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Aula 03

Perícia Contábil p/ CFC 2018.1 (Bacharel em Ciências Contábeis)

Professor: Júlio Cardozo

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Perícia Contábil – Exame Suficiência CFC
Teoria e exercícios comentados
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AULA 03 – Quesitos – NBC PP 01 – Perito Contábil

Estamos de volta, galera!!! Espero que vocês tenham sentido a minha falta, assim
como eu senti a de vocês, hahaha. E aí? Como está o andamento do curso? Tenho
certeza que já estamos entendendo o desenvolvimento da Perícia Contábil, não
é? Seguimos firmes no propósito. A aula de hoje também é muito importante,
pois falaremos um pouco o personagem principal de toda essa história: o Perito
Contábil. Quais são suas funções, impedimentos e suspeição, conforme prevê a
NBC PP 01, que é uma das normas que mais aparecem nas provas. Tenho certeza
que irão gostar!

Boa aula a todos.


Professor Julio Cardozo

SUMÁRIO

1 NBC PP 01 – Perito Contábil .................................................................. 2


1.1 Definições ........................................................................................ 2
1.2 Impedimento e Suspeição .................................................................. 3
2 Responsabilidade e Zelo ....................................................................... 7
3 Proposta de Honorários ...................................................................... 12
4 NBC PP 01 ........................................................................................ 14
5 BIZURAL........................................................................................... 23
6 Mapa Mental ..................................................................................... 27
7 Exercícios Comentados ....................................................................... 28
8 Exercícios Apresentados Em Aula ......................................................... 41
9 Gabarito ........................................................................................... 47
10 Bibliografia ..................................................................................... 47

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1 NBC PP 01 – PERITO CONTÁBIL

Pessoal, agora estudaremos a NBC PP 01, que trata atuação do contador na


condição de perito. Alguns aspectos já foram vistos na aula 00 do curso, mas o
foco era o que o Código de Processo Civil abordava sobre o perito. Agora veremos
o que as normas contábeis tratam desse assunto e, inclusive, veremos pontos
divergentes entre essas normas e como devemos proceder em provas.

1.1 DEFINIÇÕES

A norma inicia apresentando as seguintes definições:

Perito é o contador, regularmente registrado em Conselho Regional de


Contabilidade, que exerce a atividade pericial de forma pessoal, devendo ser
profundo conhecedor, por suas qualidades e experiências, da matéria periciada.

Perito oficial é o investido na função por lei e pertencente a órgão especial


do Estado destinado, exclusivamente, a produzir perícias e que exerce a atividade
por profissão. É o caso dos Peritos Criminais Federais da Polícia Federal do Brasil.

Perito do juízo é nomeado pelo juiz, árbitro, autoridade pública ou privada


para exercício da perícia contábil. Como já estudamos, o perito é um dos
auxiliares da justiça que irá auxiliar o magistrado quando a produção de prova
demandar conhecimento técnico ou científico.

Perito-assistente é o contratado e indicado pela parte em perícias


contábeis. O CPC usa o termo assistente técnico em vez de perito-assistente. Ele
possui a missão de atuar como elemento de confiança das partes,
acompanhando a realização do trabalho do perito. A indicação ou a contratação
de perito-assistente ocorre quando a parte ou a contratante desejar ser assistida
por contador, ou comprovar algo que dependa de conhecimento técnico-
científico, razão pela qual o profissional só deve aceitar o encargo se
reconhecer estar capacitado com conhecimento suficiente, discernimento, com
irrestrita independência e liberdade científica para a realização do trabalho.

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1.2 IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO

Segundo a NBC PP 01, Impedimento e Suspeição são situações fáticas ou


circunstanciais que impossibilitam o perito de exercer, regularmente, suas
funções ou realizar atividade pericial. Já estudamos isso lembram?

É imprescindível que o perito do juízo possa realizar o seu trabalho com


independência e imparcialidade, pois ele é um auxiliar da Justiça e seu
trabalho é fundamental na busca de provas e evidenciação de pontos obscuros.

De acordo com o art. 148 do CPC, aplicam-se ao perito os mesmos casos de


impedimento e suspeição aplicáveis aos magistrados, a saber:

Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:

I - ao membro do Ministério Público;


II - aos auxiliares da justiça; (peritos).

Mais uma vez, usaremos os ensinamentos de Marcus Vinícius Gonçalves, que


afirma que as situações de impedimento são objetivas, portanto, de
reconhecimento praticamente direto. Ademais, segundo o autor, essas situações
trazem graves riscos ao processo. Se o perito tiver conhecimento da ocorrência
de alguma delas, deverá declarar-se impedido.

A NBC PP 01 afirma que o perito do juízo ou assistente devem declarar-se


suspeitos quando, após nomeados ou contratados, verificarem a ocorrência de
situações que venham suscitar suspeição em função da sua imparcialidade ou
independência e, dessa maneira, comprometer o resultado do seu trabalho em
relação à decisão.

Pessoal, aqui temos um problema!!! Vejamos o que está previsto no § 1º do


art. 466 do CPC:

§ 1 Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a


impedimento ou suspeição.

Isto é, o Código de Processo Civil afirma que os assistentes técnicos não estão
sujeitos a impedimento ou suspeição, mas a NBC PP 01, em seu item 13, afirma

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que o perito-assistente deve declarar-se suspeito quando, após contratado,
verificar a ocorrência de situações que venham suscitar suspeição em função da
sua imparcialidade ou independência e, dessa maneira, comprometer o resultado
do seu trabalho.

“E agora Batman? ” Como devemos proceder? Pessoal, não é nosso objetivo


aqui no curso dizer qual norma está correta e deverá prevalecer, mas dizer como
devemos agir em provas, não é mesmo? A resposta para esse dilema é: qual
norma a questão está se referindo? Quer um exemplo:

(FBC/Exame de Suficiência/2017.1) De acordo com a NBC PP 01 – PERITO


CONTÁBIL, a respeito de suspeição e impedimento legal, julgue os itens a seguir
como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. O perito do juízo ou assistente deve declarar-se suspeito quando, após


nomeado ou contratado, verificar a ocorrência de situações que venham suscitar
suspeição em função da sua imparcialidade ou independência e, dessa maneira,
comprometer o resultado do seu trabalho em relação à decisão.

Percebam, meus amigos, que a questão faz menção expressa à NBC PP 01 que
prevê a possibilidade da declaração de suspeição por parte do assistente,
portanto, o item está correto. Muita gente reclamou dessa questão, baseada no
CPC, mas a banca não alterou o gabarito e nem anulou a questão.

Agora veja esta questão:

(CESPE/MPU/Perícia/Antropologia/2013) Com base no CPC, julgue o item


seguinte, relativo a perícia.

Os motivos de impedimento e suspeição aplicam-se tanto aos peritos quanto aos


assistentes técnicos.

Certo
Errado

Pessoal, aqui a referência é o Código de Processo Civil, portanto, item errado,


meus amigos a missão dos assistentes técnicos é atuar como elemento de
confiança das partes, acompanhando a realização do trabalho do perito. Portanto,

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não se aplicam a eles as causas de impedimento e suspeição previstas para
os peritos.

Gabarito Errado.

Fica a dica para a sua prova.

A NBC PP 01 sofreu alterações em 2015 e não apresenta mais de maneira


explícita os casos de impedimento que se aplicam ao perito do juízo, mas
determina que seja observado o que está no CPC. O art. 144 do Código de
Processo Civil elenca os casos nos quais o juiz e, por determinação legal, o perito,
estarão impedidos de exercerem suas funções no processo. Vamos apresenta-los
novamente:

Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no


processo:

I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou


como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou
membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau,
inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro,
ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa
jurídica parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer
das partes;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação
de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu
cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de
outro escritório;
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.

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Percebe-se que os fatos apontados são de natureza objetiva. O perito pode negar
que está promovendo uma ação contra a parte ou advogado da parte, por
exemplo? É sim ou não, e acabou, isto é, a verificação é direta.

Por seu turno, a situações de suspeição carregam teor de subjetividade,


podendo ser arguidas e analisadas em cada caso.

Peguem o bizu: suspeição subjetividade.

