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Trabalho Psicologia

Processos Fundamentais de Cognição Social


E
Processos de Relação entre os Indivíduos e os Grupos

Disciplina: Psicologia
Professora: Manuela Leal
Trabalho Realizado por: . Hugo Correia nº 9
. Ivo Borges nº 10
. Joel Fraguito nº 13
. Mariana Pires nº 15

Vila Real, 10 de Março, 2021


Índice
Subtema 1 e 1.2;

• Introdução;
• O que é a cognição social?;
• O que é impressão?;
• Quem foi Salomon Asch? (pesquisas, descobertas e experiencias);
• Impressões positivas e negativas;
• Como se formam as impressões?;
• O que é atribuição?;
• O que são as representações sociais?;
• O que são atitudes e como se distinguem dos comportamentos?;
• O que é a dissonância cognitiva e quem a descobriu?;
• O que são espectativas?;
• O que é a identidade individual?;

Subtema 4;
• Atração interpessoal ≠ Agressão interpessoal;
• Estereótipos, preconceitos e discriminação;
• Quem foram Keneth e Mamie Clark? (pesquisas, descobertas e experiencias);
• Diferenças entre estereótipos e preconceito;
• Quem foi Gordon Allport? (pesquisas, descobertas e experiencias) (explicar a
escala de Allport);
• Conclusão;
Introdução
• Com este trabalho pretendemos mostrar as relações interpessoais. Vamos falar
sobre a cognição social, a impressão, Salomon Asch, impressões positivas e
negativas, como se formam as impressões, a atribuição, as representações
sociais, o que são as atitudes e como se distinguem dos comportamentos, a
dissonância cognitiva e quem a descobriu, as espectativas, a identidade
individual e social, a atração interpessoal e a agressão interpessoal, estereótipos,
preconceitos e discriminação, Kenneth e Mamie Clark e uma das suas
experiencias, Diferenças entre estereótipos e preconceito e Gordon Allport e sua
escala.
O que é a cognição social?
• A Cognição Social é uma abordagem
conceptual genérica com o objetivo de
compreender e explicar como é que as
pessoas se percebem a si próprias e aos
outros, e como é que essas perceções
permitem explicar, prever e orientar o
comportamento social.

• Esta nova abordagem constituiu-se com base na vasta tradição teórica e de


investigação da Psicologia Social, e integra ideias na exploração dos
fundamentos cognitivos dos fenómenos sociais. Mais recentemente, vê os
constrangimentos emocionais, motivacionais, corporais e os efeitos situacionais
correspondem na cognição e comportamento humanos.

O que é impressão?
• Impressões: são noções que se criam no contacto com as pessoas e que nos dão
um quadro interpretativo para as avaliarmos.
Construção de uma imagem, uma ideia.
A produção de impressão é mútua, quando se trata de pessoas, e afeta tanto o
meu comportamento como o do outro.
Provoca efeito na relação interpessoal futura.
Efeito de ordem ou primazia: tendência para dar mais importância às primeiras
impressões sobre uma pessoa do que a informações posteriores. Corresponde à
durabilidade ou persistência das primeiras impressões.

No entanto há fatores que influenciam a formação de impressões, tais como:


· A motivação;
· A atenção;
· As informações que possuímos.
Quem foi Salomon Asch?
Psicólogo nascido na Polónia. Com 13 anos emigrou com a
família para os EUA, adotando, mais tarde, a nacionalidade
norte-americana. Estudou os fenómenos de interação
grupal, procurando conhecer os processos relacionados com
a influencia que as pessoas exercem umas sobre as outras.
Na década de 1950 ganhou notoriedade ao desenvolver
experiencias que procuraram avaliar a conformidade de um
individuo ao grupo.

