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INJECÇÃO
ELECTRÓNICA
ÍNDICE
2 - O SISTEMA D-JETRONIC......................................................................................2.1
3 - O SISTEMA L-JETRONIC......................................................................................3.1
4 - OS SISTEMAS LE-JETRONIC...............................................................................4.1
4.1 - O SISTEMA LE-JETRONIC ......................................................................................... 4.1
4.2 - O SISTEMA LE2-JETRONIC ....................................................................................... 4.8
As vantagens do sistema de injecção a gasolina, fizeram com que se fosse aumentando o interesse
dos construtores por estes sistemas, o que permitiu a saída de séries maiores, com o consequente
abaixamento do preço de venda.
A estas vantagens juntaram-se naturalmente, as que são inerentes ao próprio produto, isto é o seu
maior aproveitamento da potência calorífica do combustível, graças à obtenção de uma combustão
muito mais completa da mistura, o que se traduz num consumo substancialmente menor no que res-
peita a um motor alimentado por carburador. Por outro lado, uma maior elasticidade do motor e uma
aceleração mais progressiva e potente.
Há também que acrescentar uma maior potência do motor a grandes rotações e por último, em con-
sequência do que foi referido, uma substancial no índice de poluição atmosférica conseguido pelo
sistema, relativamente aos valores apresentados pelos carburadores.
Com todas estas vantagens, a injecção de gasolina está a conquistar o favor do público tendo já dei-
xado de ser privilégio dos grandes e luxuosos automóveis de marca, para formar parte dos equipa-
mentos opcionais dos modelos mais modestos e populares. Assim, os mecânicos têm de trabalhar
habitualmente com estes sistemas, com a mesma facilidade com que o fazem com os carburadores.
Como o próprio título indica, este módulo trata exclusivamente da técnica que conseguiu realizar sis-
temas de injecção de gasolina em substituição, com vantagem, dos sistemas que utilizam carbura-
dor. Esta nova técnica de alimentação dos motores a gasolina passa por todos os fenómenos e pro-
blemas que o carburador teve de resolver através dos tempos, bem como por uma certa relação
com os sistemas que se utilizam nos motores a Diesel.
1 – O SISTEMA KE – JETRONIC
Neste sentido, pode dizer-se que o KE – JETRONIC é um sistema que trabalha basica-
mente como o K- JETRONIC ao qual se juntam alguns controlos de maior precisão no
doseamento, determinados por uma unidade electrónica de controlo, que dá as instruções
segundo diversos parâmetros.
Na figura 1.1 temos um aspecto em corte de um motor, cuja parte superior se observam
alguns dos elementos principais da injecção de gasolina de um sistema KE –JETRONIC.
O sistema KE-Jetronic, tal como o sistema K-Jetronic, é do tipo contínua onde os injectores
estão permanentemente a injectar combustível para os colectores de admissão do motor
do veículo.
A totalidade dos elementos que formam este sistema podem ver-se também na figura 1.2.
Podemos ver que dispõe de um depósito de combustível (1), uma bomba eléctrica de ali-
mentação (2), um acumulador (3) e um filtro (4), praticamente idêntico aos do sistema K-
JETRONIC.
O regulador de mistura é também muito semelhante. Em (6) temos o prato - sonda, com o
seu jogo de alavancas de accionamento da válvula corrediça de doseamento (5) que se
encontra no interior do doseador – distribuidor (7).
O funcionamento de todo este conjunto mencionado até aqui já é conhecido.
Fig. 1.3
Em seguida vamos fazer uma pequena analise de algumas partes que distinguem o siste-
ma KE – JETRONIC do sistema K-JETRONIC.
Trata-se pois do dispositivo que vimos assinalado com o número 8 da figura 1.3. e que
agora podemos ver com maior ampliação na figura 1.4.
Fig. 1.4
A entrada do combustível à pressão fornecida pela bomba dá-se por A, que é a abertura
para a entrada do combustível no regulador.
O combustível que pode entrar na câmara B poderá sair de novo para o doseador - distri-
buidor através da conduta C, donde terá acesso às câmaras baixas do distribuidor para
variar a pressão de comando ou controle da válvula que determina o doseamento do siste-
ma, como já vimos no K – JETRONIC.
A entrada de combustível para a abertura A depende da posição que mantenha a placa da
válvula (1) que roda à volta do ponto 2 e está submetido à acção de duas bobinas (3) que
recebem corrente eléctrica procedente da UEC, cujos impulsos determinam com grande
precisão a abertura ou fecho da abertura A por parte da placa da válvula.
Uma mola (5) e um parafuso de afinação para controlar o curso máximo da placa da válvu-
la compõem o resto do sistema deste regulador eléctrico de pressão.
1. Placa da válvula
3. Bobines
7. Pólo magnético
A. Entrada de combustível
B. Abertura
C. Saída de combustível para o distribuidor
Fig. 1.5 – Linhas de força electomagnética que o regulador de pressão fica sujeito
Na figura 1.5 podemos ver um desenho que nos mostra a formação de correntes magnéti-
cas que se produzem nos núcleos dos electroímanes quando circula corrente em cada
uma das bobinas. O equilíbrio magnético que se produz na placa da válvula resultante das
correntes magnéticas que a UEC produz ao enviar diferentes intensidades de corrente às
bobinas, determina a posição da placa e com isso o combustível disponível para o dosea-
mento.
Uma vez que em posição de repouso a placa da válvula permanece aberta, pode dizer-se
que o dispositivo geral do KE – JETRONIC continuaria a funcionar apesar de a unidade
electrónica de controlo não funcionar.
Fig. 1.6 – Quantidade de informação que converge para a unidade electrónica de controlo
para controlar o regulador eléctrico de pressão e o regulador de ralenti no caso
do sistema KE – Jetronic
Como se pode ver, a unidade electrónica de controlo recebe dados dos diferentes senso-
res distribuídos pelo motor. Estes dados são:
1. QUANTIDADE DE AR
3. TEMPERATURA DO MOTOR
Este dado é da maior importância para determinar a mistura que deve ser
fornecida. Quando o motor está frio, é evidente que é necessário uma
mistura muito mais rica e a UEC deve ter em conta este parâmetro.
4. SINAL DE ARRANQUE
5. POSIÇÃO DA BORBOLETA
6. TENSÃO DA BATERIA
7. PRESSÃO ATMOSFÉRICA
A UEC pode dispor de uma entrada para obter dados da pressão atmos-
férica através dos quais se possa corrigir o doseamento da mistura, de
acordo com o valor desta pressão.
8. SONDA LAMBDA
Acerca da mesma figura 1.5, vemos que estes dados que entram na unidade electrónica
de controlo, passam a ser elaborados pelos circuitos lógicos de que dispõe o aparelho e a
escolher soluções de comando que são o resultado de diferentes possibilidades de compa-
ração entre vários parâmetros.
Por exemplo, quando a UEC recebe o sinal de arranque do motor, deve determinar a
riqueza da mistura, o que faz tendo em conta a temperatura do motor, a pressão atmosféri-
ca, etc..
