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CADERNO DE RESUMOS E

APRESENTAÇÃO DE
TRABALHOS
- Dia 08 de dezembro, das 18h às 21h -
APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS

GT 1 – PENSANDO PAULO FREIRE 1

08 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADORA: Doutoranda MARLIANE DIAS SILVA (PPGE-PUC-GO)


(mdisigoias@gmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/dqu-vqci-ovg

TRABALHO 1

PEDAGOGIA DA ESPERANÇA COMO ESTRATÉGIA DE RESISTÊNCIA E


RESILIÊNCIA

Sandrelena da Silva Monteiro


Gustavo Roberto de Lima
Sarah Menezes Rocha

O Grupo Acolhe: Estudos e Pesquisa em Educação, Desenvolvimento e Integralidade Humana


(FACED-UFJF) vem desenvolvendo suas ações de estudo, pesquisa e extensão universitária
desde o ano de 2018. Como parte de suas ações, o Grupo se reúne semanalmente para o estudo
teórico que fundamenta suas ações, mas, especialmente, constitui o espaço-tempo de formação
de seus integrantes. Apresentamos aqui o estudo-formação realizado a partir da obra
“Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido” de Paulo Freire.
A metodologia de estudo da obra se deu com movimentos ora individuais, quando cada
participante em suas casas, mergulhava nas páginas do livro em um estudo e reflexão; ora
coletivos, quando, nos encontros semanais em grupo e no Grupo, compartilhávamos nossas
impressões da obra, do autor e os nossos aprendizados, dando ênfase aos valores que se
destacavam, aos nossos olhos, no encontro com os escritos ali registrados por Paulo Freire. Nos
organizamos internamente de tal forma o livro fosse estudado por todos os integrantes do
Grupo, o que se deu longo de dois meses. Um outro movimento realizado foi o
compartilhamento do estudo com os seguidores do Grupo Acolhe (@acolhefacedufjf) na página
do Instagram. Apesar do diálogo com outros autores, nosso principal referencial teórico nesse
movimento de estudo-formação foi Paulo Freire. Ao estudarmos seus escritos buscávamos
apreender a concepção de ser humano freireana e sua interligação com a docência. Assim se
fez. Com Freire (2016), percebemos que a docência implica no desenvolvimento ético do
respeito a todos e todas, da cumplicidade, do diálogo, da coerência, da resiliência e da esperança
crítica para que sejamos sujeitos progressistas e democráticos. Ao final dos dois meses de
estudos, os participantes foram convidados a construir uma narrativa falando sobre as
reverberações daquele encontro na constituição de cada um. Os depoimentos-narrativas
expressaram o quão subjetiva é a maneira como nos vemos tocados individualmente por essa
leitura, demonstrando o olhar único e irrepetível da pessoa humana que somos. As narrativas
apresentaram uma influência positiva do livro para pensar as possibilidades do contexto atual,
permitindo vislumbrar inéditos-viáveis, tal qual esse estudo mesmo representou, fazendo uso
de encontros remotos para o estudo da obra de Freire. Isso nos permitiu vislumbrar algo de
resiliência, do desenvolvimento de uma capacidade de sair de situações de crise, que poderiam
gerar adoecimento, transformados e fortalecidos. Com ampla abrangência, o estudo da
Pedagogia da Esperança nos impulsionou a pensar a necessária educação não apenas do nosso
pensar, mas também do nosso sentir, a educação da esperança, para que seja crítica; a educação
da saudade, para que não se ancore em um otimismo ingenuamente excessivo. Por fim, ao
encerrar esse trabalho e compartilhamento, fica a certeza cada vez mais palpável de que a obra
de Paulo Freire é atemporal e enquanto tal precisa fazer parte dos currículos de formação de
professores tanto inicial quanto continuada

Pedagogia da Esperança, Resistência, Resiliência.

TRABALHO 2

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM TEMPOS DE PANDEMIA: BREVE REFLEXÃO A


PARTIR DOS ENSINAMENTOS DE PAULO FREIRE

Francilia Meneses

A formação continuada é uma conduta pedagógica de autoavaliação e ressignificação da prática


docente, possuindo o intuito de transformar uma eventual dificuldade do discente em algo
motivador para acrescentar no seu desenvolvimento educacional. Entretanto, para que isso de
fato ocorra, é preciso que haja uma reflexão crítica do docente, principalmente no âmbito da
Educação Inclusiva, a fim de auxiliar os educandos no processo de ensino-aprendizagem. A
pesquisa se justifica porque ao falarmos de formação continuada para professores com vistas a
inclusão, enfatiza-se as propostas estruturantes diferentes do ensino tradicional, que por vezes
é excludente, assim, para responder aos questionamentos da pesquisa encontramos em Freire
os princípios da Educação Inclusiva que se refere em questionar todos os processos de exclusão
que acontecem na escola e na sociedade. A pesquisa tem como problemática: De que maneira
o professor deve incluir os discentes com deficiência no ensino remoto tendo como base os
estudos inclusivos de Paulo Freire? O objetivo do presente estudo foi investigar se a inclusão
escolar na perspectiva da educação para todos de Paulo Freire pode ser considerada como um
conceito de uma real inclusão, mediante a compreensão sobre como a formação continuada dos
docentes tem colaborado para a inclusão dos alunos com deficiência. A metodologia teve
enfoque qualitativo pautada na pesquisa bibliográfica, fundamentada principalmente em
trabalhos de Paulo Freire (FREIRE, 1984, 1993, 1997, 2001, 2002). A partir dos fragmentos
analisados das obras do referido autor, observou-se que a “Reflexão” e a “Crítica” são eixos
colaborativos que dialogam entre si nos seus estudos, onde o docente precisa compreender, a
partir dai, como auxiliar os educandos no panorama de ensino-aprendizagem, na perspectiva da
Educação Inclusiva. Conclui-se que é indispensável para o docente da Educação Básica
desenvolver uma reflexão crítica sobre a sua formação e prática pedagógica no âmbito da
Educação Inclusiva em sala de aula.

Educação Inclusiva, Formação Continuada,Paulo Freire.


TRABALHO 3

EPISTEMOLOGIA E GEOPOLÍTICA DE CONHECIMENTO: PERSPECTIVAS


FREIREANAS SOBRE O CURRÍCULO DA E NA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Roberto Araújo da Silva

O trabalho discute a produção de conhecimento e seus sentidos políticos no âmbito da educação


superior brasileira. De modo específico, o estudo explora contribuições da obra de Paulo Freire
para o (re)pensar sobre currículo no espaço-tempo universitário. O conhecimento é um
elemento que compõe as interações humanas e sociais e sua construção ocorre mediante
processos educativos. Na atualidade, as relações entre saber e poder estão cada vez mais
imbricadas. Assim, escolhas sobre o que aprender, como aprender e quais referenciais utilizar
explicitam entendimentos e objetivos políticos. Na educação superior, currículos evidenciam
concepções e finalidades de saberes e habilidades relevantes para estudantes em formação.
Entretanto, a elaboração desse componente pedagógico tem sido tradicionalmente permeada
por lógicas tecnicistas e burocráticas. Ou seja, nessa perspectiva o currículo torna-se mero
documento que encerra conteúdos e objetivos educacionais, desconsiderando seu potencial
político e epistemológico. Com caráter privatista e elitista, a educação superior no Brasil tende
a reducionismos ao reproduzir conteúdos e referenciais oriundos de países do Hemisfério Norte.
Tal condição pressiona práticas pedagógicas a tornarem-se bancárias e reprodutivistas, pois
assim simplificam a estrutura de cursos, de modo a garantir matrículas suficientes para a
concorrência no mercantilismo educacional. Esses gestos dificultam a práxis sobre currículos e
a emergência da diversidade de saberes e culturas oriundas de povos do Sul. De caráter
qualitativo, teórico e bibliográfico, a investigação analisa na obra freireana concepções de
conhecimento e currículo no intuito de indicar potencialidades da participação de alunos na
elaboração de planos curriculares de suas disciplinas. Portanto, de forma contrária às tendências
tecnicistas e burocráticas, a presente pesquisa compreende currículo como prática pedagógica
de reflexão sobre fundamentos de conhecimento, ensino e aprendizagem. Em outros termos,
currículos ocultam sentidos políticos que, por vezes, estudantes não compreendem e/ou
desconhecem. Assim, fundamentado na Pedagogia Crítica freireana, o trabalho indica a
produção de currículo como prática formativa na qual alunos se tornam sujeitos ativos, que
investigam referenciais de disciplinas as quais estudam. No intuito de aperfeiçoar a pedagogia
universitária, aponta-se o sulear como fundamento reorientador da produção de currículos, um
movimento que altera a geopolítica de conhecimento, isto é, das relações de poder
internacionais e culturais subjacentes às práticas pedagógicas. A pesquisa conclui que a
Pedagogia Crítica de Paulo Freire carrega potencialidades de inversão em fundamentos
pedagógicos, ação que propicia condições para reformulações na produção de currículos. Ao
contrário de produzir domesticação e opressão, tal gesto conscientiza sujeitos para a valorização
e a produção de conhecimento fundamentado em princípios diversos àqueles tradicionalmente
dogmatizados pelo ocidente nos mais variados campos de saber.

Epistemologia, Educação Superior, Currículo


TRABALHO 4

PAULO FREIRE E GIORDANO BRUNO: ENSINAMENTOS DE MESTRES


ANDARILHOS PARA TEMPOS DIFÍCEIS

Marcos Pires Leodoro

Paulo Freire (1921-1997) e Giordano Bruno (1548-1600) foram personagens de tempos e


lugares distintos. Mas, ambos se tornaram andarilhos pelos caminhos que eles mesmos
desbravaram ao longo de suas vidas. Bruno partiu das imediações do Monte Vesúvio, em
Nápoles, para postular a infinitude do Universo e Freire deixou as sombras das mangueiras do
Recife para exaltar a belezura da incompletude humana e nossa vontade de sempre querer “ser
mais”. De acordo com a perspectiva do nosso trabalho, há uma correlação histórica entre Bruno
e Freire (no sentido da "recorrência histórica" de Bachelard, segundo a qual, a leitura histórica
do passado é um projeto do presente e a ele condiciona-se (1). Freire viveu, no Brasil, tempos
de opressão do pensamento que transcorreram em sucessivas décadas de nossa história e que
ainda seguem vigendo. Mais do que a denúncia da opressão intelectual, Freire ensinou aos
oprimidos a não repetição das práticas de seus opressores e a busca pela superação das mesmas,
pautando-se pela justiça social e por uma educação biocêntrica e humanizadora. Bruno,
perseguido por suas críticas ao poder eclesial e às bases filosóficas e teológicas desse, nos legou
uma obra visionária que aponta para alguns dos dilemas contemporâneos que se desdobraram
desde a instauração da Modernidade europeia e mesmo antes dela: tendo “mensurado” o mundo,
o homem contemporâneo se depara com o mistério da incomensurabilidade cósmica com aquele
outro enigma que se instaurou hodiernamente, ou seja, o da mente humana. Assim apontou
Arendt em seu livro "A condição Humana" (2007). Na abordagem que propomos realizar, os
ensinamentos desses mestres andarilhos serão ressignificados à luz da crise civilizacional que
enfrentamos. A propositura não é obter o método (metá: "que segue"; hódos: "caminho"), mas,
inspirados pela jornada de nossos mestres diacrônicos, andarilhar por caminhos próprios. Bruno
nos fala, em sua obra de 1595, “Heróicos Furores”, da paixão pelo conhecimento e de como, ao
tentar alcançá-lo, nos tornamos caçadores de nós mesmos (eu, professor(a), caçador(a) de
mim!). Já Freire nos adverte, em “Pedagogia da Autonomia” (1996), sobre a experiência de
“assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador,
criador, realizador de sonhos, capaz de raiva por que capaz de amar”. Focalizamos a formação
de professores e desejamos trazer “reflexo-ações” sobre a condição contemporânea dos
professores e professoras como sujeitos oprimidos, julgados e condenados em sua autonomia
de ensinar e aprender, assim como sensibilizar para a necessária (trans)formação docente diante
dos desafios que enfrentamos nos tempos pandêmicos que vivemos no Brasil e no mundo. O
trabalho possui "tom" ensaístico, versa sobre formação de professores(as) e é baseado,
principalmente, nas obras de Bruno e Freire já mencionadas.

(1) Cf. LOPES, ALICE RIBEIRO CASIMIRO. Bachelard: o filósofo da desilusão. Caderno
Catarinense de Ensino de Física, v. 13, n 3: p. 248-273. dez. 1996.

ofício docente, Paulo Freire, Giordano Bruno


TRABALHO 5

O LEGADO FREIRIANO PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E SUAS


CONTRIBUIÇÕES PARA PENSAR O ENSINO MÉDIO INTEGRADO: PROPOSTAS
PARA CONSTRUIR A EMANCIPAÇÃO.

Marliane Dias Silva


Aline da Costa Luz
Maria Zeneide Carneiro Magalhães de Almeida

A oferta da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de nível médio vinculada à Educação


Profissional e Tecnológica (EPT), traz à tona diversos debates uma vez que se integra duas
modalidades com intensos desafios. O presente artigo tem por objetivo analisar as contribuições
de Paulo Freire para o Ensino Médio Integrado (EMI) na modalidade EJA como a possibilidade
de travessia para uma sociedade mais justa. A proposta se faz relevante diante do contexto
complexo de sucateamento das instituições públicas de educação, somada à pandemia, sendo
necessário revisitar e reinventar a EJA. A metodologia escolhida para o tratamento da temática
será a realização de uma breve revisão bibliográfica sobre as contribuições freirianas para
pensar a emancipação humana pela dialogicidade construída pela educação, bem como sobre
os desafios do EMI na modalidade EJA ofertado via Programa Nacional de Integração da
Educação Profissional à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens (PROEJA),
ofertado nos Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia da Rede Federal de
Educação, dialogando com a realidade específica do Curso Técnico Integrado ao Médio na
Modalidade EJA em Secretariado, ofertado no IFG/Câmpus Jataí.

Legado,Freiriano,EJA,IFs.
GT 2 – PENSANDO PAULO FREIRE 2
08 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADORA: Dra. Maria Célia Gonçalves da Silva (PPGE-PUC-GO)


(mceliasg@yahoo.com.br)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/hmh-urfr-jmu

TRABALHO 1

O PENSAMENTO DE PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO PRISIONAL:


RESSOCIALIZAÇÃO COM EMANCIPAÇÃO

Hercules Guimarães Honorato

O objetivo deste artigo é apresentar um diálogo entre a educação no contexto prisional e o


pensamento de Paulo Freire, com fulcro em sua efetividade na ressocialização com
emancipação da pessoa privada de liberdade. Estipulou-se como problema de pesquisa: em que
medida a educação contribui para a sua ressocialização das pessoas em privação de liberdade?
Este estudo é de abrangência qualitativa, ou seja, o objeto desta pesquisa transita na relação que
se deseja entre o(a) apenado(a) e a educação, sendo que esta visa proporcionar que ao término
do período intramuros, aquele esteja preparado para o seu retorno ao ambiente social, sem
qualquer distinção em relação aos direitos e deveres do pleno exercício da cidadania. O
planejamento contou ainda com um levantamento bibliográfico e outro documental para
reconhecer o objeto de estudo. O quadro teórico caminha pelo fio condutor que liga o apenado
a sua condição de pessoa com direito à educação, alicerçada na bibliografia de Paulo Freire, em
especial nos seguintes livros: Conscientização (1979), Pedagogia da Indignação (2000),
Educação como prática da liberdade (1967), Que fazer: teoria e prática em Educação Popular
(1993), Alfabetização (2011), Pedagogia do Oprimido (2005) e Pedagogia da Autonomia
(2008). A população carcerária no Brasil caiu em números pela primeira vez desde 2020,
quando crescia em progressão. Os dados atuais apontam para a capacidade nas prisões federais
e estaduais de 440.530, um déficit ainda preocupante de 241.652 vagas, uma taxa de
encarceramento (número de encarcerados por 100 mil habitantes) ainda muito alta, ou seja, duas
vezes e meia a mais do que o mundo prende. A Lei de Execuções Penais (LEP) (Lei n. 7.210,
1984), em seus artigos 17 ao 21 tratam da Assistência Educacional, que compreende a instrução
escolar e a formação profissional do preso e do internado. Um dos pontos relevantes levantados
pelos autores, que estudam o Sistema Prisional com foco na educação dos sujeitos privados de
liberdade, foi que os seus alunos, que vivem na condição de reeducandos, necessitam resgatar
a sua cidadania plena no sentido claro de compreenderem que têm direitos e deveres com a
sociedade em que vivem. O encarcerado continuará, até a sua libertação física, em uma
condição social especial, a do seu isolamento compulsório da sociedade. Por isso mesmo, deve-
se problematizar essa realidade provisória e temporal para que, no início, supere sua condição
de expropriado do conhecimento, fazendo compreender a relação existente da educação com a
sua emancipação humana. O papel da escola no sistema prisional está em reconstruir a
identidade perdida e resgatar a sua cidadania e dignidade. O caminho a ser transposto para a
ressocialização de direito transita por intermédio de uma educação transformadora e, segundo
a pedagogia freireana, na efetivação do aluno-apenado como sujeito da sua própria
reconstrução, considerando a sua experiência de vida e o seu contexto sócio-histórico-cultural,
transformando-o em agente político, em prol do seu reconhecimento como cidadão crítico e de
direito pleno, sujeito e não objeto de sua própria história futura.

Educação prisional, Paulo Freire, Pessoas privadas de liberdade.

TRABALHO 2

AS CONTRIBUIÇÕES DA PEDAGOGIA FREIREANA NA FORMAÇÃO CONTINUADA


PARA O DESVELAMENTO DAS RELAÇÕES DE PODER NO CONTEXTO ESCOLAR

Simone do Nascimento Nogueira

Este trabalho tematiza a formação docente continuada a partir de uma experiência formativa
consolidada, derivada de estudos ao nível de doutorado. A pesquisa-ação foi a metodologia
adotada na investigação, que ocorreu de 2018 a 2020, orientada pela proposição: quais as
possibilidades que a formação docente continuada apresenta para oportunizar a reflexão crítica
sobre as relações de poder presentes no contexto da educação infantil? Buscou compreender as
relações de poder presentes no convívio entre o professor e a criança, assim como, construir
conhecimentos que contribuíssem para a constituição de uma prática pedagógica humanizada
para ambos os atores participantes do processo. Participaram da pesquisa de campo, que
consistiu em encontros presenciais e virtuais, seis docentes que atuavam na educação infantil
em uma escola pública. Nesses encontros, os docentes e a pesquisadora, subsidiados pela
pedagogia freireana e pedagogias da infância, compartilharam observações realizadas no
contexto escolar e, concomitantemente, construíram e desenvolveram coletivamente estratégias
que dessem voz aos sujeitos envolvidos no processo ensino e aprendizagem, avaliando,
reavaliando e retroalimentando, ao longo do ciclo formativo, as ações adotadas. Os resultados
indicaram que a investigação da própria prática problematizou a realidade escolar, permitindo
descobertas que promoveram sentimentos de surpresa, decepção e dúvida, desencadeando a
conscientização docente quanto a adoção de práticas acríticas e autoritárias, abrindo espaço
para a constituição de uma prática pedagógica mais humanizada, e evidenciando a urgência de
se desenvolver, no lócus escola, formações críticas em uma direção contra hegemônica ao que
predomina atualmente.

Educação Infantil, formação continuada, pesquisa-ação.


TRABALHO 3

A APLICABILIDADE DO MÉTODO DE ALFABETIZAÇÃO DE PAULO FREIRE NA


ELABORAÇÃO DO CONJUNTO DIDÁTICO BENEDITO E JOVELINA, NO
MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO DE BASE EM GOIÁS

Elisabeth Maria de Fátima Borges


Lúcia Ramos de Souza

Esta comunicação tem como objetivo apresentar a aplicabilidade do método de alfabetização


de Paulo Freire na elaboração do Material Didático Benedito e Jovelina, no Movimento de
Educação de Base (MEB) em Goiás, na década de 1960. A metodologia utilizada será a revisão
da literatura, bem como a análise do Material Didático Benedito e Jovelina, elaborado em Goiás
para a alfabetização de jovens e adultos, especialmente os camponeses goianos no início da
década de 1960. A comunicação partirá das seguintes questões-problemas: A teoria de Paulo
Freire esteve presente no processo de elaboração e aplicação do Conjunto didático Benedito e
Jovelina? A produc?a?o do Conjunto didático Benedito e Jovelina se deu em qual contexto
histórico? Quais são as características da proposta de alfabetizac?a?o de Paulo Freire que
podem ser evidenciadas no material? A cultura camponesa pode ser vista no material? Paulo
Freire criou uma proposta de alfabetização problematizadora, onde a educação era vista como
prática de liberdade, assim ele nos trouxe uma proposta pedagógica integradora, ou seja,
ajustada à realidade dos alunos, e que possibilitou a criticidade sobre a realidade, tornando-os
sujeitos ativos de sua história. Esta comunicação mostrará uma experiência exitosa que foi a
aplicabilidade deste método na alfabetização de jovens e adultos camponeses em Goiás na
década de 1960, especialmente na elaboração do conjunto didático. Acredita-se que esta é uma
importante parte da história da educação em Goiás.

Paulo Freire, Conjunto Didático Benedito e Jovelina, Cultura camponesa

TRABALHO 4

CONTRIBUIÇÕES DIRETAS DE PAULO FREIRE NA FORMAÇÃO DOCENTE

Maurício Pereira Barros

O presente estudo tem o objetivo de apresentar algumas contribuições inerentes à formação


docente sobre a perspectiva de Paulo Freire, educador de excelência, capaz de reagir
criticamente aos modelos dominantes de formação impostos em sua época. O texto expõe um
panorama das críticas que vêm sendo feitas às políticas e práticas de formação de educadores e
às racionalidades subjacentes às propostas que disputam projetos nesse campo de estudos e
pesquisas. A formação de educadores é um tema amplamente discutido por Paulo Freire, sob
diferentes ângulos. A sua construção sobre esse tema derivou-se, ao mesmo tempo, de
inspirações de sua prática, de diálogos que manteve com educadores em redor do mundo e de
suas convicções sobre a relevância da formação no ato de educar. É possível afirmar que desde
os seus primeiros escritos, Freire vai elaborando a sua concepção do saber fazer docente, quer
dando ênfase aos fundamentos políticos, filosóficos e antropológicos de sua proposta,
construindo, pois, o cenário para a compreensão da prática docente, quer aprofundando, em
obras das décadas de 1980 e 1990, núcleos temáticos específicos relacionados ao ensinar-
aprender e à formação dos educadores. Em sua proposta político-pedagógica no período que
dirigiu a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME-SP), Paulo Freire deu grande
ênfase à formação permanente dos educadores. Em suas palavras: [...] um dos programas
prioritários em que estou profundamente empenhado é o de formação permanente dos
educadores, por entender que os educadores necessitam de uma prática político-pedagógica
séria e competente que responda à nova fisionomia da escola que se busca construir. (FREIRE,
2001, p. 80). Mas afinal, como esses princípios elucidados por Paulo Freire vêm repercutindo
nas academias sobre a formação docente?. O trabalho conta com uma metodologia em forma
de proposta parcial, com foco direcionado a construção de um artigo cientifico em fase de
construção, que inclui os procedimentos e instrumentos, tais como observação, registro,
reflexão, síntese e avaliação, cuja apreensão crítica, simultaneamente ao aprendizado da teoria
e prática que permeavam as discussões, permitia aos educadores avançar na construção de sua
autonomia profissional.

Contribuições, Freire, Formação docente, Educação.

TRABALHO 5

A OBRA DE PAULO FREIRE COMO EPOPEIA DA ESPERANÇA E DO ESPERANÇAR:


UM INÉDITO VIÁVEL METODOLÓGICO

Valnides Araujo Costa


Letícia Claudiane Almeida Vargas
Max Junior de Andrade

Paulo Freire possui grande relevância e é uma referência para educadores mundialmente.
Defensor de uma pedagogia do amor, da esperança, da indignação e da resistência como ato de
amor à humanidade por meio da Educação, sua figura pública é alvo de interpretações e
releituras a partir da dinâmica dos afetos e sentimentos enviesados pelo espectro ideológico da
extrema direita e não pela mensagem em si de sua obra e pela expressão política de suas ideias.
Como um homem pode ser odiado por defender o Amor e a Liberdade das pessoas? O que tem
em seus escritos que poderiam justificar atitudes emocionais de aversão e raiva como
demonstrado por algumas personalidades do ciberespaço? Apesar do aumento de pesquisas
sobre sua obra e a literatura disponível ressalvar os aspectos sentimentais que orientam a postura
política de seu pensamento pedagógico, não há trabalhos que relatem, especificamente, a
presença e a composição dos aspectos sentimentais e emocionais básicos e secundários –
sentimentos positivos e negativos, as emoções humanas primárias e secundárias – em seus
escritos. O que justificaria, talvez, reações emotivas polarizadas ao conjunto de suas ideias em
razão da sua forma de exposição. Neste sentido, o presente estudo objetiva identificar os
aspectos sentimentais e emocionais que compõem e prevalecem na obra de Paulo Freire, quais
de seus livros Freire possuem mais polaridade negativa e positiva e, concomitantemente, qual
deles apresenta mais características emocionais de Esperança. Para tal aplicamos a técnica de
Análise de Sentimentos ao conteúdo textual de 31 livros escritos por Paulo Freire. Com notória
aplicabilidade nos últimos anos, a Análise de Sentimentos é um método do escopo do
Processamento de Linguagem Natural para extrair conhecimento de dados não organizados
como textos, sejam de livros ou de conteúdos de redes sociais online, e é operacionalizada a
partir de algoritmos de Machine Learning com a Linguagem R que realiza a busca de termos
predefinidos em um Dicionário de Emoções. Assim, mensuramos a ocorrência de Raiva, Medo,
Aversão, Tristeza, Surpresa, Antecipação, Confiança e Alegria presentes na obra de Paulo
Freire e identificamos que seus escritos não possuem polaridade negativa, sendo Pedagogia do
Oprimido o menos positivo deles e o seu Partir da Infância como o que apresenta maiores
características emocionais que produzem a Esperança. Dessa forma, a obra de Paulo Freire é
uma Epopeia da Esperança e do Esperançar, uma vez que as emoções, sentimentos e,
principalmente, as ideias presentes em seu texto provocam e convocam o ser a humano a agir
em defesa de um mundo melhor.