Impressões positivas e negativas:


As impressões dependem de categorias, que são grupos de características relativas a
pessoas, objetos ou acontecimentos que, guiados pela cultura, criamos para organizar e
simplificar a realidade social.
Existem dois tipos de impressões, as positivas e as negativas, apesar de a informação ser
exatamente a mesma, a pessoa que é descrita inicialmente é caracterizada com maior
frequência como sendo mais social e feliz que a segunda. A informação inicial
condiciona, devido a forma como as informações são recebidas e interpretadas.
Como se formam as impressões?
Para criarmos uma impressão acerca de outra pessoa, não necessitamos, em geral, de
muita informação.
A impressão, pode obter-se de forma muito direta, através da intensão, atribuindo o
comportamento verbal e não verbal, e de forma indireta, como por exemplo, através do
“ouvir dizer”. Contudo, frequentemente, basta-nos percecionar pequenos indícios do seu
comportamento para rapidamente nos sentirmos em condições de podermos fazer juízos
acerca de uma serie de atributos que, supostamente caracterizam essa pessoa.

O que é a atribuição?
A teoria da atribuição é uma teoria da Psicologia Social que explica as maneiras pelas
quais as pessoas explicam (ou atribuem) o comportamento de outros, ou delas mesmas,
com fatores externos. Explora como os indivíduos "atribuem" causas para eventos e
como essa perceção cognitiva afeta a utilidade dos indivíduos numa organização. A
atribuição de causalidade acontece por que necessitamos de viver num mundo estável e
previsível para fins de sobrevivência, segurança, previsibilidade de comportamentos,
etc. Essa teoria também nos mostra como podemos muitas vezes utilizar vieses
cognitivos e heurísticas, podendo gerar pré-conceitos e erros de julgamento.

O que são as representações sociais?


São o conjunto de conhecimentos, opiniões e imagens que nos permitem evocar um
dado acontecimento, pessoa ou objeto. Estas representações são resultantes da interação
social, pelo que são comuns a um determinado grupo de indivíduos.
O que são atitudes e como se distinguem dos
comportamentos?
Uma atitude é uma tendência para responder a um objeto social (situação, pessoa,
acontecimento) de modo favorável ou desfavorável. É uma predisposição, uma
tendência relativamente estável para uma pessoa se comportar de determinada maneira,
uma tomada de posição intencional face a algum propósito.
Exprime-se mais ou menos abertamente através de diversos sintomas ou indicadores
(palavras, tons, gestos, atos, escolhas ou a sua ausência); exerce uma função cognitiva,
energética e reguladora nos comportamentos que lhes estão subjacentes.
São construídas ao longo da vida, mas principalmente na infância e na adolescência. As
atitudes envolvem diferentes componentes interligadas, podendo-se distinguir três
componentes: •. Cognitiva; • afetiva; • comportamental;
▪ Afetiva: refere-se a emoções e sentimentos, bem como às respostas fisiológicas
que acompanham uma atitude.
▪ Cognitiva: reporta-se aos pensamentos, crenças e valores, nem sempre
conscientes, através dos quais a atitude é expressa.
▪ Comportamental: alude ao processo mental e físico que prepara o individuo
para agir de uma determinada maneira.
O que é a dissonância cognitiva e quem a descobriu?
O conceito de dissonância cognitiva remete para a necessidade de
uma pessoa procurar coerência entre o seu conhecimento e as suas
opiniões ou crenças. Esta dissonância ocorre quando existe uma
incoerência entre as atitudes ou comportamentos que acredita serem
certos e o que realmente é praticado.
A teoria da dissonância cognitiva foi desenvolvida pela professor
Leon Festinger em 1957 e sustenta a hipótese de que um individuo
passa por uma espécie de conflito no processo de tomada de decisão
quando pelo menos dois elementos cognitivos são incoerentes.
Festinger descreve a dissonância cognitiva como um estado
psicologicamente desconfortável, mas gerado por cognições
inconscientes.
Resumidamente, a dissonância cognitiva é uma construção cognitiva e emocional, que
resulta num estado de desconforto, angustia e ansiedade causada quando há incoerência
entre as cognições.

