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Survival Kit
EDITOR CHEFE
ARNO ALCÂNTARA
REDAÇÃO E CONCEPÇÃO
MARCELA ANDRADE
DIREÇÃO DE CRIAÇÃO
MATHEUS BAZZO
DESIGNER
JONATAS OLIMPIO
Survival Kit
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Médico psiquiatra formado pela Universida-
de Federal do Rio de Janeiro. Trabalhou como
Dr. Italo Marsili
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SUMÁRIO EM 2019, QUERO QUE VOCÊ
TENHA A OUSADIA DE MUDAR......................... 5
PARE DE FAZER FOFOCA E
RECLAMAR DAS COISAS!...................................... 13
VOCÊ SE SENTE DESVALORIZADO?
ENTÃO PRECISA LER ISTO.................................... 23
EM BUSCA DE SENTIDO E
DA MELHOR PERFORMANCE............................ 36
COMECE O DIA
COM PRESENÇA........................................................ 46
VOCÊ TEM ANDADO COM
PESSOAS INVALIDADORAS?................................ 60
COMO GERAR ENERGIA
NO DIA A DIA................................................................ 74
COMO ACELERAR A CONQUISTA
DOS SEUS OBJETIVOS........................................... 87
RECEITA PARA NÃO SE FRUSTRAR
COM OS OBJETIVOS DE ANO NOVO................ 96
Survival Kit
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EM 2019,
QUERO
QUE VOCÊ
TENHA A
OUSADIA
DE MUDAR
Não passam de traidores As oportunidades passam
nossas dúvidas, que nos na nossa frente de vez
privam, por vezes, do que em quando. Quando elas
fora nosso, se não tivéssemos passam, você tem duas
receio de tentá-lo. ou opções: ou você se caga
nas calças, ou você as
- William Shakespeare - agarra.
“Medida por medida”
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- Mairo Vergara -
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Vou confessar uma coisa para vocês: eu adoro
planejamento de ano novo. Se, por um lado, a diferença
entre o dia 31 de dezembro e o dia 1º de janeiro é de
apenas uma folhinha no calendário, por outro, é
importante estarmos inseridos nesses marcos – seja
nos marcos cosmológicos, seja nos marcos civis.
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estabeleço, que, enfim, eu não consigo mudar, isso vai
criando um desânimo, e pode entrar no nosso espírito
uma predisposição ruim, uma sensação de: “É, estou
aqui remando contra a maré, e as coisas não estão indo
muito bem”.
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Como exemplo de metas que você pode se propor,
temos, por exemplo, aquelas que mudem o nosso jeito, o
nosso mau jeito. Pessoas, por exemplo, mal-humoradas,
pessoas que têm dificuldade de ser simpáticas. Se você é
assim e acha que isso atrapalha sua vida, pode se propor
um belo exercício: sorrir para as pessoas antipáticas,
por exemplo. Ou então, para aqueles que acordam de
mau humor, estabelecer como meta acordar sorrindo.
Ora, não há razão para acordar de mau humor. A vida
é um dom, é o lugar que nos foi dado para poder agir,
servir aos outros, para que possamos desenvolver
nossa biografia, nossa personalidade. Por que ter mau
humor nesta vida? Uma meta para os mal-humorados,
então, pode ser esta: acordar sorrindo.
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leitura, ou para assistir a um podcast, além deste, que
possa de fato acrescentar um valor em sua vida.
• A GRANDE SACADA •
• APLICAÇÃO PRÁTICA •
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Exemplos de domínios importantes: Religião/Vida
Espiritual; Vida Intelectual; Relacionamentos; Convívio
Familiar; Saúde; Vida Financeira; Trabalho.
• 1º ponto de mudança:
• Área:
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• 1º ponto de mudança:
• Área:
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AH, DR. ITALO, EU NÃO
CONSIGO MUDAR!
BUÁ, BUÁ.
GENTEM, O FRACASSO
ESTÁ SUBINDO À CABEÇA.
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PARE DE
FAZER
FOFOCA E
RECLAMAR
DAS COISAS!
Quando todo mundo quer saber é
porque ninguém tem nada com isso.
- Millôr Fernandes -
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Para que você se torne uma pessoa mais presente,
exercendo o domínio sobre os seus afetos, é preciso
reprogramar algumas disposições habituais de
agir no mundo. Se não ajustarmos certas disposições,
nosso “jeito”, nosso temperamento, há uma grande
chance de que nossas melhores intenções sejam
frustradas.
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Tudo que ela ia beliscando ao longo do dia somava
um quilo e meio. Ora, ela não emagrecia porque comia
muito. Mas até então ela achava que quase não comia,
só “beliscava” um pouquinho. É como muitos pensam:
“É só um pouquinho. Isso não me afeta, não altera o
meu comportamento, meu corpo.”
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você contabilizasse isso, a partir de hoje. E por que
razão? É porque uma pessoa que habitualmente vai
botando reclamações na “bagagem” chegará ao final do
dia com a carga muito pesada. E a pessoa não consegue
se livrar daquilo, porque a queixa, a reclamação, tem
pouco potencial para nos ajudar a melhorar como
pessoas.
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nossos filhos, nossos amigos, também passem a nutrir
uma disposição de se afastar de nós. E chegará um dia
em que você não vai entender por que essas pessoas
não querem conviver com você. Ora, quem gosta de
conviver com quem só reclama? Você se sentaria a uma
mesa que só tenha reclamões? Ou preferiria se sentar
a uma mesa onde estejam pessoas mais animadas, que
param para ouvir, que perguntam como está a nossa
vida? Sabemos que, no ambiente profissional, na vida
em família etc., as pessoas que só reclamam são, em
geral, as menos confiáveis, porque daqui a pouco
estarão reclamando de nós.
