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Regulamento da Raça Brangus

Capítulo I
Da origem e dos Fins

Art. 1º. A Associação Brasileira de Brangus – ABB, por expressa delegação do


Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, com fundamento na lei n°
4716 de 29 de Junho de 1965, em regulamentação aprovada pelo Decreto n° 8.236, de
05 de Maio de 2014 e Instrução Normativa nº 36 de 09 de outubro de 2014, executará,
em todo o território nacional, o serviço de Registro Genealógico dos Bovinos da Raça
Brangus, bem como o controle de genealogia dos cruzamentos nas diversas
composições raciais, em conformidade com este regulamento.

Parágrafo único. A Superintendência do Registro Genealógico funcionará em


dependências da sede da ABB, em Campo Grande/MS.

Art. 2°. Constituem objetivos primordiais do SRG:


a) Proceder ao Registro Genealógico e o controle de genealogia dos produtos de
cruzamentos que visem à raça Brangus, também conhecida em outros países
como “Brangus”, “Red Brangus”, bem como outras dominações locais;
b) Realizar, com eficiência e regularidade e com incontestável cunho de seriedade
e veracidade, os trabalhos de registro genealógico ao seu cargo;
c) Comprovar a filiação dos bovinos da Raça Brangus;
d) Assegurar a perfeita identidade dos bovinos da Raça Brangus, inscritos em
seus livros, bem como, a autenticidade e legitimidade dos documentos que
expedir com base em seus arquivos;
e) Anotar todas as ocorrências que sejam comunicadas em cumprimento às
normas contidas neste Regulamento, de imperiosa observância;
f) Manter relações com entidades similares estrangeiras reconhecidas ou aceitas
pelo MAPA.

Art. 3º. Para cumprimento dos objetivos no Art. 2º, o SRG exercerá o controle da
cobrição, da gestação, do nascimento, da filiação, da composição racial ou da marca, do
esquema de cruzamento, da identificação do animal e da propriedade.

Parágrafo único. O SRG promoverá a inscrição dos bovinos que satisfaçam às


exigências ou normas estabelecidas neste Regulamento e procederá a expedição, com
bases em seus arquivos, de Certificados de Registro Genealógico, bem como, de
qualquer outra documentação ligada às finalidades específicas.

C a p í t u l o ll
Da Superintendência do Serviço de Registro Genealógico - SSRG

Art. 4º. O Serviço de Registro Genealógico contará em sua estrutura com:


I. Superintendência de Registro Genealógico – SRG
a) Superintendente do Serviço de Registro Genealógico, titular e suplente; e
b) Seção Técnica Administrativa – STA
II. Conselho Deliberativo Técnico – CDT

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Parágrafo único. A admissão do Superintendente do Registro Genealógico ficará
condicionada ao credenciamento prévio pelo MAPA, cabendo procedimento idêntico
sempre que ocorrer sua substituição definitiva.
Art. 5º. Os Superintendentes do Serviço de Registro Genealógico titular e suplente serão
indicados pelo presidente da associação.

Parágrafo único. O Superintendente do Serviço de Registro Genealógico suplente


deverá possuir a anuência formal do Superintendente do Serviço de Registro
Genealógico.

Art. 6º. Ao Superintendente de Registro compete:

a) Coordenar, monitorar, avaliar e supervisionar os trabalhos;


b) Assinar os certificados de registro e de controle genealógico, e demais
documentos pertinentes;
c) Responsabilizar-se pelo acervo do Serviço de Registro Genealógico da raça ou
espécie e informações nele contidas;
d) Credenciar e descredenciar os inspetores de registro genealógico e aplicar-lhes as
penalidades por descumprimento de normas previstas no Regulamento do Serviço
de Registro Genealógico da entidade;
e) Suspender ou cassar registro de animais, sempre que necessário, com base em
fatos apurados;
f) Negar pedido de registro de animais que não atenda ao Regulamento do Serviço
de Registro Genealógico da raça ou espécie;
g) Prestar informações e esclarecimentos pertinentes ao Serviço de Registro
Genealógico ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a qualquer
tempo e sempre que solicitado;
h) Realizar auditorias dos rebanhos de animais registrados, para verificar o
cumprimento dos dispositivos regulamentares; e
i) Supervisionar o colégio de jurados.

Parágrafo único. O criador ou proprietário poderá recorrer das deliberações do


Superintendente do Serviço de Registro Genealógico ao CDT no prazo de 45 (quarenta e
cinco) dias, contado da data de sua notificação.

Art. 7º. A Seção Técnica Administrativa será responsável por:

a) Executar todas as determinações do Superintendente sobre serviços do SRG;


b) Auxiliar o cumprimento do Regulamento dos Serviços de Registro Genealógico da
ABB;
c) Alimentar o banco de dados do Serviço de Registro Genealógico; e
d) Arquivar documentos pertencentes ao Serviço de Registro Genealógico.

C a p í t u l o lII
Do Conselho Deliberativo Técnico – CDT

Art. 8º. O Conselho Deliberativo Técnico, órgão de deliberação superior, integrante do


Serviço de Registro Genealógico, será composto pelo Superintende de Registro
Genealógico da ABB e 6(seis) membros associados, sendo a metade mais 1(um) com
formação profissional em Medicina Veterinária, Zootecnia ou Engenharia Agronômica.

Art. 9º. O Conselho Deliberativo Técnico deverá obrigatoriamente:

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a) Eleger seu presidente entre os membros do conselho na primeira reunião da
gestão, considerada a obrigatoriedade de o presidente ser graduado em
Engenharia Agronômica, Medicina Veterinária ou Zootecnia.
b) Ter como membro o Superintendente do Serviço de Registro Genealógico, ao qual
fica vedada a presidência do Conselho Deliberativo Técnico e o direito a voto
quando se tratar de julgamento sobre seus atos.

Art. 10. O Conselho Deliberativo Técnico contará, obrigatoriamente, entre seus


integrantes, com um Auditor Fiscal Federal Agropecuário, designado pelo órgão
competente do MAPA e um representante da EMBRAPA – Bagé, pertencentes ao seu
Quadro de Funcionários dos referidos órgãos, não podendo estes ocuparem o cargo de
Presidente do CDT.

Art. 11. É permitido a um representante da diretoria da entidade em exercício assento no


Conselho Deliberativo Técnico, sendo vedado assumir cargo na presidência do Conselho.

Art. 12. As reuniões do Conselho Deliberativo Técnico serão convocadas por seu
presidente, respeitando o prazo definido no Estatuto da entidade ou em seu Regulamento
do Serviço de Registro Genealógico.

Parágrafo único. A primeira reunião do Conselho Deliberativo Técnico deverá ser


convocada pelo presidente da ABB, o qual dará posse aos conselheiros nesta ocasião.

Art. 13. As deliberações do Conselho Deliberativo Técnico poderão ser presenciais ou


realizadas por outro meio de comunicação.

§ 1º. O conteúdo das deliberações e as resoluções do Conselho Deliberativo Técnico


deverão constar em ata assinada pelos participantes da reunião;

§ 2º. Em caso de reuniões não presenciais, o conteúdo das deliberações e as resoluções


do Conselho Deliberativo Técnico poderão constar em ata assinada somente pelo
presidente do Conselho Deliberativo Técnico, e nestes casos, esta determinação deve
sempre constar no conteúdo das resoluções e deliberações.

Art. 14. As deliberações do Conselho Deliberativo Técnico deverão ocorrer com quórum
de maioria simples dos membros.

Art. 15. Toda ata do Conselho Deliberativo Técnico deverá ser assinada por seu
presidente.

Parágrafo único. A assinatura do presidente do Conselho Deliberativo Técnico deve


possuir firma reconhecida em cartório específico

Art. 16. O Conselho Deliberativo Técnico terá por finalidades principais:

a) Redigir o Regulamento para o Registro Genealógico, do qual o padrão racial


é parte integrante, e que será submetido à aprovação do MAPA.
b) Deliberar sobre ocorrências relativas ao Registro Genealógico não previsto
no Regulamento.
c) Julgar recursos interpostos por criadores sobre atos do Superintendente do
Serviço de Registro Genealógico.

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d) Propor alterações no regulamento do Registro Genealógico, quando
necessário, submetendo-as à apreciação e aprovação do MAPA.
e) Proporcionar o respaldo técnico ao Serviço de Registro Genealógico.
f) Atuar, como órgão de deliberação e orientação, sobre todos os assuntos de
natureza técnica e estabelecer diretrizes visando o desenvolvimento e
melhora da raça.
g) Realizar a cada 3 anos, ou antes caso seja necessário, atualização do
corpo técnico da ABB.
h) Encaminhar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento pedido
de impedimento de exercício do Superintendente do Serviço de Registro
Genealógico, aprovado em reunião do CDT;
i) Elaborar e atualizar o Regimento Interno do Colégio de Jurados.

Parágrafo único. Das decisões do Conselho Deliberativo Técnico cabe recurso ao órgão
competente do MAPA, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contados da notificação
das mesmas.