O que são Espectativas?


As espectativas são modos de
categorizar as pessoas através dos
indícios e das informações,
prevendo o seu comportamento e as
suas atitudes.
Um exemplo claro da importância
das espectativas na vida social é-nos dado pelas relações duradouras, por exemplo
marido e mulher. Ao exercerem as suas funções, há um conjunto de espectativas
mutuas.
As espectativas afetam o modo como os outros interagem connosco. As positivas geram
comportamentos positivos e as negativas geram comportamentos negativos.
O que é a identidade individual? E a social?
A identidade individual é a perceção que uma
pessoa tem de si mesma e das orientações que dá á
sua vida. As identidades individuais têm inúmeros
aspetos, e podem variar em amplitude referindo-se a
outra pessoas situadas a uma distancia maior ou
menor do individuo.
A identidade social é o sentimento de um pessoa para pertencer a um determinado grupo
social. A sua principal área de aplicação é a das relações intergrupais. Designa-se como
identidade social a crença da pessoa em pertencer a dadas categorias. Cada pessoa tem
uma variedade de identidades sociais que habitualmente se apresentam de maneira
estruturada e num processo de reelaboração continua.

O que é a atração interpessoal?


• Uma tendência ou predisposição de um indivíduo para avaliar positivamente
outra pessoa. Como atitude, consiste nos três componentes básicos de qualquer
atitude:
Componente cognitivo (pensamento).
Componente afetivo (sentimentos).
Componente comportamental (ações).
É um processo que engloba muitas situações: amor, admiração, amizade... é o
julgamento de uma pessoa de outra, cujos extremos podem ser amor odioso. Ela é muito
influenciada pela socialização e pela cultura, mesmo que não nos apercebamos.
Exemplos:
• A proximidade. Frequência temporária de
interação ou uma atividade física
O que é a agressão
interpessoal?
• Um comportamento que
visa causar danos físicos
e/ou psicológicos no outro.

Factores que induzem a agressão


-Factores Biológicos: Existem hormonas que circulando no sangue ativam ou inibem
a agressividade. A testosterona, por exemplo, tem influência a este nível.
-A Cultura: Em sociedade onde a agressividade é mais valorizada os índices tendem
a ser mais agressivas.
-A Familiaridade: Com imagens de violência provoca uma dessensibilização
relativamente às consequências da agressividade.
Estereótipos, preconceitos e discriminação:
Um estereótipo é a imagem pré-concebida de determinada
pessoa, coisa ou situação. São usados principalmente para
definir e limitar pessoas ou grupos de pessoas na
sociedade.
Preconceito é um “juízo” preconcebido. Manifestado
geralmente na forma de uma atitude “discriminatória”
perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou “estranhos”.
Normalmente têm uma conotação negativa.
A discriminação é qualquer distinção, exclusão ou restrição baseada na raça, cor,
descendência ou origem nacional ou étnica que tem o propósito ou o efeito de anular ou
prejudicar o reconhecimento, gozo ou exercício em pé de igualdade de direitos humanos
e liberdades fundamentais nos campos políticos, económicos, sociais, culturais ou em
qualquer outro domínio da vida publica.
Quem foram Kenneth e Mamie Clark? (pesquisas,
descobertas e experiencias)
Kenneth e Mamie Clark foram um casal de psicólogos
americanos que realizaram pesquisas entre crianças e
tiveram um papel bastante importante no Movimento
dos Direitos.
Eles eram conhecidos na década de 1940 pelas suas
experiencias usando bonecas para estudar as atitudes
das crianças em relação á sua raça.
Uma das suas mais famosas experiencias foi a experiencia psicológica com bonecas que
venceu a segregação racial nos EUA. A experiencia ocorreu da seguinte forma: Mamie
e Kenneth mostraram bonecas negras e brancas a 253 crianças entre os 3 e os 7 anos, e
fizeram-lhes oito pedidos.
▪ O 1º era para escolher a boneca com que mais
gostavam de brincar.
▪ O 2º era para escolher uma boneca divertida.
▪ O 3º era para escolher uma boneca feia.
▪ O 4º era para escolher uma boneca com cor bonita.
▪ O 5º era para escolher uma boneca que se parecesse
com uma criança branca.
▪ O 6º era para escolher uma boneca que se parecesse
com uma criança de cor.
▪ O 7º era para escolher uma boneca que se parecesse
com uma criança negra.
▪ O 8º era para escolher uma boneca que se parecesse com eles próprios.
O primeiro dado interessante foi que 93% das crianças entregavam a boneca negra na
pergunta 6, mas só 66% na pergunta 8. Ou seja: embora crianças negras já demonstrem
uma perceção sólida das diferenças raciais desde cedo, demoram um pouco mais para
estabelecer sua própria identidade. Na pergunta 3, 59% das crianças disseram que a
boneca feia era a boneca negra, e só 17% apontaram para a boneca branca. 67% das
crianças preferiram brincar com a boneca branca na pergunta 1, e 59% disseram que a
boneca branca era a boneca divertida na pergunta 2. A pergunta mais traumática era
sobre autoidentificação. Na parte do texto que descreve os resultados qualitativos,
Mamie conta que muitas crianças começavam a chorar quando eram questionadas sobre
com qual das boneca mais se pareciam. Duas chegaram a correr para fora da sala, aos
berros, sem responder. Uma criança de sete anos disse: “Eu sou negra porque fiquei
bronzeada no verão.”
Diferenças entre estereótipos e preconceito
Preconceito: atitude negativa dirigida a um grupo, com base em uma característica desse
grupo. É dirigido ao grupo como um todo, ignorando diferenças individuais.
Estereótipo: generalização sobre um grupo, onde características idênticas são dadas a
todos os membros de um grupo. Não é necessariamente emocional, positivo ou
negativo, e não necessariamente produz discriminação.