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e diga: “Eu aceitei um desafio. Tenho o desafio de
fazer com que meus filhos, no médio prazo, queiram
ficar perto de mim. Tenho o desafio de fazer com que
meu marido, minha esposa, no médio prazo, queira
conviver comigo; que as pessoas com quem trabalho
queiram conviver comigo. Eu entendi que uma pessoa
que se queixa é uma pessoa chata, uma pessoa que não
acrescenta nada, uma pessoa que, no final das contas,
vai ficar sozinha – ou vai atrair outras pessoas que
só se queixam.” No desafio de 8 dias, se você se pegar
reclamando, terá de pagar uma prenda. Estabeleça
para si mesmo uma punição – tem de ser algo sério,
algo que tenha o poder de coibir o vício de reclamar.
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pessoa ponderada, estou apontando um defeito em
fulano pelo bem dele, seria melhor que esse defeito
não existisse.” Existe também aquele sujeito que não
reclama, mas é o engraçadão do grupo, está sempre
fazendo uma fofoca, falando uma coisa má do outro.
Esse é o fofoqueiro disfarçado.
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vida, eis aí dois pontos dos quais devemos cuidar:
a reclamação e a fofoca.
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nela e consigamos produzir, entregando o melhor
para os que convivem conosco, para as pessoas que
amamos, para a sociedade.
• A GRANDE SACADA •
• IDÉIA EM AÇÃO •
PARE de RECLAMAR
Passe a observar quantas vezes você reclama de alguma
coisa ao longo do dia, seja expressamente ou apenas
mentalmente.
• APLICAÇÃO PRÁTICA •
21
mas conseguiu se conter. Observe como se sentiu
depois, ao notar o seu autocontrole vencendo essa
má inclinação. Sua percepção da situação concreta
teria sido afetada caso você entrasse no estado de
reclamação?
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VOCÊ SE
SENTE DES-
VALORIZA-
DO? ENTÃO
PRECISA
LER ISTO
Suportai-vos uns aos outros e
perdoai-vos mutuamente, toda
vez que tiverdes queixa contra
outrem.
- Colossenses 3:13 -
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Hoje eu quero comentar com vocês o resultado de
uma pesquisa encomendada por algumas empresas
para informar qual é o maior motivo pelo qual as pes-
soas pedem demissão. Tratava-se de um questionário
aberto, a pessoa podia escrever o que quisesse.
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pedagogia, da educação. Muitas vezes os estudos a
que recorremos são de outras áreas, e é dali que temos
de derivar nossas observações, é dali que extraímos
o conteúdo que será trabalhado para criar uma base
de conceitos, uma base teórica. Geralmente é assim
que funciona. Por isso, todo esse campo da empresa
traz para nós uma série de critérios, de conteúdo,
de estudos muito interessantes, como é o exemplo
desse estudo que mencionei: 70% das pessoas que
abandonam o barco tomam essa decisão porque não
estão se sentindo valorizadas.
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o fazem porque não estão se sentindo valorizadas,
temos a tentação de pensar imediatamente: “Eu
também passo por isso, fulano não me valoriza.
Meu filho não me valoriza. Meu marido não me
valoriza. Minha esposa não me valoriza.” Essa é a
primeira tentação que aparece: a de projetar no outro
o conteúdo que estamos ouvindo.
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trabalhar diariamente, nos ajudará a vencer. Que coisa
é essa? É a atenção.
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sempre tem de trabalhar para que aquele presente que
oferecemos seja reconhecido como um valor. Muitas
vezes, antes de dar o presente para alguém, temos de
ter oferecido nossa presença. E isso nós oferecemos
através da nossa atenção. Conheço muitas mulheres
que dizem: “Fulano me deu um presente só para com-
pensar um erro antigo.” Ou seja, a pessoa não conse-
gue valorizar o presente que está recebendo porque
sabe que a outra pessoa não lhe dispensou a atenção
necessária.
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olho? Essa é a primeira coisa que temos de observar.
Quando eu entro em um lugar para interagir com uma
pessoa, eu busco olhar para ela com o meu olho? Ou
estou olhando para ela com uma série de projeções,
com uma série de expectativas, com a periferia da
minha alma? Aqui está o ponto: se entramos em
um lugar e não conseguimos acessar o nosso olho,
se nosso olho não bate no olho da outra pessoa,
na alma da outra pessoa, na biografia da outra
pessoa, podemos ter certeza de que não estamos
atuando com a totalidade da nossa presença.
Isso é um sinal de que ainda não dominamos
essa função do nosso espírito. Necessariamente,
as pessoas com as quais interagimos vão se sentir
desvalorizadas, porque elas estão de fato sendo
desvalorizadas de alguma forma. Não estamos
conseguindo encontrar o valor da pessoa humana
do outro lado.
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conseguimos resgatar casamento assim, conseguimos
reacender uma coisa que estava apagada. Consegui-
mos despertar uma coisa que estava adormecida se
um dos dois – e aqui está a maravilha, basta um dos
dois – começar a se exercitar assim. Se um dos dois co-
meça todo dia, ao longo de uma, duas, três semanas, a
olhar para o outro, a procurar o outro, o outro começa
a ser encontrado. E, quando o outro é encontrado, ele
começa a falar a partir do lugar em que nós o encon-
tramos. Isso parece uma coisa à toa, mas não é. Isso é
um recurso psicológico, um fenômeno psicológico.
