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D E L TA C O N S U L T O R E S E PERFIL EM PA R C E R I A
LISBOA, 2007
Módulo
A4
FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO
Formação de Tutores – Manual do Formando
© DeltaConsultores e Perfil
Lisboa,
Índice
aprendizagem 99
Tabela 2.2 – Métodos de Tabela 3.8 – Guião de entrevista
formação: vantagens e 101
desvantagens 55
Tabela 3.9 – Roteiro de leitura 103
Tabela 2.3 – Métodos de
Tabela 3.10 – Exemplo de lista de
formação – propósito e quando
verificação comportamental 115
usar 57
Tabela 3.11 – Modelo de relatório
Tabela 2.4 – Conjugação de
de apreciação do progresso da
métodos de formação e
formação 116
resultados desejados 59
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Introdução aos
Métodos, Técnicas
Pedagógicas e
Suportes Didácticos
em Contexto Real de
Trabalho
O presente módulo pretende ser um contributo para
habilitar os tutores – responsáveis pelo enquadramento,
pela formação, pelo treino, pela integração e pelo
aperfeiçoamento de trabalhadores em início ou mudança
de funções – com novas competências pedagógicas que os
habilitem:
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O modelo tanto pode ser usado para formação individual, como para programas
de FCT para grupos alargados.
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1. Comportamentalista;
2. Cognitivista;
3. Interrogativa;
5. Da dinâmica de grupo;
6. Da realidade virtual;
7. Holística.
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Planeamento da aprendizagem
As organizações têm objectivos decorrentes das metas económicas, comerciais e
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Ao longo do tempo, têm surgido modelos cada vez mais elaborados para a
Planificação da Formação, como o das cinco etapas, de Jerald Apps (in Davis &
Davis, 1998, p.84):
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1 - Neste manual o termo táctica no sentido em que (Daviis e Davis, 1998) o utilizam é substituído
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A cada estratégia será dado enfoque em: melhor prática; teoria da aprendizagem
de suporte; caminhos históricos; aplicações; papel dos participantes; natureza da
motivação; perfil dos participantes; papel do facilitador; pontos fortes; pontos
fracos.
Para uma melhor compreensão dos conceitos que a Figura 1.1 relaciona
passamos a uma breve descrição do seu significado
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Estratégia comportamentalista
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Desenvolvimento de competências
Quase todas as organizações argumentam: o que precisamos é de trabalhadores
proficientes. Formadores, tal como supervisores hierárquicos, são muitas vezes
chamados a ensinar perícias/ habilidades. Algumas destas competências
envolvem movimentos físicos e são designadas habilidades psicomotoras. Outras
habilidades envolvem a capacidade de realizar rotinas de cálculo ou a seguir
procedimentos. São as designadas habilidades cognitivas, porque requerem esforço
mental. Em muitas situações de trabalho existe combinação de habilidades
psicomotoras e cognitivas, que podem ser simples ou complexas.
Muitas das pessoas que trabalham nos aviões da Boeing, incluindo aquelas
que montam as portas, precisam de ser certificadas para mostrar que têm
competência para a função.
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Análise de tarefas
Para dividir a aprendizagem nas suas fases, para que se possam identificar os
passos necessários e a sua estruturação sequencial, recorre-se à análise de tarefas
que envolve:
4.
para evitar omissões.
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Estratégia cognitivista
A primeira vez que ouvi o termo “Idade da Informação”
fiquei atormentado. Eu tinha ouvido falar da Idade do
Ferro e da Idade do Bronze, períodos da história,
apelidados pelos novos materiais, que os homens
utilizaram para fazer as suas ferramentas e armas.
Estas foram épocas específicas. Então estudei os
académicos profetizando que a luta das nações seria pelo
controlo da informação e não pelos recursos naturais...
Isto parece disparatado, porque a informação não é
tangível e mensurável, como os materiais que as idades
prévias definiram, mas a informação tornou-se
crescentemente importante para nós. A revolução da
informação está precisamente a começar. (Bill Gates, The
Road Ahead, cit. Davis e Davis)
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imediatamente.
Pontos Fracos Dá pouco ênfase ao pensamento e à solução de problemas.
Não dá suficiente atenção aos sentimentos, e às
necessidades sociais dos formandos. Tende a ignorar o nível
de desempenho presente e dá pouca importância à avaliação
dos resultados. Separa a aprendizagem da experiência do
mundo real.
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Exemplos:
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Apresentação da informação
O fácil acesso à informação cria dificuldades na sua selecção: o que é necessário
saber, na realidade?
A atenção;
O processamento de informação;
A memória.
A atenção
A nossa capacidade de atenção é limitada. Só quando há necessidade de atender
a determinado estímulo, é que temos uma capacidade incrível de focar aquilo que
queremos e precisamos de ver ou ouvir.
Pode começar com algo excepcional – uma história fascinante, uma imagem
visual forte, ou três boas razões para os formandos que tornem os formandos
receptivos a esta formação essencial.
Regra 4 – Abrande e volte atrás para voltar a ganhar a atenção sempre que
necessário
A maioria dos formadores sabe que, quando alguém que chega mais tarde, faz
perguntas irrelevantes, ou inicia uma conversa privada, distrai os outros
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O processamento da informação
O ser humano tem um sistema de reconhecimento altamente complexo para o
processamento de informação.
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A memória
Depois de muitos anos de pesquisa os psicólogos cognitivistas fizeram a
distinção entre memória de trabalho ou curto prazo e memória de longo prazo.
A memória de longo prazo, por outro lado, é aquela que a maior parte das
pessoas entende, quando se refere à memória e é aquela que é usualmente
referida pelos formadores e participantes. Entra em funcionamento quando a
memória de trabalho cessa – depois de poucos segundos – e continua por
semanas, meses e anos.
Existem cinco categorias de técnicas que são especialmente úteis para aumentar
o armazenamento e recuperação da informação na memória a longo termo:
pode ser aprendida pela lista mental associada ao lugar que os artigos
ocupam na cozinha.
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O formador tem que dar tempo para o formando decidir o que fazer com a
nova informação (apresentada com diverso material, p. ex. comunicação verbal,
slides, imagens de computador, etc.). O formando pode querer tomar notas,
relacionar o visual com as palavras e enquanto ainda retêm na memória de curto
prazo a informação necessita de tempo para decidir o que fazer.
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A estratégia interrogativa
Precisamos de tanta informação, quanta nos seja possível
obter. Mas também precisamos de pensar. Precisamos de
pensar para decidir qual a informação que devemos
pesquisar e onde procurá-la. Precisamos de pensar para
dar o melhor uso à informação que temos. Precisamos de
pensar para iniciar vias possíveis de juntar informação. A
tradicional noção em educação de que a informação é
suficiente está fora de moda e é perigosa.
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A mente interrogativa
O trabalho requerido na indústria e nos negócios é crescentemente intelectual. O
trabalho intelectual requer uma mente inquiridora, onde os pensadores são cada
vez mais necessários.
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A maior parte das organizações que Davis e Davis (1998) visitaram estavam
ansiosas para possuírem bons pensadores, e algumas desviaram o seu percurso
para tentar melhorar a capacidade humana para o pensamento através da
formação.