Processamento de Linguagem Natural, Análise de Sentimentos, Teoria as Emoções.

TRABALHO 6

AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ESTUDO DE CASO COM


PROFESSORES DE JOÃO PINHEIRO (MG) À LUZ DE PAULO FREIRE E HENRI
WALLON

Maria Célia da Silva Gonçalves


Leandra Vaz Fernandes Catalino Procópio

Resumo: O presente trabalho objetiva investigar a representação de professores da educação


infantil de uma escola da rede municipal do município de João Pinheiro (MG), no que tange a
afetividade no processo de aprendizagem à luz do pensamento de Paulo Freire e . Para a
realização da pesquisa foi aplicado um Survey gerado no Google doc e enviado pelo whatsapp
a nove professoras de uma escola de educação infantil localizada em um bairro da cidade de
João Pinheiro (MG). Os dados coletados em campos apontam que a afetividade é um estado
psicológico que tem tendência direta ou indiretamente pelo; meio, convívio interpessoal,
ambiente familiar, profissional e social, e que pode ser modificado de acordo com as situações
impostas. Nesse aspecto, Piaget (1988) defende que este estado psicológico influência
diretamente no comportamento e no desenvolvimento afetivo dos indivíduos, assim como o
desenvolvimento cognitivo. Ainda afirma que a afetividade sempre está interligada a todos os
momentos vividos por cada ser o que reflete diametralmente em sentimentos, valores,
estímulos, escolhas, emoções, estado de tranquilidade, saúde, ou seja, em todos os campos
emocionais e físicos da vida. Associada diretamente ao sentimento de emoção, a afetividade
consegue abranger e determinar o modo com que as pessoas sentem o mundo e também como
se manifesta diante do seu cotidiano, principalmente em relações interpessoais, portanto ela é
condição sine qua non para a efetivação de uma aprendizagem eficiente na educação infantil.

Afetividade. Educação Infantil. Aprendizagem


GT 3 – PENSANDO PAULO FREIRE III

08 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADORES: Doutorando VANDEIR JOSÉ DA SILVA (UNIVERSIDADE DE


ÉVORA -PORTUGAL) (vandeirj@hotmail.com)
Doutoranda GISELDA SHIRLEY DA SILVA (UNIVERSIDADE DE ÉVORA -PORTUGAL)
(giseldashyrley@hotmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/khe-bnfb-pfa

TRABALHO 1

A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR: UMA BREVE REFLEXÃO COM


BASE EM PAULO FREIRE

Auricélia Melo Feijao


Waleska Karoliny Farias de Lima
Thais Faustino Bezerra
Virginia Del Carmen Pirela Alvarado

Tendo em vista a importância e a contribuição de Paulo Freire no cenário educacional, este


trabalho tem como objetivo refletir sobre tais aspectos para a formação continuada do professor.
Assim sendo, a formação do professor deve ser pautada em reflexão e ter por objetivo fazer a
diferença em sala de aula, pondo em prática todos os conhecimentos adquiridos em sua
formação docente e na sua correlação com o dia a dia. E a partir disso, os conteúdos serão
trabalhados de maneira satisfatória e os alunos irão aprender de forma dinâmica, clara, objetiva,
a aprendizagem em sala de aula. Este estudo é uma breve revisão da literatura, ancorada nos
estudos teóricos de Paulo Freire, Formação Continuada do Professor e Prática Docente em Sala
de Aula. Foi tida como plataforma de pesquisa: Google Acadêmico (Ferramenta de Pesquisa
virtual). Desse modo, foi possível observar a relevância da exploração das reflexões de Paulo
Freire para o percurso da formação continuada do Professor, com a finalidade de construir
saberes críticos e reflexivos acerca da própria prática docente em sala de aula. Além disso,
trazer mais possibilidades fantásticas e educacionais para os educandos na sala de aula,
possibilitando uma nova visão e variedade de reflexão em conformidade com o conteúdo
didático lecionado pelo professor na classe de aula. Por fim, esperamos contribuir e abrir
diálogos reflexivos e críticos baseados em Paulo Freire para o cenário da formação continuada
do professor no contexto educacional e formativo. Ademais, incentivar os estudos de Paulo
Freire no campo da formação continuada do professor/aluno. Este trabalho é um recorte em
construção.

Formação Continuada, Professor, Paulo Freire.


TRABALHO 2

CONTRIBUIÇÕES DA ABORDAGEM INTERCULTURAL NO PROCESSO DE


AQUISIÇÃO DE INGLÊS COMO L2

Luana Anastácia Santos de Lima


Verônica Santos de Lima

O presente artigo tem como objetivo principal discutir as contribuições da abordagem


intercultural no processo de aquisição de inglês como L2, visto que este processo vai de
encontro com a noção de ensino de língua como um mero processo de transferência de
conhecimento, mas dialoga com uma noção mais abrangente de ensino, em que o professor atua
como mediador do processo, abrindo importantes espaços de constante ressignificação. Quando
adotada, essa segunda visão que leva em consideração a importância do professor de língua
como sujeito mediador, conseguimos relacionar o conhecimento de aspectos linguísticos,
culturais e de mundo, entendendo que o processo de ensino e aprendizagem de uma L2
transcende a visão pedagógica, se tornando, sobretudo, um ato político. Nesse contexto, é
possível abrir um espaço significativo de aprendizado em que o sujeito aprendiz se torna
protagonista de seu próprio processo de aprendizado, mediado pelo professor que irá atuar no
sentido de facilitador, com o objetivo de enxergar os aprendizes como indivíduos ativos no
processo e partícipes da construção do conhecimento. Eis o motivo pelo qual justificamos o
interesse de pesquisar a referente temática - refletir até que ponto a abordagem intercultural
poderá, de fato, contribuir no processo de aquisição de inglês como L2. De acordo com Freire
(1996), esse papel desempenhado pelo professor confere ao aluno a possibilidade de assumir
sua autonomia, não apenas se adaptando ao meio em que está inserido, mas, de fato, se tornando
um indivíduo atuante neste meio. Ainda, para o referido autor, “o indivíduo autônomo é aquele
que participa de seu próprio processo de aprendizagem, trazendo para a sala de aula suas
próprias experiências, o ‘seu saber’” (FREIRE, 1996, p. 60). O desenvolvimento de todo esse
processo por parte do aprendiz, ao longo de sua aprendizagem de língua inglesa como L2,
resulta na possiblidade proveitosa de aplicação da abordagem intercultural nas aulas de língua
inglesa por parte do professor, fortalecendo cada vez mais a relação da tríade conhecimento,
cultura e poder (ANDRADE; SOUZA, 2019), a partir do momento que esse aprendiz passa a
ter conhecimento de outra língua, de outra cultura e, dessa forma, consegue desenvolver seu
raciocínio reflexivo, não somente do novo sistema linguístico que está internalizando, mas
sobre a sua própria língua e cultura. Para tanto, nos utilizamos de uma pesquisa de caráter
teórico-bibliográfico, que tem como principal embasamento teórico os autores Freire (1996) e
Andrade e Souza (2019) que discutem acerca do protagonismo do sujeito aprendiz a partir da
perspectiva da abordagem intercultural, Lima (2009) e Leffa (2009) que enfatizam o aspecto
pedagógico do ensino de línguas e Cook (1993), Ré (2006) e Yule (2006) que trazem
contribuições acerca do processo de aquisição de L2. Assim sendo, esperamos contribuir com
o alargamento de reflexões sobre o processo de aquisição de L2 em uma perspectiva cada vez
mais emancipatória do aprendiz de L2.

Aquisição de L2, Abordagem intercultural, Autonomia.


TRABALHO 3

MINHAS MEMÓRIAS E OUTRAS VOZES E OUTROS CONHECIMENTOS...

Divina Pinto Paiva


Adélia de Freitas

Propomos, neste estudo, rememorar algumas das experiências de leitura e de escrita vivenciadas
em sala de aula com alunos de primeiro, segundo e terceiro graus, destacando o papel que a
obra de Paulo Freire sempre teve em nossa formação profissional. Das práticas educativas
vivenciadas tanto no ensino público quanto privado, de 1975 a 2019, recontamos experiências
realizadas nas instituições educacionais dos Estados de Goiás e São Paulo para escrita deste
ensaio. Valemo-nos de estudos de Paulo Freire e de outros autores que escrevem sobre memória
e cultura. Com Paulo Freire aprendemos a ter e a dar voz a nós e aos outros oprimidos e
injustiçados. Tivemos os olhos voltados para o que cada aprendiz/ensinante/aprendiz fez para
compreender e inserir-se no mundo cultura e no mundo história, aprendendo a ter esperança e
sabendo-se que políticas de ensino e de aprendizagem são também políticas de governo e
políticas de vida e de humanidade.

Alfabetização. Leitura e escrita. Memória.

TRABALHO 4

CONFORMAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE ESTADO, SOCIEDADE E


MOVIMENTOS SOCIAIS

Éder Rodrigo Gimenes

A perspectiva freireana de organização do processo ensino-aprendizagem a partir da relação


entre conteúdo e cotidiano revela-se, ao longo do tempo e segundo o reconhecimento nacional
e internacional, um caminho profícuo à formação nos distintos níveis educacionais. Trata-se de
superar a educação bancária – em que o professor é protagonista e os estudantes são
espectadores que absorvem conteúdos - em favor da preocupação com a emancipação cidadã,
uma vez que Paulo Freire criticou as aulas expositivas sem preocupação com o cotidiano dos
indivíduos, afirmando que a educação não fora planejada ou organizada para encontrar
significado às classes populares. Nesse sentido, referenciais teóricos contemporâneos que
tratam sobre a utilização de metodologias ativas para o ensino e da criação de objetos de
aprendizagem alinham-se a tal perspectiva, assim como propostas pedagógicas que tomam a
mencionada relação conteúdo-cotidiano como elemento inicial para a produção de significação
na abordagem de diferentes temas. Esta proposta assume como conceitos relevantes as noções
de que metodologias ativas são formas de organizar as aulas e demais atividades relacionadas
a uma disciplina ou conteúdo para que os alunos atuem no sentido da conformação do
conhecimento de maneira efetiva e que os objetos de aprendizagem são estratégias múltiplas
para promover essa conformação do conhecimento por meio da utilização de recursos variados,
como questionários, jogos, nuvens de palavras, podcasts, entrevistas, músicas e reportagens,
por exemplo. Isto posto, esta proposta tem o objetivo de evidenciar a perspectiva freireana
enquanto estratégia didática para produção de atividades imersivas no Ensino Superior,
considerando o uso de metodologias ativas para a produção e utilização de objetos de
aprendizagens, para o que apresenta um relato de experiência referente à disciplina denominada
“Estado, sociedade e movimentos sociais”, ministrada no curso superior de Bacharelado em
Serviço Social na modalidade de educação a distância (EAD) por uma universidade privada
com abrangência nacional. Cabe destacar que a comunicação de relatos de experiência tem sido
incentivada e é tratada como importante e necessária no campo da educação, dadas as distintas
formações que recebem os professores que lecionam para os diferentes níveis educacionais e
as particularidades regionais do Brasil, contudo destaca-se nesta proposta um caráter adicional
de relevância de comunicações desta natureza: em virtude do contexto de pandemia do Covid-
19, as aulas presenciais foram adaptadas para o ensino remoto emergencial (ERE) sem que,
necessariamente ou de maneira geral, houvesse recursos materiais e treinamento pertinentes
para que os professores pudessem adequar suas aulas e atividades didáticas à nova realidade,
de modo que as experiências do EAD podem ser tomadas como base para a reflexão sobre
caminhos didáticos que permitam a aproximação entre conteúdos e cotidiano dos alunos,
estabelecendo significados e despertando seu interesse para estudar sobre os temas. Assim,
conclui-se pela relevância da comunicação sobre a utilização de objetos de aprendizagem como
estratégias didáticas para a promoção de metodologias ativas de ensino na educação brasileira.

Ensino, Metodologias ativas, Serviço Social

TRABALHO 5

A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DA


CRIANÇA

Rosa Maria Mota de Arruda Silva


Lorinete de Marchi
Dijalma Pereira Nunes Júnior
Gleison Peralta Peres

O presente trabalho teve por objetivo entender a importância da afetividade durante o processo
de ensino-aprendizagem. O desenvolvimento afetivo e emocional da criança é um elemento
fundamental do seu desenvolvimento e aprendizagem, uma vez que as emoções e os
sentimentos de uma pessoa estão presentes ao longo de toda a sua vida; em alguns casos,
chegando a um antes e um depois na tomada de decisão. Uma pessoa com desenvolvimento
afetivo e emocional adequado será uma pessoa autoconfiante, com capacidade de autocontrole
e autoestima que lhe permitirá aprimorar o restante de suas habilidades. Temos como
problemática: o que precisamos fazer para uma criança ser bem acolhida na Educação Infantil
e como poderia ter bons rendimentos durante o processo de ensino e aprendizagem? Foi
realizada uma pesquisa bibliográfica com aporte teórico nos estudos de Freire (2010), Oliveira-
Formosinho (2002), Kishimoto (2002), Kramer (2010) entre outros. A criança é parte integrante
de uma sociedade, ou seja, de que tudo que a cerca a influência e por ela também é influenciado,
podemos notar a complexidade de se compreender as mais diferentes infâncias. Muitas vezes
acabam não sendo compreendidas pelos mesmos, por acharem que são birrentas choronas ou
egocêntricas. Entretanto, tudo isso, funciona de acordo com suas fases de desenvolvimento, não
podendo em hipótese alguma ser ignorado pelos adultos. Logo, a criança percebe que ela é
integrante da família, da escola, da rua e, assim, através das brincadeiras, transmite sua cultura
e faz ainda uma releitura do que lhe é passado nesses meios sociais, recriando saberes e
inventando formas de se conviver em grupo. A metodologia utilizada foi uma pesquisa
qualitativa, com cunho descritivo em teses e dissertações, referentes ao tema e foi realizada uma
pesquisa de campo com a participação de 8 professoras que lecionam na Educação Infantil.

Afetividade. Desenvolvimento infantil. Educação Infantil.

TRABALHO 6

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E OS CONTRIBUTOS DE PAULO FREIRE

Giselda Shirley da Silva


Vandeir José da Silva

Este trabalho apresenta como objeto de estudo a educação patrimonial como instrumento
utilizado para se trabalhar a história local e a construção das identidades, utilizando como
recorte geográfico as cidades de Paracatu e João Pinheiro, na região Noroeste do estado de
Minas Gerais, estabelecendo com marcos temporais os anos de 2010 a 2020. O interesse pelo
estudo decorre do trabalho de educação patrimonial realizado em parceria com as Secretarias
de Cultura e Turismo dos dois municípios inseridos no estudo. Citamos também o fato de
termos ciência da relevância da temática na formação das identidades locais, individuais e
coletivas. O objetivo foi perceber como a forma e metodologia utilizadas na realização dos
projetos e ações de educação patrimonial nos municípios citados contribuem para a formação
dessas identidades e para o conhecimento e valorização dos bens culturais de natureza material
e imaterial dos dois municípios. Um dos eixos de análise constitui-se em perceber as
contribuições de Paulo Freire para o desenvolvimento dessas atividades, tanto em relação à
pesquisa, quanto para a valorização dos saberes e vivências do corpo docente e discente
inseridos nos projetos. Buscamos também perceber as ações educativas realizada e que abordem
o conhecimento e valorização do patrimônio e dos bens culturais dos dois municípios, atrelado
a seus contributos para o exercício da cidadania. O argumento norteador foi de que o sentimento
de pertencimento ao lugar de vivência, a afeição e atribuição de valor a ele, constituem-se em
vetores que possibilitam a construção de uma prática cidadã. Em outros termos, o sentimento
de pertença a um grupo, a uma cidade estimula a participação coletiva em práticas de
preservação do patrimônio. A metodologia construída no viés qualitativo e pesquisa de campo,
utilizou-se da análise dos relatórios dos projetos de educação patrimonial realizados nos dois
municípios citados nos últimos anos. Ambos realizam todos os anos diversas ações educativas
visando trabalhar a história e o patrimônio cultural local utilizando metodologias e público alvo
diverso. Após a realização das ações são confeccionados relatórios que são encaminhados ao
Iepha- Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais como forma de
comprovação das ações educativas. Esses relatórios que fazem parte do acervo de ambas as
secretarias constituem no empírico dessa pesquisa. Utilizou-se também o acervo iconográfico
composto de fotos das atividades realizadas. Observou-se na análise das fontes, no entrecruzar
com a teoria e no pensamento de Paulo Freire que uma de suas funções é seu caráter libertador.
Assim, percebemos a educação patrimonial como uma prática cidadã, atrelada a ideia de educar
para a cidadania, para o fortalecimento das identidades. Citamos ainda a busca da construção
de saberes e atribuição de significados comuns ao seu espaço de vivência e aos bens culturais
nele inseridos.

EDUCAÇÃO. PATRIMONIO CULTURAL. PESQUISA


GT 4 – TEMAS EM EDUCAÇÃO
08 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADORA: Doutoranda NÍVEA OLIVEIRA COUTO DE JESUS (PPGE-PUC-GO)


(niveacouto@hotmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/iuu-nuzs-xrv

TRABALHO 1

RESSIGNICAÇÕES DA FORMAÇÃO CONTINUADA COM AS CONTRIBUIÇÕES


ADVINDAS DA ÁREA DE CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES.

Joana d'Arc Araújo Silva

Vários temas relacionados a área de Ciências das Religiões tem estado presentes nas discussões
sociais visto que, muitos profissionais insistem em inserir suas crenças e práticas religiosas aos
educandos e fruto de desinformação por parte do cidadão que desconhece o direito preconizado
e normatizado através de convenções, tratados e legislações. O objetivo do trabalho em
andamento, fruto da pesquisa de mestrado em andamento é contribuir na reflexão para as futuras
práticas de Formação Continuada do educador, propiciando informações para despertar o
interesse para leitura de texto da área das Ciências das Religiões, incentivando-os a construir
um currículo escolar que resgate valores e atitudes para eliminar o preconceito e a
discriminação. Está sendo realizada uma pesquisa bibliográfica, considerando as três etapas da
leitura analítica para descrever e analisar a literatura específica, referendada pelas disciplinas
do Curso de Gestão de Políticas Públicas com foco em Raça e Gênero/UFOP/MG e do Curso
de Mestrado de Ciências das Religiões/FUV/ES, que enfatizam a educação para a diversidade
e suas várias facetas. Através do construto teórico de pesquisadores renomados, estão sendo
selecionadas obras que discutem ou se aproximam do tema. Nas análises e reflexões estão sendo
possível reconhecer que ao investir na Formação Continuada o educando poderá encontrar
amparo para realizar estudos de forma plural e interdisciplinar, aprendendo a lidar com os
desafios propostos que vão surgindo na sociedade, e/ou já existiam, mas não eram discutidos.
É possível elucidar que a sociedade contemporânea precisa encontrar o caminho para a
diversidade, engajando os educadores e educandos no mundo das variadas diferenças,
preparando-os para serem legítimos cidadãos, encontrando espaços para vivenciar a
reconstrução social pautada no respeito, reconhecimento e valorização das relações étnico-
raciais e de gênero. As analises estão permitiram constatar que existe uma literatura ampla em
relação aos assuntos sendo possível realizar uma abordagem de cunho interdisciplinar,
enfatizando a temática da diversidade e suas várias facetas, referendando que, numa perspectiva
futurista, o estabelecimento de ensino da era contemporânea precisa encontrar o caminho para
perceber que novas áreas estão obtendo destaque em seus estudos. Aqui, enfatiza-se a área de
Ciências das Religiões, que busca compreender as relações internas dos grupos religiosos que
estudam o fenômeno religioso de forma plural e interdisciplinar, porque formação continuada
na área de Ciências das Religiões, com foco em relações étnico-raciais ressignificam práticas
pedagógicas. Referenciais que irão possibilitar a construção de propostas pedagógicas que
auxiliem na elaboração e implementação de ações que visem desmitificar os conceitos de
homogeneidade e realçar a diversidade em suas variadas concepções, descontruindo
estereótipos e preconceitos que se fazem presentes no cotidiano escolar.

Formação Continuada. Ciências das Religiões. Ressignificação.

TRABALHO 2

BREVE ESTUDO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA EM ESPAÇOS ESCOLARES EM


TEMPO DE RETROCESSOS

Eugênia Morais de Albuquerque

O Presente Estudo resulta do trabalho final da Disciplina de Política e Planejamento da


Educação do 3º período de Pedagogia da UERN, objetiva compreender os desafios da
implementação da Gestão Democrática em espaços escolares em tempo de retrocessos no atual
contexto sócio, político, econômico brasileiro. Nos propomos realizar um estudo da live
apresentada por Cabral Neto para o PPGEP do IFRN cujo título foi Gestão Democrática em
espaços escolares em tempo de retrocessos (2020) tratado em dois eixos: o primeiro enfatiza
o retrocesso da democracia no país e o segundo enfatiza a democratização nos espaços
escolares em Paro (2016).

Gestão Democrática. Espaços Escolares. Em tempo de retrocessos

TRABALHO 3

LABORATÓRIO VIRTUAL DE QUÍMICA: CONTRIBUIÇÕES E POSSIBILIDADES NA


EDUCAÇÃO BÁSICA.

Daiana Samara de Carvalho Reis


Galdino Rodrigues de Sousa

Objetiva-se a possibilidade de contribuir com professores para o processo de ensino


aprendizagem de química por intermédio de um laboratório virtual. Esse protótipo será criado
e inserido em uma plataforma na modalidade de portal de recursos educacionais, que hospedará
também técnicas laboratoriais e experimentos relacionados ao conteúdo básico de Química
Geral. Sua utilização será direcionada, principalmente, para alunos e alunas do Ensino Médio
de escolas públicas. O Laboratório virtual será um simulador de um ambiente real, por meio de
softwares e vídeos, que possibilitará experimentos onde poderão ser utilizados em todos os
eixos temáticos integrados às disciplinas, garantindo acessibilidade e praticidade, podendo ser
utilizado como atividade em aula presencial ou na modalidade remota de trabalho. Além disso,
apresentará o desenvolvimento, aplicação e a avaliação com alunos do ensino médio. A partir
dessas práticas, busca-se trabalhar na dificuldade que muitos alunos apresentam em aprender
conteúdo de química devido à falta de materiais concretos, a falta de formação continuada dos
professores e os avanços tecnológicos. Pensando nos benefícios das tecnologias em prol do
desenvolvimento da aprendizagem, essas ferramentas são importantes para o professor e para
o aluno, pois, por exemplo, permitem a demonstração de moléculas em 3D e ajudam o aluno a
entender os processos e fenômenos envolvidos (MIDAK, 2021). A utilização das Tecnologias
Digitais de Informação e Comunicação (TDIC’s) no ensino da química dá a oportunidade de
intensificar o processo de formação e aprendizagem através de experiências, bem como
aumentar a qualidade do ensino e da educação (MIDAK, 2019; NECHYPURENKO;
SEMERIKO, 2017).

Educação, Laboratório virtual, TDIC’s

TRABALHO 4

GÊNERO DIGITAL BLOG: ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÕES TEXTUAIS NOS ANOS


FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Fabiana Aparecida Tavares de Paiva


Galdino Rodrigues de Sousa

O presente trabalho é fruto de uma dissertação em andamento em um mestrado profissional em


ensino. Nele, daremos ênfase a problematização do gênero digital blog, compreendendo como
ele pode ser trabalhado no contexto escolar. O blog é um espaço responsável pelo
armazenamento e divulgação de vários outros gêneros. Os gêneros textuais, por exemplo, são
relevantes no processo ensino-aprendizagem da nossa língua materna, pois colaboram para a
competência leitora, textual, oral e nas concepções de linguagem. O uso de recursos
tecnológicos no processo de ensino aprendizagem potencializou-se com a internet. Pelas
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) aumentaram-se, por exemplo, as
possibilidades de troca de informações, a realização de trabalho em grupos, a interação, os
debates e práticas como a realização de webinários, ou seja, aumentou a valorização dos gêneros
textuais e das linguagens. Uma vez compreendida a importância prática desses gêneros, as
concepções históricas e teóricas em relação ao estudo da linguagem merecem destaque.
Portanto, objetivamos trabalhar com gêneros discursivos/textuais por meio do gênero blog,
contribuindo no auxílio do desenvolvimento educacional dos estudantes.No referencial teórico
que ainda está sendo desenvolvido abordaremos a BNCC (2017) e os gêneros discursivos e/ou
gêneros textuais, na visão de Bakhtin (1992), Marcushi, (2008) e Bronckart (2003).Para
buscarmos respostas ao objetivo de pesquisa apresentado, será feita uma pesquisa de natureza
aplicada, que visa desenvolver conhecimentos para aplicá-los na prática, com objetivos
exploratórios. Nessa linha o procedimento adotado será o de pesquisa de campo com abordagem
qualitativa. Ao final, adotaremos a análise de conteúdo como técnica de análise dos dados
qualitativos e a compreensão de como as práticas de leitura e escrita são trabalhadas.

Gêneros textuais , blog, práticas de linguagens.


TRABALHO 5

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: O PAPEL DO EDUCADOR NA


IDENTIFICAÇÃO E DIRECIONAMENTO DE ESTRATÉGIAS EM RELAÇÃO À
ESCRITA E LEITURA

Francisca Andréia do Nascimento Silva


FRANCISCA RONEIDE OLIVEIRA DA SILVA

O principal desafio dos profissionais que trabalham com educação é diagnosticar as


dificuldades de aprendizagem e lidar com elas. Sabemos que as pessoas aprendem de diferentes
maneiras e sua energia pode ser encaminhada para encontrar estratégias adequadas para a sua
aprendizagem, ao invés de buscar formas de esconder suas dificuldades. Por isso os pais,
educadores e profissionais que trabalham com essas crianças têm uma grande responsabilidade,
visto que é primordial um trabalho direcionado para suprir essas dificuldades ou ao menos
amenizá-las, pois sua capacidade de observação, de detecção de problemas, saber como lidar e
dar feedback e definir como e quando intervir são de extrema importância. A referida pesquisa
traz como objetivo: compreender de que modo as dificuldades de escrita e leitura se apresentam
no contexto educacional, bem como as possibilidades de intervenção para que esta situação seja
revertida. Trata-se de um estudo bibliográfico em um vasto acervo literário junto a autores que
tratam da temática em estudo. Orientar os docentes a diagnosticar essas dificuldades de
aprendizagem, principalmente as relacionadas a escrita e leitura, bem como compreender qual
seu papel à frente dessas problemáticas, intervindo e contribuindo para que a aprendizagem
aconteça de forma significativa é primordial para que se desenvolva um trabalho docente que
ensine a todos, mas respeitando suas particularidades. Espera-se por meio da pesquisa
desenvolvida possibilitar um olhar direcionado quanto as dificuldades encontradas em sala de
aula na relação com o processo ensino aprendizagem, oportunizando estratégias para o
enfrentamento destas.