Por seu turno, a NBC PP 01, item 16, elenca os casos de suspeição a que o perito
do juízo está sujeito:

(a) ser amigo íntimo de qualquer das partes;


(b) ser inimigo capital de qualquer das partes;
(c) ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes, dos seus
cônjuges, de parentes destes em linha reta ou em linha colateral até o terceiro
grau ou entidades das quais esses façam parte de seu quadro societário ou de
direção;
(d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus
cônjuges;
(e) ser parceiro, empregador ou empregado de alguma das partes;
(f) aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do objeto da
discussão; e
(g) houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor de alguma
das partes.

O perito pode ainda declarar-se suspeito por motivo íntimo. Resumindo, podemos
fazer a seguinte comparação entre Impedimento e Suspeição:

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Impedimento Suspeição

•Critérios Objetivos •Critérios Subjetivos


•Cônjuge, companheiro ou •Amigo íntimo ou inimigo capital
parente (3º) estiver postulando ou partes ou advogados;
for parte; •Aconselha;
•Sócio de PJ do processo; •Credor ou devedor, de seu
•Herdeiro presuntivo; cônjuge ou companheiro ou de
•Promove ação contra a parte; parentes destes, em linha reta até o
terceiro grau, inclusive;
•Interessado;

2 RESPONSABILIDADE E ZELO

Ao longo das nossas aulas, já deu para perceber que o perito é um profissional
que tem uma grande responsabilidade nas mãos. Sua atuação é fundamental
para a justa solução de uma disputa, seja ela judicial ou não. Portanto, o perito
deve conhecer as responsabilidades sociais, éticas, profissionais e legais às quais
está sujeito no momento em que aceita o encargo para a execução de perícias
contábeis judiciais e extrajudiciais, inclusive arbitral.

O termo “responsabilidade” refere-se à obrigação do perito em respeitar os


princípios da ética e do direito, atuando com lealdade, idoneidade e
honestidade no desempenho de suas atividades, sob pena de responder civil,
criminal, ética e profissionalmente por seus atos. A responsabilidade do perito
decorre da relevância que o resultado de sua atuação pode produzir para a
solução da lide.

Ciente do livre exercício profissional, deve o perito do juízo, sempre que possível
e não
houver prejuízo aos seus compromissos profissionais e as suas finanças pessoais,
em colaboração com o Poder Judiciário, aceitar o encargo confiado ou escusar-se
do encargo, no prazo legal, apresentando suas razões.

Conforme já apresentamos em aulas anteriores, se o profissional se cadastra para


atuar como perito, deve estar em condições de “cumprir a missão” quando for
chamado. A escusa deve ser em casos excepcionais e ao desempenhar de

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suas funções, deve buscar a imparcialidade, dispensando igualdade de
tratamento às partes e, especialmente, aos peritos assistentes.

Não se considera parcialidade, entre outros, os seguintes:

(a) atender às partes ou assistentes técnicos, desde que se assegure igualdade


de oportunidades; ou
(b) fazer uso de trabalho técnico-científico anteriormente publicado pelo perito
do juízo;

A legislação civil determina responsabilidades e penalidades para o profissional


que exerce a função de perito, as quais consistem em multa, indenização e
inabilitação.

Por seu turno, a legislação penal estabelece penas de multa e reclusão para os
profissionais que exercem a atividade pericial que vierem a descumprir as normas
legais.

O art.158 do CPC evidencia sanções ao perito que por dolo ou culpa, prestar
informações inverídicas:

Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas
responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar
em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente
das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao
respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis.

O Código Penal tipifica o crime de Falso Testemunho ou Falsa Perícia em seu


art.342, vejam:

Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como


testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou
administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei nº
10.268, de 28.8.2001)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

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§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado
mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir
efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da
administração pública direta ou indireta. (Redação dada pela Lei nº 10.268, de
28.8.2001)
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que
ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. (Redação dada pela
Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

Percebam a seriedade do trabalho, meus amigos. Não podemos brincar de ser


peritos, pois as consequências são muito sérias.

No tocante ao termo “zelo”, a NBC PP 01 apresenta a seguinte definição:


==9bb8a==

Refere-se ao cuidado que ele deve dispensar na execução de suas tarefas, em


relação à sua conduta, documentos, prazos, tratamento dispensado às
autoridades, aos integrantes da lide e aos demais profissionais, de forma que
sua pessoa seja
respeitada, seu trabalho levado a bom termo e, consequentemente, o laudo
pericial contábil e o parecer técnico-contábil dignos de fé pública.

Essa definição é bastante importante e para visualizarmos bem o que ela


apresenta, preparamos um esqueminha “malandro”:

Execução

Conduta
Cuidado
Documento
s
Prazos
Autoridade
Zelo

s
Tratamento
Integrante
Respeito s da lide
Pessoal
Laudo e
Fé pública
Parecer

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A norma ainda apresenta algumas situações que evidenciam uma conduta zelosa
por parte do perito. São informações bem intuitivas, mas é importante conhece-
las em sua literalidade.

O zelo profissional do perito na realização dos trabalhos periciais compreende:

(a) cumprir os prazos fixados pelo juiz em perícia judicial e nos termos
contratados em perícia extrajudicial, inclusive arbitral;

(b) assumir a responsabilidade pessoal por todas as informações prestadas,


quesitos
respondidos, procedimentos adotados, diligências realizadas, valores
apurados e
conclusões apresentadas no laudo pericial contábil e no parecer técnico-contábil;

(c) prestar os esclarecimentos determinados pela autoridade competente,


respeitados os prazos legais ou contratuais;

(d) propugnar (lutar em defesa de) pela celeridade processual, valendo-se dos
meios que garantam eficiência, segurança, publicidade dos atos periciais,
economicidade, o contraditório e a ampla defesa;

(e) ser prudente, no limite dos aspectos técnico-científicos, e atento às


consequências
advindas dos seus atos;

(f) ser receptivo aos argumentos e críticas, podendo ratificar ou retificar o


posicionamento anterior.

A NBC PP 01 ainda apresenta aspectos importantes sobre a relação perito x


assistente técnico. De acordo com a norma, a transparência e o respeito
recíprocos entre o perito do juízo e o perito-assistente pressupõem tratamento
impessoal, restringindo os trabalhos, exclusivamente, ao conteúdo técnico-
científico.

Como já vimos, o assistente técnico também possui amplo acesso amplo aos
meios necessários para a produção do seu trabalho e a relação ente esses dois
agentes deve ser a mais profissional possível.

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A realização de diligências, durante a elaboração do laudo pericial, para busca de
provas, quando necessária, deve ser comunicada às partes para ciência de seus
assistentes. Portanto, o perito não pode isolar os assistentes da produção
da prova pericial.

Além disso, algumas pericias podem ser extremamente trabalhosas e complexas,


o que torna inviável sua realização somente por uma única pessoa. Nesse caso,
o perito pode contar com o auxílio de uma equipe técnica. Se o ele utilizar
informações de especialista, inclusive se anexar documento emitido por
especialista, o perito é responsável por todas as informações contidas em
seu laudo ou parecer.

Sempre que não for possível concluir o laudo pericial contábil no prazo
fixado pelo juiz, deve o perito do juízo requerer a sua dilação, isto é,
prorrogação, antes de vencido aquele, apresentando os motivos que ensejaram
a solicitação.

Na perícia extrajudicial, o perito deve estipular os prazos necessários para a


execução dos trabalhos junto com a proposta de honorários e com a descrição
dos serviços a executar.

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3 PROPOSTA DE HONORÁRIOS

Chegamos na hora de falar de algo extremamente importante, pessoal. A


remuneração do trabalho pericial, isto é, a proposta de honorários. Com certeza,
é um dos assuntos mais importante, pois, ninguém quer trabalhar de graça, não
é mesmo? A NBC PP 01 apresenta aspectos muito importantes sobre como o
perito irá elaborar sua proposta de honorários.