Com estes dados, envia um sinal ao injector de arranque para manter a quantidade de
combustível suplementar, mas, ao mesmo tempo, e quando o motor arranca, verifica o
estado do prato – sonda, a posição da borboleta do acelerador, e com estes dados envia
ordens para o regulador eléctrico de pressão para fornecer um enriquecimento geral da
mistura até se conseguir que a temperatura do motor seja normal.
Pode dizer-se pois que o trabalho da unidade electrónica de controlo se efectua dentro dos
seguintes limites:
d) Regulação do ralenti
As ordens dadas pela UEC passam ou para o regulador eléctrico de pressão (controlo do
doseamento) ou para o regulador de marcha ao ralent, para assistir à riqueza da marcha
no vácuo, que é sempre tão complicada.
Na figura 1.7 pode ver-se um esquema da constituição interna deste dispositivo. O com-
bustível procedente da bomba eléctrica tem um desvio que entra por 1 na câmara de pres-
são (2).
Quando a pressão a que se fornece o combustível sobe acima dos valores permitidos,
abre-se a válvula (3) e o líquido pode sair pelo tubo de retorno (4) para voltar ao depósito.
Por um lado temos a conduta de depressão (5), que se encontra em contacto com o colec-
tor de admissão e pode actuar sobre a membrana (6), aumentando o volume da câmara de
pressão (2) quando a depressão no colector tem valores elevados.
Através da conduta (7), uma nova entrada de pressão procedente do próprio doseador-
distribuidor.
Fig. 1.7
Destes três valores sai o valor final da pressão conveniente para o sistema. Como se vê,
este regulador apresenta maior perfeição de funcionamento, por ter em conta maior núme-
ro de condições que afectam o valor da pressão do combustível que o regulador estudado
para o sistema K – JETRONIC.
Na figura 1.8 pode ver-se o aspecto exterior que apresenta o regulador de pressão de
combustível.
Fig. 1.8
2 – O SISTEMA D – JETRONIC
O sistema D-Jetronic é do tipo sequencial uma vez que os injectores nunca funcionam em
simultâneo.
Comecemos por ver, na figura 2.1 um esquema que nos mostra o aspecto geral de todo o
sistema. Os conhecimentos que já temos sobre os sistemas mecânicos ajudam-nos na
compreensão deste esquema.
A entrada de ar dá-se através do colector (8) e é comandada exclusivamente por uma bor-
boleta (9) com a qual é solidária uma caixa de contactos (10), por meio da qual se manda
informação à unidade electrónica de controlo do ângulo de abertura da borboleta em três
posições fundamentais, o que determina a maior ou menor duração da abertura dos injec-
tores (tempo de injecção).
O outro elemento fundamental de controlo deste sistema é constituído pelo dispositivo cha-
mado sonda de pressão (11), que transforma estados de depressão no colector de admis-
são em sinais eléctricos que manda para a unidade electrónica de controlo.
Também são importantes os dados fornecidos pela sonda da temperatura do ar (12), que
se encontra antes da borboleta. Trata-se de uma termistância NTC (resistência com coefi-
ciente de temperatura negativo) que se encontra devidamente protegida por uma cápsula
metálica na qual incide todo o ar que penetra no colector de admissão. Quando a resistên-
cia NTC está fria, indica a presença de muito ar e portanto a necessidade de maior injec-
ção. Com a resistência quente, indica que o ar é pouco e a injecção deve ser reduzida.
De uma forma muito parecida ao que vimos nos sistemas K – JETRONIC, dá-se o funcio-
namento da marcha no vácuo ou ralenti também o processo de enriquecimento do dosea-
mento durante o aquecimento do motor. No primeiro caso temos a conduta de by-pass,
que permite ao ar circular mesmo quando a borboleta está fechada, como podemos ver na
figura 2.1 assinalado com o número 17.
Aqui, um parafuso de regulação permite conseguir uma rotação de marcha lenta adequada
ao motor em causa. A depressão verificada nestes momentos no colector de admissão
será detectada pelo sensor de pressão (11), que dará o sinal adequado à unidade electró-
nica de controlo para o fornecimento mínimo de combustível por parte dos injectores.
Quanto arranque, quando o motor está completamente frio e por conseguinte também o
fluido refrigerante do motor, o dispositivo de controlo de temperatura (16) mantém os seus
contactos fechados. A corrente que vem do motor de arranque passa também pelo disposi-
tivo e deste para o injector de arranque a frio, que é activado simultaneamente com o
motor de arranque.
Nestas condições lança um jacto suplementar necessário para que o motor se ponha em
marcha e evite as perdas de doseamento que se dão durante o arranque a frio por conden-
sações nas paredes frias do colector e do cilindro.
Enquanto o motor arranca, deixa de actuar sobre o motor de arranque e o injector (6) fica
sem corrente. O dispositivo de controlo de temperatura (16) abre os seus contactos quando a
água de refrigeração está quente, atinge um a temperatura considerável, de modo que neste
momento o injector (6) não pode fornecer uma quantidade de combustível suplementar mes-
mo se accionasse o motor de arranque.
Neste esquema, a válvula é termostática, de modo que o calor dilata-a e faz com que vá
fechando o colector por onde passa o ar suplementar de forma progressiva.
A válvula 19 está calculada para fechar completamente quando a água atingir o valor da tem-
peratura mínima de funcionamento normal.
O seu funcionamento, porém, embora a injecção seja intermitente, não faz coincidir exacta-
mente com o momento de abertura das válvulas de admissão em cada um dos cilindros.
Gráf. 2.1 – Gráfico que indica a forma de começo de injecção de acordo com a rotação da
cambota
No gráfico 2.1 pode ver-se a forma de actuar a esse respeito. A ordem de ignição deste
motor é 1-3-4-2,de modo que a injecção dá-se simultaneamente nos cilindros 3-4 e 2-1
alternadamente.
No entanto, não acontece o mesmo com o cilindro 4, que recebe a injecção no tempo de
inflamação, pelo que a gasolina permanece pulverizada durante quase 360 graus de rota-
ção da cambota, antes de ser admitida pela válvula de admissão.
O mesmo acontece com os cilindros 2 e 1, como se pode ver no gráfico. O tempo de espe-
ra d gasolina pulverizada permite a sua evaporação, o que activa a mistura com ar e lhe
permite maior rapidez de oxidação.
Vimos a quantidade de informação que a unidade electrónica de controlo UEC recebe, pro-
cedente dos diferentes sensores que constam no sistema.
Vamos começar por ver a constituição das três importantes partes seguintes do sistema:
1. O injector
1. O sensor de pressão
1. O INJECTOR
Fig. 2.3
Consiste numa agulha pulverizadora (1) por meio da qual se fecha a saída do combustível
pelo tubo (2). Esta agulha forma parte dum pistão e vai encaixada numa armadura (4) que
se pode deslocar dentro de uma bobina (5) pela parte interna de uma válvula uma mola (6)
coloca o conjunto do pistão e agulha pressionando fortemente no orifício do tubo para
impedir qualquer saída de combustível, pois este entra por 7 pelo interior do pistão e chega
até à porta do injector pelo orifício (8),
Atingido daqui a ponta fechada do injector e mantendo-se à pressão que a bomba de com-
bustível e o regulador lhe permitem.
