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Em algum momento de nossas vidas já nos deparamos com um balanço em forma de pêndulo.
Embora ele apresentasse continuamente o mesmo movimento de vai e vem, sempre queríamos que ele
fosse a um ponto cada vez mais alto. Essa brincadeira é muito divertida para várias crianças, embora
elas não saibam a física que está intrínseca no brinquedo. Quando estudamos o conteúdo relacionado à
ondulatória, estudamos o MHS (movimento harmônico simples) que trata de oscilações. Se pararmos
para pensar, veremos que essa simples brincadeira pode nos auxiliar a entender uma parte do estudo
MHS.
At some point in our lives we are already faced with a swing in the form of a pendulum.
Although he continually presented the same back and forth movement, we always wanted him to move
to an increasingly high point. This joke is a lot of fun for a lot of kids, even though they do not know
the physics that is intrinsic to the toy. When we study the wave-related content, we study the MHS
(simple harmonic motion) that deals with oscillations. If we stop to think, we will see that this simple
joke can help us understand a part of the MHS study.
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FAM, Americana, Mar. 2018. Curso: Engenharia Elétrica. Matéria: Física II. Análise oscilações MHS com pêndulo
simples
1. Introdução
Um pêndulo é um sistema composto por uma massa acoplada a um pivô, que permite sua
movimentação livremente. A massa fica sujeita à força restauradora causada pela gravidade. Existem
inúmeros pêndulos estudados por físicos, já que estes descrevem-no como um objeto de fácil previsão
de movimentos e que possibilitou inúmeros avanços tecnológicos. Alguns deles são os pêndulos
físicos, de torção, cônicos, de Foucalt, duplos, espirais, de Karter e invertidos. Mas o modelo mais
simples e que tem maior utilização é o pêndulo simples. Este pêndulo consiste em uma massa presa a
um fio flexível e inextensível por uma de suas extremidades e livre por outra, representado da seguinte
forma:
A componente da força Peso que é dado por P.cosθ se anulará com a força de Tensão do fio,
sendo assim, a única causa do movimento oscilatório é a P.senθ. Então:
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No entanto, o ângulo θ, expresso em radianos que por definição é dado pelo quociente do arco
descrito pelo ângulo, que no movimento oscilatório de um pêndulo é x e o raio de aplicação do
mesmo, no caso, dado por ℓ, assim:
Onde ao substituirmos em F:
Assim é possível concluir que o movimento de um pêndulo simples não descreve um MHS, já
que a força não é proporcional à elongação e sim ao seno dela. No entanto, para ângulos pequenos (θ
π
≥ rad, o valor do seno do ângulo é aproximadamente igual a este ângulo.
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Então, ao considerarmos o caso de pequenos ângulos de oscilações:
Como P=mg, e m, g e ℓ são constantes neste sistema, podemos considerar que:
Sendo assim, a análise de um pêndulo simples nos mostra que, para pequenas oscilações, um
pêndulo simples descreve um MHS. Como para qualquer MHS, o período é dado por:
E como
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2. Levantamento Bibliográfico
Segundo PRASS (OSCILAÇÕES..., 2018, internet) “Todo movimento que se repete em intervalos
de tempo iguais é chamado de periódico. Mais precisamente, poderíamos dizer que, no movimento
periódico, o móvel ao ocupar, sucessivamente, a mesma posição na trajetória, apresenta sempre a
mesma velocidade e aceleração e que o intervalo de tempo para que ele se encontre duas vezes nessa
posição é sempre o mesmo. Deste tipo são:
a) movimento circular uniforme
b) o movimento da Terra em torno do Sol
c) o movimento de um pêndulo
d) o movimento de uma lâmina vibrante
e) o movimento uma massa presa à extremidade de uma mola, etc. Como as equações do movimento
periódico são expressas a partir das funções seno e cosseno, ele também é chamado movimento
harmônico. ”
Conforme DEPARTAMENTO DE FÍSICA – UFPB (ESTUDO..., 2018, internet) “O período
de oscilação do pêndulo simples independe da abertura angular em que ele é solto, somente
dependendo de parâmetros considerados fixos como o comprimento do fio do pêndulo ou haste e da
gravidade local (no caso do sistema massa-mola os parâmetros a ser considerados como vimos é o
fator de restauração k e o fator de inércia m). Dessa forma podemos concluir que não deverá haver
variações no período do pêndulo podendo o mesmo ser utilizado como medidor do tempo. Uma das
primeiras pessoas que deve ter observado isso seria o cientista italiano Galileu Galilei. Este que é
considerado por muitos como o Pai da Física, não só percebeu isso como fez alguns relógios de
pêndulo como o que aparece mais embaixo. ”
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3. Materiais e métodos
O presente trabalho foi realizado em três fases que compreendem: a) a captação de dados
experimentais dos tempos de oscilações de um pêndulo simples; b) cálculos teóricos para
complemento e preenchimento da tabela referente ao experimento em questão; c) elaboração de
gráficos no software GraphXY para uma melhor análise dos resultados obtidos.