C a p í t u l o IV
Dos Direitos e Deveres dos Criadores

Art. 18. Para os efeitos deste Regulamento, entendem-se como criador de bovino da
raça Brangus a pessoa física ou jurídica que se dedique à criação desses animais em
estabelecimentos próprios ou de terceiros e que esteja inscrito nesta Associação.

Art. 19. O criador deve solicitar sua inscrição no SRG, apresentando:


a) Relação dos animais de sua propriedade de que conste nome, sexo,
idade, pelagem e declarando, nesse caso, o respectivo grau de sangue;
b) Identificação do nome e do local do estabelecimento, especificando se é
de sua propriedade.

Art. 20. É permitido à pessoa física ou jurídica registrada no SRG designar o


representante, junto ao mesmo, desde que o faça em instrumento regular que se conste
a definição dos poderes outorgados.

Art. 21. Constituem obrigações do criador perante o SRG:


a) Cumprir as disposições deste Regulamento;
b) Efetuar, pessoalmente ou por pessoa habilitada, as anotações de
ocorrência no livro apropriado;
c) Comunicar, nos prazos estabelecidos neste Regulamento, as ocorrências
verificadas com animais de sua propriedade ou que estejam sob sua
responsabilidade, bem como, as anotações lançadas;
d) Manter rigorosamente em dia a escrituração;
e) Assumir integral responsabilidade pelas anotações formuladas nos livros
apropriados;
f) Prestar as informações que forem solicitadas pelo técnico do SRG em
missão de inspeção;
g) Efetuar, com pontualidade, o pagamento das despesas inerentes aos
serviços de registro genealógico;
h) Facilitar ao técnico que proceder à inspeção de sua propriedade, o
desempenho de sua missão, atendendo com solicitude e presteza às
indagações e pondo a sua disposição os elementos de que dispuser.

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Art. 22. As inspeções aos estabelecimentos de criação serão efetuadas tantas vezes
quantas forem necessárias.

Art. 23. Nenhum animal terá registro ou controle de genealogia concluído sem que tenha
sido previamente vistoriado e identificado por inspetor da ABB.

Capítulo V
Da Raça Brangus e de sua classificação

Art. 24. Sob a denominação específica de bovinos da Raça Brangus compreende-se,


para efeitos deste Regulamento, o bovino de qualquer idade ou sexo, que tenha sido
inscrito no SRG, tendo como raças formadoras o Aberdeen Angus e os Zebuínos das
raças: Nelore, Nelore Mocho, Guzerá, Tabapuã, Brahma e Sindi.

Art. 25. O Serviço de Registro Genealógico da Raça Brangus adotará as seguintes


categorias para classificação Registro e Controle Genealógico:

a) Puros Sintéticos (PS) – Os produtos finais dos cruzamentos estabelecidos


para formação da Raça Brangus previstos neste Regulamento e
devidamente enquadrados nos padrões raciais, para animais bi mestiços
3/8 Zebu + 5/8 Aberdeen Angus, atendidos os demais dispositivos
regulamentares do Serviço de Registro Genealógico.
b) Produtos de Cruzamento sob Controle de Genealogia (CCG) – Os produtos
controlados de todos os cruzamentos entre animais Zebuínos e da Raça A.
Angus e Brangus, em suas diversas composições raciais, variando desde
animais na composição ¾ Zebu + ¼ A. Angus até a ¼ Zebu + ¾ Angus,
passando por diversas intermediárias, visando à formação da Raça
Brangus.

Art. 26. O Certificado de Registro da “Raça Bovina Brangus” na categoria Puro Sintético,
somente será expedido para animais que cumpram os seguintes requisitos genealógicos:

a) Somente serão admitidos produtos 3/8 Zebu + 5/8 A Angus, filhos de pais e
mães 3/8 Zebu + 5/8 A Angus, obtidos pelos métodos clássicos (esquemas
l, ll, lll e lV anexos) de obtenção da Raça Brangus e:
b) Aqueles obtidos pelos métodos absorventes e misto (esquema V, Vl e Vll
anexos), correspondente a 31/32 Brangus, 5ª Geração no método
Absorvente Tradicional.

Art. 27. O Certificado de Controle Genealógico – CCG conterá, obrigatoriamente, todas


as informações inerentes à genealogia (ascendentes) e será expedido para as seguintes
composições raciais:
Composição Racial Grau de Sangue
a) Produto ¾ Zebu + ¼ A Angus = 34 B
b) Produto ½ Zebu + ½ A Angus = 12 B
c) Produto 7/16 Zebu + 9/16 A Angus = 38 B
d) Produto ¼ Zebu + ¾ A Angus = 14 B
e) Produto 9/32 Zebu + 23/32 A Angus = 14U
f) Produto 5/8 Zebu + 3/8 A Angus = 58B

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Art. 28. Poder-se-á obter bovino Brangus através de esquemas de cruzamentos
estabelecidos para sua formação, entre as Raças Zebuínas e Raça Angus.

§ 1°. Serão admitidos os cruzamentos Zebu x Angus, sendo os produtos passíveis de


registro obedecendo aos métodos clássicos, de conformidade com os esquemas l, ll, lll e
lV. Registro ou Controle Genealógico, desde que atendam os requisitos essenciais
estabelecidos nas características fenotípicas constante neste regulamento, mediante
inspeção e aprovação por técnico credenciado pela ABB.
§ 2º. Compete ao SRG, por intermédio da Comissão de Inspetores, avaliar os rebanhos
já obtidos por absorção, classificando os animais por mérito obtido.

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C a p í t u l o VI
Do padrão da Raça Brangus

EFICIÊNCIA FUNCIONAL

CARACTERÍSTICAS
PADRÃO PERMISSÍVEIS DESCLASSIFICATÓRIAS
1. Temperamento Alerta, porém mansos e dóceis. Selvagem ou bravio.

2. Membros
2.1. Membros Anteriores De comprimento médio a longos, Aprumos defeituosos,
conforme aumenta o grau de excessivamente longos ou curtos
sangue Zebu, bem musculoso, em desproporção ao corpo.
afastado e bem aprumado, com Ossatura débil.
ossatura forte, espáduas cobertas
de músculos, inserida
harmoniosamente ao tórax.

2.2. Membros Posteriores De comprimento médio a longo Aprumos defeituosos,


acompanhamento a proporção de excessivamente longos ou curtos
grau de sangue Zebu. Coxas e em desproporção ao corpo. Retos
pernas largas com boa cobertura ou excessivamente curvos.
muscular, descendo até os Aprumos defeituosos. Coxas e
jarretes. Pernas bem aprumadas e nádegas com formação muscular
afastadas. Jarretes e canelas com deficiente.
ossatura forte.

2.3. Cascos De tamanho médio, bem Mal conformados ou com


conformado e forte, preto, claro ou separação digital muito
rajado. acentuada.

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CARACTERÍSTICAS
PADRÃO PERMISSÍVEIS DESCLASSIFICATÓRIAS
3. Características Sexuais
3.1. Fêmeas
3.1.1. Feminilidade Aspecto feminino geral, cabeça e Aspecto subfértil.
pescoço refinados. Mais leve no
quarto dianteiro que no traseiro,
sem adiposidades excessivas.
Andar fácil e elegante, linhas
harmônicas.

3.1.2. Umbigo Nos Brangus com grau de sangue Excessivamente comprido e


14B e 14U é pouco evidente. Nos amplo (p/ fêmeas). Hérnia
12B, 58B e 38 varia de médio a umbilical.
reduzido, sendo mais evidente
nos com graus de sangue 34B.

3.1.3. Úbere e Tetas Úbere funcional bem inserido e Úbere penduloso, malformado,
balanceado, desenvolvido de tetas excessivamente grossas e
conformidade com o número de longas ou desuniformes.
parições e com boa irrigação.
Tetas proporcionais, tamanho
médio e bem separadas.

3.1.4. Veias Mamárias Desenvolvidas, sinuosas, Despigmentação.


ramificadas e de bom calibre.

3.1.5. Vulva De conformação e Atrofiada.


desenvolvimento normais, de
mucosa preta e mesclada. Nos
Brangus apresentam mucosa de
maior volume e estriada à medida
que aumentam a porcentagem de
sangue Zebu. Apresenta pouco
volume de mucosa e menos
estrias no grau de sangue 14.

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CARACTERÍSTICAS
PADRÃO PERMISSÍVEIS DESCLASSIFICATÓRIAS
3.2. Machos
3.2.1. Masculinidade Vigor, boa constituição e bom Aspecto feminino.
desenvolvimento muscular.
Manifestações fenotípicas
evidentes de boa produção e
função dos hormônios sexuais
masculinos.

3.2.2. Bolsa escrotal e Testículos Bolsa escrotal de pele macia e Criptorquidismo, monorquidismo,
flexível, contendo dois testículos hipoplasia, hiperplasia e
de desenvolvimento normal, assimetrias acentuadas.
simétricos e sem aderências.

3.2.3. Bainha Reduzida, sendo mais Média. Excessivo.


pronunciada nos animais com
grau de sangue 34B.