Exemplos:
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Tipos de pensamento
Na resposta à questão “o que é o pensamento” importa considerar na corrente
de pensamentos que invadem as nossas mentes, apenas o pensamento
direccionado que é orientado para um determinado objectivo e inclui por
exemplo: a análise de argumentos; o levantamento de questões; a identificação de
motivos; a formulação de hipóteses; a distinção entre factos de opiniões; a
classificação de dados, etc.
Pensamento Crítico
Segundo o Foreign Service Institute, USA, in Davis e Davis, 1998, o
pensamento crítico é definido como o “Julgamento da autenticidade, valor e rigor de
algo, como por exemplo, a informação”. O pensamento crítico foca, sobretudo, a
justificação, ou o conjunto de motivos que suportam uma conclusão. Este tipo
de pensamento enfatiza, quer na construção, quer na crítica de argumentos, a
análise do modo como a evidência é utilizada, como suporte de um determinado
ponto de vista.
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Pensamento Criativo
Poderá ser definido como um pensamento guiado por um desejo para procurar
o original. “Envolve mobilidade, revela-se na exploração, requer flexibilidade, e honra a
diversidade”. Em vez de seguir regras, o pensamento criativo quebra-as. O
pensamento criativo resulta em produtos e serviços criativos, bem como
invenções ou novos processos. Para que o pensamento criativo seja produtivo,
deve concretizar-se através de experimentação e testagem – o que requer
procedimentos rigorosos, inclusive de avaliação. Os benefícios provenientes do
pensamento criativo resultam numa quebra de fronteiras.
Pensamento Dialéctico
Envolve uma capacidade para avaliar diferentes pontos de vista em simultâneo.
“Alguns pontos de vista podem ser enquadrados numa única referência através de um conjunto
de movimentos lógicos” possuindo, geralmente a resposta correcta. Através deste tipo
de pensamento podemos criar empatia com o pensamento, pontos de vista e
argumentos opostos, examinados os nossos próprios pontos de vista
reconhecendo os seus pontos fortes e fracos.
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Exemplos:
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Problemas e decisões
Um problema é uma questão proposta para solução ou discussão, envolvendo,
normalmente, a dúvida, incerteza ou a dificuldade.
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1. Definir os objectivos;
3. Identificar as vantagens;
4. Simplificação;
6. Contradição;
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7. Diagramas e gráficos;
8. Analogias.
1. Determinação de valores;
2. Determinar benefícios;
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3. Pesar os benefícios;
4. Gerar opções;
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jogos de guerra.
Aplicações A formação onde a experiência ao vivo é muito
perigosa ou dispendiosa e onde a prática é necessária
sob condições controladas.
Papel dos Envolvimento dos participantes em práticas activas
participantes dos seus papeis reais, sob circunstâncias de desafio,
suporte e segurança.
Natureza da A grande motivação vem do conhecimento de que a
motivação vida real se encontra ao fundo da esquina, e que esta é
uma oportunidade protegida para treinar.
Perfil dos É indicado para participantes que já possuem algum
Participantes nível de proficiência, que gostam de subir na vida e
estejam predispostos à acção.
Papel do Facilitador Ajusta a cena, fornece os cenários ou jogos, intervém
ou afasta-se de acordo com o apropriado para role
play, cenário dramático e simulação.
Pontos Fortes Fornece oportunidades para treino e sintonia fina,
torna os participantes activos, cria o melhor para a
experiência seguinte ao vivo, ou por vezes explora as
vantagens das experiências.
Pontos Fracos Requer muita preparação na realização e suporte do
material, requer capacidades de facilitação difíceis e
não familiares. A experiência pode ser demasiado real
e potencialmente explosiva ou falhar por desvirtuar a
realidade
Exemplos:
A United Airlines treina pilotos para voar sem utilizar aviões reais;
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Estratégia holística
“A humanidade tem sobrevivido ao longo de milhões de
anos, devido à sua capacidade de adaptação. Ao contrário
do restante reino animal, os seres humanos têm a
capacidade de reflectir, observar-se a eles próprios e de
modificar as suas lutas com o mundo em ordem a ir ao
encontro das suas necessidades. Esta luta com o mundo é
chamada experiência. A experiência tem sido a base da
aprendizagem desde o seu aparecimento na terra.”(Phil
Gang, “Expereiencial Learning”, in Holistic
Education: Principles, Perspectives, and Pratices, cit.
Davia e Davis, 1998.)
Características Descrição
Melhor Prática A reflexão de uma potencial experiência educativa da
qual pode derivar a aprendizagem pessoal e a auto
descoberta.
Teoria da A aprendizagem holística e a psicologia construtivista.
Aprendizagem A aprendizagem baseada na experiência e na reflexão
sobre o que aconteceu sob a orientação de um mentor
ou tutor competente, que fornece desafio e suporte.
Caminhos Estudos recentes sobre a evolução do cérebro e sua
Históricos função. A teoria do aconselhamento com as suas raízes
na cura de Freud, a terapia centrada no cliente de
Rogers e a teoria de Vygotsky.
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Características Descrição
Papel do Facilitador Une participantes a experiências apropriadas, concebe
orientação adequada, fornece mecanismos úteis para a
reflexão e envolve interacção one-on-one com ajuda
competente que fornece suporte e desafio.
Pontos Fortes Põe os participantes em situações de aprendizagem
real, que envolvem total visão própria, acção, e auto-
exame. É muitas vezes um auxílio bem-vindo da
aprendizagem estruturada de sala de aula. É
espontânea, prática, realista e útil.
Pontos Fracos Relativiza os benefícios de uma contribuição mais
sistemática de nova informação e de inquéritos
estruturados. Está sujeita aos perigos de objectivos
vagos, estruturação deficiente e resultados ambíguos.
Inclui muitos factores da situação de aprendizagem
que podem escapar ao controlo do aluno e do
facilitador.
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Segundo Kolb (Englewood Cliffs, 1984, cit. por Davis e Davis, 1998) a
“compreensão é um processo contínuo de construção, construído através da
interacção das ideias com a experiência. O envolvimento no ciclo contínuo
consiste de experiência, reflexão, abstracção, e teste para finalmente regressar à
experiência uma vez mais.”
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Papel do
Estratégia Melhor uso Teoria Participantes
Facilitador
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Papel do
Estratégia Melhor uso Teoria Participantes
Facilitador
orientada de casos
de monitoria do
progresso de
projectos
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Papel do
Estratégia Melhor uso Teoria Participantes
Facilitador
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Actividades de avaliação
As questões que se seguem pretendem dar-lhe indicações sobre o nível de
aprendizagem que conseguiu atingir ao longo do estudo deste capítulo.
Questões de avaliação
Entre na aplicação informática e comece por responder às perguntas de resposta
curta, do exercício de revisão do Capítulo 1 da Aplicação – “Estratégias de formação
que suportam a aprendizagem”. Compare a sua resposta com a solução proposta.,
como forma de reflexão sobre os tópicos principais. De seguida procure reflectir
sobre as seguintes questões:
Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Questão 5
Exercício 1
Apresentam-se de seguida três casos com acento em estratégias pedagógicas
diferentes ou na combinação de estratégias, cujas descrições a seguir se
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apresentam.