Nessa elaboração, o perito dever considerar os seguintes fatores: a relevância,


o vulto, o risco, a complexidade, a quantidade de horas, o pessoal
técnico, o prazo estabelecido e a forma de recebimento, entre outros
fatores. Nada mais justo, pois existem os mais variados trabalhos a serem
realizados e, portanto, a proposta de honorários deve estar de acordo com as
dificuldades que serão encontradas em sua realização, isto é, a proposta de
honorários deve ser bem fundamentada.

O perito pode requerer a liberação parcial dos honorários quando julgar


necessário para o custeio de despesas durante a realização dos trabalhos. Isso é
muito importante, pois nem sempre temos condições de arcar com os custos da
realização da perícia sem receber os honorários, que podem demorar a serem
pagos ou o que é pior, não serem pagos. No caso de um “calote” nos honorários,
eles podem ser executados, judicialmente, pelo perito em conformidade com os
dispositivos do Código de Processo Civil.

O perito deve elaborar a proposta de honorários estimando, quando possível, o


número de horas para a realização do trabalho, por etapa e por qualificação dos
profissionais, considerando os trabalhos a seguir especificados:

(a) retirada e entrega do processo ou procedimento arbitral;

(b) leitura e interpretação do processo;

(c) elaboração de termos de diligências para arrecadação de provas e


comunicações às partes, terceiros e peritos-assistentes;

(d) realização de diligências;

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(e) pesquisa documental e exame de livros contábeis, fiscais e societários;

(f) elaboração de planilhas de cálculo, quadros, gráficos, simulações e análises


de resultados;

(g) elaboração do laudo;

(h) reuniões com peritos-assistentes, quando for o caso;

(i) revisão final;

(j) despesas com viagens, hospedagens, transporte, alimentação, etc.;

(k) outros trabalhos com despesas supervenientes.

O perito deve ressaltar, em sua proposta de honorários, que esta não contempla
os honorários relativos a quesitos suplementares e, se estes forem formulados
pelo juiz e/ou pelas partes, pode haver incidência de honorários complementares
a serem requeridos, observando os mesmos critérios adotados para elaboração
da proposta inicial. Por sua vez, no caso de esclarecimentos, podem não ser
pagos honorários adicionais, como já estudamos.

Nos casos em que houver necessidade de desembolso para despesas


supervenientes, como viagens e estadas, para a realização de outras diligências,
o perito deve requerer ao juízo ou solicitar ao contratante o pagamento das
despesas, apresentando a respectiva comprovação, desde que não estejam
contempladas ou quantificadas na proposta inicial de honorários.

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4 NBC PP 01

Pessoal, com certeza teremos muitas questões na sua prova que tratam da
literalidade das normas, portanto, achamos importante inseri-las no corpo de
aula, para que você reserve um tempo para lê-las. Obviamente, após o estudo
da aula, os conceitos apresentados já estarão bem conhecidos e, assim sendo, o
entendimento da norma será muito melhor, ok?

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – NBC PP 01, DE 27 DE


FEVEREIRO DE 2015

Dá nova redação à NBC PP 01 –


Perito Contábil.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas


atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea “f” do
Art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º 12.249/10, faz saber
que foi aprovada em seu Plenário a seguinte Norma Brasileira de Contabilidade
(NBC):

NBC PP 01 – PERITO CONTÁBIL

Sumário Item
OBJETIVO 1

CONCEITO 2–5
ALCANCE 6

HABILITAÇÃO PROFISSIONAL 7–8


IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO 9 – 17

Suspeição e impedimento legal 13 –


17
RESPONSABILIDADE 18 –
24

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Responsabilidade civil e penal 23 –


24
ZELO PROFISSIONAL 25 –
31

UTILIZAÇÃO DE TRABALHO DE ESPECIALISTA 32


HONORÁRIOS 33 –
40
Elaboração de proposta 34

Quesitos suplementares 35
Apresentação da proposta de honorários 36 –
37
Levantamento de honorários 38

Execução de honorários periciais 39

Despesas supervenientes na execução da perícia 40

ESCLARECIMENTOS 41

MODELOS 42

VIGÊNCIA 43

Objetivo

1. Esta Norma estabelece critérios inerentes à atuação do contador na condição


de perito.

Conceito

2. Perito é o contador, regularmente registrado em Conselho Regional de


Contabilidade, que exerce a atividade pericial de forma pessoal, devendo ser
profundo conhecedor, por suas qualidades e experiências, da matéria
periciada.

3. Perito oficial é o investido na função por lei e pertencente a órgão especial


do Estado destinado, exclusivamente, a produzir perícias e que exerce a
atividade por profissão.

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4. Perito do juízo é nomeado pelo juiz, árbitro, autoridade pública ou privada


para exercício da perícia contábil.

5. Perito-assistente é o contratado e indicado pela parte em perícias contábeis.

Alcance

6. Aplica-se ao perito o Código de Ética Profissional do Contador, a NBC PG 100


– Aplicação Geral aos Profissionais da Contabilidade e a NBC PG 200
– Contadores que prestam Serviços (contadores externos) naqueles
aspectos não abordados por esta Norma.

Habilitação profissional

7. O perito deve comprovar sua habilitação como perito em contabilidade por


intermédio de Certidão de Regularidade Profissional emitida pelos Conselhos
Regionais de Contabilidade. O perito deve anexá-la no primeiro ato de sua
manifestação e na apresentação do laudo ou parecer para atender ao
disposto no Código de Processo Civil. É permitida a utilização da certificação
digital, em consonância com a legislação vigente e as normas estabelecidas
pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras – ICP-Brasil.

8. A indicação ou a contratação de perito-assistente ocorre quando a parte ou


a contratante desejar ser assistida por contador, ou comprovar algo que
dependa de conhecimento técnico-científico, razão pela qual o profissional
só deve aceitar o encargo se reconhecer estar capacitado com conhecimento
suficiente, discernimento, com irrestrita independência e liberdade científica
para a realização do trabalho.

Impedimento e suspeição

9. Impedimento e suspeição são situações fáticas ou circunstanciais que


impossibilitam o perito de exercer, regularmente, suas funções ou realizar
atividade pericial em processo judicial ou extrajudicial, inclusive arbitral. Os
itens previstos nesta Norma explicitam os conflitos de interesse motivadores
dos impedimentos e das suspeições a que está sujeito o perito nos termos
da legislação vigente e do Código de Ética Profissional do Contador.

10. Para que o perito possa exercer suas atividades com isenção, é fator
determinante que ele se declare impedido, após nomeado ou indicado,
quando ocorrerem as situações previstas nesta Norma, nos itens abaixo.

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11. Quando nomeado, o perito do juízo deve dirigir petição, no prazo legal,
justificando a escusa ou o motivo do impedimento ou da suspeição.

12. Quando indicado pela parte e não aceitando o encargo, o perito-assistente


deve comunicar a ela sua recusa, devidamente justificada por escrito, com
cópia ao juízo.

Suspeição e impedimento legal

13. O perito do juízo deve se declarar impedido quando não puder exercer suas
atividades, observados os termos do Código de Processo Civil.

14. O perito-assistente deve declarar-se suspeito quando, após contratado,


verificar a ocorrência de situações que venham suscitar suspeição em função
da sua imparcialidade ou independência e, dessa maneira, comprometer o
resultado do seu trabalho.

15. O perito do juízo ou assistente deve declarar-se suspeito quando, após


nomeado ou contratado, verificar a ocorrência de situações que venham
suscitar suspeição em função da sua imparcialidade ou independência e,
dessa maneira, comprometer o resultado do seu trabalho em relação à
decisão.

16. Os casos de suspeição a que está sujeito o perito do juízo são os seguintes:
(a) ser amigo íntimo de qualquer das partes;
(b) ser inimigo capital de qualquer das partes;
(c) ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes, dos seus
cônjuges, de parentes destes em linha reta ou em linha colateral até o
terceiro grau ou entidades das quais esses façam parte de seu quadro
societário ou de direção;
(d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus
cônjuges;
(e) ser parceiro, empregador ou empregado de alguma das partes;
(f) aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do objeto
da discussão; e
(g) houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor de alguma
das partes.

17. O perito pode ainda declarar-se suspeito por motivo íntimo.

Responsabilidade

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18. O perito deve conhecer as responsabilidades sociais, éticas, profissionais e


legais às quais está sujeito no momento em que aceita o encargo para a
execução de perícias contábeis judiciais e extrajudiciais, inclusive arbitral.