3.2.4. Prepúcio e Umbigo Recolhido, com a abertura dirigida Pequeno prolapso. Relaxado. Excessivamente
para frente. Nos animais 14B ,14 comprido e amplo. O prepúcio não
U o umbigo ou prepúcio é menos deve ultrapassar a linha dos
evidente. Nos animais 34B, 58B, garrões. Hérnia umbilical.
38 e 12B o umbigo varia sendo
mais evidente nos animais com
maior proporção de sangue
zebuíno.

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CONFORMAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
PADRÃO PERMISSÍVEIS DESCLASSIFICATÓRIAS
1. Aparência Geral Os animais, nas suas diferentes Desenvolvimento médio em Tamanho e peso reduzido em
composições raciais, apresentam- função das condições naturais da relação à idade. Constituição fraca
se como um todo harmonioso, de região criatória. ou grosseira. Conformação
bom tamanho, constituição leonina. Debilidade muscular.
robusta, ossatura forte e boa
cobertura muscular. As fêmeas
evidenciam a feminilidade e os
machos a masculinidade e o vigor.

2. Cabeça
2.1. Aparência Geral Nos animais com composição Pesada, assimétrica,
racial 14B, 14U, 38 e 12B a desproporcional em relação ao
largura e o comprimento são corpo.
médios, relativamente ao Angus e
ao Zebu. Nos Brangus de
composição 34B mais comprida e
ligeiramente afilada.

2.2. Perfil Nos animais com composição Convexo ou côncavo.


racial 14B, 14U, 38 e 12B é
subcôncavo. Na composição 34B
e 58B Zebu de retilíneo a
subcôncavo.

2.3. Fronte Nos animais com composição


14B, 14U, 38 e 12B é larga e
plana. Nos animais 58B e 34B é
menos larga, apresentando uma
ligeira depressão na linha média
do crânio.

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CARACTERÍSTICAS
PADRÃO PERMISSÍVEIS DESCLASSIFICATÓRIAS
2.4. Chanfro Nos animais com composição Desvio e depressão.
14B, 14U, 38, 58B e 12B o Encarneirado.
comprimento varia de curto a
médio. No 34B, comprimento
médio. Nos machos é reto, mais
curto e largo, nas fêmeas mais
estreito e comprido, qualquer que
seja a composição racial.

2.5. Focinho Largo com narinas amplas e Mucosa do focinho rósea. Lábio leporino.
dilatadas, com mucosa preta.
Para os animais de pelagem
vermelha ou suas tonalidades a
mucosa tende a coloração
marrom, às vezes aproximando-se
do tom rosado.

2.6. Olhos Grandes, de escuros à claros e Cegueira unilateral adquirida. Cegueira Bilateral.
brilhantes. Nos animais com
composição 14B, 14U, 38, 58B e
12B são de formato arredondado
e ligeiramente saliente. Nos de
composição 34B são de formato
elíptico, situados lateralmente e
protegidos por rugas da pele na
pálpebra superior.

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CARACTERÍSTICAS

PADRÃO PERMISSÍVEIS DESCLASSIFICATÓRIAS


2.7. Orelhas Nos animais 14B,14U, 38 e 12B Longas ou pesadas Excessivamente longas ou
variam de curtas a comprimento pesadas.
médio. Textura mais ou menos
espessa para os animais com
maior porcentagem de sangue
Zebu (34B e 58B). A forma de
inserção e o tamanho das orelhas
variam com a proporção e o tipo
de Zebu empregado. No geral as
faces internas do pavilhão são
voltadas para frente, podendo ser
ligeiramente pendulares. Os
descendentes de nelore tendem a
apresentar orelhas mais curtas e
eretas e os de Brahman mais
pesadas.

2.8. Chifres Animais mochos para os com G.S. Nos machos são admitidos Chifres.
38, 14B,14U e machos 12B. rudimentos córneos móveis para
os G.S. 34B e 58B. Nas fêmeas
são admitidos rudimentos
córneos móveis para os G.S.
34B, 38B, 58B, 38 de 1ª geração
em diante e fêmeas 12B.
Nas fêmeas admitem-se chifres
banana nos G.S. 12B e 34B.

2.9. Boca Abertura média. Lábios firmes. Prognatismo e Agnatismo.

12
CARACTERÍSTICAS
PADRÃO PERMISSÍVEIS DESCLASSIFICATÓRIAS
3. Pescoço e Corpo Os animais nas suas diferentes Excessivamente curto e grosso.
3.1. Aparência Geral composições raciais apresentam Excessivamente longo e fino.
pescoço alto, bem inserido à
cabeça e ao tronco. Nas fêmeas é
longo e com musculatura pouco
desenvolvida e nos machos é
musculoso e de tamanho médio,
sendo que nos G.S. 14B, 14U,
38B, 38 e 12B a musculatura no
bordo superior é mais
desenvolvida.
3.2. Peito Estreito. Acúmulo excessivo de
Nas diferentes composições dos gordura.
animais, apresenta-se amplo e
largo, com boa cobertura muscular
e sem acúmulo de gordura.
3.3. Barbela Grande
Nos animais em suas diversas
composições raciais, do
comprimento reduzido ao médio,
podendo apresentar-se pregueada
ou com ligeiras reentrâncias à
medida que aumenta a proporção
de sangue Zebu.
3.4. Garrote
Nos animais, nos seus diversos
graus de sangue, apresenta-se na
porção média da região cervical
superior, cuja musculatura
apresenta formato arredondado,
mais pronunciado à medida que
aumenta a proporção de grau de
sangue Zebu.

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CARACTERÍSTICAS
PADRÃO PERMISSÍVEIS DESCLASSIFICATÓRIAS
3.5. Espáduas Aderidas ao corpo,
moderadamente largas, bem
ajustadas às costelas, com boas
musculaturas e movimentos livres.

3.6. Costelas Largas e longas, oblíquas, bem Pouco arqueadas ou curtas.


arqueadas, afastadas entre si na
parte superior e acompanhando
com razoável profundidade ao
conjunto da linha inferior do corpo,
evidenciando uma cavidade
torácica ampla.

3.7. Dorso e Lombo Reto, largo e forte, tendendo para Presença de lordose, cifose ou
horizontal, evidenciando um bom escoliose
desenvolvimento muscular.
Comprimento bom e harmonia na
ligação com a garupa.

3.8. Tórax Amplo e profundo, evidenciando Acoletado ou estreito.


boa capacidade respiratória.

3.9. Ventre Desenvolvido, demonstrando boa


capacidade digestiva.

3.10. Cauda e Vassoura Cauda com inserção harmoniosa Vassoura com coloração próxima Cauda com implantação
e comprida. da pelagem ou mesclada. defeituosa, excessivamente alta ou
baixa.

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CARACTERÍSTICAS
PADRÃO PERMISSÍVEIS DESCLASSIFICATÓRIAS
3.11. Ancas e Garupa Ancas bem afastadas e do mesmo Sacros pouco afastados ou
nível. Garupa comprida, ampla, demasiadamente salientes.
suavemente inserida no lombo, Garupa curta, estreita, caída e
sem saliência ou depressão e pobre de musculatura.
bem revestida de músculos. Nos
animais 38,14B e 14U, a garupa
tende para horizontal, sendo mais
inclinada nos graus de sangue
12B, 58B e 34B.

COR CARACTERÍSTICAS
PADRÃO PERMISSÍVEIS DESCLASSIFICATÓRIAS
1. Pelagem Preta e vermelha para os animais Manchas - Nos animais de grau Salino na cabeça e barbela.
1.1. Cor de composição racial 14B, 14U e de sangue 14B e 14U são Mancha lunar na cabeça.
machos 12B. Nos animais 38 de admitidas manchas brancas na
2ª geração em diante admiti-se região inguinal, sem sobressair
ainda as pelagens baia, osco e lateralmente. Nas fêmeas são
brasina (sempre com o fundo admitidas manchas no úbere, trás
vermelho). Nos de composição do umbigo, excluindo este, e na
12B(fêmeas), 58B e 38B também face interior de ambas pregas da
a pelagem lobuna. Na composição virilha, sem sobressair
34B, qualquer pelagem exceto a lateralmente. Nos graus de
bragada e a salina. sangue 34B, 58B e 12B admitem-
se manchas em toda linha inferior
ou ventral, desde que não
ultrapasse os membros anteriores
e sem sobressair lateralmente.
Nas fêmeas 38B são admitidas
manchas brancas em toda linha
inferior ou ventral (não devendo
ultrapassar 50% da parte
sombreada), axila e virilha, sem
sobressair lateralmente e desde
que não ultrapassem os membros
anteriores.

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CARACTERÍSTICAS
PADRÃO PERMISSÍVEIS DESCLASSIFICATÓRIAS
1.Pelagem (continuação) Nos machos 38 são admitidas
1.1.Cor pequenas manchas brancas na
linha inferior ou ventral, na região
compreendida entre os testículos e
o prepúcio a mancha pode ser
contínua desde inicie na inserção
da bolsa escrotal e que não
ultrapasse 15 cm, não são
permitidas manchas isoladas nessa
região, não pode mancha branca
na bolsa escrotal e no prepúcio, é
permitido mancha branca na virilha,
sem sobressair lateralmente. Nas
fêmeas 38 são admitidas manchas
no úbere, na região compreendida
entre o umbigo e o úbere a mancha
pode ser contínua desde inicie no
úbere e que não ultrapasse 15 cm,
não são permitidas manchas
isoladas nessa região, não pode
mancha branca no umbigo, é
permitido mancha branca na virilha,
sem sobressair lateralmente.
São permitidas manchas lunares no
corpo, desde que não ultrapasse o
perímetro 20 cm.