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FIAT Brasil
Quando a FIAT abriu a sua fábrica no Brasil, instalou-se numa zona rural
próximo de Belo Horizonte, a terceira maior cidade, e tinha o problema de atrair
trabalhadores que tivessem que os mais básicos requisitos para trabalhar em
automóveis.
Aos trabalhadores com muito limitado background era mostrado como realizar
uma tarefa cuidadosamente analisada e altamente operacionalizada. Aos
trabalhadores era dado tempo suficiente – tal que não se sentissem em stress a
ponto de querem abandonar – e era-lhes dado, em directo, no posto de trabalho
formação com muito feedback e coaching. À medida que eles apreendiam a tarefa,
realizavam-na mais rapidamente e assim a velocidade da linha de produção podia
ser aumentada. A formação e a técnica de coaching poderiam diminuir
progressivamente. Eventualmente o trabalho na linha de treino era igual ao da
linha de produção. Então veio a grande surpresa. A qualidade na linha de treino
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Gates USA
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Utilização de métodos
de formação
Antes de entrar nos aspectos específicos dos métodos aplicáveis à FCT, é oportuno
começar por uma breve revisão das práticas que permitiram aos formadores criar
muitos métodos e técnicas de formação eficazes adquiridas ao longo dos anos. De
modo muito sumário, no presente capítulo trata-se de definir o seguinte percurso
metodológico:
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2. Apresentar objectivos;
4. Apresentar informação;
5. Fornecer orientação;
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7. Feedback correctivo;
8. Avaliação do desempenho;
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Em termos de performance
1. A aprendizagem;
2. O desempenho;
3. A motivação.
O processo de formação
Sem entrar na polémica entre os educadores construtivistas e os da instrução,
simplificadamente aceitamos que para os primeiros a aprendizagem é uma
abordagem em que as pessoas obtêm conhecimento por elas próprias com a
orientação de alguém mais experiente e sabedor (professor, colega mais sabedor de
um determinado tema). Para os segundos a apropriação de conhecimento pelas
processa-se de uma forma mais seguidista, isto é o processo de ensino
aprendizagem está centrado no formador.
O que é a instrução?
É um facto que as pessoas podem aprender por elas próprias sem qualquer
incentivo exterior. Contudo, o papel das instituições (escolas, universidades,
centros de formação etc.) é facilitar a aprendizagem, em que a instrução/ ensino
deve combinar uma grande variedade de abordagens.
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Apresentação da informação
Guia do aluno
Prática
Avaliação da aprendizagem
(http://portal.iefp.pt/portal/page?_pageid=117,102125&_dad=gov_porta
l_iefp&_schema=GOV_PORTAL_IEFP)
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Com já se referiu não existe uma absoluta consonância entre diferentes autores
sobre o que é uma técnica e o que é um método. Na formação em contexto de
trabalho considera-se que poderá haver um método de formação que é central, mas
tal não dispensa a utilização de outros métodos e técnicas complementares.
Metodologia de abordagem
Há uma vasta panóplia de métodos e técnicas, geralmente utilizados em sala e
outros utilizados mais especificamente para formação a distância ou em formação
híbrida (blended learning). Assim a abordagem que se segue compreende duas fases:
3 - A ASTD (American Society for Training & Development) utiliza a expressão Método de formação
(Instructional Method) para enumerar os métodos (expositivo, interrogativo, etc) e as técnicas
(simulação, exposição, demonstração, etc.) acima indicados (in http://astd-
cac.net/mod/glossary/view.php?id=6)
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A Tabela 2.1 – Descrição de métodos de formação descreve vários métodos e técnicas, que
serão discutidos consoante o seu interesse para a aprendizagem activa em contexto
de trabalho, designadamente no tópico “Como assegurar, uma apropriada
combinação de intervenções no desempenho em FCT”.
Métodos e
Descrição
técnicas
Exposição/ Permite a transferência da aprendizagem por mera
(Conferência) declaração e explicação do conhecimento. A conferência é o
método de ensino unidireccional que conta com o
conhecimento do formador e na sua capacidade para
apresentar a informação. Quando a interacção está
disponível, permite reforço do comportamento,
questionamento espontâneo, diálogo, e interacção social
com feedback imediato
Demonstração Permite transferir competências de desempenho /realização
através da descrição de procedimentos, tarefas, eventos,
processos, etc. O professor ensina demonstrando como se
faz: Contextualiza, divide em partes e pratica a execução.
Role Playing Envolve recriar uma situação relativa a um problema do
mundo real, na qual os participantes representam vários
papéis. Promove uma compreensão das posições de outras
pessoas e das suas atitudes, bem como dos procedimentos
que podem ser usados para diagnóstico e solução de
problemas. Os alunos podem assumir o papel de um
personagem, organização, ocupação profissional, etc.
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Métodos e
Descrição
técnicas
Brainstorming Brainstorming é um método válido e eficaz de solução de
(tempestade de problemas, no qual o criticismo é dilatado e as vias de
ideias) compreensão duma situação são bem-vindas, onde a
quantidade é desejada e a associação e a melhoria são
procurados. Ocorre geralmente em grupo e envolve a criação
de um vasto campo de ideias em ordem a encontrar um
método eficaz de solução de um problema.
Análise de Uma estratégia de solução de um problema similar à
Estudos de simulação que trabalha pela apresentação realística duma
caso situação requer que os formandos respondam e explorem
soluções possíveis. Neste método, os formandos são
confrontados com um real ou fictício cenário e devem
aplicar novos conhecimentos bem como experiências
anteriores para analisar a situação e desenvolver a solução.
Aprendizagem É uma forma de aprendizagem onde os formandos
colaborativa partilham responsabilidades e estão dependentes, uns dos
(Buzzgroup) outros, na consecução duma tarefa específica. Consistem de
3 a 6 pessoas, a quem é dada um trabalho ou tarefa para
completar num curto período de tempo.
Jogos Uma actividade governada por regras vinculando uma
situação competitiva. Podem ser actividades desenhadas
para simular alguns aspectos de um negócio. Os jogos de
negócio podem não ser competitivos, onde só um formando
ou grupo de formandos “ganha”.
Visita de estudo As de visitas de estudo a outros locais de trabalho, permitem
(Field trip) que os formandos possam fazer o benchmark de melhores
práticas de outras organizações como parte de iniciativas de
melhoria da qualidade total. Em situações de aprendizagem
de sala de aula, são usadas como técnica de aprendizagem
experimental par mostrar como os outros estão abordando o
problema, os procedimentos, ou a situação.
Modelo de O formando é envolvido pela observação e a prática. O
comportamento formando adquire os comportamentos - alvo pela observação
do “modelo” que os demonstra em filmes e vídeos. Então
reproduz aqueles comportamentos em práticas guiadas e
intensivas.
Incidente Neste método é dada aos formandos uma breve descrição
crítico (uma frase ou um parágrafo) de uma situação problema e
pede-se uma sugestão de uma solução, curso de acção ou
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causa do problema.