Por outro lado, temos a ligação eléctrica (9) da bobina de comando. Quando a UEC envia
um impulso eléctrico, esta corrente atravessa o bobinado e cria um campo magnético que
atrai o núcleo da agulha pulverizadora. Esse núcleo (4) desloca-se para a direita, tal como
mostra a figura, arrasta o pistão (3) e com ele a ponta da agulha pulverizadora.
Esse núcleo (4) desloca-se para a direita tal como mostra a figura, arrasta o pistão (3) e
com ele a ponta da agulha pulverizadora (1), de modo que fica aberto o tubo (2) e o com-
bustível sai para o exterior em virtude da pressão a que encontra armazenado.
O movimento que o núcleo tem em relação à bobina é realmente muito pequeno. Quando
a bobina a bobina se magnetiza, agulha pulverizadora levanta-se uns 0,15mm , o que é
suficiente para a alimentação dos motores. A quantidade de gasolina fornecida depende
mais do tempo que permaneça aberto o tubo que da distância que percorre a agulha pul-
verizadora.
É mais fácil para a UEC controlar o tempo de emissão do impulso eléctrico que uma inten-
sidade de corrente mais ou menos forte que poderia modificar o curso da agulha.
A unidade electrónica de controlo pode medir perfeitamente, com uma exactidão, impulsos
que podem durar de 0,002 segundos até 0,01 segundos.
2. O SENSOR DE PRESSÃO
Recordemos que a sua missão consiste, por fim, em converter o estado de depressão que
existe no colector de admissão em sinais eléctricos para a unidade electrónica de controlo.
Fig. 2.4
Na figura 2.4 temos um esquema da posição das pressões que se estabelecem na condu-
ta antes e depois da borboleta do acelerador.
A recolha do valor da depressão que se verifica na conduta B faz-se por meio do dispositi-
vo chamado sensor de pressão (2).
Na figura 2.5 pode também ver-se representada a sonda de temperaturas (3), que também
fornece informação à unidade electrónica de controlo.
Fig. – 2.5
Os sistemas D – JETRONIC podem ser equipados com dois tipos diferentes de sensores
de pressão.
Em primeiro lugar, a existência de duas câmaras, com pressão diferente. Assim, a câmara
A está em contacto com a atmosfera, de modo que se mantém nesta zona a pressão
atmosférica. Pelo contrário, na parte B da sonda existe a depressão que se transmite atra-
vés da tomada de vácuo (1), a qual está em contacto com o colector de admissão. A peça
encarregada de estabelecer uma posição de equilíbrio entre ambos os valores da pressão
é o diafragma (2), que está colado a um pistão (3) que faz deslocar para a direita ou para a
esquerda da figura , de acordo com o estado de depressão existente.
Fig. 2.6
Esta situação observa-se quando a borboleta está total ou parcialmente fechada, pois é
nestes momentos que se atingem os valores máximos no colector, quando o motor está a
funcionar.
O funcionamento é o mesmo, mas com a variante de o diafragma ter sido substituído pelo
mesmo trabalho realizado por uma das cápsulas manométricas.
Com efeito, a primeira cápsula (1) está em contacto com a câmara de pressão atmosférica
(A).
A vantagem deste modelo é que faz ao mesmo tempo uma correcção altimétrica que
comanda o movimento do núcleo e assim se consegue um doseamento mais ajustado nas
mudanças de altura das estradas por onde se circula.
Existe pois um atraso motivado por um desfasamento proporcionado pela unidade electró-
nica de controlo.
Este defeito foi resolvido através duma caixa de contactos da borboleta por meio dos quais
a UEC recebe impulsos instantâneos por determinadas posições da borboleta.
Fig. 2.9
O eixo da borboleta está sujeito ao eixo de rotação (1) de modo que quando o condutor pri-
me o pedal do acelerador, a posição que toma a placa de contactos origina uma série de
impulsos para a UEC, que se identificam com as necessidades de doseamento que a posi-
ção da borboleta requer.
De acordo com a posição de cada um destes contactos em cada uma das suas rampas, é
determinado o grau de doseamento conveniente.
A caixa de contactos da borboleta pode ter ainda muito mais funções, além de melhorar a
resposta do sensor de pressão.
Por exemplo, utilizam-se os contactos de que dispõe para que a UEC elimine a injecção
quando o motor entra em desaceleração, conseguindo-se assim uma boa economia e
menos poluição.
Para isso dispõe-se de um contacto final de curso, que actua por meio de uma cremalheira
quando o acelerador não é accionado.
Entre 1800 e 1200 rpm corta-se completamente a injecção, que é de novo restabelecida
quando se baixa para as 1200 rpm para manter o regime de marcha lenta necessária.
É claro que, se em qualquer momento deste período de economia se pressiona o acelera-
dor, a injecção restabelece-se de repente.
Regulador de pressão
Fig. 2.10
A admissão do combustível efectua-se pelos tubos de entrada (1) para o interior da câma-
ra de pressão (2). Enquanto o valor da pressão fornecida pela bomba eléctrica estiver den-
tro dos limites para que o regulador foi calculado, não há alteração no funcionamento deste
dispositivo.
Quando o valor da pressão aumenta, a sua própria força vence a posição da membrana
está pressa a porta – válvula (4), que é empurrada pela mola de compressão (5), que é a
mola calculada para se comprimir só a determinado valor de pressão sobre a membrana.
Desta forma, quando o valor da pressão supera o valor previsto, a membrana baixa e abre-
se o tubo de retorno (6) precisamente o tempo necessário para que saia uma quantidade
conveniente de líquido até que se restabeleça o valor da pressão que a mola pode supe-
rar. A válvula (7) é encarregada deste trabalho de vedação proporcionado pelo sistema.
Quanto mais se aperta este parafuso maior será a pressão permitida o circuito, por endure-
cimento da acção da mola, afrouxando o contrário.
VÁLVULA TERMOSTÁTICA
A válvula termostática faz o mesmo trabalho que a caixa de ar adicional que vimos quando
vimos o sistema K – JETRONIC, com a ressalva de que no sistema D –JETRONIC o traba-
lho é efectuado em contacto com a água de refrigeração, em vez de se fazer por meios
eléctricos, tal como vimos na altura.
Vejamos na figura 2.11 o aspecto desta válvula, depois de se ter feito um corte, para se
poder observar bem o seu interior.
Pelas condutas 1 e 2 pode passar o ar adicional que coloca em curto- circuito a borboleta
do acelerador quando o motor está frio. O ar tem de atravessar a ranhura (3) que faz parte
do corpo da válvula.
Veja-se que dispõe de um pequeno êmbolo (4) que pode deslizar pelo interior desta peça
no sentido da seta e com o seu deslocamento pode tapar a saída do ar, formada pela
ranhura (3).
Fig. 2.11
Uma mola (5) mantém o êmbolo, em posição de repouso, fora da eventual obstrução da
ranhura.
Deste modo, qualquer variação na temperatura da água é detectada por esta válvula (6).
À medida que aquece, a válvula vai repelindo o pistão (7) que empurra no sentido indicado
pela seta.
