o objetivo de ampliar a
compreensão do processo de integração da secretaria como profissão na Brasil, este
documento fez duas revisões. O primeiro problema diz respeito aos mecanismos que a
sociologia da ocupação tem destacado é a legalização das atividades profissionais. Em
seguida, discute-se a história da secretaria no Brasil, com destaque para as conquistas
dos movimentos de categoria que buscam a legalidade da ocupação e reservam o
mercado de trabalho para pessoas qualificadas. Com base na revisão da literatura, foram
feitas comparações entre os períodos de consolidação considerados típicos da sociologia
da profissão e os estágios vividos pela profissão de secretário no Brasil. Conclui-se que,
embora a secretaria tenha passado pela mesma fase de consolidação das profissões
tradicionalmente estabelecidas no mercado brasileiro, a ausência de um órgão regulador
e disciplinar, na forma de conselhos, dificulta a obtenção do monopólio. mercado de
profissionais reconhecidos.

Palavras-chave: Profissionalismo; História do Secretariado; Conselho Profissional.

1. INTRODUÇÃO
Ocupacionalismo é entendido como o processo social desenvolvido por
profissionais da área em busca de legitimidade na sociedade para exercer certo
monopólio sobre as atividades profissionais que desenvolvem (Nascimento, 2007). Nesse
processo, as organizações profissionais devem se relacionar com outras áreas da vida
social, como as instituições de ensino e o próprio Estado.
Segundo Freidson (1996), as ocupações são estabelecidas por fatores como o
monopólio de uma determinada área do conhecimento, o reconhecimento pelo curso
superior e a reserva no mercado de trabalho, até a utilização de mecanismos de
reconhecimento.
Entendendo que a legalização e o reconhecimento são preocupações primordiais
para quem exerce determinada profissão, em geral, os movimentos profissionais são
identificados como os motores do sistema de profissionalização. Porém, especialmente
para a realidade brasileira, Marinho (1986) destaca o poderoso impacto da intervenção
estatal nos processos de profissionalização. Ressaltou, principalmente, o fato de as
associações e sindicatos não estarem autorizados a exercer todas as medidas
administrativas e disciplinares quanto à profissão que representam, sem prejuízo da
constituição de conselhos profissionais do setor, em associação com o governo federal,
para esse fim.
Ao analisar a trajetória da secretaria no Brasil, podemos observar uma
profissão que superou muitos desafios, participou de mudanças significativas no cenário
organizacional global e se adaptou às mudanças do mundo, novas tecnologias e
mercados emergentes Contínuo (Castelo, 2007).
De um simples garçom nos anos 1950 a um símbolo de status gerencial nos anos
de 1960, o especialista em secretariado nos anos 1970 encontrou um momento adequado
para iniciar o desenvolvimento da carreira: teorias de gestão emergente que valorizam o
papel dos secretários, começa a surgir o surgimento de cursos de ensino superior e
formação que permitem a tomada de consciência do seu papel nas organizações e
associações de classe. Essas associações viram seus movimentos intensificarem-se na
década de 1980, com a criação dos sindicatos estaduais, o surgimento da Federação
Nacional dos Secretários e Escriturários Fenassec, a construção e adoção de um Código
de Ética e regulamentação profissional (Sála, 2008).
É por meio de lutas e ações que sustentam o respeito e o reconhecimento da
profissão que novas conquistas podem ser alcançadas. Essa profissão foi regulamentada
em 30 de setembro de 1985 pela lei n. 7.377/85 e isso é completado pela lei n. 9.261/96,
representa uma vitória inigualável para secretários e secretários (Castelo, 2007).
Se as mudanças em curso no mercado de trabalho brasileiro exigiam uma nova
visão gerencial que permitisse a gestão participativa, a profissão de secretário foi elevada
para sobrenomes, chegando na década de 1990 com perfil individual de empresa, capaz
de atuar como gestor e prestar consultoria, assumindo a função de assessor (Sála, 2008).
Porém, os movimentos de classe ainda lutam para que todas as conquistas da
profissão, garantidas por lei, sejam alcançadas pelo mercado de trabalho. Este artigo
busca responder, pelo exame dos conceitos de profissionalismo e da história da secretaria
no Brasil, se a instituição de um Conselho Federal de secretaria, órgãos reguladores e
administrativos de Direito Profissional, que atende às necessidades de exame profissional
de não categoria prática proporcionará uma apreciação muito elevada da profissão.