PALAVRAS CHAVES: Aprendizagem; Dificuldades; Leitura; Escrita.

TRABALHO 6

ATIVIDADES LÚDICAS E O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NO CONTEXTO


EDUCACIONAL

Francisca Andréia do Nascimento Silva


FRANCISCA RONEIDE OLIVEIRA DA SILVA

A presente pesquisa traz como tema central ‘Atividades lúdicas e o papel do psicopedagogo no
contexto educacional’. A ludicidade no processo de formação da criança na Educação Infantil’,
buscando através deste analisar de maneira dinâmica e significativa os aspectos que envolvem
o desenvolvimento do sujeito por meio de um processo lúdico. O brincar é considerado uma
ação lúdica de imenso significado para a formação das habilidades essenciais na infância, uma
vez que estas são motivadoras, possibilitando uma aprendizagem dinâmica em que os
conhecimentos são construídos de maneira autônoma pelos educandos, sob a orientação da
mediação do educador ou mesmo do psicopedagogo. Destaca-se o objetivo geral: Investigar as
contribuições em torno das atividades lúdicas para o desenvolvimento da aprendizagem e
formação da criança. Trata-se de uma pesquisa fundamenta em linha qualitativa, adotando-se
como método a pesquisa bibliográfica acerca da ludicidade na aprendizagem e desenvolvimento
da criança. Assim, a atuação do psicopedagogo na escola em meio ao desenvolvimento de
atividades lúdicas pode contribuir de maneira significativa para o pleno desenvolvimento das
habilidades educacionais e sociais da criança. Nesse âmbito, espera-se que por meio desta
pesquisa possa se compreender de forma clara as possibilidades que envolvem o brincar em
sala de aula junto ao processo de ensino, aprendizagem e desenvolvimento do sujeito.

PALAVRAS – CHAVE: Educação Infantil; Ludicidade; Aprendizagem; Desenvolvimento.

GT 5 – PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO I


08 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADOR: Doutorando RAIMUNDO JUNIOR (PPGE-PUC-GO)


(rnnjunior@hotmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/ikw-hkfa-ojp

TRABALHO 1

PEDAGOGIAS (PÓS)CRÍTICAS DA EDUCAÇÃO: UMA LEITURA COM/CONTRA


TOMAZ TADEU DA SILVA

Galdino Rodrigues de Sousa


Felipe Quintão de Almeida

Tomaz Tadeu da Silva foi fundamental para a consolidação, no Brasil, das pedagogias pós-
críticas e, também, de suas distinções das pedagogias críticas. Lopes (2013), por exemplo,
afirma que as teorias educacionais pós-críticas circulam no Brasil desde os anos de 1990 por
influência, principalmente, do autor. Bracht e Almeida (2019) e Neira e Nunes (2020)
compreendem que “Documentos de identidades” foi fundamental para consolidar, no país, as
pedagogias pós-críticas e também suas distinções das pedagogias críticas. A eminência de
perspectivas pedagógicas pós-críticas nas últimas décadas trouxe ao campo da Educação
compreensões de pedagogias críticas limitadas às análises macroeconômicas, restritas a elas.
Advindas daqueles que se vinculam às próprias pedagogias pós-críticas, como Silva (1999),
essas análises possibilitaram que essas pedagogias se apresentassem como capazes de
contemplar certa “renovação”. Nesse âmbito, elas “incorporaram” conceitos como identidade,
gênero, diferença, etnia e também tendências como o pós-estruturalismo e o pós-modernismo.
Nessa linha, Silva (1999) faz questão de destacar que outros conceitos – como: reprodução
cultural e social, classe social e capitalismo, ligados às análises macroeconômicas – relacionam-
se somente a caracterização das teorias educacionais críticas. As pedagogias pós-críticas,
portanto, são apresentadas como aquelas que ampliam conceitualmente, politicamente e
epistemologicamente às pedagogias críticas, assinalando uma suposta incapacidade das
pedagogias críticas, e, por vezes, o fim da pedagogia crítica e o começo da pedagogia pós-
crítica. O objetivo deste artigo é interpretar conceito de pedagogias críticas na leitura de Silva
e oferecer uma outra, (pós)crítica. Em termos metodológicos, analisou-se e discutiu-se às
descrições das pedagogias críticas feitas pelo autor. Tomou-se como fonte principal aquela que
é considerada sua obra central no que diz respeito ao tema em tela, “Documentos de Identidade:
uma introdução às teorias de currículo” (1999). Nossa exposição perpassa fundamentalmente
pela pressuposição de que existe uma disputa de forças teóricas, epistemológicas e políticas que
configuram a relação “pós” e “crítica” na Educação, influenciando outras áreas. Bem como
existem certas “injustiças” no que diz respeito às descrições das pedagogias críticas por aqueles
que se vinculam às pedagogias pós-críticas e são influenciados por Silva (1999), fixando
identidades que não representam as pedagogias críticas em suas mais variadas tendências e,
assim, limitando-as, distanciando-as das pedagogias pós-críticas. Conclui-se pela existência de
ambiguidades na interpretação de Silva (1999) e pelo entendimento de que a classificação que
opõe pedagogias críticas e pós-críticas constrange e limita o pluralismo teórico-pedagógico que
se mostra combativo às injustiças sociais. Coloca-se como opção potencialmente interessante a
não pertinência da manutenção dessa classificação, a pedagogia (pós)crítica, ou seja, as
pedagogias críticas que analisam e aceitam as críticas pós (pós-modernas, pós-estruturalistas,
pós-colonialistas...), inclusive pós-críticas.

Pedagogia Crítica, Pedagogia Pós-Críticas, Educação.

TRABALHO 2

ECOSSISTEMA DIGITAL “COLABORA”: espaço de formação em metodologias ativas


como transformação da práxis docente

Marcos Antônio Rossi


Galdino Rodrigues de Sousa

Este estudo procura apresentar estratégias e possibilidades para a formação permanente dos
(das) docentes que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental utilizando como temática e
estratégia as metodologias ativas. Tomando como incentivo o atual momento tecnologizado, as
escolas precisaram repensar suas ações, suas práticas metodológicas, os espaços e os tempos de
aprendizagem para docentes e discentes. O objetivo é propor um plano de formação por meio
de um ecossistema virtual de aprendizagem afim de que os (as) docentes conheçam os recursos
tecnológicos e as estratégias metodológicas, interajam, troquem informações de forma
colaborativa e possam repensar sua práxis pedagógica. Do ponto de vista metodológico se
apresenta como uma pesquisa de natureza aplicada que adota a pesquisa-ação como eixo
estruturante das ações a serem desenvolvidas e pesquisadas, visto as possibilidades oferecidas
nesse tipo de pesquisa ao campo educacional. O debate conceitual e a organização da formação
permanente, adotados nessa pesquisa, estão fundamentados na perspectiva freireana que sugere
a reflexão crítica sobre a prática, dialogicidade, conscientização, politicidade, currículo,
participação e práxis transformadora. Espera-se que os estudos teóricos possibilitem a,
emergente necessidade e complexidade, da compreensão das estratégias que envolvam as
metodologias ativas de aprendizagem como elementos contributivos na formação de docentes
para a transformação da práxis com os discentes, tendo como foco o pensamento científico,
crítico e criativo. Assim, essa proposta de trabalho é um convite para um olhar no processo de
formação personalizada de docentes, valorização de seus saberes e compartilhamentos de
práticas pedagógicas. Por tratar-se de uma pesquisa em andamento, em constantes revisões, não
se pretende apresentar reflexões taxativamente conclusivas, todavia é possível observar,
respeitando o status e o estágio da pesquisa, que a formação permanente dos docentes deve ser
construída sob a perspectiva freireana utilizando como novo espaço de aprendizagem um
ecossistema virtual, construído pela abordagem CCS - Construcionista, Contextualizada e
Significativa que possibilite um aprendizado mais significativo e personalizado para os (as)
docentes.

Formação Permanente, Ecossistema Virtual, Metodologias Ativas.

TRABALHO 3

A ESCOLA PÚBLICA COMO ESPAÇO DE RESISTÊNCIA NO PERÍODO DE


PANDEMIA – UM RELATO DE EXPERIENCIA DA ESCOLA ALMEIDA MONTE EM
FORTALEZA/CE

FRANCISCO TIAGO DA COSTA TEIXEIRA

Estudo do tipo relato de experiência, expõe-se a resistência da Escola de Ensino Médio Dep.
Francisco de Almeida Monte, localizada na periferia de Fortaleza – CE. Objetivou-se, portanto,
entender o processo de ensino e aprendizagem vivenciado por esta escola durante o período de
pandemia (2020 – 2021). Para a estruturação do relato, partiu-se da seguinte questão: Como a
escola desenvolveu a prática do ensino e aprendizagem em um contexto tão adverso? A
realidade foi captada por meio de observações das vivências in loco como componente do
quadro de professores e participante de espaços de gestão pedagógica que foram organizadas
no sentido de indicar percursos adaptativos dos estudantes e educadores diante da realidade de
aulas remotas, como também de como a escola desenvolveu estratégias para o enfrentamento
de dificuldades no sentido de garantia da aprendizagem dos estudantes diante das adversidades.
A discussão dos resultados foi balizada pela perspectiva teórica presentes na obra Pedagogia da
autonomia, de Paulo Freire. Evidenciou-se com o estudo os esforços que se tornaram um
importante fator de resistência para a permanência de uma escola viva tanto para estudantes
como para educadores.

Ensino, Aprendizagem, Pandemia


TRABALHO 4

DAS ESCOLAS ISOLADAS AO GRUPO ESCOLAR: O PROCESSO DE CRIAÇÃO DO


GRUPO ESCOLAR DESEMBARGADOR CANÊDO

Luciano Dias Nunes


Thaís Reis de Assis

Vivenciar a escola é algo tão familiar e corriqueiro que nos esquecemos de pensar em tal
instituição enquanto objeto histórico dotado de grande complexidade. A presente pesquisa, em
desenvolvimento, está inserida no campo da História e Historiografia da Educação e versa sobre
os fatores que possibilitaram a criação do Grupo Escolar Desembargador Canêdo (DECA), na
cidade de Muriaé (MG). Com o objetivo de compreender e analisar os condicionantes de
contexto histórico, político e educacional que contribuíram para a criação e instalação do
referido grupo escolar, foi necessário realizar pesquisa bibliográfica, sendo lidos diversos
pesquisadores, tais como: Bencostta (2005); Carvalho (2003); Faria Filho (2000); e Saviani
(2006). Esses pesquisadores e seus respectivos trabalhos servem de referência para a pesquisa.
Também foi realizada pesquisa documental no Arquivo Histórico Municipal Manoel Fortunato
Pinto, em Muriaé. Neste local foram localizadas diversas fontes que permitiram compreender
aspectos da história da educação da cidade, tais como: as Atas da Câmara Municipal,
correspondências e jornais que circularam entre 1930 e 1946. A relevância e necessidade desta
pesquisa sobre o DECA se justifica pela inexistência de trabalhos sistematizados que visam
compreender aspectos relacionados ao seu processo de criação e consolidação. O interesse em
estudar este grupo escolar advém do desejo de contribuir para a reconstrução da memória
escolar de Muriaé, pois sabe-se que há uma riqueza de fontes que permitem o estudo deste
grupo e que não foram exploradas até então. Mediante a este panorama, questiona-se: Como se
deu o processo de criação do Grupo Escolar Desembargador Canêdo? Quais elementos
contribuíram para a instalação desta instituição de ensino? Os resultados parciais indicam que
a criação e instalação do DECA foi um processo complexo, que perdurou por mais de 16 anos
e que integra um jogo de forças políticas entre partidos antagônicos na cidade. Trata-se de uma
história que precisa ser sistematizada e investigada para contribuir com a memória escolar de
Muriaé.

História da Educação, Grupo Escolar, Ensino Primário

TRABALHO 5

MEMÓRIA E DISCURSO RELIGIOSO DA CIDADE DE CODÓ E A OBRA


‘IMAGINÁRIO CODOENSE’: uma análise arquegeneologica

DIELY CAROLINE PEREIRA SOUSA DE ALMADA

Este artigo objetiva propor uma análise sob memória e religiosidade, em uma perspectiva
discursiva, na obra ‘Imaginário Codoense’ de João Batista Machado. A partir dos pressupostos
teóricos da Análise do Discurso francesa, mais especificamente aquela inaugurada a partir dos
estudos Foucaultianos, buscamos empreender uma leitura crítica sobre os processos discursivos
presentes na obra, considerando o funcionamento do discurso religioso e o atravessamento da
memória na produção dos sentidos formulados sobre a cidade e na obra.

Religiosidade. Memória. Análise do Discurso

TRABALHO 6

TRANSPOSIÇÃO DO EU: A MUDANÇA INTRÍNSECA DO EDUCADOR NO


PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM IMPULSIONADO PELA PANDEMIA.
NO ENSINO FUNDAMENTAL

DANIELA RIBEIRO DOS SANTOS


Roberta Martins Melo Saro

A humanidade nunca enfrentou tantos desafios como os que têm ocorrido nos últimos meses
do ano de 2020, em razão disso o debate da atualidade está em torno da pandemia do covid-19,
doença de origem chinesa que assolou o mundo causando morte, pânico e destruindo
economias. Vários setores foram atingidos diretamente, sendo um dos mais afetados, o setor
educacional com a suspensão das aulas por tempo indeterminado. Diante disso, mudança de
hábitos exigiu a todos buscarem meios de enfrentar esse momento de turbulência. O presente
trabalho baseia-se no projeto Aprova Brasil que tem como ação importante realizar formação
de professores baseada em quatro avaliações formativas, levando discussões e sugestões dos
resultados e desenvolvendo novas estratégias de ensino. Os encontros formativos são
embasados na reestruturação da avaliação da aprendizagem fundamentado na visão freiriana,
"promove a consciência crítica por meio do diálogo livre, permanente e democrático entre
professor e aprendiz. A avaliação é um processo dinâmico e coletivo e, consequentemente, fruto
do compartilhamento entre os sujeitos -- o ato de aprender não opera por transmissão da
informação, mas pelo encontro permanente dos homens (educadores e educandos),
mediatizados pelos diversos saberes de cada um". A metodologia é cíclica pois utilizamos
material didático para trabalhar a competência em língua portuguesa e matemática, avaliação
formativa e encontros formativos realizados remotamente, mediados através do google meet e
interações virtuais através da sequência didática desenvolvida junto com os alunos, onde cada
etapa do percurso de aprendizagem é reavaliada e replanejada para atingir o desenvolvimento
das habilidades dos diversos alunos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.

Formação de professores, Avaliação, Tecnologia


GT 6 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO II
08 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADORA: Doutoranda Sirlene Cristina de Souza (PPGED-UFU)


(sirlenehistoria1@gmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/vmx-hejr-kyf

TRABALHO 1

DA SITUAÇÃO LIMITE AO INÉDITO VIÁVEL: AÇÕES DE UM NÚCLEO DO


PROGRAMA DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA NO PIAUÍ

Fabricia Pereira Teles

A pandemia da Covid 19, em todos os contextos da vida social, foi avassaladora. Em especial,
no contexto da educação nos arremeçou violentamente para um universo pouco conhecido ou
até mesmo nunca vivido. Como ministrar aulas sem salas de aulas? Como propor tarefas,
leituras, trabalhos de arte, matemática, dentre outras propostas sem a presença fisica de um
professor ou professora para explicar como fazer, corrigir e auxiliar na resolução de problemas
e conversação para eliminar dúvidas referente as tarefas? Diante disso, recupero o pensamento
de Morin (2008), quando diz que é preciso enfrentar as incertezas. Contudo, talvez enfrentá-las
seja um dos maiores temores da humanidade, o desconhecido nos paraliza e nos limita, mas
aprender a lidar com tudo isso, agir, viver de maneira nunca vivido antes nos impulsiona para
permanente ação no mundo transformando a realidade objetiva, criando assim a nossa história
e existência. Viver o “inétido viável” ultrapassando as fronteiras das situações limites que a
vida nos impõe, liberta! (FREIRE, 2011). Foi na tentativa de romper fronteiras das limitações
de um contexto social marcado por uma pandemia que o Programa de Residencia Pedagógica
do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí se ancorou para realizar suas ações
de regência em escolas da rede pública municipal da cidade de Parnaíba-PI. Este trabalho, tem
por objetivo apresentar a experiência de um núcleo do programa RP destacando a viabilidade
de fazer o “inédito viável” nas práticas de estágio com um grupo de licenciandos. As discussões
aqui explicitadas estão apoiadas, metodologiacamente, nos registros de imagens e vídeos feitos
pelos acadêmicos/residentes durante o período de regência nas turmas das escolas-campos, bem
como na organização das formações planejadas pelas professoras orientadoras.

Residência Pedagógica, Pedagogia, Estágio,


TRABALHO 2

GENTE MAIS GENTE E AS CARTAS QUE ESPERANÇAM: EXPERIÊNCIAS NO


ESTÁGIO SUPERVISIONADO DA FAETERJ-TRÊS RIOS

William Teixeira Alves


Igor de Carvalho Vecchi

O relato de experiência enquanto “uma fonte inesgotável de sentidos e possibilidades passíveis


de análises” (DALTRO & FARIA, 2019, p.227) traz interessantes possibilidades de leitura de
mundo e alteração da realidade social por parte de profissionais em formação durante o período
pandêmico causado pelo vírus da Covid-19. Assim sendo, o presente trabalho constitui-se em
um relato que objetiva explorar as experiências e potencialidades advindas da leitura, discussão
e reflexão da obra "Pedagogia da Autonomia", de Paulo Freire, bem como apresentar elementos
importantes à formação analisados nas narrativas de cartas pedagógicas produzidas pelos
estagiários, realizadas durante o andamento da disciplina de Estágio Supervisionado de forma
remota no campus da Faculdade Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro da cidade de Três
Rios (FAETERJ-TR). As atividades foram on-line, de acordo com as diretrizes da Portaria 676
de 23 de junho de 2021 da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro (FAETEC,
2021). Os estagiários foram convidados a realizar a leitura e o fichamento do livro “Pedagogia
da Autonomia” e a apresentar as reflexões suscitadas da obra em uma reunião na plataforma
Google Meet, encontro este intitulado resenha oral. Após as discussões e reflexões oriundas da
leitura da obra da resenha oral, foi solicitada a cada estagiário a produção de cartas pedagógicas,
que serviram de pano de fundo para uma análise das narrativas apresentadas nelas, nas quais
foi possível perceber como a esperança, enquanto um movimento de constante inquietação, se
materializava, expondo curiosidade, reflexão crítica, desejo de luta e de transformação social
de cada escrevente. As cartas pedagógicas descortinam importantes necessidades e
possibilidades como o potencial de alteração mútua, a amorosidade, a alegria enquanto afeto
transformador (SPINOZA apud FEDERICI et al., 2014, p. 32) e a esperança de superação de
um sistema econômico parasitário e produtor de miséria. Foi possível evidenciar e
compreender, por meio da leitura e análise das cartas, que a realização do estágio
supervisionado remoto foi capaz de produzir uma série de mudanças nos estagiários, que saem
desta experiência com a percepção de que somos seres em constante formação, esperançando,
responsáveis e cientes de nossos papéis enquanto potencializadores de mudanças sociais, enfim,
“gente mais gente” (FREIRE, 1996, p.146).

Carta pedagógica, estágio supervisionado, esperança

TRABALHO 3

A RELEVÂNCIA DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA FORMAÇÃO DO LEITOR

Cíntia Dourado da Silva Rodrigues Paes


Patrícia Katia da Costa Pina

No contexto escolar, o trabalho com a leitura deve se constituir como objetivo singular da
educação, pois, por meio da leitura, o indivíduo tem a possibilidade de crescer socialmente,
posicionar-se e criticar de forma coerente a realidade social e seu meio. A presente pesquisa
está direcionada aos estudos das histórias em quadrinhos como incentivo para a formação
leitora e o gosto pela leitura em adolescentes no contexto escolar. O trabalho com a disciplina
de Língua Portuguesa em sala de aula, ao desenvolver leituras das HQ, proporciona de maneira
prazerosa o incentivo à leitura, uma vez que a imagem e a palavra se associam como produtoras
de sentido nos diversos contextos sociocomunicativos em que esse sujeito está inserido. Como
trabalhar as HQs na sala de aula tendo em vista a formação leitora no Anos Finais do Ensino
Fundamental? É perceptível observar que o que é ensinado na escola está ligado à prática de
leitura e os sujeitos leitores dependem dela para se desenvolver. Nessa dimensão dialógica
discursiva, a História em Quadrinhos conversa diretamente com o imaginário do sujeito leitor,
preenche suas expectativas e o prepara para a leitura de outras obras. O objetivo geral desta
pesquisa é descrever a relevância das histórias em quadrinhos no processo de sensibilização da
formação leitora. A partir daí, objetiva-se analisar quais recursos didático-pedagógicos são
utilizados para a leitura das HQ na prática de leitura na escola. Trata-se de uma pesquisa
experimental, qualitativa, que parte de uma revisão bibliográfica, acerca dos conceitos de leitor,
leitura, compreensão e interpretação de HQ. São resumidas, analisadas e discutidas as
formulações de Barbosa (2004), Kleiman (2000), Leffa (1996), Mendonça (2010), Pina (2020).
Na sequência, são analisadas duas obras adaptadas para a linguagem quadrinística: Anne Frank:
a biografia ilustrada, em colaboração com a casa de Anne Frank de Sid Jacobson e Ernie Colón
(2018) e O alienista de Machado de Assis, adaptação de Fábio Moon e Gabriel Bá (2007)
selecionando-se os elementos traço, cor, balões, observando os tipos usados, comparando-os e
interpretando-os, à luz dos referenciais teóricos estudados. A partir dessas análises, busca-se
discutir a efetividade desse gênero textual híbrido no processo de formação leitora de
adolescentes nos momentos escolares determinados.

Formação do leitor, histórias em quadrinhos, incentivo à leitura

TRABALHO 4

EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E O PENSAMENTO FREIRIANO: PROJETAR A


CONSTRUÇÃO DO PENSAR E AGIR COLETIVO

Gilmarques Lopes Gomes

RESUMO
O processo de ensino-aprendizagem precisa ser repensado, não é mais aceitável uma práxis
pedagógica que vise apenas uma metodologia pautada em recursos ultrapassados. Os sujeitos
alunos do século XXI são nativos e fluentes digitais, contudo, as escolas acabam por banir as
tecnologias digitais de comunicação e informação do processo de aprender, criando um abismo
entre o aluno, que está imerso em um contexto totalmente digital, e professores cuja maioria
esmagadora é de outro século. Tampouco, há de se compreender uma escola que não enxergue
seus membros de forma igualitária ou pelo menos que os respeite integralmente, que
proporcione uma educação transformadora. Portanto, partido destas reflexões, objetivamos
compreender de que forma o vídeo como ferramenta pedagógica potencializa a aprendizagem,
complementa a discussão do professor, transforma a simples transmissão de informação,
possibilita a análise crítica e a produção de informação, atrai a atenção e o interesse dos alunos
e moderniza o processo de ensino e aprendizagem, criando equidade, engajamento, garantindo
espaços de voz e protagonismo das minorias. Assim, para auxiliar nas discussões recorremos a
FREIRE (1997, 2003, 2001, 2011), Bortoni-Ricardo (2009), Mollica (2007), Cosson (2012),
Bonilla (2018), Rojo (2013), Moran (1995, 2006), Gómez (2015), Rojo e Moura (2012,2019),
Kleiman (2008), Soares (2020), Schnneuwly e Dolz (2004,2011), Gil (2019), Thiollent (1986).
Como se trata de um estudo bibliográfico, para a coleta de dados, pesquisamos artigos, livros,
sites, todos especializados na temática aqui apresentada.

Ensino Transformador, Tecnologia Digital, Escrita Social.

