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HEAT TREATMENTS
TRATAMENTOS TÉRMICOS
Augusta Cerceau Isaac Neta
Escola de Engenharia, DEMET
Email: augusta.cerceau@demet.ufmg.br

Aula #3
Diagramas TTT

Junho de 2021
TRANSFORMAÇÃO DE FASES 2

- EQUILÍBRIO -
Diagrama de equilíbrio Fe-C

Limitações:
1. Não informa sobre a cinética das
transformações
2. Resfriamento extremamente lento

Imagem: Callister, W.D., Rethwisch, D. G. Fundamentals of Materials Science and Engineering: An Integrated
Approach, 5ª Ed., Wiley, 2018.
TRANSFORMAÇÃO DE FASES 3

- EQUILÍBRIO -
Reação eutetóide:
g (0,77%C) →  (0,02%C) + Fe3C (6,67%C)

Transformação via difusão

Imagem à direita: Callister, W.D., Rethwisch, D. G. Fundamentals of Materials Science and Engineering: An
Integrated Approach, 5ª Ed., Wiley, 2018.
TRANSFORMAÇÕES DE FASES 4

- FORA DO EQUILÍBRIO -

 Resfriamento em condições de equilíbrio é inviável na prática.

 Aumento da taxa de resfriamento modifica as condições de


formação de fases.

 Resfriamento fora do equilíbrio pode levar à:


formação de fases diferentes e
alteração na temperatura de transformação.
TRANSFORMAÇÕES DE FASES 5

- FORA DO EQUILÍBRIO -
TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS

727ºC

Método usado para a determinação da cinética das


transformações isotérmicas da austenita.
TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS 6

EXAME METALOGRÁFICO DA FRAÇÃO TRANSFORMADA


Em temperaturas logo abaixo de 727°C (p.ex. 720°C):
t: tempo
t1 < t2< t3 < t4

t1 t2 t3 t4

• Decomposição da austenita em perlita ocorre por nucleação e crescimento.


Portanto, esta transformação depende da difusão (e de tempo).
• Nucleação ocorre quase que exclusivamente em contornos de grãos da austenita.
TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS 7

Cinética de transformação

Gráfico da fração fase transformada em função do log do tempo

Cinética → nucleação e crescimento


→ difusão

Img. dir.: https://tecnologiadosmateriais.com/introducao-ao-diagrama-fe-c/desenvolvimento-da-microestrutura/


Img. esq.: Askeland, D.R., Wendelin, J.W.. The Science and Engineering of Materials, 7ª Ed., Cengage Learning, 2016.
TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS 8

Cinética de transformação

Gráfico da fração fase transformada em função do log do tempo

Equação de Avrami:

c e n são constantes dependentes da


temperatura.

Imagem: Askeland, D.R., Wendelin, J.W.. The Science and Engineering of Materials, 7ª Ed., Cengage Learning, 2016.
TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS 9

Influência da temperatura sobre a transformação austenítica

Imagem: Callister, W.D., Rethwisch, D. G. Fundamentals of Materials Science and Engineering: An Integrated
Approach, 5ª Ed., Wiley, 2018.
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675ºC

Imagem adaptada: Callister, W.D.,


Rethwisch, D. G. Fundamentals of
Materials Science and Engineering: An
Integrated Approach, 5ª Ed., Wiley, 2018.
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Imagem: Easterling

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TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS 12

Imagem: Callister, W.D., Rethwisch, D. G. Fundamentals of Materials Science and Engineering: An Integrated
Approach, 5ª Ed., Wiley, 2018.
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Perlita grosseira Perlita fina

Imagem: Ralls, K.M. et al. An Introduction to Materials Science and Engineering, John Wiley & Sons, New York, p.
361, 1976.
TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS 14

Diagrama TTT completo


de um aço eutetóide

Temperatura (ºC)
Bainita

A: austenita
P: perlita
B: bainita

Tempo (s)
Imagem adaptada: Callister, W.D., Rethwisch, D. G. Fundamentals of Materials Science and Engineering: An
Integrated Approach, 5ª Ed., Wiley, 2018.
TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS 15

Diagrama TTT de um aço eutetóide e curva de TT


a

b
b
c

c
Bainita

Imagem à direita: https://www.tf.uni-kiel.de/matwis/amat/iss/kap_8/illustr/s8_4_1.html#_2