1.2. Pêlos Curtos, finos e brilhantes

1.3. Pele Pele solta, flexível e macia. Preta Despigmentação.


nos animais de pelagem preta e
marrom escura nos vermelhos. Nos
animais com composição racial 14B
e 14U a pele é de textura mais
consistente.

16
C a p í t u l o VII
Do Registro Genealógico

Art. 29. Para bem atender às finalidades enunciadas no Art. 2º, o SRG promoverá, em
livros, fichários ou sistemas eletrônicos apropriados, a anotação de todas as ocorrências,
desde a cobrição até a morte, que lhes forem comunicadas pelo respectivo proprietário,
nos termos deste Regulamento.

Parágrafo único. A falta de comunicação de qualquer ocorrência é considerada infração


e sujeita seu autor às penalidades previstas neste Regulamento.

Art. 30. O Serviço de Registro Genealógico da ABB manterá os livros ou Bancos de


Dados abaixo para registro das diversas categorias, onde serão lançados os elementos
de interesse zootécnico dos bovinos da raça Brangus registrados e controlados
genealogicamente.
a) Livro de Registro Provisório e Livro de Registro Definitivo para Machos e Fêmeas
Puros Sintéticos (Brangus 38 de 1ª geração em diante).
b) Livro de Controle de Genealogia Provisório e Livro de Controle de Genealogia
Definitivo para Machos e Fêmeas relativo aos graus de sangue 34B, 12B, 14B, 14U, 58B
e 38B obtidos pelos Métodos Clássicos e Absorventes.

Art. 31. Os proprietários cadastrados manterão obrigatoriamente o livro do criador ou


sistema informatizado de gerenciamento zootécnico do rebanho para registro particular
de seus bovinos para as anotações de cobrição ou inseminação artificial, nascimento,
transferência e morte, com identificação por tatuagem numérica ou a fogo, como
instrumento auxiliar do Serviço de Registro Genealógico.

Art. 32. O Superintendente e os inspetores da ABB deverão inspecionar os livros ou


sistemas de controles do criador durante as visitas aos rebanhos, de modo a dar plena
garantia de identidade, idade e qualidade dos reprodutores e matrizes.

Art. 33. O Serviço de Registro Genealógico expedirá o certificado mediante a transcrição


das informações contidas nos livros ou Banco de Dados de Registro Genealógico da
ABB.

Art. 34. O registro de qualquer animal só poderá ter seu processamento concluído após a
verificação do cumprimento pelo respectivo proprietário das obrigações deste
regulamento e à vista de parecer favorável do técnico que tiver procedido ao exame do
animal.

Art. 35. As comunicações de ocorrências endereçadas ao SRG terão sua entrada


registrada em protocolo e terão andamento até a solução final, após o que serão
convenientemente arquivadas.

Art. 36. Os animais que não atendam aos requisitos essenciais estabelecidos nas
características fenotípicas constantes neste regulamento, quando da avaliação por
inspeção zootécnica, não serão registrados.

17
C a p í t u l o VllI
Dos Métodos de Reprodutivos

Art. 37. As cobrições poderão ser realizadas em qualquer época do ano.

Art. 38. Monta Controlada (MC) – As comunicações de cobrições individuais deverão ser
encaminhadas à ABB, até seis meses a partir do mês de ocorrência da mesma.

Art. 39. As comunicações de monta a campo somente serão válidas quando o criador
comunicar as datas de entrada e saída do reprodutor do lote de fêmeas relacionadas pelo
n° de registro e tatuagem, dentro do prazo máximo de até 6 meses a partir do mês do fim
da mesma, devendo ser obedecido o intervalo mínimo de 30 (trinta) dias entre a saída de
um reprodutor e a entrada de outro no mesmo lote de fêmeas. No caso de monta múltipla
ou reprodutores múltiplos (RM) o criador deve relacionar os touros (identificados
individualmente, constando também o seu nº de registro) que estão em serviço no lote de
fêmeas. Neste caso sugerimos que os criadores coletem material genético dos
reprodutores, permitindo dessa maneira uma possível identificação futura de seus
produtos.

Art. 40. Poderão ser utilizados como métodos de reprodução, além dos mencionados, a
Inseminação Artificial (IA), a Transferência de Embriões (TE), Fertilização in Vitro (FIV) e
a Transferência Nuclear (TN).

Parágrafo único. O SRG só reconhecerá reprodutores que contenham informações de


grau de sangue em toda árvore genealógica.

Art. 41. O criador que utilizar em seu rebanho o processo de inseminação artificial deverá
enviar para a Associação Brasileira de Brangus a identificação do estabelecimento
responsável pela colheita e congelamento do sêmen com registro do MAPA, data de
aquisição, quantidade de doses, nome e número de inscrição do doador do sêmen.

Parágrafo único. O SRG poderá fazer tipagem sanguínea ou DNA quando julgar
necessário.

Art. 42. A coleta e o congelamento de material de multiplicação animal em propriedades


rurais deverão ser realizados por Médicos-Veterinários habilitados, que emitirão relatórios
e atestados.

Parágrafo único. O material de multiplicação animal colhido em propriedades rurais é de


utilização exclusiva no próprio rebanho.

Art. 43. O SRG somente reconhecerá para registro o material genético congelado que
estiver de acordo com os termos da legislação.

§ 1º. Ocorrendo liquidação total de rebanho ou sucessões por herança, os estoques reais
e regulares poderão ser transferidos, através da comprovação do SRG.
§ 2º. Permitido o uso em comum de material de multiplicação animal nos programas de
transferência de embriões realizados por sociedade entre criadores. Os contratos
deverão ser previamente homologados pela ABB.

Art. 44. As inseminações artificiais deverão ser comunicadas à ABB até 6 meses a partir
do mês de ocorrência da mesma.

18
SEÇÃO I - Das Transferências de embriões

Art. 45. Os proprietários de animais envolvidos nos trabalhos de TE deverão fornecer à


ABB todas as informações necessárias à identificação do embrião, da doadora, da
receptora, do reprodutor, bem como do produto obtido, no prazo de 6 meses da data da
ocorrência.

Art. 46. A doadora deverá ser submetida a exame de identificação genética (tipagem
sanguínea ou DNA), o qual somente poderá ser efetuado em laboratório credenciado
pelo órgão competente do MAPA.

Parágrafo único. A ABB solicita que o laboratório credenciado envie uma via do
resultado para o departamento do SRG da ABB.

Art. 47. O produto obtido pela Técnica de Transferência de embrião será submetido a
teste de paternidade (tipagem sanguínea ou DNA) para fins de Registro Genealógico.

Art. 48. O MAPA ou ABB, sempre que julgarem necessário, poderão colher novas
amostras de material biológico da receptora, doadora, do reprodutor e dos produtos, bem
como, recusar o Registro Genealógico dos produtos, caso o resultado obtido suscite
alguma dúvida.

Art. 49. Só serão aceitas as comunicações que forem feitas em formulário da ABB,
comunicados feitos através do site da ABB e planilhas que estiverem no padrão exigido
pela ABB, obedecendo aos prazos estipulados.

SEÇÃO II - DA TRANSFERÊNCIA NUCLEAR - TN (CLONAGEM)

Art. 50. Os produtos clones resultantes de transferência nuclear (TN) poderão ser
inscritos na ABB desde que atendidas todas as normas determinadas pelo MAPA e que
estejam em conformidade com a legislação em vigor e com as determinações contidas
neste regulamento.

Art. 51. Os produtos de transferência nuclear (TN) poderão ser resultantes de núcleos de
células doadoras provenientes de embriões ou de células somáticas, sendo que estas
serão colhidas de animais adultos, com autorização prévia do proprietário do animal
doador por escrito e com firma reconhecida, cultivadas em laboratório e crio preservadas
em nitrogênio líquido.

§ 1º. Quando o material biológico a ser clonado for oriundo de células somáticas, o
doador nuclear deverá, obrigatoriamente, ser portador de registro definitivo.

§ 2º. Quando o material biológico a ser clonado for oriundo de células embrionárias, o
doador (embrião) deverá ser obrigatoriamente inscrito no Registro Genealógico da ABB.

§ 3º. Outras origens de material biológico a ser clonado poderão ser autorizadas, desde
que referendadas pela comunidade científica e pelo MAPA, bem como pelo proprietário
do animal doador do material biológico.

19
Art. 52. Para que os produtos resultantes de TN possam ser inscritos no Registro
Genealógico da ABB é obrigatória a apresentação de uma autorização formal do
proprietário das células doadoras de núcleos, com firma reconhecida em cartório.