Em consequência disso, o êmbolo vai fechando cada vez mais a passagem do ar pela
ranhura (3) até conseguir um corte total quando a temperatura da água se tiver elevado o
suficiente para atingir o valor normal de funcionamento.
Nesta posição se mantém enquanto a temperatura da água não desça abaixo dos valores
para os quais a válvula está calculada.
3 – O SISTEMA L – JETRONIC
Caracteriza-se por possuir um aparelho que dita a grande evolução neste tipo de sistema,
que se chama debímetro e tem como função o controlo de temperatura e quantidade de ar
admitido pelo motor, em função da posição duma comporta que permite a admissão de um
determinado volume de ar conforme o regime de funcionamento do motor.
Neste sistema existe, tal com vimos no sistema K – Jetronic, um injector suplementar de
arranque a frio que só funciona na fase de arranque do motor.
Como tal, terá de haver um sensor de temperatura que comanda somente o injector de
arranque a frio que como já conhecemos, chama-se de interruptor térmico de tempo.
Neste caso, vemos que o regulador de pressão está em contacto, por meio do tubo, com o
colector de admissão de modo que se fazem sentir nele os valores de depressão do colec-
tor. Por este sistema consegue-se regular a mola que a membrana do regulador possui.
O elemento particular deste sistema que merece muita atenção é a sonda volumétrica de
ar (14), também chamada por vezes medidor de fluxo de ar.
Este medidor tem uma certa relação, quanto ao princípio de funcionamento, com o prato –
sonda de que dispõe o sistema K-Jetronic.
Para saber a altura em que deve fazer-se a injecção , a unidade de controlo electrónico
(15) recebe impulsos do distribuidor (16), assim como o estado de temperatura da água de
refrigeração através da sonda térmica do motor (17).
1. Medidor de volume de ar
2. UEC – Unidade de Controlo Electrónica
3. Filtro de combustível
4. Bomba de combustível
5. Regulador de pressão de combustível
6. Válvula de ar adicional
7. Interruptor térmico temporizado
8. Sensor de temperatura do motor
9. Caixa de contactos da borboleta do acelerador
10. Injector de arranque a frio
11. Injector
− Um módulo electrónico (2) que recebe, elabora e envia sinais eléctricos que fazem
actuar os electroinjectores que debitam a quantidade exacta de combustível em função
da quantidade de ar aspirado pelo motor.
− Um relé combinado (7) composto por dois relés específicos para a função indicada.
Existem outros componentes que têm a finalidade de melhorar este sistema.
Bateria
Motor de arranque
Válvula de ar suplementar
Módulo electrónico
Electroinjectores
A corrente que vem da bateria, passa do terminal 30 para o 15 do comutador da chave de
ignição devido à posição da chave “MARCHA”, o terminal 15 alimenta o relé combinado e
como o terminal 28 do módulo electrónico está à massa, há magnetização da bobina do
relé T1 que fecha o contacto, isto permitirá a alimentação do terminal 10 do módulo elec-
trónico dos 4 electroinjectores e do medidor de quantidade de ar (Debimetro).
Fig. 3.7 – Funcionamento do sistema L-Jetronic, com chave de ignição em “marcha” com o
motor parado
Aqui reside a diferença com o sistema D – JETRONIC, que mede a depressão do colector
de admissão fundamentalmente.
Quando o motor aspira ar, este, deve vencer o obstáculo que a borboleta, empurrando-a e
entrando pelo colector na direcção indicada pela seta.
A borboleta – sonda leva na extremidade uma borboleta de compensação (2) que se move
dentro de uma câmara de compensação (3) para enfraquecer as pulsações.
A posição destas duas borboletas solidárias origina um sinal de tensão que se detecta no
potenciómetro (4), o qual, juntamente com o sinal que lhe é dado por uma sonda de tem-
peratura do ar (5), envia um sinal à unidade electrónica de controlo para que tenha infor-
mação sobre o valor do ar que circula no tubo.
Completa o dispositivo um canal de by-pass (6) por onde o ar deixa a borboleta – sonda
em curto – circuito e que serve para a alimentação de ar durante o regime de ralenti do
motor. Na figura podemos ver ainda, o parafuso de regulação do ralenti (7), que trabalha
reduzindo ou aumentando a passagem do ar pelo canal.
A borboleta – sonda toma posição angular fixada em cada momento pela força do ar de
que o motor necessita e aspira de acordo com a posição da borboleta do acelerador que o
condutor manobra.
A relação entre o ângulo descrito pela borboleta – sonda e o volume de ar aspirado faz
com que se consiga uma grande sensibilidade na medição de pequenos volumes e tam-
bém de pequenas variações de volume de ar.
O potenciómetro é pois uma peça fundamental para o bom funcionamento da sonda do flu-
xo de ar.
Na figura 3.11 vemos a constituição interna da sonda, em que se destaca, na parte supe-
rior, o potenciómetro (2).
Todo o seu mecanismo está dentro de uma caixa estanque no interior da qual existe uma
atmosfera muito seca. Consta de uma placa de cerâmica com uma série de contactos e 14
resistências cujos valores foram cuidadosamente aferidos.
Estas resistências têm, além disso, a particularidade de não variar de valor, apesar das
mudanças bruscas de temperatura que podem ocorrer e na verdade ocorrem, entre os
estados de motor parado ou em funcionamento pleno.
Na figura 3.12 representamos com uma seta (2) o cursor solidário com a borboleta – sonda
de modo que, com o movimento desta, o cursor desloca-se através dos contactos e provo-
ca diferentes estados de tensão de acordo com o número de resistências que a corrente
se veja obrigada a atravessar. A corrente da bateria mantém a respectiva tensão (Ub)
entre o borne de entrada e de saída.
A corrente atravessa as resistências R14 e R13 e pelo borne b põe-se em contacto com o
cursor.
Na posição indicada pela figura 3.11, a corrente só tem de atravessar a resistência R1,
pelo que a sua saída para a unidade electrónica de controlo tem um valor de tensão relati-
vamente alto.
À medida que o cursor se desloca para a esquerda da figura, vão intervindo cada vez
maior número de resistências, o que faz com que a tensão de saída seja cada vez mais
baixa entre valores tais a unidade electrónica de controlo os relaccione com o tempo de
abertura dos injectores que terá de ordenar principalmente de acordo com este parâmetro.
Além disso, na figura 3.12, a resistência R14 tem como derivação uma termistência (3) por
meio da qual se origina o parâmetro da temperatura do ar.
Deste modo, a temperatura a que o ar é aspirado influi na tensão de saída (Us) directa-
mente pois vem determinada por uma variação na tensão que o cursor recebe através do
borne b.
O módulo electrónico
O medidor de quantidade de ar
O relé combinado
A válvula de ar suplementar
A unidade electrónica de controlo elabora estes dados (input) e transmite impulsos eléctri-
A quantidade de ar aspirado
cos (output) aos injectores (ligados electricamente em paralelo) os quais injectam poste-
riormente por cada volta da árvore de cames metade da quantidade de combustível neces-
sária para a alimentação do motor.
O impulso de inicio de injecção é captado no primário da bobina de ignição que envia para
o módulo electrónico esta informação sendo depois o sinal tratado de modo a haver duas
injecções de combustível por ciclo.