Imagem adaptada à esquerda: Callister, W.D., Rethwisch, D. G. Fundamentals of Materials Science and Engineering: An
Integrated Approach, 5ª Ed., Wiley, 2018.
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BAINITA
• Formada por partículas finas de cementita e ferrita altamente
distorcida devido ao teor de C acima da composição de equilíbrio.
• Forma em temperaturas relativamente baixas. A difusão de C é lenta e
parte fica retido na estrutura CCC, formando a ferrita distorcida.
• Parte do C que se difundiu não é capaz de movimentos de pequeno
alcance, dando origem às partículas finas de cementita.

ferrita
cementita

Bainita superior Bainita inferior


(temperaturas maiores) (temperaturas menores)
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BAINITA

Bainita superior:
Ripas de ferrita na forma de penas, com formação
de placas alongadas de cementita entre as ripas.

Bainita inferior:
Longas placas de ferrita, com formação de
finos carbonetos (cementita e outros) no
interior das placas.
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BAINITA
400-250°C

550-400°C

Imagens de MET de (a) subunidades de bainita superior em um aço 0,095C-


1,63Si-1,99Mn-1,97Cr e (b) bainita inferior em um aço 0,46C-2,10Si-2,15Mn.
Imagem: Chang and Bhadeshia, 1996.
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Imagem: Askeland, D.R., Wendelin, J.W.. The Science and Engineering of Materials, 7ª Ed., Cengage
Learning, 2016.
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MARTENSITA
Diagrama TTT do aço eutetóide

Não isotérmico Martensita em forma de agulhas e


austenita que não se transformou durante
o resfriamento (austenita retida).

Imagem adaptada: Callister, W.D., Rethwisch, D. G. Fundamentals of Materials Science and Engineering: An
Integrated Approach, 5ª Ed., Wiley, 2018.
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MARTENSITA
• Transformação martensítica não depende da difusão
(atérmica).
• Forma-se quando a taxa de resfriamento é rápida o
suficiente para evitar a difusão de carbono.
• Isso faz com que o carbono fique retido em solução
(solução sólida supersaturada).
• Essa supersaturação pode provocar uma distorção do
reticulado cúbico de corpo centrado, transformando o
reticulado em tetragonal corpo centrado.

• Composição da martensita é a mesma da austenita.

Imagem: Callister, W.D., Rethwisch, D. G. Fundamentals of Materials Science and Engineering: An Integrated
Approach, 5ª Ed., Wiley, 2018.
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MARTENSITA

Transformação martensítica de um aço Fe-0,18C-0,2Si-0,9Mn-


2,9Ni-1,5Cr-0,4Mo %p, usando microscopia confocal a laser.

https://www.youtube.com/watch?v=OQ5lVjYssko&feature=emb_logo
MARTENSITA

Ripas de martensita em aço com 0,20%p C.

Img. sup.: Kitahara et al., Crystallographic features of lath martensite in low-


carbon steel, Acta Materialia, 2006

Img. esq.: Askeland, D.R., Wendelin, J.W.. The Science and Engineering of Materials, 7ª Ed., Cengage Learning, 2016.
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MARTENSITA

Nascimento et al., Determinação das propriedades mecânicas da martensita-ε por indentação instrumentada em
ligas inoxidáveis com memória de forma, Rem: Rev. Esc. Minas, 2010.
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EXERCÍCIOS
Determinar a microestrutura obtida a partir de diferentes TT isotérmicos

Imagem: Callister, W.D., Rethwisch, D. G. Fundamentals of Materials Science and Engineering: An Integrated
Approach, 5ª Ed., Wiley, 2018.
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Determinar a microestrutura obtida a partir de diferentes TT isotérmicos

Imagem: Abbaschian, R., Abbaschian, L., Reed-Hill, R.E.. Physical Metallurgy Principles, 4ª Ed., Cengage Learning,
2009.
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ESTUDAR:
D. Askeland e W.J. Wright, Ciência e Engenharia dos Materiais, 4ª Ed.,
Cengage, São Paulo, 2019.
Cap. 12: Seções 12.1, 12.8, 12.9 e 12.10 (não estudar Revenimento da Martensita)
Cap. 13: Seção 13.3

Reed-Hill, Princípios de Metalurgia Física, 2ª Ed., Gb. 2, São Paulo, 1982.


Cap. 17: Seções 17.1, 17.2, 17.4, 17.5, 17.6, 17.7, 17.8 e 17.9

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