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Uma segunda maneira para diferenciar os métodos é pelo nível de controlo do formador
que é definido por cada método. Alguns métodos como a conferência/ exposição
conferem total controlo ao formador.
Os objectivos de formação;
O tempo disponível;
A dimensão do grupo;
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O equipamento disponível;
O tipo de sala;
Os custos
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Método/
Propósito Quando usar
Técnica
Role Play Ajuda os participantes na Praticar habilidades
prática de competências adquiridas recentemente.
utilizadas em interacção
Experimentar a impressão
que dá uma certa situação.
Fornecer feedback aos
participantes acerca do seu
comportamento.
Jogos Fornecem uma maneira não Ajudar à total compreensão
assustadora de apresentar do programa do curso
ou analisar os materiais do
Apresentar a secura do
curso
material de maneira
interessante
Juntar elementos
competitivos à sessão.
Simulação Recria um processo, evento, Integrar e aplicar um
ou um conjunto de conjunto complexo de
circunstâncias, geralmente competências
complexo, tal que os
Descobrir tendências
participantes podem
naturais dos participantes e
experimentar e manipular a
fornecer feedback daquelas
situação sem risco e então
tendências
analisar o que aconteceu
Fornecer uma experiência
realista relacionada com um
cargo.
Observação Certos participantes actuam Mostrar como o grupo
ou demonstram executa procedimentos, ou
comportamentos, tarefas ou aplica uma habilidade ou
situações, enquanto outros comportamento.
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Método/
Propósito Quando usar
Técnica
Discussão em Oferece oportunidade para Gerar ideias
pequeno grupo os participantes
Descobrir o que os
expressarem opiniões,
participantes pensam acerca
partilharem ideias,
dum assunto particular
resolverem problemas e
interagirem uns com os Aumentar o nível de
outros participação
Encorajar a interacção e a
construir a coesão do grupo.
Estudos de Permite aos participantes Testar a compreensão dos
caso trabalhar com o conteúdo participantes de conceitos
em pequenos grupos ou processos
Promover a colaboração em
grupo
Melhorar a confiança dos
participantes nas suas
capacidades para aplicar
aprendizagem nas funções
do seu cargo
determinado método.
Conforme mostra a tabela 2.4, para Karen Lawson (1998) um método de formação
não é exclusivo de um determinado resultado na taxonomia de Bloom. Até ao nível
da compreensão há uma grande sobreposição de métodos. Já no desenvolvimento
de competências é clara a necessidade de aplicação de métodos activos, como o
role play e a simulação.
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Se a tabela 2.3 ajuda a sugerir métodos, a tabela seguinte, segundo Karen Lawson
(1998), poderá ajudar também a conjugar métodos com os resultados desejados,
facilitando a sua diversificação.
Estudos de caso
Demonstração/ Dramatização
4. Desenvolvimento Desempenho em contexto de trabalho
de competências
Role Play
Jogos de gestão
Simulação
(Adaptado de Karen Lawson, 1998)
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Conveniência/ vantagem
Os formadores devem questionar se uma ajuda de trabalho para FCT é facilmente
disponibilizada. Por exemplo, o que é mais conveniente para a organização:
actualizar manuais de procedimentos, CBT (Computer Based Training), vídeo
interactivo, memorandos, ou adquirir outras ajudas de trabalho que podem facilitar
as tarefas dos formadores em FCT? Se a segunda alternativa é viável, a utilização
destas ajudas de certo contribuirá para acelerar ou melhorar a FCT.
Considerações de custo
Os formadores devem determinar, se uma ajuda de trabalho para FCT é
especialmente eficaz em termos de custo. Por exemplo, é mais eficaz, em termos
de custo, fornecer aos alunos ajudas no posto de trabalho – mesmo com
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Considerações de tempo
Os formadores devem considerar se confiar numa ajuda de trabalho economizará
tempo para formadores e formandos. Estas considerações podem ser
especialmente importantes em organizações, nas quais os formadores de FCT não
estão disponíveis prontamente, porque os empregados estão demasiado ocupados,
apagando fogos, gerindo crises e com saídas para trabalho exterior.
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Método expositivo
Trata-se de um método apropriado para distribuir formação, quando há
necessidade de comunicar muita informação, especialmente a um grupo num
relativo espaço de tempo curto. Se o formador é um especialista da matéria, então
pode comunicar ao grupo, como podem ser abordados aspectos chave ou
características duma actividade, ferramenta, ou peça de equipamento; ou então, se a
informação muda rapidamente, a exposição será ainda um meio viável para
actualizar várias pessoas sobre o mesmo tópico em simultâneo.
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Quando utilizar
A exposição pode ser utilizada em FCT, quando qualquer das condições anteriores
se verifica e pode mesmo ser usada em situação de one-on-one training (um indivíduo
aprende com outro mais experiente).
Através de exposições orais, pode ser dada aos formandos que se estão iniciando
na FCT informação de background acerca do essencial das funções do cargo, para
aprenderem rapidamente o que são as funções, quando, onde, porquê, como
devem ser realizadas e como os resultados devem ser medidos.
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Crítica do método
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Método demonstrativo
Uma demonstração é uma apresentação ilustrada na qual os formadores utilizam
ajudas visuais ou outros suportes para animar a discussão e estimular os sentidos
(percepções) dos formandos em ordem a reforçar pontos importantes. A
demonstração consiste em mostrar aos formandos como concretizar uma
determinada performance, em que os formadores mostram aos formandos o que
fazer e como fazer.
Etapas da demonstração
Para utilizar a demonstração eficazmente em FCT, os formadores devem seguir os
seguintes passos:
Outras técnicas podem também ser utilizadas nas demonstrações de FCT para
melhorar o envolvimento do formando. Por exemplo, os formadores podem ter
formandos a experimentar um procedimento, por eles próprios antes da
demonstração, de modo a poderem apreciar integralmente os problemas da
execução. (Esta técnica deve ser usada com procedimentos que não ponham em
perigo a segurança e a saúde do formando).
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Visita de estudo
As visitas de estudo, na forma de visitas planeadas, especialmente a outros locais de
trabalho, têm merecido atenção, porque as organizações estão a promover estas
visitas de modo a que os empregados possam fazer benchmarking das melhores
práticas de outras organizações, como parte, por exemplo, de iniciativas de
qualidade total.
Modelo de comportamento
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4 - Ver Glossário
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Estudo de caso
Um estudo de caso é essencialmente uma história, muitas vezes baseada em
ocorrências actuais, utilizadas para fins de formação.
Os estudos de caso têm longa utilização em sala, como meio de reforço dos
pontos-chave da formação ou para levar os formandos a fazerem as suas próprias
descobertas, pois contêm informação suficiente para descrever a situação, mas que
nem sempre garante possíveis soluções.
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Para aplicar este método em FCT, os formadores tem que ser criativos, mas
considerar o interesse na gestão da equipa que está a ser examinada. Muitas
organizações de negócios dos US consideram conveniente a utilização de métodos
de grupos de trabalho em cenários de trabalho. A um formando pode ser atribuído
um trabalho (assignment) para pesquisar com outros colegas de trabalho, outras
organizações ou clientes. Alternativamente, o formando pode ser incluído numa
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task force, num grupo de trabalhadores escolhido para trabalhar num problema
relacionado com as funções de um cargo até conseguirem soluções recomendadas
para gestão ou até as suas soluções poderem ser implementadas por eles próprios
ou outros trabalhadores autorizados.