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Queria propor que vocês anotassem ao longo dos dias:
“Eu realmente comecei a reparar no meu olho e come-
cei a recrutá-lo quando eu começava a interagir com
as pessoas.” Queria que vocês escrevessem a mudança
que vão reparar na qualidade da interação. É curiosís-
simo, as pessoas que estão ao nosso redor começam
a melhorar. Muito do segredo de consultório é isso: a
pessoa chega aqui e eu estou olhando para ela. Eu fico
uma hora olhando para a pessoa. Eu estou olhando
para a totalidade do espírito dela, olhando para a to-
talidade da sua biografia. Eu tento não me dispersar e
a pessoa vai melhorando. É uma coisa que parece má-
gica, parece bruxaria, mas é só tecnologia, tecnologia
psicológica. É assim que a coisa acaba funcionando.
Esse é um recurso de tecnologia psicológica que eu es-
tou dando para você. Vamos começar a olhar para o
outro com o olho, essa é a primeira coisa.
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Será minha esposa querendo falar comigo? O que está
acontecendo? É minha secretária? O que está aconte-
cendo? Ficamos desatentos. Assim, não conseguimos
envelopar a outra pessoa com toda a nossa atenção,
com tudo o que ela merece.
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qualidade de interação magnífica. Muitas vezes, para a
relação com filho ou filha é a mesma coisa. Não conse-
guimos estar na totalidade da nossa presença ali com
eles porque estamos sendo roubados, a nossa presen-
ça está sendo roubada, sugada por esses dispositivos.
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é um copo. “Eu já sei do que você é feito e para que você
serve.” Isso é sempre falso: não sabemos do que o outro
é feito; não sabemos para que o outro serve. Somos
seres animados, há sempre a capacidade de mudança.
Por isso esse olhar tem de estar sempre renovado em
qualquer relacionamento, seja com o frentista que
abastece o nosso carro ou com o nosso cônjuge. É uma
pessoa que está ali; não é um ser inanimado, não é um
poste. Essa postura acaba matando a nossa capacidade
de ser humano também. Você não tem de estar o
tempo inteiro com a pessoa, mas, durante o tempo
em que estiver, você tem de estar por inteiro com ela.
Recrutando nosso olho e botando o smartphone
na gaveta, você vai perceber que a outra pessoa vai
mudando também. Isso é um princípio psicológico,
como eu disse. Cresce a árvore no terreno para o
qual a gente mais olha. Esse também é um princípio
psicológico. Se estamos olhando para a outra pessoa
como um terreno baldio, um terreno feio, um terreno
pouco arado, vai nascer erva daninha. Se estamos
olhando para a outra pessoa como um terreno bom,
positivo, onde a terra tem vigor, então nasce árvore
frondosa, com frutos. Esses são princípios psicológicos
que podemos sempre usar.
• A GRANDE SACADA •
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a uma pessoa significa relacionar-se com ela tentando
olhar para sua biografia inteira, para a totalidade de
sua história, evitando o automatismo e abrindo-se
para a possibilidade de que ela nos supreenda.
• IDÉIA EM AÇÃO •
• APLICAÇÃO PRÁTICA •
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EM BUSCA DE
SENTIDO E
DA MELHOR
PERFORMANCE
“Dá de ti. Dá de ti quanto puderes:
o talento, a energia, o coração.
Dá de ti para os homens e as mulheres
como as árvores dão e as fontes dão.
Não somente os sapatos que não queres
e a capa que não usas no verão.
Darás tudo o que fores e tiveres:
o talento, a energia, o coração.
Darás sem refletir, sem ser notado,
de modo que ninguém diga obrigado
nem te deva dinheiro ou gratidão.
E com que espanto notarás, um dia,
que viveste fazendo economia
de talento, energia e coração!”...
- Giuseppe Ghiaroni -
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Para não frustrar aqueles 2 pontos de mudança que
você decidiu perseguir ao longo do ano de 2019, é preci-
so que você recrute a totalidade do seu coração, da sua
atenção, do seu espírito, da sua biografia. Você pode
aprender uma série de conteúdos interessantíssi-
mos, mas, apesar disso, não estar bem preparado,
não ter dentro de si aquele mindset, aquela men-
talidade capaz de fazer essas conquistas perdura-
rem, e isto é o mais importante.
Esqueça JÁ o plano B
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Vocês conhecem os famosos planos B, os planos alter-
nativos que temos em nossa cabeça. Uma máxima que
vem do mercado financeiro, e que todo mundo prova-
velmente já ouviu, afirma que você não deve colocar
todos os ovos na mesma cesta. Todos já ouviram isso
de algum modo, e isso parece frase de gente muito
ponderada, muito experiente, que conhece a vida. A
verdade é que isso só serve para o mercado financeiro
– e, mesmo assim, nem sempre; às vezes o melhor a
fazer, mesmo no mercado financeiro, é colocar os ovos
na mesma cesta. Mas, para o mercado financeiro e in-
vestimentos, em geral essa frase serve.
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Que ovos são esses, que cestas são essas? Por exemplo,
na vida profissional. Se eu não me dedicar a uma só
coisa até levá-la à excelência, a tendência é que eu
me torne uma pessoa frustrada. Se eu ficar pulando
de galho em galho, não conseguirei atingir o nível de
performance, de excelência, que eu de fato poderia
atingir. Não serei capaz de entregar o meu melhor.