No módulo electrónico de controlo do sistema de injecção LE – JETRONIC existe uma
tomada onde se liga uma ficha com 25 terminais de ligação.
Por outro lado, o medidor de ar aspirada pelo motor transformando o deslocamento angu-
lar da borboleta de compensação num valor eléctrico que é enviado à unidade electrónica
de controlo.
O medidor funciona neste sistema da mesma forma que no sistema L – JETRONIC.
Posicionamento do sensor NTC de ar. Serve para a correcção da dosagem da mistura. Ele
intervém entre temperaturas de –30º C e +40º C do ar aspirado.
Tanto para o modelo LE – JETRONIC como para o sistema L – JETRONIC o relé combina-
do tem por função alimentar quase todo o sistema de injecção. Com a eliminação dos ter-
minais para a alimentação da bomba eléctrica de combustível do medidor de quantidade
de ar, dispositivo de segurança que interrompe a alimentação da electrobomba de com-
bustível, no caso do motor parar acidentalmente (com a chave do comutador de ignição
na posição de marcha) é realizado pelo relé combinado com base na medição do número
de rotações do motor.
FUNCIONAMENTO
FASE DE ARRANQUE
Os terminais do relé combinado que estão com tensão são o 30, 15 e o 50.
Rodando a chave do comutador de ignição (fase de arranque).
O terminal 50 alimenta assim a bobina de chamada do motor de arranque e o terminal 4 do
módulo electrónico o qual informado da duração da fase de arranque do motor.
Enquanto o motor de arranque estiver engatado o sistema de injecção fica directamente
pilotado pelo módulo electrónico que, excluindo o medidor de quantidade de ar elabora um
tempo de injecção variável influenciado pela temperatura do líquido de arrefecimento do
motor, informado pelo respectivo sensor.
Durante a fase de arranque fica alimentado outro circuito, o do electroinjector a frio que é
comandado por um interruptor térmico de tempo que mantém ligado o circuito por um tem-
po máximo de 8 segundos enquanto a temperatura do liquido de arrefecimento do motor
de 20º C.
O tempo indicado diminui com o aumento da temperatura até 35ºC acima da qual a fase
de arranque do motor funciona sem o electroinjector indicado.
Depois, fecha-se o contacto principal do relé combinado pelo que fica alimentada a bomba
eléctrica de combustível.
Quando o motor começa a girar, os impulsos de tensão fornecidos pela ignição ao terminal
1 do relé combinado permitem durante um curto número de voltas comandar e manter o
fecho dos contactos principais do relé combinado e de alimentar com uma tensão de 12
volts iniciar os injectores.
O mesmo sinal que sai do primário da bobina de ignição e chega ao relé combinado é
enviado também ao terminal 1 da unidade electrónica de controlo.
Este último, com o sinal indicado, comanda a abertura e fecho do transístor de potência
que alternadamente liga à massa os quatro injectores.
FASE DE MARCHA - MOTOR EM FUNCIONAMENTO
Fig. 4.5 – Esquema eléctrico básico da ligação do relé combinado aos sensores e actuado-
res
INJECTORES
Os quatro injectores são constituídos por um corpo onde está montado um enrolamento
eléctrico.
Este enrolamento difere, muitas vezes, do sistema L – JETRONIC quanto ao material utili-
zado e sobretudo ao valor da resistência eléctrica do próprio enrolamento.
Esta modificação é necessária para se poder alimentar com uma tensão inicial de 12 volts
enquanto variar a fase final de alimentação dos injectores no módulo electrónico.
NOTA: Não montar nunca o injector que tenha a ponta de material plástico de cor cinzenta
(modelo específico do sistema L – JETRONIC) no sistema LE – JETRONIC porque
isso representaria o dano irremediável da unidade electrónica de controlo.
A secção de passagem (3) é controlada por um cursor rotativo (4) com uma abertura (1) à
passagem do ar.
O cursor é accionado por uma lâmina bimetálica (2) aquecida por uma resistência eléctrica
alimentada em permanência pelo relé combinado.
Caracteriza-se por possuir um aparelho que dita a grande evolução neste tipo de sistema,
que se chama debímetro e tem como função o controlo de temperatura e quantidade de ar
admitido pelo motor, portanto uma forma cómoda de controlar a qualidade do ar consumi-
do pelo motor.
O sistema é constituído fundamentalmente por:
Este sistema já não dispõe do injector suplementar de arranque a frio. No arranque a frio,
os quatro injectores injectam uma quantidade extraa de combustível de modo a enriquecer
bastante a mistura ar/gasolina.
FUNCIONAMENTO
Através do sistema LE2 – JETRONIC pode medir-se:
Graças a estes dispositivos, o sistema LE2 – JETRONIC pode calcular a quantidade exac-
ta e combustível a injectar no motor para obter uma dosagem perfeita (em peso) ar –
gasolina.
É constituído por uma bomba eléctrica (7) que aspira a gasolina do depósito enviando-a
através do filtro (6) ao colector de distribuição (5) que, através das suas ligações, a envia
por sua vez aos injectores (2) accionados electromagnéticamente a 12 volts.
A bomba eléctrico de gasolina está colocada debaixo do piso do veículo, perto do depósito
a seguir ao pré – filtro. É do tipo multicelular com rolos, accionada por um motor eléctrico
de ímans permanentes e mergulhada no combustível.
Esta bomba é do mesmo tipo da utilizada nos sistemas de injecção mais remotos.
Um disco de rotor (1), excêntrico ao corpo da bomba, comporta alvéolos onde se alojam
rolos metálicos (2) que aderem, sob a acção da força centrífuga, às paredes exteriores,
mantendo assim a estanquecidade.
O combustível chega aos alvéolos e é comprimido no tubo condutor (3). Uma válvula anti -
retorno (4) impede que o tubo condutor fique vazio com o motor parado.
Um limitador de pressão (5), logo que a pressão ultrapassa 7 bar, interrompe o débito na
câmara de aspiração (6).
Quando o veículo não está em funcionamento ou o motor pára por qualquer motivo, com a
chave de ignição na posição “MARCHA”, a bomba pára automaticamente, realizando
assim a condição de segurança.
Na altura do arranque, a bomba roda tanto tempo quanto a chave de ignição for accionada,
fornecendo deste modo, o combustível sob pressão aos injectores.
Com o motor em funcionamento, a bomba continua a fun-
cionar, a menos que o regime do motor seja inferior a 225
rotações ou que a chave de ignição esteja na posição de
“STOP”.
Logo que a pressão seja suficiente para mover a membrana vencendo a força da mola,
essa pressão é constituída pela pressão ou depressão existente no lado oposto da mem-
brana e pela força da mola (5), o combustível empurrado pela bomba provoca a abertura
de uma válvula (7) que permite o retorno do combustível excedente ao depósito.
A câmara com mola está ligada ao colector de admissão do motor (6) (sinal de depressão
ou de pressão logo que o motor é sobrealimentado).
A regulação da mola é efectuada pelo fabricante e aponta para o valor de 2,5 bar.
OS INJECTORES
Por outro lado, no arranque a frio , com baixas temperaturas exteriores, a frequência da
injecção actua no ponto morto superior, independentemente da fase.