Art. 53. Os produtos resultantes da TN, para receberem Registro Provisório ou Definitivo,
terão que ter, além das exigências anteriores, obrigatoriamente:

a) análise do DNA da linhagem celular (núcleo doador);


b) análise do DNA do produto resultante de TN;
c) laudo laboratorial (Laboratório credenciado pelo MAPA), comprovando a
absoluta igualdade genética entre as análises das alíneas “a” e “b” e, ainda,
expressando de forma clara, os procedimentos técnicos de análise molecular que
confirmam o produto resultante da TN.

Art. 54. Os produtos resultantes da TN somente poderão receber Registro Definitivo se,
para os machos, for apresentado exame andrológico que o qualifique como apto à
reprodução e, para as fêmeas, laudo qualificando-a como doadora de ovócitos.

Art. 55. Somente poderão ser inscritos no Registro Provisório ou Definitivo os produtos
resultantes de TN produzidos em laboratórios devidamente credenciados no órgão
competente do MAPA.

Art. 56. Os produtos resultantes de TN que atenderem aos requisitos para inscrição no
Registro Genealógico da ABB terão como padrão na composição de seu certificado de
registro:

a) O nome do doador nuclear acrescido das iniciais TN e uma série numérica


crescente que será definida pela Superintendência Técnica da ABB.
b) O número de registro genealógico do doador nuclear.
c) O nome do proprietário do animal doador resultante de transferência nuclear.

Art. 57. Os produtos resultantes de TN deverão ser identificados:

a) Ao nascimento, por tatuagem indelével na orelha esquerda com a tatuagem do


doador nuclear, acrescido das letras “TN”.
b) Para obtenção de Registro Definitivo, os animais serão marcados na perna
direita com marca da ABB (“careta”), acrescido das letras “TN” (Transferência
Nuclear).

Art. 58. Os produtos resultantes de TN, desde que nascidos e viáveis e que tenham
atendido ao que determina este regulamento, passam, automaticamente, a ter as
mesmas condições e tratamentos que o seu doador nuclear frente ao Registro
Genealógico da ABB.

C a p í t u l o IX
Do Nascimento

Art. 59. A comunicação do nascimento de qualquer produto deverá ser expressa em


formulário apropriado e apresentada ao SRG até 6 meses após o ocorrido.

20
§ 1º. Não será aceita a comunicação de nascimento quando não houver perfeita
concordância entre a data de cobertura e data de nascimento do produto, observando
amplitude de gestação de 265 a 305 dias.

§ 2º. A comunicação de cobertura e de nascimento tornará automaticamente o produto


inscrito no Sistema de Registros da ABB.

Art. 60. Os animais que forem comunicados fora do prazo estipulado estarão sujeitos a
cobrança de multa e os comunicados de nascimento que ultrapassarem 1 ano da data de
nascimento será exigido DNA ou tipagem sanguínea para o registro do produto em
questão, os exames de deverão ser realizados em Laboratório credenciado pelo MAPA.

§ 1º. Os criadores que ultrapassarem 1 ano da data de nascimento em 100% da safra,


será exigido laudo de DNA para 100% dos machos e laudo de DNA para 1/3 das fêmeas,
sendo que o sorteio será realizado pelo CDT da ABB, caso ocorra alguma
incompatibilidade nas confirmações de parentesco a exigência vai para 100% das
fêmeas.

Capítulo X
Da identificação dos Animais

Art. 61. Os graus de sangue serão identificados pelos técnicos credenciados pela ABB,
da seguinte maneira:

Composição racial
3/4 Zebu + 1/4 A Angus = careta + número 34 na perna traseira do lado direito;
1/2 Zebu + 1/2 A Angus = careta + número 12 na perna traseira do lado direito;
1/4 Zebu + 3/4 A Angus = careta + número 14 na perna traseira do lado direito;
1/4 Zebu + 3/4 A Angus = careta + letra U na perna traseira do lado direito;
5/8 Zebu + 3/8 A Angus = careta + número 58 na perna traseira do lado direito;
3/8 Zebu + 5/8 A Angus = careta + letra B na perna traseira do lado direito;
3/8 Zebu + 5/8 A Angus = careta na perna traseira do lado direito;

Parágrafo único. Somente receberá careta + letra B na perna traseira do lado direito as
fêmeas 3/8 oriundas do acasalamento entre 38 X 12B, as rebaixadas por fenótipo como
previsto no Art. 67 e as fêmeas sem origem conhecida que possuírem padrão racial 3/8.

Clássico

Art. 62. Os graus de sangue serão identificados pelos técnicos credenciados pela ABB,
da seguinte maneira:

Composição racial
3/4 Zebu + 1/4 A Angus = careta + 34 na perna traseira do lado direito;
1/2 Zebu + 1/2 A Angus = careta + 12 na perna traseira do lado direito;
1/4 Zebu + 3/4 A Angus = careta + 14 na perna traseira do lado direito;

Parágrafo único - Após aprovados pela revisão zootécnica, os animais receberão a letra
“B” no certificado para os graus de sangue 34, 12, 38 e 14, considerados base para
obtenção do Brangus. Para o grau de sangue 38 a partir da 1ª Geração, será utilizada
somente a marca da associação (careta), sem letra.

21
Absorção

Art. 63. Da mesma maneira, os graus de sangue serão identificados nos rebanhos em
formação, por absorção:

Geração de Absorção
1- 38 X Zebu = careta+58 na perna traseira do lado direito; somente fêmeas
2- 38 X 58B = careta+12 na perna traseira do lado direito; somente fêmeas
3 - 38 X 12B = careta+B na perna traseira do lado direito; somente fêmeas
4 - 38 X 38B = careta na perna traseira do lado direito; somente fêmeas
5 - 38 X 38 = careta na perna traseira do lado direito; fêmeas e machos

§ 1º. Após aprovados pela revisão zootécnica, os animais receberão a letra “B” no
certificado para as três primeiras gerações de absorção (58, 1/2 e 3/8), equivalendo aos
graus de sangue 58B, 12B e 38B. A partir da quarta geração por absorção, os animais
receberão somente a careta.

§ 2º. As identificações dos graus de sangue decorrentes do Esquema de Formação Misto


seguem as orientações dos esquemas anteriores.

Art. 64. Para identificar os animais dos diferentes registros, assim como para reconhecer
os animais classificados e aceitos, a ABB adotará diferentes marcas e tatuagens.

Parágrafo único. Caberá ao Conselho Deliberativo Técnico aprovar os sistemas de


identificação dos animais.

Art. 65. Compete ao produtor fazer a identificação dos produtos, ainda ao pé da mãe,
em ordem crescente, conforme os nascimentos, através de tatuagem na orelha esquerda.

Art. 66. Para a identificação dos produtos 38 é obrigatória a existência de data completa
de nascimento (dia/mês/ano), enquanto para os graus de sangue “38 BASE” basta a
identificação por mês e ano de nascimento. Para os graus de sangue intermediários, de
geração avançada, é obrigatória a existência de data completa de nascimento
(dia/mês/ano).

Art. 67. É de total responsabilidade do inspetor credenciado a colocação ou não da letra


do registro e marca, bem como é de sua competência rebaixar a letra de registro no grau
de sangue 38, caso considere necessário.

Art. 68. Os reprodutores avaliados geneticamente nos programas credenciados na ABB


receberão a dupla marca, desde que classificarem como DECA 3, DECA 2 e DECA 1.

Parágrafo único. A dupla marca consiste na colocação de duas “caretas” na perna


direita traseira, sendo uma colocada acima da outra.

CAPÍTULO XI
Dos nomes e afixos

Art. 69. Todo criador terá que adotar um afixo que ficará registrado em seu nome no
SRG da ABB, com exclusividade, para identificar os animais de sua propriedade.

Parágrafo único. O registro do afixo é opcional para o criador não associado.

22
Art. 70. É opcional o uso de nomes para os animais.

§ 1º. É permitido o registro de mais de um afixo por criador.


§ 2º. O criador pode utilizar um afixo já registrado, desde que apresente documento
assinado pelo detentor do afixo autorizando o seu uso.

C a p í t u l o XII
Do controle e verificação da paternidade e maternidade

Art. 71. Os exames de DNA serão obrigatórios para todos os animais oriundos de
Transferência Embrionária, Fertilização In Vitro e Transferência Nuclear, os exames de
deverão ser realizados em Laboratório credenciado pelo MAPA.

Art. 72. Os animais que tiverem o comunicado de nascimento informado com mais de 1
ano de atraso, só terão os registros liberados mediante laudo de DNA confirmando pai e
mãe, os exames de deverão ser realizados em Laboratório credenciado pelo MAPA.

§ 1º. No caso de Monta Múltipla será exigido a confirmação da mãe.

§ 2º. No caso de morte dos genitores, o caso será analisado pelo CDT da ABB.

Art. 73. O SRG pode solicitar, sempre que julgar necessário, a confirmação de
parentesco.

C a p í t u l o XIII
Dos certificados de registro e de controle de genealogia

Art. 74. Nos certificados constarão, no mínimo, as seguintes informações do animal:

I - número de registro ou controle na entidade;


II - nome;
III - sexo;
IV - data de nascimento;
V - raça;
VI - categoria;
VII - genealogia de, no mínimo, três gerações de ascendentes, quando conhecidas, para
emissão dos certificados, com nome e número de registro dos mesmos;
VIII - grau de sangue, quando for pertinente;
IX - criador;
X - proprietário;
XI - data de emissão; e
XII - assinatura do Superintendente do Serviço de Registro Genealógico.