E, para que eu possa entregar o meu melhor, eu
preciso de tempo dedicado intensivamente e
exclusivamente àquilo. É assim em quase tudo na
nossa vida.
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Muita gente pensa que, se investir tudo em uma
coisa só, tem grandes chances de se frustrar,
de dar com a cara no chão. Mas, em geral, é
o contrário que acontece. Em geral ficamos
frustrados e arrependidos quando sabemos, no
fundo, que não investimos tudo o que poderíamos
ter investido em um projeto. Quando investimos
tudo que poderíamos ter investido em um projeto, e o
projeto não vai adiante, em geral ficamos tranquilos:
“Eu fiz tudo o que eu podia ter feito. Eu não entrei na
história com reservas, eu não guardei uma parte do
meu coração, do meu intelecto, com mesquinharias.
Não. Eu entreguei tudo que eu poderia ter entregado,
e, se a coisa não aconteceu do melhor jeito, eu fico
tranquilo.”
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servas, não deixando nossa cabeça com reservas, con-
vertemos isso em um hábito. Daqui a pouco, quando
nossos filhos forem embora, a ausência deles não irá
nos deprimir, porque há um motor aqui dentro cha-
mado motivação, ou seja, conseguiremos sempre atu-
ar, conseguiremos fazer as coisas com o nível máximo.
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para ela. Aqui aparece um segundo conceito, que é o
custo de oportunidade. Às vezes as pessoas colocam
tudo, apostam tudo no trabalho, mas isso acaba tendo
um grande custo para a saúde ou para a vida familiar, e
logo, é evidente, essas pessoas vão ficar frustradas em
médio prazo, porque apostaram na coisa errada. Daí
entra o conceito de custo de oportunidade. Temos de
observar com muita cautela e precisão quais são
aqueles projetos em que podemos de fato apostar
tudo, porque esses projetos vão, por assim dizer,
“pagar bem”. Esses projetos fazem sentido? Esses
projetos me ajudam a entregar o que eu tenho de
melhor? Eu ajudo a melhorar os demais quando
me dedico com constância, energia, com toda a
vitalidade, a esse projeto? É nisso que temos de
pensar.
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que temos de melhor para nós mesmos, para os que
convivem com a gente, para as outras pessoas.
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Outra coisa que você deve fazer é botar no papel,
escrever mesmo, quais são os planos B que lhe roubam a
capacidade de entregar o seu melhor. Vale a pena de fato
escrever isso, precisamos ter essas coisas registradas.
Às vezes, quando as coisas estão só na nossa cabeça,
elas somem; mas, se a gente baixa um aplicativo, o
Evernote, ou escreve no note do nosso smartphone
(cada um tem a sua ferramenta de registro), enfim,
quando escrevemos, em geral conseguimos concretizar
essas coisas de verdade. Precisamos tomar nota mesmo:
“Quais os projetos em que estou envolvido hoje? Eu
tenho algum plano B para esse projeto? Será que não
é esse plano B que está me tirando a capacidade de
produzir melhor, de entregar um melhor resultado?”
Temos de pensar sobre isso.
• A GRANDE SACADA •
• IDÉIA EM AÇÃO •
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relação com seu cônjuge ou namorado(a), a educação
de seus filhos, ou sua vida profissional, com planos B
na cabeça. Pergunte-se sobre a razão de você alimentar
esses planos alternativos.
APLICAÇÃO PRÁTICA:
Survival Kit
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COMECE
O DIA COM
PRESENÇA
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Agora vamos falar sobre como começar o dia com
presença – como esses 90 minutos iniciais do nosso
dia determinam todo o restante do dia, como esse dia
vai determinar a semana, como a semana determina
o mês, como o mês determina a vida, e como a vida
concreta que levamos determina todo o sentido
daquilo que fazemos.
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Antes de entrar na academia, eu já sabia de coisas
que haviam me paralisado antes. Faço academia de
manhã e venho direto para o consultório. Então,
naturalmente, vou precisar ter a roupa de ginástica,
shampoo, sabonete etc. organizados previamente,
porque vou tomar banho na academia e seguirei direto
para o consultório. O que poderia me paralisar aqui,
que é muito simples? Por exemplo, não ter uma bolsa,
onde vou carregar o shampoo, a toalha, o tênis etc. É
nesse nível mesmo. Muitas vezes, ficamos paralisados
diante da vida, não vamos para o próximo nível, não
cumprimos as nossas tarefas, por falta de previsão de
coisas desse tipo. Muitas vezes, não nos doamos 100%
para os nossos filhos, para nosso marido, para nossa
esposa, para nossos amigos, porque negligenciamos
essas pequenas tarefas do início.
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elas eram um mero desejo, mas não estavam escri-
tas em lugar nenhum?” Outra coisa que é impor-
tante sabermos: se a coisa é só um desejo, mas não
está no calendário, então ela não é absolutamente
um desejo. Ela tem de estar escrita em algum lu-
gar, porque, se não, nem um desejo essa coisa é.
Isso é importante saber. Faz sentido para você? Se
eu não escrevi, se não tive tempo, não gastei tempo
para escrever a coisa, para planejar minimamente,
então não posso esperar que aquilo se realize sozi-
nho. O importante é estar planejado para começar o
processo de cumprimento. Eu preciso cumprir aquela
atividade. Para que eu possa cumprir, ela precisa estar
planejada, a fim de que eu consiga visualizar o proces-
so, sobretudo os inícios.