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3. Explicar quanto tempo será dado (“Tem todo o tempo até ao final do
dia para completar esta actividade”);
Incidentes críticos
Um incidente crítico é muito menor que um estudo de caso, mas a ideia subjacente
é similar. Aos formandos será dado uma breve descrição (de uma frase a um
parágrafo) duma situação problema e será pedido para sugerirem uma solução, o
curso da acção, ou a causa do problema. Desde há muito tempo utilizada como
instrumento de avaliação de necessidades, a abordagem do incidente crítico toma
esta designação duma situação (incidente) especialmente importante (crítica) que pode
conduzir ou quebrar o sucesso de um desempenho.
4. Como iria lidar com essa situação se tivesse que a enfrentar de novo?
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No role play duplo, três pessoas trabalham juntas: dois deles representam papéis e
o terceiro observa. O observador pode entrar na acção quando se justifica.
Actividades de avaliação
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Questões de avaliação
Entre na aplicação informática e comece por responder às perguntas de resposta
curta, do exercício de revisão do Capítulo 2 da Aplicação – “Utilização de métodos
e técnicas de formação”. Compare a sua resposta com a solução proposta., como
forma de reflexão sobre os tópicos principais. De seguida procure reflectir sobre as
seguintes questões:
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Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Questão 5
Exercício 2
Título do Exercício: “Implicação dos métodos pedagógicos na acção do
tutor em FCT”
Objectivos
1. Características relevantes;
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2. Equipamentos e material;
3. Preparação;
4. Aspectos críticos.
Desenvolvimento do trabalho
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E M C O N T E X T O R E A L D E T R A B A L H O
A empresa ABC que diversifica a sua actividade por diferentes unidades de negócio
recebeu um grupo de estagiários, com quem estabeleceu contratos de
aprendizagem em FCT (Formação em contexto real de trabalho) que pretende
levar a cabo para de seguida desempenharem cargos na empresa.
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4
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E S U P O R T E S D I D Á C T I C O S Capítulo
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Concepção de suportes
didácticos para FCT
As fases que compõem o modelo DAPPER, que tanto pode ser usado por
formadores a nível de formação individual (one-on-one training), como para amplos
programas de FCT, constituem o objecto de estudo deste capítulo.
físicos
Pode definir-se suporte didáctico como sendo qualquer recurso que permite
estabelecer ou facilitar a relação "fonte de informação – destinatário". São
exemplos de deste tipo de suportes:
2. Um manual;
3. Um texto impresso;
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4. Um filme;
5. Um vídeo;
7. Um memorando;
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A escolha dos suportes audiovisuais deve ser feita com sentido de equilíbrio, de
modo a representar um elemento facilitador da aprendizagem para o formando.
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a eficácia pedagógica nos testes alfa e beta (testes de pilotagem de cursos) com os
formandos.
Por exemplo, este ciclo pode utilizar-se total ou parcialmente tanto na fase de
análise de necessidades (análise, desenho e avaliação de necessidades) de um curso,
como em qualquer outra fase do ciclo de modo iterativo.
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O modelo DAPPER
Este modelo fundamenta-se numa visão sistémica da abordagem da formação em
geral, observados os aspectos específicos em FCT.
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Quando se utiliza a designação FCT, tal significa que estamos perante formação/
instrução planeada ou estruturada.
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A análise pode ser feita de várias maneiras, mas para criar uma formação eficaz.
Segundo Rives Hassel-Corbiell (2001) há três tipos de análise que não podem ser
negligenciados:
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Análise do formando;
Análise de tarefas;
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Análise do formando
O segredo para uma análise eficaz do trabalhador reside na identificação precisa do
que o indivíduo já é capaz de fazer quando vai iniciar a formação em FCT em cada
função do seu cargo.
Esta secção inclui qualidades e traços humanos que tornam a realização de cada
tarefa mais fácil. Pode incluir por exemplo os resultados de uma avaliação
psicológica.
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Competências
Esta secção inclui capacidades e habilidades que o formando tem para o cargo
que podem ser utilizadas no seu desempenho.
Conhecimento e aptidões especiais
Esta secção inclui o que o formando precisa de conhecer e ser capaz de fazer
especificamente para cada tarefa do cargo. Inclui ainda ferramentas,
equipamentos e ajudas que são requeridas e utilizadas.
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Atitudes
Esta secção inclui as tarefas e subtarefas do cargo acerca das quais as entrevistas
revelam apreciações muito positivas ou negativas, a atitude global para cada
tarefa e os obstáculos percebidos em cada tarefa, incluindo enganos, impressões
acerca do que o cargo devia incluir mas não inclui.
Considerações especiais
Análise de tarefas
A análise de tarefas incide sobre o que o executante de uma determinada função
faz em contexto de trabalho, face ao que o formando deve ser capaz de fazer. Tal
inclui conhecimentos ou competências na forma de procedimentos e decisões. A
análise de tarefas identifica a proficiência que o formando precisa de ter. Identifica
explicitamente, passo a passo, como as tarefas são executadas.
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Os objectivos tem três componentes, que devem ser incluídas em cada objectivo
escrito.
Comportamento esperado
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Condições de realização
Critérios de êxito
Tabela 3-2 – Exemplos de acções expressas por verbos verificáveis e não verificáveis
Verbos verificáveis
Escolher Seleccionar Ordenar Desenvolver Desafiar
Contrastar Indicar Criticar Criar Explicar
Definir Mostrar Distinguir Fazer Julgar
Descrever Comunicar Predizer Executar Conjugar
Omitir Traduzir Identificar Planear Operar
Especificar
Classificar Avaliar Escolher Defender
de novo
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Exemplo de aplicação
Verificação de actividades
A aprendizagem só pode ser testada se verificada pelos sentidos. Os objectivos
podem ser verificados por actividades exibidas por métodos, tais como os
exemplificados na tabela seguinte
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Para tal, será utilizado o trabalho de Bloom e seus colaboradores por ser o mais
usual e intuitivo.
Aprendizagem cognitiva
Esta aprendizagem expressa conhecimento factual. Compreende os processos
intelectuais ou actividade mental. É o domínio do pensamento, do conhecimento e
das aptidões mentais e capacidades intelectuais. Inclui seis níveis de complexidade
progressiva de conhecimento. A aprendizagem cognitiva é a categoria com a qual a
maior parte dos cursos é desenvolvida. Na descrição que se segue, foi tomada
como referência a visão de Rives Hassel-Corbiell (2001) sobre a taxonomia de
Bloom.
Nível 1 – Conhecimento
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Os verbos que indicam aprendizagem, incluem neste nível: aceitar, tentar, desafiar,
defender, disputar, juntar, julgar, aplaudir, questionar, partilhar, suportar e
voluntariar.