§ 1º. Nos certificados a serem emitidos pela ABB deverão constar em seus planos de
destaque os seguintes dizeres:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BRANGUS
REGISTRO NO MAPA SOB Nº BR – 44

23
SERVIÇO DE REGISTRO GENEALÓGICO DA RAÇA BRANGUS

§ 2º. O nome do MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO


deverá ser grafado em caixa alta, em caracteres uniformes em corpo e cor, e em
destaque comparando-se aos demais dizeres.

Art. 75. Os Certificados de Registro Genealógico dos bovinos da raça Brangus, emitidos
pela ABB, dividem-se em:
a) A1 – Certificado de Registro de Puro Sintético Provisório
b) A2 – Certificado de Registro de Puro Sintético Definitivo
c) B1 – Certificado de Controle de Genealogia Provisório
d) B2 – Certificado de Controle de Genealogia Definitivo

Art. 76. O Registro de Puro Sintético Provisório objetiva inscrever os bovinos da raça
Brangus, machos e fêmeas, descendentes de pais 3/8 Zebu + 5/8 A. Angus já inscritos
no registro Definitivo da ABB.

§ 1º. O pedido do Registro de Puro Sintético Provisório será emitido conforme solicitação
do criador e mediante ficha de inspeção devidamente preenchida e assinada pelo técnico
da ABB para animais com menos de 15 meses de idade, para fêmeas, e 18 meses, para
machos. Após o recebimento e checagem dos dados, a ABB emitirá um certificado de
Registro Provisório de acordo com a solicitação do criador.

§ 2º. Os referidos certificados serão válidos até a idade de 18 meses para fêmeas e 20
meses para machos.

Art. 77. Os bovinos inscritos no Registro Provisório deverão estar devidamente


identificados de acordo com as especificações deste Regulamento, figurando também no
livro sistema de controle do criador, com as anotações de genealogia, cobrição e
nascimento, em correspondência com as Comunicações enviadas à ABB.

Art. 78. A partir dos 15 meses de idade para fêmeas e 18 meses para machos, com peso
mínimo (anexo III) e circunferência escrotal (anexo IV) sugeridos nas tabelas em anexo,
os animais serão submetidos a inspeção realizada pelo técnico da ABB visando o
Registro Definitivo de Puro Sintético, onde receberão a marca do Registro Genealógico
da raça Brangus e a inscrição no Livro de Registro Genealógico Definitivo solicitado
através da ficha de inspeção devidamente preenchida e assinada pelo inspetor da ABB.

Art. 79. O Certificado de Controle de Genealogia Provisório objetiva inscrever os bovinos


da raça Brangus, machos e fêmeas, acompanhando ficha de inspeção devidamente
preenchida e assinada pelo técnico da ABB, para animais com menos de 15 meses de
idade para fêmeas e 18 meses para machos, nos graus de sangue 34B, 12B, 14B, 14U,
58B e 38B.

§ 1º. O Certificado de Controle de Genealogia Provisório será emitido conforme


solicitação do criador e mediante ficha de inspeção devidamente preenchida e assinada
pelo técnico da ABB. Após o recebimento e checagem dos dados, a ABB emitirá um
Certificado de Controle de Genealogia Provisório de acordo com a solicitação do criador.

Art. 80. O Certificado de Controle de Genealogia será emitido nas composições raciais
intermediárias 14B, 14U, 12B, 34B, 58B e 38B a partir dos 15 meses de idade para
fêmeas e 18 meses para machos e com peso mínimo exigido. Os animais serão
submetidos a inspeção realizada pelo técnico da ABB visando o Certificado Definitivo de

24
Controle de Genealogia, onde receberão a marca do Registro Genealógico da raça
Brangus e a inscrição no Livro de Controle de Genealogia Definitivo solicitado através da
ficha de inspeção devidamente preenchida e assinada pelo inspetor da ABB.

Art. 81. Para o registro de animais com origem conhecida só serão aceitas fichas de
seleção emitidas pelo programa de registro genealógico oficial da ABB.

Art. 82. É permitido o avanço de gerações nos animais de graus de sangue 12B, 34B,
14U, 58B e 14B inscritos no Livro de Certificado de Controle de Genealogia.

Parágrafo único. O avanço de geração será determinado pelo genitor de menor geração
nos graus de sangue 12B, 34B, 14B,14U, 58B, 38B e 38.

C a p í t u l o XIV
Da propriedade, da cessão e da transferência

Art. 83. Será proprietário de um animal, para todos os efeitos, a pessoa física ou jurídica
que, nos livros, fichas ou computadores do SRG, figurar como tal.

Art. 84. Entende-se por transferência de propriedade o ato pelo qual o criador transfere
para outrem a posse e propriedade de um animal por venda, troca, doação, cessão ou
outra modalidade permitida pelo Direito, ficando a cargo do comprador o custeio da
transação.

Art. 85. A transferência de animais entre criadores será obrigatoriamente notificada pelo
vendedor à ABB, mediante documento assinado.

C a p í t u l o XV
Das Mortes

Art. 86. Ocorrendo a morte de um animal registrado ou controlado, o criador fica obrigado
a comunicá-la ao SRG.

Art. 87. O prazo para o comunicado de morte será de 6 (seis) meses após o ocorrido.

Parágrafo único. A ABB solicita que seja enviado o certificado de registro do mesmo.

C a p í t u l o XVl
Da inativação

Art. 88. Os animais que não tiverem nenhum tipo de comunicado lançado nos últimos 10
anos serão automaticamente considerados como inativos.

Parágrafo único. O animal com status de inativo somente poderá ter o seu registro
reativado mediante inspeção de um técnico credenciado pela ABB.

25
C a p í t u l o XVlI
Das importações e nacionalizações

Art. 89. As importações de animais vivos e seus materiais de multiplicação obedecerão


às normas específicas estabelecidas pelo MAPA ou acordos que venham a ser firmados
no MERCOSUL.

Parágrafo único. Para a nacionalização de animais importados, é obrigatória a vistoria


do Técnico inspetor da ABB e no caso de material de multiplicação (sêmen e embriões)
será necessário o acompanhamento de vídeo ou fotos que identifiquem os doadores, é
obrigatório laudo de DNA confirmando pai e mãe para animais vivos e material de
multiplicação.

C a p í t u l o XVlII
Das retificações

Art. 90. Toda e quaisquer retificações das comunicações deverão ser enviadas via
correios ou eletronicamente.

Parágrafo único. Para a retificação de nascimento quando ocorrer troca de pai, de mãe
ou de ambos, será necessário exame de DNA confirmando o parentesco quando a
correção for realizada para animais com mais de 1 ano de idade, os exames de deverão
ser realizados em Laboratório credenciado pelo MAPA.

C a p í t u l o XIX
Dos emolumentos

Art. 91. Os trabalhos de registro genealógico a cargo da ABB serão custeados:

a) Pelos emolumentos cobrados pelos seguintes itens, de acordo com a tabela de


emolumentos aprovada em Assembléia Geral dos Criadores e submetida a
aprovação do MAPA:

1. Registro Definitivo de Machos PS


2. Certificado de Controle de Genealogia de Machos
3. Registro Definitivo de Fêmeas PS
4. Certificado de Controle de Genealogia de Fêmeas
5. Registro Provisório de Machos PS
6. Certificado de Controle de Genealogia Provisório de Machos
7. Registro Provisório de Fêmeas PS
8. Certificado de Controle de Genealogia Provisório de Fêmeas
9. Nacionalização de Machos
10. Nacionalização de Fêmeas
11. Segunda Via de Certificados de Machos
12. Segunda Via Certificados de Fêmeas PS
13. Segunda Via Certificados de Fêmeas CCG
14. Transferência Certificados de Machos
15. Transferência Certificados de Fêmeas
16. Certificado de Compra de Sêmen
17. Nacionalização de sêmen importado

26
18. Nacionalização de embrião importado
19. Arquivo zootécnico

b) Pelos recursos oriundos de doações, contribuições.

C a p í t u l o XX
Das infrações, suas apurações e suas penalidades

Art. 92. Todas as comunicações de quaisquer ocorrências informadas fora dos prazos
estipulados neste regulamento serão cobradas multas.

Art. 93. Terá sua inscrição, como criador, provisoriamente cancelada, aquele que:

a) Utilizar documentos falsos para inscrição de animais no Serviço Genealógico;


b) Alterar, viciar ou rasurar qualquer documento emitido pelo SRG;
c) Apresentar, para documentação, animal que não seja o próprio.

Parágrafo único. A penalidade máxima que criador poderá sofrer será o cancelamento
definitivo de sua inscrição junto à ABB, e sua aplicação será recomendada pelo
Superintendente do SRG ao CDT após comprovada a infração, de um ou mais itens
citados no Art. 83, ficando assegurada ao punido a ampla defesa e o direito de recorrer
ao MAPA.