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de uma semana, ou de um mês, eu tenha 7 ou 30
dias de fracasso. Porque eu não planejei o início
dessa unidade, que é o dia. O dia é a partida para
construirmos a capacidade real de estar presente dentro
da nossa vida. Isso não é poesia, não é filosofia, não é
bruxaria: isso é tecnologia. Isso é fundamental para que
possamos ter uma vida plena – plena de sentido, uma
vida em que que possamos servir verdadeiramente aos
outros, uma vida em que encontremos amor e que nos
permita dar amor também.
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A primeira coisa é não sermos reativos à agenda dos
outros. Veja bem: todos os dias nós acordamos, e todos
os dias vai haver centenas de demandas recaindo so-
bre nós. As primeiras demandas que podem recair so-
bre nós, a que podemos agir apenas reativamente, são:
todo o conteúdo que está dentro do Whatsapp, na cai-
xa de e-mail, no smartphone. Veja se faz sentido para
você. Uma boa parte das mensagens que recebemos
não são respostas a algo que damos, mas sim deman-
das espontâneas: uma pessoa que chama para fazer
tal coisa, uma pessoa que pede um favor, uma pessoa
que manda ler algo que não pedimos. Temos de ser es-
pertos: não podemos começar o nosso dia dentro da
agenda de outra pessoa.
51
atendendo às demandas dos outros. Então, quando
chegar o final da semana, do mês, eu vou olhar para
dentro de mim e perguntar: “O que eu fiz nessa semana?
O que eu fiz nesse mês? Cadê a minha vida?” Claro
que eu tenho uma vida, eu faço as coisas, as coisas
acontecem, mas cadê aquele centro? Cadê a minha
voz? Cadê aquela agulha que foi costurando com a
linha da minha vontade, da minha inteligência, esse
tecido que é a vida? Então vamos tendo uma série de
retalhos, uma série de pedaços que não vão dar uma
unidade para a nossa vida. E, quando olho para essa
realidade, não consigo me enxergar ali.
52
clínicos). A maior parte das pessoas como nós, que
não apresenta questões graves da psiquiatria, pode
gerar uma quantidade de energia. Mas não se gera
uma quantidade de energia simplesmente pela força
do querer, não é assim que funciona. O que podemos
é gerar uma inclinação, uma disposição, que faz com
que tenhamos essa energia que nos capacita a realizar
as atividades diárias.
53
rua, ao trajeto. Você vai meio no automático, reagin-
do (não posso bater nesses carros aqui, tenho de che-
gar ali, tenho de parar quando o sinal fecha), mas você
não está 100% presente na situação. Em geral é assim.
Você está executando a função, mas não está presente.
54
lembro de nada.” Provavelmente aquelas pessoas que
sempre repetem que são esquecidas, descartando-se
que tenham de fato alguma doença, não devem fazer
esse exercício de presença. Muitas vezes estamos vi-
vendo o nosso dia, mas não estamos presentes dentro
de nós mesmos, na nossa vida. Então, o que podemos
fazer? Despertar e levantar com total presença logo
nos primeiros minutos do dia.
55
atividade, do nosso interesse, do nosso coração, da
nossa demanda verdadeira nesta vida. O que podemos
fazer para vencer a nossa falta de energia, vencer a
dispersão, é estar profundamente presente em cada
movimento. Aqui falo primeiro dos movimentos
corporais no nosso dia, nas tarefas simples: prestar
atenção no café, no barulho da cafeteira, no barulho
da manteiga passando no pão, prestar atenção nos
nossos primeiros movimentos. Isso é um ponto. Por
outro lado, não estar reativo às demandas de outras
agendas. Para que isso? Para ser uma pessoa mais
obsessiva? Não. Para ter mais tempo livre.
56
Esse é o exercício da semana. É uma atividade que
parece simples. Obviamente, uma pessoa com mais
energia e atenção é mais produtiva que uma pessoa
sem energia, sem atenção. Isso é senso comum. O que
ocorre é que nem sempre o senso comum é uma prática
comum. É claro que é melhor não matar do que matar.
É melhor não roubar do que roubar. É evidente, é senso
comum, mas, para muitas pessoas, não é uma prática
comum. O truque acontece quando o senso comum
torna-se uma prática comum. Iremos nos tornar uma
pessoa que está em outra categoria. Há pessoas que já
alcançaram um certo nível e querem ir para o próximo,
e outras que estão iniciando. Isso serve tanto para os
iniciantes quanto para os avançados.
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atrás já acabou, pois já se passaram oito dias. Devemos
renová-lo por mais oito dias. Muitas vezes a reclamação
é a maior fonte de dispersão do nosso espírito. Quando
reclamamos, jogamos nossa atenção para um mundo
de fantasia que não existe. Aquele mundo, “Ah, podia ser
de outro jeito, mas não é.” Então vamos tentar colocar
a intenção total em cada atividade que fazemos.
• A GRANDE SACADA •
• IDÉIA EM AÇÃO •
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• APLICAÇÃO PRÁTICA •
Survival Kit
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VOCÊ TEM
ANDADO COM
PESSOAS
INVALIDADO-
RAS?
- C. S. Lewis -
“Os quatro amores”
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Vamos falar agora sobre toda a realidade que envolve
nossas necessidades básicas, necessidades psicológicas,
necessidades de preenchimento, de se sentir pleno.