Aprendizagem psicomotora
Requer acção física combinada com pensamento, por exemplo:
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Segundo Rothwell e Kazanas (2004) as seis etapas para preparar a FCT consistem:
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Como Mager (1997, cit. por Rothwell e Kazanas, 2004) explicou os objectivos
devem conter:
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Contudo, poderão ser utilizadas questões de itens de teste por escrito, desde que
haja sensibilidade para não agravar o estado de ansiedade do formando.
Para o formador ter uma clara percepção e uma imediata indicação de como o
formando compreendeu o que está a fazer e porquê, apresente por exemplo
questões orais.
Sequência cronológica
Sequência de tópicos
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Uma vez mais solicitar a um executante experiente para descrever a ordem na qual
as funções principais podem ser realizadas. Então, utilizar a descrição de um ou
mais trabalhadores experientes para construir um modelo de representação,
simplificado, que serve para planear a FCT
Será possível utilizar o reverso do modelo anterior? Ou dito de outro modo, pode
dividir-se o modelo em funções de trabalho discretas? Se a resposta é positiva,
então pode utilizar-se a sequência do particular para o todo, utilizando actividades
da ocupação para construir blocos que eventualmente revelarão as funções da
ocupação ao noviço. Assim será construído o modelo a partir de descrições das
funções essenciais por executantes experientes.
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Uma lista de verificação das funções de uma ocupação deve listar as funções
essenciais, especificar quem recebe a formação, porque é a formação importante,
descrever o tipo de formação, métodos, calendarizar o término, indicar o local
(local de trabalho, próximo ou fora), e padrões de avaliação, bem como o
desenrolar da execução dos formandos e dar-lhes feedback acerca do seu
desempenho na formação em cada função. A lista deve ser consistente com os
resultados da análise de trabalho, do trabalhador e do local de trabalho.
Tarefas de formação.
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Antes de ser usada a lista de verificação deve ser revista por um especialista
experiente.
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Teste:
1. Quando tiver pesquisado tampos de gasolina removíveis e tiver praticado o
procedimento de pesquisa, organize o seu tempo de modo a fazer uma
demonstração do que sabe ao seu formador.
2. Peça ao seu formador para lhe dar feedback sobre a sua demonstração uma
vez completada.
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Contratos de aprendizagem
Um contrato de aprendizagem é um acordo obrigatório sobre a aprendizagem
entre os formadores/ organizações e formandos/ indivíduos. Geralmente, é em
formato escrito entre supervisores ou formadores e trabalhadores e estabelece os
resultados a atingir através da formação planeada. Termos como Plano de
Desenvolvimento Individual (IDP – Individual Development Plan), contrato de
aprendizagem, plano de estudo, e plano de auto - desenvolvimento são muitas
vezes sinónimos de contrato de aprendizagem.
Como Malcom Knowles (1986, cit. por Rothwell e Kazanas 2004) observa, numa
descrição clássica, “um contrato de aprendizagem específica:
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Roteiros de leitura
A maior parte os trabalhadores são confrontados diariamente com uma avalanche
de memorandos, cartas, relatórios, mensagens de correio electrónico, e mensagens
de fax. (O advento da comunicação electrónica wireless provavelmente está a
intensificar este problema, na medida em que o wireless alcança as pessoas em
tempo real – e interrompe o que seja que estão a fazer.)
Sem um meio para organizar este e outro material para referências rápidas, torna-se
difícil aceder à informação quando precisam dela.
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Processo de preparação
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Uma vantagem dos roteiros está em serem uma fonte de orientação contínua do
desempenho dos iniciados e também dos veteranos.
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Se um caso tem documentos que dão pistas, como cartas, casos outra informação,
reúna a documentação cronologicamente, tal como os eventos se desenrolaram.
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A análise de documentos tem vantagens porque estes enfatizam recursos chave impressos,
cujo conhecimento é imprescindível para o recém-chegado. O inconveniente está
no tempo requerido para a montagem.
A análise de casos tem vantagens porque fornece informação num contexto realista,
envolvente e relacionado com as funções do cargo. Tem o inconveniente de o
formando não poder apreciar a importância e as implicações da FCT no
desempenho, se não tiver oportunidade fazer uma demonstração ou de praticar,
enquanto analisa o caso.
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Focar a atenção dos formandos num problema de cada vez ou, quando
muito, a poucos problemas que sejam relevantes;
O papel do formando
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Porque deve a função ser realizada? Como está relacionada a função com o
trabalho dos outros?
Uma vez que o formando tenha demonstrado capacidade para realizar a parte
simples da função, deve realizar a função o seu todo. No decorrer da formação o
formador deve estar próximo, observar, intervir periodicamente e muitas vezes só
quando o formando está experimentando problemas de performance ou quando
solicita ajuda.
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formação (TPR training progress report), declarando por escrito que o formando
completou o período de formação.
Se o formando não sente que foi bem formado, ou se não está a exercer um
desempenho em conformidade com os padrões mensuráveis de desempenho,
então o formando não pode ser separado da formação.
para melhoria.)
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Estes quatro níveis também se aplicam à FCT e o nosso propósito é discutir como
os formadores e as organizações podem utilizar cada nível na sua própria FCT.
Uma das razões para as reacções no final da formação serem raramente avaliadas
está em determinar quando efectivamente o término da formação ocorre. Por
outro lado, porque a FCT é muitas vezes conduzida na modalidade one-on-one
training, há muitas oportunidades para o formador e o formando discutirem o valor
da experiência de formação à medida da sua progressão.
Gosta da FCT que tem recebido? (Se há problemas, haverá que identificá-
los bem e corrigi-los)
Qual a eficácia dos métodos que têm sido utilizado até agora em FCT?
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Quando começará?
Como foi a eficácia da formação FCT que recebeu? O que se podia fazer
para tornar para tornar mais eficaz para outro empregados no futuro
As respostas a estas e outras questões dos trabalhadores que partem podem muitas
vezes lançar pistas para melhorar as práticas de FCT de uma organização. Para tirar
o maior benefício dos questionários de saída, as organizações devem utilizá-las
como ponto de partida para um plano de acção para melhorar as condições que
afectam os empregados, incluindo a qualidade da FCT dos empregados.
Quando o formando executa as funções, nas quais recebeu FCT, o formador deve
observar o desempenho do formando, e a informação obtida da observação torna-
se a base para elogios escritos ou orais ou de sugestões de melhoria.
Exames escritos
Com os formandos nos seus postos de trabalho é difícil imaginar como administrar
exames eficazes por escrito. As pessoas param o trabalho para realizarem provas
escritas?
Rothwell e Kazanas (2004), apontam vias alternativas. Uma via alternativa seria os
formandos fazerem os exames em casa, baseados nas lições de FCT. Uma segunda
alternativa seria convidá-los a demonstrar o que aprenderam através de exames de
desempenho no posto de trabalho. A terceira alternativa é dar-lhes com frequência
perguntas breves de curtas unidades temáticas distribuídas em contexto real de
trabalho.
Este tipo de perguntas pode ser utilizado para avaliar capacidades dos formandos
para analisar, avaliar ou sintetizar informação. Estes testes são preparados para a
construção de questões acerca de problemas relacionados com as funções da
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Apreciação do desempenho
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Grau
Dificuldade Importância
(Nível)
1. Fácil de aprender. Pouca Pouca importância para a
necessidade de concentração. performance da unidade. Os
Nenhum conhecimento de erros não têm importância
princípios básicos
2. Requer alguma prática para Tem alguma importância
aprender e manter. para a performance da
Necessidade de unidade. Erros podem causar
concentração. Algum inconvenientes.
domínio de princípios básicos
é desejável.