19. O termo “responsabilidade” refere-se à obrigação do perito em respeitar os


princípios da ética e do direito, atuando com lealdade, idoneidade e
honestidade no desempenho de suas atividades, sob pena de responder civil,
criminal, ética e profissionalmente por seus atos.

20. A responsabilidade do perito decorre da relevância que o resultado de sua


atuação pode produzir para a solução da lide.

21. Ciente do livre exercício profissional, deve o perito do juízo, sempre que
possível e não houver prejuízo aos seus compromissos profissionais e as
suas finanças pessoais, em colaboração com o Poder Judiciário, aceitar o
encargo confiado ou escusar-se do encargo, no prazo legal, apresentando
suas razões.

22. O perito do juízo, no desempenho de suas funções, deve propugnar pela


imparcialidade, dispensando igualdade de tratamento às partes e,
especialmente, aos peritos-assistentes. Não se considera parcialidade, entre
outros, os seguintes:
(a) atender às partes ou assistentes técnicos, desde que se assegure
igualdade de oportunidades; ou
(b) fazer uso de trabalho técnico-científico anteriormente publicado pelo
perito do juízo.

Responsabilidade civil e penal

23. A legislação cívil determina responsabilidades e penalidades para o


profissional que exerce a função de perito, as quais consistem em multa,
indenização e inabilitação.

24. A legislação penal estabelece penas de multa e reclusão para os profissionais


que exercem a atividade pericial que vierem a descumprir as normas legais.

Zelo profissional

25. O termo “zelo”, para o perito, refere-se ao cuidado que ele deve dispensar
na execução de suas tarefas, em relação à sua conduta, documentos, prazos,
tratamento dispensado às autoridades, aos integrantes da lide e aos demais
profissionais, de forma que sua pessoa seja respeitada, seu trabalho levado

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a bom termo e, consequentemente, o laudo pericial contábil e o parecer
técnico-contábil dignos de fé pública.

26. O zelo profissional do perito na realização dos trabalhos periciais


compreende:
(a) cumprir os prazos fixados pelo juiz em perícia judicial e nos termos
contratados em perícia extrajudicial, inclusive arbitral;
(b) assumir a responsabilidade pessoal por todas as informações prestadas,
quesitos respondidos, procedimentos adotados, diligências realizadas,
valores apurados e conclusões apresentadas no laudo pericial contábil e
no parecer técnico-contábil;
(c) prestar os esclarecimentos determinados pela autoridade competente,
respeitados os prazos legais ou contratuais;
(d) propugnar pela celeridade processual, valendo-se dos meios que
garantam eficiência, segurança, publicidade dos atos periciais,
economicidade, o contraditório e a ampla defesa;
(e) ser prudente, no limite dos aspectos técnico-científicos, e atento às
consequências advindas dos seus atos;
(f) ser receptivo aos argumentos e críticas, podendo ratificar ou retificar o
posicionamento anterior.

27. A transparência e o respeito recíprocos entre o perito do juízo e o perito-


assistente pressupõem tratamento impessoal, restringindo os trabalhos,
exclusivamente, ao conteúdo técnico-científico.

28. O perito é responsável pelo trabalho de sua equipe técnica, a qual


compreende os auxiliares para execução do trabalho complementar do laudo
pericial contábil e/ou parecer técnico-contábil.

29. Sempre que não for possível concluir o laudo pericial contábil no prazo fixado
pelo juiz, deve o perito do juízo requerer a sua dilação antes de vencido
aquele, apresentando os motivos que ensejaram a solicitação.

30. Na perícia extrajudicial, o perito deve estipular os prazos necessários para a


execução dos trabalhos junto com a proposta de honorários e com a
descrição dos serviços a executar.

31. A realização de diligências, durante a elaboração do laudo pericial, para


busca de provas, quando necessária, deve ser comunicada às partes para
ciência de seus assistentes.

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Utilização de trabalho de especialista

32. O perito pode valer-se de especialistas de outras áreas para a realização do


trabalho, quando parte da matéria-objeto da perícia assim o requeira. Se o
perito utilizar informações de especialista, inclusive se anexar documento
emitido por especialista, o perito é responsável por todas as informações
contidas em seu laudo ou parecer.

Honorários

33. Na elaboração da proposta de honorários, o perito dever considerar os


seguintes fatores: a relevância, o vulto, o risco, a complexidade, a
quantidade de horas, o pessoal técnico, o prazo estabelecido e a forma de
recebimento, entre outros fatores.

Elaboração de proposta

34. O perito deve elaborar a proposta de honorários estimando, quando possível,


o número de horas para a realização do trabalho, por etapa e por qualificação
dos profissionais, considerando os trabalhos a seguir especificados:
(a) retirada e entrega do processo ou procedimento arbitral;
(b) leitura e interpretação do processo;
(c) elaboração de termos de diligências para arrecadação de provas e
comunicações às partes, terceiros e peritos-assistentes;
(d) realização de diligências;
(e) pesquisa documental e exame de livros contábeis, fiscais e societários;
(f) elaboração de planilhas de cálculo, quadros, gráficos, simulações e
análises de resultados;
(g) elaboração do laudo;
(h) reuniões com peritos-assistentes, quando for o caso;
(i) revisão final;
(j) despesas com viagens, hospedagens, transporte, alimentação, etc.;
(k) outros trabalhos com despesas supervenientes.

Quesitos suplementares

35. O perito deve ressaltar, em sua proposta de honorários, que esta não
contempla os honorários relativos a quesitos suplementares e, se estes
forem formulados pelo juiz e/ou pelas partes, pode haver incidência de

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honorários complementares a serem requeridos, observando os mesmos
critérios adotados para elaboração da proposta inicial.

Apresentação da proposta de honorários

36. O perito deve apresentar sua proposta de honorários devidamente


fundamentada.

37. O perito deve explicitar a sua proposta no contrato que, obrigatoriamente,


celebrará com o seu cliente, observando as normas estabelecidas pelo
Conselho Federal de Contabilidade. No final desta Norma, há um modelo de
contrato que pode ser utilizado (Modelo n.º 10).

Levantamento dos honorários

38. O perito pode requerer a liberação parcial dos honorários quando julgar
necessário para o custeio de despesas durante a realização dos trabalhos.

Execução de honorários periciais

39. Os honorários periciais fixados ou arbitrados e não quitados podem ser


executados, judicialmente, pelo perito em conformidade com os dispositivos
do Código de Processo Civil.

Despesas supervenientes na execução da perícia

40. Nos casos em que houver necessidade de desembolso para despesas


supervenientes, como viagens e estadas, para a realização de outras
diligências, o perito deve requerer ao juízo ou solicitar ao contratante o
pagamento das despesas, apresentando a respectiva comprovação, desde
que não estejam contempladas ou quantificadas na proposta inicial de
honorários.

Esclarecimentos

41. O perito deve prestar esclarecimentos sobre o conteúdo do laudo pericial


contábil ou do parecer técnico-contábil, em atendimento à determinação do
juiz ou árbitro que preside o feito, os quais podem não ensejar novos
honorários periciais, se forem apresentados para obtenção de detalhes do
trabalho realizado, uma vez que as partes podem formulá-los com essa
denominação, mas serem quesitos suplementares.

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5 BIZURAL

Perito é o contador, regularmente registrado em Conselho Regional de


Contabilidade, que exerce a atividade pericial de forma pessoal, devendo ser
profundo conhecedor, por suas qualidades e experiências, da matéria periciada.

Perito oficial é o investido na função por lei e pertencente a órgão especial


do Estado destinado, exclusivamente, a produzir perícias e que exerce a atividade
por profissão. É o caso dos Peritos Criminais Federais da Polícia Federal do Brasil.

Perito do juízo é nomeado pelo juiz, árbitro, autoridade pública ou privada


para exercício da perícia contábil.

Segundo a NBC PP 01, Impedimento e Suspeição são situações fáticas ou


circunstanciais que impossibilitam o perito de exercer, regularmente, suas
funções ou realizar atividade pericial.