Não sei se vocês conhecem um autor chamado Mihaly,
do campo da psicologia positiva. É um autor bem
interessante. Não estou recomendando que vocês o
leiam, porque ele lida com conceitos que precisam ser
muito bem compreendidos e bem trabalhados. Dentre
os conceitos que ele aborda, existe o de “flow”, que é
bem interessante.
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culação entre uma grande competência e um desafio
verdadeiro que conseguimos atingir plenamente o es-
tado de “flow”. Se somos jogados em um desafio verda-
deiro sem ter todas as competências, vamos nos tor-
nar ansiosos, tensos, desorganizados. E se, por outro
lado, temos muitas competências mas nos lançamos a
um desafio baixo, vamos entrar num estado de apatia,
de morosidade, enfim, num estado pouco alerta.
O supremo desafio:
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62
A vida em família
63
atentos às várias dimensões daquela criancinha: inte-
lectual, espiritual, afetiva.
64
criança. Imagine só: eu tenho uma excelente formação
na pedagogia, na psicologia, tenho uma base teórica
bem sólida, mas não tenho as minhas necessidades
psicológicas atendidas. Ou seja, não conseguirei
entregar meu melhor “eu” naquela atuação.
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e eu te direi quem tu poderás te tornar
66
na minha vida. Por quê? Porque essas pessoas levam
a gente para baixo mesmo. Se começamos a conviver
só com gente que não sonha, que não tem projeto, que
não tem uma perspectiva de transcendência na vida,
nós começamos a ficar esquisitos, a diminuir, a nos
preocupar só com as coisas deste mundo, e tudo acaba
nos afetando, no final das contas.
67
um motor, não são coisas aleatórias.
68
fazer sempre: a criança sempre tem de estar vestida,
alimentada, com o cabelo cortado, com a gaveta em
ordem etc. Essas são as coisas materiais relacionadas à
educação de filho, e são importantes, é preciso ter um
método para que sejam alcançadas.
69
de plenitude.
70
uma boa pessoa, um bom pai de família, uma pessoa
que entregue valor, uma pessoa plena, feliz. Isso é
um grande sonho. Se nos cercamos de pessoas muito
“racionais”, com muito “pé no chão”, não conseguimos
dar o próximo passo. Não conseguimos mesmo. Então,
precisamos nos cercar de pessoas que também
saibam sonhar. E, se não temos essas pessoas, então
precisaremos criar em nós essa energia para que
as pessoas em volta olhem e digam: “Caramba, é
possível sonhar. Isso dá certo.” Sonhar, ter projetos,
ter expectativas, é algo contagiante. Se uma pessoa
que sabe sonhar aparece em um ambiente, o ambiente
vai se transformando positivamente, as pessoas
vão se elevando, ganham mais dinheiro, ficam mais
felizes, se amam mais, a coisa vai melhorando. É uma
contaminação positiva que se gera no ambiente.
71
O sonho do qual eu estou falando aqui não é uma coisa
vazia, sem substância. Estamos falando de um sonho
de educação, de ter uma família grande, de ter um
trabalho que faça sentido, o sonho de uma entrega boa
da nossa própria vida. Isso é sonho com substância,
com consistência, que se parece mais com as águias,
que são pesadas, mas cuja estrutura permite que elas
subam no mais alto do céu, diferente dos sonhos bolhas
de sabão, sem consistência. Quando começamos a
nutrir esses sonhos, as pessoas ao nosso redor vêem
que dá para pegar carona no nosso sonho, e daqui a
pouco estão seguindo o seu próprio caminho, também
para cima.
• A GRANDE SACADA •
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nos cercar de pessoas que saibam valorizar nossos
sonhos, nossos ideais. As pessoas capazes disso são
aquelas que também, por sua vez, têm sonhos e ideais,
e por isso devemos ter cuidado com aquelas pessoas
que só se ocupam das “coisinhas” do dia a dia e são
incapazes de sonhar.
• IDÉIA EM AÇÃO •
• APLICAÇÃO PRÁTICA •
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COMO GERAR
ENERGIA NO
DIA A DIA
Survival Kit
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Um conceito recorrente em minhas exposições é o de
energia. Realmente, alguns coaches, algumas pessoas
que se propõem a falar sobre esse assunto acabam
não fundamentando esse conceito, como eu mesmo
até agora não havia fundamentado. Então muitas
pessoas acabam entendendo energia no sentido de
que há uma energia circulante no ambiente, e que
nós a catalisamos, como se fôssemos uma pilha, e a
estocamos para usar nos momentos de necessidade.
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Repare que esses vídeos e discursos motivacionais
só funcionam em momentos nos quais, geralmen-
te, não precisamos da motivação. No momento em
que precisamos da motivação, esses discursos so-
mem e não nos ajudam. Então, você está ali à noite
assistindo a um vídeo motivacional e toma a decisão:
“É isso! Amanhã vou acordar na hora certa, serei uma
pessoa diferente, vou beber menos, vou ter uma vida
mais saudável, vou abraçar meus filhos – amanhã se-
rei um novo eu!” Daí o que acontece é que, no dia se-
guinte, o despertador toca e você o coloca no modo
“soneca”, e tudo volta ao que era antes.
