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HEAT TREATMENTS
TRATAMENTOS TÉRMICOS
Augusta Cerceau Isaac Neta
Escola de Engenharia, DEMET
Email: augusta.cerceau@demet.ufmg.br

Aula #3
Diagramas CCT
Junho de 2021
Transformação sob resfriamento contínuo (TRC)
Continuous cooling transformation (CCT)

• Antes do trabalho original de Davenport e Bain*,


em 1930, sobre transformações isotérmicas, a
decomposição da austenita não era bem
entendida.
• Transformações austeníticas mapeadas em
diagramas TTT são, estritamente, aplicáveis às
transformações que ocorrem em temperaturas
constantes.
• Amostras que se transforma em um intervalo de
temperaturas exibem µicroestruturas mistas.
• Diagramas sob resfriamento contínuo (TRC ou
CCT) podem ser elaborados, a partir da
determinação das microestruturas produzidas a
diferentes taxas de resfriamento.

* Davenport, E. S. e Bain, E. C., Trans. A/ME, 90, 117 https://www.tf.uni-


(1930). kiel.de/matwis/amat/iss/kap_8/illustr/s8_4_3a.html
DIAGRAMAS CCT 3

Existem 2 tipos de diagramas CCT:

Tipo 1: Gráfico de temperaturas de transformação (início e fim), como função do


tempo, para cada curva de resfriamento.

Diagrama CCT aço de baixa liga e 0,2% C.

Imagem: Askeland, D.R., Wendelin, J.W.. The Science and Engineering of Materials, 7ª Ed., Cengage Learning, 2016.
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Tipo 2: Gráfico da temperaturas de transformação, como função da taxa de


resfriamento ou do diâmetro da barra.

Diagrama CCT esquemático de T vs. 𝑇𝑇.̇

Zhao J.-C. e Notis M.R.. Continuous cooling transformation kinetics versus isothermal transformation kinetics of steels: a
phenomenological rationalization of experimental observations, Mater. Sci. Eng., R15, 135-208, 1995.
DIAGRAMAS CCT 5

Construção de um diagrama CCT do tipo 1:

• Diagramas CCT são determinados através de medidas de propriedades físicas


durante resfriamentos contínuos. Geralmente, utiliza-se o volume.

• A construção dos diagramas CCT tem sido, principalmente realidada por meio de
variações de volume utilizando a técnica de dilatometria.

• A dilatometria pode ser complementada por exames metalográficos e medidas de


dureza.
DIAGRAMAS CCT 6

Ensaios de dilatometria

• Em um ensaio de dilatometria, a amostra é austenitizada em um forno


especialmente projetado.
• Em seguida, a amostra é resfriada de forma controlada.
• A dilatação da amostra é medida por um LVDT, que é um transdutor para medição
de deslocamento linear de uma amostra.
Imagem: https://www.netzsch-thermal-analysis.com/en/contract-testing/methods/dilatometry-dil/
DIAGRAMAS CCT 7

Ensaios de dilatometria
• Dados obtidos durante o resfriamento são plotados como T x t.
• Dilatação é medida e registrada como função da T.
• Alterações na inclinação da curva indica transformação de fase.
• Fração transformada pode ser calculada com base nos dados de dilatação.

Curvas de resfriamento esquemáticas Curva dilatométrica de resfriamento


DIAGRAMAS CCT 8

Ensaios de dilatometria
• Inclinação de uma curva dilatométrica se mantém constante, enquanto não houver
transformação de fase. durante resfriamento (ou aquecimento). Dilatação da
amostra ocorre apenas devido à contração (resfr.) ou expansão térmica (aquec.).
• Dilatação do ponto a até o ponto b se deve à diminuição no comprimento da
amostra.
• Em Ti, a inclinação da curva dilatométrica é alterada devido à transição de fases.
• Entre c e d, não ocorre transformação de fases.

Curvas de resfriamento esquemáticas Curva dilatométrica de resfriamento


DIAGRAMAS CCT 9

Ensaios de dilatometria

• Inclinação da curva dilatométrica


entre pontos b e c varia com T.
• Isso indica transformação de fase,
durante resfriamento.
• Expansão se deve, principalmente,
à formação de fase(s) de menor
densidade.

Curva dilatométrica de resfriamento


DIAGRAMAS CCT 10

Ensaios de dilatometria
• Portanto, transformação de fase começa em b, na temperatura Ti, e termina em c,
na temperatura Tf.
• A fase na qual a austenita se transformou deve ser determinada através de exames
metalográficos.
• Quando a austenita se transforma em uma única fase, a fração transformada é
diretamente proporcional à variação no comprimento da amostra.

Curva dilatométrica de resfriamento


DIAGRAMAS CCT 11

Diagrama CCT de um aço 0,35C-1,4Mn-0,76Si-0,19Mo-0,07Cr-0,06Ni-0,16V


Zhao J.-C. e Notis M.R.. Continuous cooling transformation kinetics versus isothermal transformation kinetics of steels: a
phenomenological rationalization of experimental observations, Mater. Sci. Eng., R15, 135-208, 1995.
DIAGRAMAS CCT 12

Aço eutetóide

Curvas CCT (linhas cheias) e TTT (linhas tracejadas) para um aço 1080.

Imagem: Askeland, D.R., Wendelin, J.W.. The Science and Engineering of Materials, 7ª Ed., Cengage Learning, 2016.
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Curvas CCT (linhas cheias) e TTT (linhas


tracejadas) para um aço 1080.

Imagem: Askeland, D.R., Wendelin, J.W.. The Science and Engineering of


Materials, 7ª Ed., Cengage Learning, 2016.

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA


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Curvas CCT (linhas cheias) e TTT (linhas tracejadas) para um aço 1080.

Imagem: Abbaschian, R., Abbaschian, L., Reed-Hill, R.E.. Physical Metallurgy Principles, 4ª Ed.,
Cengage Learning, 2009.
Taxa de resfriamento DIAGRAMAS CCT 15

Recozimento pleno
Normalização
Têmpera em óleo
Têmpera em água

Variação da microestrutura em função da


taxa de resfriamento para um aço 1080.

Imagem: Reed-Hill, Princípios de Metalurgia Física, 2ª Ed., Gb. 2, São Paulo, 1982.
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Diagramas (a) TTT e (b) CCT para um aço 4340.

Imagem: Askeland, D.R., Wendelin, J.W.. The Science and Engineering of Materials, 7ª Ed., Cengage Learning, 2016.
DIAGRAMAS CCT 17

Diagrama CCT de um aço de baixa liga, com 0,2% C.

Imagem: Askeland, D.R., Wendelin, J.W.. The Science and Engineering of Materials, 7ª Ed., Cengage Learning, 2016.
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ESTUDAR:
D. Askeland e W.J. Wright, Ciência e Engenharia dos Materiais, 4ª Ed.,
Cengage, São Paulo, 2019.

Cap. 13: Seções 13.4 e 13.5

Reed-Hill, Princípios de Metalurgia Física, 2ª Ed., Gb. 2, São Paulo, 1982.


Cap. 18: Seção 18.1

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