O funcionamento do motor não é afectado de modo nenhum caso a injecção não se produ-
za na fase de admissão, uma vez que o combustível pulverizado no colector é aspirado
após a abertura da válvula correspondente.
O SISTEMA DE ENTRADA DE AR
O DEBÍMETRO DE AR
Esta sonda mede a quantidade de ar aspirado pelo motor e transforma este valor num
sinal eléctrico que se transmite à unidade de controlo electrónico.
Um segundo parafuso (4) com contra - porca permite a regulação correcta do fecho da bor-
boleta de modo a evitar a blocagem com o tubo de ligação próximo. Este parafuso não
deve ser utilizado para regular o ralenti.
Como este componente é exactamente igual aos outros sistemas, bem como o seu funcio-
namento.
Assim, na fase de aquecimento, no arranque a baixa temperatura, o motor exige uma mis-
tura muito mais rica, visto que uma parte do combustível injectado condensa-se nas pare-
des ainda frias dos cilindros. Além disso, para compensar as resistências ao atrito, o motor
quando frio, deve ao ralenti, desenvolver um binário mais potente.
Nestas condições, é necessário fornecer ao motor uma mistura com uma dosagem mais
rica e em maior quantidade. O aumento do débito de ar aspirado pelo motor ao ralenti é
feito por meio de uma válvula denominada “comando de ar adicional (11) que, com o motor
frio, cria como que um “atalho” para o ar que passa na borboleta do acelerador.
Esta, com base na informação que lhe é fornecida pela sonda de temperatura do líquido de
refrigeração do motor, conduz ao aumento apropriado do tempo de injecção e assim, da
quantidade de combustível injectado no motor.
Estas tensões são tratadas pela unidade de comando electrónico a fim de comandar os
injectores ligando-os à massa durante um período mais ou menos longo e realizar assim
as misturas correctas de ar – gasolina.
A sonda de temperatura é montada de maneira a que a sua parte sensível esteja em con-
tacto com o liquido de refrigeração.
Fornece à unidade electrónica de controlo, uma tensão variável de acordo com a tempera-
tura do motor, de modo a corrigir a informação do débito de ar fornecida pelo debímetro.
Assim a UEC, com base no sinal que recebe da sonda, pode comandar durante mais tem-
po a injecção de combustível, fornecendo assim o enriquecimento necessário para com-
pensar as perdas de combustível devidas às condensação das partículas de gasolina nas
condutas de admissão. Isto, enquanto o motor não atingir a temperatura normal de funcio-
namento.
O circuito de excitação dos relés de comando é electrónico e é alimentado logo que a cha-
ve de contacto esteja na posição “MARCHA”.
Os relés de comando autorizam as seguintes funções:
NOTA: Os relés são equipados com um circuito de segurança que corta a alimentação de
combustível com o motor parado, em caso do veículo se envolver num acidente,
evitando qualquer perigo de incêndio.
CENTRAL ELECTRÓNICA
A central è constituída por circuitos híbridos de filme espesso e está ligada aos cabos eléc-
tricos por uma ligação múltipla de 25 terminais.
Para fornecer a dose correcta de combustível em todas as condições de funcionamento do
motor, a central explora os seguintes sinais de entrada:
A quantidade de ar
A temperatura do ar
A temperatura do motor
Sinal de arranque
Regime do motor
Tensão da bateria
A central explora estes sinais e transmite os impulsos eléctricos aos injectores (ligados
electricamente em paralelo), que pulverizam simultaneamente, em cada volta da cambota,
a metade de início de ignição é recolhido, no primário da bobina de ignição, directamente
pela central que trata dos sinais de modo a obter duas injecções por ciclo.
A central limita a duração mínima e máxima dos impulsos por ajustamentos contínuos em
tempo real para executar as seguintes funções:
Enriquecimento no arranque
Enriquecimento na aceleração
Irregularidade de funcionamento
Fig. 4.22 – Unidade electrónica de comando
Graf. 4.2 – Funcionamento normal de motor Graf. 4.3 – Funcionamento real no arranque
Além disso, a retomada da injecção intervirá em regimes tanto mais altos quanto a tempe-
ratura do líquido de refrigeração seja baixa.
Tratando-se de uma peça móvel e de accionamento mecânico pela mesma força criada
pela depressão, tem um eixo onde gira e um sensor que desliza por uns contactos que
introduzem maior ou menor número de resistências no circuito e isso regula uma variedade
de valores eléctricos que dão à UEC a informação equivalente ao volume de ar entrado no
colector.
Os contactos do sensor estragam-se com o tempo e por outro lado a sujidade deixada pas-
sar pelo filtro perto da sonda provoca um movimento deficiente e irregular que ira causar
alterações no doseamento de ar admitido.
A ponte de Wheatstone constitui uma forma bastante precisa de medir o valor de uma
resistência de baixo valor com uma precisão considerável bastante superior ao método uti-
lizando o voltímetro – amperímetro.
O aparelho de medida serve para detectar a passagem de corrente eléctrica por aquele
troço do circuito.
Assim, quando se pretende medir Rx actua-se sobre Rs, fazendo variar o seu valor ohmico
até que o aparelho de medida não consiga detectar qualquer corrente eléctrica. Neste
momento o valor regulado da resistência Rs marca o valor da resistência Rx cujo valor se
pretendia determinar.
Este processo consiste na utilização de um fio quente de platina que constitui uma das
resistências da ponte, que adopta a forma que se apresenta na figura 5.4., o qual deve ser
atravessado pela massa de ar que entra no colector de admissão.
Fig. 5.6 – Constituição do debímetro por fio quente
Estas variações são enviadas à UEC e exercem nela a mesma função que os diferentes
valores de resistência que nos são familiares nos debímetros dos sistemas de injecção L –
JETRONIC, se bem que com um sentido de funcionamento eléctrico diferente, já que, no
caso de um arrefecimento da resistência de platina, a UEC faz a correcção através da
intensidade da corrente enviada ao fio de platina para aumentar desta forma o seu aqueci-
mento.
Se o motor funcionar em baixo regime, por exemplo em ralenti, o ar que passa através da
sonda é apenas aquele que o motor solicita, então o fio tende a aquecer, aumentando a
corrente eléctrica que por ele passa.
A UEC recebe da sonda a informação do valor desta corrente eléctrica que percorre o fio
de platina. É medida da resistência do fio de platina.
Quando o motor trabalha em regimes altos, este solicita maior quantidade de ar através do
colector de admissão de forma que este ar, ao atravessar a sonda irá arrefecer o fio quen-
te aumentando a sua resistência eléctrica e proporcionalmente baixar a corrente eléctrica,
informação esta que converge mais uma vez para a UEC.
Como pode ver-se, neste sistema não existem movimentos e uniões mecânicas de qual-
quer espécie, pelo que a sua duração é limitada e isento de avarias.
A disposição do fio quente na sonda tem sofrido alguns melhoramentos pois nas primeiras
sondas o fio quebrava-se facilmente graças à sua montagem na sonda.
Este sistema reúne outras condições que melhoram consideravelmente o rendimento des-
te sistema em certas condições de funcionamento.