2. História do Secretariado no Brasil


As origens da profissão de secretário são indicadas no trabalho realizado pelos
escribas na antiguidade, no cálculo, manutenção de registros, escrita e leitura de
documentos e obtenção dos dados a que têm acesso. Desempenhada por homens, a
função
gozava de prestígio na medida em que a posse de saberes se tornava importante para a
administração pública, resultando em privilégios e poderes para o escriba (Castelo, 2007).
É a partir da Revolução Industrial, com o renascimento do comércio, que a
profissão de Secretário Executivo se consolidará. Devido à escassez de mão de obra
masculina direcionada aos campos de batalha durante a Guerra Mundial, empregos
nesse setor predominaram sobre as mulheres, principalmente nos Estados Unidos e na
Europa (Ferreira, 2011).
Assim, quando as empresas multinacionais chegaram ao Brasil na década de
1950, integraram a presença de mulheres como secretárias em sua cultura organizacional
(Natalense, 1998). A função deste especialista nas empresas limita-se a desempenhar as
tarefas rotineiras de secretariado, atender o telefone, introduzir e arquivar documentos e
receber mensagens.
Durante a década de 1960, quando as empresas começaram a treinar importações
dos Estados Unidos para treinar executivos, havia uma secretária representando um dos
elementos do status executivo, com executivos empregados. Outros fatores como ter uma
sala confortável ou ter um motorista. Essa visão do transcende o ambiente corporativo e o
termo secretárias representa profissionais, e mesmo as empregadas domésticas são
apelidadas de “secretárias de família”, fazendo com que a real profissão seja
desvalorizada, conforme Sála (2008, pág. 6).
Sála (2008) aponta que a década de 1970 foi o início de uma mudança, em que a
formação e aprofundamento do secretariado, bem como a disseminação de teorias de
gestão que o valorizaram, possibilitaram aos profissionais compreender seu verdadeiro
papel. O surgimento de associações de classe foi reforçado na luta pela regulamentação
da profissão, implementada na década seguinte, também é registrada.
Durante a década de 1980, com o avanço tecnológico e o conhecimento de gestão
baseado na governança participativa, a reestruturação e a qualidade ganharam
popularidade nas empresas, empregos de secretariado considerados parte de um grupo
com seu gestor, tornando esta profissão um simples cargo de servidor (Natalense, 1998) .
Ao longo desta década, grandes conquistas nessa categoria têm sido notadas, como a
regulamentação da profissão, a criação da Federação Nacional dos Secretários e
Secretários - Fenassec - e a adoção do Código de Ética do Karma.
Por outro lado, a década de 1990 foi marcada pela crescente complexidade do
trabalho de secretárias, cujas técnicas de secretariado deixaram de representar o aspecto
central do seu perfil laboral e empresarial. Os profissionais percebem que o seu
desempenho pessoal pode ter impacto no fortalecimento e no reconhecimento das suas
carreiras e passam a procurar formas de se melhorarem através da formação e do ensino
superior, de forma a melhorar o seu desempenho na carreira (Castelo, 2007).
Assim, o especialista em secretariado inicia o século XXI autogerindo a sua
carreira, sabendo que num mundo em constante mudança, os conhecimentos
necessários para o exercer a sua profissão serão fruto de uma aprendizagem contínua,
não limitada a Quel. obtido academicamente. Este especialista tem uma visão global da
empresa, pronto não apenas para se adaptar às mudanças, mas também pode liderar
processos de mudança dentro da organização. Ele também busca manter a proficiência
nas técnicas tradicionais de secretariado e nas novas tecnologias do que apóiam seu
trabalho. Expande competências para além dos conhecimentos e competências exigidos,
desenvolvendo atitudes como iniciativa, participação e inovação, que o transformaram
num gestor da informação, comunicação e conflito nos negócios. Além disso, consegue
alinhar seu desempenho aos objetivos da empresa, prestando consultoria proativa ao
fornecer aos gestores as informações necessárias para a gestão das decisões (Sála,
2008).
A titulação é obtida de acordo com as exigências da profissão, há muitas décadas
lutas e ações são realizadas por especialistas da Secretaria, representantes de
associações e sindicatos, coordenadores, professores e graduandos da Secretaria,
buscando consolidação e acreditação.

