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A mitologia tem um papel importante para a origem da filosofia, vemos isso pois a filosofia
nasce como uma alternativa mais racional para explicar a verdade se opondo ao mito mas não
fazendo desdém dele a filosofia só irá dar fim ao mito depois de mais tempo.
Uma pergunta que fica é se houve uma ruptura total ou uma continuidade da filosofia com a
mitologia.
O que é o mito?
Essa pergunta faz sentido, pois hoje em dia a palavra mito tem um significado muito amplo.
Conhecemos como mito a história de que manga com leite mata, chamam o presidente de
mito, chamam comadre fulôzinha de mito. Ela é uma palavra muito mal utilizada.
Vamos buscar entender o mito para o nascer filosófico, que seria a filosofia grega. Existem
camadas históricas de significação das palavras, uma palavra surge em um contexto e ao
passar dos anos essa palavra ganha mais um novo significado de acordo com o contexto.
Quando falamos em mitologia associamos muito a Homero e Hesíodo. Hesíodo era mais
primitivo então ele é mais importante para o que nós iremos trabalhar e para entender se seus
mitologemas eram mentiras temos alguns passos adiante. Precisamos estudar essa mitologia
no contexto do nascer filosófico.
“Por isso, vejamos o que seja a mentira. Com efeito, nem todo aquele que diz algo falso
mente, se acredita ou supões ser verdadeiro aquilo que diz. [...] Assim, mente aquele que tem
uma coisa em seu espírito e enuncia outra diferente com palavras ou outros sinais”
{AGOSTINHO, D mendacio, 3}.
Para entender o texto de Agostinho precisamos partir do principio que nem tudo que não é
uma verdade é uma mentira, mas se a pessoa acredita que essa falsa verdade é uma verdade
não se torna uma mentira e sim uma não verdade.
Existe uma polêmica sobre a verdade na filosofia, mas dessa polêmica grande na filosofia uma
ideia que permanece viva no transcorrer da história é a verdade por correspondência. Ela está
presente nos pensamentos de Platão, Aristóteles e Alfred Tarski.
Não podemos dizer que a mitologia era uma mentira, pois quem contava e escutava acreditava
no que ouvia ou falava.