O Código de Processo Civil afirma que os assistentes técnicos não estão sujeitos
a impedimento ou suspeição, mas a NBC PP 01, em seu item 13, afirma que o
perito-assistente deve declarar-se suspeito quando, após contratado,
verificar a ocorrência de situações que venham suscitar suspeição em função da
sua imparcialidade ou independência e, dessa maneira, comprometer o resultado
do seu trabalho.

“E agora Batman? ” Como devemos proceder? Pessoal, não é nosso objetivo


aqui no curso dizer qual norma está correta e deverá prevalecer, mas dizer como
devemos agir em provas, não é mesmo? A resposta para esse dilema é: qual
norma a questão está se referindo?

Comparação entre Impedimento e Suspeição:

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Impedimento Suspeição

•Critérios Objetivos •Critérios Subjetivos


•Cônjuge, companheiro ou •Amigo íntimo ou inimigo
parente (3º) estiver capital partes ou advogados;
postulando ou for parte; •Aconselha;
•Sócio de PJ do processo; •Credor ou devedor, de seu
•Herdeiro presuntivo; cônjuge ou companheiro ou
•Promove ação contra a parte; de parentes destes, em linha
reta até o terceiro grau,
inclusive;
•Interessado;

O termo “responsabilidade” refere-se à obrigação do perito em respeitar os


princípios da ética e do direito, atuando com lealdade, idoneidade e honestidade
no desempenho de suas atividades, sob pena de responder civil, criminal, ética e
profissionalmente por seus atos. A responsabilidade do perito decorre da
relevância que o resultado de sua atuação pode produzir para a solução da lide.

No tocante ao termo “zelo”, a NBC PP 01 apresenta a seguinte definição:

Refere-se ao cuidado que ele deve dispensar na execução de suas tarefas, em


relação à sua conduta, documentos, prazos, tratamento dispensado às
autoridades, aos integrantes da lide e aos demais profissionais, de forma que
sua pessoa seja
respeitada, seu trabalho levado a bom termo e, consequentemente, o laudo
pericial contábil e o parecer técnico-contábil dignos de fé pública.

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Execução

Conduta
Cuidado
Documentos

Prazos
Zelo

Autoridades
Tratamento
Integrantes da
lide
Respeito
Pessoal

Laudo e Parecer Fé pública

Na hora de preparar a sua proposta de honorários o perito dever considerar os


seguintes fatores: a relevância, o vulto, o risco, a complexidade, a quantidade de
horas, o pessoal técnico, o prazo estabelecido e a forma de recebimento,
considerando os trabalhos a seguir especificados:

(a) retirada e entrega do processo ou procedimento arbitral;

(b) leitura e interpretação do processo;

(c) elaboração de termos de diligências para arrecadação de provas e


comunicações às partes, terceiros e peritos-assistentes;

(d) realização de diligências;

(e) pesquisa documental e exame de livros contábeis, fiscais e societários;

(f) elaboração de planilhas de cálculo, quadros, gráficos, simulações e análises


de resultados;

(g) elaboração do laudo;

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(h) reuniões com peritos-assistentes, quando for o caso;

(i) revisão final;

(j) despesas com viagens, hospedagens, transporte, alimentação, etc.;

(k) outros trabalhos com despesas supervenientes

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6 MAPA MENTAL

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7 EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (FBC/Exame de Suficiência 2011.2 - Adaptada) Com relação ao


comportamento dos peritos contadores, julgue as situações hipotéticas
apresentadas nos itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. Um perito-contador nomeado pelo juiz dirigiu ao juiz petição, no prazo legal,


justificando que não poderia realizar a perícia, por ter relação de emprego com
uma das partes.

II. Um perito-contador, nomeado em juízo para atuar em uma questão relativa a


uma dissolução de sociedade, após constatar que uma das partes no processo é
um ex-sócio, com que teve várias discussões e brigas, inclusive, foi por ele
ameaçado de morte, informou verbalmente ao juiz que iria aceitar o trabalho,
pois é profissional há muitos anos e garantiu que irá agir com imparcialidade.

III. Um perito-contador assistente, convidado por uma das partes, ao tomar


conhecimento de que a parte contrária era seu amigo íntimo, além de compadre,
comunicou sua recusa, devidamente justificada por escrito, com cópia ao juízo.

Nas três situações acima descritas, o comportamento do perito está de acordo


com o disposto na NBC PP 01 – Perito Contábil, que estabelece procedimentos
inerentes à atuação do contador na condição de perito, nos itens:

a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

Comentários:

Vamos comentar cada uma das situações apresentadas:

I. Um perito-contador nomeado pelo juiz dirigiu ao juiz petição, no prazo legal,


justificando que não poderia realizar a perícia, por ter relação de emprego com
uma das partes. Atitude Correta, segundo a NBC PP 01, um dos casos de
suspeição a que o perito do juízo está sujeito é ser parceiro, empregador ou
empregado de alguma das partes.

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II. Um perito-contador, nomeado em juízo para atuar em uma questão relativa a


uma dissolução de sociedade, após constatar que uma das partes no processo é
um ex-sócio, com que teve várias discussões e brigas, inclusive, foi por ele
ameaçado de morte, informou verbalmente ao juiz que iria aceitar o trabalho,
pois é profissional há muitos anos e garantiu que irá agir com imparcialidade.
Atitude Incorreta, por ser inimigo capital de uma das partes, o perito deveria
declarado sua suspeição e não aceitado o trabalho.

III. Um perito-contador assistente, convidado por uma das partes, ao tomar


conhecimento de que a parte contrária era seu amigo íntimo, além de compadre,
comunicou sua recusa, devidamente justificada por escrito, com cópia ao juízo.
Atitude Correta, por ser amigo íntimo de qualquer das partes e perito agiu
corretamente ao recusar-se a realizar a pericia.

GabaritoB

2. (FBC/Exame de Suficiência 2012.1) O perito-contador deve declarar-


se suspeito quando, após, nomeado, contratado ou escolhido, verificar a
ocorrência de situações que venham suscitar suspeição em função da sua
imparcialidade ou independência e, desta maneira, comprometer o resultado do
seu trabalho em relação à decisão.

Assinale a opção que apresenta uma situação que NÃO configura um caso de
suspeição:

a) a filha de uma das partes tem uma dívida em atraso com o perito-contador.
b) o perito-contador é herdeiro presuntivo da esposa de uma das partes.
c) o perito-contador não é especialista na matéria em litígio.
d) um dos litigantes é amigo íntimo do perito-contador.

Comentários:

Situações de suspeição carregam teor de subjetividade, podendo ser arguidas


e analisadas em cada caso, lembram?

Peguem o bizu: suspeição subjetividade.

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Por seu turno, a NBC PP 01, item 16, elenca os casos de suspeição a que o perito
do juízo está sujeito:

(a) ser amigo íntimo de qualquer das partes;


(b) ser inimigo capital de qualquer das partes;
(c) ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes, dos seus
cônjuges, de parentes destes em linha reta ou em linha colateral até o terceiro
grau ou entidades das quais esses façam parte de seu quadro societário ou de
direção;
(d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus
cônjuges;
(e) ser parceiro, empregador ou empregado de alguma das partes;
(f) aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do objeto da
discussão; e
(g) houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor de alguma
das partes.

De todas as alternativas apresentadas, apenas a alternativa “C”, não apresenta


um caso de suspeição.

Gabarito C

3. (FUNCAB/PC-AC/Perito-Criminal/Contabilidade/2015-Adaptada)
O perito-contador nomeado ou escolhido deve se declarar impedido quando não
puder exercer suas atividades com imparcialidade, ocorrendo a seguinte
situação:

a) tiver interesse, direto ou indireto, por si, no resultado do trabalho pericial.


b) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes
c) ser inimigo capital de qualquer das partes.
d) ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes.

Comentários:

Impedimento e Suspeição são situações fáticas ou circunstanciais que


impossibilitam o perito de exercer, regularmente, suas funções ou realizar
atividade pericial. A situações de impedimento possuem caráter objetivo e
aplicam-se aos peritos os mesmos casos que se aplicam aos magistrados, a
saber:

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Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no


processo:

I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou


como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou
membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau,
inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro,
ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa
jurídica parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer
das partes;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação
de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu
cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de
outro escritório;
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.