Também não é desprezível a perda de carga que se verifica em toda a conduta em que o
próprio ar há-de abrir uma válvula como acontece com a borboleta do debímetro do L –
JETRONIC.
No caso, tal situação, não se verifica, uma vez que o ar pode passar livremente através do
pequeno fio de platina.
O ar frio é sempre mais denso que o ar quente e com o cálculo da sua massa está depen-
dente com a temperatura, há uma relação de enriquecimento quando o ar é mais frio que o
normal e de empobrecimento no caso contrário, o que origina esta correcção.
Também uma pressão atmosférica menor devido à altura, que impede a passagem de ar
para o interior do colector de admissão, se traduz numa passagem de ar para o interior do
colector de admissão, se traduz numa passagem mais lenta do ar e, por conseguinte, um
menor arrefecimento da resistência de fio quente, de modo que as ordens para o injector
por parte da unidade electrónica de comando serão também modificadas neste mesmo
sentido.
Como conclusão, vejamos a figura 5.8 onde estão representados os componentes que
fazem parte do sistema LH – JETRONIC onde a maior novidade se encontra no debímetro
de fio quente.
A unidade electrónica de comando tem também importantes variações internas neste siste-
ma, mas todos os outros componentes já são nossos conhecidos.
6 – O SISTEMA MONO – JETRONIC
De facto, a injecção a gasolina será sempre muito mais cara que um simples carburador, o
que constitui um alto custo inevitável a juntar ao preço final do veículo, de modo que um
motor equipado com injecção será sempre mais caro que outro equipado com carburador.
Neste sentido, criou-se o mais modesto dos seus sistemas, o sistema MONO – JETRO-
NIC.
Tal como o nome indica, trata-se dum sistema de injecção mono – ponto onde um só injec-
tor, injecta combustível para um único colector que se divide em vários, indo ligar a cada
colector de admissão do motor.
À primeira vista tem o aspecto de um carburador, o que dá uma ideia inicial da sua simpli-
cidade, mas depressa nos apercebemos que se baseia numa teoria de funcionamento
totalmente diferente da que utilizam os carburadores e que de facto utiliza o princípio da
injecção a gasolina.
Na figura 6.2 mostra-se um esquema das funções deste sistema. Os três elementos funda-
mentais são uma válvula de injecção (1), única para os cilindros do motor, colocada em
posição anterior à válvula de borboleta de aceleração, em posição semelhante à que se
apresenta nas extremidades dos tubos de fornecimentos dos carburadores.
motor
A diferença é que esta válvula de injecção não funciona com o ar aspirado pelo motor,
como acontece no carburador, mas sim a quantidade de gasolina que saia dele será injec-
tada devido às ordens do tempo de abertura emitidas pela unidade electrónica de coman-
do (2), a qual tem como “input”, a temperatura do motor, a posição da borboleta do acele-
rador, regime de rotação do motor e medição da quantidade de ar admitido (3). A esta
informação pode juntar-se também a que é fornecida por uma sonda lambda, no caso de
se fazer um controlo rigoroso do grau de toxicidade das emissões.
Com todos estes dados, a UEC determina o tempo de abertura da válvula de injecção de
forma semelhante à que foi vista noutros sistemas Jetronic.
Fig. 6.3 – Esquema do sistema de injecção Mono-Jetronic com válvula de ar adicional integra-
da na torre de injecção
Fig. 6.4 – Esquema do sistema de injecção Mono-Jetronic com válvula de ar adicional exterior torre
de injecção
No sistema MONO – JETRONIC, podemos ver na figura 6.3 um esquema que nos mostra
os diversos dispositivos de que é formado.
Em cima está representado o circuito de alimentação, que tem a mesma disposição que
nos outros sistemas.
A bomba eléctrica de combustível (1) aspira a gasolina do depósito (2) e através de um fil-
tro (3) bombeia-a até à válvula de injecção (4), mantendo-se a uma pressão constante gra-
ças a um regulador de pressão (5), de características iguais aos reguladores dos outros
sistemas.
GENERALIDADES
Contrariamente à injecção multiponto onde existe um injector para cada cilindro, o sistema
mono – ponto utiliza um só injector para alimentar os diferentes cilindros do motor.
Este injector está situado num ponto central logo acima da borboleta do acelerador como
se vê na figura 6.5, e injecta a gasolina dum modo intermitente.
A mistura ar - gasolina é efectuada antes da borboleta do acelerador como se processa no
caso do carburador.
Trata-se dum injector que funciona com principio electromagnético comandado inteiramen-
te pela UEC face às diferentes informações que convergem para a unidade electrónica de
comando a partir dos diferentes sensores.
As figuras 6.5, 6.6 e 6.7 representam vários sistemas de injecção aplicados a diversos
motores para que fique com a ideia da semelhança existente entre sistemas de diferentes
marcas.
Fig. 6.5 – Torre de injecção funciona Fig. 6.6 – Pormenor do corpo de injecção dum sistema
como carburador comandado Mono-Jetronic
electronicamente
Existe uma bomba de combustível eléctrica bastante semelhante à utilizada em outros sis-
temas, existe igualmente um filtro de gasolina, um injector e um regulador de pressão de
gasolina.
O REGULADOR DE PRESSÃO
Quando acontecer a pressão a ser admitida pelo injector superar este valor, abre-se uma
válvula de bola como se verifica nas figuras 6.12 e 6.13 permitindo que o combustível em
excesso retorne ao deposito permitindo assim que o valor de pressão de 1,0 bar seja res-
peitado.
A forma cónica da parte pulverizadora do injector faz com que o doseamento seja homogé-
neo e controla a saída do combustível para a borboleta do acelerador.
Por outro lado, devido à alta frequência de operação do injector, foi necessário reduzir ao
máximo a massa da válvula electromagnética conseguindo-se assim, tempos de abertura
do injector inferiores a 1 milésimo de segundo.
Fig. 6.15 – Sinais gerados por sensores são processados pela unidade electrónica de comando que
por sua vez comanda vários actuadores
A unidade electrónica de comando do sistema MONO – JETRONIC é uma unidade total-
mente digital acondicionando todos os sinais de entrada emitidos pelos diversos sensores
que uma vez tratados e convertidos de sinais analógicos em digitais chegam ao micropro-
cessador da unidade.
Está situado normalmente na parte superior da torre de injecção junto ao próprio injector e
é constituído por uma resistência NTC (coeficiente de temperatura negativo).
Este sensor é constituído por uma resistência NTC apresentando uma resistência eléctrica
cada vez mais baixa uma vez que a temperatura do líquido refrigerante aumenta.
A unidade electrónica de comando recebe o sinal deste sensor calculando o tempo de
injecção somente durante as fases de arranque, pós – arranque e aquecimento do motor.
Este sensor é responsável pelo regime de ralenti durante a fase de aquecimento do motor.
CONTROLADOR DE RALENTI
Este actuador está situado num dos lados da torre de injecção e controla a posição da bor-
boleta do acelerador.
Por outro lado, activa o corte de injecção no momento de desaceleração, activa também o
sistema de estabilizador de marcha no regime de ralenti e faz a gestão do angulo de avan-
ço ou atraso do sistema de ignição.