Gordon W. Allport
• Psicólogo norte-americano, nascido em
1897 e falecido em 1967, que se formou
em Economia na Universidade de
Harvard. Aos 24 anos doutorou-se na
mesma universidade em Psicologia,
passando a integrar como professor o
respetivo departamento. Aos 22 anos,
ainda estudante, entrevistou Freud o que
o influenciou nas suas conceções sobre a
personalidade. Acaba por se demarcar
do fundador da Psicanálise ao considerar
que o fundamental seria identificar e
descrever os traços individuais da
personalidade antes de explorar o
inconsciente.

• Segundo Allport, os "traços" seriam elementos básicos da personalidade que


explicariam a coerência do comportamento de um indivíduo, tornando-o único.
A partir do conhecimento dos traços de personalidade de uma pessoa, seria
possível ao psicólogo prever o comportamento em variadas situações.
De entre as suas obras pode-se destacar: Personality, Study of values e Pattern and
growth in personality
Escala de Allport

Conclusão
Ao fazer este trabalho aprendemos um pouco mais sobre a forma como as pessoas se
relacionam umas com as outras. Aprendemos mais sobre alguns psicólogos importantes
e como eles chegaram às suas conclusões.
Bibliografia
Manual de Psicologia 12º ano “Nós”
https://pt.wikipedia.org/wiki/Disson%C3%A2ncia_cognitiva
https://pt.slideshare.net/RaQuelOliveira64/aula-de-psicologia-40320593
http://www.institutosouzacruz.org.br/groupms/sites/INS_8BFK5Y.nsf/vwPagesWebLiv
e/DO8KSKCD?opendocument
https://super.abril.com.br/historia/o-experimento-psicologico-com-bonecas-que-venceu-
a-segregacao-racial-nos-eua/
https://pt.qaz.wiki/wiki/Kenneth_and_Mamie_Clark

https://fartoucedapsicologia.blogs.sapo.pt/3353.html

https://revista.appsicologia.org/index.php/rpsicologia/article/view/282

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