Com esse conceito em mente, vamos analisar cada alternativa:

a) tiver interesse, direto ou indireto, por si, no resultado do trabalho pericial.


Errado, interesse direto ou indireto na ação é causa de suspeição e não de
impedimento, conforme previsão do art. 145, IV, do CPC.

b) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus


cônjuges. Correto, pessoal, conforme preconiza o art. 145, VI, do CPC.

c) ser inimigo capital de qualquer das partes. Errado, trata-se de um caso de


suspeição e não impedimento.

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d) ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes. Errado, pois
também é um caso de suspeição.

Gabarito C

4. (IBFC/PC-RJ/Perito Criminal/Contabilidade/2013) Sempre que não


for possível concluir o laudo pericial contábil no prazo fixado pelo juiz, deve o
perito-contador, conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade:

a) Requerer a dilação do prazo antes de seu vencimento ao juiz, informando os


motivos que ensejaram a solicitação.
b) Requerer a dilação do prazo, tão logo se aperceba que descumpriu o prazo,
informando os motivos que ensejaram a solicitação.
c) Justificar ao juiz os motivos para o atraso, somente quando da entrega do
laudo.
d) Requerer a dilação do prazo em até 5 dias úteis após o vencimento do prazo
concedido pelo juiz.
e) Informar a dilação do prazo antes que seja vencido ao juiz, apresentando os
motivos que ensejaram sua decisão.

Comentários:

Segundo o item 29 da NBC PP 01, temos que:

Sempre que não for possível concluir o laudo pericial contábil no prazo fixado
pelo juiz, deve o perito do juízo requerer a sua dilação antes de vencido aquele,
apresentando os motivos que ensejaram a solicitação.

Gabarito A

5. (IBFC/PC-RJ/Perito Criminal/Contabilidade/2013) O ato de


aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do objeto da
discussão, pode acarretar ao perito-contador, segundo a NBC PP 01- Perito
Contábil:

a) Pedido de impedimento pela outra parte envolvida no processo.


b) Pedido de suspeição pela outra parte envolvida no processo.
c) Pedido de suspeição ou impedimento, a critério da outra parte envolvida no
processo.

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d) É ato normal, próprio da atividade pericial.
e) É ato normal, próprio da atividade pericial, embora deva ser objeto de
comunicação prévia ao juiz por parte do perito-contador.

Comentários:

A NBC PP 01, item 16, apresenta os casos de suspeição a que o perito do juízo
está sujeito:

(f) aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do objeto da


discussão; e

Portanto, o ato de aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca


do objeto da discussão, pode acarretar ao perito-contador pedido de suspeição
pela outra parte envolvida no processo.

GabaritoB

6. (COPESE/Téc. Adm/Contador/2012) Assinale a opção CORRETA.

a) O termo “Zelo” refere-se à obrigação do perito em respeitar os princípios da


moral, da ética e do direito, atuando com lealdade, idoneidade e honestidade no
desempenho de suas atividades, sob pena de responder civil, criminal, ética e
profissionalmente por seus atos.
b) O perito-contador não está obrigado a aceitar o encargo confiado, na condição
de perito-contador do juízo, não precisando escusar-se nem apresentar razões.
c) O termo “Suspeição” para o perito refere-se ao cuidado que ele deve ter, na
execução de suas tarefas e em relação à sua conduta, documentos, prazos,
tratamento dispensado às autoridades, aos integrantes da lide e aos demais
profissionais, de forma que sua pessoa seja respeitada, seu trabalho levado a
bom termo e, consequentemente, o laudo pericial contábil e o parecer pericial
contábil dignos de fé pública.
d) Quesitos são questionamentos a respeito do fato ou do objeto dúbio, sobre o
qual versa a perícia contábil, e podem estar presentes no início da perícia
contábil, no seu desenvolvimento e após o término da perícia, quando estes se
denominam de quesitos de esclarecimentos.
e) O perito-contador deve apresentar sua proposta de honorários,
independentemente de qualquer indagação do quantum pelas partes ou seus

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procuradores, pois só ao perito importa a quantidade de horas trabalhadas e
como determinar o valor.

Comentários:

No tocante ao termo “zelo”, a NBC PP 01 apresenta a seguinte definição:

Refere-se ao cuidado que ele deve dispensar na execução de suas tarefas, em


relação à sua conduta, documentos, prazos, tratamento dispensado às
autoridades, aos integrantes da lide e aos demais profissionais, de forma que
sua pessoa seja
respeitada, seu trabalho levado a bom termo e, consequentemente, o laudo
pericial contábil e o parecer técnico-contábil dignos de fé pública.

Essa definição é bastante importante e para visualizarmos bem o que ela


apresenta, preparamos um esqueminha “malandro”:

Execução

Conduta
Cuidado
Documentos

Prazos
Zelo

Autoridades
Tratamento
Integrantes da
lide
Respeito
Pessoal

Laudo e Parecer Fé pública

Agora vamos analisar cada uma das alternativas:

a) O termo “Zelo” refere-se à obrigação do perito em respeitar os princípios da


moral, da ética e do direito, atuando com lealdade, idoneidade e honestidade no
desempenho de suas atividades, sob pena de responder civil, criminal, ética e

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profissionalmente por seus atos. Errado, a alternativa apresentou a definição de
“Responsabilidade”, previsto no item 19 da NBC PP 01.

b) O perito-contador não está obrigado a aceitar o encargo confiado, na condição


de perito-contador do juízo, não precisando escusar-se nem apresentar
razões. Errado, segundo o item 21 da NBC PP 01, ciente do livre exercício
profissional, deve o perito do juízo, sempre que possível e não houver prejuízo
aos seus compromissos profissionais e as suas finanças pessoais, em colaboração
com o Poder Judiciário, aceitar o encargo confiado ou escusar-se do encargo,
no prazo legal, apresentando suas razões.

c) O termo “Suspeição” para o perito refere-se ao cuidado que ele deve ter, na
execução de suas tarefas e em relação à sua conduta, documentos, prazos,
tratamento dispensado às autoridades, aos integrantes da lide e aos demais
profissionais, de forma que sua pessoa seja respeitada, seu trabalho levado a
bom termo e, consequentemente, o laudo pericial contábil e o parecer pericial
contábil dignos de fé pública. Errado, a questão apresentou a definição de “zelo”,
em vez de suspeição.

d) Quesitos são questionamentos a respeito do fato ou do objeto dúbio, sobre o


qual versa a perícia contábil, e podem estar presentes no início da perícia
contábil, no seu desenvolvimento e após o término da perícia, quando estes se
denominam de quesitos de esclarecimentos. Correto, os quesitos se apresentam
na forma de perguntas ou determinações de processo ou pelo cunho técnico
que tenham relação direta com o objeto da perícia.

e) O perito-contador deve apresentar sua proposta de honorários,


independentemente de qualquer indagação do quantum pelas partes ou
seus procuradores, pois só ao perito importa a quantidade de horas
trabalhadas e como determinar o valor. Errado, viagem total, não é mesmo
pessoal? Como assim, o perito simplesmente apresenta sua proposta de
honorários que nem pode questionada pelas partes.

GabaritoD

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7. (FBC/Bacharel/2014.1) De acordo com a NBC TP 01 – Perícia Contábil, a
execução da perícia, quando incluir a utilização de equipe técnica, deve ser
realizada sob a orientação e supervisão do:

a) Advogado, que indica o assistente técnico e assume a responsabilidade pelos


trabalhos, devendo assegurar-se de que as pessoas contratadas estejam
profissionalmente capacitadas à execução.
b) Juiz, que nomeia o perito e assume a responsabilidade pelos trabalhos,
devendo assegurar-se que as pessoas contratadas estejam profissionalmente
capacitadas à execução.
c) Ministério Público, que assume a responsabilidade pelos trabalhos, devendo
assegurar-se de que as pessoas contratadas estejam profissionalmente
capacitadas à execução.
d) Perito, que assume a responsabilidade pelos trabalhos, devendo assegurar-se
de que as pessoas contratadas estejam profissionalmente capacitadas à
execução.