3.1. Materiais
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2 ΔS
T=
√ g
Onde ΔS é o espaço percorrido por uma régua em queda livre e segurada pela pessoa que quer
ter seu reflexo medido.
Para preencher a tabela do experimento foram necessários alguns outros coeficientes que estão
expostos de maneira resumida logo abaixo:
T1(s) – obtido pela divisão de cada tempo medido no experimento por 20.
4 L π2
g(m/s2) – aceleração da gravidade local teórica calculada por meio da equação g = ( T2 )
Eg(m/s2) – erro na medida da gravidade calculado por meio da equação Eg = g . ( ElL + 2TEt )
EL(m) – erro na medida do espaço (menor divisão métrica)
A tabela com todos os valores preenchidos e os gráficos com os dados obtidos elaborados no
software GraphXY estão contidos e serão discutidos no item posterior “Resultados e discussão”.
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4. Resultados e discussão
Com todos os valores medidos e/ou calculados foi possível preencher e analisar totalmente a
tabela do experimento conforme Tabela 1 abaixo:
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g g=4 π 2 . a
Onde:
g g: gravidade local pelo método gráfico (m/s2)
a: coeficiente de linearização (valor obtido no gráfico acima de 0,257)
g g=4 π 2 .0,257
g g=10,15 m/s 2
Para o comparativo será feita uma média aritmética de todos valores de gravidade local
calculados pelo método simples que estão na “Tabela 1”:
g s 1+ g s 2 + g s 3 + g s 4 + g s 5 + g s 6 + g s 7 + g s 8 + g s 9 + g s 10
gsm =
10
Onde:
gsm : gravidade local média do método simples (m/s2)
Portanto tem-se um valor médio de gravidade local calculado pelo método simples de:
93,79
gsm =
10
10
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Com os valores de gravidade local calculados por ambos os métodos se pode agora aplicar tais
números nas faixas de valores de referência e verificar e comparar a assertividade de ambos os
métodos.
g ≤5 m/ s2 RUIM
5< g ≤ 7,5 m/ s2 REGULAR
7,5< g ≤ 9 m/ s2 BOM
9< g ≤ 11 m/s 2 ÓTIMO
11< g ≤ 12,5 m/s2 BOM
12,5< g ≤15 m/ s2 REGULAR
g ≥15 m/ s2 ÓTIMO
Tem-se:
g g=10,15 m/s 2
gsm =9,379 m/s 2
Uma última análise a ser feita é verificar as relações da gravidade local e da dedução do erro
de gravidade com o comprimento do fio de cada medição do experimento.
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Os dados do experimento levaram a resultados bem próximos do real, o que mostra que o período
do pêndulo simples depende somente do comprimento do fio. Na linearização das grandezas físicas e
na construção dos gráficos não se obteve uma exatidão perfeita, pois o experimento não foi feito sobre
condições controladas, ou seja, podendo ser influenciado pelos erros de leitura das medidas, leitura de
tempo, assim como as aproximações nos cálculos. No cálculo da aceleração da gravidade local e da
dedução do erro de gravidade, conforme já analisado no tópico anterior, a porcentagem de erro
encontrada foi variada, sendo que especificamente o valor do erro de gravidade se tornou maior a cada
medida em que o fio se encurtava. Tais erros devem-se a fatores que podem ter comprometido a
exatidão do resultado do experimento como:
Percepção visual na hora de definir o valor do comprimento do fio do pêndulo.
Habilidade psicomotora do integrante do grupo responsável pela oscilação pêndulo.
Paralelismo do fio não mantido, uma vez que ele não deveria oscilar para os lados.
Apesar de todas estas as ressalvas e possíveis influências de erro expostas acima, pode-se concluir
que o experimento no geral teve resultados excelentes e assertivos com valores de aceleração da
gravidade local de ambos os métodos de cálculos se enquadrando na faixa de valores de referência
“ÓTIMO” e bem próximos do valor aceito e padronizado de 9,80 m/s 2.
6. Referência
PRASS, Prof. Alberto Ricardo. “OSCILAÇÕES: Movimento Harmônico Simples – M. H. S.” (s.d.).
FISICA.NET. Disponível em
<http://www.fisica.net/mecanicaclassica/mhs_movimento_harmonico_simples.pdf>. Acessado em 21/03/2018.
ESTUDO Dirigido de Física On-Line sobre Movimento Harmônico Simples (M.H.S.) (s.d.). Departamento de
Física – CCEN, Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Disponível em
<http://www.fisica.ufpb.br/~mkyotoku/index.htm>. Acessado em 21/03/2018.
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