TRABALHO 5

PROFESSORES INICIANTES NA EDUCAÇÃO SUPERIOR:DESAFIOS DA DOCÊNCIA


EM CENÁRIO DE INCLUSÃO

Iure Coutre Gurgel


Isabel Maria Sabino de Farias

Nem todo início na docência é fácil. Os primeiros anos de inserção no magistério superior são
marcados por desafios, inquietações, e dificuldades que permeiam a prática do professor
iniciante. Dentre essas questões, destacamos: Quais são as aprendizagens e desafios vividos por
professores iniciantes no magisterio superior e como eles as encaram? Nesse viés, o início da
carreira docente é permeado por inúmeros tensionamentos que são postos ao professor. Dentre
estes, podemos destacar a ausência de um trabalho coletivo e dialógico entre os pares entre,
ocasionando assim, o isolamento do professor iniciante. A falta de diálogo entre os pares, o que
implica em dificuldades para o docente desenvolver o seu trabalho e também, este período de
inserção profissional é um momento de diferentes descobertas para o professor iniciante. Esta
pesquisa de doutoramento está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação-PPGE
da Universidade Estadual do Ceará-UECE, encontra-se em andamento e surgiu a partir do
seguinte questionamento: Como se dá a aprendizagem da docência durante a inserção de
professores iniciantes na Educação Superior em cenário de inclusão de pessoas com
deficiência? Nesse viés, destacamos como objetivo geral: Compreender como o professor
iniciante desenvolve seu conhecimento profissional durante sua inserção na docência na
educação superior, considerando os dilemas enfrentados e as experiências vivenciadas em
contexto de inclusão. O referencial teórico que norteará nossa pesquisa: Mariano (2006),
Garcia (1999), Mizukami et al. (2003), Gatti, Barreto e André (2011), Farias (2018), dentre
outros. Nos propomos a partir dessa pesquisa, dentre outros aspectos, a conhecer as
experiências e dilemas vividos por professores iniciantes no magistério superior, como elas são
encaradas e que aprendizados esses profissionais reconhecem como oriundos dessas situações,
especialmente no que concerne a inclusão de pessoas com deficiência, como também,
identificar os conhecimentos sobre práticas inclusivas e o uso de tecnologias assistivas no
processo de ensino que os professores iniciantes possuem e como os desenvolveram. A
metodologia que alicerça nossos estudos, caracteriza-se pelo paradigma Interpretativo
hermenêutico, onde utilizamos a abordagem qualitativa como um trajeto direcionado ao longo
de seu desenvolvimento no intuito de compreender o objeto de estudo, e enquanto fenômeno
interpretativo possibilita analisar as interfaces e descobertas identificadas no percurso, ou seja,
é um tipo de pesquisa que reconhece a relação entre o mundo real e o subjetivo, a
interdependência entre o sujeito e o objeto por meio de uma pesquisa empírica, tendo como
lócus, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN. Os sujeitos participantes, são
professores iniciantes na educação superior no Campus Avançado de Patu-CAP/UERN. Como
a pesquisa encontra-se em andamento, os resultados ainda não foram evidenciados, assim, o
estudo tem possibilitado reconhecer os diversos desafios enfrentados pelos professores
iniciantes no magistério superior, principalmente, no tocante a aprendizagem da docência com
discentes com deficiência.

Aprendizagem da Docência, Professores iniciantes, Educação Superior


GT 7 – PENSANDO PAULO FREIRE I

08 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADOR: Doutorando JACKSON CARLOS (PPGE-PUC-GO)


(jacksoncarlos14@gmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/trh-fyyf-bzt

TRABALHO 1

INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR:


REFLEXÕES FREIREANAS

Ana Cláudia de Lima Linhares


Antonio José Müller

Este estudo é de natureza teórica e tem por objetivo refletir sobre as contribuições de Paulo
Freire no processo inclusivo dos estudantes com deficiência no ensino superior a partir,
principalmente, das obras de Paulo Freire, assim como de leis que contribuem para a garantia
de direitos educacionais e de outros autores que reforcem o contexto e disseminação de
conhecimento da temática. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e exploratória, que segue
pistas, busca indícios de um caminhar atento desses sujeitos, neste caso, os estudantes com
deficiência, no contexto educacional com valorização da sua cultura, utilizamos recortes
bibliográficos. No desenvolvimento do estudo, perpassamos nuances históricas da exclusão à
inclusão; avançamos em um percurso até a educação superior, associando a formação docente.
Os resultados revelam um cenário adverso, porém observamos que as reflexões freireanas
permitem uma formação humanizadora que não desconsidera o conteúdo, mas valoriza o social.
As proposições freireanas permitem aos professores o executar da práxis, a consideração na
qual a obediência cede lugar a ação dialógica que considera outras formas de conhecimento,
que além de conhecimento, os conteúdos visam à emancipação social e impulsiona o caminhar,
com respeito a diversidade.

Inclusão, Educação Superior, Deficiência, Reflexões Freireanas.

TRABALHO 2

REFLEXÕES SOBRE A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM ESCOLAS DO


CAMPO A PARTIR DO OLHAR FREIREANO

Danyelle Moura dos Santos


Nataly Ferreira Costa dos Santos

O presente trabalho tem o intuito de refletir acerca das possibilidades para a prática avaliativa
alinhada às peculiaridades existentes nas escolas do campo a partir das contribuições
Freireanas, além de expressar a relevância de processos avaliativos que busquem a formação
de cidadãos reflexivos e conscientes nessa sociedade tão plural. Durante muito tempo a
Educação do Campo foi invizibilizada perante as políticas públicas, impossibilitando a garantia
de uma educação de qualidade que leva em consideração as relações humanas e culturais dos
povos do campo e da floresta, que só foi constituída como um direito através de muitas lutas
dos movimentos sociais. Este estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica de caráter descritivo
analítico tendo em vista a fundamentação teórica e metodológica para aquisição de informações
e interpretações acerca do tema. O levantamento dos textos ocorreu em virtude da necessidade
de compreender e discutir acerca da avaliação da aprendizagem escolar em contextos
campesinos sob o olhar Freireano. A Educação do Campo deve ser observada não apenas como
uma modalidade de ensino, mas principalmente como um direito conquistado ao longo de anos
através de lutas dos movimentos sociais e sociedade civil em busca da garantia de políticas
públicas efetivas que valorizassem a cultura, a identidade e a diversidade de seu povo. Paulo
Freire pensava a avaliação da aprendizagem em uma dimensão emancipatória, ele demonstra
em suas obras ser efetivamente contrário a “educação bancária”, conteudista, ou de cunho
excludente, e ressaltava a relevância de uma prática educativa inclusiva, que engloba também
a avaliação da aprendizagem humanizadora e dialógica. Freire trouxe em suas obras a
necessidade da escola desenvolver nos estudantes além dos conteúdos, mas a capacidade de
refletir e transformar a sua realidade, para que sejam sujeitos emancipados e autônomos. Faz-
se necessário, através dos fundamentos Freireanos, que haja formações permanentes para que
possam refletir acerca das ações e modificar e reorganizar as práticas avaliativas, sempre
buscando uma ação-reflexão-ação. Freire sinaliza que avaliar tem que ir além da relação entre
educador e educando. Desse modo, o autor evidencia que os educadores precisam se posicionar
e ir contra o sistema autoritário que muitas vezes oprime e silencia. A formação humana não
pode ser pautada em seguir modelos estabelecidos, ou com a intenção de padronizar os
estudantes através de órgãos superiores, visto que, a intenção dos currículos padronizados
muitas vezes não leva em consideração as especificidades dos estudantes. Os educadores têm o
papel social de formar seus estudantes para serem sujeitos reflexivos, autônomos, críticos, desse
modo, estarão estimulando a serem sujeitos que contribuam para a construção de uma sociedade
melhor. Portanto, foi possível refletir como uma avaliação da aprendizagem crítica, dialógica e
emancipatória faz toda a diferença no processo educativo, além de melhorar a relação entre
educador e educando. Também vimos que a reflexão é extremamente necessária, a ação atrelada
a reflexão deve ser pensada com frequência para ajustar o processo educativo. Além, disso, os
sistemas de avaliação fragmentam o trabalho docente, por isso a necessidade de formações
permanentes que discutam a avaliação da aprendizagem.

Avaliação da Aprendizagem, Contribuições Freireanas, Escolas do Campo

TRABALHO 3

EDUCAÇÃO LIBERTADORA COMO PRÁTICA DA LIBERDADE DIANTE DO


ENSINO TRADICIONAL

JÔSY DE SOUZA PAIXÃO OLIVEIRA

PROBLEMA: Investigar e evidenciar os pontos de atenção e pontos relevantes diante do Ensino


Tradicional e a utilização das práticas pedagógicas nas Unidades Escolares.
JUSTIFICATIVA: Considerando a importância de uma Educação Libertadora, os estudos,
pesquisas e evidencias apontam para a superação do Ensino Tradicional, diante de suas práticas
pedagógicas nas Unidades Escolares. No livro Educação como prática da liberdade - Paulo
Freire faz crítica ao ensino tradicional, e a utilização das práticas pedagógicas nas escolas. E
através das suas ideias, trazem estudos e evidências apontando para a superação dessa situação,
demonstrando a crença na pessoa humana e na sua capacidade de educar-se como sujeito
histórico. Pensando assim, com base nos referenciais teóricos estudados será levantado e
apresentado as reflexões que o livro aponta, contribuindo para uma Educação Eficaz.
REFERENCIAL TEÓRICO: FREIRE, P. Educação Libertadora. FREIRE, P. Dialogando sobre
disciplina com Paulo freire. In: Disciplina na Escola: Autoridade versus autoritarismo. São
Paulo: EPU, 1989. FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 14. ed. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 1983. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
São Paulo: Paz e Terra, 2011. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17.ed. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 1987. GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GUIMARÃES, A. Indisciplina e violência: ambiguidade dos conflitos na escola. In: AQUINO,
J. G. (Org.) Indisciplina na escola: alternativas Teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1996.
pp. 73-82. LA TAILLE, Y de. A indisciplina e o sentimento de vergonha. In: AQUINO, J. G.
(Org.) Indisciplina na escola: alternativas Teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1996. p. 09-
24. PASSOS, L.F. A indisciplina e o cotidiano escolar: novas abordagens, novos significados.
In: In: AQUINO, J. G. (Org.) Indisciplina na escola: alternativas Teóricas e práticas. São Paulo:
Summus, 1996. pp. 117-127. REGO, T. C. R. A indisciplina e o processo educativo: uma
análise na perspectiva vygotskiana. In: AQUINO, J. G. (Org.) Indisciplina na escola:
alternativas Teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1996. pp. 83-101.
METODOLOGIA: Pesquisar, discutir e analisar a afirmação apresentada por Paulo Freire
diante da superação de posições reveladoras de descrença no educando. Descrença no seu poder
de fazer, de trabalhar, de discutir. O estudante precisa ter olhar crítico de forma intrínseca para
as ideologias imposta pelo capitalismo, segundo o autor ter essa “criticidade implica na
apropriação crescente pelo homem de sua posição no contexto. Daí a conscientização ser o
desenvolvimento da tomada de consciência...A criticidade, como a entendemos, há de
resultar do trabalho pedagógico crítico, apoiado em condições históricas propícias.” Por isso
vale ressaltar que a democracia e a educação democrática devem se unificar, precisamente,
na crença no homem. Essa crença deve discutir os seus problemas, o da sociedade, do trabalho
e até os problemas da própria democracia. Nas palavras do autor: “[...] uma educação que
possibilitasse ao homem a discussão corajosa de sua problemática. Daí a necessidade de
uma educação que seja corajosa, que enfrente a discussão com o homem comum, de seu direito
àquela participação. De uma educação que leve o homem a uma nova postura diante dos
problemas de seu tempo e de seu espaço. Pois o próprio ensino fica fechado apenas na
memorização de conteúdos, de questionários, além da desvinculação da realidade dos
estudantes, podendo ser classificado com uma posição caracteristicamente ingênua.
Segundo Freire “educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o
debate. A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa.
Como aprender a discutir e a debater com uma educação que impõe? ” Enfim, a Educação
Libertadora, é criticada por muitos, pois contrariam os donos do poder, mas com as reflexões
que o livro aponta, contribui para educação eficaz, em relação à transformação social.

EDUCAÇÃO, DEMOCRATIZAÇÃO, EDUCANDO


TRABALHO 4

METODOLOGIA ATIVA E LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Nataly Ferreira Costa dos Santos


Danyelle Moura dos Santos

Esta é uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativa que tem como objetivo refletir sobre a
importância da utilização da metodologia ativa na Educação Infantil (E.I) e da ludicidade
enquanto elemento facilitador da aprendizagem. Sabe-se que a criança quando ingressa no
ensino regular de educação passa por uma série de adaptações até se sentir á vontade no novo
espaço de convivência e aprendizagem, neste sentido a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) ressalta que “parte do trabalho do educador é refletir, selecionar, organizar, planejar,
mediar e monitorar o conjunto das práticas e interações, garantindo a pluralidade de situações
que promovam o desenvolvimento pleno das crianças” (BRASIL, 2017, p. 37). E, diante desse
momento de mudanças para a criança ao adentrar na creche e pré-escola, se faz necessário que
o profissional promova um ambiente acolhedor em que esse(a) aluno(a) possa se sentir bem
para realizar novas descobertas e aprendizagens. Nesse momento, as atividades lúdicas são
indispensáveis, pois além de promoverem a interação e a concentração, pois, “[...] têm a
capacidade de desenvolver várias habilidades na criança, proporcionando-lhes divertimento,
prazer, convívio profícuo, estímulo intelectivo, desenvolvimento harmonioso, autocontrole e
autorrealização” (MALUF, 2014, p. 23). Sabe-se que na E.I, há um constante diálogo e
interação entre professor(a) e estudantes, e as estratégias, e metodologias de ensino são amplas
e focadas no protagonismo infantil, porquanto, o educador “ao conhecer as razões da utilização
de diferentes metodologias refletidas junto à formação acadêmica, busca o conhecimento do
que faz, porque o faz, domínio dos instrumentos pedagógicos para adaptá-los melhor às
exigências das novas situações educativas” (RAU; ROMANOWSKI; MARTINS, 2005, p.
650). Portanto, nessa primeira fase de escolarização há uma maior predominância de
descobertas, de perguntas, a fase dos porquês e do aprender fazendo, experimentando, imitando,
brincando, isto porque “a criança pensa, agindo concretamente sobre os objetos. Ela opera,
pensa a realidade transformando-a, e cada vez mais este pensar vai deixando de se apoiar no
concreto. A criança vai interiorizando, abstraindo suas ações sobre a realidade” (FREIRE, M,
1983, p. 29). É nesse contexto que se destacam as atividades lúdicas dentro de uma perspectiva
de metodologias ativas, porquanto “está relacionado com a realização de práticas pedagógicas
para envolver os alunos, engajá-los em atividades práticas nas quais eles sejam protagonistas
da sua aprendizagem” (BACICH; MORAN, 2018, p. 83). O profissional da educação que atua
na E.I tem assim, uma vasta possibilidade de promover em sala de aula atividades lúdicas que
incentivem o educando a participar e desenvolver-se em diversas áreas do saber, passando
a conhecer a si mesmo, ao outro e ao mundo que o cerca, de modo que, como ressalta
Hernández e Sancho (2006/07, p. 10) “uma pessoa aprende melhor se o aprender não é
considerado apenas como um ato cognitivo, e sim como uma experiência vinculada à
construção de sentido, relacionada à própria pessoa, aos outros e ao mundo”. Ressalto assim a
importância da promoção de atividades lúdicas e da utilização das chamadas metodologias
ativas, visto que, são estratégias de ensino que incidem na participação e aprendizagem ativa
do público alvo da E.I.

Metodologia ativa, Ludicidade, Educação Infantil.


TRABALHO 5

A PRÁXIS TRANSFORMADORA E O FRACASSO ESCOLAR

Tiziana Ferrero

A democratização do acesso à escolarização por parte das categorias marginalizadas


transformou o discurso hegemônico sobre a função da escola como instrumento de mobilidade
social. O ensino é aberto a todos, e ainda estritamente reservado a poucos (BOURDIEU, 1997).
A escola exclui de forma gradativa e contínua, mantendo os marginalizados em seu interior.
Diante de tal cenário, temos o objetivo central de apresentar uma experiência educativa que
caminha na contramão da perspectiva neoliberal. A pertinência do tema deste trabalho se deve
a busca de respostas às inquietações produzidas pela vivência no âmbito escolar, considerando,
para tanto, os aspectos sociais, políticos e culturais que norteiam as questões educacionais.
Logo, compartilhar experiências pode servir de exemplo concreto aos educadores que se
deparam com problemas semelhantes e que almejam construir uma escola verdadeiramente
transformadora. Após recorrentes episódios de violência, indisciplina e inadequação escolar, a
equipe pedagógica de uma escola localizada na periferia do Estado de São Paulo buscou
reorganizar o trabalho pedagógico, tendo como pressuposto os conceitos de Paulo Freire. Com
a finalidade de analisar como se organizava a prática e compreender as ações dos coordenadores
e docentes foi realizada pesquisa de campo. Além disso, foram realizadas entrevistas
semiestruturadas e individuais, com perguntas abertas, de modo a acompanhar a espontaneidade
dos entrevistados. Posteriormente os dados foram articulados com os achados na literatura,
especialmente à luz de Freire (1967, 1981, 1989, 2000). A partir da valorização dos saberes e
particularidades culturais da comunidade escolar, da participação efetiva de diversos setores da
sociedade, da constante reflexão crítica sobre a práxis e da vinculação com os princípios
freireanos, foi possível identificar uma escola preocupada com a horizontalidade, dialogicidade,
democracia e emancipação social.

Fracasso, indisciplina, transformação social.


GT 8 – PENSANDO PAULO FREIRE II
08 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADORAS: PALLOMA VICTORIA NUNES E SILVA (PPGED-UFU)


(pallomavictoria@live.com)
BRENDA MARIA DIAS ARAÚJO (PPGED-UFU) (diasbrenda13@gmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/jdu-hofz-nde

TRABALHO 1

A IMPORTÂNCIA DAS TEORIAS FREIRIANA PARA O CURRÍCULO E CONTEXTO


ESCOLAR

LUCIANA APARECIDA CORDEIRO


Ana Paula Rodrigues Ferro

Neste artigo almeja-se discutir a questão acerca do currículo escolar e das contribuições de
Paulo Freire para a educação. Nesse sentido, será apresentado uma breve analise sobre as
contribuições de Paulo Freire, especialmente com base em sua obra “Educação como Prática
da Liberdade” para reforçar e reformular o diálogo em torno da cultura e do currículo. Para isso,
trata-se de início o que é currículo e cultura, para logo discorrer sobre as temáticas do currículo,
os conteúdos, os métodos e o papel do professor no processo de ensino e aprendizado.

Currículo e cultura, método Freiriano, papel docente

TRABALHO 2

RODAS DE CONVERSA DO FÓRUM PARINTINENSE DE EDUCAÇÃO DO CAMPO,


DAS FLORESTAS E DAS ÁGUAS PAULO FREIRE- FOPINECAF

Bruna dos Santos Prata


Simone Souza Silva

A pesquisa buscou conhecer a educação do campo no Município de Parintins, a partir das rodas
de conversa do FOPINECAF. Arroyo (2007), Caldart (2012), Freire (2003), Molina (2004),
Vasconcelos (2017), dentre outros embasam a pesquisa. De cunho qualitativo e abordagem
dialética, com apoio da pesquisa bibliográfica, observação livre e participante e rodas de
conversa. Participaram do estudo vinte e cinco sujeitos, entre professores, estudantes,
trabalhadores rurais e lideranças de movimentos sociais, cujas identidades foram preservadas.
As rodas de conversa configuraram uma importante estratégia metodológica que permitiu
conhecer as demandas e perspectivas do campo. O estudo evidenciou que o FOPINECAF se
fortalece como um instrumento de luta do coletivo, embasado na leitura crítica e reflexiva da
realidade, considerando as demandas concretas dos sujeitos, e em passos lentos, algumas
conquistas vão se concretizando. São sujeitos que acreditam na educação como uma das
possibilidades de transformação e mudança social, intelectual, política e econômica para o
Município. No momento atual, no qual o mundo vive em meio à pandemia, o FOPINECAF
interage pelas redes sociais, grupos de whatssapp e até mesmo reuniões presenciais, com poucos
membros, seguindo os protocolos de cuidados, trazendo pautas e demandas.

Educação do campo, movimentos sociais, fopinecaf.

TRABALHO 3

A PERSEGUIÇÃO DE ADEPTOS DA PEDAGOGIA FREIREANA DURANTE O


REGIME MILITAR

Rafaela Domingues Pereira

Instaurado o Regime Militar no Brasil, os militares desarticularam todas as propostas educativas


que tinham como base o chamado "Método Paulo Freire", a exemplo dos Movimentos da
Educação Popular que se proliferaram pelo país desde o início dos anos sessenta, bem como o
Plano Nacional de Alfabetização (PNA) que começava ser implementado pelo Governo de João
Goulart e que contava com a participação de Paulo Freire. Já nos primeiros meses após o golpe
de 1964, o educador foi perseguido, preso e partiu para o exílio. Entretanto, na medida em que
sua perspectiva educacional era apontada pelos novos detentores do poder como uma ameaça a
ser combatida, seus supostos adeptos também foram perseguidos, mesmo após a saída de Freire
do país. Uma das formas que a Ditadura utilizou para perseguir tais pessoas foi a instauração
de inquéritos policiais-militares, os IPMs. Este trabalho, que é um recorte da pesquisa "A
criminalização de uma proposta educativa na Ditadura: A pedagogia freireana nos inquéritos
do acervo Brasil Nunca Mais (1964-1972)", desenvolvida no Programa de Pós-graduação em
Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem como objetivo traçar os perfis dessas
pessoas. No que se refere à metodologia, trabalhamos com o levantamento e a análise de fontes
primárias (inquéritos) disponíveis no acervo Brasil Nunca Mais Digit@l. Por fim, os autores
que integram nosso marco teórico são Anthony Pereira, Maria Helena Moreira Alves, Angela
Gomes e Patrícia Hansen.

Repressão, Pedagogia Freireana, Ditadura Militar

TRABALHO 4

EDUCAÇÃO E MEMÓRIA: RESISTÊNCIA EM TEMPOS DE ESQUECIMENTO.

Joao Pedro Pisa


Lucelia Tavares Guimarães

O presente trabalho pretende discutir duas categorias centrais dentro dos debates políticos e
sociais na atualidade Brasileira, a luz da teoria pedagógica de Paulo Freira: Memória e
resistência. Como objeto de estudo das análises aqui propostas, partiremos da função social da
educação que visa a construção de resistências e a permanência de memórias coletivas contra o
esquecimento social e superestrutural da atualidade política Brasileira. O subsídio teórico da
presente pesquisa é a pedagogia histórico crítica, assim como, o materialismo histórico-
dialético. À luz das obras de Paulo Freire – Pedagogia dos Sonhos Possíveis e A importância
do ato de ler –, compreendemos também a necessidade da análise histórica (leitura da
“palavramundo”) como possibilidade de superação subjetiva e coletiva da transformação do
mundo. Desta forma, ao debateremos o papel do Estado e das políticas públicas, bem como, os
mecanismos utilizados para a perpetuação das políticas do esquecimento, será possível
vislumbrarmos, tal qual nos aponta Paulo Freire, algumas perspectivas para o processo de
leitura e transformação da subjetividade coletiva (memória coletiva) em sujeito social das
transformações radicais do mundo.

Memória, Resistência, Esquecimento social

TRABALHO 5

FORMAÇÃO OMNILATERAL E O CONCEITO DE EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA


DE PAULO FREIRE

Daniel Rosado Pinezi


Welisson Marques

O presente trabalho pretende analisar a relação existente entre os conceitos de formação


omnilateral e a proposta educacional de Paulo Freire, buscando identificar em que medida a
educação freirena pode ser utilizada nos cursos de Ensino Médio Integrado do IFTM visando
atender a perspectiva de formação omnilateral. Inserido na linha de pesquisa “01-Educação,
Trabalho, Ciência e Tecnologia - Processos Formativos e Práticas Educativas em Educação
Tecnológica” do Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica - curso de Mestrado
Profissional em Educação Tecnológica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
do Triângulo Mineiro – Campus Uberaba, tem como objetivo geral pesquisar e definir
“formação omnilateral” a partir do que apregoa a literatura referente à Educação Profissional
Tecnológica (CIAVATTA,2014; MOURA, 2007, SAVIANI, 2007 e MANACORDA, 1991) e
discutir como este conceito se articula com o conceito de “educação” em Paulo Freire, a partir
das obras Conscientização: teoria e prática da libertação (1979) e Educação como prática de
liberdade (1965). Como objetivos específicos, o trabalha busca compreender o conceito de
“formação omnilateral” e defini-lo; identificar a aplicação deste conceito no âmbito dos cursos
de Ensino Médio Integrado do IFTM; compreender o conceito de “educação” de Paulo Freire
a partir da análise das obras Conscientização: teoria e prática da libertação (1979) e Educação
como prática de liberdade (1965), bem como defini-lo; identificar em quais pontos os conceitos
citados se articulam de maneira harmônica; apontar o modo como a educação freirena pode ser
utilizada nos cursos de Ensino Médio Integrado do IFTM visando atender a perspectiva de
formação omnilateral. As perguntas de pesquisa que norteiam o trabalho são: a) O que se
entende por “formação omnilateral”? b) O que se entende por educação segundo Paulo Freire?
c) É possível identificar a aplicação do conceito de “formação omnilateral” nas diretrizes
curriculares referentes aos cursos de Ensino Médio Integrado do IFTM? d) Como o conceito de
“formação omnilateral” se articula com o conceito de educação na perspectiva de Paulo Freire?
e) É possível a aplicação da educação freireana nos cursos de Ensino Médio Integrado do IFTM
como meio para a formação omnilateral? A pesquisa está em fase inicial e o produto
educacional não está definido.
Formação omnilateral, educação freireana, educação profissional tecnológica
- Dia 09 de dezembro, das 18h às 21h –

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS

GT 9 – EM PAUTA: PAULO FREIRE


09 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h.

COORDENADORAS: Prof. Dra. Leandra Procópio (UAM-ESPANHA)


(leandra.procopio@uam.es)
Doutoranda Rosângela Soares de Almeida Ribeiro (PPGE-PUC-GO)
(rosangela.almeida123@hotmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/gjt-qsgx-ent

TRABALHO 1

LA EDUCACIÓN LIBERTADORA EN UN CURSO DE EXTENSIÓN EN LETRAS


ESPAÑOL

JOSE CLEDINALDO DOS SANTOS GUERRA

Esta investigación cualitativa e interpretativista, “Dando visibilidad a profesiones no


convencionales: la enseñanza de habilidades de lectura y escrita de español en la perspectiva de
la literacidad”, desarrollada con base en los principios de la investigación acción, surgió de un
proyecto de extensión (40 horas) desarrollado por este investigador en una universidad pública
en el estado de Piauí. La finalidad del curso era la enseñanza de lectura y escrita en español.
Fueron abiertas doce plazas para alumnos de la graduación en Letras Español de esa universidad
pública, once hicieron la inscripción. Con esa propuesta, se pretendió potencializar estrategias
para lectura crítica del mundo, así como la reflexión que los llevase a la transformación, pues
los alumnos vivenciaron las experiencias en lengua materna y las trasportaron para la lengua
adicional. El objetivo es analizar como ocurre el aprendizaje de la lengua española como lengua
adicional en la adquisición de habilidades de lectura y escrita en la perspectiva de la literacidad
y como práctica libertadora, donde los estudiantes no son considerados recipientes que absorben
el conocimiento, sino sujetos críticos reflexivos que se libertan del tradicionalismo. En este
abordaje, los estudiantes tuvieron la responsabilidad de elaborar textos referentes a las
encuestas hechas con los trabajadores de las profesiones no convencionales. El embasamiento
teórico queda a cargo de la literacidad (FREIRE, 1987,1989,2001; CERVETI et al, 2001;
JANKS, 2013,2018; JORDÃO, 2006, 2017; LANKSHEAR e KNOBEL, 1998; MORRELL,
2008; WOLK, 2003), y aprendizaje de lengua adicional (PAIVA, 2014). Estos aportes teóricos
embazan esta investigación para una nueva mirada para la enseñanza de lengua adicional en la
perspectiva de la literacidad y mostrar a los estudiantes la importancia de lo social relacionado
a la praxis con la emancipación, el diálogo y la autonomía de los mismos en el proceso de
aprendizaje. Importante también, cuando se habla de profesiones invisibles, hablar de las
relaciones de poder y de la democracia. Los resultados muestran que los estudiantes hacen una
reflexión significativa sobre a realidad teniendo como base las profesiones en español. Las
muchas actividades del curso de extensión trajeron reales beneficios a los educandos de la
graduación en Letras Español e hicieron con que ellos desarrollasen un posicionamiento en la
lectura y escrita del español. De la misma manera, estos discentes construyeron reales
significados y desarrollaron acciones críticas y analíticas dentro de un proceso de interacción
en el aprendizaje de la lengua española.