3. Requer prática constante. O Tem importância primordial
conhecimento de princípios na performance da unidade.
básicos é essencial. Requer Os erros e as falhas na
tomada de decisão. execução adequada podem
ocasionar elevadas perdas
para o negócio.
4. É difícil de aprender. A A unidade não pode
experiência melhora a funcionar sem esta actividade
performance. Requer a chave ser realizada
tomada de decisão de alto competentemente.
nível e concentração
Fonte: Adaptado de Rothwell, W. e Kazanas H, 2004, p. 115.
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Nível Critério
0,0 Não tem produzido qualquer resultado nesta função
Tem produzido resultados nesta função, os quais são algumas
0,5 vezes (cerca de 50%) consistentes com os padrões de
qualidade e quantidade.
Tem produzido resultados consistentemente nesta função com
1,0
padrões de qualidade e quantidade
Tem produzido resultados algumas vezes (cerca de 50% do
1,15 trabalho) nesta função, os quais excedem bem os padrões de
qualidade e de quantidade
Tem produzido resultados consistentemente nesta função que
2,0
excedem em muito os padrões de qualidade e quantidade.
Fonte: Adaptado de Rothwell, W. e Kazanas H, 2004, p. 116.
Pontuação Pontuação
Valor da Valor do
do do
tarefa desempenho Valor do Ganho do
Tarefa desempenho desempenho
antes da antes da desempenho desempenho
antes da depois da
formação formação
formação formação
1. $4.560 1,25 $5.700 1,50 $6.840 $1.140
2. $4.560 1,00 $4.560 1,25 $5.700 $1.140
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120
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Actividades de avaliação
As questões que se seguem pretendem dar-lhe indicações sobre o nível de
aprendizagem, que conseguiu ao longo do estudo deste capítulo.
Questões de avaliação
Entre na aplicação informática e comece por responder às perguntas de resposta
curta, do exercício de revisão do Capítulo 3 da Aplicação – “Concepção de
suportes didácticos para FCT”. Compare a sua resposta com a solução proposta.,
como forma de reflexão sobre os tópicos principais. De seguida, procure reflectir
sobre as seguintes questões:
Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Questão 5
121
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Exercício 3
Título do Exercício: “Construção de recursos didácticos para formação em
contexto de trabalho”
Introdução
Objectivos
Neste quadro, pretende-se que desenvolva uma resposta para a seguinte questão:
Desenvolvimento do trabalho
A – Organização do trabalho
Embora cada grupo (ou formando) seja naturalmente livres de utilizar a sua própria
metodologia e organização do trabalho, sugerem-se no entanto alguns tópicos que
figuram como pistas.
122
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E M C O N T E X T O R E A L D E T R A B A L H O
Por hipótese, pode admitir-se que se vai abordar o seguinte tema: “Checklist do
processo de desenvolvimento da qualificação do formador de FCT”.
123
5
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E S U P O R T E S D I D Á C T I C O S Capítulo
E M C O N T E X T O R E A L D E T R A B A L H O
Exploração pedagógica de
suportes didácticos em FCT
5 - O termo media em formação geralmente pode ser utilizado como meio de comunicação, suporte físico
ou como meio de distribuição. Autores como Don Clark na designação de media incluem ainda,
ferramentas, ajudas de trabalho, métodos e técnicas de formação, ou seja todos os meios utilizados no
processo de ensino - aprendizagem. Por exemplo a FCT é também um meio (media) de formação. Os
media (meios de formação) mediatizam as funções do formador.
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Os media de formação
Segundo Marshall McLuhan's "O medium é a mensagem" (in
http://www.nwlink.com/~donclark/hrd/media.html). Dito de outro modo em
formação ensina-se através de mensagens que transportam informação.
Figura 4.1 – O médium é a mensagem
Segundo Ferreira da Silva (2004 ), “ Podemos definir media como o suporte para
as mensagens que pretendemos transmitir. Numa primeira aproximação pode
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Objectos reais;
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Simulador;
Situações de treino;
Interacções humanas.
(in Silva, Alcindo, 2004, Medias e materiais para o EAD. Centro Naval de
Ensino a Distância – CNED
Por sua vez Don Clark (2001), num programa de ensino, de modo simplificado,
distingue dois tipos de media de formação:
Segundo Don Clark o media pode ser agrupado nas seguintes categorias principais.
(in http://www.nwlink.com/~donclark/hrd/media.html):
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1. Estudos de caso;
2. Simulações;
3. Role play;
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4. Modelos de comportamento.
Entende-se por cargo6 (Job) segundo Don Clark o conjunto de tarefas e obrigações
a realizar por um indivíduo no seu posto de trabalho. Tem lugar em contextos de
trabalho normal. Embora possa ser um excelente mecanismo de formação,
algumas actividades de formação vêem a FCT como uma maneira rápida e fácil de
se libertarem dum problema de formação, por vezes duma maneira quase informal.
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Don Clark recomenda que estas ajudas não devem se utilizadas, quando requerem
elevada habilidade psicomotora ou se o trabalhador não possui os pré-requisitos
necessários.
à formação distribuída por meios electrónicos, que permite aos utilizadores aceder
às informações de que necessitam no momento em que se deparam com uma
necessidade.
A formação jus-in-time segundo (Jones, 2001, cit. por Jacobs, Ronald, 2003)
descreve abordagens de formação colectiva que apresentam um conjunto definido
de informação – a maior parte do tempo no cenário de trabalho – para ser utilizado
por empregados imediatamente a seguir à formação.
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Particularidades da definição
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Estratégia de formação/
Cognitiva Afectiva Psicomotora
Métodos
Exposição, leitura, Conhecimento Aceitação do Percepção;
audiovisual, demonstração fenómeno
Por em
ou observação guiada, funcionamento
período de perguntas e
respostas
Discussões, CBT Compreensão Resposta ao Resposta
multimédia, método fenómeno orientada
Aplicação
didáctico socrático, reflexão. Resposta Mecanismo
Instrumentos, como orientada
questionários, técnicas como
role play, estudos de caso,
etc.
A utilização da FCT em Análise Apreciação Resposta
“praticar fazendo” (requer valorativa complexa
alguma orientação ou
coaching, cenários de
trabalho simulado, incluindo
simulações em CBT).
Utilização de situações reais. Síntese Organiza Adaptação
Também pode haver treino valores por
pelo uso de actividades de prioridades
alto nível conjugadas com
FCT
Alto interesse (difícil de Avaliação Interiorização Produção
suportar no treino, porque de valores
toma muito tempo).
Normalmente desenvolvido
através do auto-estudo do
próprio ou do aprender com
o erro, mas o apoio da tutoria
pode acelerar o processo.
Adaptado de Don Clark (in: http://www.nwlink.com/~donclark/hrd/strategy.html)
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Podem utilizar-se altos níveis de media de formação para atingir baixos níveis de
comportamento, mas normalmente não devem usar-se estratégias de baixo nível
para atingir comportamentos de alto nível.