Comentários:

Algumas pericias podem ser extremamente trabalhosas e complexas, o que torna


inviável sua realização somente por uma única pessoa. Nesse caso, o perito pode
contar com o auxílio de uma equipe técnica. Se o ele utilizar informações de
especialista, inclusive se anexar documento emitido por especialista, o perito é
responsável por todas as informações contidas em seu laudo ou parecer.

Gabarito D

8. (FBC/Exame de Suficiência/2015.1-Adaptada) De acordo com a NBC


PP 01 – Perito Contábil, em relação ao levantamento dos honorários e execução
de honorários periciais, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção
CORRETA.

I. Na elaboração da proposta de honorários, o perito dever considerar os


seguintes fatores: a relevância, o vulto, o risco, a complexidade, a quantidade de
horas, o pessoal técnico, o prazo estabelecido e a forma de recebimento, entre
outros fatores.

II. O perito-contador pode requerer a liberação parcial dos honorários, quando


julgar necessário, para o custeio de despesas durante a realização dos trabalhos.

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III. Os honorários periciais fixados ou arbitrados e não quitados podem ser


executados,
judicialmente, pelo perito em conformidade com os dispositivos do Código de
Processo Civil.

Está(ão) CORRETO(S) o(s) item(ns):

a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.

Comentários:

Vamos analisar cada alternativa:

I. Na elaboração da proposta de honorários, o perito dever considerar os


seguintes fatores: a relevância, o vulto, o risco, a complexidade, a quantidade de
horas, o pessoal técnico, o prazo estabelecido e a forma de recebimento, entre
outros fatores. Correto, de acordo com o item 33 da NBC PP 01.

II. O perito-contador pode requerer a liberação parcial dos honorários, quando


julgar necessário, para o custeio de despesas durante a realização dos trabalhos.
Correto, de acordo com o item 38 da NBC PP 01.

III. Os honorários periciais fixados ou arbitrados e não quitados podem ser


executados,
judicialmente, pelo perito em conformidade com os dispositivos do Código de
Processo Civil. Correto, de acordo com o item 39 da NBC PP 01.

GabaritoA

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9. (FBC/Exame de Qualificação Técnica - Peritos/2017) De acordo com
o item 32 da NBC PP 01 – Perito Contábil, o perito-assistente pode contratar
serviço de profissional de outra área:

a) somente quando necessitar auxílio para cumprimento de prazo de entrega do


laudo.
b) pode nos casos em que parte da matéria-objeto da perícia assim o requeira.
c) deve contratar sempre pois reforçará seu parecer técnico.
d) somente quando em trabalho conjunto com o perito contador.

Comentários:

Para resolvermos essa questão, iremos recorrer à NBC PP 01:

32. O perito pode valer-se de especialistas de outras áreas para a realização do


trabalho, quando parte da matéria-objeto da perícia assim o requeira. Se
o perito utilizar informações de especialista, inclusive se anexar documento
emitido por especialista, o perito é responsável por todas as informações contidas
em seu laudo ou parecer.

GabaritoB

10. (FBC/Exame de Qualificação Técnica - Peritos/2017) De acordo com


a NBC PP 01 – Perito Contábil, o Perito do juízo estará sendo parcial se:

a) dispensar igual tratamento às partes.


b) utilizar argumentos baseados em trabalho técnico por ele publicado.
c) atender aos assistentes técnicos com iguais oportunidades.
d) omitir algum argumento técnico com o objetivo de não prejudicar uma parte.

Comentários:

Cuidado com o jogo de palavras para não perder uma questão de bobeira em
provas. A questão está solicitando o caso em que a atitude do perito
demonstração parcialidade, ou seja, como se ele estivesse “tomando partido de
alguém”.

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Vejamos o que diz a NBC PP 01:

22. O perito do juízo, no desempenho de suas funções, deve propugnar pela


imparcialidade, dispensando igualdade de tratamento às partes
(alternativa “a”) e, especialmente, aos peritos-assistentes. Não se considera
parcialidade (cuidado), entre outros, os seguintes:

(a) atender às partes ou assistentes técnicos, desde que se assegure


igualdade de oportunidades (alternativa “c”); ou
(b) fazer uso de trabalho técnico-científico anteriormente publicado(b)
pelo perito do juízo.

Portanto, a única opção que demonstra parcialidade do perito é a alternativa “d”,


isto é, se o perito omitir algum argumento técnico, mesmo que seja com o
objetivo de seja não prejudicar uma das partes ele estará sendo parcial. Esse é
o nosso gabarito.

GabaritoD

11. (FBC/Exame de Qualificação Técnica - Peritos/2017) O contador,


Perito do juízo, elaborou seu trabalho utilizando-se de Equipe Técnica formada
por um engenheiro mecânico e um engenheiro agrônomo. No Laudo Pericial
Contábil, ao abordar a metodologia empregada, citou os trabalhos técnicos das
áreas da Mecânica e Agronomia, detalhando a parte elaborada por cada membro
da equipe e suas aplicações em auxílio à produção da prova. De acordo com a
NBC PP 01 – Perito Contábil, julgue as situações citadas e, em seguida, assinale
a opção INCORRETA.

a) O contador assumiu a responsabilidade pela totalidade das informações e


resultados técnicos expostos em seu laudo.
b) O contador assumiu somente a responsabilidade relativa às questões contábeis
expostas em seu laudo.
c) O contador foi prudente, no limite dos aspectos técnico-científicos, e atento às
consequências advindas dos seus atos.
d) O contador demonstrou seu zelo profissional à medida que utilizou o trabalho
de especialistas de outras áreas.

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Comentários:

Algumas pericias podem ser extremamente trabalhosas e complexas, o que torna


inviável sua realização somente por uma única pessoa. Nesse caso, o perito pode
contar com o auxílio de uma equipe técnica.

Se ele utilizar informações de especialista, inclusive se anexar documento emitido


por especialista, o perito é responsável por todas as informações contidas
em seu laudo ou parecer.

Vejamos o que nos apresenta a NBC TP 01:

38. Quando a perícia exigir a necessidade de utilização de trabalho de terceiros


(equipe de apoio, trabalho de especialistas ou profissionais de outras áreas de
conhecimento), o planejamento deve prever a orientação e a supervisão do
perito, que responderá pelos trabalhos executados, exclusivamente, por sua
equipe de apoio.

Portanto, no caso apresentado na questão, o contador assumiu a


responsabilidade relativa às questões pela TOTALIDADE das informações e
resultados técnicos expostos no seu laudo. Portanto, a assertiva INCORRETA é a
“b”. A responsabilidade não é apenas pela parte contábil do laudo, mas por todo
ela.

GabaritoB

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8 EXERCÍCIOS APRESENTADOS EM AULA

1. (FBC/Exame de Suficiência 2011.2 - Adaptada) Com relação ao


comportamento dos peritos contadores, julgue as situações hipotéticas
apresentadas nos itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. Um perito-contador nomeado pelo juiz dirigiu ao juiz petição, no prazo legal,


justificando que não poderia realizar a perícia, por ter relação de emprego com
uma das partes.

II. Um perito-contador, nomeado em juízo para atuar em uma questão relativa a


uma dissolução de sociedade, após constatar que uma das partes no processo é
um ex-sócio, com que teve várias discussões e brigas, inclusive, foi por ele
ameaçado de morte, informou verbalmente ao juiz que iria aceitar o trabalho,
pois é profissional há muitos anos e garantiu que irá agir com imparcialidade.

III. Um perito-contador assistente, convidado por uma das partes, ao tomar


conhecimento de que a parte contrária era seu amigo íntimo, além de compadre,
comunicou sua recusa, devidamente justificada por escrito, com cópia ao juízo.

Nas três situações acima descritas, o comportamento do perito está de acordo


com o disposto na NBC PP 01 – Perito Contábil, que estabelece procedimentos
inerentes à atuação do contador na condição de perito, nos itens:

a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

2. (FBC/Exame de Suficiência 2012.1) O perito-contador deve declarar-


se suspeito quando, após, nomeado, contratado ou escolhido, verificar a
ocorrência de situações que venham suscitar suspeição em função da sua
imparcialidade ou independência e, desta maneira, comprometer o resultado do
seu trabalho em relação à decisão.