Literacidad. Español. Enseñanza

TRABALHO 2

PEDAGOGÍA INCLUSIVA: EXPERIENCIAS DOCENTES EN LA FORMACIÓN DEL


PROFESORADO PARA LA EDUCACIÓN INCLUSIVA

Alina de las Mercedes Martínez Sánchez

Educar para la diversidad inspirados en Paulo Freire, significa poner al estudiante en el centro
del proceso docente educativo, desde la perspectiva del reconocimiento de la diferencia como
un valor y no como una dificultad. En esta roda de conversa, se expondrán experiencias de
formación a través de las cuales se crean oportunidades de aprendizaje intercultural partiendo
de la realidad del estudiante, al propiciar una vivencia intercultural para la formación
profesional y para la vida. Las experiencias compartidas reflejan los esfuerzos de la educación
superior en el tránsito cualitativo de la comprensión de la filosofía de la educación inclusiva a
la práctica educativa conducente a la práctica de técnicas y herramientas educativas que
propicien la formación de una consciencia inclusiva al formar más que contenido, valores
inherentes a este modelo educativo. En los ejemplos presentados se muestra el tratamiento a
temáticas pendientes en el sistema educativo español, a saber: la inclusión educativa del
alumnado gitano, y las minorías africanas.

pedagogía inclusiva, profesorado, diversidad, educación intercultural


TRABALHO 3

PAULO FREIRE Y “LA EDUCACIÓN COMO PRÁCTICA DE LA LIBERTAD”

Caterina María Blanco González


Ayla Martin
Paula Contreras Guanipa
Ana García Olleros
Laura Herranz Subtil
Ayla Martín Ortega
Anca Szas

Paulo Freire, pedagogo y filósofo, decidió emprender un proceso de transformación de la


realidad de todos los educandos con su método de alfabetización mientras Brasil se veia
envuelto en una situación económica y social complicada. Con sus ideas y sus obras, pretendía
trasladar la teoría a la práctica y la realidad cotidiana, suponiendo un cambio en la visión del
mundo académico y educativo. La educación concientizadora es liberadora, siendo su
pedagogía desde y con los oprimidos. Siguiendo esta línea inclusiva, sus ideas gravitan
alrededor de la libertad, la igualdad, la conciencia de sí misma y la identidad cultural, junto con
la multiculturalidad como forma de convivencia, la coherencia, la metodología del cambio, el
diálogo, la ética, la diversidad y la inclusión, así como la reflexividad crítica (Muñiz, 2017).
"La educación como práctica de la libertad” supone una transición de una sociedad cerrada a
una democratización fundamental, proponiendo una educación problematizadora, que sea capaz
de transformar la conciencia intransitiva o ingenua en una conciencia crítica.

Paulo Freire, educación popular, pedagogía crítica

TRABALHO 4

EL ABORDAJE CRÍTICO DE LA LITERATURA LOCAL EN LA ENSEÑANZA


BÁSICA: DIÁLOGOS CON PAULO FREIRE

Iago Gusmão Santiago


Stephanne da Cruz Santiago
Liliane Lemos Santana Barreiros

El escritor Eulálio Motta archivó, a lo largo de sesenta años, alrededor de 2.400 documentos en
su fondo personal. La documentación presenta una naturaleza diversificada en términos de
temas, tipos de documentos, géneros textuales y autores. La presente ponencia trata de los
resultados de una intervención con los relatos sertanejos del escritor Eulálio Motta en la clase
de lengua portuguesa en una clase de 6º año de la enseñanza básica, en el Colégio Estadual Juiz
Jorge Farias Goes, en Feira de Santana-BA. El enfoque se basa en la filología de archivos, con
énfasis en los estudios sobre el fondo del escritor Eulálio Motta (BARREIROS, 2015;
BARREIROS, 2016; SANTIAGO et al., 2017; 2019; SANTIAGO, 2021), en discusiones sobre
el desarrollo de la competencia literaria y sociolingüística en las clases de lengua (MARTÍNEZ,
1995; COSSON, 2006; BORTONI-RICARDO, 2005; 2014) y, sobre todo, en los postulados
freirianos sobre la apreciación de la lengua y la cultura local y el desarrollo de una conciencia
crítica en el proceso de aprendizaje (FREIRE, 1967). La intervención se estructuró en una
secuencia de cinco talleres en los que los aprendientes conocieron al escritor Eulálio Motta, sus
documentos, su obra y los causos sertanejos que escribió, para luego discutir sobre producción
escrita, variación y adecuación lingüística y, por último, crear sus propios causos sertanejos. La
intervención destacó la necesidad de trabajar críticamente la literatura local en el aula, con la
intención de deconstruir estereotipos sobre la escritura literaria y el funcionamiento del
lenguaje, promoviendo el autoconocimiento sociolingüístico y el rescate de prácticas culturales
y sociales en el estado de Bahia en el siglo XX.

Literatura local. Eulálio Motta. Paulo Freire


GT 10 – EM PAUTA: PAULO FREIRE 2
09 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADOR: Doutorando JACKSON CARLOS (PPGE-PUC-GO)


(jacksoncarlos14@gmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/djq-uago-fnc

TRABALHO 1

LEITURAS FREIREANAS EM TEMPOS DE PANDEMIA: UM QUINTAL DE


MÚLTIPLOS SABERES

DANIELA MALTA

A configuração pedagógica da aula de língua portuguesa e das práticas de letramento escolar


foram (re)desenhadas em decorrência da pandemia da COVID-19, que se estende para há mais
de um ano no contexto global. Nesse cenário, vivenciamos os diversos impactos de natureza
social, política, econômica, educacional e emocionais impostos por novas regulações,
sobretudo, das salas de aula de língua. No cenário escolar, esses impactos configuraram-se nas
ações interventivas de exponencialmente e problematizadora em projetos que cotejasse o
acolhimento, o fortalecimento dos vínculos e a escuta por uma pedagogia de encruzilhadas.
Nessa perspectiva, o presente trabalho pretende relatar uma experiência vivenciada no primeiro
semestre letivo de 2021, com base no engajamento comemorativo do Centenário do Educador
Pernambucano Paulo Freire, com alunos da educação de jovens e adultos da modalidade do
ensino médio numa escola estadual de Serra Talhada – PE. Nesse sentido, passamos a vivenciar
e a experenciar as leituras de duas obras de Freire - o Ato de ler e Pedagogia da Esperança –
em diálogo com as competências gerais da BNCC (2017). Assim, trouxemos para o diálogo a
ecologia dos saberes (SOUSA, 2020), práticas leitoras significativas em tempos adversos
(PETIT, 2009), a pluralidade de vozes e caminhos a partir do pensamento decolonial
(QUIJANO, 2005; MIGNLO, 2007; WALSH, 2013) alinhado às discussões epistemológicas
da Linguística Aplicada Crítica (PENNYCOOK, 2001; 2006) e do Letramento crítico
(STREET, 2006) para contribuir com questões em relação a leitura crítica e cidadã do contexto
sócio-educacional no qual nossos estudantes estão inseridos. Dessa forma, utilizamos como
percurso metodológico o trabalho com círculo de leitura (COSSON, 2021) que aconteceram em
seis encontros híbridos de duas horas-aulas contando com os seguintes temas geradores a partir
de cada obra elencada: a leitura do mundo, a leitura da palavra, o estar no mundo, a vontade de
(re)existência, o lugar da ausência e o esperançar na resiliência. Por fim, o nosso projeto de
leituras freireanas nos trouxe o contorno da educação cidadã vinculada à discência
compartilhada nos espaços que protagonizaram a intertextualidade e a interdisciplinaridade na
sala de aula de português na EJA para o fortalecimento do uso da língua como instrumento de
transformação em busca de uma sociedade mais igualitária e menos injusta.

Letramento crítico., Educação linguística crítica, Saberes decoloniais.


TRABALHO 2

PACTO EDUCATIVO GLOBAL E EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DA LIBERDADE:


CONCEITOS PARA UMA EDUCAÇÃO HUMANIZADORA

Luciana Luiza da Silva Soares

O presente trabalho concentra-se em dois importantes materiais, o Pacto Educativo Global,


proposto por Papa Francisco e o livro Educação como prática de liberdade, de Paulo Freire,
objetivando principalmente nos conceitos para uma educação humanizadora. Vivemos um
período de adversidades no cotidiano mundial, a pandemia do covid-19, que na educação vem
nos mostrar as disparidades de oportunidades educacionais e tecnológicas, que tanto carece a
população. A educação é um dos aspectos que precisam urgentemente serem pensados e
organizados, principalmente por ser uma fonte inesgotável de conscientização, reflexão e
aprendizado. O Pacto Educativo Global, propõe uma educação intergeracional, como condição
urgente para todos agirem, primeiramente com três desafios: 1- Ter a coragem de colocar no
centro a pessoa; 2-Ter a coragem de investir as melhores energias com criatividade e
responsabilidade e; 3- Ter coragem de formar pessoas disponíveis para se colocarem a serviço
da comunidade. Juntando a esse assunto, evocamos o legado de Paulo Freire, deixado em seus
vários livros, principalmente na obra “Educação como prática de liberdade”, que aborda
assuntos de suma relevância a educação para uma prática humanizadora, firmada no diálogo,
na liberdade, na resistência e na esperança da mudança. Refletiremos sobre “A aldeia da
cultura”, proposta pelo Papa Francisco e o “Círculo de cultura”, proposto por Paulo Freire,
relacionando as propostas e suas possibilidades de superarem fragmentações e contrastes de
nossa atual sociedade. Para o referencial nos apropriaremos dos conceitos de Hanna Arendt(
2003 ), Bastos(2020), Paulo Freire(1983 ), Francisco ( 2015), Alencar(2003),
Sayago(2019),entre outros. Diante do exposto, verifica a necessidade de abordamos sugestões
precisas e que dialogam com as questões educativas onde a palavra pode deixar de ser das
ideologias alienantes e tornar-se instrumento de transformação da sociedade, retratando a
necessária ação da escola em ensinar para o mundo e intervir nele de forma positiva, ou seja, a
conscientização sociopolítica. Analisando as mediações do Papa Francisco e de Paulo Freire
sobre a educação humanizadora, reconhecemos que a educação tem papel imprescindível para
a salvação de vidas e para o futuro da humanidade, pelos caminhos da humanização e focados
na pessoa humana, renovam-se a esperança para novas perspectivas educativas.

Palavras-chave: Pacto Educativo Global, Paulo Freire, Educação humanizadora.


TRABALHO 3

CONTRIBUIÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS DE PAULO FREIRE NO CAMPO DA


EDUCAÇÃO FÍSICA

DANIELE GONçALVES LISBôA GROSS


Jackson Carlos da Silva
José Maria Baldino

Trata-se de um estudo que centralizou suas discussões nas concepções de Paulo Freire e suas
contribuições para o campo da Educação Física. A pesquisa desenvolveu-se a partir do objetivo
primeiro: analisar as comunicações orais dos congressos do CBCE no campo da Educação
Física, no GTT-Escola, a fim de entender a influência das concepções teórico-conceituais de
educação de Paulo Freire para os profissionais da área. Especificamente, buscou identificar e
quantificar as comunicações congressuais registradas no campo da Educação Física cujos
autores recorreram às concepções freireanas, além de relacionar as concepções de Paulo Freire
com as apropriações teórico-conceituais do campo da Educação Física. Metodologicamente,
desenvolveu-se uma pesquisa do tipo estado do conhecimento na delimitação temporal de 2015
a 2021, principalmente, nos escritos dos Congressos Anuais da CBCE (GTT-Escola). A busca
partiu dos descritores: Paulo Freire e Educação Física e a análise de dados foi baseada na técnica
de análise de conteúdo de Bardin (1979). Os resultados foram categorizados a partir das
concepções freireanas e discutidos a partir de sua relação com as apropriações do campo da
Educação Física. Foram encontrados 1339 trabalhos referentes ao descritor Paulo Freire, destes
apenas 27 encaixaram-se no período de ano pré-determinado. Ao final da leitura minuciosa de
cada trabalho, 18 estavam elegíveis para a avaliação e constituição das categorias de análise.

Paulo Freire, Educação Física

TRABALHO 4

PAULO FREIRE E A INDISCIPLINA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: um olhar


para as produções bibliográficas no campo da Educação

Daniele Gonçalves Lisboa Gross


Cristiane Roberta dos Reis Rueffer
José Maria Baldino

A presente pesquisa apresenta sua discussão voltada ao conjunto de estudos que tiveram como
foco o trato da indisciplina nas aulas de Educação Física e a relação com as concepções teórico-
conceituais de Paulo Freire. Nesse cenário, delimitou-se a seguinte problemática: Os
Profissionais de Educação Física têm se inspirado nas concepções teórico-conceituais de
educação, defendidas por Paulo Freire, para o trabalho com a indisciplina nas produções
bibliográficas da área, no período compreendido entre os anos de 2015-2021. E, diante disso, o
estudo constituiu-se objetivamente em analisar as produções bibliográficas no campo da
educação, a fim de entender as concepções teórico-conceituais freirianas para o trabalho com a
indisciplina. Especificamente, o referido estudo, buscou apresentar o conceito de indisciplina
segundo Paulo Freire; identificar as produções bibliográficas registradas no campo da Educação
cujos autores recorreram às concepções freireanas para o trabalho com a indisciplina nas aulas
de Educação Física e, além disso, procurou relacionar as concepções freireanas com o trato
dado à indisciplina nas aulas de Educação Física. Metodologicamente, desenvolveu-se uma
pesquisa do tipo estado do conhecimento, recorrendo à revisão sistemática para o levantamento
de dados, utilizou-se da delimitação temporal de 2015 a 2021, e a principal fonte de busca foi
a base de dados do Google Acadêmico. A busca partiu dos descritores: Paulo Freire,
Indisciplina e Educação Física e a análise de dados foi baseada na técnica de análise de conteúdo
de Bardin (1979). Os resultados foram categorizados a partir das concepções freireanas e
discutidos a partir de sua relação com a indisciplina nas aulas de Educação Física para cada
etapa de ensino: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Paulo Freire, Educação Física, Indisciplina.

TRABALHO 5

EDUCAÇÃO FÍSICA E O DESENVOLVIMENTO HUMANO: CONTRIBUIÇÕES DE


PAULO FREIRE

Flávia Hissamura Dias


Eliza Brito Freiberger de Moraes

A pesquisa descrita neste resumo visa apresentar e analisar as contribuições da Pedagogia


Libertadora de Paulo Freire no que se refere ao desenvolvimento humano e o processo de ensino
e aprendizagem nas aulas de Educação Física. Nesse sentido, visa compreender, por meio das
concepções teóricas e metodológicas do autor, os mecanismos envolvidos em uma prática
pedagógica eficaz dentro do processo de construção crítica dos conhecimentos. Dentro deste
panorama, demonstrar-se-á o importante papel do professor enquanto mediador de diversas
linguagens e de possibilidades educativas que conduzem a uma aprendizagem significativa. O
estudo apresenta uma abordagem teórica, com parte de revisão bibliográfica de obras de Paulo
Freire e de conceitos da teoria marxista, cujos fundamentos afirmam a existência humana é
reconhecida a partir da consciência crítica e da capacidade e se relacionar, de transcender além
de si mesmo. Nas aulas de Educação Física, a utilização de jogos e brincadeiras promovem o
diálogo e a interação social, o que evidência a possibilidade da contribuição do professor com
a formação de seres humanos dentro das práticas defendidas por Freire. Nesta direção, para o
citado autor, o processo de mediação ocorre de forma pedagógica e o desenvolvimento
intelectual por meio de temas geradores e descodificação/diálogo, reconhecido como o
elemento de destaque da interação social. Para Freire, o ato de educar envolve necessariamente
o de educar-se, sendo necessário aos professores cativar nos alunos o gosto pelo ensinar e
também pelo aprender, pelo desenvolvimento da afetividade, aprimoramento da humildade,
bem como pela busca da esperança, comprometidas na transformação dos alunos, da Educação
e do mundo. Na escola, o componente curricular Educação Física, vai muito além da prática de
esportes, do “rolar” a bola e do desenvolvimento de habilidades e aptidões físicas, o principal
enfoque deve estar no que é essencial na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental: o acesso à Cultura Corporal. A vivência dessas práticas é rica em significados e
cultura e assim, apresenta as aproximações com o ensino da Cultura Corporal dentro dos
conhecimentos da Pedagogia Libertadora de Freire. Neste ambiente se constroem relações
sociais, estabelece-se a liderança, observa-se a necessidade de tomada de decisões e a criação
coletiva de regras. Paulo Freire anunciava a solidariedade enquanto compromisso histórico de
homens e mulheres, durante os jogos é perfeitamente possível promover o desenvolvimento
desta habilidade. Claro está, portanto, que o professor ao problematizar as aulas, levando os
alunos a debaterem quais as melhores estratégias para suas ações coletivas, aliado às relações
sociais que o brincar proporciona, perceberá uma assimilação e internalização dos
conhecimentos aliados ao desenvolvimento integral do sujeito, sem que se perca a oportunidade
da formação crítica e criativa de cada um de seus alunos. Outrossim, o professor tem papel
fundamental na mediação dos conhecimentos, não apenas para mera transmissão de
conhecimentos, mas para que ocorra a formação dos saberes essenciais e que se aprenda
criticamente a viver em sociedade e assim, os alunos se tornem cidadãos que saibam interferir
em sua realidade concreta, com responsabilidade e liberdade como preconizava Paulo Freire.

Educação física. Desenvolvimento Humano. Paulo Freire.


GT 11 – EM PAUTA: PAULO FREIRE 3
09 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADOR: Prof. Dr. César Evangelista Fernandes Bressanin (UFT/PUC-GO)


(kaeserevangelista@gmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/dnf-viqz-dms

TRABALHO 1

LETRAMENTOS ACADÊMICOS E A (RE)CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS DE


DEMOCRATIZAÇÃO CIENTÍFICA SINALIZANTES, DIALÓGICOS E
EMANCIPATÓRIOS

PAULA APARECIDA DINIZ GOMIDES


Tiago da Silva Ribeiro
Wanderson Samuel Moraes de Souza

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi oficializada como a língua da Comunidade Surda em
2002 (BRASIL, 2002; 2005). Após essa oficialização, outros dispositivos foram regulados,
considerando a importância da criação de meios comunicativos democráticos que incluam os
surdos em nossa sociedade (BRASIL, 2010; 2015; 2021), culminando, recentemente, na
aprovação da educação bilíngue na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
Assim, entendendo que a Libras é a primeira língua dos surdos no Brasil, buscamos articular a
perspectiva dos Letramentos Acadêmicos (LEA; STREET, 1998; LILLIS, 1999) à perspectiva
Decolonial, defendendo a criação de espaços acadêmico-científicos por meio dos quais essa
língua possa circular de forma democrática e dialógica. Pautamo-nos na defesa de autores que
abordam a dicotomia criada entre a surdez e o ouvintismo, com o condicionamento dos surdos
à equiparação ao padrão ‘ouvinte’ (QUADROS, 2004; 2005), estabelecendo o que tem sido
chamado de colonização do ser, do saber e do poder (MALDONADO-TORRES, 2007;
MIGNOLO, 2003; 2010; QUIJANO, 2005). Ao contrário disto e em face ao aumento na
inserção de alunos surdos nos cursos de Graduação e Pós-Graduação brasileiros, defendemos a
realização de práticas de letramentos acadêmico-científicos que proporcionem a utilização da
Libras de uma forma livre e ampla, constituindo modos emancipatórios para que os surdos
possam ‘sinalizar os seus sinais’ (FIORINI, 2019, FREIRE, 2019; 2021). Assim, questionamos:
é possível a (re) construção de espaços de democratização acadêmico-científicos pautados na
utilização da Libras de maneira dialógica, em direção a um movimento acadêmico-científico
surdo de produção e circulação científica sinalizada? Quais seriam as bases, tendo em vista os
referenciais apontados, para a criação de espaços por meio dos quais a Comunidade Surda possa
discutir ciência em sua primeira língua? Nossa articulação é estabelecida por meio de um
trabalho de cunho qualitativo, baseado na revisão bibliográfica e levantamento de eventos e
periódicos que proporcionaram a criação de espaços outros de utilização linguística não restrito
à língua portuguesa. Entendemos que a produção científica em nosso país está envolta em regras
que expressam poder e subordinação a uma determinada prática de pesquisa que visa a nossa
equiparação aos grandes centros no Norte Global. Essa equiparação, estabelecida pelas
avaliações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),
promove políticas linguísticas baseadas na utilização da língua portuguesa escrita e do inglês
como formas de divulgação, o que suprime investidas mais democráticas, com a utilização de
línguas sinalizadas. Contudo, essa política tem limitado o acesso e a circulação, principalmente
em relação às produções que enfocam a própria Comunidade Surda, representando a negação
das contribuições emancipatórias que a Educação Bilíngue pode promover em nosso país.

Libras, Produção Científica, Colonização do ser, do saber e do poder.

TRABALHO 2

DAS VEREDAS DA OPRESSÃO AOS CAMINHOS DA RESISTÊNCIA DO SABER


LIBERTÁRIO: A EDUCAÇÃO BÁSICA NO CERRADO BRASILEIRO

Junior César Ferreira de Castro

Com as grandes mudanças sofridas na escola brasileira, do devir do ensino presencial para uma
aprendizagem remota e de modo emergencial na pandemia e os resultados no pós-coronavírus,
a educação pública exige um olhar especial quanto a adoção da pedagogia da resistência onde
professores, na busca de oportunizar à formação humanística dos alunos, adotam, de maneira
inconsciente, um ensino, freirianamente, consubstanciado no conhecimento de mundo e no da
palavra de seus sujeitos a fim de resgatá-los da opressão ocasionadas pelas diferenças sociais e
tecnológicas ressaltadas ainda mais com o vírus SARS-COV-2. Nessa perspectiva, a de ofertar
o ensino e a aprendizagem como uma ação libertária, a pesquisa se justifica e se torna relevante
no contexto atual ao levantar esse impacto na prática pedagógica uma vez que tanto às escolas
como os educadores se adaptaram, de forma improvisada, sem distinguir o ensino à distância
do remoto e a ausência de qualificação para atuar com as Tecnologias Digitais de Informação
e Comunicação (TDIC’s) para que a ética crítica, a competência científica-educacional e as
ações transformadoras chegassem aos discentes não apenas através do conteúdo, mas pelo seu
engajamento político baseado na autonomia, na cidadania e na dignidade (FREIRE, 2016). Com
efeito, o objetivo é elencar, via Triviños (2009) pelo método indutivo e qualiquantitativo através
de formulários eletrônicos com perguntas abertas, fechadas e, ainda, relatos de experiência dos
profissionais da educação básica do cerrado brasileiro, impactos negativos, positivos e tomadas
de decisões na implementação do currículo adaptado ao resgatar as competências e habilidades
defasadas por meio de metodologias ativas (MORAN, 2017) e de aprendizagens inovadoras
centradas na transfiguração da prática docente para que os alunos aprendessem sem pressões,
com criticidade voltada à serviço da transformação e libertação social (FREIRE, 2018). Se a
problemática está no ato de resistência dos educadores em mediar o saber, mesmo marcado pelo
sistema opressor das desigualdades educacionais e tecnológicas, o estudo é relevante na medida
em que o ensino convoca as experiências vividas desses sujeitos, historicamente, construídos
antes, durante e pós-pandemia ao constituir da pedagogia em processo afirmada pelos próprios
indivíduos como seres humanos dotados de consciência crítica, afastando-os assim de qualquer
operação do opressor contra o oprimido. Para isso, fundamentamos em Paulo Freire (2013,
2016, 2018), nos princípios teóricos de Tardif (2007), Libâneo (2012), Moraes (1997), Sanz,
Sáinz e Capilla (2020); Harris (2020), Charlot (2013) e Young (2020); bem como em Botomé
(1997), Hodges et al (2020), Masetto (2010) e Zhu e Liu (2020), sustentando os novos caminhos
trilhados à educação básica quanto ao desenvolvimento de aprendizagens ativas, da pedagogia
libertadora capaz de envolver todos os agentes no processo do aprender a conhecer, aprender a
fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

Educação Básica, Resistência, Pedagogia da libertação.