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O nível mais elevado “Alto interesse”, requer que o formando tenha um alto
interesse no assunto e queira tornar-se um especialista na matéria.
O mapa não cobre todas as possibilidades, mas a maior parte das actividades são
susceptíveis de nele se ajustarem. Por exemplo, auto-estudo pode cair na leitura,
áudio visual, e/ ou actividades, que dependem do tipo de programa que desenha.
O mapa tem que ser interpretado em termos relativos, numa perspectiva crítica,
face às limitações que a seguir se indicam.
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Estratégias de formação;
Complexidade do conteúdo;
Custo:
Videoconferência;
Receptores de satélite;
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Nos tópicos que se seguem, estas ferramentas são analisadas de forma breve e é
explicado quando devem ser utilizadas.
Ajudas ao trabalho
Ajudas de trabalho, ou de desempenho do trabalho são um repositório para
informação, processos, ou perspectivas que são externas ao indivíduo e que
suportam trabalho e actividade para dirigir, guiar e esclarecer o desempenho
(Allison Rossett & Jeannette Gauthier-Downes, “A Handbook of Job Aids”, Pfeiffer
& Company, San Francisco, US 1991, in Ivan D. Cortes, Training Solutions
Conference & Expo, Denver, CO, Outubro 2006)
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Como exemplo simples, vamos considerar a lista de verificação como uma ajuda ao
desempenho do trabalho. Os pilotos de avião utilizam-nas sempre – não porque
são incompetentes, mas porque desejam estar absolutamente seguros de que não
omitiram etapas críticas importantes na verificação (checking) da instrumentação
antes do voo.
Para desenvolver uma lista de verificação completar uma análise de tarefas com
base na execução de todas as etapas por um especialista.
Antes de ser usada a lista de verificação deve ser revista por um especialista
experiente.
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Tabelas de decisão
Tabelas de decisão são algoritmos, cujo significado consiste em “precisar
procedimentos de eficácia demonstrada na habilitação de utilizadores aplicados
para resolver a maior parte dos problemas em áreas problema definidas” (Horabin
e Lewis, 1978, cit. por Rothwell e Kazanas, 2004)
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Guias de procedimentos
Memorandos de política e de procedimentos fornecem aos executantes informação
específica sobre a forma de tratar situações ou eventos, ou como lidar com
mudanças que ocorrem em procedimentos, equipamentos, ou ferramentas. São
instrumentos particularmente apropriados para executantes experientes na
realização de funções conformes com standards (padrões) mensuráveis.
Manuais de procedimentos
Os manuais de procedimentos, dão a conhecer as etapas desejáveis na função,
tarefa, ou procedimento. Geralmente fornecem mais informação e detalhe do que
as ajudas ao desempenho do trabalho.
Note que a coluna “Quando?” contém o sinal da performance. Pode listar uma data,
ou uma acção bem como um estímulo, tal como o toque do telefone. A coluna
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Sistemas inteligentes
Os sistemas inteligentes – (Expert systems) - são aplicações de inteligência artificial,
que podem ser utilizadas para melhorar o desempenho. Podem servir como ajudas
de trabalho inteligentes, que ajudam a facilitar a tomada de decisão na avaliação do
desempenho do trabalho, contribuindo para a identificação e categorização de
problemas de desempenho e assistência dos empregados entre um largo número
de opções. Estes sistemas são mecanismos de suporte à decisão, apoiados numa
tecnologia avançada, que pode assistir os executantes a levar a cabo parte das suas
actividades principais. Não são baseados em algoritmos, como as tabelas de
decisão, mas antes numa lógica heurística.
Quando utilizar
Quando evitar
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São de evitar quando as tarefas envolvem o senso comum, raciocínio por analogia,
competência perceptual, mudança de competência e raciocínio complicado.
Exemplos
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Definição de EPSS
A questão central que se coloca é esta: o que pode a organização fazer para
melhorar as vias para tornar o seu sistema de suporte ao desempenho - consistindo
de ferramentas de informação, formação, tecnologia, e tomada de decisão -
disponível para os executantes em tempo real?
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Isto significa que os executantes têm mais tempo para serem criativos na
distribuição de serviços e produtos, superando as expectativas dos clientes.
Realidade virtual
A realidade virtual assume diferentes formas, mas a ideia chave consiste em simular
o mundo real, tal que os formandos possam praticar num ambiente seguro e no
qual os seus eventuais erros não causem danos físicos ou económicos a ninguém.
Com diferentes níveis de elaboração há versões de realidade virtual que envolvem
hologramas (imagens tridimensionais que são também encontradas em vídeo),
simulações computorizadas, e por exemplo simulações de cockpits de aviões. As
ferramentas de desenvolvimento de software actualmente disponibilizam
simulações mesmo ao alcance de formadores pouco experientes.
Quando aplicada à FCT numa base ampla, a realidade virtual permitirá aos
formandos simular o desempenho, aprender a partir da prática simulada e da
experiência, e ver sem risco o que acontece quando excutam novas maneiras de
proceder. Ao permitir aos formandos o luxo de experimentar cenários de
desempenho no trabalho “o que acontece se...”(what if), podem também abrir a
porta para aumentar a criatividade do executante.
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A realidade virtual tende a ser cada vez mais utilizada, mas no entanto tem
limitações. O seu uso requer uma combinação de competência tecnológica e
formação que é ainda difícil de encontrar. Como os problemas com a tecnologia,
em termos de custo eficácia irão diminuir ao longo do tempo, a realidade virtual
tem o potencial de mudar para sempre a FCT, especialmente quando combinada
com outras poderosas melhorias de performance das tecnologias tais como EPSS e
sistemas inteligentes.
Actividades de avaliação
As questões que se seguem pretendem dar-lhe indicações sobre o nível de
aprendizagem, que conseguiu ao longo do estudo deste capítulo.
Questões de avaliação
Entre na aplicação informática e comece por responder às perguntas de resposta
curta, do exercício de revisão do Capítulo 4 da Aplicação – “Exploração
pedagógica de suportes didácticos em FCT”.
Compare a sua resposta com a solução proposta., como forma de reflexão sobre os
tópicos principais. De seguida procure reflectir sobre as seguintes questões:
Questão 1
Questão 2
Questão 3
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Questão 4
Questão 5
1. Manuais de procedimentos.
2. Memorandos de procedimentos.
4. Realidade virtual.
Exercício 4
Introdução
Objectivos
As actividades abaixo descritas para o caso da ABC são exemplos de situações reais
de ambiente de trabalho, que requerem a utilização de ajudas, ou a disponibilização
de ajudas já existentes para orientar o formando no desempenho em contexto de
trabalho sob supervisão do tutor.
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1. Características relevantes;
2. Utilização apropriada;
3. Aspectos críticos.
A1
B1
C1
D1
E1
F1
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Informações
E
m http://www.elearning-pt.com/fct/ encontra-se mais informação sobre
o conjunto de produtos desenvolvidos pela parceria no quadro da
formação em contexto de trabalho.
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Ficheiro: MN_FCT-ModA4_v6
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