Assinale a opção que apresenta uma situação que NÃO configura um caso de
suspeição:

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a) a filha de uma das partes tem uma dívida em atraso com o perito-contador.
b) o perito-contador é herdeiro presuntivo da esposa de uma das partes.
c) o perito-contador não é especialista na matéria em litígio.
d) um dos litigantes é amigo íntimo do perito-contador.

3. (FUNCAB/PC-AC/Perito-Criminal/Contabilidade/2015-Adaptada)
O perito-contador nomeado ou escolhido deve se declarar impedido quando não
puder exercer suas atividades com imparcialidade, ocorrendo a seguinte
situação:

a) tiver interesse, direto ou indireto, por si, no resultado do trabalho pericial.


b) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes
c) ser inimigo capital de qualquer das partes.
d) ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes.

4. (IBFC/PC-RJ/Perito Criminal/Contabilidade/2013) Sempre que não


for possível concluir o laudo pericial contábil no prazo fixado pelo juiz, deve o
perito-contador, conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade:

a) Requerer a dilação do prazo antes de seu vencimento ao juiz, informando os


motivos que ensejaram a solicitação.
b) Requerer a dilação do prazo, tão logo se aperceba que descumpriu o prazo,
informando os motivos que ensejaram a solicitação.
c) Justificar ao juiz os motivos para o atraso, somente quando da entrega do
laudo.
d) Requerer a dilação do prazo em até 5 dias úteis após o vencimento do prazo
concedido pelo juiz.
e) Informar a dilação do prazo antes que seja vencido ao juiz, apresentando os
motivos que ensejaram sua decisão.

5. (IBFC/PC-RJ/Perito Criminal/Contabilidade/2013) O ato de


aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do objeto da
discussão, pode acarretar ao perito-contador, segundo a NBC PP 01- Perito
Contábil:

a) Pedido de impedimento pela outra parte envolvida no processo.


b) Pedido de suspeição pela outra parte envolvida no processo.
c) Pedido de suspeição ou impedimento, a critério da outra parte envolvida no
processo.

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d) É ato normal, próprio da atividade pericial.
e) É ato normal, próprio da atividade pericial, embora deva ser objeto de
comunicação prévia ao juiz por parte do perito-contador.

6. (COPESE/Téc. Adm/Contador/2012) Assinale a opção CORRETA.

a) O termo “Zelo” refere-se à obrigação do perito em respeitar os princípios da


moral, da ética e do direito, atuando com lealdade, idoneidade e honestidade no
desempenho de suas atividades, sob pena de responder civil, criminal, ética e
profissionalmente por seus atos.
b) O perito-contador não está obrigado a aceitar o encargo confiado, na condição
de perito-contador do juízo, não precisando escusar-se nem apresentar razões.
c) O termo “Suspeição” para o perito refere-se ao cuidado que ele deve ter, na
execução de suas tarefas e em relação à sua conduta, documentos, prazos,
tratamento dispensado às autoridades, aos integrantes da lide e aos demais
profissionais, de forma que sua pessoa seja respeitada, seu trabalho levado a
bom termo e, consequentemente, o laudo pericial contábil e o parecer pericial
contábil dignos de fé pública.
d) Quesitos são questionamentos a respeito do fato ou do objeto dúbio, sobre o
qual versa a perícia contábil, e podem estar presentes no início da perícia
contábil, no seu desenvolvimento e após o término da perícia, quando estes se
denominam de quesitos de esclarecimentos.
e) O perito-contador deve apresentar sua proposta de honorários,
independentemente de qualquer indagação do quantum pelas partes ou seus
procuradores, pois só ao perito importa a quantidade de horas trabalhadas e
como determinar o valor.

7. (FBC/Exame de Suficiência/2014.1) De acordo com a NBC TP 01 –


Perícia Contábil, a execução da perícia, quando incluir a utilização de equipe
técnica, deve ser realizada sob a orientação e supervisão do:

a) Advogado, que indica o assistente técnico e assume a responsabilidade pelos


trabalhos, devendo assegurar-se de que as pessoas contratadas estejam
profissionalmente capacitadas à execução.
b) Juiz, que nomeia o perito e assume a responsabilidade pelos trabalhos,
devendo assegurar-se que as pessoas contratadas estejam profissionalmente
capacitadas à execução.

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c) Ministério Público, que assume a responsabilidade pelos trabalhos, devendo
assegurar-se de que as pessoas contratadas estejam profissionalmente
capacitadas à execução.
d) Perito, que assume a responsabilidade pelos trabalhos, devendo assegurar-se
de que as pessoas contratadas estejam profissionalmente capacitadas à
execução.

8. (FBC/Exame de Suficiência/2015.1-Adaptada) De acordo com a NBC


PP 01 – Perito Contábil, em relação ao levantamento dos honorários e execução
de honorários periciais, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção
CORRETA.

I. Na elaboração da proposta de honorários, o perito dever considerar os


seguintes fatores: a relevância, o vulto, o risco, a complexidade, a quantidade de
horas, o pessoal técnico, o prazo estabelecido e a forma de recebimento, entre
outros fatores.

II. O perito-contador pode requerer a liberação parcial dos honorários, quando


julgar necessário, para o custeio de despesas durante a realização dos trabalhos.

III. Os honorários periciais fixados ou arbitrados e não quitados podem ser


executados,
judicialmente, pelo perito em conformidade com os dispositivos do Código de
Processo Civil.

Está(ão) CORRETO(S) o(s) item(ns):

a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.

9. (FBC/Exame de Qualificação Técnica - Peritos/2017) De acordo com


o item 32 da NBC PP 01 – Perito Contábil, o perito-assistente pode contratar
serviço de profissional de outra área:

a) somente quando necessitar auxílio para cumprimento de prazo de entrega do


laudo.

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b) pode nos casos em que parte da matéria-objeto da perícia assim o requeira.
c) deve contratar sempre pois reforçará seu parecer técnico.
d) somente quando em trabalho conjunto com o perito contador.

10. (FBC/Exame de Qualificação Técnica - Peritos/2017) De acordo com


a NBC PP 01 – Perito Contábil, o Perito do juízo estará sendo parcial se:

a) dispensar igual tratamento às partes.


b) utilizar argumentos baseados em trabalho técnico por ele publicado.
c) atender aos assistentes técnicos com iguais oportunidades.
d) omitir algum argumento técnico com o objetivo de não prejudicar uma parte.

11. (FBC/Exame de Qualificação Técnica - Peritos/2017) O contador,


Perito do juízo, elaborou seu trabalho utilizando-se de Equipe Técnica formada
por um engenheiro mecânico e um engenheiro agrônomo. No Laudo Pericial
Contábil, ao abordar a metodologia empregada, citou os trabalhos técnicos das
áreas da Mecânica e Agronomia, detalhando a parte elaborada por cada membro
da equipe e suas aplicações em auxílio à produção da prova. De acordo com a
NBC PP 01 – Perito Contábil, julgue as situações citadas e, em seguida, assinale
a opção INCORRETA.

a) O contador assumiu a responsabilidade pela totalidade das informações e


resultados
técnicos expostos em seu laudo.
b) O contador assumiu somente a responsabilidade relativa às questões contábeis
expostas em seu laudo.
c) O contador foi prudente, no limite dos aspectos técnico-científicos, e atento às
consequências advindas dos seus atos.
d) O contador demonstrou seu zelo profissional à medida que utilizou o trabalho
de especialistas de outras áreas.

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9 GABARITO

QUESTÃO GABARITO
1 B
2 C
3 C
4 A
5 B
6 D
7 D
8 A
9 B
10 D
11 B

10 BIBLIOGRAFIA

Costa, J. C. (2017). Perícia Contábil: aplicação prática. São Paulo: Atlas.


Gonçalves, M. V. (2016). Direito Processual Civil esquematizado. São Paulo:
Saraiva.
Mello, P. C. (2016). Perícia Contábil/Paulo Cordeiro de Mello. - 2. ed.atual. . São
Paulo: Senac.

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