TRABALHO 3

APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PIBID: CONTRIBUIÇÕES A PARTIR DA


PERSPECTIVA FREIRIANA

Kaliane Valdemiro Dos Santos


Rubens Mateus Bezerra de Lucena
Iure Coutre Gurgel

Essa pesquisa têm como objetivo investigar quais as contribuições que o Programa Institucional
de Bolsas de Iniciação a Docência – PIBID, pode trazer para os alunos do curso de Pedagogia
tendo em vista a sua formação acadêmica e experiência inicial com a docência, a partir do
referido programa, a fim de identificar os aportes necessários para a atuação profissional de
professores iniciantes. A pesquisa parte em consonância do nosso projeto de pesquisa científica,
aprovado por meio do edital n° 002/2021-PROPEG/UERN, pelo Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação Científica- PIBIC, no qual buscamos compreender as relações que o PIBID
têm com os cursos de licenciatura do Campus Avançado de Patu, da Universidade do Estado
do Rio Grande do Norte – CAP/UERN, direcionado, especificamente, ao curso de Pedagogia.
Ressaltamos que a formação docente no curso de Pedagogia, está atrelada à formação de
professores da Educação Infantil e também dos anos iniciais do Ensino Fundamental I e da
Educação de Jovens e Adultos-EJA. No entanto, conforme alguns aportes legais, como é o caso
da aprovação da LDB (1996), juntamente com a DCN (BRASIL,2019)P, Diretrizes
Curriculares, estabeleceu-se ao curso de Pedagogia, a base para a docência. Mediante tudo isso,
concordamos que o PIBID é considerado mais uma dessas conquistas, mesmo em meio às
incertezas e divergências que vêm ocorrendo, mas este constitui-se como uma política de
formação à docência nutrida por experiências e aprendizagens singulares e plurais construídas
no chão da escola, por meio de uma relação dialógica e colaborativa entre professores e
licenciandos. Destacamos que a referida pesquisa está em fase inicial, onde estamos realizando
os estudos teóricos acerca da temática em discussão. O referencial teórico que sustenta o estudo,
baseia-se nas discussões sobre políticas de apoio a professores iniciantes (ANDRÉ, 2012),
professores iniciantes e primeiros anos de docência (GARCIA, 1999; GARIGLIO, 2015;
GONÇALVES, 1995; TARDIF, 2002) e formação de professores (NÓVOA, 1987; GARCIA,
1999; GONÇALVES, 1995; TARDIF, 2002). O contorno metodológico da referida pesquisa,
caracteriza-se pela abordagem qualitativa, a partir do desenvolvimento da pesquisa
bibliográfica, como forma de aprofundarmos os estudos voltados a questão da inserção
profissional docente, desenvolvimento profissional, da profissionalidade e dos saberes docentes
construídos por meio da aprendizagem da docência. Destacamos a necessidade do
desenvolvimento da pesquisa documental, que segundo Gil (2010) apresenta algumas
vantagens, por ser fonte rica e estável de dados, não implica altos custos, não exige contato com
os sujeitos da pesquisa e possibilita uma leitura aprofundada das fontes, realizada a partir de
documentos, contemporâneos ou retrospectivos. Por fim, utilizaremos o método do grupo focal,
a partir das narrativas das docentes participantes desta pesquisa, sobre suas aprendizagens,
vivências e experiências construídas no período de inserção profissional docente.

Aprendizagem da docência, PIBID, Professores iniciantes.

TRABALHO 4

EDUCAÇÃO LIBERTADORA: PAULO FREIRE E SUA CONTRIBUIÇÃO NO


PROCESSO DE APLICAÇÃO DE NOVAS METODOLOGIAS.

Tauana Tamires da Rocha Silva


Ivan Caio Souza do Nascimento

O presente artigo tem o intuito de abordar a importância e a relevância de Paulo Freire para a
educação, metodologia de alfabetização dentro de um pensamento crítico-reflexivo buscando
elucidar o autoritarismo vivenciado pela sociedade contemporânea. No primeiro ensejo busca-
se abordar a essência do “método” freiriano, no qual se observa a ligação entre homem,
sociedade e educação onde uma necessita da outra para consolidar a base metódica de
alfabetização em adultos. No segundo momento observa-se como Paulo Freire interpretava a
sociedade brasileira no ano de 1960. Dentro desse processo Freire acredita que a libertação e a
evolução da mente humana estão na educação. O terceiro momento evidencia a prática
educacional baseado no vocábulo conscientizar, termo que seria o conceito central das ideias
propostas pelo educador, procurando aclarar a educação como prática de liberdade e o caminho
de conhecimento crítico-reflexivo. Para a realização deste trabalho foram executados estudos
em escritos de Freire (2007), Saviani (2021) entre outros autores. Tendo em vista o legado
deixado por Freire e contrário do que muitos pensam, o educador não se constituiu como atuante
praticante das suas reflexões, mas suas teorias e seus escritos tomaram dimensões exteriores e
impulsionaram uma educação revolucionaria e libertadora. O sucesso da experiência com as 40
HORAS EM ANGICOS, que foi sua primeira ação efetiva, motivou o aprimoramento para por
em prática suas teorias metodológicas incentivando assim, a continuação de seu trabalho,
embasando pesquisas e trabalhos de outros estudiosos e profissionais da educação.

educação, conscientização, desenvolvimento

TRABALHO 5

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E A AUTONOMIA


FREIRIANA.

Ellén Leonarda da Silva


Sebastião Alison Noberto dos Santos

Brasil: um país com altos índices de analfabetismos, cujo fruto é o resultado de um período
histórico da colonização brasileira da qual desencadeou uma estratificação social e de racismo
estrutural que molda a sociedade, sendo um infeliz cenário ainda nos dias atuais, uma verdade
irrefutável que se faz presente na contemporaneidade. Nesse sentido, percebe-se que é algo
ainda mais profundo. Baseado nisso, nota-se a importância da construção da autonomia
educacional defendida por Paulo Freire, tornando-se uma forma de endossar a Educação de
Jovens e Adultos (EJA), de modo que desenvolva a aprendizagem como forma de autonomia
social para a viabilização de suas práticas cidadãs e, levando em consideração a vivencia de
mundo do docente, transformar uma educação conteúdista em uma educação de libertação
dentro dessa estruturação desigual que ajuda os indivíduos a compreender e apreender,
deixando nítido que o ensinar, o acesso à educação são portas para novas visões de mundo,
novos seres pensantes e críticos. O presente estudo estará baseado na pesquisa teórica e
metodológica em dados e pesquisa documental e bibliográfica, trazendo pontuações de Paulo
Freire (2001-2011) e Henry A.Giroux (1997), evidenciando o papel transformador do educador
a frente da educação de jovens e adultos. Nessa linha de raciocínio, há incontáveis razões que
contribuem para explicarmos a(as) importância(as) dessa pesquisa voltada à comunidade da
EJA, sendo uma delas o papel da independência de pensamento capaz de oferecer, ao aluno
jovem ou adulto, a construção de suas impressões individuais sobre o que o cerca. A sociedade
precisa reconhecer o quanto os alunos desta modalidade de ensino ainda estão presos a
estereótipos e o quanto, hoje, devemos discutir sobre o grau de individualidade crítica é de valor
imensurável para a constituição de um pensante analítico e reflexivo. Desse modo, a construção
desse novo sujeito da EJA será importante porque os estereótipos negativos sobrepostos a esses
indivíduos certamente vão mudar, já que a pretensão se dará justamente por derrotar, de uma
vez por todas, a ideia infundada de que o aluno da modalidade de Ensino Jovens e Adultos não
pode desempenhar um papel crítico e reflexivo sobre questões que o cerca no corpo social do
qual este sujeito também faz parte. De modo o desenlace desse estudo tem por objetivo
vislumbrar uma educação integradora com possibilidade para a superação dessa estratificação
social. Conjecturando que ensinar não é transferir saber, mas possibilitar troca de saberes entre
os envolvidos, tornando a escola um âmbito fundamental para realização de uma formação
cidadã, não excludente, utilizando da autonomia como engrenagem na ressignificação da
aprendizagem. Todavia é notória a importância da autonomia como mecanismo nas práticas de
ensino, sendo ela um fator de grande importância para a construção de mecanismos inovadores
na educação de jovens e adultos.

Educação Jovens e Adultos, Autonomia, Paulo Freire.


GT 12 – EM PAUTA: TEMAS EDUCACIONAIS E
FREIREANOS I

09 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADOR: Doutorando RAIMUNDO JUNIOR (PPGE-PUC-GO)


(rnnjunior@hotmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/kmn-vqqw-phh

TRABALHO 1

APOIO MULTISSENSORIAL EM ESPELHAMENTOS NA ESCRITA – UM ESTUDO DE


CASO

Erika Ferreira Schmid

Este estudo mostra relato de intervenção em uma criança que cometia “espelhamentos” na
escrita de letras, com quadro de comprometimento de coordenação e distúrbio psicomotor. Foi
descrita a metodologia multissensorial aplicada, sem necessidade de uso de materiais especiais
e fácil aplicação. Foram utilizados os referenciais teóricos de Piaget, Saussure, Helen Keller e
Montessori. Como resultado, observou-se que tais intervenções podem ser bem-sucedidas,
desde que realizadas lúdica e precocemente

Espelhamentos, escrita, multissensorial

TRABALHO 2

ELABORAÇÃO DE UM OBJETO VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SOBRE O


CONTEÚDO DE TABELA PERIÓDICA PARA O ENSINO REMOTO.
Luan Rezende Peccini
Viviane do Santos Marques

Objetiva-se com este trabalho, apresentar um relato de experiência educacional, em relação a


construção de um Objeto Virtual de Aprendizagem (OVA), realizado no programa Residência
Pedagógica do curso de Química - Licenciatura da Universidade Federal do Espírito Santo
(UFES). A pandemia causada pelo COVD-19, afetou diretamente as atividades educacionais, a
falta de contato entre os estudantes, professores e a escola acarretou defasagens dos conteúdos
programáticos e, por consequência, perdas no processo de ensino-aprendizagem. Nessa
perspectiva, foi desenvolvido um OVA referente aos conteúdos relacionados à Tabela Periódica
para alunos do 1° ano do Ensino Médio da escola pública EEEFM Aristeu Aguiar, a fim de
identificar os conhecimentos acerca do conteúdo proposto, além de promover acesso a
diferentes tipos de metodologias e abordagens para o ensino aprendizagem dos estudantes. De
acordo com Leite (2018) as tecnologias podem permitir um novo diálogo da escola para com
os indivíduos e com o mundo, reformulando as relações entre professores e alunos e da escola
com o meio social ao diversificar os meios de construção do conhecimento, bem como inovar
os processos e métodos de aprendizagem, de modo a gerar inúmeras possibilidades na prática
educativa. Nesse sentido, diante do cenário atual de aulas virtuais, faz-se necessário o
desenvolvimento e utilização de novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).
Sendo assim, enquanto futuros professores, é imprescindível a capacitação durante o processo
formativo sobre o uso das tecnologias no ensino e as práticas pedagógicas que a envolvem, bem
como o conhecimento das suas potencialidades na aprendizagem. De acordo com Braga e
Menezes (2014), o OVA é considerado um recurso digital que tem como principal característica
a reusabilidade em diferentes contextos e, que contribuem para aprendizagem de um
determinado conteúdo, atuando como ferramenta auxiliadora à mediação do conhecimento,
além de concomitantemente, estimular o desenvolvimento de capacidades pessoais como a
imaginação e criatividade. Para isso, o OVA pode conter diversos recursos como vídeos,
imagens e mídias que compreendam os diversos tipos de aprendizagem presentes em uma sala
de aula. Vale ressaltar que este instrumento é um material complementar, que deve ser
trabalhado sob orientação do professor, com suas respectivas orientações e de maneira integrada
aos conteúdos (BENITE, et al., 2011). O percurso metodológico compreendeu a seleção de uma
plataforma para a construção do site, a estruturação dos conteúdos a serem abordados,
desenvolvimento de infográficos, aplicação de imagens, jogos, vídeos de apoio, exercícios,
avaliação diagnóstica (inicial) e avaliação final.

Objeto Virtual de Aprendizagem, Tecnologia, Ensino de Química.

TRABALHO 3
OS DESAFIOS DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA ALFABETIZAÇÃO EM TEMPOS
PANDÊMICOS: COM A PALAVRA, AS PROFESSORAS

Brena Karolayne da Silva Oliveira


Leticia Ferreira Vieira
Iure Coutre Gurgel

Resumo: A alfabetização constitui-se de uma etapa importante para o desenvolvimento


humano, tendo em vista que é nessa fase que a criança começa a dominar a leitura e a escrita,
por meio de práticas sociais do dia a dia, construindo assim, sua autonomia e identidade
enquanto pessoa letrada pertencente a um grupo social. É a base da construção do
conhecimento, que se faz a partir da interação da criança com o professor e com os colegas na
sala de aula. Com a pandemia da COVID-19, foi necessário às escolas se readequarem,
desenvolvendo um trabalho pedagógico no formato remoto, onde alunos assistiam aulas em
suas casas a partir de um celular ou computador, e assim, foi necessário obedecermos aos
protocolos sanitários estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), dentre tais
medidas, destacamos o isolamento social, sendo uma prática que nos afastou da sala de aula de
forma presencial, pois ocasionou o fechamento das escolas. A partir da necessidade de entender
melhor sobre o trabalho pedagógico na alfabetização durante a pandemia e os impactos que
essa modalidade acarretou para a prática do professor, foi que decidimos pesquisar mais sobre
a temática, objetivando compreender como acontece o trabalho do professor alfabetizador em
tempos pandêmicos. Como referencial teórico, nos respaldamos nas ideias de: Brasil (2018),
Gomes; Paiva; Sampaio (2021), Rio Grande do Norte (2018), dentre outros. O contorno
metodológico da nossa pesquisa é de abordagem qualitativa, a partir da realização de uma
pesquisa documental e empírica, por meio da realização de uma entrevista com professoras do
1° ano de uma escola municipal de Rafael Godeiro/RN. Os resultados evidenciados em nossa
pesquisa apontam para os vários desafios enfrentados pelas professoras alfabetizadoras, dentre
eles a dificuldade que muitas crianças tem em participar das aulas remotas por não terem um
aparelho celular ou computador, o que inviabiliza a operacionalização da prática pedagógica
das professoras, e assim, exige das mesmas, que se reinventem, buscando assim, desenvolver
metodologias diversificadas e que atendam ao trabalho com qualidade, favorecendo o processo
de alfabetização dos educandos.

Palavras-chave: Alfabetização, Ensino remoto, Aprendizagem

TRABALHO 4

AVALIAÇÃO DAS LINGUAGENS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: AVALIAR PARA


PROMOVER

Maria Jucineide de Souza

RESUMO: Na Educação Infantil, que é a primeira etapa da Educação Básica, a avaliação da


aprendizagem tem um papel fundamental na construção cognitiva do aluno. Desenvolver o
domínio das linguagens, torna-se fundamental para a participação social efetiva do educando,
e deve ser entendida a partir da perspectiva do desenvolvimento da criança. Discutir visões que
se tem a respeito da avaliação das linguagens na Educação Infantil, como são apresentados os
instrumentos avaliativos e quais os fatores que favorecem o processo de avaliação. Foi realizada
uma pesquisa bibliográfica, pautada a partir de reflexões junto a autores, como também, em
documentos oficiais que abordam essa temática. É sabido que a avaliação decorre, sem
exceções, todas as etapas da nossa educação, desde a educação infantil até o mais alto grau
entre os profissionais. A avaliação na Educação Infantil é um conjunto de procedimentos
didáticos que se prolongam por um longo tempo e em vários espaços escolares, é processual
e visa, sempre, a melhoria dos avaliados. Destarte, faz-se a utilização de abordagens
pedagógicas que acolha e promova o aprendizado efetivo dos alunos, de maneira
contextualizada e ampla, baseado nas vivências do educando. A Educação Infantil deve
proporcionar um ambiente rico em conhecimento linguístico e práticas pedagógicas favoráveis
ao aprendizado da linguagem verbal. A língua verbal na Educação Infantil ocorre a partir de
práticas educativas realizadas com a intencionalidade de aprender de forma espontânea,
naturalmente. Todavia, orienta-se que o professor em sua proposta educativa utilize oralidade
e a escrita para ampliar o vocabulário infantil, pois o contato com uso formal da língua pode
não ocorrer de maneira adequada em casa e, é na escola que vai aprender como usar a linguagem
de forma mais próxima da nossa norma culta. Partindo da conjectura de que a avaliação escolar
efetiva deve ser contínua na prática docente, ressalta-se a importância de garantir a efetivação
desse processo no decorrer do ano letivo, visto que, segundo autores, a prática avaliativa
dentro desta perspectiva promove o sucesso do fazer pedagógico e do aprendizado efetivo dos
alunos. Portanto, conclui-se que, ao ressignificar a prática docente, o educador, estará
alcançando com êxito o seu papel de avaliador-mediador, visando atingir as competências
esperadas na aquisição da escrita e dos saberes linguísticos dos alunos. Portanto, verificou-se
que a avaliação é de suma importância para o processo educacional, a partir de uma junção
entre teoria e prática, utilizadas de forma eficaz, afim de priorizar o desenvolvimento dos
educandos.

PALAVRAS-CHAVE: Avaliação; Educação Infantil; Linguagem Verbal.

TRABALHO 5

CINEMA E ENSINO: A UTILIZAÇÃO DO ANIME CELLS AT WORK COMO


PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO DA BIOLOGIA À ALUNOS DO ENSINO
MÉDIO

André Luiz da Silva Lima Júnior

Cells at Work! (originalmente, Hataraku Saibou, sem tradução para o português brasileiro) é
uma série de mangá japonês escrito e ilustrado por Akame Shimizu, sendo adaptada para
televisão pelo estúdio japonês David Productions em formato de anime (animação japonesa)
em 2018. Em razão do aumento da utilização da linguagem audiovisual no cotidiano de crianças
e adolescentes nos últimos anos, é imprescindível que educadores acompanhem essas mudanças
objetivando aprimorar o processo de ensino-aprendizagem. O aproveitamento da
cinematografia é uma tática incentivada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL,
2000), que pretende difundir a cultura brasileira aos estudantes do ensino fundamental e médio
intermediados pelo cinema. Tendo isso em mente, este trabalho visa empregar a linguagem
audiovisual como base pedagógica no ensino da biologia para alunos do ensino médio. A
adaptação cinematográfica em anime, foco deste trabalho, narra a história de células
antropomorfizadas que trabalham dentro de um corpo humano. Os episódios analisados foram:
Pneumococcus, Arranhão e Sistema Circulatório. De acordo com os Parâmetros Curriculares
Nacionais (BRASIL, 2000), no que diz respeito a contextualização sociocultural, é importante
que o aluno desenvolva a capacidade de identificar aspectos biológicos relacionados aos
aspectos culturais. Nesse sentido, o anime Cells at Work mostra-se um útil material pedagógico
na construção do conhecimento científico, dado sua precisão/referencial científica. O objetivo
deste trabalho é mostrar a utilidade do anime como ferramenta pedagógica no ensino da
biologia, sobretudo, do sistema imunidade e sistema circulatório a alunos do ensino médio.

Cinema, Anime, Ensino.


GT 13 – EM PAUTA: TEMAS EDUCACIONAIS E
FREIREANOS II

09 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADORA: Doutoranda MARLIANE DIAS (PPGE-PUC-GO)


(mdisigoias@gmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/dde-kdgb-gyz

TRABALHO 1

O BRINCAR CRIATIVO E A CULTURA MAKER NA EDUCAÇÃO

Isabela Moreira Pinto


Fabrícia Pereira Teles

O presente trabalho busca apresentar os resultados preliminares alcançados com o projeto de


pesquisa “Cultura Maker e Educação: um movimento em prol do brincar criativo?”. Este projeto
faz parte do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC, 2021-2022), o
qual é vinculado a Universidade Estadual do Piauí – UESPI, no Campus Professor Alexandre
Alves de Oliveira, em Parnaíba-PI. A cultura maker se configura em um movimento pela busca
da autonomia do indivíduo, a mesma acredita no desenvolvimento do homem através da sua
capacidade de resolver problemas cotidianos, superando desafios e realizando por si atividades
as quais outrora julgava difíceis. Este trabalho traz como objetivo conhecer os fundamentos
teóricos que norteiam a cultura maker na educação almejando descobrir possíveis relações entre
essa cultura e o desenvolvimento do brincar criativo na teoria vigotskiana. Para respaldar a
investigação desse objetivo, o trabalho está fundamentado na Teoria da Atividade Sócio-
Histórica-Cultural (TASHC), a qual defende a relação entre os seres humanos e a sociedade
como um ponto fundamental de desenvolvimento e de formação dos sujeitos. A realidade do
indivíduo é uma questão central na cultura maker, pois a mesma defende a importância do
alinhamento dessa realidade vivenciada com o processo de ensino desse sujeito, isso pode ser
visto na crença de que o humano é capaz de resolver os seus dilemas do cotidiano e que isso
acarreta benefícios para ele. A relação entre o que o indivíduo está aprendendo e a sua realidade
diária é algo defendido também por Paulo Freire, tendo em vista que o autor acredita no
desenvolvimento do sujeito a partir de uma consciência social e política transformadora. O
trabalho está amparado por uma metodologia de abordagem qualitativa, com carácter
exploratório e de cunho bibliográfico, pois realiza-se uma investigação teórica sobre os
fundamentos da cultura maker, as definições da Teoria Vigotskiana e a relação entre ambas por
meio de pesquisas em dados eletrônicos e impressos de natureza científicos. Como resultados
preliminares aponta-se indícios de vínculo entre as bases teóricas da cultura maker e a defesa
da Teoria Vigotskiana no que se refere a experimentação na imaginação e na aprendizagem,
especialmente no seu impacto para o desenvolvimento do indivíduo. Conclui-se então a
importância da valorização do brincar na infância e da necessidade do vínculo entre a realidade
e a educação para a formação integral do indivíduo por meio de uma cultura do faça você
mesmo.

Cultura Maker, Brincar, Lev Vigotski

TRABALHO 2

LITERATURA BRASILEIRA EM QUADRINHOS: POSSIBILIDADES DE LEITURA NO


ENSINO MÉDIO
Vitória De Jesus Costa de Paula
Esta comunicação tem por objetivo discutir a possibilidade de trabalhar livros de literatura em
formato de histórias em quadrinhos no ensino médio, tendo em vista que os alunos costumam
parecer desestimulados em relação a leitura, principalmente quando se pensa em literatura
brasileira mais antiga, portanto, esta pesquisa busca pensar em maneiras de despertar o desejo
pela leitura. Para isso, adotou-se uma pesquisa bibliográfica, a luz de autores como: FREIRE
(1989), BARBOSA (2004), FOGAÇA (2002-2003).As seções da pesquisa encontram-se
divididas em: 1. Literatura em quadrinhos; que busca comentar algumas obras e como funciona
essa transição de livro para história em quadrinhos. 2. Leitura de Clássicos; que pretende
comentar a importância de se incentivar a leitura dos clássicos, principalmente no ensino médio.
3. Os quadrinhos como incentivo aos livros e cultura do Brasil; que busca comentar como essas
leituras da literatura brasileira em quadrinhos pode contribuir para instigar os alunos em
conhecer novas histórias e entender a cultura do Brasil a partir delas. Desse modo, para que se
incite o hábito de ler, pensou-se nessa proposta, que busca além de motivação de leitura,
apresentar a literatura brasileira para os alunos do ensino médio.

Literatura Brasileira, Histórias em quadrinhos, Leitura no ensino médio.

TRABALHO 3
LETRAMENTO DIGITAL: HABILIDADE PARA FORMAR EDUCANDOS CRÍTICOS

ANA VITÓRIA DAMASCENO AMORIM


Fabrícia Pereira Teles

A geração de crianças e adolescentes do século XXI, já nasceram imersos na diversidade de


recursos tecnológicos, tendo as mesmas como parte integrante desde muito cedo do seu mundo
(MATIAS, 2016). Recuperando o pensamento freiriano entendemos que a escola precisa
trabalhar com os conteúdos curriculares de acordo com a realidade do educando, para que ela
possa formar indivíduos críticos capazes de enfrentar uma sociedade marcada por desigualdade
e injustiça. Por isso, o letramento digital torna-se habilidade fundamental requerida por todos
educandos a partir do momento em que as práticas de leituras e escritas verbal e não verbal
estão acontecendo nas telas do computador, celular, tablet, entre outros, precisando de
conhecimentos específicos para se moverem nesse universo digital. Além do mais, a BNCC
(2017) orienta os professores a desenvolverem nos seus alunos a competência da cultura digital,
que é justamente o uso ético e responsável dos recursos tecnológicos, de modo que produzam
conhecimento, analisem informações e evitem cair e disseminar fakes news. O objetivo deste
trabalho é discutir o letramento digital como habilidade essencial na formação de educandos
críticos e reflexivos. A pesquisa faz parte do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
Científica PIBIC (2021-2022) da Universidade Estadual do Piauí- campus Parnaíba. A
metodologia adotada é a bibliográfica do tipo revisão de sistemática de literatura, com
abordagem qualitativa. O banco de dados utilizado foi a SciELO Brasil, onde foi encontrado
com a busca “Letramento Digital” nos títulos dos trabalhos cerca de 6 artigos no período de
2016 a 2020. A exclusão se deu por meio da utilização do índice remisso, ou seja, os trabalhos
que tinham menos palavras no decorrer do texto sobre letramento digital não foram analisados
para a pesquisa, incluídos um total de 3 artigos que seguiram esse critério estabelecido. Os
resultados preliminares revelam que o letramento digital é habilidade imprescindível para ser
desenvolvida nos educados, pois em meio a tantos recursos tecnológicos, eles precisam de
conhecimentos específicos sobre o letramento digital para usufruir de forma consciente e
libertadora, bem como se instrumentalizar de meios para transformar a sociedade atual.

Letramento digital; Educando; Escola.