Motivação:
mais que uma realidade puramente mental
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guardamos o discurso na memória, e esse processo
vira um processo mental, por assim dizer. Acontece
que o intelecto, ou os processos mentais, não são
capazes, no dia a dia, de nos inclinar a conquistar
aquele bem árduo, ou aquele bem difícil – como, por
exemplo, entrar em uma dieta e permanecer nela, fazer
um compromisso de ser mais carinhoso com nosso
cônjuge, ou ensinar nosso filho a dormir sozinho, ainda
que ele acorde várias vezes durante a noite e volte para
nossa cama.
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O domínio da mente – o intelecto, o domínio mental,
a inteligência – se debruça sobre o mundo e extrai dele
os conceitos de verdade e falsidade. Se dois de meus
filhos começam a brigar, eu tenho de intervir e fazer
um juízo, saber a verdade daquele fato, saber quem
está certo, quem está agindo com honradez. Essas
informações conceituais como honradez, lealdade,
nobreza, verdade e falsidade respondem ao intelecto, à
mente. Para outras noções, como simpatia e antipatia
– por exemplo, o debruçar-se sobre algo, o querer
conquistar algo, o querer permanecer em uma dieta, o
querer permanecer sendo fiel –, o que deve atuar não é
o conceito de fidelidade, mas o desejo de fidelidade. Não
é o conceito de laboriosidade, mas é o desejo de bem
trabalhar. Esse desejo de algo, essa inclinação, esse
apetite, essa fome ficam no domínio afetivo, que,
por sua vez, trabalha com os conceitos de simpatia
e antipatia, não com os conceitos de verdade e
falsidade.
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e declinar, afastar-se daquilo que é antipático.
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o que é necessário. Mas na prática, por experiência,
sabemos que não é assim. Nós já entendemos uma
série de coisas na vida – já entendemos que temos de
trabalhar direito para ganhar dinheiro, já entendemos
que temos de tratar o filho assim ou assado –, mas na
hora H, não conseguimos executar aquilo. Por quê?
Porque temos um hábito afetivo, um hábito do nosso
apetite de aderir àquilo que parece mais simpático no
momento, e não ao que parece antipático.
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janela de hesitação, que habitualmente consegue
inclinar o seu apetite para aquilo que vai colocá-la
no trilho da felicidade, da produtividade no médio/
longo prazo; a pessoa que habitualmente faz isso é
a pessoa que terá a percepção de energia. A energia
é, na verdade, uma percepção de energia – uma
percepção daquele sujeito que habitualmente ordena
o seu apetite de acordo com o seu intelecto. Em geral,
quando eu ordeno o meu peito de acordo com a minha
mente, eu tenho uma percepção de energia. E, para
isso, eu preciso do tal do foco, sobre o qual eu estava
falando.
Gerar energia:
como fazer o apetite trabalhar a nosso favor
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mobilizar todo o meu apetite para fazer o que
eu tenho de fazer, independentemente de ser
simpático ou antipático ao meu afeto. Ou seja, o
afeto, o peito ou o apetite nos inclina para o que é
simpático e nos afasta do que é antipático, mas é o
mesmo movimento – o movimento do apetite – que
está em curso, tanto para se mover quanto para se
esquivar. Ambos os movimentos precisam de uma
energia. Gerar energia significa pegar essa capacidade
do apetite, essa capacidade de querer, de desejar,
modelá-la e botá-la para frente, agindo sempre a meu
favor.
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fizer uma contagem regressiva (cinco, quatro, três,
dois, um), eu saio da hesitação. Ela não explica com
esses termos, mas o que ocorre é que, nesse meio tempo,
tomamos posse do nosso apetite e o colocamos para
trabalhar a nosso favor. Usamos a fome para sempre
nos alimentar, e não para rechaçar as realidades que
são antipáticas.
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que façamos todas as coisas antipáticas na nossa vida;
com base nele, faremos somente as muito necessárias,
como amamentar um filho que está com fome, limpar
um filho que está sujo. Mas e as outras coisas? Daí
começamos a ter planos B na nossa cabeça. “Poxa,
eu preciso mesmo levantar agora e receber a minha
esposa que acabou de chegar do trabalho? Não, não
preciso, vou ficar aqui, estou cansado – mas é verdade
que seria bom se eu fosse lá...” Mas o meu movimento
afetivo diz que ir lá é antipático, eu estou cansado, não
quero ir, ou estou vendo um filme no Youtube e não
quero interromper. Afinal, a pessoa não morre se eu
não for lá recebê-la.
Bater no apetite
até ele ver quem é que manda
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curto-circuito no cérebro, recruta o nosso afeto e o co-
loca em ação para fazer, desejando fazê-lo, aquilo que
é verdade. Portanto, podemos usar o exercício da pre-
sença total naqueles cinco segundos em que eu tive a
percepção do que eu deveria fazer, mas é mais simpá-
tico fazer outra coisa: eu paro e tomo presença do meu
corpo, da minha respiração, dos meus músculos, tomo
presença da chegada da minha esposa. Se isso for fei-
to, nós damos a volta na nossa mente, no nosso cére-
bro, que quer nos deixar em uma posição de conforto,
e então conseguimos executar as coisas.
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COMO
ACELERAR A
CONQUISTA
DOS SEUS
OBJETIVOS
Survival Kit
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Agora vamos falar de coisas simples, muitas delas
você talvez já pratique, mas é o conjunto da obra que
importa para que possamos acelerar a conquista
daquilo que queremos – seja uma saúde melhor, um
relacionamento melhor, uma espiritualidade melhor,
enfim.