3. Metodologia, Resultado e Análise


Por meio de uma revisão da literatura com abordagem qualitativa, este artigo tem
como objetivo refletir e analisar a história da Secretaria Executiva no Brasil, em particular
as etapas pelas quais a profissão passou em sua busca pelo status de profissão geral.
Este comércio é caracterizado pelo treinamento baseado em conceitos abstratos e
teorias, ao invés do treinamento prático de longo prazo. A forma de prática de
secretariado tem dispensas diversas e seu funcionamento depende da sabedoria de
adequar conhecimentos e habilidades a cada situação. O trabalho de secretariado é,
portanto, classificado como uma especialidade judicial teórica, denominação utilizada por
Freidson (1996) para profissões que apresentam indícios característicos do caráter
profissional do profissionalismo.
Outro sinal de profissionalismo é o reconhecimento no ensino superior a criação de
cursos de formação na Secretaria de Ensino Superior tem sido observada desde a
década de 1960. Se regulamentos profissionais mantêm um espaço de formação a nível
técnico, o distingue na nomenclatura e distribuição de formação educacional superior.
Por outro lado, a actuação dos organismos de secretariado a favor da publicação
de orientações para os cursos de formação superior de secretariado demonstra a
importância que o diploma superior confere ao estatuto profissional. Nesse sentido, o
interesse nacional, as discussões e eventos que apoiam a produção do conhecimento
científico entre secretários atestam não só o valor da acreditação de nível superior, mas
quanto à especialização do conhecimento.
É preciso dizer que um grande número de estudos acadêmicos tem abordado
temas relacionados à importância dos trabalhos de secretariado para as organizações,
sua influência e seu poder no ambiente de negócios. Tal comportamento corrobora a
observação de Freidson (1996) de que as profissões formadas no ensino superior
encontram embasamento teórico na formação de seu corpo docente de acordo com sua
situação profissional no mercado.
O caráter profissional da autonomia profissional para realizar diagnósticos e
controle de mercado conflita com o caráter fortemente intervencionista da legislação e da
política brasileira da profissão.
Para o secretariado, a luta pelo reforço e reconhecimento da profissão, da qual
depende quer de aprovação legal quer de autorização oficial para entrar em vigor, só é
possível pelos profissionais que empregam profissionais em actuações organizadas.
Embora Freidson (1996) considere o papel das Associações Profissionais como
parte integrante da sobrevivência do profissionalismo, na história do sucesso das
secretárias, a importância do tipo de organização Esta organização para uma profissão
obter a garantia no Brasil mercado foi comprovado.
Foi por meio da organização das associações, que posteriormente deram lugar aos
sindicatos, e da Associação das Organizações de Secretariado do Brasil, que foi
substituída pela Federação Nacional dos Secretários, que essa categoria foi adquirida.
área da qual depende a aplicação de mecanismos de controle do mercado de trabalho.
Aclamada como a grande conquista da profissão, a Lei de Homologação, depois
Lei do Regulamento, funcionava justamente para reservar um determinado tipo de
trabalho para os profissionais aprovados como secretários e depositantes, ocupação
única para um determinado tipo.

4. CONCLUSÃO
Revisões bibliográficas de conceitos relacionados ao profissionalismo e à história
da profissão de secretário no Brasil demonstraram que a profissão, ao longo de anos de
luta, se impôs. Já passou por fases de profissionalização e é capaz de criar os
mecanismos necessários ao controlo das reservas e ao reconhecimento do mercado,
ainda que muitas vezes dependa da intervenção do Estado.
Para poder influenciar as ações governamentais em favor da profissão, é
imprescindível que os profissionais se organizem em organizações em seu nome. Essa
necessidade de reemissão comprova o conceito de profissionalismo que dita a proteção
da carreira a partir do interesse e da atuação dos próprios profissionais.
Ações que beneficiem aspectos da expertise, como apoiar o desenvolvimento do
conhecimento científico dentro da Secretaria e elevar os cursos de formação a um nível
superior, serão sempre necessárias à medida que o trabalho avança.
No entanto, a vontade da Federação Nacional dos Secretários de instituir o
Conselho Federal de Secretários justifica-se porque a existência deste órgão será a única
forma possível no nosso país de transferir o controlo do Estado para os peritos. sobre
acreditação profissional e exame de profissionais reconhecidos.

REFERÊNCIAS

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da Universidade Federal do Ceará. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do
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