Art. 94. O prazo máximo para os técnicos postarem a ficha de seleção é de 120 dias,
contados a partir da data da inspeção. Os técnicos que não cumprirem o prazo estarão
sujeitos às seguintes penalidades:

a) Advertência por escrito.


b) Suspensão por seis meses.
c) Retirada das marcas.

Parágrafo único. Caberá ao Superintendente do SRG a aplicação das advertências por


escrito para os técnicos que postarem fichas de seleção fora do prazo previsto no Art. 84.
As demais infrações serão julgadas e as penalidades aplicadas pelo CDT, ficando
assegurada ao punido a ampla defesa e o direito de recorrer à instância superior.

C a p í t u l o XXI
Das auditorias

Art. 95. A Superintendência do SRG da Associação Brasileira de Brangus realizará,


obrigatoriamente, auditorias técnicas em, no mínimo, 06 (seis) criatórios associados, por
ano (considerando uma população de 120 criatórios existentes na Associação,
prevendo que o número estimado de criatórios com problema é de 5% e com um
intervalo de confiança de 95%), ou até 58 criatórios, em caso de aumento do número de
criatórios associados, da seguinte forma:

27
§ 1º - A escolha dos criatórios deverá ser realizada de forma aleatória, sendo
inicialmente sorteada a região e depois o criatório.
§ 2º - A auditoria deverá ser realizada pelo Superintendente do SRG ou pelos
inspectores credenciados da ABB sob a orientção do Superintendente, devendo ter
preferencialmente dois membros.
§ 3º - A auditoria deverá ser realizada somente em animais registrados e em uma
porcentagem pré-determinada pelo conselho técnico, de acordo com o tamanho do
plantel sorteado, e constará da conferência da documentação e coleta de material
para exame de DNA, caso a comissão julgue necessário.
§ 4º - O Associado escolhido para ser auditado será comunicado com 30 dias de
antecedência da data da diligência, para providenciar a documentação necessária.
§ 5º - O Associado que se opor à auditoria terá todo seu plantel sobrestado na ABB,
até que todos os animais e sua propriedade sejam vistoriados.

Art. 96. Em caso de denúncia ou supeita de fraudes, a Superintendência do SRG da ABB


realizará, obrigatoriamente, auditoria técnica no criatório associado denunciado:
§ 1º A auditoria será executada pelo Superintendente do SRG da ABB, acompanhado
de um técnico credenciado da ABB.
§ 2º A auditoria será realizada em todos os animais de propriedade do associado e
deverá realizar a conferência da documentação e coleta de material para exame de
DNA, caso a comissão julgue necessário, os exames de deverão ser realizados em
Laboratório credenciado pelo MAPA.
§ 3º As auditorias realizadas nos criatórios suspeitos não poderão ser computadas
nas citadas no Art.93.

Art. 97. Os relatórios de todas as auditorias deverão ser arquivados na ABB.

C a p í t u l o XXII
Das disposições gerais

Art. 98. A ABB poderá admitir Associações filiadas para execução das atividades de
Registro Genealógico a nível Estadual, mediante contrato devidamente aprovado no
MAPA, mantendo único o livro de Registro Genealógico da Raça no País.

Art. 99. Os prazos estabelecidos neste Regulamento serão contados a partir da data do
carimbo dos correios (quando assim remetidos) ou pela data da entrada no protocolo da
entidade (quando entregue pessoalmente ou online).

Art. 100. A obrigação do SRG de receber ou emitir os documentos a que se refere este
Regulamento, para que os mesmos produzam seus efeitos, só se formalizará após o
pagamento, pelo interessado do que for por ele devidos, a título de multa, emolumentos
ou qualquer débito de valor previsto na tabela em vigor.

Art. 101. As despesas a que estiverem obrigados os criadores serão elaboradas pelo
Superintendente do SRG, na conformidade das normas ou instituições que, a respeito
tenham sido aprovadas pela ABB.

Art. 102. Sem prejuízo do que estabelece o presente Regulamento, serão considerados
válidos, para todos os efeitos e fins de direito, os registros, as anotações, os certificados
e quaisquer outros documentos expedidos pelo SRG na vigência do Regulamento
anterior.

28
Art. 103. Os casos omissos ou as dúvidas porventura suscitadas na execução do
presente Regulamento serão dirimidos pelo MAPA, ouvidos, quando necessário, o
Superintendente do SRG ou Conselho Deliberativo Técnico da ABB.

Art. 104. A inspeção zootécnica para efeito de registro, controle e revalidação de


certificados efetuada por Entidade filiada, obedecerá ao que estabelece o presente
Regulamento e a orientação que for determinada com contrato.

Art. 105. A ABB disponibizará serviço destinado às reclamações e denúncias referentes


ao Serviço de Registro Genealógico, que poderão ser feitas através do site da ABB
(http://www.brangus.org.br/), dentro da aba de serviços, no item ouvidoria, que será
encaminhado diretamente para o e-mail do Superintendente de Registro Genealógico,
que deverá:

a) Protocolar por ordem de chegada;


b) Realizar análise detalhada da denúncia ou reclamação para que as devidas
providências sejam tomadas;
c) O reclamante ou denunciante deverá receber parecer por escrito sobre as medidas
tomadas;
d) O prazo máximo para resposta será de 30 dias úteis contados a partir do recebimento
da mesma.
e) As tratativas das denúncias e reclamações serão arquivadas e ficarão disponíveis
para consultas.

Art. 106. O SRG da ABB poderá incluir nos certificados de registro genealógico e de
controle de genealogia, quando informado pelo criador, os dados de performance e/ou de
progênie geradas nas provas zootécnicas oficiais, em conformidade com Decreto
8.236/2014 e IN 36/2014.

Art. 107. O presente Regulamento entrará em vigor depois de aprovado pelo MAPA,
cabendo à ABB dar-lhe a mais ampla divulgação entre os criadores de bovinos da Raça
Brangus.

29
Anexo I - ESQUEMAS DE FORMAÇÃO

A – Clássico
Esquema I – Tradicional

Touro Vaca Produto

Angus X Zebu = 12B


50% Zebu
50% Angus

Zebu X 12B = 34B


50% Zebu 75% Zebu
50% Angus 25% Angus

Angus X 34B = Brangus 38


75% Zebu 37,5% Zebu
25% Angus 62,5% Angus

Esquema II - Variante Touro 12B

Touro Vaca Produto

Zebu X Angus = 12B


50% Zebu
50% Angus

Angus X 12B = 14B


50% Zebu 25% Zebu
50% Angus 75% Angus

12B X 14B = Brangus 38


50% Zebu 25% Zebu 37,5% Zebu
50% Angus 75% Angus 62,5% Angus

Esquema III - Variante Touro 14B

Touro Vaca Produto

Angus X Zebu = 12B


50% Zebu
50% Angus

Angus X 12B = 14B


50% Zebu 25% Zebu
50% Angus 75% Angus

14B X 12B = Brangus 38


25% Zebu 50% Zebu 37,5% Zebu
75% Angus 50% Angus 62,5% Angus

30
Esquema IV - Variante Touro 34B

Touro Vaca Produto

Zebu X Angus = 12B


50% Zebu
50% Angus

Zebu X 12B = 34B


50% Zebu 75% Zebu
50% Angus 25% Angus

34B X Angus = Brangus 38


75% Zebu 37,5% Zebu
25% Angus 62,5% Angus

Obtenção do Brangus 38 de 2ª geração em diante:

