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NOME DO ALUNO
1. INTRODUÇÃO
Ocupacionalismo é entendido como o processo social desenvolvido por
profissionais da área em busca de legitimidade na sociedade para exercer certo
monopólio sobre as atividades profissionais que desenvolvem (Nascimento, 2007). Nesse
processo, as organizações profissionais devem se relacionar com outras áreas da vida
social, como as instituições de ensino e o próprio Estado.
Segundo Freidson (1996), as ocupações são estabelecidas por fatores como o
monopólio de uma determinada área do conhecimento, o reconhecimento pelo curso
superior e a reserva no mercado de trabalho, até a utilização de mecanismos de
reconhecimento.
Entendendo que a legalização e o reconhecimento são preocupações primordiais
para quem exerce determinada profissão, em geral, os movimentos profissionais são
identificados como os motores do sistema de profissionalização. Porém, especialmente
para a realidade brasileira, Marinho (1986) destaca o poderoso impacto da intervenção
estatal nos processos de profissionalização. Ressaltou, principalmente, o fato de as
associações e sindicatos não estarem autorizados a exercer todas as medidas
administrativas e disciplinares quanto à profissão que representam, sem prejuízo da
constituição de conselhos profissionais do setor, em associação com o governo federal,
para esse fim.
Ao analisar a trajetória da secretaria no Brasil, podemos observar uma
profissão que superou muitos desafios, participou de mudanças significativas no cenário
organizacional global e se adaptou às mudanças do mundo, novas tecnologias e
mercados emergentes Contínuo (Castelo, 2007).
De um simples garçom nos anos 1950 a um símbolo de status gerencial nos anos
de 1960, o especialista em secretariado nos anos 1970 encontrou um momento adequado
para iniciar o desenvolvimento da carreira: teorias de gestão emergente que valorizam o
papel dos secretários, começa a surgir o surgimento de cursos de ensino superior e
formação que permitem a tomada de consciência do seu papel nas organizações e
associações de classe. Essas associações viram seus movimentos intensificarem-se na
década de 1980, com a criação dos sindicatos estaduais, o surgimento da Federação
Nacional dos Secretários e Escriturários Fenassec, a construção e adoção de um Código
de Ética e regulamentação profissional (Sála, 2008).
É por meio de lutas e ações que sustentam o respeito e o reconhecimento da
profissão que novas conquistas podem ser alcançadas. Essa profissão foi regulamentada
em 30 de setembro de 1985 pela lei n. 7.377/85 e isso é completado pela lei n. 9.261/96,
representa uma vitória inigualável para secretários e secretários (Castelo, 2007).
Se as mudanças em curso no mercado de trabalho brasileiro exigiam uma nova
visão gerencial que permitisse a gestão participativa, a profissão de secretário foi elevada
para sobrenomes, chegando na década de 1990 com perfil individual de empresa, capaz
de atuar como gestor e prestar consultoria, assumindo a função de assessor (Sála, 2008).
Porém, os movimentos de classe ainda lutam para que todas as conquistas da
profissão, garantidas por lei, sejam alcançadas pelo mercado de trabalho. Este artigo
busca responder, pelo exame dos conceitos de profissionalismo e da história da secretaria
no Brasil, se a instituição de um Conselho Federal de secretaria, órgãos reguladores e
administrativos de Direito Profissional, que atende às necessidades de exame profissional
de não categoria prática proporcionará uma apreciação muito elevada da profissão.
4. CONCLUSÃO
Revisões bibliográficas de conceitos relacionados ao profissionalismo e à história
da profissão de secretário no Brasil demonstraram que a profissão, ao longo de anos de
luta, se impôs. Já passou por fases de profissionalização e é capaz de criar os
mecanismos necessários ao controlo das reservas e ao reconhecimento do mercado,
ainda que muitas vezes dependa da intervenção do Estado.
Para poder influenciar as ações governamentais em favor da profissão, é
imprescindível que os profissionais se organizem em organizações em seu nome. Essa
necessidade de reemissão comprova o conceito de profissionalismo que dita a proteção
da carreira a partir do interesse e da atuação dos próprios profissionais.
Ações que beneficiem aspectos da expertise, como apoiar o desenvolvimento do
conhecimento científico dentro da Secretaria e elevar os cursos de formação a um nível
superior, serão sempre necessárias à medida que o trabalho avança.
No entanto, a vontade da Federação Nacional dos Secretários de instituir o
Conselho Federal de Secretários justifica-se porque a existência deste órgão será a única
forma possível no nosso país de transferir o controlo do Estado para os peritos. sobre
acreditação profissional e exame de profissionais reconhecidos.
REFERÊNCIAS