TRABALHO 4
TRAÇANDO CAMINHOS DA ESCOLARIZAÇÃO EM CRECHES NO ESTADO DO
PIAUÍ

Mônica Souza da Silva


Fabrícia Pereira Teles

Este trabalho tem por principal objetivo mapear a situação da escolarização de crianças em
creches no âmbito da Educação Infantil de cidades do Estado do Piauí, haja vista a importância
e necessidade de estimular a curiosidade e a autonomia da criança desde os primeiros anos de
vida e oferecer condições adequadas para seu desenvolvimento e, assim, como nos é dito por
Paulo Freire(1988), aprender a ler o mundo. É uma pesquisa em andamento realizada em
parceria entre Universidade Federal do Piauí e Universidade Estadual do Piauí, ou seja, trata-
se de uma das células do Projeto Guarda-Chuva Observatório da política educacional piauiense:
monitoramento da ação estatal e direito à educação, coordenado pelo Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Políticas e Gestão da Educação (NUPPEGI/UFPI).Especificamente, tem a
intenção de a) levantar dados estatísticos sobre o número de Instituições de Educação Infantil
que oferecem atendimento a crianças menores de três anos em cidades do norte piauiense; b)
explorar indicadores que revelem o movimento da situação das matrículas de crianças nas
creches em cidades do norte piauiense nos últimos cinco anos; c) analisar os dados obtidos à
luz da Meta 01 do Plano Nacional de Educação. Vem adotando como procedimento
metodológico básico o estudo bibliográfico, haja visto que o tema necessita de levantamento de
informações já produzidas em outros trabalhos científicos e banco de dados estatísticos
educacionais. Os bancos de dados em que terão seus indicadores explorados são: Portal da
Fundação Abrinq, na seção Observatório da Criança; Portal do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira – Inep, especialmente os dados do Censo Escolar dos
últimos cinco anos; e Portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, ano de
referência, 2020. Os dados inicias da investigação apontam um crescimento no número das
matriculas de crianças em creches no Estado do Piauí, segundo informações do Censo Escolar.

Matricula, Creche, Educação Infantil.


TRABALHO 5

A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO DO CAMPO CONTRA HEGEMÔNICA

Maria Clara Carneiro Câmara


Maria Aparecida Vieira de Melo

A hegemonia perpassa o campo educacional desde os primórdios da educação do país e, apesar


do avanço em combater a supremacia do colonizador e declarar a permanência de uma educação
que combata a cultura de violência as minorias e o silenciamento das mesmas, estas práticas
permanecem presentes na sala de aula até a atualidade, nas modalidades que constituem a
educação básica brasileira. Na formação do professor, é necessário refletir acerca do tipo de
aprendizagem que deve-se passar para o estudante através dos instrumentos de avaliação. Então
a proposta segue o intuito de acompanhar e investigar se o conhecimento sob perspectiva da
avaliação decolonialista acerca do conteúdo pragmático do currículo escolar com respeito as
diversidades em sala de aula é de fato aplicado nas escolas do campo, a destacar pela
modalidade que abrange os grupos residentes no contexto territorial e cultural do campo e que
segue um movimento constante de luta pela permanência nas escolas, devido à desvalorização
e fechamentos dalas, presentes nos campos pelo Brasil. De referências teóricas para fomentar a
discussão da temática, serão abordados conceitos de autores como ARROYO (2012), PAIN
(2019) e CALDART (2012) ao tratar sobre a avaliação na visão contra hegemônica e decolonial
junto às questões de diversidade e conceitos dentro da educação do campo. Dentro do
procedimento metodológico, será desenvolvido uma pesquisa qualitativa com a análise de
dados, por meio da análise de conteúdo de BARDIM (2016), e tem como objetivo analisar o
aporte teórico, afim de consubstanciar a importância da avaliação decolonial dentro da
educação do campo para combater os preconceitos e subjetividades acerca do sujeito do campo
dentro do currículo escolar.

educação do campo, práxis pedagógica, avaliação decolonial.


GT 14 – EM PAUTA: TEMAS EDUCACIONAIS E
FREIREANOS III
09 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADORA: Doutoranda NÍVEA OLIVEIRA COUTO DE JESUS (PPGE-PUC-GO)


(niveacouto@hotmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/kun-fbkm-eyk

TRABALHO 1

O LÚDICO ENQUANTO FERRAMENTAS PARA O ENSINO DA MATEMÁTI/CA:


UMA EXPERIÊNCIA NO ESTÁGIO II

Aristóteles Ferreira da Silva Neto


Ester Gabriela da Silva Dantas

Esse artigo tem como principal finalidade analisar como a ludicidade pode ajudar o estudante
no entendimento dos conteúdos repassados das matérias impostas nas aulas de matemáticas do
4° ano do Ensino Fundamental. Por intermédio disso procuramos um referencial teórico que
parte desde dos ensinamentos de Borin (1998) até as ideias de Ramos (2017). A ação de
transformar atividades enfadonhas que muitas vezes são consideradas como uma forma de
castigo em sala de aula em exercícios prazerosos que desenvolvam o gosto e coordenação
motora tanto fina quando grossa dos alunos, se tornando assim as aulas mais atrativas para
aluno. Assim partindo da problemática levantada foi delimitado o objetivo que teve como
principal proposito refletir a importância dos jogos e das brincadeiras, numa perspectiva lúdica
no processo de ensino e aprendizagem dos alunos 4° ano da Escola Estadual Xavier Fernandes.
Com base nas reflexões acerca das vivências construídas ao longo do estágio, concluiu-se que,
através da ludicidade na matemática, é possível possibilitar o desenvolvimento de diversas
habilidades nos estudantes, favorecendo o aperfeiçoamento intelectual, resgatando a
autoconfiança na capacidade e no potencial individual e possibilitando o alcance da segurança
com relação à aprendizagem da referida área do conhecimento.

Ludicidade. Jogos. Matemática. Estágio.


TRABALHO 2

OFERTA DE CURSOS TÉCNICOS NA FRONTEIRA OESTE DO RS

ANALIA FERRAZ RODRIGUES

Este trabalho integra um estudo sobre o ingresso e permanência de alunos com deficiência em
cursos técnicos da rede pública da fronteira oeste do Rio Grande do Sul/RS, e neste momento,
apresenta dados sobre o cenário da oferta de cursos técnicos na fronteira oeste do RS. Como
critério para delimitar a área de abrangência, foi considerado o mapa organizado pela AMFRO
– Associação dos Municípios da Fronteira Oeste, que engloba treze municípios da região.
Como procedimento metodológico foi utilizado o contato direto com todas as instituições de
ensino mencionadas para o levantamento de dados, que posteriormente foram analisados de
maneira quantitativa. Desta forma, tem-se uma investigação descritiva documental, que como
resultados, localizou 41 cursos técnicos nas redes estadual e federal, em sete dos treze
municípios investigados: Uruguaiana possui cursos no Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia Farroupilha (IFFar) e na Escola Estadual Uruguaiana; Alegrete possui também
cursos no IFFar e nas escolas Estaduais Dr. Lauro Dornelles e Emílio Zuñeda, São Borja possui
cursos técnicos apenas no IFFar, São Gabriel possui um Centro de Referência do IFFar e a
Escola Estadual XV de Novembro, Santana do Livramento possui cursos técnicos no Instituto
Federal Sul-rio-grandense (IFFSul) e na Escola Estadual General Neto, Maçambará e Rosário
do Sul, possuem respectivamente as escolas estaduais Encruzilhada e Plácido Castro que
ofertam educação de nível técnico. A menor oferta de diversidade de cursos encontra-se em
Maçambará e o município com maior oferta é Santana do Livramento, com dezesseis cursos
em doze áreas diferentes. Assim, observa-se a disparidade em termos de oferta de educação
técnica e tecnológica na fronteira oeste.

EPT. Curso Técnico.

TRABALHO 3
A ABORDAGEM EXPERIMENTAL NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO DE CIÊNCIAS:
UM DESAFIO PARA OS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL

Juliana Ferreira Fernandes


Suzete Rosana de Castro Wiziack

Este estudo visa analisar as concepções de professores de Ciências das Séries Iniciais do Ensino
Fundamental, de uma escola municipal do estado de Mato Grosso do Sul, acerca da importância
e aplicabilidade da experimentação no Ensino de Ciências. O objetivo geral da investigação é
analisar os impedimentos e as dificuldades apontadas pelos professores para a pouca ou quase
nula utilização da Abordagem Científica Experimental nas aulas de Ciências e produzir uma
sequência didática com atividade experimental para ser aplicada nas aulas de ciências dos anos
iniciais. De cunho quanti-qualitativo, a investigação utiliza a pesquisa bibliográfica e a coleta
de dados empíricos através de um questionário semi-estruturado com professores da escola, que
visa as considerações dos mesmos sobre a experimentação na formação dos mesmos e a prática
docente em sala de aula. No tratamento dos dados coletados com os professores é usado o
software Iramuteq. A reflexão sobre a experimentação visando a produção de uma sequência
didática para as séries iniciais do Ensino Fundamental I, será sistematizada através dos Três
Momentos Pedagógicos de Demétrio Delizoicov, baseada na educação problematizadora
proposta e idealizada por Paulo Freire. Ainda, busca-se o aporte da área de ciências como
Angotti (2015), Giacomini (2015), Pernambuco (2002) e Delizoicov (2008), além de Paulo
Freire (2005). Os resultados preliminares apontam que a aplicabilidade da experimentação
ainda é encarada como um grande desafio para os docentes, sendo pouco desenvolvida na
prática pedagógica. Espera-se contribuir com os professores na discussão do tema e na
construção de atividades experimentais, motivando o interesse e a curiosidade dos mesmos para
que atuem como mediadores do conhecimento e autores da construção do próprio saber.

Experimentação Séries Iniciais Ensino de Ciências.

TRABALHO 4

O ENSINAR MATEMATICAMENTE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UMA


CONSTRUÇÃO DE SABERES AO LONGO DA VIDA

Gênesis Guimarães Soares


Davi Milan

No contexto educacional, social e político, têm-se vislumbrado um cenário nebuloso para a


Educação de Jovens e Adultos (EJA), uma vez que essa modalidade de ensino tem sofrido
devido as negligências decorrentes da exclusão dessa modalidade de ensino de diversas
políticas educacionais e, não apenas, a prevalência da existência da ideia de que é uma forma
compensatória de ensino que visa reparar uma falha passada. Sendo assim, para esse estudo
temos como objetivo realizar uma discussão acerca do ensino de matemática no cenário da EJA
e qual o papel da matemática na formação de seu público-alvo. Essa inquietação decorre do
fato de que o currículo da modalidade de ensino abordada não pode ser simplificado ou
encarado como a transposição daquele que é aplicado nas classes regulares de ensino médio ou
fundamental e, por isso, devemos encará-lo como uma construção cotidiana pertinente as
particularidades dos sujeitos que a compõe. Nesse sentido, a EJA deve primar pela busca do
potencial de cada educando, quando inseridos em sala de aula, nunca se esquecendo de que: a
educação é capaz de transformar a vida de uma pessoa permitindo apropriar-se de sua
identidade e, consequentemente, de sua história. Sabendo disso, é importante destacarmos que
as pessoas jovens, adultas e as idosas trazem consigo experiências significativas advindas do
cotidiano, da alfabetização e letramento, dos saberes matemáticos aplicados ao seu cotidiano,
como também das lutas pelos seus direitos e participação nos mais diversos movimentos sociais.
Dessa forma, a EJA busca sistematizar de modo efetivo o saber que os alunos trazem consigo
durante a sua trajetória de vida. Antes de avançarmos, é necessário destacar que Silva e
Sant’Anna (2010) afirmam que a EJA é uma modalidade específica da Educação Básica que se
destina a atender a um público ao qual foi negado o direito à educação por diversos motivos,
seja pela oferta irregular de vagas, pelas condições socioeconômicas desfavoráveis ou pelas
inadequações do sistema de ensino. Apesar disso, o cotidiano do educando da EJA traz consigo
várias significações que são importantes e próprias da cultura local de cada educando.
Constantemente esses alunos estão realizando medições, quantificando dados, subtraindo
elementos, somando coisas, enfim a matemática está impregnada no seu dia a dia e deve ser
trabalhada nas instituições de forma que o aluno perceba a sua realidade próxima às atividades
propostas pelo currículo. Segundo D’Ambrósio (1993, p. 7) “se constata que a mesma
Matemática é ensinada em todo o mundo, com algumas variantes que são bem mais estratégicas
para se atingir um conteúdo universalmente acordado como devendo ser a bagagem de toda
criança que passa por um sistema escolar”. Partindo desse pressuposto, compreendemos que a
matemática terá um maior sentido para o educando quando trabalhada de acordo com a
realidade e necessidade dos mesmos. Essa crença de aproximação com a realidade não é
meramente seguir uma ideia pragmática de utilidade, mas sim a necessidade de
contextualização em um cenário educacional específico, como é o da EJA, de modo a tornar o
ensino-aprendizagem um processo instigante e horizontal.

Educação de Jovens e Adultos, Ensino de matemática, Currículo

TRABALHO 5

SEXUALIDADES PERIFÉRICAS E EDUCAÇÃO: A EVASÃO ESCOLAR DE


TRANSEXUAIS DO ENSINO BÁSICO BRASILEIRO

Gênesis Guimarães Soares


Victor Santana Reis

INTRODUÇÃO. A Constituição da República estabelece que a educação é um direito


universal. Além disso, a Lei nº 9.364/96 preconiza que o ensino deverá ser ministrado com base
nos princípios da igualdade e respeito à diversidade humana. Contudo, segundo AMORIM
(2018), a escola não acompanha os questionamentos relativos à diferença, principalmente no
que se refere a identidade de gênero e a orientação sexual. OBJETIVO: O presente resumo tem
como objetivo analisar a evasão escolar de transexuais do ensino básico brasileiro em
decorrência da transfobia. METODOLOGIA: A pesquisa se caracteriza metodologicamente
como sendo do tipo revisão integrativa que é uma metodologia que proporciona a síntese de
conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na
prática (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010). RESULTADOS E DISCUSSÃO: O direito à
educação, que abrange um ensino inclusivo, é um componente do mínimo existencial,
indispensável à garantia do princípio da dignidade da pessoa humana. Embora o ambiente
escolar seja destinado a práticas pedagógicas de disseminação do conhecimento, o qual em
teoria produz uma formação plural e tolerante, verifica-se que muitos alunos estão à margem
do sistema educacional brasileiro, a exemplo dos transexuais. Tal problemática escolar é
alimentada por uma sociedade que legitima o comportamento heterossexual, estabelecendo a
obrigação de que o sexo biológico determina o gênero, desvalorizando a sexualidade não-
heterocentrada e incentivando a transfobia nas instituições de ensino. O produto dessa agrura é
visualizado nos altos índices de evasão escolar de alunos transexuais que está na faixa de 73%,
e que 90% recorrem à prostituição (AMORIM, 2018). CONCLUSÃO: Dessa feita, percebe-se
que as instituições de ensino não estão preparadas para acolher pessoas trans em seu meio, visto
que o ambiente escolar se torna um ambiente hostil e humilhante, onde as diferenças são
acentuadas numa postura heterossexista e transfóbica, o que ocasiona a evasão escolar de alunos
transexuais (AMORIM, 2018; DIAS, 2015; OÑORO, 2019). Somente a garantia de uma
educação inclusiva possibilitará a resolução da questão da evasão de transexuais do ensino
básico brasileiro.

Educação, ensino básico brasileiro, evasão escolar, transexuais.


GT 15 – EM PAUTA: TEMAS EDUCACIONAIS E
FREIREANOS IV

09 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADORAS: PALLOMA VICTORIA NUNES E SILVA (PPGED-UFU)


(pallomavictoria@live.com)
BRENDA MARIA DIAS ARAÚJO (PPGED-UFU) (diasbrenda13@gmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/yui-dprn-zir

TRABALHO 1

ESCOLAS PÚBLICAS - A TECNOLOGIA NA AUSÊNCIA DA INTERNET

Maria Rosane da Rocha


Galdino Rodrigues de Sousa

Os professores alfabetizadores do Município de Três Corações/ MG, bem como em diversas


partes do Mundo, enfrentam dificuldades para alfabetizar seus estudantes sem acesso à internet
durante o período de atividades escolares não presenciais, ressaltando que o Ciclo de
Alfabetização compreende os 1º e 2º Anos do Ensino Fundamental, criamças entre 6 e 8 anos
de idade. Diante deste cenário, preocupados com a acentuada disparidade social e a
conformidade social em que essas crianças se encontram, vimos apresentar alternativas
tecnológicas e metodológicas, via mídia-educação, que contribuam com a alfabetização, enfim,
todo o processo de ensino e aprendizagem, de estudantes sem acesso à internet nas atividades
escolares não presenciais, bem como desenvolver possibilidades pedagógicas críticas, criativas
e instrumentais com essas, as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs).
A falta de internet ou do seu acesso não pode ser um entrave para que a alfabetização e o
aprendizado aconteçam, nem nessa situação pandêmica em que estamos inseridos e tampouco
em possíveis situações vindouras. É de fundamental importância e urgência que nos sintamos
preparados e seguros diante da adversidade dos acontecimentos. É nesse sentido que este
trabalho se ocupa de problematizar essas e outras questões afins, por meio de levantamento de
dados, encontros com envolvidos e interessados (professores, coordenadores), além de
apresentação sistematizada de possibilidades e alternativas de aprendizagem já existentes que
independem da internet ou que dela pouco dependem. Na indicação de respostas a essa situação
problema, está sendo feita uma pesquisa de natureza aplicada, visando desenvolver
conhecimentos para aplicá-los na prática, com objetivos exploratórios. Nessa linha o
procedimento adotado foi o de pesquisa de campo com abordagem qualitativa, no qual
realizamos coleta de dados junto aos professores alfabetizadores. Ainda com o intuito de
apresentar e discutir os objetivos desta proposta, está sendo realizada uma revisão bibliográfica
acerca do assunto em tela com embasamento teórico. Ao final, adoção de análise de conteúdo
e dos dados qualiquantitativos.

Escolas Públicas, Ensino Remoto, Mídia Educação


TRABALHO 2

A AGONIA DO CRESCER: INTERTEXTUALIDADES EM "A VIAGEM DE CHIHIRO"


DE HAYAO MIYAZAKI E "O MUNDO É UM MOINHO" DE CARTOLA

Kézia da Silva Calixto

"A Viagem de Chihiro" (2001) é uma animação japonesa produzida e dirigida por Hayao
Miyazaki. A história apresenta a personagem Chihiro, uma garota que, como toda criança, está
desolada por ter de mudar de cidade e deixar seus amigos para trás. Durante a viagem, seus pais
acidentalmente entram em uma cidade mágica e, por consequência da gula, acabam sendo
transformados em porcos. Diante disso, a pequena Chihiro precisa passar por série de aventuras
e desafios, fazer escolhas responsáveis e maduras, objetivando salvar os seus pais. "O Mundo
é um Moinho" trata-se de um poema-canção composto por Cartola (1976). O texto apresenta
um sujeito lírico preocupado com algumas atitudes imprudentes de um ser feminino, dessa
forma, o eu-lírico a aconselha, falando sobre as dores advindas com a idade. Nas duas obras,
narrativa e poética, observa-se personagens inseridos em contextos que tratam sobre o processo
doloroso do crescer, tanto por viverem em mundo difuso e complexo, quanto por terem que
lidar com dificuldades e questões pessoais. Ambas frisam que com sabedoria e sensatez, é
possível apaziguar as dores que chegam com a idade. Pode-se afirmar, então, que há um
processo de intertextualidade - quando dois ou mais textos possuem características e leituras
semelhantes - entre as referidas obras. (KRISTEVA, 1960). Tanto o cinema quanto a música
popular brasileira são defendidos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 2000)
como uteis equipamentos pedagógicos no processo do letramento literário, em contraste com
isso, a cultura brasileira é sucateada, pouco difundida e incentivada pelo sistema governamental
e educacional nacionais, ocasionando que jovens e crianças brasileiros possuem mínima ou
nenhuma afinidade com a cultura brasileira e prejudicando o letramento literário realizado
através de produtos nacionais. Por outro lado, a cinematografia em anime têm-se mostrado cada
dia mais comum entre os jovens brasileiros, Luyten (2014) acredita que isso ocorre em razão
do advento da internet. É importante que educadores busquem aprimorar suas táticas de ensino
e utilizar-se de textos consumidos pelos alunos, nesse caso, o anime, tornando suas
metodologias mais compreensíveis e acessíveis. Tendo isso mente, esse trabalho busca realizar
uma leitura comparada das obras “A viagem de Chihiro” e de “O Mundo é um Moinho”,
apresentando suas semelhanças, simbologias e, também, como o uso delas em comunhão pode
ser benéfico no processo de letramento literário.

Anime, Poema-Canção, Letramento Literário.


TRABALHO 3

ESPORTE DA ESCOLA: ATUAÇÃO DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA


NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM UMA ESCOLA MUNICIPAL
NA CIDADE DE IPATINGA-MG

Pedro Henrique Silva Teixeira


Galdino Rodrigues de Souza

O esporte como conteúdo da cultura corporal de movimento é tema de constante discussão na


Educação Física Escolar, visto que, por ser um fenômeno social abrangente, engloba diversos
valores, alguns antagônicos aos valores da escola. Mediante ao protagonismo do esporte no
âmbito escolar algumas questões referentes as práticas docentes permeiam o desenvolvimento
do trabalho, em relação a como os mesmos compreendem o ensino do “esporte da escola” e as
possibilidades de contribuição no desenvolvimento de aulas nesse contexto. O objetivo do
trabalho é discutir possibilidades de se pensar o “esporte da escola” – valorizando códigos e
saberes “da escola” nas aulas de Educação Física – tensionando práticas esportivas
hegemônicas que são, por vezes, excludentes, sem respeito a valores e pouco educativas. Para
tanto, “o esporte da escola”, será abordado através da ótica do movimento renovador da
Educação Física, que surgiu na década de 1980 no intuito de repensar as práticas educacionais
em novas perspectivas em detrimento das abordagens tradicionais. Como referência o estudo
baseia-se em discussões de autores como Bracht, Medina, Betti, Scaglia, Machado, Bianchini,
Freire, dentre outros. Outro fator que será discutido refere-se a Base Nacional Curricular
Comum e suas possibilidades de abordagem do esporte nas aulas de Educação Física nos anos
finais do Ensino Fundamental que contempla as etapas de ensino entre o 6º e o 9º ano, visto
que, agora, a disciplina se apresenta como componente curricular da área de linguagem. O
estudo irá perpassar pela aplicação de uma entrevista semiestruturada aos professores inseridos
no contexto dos anos finais do ensino fundamental, no intuito de verificar o entendimento dos
mesmos acerca do Movimento Renovador da Educação Física e como os mesmos abordam e
desenvolvem os esportes em suas aulas. As novas correntes de ensino do esporte, oriundas do
Movimento Renovador, combatem as abordagens tradicionais, todavia, acabam expondo alguns
problemas referentes a formação profissional dos docentes, evidenciando a necessidade de
estarem inseridos em novos contextos de formações didático-pedagógicas que perpassem pela
importância de um olhar amplo do “esporte da escola”. Propor-se-á, então, uma intervenção
com os profissionais de Educação Física que atuam no Ensino Fundamental em uma Escola
Municipal na cidade de Ipatinga-MG, através de uma sequência didática, apresentando
possibilidades de trabalho do esporte através do jogo, em um viés social, mas que, ao mesmo
tempo, não abra mão do esporte em si, mantendo um olhar pedagógico sobre o mesmo. O ensino
do esporte através do jogo, irá oferecer possibilidades que contemplem as necessidades
escolares, dos docentes e dos educandos, esses, possuindo oportunidades de serem
coparticipantes no processo de ensino, sendo valorizados enquanto sujeitos, compartilhando
saberes, culminando em influencias de suas ações em sociedade.

Educação Física, esporte, Movimento Renovador da Educação Física.


TRABALHO 4

(AUTO)BIOGRAFIA E ESCRITA DE "SI": uma estratégia para (re)pensar a alfabetização

Rodrigo Rodrigues de Oliveira


Andréa Kochhann Machado de Moraes

Este trabalho, de abordagem qualitativa, inserido no âmbito do método (auto)biográfico, teve


como objeto de estudo conhecer os percursos de alfabetização experienciados por 29
alfabetizadoras, através de seus relatos autobiográficos. A questão norteadora da investigação
foi assim definida: em que medida a escrita de "si" contribui para os docentes (re)pensarem as
práticas de alfabetização? Para a execução da pesquisa, construímos um percurso metodológico
que primou por um processo de formação continuada na escola - Caic Ayrton -, conduzido pelo
pedagogo do Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem no âmbito da Secretaria de
Estado de Educação do Distrito federal em articulação com a Gerência do Serviço
Especializado de Apoio à Aprendizagem. Embasamos o estudo em Nóvoa (1992; 2014), Josso
(2010; 2014) e Kramer (2010) tendo como fio condutor os estudos de Freire (1994; 2008; 2014).
Utilizou-se a análise do conteúdo Bardin (2011) como procedimento principal para a análise
das (auto)biografias, pois o repertório de representações que os professores dispunham
representaram espaços/tempos de formação. Essas (auto)biografias proporcionaram um
movimento de ressignificação das próprias práticas educacionais. A pessoa do professor,
exposta ao método autobiográfico, é agente por excelência de seu processo de formação, através
da rememoração de sua história de vida e formação intelectual, em um processo de
autorreflexão crítica, ele se autoforma. O estudo permitiu compreender que, em meio a tantas
outras experiências, os percursos de alfabetização experienciados pelas professoras podem ser
utilizados como mola propulsora para se (re)pensar práticas que viabilizem o desenvolvimento
da leitura e da escrita na perspectiva de abordagens que colocam o estudante na posição de
protagonista do próprio conhecimento. Notou-se ainda que, quando as alfabetizadoras refletem,
via relatos autobiográficos, sobre seus processos de escolarização, mais precisamente, sobre a
alfabetização, isso acaba oferecendo contribuições para que possamos melhor compreender
esse objeto social particularmente complexo que é a escrita descortinando, assim, possibilidades
através do vivido.

Formação Continuada de Professores, Abordagem (auto)biográfica, Alfabetização.