Touro Vaca Produto

Brangus 38 X Brangus 38 = Brangus 38


37,5% Zebu 37,5% Zebu 37,5% Zebu
62,5% Angus 62,5% Angus 62,5% Angus

B – Absorventes
Esquema V – Tradicional

Touro Vaca Produto

Brangus 38 X Zebu  58B


37,5% Zebu 62,5% Zebu
62,5% Angus 37,5% Angus

Brangus 38 X 58B  12B


37,5% Zebu 62,5% Zebu 50% Zebu
62,5% Angus 37,5% Angus 50% Angus

Brangus 38 X 12B  Brangus 38B


37,5% Zebu 50% Zebu 37,5% Zebu
62,5% Angus 50% Angus 62,5% Angus

Brangus 38 X Brangus 38B = Brangus 38


37,5% Zebu 37,5% Zebu 37,5% Zebu
62,5% Angus 62,5% Angus 62,5% Angus

31
Esquema VI - Variante Sobre Vaca 12B

Touro Vaca Produto

Brangus 38 X 12B  Brangus 38B


37,5% Zebu 50% Zebu 37,5% Zebu
62,5% Angus 50% Angus 62,5% Angus

Brangus 38 X Brangus 38B = Brangus 38


37,5% Zebu 37,5% Zebu 37,5% Zebu
62,5% Angus 62,5% Angus 62,5% Angus

Esquema VII - Variante Sobre Vaca 14U

Touro Vaca Produto

Brangus 38 X UB1 = 14U


37,5% Zebu 18,75% Zebu 28,13% Zebu
62,5% Angus 81,25% Angus 71,87% Angus

Brangus 38 X 14U  Brangus 38


37,5% Zebu 28,13% Zebu 37,5% Zebu
62,5% Angus 71,87% Angus 62,5% Angus

C – Misto
Esquema VIII - Variante Sobre Vaca 58B – por absorção

Touro Vaca Produto

Brangus 38 X Zebu  58B


37,5% Zebu 62,5% Zebu
62,5% Angus 37,5% Angus

Angus X 58B  Brangus 38B


62,5% Zebu 37,5% Zebu
37,5% Angus 62,5% Angus

Brangus 38 X Brangus 38B = Brangus 38


37,5% Zebu 37,5% Zebu 37,5% Zebu
62,5% Angus 62,5% Angus 62,5% Angus

32
Esquema IX - Variante Sobre Touro 14U em Vacas 38, 38B e 12B

Touro Vaca Produto

14U X Brangus 38B  Brangus 38B


28,13% Zebu 37,5% Zebu 37,5% Zebu
71,87% Angus 62,5% Angus 62,5% Angus

14U X 12B  Brangus 38B


28,13% Zebu 50% Zebu 37,5% Zebu
71,87% Angus 50% Angus 62,5% Angus

14U X Brangus 38  Brangus 38


28,13% Zebu 37,5% Zebu 37,5% Zebu
71,87% Angus 62,5% Angus 62,5% Angus

Esquema X - Variante Sobre Touro 12B em Vacas 14U

12B X 14U  Brangus 38B


50% Zebu 28,13% Zebu 37,5% Zebu
50% Angus 71,87% Angus 62,5% Angus

D- Avanço de Gerações nos animais 12B, 58B, 34B e 14B

Touro Vaca Produto

12B X 12B = 12B


50% Zebu (1ª Geração) (2ª Geração...)
50% Angus 50% Zebu 50% Zebu
50% Angus 50% Angus

Touro Vaca Produto

58B X 58B = 58B


62,5% Zebu (1ª Geração) (2ª Geração...)
37,5% Angus 62,5% Zebu 62,5% Zebu
37,5% Angus 37,5% Angus

Touro Vaca Produto

34B X 34B = 34B


75% Zebu (1ª Geração) (2ª Geração...)
25% Angus 75% Zebu 75% Zebu
25% Angus 25% Angus

Touro Vaca Produto

14B X 14B = 14B


25% Zebu (1ª Geração) (2ª Geração...)
75% Angus 25% Zebu 25% Zebu
75% Angus 75% Angus

33
E- Controle de Genealogia por Fenótipo de Fêmeas 12B, 58B, 34B, 38B
e 14B

Admitem-se certificado de controle de genealogia por fenótipo de fêmeas 12B, 58B,


34B, 38B e 14B, porém não poderão ser mães de touros.
Em todos os graus de sangue, o avanço de geração será determinado pelo genitor de
menor geração.

Indicação de uso dos Esquemas de Formação do Brangus de acordo com o clima:


CLIMA ESQUEMAS
Tropical I, V, VI, VIII
Sub-Tropical I, III, V, VI, VIII
Temperado IV, VII, IX, X
Semi-Temperado II, III, IV, VII, IX, X

34
Anexo I - RESUMO ESQUEMÁTICO DOS MÉTODOS DE CRUZAMENTO

MARCA MODELO ORIGEM USO DO TOURO COMUNICADOS TIPOS DE MONTA


+ NECESSÁRIOS PARA PERMISSÍVEIS
REGISTRO
12B X Z Em vacas angus para obtenção 38 CDC e CDN obrigatórios Controlada ou
Clássico Z X 12B somente para registros de Múltipla
machos, sendo que os pais (relacionando os
34B devem ser registrados. Para touros utilizados)
registro de machos a mãe Z
e 12B devem ter origem
conhecida, não sendo aceita
por fenótipo.
Em vacas 14B para obtenção 38, CDC e CDN obrigatórios Controlada ou
Clássico AXZ em vacas zebu para obtenção de somente para registros de Múltipla
ZXA 34B e em vacas AA para obtenção machos, sendo que os pais (relacionando os
de 14B devem ser registrados c/ touros utilizados)
12B origem conhecida. Para o
Absorvente 38 X 58B Não há registro de Machos será
14B x 34B exigido Programa de
Ultrablack(UB1) x 34B Avalição Genética com
34B X Ultrablack(UB1) desempenho até o
sobreano. Somente os 10%
melhores poderão receber o
CCG (de cada criador).
CDC e CDN obrigatórios Controlada ou
Clássico A X 12B Em vacas 12B para somente para registros de Múltipla
14B 12B X A obtenção de 38. machos, sendo que os pais (relacionando os
devem ser registrados. Para touros utilizados)
registro de machos a mãe
12B e a AA devem ter
origem conhecida, não
sendo aceita por fenótipo.

35
CDC e CDN obrigatórios Controlada ou
Absorvente Ultrablack (UB1) x Em vacas 12B, 38B e 38 para somente para registros de Múltipla
14U 38,38B obtenção de 38. machos e fêmeas, sendo (relacionando os
38 x Ultrablack (UB1) que os pais devem ser touros utilizados)
registrados. Não serão
registrados machos filhos de
vacas 38B.
Z X 14B / 14BX Z Em vacas 58B para o avanço de CDC e CDN obrigatórios Controlada ou
Clássico 12B X34B / 34B X 12B gerações somente para registros de Múltipla
machos, sendo que os pais (relacionando os
58B devem ser registrados. Para touros utilizados)
registro de machos as mães
38 X Z / Z X 38 e 38B Z, 12B, 14B e 34B devem
Absorvente 58B X 34B / 34B X 58B Não há ter origem conhecida, não
58B X 12B / 12B X 58B sendo aceitas por fenótipo.
38 X 34B / 34BX38,38B
CDC e CDN obrigatórios Controlada ou
somente para registros com Múltipla
38B Absorvente 38 X 12B Não há genealogia conhecida. (relacionando os
(1ª Ultrablack(UB1) x 12B touros utilizados)
geração) 14B x 38,38B
38 x 14B
14U x 38B
12B X 14U
14U x 12B

36
Pode ser usado com qualquer tipo
CDC e CDN são Controlada ou
Clássico 34B X A / A X 34B de fêmea, Brangus ou Zebu; a obrigatórios. Sendo que os Múltipla
14B X 12B /12B X 14B base do avanço de gerações será
pais devem ser registrados. (relacionando os
38 determinada pelo animal de menor
Para registro de machos as touros utilizados)
(1ª número de gerações. mães AA, 34B, 12B e 14B
geração) devem ter origem
38 X 14U Nos cruzamentos 38 x 38B não conhecida, não sendo
Absorvente 14U x 38 serão registrados os machos. aceitas por fenótipo. Para o
38 X 38B registro de machos 38
(oriundos dos cruzamentos
absorventes) será exigido
Programa de Avaliação
Genética com desempenho
até o sobreano, somente os
50% melhores (de cada
criador) poderão ser
registrados.

Pode ser usado com qualquer tipo CDC e CDN são Controlada ou
de fêmea, Brangus ou Zebu; a obrigatórios. Sendo que os Múltipla
38 Clássico 38 X 38 base do avanço de gerações será pais devem ser registrados. (relacionando os
(2ª geração determinada pelo animal de menor touros utilizados)
em diante) número de gerações.

37
Anexo II - OBSERVAÇÕES RELATIVAS AO QUADRO RESUMO DO REGISTRO
GENEALÓGICO

Exigências para Touros

1.1. Por comunicação obrigatória


de cobertura e nascimentos 34B - Só pelo Esquema Clássico
12B - Só pelo Esquema Clássico
14B - Só pelo Esquema Clássico
14U – Só pelo Esquema Absorvente
58B - Só pelo Esquema Clássico
38 - Só pelo Esquema Clássico

Exigências para Fêmeas

2.1. Por Fenótipo 38B - Só pelo Esquema Absorvente


34B - Pelos Esquema Clássico ou
Esquema Absorvente
12B - Pelos Esquema Clássico ou
Esquema Absorvente
14B - Pelos Esquema Clássico ou
Esquema Absorvente
58B - Pelos Esquema Clássico ou
Esquema Absorvente

2.2. Por comunicação obrigatória


de cobertura e nascimentos 14U - Pelo Esquema Absorvente.

2.3. Por comunicação obrigatória


de cobertura e nascimentos 38 - Pelos Esquemas Clássico e
Esquema Absorvente.

Relativo a Monta Controlada ou Múltipla

3. Múltipla ou Controlada (opcional) Para todos os graus de sangue 34B, 12B, 38B,
14B, 14U, 58B e 38.

Rebaixamento – ocorrerá quando os animais de gerações mais avançadas não


cumprirem com o padrão racial estabelecido para aquela geração, como por exemplo:
manchas, batoque, cor do pêlo etc.

39
Anexo III – TABELA DE PESO SUGERIDA PARA REGISTRO DEFINITIVO DE
MACHOS

Idade (meses) Peso (KG)


18 380
19 390
20 400
21 410
22 420
23 430
24 440
25 450
26 460
27 470
28 480
29 490
30 500

Anexo IV – TABELA DE CIRCUFERÊNCIA ESCROTAL SUGERIDA PARA REGISTRO


DEFINITIVO

Idade (meses) P.E. (cm)


18 30,0
20 31,0
22 32,0
24 33,0
26 34,0
28 35,0
30 ou + 36,0

40

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