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seu relacionamento melhorar?” Isso vale para os
relacionamentos, para a convivência com os filhos
etc. “O que você faz diariamente, semanalmente,
mensalmente, anualmente, para melhorar seu
relacionamento com seu cônjuge, com seus filhos?” E,
dentro da categoria “relacionamento com o cônjuge”,
precisamos especificar: estamos falando da conversa,
da comunicação entre o casal? Estamos falando da
questão sexual entre o casal? Para que alcancemos
nossos objetivos, eles precisam ser claros.
Objetivos enevoados não valem, pois eles não
têm a concretude necessária para que possamos
persegui-los. Portanto, para conseguir acelerar a
conquista de um objetivo, precisamos lhe dar um
nome concreto.
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Whatsapp mesmo. Nós sabemos como é a vida de
muitos casais hoje: muitas vezes, o marido e a esposa
saem cedo para trabalhar, chegam em casa cansados
e, quando conversam, é sobre quem vai levar o filho
ao pediatra, quem vai comprar o quê etc. Os assuntos
ficam girando em torno dessas coisas muito materiais,
que desgastam a relação. É preciso ter cuidado para
que nossas conversas em família não se resumam a
cobrar do outro o que ele deve fazer, o que ele deixou de
fazer etc., ou seja, ter cuidado para não aparecer para
o cônjuge apenas como o cobrador. Usar o Whatsapp
para essa comunicação, para lembrar ao outro o que
ele tem de fazer, pode ser de grande ajuda: a mensagem
fica mais leve, pode ser permeada de símbolos que a
tornem mais simpática, e, quando o casal se encontrar
pessoalmente, poderá falar sobre outras coisas. Então,
esse é um exemplo de meta diária para reestabelecer
um diálogo com o cônjuge.
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certos hábitos se consolidarão entre o casal. Na meta
diária, se eu falho um dia, é fácil recuperar no outro.
Na meta semanal, se eu falho uma semana, fica bem
mais difícil retomar na semana seguinte, e a tendência
é que aquele objetivo se perca. Por isso é importante
fixar, priorizar uma meta semanal. O mesmo vale para
a meta mensal.
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Também no domínio espiritual, precisamos de
metas diárias, semanais, mensais e anuais. Então,
por exemplo, uma prática diária pode ser fazer uma
oração ao acordar e antes de dormir. Como meta
semanal, a pessoa pode começar a participar de um
grupo de formação, de oração etc., ou um trabalho de
caridade uma vez por semana. E, mensalmente, pode-
se planejar um retiro, um momento de recolhimento,
ou estabelecer a meta de ler um livro por mês sobre
aquele tema que lhe interessa.
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saber que ajudou pessoas, que serviu, que construiu
algo, que avançou num determinado sentido. Esse é
um dos truques de uma vida plena, cheia de sentido.
E aqui está o pulo do gato: ter metas diárias, semanais,
mensais e anuais.
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botar na ponta do lápis. Quando fazemos isso, adquiri-
mos uma métrica para avaliar nosso próprio desenvol-
vimento, e adquirimos uma paz, um conforto, porque
vamos vendo o passo a passo.
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Survival Kit
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RECEITA PARA
NÃO SE
FRUSTRAR
COM OS
OBJETIVOS
DE ANO NOVO
Survival Kit
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Aproveitando esse momento de fim de ano, vamos
falar sobre os tipos de objetivo que existem, para que
consigamos traçar planos de ano novo que funcionem
(todo mundo já está cansado daqueles planos que
traçamos na cabeça, mas que nunca colocamos em
prática).
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empresa, um programa de rádio, uma logomarca para
minha empresa etc.), eu preciso saber que o criar de-
manda um esforço em geral maior. Você vai precisar
de um tempo de planejamento, para só então partir
para a criação da coisa. Isso é diferente, por exemplo,
de um objetivo de manter ou melhorar. Imaginemos
que o objetivo desse ano é ter uma casa limpa. Manter
uma casa limpa é um objetivo de manutenção.
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etc., talvez (e isso é somente um “talvez”) não seja
um bom momento para se colocar um objetivo de
criação, evitando assim se frustrar. As metas de criação
demandam uma energia tão grande, que é bastante
provável que uma pessoa que se encontre em um
momento conturbado da vida não consiga entregar o
que prometeu, e isso só vai gerar frustração.
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têm de ter uma frase, por exemplo: “Eu sei que eu
sou paciente quando...”, “Eu sei que eu adquiri a
paciência se...” É preciso haver uma declaração de
aquisição, uma declaração de êxito.
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certos objetivos, mas eles não são claros; são simples-
mente um primeiro movimento dos afetos, de uma
vontade meio caduca, meio cega, e é por isso que, na
maior parte das vezes, não conseguimos alcançá-los.
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ca financeira é uma métrica muito boa. É fácil eu
saber se estou me aproximando do objetivo. As mé-
tricas financeiras são excelentes para nos colocar
no eixo, para que conquistemos as coisas.
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Ser mais paciente com Melhora Não gritar com eles Eu sei que eu fui paciente
meus filhos quando...
Survival Kit
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Survival Kit
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GUERRILHA
WAY
O QUE É
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Guerrilha Way é um programa de assinatura mensal
-- um “boost” para ajudar você a colocar em prática o
conteúdo transmitido nas minhas lives diárias.
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Way. Inscreva-se: guerrilhaway.com.br
Tmj!
Italo Marsili
Survival Kit
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italomarsili
Survival Kit
guerrilhaway.com.br
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