TRABALHO 5

XADREZ PEDAGÓGICO E EDUCAÇÃO FÍSICA: PROPOSTA DE MATERIAL


EDUCACIONAL INTERATIVO PARA PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL II

MATEUS CARDOSO CLEMENTE


Galdino Rodrigues de Sousa

Este estudo trata-se de um recorte de uma dissertação de mestrado profissional em ensino, que
ainda está sendo desenvolvida. Tem como objetivos apresentar as possibilidades de
aprendizagem do jogo de xadrez por meio de um curso de formação continuada que se dará de
forma síncrona para professores de Educação Física do ensino fundamental II e de forma
assíncrona para outros professores da área que se interessem, por meio de sequencias didáticas
acompanhadas de videoaulas dispostas em uma plataforma digital, o YouTube. Sua
problematização consiste em: como auxiliar o professor de Educação Física no processo de
ensino-aprendizagem do jogo de xadrez de forma síncrona e assincrona, levando em
consideração, especialmente, os anos iniciais do ensino fundamental II e as Tecnologias
Digitais de Informação e Comunicação (TDIC)? Como metodologia, em um primeiro
momento, realizou-se uma pesquisa com exploratória, que adota procedimentos bibliográficos,
buscando assim embasamento teórico sobre o xadrez e a Educação Física em livros e também
em artigos dispostos em revistas científicas brasileiras da área. Em um segundo momento,
pesquisamos estratégias de utilização do recurso do jogo de xadrez em aulas de Educação Física
para que o professor possa utilizá-lo de forma efetiva como recurso pedagógico, está pesquisa
foi também realizada, majoritariamente, nos periódicos citados acima e em livros que versam
sobre o tema. Diante disso, em um terceiro momento, acontecerão a aplicação do produto e a
disponibilização da sequência didática e das videoaulas no YouTube. No que diz respeito às
técnicas de coleta de dados para avaliação do produto, utilizaremos, majoritariamente,
questionários, de forma secundária diário de campo e observações. Adotaremos a análise de
conteúdo (BARDIN, 1977) para essa última fase do trabalho. Diante o que foi exposto, faz-se
apresentado na literatura características importantes para que seja considerado pela escola e,
especialmente, pelos currículos e professores de Educação Física o xadrez como conteúdo de
ensino-aprendizagem. Espera-se que elaboração de um curso de formação continuada,
juntamente com a disponibilização de um material interativo, possam contribuir para o
planejamento de aula de professores de Educação Física com o conteúdo destacado. Ao serem
apresentados aos saberes referentes ao jogo de xadrez, via TDIC, de forma síncrona e
assíncrona, os professores se sintam mais familiarizados com esse jogo e, consequentemente,
mais à vontade para o trabalho com ele em suas aulas.

Educação Física, Xadrez, TIC’s.


GT 16 – EM PAUTA: TEMAS EDUCACIONAIS E
FREIREANOS V
09 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADOR: Prof. Dr. César Evangelista Fernandes Bressanin (UFT/PUC-GO)


kaeserevangelista@gmail.com

LINK DA SALA: https://meet.google.com/nrz-drji-uxu

TRABALHO 1

MERITOCRACIA: CONHECER PARA CONVIVER

Robson Ari da Costa

Passados mais de 60 anos do nascimento da palavra, a meritocracia ainda está imersa em


discussão e polêmica, com pontos de vista os mais estremados, condenando-a ou absolvendo-a
de acusações as mais variadas, expostas neste trabalho, e respondidas não com colocações
taxativas, mas com possibilidades de entendimento, interpretação e opções de ação.
Considerando-a uma criação ainda em construção, como uma maneira de incentivar o estudo e
trabalho, e valorizar o esforço e necessidades quando o ambiente for de diversidade. Seu
conhecimento é vital, principalmente para a juventude, que veio a um mundo em que ela é
onipresente. Este trabalho teve como objetivos conhecer as características do fenômeno,
descrevendo-o e relacionando suas características, visando a alteração da realidade de seu
funcionamento, possibilitando a convivência em uma sociedade justa e inclusiva, tanto quanto
possível. Como metodologia foi utilizada a abordagem qualitativa descritiva, com investigação
bibliográfica e eletrônica, tendo como referencial teórico Nogueira (2018), Assis (2014),
Parsons (1971), Bobbio (2004), Fernandes (2020), autores que firmam suas posições pela força
de seus argumentos. A determinação de escrever sobre o mérito não é aqui, positiva, mas sim
reação à dificuldade de seu entendimento, de explicar seu desenvolvimento derivado em
liberdade, igualdade, meritocracia e tantas outras grandezas humanas e valores que advêm de
sua discussão. Escrever sobre todas suas nuances torna-se assim impraticável. Este artigo
discorre um pouco sobre todos seus enfoques percebidos. Vê-se que o mérito e seus
desdobramentos são observados de variados pontos de vista, desde seu entendimento léxico,
até disciplinas as mais variadas. Ao se escrever sobre conceito com posições tão diversas e até
antagônicas, corre-se o risco de sempre ser considerado em erro. Restou, aceitarem-se as críticas
fundadas e não estabelecer uma rigidez imobilizante.

Administração, Escolha, Merecimento, Meritocracia.


TRABALHO 2

A CONSTRUÇÃO DE LIVRO DIDÁTICO ESPECÍFICO UTILIZANDO AS CANÇÕES


INDÍGENAS PARA MELHORAR A DEFICIENTE LEITURA E ESCRITA

Paulo Gabriel Batista de Melo

Esta inovação pretende melhorar a dificuldade de leitura e escrita da Língua Portuguesa dos
alunos indígenas nas escolas Natureza Sagrada e Rei Ororubá, localizadas na cidade de
Pesqueira, conforme aponta Freire em ‘A importância do ato de ler’ (2011). Foi desenhada uma
intervenção feita com a gravação e transcrição das canções da tradição oral conforme mostra
Munduruku (2012) em sua obra ‘O caráter educativo do movimento indígena Brasileiro’, para
serem utilizadas nas atividades em sala pelas professoras indígenas, aplicadas aos vinte e seis
alunos do pré I ao 3º ano nas duas escolas com idades entre quatro e dez anos, a fim de permitir
que eles se apropriem desta competência de ler e com o recurso didático específico, um livro
próprio da sua realidade de índio, retratada em forma de canções amparado pela Constituição
Federal de 1988 (Cap. VIII, Arts. 231 e 232). A metodologia adotada buscou as informações
das professoras em uma análise de fortalezas, entrevista semi-estruturada e questionário para
elaborar um livro didático específico para realização de atividades em sala, podendo ser
monitorado e avaliado pelas notas e registros do diário dos professores. A inovação mostrou-se
eficiente através da melhoria das notas e pelo fato dos alunos passarem a cometer menos erros
na escrita e leitura das palavras, suas notas finais melhoraram.

dificuldade de leitura. Índio. Professoras indígenas. Livro didático específico.

TRABALHO 3
FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO: ENTRE AS NARRATIVAS,
PRÁTICAS E DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA PÚBLICA DE
MATO GROSSO

Sonia Maria Zanezi Peres


Lúcia Helena Rincón Afonso

Esta pesquisa visa discutir a questão da formação dos profissionais da educação em uma escola
pública do estado de Mato Grosso em relação a gestão democrática, já que nosso local de fala
está alicerçada como trabalhadora da Educação e estudiosa da realidade da Escola Pública que
está inserida no doutorado em Educação da PUC Goiás e preocupada no aprimoramento das
abordagens emancipatórias tanto no que diz respeito ao conteúdo como no que se refere às
relações sociais no mundo do trabalho que se constituem em um alto percentual de horas da
vida dos/as trabalhadores/as, pergunto: como os trabalhadores em educação percebem as
relações que existem entre as possibilidades oferecidas por políticas educacionais que
preconizam as relações democráticas, a existência da gestão democrática na Escola e a
valorização de seu trabalho? Sendo assim temos por objetivo Gestão Democrática Escolar,
compreender, por meio das narrativas, e analisar os processos democráticos que norteiam a
gestão da escola pública estadual de Pontal do Araguaia no estado de Mato Grosso, a partir da
perspectiva da comunidade escolar: professores, funcionários, alunos, pais e/ou responsáveis,
verificando se as políticas públicas de gestão escolar, bem como as implementações históricas
de democracia desta escola condizem com o processo mais amplo de democracia educacional
proposto nas diretrizes nacionais de educação. A análise dos dados está alicerçada no
materialismo histórico de Marx (1997) e Kosik (1987) e dialético, buscando elementos da
totalidade, historicidade, contradição e mediação da qual a análise concreta da realidade
vivenciada neste espaço de pesquisa. Buscamos contribuir nesta pesquisa através das fontes
perpassando pelas legislações vigentes, bem como o inciso VI do Artigo 206 da Constituição
Federal de 1988, que estabelecem a Gestão Democrática do Ensino Público em nível de estado
de Mato Grosso, abordaremos também a Lei nº 7.040, de 1º de outubro de 1998. Além de
autores/as como Paro (2002), Torres e Garske (2000) e Cardoso Neto (2017), Mato Grosso
(1989), Wittmann e Klippel (2010), Dourado (2000 – 2016) Souza (2007 – 2009 - 2012; Paro
(2003 – 2015) e Lima (2014). Por fim acreditamos que nossa pesquisa contribui para a área
tanto na compreensão quanto na análise proposta.
Formação dos Profissionais Narrativas Políticas Públicas Gestão Democrática.

TRABALHO 4

A DIDÁTICA COMO FERRAMENTA DE FORMAÇÃO DOCENTE: SABERES PARA


UMA PRÁTICA SIGNIFICATIVA

LUCAS FERREIRA RODRIGUES


Davi Milan
Maico Tailon Silva da Silva

Compreendemos que a Didática é um campo de estudo que fundamenta uma importante


disciplina de natureza pedagógica aplicada nos diversos cursos de licenciaturas, planejados para
a formação de professores, cuja a finalidade é direcionar a ação docente para fins de práticas
educativas que sejam alinhadas às questões concretas da docência, no sentido de transformar a
sala de aula em espaços de grande interesse e atratividade para o aluno.
Neste sentido, o presente estudo possui como objetivo principal, analisar a importância da
Didática e suas contribuições no processo de formação docente e como esta ação pode
transformar o espaço da sala de aula de modo a ressignificar a experiência do aluno. Quanto
aos objetivos específicos, buscamos analisar como a Didática pode contribuir para a construção
e reconstrução da identidade docente; compreender os aspectos construtivos da identidade do
professor para a contemporaneidade e identificar como se constituiu a relação entre a teoria e a
prática nos diversos espaços de ensino-aprendizagem.
Para isso, propomos a realização de um recorte histórico-temporal, usando como pano de fundo,
a história da educação, de modo a evidenciar como problema de pesquisa, de que maneira
podemos romper a dualidade existente entre teoria e prática, buscando assim, estabelecer no
campo das ideias, uma ressignificação de ambas, visto que não podem ser fracionadas enquanto
parte do todo educacional?
Para o alcance dos resultados, utilizamos a pesquisa de caráter qualitativo, cuja metodologia
baseia-se em um estudo de caso, onde a técnica utilizada foi a entrevista semiestruturada com
uso de formulários eletrônicos da plataforma Google Forms, aplicados para 5 professores que
lecionam na educação básica, dentre os quais, dois deles atuam nos anos iniciais e três atuam
nos anos finais do ensino fundamental. Como fundamentação teórica, a pesquisa se debruça nas
obras de autores como Libanêo (1994, 2001), Luckesi (2011, 2015), Pimenta (1997, 1999) e
Freire (1996), que ressaltam em suas obras a importância da Didática na formação profissional
do professor.
Os resultados apontados pela análise dos questionários, evidenciam uma importância mediana
à Didática, utilizando como parâmetros principais, o planejamento e a avaliação. Na visão dos
sujeitos entrevistados, os citados eixos não definem a eficiência de sua prática, tampouco a
atratividade ou grau de interesse que suas aulas podem despertar nos alunos. Mostram ainda,
que segundo suas perspectivas, a avaliação é vista pelos sujeitos entrevistados, apenas como
um escore no sentido de classificar o aluno, diferenciando-os com termos “progrediu pouco”,
“progrediu regularmente” ou “progrediu muito”, como forma de observar se conseguiram
alcançar ou não os objetivos requeridos na aplicação dos conteúdos curriculares.

Didática. Formação docente. Ensino-aprendizagem.

TRABALHO 5

ABORDAGEM FREIREANA SOBRE AS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS COMO


RECURSOS PARA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

MAICO TAILON SILVA DA SILVA


LUCAS FERREIRA RODRIGUES
JOSÉ FERNANDO DE LIMA JUNIOR

É perceptível a grande quantidade de transformações pelas quais a sociedade contemporânea


vem passando, de modo que a demanda de tecnologias ocupa um lugar de destaque no cenário
educacional e com isso, as instituições nos diversos níveis de ensino, passam a perceber como
urgente necessidade, a aprendizagem significativa de seus alunos pelo fato de compreenderem
que esta se difere do modelo mecânico até então predominante na educação brasileira, que
baseia suas práticas na memória e na recepção passiva dos conhecimentos.
Nesse contexto, a educação mediada por recursos digitais, surge como possibilidade
diferenciada e de grande aceitação no cenário educacional para propiciar a construção de uma
aprendizagem que venha a valorizar a vivência e o contexto cultural do aluno.
Considerando a importância de trazer à tona tais discussões, objetivamos nesta pesquisa,
apresentar uma abordagem a partir dos estudos do educador Paulo Freire sob a visão das
tecnologias educacionais como recursos para uma significativa aprendizagem. Como objetivos
específicos, buscamos instigar algumas inquietações acerca dos desafios e perspectivas da
formação continuada de professores, além de observar qual o subsídio da didática para o
professor que utiliza as tecnologias digitais em sala de aula.
Como percurso metodológico, usamos a abordagem qualitativa de pesquisa-ação, composta por
diferentes estratégias que evidenciaram os estudos do educador Paulo Freire, relacionando o
uso das tecnologias educacionais no intuito de percebermos a efetividade do desenvolvimento
de habilidades e competências nos alunos, com vista à uma Aprendizagem Significativa,
segundo a teoria de David Ausubel, tendo como recurso integrador as tecnologias digitais.
Para a coleta e análise de dados foram desenvolvidas atividades experimentais em duas turmas
do 9º ano do Ensino Fundamental, com base em projetos que integram o conteúdo de Geometria
plana, pertencente ao currículo de Matemática, com uso de recursos tecnológicos disponíveis
na escola.
No decorrer do processo, os dados foram coletados por meio da observação da interação dos
alunos em sala de aula, além de questionários e fichas de atividades com o objetivo de repensar
um novo perfil para o ambiente educacional, que trate de um ensino inovador, com uso de
tecnologias como fonte motivacional do processo de ensino-aprendizagem, integrando mídias,
professores, alunos e sociedade, na busca de soluções para os principais problemas de
aprendizagem nas escolas.
Os resultados encontrados demonstram que ao utilizarmos de modo frequente as tecnologias
digitais para fins educacionais em projetos de ensino ao longo do ano, podemos conceber uma
ação educacional mais dinâmica, colaborativa e que evidencie a vivência dos alunos,
possibilitando assim, um lugar de maior destaque a eles e permitindo-os maior autonomia e a
tomada de consciência.

Paulo Feire. Tecnologias educacionais. Aprendizagem significativa


GT 17 – EM PAUTA: TEMAS EDUCACIONAIS E
FREIREANOS VI
09 DE DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA, DAS 18h às 21h

COORDENADORA: Doutoranda Sirlene Cristina de Souza (PPGED – UFU)


(sirlenehistoria1@gmail.com)

LINK DA SALA: https://meet.google.com/gda-yhao-mvm

TRABALHO 1

EXERCÍCIO CRÍTICO-REFLEXIVO DE PENSAR A EDUCAÇÃO: SUJEITOS DE AÇÃO


DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE UBERABA-MG

Sirlene Cristina de Souza


Betânia de Oliveira Laterza Ribeiro
Adilour Nery Souto

Este trabalho tem por finalidade refletir sobre a educação enquanto ato político, numa
perspectiva freiriana, no desafio de compreender os processos que atravessam a função social
da escola e seus atores. Focaremos nossa análise nos movimentos e diálogos necessários entre
o coordenador pedagógico e os professores, enquanto sujeitos do processo de construção de
saberes e práticas escolares, do ensino fundamental da rede municipal de Uberaba, Minas
Gerais. Com intuito de entender as forçar que incidem como proposição social na escola
afetando diretamente a qualidade do processo ensino-aprendizagem. Contudo, compreender
esse fenômeno requer capturar a totalidade social e construir as explicações basilares, a fim de
possibilitar uma ação transformadora diante da problemática da educação atual. Nesse sentido,
mais que desafio, é uma necessidade desvendar o real e dele apreender as contradições e
possibilidades de superação dos problemas originados da realidade que constitui a dinâmica da
escola e seus atores. Para tanto, cabe pensar dialeticamente não apenas as contradições, mas
pensar por contradição, buscar superar os limites da concepção de coordenador pedagógico e
percebe-lo como sujeito que busca de forma recorrente conhecimentos sistematizados, integra
e contribui de maneira positiva e inovadora com as experiências educativas da unidade escolar.
Utilizamos como técnicas de investigação qualitativa o grupo focal e a pesquisa-ação,
metodologias que coletam dados por meio das interações grupais que promovem a relação
teoria e prática, além dos fundamentos teórico-metodológicos da pedagogia de Paulo Freire
para inquirir e desenvolver toda a pesquisa. Tivemos como objetivo reunir informações no
propósito de avaliar opiniões, atitudes, experiências e perspectivas futuras dos coordenadores
pedagógicos e professores em seu fazer cotidiano nas unidades escolares. Iniciamos a análise
dos problemas que vêm se materializando no cotidiano escolar e põem em xeque o papel
histórico da escola, pois ninguém luta contra forças que não conhecem. Posteriormente,
partimos para a elaboração do roteiro de questões que priorizaram a construção da identidade
do coordenador pedagógico, seu espaço de atuação e os desafios de sua prática para centrarmos
na perspectiva que revela os sentidos e significados obtidos a partir da tomada de consciência,
capacidade de militância, e as possibilidades de esperançar dos sujeitos envolvidos nesse
estudo.

Educação, Paulo Freire e Coordenador Pedagógico.

TRABALHO 2

DESCOLONIZAR PARA TRANSFORMAR: REFLEXÃO SOBRE CARTAS A GUINÉ-


BISSAU

Enos dos Reis Maria

Este trabalho busca expor uma grande contribuição de Paulo Freire com a educação mundial,
transcendendo as fronteiras brasileiras, Paulo Freire foi “convocado” a contribuir com a
educação de um país em reconstrução, na costa Africana. As tratativas oficiais se deram através
de cartas trocadas entre Paulo Freire e as autoridades Guineenses por intermédio do Instituto de
Ação Cultural, IDAC, de que Freire participava, bem como do Departamento de Educação
Mundial das Igrejas, onde ele prestava serviços. O material que sustenta esse resumo é o livro
Cartas a Guiné-Bissau, escrito por Paulo Freire e publicado pela editora paz e Terra, é um
registro da “rica e desafiante experiência em que, no campo da educação em geral e,
particularmente, no da educação de adultos, trabalhamos com educadores e educandos
guineenses” Freire (1978). A Guiné-Bissau assim como o Brasil foi território de colonização
portuguesa (1542-1974), herdou a língua portuguesa como língua oficial. A conquista da
independência veio tardiamente e com muita luta, a personalidade principal foi Amílcar Lopes
Cabral , em 1956 junto com alguns homens e mulheres imbuídos dos mesmos ideais, criam o
PAIGC , em 1963 inicia a luta armada (guerra) e em 1973 após a conquista da cidade Bissau,
Luís Cabral , meio irmão de Amílcar Cabral proclamou a independência da nacional da Guiné-
Bissau e de Cabo Verde. O chamado a Paulo Freire para coordenar o programa de alfabetização,
se deu segundo as palavras dele próprio, por ser ele um militante de um mesmo projeto de
sociedade. Por isso Freire empreendeu visitas a Guiné para conhecer e reconhecer-se na
realidade daquele povo, para a partir daí, definir um plano de ações com e não para a Guiné-
Bissau. “a opção política e a prática em coerência com ela nos proibiam, de pensar em ensinar
os educadores e os educandos da Guiné-Bissau, sem antes com eles aprender” Freire (1978, p.
12). O projeto de alfabetização seria feito com vistas a uma compreensão cada vez mais crítica
do caráter político e ideológico da alfabetização de adultos, em particular, da educação em
geral. Nas palavras de Freire sobre a educação colonialista, não se poderia romper totalmente
para iniciar um novo ciclo, era preciso parti dela, e quando os seus, percebessem o quanto era
alienante, iriam assumir com seu povo, a sua história, e se inserir no processo de
“descolonização das mentes”. Foi criada a escola de Có ou (Centro de capacitação de
professores) os formadores eram liderados por Mário Cabral , atuavam com ênfase no político
pondo em prática uma teoria do conhecimento dialética. Em relatório final de atuação em
Guiné-Bissau a frente do programa de alfabetização Freire afirma que “procurou estreitar mais
a atuação entre várias áreas governamentais e ao PAIGC, finalizando com a entrega do manual
de trabalho para a alfabetização de adultos.

DESCOLONIZAR- EDUCAR- TRANSFORMAR


TRABALHO 3
O TRABALHO PEDAGÓGICO NA ALFABETIZAÇÃO E NO LETRAMENTO DE
CRIANÇAS NOS ANOS INICIAIS DE ENSINO
Kássia Dayana de Godoi
Dostoiéwiski Mariah de Oliveira Champagnatte

Alfabetizar e letrar crianças não é um processo rápido ou simples, ao contrário, trata-se de um


processo complexo e variável, especialmente nos anos iniciais. A partir desta problemática
associada à amplitude de necessidades especiais do ensino escolar, questiona-se se a opção pelo
uso de metodologias e didáticas diversificadas pode contribuir como estratégia facilitadora do
processo educacional. Nesta premissa, este Artigo tem por objetivo destacar o uso de
metodologias e didáticas de ensino agregadoras ao letramento de crianças nos anos iniciais.
Busca-se considerar como as brincadeiras e os jogos podem ser aplicados nas dinâmicas
escolares. Assim, apresenta-se uma revisão bibliográfica, com a coleta, seleção e análise de
publicações disponíveis sobre o tema. Na fase de letramento, o uso de metodologias lúdicas,
como jogos e brincadeiras, pode viabilizar o aprendizado da criança, de modo a integrar a
construção de saberes.
Criança, Ensino, Educação Lúdica

TRABALHO 4

REFLEXÕES SOBRE UMA PRÁTICA DIALÓGICA E O USO DE TECNOLOGIAS E


AMBIENTE VIRTUAL DE ENSINO

Maria Estely Rodrigues Teles


Igor Gabriel Leal
Vinícius de Príncipe Italiano

Todos os setores da sociedade tiveram que se adaptar, inclusive a educação, por conta da
disseminação do vírus SARS-Covid-2. A presencialidade foi ressignificada e daí surgiu o
ensino remoto emergencial, educação online utilizada por todos os níveis e etapas de ensino. O
objetivo deste trabalho é relatar e refletir sobre uma experiência realizada no ensino superior
por meio da atividade curricular de integração ensino, pesquisa e extensão (ACIEPE),
desenvolvida em uma instituição pública de ensino superior no interior de São Paulo. A
proposta é estabelecer uma linha de raciocínio que colabore para o debate acadêmico em torno
das problemáticas e possibilidades de um ensino crítico e reflexivo realizado de forma remota.
A discussão gira em torno do ensino remoto emergencial e seus desafios utilizando um ambiente
virtual de aprendizagem e tecnologias digitais da informação e comunicação durante o curso de
extensão. De cunho bibliográfico e documental, o trabalho analisa ainda a interação, feedbacks
e produções realizadas nos momentos síncronos e assíncronos. Consideramos, por fim, a
relevância do trabalho colaborativo, coletivo e de trocas de experiências utilizando o ambiente
virtual e tecnologias durante o curso da ACIEPE que enriqueceram o desenvolvimento dos
alunos e formação continuada para professores envolvidos no processo. Acredita-se que uma
educação dialógica junto a uma prática problematizadora e a presença da transitividade crítica,
colabora de forma eficaz para uma educação libertadora e transformadora, inclusive nos
espaços virtuais.

Prática Pedagógica, Tecnologias, Ensino Remoto Emergencial

TRABALHO 5

O USO DA METODOLOGIA FREIREANA COMO PRÁTICA EDUCATIVA DE


EDUCADORES SOCIAIS EM CASAS-LARES

Gabriela Lins Maia

No Brasil desde a promulgação do ECA 1990, crianças e adolescentes em situação de risco de


morte e social, podem excepcionalmente serem acolhidos, como medida de proteção em
instituições de acolhimento, quando não houver possibilidade de permanecer na família, de
origem ou extensa, pois as mesmas não conseguem cumprir com sua função protetiva de
crianças e adolescentes. Assim uma das modalidades de acolhimento que causam menor
prejuízo a criança e ao adolescente é o modelo de casa lar. O modelo de casa lar visa aproximar-
se o máximo possível da rotina doméstica e familiar, onde é possível que o cuidador ou
educador social e/ou educador residente possam propiciar um local de acolhimento tranquilo
nas quais relações de afeto, confiança e vínculos podem ser estabelecidos, e a individualidade
dos sujeitos pode ser preservada e considerada. Dessa forma, pode-se pensar na possibilidade
de usar a metodologia de Paulo Freire, que visa uma educação emancipadora, que promova
cuidado e autonomia para essas crianças e adolescentes que precisam ficar nas instituições de
acolhimento. De que maneira é possível propiciar um ambiente no qual crianças e adolescentes
possam desenvolver-se, e estabelecerem relações de afeto e confiança com os educadores?
Importante pensar que as bases para uma educação social, partindo da metodologia de Paulo
Freire é preciso levar em conta, que o indivíduo é fruto do meio em que vive, e das relações
que estabelece, que se constroem de maneira dialógica, libertária, na qual o educador tem um
fundamental papel de educar de maneira a prescindir da violência, e mostrar formas de relação
baseadas na proteção, no cuidado e afeto. A educação para Paulo Freire precisa ser no sentido
da transformação, da conscientização na qual educador e educando se formam na relação, numa
educação que se baseia na igualdade, no dialogo, na construção conjunta, não em uma educação
autoritária, hierarquizada e que desconsidere o contexto, a vivencia e a experiência do
educando. O papel do educar exige uma reflexão critica da pratica, um postura de abertura e
dialogo, que muitas vezes não permeia as relações educativas dentro das instituições. Com a
método de Paulo Freire, é possível pensar em outra forma de articular e organizar a casa lar, e
propiciar maior autonomia aos acolhidos, assim como mais proximidade e afeto, através das
rodas de conversa, do dialogo próximo e aberto entre os pares, e entre educandos e educadores.
Algumas pesquisas apontam sobre a possibilidade e a implementação dos pressupostos da
educação preconizada por Paulo Freire em instituições de acolhimento.

Educação social, acolhimento,

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