SONDA LAMBDA
A esse dispositivo foi dado o nome de sonda lambda e o seu aspecto exterior pode ser
visto na figura 6.14, instalada no centro do tubo de escape. Estes catalisadores cumprem
bem a função quando o motor trabalha com gasolina com índices de chumbo muito baixos.
Uma vez que a sonda lambda se encontra no interior do próprio tubo de escape, quando a
mistura queimada que passa junto a ela é rica em oxigénio faz com que os iões deste gás
se depositem na superfície de contacto de platina exteriores de que é constituída a ponta
de dióxido de zircónio.
Dado que a parte interna também dispõe de contactos de platina e estes estão em contac-
to com o oxigénio do ar, geram-se entre as faces interna e externa tensões eléctricas que
são enviadas à unidade electrónica de comando para serem devidamente tratadas.
A forma de detectar a composição correcta dos gases de escape realiza-se pois em função
da quantidade de oxigénio que contêm.
A tensão de saída (Us) pode chegar a atingir valores até 0,80 volts.
Este tipo de sonda tem normalmente 5 terminais de saída sendo 2 dos quais respectivos à
resistência eléctrica de aquecimento.
Nos casos que a sonda se encontra perto da válvula de escape, como o seu aquecimento
é mais precoce não necessita de pré – aquecimento por meio eléctrico possuindo apenas
3 terminais de saída.
Neste ultimo caso, a sonda alcança rapidamente a sua temperatura normal de serviço que
ronda os 300ºC.
No seu todo, a sonda tem como função comparar o conteúdo de oxigénio residual existen-
te nos gases de escape com o conteúdo de oxigénio do ar exterior programado na UEC.
O sinal lambda toma em linha de conta a estabilização do regime de ralenti, bem como em
outros regimes de funcionamento, para conseguir valores de dióxido de carbono (CO)
reduzidos.
NOTA:
Em muitos motores com sonda lambda, não há possibilidade de ajuste de CO.
Se o valor de CO for diferente do valor estipulado, a causa poderá estar na sonda lamdba
que funciona com avaria ou então admissão de ar com problemas.
Deste modo a unidade electrónica de controlo registra em todo o instante a posição angu-
lar da borboleta do acelerador em função do sinal eléctrico que recebe do potenciómetro.
Caso haja ausência de sinal por parte do potenciómetro (carga do motor), a UEC calcula o
tempo básico de injecção em função do sinal de posição PMS da cambota.
Quando o motor está parado, a conhecida válvula do canister está fechada evitando que o
combustível se evapore do depósito até à unidade central de injecção (torre de injecção).
Com uma temperatura inferior a 60ºC a válvula do canister permanece evitando assim um
sobre - aquecimento do motor.
Na parte inferior da torre de injecção logo depois da borboleta do acelerador existe um sis-
tema que evita a condensação do combustível nas paredes do colector de admissão.
Este sistema denomina-se por ouriço e funciona por meios eléctricos com uma resistência
PTC (resistência com coeficiente de temperatura positivo).
Fig. 6.22 – Esquema dum sistema Mono-Jetronic onde se pode ver na parte inferior da torre de injec-
ção, a resistência PTC que se destina a evitar a condensação do combustível nas paredes
do colector de admissão
ESTABILIZAÇÃO DO PONTO DE RALENTI
Isto é regulado mediante um motor que através dum mecanismo sem fim faz empurrar ou
recuar um êmbolo que força o movimento da borboleta.
Pode dizer-se que a electrónica entrou no mundo do automóvel através da ignição electró-
nica, que proporcionou vantagens consideráveis num dos pontos mais controversos do
automóvel que é de facto a ignição.
O segundo definitivo passo seria dado quando tanto a ignição como a injecção de gasolina
para o motor foram comandados no funcionamento pela mesma unidade electrónica de
controlo conseguindo-se assim uma maior coordenação no trabalho e prestação do motor
a gasolina.
Em linhas muito gerais poderia descrever-se o sistema MOTRONIC como a aplicação con-
junta de um sistema de injecção L – JETRONIC ou até LH – JETRONIC com os dispositi-
vos electrónicos necessários para uma ignição, tudo isto coordenado por uma só unidade
electrónica de comando.
A figura 7.1 apresenta-se um esquema geral dos elementos que compõem o sistema
MOTRONIC.
A presença do regulador de pressão (5), com a tomada de vácuo, converte, tiorna este
esquema semelhante aos sistemas já analisados, em particular o sistema L – JETRONIC.
Um elemento especial é o amortecedor de vibrações (6) que estabelece uma corrente con-
tínua na passagem da gasolina de retorno para o depósito e evita a formação de bolhas de
vapor por manter em geral baixa a temperatura do combustível garantindo melhor dosea-
mento do sistema.
1. Depósito de gasolina; 2. Bomba eléctrica de alimentação; 3. Filtro; 4. Rampa distribuidora; 5. Regulador de
pressão; 6. Amortecedor de vibrações; 7. Unidade electrónica de controle; 8. Bobina de ignição; 9. Distribuidor
de ignição; 10. Vela; 11. Injector; 12. Injector de arranque; 13. Parafuso de regulação do ralenti; 14. Borboleta do
acelerador; 15. Caixa de contactos da borboleta; 16. Caudalímetro; 17. Sonda da temperatura do ar; 18. Sonda
lambda; 19. Termostacto temporizado; 20. Sonda da temperatura do motor; 21. Caixa de ar adicional; 22. Parafu-
so de enriquecimento do ralenti; 23. Captador de referência angular; 24. Captador de velocidade de rotação; 25.
Bateria; 26. Chave de contacto; 27. Relais da bomba;
A todos estes componentes podemos ver no esquema que se junta uma série de novos
dispositivos que tem a ver sobretudo com o comendo do sistema de ignição.
Na zona do volante do motor temos o sensor (23) e (24) que detectam o ponto de ignição,
o sensor de PMS montado junto à arvore de cames poderá detectar igualmente o ponto de
injecção bem como o ponto de ignição.
Estes são dois factores importantes para que a UEC calcule o momento exacto em que se
produz a faísca nas velas em função da rotação do veio do motor.
Ainda na figura 7.1 temos na parte superior a bobina de ignição (8), o distribuidor (9) já
sem platinados e a vela (10).
O papel feito pelos platinados ou pela central de ignição transistorizada é substituída pela
unidade electrónica de comando que comanda o tempo de injecção como o ponto de igni-
ção.
As figuras 7.2 e 7.3 representam sistemas Motronic onde se pode verificar que o comando
do sistema de injecção e ignição se encontra reunido numa só central electrónica.
Fig. 7.2 – Sistema Motronic M5 da Bosch, considerado um dos melhores equipamentos de gestão de
motor
Fig. 7.3 – Motor de um Alfa-Romeu com unidade de controlo electrónica que comanda em simultâ-
7.2 – Aneo UNIDADE ELECTRÒNICA
o sistema de ignição e injecção DE COMANDO (UEC)
A centralização dos sistemas de alimentação e ignição de que consta o sis
BIBLIOGRAFIA
CEPRA – Diagramas e esquemas de vários tipos de injecção gasolina, identificação dos pinos das
tomadas nos módulos electrónicos de injecção gasolina.